Newsletter 99

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Newsletter 99
Agroindústria
Alimentos
Bebidas
Produtos de Limpeza
Comércio
Papel e Celulose
Energia
Petróleo e Petroquímica
Mineração
Siderurgia
Veículos e Autopeças
Componentes e Informática
Transportes e Logística
Imobiliário
Serviços
Financeiro
Outros Setores
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
A cena externa não poupou o ritmo de expansão da economia
brasileira e as expectativas atuais já dão conta de um crescimento
em 2009 abaixo de 2%. Todavia, nem esta diminuição e nem a
desvalorização cambial dos últimos meses foram suficientes para
tornar superavitários os fluxos comerciais externos, o que,
naturalmente, mantém desconfortável o cenário de curto prazo. Mas,
seja como for, o fato é que os efeitos negativos da atual crise têm
sido proporcionalmente menos contundentes na economia brasileira
do que em outras regiões equivalentes.
E notem que, na eventualidade de uma nova deterioração na cena
externa, por aqui ainda há razoável espaço para o manejo de
políticas monetária e fiscal. Se isso não chega a salvar o cenário
econômico de curto prazo, pelo menos ajuda a sustentar a confiança
dos agentes. Some-se, ainda, a expectativa de um melhor
enfrentamento da crise por parte do governo norte-americano, assim
como de novas reduções na taxa interna de juros, e o macroambiente resultante pode até registrar alguma recuperação nas
próximas semanas.
Quanto ao ambiente de negócios, o noticiário recente confirmou a já
esperada redução no volume de investimentos e de aquisições.
Igualmente, também confirmaram-se alguns movimentos setoriais
oportunistas, já que os preços dos ativos em geral atingiram
patamares convidativos. Para as próximas semanas, esperamos uma
gradual retomada do nível de confiança dos agentes e alguma (ainda
que pequena) descompressão em projetos paralisados desde outubro.
De resto, vale registrar que o cenário permanece favorável às
empresas com caixa para aquisições estratégicas.
CENÁRIO ECONÔMICO
2006
2007
2008
2009*
2010*
PIB (PM) - Var %
4.0
5.7
5.7
1.8
3.8
Inflação IPCA - Var %
3.1
4.5
5.9
4.6
4.5
2.138
1.771
2.337
2.30
2.29
Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano
15.1
11.9
12.5
11.4
11.1
Dívida Pública - % PIB
44.0
42.0
36.3
36.3
35.2
Saldo Comercial - US$ Bilhões
46.1
40.1
24.7
14.0
14.0
Trans. Corrente - US$ Bilhões
13.6
1.6
-28.3
-25.0
-30.0
Investimentos Diretos - US$ Bilhões
18.8
34.6
45.1
23.0
25.0
Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano
* Fonte: Focus - Relatório de Mercado - 30/01/2009
(Banco Central do Brasil)
Topo
Agroindústria
| O Grupo Bunge e a japonesa Itochu confirmaram sua parceria
na construção de uma usina de açúcar e álcool no Estado de TO.
Os investimentos serão de US$ 350 m e a unidade ficará no
município de Pedro Afonso. A Bunge irá aportar 80% dos recursos
e a Itochu os 20% restantes. O início das operações da nova
usina está previsto para 2010 e sua produção de álcool deverá ter
como destino o mercado asiático.
| A ETH Bioenergia, empresa controlada pelo grupo Odebrecht
e com participação da trading japonesa Sojitz, está
operacionalizando três de seus projetos já anunciados. Tratam-se
das usinas de Nova Alvorada do Sul (MS), Mirante do
Paranapanema (SP) e Caçu (GO) que, juntas, somam
investimentos da ordem de R$ 1,9 bilhão. Os três projetos
entrarão em operação em meados de 2009. Atualmente a ETH
possui duas plantas em atividade: a unidade de Alcídia, em
Pontal do Paranapanema (SP); e a Eldorado, em Rio Brilhante
(MS).
| E com investimentos totais previstos em US$ 200 m, o Grupo
Odebrecht também iniciou o plantio de cana-de-açúcar em
Angola para amparar seus planos de produzir álcool naquele País.
O empreendimento, denominado Biocom, tem participação da
petrolífera angolana Sonangol e do grupo privado local Damer. A
Odebrecht terá 40% de participação. O foco será o atendimento
da demanda do próprio mercado angolano e o início de operações
está previsto para 2012.
| A francesa Tereos vai aumentar o capital de sua subsidiária
brasileira, a Açúcar Guarani, em R$ 193 m. A operação pode
chegar a R$ 309 m, se todos os acionistas minoritários
participarem da subscrição. O objetivo da Tereos é amparar as
obrigações de curto e médio prazos da Guarani sem necessidade
de créditos extras. A Açúcar Guarani atua na transformação da
cana em açúcar, etanol e energia. É a terceira maior processadora
de cana e a segunda maior produtora de açúcar do Brasil.
Atualmente conta com seis unidades industriais, sendo cinco no
Brasil e uma em Moçambique. O grupo Tereos atualmente possui
62,4% do capital da empresa.
| A Granol, que atua na produção e comercialização de grãos,
farelos e óleos vegetais, vai investir R$ 44,5 m para ampliar seu
esmagamento de soja e sua produção de biodiesel em Cachoeira
do Sul (RS). O principal objetivo da Granol é atingir a
auto-suficiência em óleo, utilizado para a obtenção de
biocombustível. A conclusão da unidade está prevista ainda para
este ano de 2009. Além da planta de Cachoeira do Sul, a Granol
também possui outra unidade de biodiesel em Anápolis (GO).
