Breve guia - Liverpool Community Health NHS Trust
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Breve guia - Liverpool Community Health NHS Trust
Your Emotional Wellbeing in pregnancy and beyond- Portuguese O seu bem-estar emocional na gravidez e períodos seguintes Breve guia 1 O seu bem-estar emocional na gravidez e períodos seguintes 2 Gravidez e nascimento do bebé - são experiências marcantes muito importantes que podem despoletar diversas alterações emocionais em si e naqueles que lhe estão próximos. A parentalidade é muitas vezes vista como instintiva; pais perfeitos que vivem vidas perfeitas, com crianças perfeitas e sem problemas financeiros ou na relação. Na realidade, as crianças não vêm com manual de instruções e, para muitas pessoas, a parentalidade não é fácil. Nem todos se apaixonam pelos seus filhos assim que os vêem. Tal como acontece com as relações, muito poucas pessoas se apaixonam à primeira vista; na maioria dos casos, o amor desenvolvese à medida que conhecemos a pessoa. Então, por que a parentalidade tem de ser diferente?! A maioria das mulheres vive a gravidez e o primeiro ano depois do nascimento sem problemas psicológicos. No entanto, algumas têm problemas como ansiedade ou depressão. Estes problemas são bastante comuns em qualquer pessoa, mas podem desenvolver-se de forma diferente durante a gravidez e nos períodos seguintes, à medida que se tentam equilibrar as exigências emocionais, sociais, financeiras e físicas de um bebé e de uma vida familiar. Poderá sentir-se em baixo ou mais ansiosa do que o costume, mas não precisa de sofrer sozinha - a sua obstetra, a enfermeira domiciliária ou o seu médico de família podem prestar assistência e aconselhamento. Este folheto tem informações e dicas úteis sobre o seu bem-estar emocional durante esta fase da sua vida. Poderá mostrar este folheto àqueles que lhe são próximos, para que eles entendam como se sente. 3 Se já tiver um problema de saúde mental como perturbação bipolar, esquizofrenia ou depressão que tenha sido diagnosticado e tratado por um médico, deverá contactar a sua obstetra, enfermeira domiciliária ou médico de família no início da gravidez. Assim poderá discutir e planear os melhores cuidados para si e para o seu bebé, por exemplo, mudar a medicação ou tomar outros medicamentos. Lembre-se Os problemas de saúde mental podem afectar qualquer pessoa em qualquer altura. Se estiver a sentir-se em baixo ou tiver dificuldade em lidar com as situações, fale com a sua obstetra, com a enfermeira domiciliária ou com o médico de família e peça aconselhamento, ajuda e apoio. A ajuda está disponível, basta pedir! 4 P: A que devo estar atenta? A: Eis alguns dos sinais: Sentir-se preocupada Sentir-se triste Perda de apetite Vontade de chorar Fadiga extrema Perturbações de sono / cansaço constante Dores de cabeça Sensação de ter falhado Sensação de culpa Fraca concentração Acessos de raiva Sentir que está a ficar louca Ansiedade / ataques de pânico Sensação de isolamento Alguns destes sentimentos são normais na gravidez e depois de ter o bebé. No entanto, se estes sentimentos persistirem ou piorarem, deverá falar com a sua obstetra, a enfermeira domiciliária ou o médico de família. “Estão todos tão contentes com o bebé menos eu, por que não me sinto assim?” 5 P : Os profissionais de saúde que estão comigo perceberão que eu não me sinto bem? R: Durante a sua gravidez e quando tiver o bebé, os profissionais de saúde (obstetra, enfermeira domiciliária ou médico de família) irão perguntar-lhe com frequência as perguntas que se seguem sobre o seu bem-estar emocional. Não se preocupe, estas perguntas são feitas a todas as grávidas. - Durante o último mês, tem tido sensações de depressão, desânimo ou desespero? - Durante o último mês, tem sentido falta de interesse ou prazer em realizar actividades? Se responder que sim a alguma destas perguntas, poderão perguntar-lhe: - Acha que precisa ou deseja ajuda para alguma coisa? O profissional de saúde poderá então perguntar mais algumas coisas, para se assegurar de que providencia o apoio adequado. “À hora do almoço ainda estou de pijama, como é que as outras conseguem ser tão organizadas e sair com um aspecto fantástico? Sinto-me uma falhada” 6 Eis algumas perguntas que poderá querer fazer ao seu profissional de saúde (também poderá fazer outras perguntas de que se lembre): - As outras pessoas também se sentem assim? - O meu bebé vai ficar bem? - O que pode ajudar? - Com quem posso falar? - Preciso de tomar medicamentos? - Que tipo de apoio está disponível para mim e para a minha família? “Costumava ser uma pessoa tão confiante, tenho um trabalho de responsabilidade, e agora nem quero sair de casa, tenho um aspecto terrível e a minha cabeça está uma confusão” 7 P: Que tipo de ajuda existe? R: Quando falar dos seus sentimentos com alguém, pode então explorar com essa pessoa o tipo de ajuda que está disponível e decidir o que funcionaria melhor para si. Às vezes são coisas