Newsletter 93
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Agroindústria Alimentos Comércio Materiais de Construção Energia Petroquímica e Plásticos Mineração e Siderurgia Bens de Capital Veículos e Materiais de Transporte Eletroeletrônicos Telecomunicações Imobiliário Transportes e Logística Financeiro Serviços Diversos Outros Setores Ambiente Macroeconômico e de Investimentos A deterioração do cenário internacional, embora repentina, não chegou a surpreender os agentes econômicos, pois há tempos já era esperada. A extensão e a gravidade da atual crise, todavia, não é nada previsível, detalhe que justifica a forte reação negativa dos mercados financeiros (externo e local) nestas últimas semanas. Ainda mais porque se trata de problemas no maior mercado consumidor mundial. Internamente, em que pesem os novos riscos do mercado, o setor produtivo continua sinalizando robustez em sua dinâmica. Naturalmente que a redução dos fluxos internacionais e das fontes de financiamento, assim como os previsíveis impactos sobre os juros futuros, tendem a frear o consumo privado e o investimento produtivo. Mas, pelo menos por enquanto, a percepção geral ainda é de sustentação de um desempenho satisfatório por parte da economia real. Do lado dos negócios e empresas, os impactos do novo cenário se fizeram sentir mais rapidamente no mercado acionário, onde as captações praticamente estagnaram neste início de ano. Nas demais áreas também houve repercussão negativa e já se percebe um menor volume de novos negócios noticiados. Como o impacto nos planos de investimento das empresas prima pelo gradualismo, as próximas semanas ainda tendem a refletir a piora no macroambiente. Mas para o médio prazo não há pessimismo. Quanto aos movimentos setoriais das últimas semanas, merecem destaque o dinamismo do segmento de carnes, as mudanças em curso no complexo mínero-siderúrgico e a reorganização da área de telecomunicações. CENÁRIO ECONÔMICO 2005 2006 2007* 2008* 2009* PIB (PM) - Var % 2.9 3.7 5.2 4.5 4.0 Inflação IPCA - Var % 5.7 3.1 4.4 4.5 4.2 2.341 2.138 1.771 1.80 1.90 Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano 19.0 15.1 11.9 11.3 10.5 Dívida Pública - % PIB 46.5 44.9 43.2 41.8 39.6 Saldo Comercial - US$ Bilhões 44.7 46.1 40.2 30.0 25.8 Trans. Corrente - US$ Bilhões 14.0 13.3 4.9 -6.0 -12.0 Investimentos Diretos - US$ Bilhões 15.1 18.8 35.0 28.0 25.0 Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano * Fonte: Relatório de Mercado - Banco Central do Brasil - 25/01/2008 Topo Agroindústria | O grupo Nova América está formando uma nova empresa agrícola, a Ibirarema Agroenergia, para administrar terras arrendadas para a produção de cana-de-açúcar. A Nova América é a proprietária da marca União, líder no mercado varejista de açúcar. No Estado de SP a empresa possui três usinas de açúcar e álcool e no MS mais dois projetos greenfield. Em fins de novembro ela assumiu a usina ParaguaçúParálcool, de Paraguaçu Paulista (SP), por R$ 134 m. | A trading de açúcar e álcool Crystalsev e a Dow, maior empresa química dos EUA, definiram a cidade mineira de Santa Vitória para abrigar o pólo alcoolquímico que irão construir. O investimento é estimado em US$ 800 m e prevê a construção de duas usinas de álcool integradas a uma fábrica de polietileno. O resultado será a produção da chamada resina verde, matéria-prima para plásticos. A Crystalsev é controlada pela Santelisa Vale (70%). A expectativa é de que o complexo alcoolquímico entre em operação a partir de 2011. | A Clean Energy Brazil (CEB) assumiu 33% da Unialco MS, controladora da usina Alcoolvale, em Aparecida do Taboado (MS), e de um projeto novo na cidade de Dourados, também MS. A CEB desembolsou US$ 64 m na operação e, com ela, visa alavancar suas atividades sucroalcooleiras no Centro-Oeste. A CEB foi criada em 2006 e já controla a paranaense Usaciga e o projeto de álcool Pantanal, de Sidrolândia (MS), que iniciará operações na safra 2009/10. A holding Unialco MS é controlada pela Unialco SA (Zancaner Participações). | Com investimentos previstos de R$ 500 m, a Multigrain está iniciando a construção de seu novo complexo industrial em Correntina (BA). Inicialmente está prevista uma usina de descaroçamento de algodão com inauguração em meados deste ano e expansão em 2009. Mas o complexo ainda contará com produção e processamento de cana e soja, usina de etanol e usina de biodiesel. Todo o empreendimento deverá ser concluído em 2011. A Multigrain é uma joint venture entre a brasileira PMG Trading, a norte-americana CHS e a japonesa Mitsui. | A Merial, fabricante de produtos veterinários, vai concentrar no Brasil sua linha mundial de medicamentos para equinos. Para tanto, a empresa está concluindo investimentos de US$ 7 m em seu complexo industrial de Paulínia (SP). Com sua inauguração, a Merial irá desativar uma unidade produtiva nos EUA e outra na Holanda. Em Paulínia a empresa também está investindo outros US$ 15 m em uma planta dedicada a medicamentos para cães, prevista para iniciar atividades em 2009. | A norte-americana Cargill está reestruturando sua divisão de nutrição animal no Brasil, a Agribrands Purina do Brasil. Seu número de fábricas já diminuiu, com a venda da unidade de Volta Redonda (RJ) para a Socil, do grupo francês Evialis, e da unidade de Cascavel (PR) para a brasileira M.Cassab. As plantas remanescentes ficam em Paulínia (SP), Inhumas (GO), São Lourenço da Mata (PE) e Canoas (RS). Atualmente o Brasil é o quarto maior produtor de rações, atrás dos EUA, União Européia e China. A Cargill atua no mercado de ração animal com as marcas Purina e Checkerboard. Topo Alimentos | A Sadia anunciou a compra da Big Foods Indústria de Produtos Alimentícios por R$ 53,5 m. A Big Foods tem sede em Tatuí (SP) e produz congelados de maior valor agregado, tais como sanduíches prontos, lasanhas, pizzas, pães e salgados. A Sadia também firmou compromisso para aquisição de 100% da Goiaves, empresa com sede em Buriti Alegre (GO). A transação custará R$ 60 m e marca a entrada da Sadia no Estado de Goiás, onde a concorrente Perdigão ergueu seu maior complexo agroindustrial, no município de Rio Verde. A Sadia irá investir R$ 70 m até 2009 para expandir as operações da Goiaves. E em uma terceira investida, a Sadia ainda firmou acordo para a compra do frigorífico