Níveis fiáveis de O2 em unidades de criação de
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Níveis fiáveis de O2 em unidades de criação de
RELATÓRIO DE APLICAÇÃO ANÁLISE DO PROCESSO SONDA ÓPTICA DE OXIGÉNIO LDO CRIAÇÃO DE TRUTAS Níveis fiáveis de O2 em unidades de criação de trutas com o LDO É necessário manter níveis adequados de oxigénio na água das instalações de piscicultura, uma vez que a produção de peixe irá sofrer se este nível for demasiado baixo. A densidade, consumo de alimentos e resistência às doenças são factores essenciais em termos de rentabilidade, encontrando-se Autores: Alexander Tautenhahn - Engenheiro de produção piscícola - Co-proprietário da Forellenzucht Trostadt GbR directamente dependentes da concentração de oxigénio. Kirsten e Alexander Tautenhahn são os proprietários de uma unidade de criação de trutas em Trostadt, na Turíngia, desde 1991. Os níveis de oxigénio nas instalações têm vido a ser monitorizados pelo sistema LDO da HACH LANGE LDO desde Julho de 2005. A ➔ precisão das medições, mesmo a concentrações elevadas, assegura uma transferência de oxigénio óptima – mesmo durante a noite, quando não existe fluxo em torno dos sensores. O ➔ sensor robusto e a extensa ➔ garantia de desempenho asseguram uma operação de confiança a longo prazo. Uwe Karg - Engenheiro de tecnologia das águas - Produtos de Aplicação do Processo da HACH LANGE LDO_CRIAÇĂO DE TRUTAS O significado do oxigénio na produção de peixe Fig. 1: Ovos de truta na fase inicial Dados da unidade Abastecimento de Água de nascente água Temperatura da 8-10 °C água Caudal 50-150 l/s Desgasificação 100 mg/l a 8-10 mg/l Produção anual 3000 kg/l·s Unidade licenciada, livre de doenças Produção por etapas rigorosamente separadas Princípio de entrada-saída www.hach-lange.pt Oxigénio puro para criação de peixe “Os peixes precisam de oxigénio... O oxigénio é essencial à vida subaquática... O enriquecimento da água com oxigénio puro permite o aumento da densidade (peso de peixe), aumentando a produção... ao equilibrar as flutuações nos níveis de oxigénio provocadas pelo clima, o consumo de alimentos e a resistência às doenças aumentam e o crescimento é acelerado. Um fornecimento óptimo de oxigénio constitui um factor fundamental para alcançar um aumento a longo prazo na criação de peixe”. (Excerto de: Linde AG, Lebenselixier für erfolgreiche Fischzucht, Reiner Sauerstoff steigert die Produktion ganz natürlich; www.linde-gas.de) À medida que a temperatura da água aumenta, a quantidade de oxigénio que é possível transferir através do arejamento mecânico da superfície diminui, enquanto que a quantidade de energia necessária para o arejamento aumenta significativamente. A temperaturas superiores a 15 °C, é muito mais rentável utilizar oxigénio puro. Cada vez mais unidades de piscicultura usam o oxigénio puro para alcançar os níveis óptimos de saturação de oxigénio para os peixes (100 %). Mais química do que romantismo na produção de peixe Os principiantes poderão achar surpreendente o facto de o fornecimento de oxigénio constituir uma factor tão significativo na criação de trutas. Quando se afirma, por exemplo, que as flutuações de temperatura provocam stress, a principal razão para este stress é a mais baixa concentração de oxigénio na água verificada a temperaturas mais elevadas. Esta situação é particularmente crítica quando os peixes são alimentados, uma vez que isto resulta em níveis mais elevados de actividade metabólica e, con- sequentemente, níveis mas elevados de consumo de oxigénio. Os piscicultores preferem utilizar oxigénio puro, uma vez que este é mais rapidamente solúvel na água. Contudo, a adição contínua de oxigénio em demasia conduz não só a custos desnecessários, mas também a que os peixes respondam a esta abundância produzindo um menor número de glóbulos vermelhos e tornando-se mais susceptíveis a doenças. A única solução para este problema é a utilização de uma tecnologia de medição precisa. A química da água associada à criação de peixe é um assunto complexo. Quaisquer atitudes “românticas” que ainda possam existir terão de dar lugar às realidades sérias das reacções químicas em equilíbrio. Um aumento na quantidade de dióxido de carbono poderá diminuir o pH da água para valores inferiores a 6,5 e aumentar a toxicidade da água, ao permitir que o nitrato se converta em ácido nitroso (HNO2). Contudo, se as plantas assimilarem quantidades mais elevadas de dióxido de carbono durante o dia e elevarem o pH acima de 8,5, os peixes serão confrontados com um aumento na precipitação de lodo e, consoante a concentração de ião amónio (NH4+), ficarão expostos a níveis mais elevados de amónia (NH3). Existe um grande número de substâncias que têm de ser mantidas em equilíbrio! Sem uma monitorização contínua do pH e da concentração de ião amónio, os riscos serão praticamente impossíveis de calcular. Criação de trutas em Trostadt Comecemos pelo início, na unidade de criação de trutas de Trostadt. Aqui, próximo de Suhl, Kirsten e Alexander