comunidade vai à escola
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comunidade vai à escola
PUBLICAÇÃO FINANCIADA COM RECURSOS DO SALÁRIO-EDUCAÇÃO ADMINISTRADOS PELO FNDE Nº 20 AGOSTO/SETEMBRO 2000 Fanfarra da Escola Ennio Voss dirigida por pai e professor (no alto, à esquerda e à direita) EXPERIÊNCIAS EXPERIÊNCIAS COMPUTADOR E TV, JUNTOS EM TOCANTINS COMUNIDADE VAI À ESCOLA APM mostra sua força em São Paulo. Professoras dão sugestões para melhorar a relação escola-comunidade. Ministério da Educação SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CARTA DO EDITOR Presidente da República Federativa do Brasil Fernando Henrique Cardoso Ministro da Educação Paulo Renato Souza Secretário-Executivo Luciano Oliva Patrício Secretário de Educação a Distância Pedro Paulo Poppovic PROGRAMA TV ESCOLA Ministério da Educação Secretaria de Educação a Distância Conselho editorial Avelino Romero Simões Pereira Carmen Moreira de Castro Neves Cícero Silva Júnior Claudia Rosenberg Aratangy Iara Glória Areias Prado José Roberto Sadek Lilian Oswaldo Cruz Pedro Paulo Poppovic Rogério de Oliveira Soares Tania Maia Magalhães Castro Vera Lucia Atsuko Suguri Coordenador editorial Cícero Silva Júnior Edição ESTAÇÃO DAS MÍDIAS [email protected] Editor Claudio Pucci Produtora Márcia Maykot Repórter especial Rosangela Guerra Colaboradores Ana Lagôa, Dóris Fleury, Elizete Antelmi Fabbri, Rachel Dantas Fotógrafos João Paulo, Rosa Gauditano, Vera Jursys, Washington Alves Ribeiro Infográficos Rabiscos Projeto gráfico Elifas Andreato Edição de arte e produção gráfica Casa Paulistana de Comunicação Editoração Maria Aparecida Alves da Silva, Narjara Salomão Lara Teixeira Thaís de Bruyn Ferraz Digitalização de imagens Paulo Ladeira Revisão Fábio Furtado, Gisele Esteves Prado Fotolito Spell A REVISTA TV ESCOLA É UMA PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO MEC Caixa postal 9659 CEP 70001-970, Brasília, DF fax (0_ _61) 410.9178 e-mail [email protected] [email protected] site www.mec.gov.br/seed/tvescola TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 300 MIL EXEMPLARES BOAS NOTÍCIAS N ossas repórteres trazem boas notícias para as Experiências deste bimestre. Rosangela Guerra visitou em Gurupi, Tocantins, uma escola de ensino médio que integra, em sua prática pedagógica, os computadores do ProInfo e os programas da TV Escola. E consegue multiplicar as possibilidades de aprendizagem em muitos projetos interdisciplinares. Melhor: esse resultado é obtido por um intenso e animado trabalho coletivo, no qual é respeitado o conhecimento dos alunos. Dóris Fleury foi a uma escola de São Paulo e encontrou a comunidade presente e ativa, representada pela APM, que garante autonomia e boa qualidade de ensino. Aproveitamos para discutir a relação escola-comunidade numa conversa que conclui: a comunidade é a melhor parceira. Ou, como disse o ministro Paulo Renato Souza em recente seminário: “A diferença básica entre uma escola pública ruim e uma boa é o nível de envolvimento da comunidade. Atrás de uma escola pública de boa qualidade há uma APM forte, uma diretoria engajada e o apoio da comunidade.” O encontro da escola com a comunidade é, aliás, o principal objetivo de Escola Aberta, que a TV Escola transmite aos sábados, domingos e feriados. No próximo 7 de setembro, Dia da Independência, as escolas receberão, para ver e gravar, uma programação especial sobre aspectos da formação e de algumas características do Brasil e seu povo: uma boa oportunidade para refletir e discutir o País, em grupos de professores, alunos, pais e outras pessoas da comunidade. Outra boa notícia: já é de 91% o índice de escolas-alvo da TV Escola cobertas com o kit de equipamentos. O aumento de cobertura foi maior no Norte e Nordeste, conforme nova avaliação da TV Escola, realizada pelo Núcleo de Estudos de Políticas Públicas - Nepp, da Unicamp. É também no Norte e Nordeste, mais o Centro-Oeste, onde cresceu o índice de gravação dos programas – outro bom motivo para comemorar. Claudio Pucci Leia na revista TV Escola de agosto / setembro MATEMÁTICA PCN NA ESCOLA / MATEMÁTICA 31 de julho e 1o de agosto Conteúdos e orientação para a aprendizagem da Matemática no ensino fundamental. Experiências A força da comunidade Foto: Vera Jursys DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO Nº 20 AGOSTO / SETEMBRO 2000 EDUCAÇÃO FÍSICA PCN NA ESCOLA / EDUCAÇÃO FÍSICA 16 de agosto Série com atividades para Educação Física, baseadas em jogos. epresentada pela Associação de Pais e Mestres APM, a comunidade faz a diferença na Escola Ennio Voss, de São Paulo, SP. Com o trabalho da entidade, que arrecada recursos e participa de todas as decisões, a escola ganha autonomia, constrói parcerias, melhora suas condições materiais e a qualidade do ensino, e favorece a convivência de alunos de dife- R ÍNDIOS NO BRASIL 14 e 15 de agosto O PROFESSOR SENTE-SE ISOLADO SEM A PRESENÇA DOS PAIS “ Diversidade e riqueza cultural dos povos indígenas. EDUCAÇÃO ESPECIAL DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA 21 de agosto Portadores de deficiência múltipla e perspectivas de inclusão na escola. A comunidade é tema da conversa com Cristina Alvarenga, professora de Cruzilia, MG; Ana Maria Pontes, da Secretaria de Educação de Jundiaí, SP; Silvana Augusto, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, e Carmen Moreira de Castro Neves, diretora de Política de Educação a Distância da Seed. EDUCAÇÃO ESPECIAL SUPERDOTADOS 21 de agosto Estratégias para trabalhar com alunos superdotados. GEOGRAFIA PAISAGENS TV ESCOLA: Por que é importante abrir a escola à comunidade? Ana: Se a comunidade não compreender a proposta pedagógica 20 e 21 de setembro Experiências 22 de agosto NOVOS ALIADOS • Futebol • Pierre Verger, mensageiro entre dois mundos • Matemática e ladrilhagem • Dom Quixote • Irmã Wendy e a história da pintura • Pintura moderna em destaque á menos de um ano, eles não tinham computador nem TV. Com a chegada do ProInfo e da TV Escola, os dois recursos tornaram-se indispensáveis para professores e alunos do Centro de Ensino Médio Ary Ribeiro Valadão Filho, o Arizinho, de Gurupi, TO. O trabalho coletivo se intensificou, em inúmeros projetos interdisciplinares, como Os donos da terra antes de 1500, Leitura na escola e O lixo e a questão ambiental, com pesquisas em livros, vídeos e Internet. O entusiasmo com as novas tecnologias foi tão grande, que os professores chegaram a interromper suas férias para receber capacitação. O laboratório de informática vive cheio de alunos. A gente tem motivo para estar feliz, diz o professor Djalma Geovelli, coordenador do laboratório de informática do Arizinho . LEIA MAIS NA REVISTA TV ESCOLA, PAG. 8 LEIA MAIS NA REVISTA TV ESCOLA, PAG. 18 H PUBLICAÇÃO FINANCIADA COM RECURSOS DO SALÁRIO-EDUCAÇÃO ADMINISTRADOS PELO FNDE. 8 de agosto e 22 de setembro A construção da escrita japonesa, com seu significados históricos e culturais. FILOSOFIA O ABECEDÁRIO DE GILLES DELEUZE 23 de agosto O filósofo francês Gilles Deleuze reflete sobre conceitos essenciais à construção do conhecimento. Outras atrações Foto: Washington Alves Escola de Gurupi, TO, integra uso de computadores e TV. E multiplica possibilidades de aprendizagem KANJI LEIA MAIS NA REVISTA TV ESCOLA, PAG. 31 Pesquisa AS PLANTAS PLURALIDADE CULTURAL ” da escola, teremos, com certeza, muita dificuldade de colocá-la em prática. TV ESCOLA: A aproximação escolacomunidade limita a autonomia do professor? Ele pode se sentir inibido? Cristina: Ao contrário. Nós nos sentimos isolados sem a presença dos pais. É como se ficássemos com uma sobrecarga de responsabilidade. O músico Geraldo Weber e o diretor da APM Gilmar de Oliveira (atrás, à direita) orientam fanfarra da Escola Ennio Voss. CIÊNCIAS O ciclo vital de alguns vegetais usados como alimento pelo homem. LEIA MAIS NA REVISTA