Newsletter 107

Transcrição

Newsletter 107
Agroindústria
Alimentos
Bebidas
Comércio
Têxtil e Vestuários
Materiais de Construção
Energia
Petróleo e Gás
Química e Petroquímica
Alumínio
Mineração e Siderurgia
Bens de Capital
Veículos e Autopeças
Informática
Imobiliário
Transortes
Serviços
Financeiro
Outros Setores
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
As novas incertezas globais advindas da economia européia
trouxeram quedas ao mercado de ações e pressão sobre a taxa de
câmbio. Todavia, não neutralizaram as tendências do crescimento
econômico brasileiro que, segundo as mais recentes expectativas, já
apontam para uma expansão de 6,5% em 2010. E isso, num
ambiente de forte retomada dos investimentos produtivos.
Conquanto o ambiente internacional permaneça instável e ainda
possa haver novos problemas na Zona do Euro, hoje não se
vislumbra uma reversão no quadro brasileiro. Com efeito, tem sido
bastante comum as empresas globais privilegiarem o País em seus
planos de investimento, o que contribui para a auto-realização das
expectativas com a economia local. Isso é típico nos ciclos virtuosos
de crescimento, como o que vivemos hoje.
Do lado dos negócios, o maior reflexo do acirramento da crise
européia se deu sobre as emissões de novas ações em bolsa. Mas o
rigor dos investidores na precificação dos ativos não deixa de ter seu
lado positivo, já que inibe a eventual consecução de frágeis projetos
de investimento. Com menos facilidade na obtenção de recursos, os
novos empreendimentos, assim como as decisões das empresas,
permanecem economicamente justificáveis. De resto, acreditamos
que o atual ambiente de moderada confiança por parte das empresas
deva prevalecer ao longo destas próximas semanas.
CENÁRIO ECONÔMICO
2007
2008
2009
2010*
2011*
PIB (PM) - Var %
5.7
5.1
0.2
6.5
4.5
Inflação IPCA - Var %
4.5
5.9
4.3
5.7
4.8
1.771
2.337
1.743
1.80
1.85
Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano
11.9
12.5
9.9
10.4
11.8
Dívida Pública - % PIB
43.9
37.3
43.0
41.1
39.7
Saldo Comercial - US$ Bilhões
40.0
24.8
25.3
15.0
4.5
Trans. Corrente - US$ Bilhões
1.6
-28.2
-24.3
-48.1
-58.0
34.6
45.1
25.9
36.5
40.0
Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano
Investimentos Diretos - US$ Bilhões
* Fonte: Focus - Relatório de Mercado - 28/05/2010
(Banco Central do Brasil)
Topo
Agroindústria
| Com investimentos de R$ 13,5 m, a Tortuga, fabricante de
rações para bovinos, suínos e aves, está estreando no segmento
de alimentos para pets. Com o investimento, a empresa passará a
produzir e comercializar complementos alimentares para cães e
gatos. Do aporte total, R$ 12 m referem-se à aquisição da linha de
saúde animal da Minerthal, que será sua base operativa no
segmento. O R$ 1,5 m restante destina-se aos produtos, que
levarão a marca Vitamici. A Tortuga hoje detém 45% do
mercado de rações para animais de produção.
| A Bunge pretende investir US$ 750 m nos próximos três anos
para expandir as três usinas de açúcar e álcool que detinha antes
da aquisição da MoemaPar. As cinco unidades recém adquiridas
também deverão ser ampliadas, mas os planos para elas ainda
não estão concluídos. Com os investimentos já definidos, a
empresa norte-americana pretende ampliar em 50% sua
capacidade de moagem. Atualmente a Bunge é a terceira maior
companhia sucroalcooleira do País, atrás apenas da Cosan e da
Louis Dreyfus. Além das oito unidades no setor, a empresa
também conta no Brasil com sete moinhos de trigo, oito
processadoras de soja, sete refinarias, cinco unidades de envase
de óleos vegetais, uma unidade de maionese, uma de margarina e
20 misturadoras de fertilizantes.
| A Amyris Biotechnologies e o Grupo São Martinho alteraram
o acordo firmado em fins de 2009 para a produção de
especialidades químicas. Pelos novos termos, a unidade a ser
construída pelas duas empresa não mais ficará ao lado da Usina
Boa Vista, em GO. O projeto será redirecionado para junto da
unidade de Pradópolis (SP), a maior do Grupo São Martinho.
Outra alteração é que a Amyris não mais será acionista da Boa
Vista, como inicialmente previsto. Pelo acordo original, a Amyris
ficaria com 40% desta unidade, realizando um aporte de R$ 140
m em suas operações. Com isso, o acordo entre as duas empresas
se limitará à criação da SMA Indústria Química, cujo capital
será igualmente dividido entre as sócias.
| A ETH Bioenergia (Grupo Odebrecht) e a Companhia
Brasileira de Energia Renovável (Brenco) concluíram o acordo
para a fusão de seus ativos. Foi realizada uma chamada de
capital, entrando R$ 275 m de dinheiro novo na sociedade e
havendo a conversão de R$ 380 m de dívidas. Metade do aporte
foi realizado pelos três principais acionistas da Brenco : o
BNDESPar, que terá 16,6% da nova empresa; o Tarpon, que
ficará com 15%; e o Ashmore, que terá 2,7%.
| Em sua maior investida no mercado de etanol, a Petrobras
anunciou a compra de 45,7% do capital da Açúcar Guarani, do
grupo francês Tereos. Com isso, a Petrobras associa-se à quarta
maior usina em operação no Brasil, produtora de açúcar, etanol e
energia. Em fins de março o grupo Tereos Internacional decidiu
concentrar na Guarani e no Brasil a administração de seus ativos
da Europa e da região do Oceano Índico, estimados em € 1 bilhão.
Por meio da Petrobras Biocombustíveis, a petrolífera estatal
está aportando R$ 682 m na Açúcar Guarani, montante que
deve chegar a R$ 1,6 bilhão no prazo de cinco anos.
| E com parte dos recursos já recebidos, a Açúcar Guarani, por
meio da Cruz Alta Participações, anunciou a aquisição integral
da Usina Mandú por R$ 345 m. A Guarani controla a Cruz Alta
com 51% de seu capital e, com a compra, amplia sua atuação na
indústria sucroalcooleira do País, principalmente no segmento de
etanol, como é de interesse da Petrobras Biocombustíveis.
| A Pioneer Sementes, empresa controlada pela norte-americana
DuPont, iniciou a construção de uma unidade de processamento e
armazenamento de sementes de soja e milho no MT. A unidade
ficará no município de Primavera do Leste e envolve três fases de
implantação num prazo de três anos. Esta será a primeira unidade
da Pioneer no MT, sendo que hoje ela possui centros
processadores no RS, GO e DF.
| Dos R$ 200 m de investimentos previstos pela paranaense
Coamo em 2010, R$ 170 m serão utilizados na modernização e
aumento de capacidade para recebimento de grãos em 43
armazéns e silos. Os R$ 30 m restantes serão destinados à
melhoria da frota de veículos e equipamentos da cooperativa. A
Coamo atua no PR, SC e MS e a prioridade de seus investimentos
é o escoamento da próxima safra, que deverá ser recorde. Do
montante total, R$ 110 m serão aplicados ainda em 2010.
| O Noble Group, trading de commodities com sede em Hong
