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Baixe a revista
Entrevista com Luiz Moan: hora de frear a queda
na economia para o Brasil voltar a crescer
#65
Revista
2016
MARÇO/ABRIL
RR
AP
Visibilidade de
Norte a Sul
AM
PA
MA
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SC
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Diretorias regionais se mobilizam para os eventos de lançamento
do Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos 2016
Nova capacitação em vendas da ABLA está a caminho
Mais sobre crédito: esclarecimentos sobre a linha Proger
1
Mais sobre tecnologia: ferramentas multimídia
que incrementam a locação
Em situações de risco, você
quer ao seu lado pessoas
em que possa confiar.
A ST Corretora de Seguros oferece uma
combinação diferenciada de produtos e serviços
sob medida para a realidade de cada Locadora,
baseada no compromisso com a qualidade e
preço justo, por meio de parcerias com
Seguradoras de reconhecida idoneidade e
solidez, comprometidas com o bom
atendimento às Locadoras.
Seguro Total Frotas | Seguro de Responsabilidade Civil Frotas | Assistência 24h
Seguro Empresarial | Seguro de Vida Empresa | Desmobilização de Frotas
Desativação de Frotas | Regulação de Sinistros | Rastreadores
Assistência em Viagem Nacional e Internacional
empresa parceira:
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2
CORRETORA DE SEGUROS
Carta do Presidente
O caminho é a inovação
e a diferenciação
Porém, por outro lado, assim que
acontece o primeiro sopro de retomada
da demanda por parte dos consumidores de varejo, o nosso setor é novamente colocado em plano secundário. Queremos e precisamos trabalhar junto com
as montadoras e com os bancos para
reduzir essa “montanha russa”, exatamente para proporcionar condições adequadas para que as locadoras possam
executar seus planejamentos de renovação e de ampliação de frotas.
Dito isso, gostaria ainda de destacar o
trabalho dos nossos Diretores Regionais
nos lançamentos em todo o País do novo
Anuário Brasileiro do Setor de Locação
de Veículos – 2016. Esses eventos, sem
dúvida, foram realizados no momento
certo, também para amparar a confiança
demonstrada pelo nosso setor de que é
sim possível darmos novas e diferentes
respostas à crise.
Por meio dos Conselheiros, Diretores
Regionais e equipes internas da ABLA,
vamos continuar em busca da inovação e
da aproximação com as locadoras, com os
parceiros de negócios e com as entidades
do turismo e da indústria automotiva, pois
estas serão as principais vias para um futuro mais promissor da nossa atividade.
CONVIDADOS a participarem desta edição da Revista Locação, seja por meio
de entrevistas ou artigos, representantes do setor automotivo nos deram uma
preciosa visão de como enfrentar a crise. Temos nos aproximado ainda mais
da ANFAVEA, da Fenabrave, da Fenauto
e do Sindipeças, entre outras entidades
setoriais da cadeia produtiva da indústria automobilística, pois entendemos
que as trocas de ideias e de experiências
serão ainda mais decisivas para a retomada do crescimento daqui para frente.
Nesse esforço pela união, identificamos que o trabalho permanecerá no vocabulário corrente, como peça de resistência no cardápio de antídotos com os
quais devemos combater o atual cenário
econômico. Por parte da ABLA, isso se intensificou na busca por novas soluções e
inovações que repercutam entre os nossos associados e parceiros de negócios.
Tomemos como exemplo a dedicação para romper o que eu chamo de relação “bipolar”, que são as constantes
mudanças de regras no relacionamento entre montadoras, bancos e locadoras. Na prática, essa “bipolaridade”
se verifica nos momentos em que os
pátios estão cheios de veículos, quando então o setor de locação se torna a
principal “válvula de escape” da indústria automobilística.
Paulo Nemer
Presidente do Conselho Nacional da ABLA
3
Ano XII – No 65 – março/abril 2016
08
Capa
Mercado recebe
os números do setor
de locação do Brasil
08
20
28
28
Rent a Car
36
Entrevista
30
Mercado
38
Opinião
Presidente da Associação
Brasileira de Resorts aposta
na sinergia com locadoras
20
Ao volante
Confira as novidades
O risco do chamado
compartilhamento de carros
26
Crédito
32
Por Dentro
Caixa Econômica Federal
esclarece dúvidas das
locadoras sobre a linha Proger
Ford dá show de tecnologia
com Focus Fastback e Nissan
mostra o novo Kicks
4
Luiz Moan enumera algumas
alternativas para o setor
automotivo voltar a crescer
Ilídio dos Santos, da Fenauto,
acredita na força do trabalho
e de criatividade em 2016
40
Manutenção
Os cuidados na revisão
do veículo blindado
32
42
ABLA Jovem
A importância da mensuração
de resultados
44
Qualificação
46
46
Brasil Viagem
54
Serviços
Vendedores capacitados e com
técnica para impulsionar os
negócios com locação
de automóveis
Descubra os encantos acessíveis
pela estrada em Tocantins e
Espírito Santo
50
Tira Teima
Dúvidas sobre apropriação
indébita
52
Legislação
Brasil amplia benefício
a condutores estrangeiros
Tecnologias multimídia
na locação
56
Tecnologia
Como está o seu
“Infotainment”?
58
Fim de Papo
Cecília Lodi fala sobre
reconhecimento,
cumplicidade e envolvimento
5
Use o leitor QR Code do
seu smartphone para
acessar o site da ABLA.
Expediente
CONSELHO GESTOR
Paulo Nemer (Presidente do Conselho
Nacional), Carlos César Rigolino Jr.
(Vice-Presidente do Conselho Nacional), Carlos
Faustino, Célio Fonseca, Flavio Nabhan, Marcelo
Fernandes, Marconi Dutra, Nildo Pedrosa, Paulo
Eduardo Sorge, Paulo Miguel Jr., Saulo Fróes e
Simone Pino.
RR
CONSELHO GESTOR (SUPLENTES)
Amadeu Oliveira, Bernard da Costa Teixeira,
Cleide Brandão Alvarenga, Gustavo do Carmo
Azevedo, Leonardo Soares, Luís Olavo Nezello,
Luiz Carlos Lang, Lusirlei Albertini, Márcio
Castelo Branco Gonçalves, Nilson Oliveira Filho,
Otávio Meira Lins e Tércio Gritsch.
AP
PA
AM
CONSELHO FISCAL:
Alberto Faria, Alvani Laurindo, Eduardo Correa,
Jacqueline Moraes de Mello, Marco Aurélio
Gonçalves Nazaré e Ricardo Gondim Espírito
Santo.
AC
RO
MT
CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)
Aleksander Rangel, Eládio Paniágua Jr., Márcio
Campos Palmerston, Marco Antonio de Almeida
Lemos, Miguel Ferreira Júnior e Rodrigo
Selbach.
CONSELHO CONSULTIVO
Adriano Donzelli, José Zuquim Militerno e Paulo
Gaba Jr.
MS
COORDENAÇÃO GERAL
Marconi Dutra, Jorge Machado e Olivo Pucci.
PR
PUBLICIDADE
Jorge Pontual e Francine Evelyn
(11) 5087-4100.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS
DE AUTOMÓVEIS – ABLA
Site: www.abla.com.br
E-mail: [email protected]
São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar
– CEP 04011-904 – (11) 5087.4100.
Brasília: SAUS Quadra 1 – Bloco J – edifício CNT
sala 510 – 5º andar – Torre A – CEP 70070-010 –
(61) 3225-6728.
COORDENAÇÃO EDITORIAL:
Em Foco Comunicação
E-mail: [email protected]
(11) 3816.0433
Editor: Nelson Lourenço
Textos: Nelson Lourenço, Ana Cândida Pena,
Aurea Figueira, Priscilla Oliveira, Kaiqui
Macaulay
Arte: Yvonne Saruê
Tiragem: 3.500 exemplares
Impressão: Mundial Gráfica
A Revista Locação não se responsabiliza pelas
opiniões emitidas nos artigos assinados.
RS
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Permitida a reprodução das matérias, desde que
citada a fonte.
6
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Abla_br
Editorial
Nós, consumidores
CAROS LEITORES,
Há 25 anos entrava em vigor a Lei nº 8.078/90, mais conhecida como Código de Defesa do Consumidor.
MA MA
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MG MG
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SP
SC
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RJ
SE
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AL AL
SE
Sua implantação fez com que ficassem evidentes direitos
que todos nós possuíamos em nossas relações comerciais
com fornecedores de produtos e serviços, mas que nem
sempre eram preservados.
O mercado de locação de automóveis acompanhou a evolução desse novo capítulo nas relações entre empresas e
seus clientes, e procurou se antecipar às suas demandas. E
é com esse olhar atento à movimentação do mercado e ao
comportamento do consumidor que a ABLA tem detectado
distorções como o chamado “compartilhamento de carros”,
sobre o qual trazemos matéria na página 30.
Também no sentido de preparar o setor para as cada vez
mais intensas demandas dos clientes, sejam eles pessoas
físicas ou jurídicas, estamos trazendo uma entrevista inédita
sobre técnicas de venda para locadoras, com o especialista
Volney Faustini, que você encontra na página 44. Imperdível.
Além disso, para o nosso “cliente” de todas as edições, que
são os empresários e os profissionais das locadoras de automóveis, reservamos também outros textos de interesse imediato para os negócios, entre eles os esclarecimentos sobre
a ocorrência de apropriação indébita, as possibilidades das
tecnologias multimídias na locação e os cuidados com a manutenção de veículos blindados, entre outros.
Esperamos que todos possam saborear essa edição e encontrar, nas próximas páginas, alguns insights para conquistarem mais e novos clientes para o rent a car e também para
a terceirização de frotas de automóveis.
Boa leitura.
Os Editores
7
Capa
Números que chamam
a atenção do mercado
A ABLA apresentou ao mercado entre
Pela primeira vez, o Censo teve
os meses de março e abril o Anuário
o aval da LAFIS Informação de
Brasileiro do Setor de Locação de
Valor, empresa especializada em
Veículos 2016, uma publicação que
pesquisas e estatísticas.
traz o balanço completo do setor no
Acompanhem nas próximas páginas
país no ano passado.
os principais números do Anuário
Os dados divulgados pela ABLA
ABLA 2016, cuja versão on line está
marcam o início de uma nova
disponível no portal da entidade
série histórica sobre os números e
(www.abla.com.br), e alguns
estatísticas do setor de locação de
registros do evento que marcou o
veículos no Brasil.
lançamento da publicação.
Paulo Nemer, presidente
do Conselho Nacional
da ABLA, na abertura do
evento em São Paulo
8
Capa
Lançamento nacional do
Anuário, em São Paulo,
reuniu mais de 100 pessoas
no hotel Bourbon
9
Capa
Aquisição de veículos
O setor segue como o maior cliente das montadoras, tendo sido responsável
pela compra de 338 mil veículos em 2015, do total de 2,4 milhões de automóveis
e comerciais leves licenciados no ano passado. Desse total de veículos comprados pelas locadoras, a maior parte foi de modelos da Fiat (16,4%), seguida pela
Renault (11,9%), Volkswagen (10,5%), Ford (7,9%), GM (6,9%) e Nissan (2,1%).
Renata
Medeiros,
supervisora
comercial da
SNG, com
conselheiros
ABLA
Julio Blandy,
superintendente
executivo do
Bradesco, com
Jorge Pontual,
diretor comercial
da ABLA
10
Capa
Composição da frota
Os modelos econômicos (motores de 1000cc) são a maioria da frota do setor (50%), seguidos
pelos compactos (motores entre 1000cc e 1800cc), com 23%.
Os veículos utilitários e as vans somaram 9%, os de luxo (motores acima de 2000cc) chegaram a
4% e os modelos Premium ficaram com 5% de participação na frota do setor. A idade média dos
veículos das locadoras é de 19,5 meses.
