açúcar - JM Madeira

Transcrição

açúcar - JM Madeira
O VIAJANTE
Veneza
Por Diogo C. Pinto
DEPOIS DE MIM VIRÁ
Crónica
por Patrícia Lencastre
BOCA DOCE
açucar 24 | este suplemento não pode ser vendido separadamente do JM | foto capa - Martim Leitão
16 perguntas
a Micaela Abreu
Entrevista a
Herman José
Uma vida
de humor
eterno
2 | açúcar | SÁB 3 SET 2016
a
o coração na boca
Depois de mim virá
Esta capacidade
de desligar do CRÓNICA
secundário Patrícia Lencastre
liberta-nos para
que nos possa- [email protected]
www.shortstoryblog.com
mos dedicar –
num processo
de aprendizagem
– ao que é importante. E permitam-me que
partilhe convosco
que, no im, quando a linha da vida
está a apagar-se,
o que importa
mesmo são os
afectos. A família.
As amizades.
A nossa construção ao longo do
tempo que por
aqui andámos.
Sei disto porque o
vivi de tão perto.
Preferia não
o saber agora
e viver na feliz
ignorância de que
as coisas más
acontecem
sempre mais
longe do que perto.
serenidade que a idade
traz é agora, para mim,
um facto assumido. Não a
questiono, apesar de desconfiar que é possível que
não se aplique a todos.
Mas do que observei nas
pessoas que vi crescer junto a mim e do que sinto
agora com o passar do
tempo, esta serenidade
que se adquire é inquestionável. E gosto desta certeza. Desta capacidade que
se ganha em relativizar
tudo o resto. Aquelas coisas pequeninas que um
dia nos pareceram imensas e inultrapassáveis.
Aprendi a dar o melhor e
em determinado local
quando é preciso em detrimento de qualquer outro
num mundo inteiro de
possibilidades. Mas isto,
tudo isto, só se aprende
com o passar dos dias, dos
anos. E mesmo assim, o
mais provável é que nem
todos o aprendamos e alguns de nós continuem a
perseguir as coisas que as
mãos agarram e os olhos
veem. Aquelas coisas e
momentos que de pouco
irão servir quando a linha
estiver perto de se apagar.
Depois de mim virá, quem
bom de mim fará, repetia
ela baixinho como se o importante não fosse ser ouvida porque sabia que
mesmo que a escutassem
não estariam a prestar
atenção. No fim, quando a
linha se esfumou por entre
os socalcos, o que importou fomos nós. a
©Sem título (1969), Noronha da Costa
a
depois esperar calmamente.
Esta capacidade de desligar do secundário libertanos para que nos possamos dedicar – num processo de aprendizagem – ao
que é importante. E permitam-me que partilhe convosco que, no fim, quando
a linha da vida está a apagar-se, o que importa mesmo são os afectos. A família. As amizades. A nossa
construção ao longo do
tempo que por aqui andámos. Sei disto porque o
vivi de tão perto. Preferia
não o saber agora e viver
na feliz ignorância de que
as coisas más acontecem
sempre mais longe do que
perto. Mas aprendi a saber,
com uma certeza inabalável que no fim, nada mais
importa do que os afectos.
Um abraço, um sorriso, a
disponibilidade para estar
SÁB 3 SET 2016 | açúcar | 3
a
0 viajante
Veneza
v
Diogo C. Pinto
[email protected]
iajar em agosto é quase
sempre a pior das opções, tudo é mais caro,
os locais encontram-se
pejados de turistas, com
agravante de um calor
abrasador insuportável
cansar-nos rapidamente
o corpo, toldando os movimentos e a atenção.
Mas enquanto professor,
inevitavelmente, tenho
de provar esse mal sem
remédio, porque não
existe outra hipótese a
não ser viajar nesse mês
e ficar à mercê de aeroportos entupidos de gente, do encarecimento
oportunista dos locais visitados e, sobretudo, viver uma experiência forjada, preconcebida num
catálogo qualquer de
agência de viagens. Apesar disso, o meu objetivo
é sempre descobrir uma
segunda camada, mais
profunda, em direção a
uma relação mais humana, fora das lojas de souvenirs com as suas tshirts "I Love..." e dos
pins e malas com a Audrey Hepburn, que aparecem inexplicavelmente
em tudo quanto é sítio
por essa Europa fora.
Gosto de absorver o ritmo local, os movimentos
e burburinhos autóctones.