Topo
Alimentos
| A mineira Pif Paf está em fase de conclusão do seu novo
abatedouro de frangos em Palmeiras de Goiás, GO. Os
investimentos vão superar R$ 270 m e a previsão é de que a
unidade seja inaugurada em março. A empresa também tem
planos de expandir sua atuação para outros segmentos de carnes,
mas deverá esperar o desfecho da atual crise internacional. O
grupo Pif Paf, além de atuar no setor de frangos, ainda produz
carnes temperadas, embutidos, lasanhas, pizzas e sucos, sendo
que neste último setor atua com a marca Tial.
| A cearense J. Macêdo anunciou a aquisição da mineira
Chiarini, fabricante de massas alimentícias. A J. Macêdo é a
segunda maior fabricante de massas do País, atrás apenas da
pernambucana M. Dias Branco. Atualmente conta com 11
unidades industriais e com marcas como a Dona Benta, Sol e
Petybon. Com a compra, passa do sétimo para o terceiro lugar no
mercado mineiro de massas, que é o segundo maior do País. A
Chiarini tem sede em Pouso Alegre (MG) e o valor da aquisição
não foi divulgado.
| A Bauducco pretende construir uma nova fábrica em Rio Largo
(AL) a partir de abril. A empresa é a maior fabricante brasileira de
panetones, waffers e torradas, sendo que, inicialmente, a nova
unidade será dedicada à produção de biscoitos. O valor dos
investimentos não foi divulgado, mas a planta deverá estar
operacional em meados de 2010. A fábrica de Rio Largo será a
sexta unidade da Bauducco, que atualmente conta com três
plantas em Guarulhos (SP), uma em São Paulo (SP) e outra em
Extrema (MG).
| O frigorífico Margen, que paralisou atividades em setembro e
em outubro pediu recuperação judicial, voltou a abater bovinos
em duas unidades e planeja reabrir outras quatro neste início de
2009. As plantas reativadas são a de Rio Verde (GO) e Rolim de
Moura (RO). As quatro unidades em vias de retomar operações
são as de Colina (TO), Nova Olinda (TO), Barra do Garças (MT) e
Ariquemes (RO). Além destas, o Margen, que tem dívidas da
ordem de R$ 300 m, ainda ficará com dois abates fechados no MS,
um em GO e dois no PR.
| A catarinense Perdigão pretende repetir em 2009 seu volume
de investimentos realizado em 2008, cerca de R$ 600 m. Os
recursos serão destinados à finalização das obras do complexo de
Bom Conselho (PE), que entrará em operação no primeiro
semestre; à ampliação e modernização da unidade de Lajeado
(RS); à conclusão da ampliação de capacidade em Mirassol
d'Oeste; à expansão e melhoria de linhas da Plusfood; e à
otimização de linhas e da logística geral da empresa.
Topo
Bebidas
| A suíça Nestlé reagiu à entrada da francesa Danone no
mercado brasileiro de águas minerais e anunciou a compra das
fontes da Água Mineral Santa Bárbara, em Águas de Santa
Bárbara (SP). A Nestlé já atua no mercado brasileiro com a
marca Nestlé Pure Life. Sua intenção é passar a atuar no
segmento de água em galão, fornecendo também para
distribuidores. O valor da aquisição não foi divulgado, mas ele faz
parte dos R$ 100 m que a empresa irá investir na Água Mineral
Santa Bárbara num prazo de cinco anos.
| A Brasal Refrigerantes pretende investir R$ 35 m em 2009
para instalar novos equipamentos e expandir seu galpão de
estocagem no Distrito Federal. A Brasal é uma das
engarrafadoras do sistema Coca-Cola no Brasil. A produção dos
sucos Mais e Del Valle e dos chás Mate Leão, recentemente
incorporados pela Coca-Cola, também amparam a decisão de
investimento da empresa.
Topo
Produtos de Limpeza
| A Vilma Alimentos, fabricante mineira de massas alimentícias,
fechou acordo para assumir a marca Super Globo, tradicional no
setor de águas sanitárias. A Super Globo pertence ao grupo
Prolimg, mas já esteve no portfolio da norte-americana Clorox.
Em princípio, a Vilma Alimentos fará a produção e
comercialização de produtos da Super Globo, mas poderá
adquiri-la efetivamente até o final do ano. A intenção da Vilma é
utilizar a marca também nos segmentos de desinfetantes,
detergentes e amaciantes. A Super Globo possui fábrica em
Contagem (MG) e hoje conta com 3% do mercado brasileiro.
| A Rosatex, empresa com sede em Guarulhos (SP), anunciou a
compra da União Fabril Exportadora (UFE), fabricante de sabão
em pedra no Rio de Janeiro (RJ). A empresa adquirida possui
marcas nacionais, como a Rio e a própria UFE. O valor da
transação não foi divulgado, sendo que os pagamentos se
estenderão por até cinco anos. A Rosatex é proprietária de
marcas como Urca e Amazon e possui três unidades fabris
(Guarulhos-SP, Recife-PE e Cuiabá-MS). Com a UFE, a empresa
dobra de tamanho e passa a deter 3% do mercado brasileiro de
artigos de limpeza doméstica.