José Renato
Bernardes, da
Volkswagen,
e Marcelo Fernandes,
conselheiro ABLA
Alexander Ferguson, da Nissan
12
Capa
Serviço
Dos 853.217 veículos de locadoras, no ano passado 21% foram destinados para as locações destinadas a pessoas físicas em eventos de trabalho
(turismo de negócios) e 23% para clientes em viagens de lazer, principalmente usuários em férias e/ou nos finais de semana. A maior parte dos
veículos (56%) foi usada para a terceirização de frotas.
Cecília Lodi, da Lodi
Consultoria, ao lado de
Isis Rocha, Willerson
Ferraz e Rodrigo Lima,
da Flash Engenharia
Carlos Faustino, conselheiro gestor,
e Jacqueline Mello, conselheira fiscal da ABLA
13
Capa
Divisas
O setor foi responsável pela geração e manutenção de 472.113 empregos diretos e indiretos; e pelo recolhimento de R$ 5,3 bilhões em
tributos federais, estaduais e municipais em todo o País.
Jorge Pontual (diretor
comercial), Paulo Nemer
(presidente do Conselho
Nacional) e o conselheiro
Paulo Miguel Jr., da ABLA
Equipe ABLA:
Pedro Hugo, Thamy de
Castro, Jorge Machado,
Vanda Alves, Edna Almeida
e Francine Evelyn
14
Capa
Anuário reuniu setor
em todas as Regiões
anuncioanuario.indd 1
12/04/2016 16:41:41
instituições de crédito (bancos), jornalistas
e outros fornecedores de produtos e serviços para locadoras.
No Centro-Oeste, aconteceram lançamentos no Distrito Federal, Mato Grosso e em
Goiás; no Sul e no Sudeste, em todos os
estados; no Nordeste, Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba e Pernambuco realizaram
seus eventos; e, no Norte, Amazonas e Roraima completaram a lista.
Nos demais estados os respectivos Diretores Regionais já receberam lotes com
exemplares do Anuário do setor e farão,
ao longo do semestre, a distribuição em
mãos aos parceiros de negócios e locadoras. Confira aqui algumas das imagens dos
diversos eventos realizados pelo Brasil.
PARA DAR SEQUÊNCIA e atender ao projeto de valorização dos Diretores Regionais,
previsto no Planejamento Estratégico de
Governança Corporativa da ABLA, o Conselho Gestor aprovou que o lançamento
do Anuário Brasileiro da Locação de Veículos 2016 também fosse feito regionalmente, ou seja, com eventos em diversos
estados do País.
Para isso, com apoio dos SINDLOCS (Sindicatos das Locadoras de Veículos) nos estados em que o sindicato se faz presente, os
Diretores Regionais se mobilizaram para
obter verbas de patrocínio, no sentido de
cobrir os custos de seus eventos. Participaram montadoras, concessionárias e distribuidores, entidades estaduais de classe,
15
Capa
PERNAMBUCO
O Diretor Regional João
Regueira na apresentação
dos números do setor
em Pernambuco
GOIÁS
Em Goiás, evento teve o
apoio da Lince Motors, que
cedeu seu espaço para o
lançamento da publicação
SANTA CATARINA
Ricardo Zamuner (à
direita), diretor regional
da ABLA, recebeu
parceiros, empresários
e profissionais em
Santa Catarina
16
Capa
PARANÁ
SINDILOC PR foi o palco
para apresentação do
Anuário do setor em
Curitiba, realizada pelo
Diretor Regional
Tércio Gritsch
ESPÍRITO SANTO
Jaqueline Denadai, Bruno
Mazzei (ambos da ABLA
JOVEM), ao lado do Diretor
Regional Márcio Gonçalves,
no lançamento capixaba
MINAS GERAIS
Auditório do SINDLOC
MG ficou repleto
para acompanhar a
apresentação dos números
do setor, feita pelo Diretor
Regional Leonardo Soares
17
Capa
Mídia reconhece a importância do Anuário
18
Trânsito
Setor apoia movimento
Maio Amarelo
POR MEIO DE uma ação de divulgação da
ABLA, as locadoras de veículos associadas
estão sendo estimuladas a divulgarem o
movimento “Maio Amarelo”, voltado para a
segurança no trânsito, em seus websites e
redes sociais. Para isso, a associação encaminhou e-mail marketing a todo o quadro
associativo com as informações sobre a
iniciativa, que está diretamente ligada ao
conceito de salvar vidas.
O movimento Maio Amarelo que contribuir e potencializar essa reflexão com toda
a sociedade e o setor de locação está fazendo a sua parte. A iniciativa de divulgação
para todas as locadoras associadas partiu
da informação recebida diretamente pelo
próprio presidente do Conselho Nacional
da ABLA, Paulo Nemer, que encaminhou o
tema para avaliação do conselheiro gestor
Marconi Dutra, responsável pela área de comunicação com os associados, do programa de Governança Corporativa da ABLA.
Conforme Marconi, “de imediato nós
notamos que seria muito válido divulgar
o movimento para as locadoras exatamente porque se trata de um tema extremamente relacionado com a nossa atividade”. Além disso, as informações sobre o
Maio Amarelo também já foram incluídas
na seção de notícias do Portal da ABLA
(www.abla.com.br) e nas redes sociais
Twitter e Facebook da Associação.
CINTO DE SEGURANÇA
EM DESTAQUE
A preocupação com o excesso
de velocidade e o uso do cinto de
segurança foram os temas escolhidos para o trabalho educativo
durante o Maio Amarelo. A coordenação do movimento disponibilizou dois vídeos para todos os
apoiadores interessados em ajudar
no trabalho de conscientização dos
motoristas no Brasil.
Conforme os coordenadores, o
uso do cinto de segurança, sobretudo no banco traseiro, ainda é muito
negligenciado pela população. Esse
fator, somado ao excesso de velocidade, continua causando um impacto direto no aumento de mortes e na
gravidade das lesões no trânsito.
Vale lembrar que a questão da
velocidade, como fator de risco
e agravante dos acidentes, é um
dos poucos temas sobre os quais
a ONU/OMS tem tecido críticas ao
Brasil: as duas organizações mundiais têm cobrado a realização de
um trabalho preventivo mais eficiente nesse sentido.
19
Ao Volante
Ford Fusion traz inovações
PREVISTO PARA CHEGAR ao Brasil no segundo semestre de 2016, o novo sedã da Ford será importado do
México. A Ford fez alterações pontuais num carro que
definiu toda a atual linguagem visual da marca. As principais mudanças externas ficam por conta dos faróis
dianteiros mais estreitos e a nova assinatura de LED que
padroniza a frente do carro ao design global da marca.
As inovações tecnológicas do modelo também não deixam a desejar. O auxílio FordPass, via central telefônica,
será lançado quando o modelo chegar no Brasil. O Sync
com My FordTouch é um sistema multimídia que equipa
todas as versões do Fusion. Ele permite uma interação
intuitiva com o veículo que vai desde conexão Bluetooth
a controle do ar-condicionado por comando de voz.
Chevrolet Cruze aposta em tecnologia
AINDA SEM data de lançamento confirmada
por aqui, a linha 2016 do Cruze deve chegar às
lojas brasileiras no final deste ano ou no início
de 2017. O modelo com as novas configurações
mostrado no Salão de Detroit (EUA) é equipado
com motor 1.4 turbo de 155 cv e 24,5 kgfm de
torque, com injeção direta e start-stop. O veículo conta com algumas inovações tecnológicas.
Há sensores de ponto cego, de veículo cruzando o espaço traseiro, de troca involuntária de
faixa e alerta de colisão dianteira. Internamente,
o painel tem a nova central multimídia MyLink
2, que permite conexão com smartphones. O
sedan também conta com o OnStar, serviço de
atendimento personalizado tipo concierge
Honda Accord está de volta
DE VOLTA AO BRASIL, o sedã tem faróis e luzes de
neblina em LED. O visual externo é mais esportivo, com as novas rodas de 18 polegadas. No interior, as pedaleiras passam a ser em alumínio com
iluminação, e o revestimento é todo em preto com
detalhes em plástico que imitam madeira. Apenas a
versão com motor V6 será vendida. Uma novidade
é o VCM (sigla em inglês para “Administração de Cilindro Variável”) , que pode desativar três cilindros,
dependendo da necessidade para as demandas de
potência e economia de combustível. O Accord ainda conta com câmbio automático de seis marchas,
freios ABS, controle de tração e estabilidade, HSA
(Hill Start Assist), o útil assistente de partida em
rampas, e seis airbags.
20
Ao Volante
Volkswagen Jetta incorpora nova
central multimídia
DEFINITIVAMENTE as centrais
multimídias são um ponto chave a se analisar na busca por
um carro novo. Por isso, cada
vez mais as montadoras têm
investido em aplicativos e centrais multimídia de última geração. É o caso do novo Jetta,
que conta com o Volkswagen
App-Connect, disponível para
a central Composition Media
nas versões Comfortline e
Highline, com espelhamento
de tela do smartphone por MirrorLink, Android Auto e Apple
CarPlay. A versão Trendline usa
o Composition Touch, apenas
com espelhamento de telefone celular. Outra novidade que
acompanha a nova linhagem
do Jetta são os motores 1.4 TSI
a gasolina de 150cv. O Volkswagen Jetta nas versões Trendline
e Comfortline eram os únicos
modelos que ainda mantinham
o motor 2.0 flex de 120 cv.
Hyundai HB20 R Spec cativa fãs de esportivos
LANÇADO EM fevereiro, o hatch promete agradar aos fãs de modelos esportivos. As duas versões, Premium
e Comfort Style, são oferecidas com
as opções de transmissão automática
e manual de seis marchas. O motor
1.6, com 16 válvulas, alcança até 128
cv de potência. O sistema de som do
HB20 R Spec vem com rádio blueAudio com Bluetooth integrado e também entradas auxiliares. O design
exterior se destaca pela ponteira de
escapamento cromada, parachoques
traseiros com linhas esportivas e antena tipo barbatana.
Kia Cerato é destaque em pacote de novidades
O LANÇAMENTO DO Kia Cerato apresentado em Detroit está previsto para junho no Brasil e, junto com
ele, serão lançados também o Sportage e o Optima,
ambos em março, além do novo compacto Rio, nas
versões hatch e sedã, este previsto para novembro. As
alterações no design estão principalmente na dianteira, que adotou uma nova grade com formato “nariz de
tigre”, faróis redesenhados e parachoque com formato
mais marcante. Os equipamentos de série incluem, de
acordo com a versão, luzes diurnas de LED, frenagem
de emergência, aviso de colisão frontal, alerta de saída de faixa, acesso sem chave, bancos revestidos em
couro, ar-condicionado de duas zonas e banco do motorista com ajuste elétrico.
21
Ao Volante
Jaguar XF arranca suspiros
A JAGUAR traz ao Brasil o novo
sedã XF. A versão atualizada da
linha tinha previsão de chegar
às lojas ainda em fevereiro. Os
preços variam de acordo com as
três versões: R$ 264.700 a versão
Prestige, R-Sport a R$ 288.600, e
a S, por R$ 381.100. As duas primeiras versões são equipadas
com motor 2.0 turbo de 240 cv
e a versão S, mais potente, traz
o 3.0 V6 de 380 cv de potência. A
série vem equipada com o assistente de direção Lane Keep As-
sist. O alerta de mudança de faixa tem duas funções: o volante
treme em suas mãos, mantém o
carro na pista e não deixa o motorista queimar a faixa. Além de
avisar e corrigir as distorções, altera sozinho o volante, tanto em
linhas retas, quanto em curvas.
O carro simplesmente segue na
faixa se você soltar a mão do volante ou se distrair.
No visual, as novidades incluem
a ampla grade dianteira e as lanternas em led na parte traseira.
SUV Jaguar F-Pace é aguardado no Salão
APRESENTADO NO Salão
de Frankfurt, o primeiro
SUV da Jaguar será uma
das atrações da montadora
no Salão do Automóvel de
São Paulo este ano, e deverá chegar às concessionárias brasileiras no segundo
semestre. A previsão é que
chegue às lojas em julho
custando a partir de R$ 300
mil. Preço para a versão
equipada com o Ingenium,
novo motor 2.0 a diesel que
entrega 180 cv e 43,8 kgfm
de torque. Sem preço ainda
divulgado, a versão topo
de linha, trará sob o capô
o propulsor 3.0 V6 a gasolina, que chega a 100 km/h
em 5,1 segundos, graças
aos seus expressivos 380
cv e 45,8 kgfm. A versão de
entrada, por sua vez, será
equipada com o Ingenium,
novo motor 2.0 a diesel,
que entrega 180 cv e 43,8
kgfm de torque. A versão
limitada First Edition oferecerá cores exclusivas.