TV ESCOLA, PAG. 26 Conversas da TV Escola PLURALIDADE CULTURAL Passeio por várias regiões do mundo, mostrando a interação homem-meio ambiente. rentes classes sociais. A Ennio Voss tem dez conjuntos de vídeo e TV, além do kit da TV Escola. Os programas são usados em projetos interdisciplinares orientados pela coordenadora Lurdes Ribeiro. Ela constata: “Com os pais participando, os alunos se sentem felizes, orgulhosos e aprendem muito mais.” LEIA TV Escola cresce no Norte e Nordeste a grade da programação N GRAVE ove entre dez escolas têm o kit de equipamentos da TV Escola. Foram praticamente eliminadas as desigualdades regionais de cobertura. As desigualdades de utilização foram reduzidas. A cobertura aumentou mais no Norte e Nordeste. Foi também nestas duas regiões onde cresceu o índice de escolas que gravam programas, segundo a mais recente avaliação da TV Escola, realizada, no último trimestre de 1999, pelo Núcleo de Estudos de Políticas Públicas - Nepp, da Unicamp. os programas DICAS DE ATIVIDADES nos destaques da programação da revista LEIA MAIS NA REVISTA TV ESCOLA, PAG. 36 E TEM MAIS: • ESTRÉIA, NO PRÓXIMO BIMESTRE, DE OUTUBRO/NOVEMBRO, A SÉRIE PCN NA ESCOLA / LÍNGUA PORTUGESA • A SÉRIE MATEMÁTICA INTERATIVA É ATRAÇÃO DA GRADE DA PROGRAMAÇÃO DE OUTUBRO/NOVEMBRO • PÁGINA DA SEED NA INTERNET AJUDA A ESCOLHER CURSOS SUPERIORES DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. • TV ESCOLA DOA SÉRIES DE PROGRAMAS PARA TRANSMISSÃO EM PORTUGAL E ESPANHA. • MÉDICA CARIOCA EDUCA FAMÍLIAS CARENTES PARA CUIDAR DA SAÚDE DOS FILHOS Adriano, do Arizinho, mostra o super-herói que desenhou com o Paintbrush. Ministério da Educação SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Neste número Nº20 AGOSTO SETEMBRO 2000 5 CARTAS Notícias dos leitores de dez Estados, com os projetos da Escola Padre Humberto Piacente, de Vila Velha, Espírito Santo, apresentados em Minha experiência. 18 36 PESQUISA Nova avaliação mostra redução das diferenças regionais de utilização da TV Escola. EXPERIÊNCIAS Em Gurupi, TO, o uso integrado de TV e computador favorece o trabalho coletivo e multiplica possibilidades de aprendizagem. Em São Paulo, SP, a comunidade, representada pela APM, mostra sua força e faz a diferença, garantindo autonomia e boa qualidade de ensino. TEM MAIS 4 0 EA programação especial da Escola Aberta para o feriado de 7 de setembro e as próximas atrações. E tem mais. 8 DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO Boas dicas para você trabalhar com programas transmitidos pela TV Escola neste bimestre, de agosto/setembro. 31 CONVERSAS DA TV ESCOLA Professoras analisam dificuldades e dão muitas idéias para melhorar a relação escolacomunidade. FOTO DA CAPA: VERA JURSYS PÁGINA 4 2 ÚLTIMA Médica do Rio de Janeiro cria ONG e educa famílias para cuidar dos filhos doentes. Uma biblioteca em fitas Os professores da Escola Municipal Egídia Cavalcante Chagas — onde exercia função de coordenadora de vídeo — habituaram-se a usar diariamente os programas da TV Escola em suas aulas. Aproveitamos a Semana do Livro para mostrar a toda a comunidade escolar que os filmes da sala de vídeo, principalmente os gravados da TV Escola, são também uma biblioteca, em fitas. Foi uma experiência muito marcante. No local onde trabalho atualmente, também estamos implantando o programa. Vocês da equipe da TV Escola estão de parabéns: a programação é riquíssima e a revista de ótima qualidade. interesse pela leitura. Resolvi fazer alguma coisa para mudar este quadro desolador. Juntamente com Helaene Silva Campos, escrevi e montei a peça de teatro O monstro que não gostava de ler. Convoquei crianças das escolas da rede pública e particular para participarem e iniciei os ensaios. No terceiro dia de apresentação da peça, os livros infantis da biblioteca estavam todos emprestados para as crianças. O trabalho começou a crescer e os vereadores de Campo Verde votaram uma lei que criou o Grupo Municipal de Teatro e Canto Raio de Luz. Montamos novas peças e hoje contamos com a participação de 150 componentes, divididos entre coral e teatro. ria sobre africanos, “Com auto-estima e alto astral”. É uma das melhores reportagens sobre a “negritude brasileira” que já li. Adoro reportagens assim, que valorizam nossa cultura. No ano passado até ganhei um concurso de redação sobre Consciência Negra na escola. O que mais gostei foi da entrevista com a professora Maria Izabel do Nascimento. Quero muito me corresponder com ela. Vocês podem me dar o seu endereço, nem que seja o da escola em que ela trabalha (Colégio Estadual Governador Roberto Santos, Cabula, Salvador, BA)? Luanda Naiara Cerqueira Santos Itaguaí, RJ Elair Xavier Duarte Francisca de Sousa Sales Raulino Colégio Estadual Anchieta Maranguape, CE Sou diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental São Luiz, onde nossa videoteca faz um trabalho muito gratificante com professores, alunos e comunidade. Desde 1998, nossas aulas são mais motivadas, com a participação da TV Escola. Os professores assistem às fitas de vídeo e a partir daí preparam seus planejamentos ou projetos pedagógicos para as aulas que são interdisciplinares. Fazemos também atividades com os pais dos alunos, principalmente em Saúde. A comunidade utiliza os vídeos para pesquisas e motivação de palestras educacionais. Clarinda de Araújo Gomes Escola Estadual São Luiz Porto Velho, RO O monstro que faz ler Trabalhando na Biblioteca Pública Municipal de Campo Verde, MT, percebi a ausência de crianças e o pouco Chefe do Departamento de Cultura Secretaria de Educação, Cultura e Desporto Campo Verde, MT Brava gente brasileira A edição especial da TV ESCOLA Brava gente brasileira — 500 anos de pluralidade cultural é um desses projetos que dignificam todos os envolvidos. A leveza da leitura, aliada às curiosidades dessa edição, dá à TV ESCOLA um destaque qualitativo de seriedade e competência. Meus sinceros parabéns! Napoleão Oliveira Coordenador da Central de Tecnologia Escola Presidente Castello Branco [email protected] Paulista, PE Oi! Eu me chamo Luanda, tenho 14 Anos, sou negra e estudo no 1º ano do 2º grau do Colégio Municipal Senador Teotônio Vilela. Queria parabenizá-los pela ótima revista TV ESCOLA especial de abril, Brava gente brasileira — 500 anos de pluralidade cultural. Eu adorei. Ela é maravilhosa — principalmente a maté- O endereço da professora Maria Izabel do Nascimento é: Colégio Estadual Governador Roberto Santos, Av. Silveira Martins s/n — Narandira Cabula, CEP 41150-090 — Salvador, BA. Proezas ambientais Lendo a reportagem Lixão não, de Mônica Tarantino, na edição no 18 da revista TV ESCOLA, me senti motivado a narrar a experiência que tive em minha escola. Sou professor de História, mas no ano passado tive a oportunidade de trabalhar apenas com Ciências. Percebendo que um dos maiores problemas dos bairros adjacentes ao colégio era a falta de consciência ambiental no tocante ao ERRAMOS Poema virtual (seção E tem mais, edição nº 19) contém incorreções, apontadas por e-mail pelo professor Vanderlei de Souza, de São Paulo, e pela professora Margarida Ribeiro, de Portugal, citados na nota: 1. A Escola Esmeralda Becker Freire e Carvalho, de Carapicuíba, SP, conhecida como Esmeralda Becker (e não Esmeralda Freire), participa do Projeto Correspondência Virtual - PCV, um intercâmbio cultural, com objetivos educacionais, entre Brasil e Portugal. Mas não foram os alunos dessa escola que produziram o poema virtual em parceria com alunos de uma escola portuguesa, orientados pela professora Margarida, como noticiamos. Isso aconteceu em outra escola de Carapicuíba, participante do PCV: a Ana Rodrigues de Liso. 2. Os alunos da Escola Esmeralda Becker envolvidos no PCV foram orientados pelo professor Valdomiro Rolim e não pelo professor Vanderlei de Souza. Este deu apoio aos professores que orientaram os alunos, como multiplicador do Núcleo Regional de Tecnologia Educacional - NRTE, função da qual está hoje afastado. 