Em Veneza, é praticamente impossível. A
maior parte dos Venezianos fugiram para Mestre
com receio do desmoronamento dos prédios devolutos, do turismo excessivo e preços altíssimos, despovoando um
território único, perdendo, desse modo, parte da
sua identidade. Restam
alguns estabelecimentos
comerciais em ruelas recônditas: artesanato de
máscaras, lojas de legu-
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mes e frutas ou bacaros,
uns bares mais populares onde se vende vinho
e algumas iguarias locais. Por vezes, em alguns momentos, saímos
da torrente turística que
assalta quase todos os
cantos e sentimos um ténue pulsar da vibração
da cidade. Paradoxalmente, o momento em
que consegui encontrarme em sintonia com Veneza aconteceu no passeio de gôndola, um dos
símbolos locais, presente
no imaginário coletivo
amoroso. Não pela piroseira pseudo-romântica
a envolver o uso da dita
embarcação, que primordialmente tinha um propósito de mero transporte da população local,
mas sim, porque conseguimos escapar por breves minutos do cartão
postal, experimentando
a singularidade de uma
cidade labiríntica em
que todas as suas estradas são canais de água.
Podemos também apanhar os vaporetto, barcos motorizados, que
cumprem a função de
autocarros com paragens em diversos pontos,
Para muitos
Veneza pereceu
faz muito tempo,
restando uma
imagem emoldurada daquilo que
foi no passado,
talvez tenham
razão (...) No
entanto continua
a ser particularmente bela
e conhecê-la
será sempre
uma experiência
maravilhosa.
a
sobretudo no Canal
Grande, a maior via
aquática da cidade, dividindo-a ao meio.
Nesta cidade sinuosa e
antiga, assente numa lagoa, emaranhando-se
por centenas de pontes e
braços de mar, por praças, ruelas, monumentos
centenários e prédios velhos jogados caoticamente no espaço é muito difícil não perdermos o nosso sentido de orientação.
Por isso, a melhor opção
é deixarmo-nos à deriva.
Foi assim que conheci a
Casa Museu de Carlo Goldoni, o dramaturgo reformador da Commedia
dell'Arte, no século XVIII,
um dos maiores comediógrafos de sempre e
que, em 2015, esteve nos
palcos madeirenses com
“O Servidor de Dois
Amos” e “Os Rústicos”,
pelo Teatro do AVESSO.
Alguns locais e monumentos a conhecer em
Veneza: desde logo, a
Praça São Marcos, a sua
Basílica e o Palácio Ducal, espaço e monumentos emblemáticos da cidade; a Accademia, escola das Belas Artes do século XIII convertida em
museu; a Ponte Rialto,
unindo as margens norte
e sul da cidade; o museu
Peggy Guggenheim, com
obras de Picasso ou Dalí;
entre tantos outros pontos.
Para muitos Veneza pereceu faz muito tempo,
restando uma imagem
emoldurada daquilo que
foi no passado, talvez tenham razão. Além do património que fica, aquilo
que dá identidade a um
local é o seu povo, as
suas gentes, que transportam com elas as memórias da sua terra. Provavelmente, esta cidade
perdeu irremediavelmente esse tesouro, no
entanto continua a ser
particularmente bela e
conhecê-la será sempre
uma experiência maravilhosa. a
a
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©Martim Leitão
«Acho que a minha personagem
favorita sou eu próprio»
As personagens que Herman José interpreta são tão famosas como o comediante, mas
confessou que não tem preferência por nenhuma em especial, apesar de todas serem importantes para a evolução da sua carreira. Habituado a ser criticado, disse que o humor, quando
é bem utilizado, pode ser uma «arma perigosa».
6 | açúcar | SÁB 3 SET 2016
[email protected]
«É
s tão boa, és tão boa, és
tão boa, és tão boa...» Foi
ao som desta conhecida
música que Herman
José subiu ao palco do
Forum Madeira para
animar os madeirenses
que não perderam a
oportunidade de ver ao
vivo e a cores o pai do
humor português.
O artista deu vida a várias personagens e levou
ao rubro as imensas pessoas que responderam
às suas piadas com gargalhadas e aplausos, tornando o Forum Madeira
Humour Fest num momento único que, com
certeza, nunca mais esquecem.
Depois do brilharete que
fez em cima do palco, falou com a Açúcar, onde
nos recebeu com um caloroso abraço e, claro,
com muito humor à
mistura, ou não fosse
ele conhecido por ser o
rei do improviso.
Herman José, que está a
«O humor teve
vários mestres e,
se calhar,
o Gil Vicente foi o
primeiro, porque
escrevia coisas
muito divertidas
à sua maneira».
comemorar 40 anos de
carreira, não perdeu a
oportunidade de brincar
com isso, dizendo que,
de facto, está a celebrar
40 anos ao serviço do
humor, mas «38 de idade» (risos). O artista, que
é uma fonte de inspiração para os humoristas
que surgiram nos últimos anos, considerou
que, ao longo do tempo,
muitos foram os mestres que também deixa-
©Martim Leitão
Sandra S. Gonçalves
©Martim Leitão
ENTREVISTA
a
SÁB 3 SET 2016 | açúcar | 7
ram a sua impressão digital nesta tão apetecida
área, conhecida por arrastar multidões.
«O humor teve vários
mestres e, se calhar, o
Gil Vicente foi o primeiro, porque escrevia coisas muito divertidas à
sua maneira. Depois vieram o António Silva e o
Vasco Santana, que marcaram a sua época, e,
logo de seguida, o Raul
Solnado e o Nicolau
Breyner», relembrou.