Chrysler Pacifica é apresentada em Detroit
A GRANDE NOVIDADE DA Fiat Chrysler Automobiles – FCA (grupo do qual fazem parte
Jeep e Dodge) em Detroit foi a minivan Chrysler Pacifica 2017. O lançamento apresenta uma
escolha de duas motorizações: a primeira versão híbrida do segmento e a próxima geração do motor a gasolina Pentastar V6 de 3,6
litros, o qual é acoplado ao exclusivo câmbio
automático TorqueFlite, de nove velocidades.
Portando mais de 100 recursos de segurança (somando os de série e opcionais), a minivan conta com o Surround View, que usa
quatro câmeras posicionadas em torno do
veículo para proporcionar visão de 360°,
incluindo uma perspectiva 3D do veículo e
seus arredores.
22
Ao Volante
Fiat 124 Spider ainda sem previsão de
chegada ao Brasil
INFELIZMENTE, o modelo mais charmoso do
salão de Detroit não será lançado no Brasil. O
Fiat 124 Spider retorna ao mercado após mais
de trinta anos fora de fabricação - foi fabricado
entre 1967 e 1985. O conversível com apenas
dois lugares volta à linha de produção da Fiat.
Visualmente bem resolvido e com linhas angulosas, unindo esportividade e charme, toda a estrutura do modelo é feita em alumínio e em aços
de alta resistência para garantir mais rigidez torcional e menor peso.
Audi H-Tron tem proposta ousada
.
O LANÇAMENTO DA AUDI em Detroit surpreende pela inovação do h-tron quattro, veículo
movido a hidrogênio. As montadoras parecem
estar se preocupando cada vez mais com a
emissão de gases poluentes na atmosfera. Engana-se quem acredita que veículos movidos
a combustíveis sustentáveis são sinônimo de
desempenho ruim.
O modelo é capaz de rodar quase 600 quilômetros com um “tanque” cheio, e vai de 0 a
100 km/h em menos de 7 segundos. O “motor”
dianteiro gera 120 cv de potência, enquanto o
traseiro dá origem a 188 cv. Não há previsão de
quando um veículo da Audi movido a hidrogênio entrará em produção.
Honda estuda lançamento da linha NSX
OS NOVOS MODELOS do O NSX da Acura (marca de
luxo da Honda) poderão ser lançados no Brasil ainda
esse ano pela própria Honda, já que a montadora não
pretende trazer a marca de luxo para o país. A versão
de produção do Honda/Acura NSX vem com Sistema
Integrado Dinâmico com os modos Quiet, Sport, Sport
+ e Track, que, dependendo da escolha, ajusta as configurações de motor, motores elétricos, transmissão
e chassis, bem como o nível de ruído do motor.
O híbrido terá seu motor substituído pelo V6 twin-turbo longitudinalmente montado de 550 cavalos
de potência. O NSX conta com rodas dianteiras de
19 polegadas e traseiras de 20, com pneus 245/35Z
R19 e 295/30Z R20 e pinças de seis pistões na dianteira e quatro na traseira, acopladas a discos de
freio de cerâmica de carbono.
23
Ao Volante
Novo Tiguan tem inspiração europeia
O NOVO TIGUAN GTE Active Concept trata-se de um
protótipo baseado na nova geração do SUV vendida no mercado europeu, que traz como diferencial a
aparência e vocação mais aventureiras.
O Tiguan GTE Active recebeu rodas de 16 polegadas
calçadas com novos pneus off-road, aumento da distância ao solo, parachoques mais robustos, molduras
nas caixas de roda, proteção na base das portas, barras de teto com holofotes auxiliares e faróis de LED.
O interior se diferencia pelo acabamento diferenciado
e também pelas tecnologias, como o painel de instrumentos configurável e a central multimídia de 9,2
polegadas com controles por gestos.
Ford F-150 Raptor impressiona
A COMBINAÇÃO DE POTÊNCIA, capacidade off-road
e interior com espaço suficiente para levar até cinco pessoas com conforto caracterizam o Ford F-150
Raptor na nova versão SuperCrew. O modelo traz
duas portas adicionais e ainda 30 centímetros a mais
na distância entre-eixos em relação à variante SuperCab (de cabine estendida), chegando a 3,68 m.
O Raptor SuperCrew vem equipado com um motor
3.5 V6 biturbo, que entrega 416 cavalos de potência
e 60 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de 10 velocidades e tração integral com transferência de torque por demanda.
G90 inaugura divisão de luxo da Hyundai
A GENESIS FOI fundada em
2008, lançando um sedã montado pela Hyundai que facilmente se classificaria como
um veículo de luxo. Oito anos
depois, a marca foi promovida
a divisão de luxo e lançou no
salão de Detroit o sedã G90.
A lista de equipamentos traz
banco do motorista com ajustes de 22 vias, incluindo regulagem elétrica dos apoios laterais, central multimídia com
tela de 12,3 polegadas, sistema de câmeras 360°, head-up
display e 17 alto-falantes.
No que diz respeito à segurança, o G90 traz frenagem
24
de emergência com detecção
de pedestres, alerta de mudança involuntária de faixa,
reconhecimento de fadiga do
motorista, faróis adaptativos
e controle de cruzeiro inteligente, capaz de frear e acelerar de acordo com o veículo à
frente. Cuidados especiais garantem o isolamento da cabine em relação aos ruídos e às
vibrações do ambiente externo. Foram empregados materiais especiais de absorção de
sons, além de três camadas
de borracha isolante nos vãos
das portas e vidros especiais
com duplos a prova de ruídos.
ablajovemanuncio.indd 1
25
12/04/2016 16:41:16
Crédito
Proger é linha de crédito para
utilitários, esclarece Caixa
Utilitários da Fiat, GM e Volks: exemplos de
veículos que podem ser financiados pela Proger
aquisição de veículos de
passeio, o que, de fato, foge
do escopo dessa linha de
crédito, especificamente.
A revista Locação entrou
em contato com a CEF e
esclareceu os principais
pontos que geravam dúvida
entre as locadoras sobre a
contratação do Proger.
Alguns associados ABLA
acionaram a entidade
para consultar sobre a
linha de crédito Proger,
disponibilizada pela Caixa
Econômica Federal (e também
pelo Banco do Brasil).
A principal dúvida era a
respeito da possibilidade
de se utilizar os recursos na
Confiram as respostas:
26
Crédito
gar é de até 120 meses, incluindo carência de até 30 meses.
Os prazos e limites variam de acordo
com faturamento da empresa e análise
de crédito. A taxa de juros anual é de
TX (%a.a.) 5,00 + TJLP. É necessária a
confecção de Plano de Negócios.
- No que consiste o Proger?
A CAIXA disponibiliza atualmente as linhas Proger Urbano Investimento e Proger Urbano Investimento Turismo.
O Proger Urbano é destinado a financiar
investimentos fixos, utilizando recursos
do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, disponíveis para empresas que proporcionem a geração e/ou manutenção
de emprego e renda.
- Para que tipo de operação é indicado ?
(Ex.: a locadora pode usar o empréstimo
não apenas para renovação de frota e
não para capital de giro).
Ressaltamos que não é permitido financiamento de carros de passeio a partir
do Proger. Quanto ao capital de giro,
não está disponível no momento, porém
a CAIXA já encaminhou proposta ao Ministério para retorno desta operação.
- Quem pode contratá-lo?
Empresas com faturamento a mais de
12 meses consecutivos de até R$ 7,5
milhões. Incluem-se nessa classificação as Cooperativas e Associações de
Produção.
- Que tipo de financiamento é contemplado com o Proger?
A linha que a CAIXA trabalha atualmente não permite o financiamento de
carros de passeio. Podem ser financiados motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo, furgão, caminhonete,
van, jipe, microônibus e ônibus. Para
se candidatar a esse financiamento, o
faturamento fiscal bruto anual máximo
da locadora é o mesmo de qualquer
empresa, ou seja, de até R$ 7,5 milhões. O financiamento destes veículos é efetuado na Linha Proger Urbano
Investimento Turismo.
- Quais os benefícios para o mercado de
locação, em relação a outras linhas de
financiamento similares?
Taxa diferenciada de TJLP + 5% aa. E prazo mais alongado, com carência, para
pagamento das parcelas.
- Qual o passo a passo para contratar o
Proger?
O cliente deve procurar o gerente da
agência para verificar se os veículos
que pretende financiar estão enquadrados nas condições do Proger Turismo.
Enquadrado, o cliente deve providenciar o Plano de Negócios e documentos
da empresa para efetivação da análise
de risco. Aprovado na análise de risco,
é efetuada a contratação.
- Quais as condições oferecidas?
Para as empresas pertencentes à Cadeia
Produtiva do Turismo, o prazo para pa-
27
Rent a Car
Locadoras e resorts,
uma boa parceria
“O objetivo principal é a excelência no
atendimento aos desejos dos clientes”
“Essa sinergia entre locadoras e resorts
se faz de forma automática, atendendo uma
necessidade dos hóspedes. Mas, de fato, seria interessante desenvolver um diálogo mais
profundo, em nível nacional, para aprimorar
as estratégias de locação de carros junto aos
resorts. Em nível de comunicação, por exemplo, tem muito a ser feito, pois raramente as
locadoras e resorts divulgam em conjunto essas parcerias”, avalia Luigi.
Segundo o presidente da ABR, os resorts
costumam pesquisar as melhores locadoras
em sua região e estimular o bom atendimen-
OPÇÃO DE HOSPEDAGEM diferenciada, um resort concentra em sua infraestrutura ou entorno uma série de serviços – inclusive locadoras
de automóveis, que são essenciais para que o
destino “resort” ofereça conforto e comodidade aos turistas que desejam esticar a viagem
para pontos de interesse próximos ao hotel, enriquecendo a experiência da viagem.
Nesse sentido, as locadoras são grandes
parceiras dos resorts, e essa aproximação pode
proporcionar bons negócios para ambos, conforme indica Luigi Rotunno, presidente da Associação Brasileira de Resorts (ABR).
28
Rent a Car
Locadoras e resorts podem
ampliar parcerias
to ao cliente entre elas.
“Os resorts normalmente privilegiam as locadoras com melhor atendimento na própria região,
pois existe uma certa
responsabilidade do empreendimento em caso
de locação dentro do
estabelecimento. Uma
insatisfação com a locação, por exemplo, reflete
sobre a imagem do resort, assim, é importante
ter um excelente diálogo
entre os parceiros”, ressalta o executivo.
Luigi acredita que os
resorts estarão sempre
receptivos a propostas
de parceria de locadoras.
“Com certeza, esse tipo
de parceria é bem-recebida, visto que o objetivo
principal é a excelência no
atendimento aos desejos
dos clientes”, completa.
29
Mercado
Os perigos do
compartilhamento
de carros
RTA
ALE
Saulo Fróes: cliente deve avaliar cuidadosamente
os riscos do compartilhamento
Afinal, quem não
EM MOMENTO DE
Serviço é atividade de
gostaria de lucrar,
crise, surgem produnas atuais circunstos e nichos de negórisco, que não garante
tâncias, com o carro
cios que prometem
oportunidades de
que está parado na
economia e muito menos garagem? Porém,
economia e, assim,
essa visão imediapodem vir a ser sautista cai por terra
dados, a princípio,
segurança ao usuário
como
excelentes
assim que são coloideias. Mas o fato é
cados os riscos, encargos e obrigações que a atividade de loque nem toda novidade resiste a um exacação impõe a quem atua nesse mercado.
me mais aprofundado das consequênSaulo Fróes, conselheiro gestor da
cias que ela pode provocar. O transporte
ABLA, enumera algumas das consequênpúblico, por exemplo, tem sido um terreno fértil para esse tipo de confronto entre
cias que o compartilhamento de veículos
particulares pode trazer, tanto por parte
temerárias propostas e atividades consode quem coloca o carro à disposição para
lidadas e devidamente regulamentadas.
o aluguel, quanto por parte de quem utiA oferta de veículos particulares para
liza esse serviço. “Há vários riscos enlocação surgiu como uma novidade “antenada” com esses tempos bicudos.
volvidos, começando pela possibilidade
30
Mercado
de apropriação indébita do veículo, além das multas e danos
que podem ser causados pela
condução inapropriada do carro durante o período do aluguel
combinado”, argumenta Saulo.
