Engineering Research Technical Reports
Transcrição
Engineering Research Technical Reports
Engineering Research Technical Reports Volume 6 – Issue 3 – Article 1 ISSN 2179-7625 (online) FINITE ELEMENT ANALYSIS APPLIED TO A METAL-TOMETAL SEAL Bruno Naressi Lucci1, Wendell de Queiroz Lamas2, Francisco Jose Grandinetti3 MAY / 2015 Taubaté, São Paulo, Brasil 1 Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica, Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade de Taubaté, Taubaté, SP, Brasil, [email protected] 2 Departamento de Ciências Básicas e Ambientais, Escola de Engenharia de Lorena, Universidade de São Paulo, Lorena, SP, Brasil, [email protected] 3 Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade de Taubaté, Taubaté, SP, Brasil, [email protected] Engineering Research: Technical Reports Technical Editor: Giorgio Eugenio Oscare Giacaglia, Universidade de Taubaté, Brazil Associate Technical Editors Eduardo Hidenori Enari, Universidade de Taubaté, Brazil Wendell de Queiróz Lamas, Universidade de São Paulo at Lorena, Brazil Editorial Board Antonio Faria Neto, Universidade de Taubaté, Brazil Asfaw Beyene, San Diego State University, USA Bilal M. Ayyub, University of Maryland, USA Bob E. Schutz, University of Texas at Austin, USA Carlos Alberto de Almeida, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Brazil Ciro Morlino, Università degli Studi di Pisa, Italy Eliane da Silveira Romagnolli Araujo, Universidade de Taubaté, Brazil Epaminondas Rosa Junior, Illinois State University, USA Evandro Luís Nohara, Universidade de Taubaté, Brazil Fernando Manuel Ferreira Lobo Pereira, Universidade do Porto, Portugal Gilberto Walter Arenas Miranda, Universidade de Taubaté, Brazil Hubertus F. von Bremen, California State Polytechnic University Pomona, USA João Bosco Gonçalves, Universidade de Taubaté, Brazil Jorge Muniz Júnior, Universidade Estadual Paulista at Guaratinguetá, Brazil José Luz Silveira, Universidade Estadual Paulista at Guaratinguetá, Brazil José Walter Parquet Bizarria, Universidade de Taubaté, Brazil María Isabel Sosa, Universidad Nacional de La Plata, Argentina Ogbonnaya Inya Okoro, University of Nigeria at Nsukka, Nigeria Paolo Laranci, Università degli Studi di Perugia, Italy Rolando A. Zanzi Vigouroux, Kungliga Tekniska högskolan, Sweden Sanaul Huq Chowdhury, Griffith University, Australia Tomasz Kapitaniak, Politechnika Lódzka, Poland Zeki Tüfekçioğlu, Ankara Üniversitesi, Turkey The “Engineering Research” is a publication with purpose of technical and academic knowledge dissemination. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 2 SUMÁRIO Seção Pagina Editorial Board 2 Abstract 4 Resumo 5 Introdução 6 Método dos elementos Finitos 8 Descrição do Problema 12 Metodologia 15 Resultados e Discussões 19 Conclusões 28 Referências 30 Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 3 FINITE ELEMENT ANALYSIS APPLIED TO A METAL-TO-METAL SEAL ABSTRACT This work presents how is possible to use a finite element model software as a tool to develop metal-to-metal seals used for sub-sea equipment. This work suggests the use of finite element analysis software as a support to execute new design. This utilization has the objective to reduce the number of designs and tests in an empirical manner, simulating different geometry seals by a theoretical form, increasing the possibility of success during the real validation tests, decreasing the number of repetitions of real tests needed, and reducing execution costs. Keywords: Finite element model; metal-to-metal seal gasket; sub-sea equipment. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 4 ANÁLISE POR ELEMENTOS FINITOS DE UM SELO METAL-METAL RESUMO Este trabalho apresenta como é possível a utilização de um software de elementos finitos como uma ferramenta para desenvolvimento de selos de vedação metal-metal utilizados em equipamentos submarinos. Este trabalho sugere o uso de software de cálculo por elementos finitos como suporte no desenvolvimento de novos projetos. Esta utilização tem o objetivo de reduzir o número de projetos e testes de maneira empírica, simulando diferentes geometrias de selos de uma forma teórica, aumentando a probabilidade de sucesso durante os testes de validações reais, diminuindo o número de repetições de testes reais necessários, e reduzindo os custos de execução. Palavras-chave: Modelo de elementos finitos; selo de vedação metal-metal; equipamentos submarinos. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 5 1. INTRODUÇÃO Os equipamentos utilizados para prospecção de óleo e gás utilizam selos de vedação metalmetal para realizar a vedação entre seus componentes. De acordo com normas internacionais [1][2], os selos de vedação metal-metal são qualificados através de testes específicos de validação, para garantir sua performance em diferentes condições de pressão de trabalho. A Figura 1 mostra um sistema de cabeça de poço como exemplo, onde selos metal-metal são utilizados para vedar o sistema do ambiente. Figura 1 – Exemplo de um Sistema de cabeça de poço, utilizando selo de vedação metal-metal [3] O Sistema de cabeça de poço submarino é um sistema que conecta o poço com o solo marinho. Com a finalidade de garantir a vedação entre o ambiente e o poço, as interfaces do sistema são vedadas por selos metal-metal. Historicamente, os testes de validação eram realizados pelo método de