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Ano XI - Nº 38 - Julho / Agosto / Setembro de 2010 x Impressa em papel reciclado
XXI Encontro
Técnico AESabesp
Fenasan 2010
A cobertura do maior evento do setor de saneamento na América Latina
Mais um projeto e realização da OSCIP AESabesp
Mesas redondas
Palestra de abertura
pág. 16
pág. 14
“A importância do saneamento no contexto
mundial” foi discutida por expoentes do
setor, com o internacional Rafael Dautant
O jornalista Heródoto Barbeiro, âncora da
CBN, proferiu a palestra “Experiência de
Sustentabilidade em área de manancial”
Entrevista
pág. 42
O presidente do Sindesam, Valdir Folgosi, nos
fala, em entrevista, sobre as necessidades e
perspectivas do setor de saneamento no Brasil
Valorize sua marca.
Adote um projeto
socioambiental.
A AESabesp conta com uma ampla Carteira de Projetos e Cadastramento de Especialistas para
avaliação dos mesmos. São trabalhos responsavelmente qualificados e prontos para receberem
o apoio financeiro e de órgãos públicos.
Esta é uma grande oportunidade para agregar valores socialmente responsáveis à sua empresa e
à sua marca. Como OSCIP, a AESabesp também é credenciada à captação desses recursos, com
a contrapartida de dedução de impostos, valorizando a imagem das empresas parceiras, como
instituições socialmente responsáveis e incentivadoras de qualidade de vida e bem estar social.
Informações:
Alessandra Buke - 11 3284 6420
[email protected]
www.aesabesp.org.br
Parte dos valores investidos poderão ter redução do IRPJ.
Editorial
Fenasan e Encontro Técnico AESabesp
N
este ano de 2010 chegamos à 21ª edição deste importante evento, acumulando sucessos
contínuos. O crescimento da feira retrata de
forma inequívoca a prospecção de negócios que ela
propicia aos investidores/ expositores de forma geral.
Quando percebemos que a planta disponibilizada
aos expositores neste ano foi preenchida em data recorde, criando um desconforto agradável aos organizadores porque não conseguiram atender a demanda
de pedidos de participação, a AESabesp viu-se obrigada a repensar a sua organização, impulsionando-a ao
desafio da competência e capacidade, vislumbrando,
com certeza, que os tempos são outros e exigindo de
nós mais empenho para esse novo horizonte que temos que buscar.
O clima de satisfação dos investidores / expositores, dos congressistas, dos acadêmicos e das empresas
com relação à tecnologia exposta, às inovações e às
melhorias nos equipamentos, demonstra os rumos que
o saneamento ambiental está tomando na participação do desenvolvimento do País.
O avanço que a Fenasan tem conseguido é perceptível quando, em todos os anos, novas empresas
buscam a sua participação no evento, acreditando na
capacidade de divulgação que os seus produtos e serviços poderão advir.
É assim que, na Fenasan 2010, 154 empresas investidoras/expositoras garantiram a sua participação
e, dentre essas, mais de 50% mantém fidelidade ao
longo dos 21 anos de sua realização.
Este dado, aparentemente irrelevante, demonstra
que a participação na Fenasan é parte integrante do
planejamento de negócios dessas empresas, que buscam sempre garantir a sua presença, mesmo que outras feiras do segmento aconteçam.
Paralelamente à Fenasan, todos os anos, acontece também o Encontro Técnico com apresentação de
diversos trabalhos desenvolvidos pelos técnicos da Sabesp e de outras empresas e concessionárias, além de
mesas redondas onde buscamos os temas mais atuais e
para as quais convidamos as personalidades mais credenciadas e reconhecidas no nosso meio.
Pelos trabalhos apresentados, temos a garantia
que o saneamento ambiental é um assunto que não
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esgota por si, e constatamos com enorme satisfação
que o desenvolvimento técnico é fruto do trabalho
dos abnegados estudiosos e pesquisadores que o saneamento propicia.
Os temas das mesas redondas, atuais e contundentes, serão debatidos com os melhores representantes
do assunto, ocasião em que haverá, com certeza, muitos valores agregados em decorrência do compartilhamento de idéias.
E, por fim, a premiação da AESabesp aos poucos
está se consagrando como uma conquista de excelência, cuja projeção para o mercado agrega valorização do produto ao expositor, reconhecimento técnico
ao profissional e, sobretudo, a força da credibilidade
que a AESabesp representa no meio do saneamento
ambiental.
2011 será um ano especial. E convido você a compartilhar conosco as conquistas da AESabesp!
Participe! Com certeza vai perceber que há motivo
de sobra para se orgulhar de ser um funcionário da
Sabesp, e por meio da AESabesp você terá oportunidade de compreender tudo isso! Hiroshi Ietsugu
Presidente da AESabesp
Saneas
3
Índice
Expediente
Saneas é uma publicação técnica trimestral da Associação dos Engenheiros
da Sabesp
Diretoria Executiva:
Presidente - Hiroshi Ietsugu
Vice-Presidente - Walter Antonio Orsatti
1º Secretário - Nizar Qbar
2º Secretário – Choji Ohara
1º Tesoureiro – Yazid Naked
2º Tesoureiro - Nélson Luiz Stábile
Diretoria Adjunta:
Diretor Cultural - Olavo Alberto Prates Sachs
Diretor de Esportes - Evandro Nunes de Oliveira
Diretor de Marketing - Reynaldo Eduardo Young Ribeiro
Diretor de Pólos - Helieder Rosa Zanelli
Diretor de Projetos Socioambientais - Luis Eduardo Pires Regadas
Diretor Técnico - Walter Antonio Orsatti
Diretora Social - Viviana Marli Nogueira A. Borges
(Em memória: Cecília Takahashi Votta)
Conselho Deliberativo:
Amauri Pollachi, Cid Barbosa Lima Junior, Choji Ohara, Eduardo Natel
Patricio, Gert Wolgang Kaminski, Gilberto Alves Martins, Gilberto Margarido
Bonifácio, Helieder Rosa Zanelli, Hiroshi Ietsugu, João Augusto Poeta, Marcos
Clébio de Paula, Nélson Luiz Stábile, Nizar Qbar, Olavo Alberto Prates Sachs,
Paulo Eugênio de Carvalho Corrêa, Pérsio Faulim de Menezes, Reynaldo
Eduardo Young Ribeiro, Sonia Maria Nogueira e Silva, Viviana Marli Nogueira
A. Borges, Walter Antonio Orsatti e Yazid Naked
Conselho Fiscal:
Carlos Alberto de Carvalho, José Carlos Vilela e Ovanir Marchenta Filho
06 XXI Encontro Técnico da
matéria tema
AESabesp - Fenasan 2010
37 Ponto de vista
Só tecnologia não basta. É preciso ver à frente!
39 sustentabilidade
Os bons efeitos do Projeto AESabesp de Neutralização do Carbono
42 entrevista
Valdir Folgosi fala sobre a expansão do saneamento nacional
artigo técnico
44 MN alcança destaque no XXI Encontro Técnico
Conselho Editorial: Luiz Henrique Peres (Coordenador),
João Augusto Poeta, Luiz Eduardo Pires Regadas e Maria Aparecida dos Santos
Fundo Editorial:
Márcia de Araújo Barbosa Nunes (Coordenadora)
Alex Orellana, Celso Roberto Alves da Silva, José Marcio Carioca, Luis Eduardo Pires
Regadas, Paulo Rogério Guilhem , Robson Fontes da Costa e Wong Sui Tung.
Coordenador do Site: Jônatas Isidoro da Silva
Pólos AESabesp da Região Metropolitana - RMSP
Coordenador dos Pólos da RMSP - Robson Fontes da Costa
Pólo AESabesp Costa Carvalho e Centro Maria Aparecida S. de Paula Santos
Pólo AESabesp Leste - Nélson César Menetti
Pólo AESabesp Norte - Sebastião Matos de Carvalho
Pólo AESabesp Oeste - Francisco Marcelo Menezes
Pólo AESabesp Ponte Pequena - João Augusto Poeta
Pólo AESabesp Sul - Paulo Ivan M. Franceschi
Pólos AESabesp Regionais
Coordenador dos Pólos Regionais - José Galvão de F. R. e Carvalho
Pólo AESabesp Baixada Santista - Nilson Roberto Correia
Pólo AESabesp Botucatu - Rogélio Costa Chrispim
Pólo AESabesp Franca - Antonio Carlos Gianotti
Pólo AESabesp Lins - Marco Aurélio Saraiva Chakur
Pólo AESabesp Presidente Prudente - Gilmar José Peixoto
Pólo AESabesp Vale do Paraíba - Sérgio Domingos Ferreira
Coordenação do XXI Encontro Técnico e Fenasan 2010:
Olavo Alberto Prates Sachs e Walter Antonio Orsatti
Comissão Organizadora:
Gilberto Alves Martins, Hiroshi Ietsugu, Ivan Norberto Borghi, Maria Aparecida
S. de Paula Santos, Maria Flávia S. Baroni, Monique Funke,
Nélson César Menetti, Nizar Qbar, Olavo Alberto Prates Sachs, Paulo Oliveira,
Reynaldo Eduardo Young Ribeiro, Rodrigo Cordeiro, Sonia Maria Nogueira e
Silva, Vanessa Hasson, Walter Antonio Orsatti e Yazid Naked.
Órgão Informativo da Associação dos Engenheiros da Sabesp
45 O Treinamento como ferramenta de Integração no Combate às Perdas
Jornalista Responsável:
Maria Lúcia S. Andrade – MTb. 16081
Fotografia: Renato Couto
48 Programa Córrego Limpo Estudo de Caso na Unidade de Negócio
Norte da Sabesp
52 visão de mercado
A Fenasan e um novo Brasil
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Saneas
PROJETO VISUAL GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Neopix Design
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www.neopixdesign.com.br
Associação dos Engenheiros da Sabesp
Rua 13 de maio, 1642, casa 1
Bela Vista - 01327-002 - São Paulo/SP
Fone: (11) 3284 6420 - 3263 0484
Fax: (11) 3141 9041
[email protected]
www.aesabesp.org.br
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ANUNCIE NA
revista saneas
Revista Saneas: mais que uma Revista, um Projeto Socioambiental.
Em 2011, conte com a Saneas.
Inclua a Revista na sua programação de mídia para 2011.
EdIçõEs progrAmAdAs pArA 2011:
EdIção N° 40 – JANEIro/ FEvErEIro/ mArço
Tema: Limnologia de mananciais para abastecimento
Um aparato da ciência que estuda as reservas de águas interiores: lagos, lagoas, reservatórios, rios, açudes, represas e riachos, com foco
voltado ao saneamento ambiental. E mais: matéria especial sobre a “Lei Federal de Segurança de Barragens”.
EdIção N° 41 – AbrIl/ mAIo/ JUNho
Tema: O saneamento ambiental na macrometrópole
Com abordagem sobre as necessidades e demandas do saneamento ambiental na composição da infraestrutura das macrometrópoles
brasileiras, principalmente em relação à Copa 2014. E mais: o que acontecerá na Fenasan 2011 (com distribuição durante a Feira).
EdIção N° 42 – JUlho/ Agosto/ sEtEmbro
Tema: Modelos de investimentos para novos empreendimentos no setor
Com uma análise dos atuais modelos de captação de recursos para o setor de saneamento, como as PPPs (Parceria Público Privadas) , PAC,
BIRD, JICA, “Recursos Livres”, “Locação de Ativos”, entre outros. E mais: cobertura do XXII Encontro Técnico AESabesp e Fenasan 2011.
EdIção N° 43 – oUtUbro/ NovEmbro/dEzEmbro
Tema: Resíduos Sólidos: novas oportunidades de negócios na prestação de serviços
Apresentação de como poderão surgir novas oportunidades de prestação de serviços (aterros, tratamento de líquidos, efluentes nãodomésticos, etc) e a possibilidade de associação com os grupos privados que tradicionalmente atuam neste mercado.
E mais: um panorama da evolução do setor do saneamento em 2011.
A Revista saneas é uma
publicação da:
CoNtAto dE pUblICIdAdE:
AesAbesp
Tel: 11 3263 0484 - 11 7515 4627
[email protected]
AESABESP
Associação dos Engenheiros da Sabesp
matéria tema
XXI ENCONTRO
TÉCNICO AESABESP
FENASAN 2010
Consagrando-se como uma forte referência em saneamento e meio ambiente, o evento de 2010
debateu temas necessários e pertinentes em suas mesas redondas, disseminou conhecimento
científico nos trabalhos e seminários apresentados por especialistas, difundiu novas tecnologias,
incentivou ações voltadas à sustentabilidade, reuniu os maiores investidores do setor (expositores),
conquistou um público superqualificado e correspondeu a todas as expectativas do setor.
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matéria tema
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O maior evento do setor de saneamento
na América Latina
Nos dias 10, 11 e 12 de agosto, a AESabesp (Associação dos Engenheiros da Sabesp) realizou, no Expo
Center Norte (Pavilhão Amarelo), em São Paulo – SP,
o evento que projeta esta entidade em todo o território brasileiro e em muitos pólos internacionais:
o seu XXI Encontro Técnico, em caráter simultâneo
com a 21ª edição da Fenasan (Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente).
Realizado anualmente, sempre no mês de agosto,
esse evento é considerado como o mais importante do setor na América Latina. Sob o tema “A importância da sociedade organizada na promoção do
saneamento ambiental”, em 2010, teve a sua área
de exposição 100% otimizada, já em fevereiro, a 6
meses de sua realização.
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E devido à grande procura de interessados em expor os seus produtos e serviços na Feira, bem como
apresentar os seus trabalhos no Congresso, tornouse imperativo para a AESabesp ampliar o evento,
que em 2011 irá para o Pavilhão Branco do Expo
Center Norte, ocupando uma área de exposição 50%
maior que a utilizada neste ano.
Motivada pelos bons resultados de 2010, a
AESabesp já definiu a data do XXII Encontro Técnico
e Fenasan 2011 para os dias 01, 02 e 03 de agosto.
Tal iniciativa tanto provocou o interesse dos congressistas em preparar os seus trabalhos, como dos
expositores em garantir o seu espaço na própria Feira, com a comercialização inicial de mais de 50% da
área disponível, sinalizando mais uma realização de
sucesso. Até o fechamento desta edição, já havia a
reserva de 72% dos espaços disponíveis.
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Dentro do Encontro Técnico, que contou com aproximadamente 2.000 congressistas, foi ministrada
uma palestra magna de abertura, pelo jornalista Heródoto Barbeiro, e apresentadas mais 132 palestras
técnicas e o II Seminário de Automação. No Auditório I, ainda foram modeladas cinco mesas redondas,
com debates das questões mais atuais e pertinentes
do setor.
Já a Fenasan 2010, contou com 154 expositores, empresas fabricantes e fornecedores de equipamentos
para o setor, prestadoras de serviços e de demais
segmentos complementares à esfera do saneamento
e meio ambiente, com uma visitação em torno de
10.000 profissionais.
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Empresas e visitantes de todas as regiões do País
marcaram presença na edição de 2010, que também
contou com significativa participação internacional, com presença de empresas e visitações vindas
da Alemanha, Dinamarca, Estados Unidos, Holanda,
Índia, Itália e vários países da América Latina.
A cobertura de mídia foi estendida a vários veículos
de imprensa especializados no setor de saneamento,
bem como em publicações de assuntos de interesse
geral no âmbito nacional e internacional. No Congresso e na Feira, foram destacadas coberturas feitas
por jornalistas da imprensa escrita, televisiva e Internet (web).
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Solenidade de abertura
Na manhã do dia 10 de agosto, foi iniciado o XXI
Encontro Técnico AESabesp - Fenasan 2010. A solenidade de abertura foi conduzida pelo mestre de
cerimônias da AESabesp, Gilberto Martins, e pelo
presidente da AESabesp , Hiroshi Ietsugu.