«São todos muito
queridos e tenho
com eles uma
boa relação,
mas estamos
cá todos a lutar
pelo mesmo».
«CONCORRENTES
FEROZES»
Depois de fazer uma retrospetiva no tempo,
Herman José admitiu
que foi o primeiro artista a importar a lógica
anglo-saxónica do humor que, hoje, prevalece
nos novos humoristas. E
é com orgulho que vê o
facto de muitos deles terem-no como fonte de
inspiração, embora tenha afirmado que são
«concorrentes ferozes»
(risos).
«São todos muito queridos e tenho com eles
uma boa relação, mas
estamos cá todos a lutar
pelo mesmo e eu não
perco o espírito competitivo que me faz querer
saber como é que os espetáculos deles correram, se tive ou não mais
público e qual é o feedback», disse.
Tendo isto em conta, o
artista revelou que, dia
após dia, procura evoluir para poder apresentar «coisas diferentes»
nos seus "shows" e, até à
©Martim Leitão
a
data, acredita que tem
se destacado por estar
mais virado para o «entertainment».
«Os momentos musicais
dos meus espetáculos
são muito importantes,
porque diferem do que é
apresentado pelos outros comediantes, e é
esta lógica do “entertainment” que faz com
que o meu "show" não
seja só de humor ou de
stand-up comedy, o que
me agrada bastante», referiu.
TRABALHO
INTENSIVO
Habituado a lidar com
as críticas desde que iniciou a sua promissora
carreira, Herman José
revelou que não o afeta
o facto de existirem pessoas que não gostam do
seu trabalho, até porque
estão no seu direito,
mas, ao contrário destas, há um público que
acha que o artista é o expoente máximo do humor português e é este
que merece a sua dedicação e entrega total em
tudo o que faz.
«Um terço do
público gosta
imenso de ti,
outro terço não
te suporta e para
outro terço
és indiferente».
«Um dia, um produtor
de televisão disse-me
uma coisa cruel: tu estás
convencido de que és a
última coca-cola do deserto, mas é importante
perceberes que, pela
nossa leitura, um terço
do público gosta imenso
de ti, outro terço não te
suporta e para outro terço és indiferente. É uma
leitura engraçada que
serve não só para o humor, mas que também
se encaixa em inúmeras
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aos 33 anos suspenderam-me o programa de
televisão "Humor de
Perdição", onde fazia entrevistas históricas. Mas,
regra geral, tudo o que
digo tem sempre imenso
impacto e, por isso, tenho cuidado para não
ferir suscetibilidades…
Acho que o humor,
quando é bem utilizado,
pode ser uma arma perigosa», argumentou.
SERAFIM É O FAVORITO
DO PÚBLICO
Conhecido por interpretar inúmeras personagens que fizeram (e fazem) parte do dia-a-dia
das pessoas como se fossem membros da famí-
«Tudo o que
digo tem sempre
imenso impacto e,
por isso, tenho
cuidado para
não ferir
suscetibilidades».
lia, adiantou que deve
muito a algumas delas,
porque foram importantes para a sua evolução
enquanto artista, mas
não há nenhuma que se
destaque.
«O Serafim Saudade foi
importantíssimo para
mim, em 1985, porque
foi um boneco que, durante dois anos, foi uma
grande atração em tudo
o que era festa. O êxito
do Estebes e a música
"Bamos lá Cambada" valem ouro, porque tornaram-se universais e o
Diácono Remédios marcou uma geração por ser
uma figura televisiva
bastante engraçada. Todos eles têm um lugar
cativo no meu coração,
mas não há nenhum que
eu diga: que maravilha,
vou fazê-lo. Acho que a
minha personagem favorita sou eu próprio», explicou, acrescentando
que, ao nível do público,
o Serafim Saudade é o
"boneco" mais acarinhado.
Sobre os madeirenses,
disse que estes «adoram
festas e rir». Uma "análise" feita pelo artista que
se pôde constatar no seu
espetáculo, no Forum
Madeira, que se realizou
no passado mês de agosto, cujas gargalhadas do
público fizeram estremecer aquele centro comercial. Terminada a
entrevista, Herman José
foi ter com os inúmeros
fãs que ficaram à sua espera para recordar o
momento com uma fotografia, um autógrafo e
um beijinho. a
©Martim Leitão
áreas, e a conclusão a
que chego é que tenho
de dar o meu melhor
àquele terço do público
que gosta de mim», frisou.
Herman José aproveitou
a ocasião para afirmar
que, na comédia, é preciso ter cuidado com o
que se diz a partir de
uma determinada idade.