Excelsior Alimentos, de Santa Cruz do Sul (RS). Serão incorporadas 80,1% de suas ações ordinárias (43,67% do capital total), que pertenciam à Baumhardt Comercio e Participações. O valor da transação não foi divulgado. A Excelsior produz alimentos de carne de frango e porco, como lingüiça, presuntos, mortadelas e outros. | Já a Perdigão fechou acordo com a holandesa Cebeco para ficar com a Plusfood. A empresa pagará € 31,2 m pelos ativos e irá se tornar a primeira brasileira do setor de alimentos a deter operações industriais na Europa. A Plusfood fabrica produtos processados e de conveniência à base de carnes de aves e bovinos. Atua com as marcas Fribo (hambúrgueres) e Friki (produtos à base de aves). Ela conta com três plantas industriais, sendo uma na Holanda, uma no Reino Unido e uma na Romênia. Já no segmento de laticínios, a Perdigão, por meio da Eleva, pretende investir R$ 80 m em uma nova unidade produtiva em Juiz de Fora (MG). Nela serão produzidos leite longa vida e lácteos refrigerados e a previsão de sua inauguração é até o final do ano. Com a Eleva a Perdigão tornou-se a maior empresa de alimentos do País, tornando-se também líder no setor de leite, onde já atuava por meio da Batávia. Esta última ainda tem planos de construir uma fábrica nova, em Bom Conselho (PE), onde produzirá longa vida, iogurtes e outros derivados. | A paranaense Big Frango está formando uma joint venture com a Coagru (Cooperativa Agroindustrial União) para a construção de um abatedouro de aves no PR. O investimento está previsto em R$ 50 m e abrange uma fábrica de ração próxima à Coagru, em Ubiratã (PR). A nova empresa irá se chamar BFC Alimentos e cada sócia terá 50% de participação. A planta deve iniciar operações em 2009. A Big Frango hoje possui unidade de abate em Rolândia (PR) e está construindo uma unidade de frango com investimentos totais de R$ 450 m em Primavera do Leste (MT). | O Frigorífico Minerva firmou contrato de prestação de serviços com o frigorífico Lord Meat, de Goianésia (GO), que irá abater e desossar gado bovino para a contratante. O acordo é um primeiro passo no processo de aquisição do Lord Meat, operação que deverá custar cerca de R$ 30 m ao Minerva. O Lord Meat é controlado por capital russo, os mesmos investidores da Miratorg, que possui joint venture com a Sadia. O Minerva hoje conta com cinco plantas operando e mais duas em fase de construção. O Minerva também anunciou acordo com a irlandesa Dawn Farms Food, do grupo Queally, para a construção de uma nova unidade em Barretos (SP). Cada sócia terá 50% da nova Minerva Dawn, que se especializará em produtos cozidos congelados de maior valor agregado. A tecnologia utilizada será fornecida pela empresa irlandesa, uma das maiores em processamento de carnes na Europa. | O JBS/Friboi, frigorífico brasileiro líder no mercado mundial de carnes bovinas e com presença nos EUA, Austrália e Argentina, está agora entrando no mercado europeu. Com investimento de € 225 m, a empresa assumiu metade do controle da divisão de carne bovina da italiana Cremonini. Com isso, o grupo terá acesso a nichos do mercado europeu nos quais o Brasil não possui acesso. Operacionalmente, a transação envolve a transferência pela Cremonini de 100% do capital da Montana Alimentari para a Inalca por € 70 m. O JBS/Friboi assumirá 50% da Inalca, sendo 46,4% por aumento de capital na empresa e 3,6% correspondentes a pagamento direto à Cremonini. A Cremonini é líder no mercado italiano de carne bovina. | O Grupo Marfrig assumiu a totalidade do controle do Frigorífico Mabella, de Frederico Westphalen (RS). O Marfrig é um dos maiores frigoríficos de carne bovina do País e tem sede em Santo André (SP). Com o Mabella, que é focado em carne suína, o Marfrig passa a contar com nove complexos de abate e processamento no Brasil, além de centros em outros países da América do Sul. O Frigorífico Mabella possui duas unidades de abate, sendo uma no RS e outra em SC e o valor do negócio não foi divulgado. Em seguida, o Grupo Marfrig também anunciou a compra da argentina Mirab, especializada na produção de petiscos derivados de carne (beef jerky). Com a Mirab, o frigorífico brasileiro ainda passou a deter unidade própria nos EUA, a Mirab USA. O negócio foi concretizado por US$ 36 m e esta foi a quarta aquisição do Marfrig na Argentina nestes últimos meses, depois da Quickfood, da Best Beef e da Estâncias del Sur. A compra foi realizada por meio da subsidiária Argentine Breeders & Packers (AB&P). | O grupo espanhol Calvo, que atua na área de pescados em conserva, concluiu a incorporação da Gomes da Costa, processadora brasileira de atum e sardinhas. A operação se deu com a absorção dos 20% que ainda pertenciam aos antigos sócios da empresa. A Calvo já detinha 80% da Gomes da Costa, adquiridos em 2004 por US$ 50 m. Desde então, foram investidos cerca de R$ 100 m em suas atividades, sendo metade em uma nova fábrica de embalagens em Itajaí (SC), onde também produz conservas. O objetivo da empresa, agora, é expandir-se em segmentos de maior valor agregado, como patês e molhos à base de atum. | A Dairy Partners Américas (DPA), sociedade entre a suíça Nestlé e a neo-zelandesa Fonterra, pretende inaugurar em 2008 uma nova planta em Palmeira das Missões, RS. A fábrica será uma das cinco maiores processadoras de leite do País e receberá investimentos de aproximadamente R$ 70 m. Adicionalmente, a Nestlé ainda vai investir outros R$ 100 m para dobrar já em 2008 a capacidade de sua fábrica em Feira de Santana (BA), que foi inaugurada no início de 2007. | A central mineira de cooperativas Itambé planeja investir R$ 100 m em 2008 para ampliar sua produção em Uberlândia e em Pará de Minas. Deste montante, uma fatia de R$ 40 m já estava prevista no orçamento da Itambé e a diferença de R$ 60 m representa a antecipação de aportes na unidade de Uberlândia. Lá, a empresa produz leite em pó e deverá investir outros R$ 60 m em 2009 para completar a expansão iniciada em 2008. A Itambé hoje conta com 27 cooperativas associadas. Em Pará de Minas a Itambé fabrica produtos refrigerados, como iogurtes e sobremesas. | A Hershey's, fabricante norte-americana de chocolates, e a brasileira Panduratta Alimentos fecharam um acordo para integração de atividades no mercado interno. A associação possui prazo