A apropriação indébita fica
caracterizada quando o cliente
aluga o veículo e desaparece
com ele. “Mesmo nas locadoras, que já possuem uma
estrutura específica para a
checagem dos cadastros de
clientes, as tentativas acontecem com frequência”, explica
Saulo. “Imagine então para a
locação de carros particulares,
que funciona basicamente na base da
‘confiança’, sem instrumentos e sem
profissionais para as checagens referentes ao locatário”, pergunta ele. “O
risco é infinitamente superior e o proprietário poderá ter prejuízo expressivo, inclusive porque não conhecemos
seguro que acoberte esse delito”.
Para o cliente, o conselheiro da
ABLA também alerta para a aparente
economia que o aluguel do veículo particular pode vir a proporcionar. “A diária
média no mercado de locação hoje está
na faixa de R$ 90 para os veículos básicos, completos. Ora, se o aluguel de um
carro particular girar em torno de R$ 10
a hora, em menos de dez horas o cliente terá que desembolsar o mesmo que
gastaria em uma locadora regularizada
para ficar com o carro à disposição por
um dia inteiro”, exemplifica Saulo.
Há, ainda, muitas questões a serem consideradas antes de embarcar
na tentação desse tipo de aluguel. Por
exemplo, a frota das locadoras é sempre nova, em sua maioria com veículos
do ano, e todos passam por revisões
periódicas que proporcionam conforto
e evitam riscos de segurança para os
usuários. Por outro lado, no sistema de
compartilhamento, parece que não há
controle rigoroso das condições dos
veículos ofertados. “O risco de alugar
e o carro sofrer uma pane durante o
trajeto tende a ser exponencialmente
muito maior”, conclui Saulo Fróes.
Regulamentação é
exigência a ser cumprida
O transporte urbano é de muita
responsabilidade, e não pode ser delegado a aventureiros. Foi com base
nessa premissa que as autoridades
de Nova York frearam a atividade de
compartilhamento ou aluguel de automóveis particulares, por entenderem que esse tipo de operação entra
em conflito com as leis de transporte
público. Outros estados norte-americanos, como Califórnia, Oregon e
Washington, seguiram o exemplo e
somente autorizaram o compartilhamento com restrições, de modo a
proteger atividades regulamentadas,
como as locadoras e os taxistas.
No Brasil, o compartilhamento
de carros, assim como a carona
remunerada, não é uma atividade
regulamentada.
Importante salientar que a locação
de automóveis é atividade distinta do
transporte de passageiros. O negócio “locação” consiste no aluguel de
bens móveis, ou seja, ceder o uso de
um bem por um período a terceiros
em vista de uma remuneração.
31
Por Dentro
Ford Focus Fastback chega ao mercado
portando inovações tecnológicas exclusivas
O novo sedã da Ford chega às lojas em agosto para
atender a demanda de consumidores de carros médios
na frota das locadoras, com novo visual e portando
novidades que vai da segurança ao desempenho
Os equipamentos de segurança projetados
especialmente para a linha garantiram ao Focus Fastback o padrão máximo de cinco estrelas do Latin NCAP, entidade responsável pela
classificação de segurança dos veículos.
A Ford desenvolveu um recurso que facilitará muito o manejo do Focus Fastback Titanium
Plus. O estacionamento automático de segunda geração identifica os espaços disponíveis, e
possibilita estacionar o veículo em vagas paralelas ou perpendiculares, comuns nos shopping centers, sem precisar mexer na direção.
O motorista apenas controla o acelerador e o
freio e o carro estaciona sozinho.
A NOVA VERSÃO de quatro portas tem design inspirado em modelos globais e atuais
da Ford como o Mustang e o Fusion e será
disponibilizado nas versões SE, SE Plus, Titanium e Titanium Plus, todas com motor Direct Flex 2.0 e câmbio automático sequencial
de seis velocidades.
Como item de segurança, o sedã conta com
a oferta de seis airbags (frontais, laterais e de
cortina), a estrutura reforçada com aços de
alta resistência e barras de proteção lateral e
o sistema de alerta pós-acidente. Possui também sistema Isofix para fixação de até duas
cadeiras infantis.
32
Por Dentro
Para todas as versões existe um serviço
chamado My Key, que permite limitar vários parâmetros do carro quando ele é usado por terceiros. Os itens de conveniência,
a depender da versão, conta com ar-condicionado digital, espelhos externos com
rebatimento elétrico, chave com sensor de
presença e partida sem chave, retrovisor
eletrocrômico, limitador de velocidade,
controle de velocidade de cruzeiro e acendimento automático dos faróis.
Os equipamentos de série são rodas
de liga leve de 17”, duplo airbag, sistema
AdvanceTrac (controle de estabilidade, tração e curvas, assistente de partida em rampa, assistente preventivo antiderrapagem,
monitoramento de pressão dos pneus e
assistência de frenagem de emergência),
freio a disco nas quatro rodas com ABS
e EBD, faróis de neblina, acendimento
automático dos faróis, sensor de chuva,
e sistema de conectividade SYNC com
AppLink e Assistência de Emergência.
Ficha técnica
Ford Focus Fastback
n Modelo/ Versão: Focus Fastback
SEAT 2.0
n Motor: 2.0 Duratec Flex TiCVT
GDI
n Número e disposição dos cilindros: 4 (quatro em linha)
n Potência: 175 cv a 6500 rpm
(gasolina)
n Número de eixos: 2 (dois)
n Comprimento: 4.538 mm
n Altura: 1.469 mm
n Largura (Com espelhos): 2.010
mm
n Porta-malas: 421 litros
n Reservatório de combustível: 55
litros
Tecnologia embarcada no novo modelo é um dos destques
33
Por Dentro
Desenvolvido especialmente para o brasileiro
pela Nissan, Kicks será produzido no país
Unindo sofisticação e versatilidade, o design do Kicks
pretende surpreender clientes do setor que desejam um carro
atraente visualmente, mas que seja também esportivo
AS CORES ESCOLHIDAS para o modelo
ilustram bem essa definição. O cinza, muito popular em culturas urbanas no Brasil,
representa seriedade e sofisticação unida
aos detalhes que o Kicks recebeu em laranja Rio Sunset (cor desenvolvida especialmente para ele) mostram que a marca
atingiu os objetivos de entregar um carro
com personalidade jovem.
A nova identidade visual da marca está
na nova grade em “V” e no conjunto óptico em formato de bumerangue. A linha de
cintura do crossover tem um friso cromado que se estende até o teto com formato
de lança, dando assim um visual robusto
de acordo com a proposta do modelo.
Dimensões Nissan Kicks
Concept (m)
Entreeixos2.62
Comprimento4.3
Largura1.8
Altura1.6
(incluindo rack de teto)
34
Por Dentro
OnStar põe modelo em
patamar inédito
O OnStar é um sistema de telemática que
oferece ao motorista mais de 20 serviços de
emergência, segurança, navegação, concierge
e conectividade. Disponível para as versões
mais sofisticadas, no Cobalt 2016 a Chevrolet
oferece o serviço como cortesia por 12 meses.
Pressionando um botão no retrovisor interno, o motorista é conectado a uma central com
atendimento humano que oferece serviços
como pesquisas na internet, reservas e informações sobre o tráfego. Pode-se acionar o botão OnStar para solicitar assistência mecânica,
elétrica ou médica em caso de emergência.
O sistema também avisa quando o automóvel está sendo furtado ou envolveu-se em
acidente. Isso acontece porque os sensores
são capazes de detectar situações de anormalidade e alertam o Centro de Atendimento. Profissionais capacitados então fazem a
análise da situação e, se necessário, solicitam
auxílio das autoridades.
O Kicks chega com design inovador
garantiu o sucesso em sua produção apenas pelo design inovador que apresentou
no salão do automóvel de São Paulo em
2014 e recentemente no salão de Buenos
Aires em junho de 2015.
Liderado pelo Centro de Design Global
da Nissan, no Japão o Kicks foi desenvolvido pelo estúdio Nissan Design América,
em San Diego, Califórnia em conjunto com
o novo escritório de design da marca no
Brasil o Nissan Design America – Rio.
Desde o lançamento do Murano em
2003 a Nissan vem surpreendendo o mercado com o lançamento de novos crossovers. O Juke, Qashqai e X-Trail são exemplos de modelos que conquistaram os fãs
do SUV compacto.
O Kicks é o terceiro modelo da Nissan
desenvolvido com base nas necessidades
dos motoristas brasileiros. “Os crossovers compactos são muito atraentes para
consumidores da América Latina. Com o
Nissan Kicks, nós vamos além do óbvio
para conquistá-los, com um design incisivo e desempenho que nossos clientes anseiam” afirmou José Luis Valls, chairman
da Nissan América Latina.
A produção que está confirmada para a
fábrica de Resende no Rio de Janeiro, deve
ser ampliada para abastecer todo o mercado latino e a Nissan ainda planeja exporta
o veículo do Brasil para outros mercados.
O Complexo Industrial de Resende abriga atualmente a produção dos compactos
Versa e March. Com a chegada do Kicks a
montadora está investindo R$ 750 milhões
e deve contratar 600 novos funcionários
além de iniciar um segundo turno.
Ainda sem detalhes sobre potência, segurança e equipamentos de série, o Kicks
promete ser uma evolução do modelo em
que foi inspirado, o Kicks Concept. Porém
35
Entrevista
“Frear a queda é o primeiro
passo para voltar a crescer”
Ex-presidente da Anfavea
avalia alternativas para a
retomada do crescimento
do setor automotivo
Luiz Moan, ex-presidente da Anfavea
Há pouco mais de seis meses, Luiz
e atua há mais de 30 anos no setor
Fórum Nacional da Indústria do
Volkswagen, General Motors e pela
automotivo, com passagens pela
Moan esteve na abertura do último
própria Anfavea.
Aluguel de Automóveis e deixou
A Associação Nacional dos Fabri-
uma mensagem de otimismo aos
cantes de Veículos Automotores
empresários do setor.
completa 60 anos de existência em
Agora, a revista LOCAÇÃO volta
maio. Hoje, a entidade reúne 28 em-
a falar com Luiz Moan que nos traz
presas produtoras de automóveis,
novas perspectivas para este 2016,
comerciais leves,
caminhões,
ônibus
Edmar Bull:
segmento deve
que prossegue cheio de desafios.
e máquinas agrícolas e rodoviárias.
Luiz Moan Yabiku Jr. é economista
evoluir em 2016
36
Entrevista
Luiz Moan: Sim, o carro brasileiro ficou mais
barato, em dólar, o que favorece a exportação.
Em 2016, as exportações de veículos devem
crescer 8,1%. E a produção subirá 0,5% em relação a 2015. Teremos mais presença no mercado mundial de veículos.
Executivo seguiu
na presidência da
Anfavea até abril
REVISTA LOCAÇÃO: Recentemente, o setor
automotivo se mobilizou em torno de uma
proposta de renovação da frota, com a possibilidade de serem oferecidos benefícios para
quem possui um automóvel ou caminhão
com mais de 20 anos de uso e pode vir a adquirir um veículo novo. O que o senhor acha
dessa iniciativa?