E deu o exemplo do que
lhe aconteceu aos 33
anos: «Quando somos
novos as pessoas acham
piada a tudo, mas a partir de uma certa altura a
maior parte daquilo que
dizemos já passa a ser
gravíssimo e eu comecei
a sentir isso na pele desde muito cedo, porque
a
SÁB 3 SET 2016 | açúcar | 9
a
na moda
Boho
Laura Capontes
lauracapontes@[email protected]
;
foto © Laura Capontes
s: theoutnet.com
Vestido e sandália
m
bolsa: macys.co
Boho não é
sinónimo de
confusão, pode
muitas vezes
parecer despreocupado e um pouco “desleixado”,
mas de forma
intencional, em
muitos looks
o truque está
nos acessórios!
é
certamente o estilo da estação. Apesar de ser um
estilo que se vê sempre e
não passa de moda, este
verão parece estar a ser
uma sensação. A verdade
é que é impossível não
gostar, sem regras, um incentivo à nossa autenticidade, looks únicos e personalizados estão garantidos.
4.com;
Jeans e top: jades2
m;
.co
cesta: zaful
m
sandálias: goop.co
.com;
Vestido: chicwish
net-a-porter.com
sandálias e cesta:
.com;
Jumpsuit: topshop
m;
sandálias: guess.co
om
mochila: gojane.c
;
Vestido: choies.com
rter.com;
-po
t-a
ne
s:
lia
dá
san
ret
bolsa: women’s sec
t.com;
dálias: pixiemarke
Vestido e san
om
cesta: mytheresa.c
No verão queremos looks
simples, peças fáceis de
conjugar, acessórios e
mais acessórios, sempre
com ponderação. Este estilo Boho é mesmo isso, peças fluidas, padrões, conforto e muito estilo.
Personalize, lá porque o
boho é um clássico não
tem necessariamente que
ser repetitivo e igual, é im-
portante realçar em cada
look a nossa personalidade e o nosso estilo, não
pense demasiado nem tente ser demasiado fiel aos
looks que muitas vezes se
veem associados a este visual, acrescente sempre o
seu toque pessoal, vista-se
para si mesma, até porque
existem muitas maneiras
de usar as mesmas peças,
cabe é a cada uma mostrar
o seu eu sem se preocupar
em agradar aos outros.
Boho não é sinónimo de
confusão, pode muitas vezes parecer despreocupado e um pouco “desleixado”, mas de forma intencional, em muitos looks o
truque está nos acessórios! Esta tendência é, de
facto, apetecível para o ve-
rão, e além de ficar sempre bem, é uma grande
aposta para os looks mais
casuais, mas garantidamente também para as
festas de verão.
Se ainda não aderiu ao
boho, inspire-se nos looks,
que são apelativos e ótimos para este bom tempo.
Aproveite o verão, sempre
com estilo. a
10 | açúcar | SÁB 3 SET 2016
a
feliz com menos
Tempero, o segredo…
da comida e da vida
Débora G. Pereira
www.simplesmentenatural.com
H
oje quero apresentar-vos um
amigo meu.
Chama-se Tempero, é fiel, para todas as
ocasiões e acompanhame diariamente tanto à
refeição como na vida. O
meu amigo não é esquisito, não é dessas coisas.
Adora conviver com peixe
e com legumes embora as
más línguas possam dar a
entender que ele só se dá
com a carne. Na verdade,
ele é o típico bon vivant,
dá-se com toda a gente e
gosta de se juntar às coisas boas da vida. Raramente atrapalha, não obstante, há que admitir que
é um bocado convencido.
Basicamente, ele considera que deveria estar presente em todas as ocasiões, sente que os outros
sem ele por perto não
têm o mesmo brilho, mas
fazer o quê? Ele a modos
que tem razão. Basta chegar o Tempero que as coisas ficam logo melhores,
a vida ganha outro sabor.
Tento inclui-lo com frequência, principalmente
nas pequenas partes da
minha vida, aqueles pequenos bocados do dia a
dia que ficam por aí espalhados sem importância,
mas que sem os quais a
minha história perderia
todo o sentido.
Quando vou a um restaurante e me esqueço de
convidar o Tempero (sim,
porque já o levei uma vez
ou outra à socapa) é, por
si só menos gostoso e um
pouco mais confuso. Pergunto pelo menu, respondem-me algo como atum
ou frango. Mas… fico a
pensar, e o resto? Pergunto e ficam a olhar para
mim como se eu tivesse
algum problema de compreensão. Porque não me
perguntam se quero uns
legumes salteados num
pouco de azeite com algas
e massajados com uma
maionese caseira? Reparem, as pessoas preparam
carne com marinadas
cheias disto e daquilo, e os
vegetais cozem-nos em
água e sal. Faço-vos um
desafio, cozam carne ou
peixe numa panela com
apenas água e sal e verifiquem se é tão agradável
quanto antes.
Farmacovigilância
Bruno Olim
Farmacêutico
[email protected]
U
m dos garantes
de qualidade de
um sistema é a
capacidade de
deter um sistema de monitorização contínuo em
utilização eficaz, ou seja
com capacidade de deteção e notificação rápidos, e
que nos permita identificar situações díspares daquelas que são expectá-
veis. O sistema de farmacovigilância como definido
pelo INFARMED –“ visa
melhorar a qualidade e segurança dos medicamentos, em defesa do utente e
da Saúde Pública, através
da deteção, avaliação e prevenção de reações adversas
a medicamentos (RAM)”,
sendo este conceito de
Reação Adversa definido
como “uma resposta nociva e não intencional a um
ou mais medicamentos”.