A platéia estava repleta de expoentes de vários
segmentos do setor de saneamento e da engenharia nacional, como João Alberto Viol (presidente
do Sinaenco - Sindicato Nacional da Arquitetura
e Engenharia Consultiva); diretor de Tecnologia e
Meio Ambiente da Sabesp, Marcelo Salles Holanda
de Freitas (que fez um pronunciamento pela empresa) o deputado estadual, Rodolfo Costa e Silva; o
assessor da Secretaria de Estado de Saneamento e
Energia, Raul David do Valle Júnior (representando
a secretária Dilma Seli Pena); a assistente executiva
da Secretaria de Estados do Meio Ambiente, Neusa
Maria Marcondes de Assis; o presidente interino do
Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo,
João Carlos Gonçalves Bibbo; o vice-presidente do
CREA-SP, Paulo Eduardo de Girava (representando
o presidente José Tadeu da Silva); o presidente do
Conselho Regional de Química, Manlio de Augustinis; o gerente de articulação nacional ABNT, Francisco Frederico Sparenberci Oliveira; o vice presidente
adjunto da ABCON, Paulo Roberto de Oliveira; o presidente da Associação Sabesp, Pérsio Faulim de Menezes (que fez pronunciamento em nome das enti-
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dades representativas da Sabesp); o superintendente
da diretoria sudeste da ABES, Roberval Tavares de
Souza (representando a presidente nacional da ABES,
Cacilda Teixeira de Carvalho); o presidente da ABESSP, Dante Ragazzi Pauli; o diretor da Abraman, Célio
de Almeida Prado; o representante da Organização
Panamericana de Saúde, da ONU, Horst Ottersletter
e o diretor executivo da Instituição Internacional de
desenvolvimento e Meio Ambiente EMA Kablin, Luis
Augusto de Lima Pontes.
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Pela Sabesp, o seu diretor de tecnologia e meioambiente, Marcelo Sales Hollanda de Freitas destacou a importância do evento e os crescentes investimentos do setor em pesquisa e desenvolvimento,
que permitem à instituição poder contribuir para o
crescimento tecnológico da área.
O presidente do Sindesam (Sindicato Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e
Ambiental), Valdir Folgosi, ressaltou que o nível brasileiro de saneamento está longe do ideal e são necessários esforços de todos para que a situação mude e
cumprimentou a AESabesp pela iniciativa.
Em nome das entidades representativas da Sabesp,
o presidente da Associação Sabesp, Pérsio Faulim
de Menezes, lembrou o histórico desse evento e das
personalidades que contribuíram para o seu crescimento (muitas presentes à cerimônia), que ao completar a sua maioridade, 21 anos em 2010, se consolida como o maior do setor na América Latina.
O assessor da Secretaria de Estado de Saneamento e
Energia, Raul David do Valle Júnior (representando
a secretária Dilma Seli Pena) lembrou o novo perfil
que o saneamento no país, com o marco regulatório
e a busca da universalização de serviços.
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Palestra de Heródoto Barbeiro
“Experiência de Sustentabilidade
em área de manancial”
O conhecido e respeitado jornalista da CBN e TV
Cultura, Heródoto Barbeiro, que também é articulista em diversos veículos impressos e na web, autor de livros na área de treinamento para empresas,
jornalismo e história, e âncora do Sistema Globo de
Rádio-SP, foi o convidado para proferir a palestra de
abertura do evento, intitulada “Experiência de Sustentabilidade em área de manancial”.
Heródoto Barbeiro iniciou a palestra com a abordagem sobre a atual preocupação das empresas na
corrida pela sustentabilidade e avaliou o falso dilema entre a responsabilidade social e o assistencialismo. Com um vasto conhecimento de história, o palestrante discorreu sobre o industrialismo, do século
XIX; o conhecimento do século XX e a busca da ética
no século XXI.
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Na oportunidade, ele abordou a sua experiência
na comunidade de Taiaçupeba, que abriga uma população necessitada de geração de renda, mas focada na preservação dos recursos naturais locais. Ela
está localizada a 24 Km de Mogi das Cruzes, onde
a Sabesp também opera a ampliação de uma ETAEstação de Tratamento de Água (Sistema Produtor
Alto Tietê), que permitirá que 15% da população da
Região Metropolitana do Estado de São Paulo seja
beneficiada pelo crescimento da produção de água
potável de 10 m³/s para 15 m³/s.
Depois de analisar que Taiaçupeba sobreviveu a
várias intervenções urbanas, o jornalista decidiu fazer algo para preservar a região. Criou a Sociedade
dos Amigos do Bairro (SAB), que em áreas da própria
Sabesp ocupa terrenos, em regime de comodato,
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Pela sua forma singular
de conduzir o relato
de sua experiência, com
exemplos pitorescos
mesclados a conceitos
profundos de cidadania,
o comunicador contagiou
o público, que lotou o
auditório principal do
evento e lhe rendeu
vários elogios.
para a edificação de creches, biblioteca, espaços para
aulas de karatê e ballet, entre outras atividades.
Um dos objetivos do novo milênio, de acordo
com Barbeiro, é transformar o homem em sujeito
da história e estimulá-lo a fazer o pouco que puder para ajudar nas transformações para um Planeta
melhor.
Exemplificando os valores éticos definidores do
novo milênio, ele ressaltou as seguintes prioridades:
■■ Produzir mais comida que a fome,
■■ Gerar a abundância do essencial,
■■ Proporcionar o desenvolvimento da cidadania
E concluiu que o grande conceito atual de ética é
“aquilo que gente faz quando ninguém está vendo...”
Em seguida, o presidente da AESabesp, Hiroshi
Ietsugu, saudou as autoridades presentes e os investidores-expositores, lembrando que a Fenasan é uma
referência nacional de exposição de novas tecnologias, de promoção de conhecimento e de discussão
de políticas públicas. E na seqüência, convidou o
diretor de Tecnologia e Meio Ambiente da Sabesp,
Marcelo Salles Holanda de Freitas, o jornalista e palestrante Heródoto Barbeiro, o assessor da Secretaria
de Estado de Saneamento e Energia, Raul David do
Valle Júnior e o presidente do Sindesam (Sindicato
Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental), Valdir Folgosi, para
conduzir o descerramento da fita inaugural de abertura da Fenasan 2010.
Hiroshi Ietsugu, Marcelo Salles Holanda de Freitas,
Heródoto Barbeiro, Raul David do Valle Júnior e
Valdir Folgosi celebram a abertura da Fenasan 2010.
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O 1º dia dos trabalhos do XXI Encontro Técnico
Após a solenidade abertura, foi dado início aos trabalhos do XXI Encontro Técnico AESabesp, com a apresentação da sua primeira mesa redonda, com o tema “A importância do saneamento no contexto mundial”.
Ela foi coordenada pelo Eng. Luiz Augusto Lima Pontes, presidente do Instituto Ema Klabin e expoente
muito conhecido e respeitado no setor de saneamento, integrando por muitos anos o quadro diretivo da
AIDIS – Associação Interamericana de Engenharia
Sanitária e Ambiental. A seu convite, o atual presidente da AIDIS, Rafael Dautant, foi a personalidade
internacional presente no nosso Encontro Técnico.
A primeira mesa redonda ainda contou com as
participações de Horst Otterstetter (representante da
ONU - Organização Panamericana de Saúde), Dante
Ragazzi Pauli (presidente da ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – SP), Ricardo Toledo Silva (secretario adjunto de Estado de
Saneamento e Energia) e Hiroshi Ietsugu (presidente
da Associação dos Engenheiros da Sabesp).
Dentro desta mesa, o presidente da AIDIS, Rafael
Dautant, fez uma apresentação, em idioma espanhol,
intitulada “La Sociedad Organizada Y El Saneamiento
Ambiental”, na qual foi iniciada com slides de monumentos históricos mundiais, em forma de aquadutos e cisternas, e destacou a intervenção humana na
natureza e na criação das primeiras infraestruturas
para implantação do saneamento. Num comparativo
entre “sonho e realidade”, ele abrangeu os impactos
da pecuária, da agricultura, da contaminação de solo,
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do alto consumo de energia, e apontou mecanismos
de controle, como Recuperação de Resíduos, Conversão, Minimização e Armazenamento.
Rafael Dautant, presidente da AIDIS
Dautant também abordou criticamente os princípios da Lei da Termodinâmica, quando toneladas
de matéria prima são utilizadas para produzir uma
quantidade ínfima de um produto, gerando a desordem ambiental. E ainda advertiu para não se explorar os recursos renováveis mais rápido que sua
capacidade de regeneração. Ele ainda falou da desigualdade na distribuição de água no mundo e da
necessidade de se assegurar o seu acesso e universalizar o seu acesso.
De forma, muito enfática, na sequência, Horst
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Horst Otterstetter, membro da ONU
Otterstetter, membro da ONU, na Organização Panamericana, argumentou que “no mundo atual há
2 bilhões de pessoas que bebem uma água que nós
não usaríamos para lavar o nosso carro, mas há outras 1,2 bilhões que adorariam ter pelo menos este
tipo de água”, para exemplificar uma inadequada
distribuição deste bem indispensável à sobrevivência
e subsistência da sociedade e do desenvolvimento
humano. Com imagens chocantes em sua apresentação, ele também mostrou a incidência de doenças
e patologias, causadas pela má veiculação hídrica,
como diarréias, cóleras, problemas gástricos , que
ainda causam óbitos em regiões menos assistidas
pelas políticas públicas de saneamento.
O presidente da ABES – Associação Brasileira de
Engenharia Sanitária e Ambiental – seção São Paulo,
Dante Ragazzi Pauli, também fez sua apresentação
nessa mesa, iniciada pela demonstração do surgimento da Lei de Saúde Pública, na Inglaterra, em
1848, e o início da limpeza geral das canalizações
de esgotos da capital, em 1859. A partir daí, foram
expostos gráficos de benefícios trazidos pelo saneamento e o cenário atual, onde bilhões de pessoas, em
países em desenvolvimento, não tem acesso à água
potável. Ele também apontou a discrepância de uso
de água no mundo e os custos que esta má distribuição representa ao desenvolvimento humano, com a
proliferação de doenças, de óbitos e de precariedade
em moradias. Dante também mostrou a situação do
Brasil no contexto mundial e reivindicou incentivos,
pois “apesar da melhora nos último 40 anos, precisaria de muito mais recursos, para oferecermos um
saneamento minimamente razoável”.
O secretario adjunto de Estado de Saneamento
Ricardo Toledo Silva, secretario adjunto de Estado
e Energia, Ricardo Toledo Silva, discorreu, na oportunidade, sobre os tópicos “Saneamento e pobreza”;
“Eficiência e eficácia dos serviços: perspectiva nacional” e “Política de Saneamento do Estado de São
Paulo”, com enfoque para investimentos crescentes,
ambiente regulado e gestão de demanda. Considerando o aumento potencializado da população nos
últimos 50 anos, sendo que a grande maioria se encontra na área urbana, Toledo propôs como metas
para o Estado a consolidação da cobertura universal do abastecimento de água (100%); a elevação
da coleta de esgotos para uma cobertura próxima a
85%; e um salto qualitativo nos volumes de esgotos
tratados sobre os coletados (inclusive ampliação de
interceptores e emissários). Essas metas, segundo o
secretário, dizem respeito tanto aos 366 municípios
(com cerca de 25 milhões de habitantes) operados
pela Sabesp, como para os remanescentes 279 municípios que abrigam pouco menos de 17 milhões de
habitantes atendidos por serviços municipais.
Dante Ragazzi Pauli, presidente da ABES-SP
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matéria tema
Palestras técnicas de empresas
No Auditório 2, foram realizadas as seguintes palestras:
■■Critérios de seleção de sopradores e compressores em ETE’s
e ETA’s, por Carlos Facitolli (Aerzen do Brasil).
■■Perdas físicas: produtos em ferro dúctil para controle
de perdas, por Guilherme Drehmer (Saint-Gobain
Canalização).
■■Impermeabilizações especiais e sistemas de injeção, por
João Fonseca e Leandro Jorge (Eco Firma).
■■MBR - Reuso industrial, por Roberto dos Santos (Siemens)
Palestras técnicas de trabalhos inscritos:
Nos Auditórios 3, 4, 5 e 6, foram apresentados os seguintes
trabalhos:
■■Gestão de perdas – uma ferramenta necessária e eficaz,
por Nelson Silva Junior (Sabesp)
■■Parametrização de conversores de freqüência em estações
elevatórias para combate às perdas reais, por Alexandre D.
Marques (Sabesp).
■■Monitoramento georeferenciado de pressões nas redes
de distribuição de água no combate às perdas reais, por
André Luis A. Dias (Sabesp).
■■Os impactos nos resultados de perdas aparentes na troca
de hidrômetros de pequena capacidade, por Cícero F.
Batista (Sabesp).
■■Aplicação e validação da fórmula para estimativa da perda
real inevitável em um sistema de abastecimento de água,
por Eduardo L. Arrosi (Sanepar).
■■Gestão do processo de válvulas redutoras de pressão, por
Eliane Xavier (Sabesp).
■■Motivação para a implantação de sistema de medição de
água individualizada em edifícios residenciais verticais:
estudos de casos, por Evaldo M. Coiado (Fac. Politécnica
de Jundiaí- SP).
■■Adequação de hidrômetros de grandes clientes com
modelagem matemática - case de sucesso, por Fernando
Luis C. Martins (Sabesp).
■■Avaliação das influências estruturais e modificações físicas
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da paisagem natural na rodovia BR- 116 Régis BittencourtSP, por Ajibola Isau Badiru (IPEN).
■■Ocupações e consições ambientais de postos de gasolina
na rodovia BR-116 Régis Bittencourt-SP, por Ajibola Isau
Badiru (IPEN).
■■Avaliação do grau de satisfação dos usuários em relação à
revitalização da ETE “Lagoa Encantada”, em
■■Cuiabá/MT, por Aryadne Márcia Aquino (UFMT).
■■Participação social e saneamento básico: o papel das
audiências públicas na construção de relação de confiança
com a comunidade, por Claudia M. G. de Quevedo (Sabesp).
■■Consumo e meio ambiente, por Ezequiel Ferreira dos
Santos (Sabesp).
■■Estratégias de organização e articulação com a
comunidade do programa Córrego Limpo, por Francisca
Adalgisa da Silva (Sabesp).
■■Saneamento em comunidades isoladas, proposta de
programa, por Jose Antonio De Angelis (Sabesp).
■■Implantação e operação de distritos de manobra, por
Alexandre Domingues Marques (Sabesp).
■■Qualidade: um novo desafio para a gestão corporativa dos
empreendimentos na Sabesp, por Arisnandes Antonio da
Silva (Sabesp).
■■Sistema de gestão e controle das intervenções em redes de
distribuição de água, por Lilian Rouse Silva Lima (Sabesp).
■■A experiência da unidade de negócio Leste da Sabesp no
uso da simulação hidráulica, por Nivaldo Rodrigues da
Costa Jr. (Sabesp).
■■Monitoramento à distância de pontos críticos na
distribuição de água utilizando a Estrutura da U.M.A.
(Unidade de Medição Água) padrão Sabesp, por Rogério
dos Santos (Sabesp).
■■Biosistemas integrados .Saneamento sustentável em
comunidades de baixa renda, por Andre Lermontov (Grupo
Águas do Brasil).
■■Operação de estações elevatórias de esgotos na cidade de
São José dos Campos / SP, por Gustavo Diniz (Sabesp).
■■Entropia máxima aplicada à engenharia; matemática de
precisão usada para ajuste de curvas, por Bruno M. L.
Roman (Statsoft South América).
■■Aquecimento de água utilizando aquecedores solares de
baixo custo, por Evaldo M. Coiado (Fac.Politécnica de
Jundiaí).
■■O BOPE na manutenção preditiva, por Fernando B.
Trindade (Sabesp).
■■Estudo da viabilidade para o aproveitamento de fontes
alternativas de energia para o espaço da ETE - “Lagoa
■■Encantada”, por Gabriella Costa Araújo (UFMT).
■■Six Sigma aplicado a bombeamento de esgotos em Águas
de Itapema, por Mário Augusto Bággio (Hoperações
Consultoria).
■■Redução de custos operacionais de coleta e afastamento
de esgotos no Bairro Jardim Calux em SBC, por Pierre
Ribeiro de Siqueira (Sabesp).
■■Ganho de produtividade e redução de custo com
implantação de agentes qualificadores da informação, por
Pierre R. de Siqueira (Sabesp).
julho / agosto / setembro | 2010
matéria tema
O 2º dia dos trabalhos do XXI Encontro Técnico
Em 11 de agosto, foi realizado o segundo dia do Encontro Técnico AESabesp, iniciado com a 2ª Reunião
do Fórum Paulista de Comitês de Bacias Hidrográficas,
coordenada por Edson Geraldo Sabbag.
Na pauta foi discutido o Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH). Elaborado pela Secretaria Nacional
de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente,
o documento tem como objetivo guiar as decisões do
governo e das instituições que compõem o Sistema
Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos. No
encontro, foi explicado de que maneira os Comitês
trabalham junto ao governo, através do PNRH.