Topo
Comércio
| A Brazil Fast Food Corporation (BFFC), proprietária da rede
de lanchonetes Bob's e da marca KFC no Brasil, fechou a compra
de 60% da Internacional Restaurantes do Brasil (IRB). A IRB
é maior franqueada da Pizza Hut no País, com 14 lojas em SP. A
BFFC vem seguindo um agressivo plano de crescimento e
incorporação de marcas e recentemente anunciou a vinda para o
Brasil da rede chilena Doggis, de cachorros-quente. Na rede
Bob's o plano da BFFC é abrir 90 novas lojas em 2009, chegando
a aproximadamente 760 pontos-de-venda.
| A Gávea Investimentos, por intermédio de seu fundo de
participação sediado no exterior, assumiu em bolsa uma
participação de 11,67% das ações ordinárias da Lojas
Americanas. A fatia pertencia ao principal acionista individual da
Americanas, que vendeu outros 6,5% da empresa também em
leilão na Bovespa. O preço pago pelo fundo Gávea nas ações foi
de R$ 164,4 m.
| A Telhanorte, varejista de material de construção controlada
pelo grupo francês Saint Gobain, pretende investir R$ 110 m em
2009 para abrir oito novas lojas. Com elas, sua rede saltará dos
atuais 36 pontos para 44 unidades. Para 2010 a empresa, que em
2008 assumiu a rede Center Líder, prevê a abertura de mais oito
novas lojas.
| A rede Leader, varejista do setor de vestuário e calçados,
pretende investir R$ 26 m em 2009 para abrir seis novas
unidades. A Leader tem sede em Niterói (RJ) e esteve perto de
ser incorporada pela Renner em 2008, numa transação de R$
740 m. Atualmente a Leader possui 43 lojas distribuídas em sete
Estados do Sudeste e do Nordeste. Das lojas a serem inauguradas
em 2009, três já têm localização definida: Rio de Janeiro (RJ),
Recife (PE) e Salvador (BA).
Topo
Papel e Celulose
| A VCP (Votorantim Celulose e Papel) concluiu a compra de
28,03% de participação no capital da Aracruz, transação
anunciada em agosto de 2008. A fatia pertencia à Arapar (Grupo
Lorentzen e outros), que receberá os R$ 2,7 bilhões então
acordados em parcelas distribuídas até 2011. A operação fechada
em agosto chegou a ficar ameaçada pelas recentes perdas
cambiais da Aracruz e do Grupo Votorantim. Para concretizá-la,
a Aracruz teve que buscar um acordo bancário para rolagem da
maior parte de seus prejuízos, estimados em US$ 2,1 bilhões.
Com a concretização da transação, as atenções agora se voltam
para a possibilidade da VCP assumir outros 28,03% pertencentes
à Arainvest Participações, empresa do Grupo Safra. O Safra já
antecipou que desistiu de participar da fusão e espera-se que suas
ações sejam vendidas no tag along. A fusão da Aracruz e da VCP
cria a maior empresa mundial de celulose de fibra curta e a quarta
maior em celulose total.
| A Klabin está concluindo investimentos de R$ 75 m para
mecanizar sua colheita de pinus e eucalipto. O projeto prevê a
substituição integral do uso de motosserras pelo uso de máquinas
e equipamentos automatizados. A Klabin hoje possui 17 fábricas
no Brasil e uma na Argentina. No Estado do PR a implantação do
novo método já está concluída e, no momento, a empresa amplia
a mecanização em suas florestas de SC.
Topo
Energia
| As distribuidoras de energia do Grupo AES no Brasil deverão
manter seus investimentos previstos para 2009. A AES
Eletropaulo prevê aplicações da ordem R$ 450 m e a AES Sul
cerca de R$ 200 m. Na área de geração os investimentos novos do
Grupo AES ainda não estão definidos, muito embora a empresa
tenha reafirmado sua intenção de assumir os 49,99% do
BNDESPar na Brasiliana, controladora da AES Tietê.
Atualmente a AES Tietê está investindo em quatro PCHs no RJ e
em SP.
| A Camargo Corrêa exerceu seu direito de preferência e fechou
a compra dos 14,3% de participação que o Grupo Votorantim
detinha na CPFL Energia. A Camargo Corrêa vai desembolsar
R$ 2,563 bilhões na operação e, com a participação, passa a deter
28,6% do capital (45% do controle) da CPFL por meio da VBC
Energia, empresa na qual ela agora detém 100% das ações. A
VBC, inicialmente formada por Votorantim, Bradesco e
Camargo Corrêa, participa do bloco de controle da elétrica
paulista, o qual ainda conta com os fundos de pensão Previ
(31,1% do capital total) e Sistel (12,7%). A holding CPFL
Energia atua na geração, transmissão e distribuição de energia.
Topo
Petróleo e Petroquímica
| A Cosan, uma das maiores empresas sucroalcooleiras do mundo,
concluiu a aquisição da distribuidora varejista de combustíveis
Esso, que pertencia à petrolífera norte-americana ExxonMobil
International. A operação foi anunciada em abril de 2008, pelo
valor de US$ 826 m mais dívidas de US$ 163 m. Ao final, porém,
o valor do negócio ficou em US$ 715 m, além de dívidas de US$
175 m. A marca Esso será utilizada pela Cosan nos próximos dez
anos, sendo que a rede de distribuição da empresa hoje supera
1500 postos revendedores distribuídos em todas as regiões do
País. As 40 bases de distribuição de combustíveis da Esso serão
integradas às 18 do grupo Cosan.
| A AleSat fechou a compra da rede de distribuição de
combustíveis e asfaltos da espanhola Repsol no Brasil. A AleSat
pagará R$ 130 m pelos 327 postos de combustíveis da empresa
Repsol, distribuídos em sete Estados brasileiros. A AleSat nasceu
da fusão entre a mineira Ale Combustível e da potiguar SAT
Distribuidora de Petróleo e, com a aquisição, passa a somar 1,7
mil postos em 22 Estados e no DF. Sua participação de mercado
sobe para 4,6%. A substituição da bandeira Repsol pela bandeira
Ale se estenderá até 2010.
| A petroleira OGX Petróleo e Gás concluiu a aquisição de 50%
de um bloco exploratório na Bacia de Santos, que antes
pertencia integralmente à Maersk Oil do Brasil. A Maersk
continuará com os outros 50% e permanece como operadora da
área. O valor da transação não foi divulgado, mas, como ela, a
OGX passa a deter participação em 22 áreas petrolíferas.
| A Petrobras arrematou 27 dos 54 blocos de exploração em
terra disponibilizados na décima rodada de licitações da ANP.
