Uma coluna que Preste — Ed 1ano 2011

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Uma coluna que Preste — Ed 1ano 2011
9° ano E
COLÉGIO SANTA MARIA
Trabalho de História — Profª Regina Martins
Uma coluna que Preste — Ed 1ano 2011
INICIA-SE O PRIMEIRO MOVIMENTO TENENTISTA: REVOLTA NO FORTE DE COPACABANA
CARTAS FALSAS OFENDENDO OS MILITARES RESULTAM EM REVOLTA
Depois de várias greves, anteontem, 5 de julho de 1922, ocorreu o
primeiro movimento.
Em menos de 24 horas ocorreu
no Brasil a primeira revolta tenentista.
Ocorreu no Forte de Copacabana, no Rio
de Janeiro.
Todos nós sabemos que os
tenentes e os cafeicultores nunca se
deram bem. Tenentistas buscam mais
poder. O poder que perderam com o início das oligarquias. Os tenentistas buscam uma moralização política. A vida
urbana modernizou-se com o investimento de capitais ingleses, dando origem aos
nossos primeiros cinemas, por exemplo.
O café está nos trazendo um lucro muito
grande também, porém, a classe operária, os artesãos e desempregados estão
numa situação precária. A Revolta do
Forte de Copacabana, em 5 de julho, foi
o primeiro movimento militar armado,
que pretendeu tirar do poder as elites
tradicionais e esboçou a defesa de princípios modernizadores, refletindo o descontentamento com a organização política e econômica da República do Cafécom-leite, características peculiares da
formação
do
exército
brasileiro.
A valorização do café brasileiro
acabou desvalorizando a classe média e
a classe operária. Além disso, houve a
desvalorização da nossa moeda para
tornar mais fácil o comércio internacional, assegurando os lucros. Porém, as
exportações do café estão caindo pelo
fato de que nossos compradores internacionais ainda estão se recuperando
das consequências deixadas pela Grande Guerra.
O problema é que toda esta
desvalorização e todos estes problemas
na economia trazem um aumento no
custo de vida para nós, meros cidadãos.
Esse é mais um dos motivos pelo qual
os tenentes e capitães do exército lutam: a igualdade e o baixo custo de vida.
O estopim desta recente revolta foi a publicação de cartas falsas que
ofendiam os militares. O exército já não
era a favor de Epitácio Pessoa, que havia nomeado o civil Pandiá Calógeras para
Ministro da Guerra. Não se sabe quem
escreveu, mas cartas ofensivas aos militares foram publicadas, acusando o
Exército e o presidente do Clube Militar,
Marechal Hermes da Fonseca.
Sabendo destas cartas e, devido às críticas feitas pelo Marechal no
momento em que o governo interveio na
sucessão estadual de Pernambuco, nosso presidente Epitácio Pessoa acusou e
mandou prender Hermes da Fonseca, o
presidente do Clube Militar, acusando-o
de agitador, de ter escrito estas cartas.
O Clube Militar foi fechado e o marechal
FORTE DE COPACABANA—RIO DE JANEIRO
foi preso ainda nesta semana, no dia 2 de
julho.
Na madrugada de ontem, os
militares levantaram-se no Forte de Copacabana, no Forte do Vigia, a Escola Militar
do Realengo e no 1º Batalhão de Engenharia, comandados pelo General Clodoaldo da Fonseca, tio de Hermes, voltandose contra o governo.
O forte de Copacabana foi bombardeado, e, finalmente, na tarde de ontem, os revoltosos que permaneciam firmes em continuar lutando, abandonaram
o forte e marcharam ao encontro as forças legalistas. Os tenentes sobreviventes
Siqueira Campos e Eduardo Gomes passam bem, apesar dos sérios ferimentos.
Mais notícias a qualquer momento pela nossa rádio ou na edição de
amanhã.
9° ano E
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Trabalho de História — Profª Regina Martins
Uma coluna que Preste — Ed 1ano 2011
QUEM VAI E QUEM FICA?!
Este
ano,
1930,
São
Paulo e Minas
Gerais
discordam do
nome
do
candidato a
disputa
da
presidência
da República. O presidente
Washington Luiz apóia a candidatura paulista Júlio Prestes, ao invés de apoiar a candidatura mineiro Antônio Carlos de Andrada. Esta atitude
levou Minas Gerais a romper
com a aliança com os paulistas e a apoiar as oligarquias
de outros estados: Rio Grande
do Sul e Paraíba. Desse modo,
esses três estados formam
um grupo político, chamado
Aliança Liberal.