Tautenhahn dirigem uma grande unidade de criação de trutas desde 1991. Os ovos são provenientes do maior produtor do mundo – Troutlodge, Inc., nos EUA. Lotes contendo cerca de 800.000 ovos são regularmente incubados em Trostadt (Fig. 1). Após o nascimento, os pequenos peixes atravessam várias fases de crescimento, antes de chegarem aos tanques exteriores. Os processos que ocorrem em cada novo e espaçoso tanque para o qual os peixes são transferidos à medida que crescem (Fig. 2) são sempre os mesmos: - Alimentação automática regular, a cada 10 minutos, durante 30-40 segundos, para evitar o stress, assim como qualquer turbidez que possa esconder os alimentos dos peixes - Circuitos de água com até 90 % de recirculação - Enriquecimento de oxigénio de 150-400 % e desgasificação de dióxido de carbono da água circulada, consoante as necessidades, antes de esta voltar aos tanques - Fluxo laminar para uma transferência de oxigénio e remoção de produtos residuais livres de stress A vida no lago exterior Nos tanques de criação, os peixes vivem numa mistura de água doce, água recirculada e água sobressaturada com oxigénio. Quando os peixes são transferidos para os lagos exteriores as suas condições de vida sofrem enormes alterações. O nível de oxigénio na água é mantido com o auxílio de um tambor de arejamento (Fig. 3). Os sensores de oxigénio LDO monitorizam continuamente a concentração de oxigénio, assegurando automaticamente um arejamento adicional quando os níveis descem abaixo de 10 mg/l (Fig. 4). Os Arejadores mantêm os níveis de dióxido de carbono e amónia da água dentro dos limites aceitáveis. A “limpeza automática” também é bastante diferente. O fluxo laminar deixa de ser capaz de remover todas as partículas sólidas residuais, parte das quais se deposita firmemente sobre as pedras do fundo, sendo necessária a sua remoção na sessão seguinte de limpeza a pressão elevada. Fig. 2: Uma das várias fases para o peixe no seu percurso para o lago exterior Fig. 3: Lago exterior com tambor de arejamento O2 [mg/l] Tempo Fig. 4: Curva da variação de oxigénio LDO em função do tempo para um dos tanques exteriores (valores em mg/l O2) LDO_CRIAÇĂO DE TRUTAS Tecnologia de medição aplicada com sucesso Instrumentos de medição do processo utilizados Sensor de oxigénio LDO Sensor isento de calibração para a medição de oxigénio dissolvido pelo método da luminescência. Isento de interferências por H2S e substâncias redutoras ou oxidantes; isento de tempo de polarização, sem necessidade de fluxo em torno do sensor. Controlador SC 100 Controlador universal para montagem em parede, em tubagem ou no painel de controlo. É possível ligar dois sensores digitais através de conectores à prova de salpicos. Duas saídas de corrente analógicas, três interruptores isentos de tensão (5 A 115/230 VAC, 5 A 30 VDC), interface digital para ligação a bus (ModBus, ProfiBus, LonBus). fluxo em torno das sondas LDO é inexistente. Esta monitorização foi ligada a um controlador SC 100 através de um BUS digital. O processo de produção e os dados relativos ao oxigénio podem assim ser monitorizados a partir de qualquer ponto, através da rede existente. Na nossa opinião, esta nova tecnologia revolucionária será extensamente utilizada num futuro próximo, especialmente no sector da produção intensiva de peixe. O LDO permite uma economia de mais de 7.000 euros por ano Os sensores de oxigénio Clark, substituídos em 2005, apresentavam por vezes concentrações até 2 mg/l abaixo dos níveis reais de oxigénio. Estes resultados enviesados conduziam a uma adição de uma quantidade de oxigénio superior à necessária, pelo que o consumo de oxigénio era pelo menos 20 % mais elevado – o que equivale a cerca de 7.000 euros por ano. Além disso, este número não considera os custos adicionais devidos a alarmes falsos e aos maiores requisitos de manutenção associados à tecnologia de medição convencional. DOC 043.79.00490.Apr07 Fig. 5: Sensor de oxigénio LDO em utilização O caminho para o LDO Os peixes da unidade de criação de trutas de Trostadt têm vindo a receber oxigénio puro desde 1998. Anteriormente a Julho de 2005, era utilizado um sistema baseado em eléctrodos modificados de Clark para monitorizar o conteúdo em oxigénio e regular a transferência deste. Factores relacionados com o design tornavam a operação do sistema algo imprevisível, além do que este exigia uma manutenção mais longa e frequente quando os níveis de oxigénio eram elevados. Também mais de 90 % de todos os avisos de avaria (oxigénio) se deviam a medições defeituosas. O menor fluxo em torno das sondas durante a noite conduzia ainda regularmente a medições defeituosas. Em Julho de 2005, a unidade mudou de sistema para o LDO da HACH LANGE (Fig. 5). Desde então, os alarmes falsos causados por sondas deficientes tornaram-se num problema do passado. Até à data, não foi necessária qualquer manutenção das sondas (excepto limpeza regular, necessária para qualquer tipo de sonda). São obtidos resultados correctos e reprodutíveis, mesmo quando o