Deles, oito foram em parceria com a portuguesa Petrogal e dois
com a também portuguesa Partex. Nos 17 blocos restantes a
estatal venceu sem parcerias. No total, a licitação rendeu R$ 89,4
m, sendo que apenas a Petrobras respondeu por uma fatia de R$
40 m. A petrolífera anglo-holandesa Shell arrematou cinco blocos,
pagando R$ 11,5 m. O consórcio formado por Comp, Cemig,
Codemig, Orteng e Sipet arrematou outros seis blocos. Os
investimentos exploratórios nos blocos arrematados são previstos
em R$ 610 m.
| E o plano de investimentos de Petrobras na área petroquímica
abrange a aplicação de US$ 44 bilhões no refino de petróleo entre
2009 e 2014. São quatro empreendimentos, dos quais dois já em
fase de instalação: as unidades de Pernambuco e do Rio de
Janeiro. A primeira está prevista para iniciar suas operações em
2011 e a segunda em 2012. As outras duas refinarias, no
Maranhão e no Ceará, absorverão investimentos conjuntos de US$
30,9 bilhões, sendo que a primeira deverá ser inaugurada em
2013 e a segunda em 2014. Com as quatro refinarias, a
Petrobras pretende diminuir a atual diferença entre sua
capacidade de produção e de refino do petróleo.
| A Companhia Vale do Rio Doce deu mais um passo no setor
de gás com a compra de metade dos 25% que a norte-americana
Woodside detinha em dois blocos da Bacia de Santos, SP. Com
a participação de 12,5%, a Vale será sócia da Petrobras (35%),
da Repsol YPF (40%) e da própria Woodside. O objetivo da
empresa de mineração é garantir auto-suficiência no suprimento
de suas usinas termelétricas.
Topo
Mineração
| A Vale do Rio Doce também fechou contrato para a
incorporação de 100% dos ativos de exportação de carvão da
colombiana Cementos Argos por US$ 300 m. A Argos é uma
das maiores produtoras de cimento da América Latina e possui
atividades de cimento, concreto e produtos agregados na
Colômbia, EUA, Panamá, Venezuela, Haiti e República
Dominicana. Seus ativos de carvão abrangem duas concessões
minerais, participação no consórcio ferroviário Fenoco e controle
de um porto na costa caribenha. Com a unidade adquirida, o
principal objetivo da Vale é abastecer sua usina termelétrica de
US$ 898 m a ser construída em Barcarena, PA.
| E a Vale ainda acertou o pagamento de US$ 65 m para se
associar à TEAL Exploration & Mining Corporated, controlada
pela African Rainbow Minerals Limited (ARM), da África do
Sul. A mineradora brasileira ficará com 50% da companhia a ser
criada após o fechamento de capital da TEAL. Atualmente a TEAL
possui três projetos na mineração de cobre, sendo dois na Zâmbia
e um no Congo. Na área de cobre, a Vale hoje já opera a mina de
Sossego, no Brasil, e possui atividades associadas a sua
mineração de níquel no Canadá. Conta também com dois projetos
na exploração do metal: Salobo, em Carajás (Brasil) e Tres
Valles, no Chile.
| A anglo-australiana Rio Tinto, terceira maior do mundo na
mineração de ferro, anunciou a venda de todo o seu complexo
ferrífero de Corumbá (MS) para a Vale do Rio Doce por US$ 750
m. O valor inclui o sistema logístico da unidade. A intenção da
Vale é retomar o projeto de US$ 2,5 bilhões para a expansão da
mina, que a Rio Tinto havia paralisado em função do mercado
internacional. Originalmente, o empreendimento previa a
expansão da mina de ferro até 2010, a construção de dois portos
e a compra de 300 barcaças para transporte no Rio Paraguai. E
em operação paralela, a Rio Tinto também vendeu para a Vale
os seus depósitos de potássio na Argentina e no Canadá por US$
850 m, operação esta que reafirma o interesse da Vale no setor
de fertilizantes.
| Em oferta pública de aquisição de ações, a mineradora
sul-africana Anglo American adquiriu 96,08% dos papéis da
Anglo Ferrous Brazil que estavam em circulação no mercado. A
operação movimentou R$ 3,17 bilhões e, com ela, a Anglo
American fechará o capital da Anglo Ferrous (ex-IronX),
adquirida da MMX Mineração. A incorporação da mineradora pela
Anglo American ainda prevê uma reorganização societária das
subsidiárias Anglo Ferrous, Centennial Minas-Rio (cisão da
MMX e controladora da IronX) e Anglo American Participação
em Mineração dentro da holding Anglo American
Investimentos - Minério de Ferro.