tentativa e erro, onde o pré-dimensionamento do selo era baseado em experiências anteriores e na experiência do projetista, e posteriormente, os testes de validação eram realizados. Quando os testes de validação não apresentavam a performance esperada, o projetista executava pequenas modificações no projeto, um novo selo era fabricado, e os testes eram repetidos. Este ciclo era repetido até que o selo Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 6 passasse em todos os testes de validação. Este trabalho sugere a utilização de softwares especializados em cálculo por elementos finitos com a intenção de auxiliar as etapas de projeto, simulando os testes de validação devido aos altos custos de fabricação, execução de testes e reprojetos. Após verificado o projeto teórico ideal, o teste de validação seria executado, aumentando a probabilidade de sucesso nos resultados dos testes. Utilizando a metodologia proposta, testes preliminares reais podem ser substituídos por simulações computacionais, reduzindo tempo e custo [4]. Características físicas de selos e vedações vem sendo estudadas. Em [5], uma formulação para calcular a vida útil dos componentes elastoméricos baseados no tempo de início da fratura vem sendo investigado. Em [7], sistemas de distribuição submarina vem sendo analisado, onde os principais componentes e suas vedações são descritos. Em [9], conexões e jumpers utilizados em sistemas de produção submarino de óleo e gás, consequentemente seus selos e vedações, foram estudados. Em [10], cabeças de poços submarinos e árvores de natal molhada foram estudadas, incluindo selos e vedações. Em [13], uma simulação tecnológica, a qual permite visualizar a conFiguração do sistema de processo de produção submarina e pode simular a estabilidade de fluxoo de fluídos, foi introduzido. Em [14], selos e vedações estáticas foram discutidas. Modelamento matemático baseado em análises por elementos finitos também vem sendo estudado. Em [6], quatro tipos de modelo de elementos finitos foram introduzidos: um modelo sólido de junta parafusada, um modelo de junta parafusada acoplada, uma junta parafusada com embuchamento e um modelo sem parafusamento. Um novo esquema de integração para o modelo elastoplástico de von Mises combinando isotrópico-cinemático endurecimento linear foi proposto em [11], onde a acuracidade numérica e eficiência computacional deste método foram examinados detalhadamente, destacando o uso do software ABAQUS. Em [12], um modelo de vedação que inclui a efetividade da rugosidade superficial do flange foi desenvolvido. Em [15], o conceito de forças conFiguracionais foi introduzido no contexto de refinamento de malha de elementos finitos para problemas elásticos-idealmente plásticos, incluindo a computação numérica das forças conFiguracionais nos domínios elástico e plástico. Engenharia econômica de projetos de equipamentos submarinos vem sendo desenvolvida, com a finalidade de prover orientações sobre estimativa de custo durante a fase de estudo viabilidade do projeto, onde a acuracidade do resultados está na faixa de ± 30% para projetos de desenvolvimento de campos submarinos [8]. O principal objetivo deste trabalho é realizar um estudo sobre a utilização de um software especializado em análise por elementos finitos como uma ferramenta de suporte no desenvolvimento de projetos de selos metal-metal. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 7 O objetivo específico desta pesquisa é propor uma metodologia para projeto, cálculo, reprojeto e recálculo até que um modelo satisfatório que trabalhe nas condições pré-determinadas seja alcançado. 2. MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS O objetivo do método de elementos finitos (MEF) é determinar o estado de tensão e deformação de um sólido com geometria arbitrária, sujeito a forças externas [16]. O método de elementos finitos é um método aproximado de análise de sistemas contínuos onde a estrutura, o componente mecânico, ou, de maneira geral, o corpo contínuo é subdividido em um número finito de partes, os elementos, conectados entre eles e por pontos discretos, chamados nós. A composição do elemento, o qual consiste de modelos matemáticos, tem seu comportamento especificado por um número finito de parâmetros [17]. Estes parâmetros, formados por equações diferenciais são resolvidos até que se obtenham os resultados esperados. A formulação do MEF requere a existência de uma equação integral, de maneira que seja possível substituir a integral sobre um domínio complexo de volume V pela soma da integral estendida aos subdomínios de geometria simples de volume Vᵢ. Esta técnica é mostrada no exemplo a seguir, correspondendo ao volume integral pela função f [16], Eq. (1). ∫ n fdV = ∑ ∫ fdV (1) i =1 vi v Eq. (1) pressupõe que n V = ∑ Vi (2) i =1 Se é possível calcular todas as integrais estendidas aos subdomínios Vᵢ, isto somente realiza a soma correspondente ao segundo membro da Eq. (1) para obter a integral estendida para todo o domínio. Cada subdomínio Vᵢ, é correlacionado a um elemento finito de simples geometria. A soma indicada na Eq. (1) resultará em uma operação chamada assemblagem [16]. Existem vários métodos numéricos para resolução de problemas, mas o método de elementos finitos é o mais preciso, versátil e compreensivo método para resolver problemas complexos em projeto. Conforme as geometrias se tornam