preliminar de dois anos e será majoritariamente (51%) controlada pela Hershey's do Brasil. A Panduratta ficará com os 49% restantes, mas terá o controle das áreas comercial, de marketing e de distribuição da nova parceria. A Hershey's é a maior empresa de chocolates dos EUA, embora conte com apenas 3% de participação no mercado brasileiro. A Panduratta é líder no mercado local de panetones, com as marcas Bauducco, Visconti e Tomy. Também atua com biscoitos, bolos e barrinhas. | Com investimentos de R$ 30 m em sua unidade de Pouso Alegre (MG), a Yoki Alimentos está entrando no mercado de bebidas à base de soja. A empresa é conhecida por sua atuação no segmento de milhos de pipoca, mas também atua com outros produtos, inclusive soja. O segmento de bebidas de soja é liderado pela marca Ades da Unilever, sendo que a Yoki pretende chegar a 8% de participação até o final do ano. Topo Comércio | A rede varejista francesa Carrefour anunciou planos de investir R$ 1 bilhão por ano em suas atividades brasileiras até 2010. O Carrefour retomou recentemente a liderança no mercado brasileiro, com a compra da rede Atacadão, focada no segmento de atacarejo. Especificamente para 2008, os planos do Carrefour envolvem a abertura de 70 novas lojas, sendo 20 com as bandeiras Carrefour e Atacadão e 50 da rede Dia%. Atualmente o grupo francês conta no Brasil com 150 lojas Carrefour, 40 pontos-de-venda Atacadão e 300 lojas do Dia%, que atua como supermercado de desconto. | O grupo Pão de Açúcar irá investir R$ 1 bilhão na abertura de novas lojas, infra-estrutura, tecnologia e logística em 2008. Está prevista a inauguração de 105 unidades neste ano, sendo 80 com a marca Extra Fácil, 14 lojas do Assai, um Extra e as demais no formato de supermercado (6 do Pão de Açúcar, 3 do CompreBem/Sendas 1 do Extra Perto). Com isso, o grupo varejista pretende encerrar 2008 com um total de 669 lojas. Topo Materiais de Construção | A suíça Holcim, um dos grandes grupos cimenteiros mundiais, aprovou investimentos de R$ 430 m para modernizar suas fábricas no Brasil. A empresa também estuda mais dois investimentos, sendo um de R$ 300 m para ampliação de capacidade produtiva e outro de R$ 1,2 bilhão para a construção de uma sexta fábrica local. Atualmente a Holcim conta com cinco plantas no País, sendo duas em MG, uma no RJ, uma no ES e uma em SP. A maior parte dos investimentos já aprovados, cerca de R$ 300 m, será aplicada nas unidades de MG. A empresa atua com as marcas Ciminas, Barroso, Alvorada e Paraíso, mas tem como meta fortalecer a própria marca Holcim. | A Votorantim Cimentos ampliou sua participação no mercado de produtos agregados ao concreto e concluiu duas recentes aquisições. Trata-se da Pedreira Bica da Pedra, de Jaú (SP), e a pedreira da Constroem, em Taubaté (SP). O valor das aquisições não foi divulgado mas, com elas, a Votorantim Cimentos irá ampliar sua reserva e extração de pedra-brita. A Votorantim é a maior produtora brasileira de cimento, com 41% de participação no mercado local. Também controla a maior fabricante de concreto do País, a Engemix, que possui 16% do mercado. | A Mexichem, uma das maiores produtoras de resinas de PVC da América Latina, adquiriu o controle (70%) da Plastubos, terceira maior fabricante de tubos de PVC no Brasil. O valor da aquisição não foi divulgado. Com ela, a Mexichem passa a controlar 32% do mercado interno de tubos e conexões, já que desde 2007 a empresa também é controladora da Amanco. Aqui, ela fica atrás apenas da catarinense Tigre, que possui cerca de 50% do mercado. Atualmente a Plastubos atua nos mercados de MG, GO, ES, BA e AL e só produz tubos, devendo futuramente expandir-se também para o segmento de conexões. | A chilena Masisa, fabricante de painéis de madeira controlada pelo GrupoNueva, adquiriu uma participação de 45,68% na Tafibrás. As ações foram compradas da Brascan Brasil, que pertence ao fundo canadense Brookfield Asset Manegement, por US$ 70 m. Com a aquisição, a Masisa também passa a deter 37% do capital da Tafisa Brasil. Mas tanto a Tafibrás quanto a Tafisa continuam sob controle da portuguesa Sonae Indústria. O mercado brasileiro de painéis de madeira hoje é liderado pela Duratex. A Masisa, líder de mercado no restante da América Latina, está investindo US$ 119 m em uma unidade industrial no município de Montenegro (RS) e já conta com uma fábrica em Ponta Grossa (PR). | A Eucatex pretende investir R$ 130 m até 2009 em uma nova fábrica de chapas de alta densidade T-HDF (Thin High Density Fiberboard) em Salto (SP). A unidade irá somar-se à fábrica que a empresa já possui no município, onde funcionam linhas de chapa dura (hardboard) e linhas de acabamento. Além do segmento de madeira, a Eucatex também possui atuação em tintas, pisos laminados, perfis e outros. | A Telhanorte, uma das três maiores no varejo de materiais de construção, adquiriu a Center Líder, rede com 10 lojas no Estado de SP. A Telhanorte é controlada pela francesa SaintGobain desde 2000 e atualmente possui 14 lojas na Grande São Paulo, seis no interior de SP, três no PR e duas em MG. Com a aquisição, a Telha Norte se distancia da também francesa Leroy Merlin, aproximando-se da líder C&C (formada pela fusão das redes Madeirense, Castorama e Uemura). Topo Energia | O leilão da primeira usina hidrelétrica do Rio Madeira, a Santo Antônio, foi vencido pelo Consórcio Madeira Energia. A Madeira Energia é formada pela Odebrecht (17,6%), Furnas Centrais Elétricas (39%), Construtora Norberto Odebrecht (1%), Andrade Gutierrez (12,4%), Cemig (10%) e um fundo de investimentos composto pelo Banif e pelo Santander (20%). A estimativa é de que o empreendimento receba investimentos de R$ 9,5 bilhões. A Hidrelétrica de Santo Antônio deverá começar a operar em maio de 2012, mas sua última turbina está prevista apenas para 2016. A próxima licitação relativa ao Rio Madeira será a Hidrelétrica de Jirau, unidade de porte semelhante à Santo Antônio. | A franco-belga Suez Energy anunciou a compra da Hidrelétrica Ponte de Pedra, por R$ 592 m. A Ponte de Pedra fica entre os municípios de Sonora (MS) e Itiquira (MT). Ela pertencia à italiana Impreglio, que também participa da construção da Usina de Estreito em parceria com a OAS e a sueca Skanska Bot. A Suez hoje é o maior grupo privado de geração energética do País e o