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Siderurgia
| A Nippon Steel e a Nippon Usiminas fecharam acordo para a
compra dos 5,89% de participação que a Vale do Rio Doce ainda
detém no capital da Usiminas. A transação não altera o equilíbrio
de forças no bloco de controle da siderúrgica mineira, o qual, além
da Nippon Steel e da Nippon Usiminas, também é composto
por Votorantim, Camargo Corrêa e o clube de funcionários da
empresa. Votorantim e Camargo Corrêa já confirmaram o
exercício de seus direitos de preferência e devem participar da
aquisição, cujo valor total pode superar R$ 500 m.
| E a Usiminas anunciou a aquisição da gaúcha Zamprogna, do
setor de distribuição de produtos e serviços siderúrgicos, por R$
160 m. A Usiminas já atua na distribuição de aço com
participações na Rio Negro, Dufer e Fasal, empresas cuja
integração vem sendo articulada há algum tempo. A Zamprogna
é a quinta maior distribuidora siderúrgica no País e seu controle
pertencia ao fundo de private equity NSG Capital. Com ela, a
Usiminas passa a deter 22% do mercado brasileiro, o qual tem
na ArcelorMittal a segunda colocada com 14%. Além do
montante pago, a nova controladora também irá assumir uma
dívida líquida de R$ 405 m. A Zamprogna possui uma unidade
em Porto Alegre (RS) e duas em São Paulo. Uma de suas
especialidades é a fabricação de tubos com costura, segmento
novo para a Usiminas.
| A Gerdau anunciou a compra de mais 20% do capital da
Corporación Sidenor e, com isso, deu novo passo na
consolidação de sua liderança mundial no segmento de aços
longos especiais, aplicados principalmente na indústria
automotiva. Com a operação, o Grupo Gerdau soma agora 60%
de participação na maior siderúrgica espanhola deste segmento. O
custo da participação foi de € 206 m, pagos à LuxFin
Participación (Bogey Holding Company Spain). A Sidenor
opera por meio da Sidenor Industrial e da GSB, esta última
adquirida no final de 2006. No Brasil ela controla a Aços Villares
desde 2000, com 58,5% de seu capital. Os 40% restantes das
ações da Sidenor pertencem ao Grupo Santander.
Topo
Veículos e Autopeças
| O grupo alemão Volkswagen anunciou a venda de sua divisão
de caminhões e ônibus, com sede no Brasil, para a também alemã
MAN. A transação foi fechada por € 1,175 bilhão (cerca de R$
3,81 bilhões) e marca a saída da Volkswagen do segmento de
caminhões e ônibus, embora ela seja a maior acionista individual
da MAN com 29,9% de seu capital. No Brasil, a fábrica da
Volkswagen Caminhões & Ônibus fica em Resende (RJ) e a
empresa tem um plano de investimentos da ordem de US$ 500 m
para os próximos cinco anos. Para a MAN, a aquisição representa
a entrada no mercado latino-americano de veículos pesados. A
marca Volkswagen continuará sendo utilizada pela empresa, mas
também deverão ser lançados veículos com a marca MAN.
| A Brembo, fabricante italiana de discos de freio, fechou a
aquisição da paulista Sawem, especializada em componentes para
motores. A transação custou R$ 8,2 m à Brembo, cuja unidade
brasileira passar a ser a única da empresa a produzir volantes de
motores. Com a aquisição, porém, a Brembo dá por encerrado o
plano de construir uma nova fábrica em SP, como anunciado em
meados de 2008. Atualmente a empresa possui unidade produtiva
em Betim (MG).
| A Magneti Marelli inaugurou sua nova unidade de bicos
injetores para automóveis em Hortolândia, SP. O investimento foi
de aproximadamente € 30 m. O foco da unidade será o
atendimento do mercado interno, para onde devem ser
direcionados cerca de 80% da produção.
| A Wirex Cables, fabricante de cabos, pretende construir uma
nova linha produtiva em Quatis (RJ), inicialmente voltada para o
setor automobilístico. Os investimentos serão de US$ 11 m e se
estenderão até 2011. Após a primeira fase, a Wirex ainda planeja
uma segunda linha, com modelos de cabos voltados para
distribuidoras de energia. Esta nova unidade ficará a cargo da
Wirex Condutores. Atualmente a Wirex é uma das maiores
fornecedoras de cabos de bateria para automóveis do País e está
concluindo investimentos de US$ 10 m em sua unidade de Santa
Branca (SP).
| A Mangels concluiu investimentos de R$ 18 m em Manaus (AM),
onde construiu um centro de serviços de aços junto ao pólo de
motocicletas para atender principalmente a demanda da japonesa
Honda. Outras empresas do setor e a indústria de
eletroeletrônicos também estão entre os clientes potenciais da
unidade. Para 2009, a fabricante de rodas automotivas programa
novos investimentos da ordem de R$ 50 m.
Topo
Componentes e Informática
| A APC, empresa do grupo francês Schneider Electric, assumiu
o controle da Microsol, fabricante de estabilizadores de energia e
nobreaks com sede em Eusébio (CE). O valor da transação não foi
divulgado. A Microsol concentra sua atuação em produtos de
massa, como equipamentos de proteção para PCs. Já a APC foca o
mercado corporativo. A nova empresa terá atuação nas Regiões
SU, SE, NO e NE do País.
| A Asus, fabricante de computadores e componentes de Taiwan,
está iniciando sua produção de equipamentos no Brasil. A
fabricação ficará a cargo da Visum, de Curitiba (PR), especializada
na montagem de placas e eletrônicos. A linha inicial de produtos
da Asus no Brasil será composta de placas-mãe, um modelo de
laptop e dois modelos de netbook. Com a produção interna, a
Asus passa a disputar o mercado diretamente com Positivo,
Dell, LG e Hewlett-Packard (HP), que já possuem linhas de
netbooks.