mais complexas, as técnicas e teorias Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 8 usadas na tentativa de simplificar o problema e definir uma equação é obviamente inaplicável, ou impossível para o engenheiro de projeto resolver. MEF permite a análise destas estruturas complexas sem a necessidade de desenvolvimento e aplicação de equações complexas [18]. A análise por elementos finitos é um método, tipicamente executado por software, utilizado para criar modelos de materiais ou projetos que podem ser submetidos a simulação de tensões [19]. A análise por elementos finitos oferece uma maneira eficaz de adquirir dados de tensão de contato. [20]. Uma vez que o modelo detalhado do selo tenha sido desenvolvido, um entendimento detalhado das forças e tensões aos quais o produto ou o selo serão sujeitos é requerido. As faixas das condições operacionais podem ser calculadas, tais como condições fixas ou variáveis de pressão e temperatura ou movimento dos componentes em torno do selo. Contabilidade para uma miríade de possibilidades pode ser complexo e deve ser feito caso a caso, requerendo uma verificação humana e operadores experientes [19]. Análise por elementos finitos foi utilizada para determinar a geometria ideal para a face do selo e sede sobre uma condição de pressão, temperatura e velocidade específica de operação [21]. Modelagem computacional é utilizada em projeto para prever o desempenho do selo antes de sua manufatura. Computadores modernos têm contribuído para o avanço da tecnologia de selos mais que qualquer outra ferramenta. Fabricantes de selos mecânicos vem desenvolvendo o estado da arte em programas de modelamento que permitem o projetista fazer mudanças nos produtos e abnalisar seus efeitos de uma maneira rápida e eficiente [22]. Abaqus® 6.10-EF fornece novas opções mecânicas e de contato que melhoram a eficiência e precisão da simulação do desempenho no mundo real dos projetos, incluindo vazamento de fluído entre corpos tridimensionais em contato [22]. Agora um projeto pode ser concebido, desenhado e modelado por computador utilizando cálculo por elementos finitos antes de componentes serem fabricados. Isto permite a realização de interações no projeto, obtenção de resultados, e até otimização de projeto antes do início da fabricação. Embora os testes ainda sejam necessários para verificar os resultados, uma maior previsibilidade e componentes mais econômicos podem ser desenvolvidos em um menor tempo [23]. 2.1. A tensão de von Mises Além de verificar a pressão de contato, um dado de saída básico em cálculo de selos, o critério de tensão de von Mises é verificado. Este critério se baseia na determinação da energia de distorção de um dado material, ou seja, a energia relacionada com as mudanças de forma do material. Por este critério, um componente estará em condições seguras até que o máximo valor de Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 9 energia de distorção por unidade de volume permaneça abaixo do valor de energia de distorção por volume necessário para escoar o material quando submetido a um treste de tração [24]. A tensão de von Mises (σ’) é calculada conforme a Eq. (3). σ′ = 2 2 1 2 ⋅ ( σ x − σ y ) + ( σ y − σz ) + ( σz − σ x ) + 6 ⋅ ( τ2xy + τ2yz + τ2zx ) 2 1 2 (3) Onde σx, σy, e σz são as tensões normais nos eixos principais e τxy, τyz, and τzx são as tensões de cisalhamento nos planos principais [25]. Na Figura 2 é possível ver a comparação entre as tensões de von Mises e Tresca. O critério de tensão de Tresca é mais conservador. Porém, o critério de von Mises apresenta valores mais precisos quando utilizado considerando materiais dúcteis [24]. σ3 von Mises Tresca Plano do Desviador σ2 σ1 σ1 =σ 2 =σ 3 Figura 2 – Representação gráfica das superficies de escoamento para os critérios de Tresca e von Mises [26]. A Figura 2 mostra a comparação entre o critério de escoamento entre as teorias de Tresca e von Mises. É possível visualizar a superfície máxima permitida de cada método. De acordo com cada método, se uma tensão é aplicada dentro dos limites delimitados pelas superfícies, o material irá trabalhar em sua fase elástica. Porém, se a tensão ultrapassar os limites destas superfícies, o material irá escoar e trabalhará em sua fase plástica. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 10 2.2. A deformação permanente O grau o qual uma estrutura deforma ou tensiona depende da magnitude de uma tensão imposta. Para a maioria dos metais que são tensionados a níveis relativamente baixos, a tensão e a deformação são proporcionais um ao outro obedecendo a relação descrita na Eq. (4). (4) σ = Ε⋅ε Isto é conhecido como lei de Hooke, onde σ é a tensão, E é a constante de proporcionalidade ou módulo de elasticidade, e ε é a deformação [27]. Cada material apresenta o seu próprio módulo de elasticidade. Materiais metálicos tipicamente apresentam comportamentos similares, como mostrado na Figura 3. Figura 3 – Comportamento típico de tensão-deformação para materiais metálicos [28]. A Figura 3 apresenta o comportamento típico de tensão-deformação para materiais metálicos. Quando uma tensão é aplicada com valor menor ou igual ao ponto P, o material trabalha em sua fase elástica, e após liberada a tensão, o material recupera sua condição original. Se a tensão Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 11 aplicada ultrapassar o ponto P, o material apresentará deformação permanente e não recuperará sua condição original após liberada a tensão. 