3, O PCV não é resultado do Programa Nacional de Informática na Educação - ProInfo, como é sugerido, mas de trabalho anterior, do qual a nota não dá conta. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS, DÚVIDAS, SUGESTÕES, RELA TOS DE EXPERIÊNCIAS, RELAT PROPOST AS DE PROPOSTAS INTERCÂMBIO COM SEUS COLEGAS lixo urbano, elaborei um planejamento para mexer com esta problemática. Os alunos manifestaram grande interesse no projeto e fomos a campo. Éramos mais de 400 pessoas envolvidas no diagnóstico do problema, por meio de entrevistas feitas com moradores apanhados jogando lixo em locais inadequados e conversas com outros moradores, acerca da questão. Não conseguimos viabilizar a campanha conforme o programado. A Diretoria Regional de Ensino não autorizou a veiculação da campanha educativa nas emissoras de rádio. Mesmo assim, realizamos algumas proezas. Temos hoje uma realidade bem diferente: garis varrem as ruas todos os dias; moradores conscientizados não mais jogam lixo na praça ou nas esquinas; dias e horários de coleta são respeitados e o chefe do Gabinete Civil atendeu à nossa sugestão de indicar o ajardinamento da praça Misael Marcílio, conhecida como “a praça do lixo”. Marcos Alves de Andrade Colégio Sá Nunes Vitória da Conquista, BA Ação na comunidade Sou professora da rede estadual de Mato Seco nas disciplinas de História, Ciências e Educação Artística. A diretora da minha escola me deu a revista TV ESCOLA em que estava a reportagem Imagem, ação! (março/abril 2000). Inspirados nessa matéria, planejamos uma miniexcursão em torno do município para ver a realidade do dia-a-dia da nossa comunidade, observando a fauna e a flora que nos rodeia. O passeio foi registrado com uma filmadora e uma máquina foto- gráfica. Exibimos a fita do passeio para todas as turmas da escola e a divulgamos na comunidade. Ivonete Barbosa Santos Escola Municipal Tertulina Cavalcante Rios Mato Seco Água Fria, GO Minha escola em Andradas A contribuição dos vídeos da TV Escola foi fundamental para o trabalho Minha escola em Andradas. Exibimos para toda a comunidade as fitas Minha escola em Cuba e Minha escola no Equador. As duas foram debatidas e discutiram-se pontos significativos como o analfabetismo e o sistema de transporte escolar no Equador, em Cuba e em MINHA EXPERIÊNCIA Deixe o mato crescer Nós, alunos e professores, equipe técnica e pedagógica da Escola Padre Humberto Piacente, depois de assistirmos a várias fitas no ano de 1999, resolvemos trabalhar em subprojetos: Deixe o mato crescer, Energia para que te quero e Dengue, tendo como suporte a TV Escola, que foi o agente estimulador para que desenvolvêssemos um bom trabalho. Com a exibição dos vídeos da TV Escola, nos sentimos motivados a desenvolver nosso próprio documentário do subprojeto Deixe o mato crescer, advindo do projeto Tom da mata, desenvolvido em parceria com a Fundação Roberto Marinho e o Instituto Antônio Carlos Jobim. ESCREVA SUA P ALA VRA PALA ALAVRA É IMPOR TANTE IMPORT POR CORREIO Caixa Postal 9659, CEP 70001-970, Brasília, DF POR FAX (0_ _61) 410.9178 POR E-MAIL [email protected] .br [email protected] Laudemira Soares dos Santos Centro de Educação Supletiva Profa. Adelina de Chantal Del Moro Andradas, MG Referência bibliográfica Leciono na Escola Municipal José Francisco Nogueira, que atende alunos MBÉM SEU MANDE TA PERIÊNCIA E EX RELATO D LICAÇÃO. P PARA UB O vídeo começou a ser produzido, registrando os passeios ecológicos nas regiões da restinga, manguezais e Mata Atlântica, Também foi feita a edição do Jornal da Mata e a filmagem da culminância do projeto, com a feira cultural onde os alunos apresentaram seus trabalhos. Estes, inclusive, chegaram a ter repercussão em outro Estado, na cidade de Faxinal, PR. O projeto que está sendo trabalhado no ano 2000 é o do Brasil 500 anos — O futuro está em nossas mãos, no qual todos estão envolvidos, na escola. Nossas influências visuais foram as fitas As viagens portuguesas de descobrimento, que nos deram várias idéias de atividades artísticas e literárias, tanto para as turmas de aceleração como para o ensino fundamental e médio. de 1a a 4a série, na cidade de Ouro Branco, MG. Trabalhamos com projetos — uma experiência que vem dando certo há dois anos. A revista TV ESCOLA é uma das referências bibliográficas que utilizo muito no meu trabalho. Vários assuntos e atividades abordados aqui eu adapto à nossa realidade e aos temas trabalhados em cada sala. A revista TV ESCOLA abre caminhos e nos estimula a atividades cada vez mais criativas. Geralda Aparecida Silveira Escola Municipal José Francisco Nogueira Ouro Branco, MG Usando a programação dos vídeos da TV Escola conseguimos elevar o nível da qualidade de ensino, evitando assim o grande índice de evasão e reprovação. Escola Padre Humberto Piacente Vila Velha, ES Alunos mostram resultado do trabalho sobre energia. PS José Luiz Muzzolon Muzzolon, da Escola Municipal Agripino João Tosin, Colombo, PR PR; Maria Eunice S. Radtke Radtke, da Escola Municipal Emílio de Menezes, Peabiru, PR PR; Rúbila M. Lírio Jacomelli Jacomelli, da Escola Professor Valdy Freitas, Cachoeiro de Itapemirim, ES ES; e Julieta Verginia da Paz, Paz da Escola Gironda, em Cachoeiro de Itapemirim Itapemirim, escreveram reclamando que não têm recebido o material impresso da TV Escola nos últimos meses. Essas escolas estão cadastradas no banco de dados da Secretaria de Educação a Distância — Seed para receber as publicações da TV Escola. Sugerimos verificar junto à agência do Correio local se as publicações não estão sendo devolvidas indevidamente. Persistindo o problema, as escolas devem contatar a Seed para poder receber a Grade da programação com antecedência, por fax. A programação da TV Escola pode também ser consultada no site da TV Escola: www.mec.gov.br/seed/tvescola Recebemos também, e agradecemos, cartas do professor Wilson João Zampieri, reitor da Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, SP SP; de Marileide Barbosa dos Santos, aluna da Escola Municipal de Ensino Infantil, Fundamental e Médio Felizardo Souza Lima, em Campo Alegre, AL AL; Mariza Parente da Costa Pimentel Duarte, Coordenadora do Centro de Informações sobre Tecnologia Educacional - Cite, da Associação Brasileira de Tecnologia Educacional - ABT; Antonio Falcão, de Fortaleza, CE CE; Verônica Possamai Pinheiro, de Rodeio Bonito, RS RS; Vanda Pimentel Rodrigues, de Petrópolis, RJ RJ; Maria Carmem Bastos Santos, de Belo Horizonte, MG MG; Maria Helena Lobo Cerqueira, de Salvador, BA BA; Bety Rosa Pereira Arbués Morrow, de Goiânia, GO GO; Maria Celeste Mesquita Moura, de Teresina, PI PI; Ana Maria Sá Martins, de São Luís, MA e Mônica de Lima Bastos, de Maricá, RJ RJ. DÊ SEU NOME COMPLETO, NOME DA ESCOLA, ENDEREÇO, TELEFONE, SÉRIE E ÁREA DISCIPLINAR. SE NÃO ESTIVER DANDO AULA OU NÃO FOR PROFESSOR, INDIQUE FUNÇÃO E LOCAL DE TRABALHO, COM NOMES E ENDEREÇOS COMPLETOS TAMBÉM. ARQUIVO PESSOAL Andradas. Após todas essas etapas, foi proposta uma produção de texto com o título Minha escola em Andradas. Nada menos que 80% dos alunos se dispuseram a ler e comentar o texto. , SE PREFERIR LIGUE PARA Cartas com telefone ou fax podem ter resposta mais rápida, SIL O FALA BRA independente de publicação na revista. 