| Depois de um ano de parceria, o grupo TBA, de Brasília (DF),
fechou a aquisição da Transformare, empresa paulista
especializada na documentação e renovação de sistemas antigos
de grandes empresas. O valor da transação não foi divulgado, mas
a TBA pretende investir R$ 20 m no novo negócio ao longo dos
próximos cinco anos. A Transformare será integrada às demais
empresas tecnológicas da holding TBA: B2Br, True Access
Consulting e NFe do Brasil.
| A empresa de automação comercial Bematech anunciou a
compra de 51% da CMNet, fabricante de softwares para o setor
hoteleiro. A transação custou R$ 28 m à Bematech e esta foi sua
quarta aquisição no ano de 2008. A CMNet pertencia à CM
Soluções e o acordo ainda envolve opção de compra dos 49%
restantes pela Bematech até 2011, com pagamento previsto de
R$ 70 m. Com a nova empresa, a Bematech passa a atuar no
segmento de automação hoteleira, com clientes como Accor,
Othon, Blue Tree e Copacabana Palace.
| A Politec, empresa com sede em Brasília (DF), fechou a
aquisição de duas prestadoras de serviços de TI: a Search
Tecnologia e a Ultracon. A decisão apóia-se na entrada da
Mitsubishi no capital da Politec em 2008, com um aporte de
US$ 100 m. Com as duas aquisições, a Politec reforça sua
atuação em diversas áreas, como a de serviços de utilidade
pública e a de transportes. Atualmente a empresa atua em cinco
ramos principais: financeiro, governo, petróleo e gás, utilidade
pública e telecomunicações/indústria.
Topo
Transportes e Logística
| Apesar de sua reestruturação mundial, principalmente no
mercado norte-americano, a DHL Express, empresa pertencente
ao grupo alemão Deutsche Post, pretende investir US$ 200 m
na América Latina entre 2009 e 2010. Boa parte destes recursos
virá para o Brasil, onde um dos principais objetivos é aumentar a
participação da empresa no mercado de cargas expressas de alto
valor agregado. Aqui, a DHL também avalia a possibilidade de
realizar aquisições ou mesmo firmar joint ventures.
| A Brink's, empresa especializada em logística de valores,
adquiriu duas concorrentes regionais: a Sebival e a Setal. Com
elas, a Brink's passa a deter 60 bases de operação no País,
aumentando de 20% para 25% sua participação no mercado
interno de transporte de valores. O valor da aquisição não foi
divulgado.
| O fundo Governança & Gestão (G&G) assumiu uma
participação minoritária no operador logístico Rapidão Cometa,
de PE. A transação foi realizada via aporte de capital e os valores
envolvidos não foram divulgados. Com os recursos, a Rapidão
Cometa pretende viabilizar seu crescimento, principalmente no
Sul e Sudeste do País. Também estão previstas aquisições de
outras empresas.
| A espanhola Isolux, que no Brasil já atua no setor de
transmissão de energia elétrica, está iniciando sua atuação
também na administração de rodovias. O ingresso será por meio
do consórcio Rodobahia, que venceu leilão para administrar um
trecho rodoviário entre MG e BA. A Isolux possui 75% da
Rodobahia, ficando as brasileiras Engevix e Encalso com 20% e
5% respectivamente. Os investimentos no trecho arrematado são
estimados em R$ 2 bilhões e outras concessões ainda estão na
mira da empresa.
| O fundo de investimentos Invepar, integrado pela construtora
OAS e pelo fundo de pensão Previ, anunciou a aquisição do
controle do Metrô Rio. Os vendedores foram a Oeste
Participações, formada pelo Citigroup Venture Capital e pela
Investidores Institucionais, e o fundo Valia. O preço acordado
foi de R$ R$ 995,4 m, sendo R$ 841,1 m por 96,22% do capital
da Oeste Participações (que detém 85% do Metrô Rio) e R$
154,3 m pelos 15% pertencentes ao fundo Valia. Os papéis serão
transferidos para a Megapar, empresa controlada integralmente
pela Invepar. A Invepar já atua no setor de infra-estrutura com
a Linha Amarela (via expressa no Rio de Janeiro) e a Litoral
Norte, na Bahia.
| O grupo Libra tem planos de duplicar seus dois terminais de
contêineres, no Rio de Janeiro (RJ) e em Santos (SP). Os
investimentos podem chegar a R$ 400 m e ainda encontram-se
em discussão com as administradoras portuárias Companhia
Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e Codesp. No RJ o
investimento deverá ficar entre R$ 100 m e R$ 150 m. Em Santos
a intenção é investir R$ 250 m. O grupo Libra também
desenvolve projeto para instalar um terminal privativo multiuso
no Porto de Imbituba (SC) por meio da IEP, empresa na qual o
Libra tem 50%. Os investimentos no projeto somam R$ 230 m.
| A armadora holandesa APM Terminals pretende instalar-se no
Porto de Santos (SP), com a construção de um terminal de
contêineres e investimentos da ordem de US$ 700 m. A empresa
é a terceira maior operadora global de contêineres. O
empreendimento encontra-se em análise pela administradora
portuária, a Codesp, e segue o movimento de outras grandes
empresas mundiais do setor, como a Maersk e a MSC-CMA (esta
última por meio da Brasil Terminal Portuário-BTP). A APM
hoje possui 50 terminais distribuídos em 31 países.
| E apesar da crise no comércio mundial, diversas outras
operadoras portuárias também pretendem concluir seus projetos
de expansão no Brasil em 2009. A Santos Brasil, principal
terminal de contêineres do Porto de Santos (SP), prevê aporte
de R$ 70 m na ampliação de seu cais, empreendimento que já
recebeu investimentos de R$ 180 m. O Sepetiba Tecon, terminal
de contêineres da CSN no Porto de Itaguaí (RJ), também
pretende investir R$ 120 m em um novo berço. Já a Log-In, que
opera com contêineres no Terminal de Vila Velha (TVV), no ES,
programa investimentos de R$ 65 m entre 2008 e 2010 para
duplicar sua capacidade de movimentação.
