Quem descobre? - Palácio Nacional da Ajuda

Transcrição

Quem descobre? - Palácio Nacional da Ajuda
Palácio Nacional da Ajuda – Serviço Educativo
A HISTÓRIA DE PORTUGAL NO PALÁCIO DA AJUDA
Para famílias, com crianças a partir dos 8 anos
Passe pelos Museus em Família / IMC
Ficava aqui gira uma imagem do pna, aquela do 1º roteiro do PNA, chamado itinerário.
Introdução
Este é o 3º roteiro temático, especialmente dedicado às famílias, proposto pelo Serviço
Educativo do Palácio Nacional da Ajuda, no âmbito do programa “Passe pelos museus em
família”, promovido pelo Instituto dos Museus e da Conservação, para a “temporada”
2010/2011. “Famílias no Palácio da Ajuda” e “Os 5 Sentidos” foram os 2 primeiros guiões de
visita, de um conjunto de 4, lançados em Sábados pré-determinados, com o objectivo explícito
de serem experimentados pelos visitantes, e com essa colaboração melhorados pelo SE, antes
dos roteiros serem disponibilizados na internet através do site: www.pnajuda.imc-ip.pt
Com “A história de Portugal no Palácio da Ajuda”, propomos uma viagem no tempo, a
partir das “vozes” de espaços e obras de arte, interlocutores que ilustrarão as histórias que
vamos lembrar, em vez de serem encarados sob o seu valor artístico autónomo. Os ambientes
reportam-se sobretudo à segunda metade do século XIX, época em que o rei D. Luís escolheu
o Paço da Ajuda como sua residência permanente, onde habitou com a sua mulher, a rainha D.
Maria Pia e os seus dois filhos, os príncipes D. Carlos e D. Afonso. Para saberem mais sobre
a construção do PNA, os seus habitantes e a sua história em geral, podem ler os desdobráveis
disponíveis na recepção do museu, ou consultarem o site.
Mas, o PNA evoca também tempos anteriores ao rei D. Luís. Que episódios da história de
Portugal nos conta o Palácio da Ajuda? Evoca os tempos conturbados de D. João VI, o rei que
mandou erguer o novo Paço da Ajuda, mas que nunca chegou a nele residir... e tempos mais e
mais recuados... sem ordem cronológica. Esta visita será, por isso, como um puzzle que se
vai construindo, mas cujo resultado será incompleto. Ainda assim, as peças seleccionadas e
as sugestões apresentadas são excessivas para uma só visita.
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Aos adultos e jovens mais crescidos:
- As perguntas, pistas de observação e desafios são sugestões; para os caros visitantes
adaptarem, seleccionarem, ignorarem …
- Queremos que este itinerário respeite os diversos ritmos das pessoas de um grupo, para
que todos se sintam bem. Para que os museus sirvam a todos e não sejam um frete a
suportar (pelos mais novos), por vezes apenas a troco de uma recompensa que nada tem a ver
com o museu e a respectiva visita.
-Explorem o V. diálogo no museu, em relação com a experiência pessoal livre de cada um.
Regras de conduta dentro do museu, para miúdos e graúdos:
- Sorrir e ligar o interruptor da curiosidade e da imaginação.
- Desligar o telemóvel, ou silenciá-lo.
- Sempre que possível, andar sobre a passadeira vermelha.
- Abrir bem os sentidos, em especial os olhos, mas guardar o tacto; não tocar com as mãos em
nada.
- Falar normalmente, mas sem gritar.
- Se necessário, colocar questões aos vigilantes que se encontram ao longo das salas.
- Dar temmmmmpo para APRECIAR.
- Ao longo do percurso pelo palácio, aproveitar os degraus ou as cadeiras de acrílico para
descansar.
- NA RECEPÇÃO, PEÇAM OS DESDOBRÁVEIS, observem as plantas e calculem o tempo:
nunca mais de 1h30m. É fundamental os adultos terem em conta o longo percurso da visita,
para prevenir o cansaço dos + novos; Se, mesmo assim, houver cansaço e protestos, saiam.
Para depois regressarem com GOSTO.
Boa visita!
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A HISTÓRIA DE PORTUGAL NO PALÁCIO DA AJUDA
1 - Sala dos Archeiros
? Quem descobre? nesta sala de entrada, o SÍMBOLO do REINO de PORTUGAL?
Sugestão para casa:
As armas (brasão/escudo) de Portugal foram mudando ao longo do tempo, tal como a
bandeira – pode ser uma pesquisa para a família fazer e até alguém desenhar...
Questões prévias:
- Há quantos séculos existe o nosso país?
- Há quantos séculos existe o Palácio da Ajuda?
- Quem foi o 1º rei de Portugal? Atenção: esse rei não viveu neste palácio! Não o confundam
com o príncipe D. Afonso Henriques, que lhe deve o nome e que aqui nasceu em 1865. Na
vossa família também há alguém que tenha o nome de um familiar muito querido, ou que foi
importante?