1 0800.61.616 Visite o site da TV Escola na Internet: www.mec.gov.br/seed/tvescola DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO M AT E M Á T I C A PCN NA ESCOLA / MATEMÁTICA Série selecionada, na Grade da programação , para o ensino fundamental Transmissão: 31 de julho e 1º de agosto Realização: TV Escola. Brasil, 2000 Direção: Eduardo Nunes e Alber to Salvá Duração: 18 programas de cerca de 12’ Colorido Áreas conexas: Língua Por tuguesa, Geografia, História, Ciências Naturais, Ar te, Educação Física, Pluralidade Cultural, Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo. Indicada para capacitação de professores do ensino fundamental. RESUMO A Matemática dos Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCN, com conteúdos e orientação para a prática pedagógica dos professores do ensino fundamental. DICAS A companhe a Grade da programação, no cartaz e no encarte desta edição, para saber os dias, horários e tempos de duração. E programe a gravação. Algumas sugestões para você aproveitar melhor a série: 1. Grave todos os programas e guarde as fitas na videoteca da escola, num canto que seja fácil de achar sempre, com uma etiqueta que facilite a consulta, identificando claramente a série. Que tal usar o próprio nome da série? A videoteca tem um espaço com fitas só para os programas da TV Escola sobre os PCN? Se não, tente criar. Vai ajudar muito no trabalho – seu e dos professores. 8 2. Professor: veja todos os vídeos, um a um, no tempo e ritmo que for possível. Veja e reveja, o mais que puder, programas inteiros ou trechos que considerar mais significativos. Faça anotações. Se for possível, assista aos programas em grupo, analisando e debatendo as idéias apresentadas e refletindo sobre sua prática pedagógica à luz dessas idéias. 3. Converse com seu coordenador pedagógico. 4. Faça você também, com seus colegas, as atividades propostas aos alunos nos programas. 5. Consulte os livros dos PCN de Matemática, de 1ª a 4ª e de 5ª a 8ª. Com os vídeos e os livros, você pode, mais facilmente, tirar dúvidas e esclarecer questões que possam estar ainda meio nebulosas. 6. Dicas de atividades para trabalhar com seus alunos? A série tem muitas. Melhor: as dicas são apresentadas em situações de aula, quem sabe, iguais, próximas ou não muito distantes das que você vive em sua escola. 7. Você concorda com o princípio pedagógico segundo o qual deve-se trabalhar a partir da vida, das experiências, do conhecimento anterior e da capacidade dos alunos de pensar, formular hipóteses, traçar estratégias diferentes para resolver um mesmo problema e aprender? E que, adotado esse princípio, o conhecimento construído é mais sólido e significativo? Se concorda, vai se identificar. Se não, tem muito para criticar, pensar, repensar. 8. Se você viu outros programas da TV Escola sobre os PCN já sabe: os vídeos são muito ricos e instigantes. E têm um astral que, neste caso, condiz bem com a Matemática com que, afinal, todos querem trabalhar – sem bicho-papão, sem traumas e com prazer – com muito prazer. E nisto talvez esteja o maior mérito desta série. 9. Seja generoso. Divida (ou multiplique) estes programas com colegas de outras áreas. Além de sugerir pontos de transversalidade – com Pluralidade Cultural, Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo – eles terão a opor tunidade de brincar com a Matemática, como você. Veja também reprise de programas da série Por onde anda a Matemática?, da Open University / BBC, que utiliza a Matemática no cotidiano. Dia 19 de setembro, para o ensino fundamental; 8 e 22 de agosto e 4 de setembro, para o ensino médio. EDUCAÇÃO FÍSICA PCN NA ESCOLA / EDUCAÇÃO FÍSICA Série selecionada, na Grade da programação , para o ensino fundamental. Transmissão: 16 de agosto Realização: TV Escola. Brasil, 1999 Direção: Ticão Duração: 6 programas de cerca de 12’ Colorido Áreas conexas: Matemática, Ar te, Pluralidade Cultural. Indicada para capacitação de professores e atividades com alunos do 1º e 2º ciclos do ensino fundamental. RESUMO J ogos de amarelinha e suas variações, jogos de bola, jogos de corrida e perseguição, danças urbanas e regionais do Brasil, danças típicas de outros países e o futebol como expressão da cultura popular. São estes os conteúdos desta série de seis programas que podem ser utilizados tanto em reuniões com professores de 1º e 2º ciclos quanto nas aulas de Educação Física, com os alunos. “Para que jogar bola na escola? Escola não é para brincar e sim para ler, escrever e contar!” Ainda há gente que diz isso. Sabe-se, porém, que os jogos, usados como recurso pedagógico, podem resultar em experiências significativas para o desenvolvimento físico e emocional, e da construção do pensamento. Destacamos aqui três dos seis programas da série. TVE SCOLA AMARELINHA E VARIAÇÕES O programa apresenta o jogo de amarelinha e algumas de suas variações, possibilitando observar as crianças em aulas de Educação Física, desde a preparação das atividades até seu desenvolvimento e desdobramentos. DICAS O rganize os alunos em grupos, levando-os a desenhar, pintar ou fixar com elástico uma amarelinha no chão da escola. Eles poderão desenvolver uma maior integração com a classe, além de aprender a: dialogar, discutir e respeitar regras; raciocinar mais rapidamente (não só em relação à contagem de pontos, mas também à previsão de movimentos, força e trajetória dos corpos etc.); utilizar mais adequadamente o espaço e o tempo das aulas; ganhar maior consciência de seus limites e possibilidades físicas e perceber que a escola pode ser um espaço divertido. Passo a passo: 1. Exibição do programa: Mostre o vídeo, fazendo paradas para que as crianças dêem opiniões, façam perguntas e possam trazer novas contribuições para este tipo de jogo. 2. Tomada de consciência: Realize um planejamento coletivo com a classe, desde a discussão das competências que o jogo pode desenvolver até a previsão do número de aulas. 3. Elaboração do cronograma: Faça um cronograma do mês no quadro negro, com os horários previstos para as aulas de jogos de amarelinha, deixando um espaço para enxerto de atividades extras. Este cronograma poderá ser passado pelos alunos para uma cartolina que seja afixada no mural da sala. 4. Decisão sobre a base do jogo: Faça um croqui em papel kraft observando o tamanho e a forma da base a ser desenhada. Discuta com o grupo o material que deve ser utilizado para a sua confecção. Tinta? Giz? Elástico? Se necessário, organize a eleição de uma comissão da classe que irá solicitar a aprovação do diretor da escola para a pintura da amarelinha no local escolhido pelo grupo, ou marcar um horário para que ele venha à sala de aulas conversar sobre o assunto. 5. A escrita do jogo e de suas regras: Nesta etapa, os alunos poderão fazer cartazes sobre o jogo, após uma discussão em grupo com você. Os cartazes mostrarão como será desenvolvida cada partida da amarelinha, combinando as regras. Tudo será registrado para que, se forem criadas variações do jogo e novas regras, a turma possa se apropriar de sua produção. JOGOS COM BOLA Bolinhas de gude, papel, plástico, borracha, couro, pano, meia ou qualquer outro material dão vida e alegria a qualquer atividade. Elas desafiam os jogadores a diferentes movimentos e ao desenvolvimento de habilidades variadas. O filme mostra tudo isto e muito mais, por meio da exibição e comentários dos jogos de queimada, guerra de bolinhas e “vôlei matemático”. O QUE DIZEM OS PARÂMETROS “Trata-se, portanto, de localizar em cada uma dessas modalidades (jogo, esporte, dança, ginástica e luta) seus benefícios e possibilidades de utilização como instrumentos de comunicação, expressão de sentimentos e emoções, de lazer e de manutenção e melhoria da saúde. E, a partir deste recorte, formu- TVE SCOLA lar as propostas de ensino e aprendizagem (...). A Educação Física deve dar oportunidade a todos para que desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos.” Parâmetros Curriculares Nacionais, livro de Educação Física, pág. 29 Jogos de amarelinha. DICAS O trabalho pode começar com a exibição do programa. Os alunos devem depois sugerir outros jogos que conhecem, para integrar o planejamento das atividades do mês ou bimestre. Você pode, simultaneamente, propor à classe a criação de jogos matemáticos. 