Minas Gerais, Paraíba e Rio
Grande do Sul desencadearam um movimento de revolta
em várias regiões do país.
Diante de uma eminente guerra civil, as Forças Armadas
dão um golpe de Estado depondo o presidente Washington Luiz.
Uma Junta Militar
transmite o governo a Getúlio
Vargas, líder máximo da Revolução. Devemos aguardar o
desenrolar dos acontecimentos. Os repórteres de Uma
Coluna que Preste estão na
Capital Federal prontos para
transmitir os novos fatos do
governo de Getúlio Vargas.
Nestas eleições, a
Aliança Liberal apresenta
como candidato a presidente,
Getúlio Vargas e João Pessoa
para vice-presidente.
Contando com o
apoio militar dos tenentes, as
oligarquias dissidentes de
COLUNA PRESTES
Neste ano de 1924,
surge a Revolta Tenentista de
São Paulo. Mas após violentos confrontos, os revoltosos
são derrotados. Os que conseguem escapar do cerco e
da perseguição se refugiam
no interior e unem-se a outro
movimento revolucionário
tenentista, proveniente do
R i o G r a n de d o S u l .
Da união destes
tenentes surge a Coluna
Prestes. Composta por centenas de oficiais e soldados
e liderada por Miguel Costa
e Luiz Carlos Prestes, a Coluna percorre cerca de 24 mil
quilômetros pelo interior do
território brasileiro. Conhecida por Coluna Prestes, o movimento político-militar brasileiro, ligado ao tenentismo,
possuí um programa bastante difuso: insatisfação com a
República Velha, exigência do
voto secreto e defesa do
ensino público. O movimento
desloca-se pelo interior do
país divulgando reformas
políticas e sociais e combatendo sociais e combatendo
os governos de Artur Bernardes e Washington Luís. Em
sua marcha pelo Brasil, os
integrantes da Coluna Prestes denunciam a miséria da
população e a exploração das
camadas mais pobres pelos
líderes políticos.
Devemos aguardar
os acontecimentos.
Nova Constituição confirma Getulio Vargas no poder
A constituição de 1934 confirma Getúlio Vargas para presidente dos
Estados Unidos do Brasil. Visando a
melhoria das condições de vida de grande parte dos brasileiros, a constituição
elabora leis sobre educação, trabalho,
saúde e cultura. Amplia o direito de cidadania dos brasileiros, possibilitando que
grande parte da população, atualmente
marginalizada do processo político do
Brasil, participe desse processo. A nova
constituição, na realidade, traz uma
perspectiva de mudança na vida de
grande parte dos brasileiros.
O que outubro de 1930 representou para o Brasil? Nessa data, terminou a República Oligárquica, a Primeira
República, que os revolucionários de
1930 logo chamaram de República Velha ou do Café-com-leite.
Getúlio Vargas, em uniforme
militar, foi levado ao Catete para iniciar
seu governo. O presidente deposto, Washington Luís, já havia partido para o
exílio. Iniciou-se um período de muitas
transformações na história brasileira. A
mudança foi determinada pelo quadro
econômico e financeiro mundial, com a
grande crise de 1929 e que, em alguns
casos, se prolongou até Segunda Guerra Mundial.
“Muitas decisões de meu governo baseiam-se na crise mundial e
suas restrições. As exportações de café
caíram, pois havia excesso de produção
e queda de consumo; ao mesmo tempo, o Brasil não podia importar mercadorias como no ano passado, porque
não dispunha de recursos em dólares
ou em libras inglesas,” disse Getúlio
Vargas, em entrevista a esse jornal.
A própria figura de Getúlio
Vargas como personagem político mudou a partir de 1930. Antes, ele era um
político gaúcho formado nos quadros da
oligarquia do Rio Grande do Sul, com
uma carreira tradicional. Quando assu-
miu o poder, se transformou em uma
personagem centralizadora e ao mesmo tempo modernizadora do país,
com fortes traços autoritários. A época do governo constitucional de Getúlio Vargas é, possivelmente, um período de efervescência política, uma
época de intensas divergências e
intensos debates e manifestações
populares. Os beneficiados pela nova
constituição querem influir nos novos
rumos do país. Por outro lado, surgem
novas resistências a tais mudanças.