Luiz Moan: A renovação da frota é um pleito
de mais de 20 anos da Anfavea. O objetivo é
termos uma proposta unificada, que reúna as
demandas de 19 entidades. Mas o viés dessa
iniciativa não é alavancar vendas, mas sim
atingir um mercado em que tenhamos redução contínua da idade média da frota, com
mais segurança, melhor eficiência energética e redução da poluição ambiental. Praticamente todos os grandes países do mundo
possuem uma política de renovação de frota.
No Japão, por exemplo, o tributo anual pago
pela posse do veículo cresce à medida que
este vai se tornando mais velho. Isso não significa que o Brasil precisa buscar modelos
prontos lá fora. A proposta encaminhada ao
governo em dezembro unifica sugestões de
19 entidades; agora, aguardamos uma resposta positiva.
Luiz Moan Yabiku Junior foi presidente da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, para o período de abril 2013
a abril 2016. Também é economista e
diretor de Assuntos Institucionais da
General Motors. Atua no setor automotivo há mais de 30 anos, com passagens pela Volkswagen do Brasil e
Anfavea, do qual foi diretor-executivo.
Na gestão em 2010-2013, foi 1º vice-presidente da Anfavea/Sinfavea.
REVISTA LOCAÇÃO: O ano de 2015 é para ser
esquecido?
Luiz Moan: Fechamos o ano passado com uma
queda de 22,8% na produção e 26,6% nas vendas. Tivemos em 2015 uma corrosão generalizada da economia brasileira, que atingiu todos
os setores, não só o automotivo. O cenário político contribuiu para a redução da confiança dos
consumidores e investidores, e a consequência
dessa incerteza é o adiamento da compra.
Para 2016, nós imaginamos que poderemos
ter um desempenho ao longo do ano similar
ao registrado no terceiro trimestre de 2015,
quando a queda nas vendas chegou a 7,5%. Assim, com essa retração estimada, chegaríamos
a 2,37 milhões de licenciamentos em 2016, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e
ônibus. Seria o quarto retrocesso anual seguido, e voltaríamos ao nível de vendas registrado em 2007.
Precisamos, sem dúvida, frear essa retração.
Mas para voltar a crescer, precisamos antes
deter a queda. Não será um processo rápido.
REVISTA LOCAÇÃO: Qual a importância do
segmento de locação para as vendas das montadoras em 2016? Houve um crescimento das
locadoras no percentual da venda do setor no
ano passado?
Luiz Moan: Não há como mensurar essa informação no âmbito da Anfavea, mas certamente a relação institucional entre a entidade e a
ABLA é a melhor possível.
REVISTA LOCAÇÃO: Algumas montadoras utilizam a locação como test drive para seus modelos com muita sabedoria, pois o carro inserido na locadora poderá ser degustado melhor
pelo possível comprador. Nesse sentido, as
locadoras podem ser um potencial multiplicador de vendas para as montadoras?
Luiz Moan: Cada associado Anfavea é livre
para buscar a relação comercial que deseja
com as locadoras. O que posso dizer é que
fazemos parte da mesma cadeia econômica
e vamos buscar sempre um entendimento no
âmbito institucional.
REVISTA LOCAÇÃO: Há algum fator favorável
nessa perspectiva de queda?
37
Opinião
2016:
um ano de muito trabalho
Ilídio dos Santos
Ilídio dos Santos é presidente da Fenauto - Federação Nacional
das Associações de Revendedoras de Veículos Automotores
do novos posicionamentos perante o
mercado. Muito trabalho, criatividade
e união serão as diretrizes deste ano
que se inicia.
A Fenauto vem colhendo os frutos
de um amplo projeto de reestruturação, desenvolvendo ferramentas úteis
para seus associados gerarem mais
oportunidades de negócios. Essa condição com certeza auxiliou o segmento
a obter um resultado, à custa de muito
O ANO DE 2016 começa com a perspectiva de que nossa economia atravessará um período difícil em busca
de uma recuperação. Embora ainda
seja quase impossível fazer qualquer
tipo de previsão para os cenários que
o país deve enfrentar nos próximos
doze meses, a cadeia produtiva do setor automotivo, com certeza, não deve
deixar de fazer certas adequações e
ajustes em suas estruturas, buscan-
38
Opinião
trabalho e criatividade, de certa estabilidade no ano de 2015, enquanto a
maioria dos setores da economia brasileira enfrentou dificuldades.
Comprovando essa realidade, no
final de 2015 a Fenauto divulgou os
dados do mercado de veículos seminovos. E, para a satisfação de quem
trabalha nesse setor, os resultados se
mostraram estáveis em relação a 2014.
Os números produzidos em 2015
foram praticamente idênticos aos do
ano anterior. Em 2014 foram comercializados 13.357.295 veículos seminovos
contra 13.360.306 em 2015 (diferença
positiva de 3.011 veículos). Ou seja,
uma variação de praticamente zero
nos resultados anuais.
O destaque do setor, no entanto, foi
o segmento dos veículos entre 0 e 3
anos de uso que, definitivamente, vem
ganhando a simpatia dos consumidores. Somente em 2015 foram comercializadas 4.035.316 unidades contra
3.019.558 em 2014, ou seja, um crescimento de 33%. O final de ano também
trouxe um alento para o setor já que
entre os meses de novembro e dezembro de 2015 o setor registrou um crescimento expressivo de 20%.
A Federação mostrou-se satisfeita
por terminar 2015 com esse resultado
estável, embora o setor tenha iniciado
o ano com um ritmo mais acentuado
de crescimento. No entanto, a retração
da economia nos últimos meses do
ano diminuiu a evolução das vendas.
Mas a Fenauto vem trabalhando intensamente para que o ritmo de vendas prossiga com os melhores resultados possíveis, acompanhando uma
possível retomada do crescimento da
economia. A percepção da entidade é a
de que, apesar da oferta mais seletiva
de crédito para financiamentos, o con-
sumidor vem, cada vez mais, optando
por obter mais vantagens na hora da
compra de um veículo. Essa tendência
pode ser comprovada pelo fato do consumidor antenado se informar de todos
os detalhes sobre o custo benefício do
veículo que ele deseja comprar (ano,
modelo, características, custo médio,
vantagens, taxas de financiamento etc),
antes de ir até um revendedor.
Analisando todas essas variáveis, o
consumidor mais atento percebe que
um seminovo reúne mais vantagens
nas contas finais. Um seminovo hoje
pode ser encontrado em bom estado de
conservação, com uma quilometragem
relativamente baixa, e até dentro da
garantia original de fábrica, com mais
acessórios que um carro modelo básico, por um preço bem inferior ao de um
zero, mas reunindo todas as condições
para satisfazer o desejo do comprador.
Com todas essas vantagens é natural que a opção por um seminovo
venha ganhando mais espaço no momento da decisão de se trocar de carro.
A Fenauto lembra que, em momentos de aperto na economia, o planejamento de gastos deve ser muito bem
estudado para se obter o melhor custo benefício na compra de um bem e
especialmente de um veículo. A opção
por um seminovo, além do custo imediato da compra, apresenta despesas
menores com IPVA e seguro, tornando sua oferta ainda mais interessante
para o consumidor.
Os veículos seminovos ainda reúnem uma série de outros benefícios.
Desde que o carro apresente boas condições de manutenção e sua documentação esteja em ordem, ele sempre
será uma boa opção de compra por um
custo justo que seja compatível com o
momento atual de nossa economia.
FALTA TEXTO
39
Manutenção
Revisão de Blindagem
*Cecília Lodi, diretora da Lodi Consultoria
QUANTOS VEÍCULOS BLINDADOS RODAM NO PAÍS?
O BRASIL detém o maior
Já em 2015, cerca de 20
O uso rotineiro e falta
mercado de blindagem de
mil carros foram blindados
veículos civis no mundo
no Brasil, o que coloca o
de manutenção das
- são cerca de 120 mil vepaís na liderança desse
ículos blindados no nível
mercado em todo o mundo.
estradas são fatores que
permitido: nosso nível máSe a ideia é ter proteção
ximo de blindagem para
acima desses níveis o pronaturalmente exigem
usuários civis é o III A,
prietário precisa uma auque resiste a disparos de
torização do Exército. Mas
a revisão do carro
revólveres convencionais,
o conselho vale para qualcomo calibre 38 e 9 mm, e
quer nível: a segurança que
até metralhadoras de baio blindado oferece pode
blindado
xo calibre, como a Uzi.
estar em risco se a manuDe acordo com os últenção sistemática não for
timos dados fornecidos pela Associarealizada pelos proprietários. E mais: por
ção Brasileira de Blindagem (Abrablin),
ser um serviço caro – a blindagem de um veem 2014 foram blindados 11.731 carros
ículo pequeno como uma picape compacta,
no país, alta de 15,5% em comparação a
gira em torno de R$ 37 mil, o que é quase o
2013, quando 10.156 veículos receberam
preço de outro veículo – a revisão e a manua proteção. A pesquisa contou com a partenção são extremamente compensatórias
ticipação de 29 blindadoras associadas à
pois requerem valores que vão de R$ 500
entidade e que representam 70% da proa R$ 1 mil, o que faz o custo-benefício do
dução total de veículos blindados no país.
serviço ser muito equilibrado.
40
Manutenção
Anderson Andrietta, da EB Blindados,
explica aos leitores da revista Locação porque a revisão da blindagem é tão importante para o veículo: “O fato é que a blindagem é um trabalho quase que artesanal,
que exige o desmonte do interior do carro
inteiro. A revisão faz-se necessária para
verificar ajustes de aço ou manta, lubrificação de maquinários, forração de portas,
funcionamento de sirene e comunicador,
fixação das borrachas, regulagem das portas, entre outros itens.”
Andrietta acredita que o benefício mais
importante da revisão seja a segurança,
porém algumas peças do carro tendem a
desgastar muito rápido como pneu, freio
e amortecedor e a revisão evita que esse
desgaste apresente problemas ao carro.
AS CONSEQUÊNCIAS
A falta de revisão regular pode apresentar alguns malefícios. A blindagem é
feita no módulo habitável do carro, portas, teto, tampa traseira (no caso de veículos SUV), caixa de roda e churrasqueira
(entre painel e motor). Não há nenhuma
parte vulnerável para quem esteja dentro
do carro. Uma blindagem comum acrescenta 180 kg ao veículo. “Ressalto a importância da revisão dando um exemplo
simples: a máquina de porta, que é reforçada para aguentar o peso do vidro, pode
parar de funcionar no momento que o
usuário esteja com a janela aberta”, conclui Andrietta.
A falta de revisão regular pode apresentar malefícios ao carro
41
ABLA Jovem
Mensurando resultados em tempos
de crise (por mais Billy Beanes)
Por Saulo Fróes Jr.
Saulo Fróes Jr. é um dos fundadores e
integrante da Comissão ABLA JOVEM
O ANO É 2016, e a nossa situação econômica
ainda é preocupante. Muitas dúvidas pairam
sobre a cabeça do empresário brasileiro. Investir ou não? Quais custos cortar? Quando os
indicadores econômicos mostrarão melhora?
Em geral, no decorrer dos últimos anos
no Brasil trabalhamos em um cenário de certezas, no qual as empresas eram convidadas
a crescer. Sendo assim, muitos dos nossos
bons resultados eram impulsionados por essa
“inércia econômica”. Com isso, alguns empresários acabaram acreditando que suas ações
eram quase sempre bem-sucedidas, quando
na verdade, esses sucessos se davam devido
ao crescimento de mercado.
O que temos hoje é um cenário inverso, no
qual uma ação bem-feita mas não mensurada
corretamente, corre o risco de ser menosprezada, pois nossa miopia enxerga que o resultado
geral da empresa não melhorou naquele mesmo período. Infelizmente essa é a visão predominante em muitas de nossas empresas.
No Brasil, o país do futebol, as organizações são tratadas como nosso esporte. O técnico faz o melhor que pode, usando de certa
experiência e tática, mas contando muito mais
com seu feeling e um bocado de sorte. Esse
mesmo técnico na hora de planejar imagina o
futuro como sendo o hoje um pouco melhorado. Com esse cenário em mente, planeja suas
ações. Infelizmente, na prática a previsibilidade é muito mais complexa que isso e ele acaba fracassando sem entender o por que.