1. Divida a turma em grupos de três ou quatro alunos, propondo que cada um destes grupos monte um jogo que utilize bolas e operações matemáticas. Estes grupos devem: a) discutir, escolher e dar nome ao jogo, especificando o tipo e a quantidade de bolas a serem utilizadas nas par tidas; b) esclarecer as regras do jogo e o número de participantes; c) definir o objetivo do jogo e a contagem de pontos; d) detalhar as relações da atividade com as operações matemáticas, deixando claro quais são estas operações e em que momentos do jogo elas serão usadas; e) preparar a apresentação de sua proposta para a sala. Cada grupo deverá registrar todas as etapas de seu trabalho, durante o qual você inter ferirá com observações ocasionais. O planejamento também pode ser feito durante as próximas aulas de Matemática, nas quais objetivo for a utilização e fixação das operações já trabalhadas. 9 D ESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO Planejamento coletivo A utilização dos programas da série PCN na escola / Educação Física nas reuniões de professores contribui para a refexão, discussão, tomada de consciência e envolvimento no planejamento coletivo das atividades de sala de aula, visando a participação de todos na construção do projeto pedagógico da escola. O corpo docente, juntamente com a coordenação, pode partir da leitura de alguns trechos dos Parâmetros Curriculares Nacionais que se referem aos jogos e outros recursos pedagógicos, como provocadores de uma aprendizagem lúdica e significativa. Depois dessa leitura – e conseqüente interpretação – a coordenadora deve exibir os programas (um ou mais, ou apenas trechos) e aproveitar o pretexto para ampliar a análise e compreensão do projeto de educação da escola. As professoras podem, então, realizar um planejamento bimestral coletivo de atividades corporais com jogos e danças. Em uma próxima reunião, é importante fazer uma avaliação coletiva sobre o que foi desenvolvido em suas aulas e que resultou em aprendizagem significativa dos alunos, do que foi feito e não foi positivo, do que pode ser modificado no planejamento, do que pode ser mantido etc. A avaliação é parte integrante do planejamento e, certamente, resulta em novas indagações, novas reflexões e novas propostas. 2. Provoque os alunos, na aula de Matemática, para uma discussão geral ou em grupos sobre as relações matemáticas presentes nos jogos. Peça também que eles descubram a Matemática que permeia a vida deles, o tempo todo. JOGOS DE CORRIDA E PERSEGUIÇÃO Pega-pega, pique bandeira, bola ao centro e outras variações são apresentadas de forma didática e lúdica, 10 podendo ser aproveitadas tanto para desenvolver atividades nas aulas de Educação Física, como em outros momentos, como os de recreio ou saídas a acampamentos. DICAS É possível utilizar o vídeo para preparar atividades de aulas e recreações dirigidas, e discutir com os alunos as regras e habilidades que se desenvolvem. A par tir da exibição e da discussão do vídeo, monte algumas atividades para aulas, recreios, campeonatos, gincanas ou saídas. Você pode usar corridas com bastão, corridas de sacos, corridas em dupla com marcação do ponto de saída e chegada, corridas em zigue-zague, corridas com obstáculos – com marcação de palmas, com apitos, gritos, silenciosas, arrastadas, com calcanhares, nas pontas dos pés, com ovo na colher, com bolas etc. Os pega-pegas também poderão ter variações com duplas de perseguidores, com bate-caras, com correntes (que prendem gente), com escondeesconde, quente-frio, bobinhos etc. É impor tante que estas atividades não levem apenas ao cansaço físico, sem envolver aprendizagem – inclusive a respeito do próprio cansaço. Pode ser uma oportunidade para conversar, em Ciências Naturais e Saúde, sobre alimentação, anatomia e fisiologia do corpo humano. COM OS ALUNOS É impor tante que os alunos par ticipem da definição e avaliação das atividades. Isto permite que eles desenvolvam suas possibilidades de argumentar e tomar decisões – além, é claro, de se envolverem mais com o que fazem. Veja também reprise de programas da série Iniciação esportiva, dias 16 de agosto e 26, 27 e 28 de setembro. Leia Jogo e Educação, de Gilles Brougère, Editora Artes Médicas, 1998 PLURALIDADE CULTURAL Í NDIOS NO BRASIL Série selecionada, na Grade da programação , para o ensino fundamental Transmissão: 14 e 15 de agosto Realização: TV Escola / CTI. Brasil, 2000 Direção: Vincent Carelli Duração: 10 programas de cerca de 17’ Colorido Áreas conexas: História, Geografia, Ar te, Língua Por tuguesa e Ética. Indicada para capacitação de professores e atividades com alunos do ensino fundamental e também do ensino médio. RESUMO Q uem são, como vivem e o que pensam os índios do Brasil, representados por nove povos, de diferentes regiões: os kaingangues do Paraná, os maxacalis de Minas Gerais, os kaiowás do Mato Grosso do Sul, os krahôs de Tocantins, os pankararus de Pernambuco, os yanomamis de Roraima, os baniwás do Rio Negro, os kaxinawás e os ashaninkás do Acre. São dez programas: Quem são eles?; Nossas línguas; Boa Viagem, Ibantu!; Quando Deus visita a aldeia; Uma outra história; Primeiros contatos; Nossas terras; Filhos da terra; Do outro lado do céu; e Nossos direitos. A série é apresentada e comentada pelo líder indígena Ailton Krenak, com depoimentos de outros líderes, entre eles, Azilene, uma socióloga kaingangue que mostra a trajetória histórica dos índios do Sul e de seus professores; o professor Joaquim Maná, do povo kaxinawá, que conta como se ensina em sua escola da floresta acreana; e José Bonifácio, do povo baniwá, presidente da Foirn, uma federação de mais de 200 organizações indígenas de 23 TVE SCOLA etnias no Alto Rio Negro – a única região do País onde o índio é maioria. Ao tratar da diversidade cultural dos povos indígenas, a série mostra o encontro de um grupo de jovens não-índios, do Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro, com índios krahôs, do Tocantins, e kaiowás, do Mato Grosso do Sul. DICAS É uma grande oportunidade de conhecer melhor os índios, sua importância na formação do Brasil e romper preconceitos como o de que “o índio deixou de ser índio” ou de que índio é um único povo e não 215 povos ou etnias – as que sobreviveram a 500 anos de extermínio. A série pode ser utilizada em trabalhos de capacitação de professores. Pode também servir de pretexto para atividades ou projetos de atividades interdisciplinares, especialmente, da 5ª à 8 ª série do ensino fundamental ou nos três anos do ensino médio. O assunto permite que se explorem conteúdos de História, Geografia, Arte, Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Filosofia e, no ensino fundamental, os temas transversais Pluralidade Cultural, Ética e Meio Ambiente. Aproveite os programas para estudar a influência dos índios na formação do povo brasileiro. Que marcas podem ser obser vadas, por exemplo, na língua e na alimentação? Complemente essa observação com pesquisa em textos de jornais, revistas e livros (muitos lançados recentemente), museus e exposições que estejam sendo realizadas em sua cidade ou em cidades próximas. Há muito o que ver e pesquisar neste ano de comemorações dos 500 anos do Descobrimento. Tudo o que for realizado deve ser registrado de várias formas, especialmente em textos que, além de uma oportunidade para desenvolver a escrita, podem servir de fonte de pesquisa para todos os alunos da escola. Se ainda não o fez, monte uma exposição sobre os índios, com tudo o que foi pesquisado pelos alunos. Convide os pais e toda a comunidade para ver. Leia Índios no Brasil, 3 vol., Cadernos da TV Escola, Secretaria de Educação a Distância - Seed, MEC, 1999. Leia também Brava gente brasileira – 500 anos de pluralidade cultural, edição especial da revista TV ESCOLA, abril de 2000. Veja também Yanomami, da série Crônicas da Terra, já transmitido pela TV Escola (consulte