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Getúlio Vargas assumiu o governo em 3 de novembro de 1930, com grande
poder. Isso tudo foi antes da Revolução ocorrida no ano passado. Hoje, vamos divulgar duas inéditas entrevistas, simplificadas, de dois períodos diferentes com nosso
presidente Getúlio Vargas. A primeira foi feita em 10 de novembro de 1930, pouco
depois de sua posse. Ele fala de suas expectativas, planos e outros.
Coluna: Como o senhor justifica o grande
poder que está em suas mãos?
Getúlio Vargas: Isso se deve ao fato de
que agrado as classes sociais, favoreço a
todos e, principalmente, aos trabalhadores, dando-lhes os direitos trabalhistas
que eles merecem.
Coluna: Então como o senhor pretende
ajudar o Brasil?
G. V.: Pretendo criar obras de infraestrutura e gerar empregos, favorecendo todos
os trabalhadores brasileiros.
Coluna: Qual será a primeira coisa a ser
feita?
G. V: Uma das primeiras coisas que fiz de
imediato foi fechar o Congresso e nomear
interventores para os Estados.
Coluna: Com que finalidade o senhor nomeou interventores?
G. V: Eu o fiz para ter apoio ao meu governo, fazendo com que todos os Estados
apoiem minhas decisões para o bem do
Brasil.
Agora exibiremos a segunda entrevista realizada em 18 de novembro de
1933, um ano depois de ter vencido a Revolução Constitucionalista, Getúlio mostrounos seu ponto de vista sobre o ocorrido, falando um pouco sobre esse período e seus
acontecimentos.
Coluna: O que foi para o senhor a Revolução de 1932?
Getúlio Vargas: A Revolução Constitucionalista foi, basicamente, a luta do Estado de
São Paulo contra o governo federal. A
justificativa dos rebeldes era que defendiam a elaboração de uma nova Constituição.
Coluna: Por que foi tão intensa essa briga
entre o governo federal e o Estado de São
Paulo?
GV: Além de ter nomeado João Alberto Lins
de Barros, tenente pernambucano, como
interventor do Estado, houve uma manifestação, onde vieram a falecer quatro estudantes: Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, que gerou o nome do movimento
pela nova constituição. Os paulistas queriam depor-me, pois queriam a convocação
de eleições para o Brasil. Essa ‘’revolta’’ foi
rapidamente reprimida e terminou com a
derrota dos paulistas.
Coluna: O objetivo dos paulistas foi alcançado?
GV: Os paulistas foram derrotados nas batalhas, mas fui obrigado a convocar eleições para
uma Assembleia Nacional Constituinte. Podese dizer que o objetivo dos paulistas foi alcançado. Em breve a nova constituição será promulgada.
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Getúlio Vargas desarticula o movimento comunista brasileiro
Em um governo conturbado, Getúlio contém golpes e aumenta seus poderes
No Governo Constitucional (1934/1937), podese observar a iniciação de
dois movimentos políticos
no Brasil. De um lado estava a AIB (Ação Integralista
Brasileira), que defendia a
consolidação de um governo
centralizado, que pudesse
levar a nação a um “grande
destino”. De outro lado, estava a ANL (Aliança Nacional Libertadora). Entre os
principais ideais da ANL
estavam: a reforma agrária,
a luta contra o imperialismo, a instalação de um governo popular e o não pagamento das dívidas externas.
Com essa vontade
de revolucionar e a orientação dos altos escalões do
comunismo soviético, a ANL
promoveu um golpe contra o
governo de Getúlio Vargas.
Em 1935, alguns comunistas brasileiros começaram
revoltas dentro de instituições militares em Natal,
Recife e Rio de Janeiro.
Devido à falta de articulação e adesão de outros
estados, a Intentona Comunista foi facilmente
controlada pelo governo.
Com essa medida,
Vargas aumentou seus
poderes políticos, perseVENDE-SE
guiu seus opositores e
desarticulou o movimento Automóvel Ford, 1931, em
perfeito estado. Tratar Dr.
comunista brasileiro.