O território português foi: conquistado pelas armas, reconhecido com tratados, mantido através
das armas e castelos, reforçado com alianças com outros países.
? Quem descobre? CASTELOS, ALABARDAS e quem eram os ARCHEIROS.
................................................. alabarda = arma que conjuga lança com duplo machado
2 - Sala do Reposteiro:
- Os temas das pinturas das 6 sobreportas fazem o elogio a Portugal:
«Cenas de uma batalha» - Rio Tejo protege-se com a Flora de uma batalha;
«Tomada de um castelo» - A Fama com o estandarte com escudo de Portugal, tem à sua
esqª cavaleiros que conquistam um castelo;
«Triunfo da pátria conduzida à glória» - Um carro triunfal transporta a pátria, que segura o
escudo e a vitória, que coloca uma coroa de louros à Pátria;
«Minerva coroando heróis» - a deusa romana da guerra coroa guerreiros portugueses;
«Lisboa protegendo a monarquia» - Lisboa segura na mão esqª a chave de cidade (=sinal de
independência) e estende a mão dtª sobre a coroa régia;
«A Pátria incitando o génio lusitano» - A Pátria entrega o escudo português ao génio lusitano e
incita-o a agir.
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Quem descobre? Os 2 RETRATOS do REI que MANDOU CONSTRUIR, em 1795, o
PALÁCIO da AJUDA, mas que nunca cá viveu: D. JOÃO VI (quadro a óleo e pintura mural).
No tecto, como era costume associar virtudes e alegorias aos reis, além do busto com o retrato
do rei D. João VI e em frente outro, com o retrato de sua mulher, ao centro do teto está a figura
da «Justiça» que, abraçando a «Graça Divina*», afasta a «Ignorância». Esta pintura refere uma
grande qualidade de um rei, a justiça. Nos séculos XVII e XVIII, época do Antigo Regime /
Absolutismo na Europa, os reis defendiam que Deus* lhes concedia directamente as
qualidades, para que governassem bem os seus reinos e súbditos.
Nessa altura, o território sob o domínio de Portugal era imenso; o Império ia de África ao
Oriente e ao Brasil. Em casa: ver o mapa-mundo!
? Quem descobre?
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2 OBJECTOS valiosos da CHINA?
O NOME das 2 MESAS PORTUGUESAS feitas de uma madeira
exótica chamada pau-santo?
3 - Sala Grande de Espera:
Para controlar melhor as actividades ultramarinas, os reis portugueses passaram a residir no
Paço da Ribeira (século XVI). Esse palácio e Lisboa tornaram-se famosos na Europa, devido à
sua beleza e riqueza. Mas, foram destruídos em 1755, com o grande...? (Terramoto)
Então, o rei D. José I, que se salvou porque estava em Belém, mandou construir um novo
palácio real no cimo da Ajuda, zona anti-sísmica, longe do centro da cidade de Lisboa. O Paço
de Madeira / Real Barraca serviu de residência real, até ser destruído por um incêndio, em
1794. Logo a seguir, (o futuro) D. João VI mandou construir o novo Paço da Ajuda, que é este,
mas que ficou inacabado, devido às conturbações da 1ª metade do século XIX.
Mini cronologia:
1807 – 1ª invasão francesa e retirada da corte para o Brasil. Mesmo após a vitória portuguesa
aos franceses, com ajuda inglesa, o rei D. João VI permanece no Brasil.
1820 – Revolução Liberal Portuguesa, com 2 grandes objectivos: regresso do rei e implantação
do Liberalismo.
1821 – Regresso da família real e da corte a Lisboa.
- Vejam no tecto a: «Alegoria do desejado regresso de D. João VI ao reino», pintada c. 1814.
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Quem descobre? No medalhão central, o rei D. JOÃO VI e a rainha D. CARLOTA
JOAQUINA?
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Num medalhão lateral, a figura do BRASIL, despedindo-se dos reis; e
no outro medalhão lateral, a figura da LUSITÂNIA (= Portugal) estendendo os braços para os
receber?
Curiosidade: As tapeçarias espanholas que vêem nesta sala estiveram a decorar os aposentos
da princesa D. Carlota Joaquina, na Real Barraca e foram salvas do incêndio!
Antes de seguirem para a próxima sala, vejam o busto (em cera de abelha e resina) da rainha
D. Maria I.
4 - Salinha dos Cães:
Vejam o par de cómodas estilo D. Maria I (corresponde ao neo-clássico); o mobiliário criado
no seu reinado, finais do século XVIII, é ainda hoje muito apreciado e valorizado. Reparem nos
embutidos de diferentes madeiras (mogno, pinho, casquinha, pau-santo, espinheiro, pau-rosa,
pau-cetim); várias vinham das colónias portuguesas. O reinado de D. Maria I começou a
“Viradeira”, ou seja, o afastamento do ministro todo poderoso Marquês de Pombal e seus
partidários, e a recuperação de antigos direitos e regalias pela aristocracia pré-pombalina.