quinto maior produtor de eletricidade da Europa. Aqui ela controla 13 usinas, sendo seis hidrelétricas (Salto Santiago, Salto Osório, Passo Fundo, Itá, Machadinho e Cana Brava). | A Brennand Energia está investindo cerca de R$ 650 m na construção de seis novas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Os projetos se distribuem em SC, RS e MT. Atualmente o grupo Brennand possui oito hidrelétricas em operação, todas no MT e em TO. Todas as novas unidades deverão ser concluídas em 2008. | Através da Brookfield Power, a canadense Brascan adquiriu por US$ 288 m a Itiquira Energética, que pertencia à NRG Energy. A compra ressalta a estratégia da Brascan na área de geração elétrica no Brasil, focada em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Com a Itiquira, o parque gerador da empresa no País passa a ser composto por uma hidrelétrica e 27 PCHs, sendo que uma outra hidrelétrica e mais cinco PCHs ora encontram-se em construção. | A francesa Velcan Energy pretende investir até R$ 800 m na construção de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no Brasil. O primeiro projeto será a Usina de Rodeio Bonito, em SC. Outras três centrais, em MG, deverão ter suas obras iniciadas entre o final de 2008 e o início de 2009. Só estes projetos possuem investimentos programados de R$ 360 m. Mas até 2011 a Velcan prevê um total de sete a oito usinas, distribuídas em MG, ES, SP, SC e MT. Topo Petroquímica e Plásticos | O grupo Piramidal, um dos maiores distribuidores de resinas termoplásticas do País, está unificando seus três ramos de atividade. O grupo hoje movimento cerca de 20% das resinas vendidas no Brasil, o que o coloca na liderança do setor na América Latina. Ele tem sede em São Bernardo do Campo (SP) e, além da própria Piramidal, também abrange a Plásticos Ruttino e a Polimarketing Termoplásticos. A reestruturação do grupo deriva da própria reorganização da petroquímica brasileira em torno da Petrobras, da Braskem e da Unipar. | E como já era esperado, a Suzano Petroquímica vendeu sua participação de 24,3% na Rio Polímeros (Riopol) para a BNDESPar e para a Unipar, em mais um lance na consolidação petroquímica na Região Sudeste. A Unipar ficará com 15,98% das ações, enquanto o BNDESPar levará 8,33%. O valor da operação é de R$ 283 m e a Suzano Petroquímica ainda preservará 9,02% do capital total da Riopol. | Já a Braskem, empresa petroquímica do Grupo Odebrecht, formalizou sua intenção de investir numa fábrica de polipropileno e num complexo de eteno e polietilenos na Venezuela. Os aportes serão em parceria com a estatal Petroquímica de Venezuela (Pequiven). A unidade de polipropileno está orçada em US$ 843 m e o complexo de eteno/polietilenos em US$ 2,66 bilhões. A primeira será empreendida pela nova Polipropileno del Sur (Propilsur) e entrará em operação em 2010. Já o complexo será construído pela Polietilenos de America (Polimerica) e sua inauguração está prevista para 2012. | A alemã Lanxess adquiriu 70% do controle da Petroflex, maior fabricante brasileira de elastômeros (borracha sintética), pagando um total de R$ 526,7 m. As ações pertenciam à Braskem (34%), Unipar (16%) e investidores ligados ao grupo Suzano (20%). Com a Petroflex, a Lanxess quadruplica suas atividades no Brasil. A Petroflex possui fábricas em Duque de Caxias (RJ), Triunfo (RS) e Cabo de Santo Agostinho (PE). Está prevista uma oferta aos acionistas minoritários para fins de fechamento de seu capital, o que poderá elevar o total da operação para mais de R$ 700 m. Topo Mineração e Siderurgia | A mineradora Anglo American, de origem britânica, está assumindo o controle dos principais projetos de minério de ferro da brasileira MMX Mineração e Metálicos por US$ 3,7 bilhões. Trata-se da MMX Minas-Rio e da MMX Amapá. No Amapá, o sistema integrado de mina, ferrovia e porto iniciou operações em dezembro de 2007, sendo que a norte-americana ClevelandCleffs possui 30% do empreendimento. Já o sistema Minas-Rio está em fase de avaliação de reservas e a Anglo American já era sócia do projeto com 49% de participação na mina e na empresa de logística (LLX Minas-Rio). Pelo acordo firmado, será constituída uma nova controladora destes dois empreendimentos de mineração e logística, sendo que a Anglo American assumirá 63,6% de suas ações. Também assumirá a participação de 4,4% dos atuais executivos da empresa e, no futuro, dos 32% em poder de acionistas minoritários. Esta última transação pode elevar o valor total da operação para US$ 5,5 bilhões. A Anglo American já atua no Brasil por meio das empresas Codemim (ferro níquel), Catalão (ferro-nióbio) e Copebrás (fosfato) e possui projetos aprovados e em análise da ordem de US$ 3,2 bilhões | E a siderúrgica Usiminas adquiriu a totalidade do capital da Mineração J.Mendes, da Somisa Siderúrgica Oeste de Minas e da Global Mineração, que exploram minério de ferro no quadrilátero ferrífero de MG. O pagamento inicial é de US$ 925 m, mas o montante final poderá ser ampliado em função de sondagens sobre as reservas minerais absorvidas. O objetivo da Usiminas e de sua coligada Cosipa é garantir suficiência de matéria-prima siderúrgica, o que poderá ocorrer a partir de 2012. O grupo controlador da Usiminas é formado pela japonesa Nippon Steel, Votorantim, Camargo Corrêa e Fundo Valia. Vale lembrar que a siderúrgica de MG está em vias de concretizar uma emissão de debêntures da ordem de R$ 2 bilhões. | Na área siderúrgica, a Gerdau vai investir US$ 400 m para ingressar no mercado brasileiro de aços planos. Para tanto, irá instalar um laminador de chapas grossas em uma de suas usinas, devendo inaugurar a nova linha até 2010. A unidade que receberá o novo laminador ainda não foi definida, mas tende a ser a Açominas, que já produz as placas necessárias à fabricação das chapas. No Brasil, apenas a Usiminas produz chapas grossas de aço, produto utilizado em construções metálicas, embarcações, tubos e dutos de grande diâmetro e máquinas e equipamentos pesados. Atualmente a Gerdau possui uma linha de aços planos no Peru (Siderperu) e outra nos EUA (Gallattin). No Brasil, a Comercial Gerdau distribui produtos planos de outras empresas, tais como Usiminas, CSN e ArcelorMittal. | Por sua vez, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) assinou protocolo de intenções para empreender