Kong, pretende investir US$ 150 m em sua primeira esmagadora
de soja no Brasil. A unidade está prevista para o Estado de MT e
visa abastecer o mercado chinês. A expectativa é de que as obras
se iniciem em 2011, com as operações devendo ser inauguradas
em 2012. No Brasil, a empresa já atua na originação de grãos e
possui duas usinas de açúcar e álcool, além de diversos ativos
logísticos para suportar suas operações. Já na América Latina, o
Noble Group acabou de concluir aportes de US$ 200 m em uma
esmagadora na Argentina.
| O fundo Arion Capital assumiu o controle do grupo
agroindustrial Maeda, um dos maiores produtores de algodão e
grãos do Brasil. A transação envolveu 86% do capital da empresa
e foi efetivada por R$ 100 m mais o repasse de dívidas. Todavia, a
conclusão do negócio ainda depende da renegociação de dívidas
com os credores bancários. O grupo Maeda possui sede em
Ituverava (SP) e foi um dos precursores na expansão da
cotonicultura para a Região Centro-Oeste.
| O grupo Algar pretende investir R$ 77 m em uma nova refinaria
para produzir óleo de soja no MA e construir novos silos visando a
distribuição da marca ABC Minas na Região Nordeste. A empresa
hoje conta com fábrica em Uberlândia (MG), a Algar Agro, e 35
silos em MG e na Região Centro-Oeste. Esta unidade de refino
produz derivados da soja, como óleo, azeite e farelo, todos sob a
marca ABC Minas.
Topo
Alimentos
| A Seara Alimentos, empresa controlada pela Marfrig
Alimentos, firmou protocolo de intenções para a construção de
um complexo industrial de aves em Jaciara (MT). Os
investimentos são previstos em R$ 150 m e, além de abatedouro,
também deve ser instalada uma granja de matrizes, incubatório e
fábrica de rações. A Seara foi adquirida pela Marfrig em 2009,
somando-se às operações da OSI na Europa, da Pena Branca, da
DaGranja e da Doux Frangosul. Atualmente, o grupo Marfrig
conta com 31 abates de bovinos, 17 abates de frangos, 33 plantas
de industrializados, 4 unidades de suínos, 1 de peru, 5 de
cordeiro, além de fábricas de ração e tradings.
| E no plano internacional, a Marfrig, por meio das subsidiárias
Marfrig Holdings (Europe) BV e Moy Park, está assumindo a
totalidade das ações da irlandesa O'Kane Poultry por £ 26 m, o
equivalente a R$ 70,4 m. A O'Kane atua no setor de carne de
aves e suas operações representam uma diversificação para a
Moy Park em produtos que incluem perus e frangos. Os ativos
adquiridos abrangem uma fábrica de ração, incubadoras, granjas,
unidade de abate e processamento de aves.
| A oferta primária de ações do frigorífico JBS Friboi movimentou
R$ 1,84 bilhão. Os recursos obtidos pela empresa de alimentos
visam a ampliação de sua plataforma global de distribuição (dois
terços do montante) e capital de giro (um terço). A JBS Friboi é
controlada pela FB Participações (59,1% das ações ordinárias
antes da oferta) e também tem a BNDESPar como grande
acionista (18,5%). A empresa é a maior do mundo no setor de
proteína animal, atuando nos diversos segmentos de carnes
(bovina, aves, suínos) e de lácteos.
| A Wow!, detentora da marca de sucos prontos Sufresh,
segunda maior do mercado brasileiro com 10% de participação,
está unindo-se à Gold Nutrition, fabricante dos adoçantes
Assugrin, Gold e Doce Menor. As duas empresas, na verdade,
já pertencem ao mesmo grupo, o Brasfanta, que também atua
nos setores de laminados de PVC (FLC Plásticos), softwares de
gestão (New Age) e educação (Colégio e Instituto Sidarta). Da
fusão, nasce uma nova empresa de alimentos chamada Wow!
Nutrition, que terá linhas de sucos prontos, adoçantes, chás
prontos, chocolates, gelatinas e outros. A Sufresh está investindo
R$ 7 m para ampliar sua fábrica em Caçapava, SP.
| A química suíça Givaudan, especializada em aromas e
fragrâncias, está investindo R$ 55 m para expandir e modernizar
suas instalações no Brasil. A empresa recém-concluiu aporte de
R$ 40 m em sua unidade paulistana de fragrâncias e irá aplicar
outros R$ 15 m para aumentar sua fábrica de aromas. Neste
último segmento, o foco da Givaudan são taste solutions para as
indústrias de alimentos e de bebidas.
| A belga Puratos, que atua na panificação e fabricação de
chocolates para uso industrial, pretende investir € 10 m para
desenvolver o primeiro chocolate de origem do Brasil. O projeto
passa pela aquisição de uma fábrica de liquor de cacau
(matéria-prima do chocolate) do grupo Floresta do Rio Doce em
Linhares (ES) e na estruturação de uma fazenda modelo neste
município. O chocolate de origem tem produção controlada e
certificada desde o plantio do cacau, como ocorre no mercado de
vinhos.
| A suíça Barry Callebaut, maior fabricante mundial de chocolate
bruto para indústrias, inaugurou sua primeira fábrica de
chocolates na América do Sul, em Extrema (MG). A unidade
recebeu investimentos de US$ 15 m e deverá abastecer o
mercado sul-americano de fabricantes de chocolate, sorvetes,
confeitaria e especialistas em chocolates. No Brasil, a Barry
Callebaut ainda não fabricava chocolates, mas já processava
cacau em Ilhéus, BA.
Topo
Bebidas
| A italiana Davide Campari-Milano, fabricante do aperitivo
Campari, está ampliando de R$ 66 m para R$ 120 m o
investimento em sua nova fábrica no Complexo Industrial
Portuário de Suape, em PE. O Brasil é hoje um dos maiores
mercados para o Campari, bebida vendida em 190 países. A nova
planta brasileira deverá ser inaugurada ainda neste ano. Além do
Campari, a empresa italiana também produz marcas de destilados
como Cynar, Dreher, Skyy, Old Eight e Drury's. Após a
inauguração da unidade em Suape, a atual planta da empresa em
Jaboatão dos Guararapes (PE) deverá ser desativada.
| Com investimentos iniciais de R$ 60 m, está nascendo na Região
Nordeste uma nova empresa no mercado de cervejas premium.
Trata-se da Companhia Brasileira de Bebidas Premium
(CBBP), prevista para iniciar suas operações em dezembro no
município cearense de Pindoretama. A produção da nova empresa
será totalmente destinada à Região Nordeste. A CBBP também
planeja iniciar a construção de uma segunda unidade em 2011,
que deverá ficar em PE e absorver investimentos de outros R$ 60
m.
Topo
Comércio
| Três anos após assumir a rede sergipana G.Barbosa, quarta
maior varejista do País, a chilena Cencosud adquiriu o controle
da rede Super Família, com sede no CE. A compra foi realizada
por cerca de R$ 56 m e abrange as quatro lojas da Super Família
e o centro de distribuição da empresa em Fortaleza. Na sequência,
a Cencosud também anunciou a incorporação da rede baiana
Perini, que atua no setor de alimentos. A aquisição custou US$
27,7 m, sendo que a Perini conta com oito lojas de padaria e
delicatessen na região metropolitana de Salvador. Antes destas