Ninguém em particular viria a substituir Pombal como “1º ministro”, mas a figura de D. Rodrigo
de Sousa Coutinho (1755-1812) mercê “um especial destaque”, devido a consequências
práticas do seu “pensamento e acção”. Houve uma aproximação a Espanha; em 1785, com “os
casamentos cruzados do Infante D. João e da infanta Mariana Vitória com os infantes de
Espanha, respectivamente, D. Carlota Joaquina e D. Gabriel António.” (Rui Ramos (Coord.) (2010).
História de Portugal. Lisboa: A Esfera do Livro. p. 431 e 427) Caracterizou-se ainda por ser uma época de
prosperidade, assente numa balança comercial favorável e por assinalável incremento cultural,
apesar da censura do intendente (da polícia) Pina Manique, e da oscilação entre o Barroco e a
novidade do Neo-Classicismo.
? Quem descobre? As ASSINATURAS na PAREDE?
Por baixo da sobreporta da porta por onde entraram, o estucador datou e assinou o seu
trabalho, tal como deixámos à vista nesta parede. Estas assinaturas estiveram escondidas
durante muitos anos, por baixo de um tecido que na república passou a forrar as paredes.
; a “matéria-prima” da
As assinaturas têm de ser preservadas, pois são
investigação histórica, neste caso, da construção do Palácio da Ajuda. Também a História de
um país se vai refazendo: através das fontes históricas (escritas e não escritas), que são
estudadas o mais cientificamente possível, através de novas metodologias, questões e
hipóteses e de um trabalho de equipa multidisciplinar, escreve-se “um discurso”, que é útil aos
cidadãos, para reflectirem de modo mais profundo sobre si próprios e o presente do seu país.
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5 - Sala do Despacho:
Quem descobre? O BUSTO de D. PEDRO V? Este rei pretendeu modernizar Portugal,
quis que o nosso país apanhasse o progresso dos países industrializados, como a GrãBretanha, ou a Alemanha. Acompanhado pelo seu irmão D. Luís, fez 2 grandes viagens de
estudo pela Europa, precisamente com o objectivo de ver os países economicamente mais
desenvolvidos e considerados os mais civilizados. Estudava minuciosamente os mais diversos
assuntos de Estado e intervinha activamente na governação. Foi a época do início da
“Regeneração” (1851), com as grandes obras públicas e outras medidas implementadas pelo
ministro Fontes Pereira de Melo, que poucos anos mais tarde, devido à morte precoce de D.
Pedro V, continuou essa mesma política já no reinado de D. Luís, reunindo-se Fontes
regularmente com o rei, nesta mesma sala. D. Luís recebia o Conselho de Estado (=governo) à
5ª feira. Certamente aqui debateram questões como: a construção dos caminhos-de-ferro, a
abolição da pena de morte, tratados, etc. Ao contrário do que sucedera na 1ª metade de
oitocentos, de 1851 a 1890, Portugal viveu um período de estabilidade constitucional.
Curiosidades: O rei D. Luís encomendou esse retrato do irmão, já depois da morte deste, e
colocou-o na sua sala de trabalho, certamente como fonte de inspiração.
Em 1871, o rei assistiu às movimentações da Saldanhada no Largo da Ajuda, através da janela
desta sala que dá para o largo.
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Quem descobre? O JARRÃO DE SÈVRES? Este e outros grandes vasos dessa fábrica,
que vão encontrar ao longo da V. visita, foram presentes diplomáticos, oferecidos a D. Luís por
Napoleão III de França, com o objectivo de estreitar relações e também de mostrar o poderio
francês ao nível económico, na senda do seu primo Napoleão Bonaparte.
Curiosidades: Todos estes lustres (grandes candeeiros suspensos no tecto) tinham velas e
havia os “moços das luzes”, empregados cuja função era tomarem conta da iluminação do
palácio.
Como actualmente este palácio é um museu, as portas estão abertas para a:
6 - Salinha do Vaso de Sèvres, o qual está agora na S. do Despacho :
Nesta antecâmara podem encontrar bastantes peças do “puzzle” da “História de Portugal no
PNA”:
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Quem descobre? CONTADOR INDO-PORTUGUÊS do século XVIII. Leiam a informação
as tabela de sala. Estes móveis que, no início, eram uma espécie de arca com bastantes
gavetas, servindo de escritório aos mercadores e tinham pelo menos um esconderijo, para
jóias, ou outros objectos de valor. Com o passar do tempo, os contadores entraram
completamente no gosto das pessoas, mesmo de quem não se dedicava ao comércio.
Passaram a ter uma função decorativa e crescentes requintes técnicos e valor material. Foram
feitos muitos de grandes dimensões, mas que mantinham as pegas laterais, já sem qualquer
uso prático. Por outro lado, tal como muitos outros objectos (artísticos) resultantes dos
contactos ultramarinos, as peças tornaram-se híbridas; por exemplo, este par de contadores,
feito na Índia, segundo modelo ocidental e destinando-se ao mercado europeu, usa matériasprimas indianas e tem na decoração figuras que são divindades hindus: os nagas e as naginas.