Tem inicio o governo constitucional de Vargas
Teve início, há alguns
meses atrás, o governo constitucional de Getúlio Vargas,
sendo o segundo período de
seu mandato. O governo constitucional iniciou-se em 16 de
julho de 1934, com a eleição
de Getulio Vargas, por via indireta, pela Assembleia Nacional
Constituinte. De um lado encontra-se a Ação Integralista
Brasileira (AIB) que defende
um governo centralizado que
segundo ela levará o nosso
país a um grande destino, porém para que isso dê certo,
deve-se primeiro acabar com a
liberdade democrática, deve
haver perseguições aos movimentos comunistas e intervenção máxima do estado na economia do país. Do outro lado
esta a Aliança Nacional Liberadora, recém fundada, também
Sob a “ameaça comunista”, Vargas cancelou
as eleições presidenciais que
deveriam ocorrer em 1938.
Anunciando outra tentativa
de golpe comunista, conhecida como Plano Cohen, Getúlio Vargas cancelou a Constituição de 1934, outorgou
outra constituição, fechou o
Poder Legislativo em todo o
país e, em dezembro, fechou
todos os partidos políticos,
inclusive a AIB, que sempre
colaborou com o governo.
Desde estes acontecimentos,
Getúlio governou com muitos poderes, iniciando o Estado Novo, em 10 de novembro de 1937.
Estamos em plena
ditadura. Novas notícias em
nossas próximas edições.
conhecida como ANL, que diferentemente da ideologia pregada pela AIB, defende a reforma
agrária, a luta contra o imperialismo e a revolução por meio da
luta de classes. Até o momento,
essas são todas as informações
que possuímos sobre esses
partidos que prometem defrontarem-se no mandato de Getúlio Vargas. Continuem acompanhando “Uma Coluna que Preste” para ter todas as informações rapidamente e em primeira mão, somente para você.
Cid
Bolo de Fubá
Ingredientes
-4 ovos
-2 xícaras de chá de açúcar
-2 xícaras de chá de trigo
-1 xícara de chá de fubá
-3 colheres de sopa de margarina
-1 xícara de chá de leite
4 colheres de chá de fermento em pó
Modo de Preparo
1- Bater as claras em neve,
acrescentar o açúcar, continuar batendo
2- Acrescentar, aos poucos,
as gemas, a margarina, o
leite, a farinha de trigo, o
fubá e continuar batendo
3- Colocar, por último, o fermento, bater por mais 1
minuto
4- Colocar a massa numa
forma untada e deixar assar
em forno médio pré aquecido por aproximadamente 30
minutos .
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Governo de Vargas sofre ataques comunistas
Em um discurso inflamado, Luis Car-
to da classe burguesa antifascista ou antiim-
los Prestes conclama a população a lutar
perialista. O movimento espera ganhar o
contra Vargas e o integralismo. A reação de
apoio inclusive de militares simpatizantes da
Getúlio e da mídia acusando a ANL (Aliança
ANL, fazendo com que a ação revolucionária
Nacional Libertadora) de iniciar um golpe de
seja planejada dentro dos quartéis, onde
Estado, indigna os comunistas que começam
militares
deverão
começar
a
rebelião.
a organizar um levante armado em algumas
O primeiro levante aconteceu na
cidades de Pernambuco e no Rio de Janeiro.
noite de 23 de novembro, em Natal, seguido
O Partido Comunista Brasileiro (PCB),
pelo Recife, Olinda e, ontem pelo Rio de Ja-
do qual faz parte Luís Carlos Prestes e sua
neiro. A revolução deve ganhar outros focos
mulher Olga Benário, além de Rodolfo Ghiol-
no país. Mas, se não houver organização e
di, Arthur Ernest Ewert e Ranieri Gonzáles,
apoio popular, que Prestes espera obter com
tem como ideologia o comunismo soviético e
estes manifestos, as tropas oficiais consegui-
apóia uma revolução nacional popular contra
rão combater os revoltosos, impedindo uma
as oligarquias, o autoritarismo e o imperialis-
ação maior.
mo. Algumas de suas reivindicações são: a
abolição de dívida externa, a reforma agrária
e o estabelecimento de um governo de base
popular.