o Guia de programas da TV Escola). A EDUCAÇÃO ESPECIAL DEFICIÊNCIA MÚL TIPLA MÚLTIPLA Série selecionada, na Grade da programação, para o ensino fundamental Transmissão: 21 de agosto Realização: MEC / Seesp / Unesco. Brasil, 2000 Direção: Ana Evelin Pereira, Célia Ladeira Duração: 4 programas de cerca de 13’ Colorido Áreas conexas: Ciências, Ética, Saúde. Indicada para capacitação de professores. A TVE SCOLA traumas de parto por falta de atendimento adequado. Há ainda os casos de falta de acompanhamento pré-natal ou de seqüelas causadas por convulsões. Experiências desenvolvidas em instituições especializadas mostram que, com o tratamento adequado, a maioria dos portadores de deficiência múltipla consegue desenvolver auto-estima e autonomia, estudando inclusive em escolas regulares. DICAS RESUMO Índios no Brasil Deficiência múltipla realidade vivida pelos portadores de necessidades especiais com deficiência múltipla e soluções para que eles possam superar suas limitações. Deficiência múltipla é a existência de duas ou mais deficiências primárias numa só pessoa. O problema acontece, geralmente, com crianças que sofrem série é boa para ser vista e analisada em reuniões de capacitação em que se discuta a inclusão do portador de necessidades especiais. A série tem quatro programas: Deficiências múltiplas, Estimulação precoce, Pré-escola – A aventura começa e Escolarização em busca da cidadania A coordenação deve exibir um ou mais episódios, fazendo paradas para dar espaço a dúvidas e observações. Após a exibição, os professores podem debater questões como estas: 1. O que é possível fazer, nas atuais condições da escola e dos professores, para incluir um aluno portador de deficiência múltipla em cada turma? 2. O que não é possível fazer nas condições atuais? Como essas condições podem ser melhoradas? Colocar as cartas na mesa pode ser o início de uma tomada de consciência coletiva do problema, o que pode produzir uma transformação positiva da realidade. Vale a pena tentar. ENSINO MÉDIO Os programas podem também ser explorados com alunos do ensino médio, visando desenvolver um projeto para crianças carentes da comunidade (com ou sem dificuldades especiais). 11 D ESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO Pode-se também desenvolver com a turma pesquisas sobre temas como desenvolvimento sustentável, as conseqüências da Eco 92 e a legislação ambiental. Os vídeos sugerem idéias que podem ser aproveitadas neste projeto; os alunos podem ter outras. O objetivo é ampliar nos adolescentes a consciência da realidade e das possibilidades de transformação. Veja também reprise de O lutador, dia 4 de agosto, selecionado para o ensino médio (leia dicas para trabalhar com o programa na seção Destaques da programação, edição nº 19 da revista TV ESCOLA). O lutador trata da questão da inclusão e ganhou este ano o Oscar de melhor documentário de curta duração. GEOGRAFIA PAISAGENS Série selecionada, na Grade da programação , para o ensino fundamental Transmissão: 20 e 21 de setembro Realização: CNDP. França, 1998 Duração: 24 programas de cerca de 6’30” Colorido Áreas conexas: Meio Ambiente, Ética, Trabalho e Consumo. Indicada para atividades com alunos de 7ª e 8ª séries do ensino fundamental. RESUMO C idades e regiões do mundo observadas por suas peculiaridades na interação do homem com o meio ambiente. A urbanização acelerada, aliada a fatores como a industrialização, o turismo e as migrações populacionais alteram significativamente a vida cotidiana das pessoas e as paisagens de cada lugar. Ao mesmo tempo, as inter venções humanas são condicionadas pelas próprias características físicas do ambiente. 12 Paisagens DICAS A conscientização sobre os problemas ambientais é uma preocupação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCN, em especial no terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. O trabalho com Paisagens deve partir dos conteúdos de Geografia, fazendo-se transversalidade com Meio Ambiente — área que permite entradas significativas no tema. Os conteúdos sobre os espaços global, regional e local podem ser discutidos em suas interações e contradições, construindo com os alunos posturas de cuidado no trato com o meio ambiente. O vídeo pode ser exibido para os alunos de 7ª e 8ª séries, visando discutir a interferência humana na transformação da paisagem. Uma discussão posterior pode garantir o registro e a incorporação de princípios do grupo na relação com o ambiente. Para estimular o envolvimento com o tema e o desenvolvimento de novas posturas, pode-se lançar indagações como estas: 1. Que valor a sociedade de consumo dá ao cuidado com o meio ambiente? 2. Quais são os parâmetros de bemestar e desenvolvimento próprios da era da globalização? 3. Qual é a ética existente nas relações dos países do Primeiro Mundo com o meio ambiente dos países de “outros mundos”? Mais tarde, os alunos podem escrever sobre o meio ambiente onde vivem (seu bairro, rua, bairro onde fica a escola), observando como ele foi afetado pela ação do homem e como esta é afetada pelo ambiente. Seria interessante descobrir, por exemplo, como era o bairro antes de ser urbanizado. Veja também O Clima e o mundo em que vivemos, Eu não troco este lugar por nada!, Agenda 21 – A utopia concreta e os quatro programas da série Nosso delicado mundo, já transmitidos pela TV Escola (consulte o Guia de programas e a videoteca de sua escola). Leia Ecologia em debate, Coleção Debate na Escola, São Paulo, Moderna, 1997, org. Márcia Kupstas Visite na Internet: www.caranguejo.com – Páginas para pesquias, últimas notícias sobre meio ambiente, links interessantes e chats. www.greenpeace.org.br – Notícias, pesquisas, tours ecológicos virtuais, denúncias e galeria de fotos. www.sosmatatlantica.org.br – Atlas da Mata Atlântica, Legislação Ambiental e Programa de Voluntariado. www.ibama.gov.br – Notícias ambientais, explicações sobre a função e as atividades do órgão, glossário ecológico, avaliações sobre o desmatamento e informações sobre reciclagem. CIÊNCIAS AS PLANT AS PLANTAS Série selecionada, na Grade da programação , para o ensino fundamental Transmissão: 22 de agosto Realização: CNDP. França, 1998 Direção: François Vieuxgué Duração: 8 programas de cerca de 5’30” Colorido Áreas conexas: Saúde. Indicada para atividades com alunos de todo o ensino fundamental. TVE SCOLA derá garantir a significativa aprendizagem de hábitos alimentares e de higiene, fundamentais ao desenvolvimento da boa saúde. É importante também conversar sobre a importância dos alimentos adequados na prevenção de doenças. Veja também Por que as plantas crescem assim?, O mundo da alimentação e Alimentos para a saúde, já transmitidos pela TV Escola (consulte o Guia de programas e a videoteca de sua escola). As plantas RESUMO O processo do nascimento, vida e morte – que por sua vez gera mais vida – por meio do desenvolvimento de alguns legumes, frutos e cereais. Todo o processo vital dos vegetais é mostrado, com imagens de animação, nos programas: Tomate , O morango, Abobrinha, Batata, A couve-flor, O milho, A cebola, Ervilha e As plantas. DICAS A série ajuda a enriquecer as aulas com conteúdos sobre plantas, alimentos e nutrientes. A par tir da exibição dos programas, pode-se discutir projetos como: o plantio de uma hor ta na escola; a pesquisa de preços em feira livre com o objetivo de compor uma cesta básica ideal para a família; a mais equilibrada (e possível) dieta nutricional, com as frutas e legumes preferidos dos alunos; a preparação coletiva de uma salada de frutas ou de uma sopa; a coleta de dados e posterior produção de tabelas sobre os alimentos mais utilizados pelos alunos da escola; pesquisa de frutas e legumes típicos de determinadas regiões do País; discussão da impor tância dos cereais na dieta alimentar; preparo e venda de alimentos para angariar