Outro ponto importante foi a apresentação de experiências de Comitês de Bacias do Estado para que os
participantes pudessem votar, ao fim do Encontro, em
qual delas representaria o estado de São Paulo no XII
ENCOB – Encontro Nacional de Comitês de Bacias, que
acontece em novembro, na cidade de Fortaleza.
Na parte da tarde, foi realizada a mesa redonda “A
importância da sociedade civil organizada na promoção
do saneamento ambiental”. O debate foi coordenado
pela advogada ambientalista Vanessa Hasson (assessora
jurídica da AESabesp) e contou com a participação de
Suraya Modaelli (Fórum Nacional de Comitês de Bacias
Hidrográficas), Germano Hernandes Filho (Comitê de
Bacias Hidrográficas), Gustavo Justino de Oliveira (Faculdade de direito da USP) e Oscar Gozzi (Secretaria do
Meio Ambiente do Estado de São Paulo).
Na oportunidade, foram discutidos meios legais para
que a sociedade civil participe das decisões que envolvem as bacias hidrográficas brasileiras. Suraya Modaelli
explicou o processo de criação dos Comitês.
É por meio deles que a população pode participar
das decisões do governo, uma vez que possuem representantes da União, dos Estados e de associações civis.
Gozzi e Oliveira explicaram quais as leis que regulam
essa participação. Oliveira, porém, criticou dizendo que
são pouco eficazes. Crítica feita também por Hernandes
Filho. Para ele, o Estado não libera, de fato, a participação civil. Destacou, ainda, que a melhor maneira de gerir a questão é por meio de uma sociedade distribuída,
onde Estado e sociedade civil possam agir de maneira
independente.
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Saneas
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matéria tema
■■Secagem térmica de lodo e cogeração de energia,por José
Maria Silva e Ricardo Bordon (Pieralisi do Brasil).
■■Projeto Condomínio de Agroenergia para agricultura
familiar, por Kleber Vanolli (Itaipu Binacional).
■■Ações educacionais, ambientais, culturais, sociais e
Palestras técnicas de empresas
No Auditório 2, foram realizadas as seguintes palestras:
■■Medição on-line de cor de água, por Roberto Pedroso, da
Digitrol Indústria e Comércio.
■■Nova tecnologia em higienização de reservatórios, por
Roberto Thomé de Souza, da Microambiental Laboratório,
Comércio e Serviços em Água.
■■Recuperação ambiental de lagoas de tratamento de esgoto
por desidratação mecânica de lodo, por Josuel Batista dos
Santos, da Wustenjet Engenharia, Saneamento e Serviços.
■■Tecnologia em bombeamento e aeração, por Marco
Antonio Baldo, da Higra Industrial.
■■Tubulações de PVC orientado, por Jorge Neves Moll, da
Amanco Brasil.
■■Recuperação energética de lodo, por Norberto Martins, da
Centroprojekt do Brasil.
■■Economizando energia com bombas submersíveis, por
Sérgio Bastos,da ABS Indústria de Bombas Centrífugas.
Palestras técnicas de trabalhos inscritos:
Nos Auditórios 3, 4, 5 e 6, foram apresentados os
seguintes trabalhos:
■■Força tarefa de combate às perdas reais e aparentes no
Guarujá .- case de sucesso, por Fernando L. C. Martins
(Sabesp).
■■Gestão de irregularidades em ligações de água, por Ivan
Ferreira Freire (Sabesp).
■■Teste de estanqueidade em redes de abastecimento com
foco em redução de perdas de água na região bragantina,
por José do Carmo de S. Jr. (Sabesp).
■■A gestão do programa de redução de perdas, contribuindo
para a melhoria da eficiência operacional, por Josué Fraga
da Silva (Sabesp).
■■Acompanhamento das ligações inativas para a redução
de perdas reais e aparentes, por Karina Candido Soares
(Sabesp).
■■Controle de vazamentos por quadrícula de manobra, por
Luciana Regina de Oliveira (Sabesp).
20
Saneas
turísticas na área da ETE de Jales-SP, por Luis Paulo de
Almeida Neto (Sabesp).
■■Implantação e avaliação da eficácia do tratamento
de resíduos de demanda química de oxigênio por
espectrometria de absorção atômica, por Luiz Gustavo B.
de Souza (Sabesp).
■■Algoritmos práticos para dimensionamento de tubulações,
por Alisson Gomes de Moraes (Sabesp).
■■O saneamento e o meio ambiente, por Johnson Pontes de
Moura (Faculdade Drummond).
■■Projeto de reator anaeróbico de fluxo ascendente,por Kouji
Kitahara ( Kouji Kitahara Consultoria de Engenharia).
■■O mapeamento, análise e otimização de processos: uma
experiência pioneira na Unidade de Negócio Oeste – MO,
por Mário Augusto Bággio (Hoperações Consultoria).
■■Efeito da variação da qualidade do efluente final produzido
em sistema de lodos ativados convencional no processo de
desinfecção, por Marta Regina Inoue (Sabesp).
■■Aplicação em escala real de peróxido de hidrogênio no
efluente de reator anaeróbio (UASB) para controle de
odor devido a sulfeto de hidrogênio, por Paulo Bonon
(Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos).
■■A gestão dos empreendimentos do programa Onda Limpa
- sistema de tratamento e coleta de esgoto no litoral
paulista, por Sandra Regina D. Alves Maia (Sabesp).
■■Monitoramento de extravasão CRAT Consolação, Paulista e
Jardim América, por Hilton Marioni dos Santos (Sabesp).
■■Acompanhamento e controle dos sistemas de distribuição
com o auxílio de sistemas supervisório, por Márcio Leandro
Lins Soares (Sabesp).
■■Importância das válvulas redutoras de pressão - VRPs na
economia de água, por Luciano Tenório da Silva (Sabesp).
■■Redução de perdas de água de 35 comunidades, por Luis
Paulo de Almeida Neto (Sabesp).
■■Fique ligado na redução de perdas aparentes, por Cícero
Ferreira Batista (Sabesp).
■■Siscope . gestão de perdas através de sistema
automatizado, por Luiz Celso Braga Pinto (Cagece).
■■Planejamento das atividades para melhoria da eficiência
operacional em setores e abastecimento, por Luiz Fernando
da C. Rainkober (Sabesp).
■■Convênio Sabesp & Casal: uma estratégia tripartite de
ataque às causas de perdas, por Mário Augusto Baggio
(Hoperações Consultoria).
■■MASPP II fundamentado na metodologia Six Sigma: uma
sequência natural do MASPP Isomado às ações da IWA, por
Mário Augusto Bággio (Hoperações Consultoria).
■■Método de priorização . ações de combate às perdas reais
na Sabesp-MO, por Maurício Humberto Campos (Sabesp).
■■Uso racional da água na rede de ensino municipal, por
Sonia Maria Nogueira e Silva (sabesp).
■■Estimativa da largura da rede hidrográfica na bacia do rio
Juruena com uso do modelo numérico de terreno/SRTM,
julho / agosto / setembro | 2010
matéria tema
por Naomi Onga (UFMT).
■■Programa Córrego Limpo, estudo de caso na Unidade de
Negócio Norte da Sabesp, por Nelson Bevilacqua (Sabesp).
■■Proposta de análise, acompanhamento e saneamento de
áreas de risco: talude natural (encosta), por Pedro José da
Silva (FAAP/IPEN).
■■Avaliação da água de lastro utilizada no comércio
internacional, por Rafael Cavalcanti Bizerra (Fatec
Guarulhos).
■■Programa Córrego Limpo - despoluição de córregos em
áreas urbanas, por Wilson Barateli Alves (Sabesp).
■■Revitalização da antiga estação elevatória de esgotos 1
de Pinheiros - o reaproveitamento de uma estrutura, por
Alipio Teixeira dos Santos Neto (sabesp).
■■Copenhague, a conferência do conflito entre os
interesses econômicos e o compromisso com o sistema de
organização coletiva, por Pedro J.da Silva (FAAP/IPEN).
■■Ações com foco no incentivo às políticas públicas voltadas
ao reuso da água - a experiência nas bacias PCJ, por
Alexandre Luis A. Vilella (Consórcio PCJ).
■■Destinação do concentrado proveniente de processos de
separação por membranas, por Daniel Brooke Peig (Perenne
Equipamentos e Sistemas de Água).
■■Aspersor de cloro mecanizado, por Edison Souza Dias
(Sabesp).
■■Proposta de tratamento do esgoto predominantemente
doméstico gerado no IFCE-Limoeiro do Norte, para fins de
reuso, por Heraldo A. Silva Filho (IFCE).
■■Otimização de análises físicoquímicas, por Marta Regina
Inoue (Sabesp).
■■Gestão sustentável dos recursos hídricos no aeroporto
internacional do Rio de Janeiro – Galeão, por Pedro
Antonio Masiero Jr. (CDN Serviços de Água e Esgoto).
■■Estudo de caso - redução de custos com a automação
da dosagem de coagulante na ETA Guaraú, por Newton
Shindo (Sabesp).
■■Sistema de floculação, flotação por ar dissolvido e filtração
em areia de águas superficiais, por Rubens Francisco Junior
(Haztec).
■■Análise exploratória dos padrões espaço-temporais do
uso da terra e suas relações com a qualidade de água na
bacia do Rio São Lourenço . MT, por Gabriella Costa Araújo
(UFMT).
■■Fundo estadual de recursos hídricos na bacia hidrográfica
do Alto Tietê: dificuldades na captação de recursos, por
Marcos Paulo L. Sartor (Sabesp).
■■“Água limpa é pra beber!” ,por Raquel Moraes Costa Pereira
(AESabesp).
■■Análise de poluentes em águas pluviais peri-urbanas
visando aproveitamento residencial, por Ricardo Camilo
Galavoti (USP).
II Seminário de Boas Práticas e Tendências de Automação e
Instrumentação em Saneamento
No segundo dia do Encontro Técnico também foi realizado o “II
Seminário de Boas Práticas e Tendências de Automação e Instrumentação em Saneamento”, no auditório 6, liderado pelos respectivos
representantes das empresas concessionárias estaduais de São Paulo,
Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.
■■
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Alexandre Magno Parente Rocha e Eric Carozzi (Sabesp)
Selma Parreiras Capanema (Copasa).
Afonso Celso de S. Oliveira (Cesan)
Tânia Mara Pereira Marques (Sanepar)
Saneas
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matéria tema
O 3º dia dos trabalhos do XXI Encontro Técnico
Gesner Oliveira, presidente da Sabesp, coordenou a mesa redonda
“A aplicação da nova lei do saneamento (11.445/2007): balanço dos três anos após a promulgação”
Em 12 de agosto, foi realizado o terceiro dia do
Encontro Técnico AESabesp, que consolidou o encerramento deste evento em 2010. Ele foi iniciado
com a mesa redonda “A aplicação da nova lei do
saneamento (11.445/2007): balanço dos três anos
após a promulgação”, coordenado pelo presidente
da Sabesp (Cia de Saneamento Básico do estado de
São Paulo), Gesner Oliveira, e composta pelos participantes: Yves Besse (ABCON – Associação Brasileira
das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de
Água e Esgoto), André Castro (presidente do Instituto Trata Brasil) e Karla Bertocco (diretora de Relações Institucionais da ARSESP – Agência Reguladora
de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo).
No decorrer das apresentações, Yves Besse expôs a evolução das leis antecessoras do setor até a
11.445, considerada o marco regulatório para o saneamento. Após três anos e efetivação de algumas
boas PPPs, parcerias entre esferas pública e privada,
Besse considera que ainda há muito a se fazer. André
Castro concordou e completou afirmando que “os
22
Saneas
avanços são evidentes, mas em ritmo lento e aquém
das necessidades”. Ele ainda colocou os desafios que
se tem a partir de agora: efetiva aplicação da lei e
mobilização da sociedade sobre o tema, a fim de
torná-lo prioritário na agenda política.
Coube à advogada Karla Bertocco explicar o funcionamento das agências reguladoras e como estas
podem contribuir para a universalização do saneamento, a melhoria na qualidade do serviço e a aproximação com a sociedade. Ela avaliou ainda que, ao
longo dos três anos, a grande conquista da ARSESP
foi o conhecimento da realidade além dos números.
Dessa forma, ficou mais fácil saber o que se deve, de
fato, cobrar.
2ª Mesa discutiu a infraestrutura
para a Copa em 2014
“Copa de 2014 – Infraestrutura e saneamento das cidades sede” foi o tema da mesa redonda
que aconteceu na parte da tarde. A coordenação
foi feita pelo Eng. João Alberto Viol (presidente do
julho / agosto / setembro | 2010
matéria tema
Integrantes da mesa redonda que discutiu as questões do
saneamento e infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014
Sinaenco - Sindicato Nacional da Arquitetura e Engenharia Consultiva), e a formação contou com os
palestrantes José Roberto Bernasconi (Sinaenco-SP),
Pedro Pereira Benvenuto (Secretaria de Estado de
Economia e Planejamento), Márcio Galvão Fonseca
(Ministério das Cidades) e Rogério de Paula Tavares
(Caixa Econômica Federal)..
Todos concordaram que a questão de saneamento é vital para o País e o fato da próxima Copa ser
no Brasil é um grande incentivo para investimentos. Bernasconi discorreu sobre os desafios que o
País tem até 2014, especialmente em cidades como
Manaus, que conta com apenas 10% de coleta de
esgoto. Fonseca destacou que o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) tem contribuído para os
investimentos no setor. Tavares explicou como são
feitos os empréstimos pelo banco e ressaltou que a
solução é o aumento das parcerias público privadas.
O Superintendente Nacional de Saneamento e
Infra-estrutura, Rogério de Paula Tavares, também
apresentou gráficos de estimativas e da atual composição de investimentos em milhões nas cidades
sedes e seus respectivos destinos: 60.973,80 (mobi-
julho / agosto / setembro | 2010
Rogério de Paula Tavares,
Superintendente Nacional de
Saneamento e Infra-estrutura
lidade urbana), 6.852,50 (aeroportos), 740,70 (portos), 2.663,30 (energia elétrica), 12.422,30 (saneamento básico), 12.626,10 (rede hoteleira), 1.173,80
(rede hospitalar), 1.254,30 (segurança) e 5.413,50
(estádio / arenas). Na sequência, atestou que o PAC
2 prevê um investimento total de R$ 955,0 bilhões,
até 2014, com aportes assegurados nas seguintes
modalidades: 140,3 (energia elétrica), 104,5 (logística e transporte), 281,9 (óleo e gás), 33,6 (água e
esgoto), 10 (manejo de resíduos sólidos), 18 (mobilidade urbana), 6 (pavimentação) e 30,5 (urbanização
de assentamentos precários).
Saneas
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matéria tema
■■Inovações tecnológicas em vistorias de ligações no
combate às fraudes, por Robson Fontes da Costa (Sabesp).
■■Resultados da otimização em válvulas redutoras de pressão
– VRPs, por Olavo Alberto Prates Sachs (Sabesp).
■■Contratação de serviços de detecção de vazamentos com
Palestras técnicas de empresas
No Auditório 2, foram realizadas as seguintes palestras:
■■O crescimento das aplicações das bombas helicoidais
no saneamento, por Sidney Guedes (Netzsch do Brasil
Indústria e Comércio).
■■Controle de odor - experiência Sanepar, por Vanessa
Galpein (Kemira Chemicals Brasil).
■■Higienização de reservatórios d.água - novas tecnologias,
por João Fonseca e Leandro Jorge (Eco Firma).
■■Evoluções tecnológicas do pré-tratamento de efluentes
municipais e industriais, por Antonio Silva Ferreira e
José Carlos Azevedo (Vibropac Indústria e Comércio de
Equipamentos).
■■Controle de perdas em macromedição com medidor a
bateria MAG8000 - retorno de investimento Andres
Forghieri e Daniel Duarte (Digitrol Indústria e Comércio).
■■Sistema Blutop: a inovação com alto desempenho para
redes de distribuição, por Fernando Puell Neto (SaintGobain Canalização).
Palestras técnicas de trabalhos inscritos:
Nos Auditórios 3, 4, 5 e 6, foram apresentados os seguintes
trabalhos:
■■Gestão de sistemas de abastecimento de água e, grandes
centros urbanos, por Nivaldo Rodrigues da Costa Jr.
(Sabesp).