Luís Carlos Prestes acredita que o
programa nacionalista da ANL seja capaz de
atrair o apoio tanto de classe operária quan-
ALIANÇA NACIONAL LIBERTADORA É FECHADA
Inaugurada em
das. Luta contra o comunis-
forte entre o Tenentismo e
30 de março deste ano
mo e é liderada por Plínio
os civis, tornando-se muito
(1935) e liderada pelo Parti-
Salgado. Uma organização
popular em todo o país.
do
para
ANL
Mesmo assim, é fechada
(PCB), a Aliança Nacional
Sendo uma aliança
ontem por Getúlio Vargas,
Libertadora surgiu pelo con-
de esquerda, a ANL conta
por causa da recém criada
texto político, e foi uma opo-
com a participação de comu-
Lei de Segurança Nacional,
sição a Ação Integralista
nistas, liberais democratas e
conhecida
Brasileira, cuja ideologia o
socialistas, o que incluí pes-
Monstro”, que a declara
presidente Getúlio Vargas é
soas da classe média e inte-
como ilegal.
simpatizante.
grantes das Forças Armadas
Comunista
do
Brasil
enfrentar
a
A AIB é uma organi-
de esquerda. Quer várias
zação influenciada pelo fas-
mudanças no país, incluindo
cismo e é composta por
uma reforma agrária e o
empresários,
proprietários,
cancelamento das dívidas
alto clero e parte da classe
externas. A Aliança Nacional
média e das Forças Arma-
Libertadora é a união mais
como
a
“Lei
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Camisas verdes reagem à ilegalidade
A Ação Integralista Brasileira surgiu no clima da
Revolução de 1930, em 7 de outubro de 1932 e
foi idealizada por Plínio Salgado. Os integralistas
defendiam um Estado autoritário e era uma alternativa ao governo de Getulio Vargas, para aqueles que estavam insatisfeitos. Um movimento
influenciado pelo fascismo que exerceu um forte
papel muito além da década de 30, sendo apoiado por empresários, pela juventude, pelo alto
clero e pelas Forças Armadas.
Os integralistas tinham características marcantes
como o fascismo, o cumprimento com a mão
direita levantada e saudação “Anauê”, o uniforme verde lhes deu o apelido “camisas verdes”, no
braço levavam uma braçadeira com a letra grega sigma Σ , que representava soma/adição, representando a união de todos, o nacionalismo e o amor à pátria. O lema da instituição era:
“Deus, Pátria e Família.”
Com a implantação do Estado Novo, o partido foi surpreendido com o
fechamento. Então, em 1938, revoltados e inconformados com o fechamento da AIB, os integralistas organizaram a Intentona Integralista para
depor Getúlio Vargas e tomar o poder. Quando os revoltosos chegaram
ao palácio, o exército foi chamado e, juntamente com a guarda do Palácio, prenderam, torturaram, fuzilaram e exilaram os integralistas revoltosos, sendo Plínio Salgado exilado em Portugal.
Por não aceitar o capitalismo, defender a propriedade privada, o resgate
da cultura nacional, o moralismo, valorizar o nacionalismo, o combate
ao comunismo e ao liberalismo econômico e defender o autoritarismo, a
ideologia desse movimento pode ser identificado em algumas atitudes do presidente Getúlio
Vargas, dentro do Estado Novo.
Integralistas invadem o Palácio do Guanabara (RJ)
Inconformados tentam acabar com o Estado Novo
Ontem, 11 de maio de 1938, depois de várias tentativas de protestos, integralistas inconformados,
atacaram o Palácio Guanabara, a residência do presidente, seis meses depois da outorga da Constituição, que dá totais privilégios à Getúlio. Os integralistas tentaram acabar com o Estado Novo e promover
a retirada de Vargas da presidência. Ajudado por sua guarda pessoal, Vargas resistiu ao golpe à bala,
fuzilando uns e prendendo outros integralistas.
Tudo começou em setembro de 1937, quando Vargas e seus colaboradores mais próximos, os integralistas, trataram de encontrar um meio de suspender as eleições marcadas para 3 janeiro de 1938.
Como ainda havia uma oposição forte, Getúlio precisava de
um pretexto que justificasse seu projeto golpista. Esse pretexto surgiu quando foi divulgado um plano comunista para
tomar o poder e assassinar as autoridades. Esse plano
ficou conhecido como Plano Cohen. Esse suposto plano
comunista foi o pretexto para que em 10 de novembro,
Vargas desse um golpe e implantasse uma ditadura, o Estado Novo. Nesse mesmo dia, ele fechou o Congresso Nacional e outorgou ao país uma Constituição, que foi redigida por seu Ministro da Justiça, Francisco Campos; o presidente dissolveu o Congresso. Passou a governar, expedindo decretos-leis; os partidos foram extintos; aboliu a liberdade de imprensa e passou a vigorar a censura prévia;
interventores foram nomeados para o governo dos Estados; foi instituída a pena de morte e o presidente podia invadir qualquer residência. Além disso, as
eleições foram suspensas, as greves proibidas e os sindicatos passaram a ser controlados pelo governo. Ou seja, a Constituição deu forças a Getúlio e enfadou os integralistas, que colocados na ilegalidade, acabaram comentando este ato violento ocorrido ontem no Palácio Guanabara.