aquisições, a Cencosud atuava no Brasil com 20 hipermercados,
30 supermercados e 47 farmácias.
| Com investimentos previstos de R$ 350 m até 2012, o grupo
mineiro Centauro pretende acrescentar 139 lojas a sua atual
rede de 150 unidades. A empresa, maior revendedora de artigos
esportivos da América Latina, aposta na expansão baseada nos
eventos esportivos previstos para a década. Todas as novas
unidades serão em shopping centers. Em 2012 os planos da
companhia também passam por sua abertura de capital. A
Centauro é controlada pelo Grupo SBF, que também possui a
rede By Tennis e a licença da Nike Store no Brasil.
| O Grupo Pão de Açúcar (GPA) decidiu reorganizar suas
bandeiras e irá descontinuar as marcas Sendas, CompreBem e
ABC CompreBem até o final de 2011. Todas elas devem ser
substituídas pela bandeira Extra Supermercados, criada em
2010. Já a marca Extra Fácil, voltada ao varejo de bairro, deverá
ficar com 60 das 100 novas lojas previstas para este ano. A
racionalização das bandeiras em torno do nome Extra visa, dentre
outras coisas, aproveitar sinergias no varejo de alimentos. Mas o
movimento também pode estender-se à Extra Eletro, que hoje se
encontra sob a Globex/Ponto Frio.
| A rede francesa Leroy Merlin tem planos de investir R$ 1 bilhão
no Brasil para abrir 20 novas lojas até 2014. Paralelamente, a
empresa também pretende efetivar sua estréia no comércio
eletrônico, ainda pouco explorado pelas cadeias de materiais de
construção do País. O montante dos investimentos previstos ainda
abrange a reforma e ampliação das 19 lojas hoje existentes. A
Leroy Merlin é líder no comércio brasileiro de materiais de
construção. Suas novas lojas deverão ficar nos Estados do Sul e
Sudeste, sendo que neste ano deverão ser inauguradas unidades
em Taguatinga (DF), Campinas (SP) e São Paulo.
Topo
Têxtil e Vestuários
| O BTG Pactual, por meio do FIP Nala, adquiriu 37,5% do
capital total da Textília, empresa controladora da Vicunha
Têxtil. A injeção de capital do BTG foi de R$ 250 m, na forma de
compra de ações preferenciais. A Vicunha encontra-se em fase de
investimentos no MT, onde serão aplicados R$ 350 m para a
instalação de uma fábrica de fiação, tinturaria, tecelagem e
acabamento em Cuiabá.
| A InBrands, empresa do setor de moda e confecções
pertencente ao Pactual Capital Partners (PCP), associou-se à
Cia. das Marcas e, com isso, praticamente dobrará seu
faturamento. A Cia. das Marcas é proprietária das marcas
Richards, Salinas e Bitang. Já a InBrands tem em seu portfolio
as grifes Ellus, Isabela Capeto e Alexandre Herchcovitch. O
valor da transação e o percentual de troca de ações entre as duas
empresas não foram divulgados. Atualmente a Richards possui
67 lojas (26 por franquias), a Salinas 30 (21 franquias) e a
Bitang 2 unidades.
| A fabricante de calçados e confecções Vulcabras está investindo
R$ 40 m para expandir sua unidade de Horizonte, no CE. A
expectativa é concluir o aumento de produção até o final do ano,
visando abastecer o mercado interno. A unidade de Horizonte é a
maior dentre as 26 unidades da Vulcabras, hoje distribuídas no
CE, SE, BA, RS e Argentina. Nela concentram-se os produtos de
maior valor agregado da empresa, como as linhas Olympikus e
Reebok, além de botas profissionais.
Topo
Materiais de Construção
| A Votorantim Cimentos (VC) lançou um novo plano de
investimentos envolvendo a construção de oito fábricas no País
até 2013. O programa envolve aportes totais de R$ 2,5 bilhões e
estão previstas três novas unidades na Região Nordeste (MA, CE e
BA), duas no Centro-Oeste (MT e GO), duas no Norte (PA) e uma
no Sul (PR). No geral, o objetivo da VC é aproveitar o movimento
de interiorização do desenvolvimento impulsionado por grandes
obras de infra-estrutura, programas habitacionais e expansão da
renda e crédito da população. Ao final, a previsão é de que a VC
chegue a um total de 35 fábricas no País.
| O grupo Cikel, que atua nos setores de madeira e siderurgia,
está unificando sua área de pisos de madeira e irá transferir a
fábrica que possui em Araucária (PR) para Ananindeua (PA), onde
já conta com outra unidade. Também prevê investimentos de R$
80 m em ampliação produtiva e modernização de estruturas. O
objetivo da empresa é aproveitar as boas perspectivas para o
setor de construção civil.
Topo
Energia
| A Desenvix, braço de investimentos em energias renováveis do
Grupo Engevix, anunciou a criação de uma nova companhia
neste setor, em sociedade com a Funcef. Trata-se da Cevix
Energias Renováveis, que nasce com ativos avaliados em R$ 1
bilhão e planos de investimento de R$ 700 m a R$ 800 m até
2012. Seus projetos abrangem empreendimentos como parques
eólicos, usinas baseadas no bagaço de cana e pequenas centrais
hidrelétricas (PCHs). A participação da Desenvix na sociedade se
dará pela transferência de suas ações nas hidrelétricas de Monel Monjolinho Energética (RS), Santa Rosa (RJ), Santa Laura
(SC) e Esmeralda (RS). Junto com a Funcef, o grupo também
está negociando a compra do Estaleiro Rio Grande (ERG), no
RS, em construção pela WTorre.
| A State Grid Corporation of China (SGCC) adquiriu por R$ 3,1
bilhões a Plena Tramissoras, que possui 5% do mercado
brasileiro de distribuição de energia elétrica. Os ativos da Plena
envolvem 100% das empresas Serra da Mesa Transmissora,
Serra Paracatu, Poços de Caldas Transmissora, Ribeirão
Preto Transmissora e Itumbiara Transmissora. Também
abrangem 75% da Expansión Transmissão e da Expansión
Itumbiara Marimbondo, empresas nas quais a espanhola
Abengoa Brasil detém os 25% restantes. A empresa chinesa é a
décima-quinta maior empresa elétrica do mundo. No valor da
aquisição, R$ 1,792 bilhão refere-se a pagamento à vista e R$ 1,3
bilhão a dívidas assumidas.
| Foi definida a participação estatal no Consórcio Norte Energia,
vencedor do leilão para a construção da Usina Hidrelétrica de
Belo Monte, no Rio Xingu (PA). A Eletronorte ficará com
19,98% e será a operadora da usina, enquanto a Chesf e a
Eletrobras ficarão com 15% cada. No Consórcio Norte Energia,
as empresas estatais em conjunto possuem participação de
49,98%. Dentre as empresas privadas participantes do consórcio,
destacam-se a Queiroz Galvão (10,02%); a Gaia Energia e
Participações, do grupo Bertin (10,02%); a J. Malucelli
(9,98%); e a Cetenco Engenharia (5%). A Usina de Belo
Monte tem custo estimado de mais de R$ 20 bilhões e deverá ser
a segunda maior hidrelétrica do País.
Topo
Petróleo e Gás
| A Petrobras Energia SA (Pesa), subsidiária da Petrobras na
Argentina, anunciou a venda de sua refinaria em San Lorenzo e
de 360 postos de combustível para a Oil Combustibles. O valor
total do negócio foi de US$ 110 m, sendo US$ 36 m pelos ativos e