Nossas empresas seriam mais bem tratadas se nosso paralelo de referência fosse, por
exemplo, o beisebol, na forma como é analisado e entendido hoje. Para quem não conhece a
sistemática de jogo, cada jogada é curta, sistêmica, e, portanto, mensurável.
Um ótimo exemplo de sucesso no esporte
é o Oakland Athletics, cuja história virou filme
de Hollywood. A modesta equipe da Califórnia
em 2002 contava com um orçamento cerca de
quatro vezes menor do que os grandes times
da Liga. Mesmo com essa limitação orçamentária, o time alcançou o primeiro lugar na divisão Oeste, num total de 103 vitórias alcançando
inclusive um recorde histórico, que perdura até
hoje na história moderna do esporte, de incríveis 20 vitórias consecutivas.
42
ABLA Jovem
Cartaz do filme “O
Homem que mudou
o Jogo”, inspiração
para este artigo
em dados é uma poderosa aliada ao sucesso
das organizações. A lição que fica para o empresário é que as empresas que conseguem
melhor planejar e mensurar suas ações colhem melhores frutos.
A realidade, no entanto, é que muitos de
nós lucramos e prosperamos em um ambiente
mais convidativo e menos desafiador do que
o de Billy, o que nos deixou estacionados em
uma zona de conforto.
Agora em nosso atual cenário de crise, mais
do que nunca, planejar, medir e controlar não é
mais um diferencial e sim uma questão de sobrevivência. Quem não se adaptar e continuar
fazendo o óbvio, o que “os outros estão fazendo”, ou seja, cortando custos indiscriminadamente e praticando tarifas predatórias, e medindo seus resultados com base no “achismo”,
incorrerá no grande risco de cair em qualidade
nivelando-se por baixo, e consequentemente,
extinguir sua própria empresa.
Na época o gerente geral do time, o equivalente ao nosso “diretor de futebol”, Billy
Beane, negligenciou o “achismo” de seus
experientes olheiros e do técnico da equipe
e contratou um recém formado estudante de
economia da universidade de Yale. Esse jovem enxergava o jogo de beisebol de uma
forma muito mais pragmática. Usando de
uma imensa quantidade de dados e estatística sobre jogadores, identificou quais seriam as melhores opções de contratações
(os jogadores mais subvalorizados) e tática
de jogo detalhada que a equipe deveria adotar. Bombardeado pela imprensa e pelo próprio clube com algumas derrotas no início da
temporada, Billy acreditou em sua visão de
longo prazo e aos poucos a história começou
a mudar, e as vitórias a surgirem.
A vitoriosa história de Billy é uma boa inspiração para o atual momento que vivemos, e
é um ótimo exemplo de que a análise baseada
43
Qualificação
Vendedor moderno
ABLA realiza piloto para
capacitação em vendas entre
as locadoras de veículos
Volney Faustini: parceria com a ABLA
é muito importante para o sucesso das locadoras, fizemos um bate-bola com Volney sobre o projeto da ABLA. Acompanhem:
VENDEDOR NASCE FEITO ou tem que se desenvolver?
Esse é um bom início de conversa para trocar algumas ideias com o especialista Volney Faustini.
”Creio que as duas alternativas são verdadeiras,
mas, já que você perguntou, no meu caso, nasci
vendedor”, responde ele, dando boas risadas.
Volney é o instrutor do curso que deverá ser
ministrado este ano pela ABLA “Vendas de Terceira Geração”, que será ministrado este ano,
em todo o país. O piloto do curso aconteceu
em março, em São Paulo, a fim de se realizar
os últimos ajustes na programação.
“Venda é acima de tudo algo emocional e não
racional. Qual vendedor é melhor: o inteligente ou com boa emoção?”, provoca Volney. Ele
mesmo responde: “A inteligência emocional
sempre é melhor!”
O especialista adianta alguns tópicos que farão
a diferença na nova qualificação oferecida pela
ABLA. “Vamos trabalhar conceitos como empatia, positividade e clareza”, revela.
Considerando que essa capacitação em vendas
Volney, se todos nascem vendedores, por que
capacitar?
Porque sem formação, somos vendedores indisciplinados e não técnicos. Já aconteceu (e
não foi uma única vez), ao fazer uma reunião
com os vendedores de uma empresa cliente,
de termos uma primeira solicitação da equipe, mesmo antes do treinamento, de que a
empresa viesse a baixar o preço do produto e
investir em Marketing. A resposta para a equipe foi: “se é para o cliente simplesmente comprar, não há necessidade de vendedor”.
Venda é uma atividade central e nuclear de
qualquer empresa. Tem que ser técnica e bem
elaborada. Vendas é liderança, é pegar o cliente pela mãozinha e levá-lo a uma boa decisão
– para si e para a empresa. A empresa tem que
vender e não esperar o cliente comprar. Vendas é acima de tudo pró-ativa!
44
Qualificação
brancas que movem primeiro). A iniciativa, o
primeiro lance, a primeira jogada tem que ser
da empresa vendedora! E aí temos que ser criativos e com atitude. Hoje é impossível você circular na praça de alimentação de um shopping
sem que um atendente esteja do nosso lado
nos mostrando o cardápio. Temos que ser engenhosos e inovadores!
E como a locadora pode se beneficiar ao ter
um vendedor qualificado?
Aí entra a vantagem competitiva. Lembre-se:
estamos competindo em um mercado cada
vez mais plural e diversificado. Não é só vender melhor do que a locadora vizinha. O cliente
hoje pode optar por outras alternativas que não
a locação. É preciso vender a nossa atividade e
o nosso conceito de servir e atender às necessidades e aos desejos cada vez mais complexos
e articulados de nossos clientes.
É possível se preparar para esse tipo de venda? De que forma?
Sim, podemos nos preparar, e a qualificação
oferecida pela ABLA vem ao encontro dessa
proposta. Mas tem uma ressalva: o curso é a
ponta do iceberg. Tem muito a ser feito e o profissional moderno não pode ficar parado. Tem
que evoluir sempre, aprender sempre. Vamos
dar as bases, plantar as sementes certas, para
que o profissional de vendas possa evoluir.
E quais são essas qualificações? Que tipo de
perfil deve ter um bom vendedor de locadora?
O profissional moderno capacitado deverá estar pronto a não somente trabalhar as técnicas
de vendas (os procedimentos) mas também
em se vender ao ser um profissional moderno
(as atitudes). Uma coisa sem a outra não vai
dar liga. Por isso o curso proposto a partir da
ABLA chama-se `Vendas de 3ª Geração´, juntando “o que fazer” com “o que ser”.
Vamos incluir uma novidade, que serão as atividades pré-curso – denominadas de Arranque Rápido– com leituras e vídeos na medida certa para
nossa equipe super-atarefada. E depois o curso
presencial de um dia inteiro – com uma pegada
muito prática, com demonstrações e exercícios.
Veja o caso da qualificação para Frotista – Locação Corporativa. Há diferentes alternativas
que competem com a terceirização de frota.
Precisamos apresentar os comparativos, vender os conceitos, mostrar as economias, quebrar o paradigma do ativo – ainda hoje em pleno século 21, muitos empresários continuam
pensando debaixo do modelo antigo de posse,
ou seja, de ter veículos no seu ativo, e não no
modelo de usufruto, de prestação de serviços.
Haverá sempre espaço no mercado para um
vendedor qualificado?
Sim, com certeza! Hoje, mais do que nunca,
90% das atividades de qualquer profissional
envolve vendas em maior ou menor grau. Todos nós estamos sempre vendendo. Desde
o nascimento, queremos atenção, queremos
nosso prato predileto, um doce ou uma sobremesa, queremos uma resposta da professora,
a professora quer a nossa atenção, o porteiro
quer o número do seu RG e tirar a sua foto, o
cliente quer um bom carro pelo menor preço,
a gerência quer um bom atendimento, quer
uma boa manutenção ... enfim, estamos todos
sempre vendendo algo. É da natureza humana, ainda mais no mundo moderno, as interações de vendas e negociação.
A tecnologia interfere na atividade do vendedor?
Sim, hoje são inúmeras as alternativas na ponta de nossos dedos: basta usar o mais novo
aplicativo no celular. São novas formas de
prestar serviços. Temos que estar prontos para
´vender o nosso peixe´ – conquistar o cliente,
dar-lhe segurança, orientá-lo, agregar serviços...Tudo isso provando que o cliente fará
uma escolha mais econômica, mais confortável, mais adequada para si, para sua família,
para o propósito de sua locação.
PARCERIA COM A ABLA
Volney se considera um parceiro da
ABLA, pois na década passada participou de um programa da associação com
o qual percorreu, em dois anos, mais
de 20 capitais com o abrangente curso
“Vender e Atender com Sucesso.”
Ele foi um dos pioneiros do telemarketing no Brasil, quando teve a oportunidade de preparar milhares de gerentes,
supervisores e operadores em vendas
por telefone, como instrutor da Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil
(ADVB). Estou acostumado a vender,
seja para uma pessoa e ou para uma plateia de bom tamanho. Afinal, eu também
nasci vendedor, completa.
Em que momento da operação o vendedor de
locação atua?
Antes, durante e depois. Ele ou ela – vendedor
ou vendedora – tem que dormir com a bola!
Hoje não se pode mais ser passivo – ficar na
espera. Digo que hoje as empresas têm que
jogar com as brancas (no xadrez, são as peças
45
Brasil Viagem
Espírito Santo
como você nunca viu
Das rotas populares aos
mais escondidos recantos capixabas
A famosa Guarapari: praia atrai turistas de todo o país
ma satisfatória as necessidades da viagem,
permitindo conhecer a costa do estado com
tempo e no ritmo de preferência.
O turista que visita a região não pode deixar
de experimentar a moqueca ao estilo capixaba, um pouco diferente do tempero nordestino
carregado de leite de coco e azeite de dendê, e
facilmente encontrada nos restaurantes locais.
Os frutos do mar em geral são baratos e muito
frescos e, estando de carro, um passeio interessante é circular pela costa da região e comprar
estes produtos diretamente dos pescadores.
O diretor regional da ABLA no Espírito Santo, Márcio Gonçalves, destaca ainda opções alternativas à praia para o turista no estado. “Não
menos interessante do que as praias é desbravar nossa serra e suas belezas naturais preser-
QUEM ESCOLHE o Estado do Espírito Santo
para as férias normalmente está de olho nas
praias da região, sendo Guarapari a mais famosa entre mineiros e capixabas. Distando apenas
60 km de Vitória é um destino muito procurado
no Verão, oferecendo muitas opções de lazer
para o dia e também para a noite.
Depois que o sol se põe, os bares, restaurantes e boates garantem a animação noite a
dentro. Se esse é o turismo procurado a praia
de Meaípe é uma boa opção, tradicional vila
de pescadores que de noite é tomada pelos jovens e alternativos da região.
Essa diversidade faz o destino muito popular entre as famílias, além da facilidade do
caminho e a boa condição das estradas. Para
esse roteiro um veículo simples atende de for-
46
Brasil Viagem
Paisagem serrana surpreendente
vadas do turismo ostensivo. A Rota Oeste do
Espirito Santo oferece um clima bucólico que
lhe rendeu o título de ‘rota capixaba romântica’,
deliciosos restaurantes e muito verde”, completa Márcio. Os vestígios da colonização podem
ser vistos nos detalhes da arquitetura e gastronomia alemã e italiana.
Seguindo pela BR 262, a Reserva Florestal
Pedra Azul dista apenas 110 km de Vitória e
tem paisagens de cair o queixo. O destaque
vai para a belíssima Rota do Lagarto, seus restaurantes de padrão internacional e simpáticas
pousadas. A sugestão é utilizar veículos mais
potentes, pois a subida da serra exige um esforço maior do carro.
Também na região serrana, a 70 km ao norte
de Vitória está Santa Teresa, conhecida como primeira cidade de colonização italiana no Brasil. O
clima ameno das montanhas se encontra com
uma gastronomia especializada e belas cachoeiras, um day trip possível para quem parte de
Vitória. Para os amantes da aventura recomenda-se aluguel de carro 4x4 para chegar às cachoeiras, algumas com estradas irregulares.