Daqui se depreende a relevância das notificações,
que deverão ser realizadas
pelos profissionais de saúde, médicos, farmacêuticos, enfermeiros e outros,
e obviamente pelos utentes que experimentam na
primeira pessoa a RAM. A
RAM deverá ser notificada
no imediato através da página criada para o efeito –
http://extranet.infarmed.pt/
page.seram.frontoffice.seramhomepage. A avaliação
da RAM será realizada pela
entidade competente, informando sempre o status
do processo ao notificador.
De facto nem sempre é
possível chegar a um nexo
de causalidade conclusiva,
mas permite deter um
maior volume de informação para tratar e dessa forma prevenir subsequentes
situações. Para o utente é
extremamente importante,
pois fica a saber do seu
comportamento individual
perante determinada molécula medicamentosa,
mas também para a saúde
pública em geral, pois permite, após validação, pre-
venir subsequentes situações. Todas as notificações
são válidas, ou seja, é importante para o sistema
notificar RAM tanto, as de
menor expressão, como as
de maior severidade.
No primeiro semestre deste ano 2016 foram notificadas 2602 RAM, sendo que
destas 2170 foram graves.
A incidência das notificações foi maior a nível das
perturbações gerais e local
de administração, sendo
seguidas pelas alterações
na pele, sistema gastroenterológico, sistema nervoso
e respiratório. A indústria
farmacêutica reportou
1332, pelos utentes 83, e
profissionais de saúde; médicos 278; farmacêuticos
215, enfermeiros 72 e outros 4. Estes são já núme-
Na vida, tanto no dia a dia
como nas relações, a presença do Tempero é vital.
A vida destemperada, sem
aqueles momentos especiais, sem aquele toque
que lhe dá significado, é
insípida. As crianças têm
muita prática nisto, mas
os adultos, às vezes esquecem de temperar os pequenos momentos da vida
e, assim, eles não se tornam coisas grandes, são
mera rotina. É tudo uma
questão de carinho, de
cuidado, de atenção. Escolha um Tempero simples e
natural, aquele toque que
lhe faz sentir bem só de
estar presente, que lhe faz
sentir feliz e sobretudo
com uma enorme vontade
de comer à colher. Uma
semana feliz. a
saúde
ros interessantes, mas com
grande margem de evolução.
No que concerne ao tipo
de medicamento, sabe-se
que entre 2013 a 2015 foram notificadas 6800 RAM
sendo as correspondentes
a medicamentos genéricos
1221, logo apenas 17,8% do
total. A frequência da incidência das RAM graves é
idêntica nos medicamentos genéricos, 53,6%, e no
total dos medicamentos
56.3%. Apenas 1,5% dos medicamentos genéricos foram retirados do mercado
por não conformidades,
exatamente a mesma percentagem do mercado global de medicamentos.
Não esqueça, notifique as
RAM ou comunique ao seu
profissional de Saúde. a
SÁB 3 SET 2016 | açúcar | 11
a
feliz com mais
Olá, eu sou a Bimby,
Yammy ou Chef Express,
em que posso ser útil?
SideDish Moustache
[email protected]
O mercado dos
robots de cozinha
explodiu nos
últimos anos,
nalguns casos
de maneira
literal, noutros,
a maioria, de
modo metafórico.
Este “boom”
ajudou a propagar os chefes
de 30 minutos,
ou seja, aqueles
que abrem
a tampa, mandam tudo lá para
dentro, trituram,
cozem, escaldam, tudo no
mesmo sítio e,
30 minutos
depois, está
pronta uma
refeição de que
se sentem
orgulhosos.
C
onfesso que tenho
uma dessas maquinetas cá por
casa, são úteis,
não há sombra de dúvida,
sopas, purés, bolos, e outras coisas que davam
uma trabalheira a fazer,
de esperar x tempo, de
amassar e voltar a amassar, são tarefas executadas, lá está, em 30 minutos e, sim, ficam bons, ou
comestíveis, na pior das
hipóteses.
Havendo esta alternativa,
a parte mais chata que se
apresentava, para mim,
no dia-a-dia da cozinha,
enquanto chefe amador,
passou a ser mais uma.
Não me aborreço a amassar, envolver natas ou
batê-las, nem nada do género. Claro que há momentos em que a nostalgia bate à porta e trato de
fazer tudo à moda antiga.
Tempos depois, os braços
estão dormentes e eu irritado por não ter cortado o
caminho, mas, no final,
quando abro o forno e
vejo o bolo impecavelmente cozido, tostado
onde tem de estar e húmido por dentro, claro
que por fora não iria ter
muita piada, o orgulho
cai sobre mim e parece
saber melhor.