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Saneas
remuneração na redução da vazão mínima noturna, por
Robson Fontes da Costa (Sabesp).
■■Trocas otimizadas de ramais através da técnica de haste
de escuta . uma nova visão de manutenções da infraestrutura, por Robson Fontes da Costa (Sabesp).
■■A importância do treinamento em técnicas de detecção
de vazamentos não-visíveis - estudo de caso na região
bragantina, por Robson Fontes da Costa (Sabesp).
■■Furação e interligação de redes de distribuição em carga:
processo que elimina paradas no abastecimento de água
para a execução de ampliação, melhoria e manutenção
do sistema de distribuição, por Daniel Pyrrho Tambasco
(Sabesp).
■■Não vamos invadir tua praia, por Luiz Alberto Neves Alario
(Sabesp).
■■Uso de geotextil não tecidos no controle de erosão em uma
área de extração de madeira de Pinus em São Francisco
Xavier, por Luiz Augusto Soares Nunes (Nexichem Bidim).
■■Medida estrutural de controle de escoamento superficial
aplicáveis na bacia do Rio Fragoso na cidade de Olinda, por
Marcos José Vieira de Melo (UFP).
■■Uso racional da água: uma revisão bibliográfica, por
Maurício Novaes Souza (Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Sudeste de Minas).
■■Projeto e execução de obras de engenharia civil,
compromissadas com a sustentabilidade do meio ambiente
urbano e rural, por Pedro José da Silva (FAAP / IPEN).
■■Utilização de buffer como ferramenta auxiliar na
identificação de ligações de esgoto e gerenciamento de
contratos de testes de esgotamento, por José de Ribamar
de M. R. Silva (Sabesp).
■■Avaliação do comportamento hidrológico de bacias
hidrográficas em cenários de mudanças climáticas com
o uso da modelagem: caso ribeirão Entre Ribeiros, por
Maurício Novaes Souza (Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Sudeste de Minas).
■■Modelagem dos recursos hídricos na bacia do Rio Preto
com o “software” Stella: saneamento e gestão ambiental,
por Maurício Novaes Souza (Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Sudeste de Minas).
■■Utilização de geotecnologias na melhoria operacional do
processo de distribuição de água tratada nas unidades de
negócio da diretoria metropolitana da Sabesp, por Silvana
Corsaro C. S. de Franco, Sabesp.
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matéria tema
■■O que os engenheiros precisam saber sobre elevação
do nível do mar e seus efeitos na Baixada Santista, por
Gilberto Berzin (Unisanta).
■■Modelos preditivos para trialometanos (TAMs) em uma
estação de tratamento de água, por Michel Caldato
(Universidade Estadual de Maringá).
■■Estimações de precipitação na bacia do alto e médio rio
Teles Pires, por Bruno Vieira de Deus (UFMT).
■■Poços radiais como alternativa ao método tradicional de
captação de água bruta, por Cesar Bianchi Neto (Sabesp).
■■Fósforo nas águas: estudo de caso sobre o rio Tietê, por
Claudia Maria Gomes de Quevedo (Sabesp).
■■Perdas físicas e aparentes - Nova visão da Sabesp, contrato
com Casal . Maceió, AL por Nilton Seuaciuc e Pedro
Gilberto R. Mota (Sabesp).
■■A contaminação das diferentes porções do recurso solo e
a insustentabilidade das cidades, por Pedro José da Silva
(FAAP / IPEN).
■■A participação civil no projeto de proteção ambiental e
desenvolvimento sustentável do sistema Aqüífero Guarani,
por Pedro Vinicus de Souza Brito (Sabesp).
■■Redução de perdas por grupo de projeto em setor de
abastecimento, por Adriana M. Nunes (Sabesp).
■■Mapeamento de processos na Companhia Águas de
Joinville, por Thiago Zschornack . (Águas de Joinville).
■■Gestão dos volumes macromedidos e vazões mínimas
noturnas dos setores de abastecimento, por Fernando
Batista Blessa (Sabesp).
■■Implantação do Proviewer sistema único para
gerenciamento de automação/telemetria na UN Oeste, por
Ademilson de Jesus Oliveira (Sabesp).
■■Gestão do conhecimento Sabesp gerando conhecimento
sobre assuntos regulatórios, por William Ramalho, Eliana
Salles Scopinho, Pierre Ribeiro de Siqueira e Maria Thereza
Rubim C.Soares (Sabesp).
■■Controle tecnológico, por Robson Fontes da Costa (Sabesp).
■■Aplicação da tecnologia de detecção de vazamentos
Sahara nas adutoras do sistema produtor Alto Tietê, por
Sidney Morelato (Sabesp).
■■Avaliação das atividades do TOQ como
provedor em ensaios de proficiência
em análises microbiológicas de água,
por Aguinaldo Jacob de Oliveira
(Sabesp).
■■O fundamental direito de acesso à
água e o controle social, por Daniel
Henrique de Sousa Lyra(UFRN).
■■A inovação na gestão . sistema de
tecnologia da informação para gestão
de empreendimentos da Sabesp, por
Laércio de Oliveira Alves (Sabesp).
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■■O projeto de organização dos ativos, por Luiz Henrique
Cappellano (Sabesp).
■■Incorporação do lodo e areia de ETE em blocos para
construção civil, por Marcelo Morgado (Sabesp).
■■Projeto “Um milhão de árvores na Cantareira”: estudo de
caso de parceria entre empresa, governos e ONG’s para
proteger o principal manancial da RMSP, por Marcelo
Morgado (Sabesp).
■■Terceiro setor . conquistas e desafios: instrumento para a
promoção do saneamento ambiental, por Vanessa Hasson
de Oliveira (PUC).
■■Gestão de riscos: uma experiência no setor de saneamento
. estudo de caso Sabesp, por Walter Orsatti (Sabesp).
■■“Resíduos sólidos – quer economizar no deságue e
transporte?”, por Paula Rosolino (Sabesp).
■■Caracterização preliminar da qualidade das águas
subterrâneas da região de Indaiatuba-Capivari (SP), por
Sibele Ezaki (Instituto Biológico).
■■Diagnóstico sócio-ambiental dos resíduos sólidos
na microbacia do córrego Samambaia, Chapada dos
Guimarães – MT, por Ana Elisa Martinelli Finazzi (UFMT).
■■Estudo para implantação do gerenciamento dos resíduos
sólidos na ETE Lagoa Encantada - CPA III - Cuiabá/MT, por
Ana Elisa M. Finazzi (UFMT).
■■Caracterização e gerenciamento dos resíduos de serviço
de saúde de uma unidade de nefrologia e hemodiálise,
por Elisabeth Pelosi Teixeira (Faculdade de Tecnologia de
Sorocaba).
■■Caracterização dos resíduos de serviços de saúde da
UTI neonatal do conjunto hospitalar de Sorocaba, por
Elisabeth Pelosi Teixeira (Faculdade de Tecnologia de
Sorocaba).
■■Incorporação de lodo e areia de ETE em blocos para
construção civil: avaliação do crescimento de fungos, por
Flávia Tavares Colpas (Sabesp).
■■Coleta seletiva de lixo domiciliar: o ciclo da política pública
em Santo André – SP, por Marina Gonzalbo Cornieri (USP).
Saneas
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matéria tema
Fenasan 2010: público qualificado e
interessado no saneamento nacional
Em 2010, a visitação à Fenasan, no horário das 13 às
20 horas, destacou um público formado por executivos, técnicos, empresários, estudantes, gestores e
pesquisadores, resultando numa das visitações mais
qualificadas das realizações do setor.
Em 2010, foi crescente a visitação internacional. Vindos da Alemanha, os executivos Wolfgang Wenzel e
Bernhard Mueller, representantes do Grupo Jumo,
em visita ao estande da empresa Digitrol, comentaram: “estamos impressionados com o tamanho
do evento e também com a capacidade do mercado brasileiro. É a primeira vez que estamos no Brasil
e imaginávamos que a demanda do setor por aqui
fosse menor, bem mais modesta. Por isso, foi uma
surpresa agradável notar que é muito maior do que
pensávamos”.
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Saneas
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matéria tema
Da mesma forma, visitantes vindos de países da
Europa, como Itália e Portugal, mostravam-se entusiasmados com a “demonstração da alta tecnologia e amplitude de mercado no Brasil”. Também era
possível deparar com técnicos indianos estudando a
tecnologia brasileira, para avaliar a empregabilidade
em suas regiões.
Em escala nacional, apesar da Feira ser realizada em
São Paulo, foi muito forte a presença de vários expoentes de outros estados brasileiros, com destaque
para uma quantidade expressiva de técnicos vindos
do Rio de Janeiro (foto com os congressistas da Assemae, recepcionados pela AESabesp) , Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Ceará, Rio Grande do Norte,
Amazonas e cidades do interior paulista.
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Os expositores também comentaram a qualificação
dos visitantes, como a equipe Amanco (foto), gerenciada por Laura Rosso, que trouxe sua linha Amanco
Biax, considerada de grande inovação tecnológica. A
Amanco foi patrocinadora prata do evento e acredita que a Fenasan acompanha com eficiência a demanda de mercado e promove um intercâmbio de
conhecimento no setor.
A equipe da Kanaflex, que tem Sergio Amaral (ao
centro) como gerente de saneamento, também atribuiu o sucesso da feira por sua expansão em todo o
território nacional, conferindo uma grande visibilidade aos investidores (expositores).
Tradicional expositora da Fenasan, a Bugatti, sob
a liderança de Antonio Figueiredo Cambuí, também
comemorava os bons resultados: “Foi um golaço.
Esta presença maciça e qualificada dos profissionais
do setor reafirma nossa disposição em estar presente
nesta Feira, desde o seu início”.
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matéria tema
Pela Saint - Gobain Canalização, o gerente Nivaldo
Bruni confirmava o sucesso do grupo na Feira, em comentário dos bons contatos feitos com expoentes do
Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul, além do consistente público de São Paulo.
A equipe da Tigre também comentava os bons resultados alcançados na Fenasan. O técnico José Luiz
demonstrou um dos grandes sucessos da empresa
na Feira: o Kit Uma, que proporciona drenagem de
grande diâmetro, com especificação técnica para
atender a Sabesp.
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Fenasan
concentra as
mais importantes
empresas do setor
Os grandes nomes do setor do saneamento ambiental e dos segmentos que compõem o universo das
suas tecnologias, equipamentos e serviços, estiveram
presentes na Fenasan 2010. O espaço total de 8.000
m2 do Pavilhão Amarelo do Complexo Expo Center
Norte, em São Paulo – SP, foi totalmente ocupado
já no início do ano, tornando-se insuficiente para
atender a procura de investidores/expositores. Dessa
forma, a AESabesp, em 2011 estará nos 12.000 m2
do Pavilhão Branco no mesmo Complexo Expo Center Norte, onde terá sua capacidade de atendimento
aumentada em 50%.
Em 2010, contamos com as presenças dos seguintes investidores/expositores, apoiadores e patrocinadores:
patrocínio
apoio institucional
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expositores na fenasan 2010
matéria tema
• ABIMAQ Ass. Bras. Ind. Máquinas e
Equipamentos
• ABS Inds. Bombas Centrífugas
• Acqua Systems Serviços e Comércio de
Equipamentos Ambientais Ltda.
• Acquaquímica
• ADTS Soluções em Automação e
Engenharia Ltda
• Aerzen do Brasil
• Albrecht Equip. Industriais Ltda
• AESabesp
• Allonda Comercial de Geossintéticos
Ambientais
• Amanco Brasil
• Amitech Brazil Tubos
• Analyser Comércio e Indústria Ltda
• Aquamec - Haztec Tecn. e Planej.
Ambiental S.A.
• Atlas Copco Brasil Ltda.
• AVK Válvulas do Brasil
• B & F Dias Indústria e Comércio
• BBL Engenharia Constr. e Comércio
• Bermad Brasil Importação e Exportação
• Bombas Grundfos do Brasil
• Bombas Leão
• Borges & Katayama Consult. e Repres.
Ltda.
• Brasbom Comercial Importação e
Exportação
• Bugatti Brasil Válvulas
• C.R.I. Bombas Hidráulicas
• Caimex Comércio Exterior
• Centroprojekt doBrasil S.A.
• Chesco do Brasil
• CMR4 Engenharia e Comércio Caetano Tubos
• Coester Automação
• Comercial Gonçalves Equip. de Medição
Ltda.
• Comercial Marwil
• Conexões Especiais do Brasil
• Continuum Chemical Latin América
• Corr Plastik Industrial
• Danfoss do Brasil Ind. e Com
• Delbo Ind. e Comércio de Válvulas
• Digicrom Analítica Ltda. – Digimed
• Digitrol Ind. Com.
• Dinatécnica Indústria e Comércio
• Dositec Bombas Equip. e Acessórios
• Ebara Indústrias e Comércio
• Ecosan Equip. para Saneamento Ltda.
• Edra Saneamento Básico Ind. e Com.
Ltda
• EEA Empresa de Eng. Ambiental
• Eletrônica Santerno Indústria e
Comércio
julho / agosto / setembro | 2010
• Emec Brasil Sist. Tratamento de Água
• Enasa Eng. Ind. Com. de Mats. e Equip.
Saneamento Ltda.
• Enmac Eng. de Materiais Compostos
• EnvironQuip Engenharia de Sistemas
Ambientais
• Evonik Degussa Brasil Ltda.
• Expurgo Lar Prest. de Serviço Ltda.
Ecofirma
• Famac Indústria de Máquinas
• Fernco do Brasil
• FGS Brasil Indústria e Comércio
• Fibrav Fibra de Vidro de Lambari
• FKB Indústria de Equipamentos
• Fluid Feeder Indústria e Comércio
• GE Fanuc do Brasil
• GEA Sistemas de Resfriamento Ltda
• Glass Ind e Com de Bombas Centrífugas
e Equipamentos
• Gratt Indústria de Máquinas
• Guarujá Equipamentos para
Saneamento
• Hemfibra Tecnologia em Saneamento
• Hexis Científica
• Hidroductil Tubos e Conexões
• Hidrogeron do Brasil
• Hidrosul -Máquinas Hidráulicas
• Higra Industrial
• Huesker
• Imap Indústria e Comércio
• Imbil Ind. e Manut. de Bombas ITA Ltda.
• Imefer Industrial e Mercantil de
Ferragens
• Imperveg Comércio e Prestação de
Serviços
• Interativa Indústria, Comércio e
Representações
• Invel Com. Indústria e Participações
• ITT Brasil
• JCN Comércio e Representações
• Kanaflex Indústria de Plásticos
• Kemira Chemicals Brasil
• KSB Bombas Hidráulicas
• Laffi Filtros e Equip. Industriais Ltda.
• Lamon Produtos
• Máquinas Agricolas Jacto S/A - Mizumo
• Marte Balanças e Aparelhos de Precisão
• McFluid Equip. Industriais Ltda.
• Microambiental Laboratório, Comércio
e Serviços em Água
• Mission Rubber do Brasil
• Multi Conexões Indústria e Comércio
• Netzsch do Brasil Indústria e Comércio
• Nivetec Instrumentação e Controle
• Norbra Engineering Adm. de Projetos
Ltda.
• Nunes Oliveira Máquinas e Ferramentas
• Otek Serviços (Grupo Inversiones
Mundial)
• Parkson do Brasil
• Petrofisa do Brasil
• Phoenix Contact Ind. e Com.Ltda.
• Pieralisi do Brasil Ltda.
• Plasson Ltda.
• Plastimax Indústria e Comércio
• Policontrol Indústria de Controle
Ambiental
• Polierg Indústria e Comércio
• Politejo
• Poly Easy do Brasil Ind. e Comércio
• Promar Tratamento Anticorrosivo
• Prominas Brasil Equipamentos
• Pruner Tecnologia Ltda.
• Restor Comércio e Manutenção de
Equip. Eletromec.
• Robuschi do Brasil Com. Imp. de
Equipamentos Industriais
• Sabesp
• Saint - Gobain Canalização
• Sampla do Brasil Ind. e Com.de Correias
• Schneider Eletric do Brasil
• Sensus Metering Systems do Brasil
• SMV Válvulas Industriais
• Sondamar Poços Artesianos
• Sondeq Ind. de Sondas e Equip.
• Sparsol Ind. Com. de Equip. Industriais
Ltda.
• Stringal Equip. Industriais Ltda
• Tigre Tubos e Conexões
• Toray Mambrane USA, Inc.