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PINTURAS:
- «Vista do Monumento erigido por ocasião da aclamação de D. João VI no Rio de Janeiro»;
vêem o pão de açúcar?
- «Desembarque de S.A.R.A.S.D. Leopoldina (...) no Rio de Janeiro a 6 de Novembro de 1817»
para casar com o príncipe D. Pedro (futuro D. Pedro IV). Na sala seguinte, poderão ver o retrato
desta princesa. Ainda hoje, D. Leopoldina de Habsburgo é lembrada no Brasil, devido sobretudo
à sua acção de beneficência.
Curiosidades: No contexto do grande interesse científico da época – viagens de exploração e
recolha de espécimes naturais e respectiva informação – D. Leopoldina levou na sua comitiva
uma equipa científica, com esses mesmos objectivos de estudo.
D. Leopoldina era irmã da Imperatriz Maria Luísa de França, 2ª mulher de Napoleão Bonaparte.
+ PINTURA:
- «D. Pedro V e Napoleão III passando revista às tropas no Campo de Marte», Paris, 1855;
portanto, aquando numa viagem que o nosso rei fez pelos países do progresso.
- «D. Luís e D. Maria Pia dando esmola aos pobres»* - este episódio deve ter acontecido no
início do Verão de 1872, na viagem que os reis fizeram à cidade do Porto. A acção benemérita
da família real foi importante (sendo este quadro uma sugestão da acção de fundo de facto
praticada), mas continuava a haver muita miséria em Portugal, tendo a situação piorado no
último quartel de oitocentos, com uma grave crise económico-financeira e a falência da
Regeneração, o que provocou ataques à monarquia, cada vez mais violentos e a ascensão da
facção republicana.
Curiosidades: Porque será que o pintor* fez questão de pintar neste quadro a chaminé de um
comboio a vapor? Os meios de comunicação, muito mais rápidos devido aos motores,
operaram uma revolução nos transportes, na economia e nos próprios hábitos das pessoas.
Tais comboios já ultrapassavam os 100Km/h.
Esta antecâmara fazia a transição para os ambientes privados da família real, que irão agora
visitar:
7 - Sala da Música:
? Quem descobre? No tecto 8 MEDALHÕES, representando as armas de Portugal, da casa
de Bragança e das principais Ordens Militares portuguesas: Avis, Cristo e Santiago.
“As antigas ordens militares – Cristo, Avis e Santiago da Espada – são das mais antigas em
existência remontando a sua origem à Idade Média. Estas ordens monástico-militares foram
fundadas, a par de outras nos reinos peninsulares, durante a época das lutas da Reconquista
– a Cruzada do Ocidente – a fim de assegurar a defesa dos territórios conquistados aos
mouros, promover o seu repovoamento e desenvolvimento. A Ordem de Nosso Senhor Jesus
Cristo foi fundada em 1319 pelo rei D. Dinis para substituir a extinta Ordem do Templo no
reino de Portugal e dos Algarves. A Ordem de Avis, conhecida de início sob o nome de
Milícia de Évora, foi fundada em 1170, após a reconquista da cidade de Évora aos mouros
tendo adoptado mais tarde a Regra da Ordem de Calatrava, de Castela. A Ordem de
Santiago da Espada foi fundada no reino de Leão e tornou-se activa em Portugal desde 1172,
constituindo um ramo da ordem castelhana-leonesa até adquirir autonomia em 1288. Mas (...)
As ordens tornaram-se em grandes potentados senhoriais e a sua administração caiu sob a
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influência crescente da Coroa (...). Durante o século XV, no reinado de D. João I - ele próprio
Mestre da Ordem de Avis antes de subir ao trono – os mestrados das ordens militares à
medida que vagavam foram concedidos a príncipes da Família Real com consentimento dos
Papas. Este processo culminou em 1551, com a união in perpetuum dos mestrados das 3
ordens militares à Coroa, concedida pela Bula do Papa Júlio III, no reinado de D. João III. O
processo de laicização das ordens havia começado no século XV com a relaxação dos votos
típicos das ordens religiosas, a que os cavaleiros estavam sujeitos – pobreza e castidade
(com excepção da Ordem de Santiago cuja Regra já permitia o casamento dos freires) e
culminou com as medidas da Reforma de D. Maria I, em 1789. Esta consagrou a evolução
das antigas ordens militares para um estatuto híbrido entre as ordens de cavalaria laicas e as
ordens de mérito criadas na senda da Ordem de S. Luís, até à Revolução Francesa. O
Presidente da República é, por inerência, o Grão-Mestre das Ordens Honoríficas
Portuguesas e, nessa qualidade, concede todos os graus e superintende na organização e
disciplina das Ordens, assistido nessa função pelos Chanceleres e pelos Conselhos das
Ordens. O Presidente da República como Grão-Mestre das Ordens Honoríficas usa por
insígnia da sua função a Banda das Grã-Cruz das Três Ordens – Cristo, Avis e Santiago da
Espada, que é assim, a insígnia privativa da magistratura presidencial, não podendo ser
concedida a nacionais ou estrangeiros, nem usada fora do exercício do cargo de Presidente
(In site da: Academia Falerística de Portugal)
da República.”