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Getúlio Vargas nega ser ditadura o governo implantado no Brasil
Ontem, dia 10 de
novembro de 1937 foi outorgada pelo Exmo. Sr. Presidente da República, Getúlio Vargas, a Constituição dos Estados Unidos do Brasil. A nova
Constituição foi inspirada nas
constituições fascistas da
Itália e da Polônia. Na Carta
Magna, o poder de nosso Presidente se fortaleceu; foi excluído o poder Legislativo,
cujas funções são exercidas
pelo Executivo, que governa
através de decretos-leis.
Em entrevista à Rádio Nacional, concedida ontem, o chefe da Nação abordou de maneira crítica as
questões prioritárias na economia e na política. Contou
também, sem muitos detalhes, que haverá uma reforma
na legislação trabalhista. Não
obtivemos informações se
nesta nova legislação haverá
aumento salarial e novos benefícios aos trabalhadores.
Apesar de a nova
Constituição adotar medidas
fascistas, Getúlio Vargas ga-
rante que o Estado Novo não
é fascista e sim uma República Democrática, que visa o
bem do povo e o desenvolvimento da nação. Como jornalista formada, em Cambridge
na Inglaterra, não posso concordar, pois em um país onde
o legislativo é fechado e o
Presidente governa por decretos-leis e está cerceada a
liberdade do povo em escolher os seus governantes, é
um regime totalitário.
nosso caso provavelmente
haverá apenas um líder: Getúlio Vargas.
Por enquanto, aguardaremos mais detalhes sobre
as novas leis da Carta Magna
para informá-los. Discutam
seus pontos de vista, formem
sua opinião sobre a nova forma de governo e nos envie,
por carta, para que possamos
construir opiniões juntos.
Como já pudemos perceber tudo está a favor de
Vargas. Cada vez mais o Presidente conquista o povo com
seus ideais e propostas, com
as leis trabalhistas, com seu
assistencialismo, o que o favorece bastante. Porém, devido ao seu estilo populista, o
povo brasileiro não percebe
que estamos caminhando
para uma ferrenha ditadura. A
ditadura é uma forma de governo onde não há participação popular, ou seja, não podemos questionar sobre suas
ações. Podem haver ditaduras
com um líder ou mais , no
VARGAS CRIA A CLT, PARA MELHORAR A VIDA DOS TRABALHADORES
Ontem, 1° de maio
de 1943, Getulio Vargas,
nosso presidente, assinou a
Consolidação das Leis do
Trabalho, no Estádio de São
Januário. Conseguimos fazer
uma breve entrevista com
ele, que falou sobre o seu
objetivo ao criar a CLT.
“ Ao criar a CLT,
pensei no trabalhador brasileiro, que tanto sofria. Então,
resolvi mudar, estabeleci um
salário mínimo justo, direito
de férias anuais, licençasaúde, licença-gestante, semana de trabalho de 48 horas e direito à aposentadoria”, disse orgulhoso Getulio
Vargas à nossa reportagem.
Tais medidas, para
quem não era lembrado pelas autoridades foi uma gran-
de mudança e um novo começo música e jornais. Além disso, esse órgão promove o
de vida.
governo com uma exageraCom este gesto, Var- da propaganda de seus
gas, tornou-se líder dos traba- feitos. Muitos ainda o critilhadores no país, recebendo cam por isto, mas consideapoio de todos. De acordo com ram os benefícios aos braalguns brasileiros, Vargas está sileiros mais importantes.
sendo um bom presidente, que
Como trabalhador
está fazendo o Brasil crescer.
Segundo Getúlio :“esta brasileiro e jornalista, posresposta do povo está sendo so afirmar que Vargas, está
muito gratificante, pois saber sendo um bom presidente,
que meu trabalho é reconheci- embora seu governo tenha
do, que tudo que faço é em altos e baixos.
favor do povo brasileiro e pelo
A CLT, com certepaís, está sendo muito bom”.
za,
ajudará
a vida de todos.