investimentos da ordem de R$ 9,5 bilhões em Congonhas do Campo, MG. A maior parte dos recursos, R$ 6,2 bilhões, será destinada à construção de uma nova usina siderúrgica. Mas o complexo também contará com uma pelotizadora (R$ 850 m), uma fábrica de clínquer (R$ 250 m) em Arcos, além de expansão da mineração Casa de Pedra (R$ 2,2 bilhões). A Usina de Congonhas deverá iniciar operações em quatro anos e irá produzir bobinas, aços longos e placas. Além deste mega-projeto em MG, a CSN também está comprometida com outro grande empreendimento em Itaguaí, RJ. | A Votorantim Metais fechou a compra de 27% do capital da siderúrgica Aceros de Bragado (AcerBrag), segunda maior fabricante de aços longos da Argentina. O valor do negócio não foi divulgado. A AcerBrag produz vergalhões, barras, arames, telas e fio-máquina e atualmente detém cerca de um quarto do mercado argentino, o qual é liderado pela Acindar (do grupo ArcelorMittal). A empresa é controlada pelo Grupo Lupier, que também atua na petroquímica. Topo Bens de Capital | A Jaraguá Equipamentos, de Sorocaba (SP), formalizou joint venture com a indiana Praj, especializada em projetos de destilarias. A parceria prevê a construção de usinas no sistema turn-key, concorrendo diretamente com a líder Dedini, de Piracicaba (SP). A Praj terá participação de 54% na sociedade, ficando a Jaraguá com os 46% restantes. O aporte inicial será de R$ 10 m. Além desta unidade, a Jaraguá, que possui fábricas em Itapevi, Osasco e Sorocaba, ainda pretende investir outros R$ 50 m para construir uma outra unidade de equipamentos sucroalcooleiros. | Em sociedade com a Axxon Group, gestora francesa de private equity, a gaúcha Lupatech pagou cerca de R$ 85 m pelos ativos da Aspro. A Aspro é a maior empresa mundial em equipamentos e sistemas de compressão de GNV e é formada pela argentina Delta Compresión SRL e pela Aspro do Brasil Sistemas de Compressão. A Lupatech é tradicional fabricante de válvulas industriais e equipamentos para o setor de óleo e gás. | A fabricante de equipamentos e motores Weg aprovou investimentos de R$ 520 m em 2008. O montante servirá para ampliar e modernizar o parque fabril da empresa catarinense. Entre seus principais projetos destacam-se a ampliação da área de fundição no parque metalúrgico de Guaramirim (SC), a expansão da área de estamparias e a construção de uma nova fábrica de hidrogeradores. No exterior, a empresa pretende ampliar sua produção de motores e erguer uma unidade de transformadores no México. | A norte-americana Franklin Eletric anunciou a aquisição da Indústrias Schneider, empresa de Joinville (SC) que atua na produção de bombas e motobombas de água. A operação faz parte dos planos da Franklin Eletric para ampliar sua presença em países em desenvolvimento. O valor da transação não foi divulgado. A Schneider conta com quatro centros de distribuição (MG, PE, PA e MT) e atua em todo o País. Topo Veículos e Materiais de Transporte | A montadora francesa PSA Peugeot Citroën irá investir R$ 110 m em 2008 para lançar uma nova família de veículos em sua fábrica de Porto Real (RJ). Lá, a empresa já produz os modelos Peugeot 206, 206 SW, C3 e Xsara Picasso, além da fabricação de motores 1,4 litro e 1,6 litro flexfuel. Até 2010 os investimentos da Peugeot Citroën no Brasil e Argentina deverão chegar a US$ 500 m, dos quais US$ 350 m em desenvolvimento de produtos e US$ 150 m em aumento da capacidade produtiva. | A Volkswagen Caminhões e Ônibus fará investimentos de R$ 1 bilhão até 2012 para expandir sua capacidade produtiva em Resende (RJ). Também está previsto o desenvolvimento de novos produtos, como microônibus, caminhões leves e extra-pesados e, possivelmente, vans. Os planos da empresa ainda passam pela exploração de novas tecnologias de motorização, com o uso do biodiesel, e o incremento de suas vendas em países emergentes, para os quais a subsidiária brasileira já tornou-se um pólo exportador. | A Marcopolo adquiriu 32,65% do capital da argentina Loma Hermosa, empresa que controla (98%) a fabricante de carrocerias de ônibus Metalpar Argentina. A investida do grupo gaúcho ocorre seis anos após a desativação de sua unidade industrial no país vizinho. A Marcopolo também assumiu diretamente 1% de participação na Metalpar Argentina e ainda terá a opção de compra de outros 17% da Loma Hermosa num prazo de dois anos. O valor da transação não foi divulgado. A Marcopolo é a maior fabricante brasileira de ônibus urbanos e possui operações no México, Colômbia, África do Sul, Portugal, Rússia e Índia. | Os planos de investimento da Iveco no Brasil envolvem sua estréia no mercado de ônibus. A Iveco pertence ao grupo italiano Fiat e produz caminhões e furgões em Sete Lagoas (MG). Na Itália, ela é dona da marca Irisbus, uma das maiores da Europa no segmento de ônibus. O projeto brasileiro será conduzido até 2010 em paralelo à entrada da empresa também no segmento de caminhões médios. Até lá, dos R$ 6 bilhões de investimentos reservados pela Fiat no Brasil, a Iveco ficará com uma fatia de R$ 375 m. | Com investimentos de R$ 100 m, está nascendo a Dafra, nova montadora de motocicletas controlada pelo Grupo Itavema. A empresa terá fábrica em Manaus e utilizará kits importados de fabricantes chineses. O grupo Itavema atua há 30 anos na logística e distribuição de veículos e hoje possui 60 concessionárias de automóveis. O foco da Dafra será voltado para o público de menor poder aquisitivo e ela prevê fechar este ano com 170 lojas distribuídas no RJ e SP. | A norte-americana General Electric pretende expandir sua unidade de produção em Contagem (MG) e deve passar a fabricar locomotivas de grande porte. O projeto faz parte dos planos mundiais da empresa no segmento, que envolvem um aporte total de US$ 100 m neste ano. As novas locomotivas têm como destinatários os setores de minérios e produtos agrícolas. Topo Eletroeletrônicos | A gaúcha Teikon inaugurou sua terceira fábrica em Manaus (AM). A empresa é especializada em serviços terceirizados de manufatura eletrônica (EMS) e suas duas unidades produtivas atuais ficam no RS e em SP. Em Manaus a Teikon pretende focar produtos de entretenimento, em especial conversores para TV digital. Mas também constam de sua lista a produção de sistemas MP3 e MP4, televisores LCD e placas de computadores. Na nova