Tantos retratos! Uns em fotografia e outros pintados. PINTURAS
?
Quem descobre? «Martim de Freitas entregando as chaves de Coimbra a D. Sancho II»
Este tema, escolhido no século XIX, segundo a recuperação romântica da Idade Média, referese ao episódio da lealdade extremada de
“Martim de Freitas foi Alcaide de Coimbra (séc. XIII), no tempo de D. Sancho II. Quando o
futuro D. Afonso III entrou em Portugal (1246) com intenções de depor seu irmão D Sancho II,
conforme encargo papal (Inocêncio IV) que trazia de Roma, muitos castelos entregaram-selhe sem luta. Alguns, porém, fiéis aos juramentos prestados a D. Sancho II, resistiram até
estarem perdidas todas as esperanças. De uns e outros nos ficaram inúmeros documentos
comprovativos, especialmente dos primeiros, nas Cantigas de escárnio e maldizer. Dos
segundos, é paradigmática a figura do alcaide-mor de Coimbra, o célebre Martim de Freitas. /
Deposto, D. Sancho partiu expatriado para Castela (1247), onde veio a falecer mais tarde (4
de Dezembro de 1248) sendo sepultado na Catedral de Toledo. / O Conde de Bolonha, D.
Afonso, pusera cerco a Coimbra, que teimosamente recusava render-se. Como muitos outros
lugares, foram feitas inúmeras promessas ao alcaide-mor, Martim de Freitas, a fim de
entregar a cidade. Porém, nem as promessas nem os combates conseguiram reduzir os
cercados, que, apesar das privações, resistiram largo tempo. Um dia chegou a notícia da
morte de D. Sancho II, único modo de quebrar a resistência do alcaide. Mas Martim de
Freitas não quis entregar-se assim de boa fé. Saiu do castelo, pediu um salvo-conduto a
Afonso de Bolonha, atravessou o cerco e dirigiu-se a Toledo: era necessário certificar-se da
notícia. Ali, segundo a tradição, conseguiu que abrissem o túmulo do rei e reconhecendo no
cadáver os traços do senhor a quem jurara fidelidade, certificou-se da verdade. Pegou na
chave da cidade que tinha a seu cargo defender de qualquer inimigo, pousou-a nas mãos do
cadáver real e tornou a tomá-la. Voltou a Portugal e pôde então entregá-la a Afonso III, sem
perigo de quebra de juramento, uma vez que se desobrigara da sua palavra. Depois, abriu as
portas de Coimbra e deixou que penetrasse na cidade o exército do novo rei. Este, admirado
com tal prova de fidelidade, pediu-lhe que conservasse a alcaiadaria da cidade, ao que
Martim de Freitas respondeu, negando, que amaldiçoava qualquer dos seus descendentes
que recebesse castelo de algum rei e por ele prestasse menagem.”
(In site da Escola
Martim de Freitas de Coimbra)
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Curiosidades: Além desta história ser ela própria bem curiosa, quanto à pintura em si, a óleo,
foi provavelmente um estudo preparatório, para uma obra final, normalmente de maior
dimensão e pormenor.
? Quem descobre? «D. João VI a cavalo»
Algumas questões:
?Qual é o monumento representado no quadro? (R: Aqueduto das Águas Livres);
? Porque é que este quadro é tão grande? (R: Porque se destinava a estar num palácio);
? Se o rei aparece como defensor militar do reino, onde estão os soldados? (R: Até poderiam
não aparecer, mas neste quadro vêem-se numa escala muito pequena, pois o importante era
realçar a figura e o papel defensor do rei).
Curiosidades: 1826-28: a infanta regente, nomeada por D. João VI, antes de morrer, residiu no
Paço da Ajuda, tendo nesta sala os seus aposentos.
Passando para a 2ª metade do século XIX, se lerem, na tabela castanha, o episódio do
“castigo do violoncelo”, terão um exemplo da liberdade de expressão da época, mais evidente,
por exemplo, nas caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro.
Já a seguir, verão o quarto do rei:
8 - Quarto de D. Luís:
Mais retratos da família real:
- Entre as janelas: D. Luís*, ainda príncipe, com 15 anos de idade.
Curiosidade: A rainha Vitória, por ocasião da viagem que seu primo D. Luís fez a Inglaterra
com o irmão mais velho, D. Pedro V, ofereceu este retrato a D. Luís (o que ofereceu a D. Pedro
V está no Andar Nobre, na Sala das Srªs do Corpo Diplomático).