Porém, o povo não
esquece. O povo não esqueceu Mesmo havendo muitas
quando ele criou o DIP críticas a serem feitas, pos(Departamento de Imprensa e so fazer muitos elogios
Propaganda), que censura os também. Uma ditadura
meios de comunicação, como nunca é ideal, mas pode
rádio, cinema, teatro, literatura, ter pontos positivos.
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A interferência de Vargas na industrialização
trias nacionais terão um crescimento muito significativo,
tanto para o comércio interno,
quanto para o comércio externo. Por mais que o presidente
tenha incentivado tal crescimento em todo o país, este
ficou restrito à região sudeste
do país, o que está gerando
uma grande disparidade regional.
O território brasileiro, em seus
primeiros anos como colônia
portuguesa, não apresentara
um desenvolvimento industrial. Isso ocorria, pois sua metrópole proibia a implantação
de fábricas em nosso território, para que nós consumíssemos somente seus produtos
portugueses.
Esta situação só se
reverteu atualmente, com o
novo governo do Presidente
Getúlio Vargas. Ele está propondo efetivar a industrialização no Brasil, para que assim
as indústrias nacionais não se
encontrem em dependência
externa.
Vende-se
Mansão na Avenida Paulista, 671
com quatro dormitórios, três salas, dependências
para a criadagem,
copa, cozinha espaçosa, completa
casa de banho e
uma agradável
área de lazer.
Tratar com Dr.
Paes de Barros,
tel. 31-6823.
As indústrias brasileiras estão beneficiando muito, pois este é o período ideal
para seu desenvolvimento,
porque a Segunda Guerra
Mundial se desenrola na Europa e os países industrializados europeus estão com suas
empresas voltadas à produção bélica, tendo então que
importar produtos de outros
países como o Brasil.
Vargas estabeleceu
leis voltadas para a regulamentação do mercado de
trabalho, medidas protecionistas e para investimentos na
infraestrutura dessas empresas. Dessa forma, as indús-
nistas às indústrias nacionais,
dando incentivos fiscais e
tributários, controlando preços e salários.
Podemos ver então, como a industrialização cresceu muito
durante o governo Vargas e a
real importância deste para
tal crescimento. Esperamos
que daqui para frente, o Brasil
apresente muitas melhoras
principalmente agora com os
acordos firmados com os EUA
para a construção da Companhia Siderúrgica Nacional e a
Companhia Vale do Rio Doce.
Com as indústrias de base,
nossas indústrias terão grande crescimento
Getúlio Vargas incentiva também a política de
substituição das importações,
adotando medidas protecio-
Getúlio oficializa a censura no Brasil
Ontem 28/12/1939 ,
um fato extremamente importante marcou o povo brasileiro . Por um decreto, o
presidente Vargas criou o
DIP, Departamento de Imprensa e Propaganda, que
tem por finalidade controlas, centralizar, orientar e
coordenar a propaganda do
governo, alem de censurar
os meios de comunicação. O
DIP é o órgão responsável
por quaisquer manifestações
culturais, tendo a tarefa
exclusiva de cuidar de toda
a publicidade e propaganda
dos órgãos do governo e da
administração publica e
federal, assim como de todas
as suas autarquias.
Esse novo programa
implantado pelo governo,
.
deixou o povo brasileiro insatisfeito, por este impedirá a
veiculação de programas no
rádio, cinema e imprensa cuja
opinião esteja expressando
ideias com conteúdos nocivos
a pátria, conforme o julgamento do órgão em questão.
Ao invés do DIP criar
novas possibilidades de informação, estará censurando
todos os meios de comunicação. As pessoas só serão informadas dos assuntos aprovados pelo governo, ou seja, se
este aprovar a informação
será divulgada, caso contrário
a população será impedida de
ser informada.
Dessa forma o presidente
Getúlio Vargas será muito
beneficiado, pois este poderá
divulgar ao povo brasileiro
seus feitos, suas realizações que são do interesse
de grande parte da população : os trabalhadores e
´´esconder´´ aquilo que não
interessa ao governo que
seja do conhecimento do
povo.