unidade foram investidos R$ 12 m. | A chinesa Huawei, fabricante de equipamentos para telecomunicações, vai investir R$ 10 m para instalar um fábrica no ES. A unidade irá produzir transmissores e componentes eletrônicos a serem utilizados, num primeiro momento, pela própria Huawei. Futuramente, a empresa pretende exportar itens para a América Latina. O início da produção está previsto para os próximos seis meses. | O grupo chinês TPV, que atua no mercado de monitores com a marca AOC, está concluindo investimentos de R$ 20 m em Jundiaí (SP) para transferir sua produção de telas para computadores atualmente em Manaus (AM). A previsão é de que a unidade seja inaugurada em fevereiro e a decisão de transferir a linha para SP é semelhante à já adotada pela concorrente Samsung. Além destas duas empresas, também a LG produz monitores no Estado de SP. Em Manaus, a TPV irá concentrar sua fabricação de televisores LCD, que igualmente levará a marca AOC. | A norte-americana Symetrix Corporation anunciou investimentos de US$ 1 bilhão para construir uma fábrica de semicondutores (chips) no Brasil. O local da unidade ainda não está definido, mas deverá ser SP, RJ ou PE. Inicialmente, ela produzirá smart cards, cartões com chip utilizados em bancos, crachás etc. Mas no futuro a planta poderá ser adaptada para fabricar chips com outros usos. Atualmente a Symetrix possui uma unidade de montagem em Recife (PE). Dentre os controladores da empresa, destaca-se a Panasonic, com 10% de seu capital. Topo Telecomunicações | Por meio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Governo Federal conseguiu arrecadar um total de R$ 5,339 bilhões com o leilão de 36 lotes para exploração da terceira geração da telefonia celular (3G), que inclui banda larga móvel. Ao final, o ágio médio dos leilões foi de expressivos 86,7%. Os maiores arrematantes foram a Claro (R$ 1,426 bilhão), a TIM (R$ 1,325 bilhão), a Vivo (R$ 1,148 bilhão) e a Oi (R$ 867 m). Os lotes I e II (que abrangem Estados como RJ, BA, DF, RS, SC e PR) foram responsáveis por quase 70% dos valores pagos à União. | E a Vivo anunciou a venda do controle acionário da Amazônia Celular à Oi por R$ 120 m. A Amazônia Celular representava uma sobreposição de licenças para a operadora de telefonia celular controlada pela PT e pela Telefônica. Ela passou ao controle da Vivo quando esta também assumiu a Telemig Celular, em agosto de 2007. Do lado da Oi, a aquisição irá reforçar sua presença na Região Norte. | A Oi também anunciou a aquisição da Paggo Empreendimentos, empresa especializada em sistemas de pagamento por meio de telefonia celular. A compra custou R$ 75 m e se enquadra no plano de fidelização dos clientes da Oi. A Paggo foi criada em 2003 e já prestava serviços em parceria com sua nova controladora. | A operadora de telefonia GVT, de Curitiba (PR), anunciou a compra da provedora de infra-estrutura Geodex por R$ 74,6 m e mais R$ 33,7 m em dívidas assumidas. Foi a primeira aquisição desde que realizou seu IPO em março de 2007. O principal interesse da GVT na Geodex reside em sua rede backbone, que permitirá um maior ritmo de expansão para outras regiões do País. A GVT nasceu em 2000 como empresa-espelho da BrT no Centro-Sul e Norte do País e já possui atuação no mercado corporativo de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A rede da Geodex foi construída ao longo da malha ferroviária da ALL, acionista da empresa até meados de 2007. | Por meio da Premium Securities Management Limited, a companhia Docas Investimentos adquiriu 100% da JVCO Participações, controladora da operadora de telefonia fixa Intelig. O valor da aquisição não foi divulgado, mas é estimado em cerca de US$ 20 m mais as dívidas da empresa. A JVCO era formada pela britânica National Grid, pela norte-americana Sprint Nextel e pela France Telecom. A Intelig foi criada em 2000 como empresa-espelho da Embratel. | A operadora de TV por assinatura Net Serviços anunciou a aquisição da Big TV, empresa do setor e que também opera internet por banda larga. A Big TV atua em 12 cidades, sendo seis em SP, quatro no PR, Maceió (AL) e João Pessoa (PB). O valor da compra está inicialmente estimado entre R$ 200 m e R$ 270 m. A empresa pertencia à Alusa, à Coax Telecomunicações e outros acionistas. Ela fará com que a Net Serviços amplie de 46% para 48% sua participação no mercado de TV paga e de 17,5% para 18% no mercado de internet banda larga. Topo Imobiliário | O grupo hoteleiro Pestana, de Portugal, vai investir R$ 170 m até o final de 2009 na construção de um resort em Porto de Galinhas (PE) e de um condomínio em Salvador, este último, integrado ao hotel Pestana Bahia. O grupo também acaba de adquirir terreno em Angra dos Reis (RJ), onde planeja iniciar neste ano a construção de mais um condomínio residencial com serviços hoteleiros. O Pestana hoje conta com nove hotéis no Brasil e suas apostas concentram-se no "investidor turista". | A Fundação Petros, ligada à Petrobras, vendeu sua participação no shopping center Market Place e nos prédios comerciais deste empreendimento para o Grupo Iguatemi. Com isso, a Iguatemi Shopping Center passa a controlar 100% do Market Place. A Petros detinha 68% do capital do shopping center e 100% de suas torres comerciais. O valor da operação deve atingir R$ 246 m, dos quais R$ 130 m a serem pagos em caixa e o restante em ações da Iguatemi (algo em torno de 6% de seu capital). | O Grupo Malzoni assinou acordo com o Grupo Brascan para a venda da rede Plaza, que possui participações nos shopping centers Paulista (70%), West Plaza (50%), Pátio Higienópolis (40%) e Vila Olímpia (33,3%), todos em São Paulo, e no Botafogo Praia Shopping (40%), do Rio de Janeiro. O valor da transação foi de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. A rede Plaza é administrada pela Plaza Trust, ativo incorporado pela Brascan. Mas o Grupo Malzoni ainda ficou com a Plaza Shopping, empreendedora responsável pela construção e expansão de shopping centers. Com a compra, a Brascan Brazil Real State Partners, proprietária do Shopping Rio Sul e de outros sete empreendimentos, tornou-se a maior administradora de shopping centers do eixo Rio-São Paulo. | Com investimentos de R$ 61,5 m, a BR Malls Participações anunciou a construção de um shopping center em Cabo Frio (RJ). O