• Tree-Bio Soluções Ltda
• TSA Tubos Soldados Atlântico
• Uziseal Com. Reparos de Peças
Industriais Ltda
• Valloy Indústria e Comércio de Válvulas
e Acessórios
• Vl Ind. e comercio Ltda.
• Viapol Ltda.
• Vibropac Ind. e Com. de de
Equipamentos Ltda.
• Vika Controls Com. de Inst. e Sistemas
• Wam do Brasil Equi
• Wasserlink Comercial
• Wastec Brasil Comércio de Produtos
Químicos
• Watson Marlow Bredel Indústria e Com.
de Bombas
• Weatherford Indústria e Comércio
• Weir do Brasil Ltda.
• Wustenjet Engenharia, Saneamento e
Serviços
Saneas
31
matéria tema
Prospecção para a Fenasan 2011
Devido ao crescimento desta realização, a próxima
Fenasan terá sua área total ampliada em 50%, uma
vez que sairá dos 8.000m² do Pavilhão Amarelo,
para os 12.000m² do Pavilhão Branco do Expo Center Norte.
Pelo interesse dos investidores/expositores, previamente demonstrado na Fenasan 2010, a 22ª edição
deste evento, em 2011, é a mais promissora possível,
pois pelos índices atuais, já estão reservados 72% da
sua área, pelas seguintes empresas e entidades:
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32
Abimaq Ass. Bras. Ind. Máquinas e Equip. (Ilha Sindesam).
ABS - Inds. Bombas Centrífugas Ltda
Acquaquímica
Aerzen do Brasil
Allonda Comercial de Geossintéticos Ambientais Ltda.
Amanco Brasil Ltda
Amitech Brazil Tubos Ltda
Andritz Separation Ind. e Com. de Equip. de Filtração
APECS - Ass. Paulista Emp. Consult. Servs. Saneamento e
Meio Ambiente
Asperbrás Nordeste Irrigação
AVK Válvulas do Brasil
B & F Dias Indústria e Comércio Ltda
BBL Engenharia Construção e Comércio
Bentley Systems Incorporated
Bermad Brasil Importação e Exportação Ltda.
Borges & Katayama Consultoria e Representações
Bombas Grundfos do Brasil Ltda.
Bombas Leão S/A
Caimex Comércio Exterior
Chesco do Brasil Ltda
CMR4 Engenharia e Comércio Ltda. - Caetano Tubos
Corr Plastil Industrial
C.R.I. Bombas Hidráulicas Ltda
Danfoss do Brasil Ind. e Com. Ltda.
De Nora do Brasil Ltda
Delbo Indústria e Comércio de Válvulas Ltda.
Digitrol Ind. Com . Ltda
Dinatécnica Indústria e Comércio Ltda
Dositec Bombas Equipamentos e Acessórios Ltda.
DVD Valves
Ebara Indústrias e Comércio Ltda.
EEA Empresa de Engenharia Ambiental
Eletrônica Santerno Indústria e Comércio Ltda.
Emec Brasil Sist. Tratamento de Água Ltda.
Enmac Engenharia de Materiais Compostos Ltda.
Enops Engenharia
EnvironQuip Engenharia de Sistemas Ambientais Ltda.
Ercon Engenharia Ltda.
Famac Indústria de Máquinas Ltda.
FGS Brasil Indústria e Comércio Ltda.
Fibrav Fibra de Vidro de Lambari Ltda.
FKB Indústria de Equipamentos Ltda.
Fluid Feeder Indústria e Comércio Ltda.
GEA Sistemas de Resfriamento
GE Intelligente Platforms do Brasil Ltda.
Georg Fischer Sistemas de Tubulações Ltda.
Glass Ind e Com de Bombas Centrífugas e Equip Ltda
Georg Fischer Sistemas de Tubulações Ltda.
Guarujá Equipamentos para Saneamento Ltda.
Hidroductil Tubos e Conexões Ltda.
Hidrogeron do Brasil Ltda.
Saneas
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Hidrosul -Máquinas Hidráulicas Hidrosul Ltda.
Higra Industrial Ltda
Huesker Ltda.
Imap Indústria e Comércio
Imperveg Comércio e Prestação de Serviços Ltda. ME
Interativa Indústria, Comércio e Representações Ltda.
Invel Comércio Indústria e Participações Ltda.
ITT Brasil Equipamentos para Bombeamento e Tratamento
de Água e Efluentes Ltda.
JCN Comércio e Representações Ltda.
Kanaflex S/A Indústria de Plásticos
Kemira Water Solutions
KSB Bombas Hidráulicas S/A
Marte Balanças e Aparelhos de Precisão Ltda.
Mission Rubber do Brasil
Netzsch do Brasil Indústria e Comércio Ltda.
Nivetec Instrumentação e Controle Ltda.
Norbra Engineering Administração e Projetos Ltda.
Nunes Oliveira Máquinas e Ferramentas Ltda
Parkson do Brasil Ltda.
Politejo
Poly Easy do Brasil Ind e Com.
Porto Seguro Cortes e Furos Ltda.
Promar Tratamento Anticorrosivo Ltda.
Prominas Brasil Equipamentos Ltda.
Restor Comércio e Manutenção de Equip. Eletromec. Ltda.
Robuschi do Brasil Comércio, Importação de Equipamentos
Industriais Ltda.
Rothenberger do Brasil
Saint - Gobain Canalização Ltda.
Sampla do Brasil Ind. e Com.de Correias Ltda.
Sigma Tratamento de Águas
SMV Válvulas Industriais Ltda.
Sondamar Poços Artesianos
Sondeq Indústria de Sondas e Equipamentos Ltda.
Stringal Equipamentos Industriais Ltda.
Tigre Tubos e Conexões
T.L. Wolff
Toro Liners do Brasil Ltda.
Tree-Bio Soluções
Valloy Indústria e Comércio de Válvulas e Acessórios Ltda.
Vaz Bombas Dosadoras Ltda.
VCW Válvulas Indústria, Comércio e Representações Ltda.
Vetro Indústria e Comércio Serviço
VI Indústria e Comércio Ltda.
Viapol
Vogelsang Brasil
Wasserlink Comercial Ltda.
Wastec Brasil Comércio de Produtos Químicos Ltda.
Weir do Brasil Ltda.
Wustenjet Engenharia, Saneamento e Serviços
julho / agosto / setembro | 2010
matéria tema
Entrega do Prêmio
AESabesp no
encerramento
Após três dias de muito trabalho, a AESabesp avaliava
ter atingido o seu objetivo de constituir um evento
que correspondesse a todas as expectativas de intercâmbio de conhecimento e de demanda do mercado.
Mas a certeza concreta desta avaliação veio após os
resultados de uma pesquisa de satisfação feita pela
entidade com os investidores / expositores.
Com base nas respostas dos expositores na pesquisa, composta por critérios de avaliação de regular, bom e ótimo para vários aspectos, envolvendo
local, montagem, infra-estrutura, atendimento, distribuição, segurança, distribuição de estandes, público visitante, prospecção de negócios, divulgação
na mídia e demais aspectos pertinentes à realização
do evento, chegou-se a um grau percentual de satisfação de 3% regular, 51% bom e 46% ótimo.Praticamente todos os participantes elogiaram a realização
e a grande maioria confirmou que retornarão no
Encontro Técnico - Fenasan em 2011.
A cerimônia de encerramento do XXI Encontro
Técnico AESabesp – Fenasan 2010 foi realizada na
tarde do dia 12 de agosto, com as presenças do presidente da entidade, Hiroshi Ietsugu e da sua diretoria e comissão organizadora do evento, além do
secretário adjunto da Secretaria de Saneamento e
Energia, Ricardo Toledo e Silva; do diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, e do diretor de Tecnologia e Meio Ambiente da Sabesp, Marcelo Salles
Holanda de Freitas.
Na oportunidade, foi oficializado um dos momentos mais esperados do Encontro Técnico e Fenasan: a premiação do Troféu AESabesp. Durante os
três dias do evento, uma comissão de especialistas
visitou todos os estandes, para avaliar minuciosamente uma série de critérios, que em 2010 contemplou os seguintes vencedores:
Comissão organizadora do XXI Encontro Técnico AESabesp – Fenasan 2010
julho / agosto / setembro | 2010
Saneas
33
matéria tema
Melhor estande
Amanco Brasil / Amitech Brasil / ITT Water
O vice-presidente e diretor técnico da
AESabesp, Walter Orsatti, entregou a
premiação aos vencedores.
Inovação Tecnológica
Higra Industrial / Saint-Gobain Canalização / Valloy Válvulas e Acessórios
O diretor de Tecnologia e Meio
Ambiente da Sabesp, Marcelo Salles
Holanda de Freitas, entregou a
premiação aos vencedores.
34
Saneas
julho / agosto / setembro | 2010
matéria tema
Atendimento Técnico
Guarujá Equipamentos para Saneamento / Grundfos do Brasil / Tree-Bio Soluções
O diretor metropolitano da Sabesp,
Paulo Massato, entregou a premiação
aos vencedores Grundfos e Tree-Bio
O diretor cultural da AESabesp, Olavo Prates Sachs, entregou a premiação ao vencedor Guarujá.
Destaque AESabesp Fenasan
Ilha Sindesam
O presidente da AESabesp, Hiroshi
Ietsugu, entregou a premiação ao
presidente do Sindesam, Valdir Folgosi.
julho / agosto / setembro | 2010
Saneas
35
matéria tema
Destaque AESabesp Sustentabilidade
B&F Dias Indústria e Comércio
O então diretor de projetos socioambientais da AESabesp,
Ivan Borghi, entregou a premiação ao vencedor.
Destaque AESabesp Encontro Técnico
Unidade de Negócio da Regional Metropolitana Norte
Unidade de Negócio da Regional Metropolitana Norte, da Sabesp, representada pelo seu superintendente, José Julio Fernandez Ferreira,
pelo maior número de trabalhos técnicos apresentados: 11 no total, recebeu a premiação do presidente da AESabesp, Hiroshi Ietsugu.
36
Saneas
julho / agosto / setembro | 2010
Ponto de Vista
Reynaldo E. Young Ribeiro
Reynaldo E.
Young Ribeiro
é diretor de
Marketing da
Associação dos
Engenheiros da
Sabesp. Também
é profissional
da Sabesp há 29
anos, formado
em Engenharia
Industrial
Mecânica,
pela Unisanta,
graduado pela
Faculdade de
Só tecnologia não basta.
É preciso ver à frente!
Saúde Pública
da USP, com
especialização
em Engenharia
de Saneamento
Básico no Brasil
e no exterior,
além de possuir
mestrado em
Engenharia
Urbana pela
UFSCar.
O aparato tecnológico que é mostrado anualmente em cada Fenasan expõe o que há de melhor e
mais moderno no setor de saneamento ambiental. É claro que esta constante inovação tem um
imensurável valor em termos de mercado e de
desenvolvimento, pois valoriza o setor, dissemina
conhecimento científico, sendo um dos grandes
motivos de orgulho para a AESabesp, responsável
por essa realização.
Nesse sentido, em 2010, foi passada uma
orientação para todos os expositores para que
consumissem menos papel, reciclassem seus
resíduos, racionalizassem o consumo de água
e adotassem posturas de preservação do meio
ambiente, numa forte campanha pré-evento,
com vista a adequar as necessidades locais para
atender as urgências globais do Planeta, na redução de consumo de energia.
2010 é o “Ano Internacional da
Biodiversidade”
Falar sobre o Ano da Biodiversidade não é fácil, pois trata-se de um tema científico bastante
complexo, pelo que abrange e nos compromete.
Sem dúvida, a história da biodiversidade é emo-
julho / agosto / setembro | 2010
cionante e inspiradora por se tratar da história da
própria vida e dos sistemas que a sustentam.
Se quisermos motivar os habitantes de todo
o mundo para que adotem medidas de proteção
à biodiversidade, devemos iniciar pela descoberta das incríveis relações que existem entre as
pessoas e o mundo que nos rodeia, aumentando,
desta forma, a conscientização sobre as consequências negativas pela perda da biodiversidade, bem como os enormes benefícios que alcançaremos se a conservarmos e a utilizarmos de
forma sustentável.
A campanha global instituída pela ONU para
fomentar medidas de proteção da biodiversidade
em todo o mundo, além de se tratar de um marco
significativo, traduz possibilidades de êxito que
dependem também de medidas inspiradoras a serem adotadas em todos os setores da economia
mundial, principalmente em relação às políticas
públicas ambientais.
Devemos ter clareza que, ao trabalharmos
juntos, difundindo mensagens coerentes e convincentes ao nosso público, poderemos criar e
compartilhar ferramentas institucionais que sejam úteis e eficazes às organizações, mesmo as
Saneas
37
Ponto de Vista
Reynaldo E. Young Ribeiro
que já estão engajadas no trabalho socioambiental,
como a Sabesp, no sentido de inspirar e convencer
os demais atores institucionais a também aderirem
ao movimento e, obviamente, a tomarem medidas
concretas.
Ninguém conhece, mais que os profissionais ligados à nossa área, as facilidades e as dificuldades a
serem enfrentadas e, para isto, queremos potencializar nosso conhecimento e experiência para assegurar que as ações que venham a ser desenvolvidas
sejam fortes, duradouras e intensas constituindose em referências que venham a fazer a diferença
para as futuras gerações, uma vez que dela todos
dependemos.
O que podemos fazer no
Ano Internacional da
Biodiversidade?
Emoção, oportunidade,
otimismo e urgência
É vital que nossa entidade sensibilize as pessoas, produzindo emoções à medida que estas mesmas
pessoas se esclareçam sobre a natureza da vida, como
um todo, e sobre suas articulações com a biodiversidade. É muito relevante que as pessoas reconheçam
a grande oportunidade que lhes é oferecida para salvar a biodiversidade enquanto há tempo, para o bem
de toda a humanidade.
Precisamos empenhar esforços para criar um
forte sentimento de otimismo, uma vez que ainda há tempo para agir e juntos poderemos fazer a
diferença. Entretanto, devemos
evidenciar a urgência na tomaAo redor do
da de decisões, tendo em vista as
mundo diversas
brutais negligências e agressões a
organizações estão
que a biodiversidade tem estado
exposta em todo o mundo.
desenvolvendo
A proteção da biodiversidade requer a adoção de medidas
campanhas
que já são intuitivamente do coDiretrizes das Ações
mobilizadoras para
Socioambientais
nhecimento de todos nós, sejam
estimular
as
pessoas
aqueles que fazem parte do goNossas ações estão sendo plaa tomarem medidas
verno, do empresariado, do setor
nejadas para estabelecer a base
para salvaguardar a
público ou privado. Ao redor do
de nossa atuação e assim atingir
biodiversidade.
mundo diversas organizações esno menor espaço e tempo os setão desenvolvendo campanhas
guintes objetivos:
mobilizadoras para estimular as pessoas a tomarem
medidas para salvaguardar a biodiversidade.
■■ Eliminar a percepção de que as pessoas não têm
O Ano Internacional da Biodiversidade 2010 tem
conexão alguma com a biodiversidade.
como objetivo também refletir sobre os esforços
■■ Aumentar a consciência sobre as ameaças que
atualmente empreendidos, comemorar os êxitos já
enfrentaremos se perdemos a biodiversidade
alcançados e, principalmente, apoiar as medidas que
existente e os benefícios obtidos com sua proainda devem ser tomadas.
teção.
No caso da AESabesp, nossa ação socioambien■■ Promover a adoção de medidas para defender a
tal pretende criar redes de conhecimento que terão
perda da biodiversidade e animar as pessoas a
como resultado a ampliação do significado da palatomarem atitudes pró-ativas.
vra biodiversidade e, principalmente, a necessidade
de sua proteção.
Finalmente destacar que para alcançarmos nosAo desenvolvermos nosso projeto, pretendemos
sos objetivos devemos enfatizar a importância da
não só garantir que a mobilização em sua comudivulgação de mensagens sobre a importância deste
nidade seja a mais efetiva possível, mas que nossos
Ano Internacional da Biodiversidade.
projetos se prolonguem muito além de 2010.
38
Saneas
julho / agosto / setembro | 2010
sustentabilidade
Os bons efeitos do Projeto AESabesp
de Neutralização do Carbono
(*) Colaboração de Maria Aparecida Silva de Paula
A Fenasan de 2010 apresentou, por meio da
sua Diretoria de Projetos Socioambientais, o
Projeto de Neutralização do Carbono, com
o objetivo de praticar ações sustentáveis para
redução de emissão carbono, neste evento. As ações
propostas visam difundir o conceito de práticas sustentáveis, nos ambientes de trabalho , através de
lições aprendidas neste projeto.