Bem, e o resto? – pergunta o caro leitor. O resto
faço à moda antiga, não
acho piada cozinhar arroz
numa máquina, a sujidade é idêntica à que faria
se usasse uma panela. O
risotto não tem o mesmo
resultado quando é feito e
virado lentamente pela
mão de uma pessoa. A
carne não é cuidada da
mesma maneira, o peixe
também não, os legumes
cozidos normalmente
também não o são... É
tudo muito bonito, incluindo as imagens nos livros de receitas dessas
máquinas, mas nada bate
o original, ou se preferir o
trabalho, árduo – sim, estou a exagerar, que uma
pessoa emprega na confeção de um prato. Retirase a parte humana, do carinho, da preparação com
amor, que é empregue naquilo que importa, do
tempo, da transpiração, e
do stress que é cozinhar
para alguém, e, retirando
tudo isso, temos somente
um prato de comida, sem
sal... a
12 | açúcar | SÁB 3 SET 2016
horas vagas
Sandra Sousa
http://estrelasnocolo.wordpress.com
N
este livro conhecemos Alix, uma
estudante de arquitetura que, a
pedido de uma idosa, tem
de passar um ano na sua
casa e descobrir o que
aconteceu a uma das antepassadas. Nesta nova
aventura, conhece o fa-
Virgílio Jesus
[email protected]
T
he Intern conta a
história de Ben,
homem na casa
dos sessenta, altura da sua vida que não lhe
oferece nada de novo. Depois de candidatar-se a
um estágio para seniores,
Ben conhece a tensa Jules,
fortemente ocupada com
a sua empresa. A relação
que vão construindo ao
longo do filme é deveras
A
Vida Secreta dos
Nossos
Bichos não se restringe a essa ideia
principal, explorando a
forte ligação entre um cão
Max e a sua dona, e o elemento perturbador dessa
paz: Duke, o novo e rebelde cão, visto como uma
ameaça – fazendo lembrar
Andy e Buzz de Toy Story.
Os dois animais se envol-
Por E.V.
É
música
complicado falar
de alguém que admiramos sem parecermos tendenciosos, sejam os nossos
ídolos ou até os amigos,
por isso, e por tudo o mais,
acho que é melhor “sair do
armário” e assumir que
esta crónica será algo tendenciosa. O gajo é destro
a
[livro, filme, música]
livro
Amor Verdadeiro
moso arquitecto Jared. A
atracção entre ambos é
logo sentida, mas algo impede Jared de se declarar
definitivamente a Alix.
Juntamente com o mistério do desaparecimento
de Valentina existem outros segredos que ensombram a relação de Jared e
Jude Deveraux
Alix. Será que vão conseguir ter um futuro juntos?
Em Amor Verdadeiro o
leitor é levado numa longa viagem pela vida de
uma antiga família com
muitos amores e muitos
segredos por desvendar.
No epicentro da história
situa-se a casa Kingsley,
sendo ela própria uma
das principais protagonistas, porque é através dela
que o rumo dos personagens é ditado. E numa
casa antiga, nunca poderia faltar um fantasma,
que neste caso é um jovem misterioso chamado
Caleb. a
televisão & cinema
magnífica. Ambos começam a preocupar-se verdadeiramente um com o outro. De facto, De Niro e
Hathaway conseguiram
dar vida a uma amizade
tão genuína, mostrando
que os mais jovens podem
sempre aprender com os
mais velhos. Talvez é por
acaso, que De Niro tem
uma cena que remonta
para um dos seus papéis
mais icónicos. Apesar dos
dois protagonistas criarem uma fundação sólida
para o filme, ainda têm a
ajuda do restante elenco,
especialmente dos estagiários, que são extremamente divertidos. Enfim,
este é um filme cheio de
alma e de interpretações
tocantes que dificilmente
deixam alguém indiferente. a
vem em problemas, que
os levam aos esgotos de
Manhattan onde encontram um grupo de animais abandonados liderados por um coelho branco. Este é o momento cliché, em que os dois inimigos têm de unir forças
contra um inimigo maior,
e que já vimos em tantos
outros filmes desta categoria não retira nem um
pouco de entretenimento
ao filme. Acresce a tecnologia 3D, em que existe
uma proximidade entre o
espetador e o ecrã como
nunca antes visto num filme de animação. E como
não podia deixar de ser,
pudemos contar com
uma pequena história dos
Mínimos, os responsáveis
pelo êxito da Illumination
Entertainment. a
André Santos - Vitamina D(e cá!)
mas toca guitarra do lado
esquerdo ou anda, ultimamente, com umas camisas
floridas e é o CR7 da música madeirense, André Santos, lançou uma vitamina
em forma de álbum. Não é
um álbum para todos,
atenção, ninguém canta,
há apenas uma tosse pelo
meio, não está englobado
na tradicional guitarra de
jazz, o estilo mais próximo
será o free jazz, ou até
mesmo o jazz-rock, está
mais perto de Mingus do
que Scofield, por exemplo.