- Sobre a mesa, o retrato de D. Maria Pia de Sabóia, ainda princesa também. Talvez tenha sido
este o 1º retrato que o noivo* viu da noiva.
? Quem descobre? Quais serão os retratos mais antigos; os de D. Luís e D. Maria Pia, ou:
- Na parede poente, 6 retratos de outros membros da família real:
O rei D. João V, a sua mulher D. Maria Ana de Habsburgo e os seus filhos: D. Maria Bárbara
(que casou com Fernando III, rei de Espanha) e o rei D. José. No meio, os infantes D. António
e D. Francisco, irmãos de D. João V.
Curiosidade: Há visitantes que identificam estes retratos com o marquês de Pombal. Claro que
o ministro de D. José, Sebastião José de Carvalho e Melo, não sendo da família real, não
poderia ter aqui lugar. Mas, essa confusão sinaliza a fama da sua personalidade e obra, de que
se destacaram: a reconstrução de Lisboa, de modo inovador e racional, bem como a sua
política baseada no Despotismo Esclarecido (que trouxe para Portugal, por ser estrangeirado);
as medidas de centralização do poder (expulsão da Companhia de Jesus, afastamento e
perseguição dos poderosos, como foi o caso paradigmático da família Távora), medidas
económicas (indústria e comércio) e culturais, como as reformas do ensino.
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São estes, sim, os retratos mais antigos, cerca de 100 anos os separa: vemo-lo através da
moda (cabeleiras, os reis com armadura)
- «Retrato de D. Carlos» - embora, enquanto rei, D. Carlos já não residisse na Ajuda, pois daqui
saiu em 1886, ao casar.
Curiosidades: Como descobrir que é o retrato de 1 rei? (Tem os 3 símbolos reais: a coroa, o
manto e o ceptro).
Um rei / a família real / os poderosos não constroem a história sozinhos. Mas, qualquer pessoa
com poder tem, por isso, funções determinantes, de orientação / comando, que afectam a vida
da restante sociedade. No caso da família real, mesmo na monarquia constitucional, os
condicionalismos familiares condicionavam a agenda política.
Para casa: Porque é que os reis portugueses deixaram de usar a coroa na cabeça, desde
D. João IV?
? Quem descobre? As LETRAS que estão no medalhão do ESPALDAR da CAMA? R: “S” é
a inicial de Stéfanie e “P” é a inicial de Pedro (D. Pedro V). A cama de casal, tal como a viagem
de núpcias e outros hábitos de intimidade familiar, são novidades do século XIX, ligadas à
ascensão da burguesia, cujos hábitos influenciaram a própria nobreza; enquanto que, antes,
era esta o modelo da sociedade. Não obstante Portugal ter acompanhado muitas destas
tendências gerais europeias, grande parte da burguesia foi ascendendo sempre à nobreza, ao
longo da história; são bom exemplo desse fenómeno as chamadas “fornadas” de títulos
nobiliárquicos (sobretudo: barão e visconde) concedidos pelos reis no século XIX.
Na época em que serviu de quarto ao rei D. Luís, esta sala era completamente diferente;
observem o desenho da tabela castanha. É no Andar Nobre que está agora a reconstituição
do quarto cama de D. Luís, esse sim revelador do gosto oitocentista pela privacidade e pelo
conforto. No século XIX, surgem os móveis estofados, as alcatifas e as divisões enchem-se de
móveis e adornos (lembre-se o brique-a-braque, descrito por Eça de Queirós, n’Os Maias),
segundo a função específica de cada sala. No caso do Palácio da Ajuda, D. Maria Pia contou
com a colaboração do arquitecto da Casa Real, Joaquim Narciso Possidónio da Silva, para
as campanhas de redecoração, já que a maioria das salas não lhe agradou, considerando
faltar-lhes modernidade e conforto. A Sala Azul é um bom exemplo dessas remodelações. Até
1910, data do exílio da rainha, o palácio, que foi a sua casa, foi sendo alterado e enriquecido
com peças, tal era o seu culto pela decoração.
9 - Antecâmara do 4º do rei:
Os costumes e a maneira de viver sempre variaram em função dos portugueses serem ou não
da metrópole / do Norte ou do Sul / do litoral ou do interior. No século XIX europeu, aumentou o
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interesse pela representação – por vezes romanceada – do povo rústico e costumes populares.
Exemplo: Escultura da Ovarina.
Na vitrine, destacamos: os desenhos com a representação de 2 fachadas deste palácio, o
retrato de D. Miguel e o escritório de prata, vinda do Brasil e que, juntamente com as remessas
de ouro e diamantes, fortaleceu imenso o poder da Coroa, em especial no reinado de D. JoãoV.
10 -
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Era a sala-de-estar dos reis D. Luís e D. Maria Pia, cujos retratos estão na parede nascente. Os
restantes retratos desta série, certamente encomendados ao pintor, na viagem que os reis
fizeram a Itália em 1863, são de membros da família italiana mais próxima da rainha.