empreendimento tem inauguração prevista para a segunda metade de 2009 e será integralmente controlado pela BR Malls. Cerca de 45% de sua área será alocada para lojas âncora, 35% para lojas satélite e 20% para lazer. A BR Malls também anunciou novos investimentos de R$ 120 m na construção de um shopping center em Belo Horizonte (MG). Este empreendimento tem inauguração prevista para a segunda metade de 2009. | A administradora de shopping centers General Shopping assumiu a Uniplaza Empreendimentos por R$ 43 m. A Uniplaza detém a totalidade do Shopping Unimart, de Campinas (SP). A incorporação está sendo realizada por meio da subsidiária Send Empreendimentos e, com ela, a General Shopping passa a contar com 12 shopping centers em sua carteira. | A Projeto Rio vendeu a primeira torre do edifício Ventura Corporate Towers, no Rio de Janeiro (RJ), por R$ 422 m. A unidade compreende um complexo de escritórios e agora pertence a um fundo de investimento internacional, cujo nome não foi divulgado. A Projeto Rio é uma holding controlada pela CCDI/Tishman Speyer (85%) e pela UFRJ (15%). Esta primeira torre do Ventura Corporate deverá ser entregue em meados de 2008, sendo que uma segunda deverá ser concluída em 2010. Topo Transportes e Logística | O Sepetiba Tecon, terminal de contêineres do Porto de Itaguaí (RJ), tem planos de investir R$ 230 m em novos equipamentos e em obras de infra-estrutura até 2011. O Sepetiba Tecon é controlado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e os planos envolvem a instalação de dois novos portainers (guindastes para carga e descarga de contêineres em navios), além de dois transtainers para cargas conteinerizadas no pátio de estocagem. O terminal hoje atende a própria CSN e também os setores de autopeças, café, alimentos refrigerados, químicos, pedras e eletrônicos. | A Portonave, proprietária do Porto de Navegantes (SC), pretende iniciar em julho as operações de sua câmara frigorífica, de forma a reforçar sua atuação no segmento de carnes. Os investimentos somam US$ 25 m e já estavam previstos desde a inauguração do porto, em 2005. A câmara, chamada de Iceport, será um diferencial de Navegantes, já que concorrentes como o Porto de Itajaí não possuem câmara frigorífica própria. | A operadora portuária e marítima Wilson, Sons pretende investir US$ 100 m até 2011 para construir quatro PSVs (navios prestadores de serviços a plataformas petrolíferas). O empreendimento revela a decisão da empresa de priorizar o segmento offshore em seu plano de crescimento. A Wilson, Sons hoje conta com outras três embarcações do gênero já em operação junto à Petrobras. A empresa também prevê oito novos rebocadores nos próximos quatros anos, com investimentos de US$ 50 m, os quais serão utilizados em atividades de apoio portuário. | A AGV Logística está inaugurando seu novo e principal centro de distribuição em Vinhedo, SP. A unidade recebeu investimentos de R$ 90 m e foi construída em parceria com a Bracor no sistema bild to suit. A AGV entrou com R$ 15 m e a Bracor com R$ 75 m. Atualmente, o principal segmento de atuação da AGV é a área de saúde animal, mas a operadora logística também quer atuar em saúde humana e cosméticos. Uma nova unidade de distribuição no Estado de Goiás está prevista ainda para 2008, devendo representar investimentos adicionais de R$ 20 m. | A Gol Linhas Aéreas anunciou o exercício de compra de mais 34 aeronaves da norte-americana Boeing. Adicionalmente, assinou contrato para adquirir outras 40 unidades, a serem entregues entre 2012 e 2014. O valor do exercício da opção é estimado em US$ 2,68 bilhão e o da compra extra pode chegar a US$ 3,16 bilhões. Os novos modelos possuem capacidade de transporte superior ao da atual frota da Gol. | Já a TAM Linhas Aéreas confirmou a compra de 46 novas aeronaves da européia Airbus, o que representa um investimento total de US$ 6,9 bilhões. Dentre as unidades, destacam-se as 22 voltadas para rotas de longa distância (vôos internacionais), cuja entrega ocorrerá a partir de 2013. Atualmente a TAM dispõe de uma frota com 109 aeronaves, sendo 102 fabricadas pela Airbus. Ao final de 2008 a empresa deverá chegar a um total de 123 aviões. | A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) anunciou a compra de 40% da Renovias, concessionária de cinco rodovias estaduais entre SP e MG. A participação pertencia à Senpar (30%) e à Encalso (10%) e o valor da transação foi de R$ 265 m. A Encalso ainda ficará com 60% do capital total da Renovias. | A Camargo Corrêa formou joint venture com a suíça Unique e a chilena Gestión e Ingenieria IDC para atuar na área de gestão e operações aeroportuárias. Com isso, ela visa preparar-se para uma fase de privatização destes serviços no Brasil. A nova A-port nasce com sede em São Paulo (SP) e possui a gestão de oito aeroportos (Chile, Honduras e Colômbia), além da concessionária do estacionamento no Aeroporto de Congonhas (SP), a SAO Parking, que pertence à Camargo Corrêa Investimento em Infra-Estrutura (CCII). A CCII ainda entrará com mais US$ 10 m e terá 80% da sociedade, ficando o consórcio Unique-IDC com os 20% restantes. Topo Finaneiro | O Banco Rendimento decidiu priorizar suas atividades na área cambial e está incorporando a Action Câmbio, uma das maiores corretoras de câmbio turismo no Brasil. A intenção do Rendimento é abrir uma nova loja por mês nos próximos dois anos, distribuindo suas atividades por todo o País. Atualmente a Action possui 33 lojas, sendo que, no setor cambial, o Banco Rendimento já controla a corretora Cotação, voltada principalmente para mercado empresarial. | A oferta secundária de ações do Banco do Brasil, efetivada pela Previ e pela BNDESPar, movimentou R$ 3,443 bilhões. Os investidores pessoas físicas ficaram com 35,4% dos papéis e 43,5% foram para os investidores estrangeiros. A oferta somou 4,8% do capital do banco e visa atender às regras de ingresso no Novo Mercado, que prevê um free float de pelo menos 25%. Com a operação, seu índice subiu para 21,7% e ainda será necessária nova colocação para se atingir a meta. O BB é controlado pelo Tesouro Nacional, que hoje possui 65,3% de seu capital. | A American Banknote (ABnote), uma das maiores fabricantes mundiais de cartões, anunciou a compra de parte das operações da sueca Bonnier no Brasil. A operação inclui