US$ 74 m pelos estoques de petróleo e derivados. No país vizinho,
a Petrobras ainda conta com uma refinaria em Bahía Blanca e
outros 245 postos revendedores, além de 28,5% de participação
na Refinor, controlada pela YPF Repsol. A Oil Combustibles é
controlada pela Oil M&S e já atua no setor de exploração
petrolífera.
| Internamente, a Petrobras está entrando no mercado paulista
de distribuição de gás com a aquisição da Gás Brasiliano por US$
250 m, pagos à ex-controladora italiana Eni Spa. A aquisição
envolve 100% do capital da distribuidora e foi realizada por meio
da Petrobras Gás. Com a Gás Brasiliano, a empresa de petróleo
passa a deter participação em 21 das 27 distribuidoras de gás
natural do País.
| A HRT Oil & Gas, empresa brasileira de exploração e produção
de petróleo, está investindo na África, onde obteve a concessão de
três blocos exploratórios em águas profundas na Namíbia. No
Brasil a empresa atua na bacia do Rio Solimões, na Amazônia,
com 21 blocos exploratórios adquiridos em 2009. Na África, a
empresa será a operadora dos blocos e terá 40% do consórcio
formado com a Universal Power (40%) e com a Acarus
Investments (20%).
Topo
Química e Petroquímica
| A alemã Bayer deve investir R$ 180 m no Brasil em 2010 e
todas as suas divisões de negócios serão contempladas. A empresa
atua na área químico-farmacêutica e também está prevista a
criação de uma nova área, a Bayer Technology Services. Do
montante previsto, R$ 21 m serão aportados pela parceira
Graham no parque industrial da Bayer em Belford Roxo (RJ).
Atualmente, o Brasil representa o sétimo maior mercado para a
Bayer no mundo.
| O grupo paulista Unigel concluiu investimentos de R$ 500 m na
ampliação de sua capacidade produtiva de sulfato de amônio e de
metacrilato (acrílico) na BA. O sulfato de amônia é utilizado na
produção de fertilizantes e o metacrilato é voltado para as
indústrias da construção civil, tintas, revestimentos e
eletroeletrônicas. Neste último setor, a Unigel recém-inaugurou
uma planta no México e hoje ela é a sexta maior fabricante
mundial do produto. Enquanto no metacrilato a destinação da
produção é basicamente externa, no caso do sulfato de amônio o
mercado atendido pela empresa é essencialmente interno.
Topo
Alumínio
| A Vale vendeu suas operações com alumínio no Brasil para a
norueguesa Norsk Hydro Commodities. Pelo acordo, a Vale
receberá pagamento de US$ 405 em dinheiro e ainda ficará com
22% do capital do grupo Norsk Hydro ASA, tornando-se sua
segunda maior acionista. A empresa norueguesa assumirá dívidas
da ordem de US$ 700 m, sendo que a operação como um todo é
avaliada em US$ 4,9 bilhões. A Norsk Hydro é a terceira maior
produtora de alumínio da Europa e, após a transação, terá 34,5%
do seu capital em mãos do governo norueguês. No Brasil, o grupo
passa a controlar 51% da fabricante de alumínio Albrás; 91% da
produtora de alumina Alunorte; 81% da CAP, refinaria de
alumina ainda em desenvolvimento; e 60% da Bauxite JV,
empresa que irá gerir a mineradora de bauxita Paragominas. O
único ativo no setor a permanecer com a Vale será sua
participação de 40% na MRN.
| A fabricante de alumínio Novelis, subsidiária da indiana
Hindalco, vai investir US$ 15 m em suas operações de
reciclagem no Brasil. A empresa possui unidade de reciclagem em
Pindamonhangaba (SP), complexo que receberá aportes ainda
maiores. Os investimentos da Novelis na produção de chapa de
alumínio em Pindamonhangaba devem chegar a US$ 300 m, a fim
de acompanhar o crescimento do setor de embalagens para
bebidas no Brasil e América do Sul. A conclusão da expansão é
prevista para o final de 2012. Além da linha de Pindamonhangaba,
no Brasil a Novellis também possui ativos em Aratu (BA), Ouro
Preto (MG) e Santo André (SP), além de nove usinas hidrelétricas
em MG.
Topo
Mineração e Siderurgia
| A Vale está investindo na mineração de ferro em continente
africano. Trata-se da aquisição do projeto Simandou, na Guiné,
por US$ 2,5 bilhões. A transação envolve 51% de participação na
BSG Resources, que detém concessões para extração de minério
de ferro naquele país. Do valor total, US$ 500 m serão pagos à
vista e o restante ficará sujeito ao cumprimento de metas. O
projeto Simandou deve iniciar suas operações em 2012. Esta é a
primeira reserva de ferro da Vale fora do Brasil.
| E em parceria com a siderúrgica Sinobras, a Vale passará a
produzir bobinas de aço em Marabá, no Pará. A nova empresa,
batizada de Projeto Aline, é um desdobramento da Aços
Laminados do Pará (Alpa), usina da Vale com atividades
previstas para 2013 e investimentos totais de R$ 7,4 bilhões. A
Alpa irá fornecer placas de aço para o Projeto Aline, que
produzirá bobinas quentes e frias e chapas galvanizadas.
| A ArcelorMittal aprovou investimento de US$ 1,2 bilhão para
ampliar a capacidade produtiva de sua usina de aços longos em
João Monlevade, em MG. O investimento tem um horizonte de
dois anos e visa o aumento na fabricação de fio-máquina, produto
utilizado em lãs de aço, cabos, molas, hastes para amortecedores,
cordoalhas para pneus e outros. A atual usina irá receber mais um
alto-forno a carvão mineral, uma nova sinterização e ainda terá
ampliada sua aciaria. Atualmente a ArcelorMittal opera quatro
unidades de aços longos no Brasil: João Monlevade e Juiz de Fora
em MG, Piracicaba (SP) e Cariacica (ES).
Topo
Bens de Capital
| A finlandesa Metso Paper, uma das maiores fabricantes globais
de máquinas e equipamentos para a indústria de papel e celulose,
irá investir R$ 50 m para ampliar sua capacidade produtiva e de
prestação de serviços em Araucária (PR). A unidade também
receberá a sede administrativa e operacional da empresa na
América do Sul, passando a abrigar os ativos hoje instalados em
Curitiba. A Metso Paper visa ampliar sua presença na prestação
de serviços reparo, manutenção e pré-montagem de
equipamentos. No Brasil, sua maior operação está sediada em
Sorocaba, SP.
| O grupo Voges, fabricante de motores elétricos e componentes
fundidos para o setor automotivo, vai investir R$ 50 m para
ampliar sua capacidade de fundição própria em Caxias do Sul (RS)
até 2013. O aporte abrange a importação de novos equipamentos
e a transferência do endereço das instalações. A empresa deve
inaugurar em meados deste ano uma fábrica de motores elétricos
em Recife (PE), a qual recebeu aportes de R$ 16,5 m. Esta
unidade irá fabricar equipamentos leves para sistemas de
refrigeração e máquinas operatrizes.
| O Fundo Óleo e Gás FIP, administrado pelo Banco Modal,
está investindo R$ 90 m no capital da Enesa e ficará com uma
participação minoritária no capital da montadora de equipamentos
para o setor de energia e siderurgia. A Enesa está retomando