fundos para um evento; produção de terrários, herbários etc. Com o envolvimento dos alunos e o estímulo à criatividade, o professor po- TVE SCOLA EDUCAÇÃO ESPECIAL SUPERDOT ADOS UPERDOTADOS Série selecionada, na Grade da programação, para o ensino fundamental Transmissão: 21 de agosto Realização: MEC / Seesp / Unesco. Brasil, 2000 Direção: Ana Evelin Pereira Duração: 2 programas de 16’45’’ e 13’02’’ Colorido Áreas conexas: Ciências, Ética, Saúde. Indicada para capacitação de professores. RESUMO des e perseguir seus próprios interesses; originalidade nas respostas; talento incomum para uma ou mais áreas de expressão; capacidade de julgamento; grande número de idéias e respostas e gosto por correr riscos. DICAS O s dois programas – Superdotados e Superdotados no ensino regular – podem ser utilizados em reuniões de professores, para se analisar a inclusão desses alunos. Muitas vezes, por suas características, eles têm dificuldades de adaptação na escola. São alunos que podem ficar ociosos na sala de aula (já que terminam mais rapidamente suas tarefas), ter dificuldades de relacionamento com seus colegas e professores (por se isolarem ou serem isolados, ou por perguntarem demais e não pararem quietos etc). Como não se sentem desafiados, eles muitas vezes se desinteressam pelo processo de aprendizagem. Enfim, por serem mal interpretados, podem ser prejudicados e excluídos da escola – espaço onde deveriam ser ajudados a desenvolver um processo de aprendizagem significativa. A sugestão é exibir, inicialmente, o primeiro episódio. Nesse momento, todos os professores presentes poderão construir os mesmos referenciais do conceito e das características de um aluno superdotado. Na seqüência, deve-se estimular uma discussão sobre as atuais experiências E xperiências desenvolvidas com crianças superdotadas, nos centros de ensino especial vinculados à Secretaria de Educação Especial – Seesp, do MEC. Considera-se superdotado o aluno com desenvolvimento acima da média em áreas como: capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica específica, artes, pensamento criativo ou produtivo, capacidade de liderança, capacidade psicomotora. Os alunos superdotados se destacam por sua grande curiosidade; tendência a começar sozinhos as ativida- Superdotados 13 D ESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO desenvolvidas pelos professores com seus alunos. O objetivo é levar cada um a iniciar o processo de identificação de possíveis casos de superdotados em suas turmas, se possível, com a ajuda de um especialista. Feita a identificação, é impor tante que os professores troquem informações sobre as dificuldades na relação com esses alunos, e também sobre possíveis propostas individualizadas a serem desenvolvidas com eles na sala de aula. Superdotados podem, por exemplo, ser aproveitados na função de monitores ou engajados em algum projeto especial da comunidade. Mesmo que não haja alunos superdotados em sua escola, a discussão do tema contribuirá para a construção de uma postura comum do corpo de professores em relação ao assunto. O segundo episódio deverá ser exibido ao final da reunião, quando o grupo de professores poderá conhecer outras posturas de intervenção, tanto com alunos quanto com seus familiares. culturais entre japoneses e brasileiros. Discuta também as diferenças entre o alfabeto que usamos – no qual as letras significam sons – e a escrita japonesa, em que os caracteres se referem a imagens. Neste processo, levase a turma a pensar sobre a língua, por meio de indagações como: Kanji RESUMO A construção da escrita japonesa, seus significados históricos e culturais. A escrita japonesa foi formada a partir da adoção de caracteres chineses, os kanji, posteriormente combinados com dois tipos de alfabeto silábico: o hiragana e o katakana. Kanji significa, literalmente, letra chinesa. Kan = chinês, ji = letra. O kanji é um ideograma: um sinal gráfico que representa uma idéia por meio da reprodução simplificada de objetos concretos. DICAS PLURALIDADE CULTURAL KANJI Programa selecionado, na Grade da programação , para o ensino fundamental Transmissão: 8 de agosto, EF; 22 de setembro, EM Realização: Asap Production. Alemanha, 1999 Direção: Peter Buchman Duração: 48’51” Colorido Áreas conexas: Geografia, História e Língua Por tuguesa. Indicado para atividades com alunos de 7ª e 8ª séries do ensino fundamental e também do ensino médio. 14 G rave e veja também A história da escrita , transmitido no mesmo dia. Este programa conta a história da escrita desde a época dos sumérios e dos caracteres cuneiformes, criados a partir de imagens e pictogramas. Trata também do desenvolvimento da imprensa e da revolução da escrita digital. E pode ser um bom complemento a Kanji. Use Kanji como uma provocação para um trabalho de Língua Por tuguesa com alunos de 7ª e 8ª séries do ensino fundamental (ou do ensino médio). O objetivo é ampliar a consciência da importância da língua escrita e de seu significado em diversas culturas, fazendo transversalidade com Pluralidade Cultural. Exiba o vídeo com algumas paradas para apontar semelhanças e diferenças • Qual das duas escritas possibilita maior expressão das emoções? Qual a mais racional? Por quê? • Como seria um dicionário em português no qual as palavras fossem traduzidas por imagens? IMPOR TANTE IMPORT PLANEJE SUAS GRAVAÇÕES Leia a Grade da programação e escolha os programas que quer usar. GRAVE OS PROGRAMAS E guarde as fitas na videoteca para posterior utilização. Para catalogar, você pode usar como referência o Guia de programas da TV Escola. USE PARA CAPACITAÇÃO Todos os programas podem ser usados como recurso de capacitação e aperfeiçoamento dos professores. USE COM OS ALUNOS Nas dicas de atividades com alunos apresentadas nesta seção, levam-se em conta objetivos e conteúdos curriculares de cada série do ensino fundamental (ou médio). A maioria dos vídeos pode, no entanto, ser usada em outras séries, com diferentes abordagens. OS PROGRAMAS SÃO REPRISADOS NAS FÉRIAS acompanhe a Grade de férias. TVE SCOLA • Como traduzir a linguagem silenciosa dos surdos-mudos em caracteres? • Como se desenvolve a alfabetização das crianças japonesas, que se defrontam com o desafio de se apropriar de centenas de caracteres – enquanto, em nossa língua, temos somente 23 letras a serem trabalhadas? Quais são as diferenças? Será que, por outro lado, não é mais fácil para as crianças do Japão aprenderem a ler e escrever? Pode-se levantar a semelhança dos caracteres japoneses com desenhos estilizados, lembrando que o desenho é a primeira forma de registro da criança. • Como será o teclado de uma máquina de escrever ou de um computador japonês? Exiba depois A história da escrita e proponha aos alunos pesquisar as diferentes formas da escrita da humanidade ao longo da história, tais como os registros das cavernas, os hieróglifos egípcios, o alfabeto grego, a escrita chinesa etc. Você pode desenvolver um projeto focado na utilização da escrita e nas diferentes formas de texto presentes no cotidiano: outdoors , legendas de filmes, bulas de remédios, romances, poesias, jornais, folhetos de propaganda distribuídos pelas ruas, contas de luz, água etc. Com todos estes exemplos, pode-se produzir um livro do grupo, com o tema “as necessidades atuais da escrita”. A partir daí, podem ser desenvolvidas propostas de leitura para conhecimento e análise da literatura mundial. Aproveite a ocasião para trabalhar com contos populares orientais e ocidentais, ou de autores clássicos, levando os alunos a estabelecerem algumas relações de diferenças e de pontos de conexão entre as culturas. Realize discussões sobre a importância da alfabetização como ampliadora da compreensão do mundo. Neste momento, os alunos podem fazer pesquisas e interpretações de dados estatísticos relacionados aos índices de analfabetismo