Com a perspectiva de oferecer este programa a
outras empresas, eventos, atividades esportivas e
escolares, a intenção das coordenadoras do Projeto:
a advogada ambientalista e consultora jurídica da AESabesp, Vanessa Hasson, e a
química e coordenadora dos pólos
Costa Carvalho e Centro da AESabesp, Maria Aparecida Silva
de Paula, propõem a este
público uma promoção de
mudança de cultura em
relação à preservação do
meio ambiente.
Na edição do XXI Encontro Técnico AESabesp
- Fenasan, foram implantadas ações sustentáveis
com um apelo para que os
expositores, empresas montadoras, comissão técnica, palestrantes e visitantes as adotassem,
tais como:
Uso de transporte público
No print
Alimentação Sustentável
Com o questionamento: quais os documentos necessários que devem ser impressos? Qual público
deve receber material impresso? Ao responder estas
perguntas, o público envolvido minimizava a quantidade de material impresso e criava novas maneiras
de divulgar os seus programas, projetos e equipamentos, de forma sustentável.
Foi priorizada, durante o evento, a disponibilização de produtos locais sazonais e orgânicos, bem como oferecidas opções saudáveis, como frutas
secas.
julho / agosto / setembro | 2010
A AESabesp ofereceu aos participantes do evento
opções de acesso ao local por transporte público,
disponibilizando vans em 2 locais: Metrô Tietê e
sede da entidade, além do incentivo à carona solidária através da parceria com Projeto Carona Brasil
(através de um cadastramento, via web, num sistema de transporte inovador, este meio assegura uma
solução sustentável sob medida para garantir e dar
suporte a variadas comunidades. E ainda tem por
objetivo aumentar a taxa de ocupação dos veículos,
proporcionando economia aos usuários, por meio
de soluções sustentáveis de transporte e, com isso,
reduzir os congestionamentos e as emissões de poluentes no meio ambiente).
Durante o evento foi aplicado um questionário
para levantar informações quanto à forma de deslocamento dos participantes e aprimorar a utilização de transporte para o próximo ano.
Redução de Resíduos
Foi estimulado, durante o evento, o não fornecimento de materiais descartáveis, como talheres pratos,
recipientes ou copos, priorizando quando possível a
disponibilização de materiais reutilizáveis.
Reciclagem
Foram segregados, durante o evento, materiais recicláveis tais como: madeira, papelão, plástico, metal
e papel com destinação sustentável do resíduo.
Saneas
39
sustentabilidade
“nosso principal objetivo foi contribuir com o projeto e conscientizar as
pessoas que passaram pelo nosso estande, mostrando que pequenas ações
podem fazer muita diferença no nosso dia a dia”
Alessandra Cavalcante, B&F Dias
Economizar água
Houve um maior empenho com relação ao desperdício de água, através de conscientização da equipe
que atuou no pavilhão.
Redução do uso desnecessário de
energia
Estimulou-se entre os participantes do evento o apagamento das luzes dos estandes enquanto não estivesse aberta a feira. Os monitores dos eventos poderiam ser desligados quando não estivessem em uso.
Como prática de ação sustentável, neste ano,
integrou-se as ações acima mencionadas na premiação do Troféu AESabesp, na categoria Melhor Estande. E para a grata surpresa da diretoria de projetos
socioambientais, houve uma grande adesão dos expositores/investidores que superou todas as expectativas, destacando-se as empresas que utilizaram
várias ações sustentáveis propostas neste projeto,
tais como a Amanco Brasil, a Amitech Brasil e a ITT
Water, entre outras.
Como destaque “Sustentabilidade”, a empresa
B&F Dias Indústria e Comércio foi a grande vencedora de 2010 pelas ações de sustentabilidade adotadas durante o evento, que foram avaliadas de
acordo com o programa da AESabesp de conscientização ambiental, onde Alessandra Cavalcante, do
departamento de marketing da empresa, informou:
“nosso principal objetivo foi contribuir com o projeto e conscientizar as pessoas que passaram pelo nosso estande, mostrando que pequenas ações podem
fazer muita diferença no nosso dia a dia”
40
Saneas
Com um retorno muito positivo obtido no XXI
Encontro Técnico AESabesp - Fenasan 2010, o Projeto AESabesp está em sua fase conclusiva, onde após
mapear as fronteiras organizacionais e operacionais,
identificar as fontes de emissão de emissão, remoção
e comunicar as oportunidade de redução de emissões de CO2, serão aplicados fatores de conversão e
de emissões para os dados das atividades identificadas para a compensação ambiental provenientes
das emissões de CO2. Na sequência, serão plantadas
mudas, na represa Jaguari, não somente para compensação ambiental, mas para contribuirmos com a
qualidade de vida e embelezamento do planeta.
O projeto de neutralização de carbono desenvolvido pela diretoria de Projetos Socioambientais da
AESabesp, através das ações propostas e realizadas,
não tem a intenção única de compensar o ambiente
quanto as ações desenvolvidas no evento, mas tem
o objetivo de ser uma semente na fomentação de
mudança de cultura através de um repensar nas atividades diárias, onde pequenas mudanças contribuirão com a qualidade do planeta.
A semente deste evento já está dando seu primeiro fruto onde já fomos convidados a participar
de uma grande feira de ciências sustentável no Estado de São Paulo.
julho / agosto / setembro | 2010
B&F Dias: a grande
vencedora
do Prêmio
“Destaque Aesabesp
Sustentabilidade”
No dia 12 de agosto, durante a cerimônia de encerramento do XXI Encontro Técnico AESabesp – Fenasan, a B&F Dias recebeu o troféu de Destaque AESabesp Sustentabilidade, por suas exemplares ações de
sustentabilidade e conscientização ambiental.
A empresa também colocou em prática um projeto
desenvolvido por José Lourenço Ribeiro, de Minas Gerais. Trata-se de uma bicicleta que transforma energia
mecânica em elétrica. A idéia foi fazer com que os
visitantes pedalassem para gerar a energia necessária para funcionar o sistema de aeração por ar difuso
disposto dentro de um aquário. Além de economizar
energia elétrica e ser sustentavelmente apropriado,
a bicicleta aproximou ainda mais a empresa com o
cliente, fazendo-o interagir com o evento e ao mesmo tempo contribuir com a proposta do projeto.
Outra medida importante foi a redução de resíduos dentro do estande. Para minimizar este problema a empresa adotou o uso de copos fabricados de
papel feito com madeira de reflorestamento. Estes
copos são ainda impermeabilizados internamente
com polietileno degradável. Caso o destino do copo
seja o aterro sanitário, o plástico do revestimento
se degrada em até 18 meses sem prejudicar o meio
ambiente. Esta tecnologia é segura para contato
com alimento e reconhecida pela FDA e Anvisa. O
uso desse tipo de copo é ainda mais indicado que
os de plástico reciclado principalmente em razão do
menor volume de resíduos gerados.
O buffet servido no estande era de alimentos orgânicos e, para as bebidas foram utilizadas embalagens descartáveis, em tamanho família, para evitar
a geração de resíduos. Estes resíduos gerados no estande foram depositados numa lixeira seletiva e ao
final do evento depositado nos locais apropriados e
indicados pelos organizadores.
julho / agosto / setembro | 2010
Como alternativa para minimização da distribuição de materiais impressos, a B&F Dias adotou
modelos de catálogos resumidos e distribuiu uma
versão digital mais completa.
Durante a FENASAN, todas as anotações necessárias foram feitas em blocos de papéis reciclados.
Para manter a higiene no estande, a empresa
utilizou vassouras plásticas de pet recicladas. Para a
fabricação de cada vassoura são necessárias aproximadamente 7 garrafas plásticas pets e 5.000 copos
descartáveis.
A empresa também adotou um produto de limpeza multiuso notificado pela Anvisa e Ministério da
Saúde, e Certificado pelo IBD e Rainforest Alliance,
Este produto é completamente solúvel em água,
feito com matéria prima 100% natural. Oferece capacidade de adaptação da diluição de acordo com
as necessidades e elimina a utilização de diversos
produtos, reduzindo por sua vez o número de resíduos de embalagens, é 100% biodegradável, em 14
dias não se encontra nenhum resíduo do produto no
meio ambiente, não contamina a água danificando a
capacidade de oxigenação do meio líquido nem beneficiando a proliferação de algas, pois não contém
fosfatos nem petroquímicos.
O estande da empresa dispunha de 24 m2. No entanto, o projeto foi desenvolvido com uma arquitetura promocional e comunicação atraente e confortável. Destaque para a utilização do novo logotipo
de identificação da empresa e o selo comemorativo
de 20 anos de atuação. Os equipamentos foram alocados permitindo a livre circulação das pessoas.
Nossos parabéns à B&F Dias, pela
merecida premiação.
Saneas
41
entrevista
Valdir Folgosi
Valdir Folgosi fala
sobre a expansão do
saneamento nacional
O engenheiro Valdir Folgosi, sócio-diretor da Centroprojekt do Brasil, também é presidente do Sindesam
(Sindicato Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental), que congrega
mais de 120 indústrias especializadas em tecnologia de processo e fabricação de equipamentos para tratamento de água, esgotos sanitários, efluentes industriais, ar, entre outros.
Nesta entrevista, concedida à Revista Saneas, ele aborda os entraves e as perspectivas do setor de saneamento, em nível nacional.
Saneas: Em seu discurso, na abertura do XXI
Encontro Técnico AESabesp-Fenasan 2010, o
senhor ressaltou que o nível brasileiro de saneamento está longe do ideal. Em sua opinião,
onde e como ele pode ser melhorado?
Valdir Folgosi: Quando falamos em cobertura
de tratamento de esgotos sanitários, a situação
é bastante crítica. Segundo pesquisa do Instituto Trata Brasil, o déficit em saneamento pode
ser estimado em 114 milhões de habitantes no
caso de esgotamento sanitário e 43 milhões, no
caso de abastecimento de água. Ele pode ser melhorado unindo os esforços da iniciativa privada
com o poder público. Há espaço para todos. O
importante é fortalecermos o que já conquistamos. Hoje temos uma Secretaria que pertence ao Ministério das Cidades, temos uma Lei e
uma regulamentação. Precisamos fortalecer estes
mecanismos, cobrando um planejamento mais
eficiente dos municípios, talvez até fornecendo
recursos em nível federal para que estes municípios realizem seu plano diretor. Precisamos ter
um novo modelo de gestão que vise a eficiência,
devemos cada vez mais apoiar os movimento de
conscientização e mobilização social para ressaltar a importância da água, que está se tornando
um recurso escasso, e do tratamento de esgotos
municipais, que é um beneficio social.
42
Saneas
Saneas: Qual é a sua avaliação sobre a Fenasan 2010?
Valdir Folgosi: A Fenasam conseguiu nestes últimos anos ter uma importância nacional no setor de tratamento de água e efluentes. Começou
como uma feira interna aos engenheiros da Sabesp, há mais de vinte anos, e atualmente é uma
referência em termos de tecnologia e de novidades para o setor Além das palestras dos encontros técnicos, podemos dizer que a exposição
dos equipamentos, produtos e serviços, voltados
à excelência do saneamento ambiental, é um dos
pontos altos deste evento, no intercambio de
tecnologias e conhecimento. As principais empresas do setor prestigiam esta exposição e nós,
associados do Sindesam, não podíamos deixar de
estarmos presentes neste evento .
Saneas: A Ilha Abimaq-Sindesam ganhou
o Troféu Destaque de 2010. Quais foram os
principais atributos dos expositores da Ilha,
para se destacarem em meio às empresas de
porte que fizeram parte desta Feira?
Valdir Folgosi: Recebemos este prêmio como um
esforço de todos os associados do Sindesam que
valorizaram a instituição, estando presentes para
expor as suas melhores tecnologias .
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entrevista
Valdir Folgosi
Saneas: Em sua opinião, como está a conscientização da sociedade e do poder público, em relação à universalização dos serviços de tratamento
de água e de coleta e tratamento de esgoto no
País?
Valdir Folgosi: Se comparado há dez anos, hoje existe uma conscientização maior, tanto da sociedade
quanto do poder público. Nos últimos oito anos tivemos um avanço significativo neste setor, porém,
há muito a ser feito. A sociedade tem que exigir a
priorização do investimento público para a área do
saneamento que além de fazer bem à saúde permite
ganhos significativos em melhora geral da qualidade de vida, eficiência, valorização da moradia e da
região em que se vive. O poder público tem que se
conscientizar que não devemos fazer política com
saneamento e sim saneamento como política pública. O saneamento deve ser um plano de Estado e não
de governo. Vamos exigir que os novos governantes
valorizem a continuidade do PAC.
Valdir Folgosi: A expectativa é muito grande e preocupante. É evidente que há muito a ser feito, pois
qual será a imagem que os nossos turistas levarão do
Brasil, que promove eventos dessa magnitude, tendo
a seu lado esgoto a céu aberto correndo nas calçadas? É esta imagem que queremos? Com certeza,
não! Queremos um País de primeiro mundo também
do ponto de vista do saneamento ambiental. Para
atingirmos este objetivo, precisamos, além da vontade política, fazer as obras necessárias e também agilidade para desburocratizar os processos licitatórios,
para que essas obras fiquem prontas, com condições
de operar em 2014.
Saneas: O que o senhor recomendaria como prioridade na preparação do País para receber dois
mega-eventos, como a Copa Mundo e as Olimpíadas?
Valdir Folgosi: Que tenhamos, pelos menos nas cidades que irão sediar os eventos, a cobertura total do
tratamento de água e esgoto (coletado e tratado).
Saneas: Por que o senhor deSaneas: Por conta do bom
fende a flexibilização da Lei
“O
poder
público
tem
momento esperado, qual é a
8.666, que privilegia contraque se conscientizar
maneira mais indicada de se
tações de obras e serviços no
que não devemos
contemplar também a parsetor pelo menor preço?
te do País que não recebeValdir Folgosi: As contratações
fazer política com
rá a Copa do Mundos e das
pela Lei 8666, que compram
saneamento e sim
Olimpíadas, cuja condição de
pelo menor preço, sem qualifisaneamento como
abastecimento é bem mais
car o conteúdo, estão levando
política pública”
precária do que as regiões
ao extermínio das empresas sésedes?
rias que prezam a qualidade e
Valdir Folgosi: Como falamos, precisamos de um
pagam os seus impostos. Defendemos que além de
planejamento consistente como visão estratégica e
termos estações de tratamento de água e esgoto
não como imposição legal que a regulamentação
implantadas, elas precisam estar operando eficienexige. É necessário que este planejamento seja de
temente. Para isto precisamos valorizar o preço de
longo prazo. É claro que precisamos da sensibilidade
investimento juntamente com o custo de operação
e da força de vontade do Governo Federal no senti(técnica e preço) e exigir dos fornecedores de equido de desburocratizar o processo de licitação, desopamentos que os mesmos dêem garantias financeinerar os tributos para esta área específica e facilitar
ras de performance dos equipamentos além dos treios financiamentos. Estas atitudes positivas, somadas
namentos técnicos necessários.
à mobilização da sociedade e das autoridades públicas, ajudará a termos, até 2025, a tão almejada uniSaneas: As 120 indústrias especializadas no setor
versalização de água e esgoto.
de saneamento, concentradas no Sindesam, estão com a expectativa de investimento e expansão no setor, por causa da Copa do Mundo 2014
e das Olimpíadas 2016?
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Saneas
43
artigo técnico
MN alcança destaque no
XXI Encontro Técnico
Nesta edição especial, parabenizamos os autores de
todos os trabalhos apresentados no XXI Encontro
Técnico, considerados, pelos próprios congressistas,
de alto nível informativo, científico e aplicativo.
Para representar essas qualificadas apresentações, destacaremos dois artigos da Unidade de Negócio Norte da Sabesp, que foi a detentora do Troféu
Destaque AESabesp Encontro Técnico, por ter apresentado o maior número de trabalhos técnicos: 11
no total.
No artigo técnico 1, é apresentado o trabalho do
Eng. Robson Fontes da Costa, que também é Coordenador de Pólos da RMSP da AESabesp. Em depoimento à Revista Saneas, ele afirmou que compartilhar e transmitir experiências e conhecimentos são
as melhores formas de se aprender mais:
“Quando ensinamos ou repassamos experiências, temos de volta não somente a gratificação do
ato, mas todo o retorno de uma discussão e pontos
de vistas, que por muitas vezes, não são observados
por você até então. Desta forma podemos cada vez
mais aprender naquilo que pensávamos já saber.