suas atividades na cadeia de fornecedores da Petrobras.
Atualmente, a empresa atua junto a projetos hidrelétricos, como
os de Jirau e Estreito, do grupo GDF Suez, e na área siderúrgica
e de mineração atuou na montagem do projeto Alumar, da
Alcoa, e da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), da
ThyssenKrupp.
Topo
Veículos e Autopeças
| A montadora norte-americana Ford ampliou de R$ 4 bilhões
para R$ 4,5 bilhões seus investimentos previstos no Brasil entre
2011 e 2015. Este será o maior aporte quinquenal da empresa no
País e prevê o desenvolvimento de um novo veículo global em
Camaçari, BA. O plano também prevê que a nova geração do
utilitário esportivo EcoSport seja destinada ao mercado global.
| A Automotiva Usiminas, braço de estamparia, pintura e
montagem automobilística, da companhia siderúrgica mineira,
está investindo R$ 190 m até 2012 para dobrar sua unidade de
pintura em Pouso Alegre (MG) e para instalar uma linha de
cabines de caminhão nesta mesma unidade. A empresa, originada
dos ativos da Brasinca e que já foi denominada Usiparts, aposta
no crescimento mais acentuado do segmento de caminhões.
| A ArvinMeritor, fabricante norte-americana de autopeças,
anunciou investimentos de US$ 30,5 m para ampliar sua
capacidade produtiva no Brasil até o final de 2011. Serão US$ 15
m para uma nova linha de cardans (sistemas de transmissão) em
Osasco (SP); US$ 10,5 m na participação da empresa junto à
unidade da MAN em Resende (RJ); e US$ 5 m em pesquisas e
desenvolvimento. O foco dos investimentos será o segmento de
caminhões, seguindo a estratégia global da empresa de
concentrar-se na área de veículos comerciais.
| A TI Automotive, fabricante de sistemas fluidos para a
indústria automotiva, pretende investir R$ 40 m no Brasil até
2015 em novos negócios, automação e equipamentos. Com isso, a
empresa inglesa pretende ampliar sua participação no segmento
de bombas e módulos de combustível, onde detém participação de
15%. Recentemente, a TI Automotive transferiu sua unidade de
Caçapava (SP) para São José dos Campos (SP), que hoje sedia sua
maior fábrica mundial. Atualmente a empresa conta com 126
fábricas distribuídas em 27 países. No Brasil são duas linhas em
São José dos Campos, além de unidades em Gravataí (RS), São
José dos Pinhais (PA) e Juatuba (MG).
Topo
Informática
| O fundo britânico de private equity Apax Partners assumiu o
controle da Tivit, empresa de tecnologia da informação. A Tivit
tinha como controladores a Votorantim Novos Negócios (VNN),
com 35% de seu capital, o fundo de private equity brasileiro
Pátria, com 7%, e membros de sua diretoria. No total, a
participação do grupo controlador, vendida para o Apax, é da
ordem de 54,25% do capital da empresa. A Tivit realizou em
2009 a abertura de seu capital em bolsa e é hoje a única empresa
de TI na BM&FBovespa. Este é o primeiro investimento do Apax
no Brasil e está prevista uma oferta pública aos acionistas
minoritários da empresa adquirida. O valor da transação é de R$
874 m, devendo chegar a R$ 1,7 bilhão com a oferta aos
minoritários.
| A Itautec anunciou a venda de sua participação na Tallard
Technologies, empresa de distribuição de equipamentos, para a
norte-americana Avnet por R$ 69 m. A Itautec havia comprado a
Tallard em 2006 por US$ 16 m. Com os recursos, a empresa
reforça seu caixa para amparar seu plano de investimentos de R$
100 m até o final de 2010, boa parte dos quais na renovação de
seu portfólio de produtos (computadores de mesa, laptops e
máquinas de auto-atendimento bancário).
Topo
Imobiliário
| A Mills Estruturas e Serviços de Engenharia, prestadora de
serviços para o setor de construção, realizou sua abertura de
capital com uma oferta primária e outra secundária de papéis. A
empresa foi a quinta a abrir capital em 2010, seguindo-se à
Aliansce, Multiplus, OSX e Ecorodovias. No total, a oferta da
Mills movimentou R$ 596 m, dos quais R$ 425 m para seu caixa
(emissão primária). Estes recursos serão direcionados à compra de
equipamentos e aquisições estratégicas. A Mills fornece infraestrutura para obras, como o aluguel de estruturas, serviços de
pintura, isolamento térmico e instalações elétricas. A empresa é
controlada pela Participações e Empreendimentos Staldzene
(72,6% do capital), formada pela Nacht Participações, pela
Jeroboam Investments LLC e outros.
| A construtora e incorporadora Even captou R$ 292 m com sua
nova oferta primária de ações ordinárias. Os recursos serão
aplicados na aquisição de terrenos, lançamentos, construção de
novos empreendimentos e em capital de giro. O montante pode
chegar a R$ 326 m, dependendo do exercício do lote suplementar.
A Even também efetivou uma distribuição secundária de papéis de
R$ 148 m, na qual atuaram como vendedores o FIP Genoa
(Spinnaker Capital Group) e administradores da empresa. Com
o lote suplementar, o valor da distribuição secundária pode subir a
R$ 180 m. Com a oferta, o free float da Even passou de 43,6%
para 66,7%.
| O Espírito Santo Property Brasil (ESPB), braço imobiliário do
grupo português Espírito Santo, está iniciando a construção da
primeira etapa de um novo bairro sustentável na Grande
Florianópolis, SC. A primeira quadra do projeto compreende 217
unidades entre apartamentos residenciais e salas comerciais e
exigirá aporte de R$ 82 m. No segundo semestre deverá ser
lançada a segunda quadra, com moradias e escritórios. O
empreendimento será em parceira com a Pedra Branca, que
detém dois terços do projeto.
| O CenterVale Shopping, de São José dos Campos (SP), está
passando por uma processo de revitalização e expansão e
receberá aportes de R$ 70 m ao longo dos próximos dois anos.
Estão previstas 80 novas lojas, sendo que uma primeira etapa do
projeto será inaugurada em setembro deste ano. O CenterVale
Shopping é administrado pelo grupo canadense Ancar Ivanhoe.
| Com um plano de investimentos de R$ 450 m, até 2013 o
Grupo Almeida Júnior pretende inaugurar um novo shopping em
cada região de SC. Com isso, a empresa pretende reforçar sua
liderança no mercado de shoppings naquele Estado. Atualmente o
grupo conta com três empreendimentos locais: o Shopping
Neumarkt (Blumenau), o Balneário Camboriú Shopping e o
recém inaugurado Joinville Garten Shopping. Para 2011 está
previsto o lançamento do Blumenau Norte Shopping, do
Chapecó Park Shopping e do Criciúma Shopping, cada um
com aporte de R$ 100 m. Também há planos para unidades nas
regiões de Lages e de Florianópolis.
| A BS Construtora está investindo R$ 25 m na construção de
duas fábricas na Região Nordeste, sendo uma em PE e outra na
PB. A BS Construtora é especializada na fabricação de casas
pré-moldadas, mas também comercializa imóveis. A unidade