Essas três rotas são opções fáceis para o turista do Espírito Santo e oferecem boas oportunidades para as locadoras de veículos, alternativas para sugerir aos viajantes e prolongar
o período de estada na região.
47
Brasil Viagem
Jalapão: um paraíso bruto
Conheça os caminhos que se estendem por 34 mil km²
do estado do Tocantins, atraindo cada vez mais curiosos
Parque Nacional do Jalapão
AINDA EM UM MOMENTO de descoberta pelo turista brasileiro, o
Deserto do Jalapão se estende por
incríveis 34 mil km² de paisagens
incríveis a leste do Tocantins. No coração do Brasil, faz ainda fronteira
com os estados da Bahia, Piauí e
Maranhão. De acesso complicado,
algumas atrações necessitam de
guia e quase todas as estradas são
de terra ou areia, uma dificuldade
para o turista que pode ser uma
oportunidade de negócios para as
locadoras da região.
48
Brasil Viagem
Rio Novo, uma das atrações da região
questão de segurança, já que em grande parte
da região não há sinal de celular e são poucos
os postos de gasolina. Recomenda-se ainda
encher o tanque nas cidades, que funcionam
como ponto de apoio do Parque Estadual, pois
se pode circular por 200 km sem nenhum ponto
de abastecimento.
Para o turista a dica é atenção redobrada
com os animais silvestres na estrada e todos os
procedimentos de segurança do veículo. Com
cuidado e prudência, resta apenas curtir as paisagens de cerrado, dunas, campos de capim
dourado, rios, paredões de arenito e grandes
rios e cachoeiras.
“O turismo comercial se iniciou de forma
sistemática na região apenas por volta do ano
2000 e ainda existe um grande potencial a
explorar no destino como referência de ecoturismo”, explica a Diretora Regional da ABLA
no Tocantins, Cleide Brandão. “É uma viagem
que merece pelo menos quatro dias e requer
certa organização por parte do turista, com estradas inóspitas e isoladas. Mas quem já foi,
garante: a aventura vale muito a pena. Ao se
deparar com as belezas naturais e exóticas do
Jalapão, todo o esforço fica para trás”, garante.
Saindo da cidade de Palmas pela TO-050 se
acessa Ponte Alta do Tocantins pela rodovia
TO-225, os últimos 190 km de estrada asfaltada até a entrada do Jalapão. A partir deste
ponto a tração e potência do veículo são fundamentais para explorar os atrativos locais,
que perpassam o Parque Estadual do Jalapão,
a Estação Ecológica Serra Geral e terrenos
particulares. É necessário veículo 4x4 ou jeep
para enfrentar as estradas irregulares de terra
e areia, sendo ainda recomendado procurar
um guia especializado para os passeios.
São Paulo e Rio de Janeiro levam a grande
parte dos turistas que visitam a região, fazendo da estrutura de receptivo ainda mais importante para o seu desenvolvimento turístico.
O público em grande parte é jovem, aventureiro e de boa condição financeira, já que esta
não é uma viagem barata, especialmente na
alta temporada, entre julho e agosto. Os produtos de capim dourado merecem destaque
e são confeccionados em associações locais,
utilizando esta espécie única do Jalapão.
Acessórios extras se destacam na hora da
locação e uma revisão rígida nos veículos é
Atrações imperdíveis:
Cachoeira do Lajeado: Queda de 15 metros e excelente poço para banho
Cachoeira da Fumaça: Trilha fácil e duas quedas, não
é permitido entrar na água, mas também dá acesso
ao famoso Fervedouro.
Cachoeira da velha: O banho também é proibido no
local, mas a diversão é ver a força da queda das
águas.
Cachoeira do Formiga: Para aproveitar ao máximo
as águas cristalinas, leve máscara de mergulho para
observar os peixes
Rio Novo: Excelente para canoagem e rafting, há disponibilidade de guias e aulas
Cachoeira da Roncadeira: é possível fazer rapel
nas paredes rochosas e se deliciar com a água
azul cristalina
Cachoeira do Suçuapara: Uma gigantesca pedra de
calcário esculpida pelo tempo forma um cânion.
49
Tira Teima
Como proceder em caso de
apropriação indébita
A apropriação indébita, ou seja, a locação em que o veículo
não é devolvido, é incidente que exige medidas imediatas
e efetivas. Nesta edição, atendendo a questionamentos
sobre os corretos procedimentos a serem adotados
pelas locadoras de automóveis diante dessa ocorrência,
convidamos o assessor jurídico Adriano de Castro a
esclarecer a melhor maneira de conduzir esse assunto.
50
Tira Teima
?
A decisão quanto à adoção de qualquer
medida judicial envolve a estrita avaliação
entre custo versus benefício.
DÚVIDA: Como proceder em caso de apropriação indébita?
RESPOSTA: Em linhas gerais são muito similares os procedimentos em caso de apropriação indébita e estelionato.
Em caso de apropriação indébita (quando cliente legítimo não paga aluguel e
não devolve o veículo, porém não houve
uso de documento falso) minha recomendação é ingressar também com ação de
reintegração de posse. Esse procedimento
tem por objetivo a recuperação física do
veículo e não apenas a cobrança do saldo
de alugueis e acessórios. A reintegração
de posse tende a ser eficaz nos casos de
apropriação indébita porque o locatário
tem endereço conhecido e o veículo pode
ser rastreado.
Em caso de estelionato (o locatário desde o início tinha intenção fraudulenta e criminosa), a sugestão é desistir das ações
judiciais cíveis (cobrança e reintegração de
posse), porque ambos os procedimentos
tendem a ser ineficazes para a solução do
problema. Somente quando há esperança
de se localizar o veículo a reintegração de
posse será ser útil.
DÚVIDA: Como resolver a questão de multas que chegam de órgãos de diferentes
estados do país, como decorrência da apropriação indébita?
RESPOSTA: Em relação às multas de trânsito, realmente há uma lacuna normativa. O
sistema RENAVAM (registro nacional de veículos) só aceita a anotação de furto ou roubo, ignorando a apropriação indébita ou estelionato. Um expediente que normalmente
funciona é pedir à autoridade policial que
faça o registro como ´furto mediante fraude´no caso de estelionato para que o RENAVAM
aceite o impedimento de circulação e as
multas sejam automaticamente canceladas.
No caso das multas remanescentes minha sugestão, caso os recursos administrativos sejam ineficazes, é ingressar com
ação anulatória perante o Juizado Especial
da Fazenda Pública. Embora envolva a justiça, o processamento dessas ações tende
a ser bastante rápido e barato, por meio de
juizado especial.
51
Legislação
Brasil amplia benefício
a condutores estrangeiros
PUBLICADA EM 29 de fevereiro, a Resolução 578/2016 do Contran autoriza a estrangeiros de mais de 100 países, não-signatários da Convenção de Viena, a conduzirem
veículos no país entre o período de 1º de
julho e 31 de dezembro de 2016. Na prática, a medida amplia a permissão para
que condutores de um número maior de
países possam dirigir temporariamente no
Brasil, com vistas a facilitar o trânsito de
turistas durante a realização da Olimpíada
do Rio de Janeiro.
Antes da nova resolução, apenas estrangeiros cujos países assinaram a Convenção
de Viena podiam dirigir no Brasil, por até
180 dias, com a Carteira de Habilitação válida do país de origem. “Para tanto, além
da habilitação válida do país de origem, o
condutor deve portar o passaporte ou documento que comprove a data de entrada no
país. Somente no caso de necessidade de
conduzir veículo no Brasil após 180 dias da
data de ingresso no país é que o estrangeiro habilitado terá que solicitar a emissão da
Carteira Nacional de Habilitação brasileira”, explica o assessor jurídico da ABLA e da
FENALOC, Adriano Castro.
Em que pesem os esforços do governo,
conforme avaliação preliminar da ABLA,
a demanda pelo aluguel diário de veículos
durante a Olimpíada de 2016 deverá ser estimulada, predominantemente, por turistas
brasileiros. A expectativa de demanda de
estrangeiros atinge somente 10% do total
de automóveis alugados durante os jogos.
A tendência é que parte da demanda
seja de brasileiros que vivem no exterior e,
em função da Olimpíada, anteciparão suas
viagens anuais ao Brasil. Viagens normalmente feitas na época de Final de ano, Natal, Ano Novo, poderão ser feitas em agosto
para aproveitar também o período dos Jogos Olímpicos.
O setor também tem a expectativa de
sentir a procura por parte de turistas brasileiros que vivem principalmente em São Paulo,
Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo para
se locomoverem até o Rio de Janeiro.
A expectativa é que apenas as empresas
locadoras que trabalham no Rio de Janeiro
deverão verificar “picos” de demanda que
elevarão as locações, em média, para 75%
a 80% da ocupação da frota total disponível
para o aluguel diário no Rio. A elevação de
demanda por automóveis alugados por dia,
no Rio de Janeiro, deverá crescer em média
entre 15% e 20%.
Nas outras cidades e estados, a expectativa é de retração da demanda, principalmente em função da queda no número de
eventos de negócios durante os jogos. As
feiras, os eventos, as convenções e grandes reuniões corporativas que normalmente ocorrem em agosto, no Rio e em todo o
Brasil, não deverão ocorrer com a mesma
ênfase em função dos jogos.
Países signatários da Convenção de Viena
A
África do Sul
Albânia
Alemanha
Angola
Argélia
Argentina
Austrália
Áustria
Azerbaidjão
B
Bahamas
Barein
Bielo-Rússia
Bélgica
Bolívia
Bósnia-Herzegóvina
Brasil
Bulgária
C
Cabo Verde
Canadá
Cazaquistão
Chile
Cingapura
Colômbia
Congo
Coréia do Sul
Costa do Marfim
Costa Rica
Croácia
Cuba
D
Dinamarca
E
El Salvador
Equador
Eslováquia
Eslovênia
52
Espanha
Estados Unidos
Estônia
F
Filipinas
Finlândia
França
G
Gabão
Gana
Geórgia
Grã-Bretanha
Grécia
Legislação
Países signatários da Convenção de Viena
Guatemala
Guiana
Guiné-Bissau
H
Haiti
Holanda
Honduras
Hungria I
Indonésia
Irã
Irlanda do Norte
Israel
Itália
K
Kuweit
L
Letônia
Líbia
Lituânia
Luxemburgo
M
Macedônia
Marrocos
México
Moçambique
Moldávia
Mônaco
Mongólia
N
Namíbia
Nicarágua
Níger
Noruega
Nova Zelândia
P
Panamá
Paquistão
Paraguai
Peru
Polônia
Porto Rico
Portugal
R
Reino Unido
(Inglaterra, Irlanda do
Norte, Escócia e País
de Gales)
República CentroAfricana
República Democrática
do Congo
República Checa
República Dominicana
Romênia
S
Saara Ocidental
San Marino
São Tomé e Príncipe
Seichelles
Senegal
Sérvia
Suécia
Suíça
T
Tadjiquistão
Timor
Tunísia
Turcomenistão
U
Ucrânia
Uruguai
Uzbequistão
V
Venezuela
Z
Zimbábue
Países que terão os mesmos benefícios da Convenção de Viena
(exclusivamente entre 1° de julho e 31 de dezembro de 2016)
A
Afeganistão
Andorra
Antígua e Barbuda
Arábia Saudita
Armênia
Aruba
B
Bangladesh
Barbados
Belize
Benin
Botsuana
Brunei Darussalam
Burkina Faso
Burundi
Butão
C
Camarões
Camboja
Catar
Chade
China
Chipre
Comores
Congo
Coreia do Sul
Djibuti
Dominica
E
Egito
Emirados Árabes
Unidos
Eritreia
Eslováquia
Etiópia
F
Fiji
G
Gâmbia
Granada
Guam
Guiné
Guiné Equatorial
H
Hong Kong
I
Iêmen
Ilhas Feroé
Ilhas Marshall
Ilhas Salomão
Ilhas Virgens
Americanas
Índia
Iraque
Islândia
J
Jamaica
Japão
Jordânia
K
Kiribati
Kosovo
L
Laos
Lesoto
Líbano
Libéria
Liechtenstein
M
Macau
Madagascar
Malásia
Maláui
Maldivas
Mali
Malta
Maurício
Mauritânia
Micronésia
Moçambique
Montenegro
Myanmar
N
Nauru
Nepal
Nigéria
O
Omã
P
Palau
Palestina
Papua Nova Guiné
Q
Quênia
53
Quirguistão
R
Ruanda
S
Samoa
Samoa Americana
Santa Lúcia
São Vicente e
Granadinas
Síria
Somália
Sri Lanka
Suazilândia
Sudão
Suriname
T
Tailândia
Taipé
Tanzânia
Togo
Tonga
Trindad e Tobago
Tunísia
Turquia
Tuvalu
U
Uganda
Vanuatu
Vietnã
Z
Zâmbia
Serviços
Diversão e entretenimento como
diferencial para a locação
Saiba como usar as tecnologias
multimídia a favor dos clientes
Soluções para ouvir música durante a viagem são as mais procuradas
A TECNOLOGIA É CADA VEZ mais parceira
de empresas e clientes na melhoria da prestação de serviços, o que é especialmente
verdadeiro no setor automotivo. O público
está cada vez mais exigente frente à ampla
oferta de serviços e o desempenho das novas mídias, tendo há muito a performance
mecânica deixado de ser a única exigência
do consumidor de automóveis. Para as locadoras de veículos, a instalação de acessórios multimídia passa a ser um diferencial
de negócio, oferecendo custos modestos.