2.3. Pressão de contato A primeira análise satisfatória de pressão de contato entre dois sólidos elásticos em contato foi apresentada por Hertz [29]. Baseada nesta teoria, soluções para linhas de contato foram desenvolvidas por [29]. Um resumo da formulação para calcular os detalhes chave para ponto e linha de contato é apresentado na Tabela 1. Tabela 1 – Formulação do contato elástico para ponto e linha de contato [30]. Dimensão de Contato, a Pressão Máxima de Contato, p0 Distância de Aproximação de Contato / Interferencia, ω Ponto de Contato 3 R⋅w a=3 ⋅ 2 E′ 3⋅ w p0 = 2 ⋅ π ⋅a2 a2 ω= R Linha de Contato 8 R ⋅ w′ a= ⋅ π E′ 2 ⋅ w′ p0 = π⋅a N/A w2 ω ≅ 1.31⋅ 3 2 R ⋅ E′ Onde 1 1 1 2 1 − v12 1 − v 22 = + = + R R1 R 2 E′ E1 E2 Onde E é o modulo de elasticidade, ν é o coeficiente de poison, R é o raio de contato e w é a carga aplicada. 3. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA Os principais componentes de um Sistema de vedação metal-metal são os selos ou anéis de vedação e sedes (Figura 4). O desenvolvimento de um novo selo começa quando existe uma demanda para desenvolver equipamentos submarinos e são requeridas novas condições de pressão, diferentes tamanhos de passagem, e ou novo requisito de material. Neste caso específico, é requerido o desenvolvimento de um novo selo com as condições de acordo com o informado na Tabela 2. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 12 Figura 4 – Principais components do Sistema de vedação metal-metal Tabela 2 – Condições de Contorno Descrição da condição Máxima pressão interna de trabalho Mínima passagem circular interna Valor 69 MPa 130.17 mm (5.125 in) Novos desenvolvimentos para equipamentos submarinos de óleo e gás, geralmente, requerem pressões iguais ou superiores à 69 MPa. A passagem interna circular mínima na ordem de 130 mm é um valor comum utilizado para árvores de natal molhada e equipamentos correlacionados nas linhas de produção. Os materiais escolhidos para a sede e selo para este trabalho são descritos na Tabela 3. Tabela 3 – Materiais escolhidos Componente Anel de vedação (selo) Sede Material Liga 625 Liga 825 Estes materiais foram escolhidos com a finalidade de serem compatíveis com os fluídos internos de trabalho. A discussão sobre os materiais escolhidos não será abordada neste trabalho. As propriedades dos materiais para as ligas 625 e 825 são mostradas nas Tabelas 4 e 5. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 13 Tabela 4 – Propriedades da liga 625 [31] Propriedades Módulo de elasticidade Coeficiente de Poisson Tensão de escoamento Tensão de ruptura Valor 207.500 MPa 0.278 413,68 MPa 827,37 MPa Tabela 5 – Propriedades da liga 825 [32] Propriedades Módulo de elasticidade Coeficiente de Poisson Tensão de escoamento Tensão de ruptura Valor 196.000 MPa 0,29 324 MPa 690 MPa Para o primeiro modelo desenvolvido foi definido um curso de energização para o sistema de vedação. Ainda, um ângulo diferencial entre selo e sedes foi definido. Os valores utilizados são mostrados na Tabela 6. Tabela 6 – Parâmetros de projeto utilizados em cada modelo Modelo Primeiro Modelo Segundo Modelo Terceiro Modelo Curso de energização (mm) Ângulo diferencial (°) 3,80 0,5 3,80 1,0 2,58 0,5 O ângulo diferencial inicial foi empiricamente escolhido, seguido as recomendações de [33] onde é descrito que o ângulo cônico entre o selo e sede é preferivelmente levemente diferente, com a finalidade de criar uma maior tensão de contato na faixa de vedação. O curso de energização foi escolhido empiricamente. Figura 5 – Curso de energização e ângulo diferencial de um Sistema de vedação metal-metal Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 14 4. METODOLOGIA Um modelo de elementos finitos foi criado para cada geometria proposta utilizando o software ABAQUS®. O sistema unificado de elementos finitos Abaqus ® oferece soluções completas e poderosas para rotinas ou problemas sofisticados de engenharia abrangendo uma vasta gama de aplicações industriais [34]. Malhas similares foram criadas para cada modelo. As Figuras 6, 7 e 8 mostram a malha para todo o sistema de vedação, selo e sede inferior para o 3° modelo respectivamente. Elementos hexaédricos foram utilizados com a finalidade de minimizar a distorção e encontrar resultados confiáveis. Nas áreas de vedação do sistema de vedação, a malha foi refinada. A Tabela 7 mostra o número de nós e elementos utilizados para cada modelo. Figura 6 – Malha para o Sistema de vedação (3° modelo) A Figura 6 apresenta a malha geral utilizada para o modelo completo. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 15 Figura 7 – Malha para o selo (3° modelo) A Figura 7 apesenta a malha para o selo. Na imagem, é possível verificar o alto número de elementos na área de vedação do selo, com o intuito de encontrar resultados precisos, uma vez que nesta região é localizada a faixa de vedação e o contato entre o selo e a sede. Figura 8 – Malha para a sede inferior (3° modelo) A Figura 8 apresenta a malha para a sede inferior. Similar à Figura 7, nesta imagem é possível verificar o alto número de elementos na área de vedação da sede inferior. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 16 Tabela 7 – Número de nós e elementos para cada modelo Modelo Primeiro modelo Segundo modelo Terceiro modelo (final) Número de nós 233.238 215.980 200.330 Número de elementos 204.416 187.488 174.612 A Tabela 7 apresenta o número de nós e elementos para cada modelo. Nessa Tabela, é possível perceber o quão refinada está a malha para todo o conjunto. A análise foi desenvolvida em duas etapas. Na primeira etapa foi aplicado o deslocamento entre as sedes, com o deslocamento definido na Tabela 6. Nesta etapa foram definidos os contatos entre o selo e as sedes. O coeficiente de atrito considerado foi de 0,15. Este valor utilizado foi encontrado em [35] para a condição coeficiente de fricção estático aço-aço sem lubrificação. Ao final desta etapa, é esperado que o selo seja deformado pelas sedes, com a finalidade de criar a vedação entre as superfícies. A Figura 9 apresenta onde foi definida a região de contato para o selo e sede superior. A menor região possível foi considerada e definida, com o intuito de auxiliar em um processo mais rápido de resolução. Similar à Figura 9, a Figura 10 apresenta onde foi definida a região de contato para o selo e sede inferior. Figura 9 – Contato entre selo e sede superior (3° modelo) Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 17 A Figura 9 apresenta onde foram definidas as regiões de contato entre selo e sede superior. A região mostrada na cor rosa é a região de contato para a sede, e na cor vermelha é a região de contato para o selo. Figura 10 – Contato entre selo e sede inferior (3° modelo) A Figura 10 apresenta onde foram definidas as regiões de contato entre selo e sede inferior. A região mostrada na cor rosa é a região de contato para a sede, e na cor vermelha é a região de contato para o selo. Na segunda etapa, é aplicada a pressão interna de 69 MPa listada na Tabela 2, com a finalidade de simular a pressão interna de trabalho. A Figura 11 mostra a região onde a pressão foi aplicada. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 18 Figura 11 – Pressão interna aplicada ao modelo (3° modelo) As setas mostradas na Figura 11 representa onde a pressão foi aplicada na segunda etapa. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Foram verificados os resultados do sistema após as duas etapas: • Energização; • Aplicação de pressão interna (etapa final). A verificação após a energização foi checada pois geralmente as tensões de von Mises apresentadas alcançam valores mais altos em relação a etapa final. Além disto, é possível verificar se após a energização o sistema apresentará valores aceitáveis, que tendem a permanecer aceitáveis após a etapa de aplicação de pressão interna. A verificação após a aplicação de pressão interna é a fase mais importante. Com estes resultados, é possível verificar se o projeto tende a operar com valores aceitáveis quando operado com as condições de trabalho esperadas. Os resultados a seguir foram verificados para cada etapa: • Tensão de von Mises; Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 19 • Deformação plástica; • Pressão de contato. A tensão de von Mises é verificada com a finalidade de verificar como e onde e se o selo ultrapassou a tensão de escoamento do material, e o quão próximo esta tensão se aproximou da tensão de ruptura do material. A deformação plástica é verificada com a finalidade de verificar se e onde ocorreu deformação permanente no sistema após energizado e aplicada pressão interna. O resultado mais importante é a pressão de contato. Esta é verificada com a finalidade de verificar se o sistema apresenta pressão de contato entre o selo e as sedes após a etapa final. A Tabela 8 apresenta um resumo dos máximos valores encontrados para a tensão de von Mises, deformação plástica e pressão de contato para cada modelo ao final da primeira etapa. Tabela 8 – Resultados após a etapa de energização (valores máximos) Modelo Primeiro modelo Segundo modelo Terceiro modelo (final) Tensão de von Mises [MPa] Selo Sede 408 444 349 246 344 385 Deformação plástica [%] Selo Sede 9,17 5,06 2,82 2,53 - Pressão de contato [MPa] 150 309 650 A Tabela 8 apresenta os resultados após o Sistema energizado e antes da etapa de aplicação de pressão interna. Nest Tabela é possível verificar que todos os modelos apresentam valores de pressão de contato os quais tendem a responder com resultados aceitáveis para vedação do sistema após aplicada pressão interna. Todos os modelos apresentam valores além da pressão interna à ser aplicada de 69 MPa. O primeiro modelo apresenta pressão de contato 2,2 vezes maior que a pressão interna esperada, o segundo modelo 4,5 vezes e o terceiro modelo 9,4 vezes. A Tabela 9 apresenta um resumo dos máximos valores encontrados para a tensão de von Mises, deformação plástica e pressão de contato para cada modelo após a etapa final. Tabela 9 – Resultados após a etapa final (valores máximos) Modelo Primeiro modelo Segundo modelo Terceiro modelo (final) Tensão de von Mises [MPa] Selo Sede 362 421 294 275 297 361 Deformação plástica [%] Selo Sede 9,17 5,06 2,82 2,53 - Pressão de contato [MPa] 146 326 615 Nos resultados apresentados na Tabela 9 é possível verificar que todos os modelos apresentam pressão de contato após o sistema energizado e aplicação de pressão interna, premissa básica para garantir a vedação do sistema. Como a pressão interna aplicada é de 69 MPa, os Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 20 modelos apresentam um coeficiente de vedação na ordem de 2,1 vezes para o primeiro modelo, 4,7 vezes para o segundo modelo e 8,9 vezes para o terceiro modelo. As Figuras 12, 13, 14 e 15 apresentam graficamente os resultados para o terceiro modelo após a etapa final. Figura 12 – Tensão de von Mises para o 3° modelo após a etapa final [MPa] A Figura 12 apresenta a tensão de von Mises no modelo. È possível verificar altas tensões somente nas regiões próximas as faixas de vedação superior e inferior. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 21 Figura 13 – Deformação plástica no 3° modelo após a etapa final [%] A Figura 13 apresenta a deformação plástica no modelo. É possível verificar a deformação plástica somente próxima a faixa de vedação. As regiões mostradas em azul escuro, quase todo o modelo, não apresentam deformação plástica. Figura 14 – Pressão de contato no 3° modelos nas sedes, após a etapa final [MPa] Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 22 A Figura 14 apresenta a pressão de contato para as sedes superior e inferior. As faixas de vedação são facilmente identificadas, são as regiões apresentadas em uma faixa que vai desde a cor verde até a cor vermelha. As regiões identificadas em azul escuro são regiões que não apresentam pressão de contato. Figura 15 – Pressão de contato no 3° modelo no selo, após a etapa final [MPa] A Figura 15 apresenta a pressão de contato para o selo. As faixas de vedação são facilmente identificadas, são as regiões apresentadas em uma faixa que vai desde a cor verde até a cor vermelha. As regiões identificadas em azul escuro são regiões que não apresentam pressão de contato. Outro fator importante além dos valores máximos de tensão de von Mises encontrados em cada modelo, é verificar, visualmente, quais áreas do selo ultrapassaram a tensão de escoamento do material. As Figuras 16, 17 e 18 apresentam a tensão de von Mises para cada selo de cada modelo, filtrado pelo valor da tensão de escoamento do material. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 23 Figura 16 – Tensão de von Mises no selo do 1° modelo após a etapa final [MPa] A Figura 16 apresenta a tensão de von Mises encontrada no selo do 1° modelo após a etapa final. As regiões apresentadas em cinza são as regiões que ultrapassaram a tensão de escoamento e trabalharam na fase plástica do material. Figura 17 – Tensão de von Mises no selo do 2° modelo após a etapa final [MPa] Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 24 A Figura 17 apresenta a tensão de von Mises no 2° modelo após a etapa final. A maior região, apresentada em vermelho, é a região que trabalhou próxima, mas não ultrapassou a tensão de escoamento do material. Figura 18 – Tensão de von Mises no selo do 3° modelo após a etapa final [MPa] A Figura 18 apresenta a tensão de von Mises no selo do 3° modelo após a etapa final. Somente as regiões próximas a faixa de vedação, identificadas em vermelho, trabalharam próximas, mas abaixo da tensão de escoamento. Todas as regiões que ultrapassaram a tensão de escoamento do material são apresentadas na cor cinza. Comparando os modelos, é possível verificar que o primeiro modelo apresenta uma grande região que ultrapassou a tensão de escoamento. O segundo modelo não ultrapassou a tensão de escoamento, porém apresentou uma grande região do selo alcançando altos valores de tensão, bem próximos ao escoamento. O terceiro modelo apresenta região com alto valor de tensão somente próximo a faixa efetiva de vedação e não ultrapassou a tensão de escoamento do material. Avaliando os resultados, é possível identificar a efetividade do processo quando utilizado o método de elementos finitos para desenvolver selos metal-metal em uma maneira interativa. Após analisado cada modelo, é possível verificar como o resultado final foi modificado após cada mudança realizada no modelo. Comparando os modelos, é possível identificar: Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 25 • No primeiro modelo, os resultados apresentam um Sistema capaz de realizar a vedação. Porém, o coeficiente de vedação é baixo. A deformação plástica no selo é alta e o selo ultrapassa a tensão de escoamento em uma grande região; • Os resultados do Segundo modelo apresentam melhorias na capacidade de vedação. A deformação plástica foi reduzida. Porém, o selo apresenta altas tensões em regiões não próximas as faixas de vedação; • Os resultados do terceiro modelo apresenta melhoria significativa na capacidade de vedação. A deformação plástica foi reduzaida em valor absoluto e apresentada somente a regiões próximas a faixa de vedação. Ainda, o selo apresenta menores tensões e as altas tensões ocorrem somente próximo as faixas de vedação. 