pernambucana ficará no município de Moreno e receberá aporte
de R$ 15 m. Ela será maior do que as atuais unidades de RR, AC e
MT. Já a planta da PB ainda não tem local definido, mas o aporte
nela será de R$ 10 m.
| A PDG Realty anunciou a aquisição da Agre e passou a disputar
com a Cyrela a liderança no mercado imobiliário brasileiro. A
transação não envolve dinheiro, apenas troca de ações, sendo
que, pelos termos acordados, a PDG irá incorporar 100% da
Agre. Em valor de mercado, a nova empresa equipara-se à líder
Cyrela. Ela é o resultado da união de várias imobiliárias: Agra,
Klabin Segall, Abyara, Goldfarb, CHL e a própria PDG Realty.
Com a Agre, a PDG, além de mais diversificada em termos de
público alvo, também passa a atuar em mercados onde ainda não
participava, como os das Regiões Norte e Nordeste.
| O fundo Gávea Investimentos assumiu uma participação de
14,5% na Odebrecht Realizações Imobiliárias, que foca sua
atuação no público de baixa renda. O valor da transação não foi
divulgado. A principal aposta da divisão imobiliária da Odebrecht
são os programas de habitação popular.
| O Hospital Sírio-Libanês está investindo entre R$ 180 m e R$
200 m na construção de sua primeira unidade fora de São Paulo.
Trata-se de um novo empreendimento hospitalar em Campinas
(SP), com centro-cirúrgico e pronto-atendimento, a ser concluído
em 2014. Além da nova unidade em Campinas, o Sírio-Libanês
também tem em andamento a ampliação de sua unidade
paulistana, orçada em R$ 600 m, além da construção de uma
unidade avançada também na capital paulista.
| A rede de hotéis e resorts Bourbon fará sua estréia no mercado
internacional por meio da unidade que a Confederação
Sul-Americana de Futebol (Conmebol) está construindo em
Assunção, Paraguai. O hotel deverá ser inaugurado em maio de
2011 e, até lá, há a expectativa de que outro contrato seja
fechado pela empresa com o governo de Cuba para a
administração de um hotel em Havana. A rede Bourbon possui
sede em Londrina (PR) e hoje conta com 11 hotéis, sendo quatro
próprios. O novo Bourbon Conmebol Convention Hotel
receberá investimentos de US$ 30 m e o contrato de concessão
com a operadora será de 25 anos.
Topo
Transportes
| A TAM Linhas Aéreas decidiu ampliar seus investimentos em
2010 de US$ 600 m para US$ 800 m e, com isso, passar a deter
11 novas aeronaves. Ao todo serão 148 unidades previstas para o
final do ano, sendo que a ampliação da frota se justifica pelo
aumento na demanda por vôos domésticos. Outro plano da TAM é
ampliar sua rede de lojas dos atuais 70 pontos de venda para 200
nos próximos dois anos.
| A companhia aérea OceanAir, controlada pelo grupo Synergy,
assumiu o nome Avianca, marca da empresa colombiana
controlada pelo mesmo grupo Synergy. Paralelamente, a
Avianca Brasil está adquirindo quatro novas aeronaves Airbus
neste ano, o que elevará sua frota para 18 aviões. Os novos
aviões integram o plano de investimentos de US$ 250 m da
empresa em 2010.
| A ALL Logística fechou com a Usiminas seu maior negócio na
área de transporte de produtos siderúrgicos. Pelo acordo, a ALL
irá transportar bobinas de aço entre os pólos produtores de
Cubatão (SP) e Ipatinga (MG) e o Sul do País. Os investimentos
serão de R$ 235 m em terminais e material rodante, devendo
ocorrer até o final de 2011. O negócio dará continuidade ao
projeto-piloto lançado em 2009, ligando a antiga Cosipa, em
Cubatão (SP), a Porto Alegre (RS). A Usiminas aplicará R$ 99 m
na compra de 1104 vagões plataforma e a ALL investirá R$ 125
m na aquisição de 41 locomotivas. O restante dos aportes será na
construção de acessos locais.
| A Jardim Botânico Investimentos (JBI) vai investir R$ 15 m
na Ferrolease, empresa de fretamento de vagões ferroviários. A
Ferrolease possui sede em Curitiba (PR) e a JBI será minoritária
em seu capital. Após o aporte, o InfraBrasil, fundo de
participações do Santander, deverá entrar com mais R$ 35 m no
capital da Ferrolease. A empresa nasceu da sociedade entre a
Global Railroad Leasing LLC e o Grupo ATT, sendo que hoje
ela administra uma frota de 170 vagões.
| A Keppel Singmarine, de Cingapura, pretende investir US$ 50
m para ampliar as atividades do estaleiro TWB, em Navegantes
(SC). Com o aporte, a produção da TWB deve triplicar nos
próximos dois anos e a empresa passará a fabricar barcos de apoio
offshore e embarcações em aço. O aporte em SC será o segundo
negócio da Keppel no Brasil, sendo que a empresa hoje conta
com uma unidade em Angra dos Reis (RJ) voltada para a
fabricação de plataformas e embarcações de grande porte. A
expectativa da Keppel é iniciar a produção da nova plataforma
em Navegantes já a partir de meados de 2010.
| A Julio Simões Logística concluiu seu IPO com uma colocação
primária de ações no valor de R$ 478 m. Os investidores
estrangeiros foram responsáveis por uma parcela de 67% das
compras. Com os recursos, a Julio Simões pretende investir em
seu crescimento orgânico, aquisições e na melhora do perfil de
seu endividamento. A Julio Simões Participações, controladora
da empresa, é a maior provedora de serviços logísticos (PSL) do
País e possui quatro principais áreas de negócios: serviços para a
cadeias de suprimentos, gestão e terceirização de frotas,
transporte de passageiros e transporte de cargas.
Topo
Serviços
| O grupo pernambucano Ser Educacional, controlador da
Faculdade Maurício de Nassau, pretende construir seis novos
campi universitários na Região Nordeste e ainda adquirir
faculdades concorrentes ao longo dos próximos quatro anos. Dois
prédios e uma biblioteca serão erguidos em Recife (PE), além de
instalações em João Pessoa (PB), Fortaleza (CE), Caruaru (PE) e
Maceió (AL). A Ser Educacional também pretende estender sua
atuação para a Região Norte. O grupo tem entre seus acionistas o
fundo norte-americano Cartesian Capital.
| A GRSA, líder no mercado brasileiro de refeições coletivas,
adquiriu duas novas empresas de serviços: a Clean Mall e a FB
Facility, ambas do grupo paulista FB. A intenção da GRSA, que
pertence ao grupo inglês Compass, é triplicar seus negócios no
País num prazo de cinco anos. O valor das duas aquisições não foi
divulgado. A Clean Mall é especializada em limpeza geral e
hospitalar e a FB Facility em serviços de suporte, como
manutenção predial, recepção, jardinagem e segurança não
armada.
| A rede de laboratórios Fleury anunciou a compra da DI
Serviços Médicos e da DI Médicos Associados por R$ 11,5 m.
As empresas adquiridas são responsáveis pelos exames de
imagem e medicina nuclear no Hospital Alemão Oswaldo Cruz
e no Hospital do Coração (HCor). A operação reforça a presença
do Grupo Fleury na área hospitalar, uma de suas estratégias de
crescimento.
Topo
Financeiro