simples que fazem a diferença, como: - Falar com o seu parceiro, com um familiar ou com um amigo sobre os seus sentimentos - Fazer exercício, por exemplo caminhar ou frequentar aulas aquáticas próprias - Participar num grupo social como massagens para bebé ou aulas de relaxamento - Linhas de apoio e sites na Internet, por exemplo o site Netmums (consulte a secção de contactos úteis e sites) - Falar com a obstetra, com o médico de família ou com a enfermeira domiciliária Pergunte ao profissional de saúde que tipo de informação ou apoio está disponível na sua área. O centro infantil da sua área terá muitas actividades. A biblioteca também é uma boa fonte de informação. Você ou o seu profissional de saúde podem achar necessário outro tipo de ajuda. Nesse caso, existem outros métodos: - Terapia - Medicação - Cuidados de um profissional de saúde mental “Senti-me confusa, fui criticada pelos outros e estava muito preocupada com o futuro” 8 P: Como posso ajudar-me a mim própria? R: Embora exista ajuda disponível, também é possível ajudar-se a si própria: - Fale sobre o que sente com o seu parceiro, com a família ou com um amigo. Precisa de alguém que saiba ouvir e que a apoie - Não tente fazer tudo - a casa não precisa de estar um brinco - Aceite as ofertas de ajuda prática, por exemplo ir buscar as crianças à escola ou passar a ferro. Não tenha vergonha de pedir ajuda e não se sinta culpada em aceitá-la, a maioria das pessoas fica contente por poder ajudar - Tire tempo para si; tomar um banho de espuma, ler uma revista ou ouvir música podem ajudála a relaxar - O exercício ligeiro como caminhar, nadar ou empurrar o carrinho podem ser muito úteis para resolver a ansiedade e a depressão. Também podem ajudá-la a dormir melhor - Assegure-se de que tem uma dieta saudável - tente comer pouco e muitas vezes - Descanse o máximo possível, o cansaço pode fazer com que se sinta pior - Tente não estar sozinha todo o dia, todos os dias. Mantenha o contacto com os seus amigos - Pergunte à obstetra ou enfermeira domiciliária se existem grupos na sua área Lembre-se de que se vai sentir melhor com o tempo “Falar sobre as coisas ajudou-me a reaver o controlo da minha vida” 9 Aconselhamento para os parceiros e para aqueles que lhe são próximos - Tente ajudá-la a exprimir os seus sentimentos. É sempre bom perguntar-lhe como ela se sente - Tente ser paciente, mesmo que tenha dificuldade em compreender - Incentive-a a descansar, a fazer uma dieta saudável e a tirar algum tempo para si todos os dias, se possível - A sua ajuda pode aliviar algum stress, por isso dividam as tarefas - Lembre-se, ela continua a ser a sua parceira, não é apenas mãe - Tente fazer algum trabalho doméstico, mesmo que tenha vindo do trabalho. Ela pode ter dificuldade em fazer o trabalho doméstico e tomar conta do bebé - Tentem passar algum tempo como casal - Tente mostrar-lhe afecto e apoio. Não se sinta rejeitado se a sua parceira não quiser ter relações sexuais neste momento - Ajude o mais que puder com o bebé. Assim, dá-lhe algum descanso e tem a possibilidade de desenvolver a sua relação com o bebé - Não ignore os seus próprios sentimentos. Não faz mal pedir ajuda para si 10 Contactos úteis e sites Peça à obstetra, à enfermeira domiciliária ou ao médico de família mais informações sobre grupos locais e fontes de apoio e assistência. Anote-as aqui: Se precisar de mais informações, aconselhamento ou ajuda, deverá contactar: Association for Postnatal Illness Uma associação de beneficência britânica que oferece uma linha de apoio, informação e publicações. Tel.: 0207 3860868 www.apni.org National Childbirth Trust Apoio, aconselhamento e terapia sobre todos os aspectos do nascimento e parentalidade nos primeiros tempos. Tel.: 0870 444 8707 www.nct.org.uk NHS Direct Linha de apoio 24 horas. Tel.: 0845 46 47 www.nhsdirect.nhs.uk Net Mums Uma comunidade online estabelecida e gerida inicialmente por três mães para dar voz aos pais, a nível local e nacional, sobre questões importantes neste âmbito. www.netmums.com CRI-SIS Fornece auto-ajuda e apoio para famílias com bebés que choram demasiado ou que não conseguem dormir. Aberto das 9h00 às 22h00 Tel.: 08451 228 669 www.cry-sis.org.uk/index.html Meet-A-Mum-Association (MAMA) Grupos de auto-ajuda para mães com bebés pequenos, com apoio específico para mães com depressão pós-parto. Tel.: 0845 120 3746 www.mama.co.uk Samaritans Fornece apoio emocional confidencial a qualquer pessoa em desespero ou com sentimentos suicidas. Tel.: 08457 909090 (Reino Unido) www.samaritans.org 11 O seu bem-estar emocional na gravidez e períodos seguintes NHS Sefton Maio 2009 NHS Sefton, Burlington House, Crosby Road North, Waterloo, L22 OQB Tel.: 0800 218 2333 E-mail: [email protected] Mediante solicitação, este folheto pode ser providenciado em diferentes formatos, por exemplo um formato ampliado, em áudio ou em Braille, bem como noutras línguas. O conteúdo foi reproduzido com a permissão do NHS Manchester. 12