Topo
Imobiliário
| A Lopes Consultoria de Imóveis desistiu de incorporar a
Patrimóvel, empresa especializada na venda de
empreendimentos no Rio de Janeiro. A aquisição havia sido
anunciada no final de 2007 e a Lopes já desembolsou R$ 80 dos
R$ 210 m acordados. O montante será convertido em uma
participação de 10% no capital da Patrimóvel, sendo que a
Lopes terá a opção de compra da empresa por um prazo de três
anos e pelo preço inicialmente acertado. E logo após desistir da
incorporar a Patrimóvel, a Lopes anunciou a aquisição do
controle da Rede de Imobiliárias Associadas (RIA). A RIA
atua nos Estados do PR e SC e é ligada ao grupo Apolar. A
transação foi realizada por meio da Pronto!, subsidiária da Lopes
para o setor de imóveis usados.
| O fundo norte-americano Paladin Prime Residential está
assumindo o controle da Inpar, por meio de um aumento da
capital de R$ 180 m. O novo investidor poderá ficar com até 52%
da incorporadora, que há algum tempo tem vendido ativos para
fazer caixa. O Paladin é focado em investimentos imobiliários
residenciais nos mercados emergentes e, no Brasil, possui
participação na Even e na Molnar. Na sequência de sua
capitalização, a Inpar, também focada no segmento residencial,
conseguiu capitalizar-se em mais R$ 105 m com a venda de três
empreendimentos comerciais.
| A Invest Tur e a LA Hotels, empresa do Grupo GP
Investimentos, concluíram a fusão de suas atividades, numa
operação inédita no setor hoteleiro. A Invest Tur é proprietária
do resort Txai (Itacaré-BA) e possui 18 projetos de hotéis e casas
de segunda residência em andamento. Já a LA administra 27
hotéis urbanos, sendo dez próprios. A nova empresa terá gestão
compartilhada, sendo que, operacionalmente, a Invest Tur irá
incorporar 100% da LA Hotels, transferindo novas ações aos
acionistas da LA. Com isso, a GP, que possui 96,4% da LA
Hotels, será controladora da nova Invest Tur, com participação
de 50,7% em seu capital. Outros 46,3% da empresa ficarão
distribuídos no mercado (free float). A LA, que antes da fusão já
detinha 6% das ações da Invest Tur, passará ainda por um
aumento de capital de R$ 111 m.
Topo
Serviços
| A Diagnósticos da América (Dasa) anunciou a aquisição dos
laboratórios Cedic e Cedilab, do MT, por R$ 40 m. A aquisição
vem na sequência da compra da Maximagem em outubro e
agrega à sua rede sete novas unidades nos municípios de Cuiabá e
Várzea Grande. O Cedic e o Cedilab atuam, respectivamente, nas
áreas de exame por imagem e análise clínica. Com estas duas
novas empresas, a Dasa soma 13 aquisições (R$ 324 m) desde
seu IPO, realizado em novembro de 2004.
| A gestora de fundos Cartesian Capital, dos EUA, assumiu
participação minoritária no capital do grupo Maurício de Nassau,
do setor de educação. A transação foi realizada via injeção de
recursos pelo fundo Pangaea One. O grupo Maurício de Nassau
atua no ensino superior em cinco Estados da Região Nordeste.
Neste ano está abrindo três novas unidades: Salvador (BA),
Fortaleza (CE) e Caruaru (PE). Em Recife (PE) também irá
construir um centro de convenções, uma biblioteca central e uma
nova faculdade. O valor da transação e o percentual de
participação negociado não foram divulgados.
| A DBTrans, empresa focada na emissão e gerenciamento de
vales-pedágio para empresas de cargas, pretende voltar-se
também para o segmento de pessoas físicas. A intenção é instalar
sistemas eletrônicos de pagamento em estacionamentos e
pedágios e lançar um cartão de crédito para compra de produtos e
insumos automotivos, ambos com a bandeira Auto Expresso.
Atualmente a DBTrans já atua no RJ e no RS, sendo que em
2009 também estará presente nas estradas e shopping centers de
SP. Os investimentos serão de R$ 70 m.
| A Nutriplus, do setor de refeições escolares, está expandindo
sua atuação para o mercado chinês. A empresa nasceu em Salto
(SP) e acaba de firmar joint venture com a China BBCA Group,
maior estatal chinesa de alimentos. A empresa brasileira
exportará gêneros alimentícios e a chinesa fará a distribuição de
mercado. Os investimentos no centro de distribuição a ser
construído na China serão de US$ 20 m, sendo 51% pela
Nutriplus e 49% pela BBCA.