| O Banco do Brasil (BB) irá desembolsar R$ 1,1 bilhão para
assumir mais 5,11% do capital da Cielo e mais 4,65% da Visa
Vale, empresas nas quais passará a deter participação de 28,65%
e de 45% respectivamente. Já o Bradesco vai pagar R$ 564 m e
assumirá 2,09% da Cielo e 10,76% da Visa Vale, ficando com
fatias idênticas às do BB. As participações foram adquiridas do
Santander Espanha. Com a transação, BB e Bradesco reforçam
sua presença no segmento de credenciamento de
estabelecimentos comerciais, captura e processamento de cartões.
| No plano internacional, o Banco do Brasil fechou a aquisição do
controle acionário do Banco Patagônia, o sexto maior da
Argentina. Na transação, o BB irá pagar US$ 479,6 m por 51% do
capital do Patagônia e assumirá suas 154 agências. Outros
acionistas da instituição são a Administração Nacional de
Seguridade Social da Argentina e o banco italiano Intesa
Sanpaolo (SPA). As operações do Banco Patagônia são
pequenas frente à estrutura do BB, mas sua aquisição inaugura
uma nova fase na internacionalização do banco brasileiro, que
busca as subsidiárias de seus clientes brasileiros. O Patagonia é
um banco de varejo e possui presença em todas as províncias da
Argentina.
| Já no setor de seguros, o BB e a espanhola Mapfre
formalizaram sua parceria nos segmentos de seguros de vida e
ramos elementares (carros, residências e empresas). Pelos termos
acordados, a sociedade terá duração de 20 anos, sendo que o BB
irá pagar R$ 295 m à Mapfre como forma de equilibrar os ativos
das duas sócias. Paralelamente, o BB também pagou R$ 340 m à
SulAmérica pela aquisição de 30% de sua fatia na Brasil
Veículos, que passará a integrar a sociedade com a Mapfre. A
nova empresa de seguros nasce como a maior da América Latina e
seu desenho societário compreende a criação de duas holdings: a
BB Mapfre SH1, no segmento de pessoas, imóveis e agrícola, e
na qual a Mapfre terá 50,01% das ações ordinárias e o BB os
49,99% restantes, além da totalidade das ações preferenciais; e a
Mapfre BB SH2, com atuação em ramos elementares e controle
acionário semelhante à da outra holding, com a diferença de que a
Mapfre terá 49% do capital preferencial.
| O banco suíço UBS anunciou a aquisição da Link
Investimentos por R$ 195 m (cerca de US$ 112 m). A transação
não abrange a Link Trade, que presta serviços de corretagem no
varejo. A operação marca o retorno do UBS ao setor bancário
brasileiro, já que em 2009 havia revendido o UBS Pactual a fim
de aliviar sua crise financeira. A intenção do banco suíço é
desenvolver um banco de investimentos completo no País.
Topo
Outros Setores
| A Química Amparo, fabricante brasileira de produtos de
limpeza, iniciou a construção de sua quarta fábrica no Brasil. A
unidade ficará em Anápolis (GO) e receberá investimentos de R$
180 m. Sua inauguração está prevista para setembro. Toda sua
produção deverá ser direcionada para as regiões Norte e Nordeste.
A Química Amparo possui sede em Amparo (SP) e tem em seu
portfolio a marca de produtos de limpeza Ypê. Suas fábricas
atuais ficam em Amparo (SP) Salto (SP) e Simões Filho (BA).
| Numa operação avaliada em R$ 100 m, a farmacêutica norteamericana Valeant adquiriu o laboratório brasileiro Delta. A
operação visa a expansão da Valeant no segmento dermatológico
brasileiro e servirá para a empresa estabelecer uma base de
medicamentos genéricos no País. A Delta possui fábrica em
Indaiatuba (SP). Na sequência, a Valeant também anunciou a
incorporação do laboratório Bunker, com sede na capital paulista,
dando mais um passo para reforçar sua posição no segmento de
genéricos. A transação é avaliada em R$ 100 m, mesmo valor da
aquisição do Delta. A Valeant é especializada em sistema
nervoso central, dermatologia, antibióticos e anti-inflamatórios.
Agora com três fábricas no Brasil, a empresa pretende concentrar
sua produção nas unidades recém-adquiridas, sendo que sua
planta original fica em Campinas (SP).
| A fabricante de papel e celulose Suzano concluiu a venda de
suas terras com plantio de eucalipto em MG para os fundos de
investimento em ativos florestais Phaunos, do Reino Unido, e
RMK, dos Estados Unidos. A operação rendeu R$ 333 m à
Suzano, pouco acima dos R$ 311 m anunciados em dezembro. Os
recursos serão utilizados pela Suzano em seus projetos de
expansão, que incluem a construção de duas unidades de celulose
no MA e PI. A Phaunos atuou por meio da Mata Mineira
Investimentos Florestais e a RMK por meio da Fazenda
Turmalina Holdings.
| A CCE, fabricante de eletroeletrônicos, pretende montar uma
fábrica de telas de cristal líquido (LCD) em Manaus, AM. Lá, a
empresa já concentra seu parque fabril no Brasil. O investimento
previsto na nova linha é de R$ 50 m, dos quais R$ 30 m a serem
aportados no primeiro ano de operação e os R$ 20 m restantes
nos dois anos seguintes. A expectativa é de que a unidade seja
inaugurada no final deste ano. Atualmente a CCE fabrica no Brasil
componentes como placas-mãe, memórias, gabinetes, placas de
vídeo e outros. A produção do LCD ficará a cargo da Digiboard,
braço de informática da CCE.
Topo
A BRASILPAR possui mais de 30 anos de experiência em
assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios
e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam
mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria
em compra, venda e associações entre empresas; atração de
sócios e levantamento de capital para projetos e empresas;
desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica;
assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento
financeiro e estratégico em geral.
Sócios:
Luiz Eduardo do Amaral Costa
[email protected]
Luiz Roberto Carvalho Pereira
[email protected]
Marcio Guedes Pereira Junior
[email protected]
Tom Waslander
[email protected]
Associados:
André Moor Whitaker Assumpção
[email protected]
André Rodrigues
[email protected]
Gustavo Kobinger
[email protected]
Marcos Levy
[email protected]
Priscila Eisenstadt
[email protected]
Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar
04543-000 - São Paulo - SP
Tel.: (011) 3709-4270 | Fax : (011) 3709-4288
www.brasilpar.com.br
O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar
Serviços Financeiros.
Diretores Responsáveis: Luiz Eduardo Costa e Tom Waslander.
O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do
Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A
Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas
previsões.
Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim
referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se
responsabiliza pela veracidade das informações. Não é permitida a reprodução
sem autorização da Brasilpar.
A Brasilpar respeita a sua privacidade e é contra o SPAM.
Topo