Quem gosta de música não abre mão de
um bom sistema de som no veículo. Durante
uma viagem então, esse dispositivo se torna
uma exigência. Com a família, é fundamental
ter um bom repertório para as crianças se
distraírem na estrada e, para quem viaja sozinho, a música é a melhor companhia.
Parceira da ABLA e prestes a completar
10 anos no setor de acessórios automotivos, a empresa AR70 oferece seus produtos nos maiores comércios eletrônicos do
Brasil, e é fornecedor oficial de centrais
multimídias para montadoras como a Ford
e Volkswagen. “A parceria se iniciou em
agosto de 2015, após o XII Fórum ABLA. Na
ocasião, foi gerado um acordo junto à entidade, para a oferta dos acessórios mais requisitados e consumidos pelos associados”,
conta o diretor de marketing da empresa,
Ulisses Mantovani.
54
Serviços
A depender das distâncias percorridas
e das condições do percurso, um sistema
de GPS é fundamental para a segurança de
locadora e locatário. Dessa forma, torna-se um serviço com bom potencial no momento da locação. Para o setor de locação
de luxo, dispositivos com telas de função
touch screen, TV digital e espelhamento de
smartphones são incrementos que tendem
a ganhar espaço.
Ulisses destaca, porém, que os acessórios mais solicitados pelos associados
da ABLA são MP3 players dos modelos
BMP1060 e MP130, simples e eficientes.
“Esses são os modelos favoritos para quem
gosta de tecnologia sem mistério e preço
justo. Munidos de entrada USB para pen
drives, entrada para cartões de memória
e entrada auxiliar frontal para dispositivos
de áudio portáteis, estes produtos têm um
propósito simples: plugue seu dispositivo
e ouça suas músicas com qualidade máxima“, resume o diretor da AR70.
Os produtos disponíveis no mercado
variam muito quanto aos recursos, alcance e valores, o que deve ser estudado caso
a caso, quando se fala em volume empresarial de aquisição. No setor de locação, o
MP3 player vem sendo o acessório mais
procurado e costuma atender de forma eficiente as necessidades do cliente convencional, contanto que seja um aparelho versátil e de tecnologia intuitiva, com acesso
para celular e pen drive do usuário.
O fato é que, além de agregar valor ao
veículo, um conjunto multimídia de qualidade oferece conforto, entretenimento e
segurança. As facilidades de uso e instalação beneficiam as locadoras e agregam entretenimento e diversão para os locadores
de automóveis. Afinal, o que adianta locar
um carrão sem tecnologia?
Alguns produtos disponíveis no mercado
55
Tecnologia
Como está o seu
“Infotainment”?
Carros e motoristas conectados
são uma tendência que se consolida
Painel do novo Gol
Os especialistas apontam como vantagem nessa solução o fato de todos os comandos de
funções estarem centralizados, o que diminui o
risco de distração do motorista.
Enquanto esses painéis futuristas ainda permanecem na prancheta dos designers, alguns
veículos já são projetados para estarem conectados à internet durante todo o tempo. A conectividade, aliás, é a área em que a tecnologia
está mais próxima de nossa realidade, com as
possibilidades de integração ao smartphone do
condutor aumentando a cada dia.
Entre as facilidades mais comuns estão os
comandos de voz que podem fazer de tudo um
pouco, desde ligações para outros celulares,
INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS incorporadas aos
lançamentos de veículos, como as do novo
Ford Focus, apresentado nesta edição da Revista Locação, são diferenciais cada vez mais
presentes na indústria automotiva. Os chamados sistemas embarcados inteligentes são hoje
equipamentos de série e se integraram de vez
aos automóveis. Com isso, as montadoras passaram a ter em suas equipes especialistas em
Infotainment (algo que pode ser traduzido livremente como “informação e entretenimento,
proporcionados por mídias digitais”).
Uma das tendências são os painéis totalmente digitais, que prometem revolucionar o
comportamento ao volante e o modo de dirigir.
56
Tecnologia
ditar mensagens de texto, acessar aplicativos,
alimentar as redes sociais ou reproduzir bibliotecas de música. Como nem tudo são flores, o
custo dessa tecnologia pode chegar a até 10%
do preço final do veículo.
Grandes empresas como a Apple e o Google
são parceiras das montadoras e fornecedoras de tecnologia de infotainment. O Android
Auto é um produto do Google, compatível com
smartphones que utilizam esse sistema operacional. Além de chamadas, a ferramenta possibilita ouvir e enviar mensagens por Whatsapp
e Skype, entre outras facilidades.
O Apple Car Play é um sistema de conectividade cada vez mais popular, porém restrito
aos aparelhos celulares da marca (iPhones).
Ele inclui as funcionalidades mais comuns,
como os comandos de voz, e alguns aplicativos, como o Spotify, que transmite música por
streaming. Volkswagen, Peugeot e a Hyundai,
com o HB 20, são algumas das marcas que
passaram a incluir o Apple Car Play entre seus
equipamentos de série.
Algumas montadoras desenvolveram plataformas abertas, ou seja, que podem ser
utilizadas por diferentes sistemas de conectividade. É caso da Ford, com o sistema de navegação multimídia Sync, compatível com a
tecnologia Bluetooth, e que já está na terceira
geração. A segurança é uma das maiores preocupações do produto, que suporta tanto o
Android Auto quanto o Apple Car Play. Como
opção de segurança, a facilidade “Não perturbe” desvia as ligações para a caixa postal e
arquiva as mensagens de texto para serem
lidas mais tarde.
A Volks possui o sistema App-Connect, que
equipa as versões mais completas do Gol
2017. Entre as facilidades estão as buscas de
rotas no GPS e o envio de mensagens por comando de voz.
O novo Chevrolet Cobalt, mostrado na edição 64 da revista Locação, é um exemplo de
veículo da marca já equipado com o sistema
My Link, que aceita tanto o Android Auto quanto o Apple Car Play.
Para quem acha que tecnologia em excesso nunca é um exagero, é bom saber que há
modelos, como alguns veículos da BMW e o
novo Audi Q7, que podem se transformar em
verdadeiros “hotspots” (fonte para acessar a
internet via wireless).
O único receio é que mesmo as centrais
multimídias estão sujeitas à ação dos ”hackers”, conforme alertou recentemente o FBI, nos
Estados Unidos. Assim, cenas que a gente só
imaginava acontecerem em Hollywood, como
o carro ser controlado remotamente por outra
pessoa, podem se tornar realidade.
Mas o fato é que, independente de ameaças
que possam surgir, a tecnologia tem muito ainda a nos oferecer.
Focus traz um moderno painel
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Fim de Papo
A síndrome da galinha ruiva
aumentar seu patrimônio pesQUANDO EU era bem jovem,
soal em detrimento dos deminha mãe certa vez me conmais participantes da sociedatou a história da galinha ruiva.
de, alegando sempre penúria e
Começava assim...
um desequilíbrio da família.
Numa enorme fazenda vivia
Já no âmbito dos sóciosuma galinha ruiva que queria
-gestores, encontramos reclamuito comer um delicioso bolo
mações sobre o peso que a
de fubá. Só que, para isto, era
família exerce sobre o negónecessário “começar do início”:
cio, a pouca contribuição real
plantando o milho. Ela então pepara o seu crescimento, o risco
diu ajuda a vários animais, mas
a que seu patrimônio pessoal,
nenhum quis participar, todos
duramente construído, está
apresentando as mais esfarraexposto e, principalmente, o
padas e desconexas desculpas.
desagradável ambiente de “foMesmo assim, a intrépida
focas” instaurado na família.
galinha se dispôs a plantar.
Os sócios não gestores
Quando o milho estava pronto
Cecília Lodi, diretora da Lodi Consultoria
continuamente ameaçam a
para ser cortado, pediu a colasaída do capital, cisões, em
boração dos outros animais e,
um negócio construído por
mais uma vez, não obteve ajupoucas mãos, enquanto os
da nenhuma. Solitária, lá foi
Acima de tudo,
sócios-gestores ameaçam o
ela fazer toda a colheita.
Mas as espigas ainda precié preciso ter a percepção corte dos dividendos. Triste
corrosão de uma família que
savam ser debulhadas e moíde que neste mundo
poderia dar certo se houvesse
das. A galinha pediu ajuda e...
mais reconhecimento, cumplininguém se prontificou! Fez
somos interdependentes. cidade e envolvimento.
ela mesma. Não tinha perdido
Mas nossos egos não admia esperança. Preparou a masQue não conseguimos
tem tão facilmente o ganho do
sa e colocou o bolo para assar.
outro, a importância do outro.
Antes de contar o final desfazer nada sem o outro.
Passados alguns anos destes
sa fábula, paro por um instanconflitos, encontramos famílias
te para fazer um paralelo com
desagregadas, ramos falidos e
o mundo da empresa familiar,
desconfiança sobre os meios utilizados para que
caso o leitor ainda não o tenha reconhecido.
fossem resolvidos estes problemas.
Um tema muito frequente nas mesas de neRegras claras são importantes. A devida regociação das empresas familiares é a remunetribuição pelo resultado do trabalho, sem iluração de sócios-gestores e sócios não gestores.
sões de compensação futura, também. Mas,
A empresa familiar deveria deixar claro o direiacima de tudo, é preciso ter a percepção de que
to oriundo da propriedade e aquele outro oriunneste mundo somos interdependentes. Que
do do trabalho, para que sócios e gestores não
não conseguimos fazer nada sem o outro. Que
se sintam desrespeitados na relação.
estamos ligados por um fino cordão que pode
Porém, faço a ressalva: tristemente o que se
ser mágico e produtivo ou pode ser a corda que
assiste são dois lados em constantes conflitos,
nos estrangula, asfixia e mata.
alimentados por percepção de injustiça, fardo,
Só nossa vontade fará a diferença entre um
ingratidão e ressentimento.
resultado e outro, como também nos ensina o
Do lado dos sócios não gestores são frefinal da história da galinha ruiva. Quando seu
quentes as reclamações de privilégios da dibolo de fubá enfim ficou no ponto, um aroma
retoria e do desvio dos dividendos para outras
delicioso se espalhou rapidamente pelos quafinalidades, que “secam” a remuneração do catro cantos daquela fazenda. E foi só então que
pital investido. Isso leva, normalmente, ao detodos os outros animais, empolgadíssimos,
sinteresse de sócios e sucessores no negócio.
vieram correndo em busca de suas fatias.
De fora, reclamam em ver o corpo diretivo
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PEUGEOT

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