A partir de hoje, fatos
e acontecimentos indesejados serão omitidos, como se
não houvessem ocorrido
deixando você, caro leitor,
e diversos outros cidadãos
a margem de informações
que poderiam ser de seu
interesse.
O DIP, infelizmente,
acirrará cada vez mais esta
ditadura, controlando as
ações e impedindo a livre
expressão do povo brasileiro.
9° ano E
COLÉGIO SANTA MARIA
Trabalho de História — Profª Regina Martins
Uma coluna que Preste — Ed 1ano 2011
BRASIL ENTRA NA SEGUNDA GUERRA
MUNDIAL
A população brasileira recebeu a decisão
do governo com grande entusiasmo e mostras de
patriotismo. No Rio de Janeiro, logo após a divulgação do comunicado pelo DIP, centenas de cariocas se dirigiram às ruas do centro da cidade, improvisando comícios onde oradores saudavam o
apoio aos Aliados e as pessoas cantavam o hino
nacional.
Finalmente, diante do
clamor popular, Getúlio Vargas declarou estado de guerra aos países do Eixo.
Diante das frequentes
agressões dos submarinos alemães à navegação costeira do
Brasil, que culminaram com o
afundamento de cinco navios da
nossa marinha mercante, o Presidente da República Getúlio
Vargas convocou uma reunião
com todo o seu ministério no
Palácio Guanabara, sede do
governo, no Rio de Janeiro, para examinar e definir a posição
do Brasil perante a Segunda
Guerra Mundial.
Atendendo aos anseios
da população, expressos nas
ruas de todo país, o governo
tomou a decisão histórica de se
unir aos Aliados, cujas principais forças são a URSS, os EUA
e o Império Britânico, contra as
potências do Eixo, liderados
pela Alemanha, Itália e Japão.
Após a reunião, o Departamento de Imprensa e Propaganda
(DIP) divulgou um comunicado
no qual o Brasil declara guerra
aos países do Eixo.
Além do comunicado à população, o governo brasileiro enviou uma mensagem aos governos da Alemanha e da Itália informando-os da
decisão do país. Em nota, além dos ataques a
seus navios, o Brasil evocou as declarações de
solidariedade americana votadas na oitava Conferência Internacional de Lima e na Primeira,
Segunda e Terceira Reuniões de Ministros das
Relações Exteriores das Repúblicas Americanas
como justificativa para sua decisão.
9° ano E
COLÉGIO SANTA MARIA
Trabalho de História — Profª Regina Martins
Uma coluna que Preste — Ed 1ano 2011
VARGAS RENUNCIA, MAS PROMETE VOLTAR EM 1950
Vende-se
Presidente Getúlio Vargas visita escola católica na
zona sul do Distrito Federal e é saudado pelas crianças
Sítio na região de Sorocaba, com
51 alqueires. Possui casa com
150 m², casa de caseiro, piscina,
lago para pesca. Tratar em São
Paulo—Tel. 51-9876— Dr. Olavo.
9° ano E
COLÉGIO SANTA MARIA
Trabalho de História — Profª Regina Martins
Uma coluna que Preste — Ed 1ano 2011
EDITORES—9º ANO E
Andreas Genesi e Silva
Ariel da Mata Vaz
Beatriz Maciel Cavalcanti
Bruna Baxhix
Bruna Bottcher Kleinman
Bruna Luzi Duarte Santos Bruno Santos Ricciardi
Caio Cunha Vieira de Moraes
Carolina Hayashi de Sena
Enrico Foianesi
Felipe do Amaral Altenfelder Silva
Flavia Arantes Daru
Gabriel Alves da Silva Diniz
Gabriel Costa Pereira
Gabriella de Oliveira Pinheiro
Giovanna Damas Neris Szpunar Piskor
Giovanna Silvério Ferrari
Giuliano Guimarães Formoso
Hector Ianuch Grossi
Helena Midori Silva Horikawa
Isabella Rugai Luiz Janaína Masumoto de Almeida
Larissa Caribé Mancilio
Lívia Aina Paegle Bittar
Lorena Romão Macedo
Luís Cládio da Silva Júnior
Matheus Barboza Capriolli
Matheus Camargo Neves Baptista
Matheus Rosa Souza e Silva
Natália Almeida Gonçalves
Otávio Cividanes Ribeiro Cabral
Thiago Guain Teixeira
Yuri Barreto Bernardo de Almeida

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