A faixa Broke Bad, aproxima-se mais do rock mais
duro a que alguma vez o
André nos habitou, mas
logo a seguir temos um Es-
panta Espíritos para baixar
os nossos batimentos cardíacos. Depois do Ponto de
Partida, parece que o rapaz
segue louco e desenfreado
à conquista do mundo em
que a única paragem obrigatória será no próximo
dia 11 deste mês no Teatro
Baltasar Dias, para ver o
CR7 das seis cordas. a
O Estagiário
TV Cine 1
Sábado, 3 de setembro - 15h40
Realizado por: Nancy Meyers Elenco: Robert De Niro, Anne Hathaway e Rene Russo Género: Comédia A Vida
Secreta
dos Nossos
Bichos
(já nos cinemas)
Realizado por: Yarrow Cheney, Chris Renaud Elenco: Louis C.K., Eric Stonestreet, Kevin Hart,
Jenny Slate, Ellie Kemper Género: Família, Comédia
SÁB 3 SET 2016 | açúcar | 13
a
mais açúcar
Mousse de Chocolate em Cone
ingredientes
modo de preparação
Mousse de chocolate
350gr de natas
200gr de chocolate
Mousse de chocolate: Ferver o sumo de laranja com a glucose, açúcar e manteiga. Adicionar a farinha e o cacau em
pó. Cozinhar por 3 minutos, mexendo constantemente.
Retirar do lume, adicionar a avelã e deixar arrefecer.
Cones
15cl de sumo de laranja
200g de açúcar
100g de manteiga
40g de glucose
65g de farinha
10g de cacau em pó
70g de coco ralado
30g de avelã picada
Cones: Desenhar semi-círculos de 20cm de diâmetro. Espalhar com uma espátula o preparado anterior sobre um
tapete de silicone, dentro do limite do semi-círculo. Levar
ao forno pré-aquecido a 180º durante cerca de 4-5 minutos. Arrefecer ligeiramente, moldar em torno de um cone
metálico, pressionando os extremos para selar. deixar arrefecer completamente.
a
Joana Gonçalves
Chef Pasteleira - Eleven, Lisboa
[email protected]
Bolas de Berlim
ingredientes
Levedura
265g farinha
17cl de água
5g fermento de padeiro
235g de farinha
65g de açúcar
60g fermento de padeiro
10g de sal
5 gemas de ovo
5cl de leite
65g de manteiga
250g de compota de framboesa
Açúcar e canela
N' O Tasco
N
a zona limítrofe
da zona velha da
cidade do Funchal encontramos o restaurante O Tasco, no Largo da Forca.
Uma feliz descoberta para
quem, como eu, se perde
mais por um bom petisco,
feito na hora, do que por
um prato feito.
O Tasco é o paraíso dos
"petisqueiros", aqui temos
muito por onde deambular, começando no polvo
de escabeche - absolutamente delicioso -, também
servido na carcaça ou no
bolo do caco [eu prefiro
na carcaça], passando pela
espada à camarão, pelo
tradicional filete de espa-
por
modo de preparação
Para a levedura, diluir o fermento na água. Verter sobre a
farinha. Amassar e deixar levedar durante 1 hora, até duplicar de volume. Juntar a farinha e o açúcar. Adicionar a
levedura e o sal, gemas de ovo e leite. Amassar, rapidamente, até a massa despegar da taça. Juntar a manteiga
amolecida. Incorporar a levedura previamente preparada. Levedar 1 hora. Deitar a massa sobre superfície enfarinhada, voltar a formar uma bola e refrigerar por 30 minutos. Formar as bolas e deixar levedar 1h30, sobre superfície enfarinhada. Aquecer o óleo a 160º e cozer as bolas de Berlim, cerca de 3/4 minutos em cada face, até que
estejam douradas. Depois de arrefecidas rechear com a
compota de framboesa e passar pelo açúcar e canela.
a
Susana de Figueiredo
da, que, apesar de ser um
cliché, n' O Tasco não dispenso, indo depois ao
atum ou à espetada de
carne [não como carne,
mas diz quem sabe que
esta é das melhores] e à
soberba salada de beterraba, tudo se recomenda!
Quase sempre opto por ficar na esplanada, não é
fantástica, como nunca o
será qualquer esplanada
a beirar a estrada, mas
sentimos o mar ali bem
perto - descendo uns poucos metros, estamos na
Barreirinha - A estrada
não é muito movimentada, e consigo sentir o
cheiro da maresia, e das
batatas fritas com alho e
oregãos, a emancipar-se a
tudo o resto. Fico.
Lá dentro, o espaço é pequeno - as mesas contamse pelos dedos de uma
mão - mas bem decorado
e acolhedor; as paredes
de basalto convencem-me
sempre -, há flores nos
parapeitos das janelas, livros folheadíssimos, quadros, uma telefonia antiga, que adoro, e um balcão forrado com ardósia
onde as crianças se entretêm a rabiscar com giz de
todas as cores [um sossego para os pais, uma festa
para elas!]