Passando o (masculino) Gabinete de Carvalho, espaço vocacionado para os homens fumarem,
chegarão a uma das salas que reflecte bem um dos gostos da época, os jardins de Inverno.
12 – Sala de Mármore:
? Quem descobre? A GAIOLA inspirada na igreja do PALÁCIO de MAFRA?
Tendo sido uma das grandes obras de D. João V, o Palácio / Convento de Mafra serviu de
residência à família real.
Curiosidades:
- Foi de lá que a família real saiu, para o Brasil, devido à invasão das tropas de Junot, em 1807.
Após a morte de D. João VI, o Palácio de Mafra serviu como residência de férias, nas épocas
de caça. Em 1910, foi também daí, mais em concreto, da praia da Ericeira, que partiu a família
real para o exílio. D. Manuel II foi para Inglaterra, D. Maria Pia e D. Afonso para Itália e D.
Amélia, após o casamento de D. Manuel II, foi para Versalhes (França).
- Ambas estas gaiolas estavam no passadiço coberto que ligava o Palácio da Ajuda ao Jardim
Botânico da Ajuda; no início do século XX, esse passadiço teve de ser demolido, para o
eléctrico poder passar.
Neste jardim de Inverno, revestido a alabastro do Egipto, podem ver ainda peças de produção
portuguesa: os bustos das 4 estações, em faiança da Real Fábrica do Rato; e os cachos de
uvas, de vidro da Marinha Grande, peças de 1900.
13 –
Esta é a 1ª sala dos aposentos da rainha D. Maria Pia. Foi o rei D. Luís quem lhos escolheu,
tendo em conta também a vista sobre o rio Tejo. Na Europa da 2ª metade do século XIX, ainda
era comum a separação entre os aposentos do rei e os da rainha, o mesmo sucedendo nos
palácios da nobreza.
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Sugestão: Ler as tabelas castanhas das 5 salas que constituem os aposentos da rainha.
Mais importante que a cor da sala, é a “colecção” de peças de porcelana – quase toda alemã.
Desde que os portugueses começaram a trazer enormes quantidades de porcelana chinesa,
através da Rota do Cabo (século XVI), que surgiu a moda das casas ricas europeias terem uma
sala “forrada” a porcelana. Era o gosto, não só por objectos considerados de luxo, mas também
exóticos, a começar pelo material de grande qualidade, a porcelana, cujo fabrico os europeus
desconheciam e os chineses mantiveram em segredo durante séculos. Só no início do século
XVIII, após inúmeras tentativas, o alquimista Bottger descobriu a técnica, para grande alegria do
seu soberano, Augusto II, “O Forte”. A 1ª fábrica europeia de porcelana surgiu assim em
Meissen, na Saxónia e foi de lá que vieram as peças desta sala.
? Quem descobre? Uma PINTURA com a TORRE DE BELÉM?
A Torre de Belém foi mandada construir pelo rei D. Manuel I, no início do século XV, com
objectivo defensivo. Posteriormente, veio a servir de prisão, posto de telégrafo e farol. A par do
Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém evoca a época da Expansão Portuguesa, que várias
vezes foi glorificada pela historiografia, considerada a época dos grandes feitos e um dos
maiores marcos da identidade nacional (por exemplo, no Estado Novo).
14 – Sala Verde:
? Quem descobre? O RETRATO de D. PEDRO IV, em criança?
16 - Quarto Cama da Rainha
O quarto cama da rainha D. Maria Pia (1862) foi decorado segundo o último grito da moda de
Paris, o estilo Napoleão III: mobiliário lacado a preto a imitar ébano, mas numa disposição de
aparato – restício do Antigo Regime; veja-se a sumptuosidade e sobretudo a disposição cénica
do mobiliário e a cama assente sobre um estrado. Leiam a tabela castanha e verão o papel
activo de D. Luís, em 1862, nos meses anteriores à chegada da noiva, na decoração do quarto
de casal (e restantes aposentos), onde, segundo lhe escreveu nas cartas de noivado, viveriam
juntos muito felizes.
Curiosidade: a propósito do serviço de chá de porcelana inglesa (Minton), podemos lembrar
que o hábito do chá, trazido da China pelos portugueses, foi transmitido aos ingleses pela
princesa D. Catarina (filha de D. João IV e de D. Catarina de Gusmão), ao casar com Carlos II e
tornar-se rainha consorte de Inglaterra e Escócia.
20 - Vestíbulo:
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Após cerca de 8 séculos de monarquia – que na sua última centúria, foi constitucional -, em
1910, Portugal tornou-se uma república. Atravessou fases profundamente diferentes e no
século XX o nosso país deixou definitivamente de ter um grande território / império colonial. O
Mundo foi mudando e Portugal estabeleceu alianças, em moldes contemporâneos, com antigos
e novos parceiros.
Esta foi a entrada de gala das cerimónias oficiais da monarquia e também o é da república.