Documentos relacionados

Newsletter 93

Newsletter 93 Materiais de Construção | A suíça Holcim, um dos grandes grupos cimenteiros mundiais, aprovou investimentos de R$ 430 m para modernizar suas fábricas no Brasil. A empresa também estuda mais dois in...

Leia mais

Newsletter 69

Newsletter 69 No geral, há boas chances de que esse cenário positivo se sustente no curto prazo. Até por questões sazonais. Todavia, são imprevisíveis o alcance e a persistência dos recentes desequilíbrios no pr...

Leia mais

Agroindústria Alimentos Bebidas Calçados e Têxtil

Agroindústria Alimentos Bebidas Calçados e Têxtil | A francesa Air Liquide pretende investir R$ 320 m ao longo dos próximos três anos para construir duas novas unidades de gases do ar e para atualizar sua planta em São Paulo (SP). Também está prev...

Leia mais

Newsletter 109

Newsletter 109 setorial, demonstrando que os efeitos na economia brasileira tem sido bem distribuídos. Para este final de ano, no período pós-eleitoral, acreditamos que o ambiente de negócios e investimentos poss...

Leia mais

Agroindústria Alimentos Bebidas Farmacêuticos Papel e

Agroindústria Alimentos Bebidas Farmacêuticos Papel e aquisições tiveram seu melhor trimestre em muitos anos. Destaca-se, ainda, que tais movimentos não são setorialmente concentrados, mas bem distribuídos na economia, o que denota a vitalidade do pro...

Leia mais

Newsletter 99

Newsletter 99 possui três projetos na mineração de cobre, sendo dois na Zâmbia e um no Congo. Na área de cobre, a Vale hoje já opera a mina de Sossego, no Brasil, e possui atividades associadas a sua mineração d...

Leia mais