4.1. Análise de custo Este capítulo apresenta uma comparação de custo de homem-hora entre a qualificação utilizando o método de elementos finitos e teste de validação, e qualificação utilizando somente testes de validação. A qualificação para selos metal-metal segue as etapas descritas pela API [2]. Nesta comparação, é considerado somente os gastos homem-hora em cada método mencionado. É apresentado somente números estimados para cada método uma vez que cada método pode variar durante a execução. As seguintes etapas forma consideradas para o método utilizando elementos finitos e testes de validação: • Projeto do selo; • Análise do selo (1ª); • Modificações no selo, de acordo com o resultado das análises (1ª); • Análise do selo (2ª); • Modificações no selo, de acordo com o resultado das análises (2ª); • Análise do selo (3ª); • Teste de validação. As seguintes etapas foram consideradas para o método utilizando somente os testes de validação: • Projeto do selo; • Teste de validação(1º); Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 26 • Modificações no selo, de acordo com os testes de validação (1ª); • Teste de validação (2º); • Modificações no selo, de acordo com os testes de validação (2ª); • Teste de validação (3º). Considerando estes cenários mencionados e estimando o número de horas para cada atividade envolvendo cada tipo específico de profissional, é possível apresentar a comparação conforme mostrado na Tabela 10. Tabela 10 – tempo de trabalho estimado para MEF e testes de validação e qualificação utilizando somente testes de validação. Etapa Profissional MEF e testes de validação [h] Engenheiro projetista 16 Engenheiro de cálculo 40 Engenheiro projetista 8 Testes de validação [h] 16 Não aplicável Não aplicável Análise do selo (2ª) Modificações no selo, de acordo com o resultado das análises (2ª) Engenheiro de cálculo 24 Engenheiro projetista 8 Não aplicável Não aplicável Análise do selo (3ª) Testes de validação Engenheiro de cálculo Engenheiro de testes Técnico Engenheiro projetista 24 80 80 Não aplicável Não aplicável 80 80 8 Engenheiro de testes Técnico Engenheiro projetista Não aplicável Não aplicável Não aplicável 80 80 8 Engenheiro de testes Técnico Engenheiro projetista Engenheiro de cálculo Engenheiro de testes Técnico Engenheiro Técnico Não aplicável Não aplicável 32 88 80 80 200 80 80 80 32 Não aplicável 240 240 272 240 Projeto do selo Análise do selo (1ª) Modificações no selo, de acordo com o resultado das análises (1ª) Modificações no selo, de acordo com os testes de validação (1ª) Testes de validação (2º) Modificações no selo, de acordo com os testes de validação (2ª) Testes de validação (3º) Total por profissional Total por grupo de profissionais Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 27 A Tabela 10 apresenta o número de horas estimadas para cada tipo de professional em cada etapa do processo. Como o MEF e testes de validação são métodos empíricos de desenvolvimento, estes números podem variar. De acordo com [8], o custo para engenheiro de testes onshore é em torno de US$ 1.0001.500. Os valores considerados para cada tipo de profissional mostrados na Tabela 11 foram baseados nestes valores. Tabela 11 – Custo estimado por tipo de professional Tipo of profissional Diária [US$] Hora [US$] Engenheiro 1.250,00 156,25 Técnico 625,00 78,13 A Tabela 11 considera a diária para um engenheiro baseado no valor médio mencionado em [8]. A diária considerada para o técnico é metade deste valor. Para custo por hora, foi considerado que cada profissional trabalha 8 horas diárias. Considerando os valores mencionados na Tabela 11, o custo estimado baseado em homemhora é mostrado na Tabela 12. Tabela 12 – Custo estimado baseado em homem-hora para cada método MEF e testes de validação [US$] Testes de validação [US$] 37.500,00 61.250,00 A Tabela 12 apresenta que custo considerando MEF e testes de validação é inferior ao processo que considera somente os testes de validação. Outros custos não foram mencionados nest análise de custo, como exemplo, custos adicionais para cada repetição de teste de validação real. O valor para o dispositivo principal de teste permanece o mesmo para ambos os métodos. Custos extras para novas fabricações de selos, consumíveis utilizados e outros custos extras não foram computados. Considerando estes custos extras reais, isto reforça que os custos de desenvolvimento considerando o método utilizando MEF e testes de validação é inferior ao método considerando somente testes de validação. 5. CONCLUSÕES Após avaliados os resultados, todos os modelos apresentaram capacidade de vedação, uma vez que após a energização todos os selos apresentaram pressão de contato superior a pressão interna aplicada, e após a aplicação de pressão interna, continuaram apresentando pressão de Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 28 contato na região de vedação com valores acima da pressão aplicada internamente. Utilizando o método de elementos finitos durante o projeto foi possível aperfeiçoar o desempenho do selo nos pontos mais importantes: • Aumento da pressão de contato, consequentemente aumentando o coeficiente de vedação; • Diminuição dos valores de tensão de von Mises. É desejável trabalhar com os menores valores de tensão de von Mises possível, com a finalidade de evitar deformação permanente e aumentando a vida útil do sistema de vedação; • Diminuição das regiões com deformação permanente, consequentemente aumentando a vida útil do sistema de vedação. Melhorando o desempenho do selo pelo método de elementos finitos, o risco de falha durante os testes reais de validação são reduzidos. Consequentemente, o tempo e custos de execução são reduzidos. Concluindo, todos os modelos apresentam capacidade de vedação. Utilizando o método de elementos finitos como processo de verificação e melhoria do desempenho do selo, isto pode reduzir o número de vezes de execução de testes reais, consequentemente, reduzindo gastos e tempo de desenvolvimento de sistemas de vedação metal-metal. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 29 REFERÊNCIAS [1] American Petroleum Institute (API). Specification for Wellhead and Christmas Tree Equipment. API specification 6A. 20th ed. Washington, DC: American Petroleum Institute, 2010. [2] American Petroleum Institute (API). Design and Operation of Subsea Production SystemsSubsea Wellhead and Tree Equipment. API specification 17D. 2nd ed. Washington, DC: American Petroleum Institute, 2011. [3] Dril-Quip. Product Overview. [online]. Houston, TX: Drill-Quip, Inc., 2014. http://www.drilquip.com/ss15rld_subsea_wellhead.html [4] SIMULIA. Enhanced FEA and simulation software reduces development time and costs. Sealing Technology 2011; 2011(2):4-5. [5] Abouel-Kasem A. Lifetime estimation and design of elastomeric seals with reinforced metal end caps. Sealing Technology 2006; 2006(3):5-9. [6] Kim J, Yoon J-C, Kang B-S. Finite element analysis and modeling of structure with bolted joints. Applied Mathematical Modelling 2007; 31:895-911. [7] Bai Y, Bai Q. Subsea Engineering Handbook. Chapter 3 - Subsea Distribution System. Houston, TX: Gulf Professional Publishing, 2010, pp. 63-90. [8] Bai Y, Bai Q. Subsea Engineering Handbook. Chapter 6 - Subsea Cost Estimation. Houston, TX: Gulf Professional Publishing, 2010, pp. 159-192. [9] Bai Y, Bai Q. Subsea Engineering Handbook. Chapter 21 - Subsea Connections and Jumpers. Houston, TX: Gulf Professional Publishing, 2010, pp. 663-701. [10] Bai Y, Bai Q. Subsea Engineering Handbook. Chapter 22 - Subsea Wellheads and Trees. Houston, TX: Gulf Professional Publishing, 2010, pp. 703-761. [11] Kossa A, Szabo L. Numerical implementation of a novel accurate stress integration scheme of the von Mises elastoplasticity model with combined linear hardening. Finite Elements in Analysis and Design 2010; 46(5):391-400. [12] Haruyama S, Nurhadiyanto D, Choiron MA, Kaminishi K. Influence of surface roughness on leakage of new metal gasket. International Journal of Pressure Vessels and Piping 2013; 111112:146-154. [13] Woo JH, Nam JH, Ko KH. Development of a simulation method for the subsea production system. Journal of Computational Design and Engineering 2014; 1(3):173-186. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 30 [14] Flitney RK. Seals and Sealing Handbook (Sixth Edition). Chapter Two - Static Seals. Oxford, UK: Butterworth-Heinemann, 2014, pp. 7-103. [15] Henap G, Szabo L. On numerical solution of elastic–plastic problems by using conFigurational force driven adaptive methods. Finite Elements in Analysis and Design 2014; 92:50-59. [16] Azevedo AFM. Método dos Elementos Finitos. Porto, PT: Universidade do Porto, 2003. [17] Alves Filho A. Elementos Finitos: A Base da Tecnologia CAE. 5ª ed. Sao Paulo, SP: Editora Erica, 2007. [18] Finney RH. Finite Element Analysis. Chapter 9. In: Gent AN, Ellul MD, Finney RH, Hamed GR, Hertz DL, James FO, Lake GD, Miller TS, Campion RP. Engineering with Rubber: How to Design Rubber Components. 3rd ed. Munich, DE: Carls Hanser Verlag, 2012, pp. 257-305. [19] Trelleborg Sealing Solutions (TSS). Sealing successful FEA. In The Groove 2013; 28:6-8. [20] Hou M, Su M, Liu Y, Gui Z. Analysis of a dovetail O-ring groove performance. Sealing Technology 2010; 2010(8):9-12. [21] EagleBurgmann Germany GmbH & Co Kg. EagleBurgmann supplies high-pressure seals for Russia’s ESPO pipeline project. Sealing Technology 2012; 2012(3):10-12. [22] Flach PM. A seal is born. World Pumps 1995; 1995(351):48-50. [23] Anderson E. Nonlinear Finite Element Analysis and Seal Design Optimization. [online]. Salt Lake City, UT: Parker Hannifin Corporation, 1996. http://web.mscsoftware.com/support/library/conf/marc/Oct96IUC/ericanderson.htm [24] Beer FP, Johnston Jr ER, Dewolf JT, Mazurek DF. Mechanics of Materials. 6th ed. New York, NY: McGraw-Hill, 2012. [25] Jong IC, Springer W. Teaching von Mises Stress: From Principal Axis to Non-principal Axis. Washington, DC: American Society for Engineering Education, 2009. [26] Natal Jorge RM, Dinis LMJS. Teoria da Plasticidade. Porto, PT: FAculdade de Engenharia da Universidade do Porto, 2005. [27] Callister Jr WD. Material Science and Engineering. 7th ed. NewYork, NY: John Wiley & Sons, Inc, 2006. [28] Luebkeman C, Peting D. Stress–strain Curves. [online]. Eugene, OR: University of Oregon, 1996. http://pages.uoregon.edu/struct/courseware/461/461_lectures/461_lecture24/461_lecture24.htm Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 31 l [29] Johnson KL. Contact Mechanics. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1987. [30] Bryant MJ. Running-in and Residual Stress: Finite Element Contact Analysis of as Measured Rough Surfaces and Comparison with Experiment. Ph.D. thesis, Cardiff University, Cardiff, 2013. [31] Special Metals Corporation. Inconel® Alloy 625. [online]. 2006. http://www.pccforgedproducts.com/web/user_content/files/wyman/Inconel%20alloy%20625.pdf [32] Special Metals Corporation. Incoloy® Alloy 825. [online]. 2004. http://www.pccforgedproducts.com/web/user_content/files/wyman/Incoloy%20alloy%20825.p df [33] Sweeney TF, Brammer N, Chalmers G. Gasket with Multiple Sealing Surfaces. Patent No 6772426 B2. Washington, DC: United States Patent Office, 2004. [34] Dassaul Systemes. Abaqus® Overview. [online]. 2014. http://www.3ds.com/productsservices/simulia/portfolio/abaqus/overview/ [35] Zhao C. Ultrasonic Motors: Technologies and Applications. Beijing, CH: Springer – Science Press, 2011. Eng Res, v. 6, n. 3, p. 1-32, May / 2015. 32