44
Saneas
Com isso, ter um trabalho aprovado e poder colocá-lo em discussão é um dos grandes benefícios
de participar de eventos como o Encontro Técnico
AESabesp, sendo uma oportunidade especial de
reunir diversas pessoas atuantes ou não nos temas
expostos.
Nesta última edição consegui reunir cinco experiências realizadas no Combate às Perdas, ou como
prefiro definir “Eficiência Operacional”, os quais irão
abordar temas de Inovações no Combate às Perdas
Aparentes, Técnicas de Detecção de Vazamentos,
Trocas Otimizadas de Ramais, Controle Tecnológico
e Contratação por Performance de Resultados.”
No artigo técnico 2, uma representativa equipe
de profissionais dessa Unidade de Negócio, composta
por Nelson Bevilacqua, Edson Luiz Camilli, Mário Alba
Braghirolim, José Júlio Pereira Fernandes, Nanci Delbin, Marcio Gomes e Guilherme Machado Paixão, é
destacada com a apresentação do trabalho “Programa
Córrego Limpo - Estudo de Caso na Unidade de Negócio Norte da Sabesp”, no qual destaca as principais
características dos 14 córregos despoluídos e dos 12
córregos em processo de despoluição, bem como as
obras executadas e a executar necessárias à evolução
da melhoria da qualidade da água.
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artigo técnico
O Treinamento como ferramenta de
Integração no Combate as Perdas
Por Robson Fontes da Costa
Tecnólogo em Obras Hidráulicas, graduado pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo – FATEC/SP; Engenheiro Civil,
graduado pela Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL/SP com Especialização em Engenharia de Saneamento Básico
pela Faculdade de Saúde Pública de São Paulo – FSP/SP e Engenharia de Projeto de Válvulas Industriais – Faculdade de
Mecatrônica de São Paulo POLI/USP, além de estar Mestrando em Tecnologias Ambientais pelo CEETEPS/SP.
Envolver as pessoas na problemática do combate
às perdas e fundamental para o sucesso das ações
aplicadas. A pergunta, portanto, é como realizar isso,
envolvendo pessoas das mais diversas áreas. Uma das
soluções encontradas foi a realização de treinamentos teóricos e práticos para toda a força de trabalho
na Região Bragantina da Unidade de Negocio Norte,
desde pessoas operacionais à administrativas. Com
isso, houve uma homogeneização das informações
e consequentemente um maior envolvimento das
pessoas em todo o processo.
Além disso, a padronização das técnicas de detecção de vazamentos e combate as fraudes trouxe
um melhor desempenho nas atividades, contribuindo em muito nos resultados, conforme demonstrados no gráfico abaixo.
É fato que o empenho dos colaboradores e a
gestão aplicada são fatores fundamentais para estes
resultados, sem os quais nada pode ser realizado.
Inovações no Combate as
Perdas Aparentes
Muito se têm discutido em equipamentos e
técnicas de detecção de vazamentos utilizados no
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Foto da equipe em um dia de treinamento prático
combate às chamadas “perdas reais”, mas pouco
se avançam desta discussão nas chamadas “perdas
aparentes”, constituídas em sua grande maioria por
fraudes em hidrômetros e ligações diretas.
Mesmo com a utilização de ferramentas de gestão ainda encontramos dificuldades nos trabalhos
realizados em campo, pois as caracterizações destas
irregularidades dependem de vistorias e comprovações das fraudes.
Um dos grandes problemas enfrentados são as
irregularidades denominadas como by-pass, pois se
tratam de ligações paralelas as oficiais, controladas
ou não por registros para falsificar os consumos
medidos.
Estas ligações encontram-se enterradas próximas ou não aos cavaletes de entrada, quando não
são derivações em marcha das redes de distribuição.
Para isso, utilizam-se técnicas acústicas, onde
através da instalação de “Válvulas Geradoras de Ondas”, que provocam vibrações nas tubulações podendo ser escutadas e identificadas com geofones,
permitem a localização destas ligações.
Saneas
45
artigo técnico
Outra técnica que pode ser utilizada em locais
com suspeita de fraudes ou ligações diretas e a instalação de micro câmaras através dos cavaletes ou
mesmo pelo ramal de entrada através de uma pequena escavação no passeio. As imagens revelam
não somente derivações irregulares como podem
filmar travamentos pelos mais diversos dispositivos.
A grande novidade, porém e o locador de tubulações por emissão de microondas, visto que o equipamento pode localizar qualquer tipo de interferência
enterrada ou não-visível, como o “by-pass”.
Com esta nova técnica de detecção, é possível
rapidamente verificar a existência de ramais clandestinos.
Além disso, em ligações excluídas ou inativas, a
mesma técnica pode ser realizada, trazendo diversos
benefícios no combate aos indicadores de perdas.
A solução encontrada foi propor uma nova forma de contratação que remunerasse os serviços em
função dos resultados que ele produzisse.
A referência seria a vazão mínima noturna do
sub-setor estudado, valorando em função do grau
de dificuldade da obtenção daquele resultado, medidas antes e depois de um ciclo de atividades realizadas que estivessem entre os patamares de redução.
Os valores atribuídos a cada faixa de redução foram estabelecidos visando à crescente utilização de
equipamentos. Quanto maior a redução (maior que
50%) estima-se que seja necessária a utilização de
técnicas e equipamentos mais sofisticados.
Com, isso obtivemos resultados positivos como a
redução de 58,67% na vazão mínima noturna conforme o gráfico abaixo além de um melhor acompanhamento das execuções realizadas como forma
de dados estatísticos de causa e conseqüências dos
vazamentos locados.
Como toda inovação ainda são necessários ajustes para que a sinergia do trabalho possa trazer cada
vez mais resultados positivos às reduções esperadas.
Utilização do locador de microondas Spector 07
Contratos de Performance com a
diminuição da Vazão Mínima Noturna
Na constante busca de aperfeiçoamento de processos, identificamos a possibilidade de obter melhorias nos serviços de engenharia de detecção de
vazamento. Os editais já previam que os profissionais
deveriam ser certificados pela ABENDE (Associação
Brasileira de Ensaios Não-Destrutíveis), e possuir
estrutura mínima, com equipamentos como haste
de escuta, geofone, correlacionador, registrador de
ruído entre outros. Com o passar dos anos percebeuse que faltava algo que ampliasse o entrosamento
entre a empresa contratada e a contratante, especialmente ao que se refere a resultados.
No formato convencional de contratação, remunerávamos os serviços pela extensão de rede percorrida indicando os vazamentos localizados, registrando as pressões dinâmicas e relatório dos serviços.
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Saneas
Exemplo de redução da vazão mínima noturna
DMC Arthur Siqueira
Exemplo de
acompanhamento
dos resultados dos
vazamentos locados
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artigo técnico
Trocas Otimizadas de Ramais
Controle Tecnológico
Estudos realizados na Sabesp demonstram que
90% dos vazamentos não-visíveis locados, encontram-se nos ramais. Isso ocorre pela qualidade dos
materiais aplicados e instalações inadequadas, além
da própria idade destas ligações.
Diante deste quadro havia a necessidade de
efetuar-se uma campanha de trocas de ramais.
O critério adotado inicialmente foi o de se trocar
preventivamente todos os ramais com mais de uma
ocorrência de vazamentos, ficado a critério de cada
gestor de manutenção o seu gerenciamento.
Para otimização destas trocas optamos por realizar o seguinte procedimento experimental.
Utilizarmos a técnica de escuta com Haste de
Escuta, conforme o procedimento PR051-Abendi,
para determinação de pontos com ruídos nas ligações existentes. O objetivo, portanto não era o de
locarmos o ponto suspeito de vazamento, mas, já
que havia a possibilidade deste ser um, efetuar a sua
troca preventivamente.
Com isso, obtemos uma maior produtividade de
locais a serem trocados e otimizamos estas trocas, ganhando velocidade nas pesquisas com haste de escuta
inicialmente realizadas com colaboradores da própria
Sabesp, reduzindo os volumes perdidos e ao mesmo
tempo realizando uma melhoria da infra-estrutura.
Com os bons resultados iniciais, estendemos a
atividade a terceiros, através de uma nova formulação de contratos dirigidos apenas à “Otimização
de Trocas de Ramais”, com uma significativa diminuição dos custos da atividade, quebrando alguns
paradigmas existentes.
Gestão na Auditoria da Qualidade nos Serviços,
Materiais e Produtos com vistas a alcançar as Conformidades Qualitativas, executivas e de utilização
de recursos, na distribuição de serviços obras de manutenção e ampliação dos sistemas de distribuição
de água tratada e coleta de esgotos, reaterro de valas e reposição de pavimentos, com Controle Tecnológico para Unidade de Negócio Norte da Diretoria
Metropolitana – SABESP.
O Controle de Qualidade dos materiais e processos executivos das demandas, de ampliações por
Crescimento Vegetativo e dos serviços de manutenção, em redes e ligações de água e esgotos, será realizado através de inspeção e verificação da conformidade e o atendimento as especificações de cada
frente de trabalho.
Estas especificações definem os critérios pelos
quais devem ser prestados os serviços de controle tecnológico pela CONTRATADA, através de corpo técnico
permanente e de comprovada experiência tecnológica e deverão fornecer elementos que permitam a
SABESP, com segurança e confiabilidade, monitorar a
evolução e conformidade dos serviços, introduzindo
melhorias e otimizando os recursos envolvidos.
Assim sendo, além da verificação da conformidade
dos Recursos Utilizados, a CONTRATADA atuará com o
enfoque principal de efetuar, por amostragem, a verificação da conformidade técnica dos serviços executados, bem como dos materiais aplicados, em relação
às Normas Técnicas da ABNT e aos Procedimentos,
Normas e Especificações Técnicas SABESP, alem do
cumprimento da legislação vigente nos municípios
atendidos, assegurando a confiabilidade necessária
para o recebimento e aceitação dos mesmos.
Isso insere diretamente nos indicadores de perdas, pois evitam recorrências de vazamentos e asseguram a diminuição das perdas reais.
Podemos concluir, portanto que a busca pela Eficiência Operacional, em si só, é a diminuição das perdas nos sistemas de distribuição em suas diversas fases e sua implementação muitas vezes implica não
somente em melhorias de práticas ou procedimentos,
mas em mudanças culturais. O treinamento e o investimento na gestão de pessoas e a pesquisa de novas
tecnologias e materiais complementam as ações necessárias ao combate deste grande desafio.
Equipe de MOP realizando varredura com haste de escuta para
trocas otimizadas.
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Saneas
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artigo técnico
Programa Córrego Limpo
Estudo de Caso na Unidade
de Negócio Norte da Sabesp
Por Nelson Bevilacqua
Engenheiro Civil pela Fundação Armando Álvares Penteado (1992). Mestre em Engenharia pela Escola Politécnica da USP
(2006). Especialista em Engenharia de Saneamento Básico pela Faculdade de Saúde Pública da USP (1999). Curso de
Especialização em Sistemas de Esgotos em Tóquio, Japão (2001). Gerente da Divisão de Operação de Esgotos Norte da
Sabesp.
Por Edson Luiz Camilli
Tecnólogo em Obras Hidráulicas pela FATEC, Faculdade de Tecnologia de São Paulo - Pós Graduado em Educação
Ambiental pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade São Paulo FSP / USP - Coordenador do Programa de
Despoluição de Córregos “ Córrego Limpo” da Sabesp, Unidade de Negócio Norte.
Por Mário Alba Braghiroli
Tecnólogo em Construção Civil pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo - FATEC, Pós-Graduado em Administração
de Empresas pela Fundação Armando Álvares Penteado-FAAP – Gerente de Departamento de Engenharia da Sabesp,
Unidade Negócio Norte.
Por José Júlio Pereira Fernandes
Engenheiro Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Administração de Empresas pela Faculdade de
Economia e Administração da Universidade Mackenzie – Superintendente da Nanci Delbin. Comunicação Social pela FMU,
Pós-Graduado em Administração de Gestão de Empresas pela Faculdade São Luiz, MBA em Desenvolvimento gerencial pelo
Instituto Mauá de Tecnologia – Gerente de Departamento Comercial e Marketing da Sabesp, Unidade de Negócio Norte.
Por Marcio Gomes
Engenheiro Mecânico pela Univ. Santa Cecília. Pós Graduado em Administração Industrial pela Fundação Vanzolini – USP.
MBA em Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas - FGV (em curso). Engenheiro da Divisão de Operação de
Esgotos Norte - Sabesp,
Por Guilherme Machado Paixão
Engenheiro Mecânico pela PUC-MG e MBA em Administração para Engenheiros pelo Instituto Mauá de Tecnologia Gerente do Departamento de Serviços da Sabesp, Unidade de Negócio Norte.
Este trabalho descreve o Programa Córrego Limpo
com ênfase nos córregos localizados na área de atuação da Unidade de Negócio Norte da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo) e destaca as principais características dos 14
córregos despoluídos e dos 12 córregos em processo
de despoluição.
São apresentadas as principais obras executadas
e a executar necessárias para a despoluição desses
córregos e a evolução da melhoria da qualidade da
água dos córregos medida através das análises de
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). Os dados
48
Saneas
apresentados foram obtidos através de pesquisa nas
áreas técnicas e operacionais da Sabesp e fornecidos pela Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP).
Conclui-se que o trabalho da despoluição vai muito
além da implantação, complementação e manutenção do sistema de esgotos, ele envolve ações de comunicação e educação ambiental que visam à conscientização da população a responsabilizar-se pela
manutenção da limpeza do córrego e requer uma
atuação permanente da Sabesp e PMSP.
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artigo técnico
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
O Programa Córrego Limpo teve início em março de 2007, através da parceria entre a Sabesp e a
PMSP. Definiram-se 42 córregos considerados prioritários, espalhados pela malha urbana, totalizando 204 km2 e beneficiando aproximadamente 2,5
milhões de pessoas. O horizonte para a conclusão
dos trabalhos para quase todos eles era dezembro de
2008. Posteriormente, em maio de 2009, formulouse a segunda etapa do Programa Córrego Limpo,
contemplando mais 58 córregos, totalizando 100
córregos no Município de São Paulo, tendo como
horizonte norteador o mês de julho de 2010. Esta
nova etapa beneficiará cerca de 1,3 milhões de pessoas. O investimento total previsto para o programa
é de 195 milhões de reais.
As principais ações de responsabilidade da Sabesp para a despoluição dos córregos são: diagnóstico das redes coletoras existentes, inspeções
de imóveis para verificar a forma de esgotamento,
manutenção das redes, elaboração de projetos de
redes, coletores-tronco e elevatórias, licenciamento
ambiental, execução das obras projetadas, execução
de ligações domiciliares e industriais, monitoramento da qualidade das águas dos córregos e palestras
de orientação ambiental para a população local. As
principais ações da PMSP são: limpeza dos leitos e
margens dos córregos, manutenção das galerias de
águas pluviais e bocas de lobo, contenção das margens, quando houver riscos de deslizamento, remoção de imóveis para permitir a implantação da infraestrutura de esgotamento, reurbanização de favelas,
implantação de parques lineares e notificação aos
proprietários de imóveis para que façam a conexão
ao sistema público de esgotamento sanitário.
Os dados apresentados foram obtidos através de
pesquisa efetuada nas áreas de projeto, apoio técnico, operação, manutenção, comercial e obras da
Sabesp. Foram consultados os registros de dados cadastrais, contratuais, operacionais, comerciais, bancos de preços e entrevistados os envolvidos com o
trabalho de despoluição de córregos.
RESULTADOS
OBRAS EM MÉTODO NÃO-DESTRUTIVO
Nos grandes centros urbanos, os túneis têm importância decisiva na execução de obras, porque se
apresentam como solução para vencer múltiplos
obstáculos, evitando a interrupção de trânsito, desapropriações de terrenos e edificações e facilitando a
transposição de interferências (CHAMA NETO, 2004).
Para a despoluição dos córregos da Unidade de
Negócio Norte estão sendo utilizados nas obras de
redes coletoras e coletores tronco, onde os trechos
projetados apresentam grandes profundidades e em
travessias sob córregos, métodos não-destrutivos. Os
principais métodos utilizados são: tubo cravado em
PVC (Cloreto de polivilina) e perfuração direcional.