a totalidade do capital da Interprint, que fabrica e imprime cartões de telefonia, SIM cards, talões de cheques e carteiras de habilitação. Também envolve a Tecnoformas Indústria Gráfica e 50% da Incard do Brasil. A operação irá custar R$ 165 m em dinheiro à ABnote, mais R$ 28 m em ações e uma parcela de remuneração variável que, ao final, pode elevar o montante total para até R$ 215 m. Topo Serviços Diversos | A CVC, maior operadora de viagens turísticas do Brasil, tem planos de verticalizar suas atividades e irá prestar serviços diretamente a seus clientes. O projeto passa pela abertura de seu capital em 2008, o que deve gerar os recursos necessários à expansão da empresa. A CVC já deu alguns passos nesta estratégia e além de operar pacotes turísticos, recentemente adquiriu a empresa aérea WebJet, criou uma unidade gestora de hotéis e uma outra de pacotes marítimos. A CVC hoje conta com 280 lojas próprias no Brasil e cinco no exterior. | A norte-americana Laureate, que atua no ensino superior em três continentes, adquiriu 100% da Business School São Paulo (BSP). A BSP é especializada em cursos de pós graduação em gestão (MBA) e a Laureate tem planos de expandir suas atividades para outras regiões, fazendo frente ao Ibmec e à FGV. A compra custou R$ 10 m à empresa norte-americana, que agora soma três instituições no Brasil. Há poucos meses a Laureate assumiu 60% da Faculdade Guararapes (PE) e das Universidades Potiguar na PB e no RN. Desde 2005 ela também possui 51% da Universidade Anhembi Morumbi, em SP. | O Banco Bradesco, por meio da Bradesco Seguros, anunciou a compra do controle da Mediservice Administradora de Planos de Saúde. A operação custou R$ 84,9 m ao Bradesco, que é líder no mercado de planos de saúde complementar. A Mediservice atua em todo o País e pertencia à Marsh Corretora de Seguros. Ela conta com cerca de 30 mil credenciados, entre médicos, dentistas, laboratórios, centros de diagnósticos, clínicas, hospitais e serviços de emergência. | A Esho, empresa coligada da operadora de planos de saúde Amil, adquiriu por R$ 311 m o controle do tradicional hospital paulistano Nove de Julho. A Esho administra hospitais, laboratórios e centros médicos. A transação envolve 95,3% de participação e pagamento de R$ 140 m, além de dívidas e compromissos assumidos de R$ 171 m. A Amil é hoje a maior empresa brasileira de planos de saúde na categoria medicina de grupo (que exclui as seguradoras e cooperativas médicas) e pode assumir o controle do hospital. Topo Outros Setores | A norte-americana Procter & Gamble planeja investir cerca de R$ 1 bilhão para instalar uma nova fábrica de produtos de higiene e beleza no Brasil. A unidade deverá ficar no RJ e poderá abastecer outras unidades globais da P&G. Ainda não está certo, mas ela tende a focar a área de cosméticos (xampus, sabonetes e hidratantes), na qual sua concorrente Unilever possui posição consolidada no País. Neste setor, a principal marca da P&G no Brasil é a Wella, adquirida em 2003 e cuja produção ainda hoje é terceirizada. Além da Wella, a empresa também possui outras marcas, como a Pantene, a Pert Plus e a Seiva de Alfazema. Atualmente a P&G possui duas fábricas no Brasil, ambas em SP. | A holding I’M (Identidade Moda), formada pelo grupo HLDC Investimentos e pela Zoomp, está incorporando as marcas Herchcovitch; Alexandre e Herchcovitch Jeans. O objetivo da I’M é chegar a um portfólio completo de marcas e, então, realizar a abertura de seu capital. Além destas marcas, também fazem parte do mix da I’M a Zapping, a Fause Haten, a Clube Chocolate e a Cúmplice, sendo as três últimas incorporadas paralelamente à aquisição das marcas Herchcovitch. | A Klabin, maior fabricante de papel do País, irá investir R$ 200 m para ampliar sua produção de sacos industriais em Correia Pinto, SC. O produto é utilizado principalmente pela indústria de cimento. A empresa também aguarda para breve a aprovação da expansão de sua fábrica de kraftliner em Otacílio Corrêa, também em SC. O montante a ser investido neste projeto não foi divulgado. | A Datasul, empresa focada em sistemas de gestão empresarial, anunciou a aquisição da Bonagura. A Bonagura desenvolve sistemas para as áreas administrativo-financeira, controladoria e recursos humanos. A incorporação será realizada em etapas e o controle efetivo da empresa (80%) só passará à Datasul no início de 2009. Ao longo de 2008 as duas empresas pretendem desenvolver uma aliança comercial entre seus negócios. Na seqüência, a Datasul também anunciou a compra da Gens, empresa de sistemas para o setor de saúde. A Gens possui sede em Porto Alegre (RS) e o valor da transação não foi divulgado. A empresa fabrica programas para atendimento de pacientes em clínicas, consultórios e hospitais. Esta foi a terceira investida da Datasul na área de saúde, somando-se às incorporações da DZSet e da Informenge. Topo A BRASILPAR possui mais de 25 anos de experiência em assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria em compra, venda e associações entre empresas; atração de sócios e levantamento de capital para projetos e empresas; desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica; assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento financeiro e estratégico em geral. Alberto Ortenblad Filho [email protected] Daniel Chama Baldin [email protected] Jorge Troyko [email protected] Luis Fernando Amatti Salem [email protected] Luiz Eduardo do Amaral Costa [email protected] Luiz Roberto Carvalho Pereira [email protected] Marco Antonio dos Reis Serra [email protected] Marcos Levy [email protected] Paulo Vasquez Varela [email protected] Tom Waslander [email protected] Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar 04543-000 - São Paulo - SP Tel.: (011) 3709-4270 | Fax : (011) 3709-4288 www.brasilpar.com.br O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar Serviços Financeiros. Diretores Responsáveis: Marco Antonio Serra e Alberto Ortenblad Filho. O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas previsões. Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se responsabiliza pela veracidade das informações. Não é permitida a reprodução sem autorização da Brasilpar. A Brasilpar respeita a sua privacidade e é contra o SPAM. Topo
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