Subindo a escadaria Nobre, onde podem ver os bustos dos últimos reis portugueses,
alcançarão o Andar Nobre, assim chamado devido à sua utilização para cerimónias do Estado
português. Com a república, os palácios reais tornaram-se propriedade da nação portuguesa;
daí a mudança de nome para: Palácio Nacional da Ajuda.
?
Quem descobre? Nos janelões, as ARMAS de BRAGANÇA, PORTUGAL, SABÓIA e
SAXE-COBURGO? - aqui permanecem, em memória do nosso passado, a par da bandeira da
república portuguesa, hasteada no exterior.
D. Fernando II - marido da nossa rainha D. Maria II e avô paterno do príncipe D. Carlos e do
infante D. Afonso – teve um papel muito importante em Portugal como mecenas e... já com a
noção da importância da preservação/recuperação do património
Questão: Para que serve o património (material e imaterial)?
Curiosidade: Esta não é a carruagem do regicídio, essa está - desde o início dos anos 1980 em Vila Viçosa, no Paço Ducal.
Escadaria Nobre:
? Quem descobre? O busto do REI D. CARLOS?
O busto do REI D. MANUEL II?
- O reinado de D. Carlos corresponde à época da falência das medidas reformistas da
Regeneração e a um crescente conflito político e social. De 1890, ano do Ultimato Inglês a
Portugal, ao Regicídio (assassinato de D. Carlos e seu primogénito, D. Luís Filipe), em 1908,
somam-se as dificuldades económico-financeiras, a instabilidade política, o desencanto e a
agitação social. A imprensa portuguesa da época reflecte bem esse contexto conturbado, que,
aliás, não estava à margem dos ventos das mudanças a nível internacional, desde logo pela
disputa das potências europeias em relação às possessões coloniais, indispensáveis à
obtenção de matérias-primas baratas e também a boa parte do escoamento da produção
industrial. Portugal não estava em condições de competir com as potências industrializadas.
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Topo da Escadaria Nobre: Busto de D. João V.
ANDAR NOBRE:
Antecâmara da Salinha Chinesa:
Em Fevereiro de 1828, D. Miguel veio residir para o Palácio da Ajuda e a 25 de Abril aqui foi
aclamado rei absolutista. Por isso, há neste palácio significativos vestígios iconográficos deste
rei, sobretudo em pinturas murais de tectos do Andar Nobre, a começar pelo tecto desta sala,
onde está representado:
?
Quem descobre? - «O Anjo Custódio de Portugal», que traz ao pescoço um medalhão
com a Real Efígie de D. Miguel.
Breve Cronologia:
1822 – Constituição liberal (radical).
1823 e 1824 – Vilafrancada e Abrilada: golpes absolutistas liderados por D. Miguel (filho 2º de
D. João VI) e consequente exílio deste infante.
1826 – Regência de D. Isabel Maria. D. Pedro IV abdica condicionalmente*: outorga a Carta
Constitucional (moderada) e combina o casamento de D. Miguel com a sua filha, D. Mª da
Glória, quando esta atingisse a maioridade. * Tentativa de evitar a guerra civil.
1828 – Regresso de D. Miguel a Portugal, com grandes recepções populares. Veio residir para
o Real Paço da Ajuda e aqui foi aclamado rei absolutista, na actual Sala dos Grandes Jantares.
1832-34 – D. Pedro IV, então Imperador Pedro I do Brasil, volta a abdicar e vem liderar a facção
liberal, na Guerra Civil entre liberais e absolutistas.
1834 – Implantação definitiva do Liberalismo em Portugal e início do reinado de D. Maria II.
- Ainda hoje, muitos portugueses estão fortemente ligados a terras longínquas, tais como o
Brasil, Moçambique, ou a Índia. Observem o biombo Coromandel, assim chamado por causa do
nome do porto indiano onde os portugueses iam buscar estes biombos chineses.
Boa visita pelo Andar Nobre!
- Do lado Dtº da 31. Salinha Chinesa , poderão ver os últimos aposentos do rei D. Luís,
que para aí se mudou em 1888, por motivos de doença e de obras nos seus aposentos no Piso
Térreo.
- Do lado Esqº, verão as salas do percurso das recepções oficiais – destaques:
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- Tecto miguelista da 35. Sala das Srªs do Corpo Diplomático , alusivo à Vilafrancada
- Panos Távora, na 36. Sala do Corpo Diplomático .
Até aos grandes salões das cerimónias: 38. Sala do Trono – destaque: a cerimónia do
beija-mão;
Sala D. João VI / Sala de Baile (em restauro); Sala D. João IV / da Aclamação (fechada);
42. Sala dos Grandes Jantares (ABERTA) e Sala dos Embaixadores (fechada).
CAROS VISITANTES, por favor, escrevam a V. opinião sobre este roteiro familiar e dêem
sugestões, para que a V. colaboração possa beneficiar os roteiros. Muito obrigada.
Ana Mafalda Portugal / SE
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