■■ Perfuração direcional convencional
Esse método consiste na perfuração utilizando
equipamentos específicos dirigíveis ou fixos em caminhões. Inicialmente, faz-se uma perfuração piloto
que depois é aumentada no diâmetro desejado da
tubulação.
O método de perfuração direcional executa
extensões de até 300m e de diâmetro até 355mm
com tubos de PEAD (Polietileno de alta densidade).
A Figura 1 apresenta o equipamento utilizado neste
método.
OBJETIVOS
Os objetivos principais deste trabalho são:
■■ Destacar a metodologia construtiva das obras de
alta complexidade;
■■ Informar a evolução da melhoria de qualidade
da água dos córregos durante o processo de despoluição;
■■ Analisar os facilitadores e dificultadores para implementação do programa.
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■■ Tubo cravado de PVC
O tubo cravado de PVC é um método desenvolvido pela empresa Scava Engenharia que utiliza equipamentos relativamente pequenos quando comparado aos demais métodos e que devido às vantagens
da utilização do tubo de PVC, como a facilidade de
transporte e manuseio, vem apresentando bons resultados na execução das obras de despoluição de
córregos.
Saneas
49
artigo técnico
Figura 1 – Equipamento para a perfuração direcional.
Figura 2 – Equipamento para a execução de método tubo
cravado PVC. Fonte: (SCAVA, 2008)
A Figura 2 apresenta obra de coletor executada
com a utilização do método de tubo cravado de
PVC.
Foram executados 30m de obras em método não
destrutivo (tubo cravado de PVC) nos córregos Novo
Mundo e Biquinha e serão executados até março de
2009 mais 83m.
valores são expressos em miligramas de oxigênio por
litro e quanto maior o nível de DBO, mais poluição
existe na água.
Os pontos de coleta são determinados através da
análise do curso do córrego e localizados próximos a
sua foz, onde não há mais contribuições de esgotos
em pontos a jusante.
A caracterização dos córregos em função da DBO
dá-se da seguinte forma:
■■ 0 a 5 mg/litro: condições naturais, permite o contato primário das pessoas e a rega de hortaliças;
■■ 5 a 10 mg/litro: condições boas, não se recomenda o contato primário nem a rega de hortaliças,
mas possibilita a existência de peixes, o uso da
água para animais e o tratamento convencional
da água;
■■ 10 a 30 mg/litro: condições boas, aspecto estético bom, permite a existência de peixes, não exala
odores e possibilita o tratamento convencional
da água;
■■ 30 a 70 mg/litro: condição estética ainda boa,
porém com restrições a existência de peixes e
exalação de odores em determinadas épocas do
ano (verão seco, principalmente); tratamento de
água com consumo alto de produtos químicos;
■■ Acima de 70 mg/litro: Poluído.
OBRAS E SERVIÇOS CONVENCIONAIS
Para a despoluição dos córregos na Unidade de
Negócio Norte, foram executados os seguintes serviços e obras:
■■ Ligações de esgoto: 1200 unidades;
■■ Redes coletoras 11.500 metros
■■ Regularização de ligação de água: 130 unidades.
■■ Eliminação de 5 elevatórias de esgotos
CONTROLE DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS
CÓRREGOS
Devido à carga poluidora que chega aos córregos, os cursos d’ água ficam repletos de matéria
orgânica, sendo necessária grande quantidade de
oxigênio para manter as bactérias e outros microorganismos que se alimentam destes resíduos. Desse
modo, para medir a contaminação, é utilizado um
índice conhecido como Demanda Bioquímica de
Oxigênio ou DBO que representa a quantidade de
oxigênio dissolvido na água necessário à estabilização da matéria orgânica biodegradável presente. Os
50
Saneas
Destaca-se que há outras condições determinantes de qualidade de água (poluição química). Porém,
o controle da qualidade detalhado neste trabalho
refere-se à poluição orgânica.
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artigo técnico
FACILITADORES E DIFICULTADORES DO
PROGRAMA
■■ Facilitadores do programa em primeira instância
é a própria disposição do poder público para implementar o programa – o despertar das comunidades para as questões ambientais – inclusão
do valor investimentos/despesas na peça orçamentária – introdução de novas tecnologias que
viabilizam execução de obras de alta complexidade.
■■ Os dificultadores são caracterizados pela topografia local – construções irregulares – ocupações clandestinas – alto custo para execução das
obras.
CONCLUSÕES
As principais conclusões desse trabalho são:
■■ O método não destrutivo de PVC cravado é uma
nova tecnologia aplicada nas obras de despoluição de córregos e vem se destacando devido a
sua rapidez, facilidade de manuseio e versatilidade em relação aos demais métodos não destrutivos;
■■ A parceria Sabesp e PMSP são essenciais para o
sucesso do programa;
■■ A DBO é o parâmetro utilizado para avaliar a
melhoria da qualidade da água dos córregos a
serem despoluídos. Os córregos despoluídos e
em fase de despoluição apresentam tendência
decrescente nos resultados de DBO demonstrando a relação direta das ações executadas com a
qualidade da água;
■■ A arrecadação tarifária através da cobrança pelo
efluente não doméstico demonstra que além do
benefício socioambiental a despoluição de córregos representa uma importante fonte de recursos financeiros para a Companhia;
■■ O trabalho da despoluição vai muito além da implantação, complementação e manutenção do
sistema de esgotos, ele envolve ações de comunicação e educação ambiental que visam à conscientização da população a responsabilizar-se pela
manutenção da limpeza do córrego e requer uma
atuação permanente da Sabesp e PMSP.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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São Paulo, 2004. 116p.
2. CONSTRUCAP. Métodos não destrutivos. São Paulo,
2005. Relatório fotográfico.
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São Paulo, disponível em <http://www.sabesp.com.br
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São Paulo, 2010. Relatório Despoluição de Córregos.
6. SCAVA. Tubo cravado em PVC. São Paulo, 2008. Relatório fotográfico.
7. TSUTIYA, M.T.; ALEM SOBRINHO, P. Coleta e transporte de esgoto sanitário, 1.ed. São Paulo: Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 1999.
548p.
Saneas
51
visão de mercado
Paulo Oliveira
Gerente de
marketing da
Associação dos
Engenheiros da
Sabesp, entidade
promotora da
Fenasan, há 5
anos. É graduado
em Administração
Hoteleira, pelo
Senac, em
Propaganda e
Marketing pela
Universidade
Paulista – UNIP
e pós-graduado
em Gestão
de Marketing
de Serviços,
pela Fundação
Armando Alvares
Penteado - FAAP.
52
A Fenasan e
um novo Brasil
Estamos vivenciando uma nova experiência no
mercado de infraestrutura brasileiro. Vultosos
investimentos estão sendo previstos para os próximos anos para fazer frente aos enormes desafios e gargalos em todo o setor de infraestrutura
nacional. Adicionalmente aos eventos já contratados (copa do mundo em 2014, olimpíadas em
2016 e exploração do pré-sal, para citar alguns)
que demandarão investimentos astronômicos, o
Brasil se insere cada vez mais na economia mundial e se torna um player global, com mercado
interno extremamente forte, atrativo e pujante,
que será capaz de atrair investimentos em todos
os campos.
O que se viu também, nestes anos, foi o fortalecimento do mercado interno brasileiro e
redução substancial da pobreza no Brasil. Isto
significa grandes oportunidades para o setor de
saneamento atender esta nova classe de consumidores. Segundo dados do Banco Central, entre
2003 e 2009, 35,7 milhões de pessoas passaram
a fazer parte da classe média, enquanto 20,5
milhões cruzaram a linha de pobreza para cima.
Projeções, do mesmo Banco Central, indica que a
esta tendência será mantida e que, entre 2010 e
2014, mais de 36,0 milhões de pessoas entrarão
na classe média e mais de 14,5 milhões sairão da
pobreza.
Saneas
A forte demanda esperada em todos os setores da economia, inclusive na área de saneamento e meio ambiente, em razão desta nova
configuração social projetada para o Brasil pode
ser verificada em estudos conduzidos por equipes
econômicas de instituições financeiras brasileiras.
Abaixo, estão listados os principais investimentos
esperados para o triênio 2010-2013:
■■ Programa de Aceleração do Crescimento –
US$ 850 bilhões, US$ 530 bilhões somente
entre 2011-2014 (Parcerias Público Privadas),
primordialmente em Infraestrutura;
Gráfico mostra a mobilidade social no
Brasil entre 2003 e 2009.
Fonte: Ministério da Fazenda
julho / agosto / setembro | 2010
visão de mercado
Paulo Oliveira
Segundo levantamento do Instituto Trata Brasil
junto ao setor, para que todos os brasileiros
tenham água e esgoto tratados são necessários
recursos ao redor de R$ 270 bilhões, R$ 185 bilhões
a mais do que o total previsto para a área nas duas
fases do Programa de Aceleração de Crescimento
(PAC 1 e 2) do governo federal
■■ Copa do Mundo (2014) – estimativas preliminares de 0,5% a 1,0% do PIB;
■■ Olimpíadas (2016) – estimativas preliminares de
1,0% a 2,0% do PIB;
■■ Pré-Sal – 13 bilhões de barris de petróleo (otimistas acreditam em 50 bilhões). US$ 1 trilhão
em receitas, US$ 450 em tributos, nos próximos
30 anos e US$ 170 bilhões em investimentos diretos da Petrobras. O Brasil será o maior produtor
de óleo no mundo ocidental (5 milhões de barris/
dia em 2020);
■■ Crédito Habitacional / PIB – 3%. Estimativas mais
otimistas apontam para 10% do PIB;
■■ Fortalecimento do mercado de capitais brasileiro.
Neste contexto, um recente estudo do Banco
Central do Brasil mostra as perspectivas de investimentos públicos e privados em infraestrutura no
Brasil para os próximos três anos:
Perspectiva de investimentos em infratestrura
Fonte: BNDES
Se olharmos isoladamente os dados do PAC 2, as
diretrizes previstas para investimentos públicos na
área de saneamento são as seguintes:
Expansão da coleta e do tratamento de esgoto Redes coletoras, estações elevatórias, interceptores,
julho / agosto / setembro | 2010
emissários e estações de tratamento:
■■ Aumento da cobertura de coleta e tratamento;
■■ Proteção dos mananciais e despoluição de cursos
d’água;
■■ Redução de doenças causadas pela falta de saneamento básico.
Ampliação do tratamento de resíduos sólidos Aterros sanitários, modernização tecnológica, em
especial por meio de consórcios intermunicipais:
■■ Ampliação da destinação final adequada;
■■ Redução dos impactos ambientais;
■■ Prevenção de doenças.
Além dos investimentos previstos no PAC 2, há
um projeto mais ambicioso no Brasil chamado de
Universalização dos Serviços de Saneamento Básico
Brasileiro. Apesar de ainda ser uma realidade distante e dependente de pesados investimentos, onde
os previstos são absurdamente altos, o que abre
enormes oportunidades para toda a cadeia de empresas ligadas a este campo. Segundo levantamento do Instituto Trata Brasil junto ao setor, para que
todos os brasileiros tenham água e esgoto tratados
são necessários recursos ao redor de R$ 270 bilhões,
R$ 185 bilhões a mais do que o total previsto para
a área nas duas fases do Programa de Aceleração
de Crescimento (PAC 1 e 2) do governo federal, que
chega próximo a R$ 85 bilhões. O secretário nacional de saneamento ambiental, Leodegar da Cunha
Tiscoski, calcula que o Brasil poderá alcançar um índice próximo de 100% nesses serviços apenas entre
2020 e 2025, desde que seja mantida a média de
investimentos, de R$ 10 bilhões ao ano, prevista entre 2007 e 2014 nos programas do governo. Dados
do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), vinculado ao Ministério das Cidades,
apontam que, em 2008, o índice de atendimento da
população no abastecimento de água atingiu 81,2%,
Saneas
53
visão de mercado
Paulo Oliveira
A Fenasan, além de promover a difusão da tecnoenquanto o da coleta de esgoto foi de apenas 43,2%.
logia empregada no setor de saneamento ambiental,
E do total coletado, somente 34,6% do volume retambém propicia a troca de informações entre os
cebe tratamento. Mas, se for considerada apenas a
profissionais da área, a demonstração de produtos, o
área urbana, o abastecimento de água já está num
desenvolvimento tecnológico de sistemas empreganível próximo da universalização (94,7%), enquanto
dos no tratamento e abastecimento de água, o esno esgotamento sanitário, pouco mais da metade
gotamento sanitário, a drenagem das águas pluviais,
(50,6%) da população é atendida por esse serviço.
a análise laboratorial, a adução, abastecimento, sisA previsão destes altos investimentos irá provocar
temas de coleta, a disposição final e o manejo de
uma efervescência no setor de saneamento no Brasil.
resíduos sólidos.
Certamente assistiremos um crescente e contínuo inO público da feira é composto por executivos,
teresse de empresas estrangeiras dispostas a investir
técnicos, empresários, estudantes, gestores e pesquino Brasil, vender sua tecnologia e fazer associações e
sadores de órgãos públicos e privados, acadêmicos
aquisições com empresas já estabelecidas.
e demais interessados no avanço da aplicação dos
Se por um lado representa ótimas oportunidades
conhecimentos em saneamento ambiental, demonsde negócio para o setor, por outro lado significatrando sua força e importância no mercado brasirá que as empresas locais deverão estar preparadas
leiro neste setor. Recebe, em
para enfrentar um mercado com
média, mais de 10.000 pessoas
empresas competitivas, com noCertamente
a cada edição, com a participavas e modernas tecnologias, alta
assistiremos
um
ção de muitos estrangeiros, com
produtividade e que atuam glocrescente e contínuo
destaque para empresas e probalmente.
interesse
de
empresas
fissionais vindos da Alemanha,
Expor a empresa ativamente
estrangeiras
Argentina, Chile, China, Estados
do mercado de saneamento e
dispostas
a
investir
Unidos, Holanda, Índia, Israel,
meio ambiente, mostrando seus
no Brasil, vender
Itália, México e Portugal.
produtos e sua tecnologia será
sua tecnologia e
A Fenasan, além de ser um
cada vez mais necessário, para
sucesso no mercado de saneanão dizer fundamental para a
fazer associações
mento e meio ambiente como
sobrevivência do negócio.
e aquisições com
um evento técnico e, focado
É neste novo ambiente que a
empresas já
neste setor, tem sido reconheciFenasan se caracteriza como um
estabelecidas.
da, pelos seus expositores, como
evento absolutamente necessáum ambiente propício a realizario para as empresas nacionais e
ção de negócios. Adicionalmente, é vista como uma
internacionais participarem.
excelente vitrine para divulgação de marcas e proA Fenasan - Feira Nacional de Saneamento e Meio
dutos, para estreitar as relações comerciais e permiAmbiente, promovida há 21 anos consecutivos pela
tir uma maior aproximação das empresas com seu
AESabesp - Associação dos Engenheiros da Sabesp,
público alvo, o que gera grandes possibilidades de
é considerada, hoje, como uma das mais importantes
abertura de novos mercados.
feiras do setor de saneamento realizadas no mundo.
Portanto, participar da Fenasan é muito mais do
Reúne os principais fabricantes e fornecedores de
que participar de uma feira técnica. É marcar premateriais e serviços para o setor de saneamento e de
sença num evento segmentado, com visitação espesegmentos correlatos.
cífica e qualificada, conhecer o que de mais atual
Simultaneamente à feira, também é realizado o
existe no mercado e ter a oportunidade de ampliar o
Encontro Técnico da AESabesp, onde profissionais do
networking da empresa, sem contar com a altíssima
setor apresentam e discutem o que há em “estado da
probabilidade de fazer bons negócios, gerando ótiarte” em matéria de saneamento e meio ambiente.
mos resultados para as empresas participantes.
Este fórum é considerado como o maior evento do
setor na América Latina.
54
Saneas
julho / agosto / setembro | 2010
MARQUE
NA SUA
AGENDA!
01 a 03 de agosto de 2011
Pavilhão Branco do Expo Center Norte
São Paulo - SP
Devido ao grande sucesso e procura de expositores, a próxima edição da Fenasan e Encontro Técnico
AESabesp será realizada nos 12.000m² do Pavilhão Branco do Expo Center Norte. Serão 4.000m² a mais de
novidades, produtos e serviços do setor de meio ambiente e saneamento.
Com isso, a Feira e o Encontro Técnico se consolidam cada vez mais como o maior evento do setor
na América Latina. Aproveite a oportunidade e participe!
Informações: www.fenasan.com.br

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