Almoço aqui várias vezes,
mas só cá jantei uma;
quando a noite cai, não
sobra uma mesa vazia,
por isso, se a intenção for
jantar, aconselho vivamente a fazer reserva,
porque - é quase certo - se
arrisca não petisca! Mas
se, como eu, é mais dado
ao improviso, pode sempre apostar no almoço, na
esplanada ou no interior,
terá maior probabilidade
de ter um lugar à sua espera.Vale a pena!
E, entretanto, vá pensando na reserva para jantar. a
14 | açúcar | SÁB 3 SET 2016
a
modus
operandi
Eduardo Quina
Professor/escritor
[email protected]
[short stories]
O teu olhar vivia dentro de uma agonia. Transparente e longínqua sobrevivias no espaço esquartejado da memória.
A manhã fria permitia que ficasses mais algum tempo deitada. É domingo e o corpo sucumbe dentro da preguiça. Até que, violentamente, irrompe uma palavra. É assim que começa o pensamento. A linguagem na sua
ascese meteórica. A palavra para a criação. O sentido outro do mesmo.
A eternidade inacabada é agora consumida por seres minúsculos. Contabilizas os gestos e atravessas com dificuldade o quarto e a sala. Na cozinha o controlo passa a ser exercido pelas pragas e nada de comestível sobreviveu a este pequeno holocausto.
Sais para um outro espaço e sentes-te também ameaçada. Não sabes porquê.
A cidade foi tomada de assalto. Os bancos estão a saque. Carros incendiados incandesciam o dia. O silêncio sobrevive apenas nos intervalos
dos gritos. Pressentes a merda na boca e sabes que o teu corpo está a preço de saldo.
Desconheces, no entanto, as artimanhas desta contabilidade. Atravessas
a praça e entras no imaginário de um outro país. Um país onde a morte
espreita não através da violência, mas através da palavra.
SÁB 3 SET 2016 | açúcar | 15
a
boca doce
Micaela Abreu
Cantora
1
13
Três características
da sua personalidade que
melhor a definem?
Sou divertida, de personalidade forte e teimosa.
Tento ser sempre amiga
e não gosto nada de
confusões ou de estar
mal com alguém.
Que opinião tem dos
madeirenses que
escondem o sotaque?
Corajosos, porque eu
também tento escondê-lo.
Não tenho vergonha
do sotaque madeirense,
mas admito que, às vezes,
tento não ter um sotaque
muito carregado.
2
A crítica mais
construtiva que já
lhe fizeram?
E a mais injusta
ou absurda?
A mais construtiva foi,
talvez, dizerem-me para
ser mais expressiva a
cantar no palco; críticas
injustas tive muitas
durante o programa
do Got Talent Portugal,
nas redes sociais.
3
A decisão mais
importante que teve
de tomar?
Talvez tenha sido
a escolha das disciplinas
para o 10° ano, porque
tinham muita importância para o que queria
fazer no futuro.
4
A sua dúvida mais
persistente?
A minha dúvida mais
persistente é sempre
sobre o meu futuro,
e se estou a fazer tudo
certo para que seja
mesmo o que quero
e se são as decisões
certas para ser feliz.
14
Que expressões
madeirenses usa com
maior frequência?
Às vezes ,com as amigas
ou com o meu irmão,
uso “ah paz!”
5
10
Um arrependimento?
Um grande
arrependimento
foi não ter entrado
no Conservatório
e ter aprendido a tocar
um instrumento.
Quem são os seus
heróis na vida real?
A minha família, em
especial os meus pais
e avós ,e no mundo do
canto, a cantora Ariana
Grande.
8
Um ato de coragem?
Ter entrado
e participado
no Got Talent Portugal.
A companhia ideal para
uma conversa metafísica?
Com o Presidente
da República, Marcelo
Rebelo de Sousa, que
considero uma pessoa
muito humana e muito
inteligente. Seria capaz
de falar sobre assuntos
muito interessantes
com ele.
7
9
Uma atitude
imperdoável?
Duvidar do meu talento,
e também não tolero
falsidade, arrogância
e inveja.
Qual a sua maior
extravagância?
Viajar! Viajo sempre que
posso e espero, um dia,
poder viajar muito mais,
sobretudo em cruzeiros.
6
11
Uma doce memória
da infância?
A participação na Musicaebs, em 2010, com
9 anos, onde cantei fado.
12
O que distingue um
madeirense de um
continental?
Talvez a nossa grande
união em situações
catastróficas, e o grande
espírito de festejar,
sempre e em todo o lado.
15
A quem gostaria
de pagar uma poncha?
Ao meu querido avôzinho,
que tanto gosta de uma
poncha, e até faz a sua
própria poncha em casa.
16
Segredos da Ilha…
Local: Ponta Delgada
– terra do meu avô
Hotel: Four Views
- São João
Restaurante: Pizzeria La
Carbonara, no Marina
Shopping, e H3.
Atividade ao ar livre:
Dançar ou ir à praia
Loja: iStore,
Fnac e Zara.

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