Topo
Financeiro
| O Banco Itaú (agora Itaú Unibanco), que em 2002 assumiu
95,75% do capital do BBA por R$ 3,3 bilhões, fechou a compra
dos 4,25% restantes e agora detém 100% do banco de atacado
Itaú BBA. O valor da transação não foi divulgado, mas é avaliado
em mais de R$ 200 m. A compra foi realizada com pagamento à
vista. O Itaú BBA sempre teve administração independente do
Itaú.
| Pouco após fechar a compra da Nossa Caixa, o Banco do
Brasil (BB) concluiu acordo para também ficar com 49,99% do
capital ordinário do Banco Votorantim (BV). Para o BB, o
Votorantim é uma chance de ampliar o crédito para empresas e
pessoas físicas. O BV é o sétimo maior banco brasileiro em volume
de ativos, sendo que a BV Financeira é a quarta maior do País no
financiamento de veículos. A transação envolve R$ 4,2 bilhões e
50,01% das ações preferenciais. Ela ocorrerá em três etapas:
inicialmente o BV distribuirá R$ 750 m em dividendos para a
controladora Votorantim Finanças; depois, o BB pagará à
Votorantim Finanças R$ 3 bilhões por 45% do capital do BV;
finalmente, o BB fará um aporte de R$ 1,2 bilhão no BV via
emissão de ações. A gestão do BV será compartilhada entre o
Grupo Votorantim e o BB. Com a transação, o BB passa a
administrar R$ 553 bilhões em ativos, ficando R$ 22 bilhões atrás
do Itaú Unibanco.
| A CitiFinancial, empresa de crédito pessoal e financiamento ao
consumo do Citibank no Brasil, vai virar Credicard
Financiamentos. Um dos objetivos com a mudança é promover
uma maior integração da unidade à estratégia global do
Citigroup. Apesar da reestruturação mundial da instituição, os
negócios brasileiros não foram colocados à venda. Na
reestruturação do Citi serão criadas duas unidades operacionais: o
Citicorp, que reunirá negócios de bancos de varejo, cartões
próprios, bancos de atacado, private banking e transações globais;
e o Citi Holdings, que ficará com ativos fora destas áreas e que
poderão ser vendidos, tais como serviços de corretagem,
administração de recursos e financiamento ao consumo.
| A estatal portuguesa Caixa Geral de Depósitos (CGD) está
retornando ao mercado brasileiro. Com capital inicial de R$ 123
m, ela vai inaugurar o Banco Caixa Geral - Brasil, focado em
operações corporate, banco de investimentos e financiamento de
comércio exterior. A CGD já teve participação relevante no Banco
Itaú até 1988, quando assumiu o Banco Bandeirantes, do
segmento de varejo. Em 2000 vendeu o Bandeirantes ao
Unibanco em troca de uma participação acionária de 12,3%. Em
2005 vendeu esta participação em mercado por R$ 1,534 bilhão.
Topo
Outros Setores
| O Laboratório Cristália, de Itapira (SP), pretende iniciar a
construção de uma nova planta industrial, focada na fabricação de
dois medicamentos hoje importados. Os produtos (um hormônio
de crescimento e o interferon) marcam a entrada do Cristália no
setor de biotecnologia. Já foram investidos R$ 20 m no projeto e
outros R$ 25 m ainda serão aplicados até 2012. A conclusão da
unidade está prevista para até o final deste ano e ela ficará junto
ao complexo de Itapira. Fora da biotecnologia, o Cristália também
pretende inaugurar, ainda neste ano, sua nova fábrica de
comprimidos e medicamentos semi-sólidos, um investimento total
de R$ 120 m.
| O Capital Mezanino, fundo de investimento em participações
gerido pela Neo Investimentos, entrou no capital da Livraria
Cultura. A participação e o valor da operação não foram
divulgados, mas, com ela, o objetivo da Cultura é acelerar seu
ritmo de expansão. Atualmente, sua rede de lojas conta com oito
unidades. Os principais concorrentes da Livraria Cultura são a
Saraiva e a Fnac.
| A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou,
com ressalvas, a incorporação da Brasil Telecom (BrT) pela Oi
(antiga Telemar). A união da BrT e da Oi cria a maior empresa
de telecomunicações do País, cujos serviços de telefonia fixa só
não abrangem o Estado de São Paulo. Na área de telefonia móvel
existem sobreposições de concessão, algumas das quais deverão
ser devolvidas à Anatel. A compra das ações da Previ, Funcef,
Petros, Citigroup e Opportunity, atuais controladores da BrT,
custará R$ 5,3 bilhões à Oi, empresa controlada pelos grupos
Andrade Gutierrez e La Fonte e com grande participação do
BNDES e de fundos de pensão. Considerando-se a compra de
participações minoritárias (tag along) e a troca de papéis da BrT
pelos da Oi, a conclusão da integração só é esperada para 2010.
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A BRASILPAR possui mais de 30 anos de experiência em
assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios
e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam
mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria
em compra, venda e associações entre empresas; atração de
sócios e levantamento de capital para projetos e empresas;
desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica;
assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento
financeiro e estratégico em geral.
Sócios:
Alberto Ortenblad Filho
[email protected]
Luiz Eduardo do Amaral Costa
[email protected]
Luis Fernando Salem
[email protected]
Luiz Roberto Carvalho Pereira
[email protected]
Tom Waslander
[email protected]
Associados:
André Rodrigues
[email protected]
Guilherme Aboud
[email protected]
Jorge Troyko
[email protected]
Marcos Levy
[email protected]
Paulo Vasquez Varela
[email protected]
Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar
04543-000 - São Paulo - SP
Tel.: (011) 3709-4270 | Fax : (011) 3709-4288
www.brasilpar.com.br
O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar
Serviços Financeiros.
Diretores Responsáveis: Alberto Ortenblad Filho e Luiz Eduardo Costa.
O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do
Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A
Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas
previsões.
Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim
referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se
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