adulto nos diversos países do mundo, inclusive no Brasil. TVE SCOLA agosto / setembro SALTO PARA O FUTURO Série Dia Saúde: crescendo de bem com a vida Arte na escola Ensino médio Saúde: prevenir é sempre melhor Educação ambiental Debates contemporâneos: violência na escola Matemática Debate: escola e sociedade civil 31 jul - 4 ago 7 ago - 11 ago 14 ago - 18 ago 21 ago - 25 ago 28 ago - 1 set 4 set - 8 set 11 set - 22 set 25 set - 29 set ◆ O Salto para o futuro é transmitido ao vivo, de segunda a sexta, das 19h às 20h. ◆ Os programas ao vivo são reprisados no dia seguinte, das 11h às 12h e das 15h às 16h. ◆ Para ter mais informações, consulte, na Internet, a página: www.tvebrasil.com.br/salto FILOSOFIA O ABECEDÁRIO DE GILLES DELEUZE Série selecionada, na Grade da programação, para o ensino fundamental Transmissão: 23 de agosto Realização: 10 Francs. França, 1998 Direção: P. H. Boutang Duração: 10 programas de 8’ a 11’ Colorido Áreas conexas: Língua Por tuguesa, Ciências, Geografia, História, Ética. Indicada para capacitação de professores e atividades com alunos de 7ª e 8ª séries do ensino fundamental e também do ensino médio. RESUMO R eflexões do filósofo francês Gilles Deleuze sobre uma série de questões, analisadas a partir de temas organizados como num dicionário ou “bestiário”: Animal, Beber, Cultura e Desejo ... São dez programas de uma série original de 49 episódios. Deleuze produziu uma das mais impor tantes críticas à moral e ética do mundo do pós-guerra. Ele dá ênfase, em seus estudos, à língua como grande instrumento do pensamento e explora conceitos que são essenciais à construção do conhecimento. Daí a importância do seu abecedário. DICAS O s programas são de Filosofia, mas podem ser usados com os alunos da 7ª e 8ª séries do ensino fundamental. Eles devem ser motivadores de um trabalho interdisciplinar, que permita explorar conteúdos de Língua Por tuguesa, Ciências, Geografia, História, Ética e Saúde. Em Animal, Deleuze destaca que o escritor escreve “no lugar de” e não “para”. No programa, ele procura falar no lugar dos animais. A demarcação territorial é um assunto que fascina o filósofo. Os bichos marcam seus territórios de vários modos, com secreções glandulares, movimentos, cores, linhas e posturas. É possível fazer um paralelo, explorando as causas das guerras. Muitas delas começam com questões territoriais que 15 D ESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO ser vem de desculpa para barbáries como o extermínio de povos inteiros ou a ampliação da desigualdade social. É importante estimular o grupo a registrar essas discussões. É o momento de trabalhar para que os alunos desenvolvam a consciência do escrever “no lugar de”. Por exemplo: 1. Escrever redações, em pequenos grupos, assumindo o papel de presos de campos de concentração na 2a Guerra Mundial. Pode-se exibir para toda a classe um filme relacionado ao assunto (A lista de Schindler, por exemplo). Ou então, cada grupo pode escolher um filme diferente, relacionado à 2a Guerra, pesquisando o assunto mais a fundo, registrando e expondo sua pesquisa para todos. 2. Registrar individualmente, com palavras ou desenhos, as conseqüências de um conflito armado. Na seqüência, escrever uma frase acerca da questão. No que esse conflito melhorou a vida das pessoas envolvidas? 3. Discutir e escrever um texto coletivo (no quadro negro e no caderno), no qual o grupo de alunos se imagine vivendo na rua, embaixo de pontes ou viadutos. Destacar os sentimentos que afloram nessa situação e as soluções que o grupo imagina para recuperar sua dignidade. 4. Confeccionar formulários de entrevista e desenvolver uma pesquisa com parentes ou conhecidos dos alunos que já tenham se envolvido em diversos tipos de conflito. Por exemplo, pessoas que estiveram em campos de concentração, ou foram soldados na 2a Guerra, ou ainda ex-presos políticos. Pode-se em seguida confeccionar e expor tabelas com os dados pesquisados, desenvolver textos em cartazes, dar aulas do assunto para outras turmas e fazer mesas-redondas com a par ticipação de grupos da comunidade escolar – pais, moradores próximos, funcionários, professores. BEBIDA Use o programa Bebida como pretexto para discutir a questão da droga, tão presente na adolescência. Afinal, quan- 16 to mais esta questão for discutida e verbalizada, melhor sua elaboração. Vale a pena aproveitar também os programas em que Deleuze trabalha os conceitos de Cultura e Desejo. Eles podem ampliar ou confirmar princípios de vida e posturas éticas fundamentais em relação à maior possibilidade e ao maior desafio do ser humano: ser sujeito pensante e cidadão. ENSINO MÉDIO O abecedário de Deleuze pode ser utilizado também no ensino médio, em princípio, com as mesmas atividades sugeridas aqui para o ensino fundamental. Lembre-se que os PCN do ensino médio, relativos à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias (em que está a Filosofia), propõem que se desenvolvam as habilidades: • ler textos filosóficos de modo significativo; • ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros; • elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo; • debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição face a argumentos mais consistentes; • ar ticular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas ciências naturais e humanas, nas artes e em outras produções culturais; • contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica, quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sócio-político, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica. Veja também os outros programas da série O abecedário de Deleuze, que serão transmitidos pela TV Escola ainda neste ano e em 2001. Veja ainda programas da série Clac / Filosofia, já transmitida pela TV Escola (consulte o Guia de programas e a videoteca de sua escola). OUTRAS AT ARTE I RMÃ WENDY E A HISTÓRIA DA PINTURA Série, 10 programas Transmissão: 11, 12 e 13 de setembro Área conexa: História Wendy Becket, uma freira estudiosa da história da arte, percorre os locais onde foram criadas grandes obras de arte da humanidade e explica as circunstâncias em que elas surgiram. Andando pelas cavernas de Lascaux, França, no episódio As névoas do tempo, Irmã Wendy mostra a arte feita há 20 mil anos pelo homem das cavernas. Em Pompéia, na Itália, ela entra numa casa resgatada das cinzas vulcânicas da grande erupção de 79 d.C. e mostra, num tom de confidência, a possível história do casal retratado numa das paredes da casa. No episódio Surge o herói, a Itália de 1300 é percorrida através das obras de Giotto, em Florença e de Duccio, em Siena. E a história da arte se mistura à da humanidade. Os flamengos Van Eyck, Roger van der Weyden e Bosch também são apresentados ao público, assim como a época em que viveram. Indicado para capacitação de professores e atividades com alunos do ensino fundamental e médio. Veja também Pintura moderna em destaque, dias 13 e 14 de setembro. Irmã Wendy e a história da pintura TVE SCOLA TRAÇÕES culo 16, ao mesmo tempo em que a loucura grandiosa de Dom Quixote vai se ampliando na luta por um mundo mais humano e generoso. DICAS Dom Quixote DICAS Os alunos (ou professores) podem ser divididos em grupos que escolham pesquisar mais aprofundadamente cada um dos contextos históricos apresentados nos programas. Como era a Pompéia onde houve a erupção do Vesúvio? E a Florença de Giotto? O resultado da pesquisa deve ser apresentado a toda a turma, juntamente com ilustrações tiradas de livros, enciclopédias, Internet etc., mostrando outras obras do mesmo período. Os alunos podem, então, comparar estas obras às que o vídeo mostra. Quais são as semelhanças e diferenças? Que outros artistas relevantes viveram neste mesmo período? L I T E R AT U R A DOM QUIXOTE Transmissão: 16 de agosto Áreas conexas: História, Língua Portuguesa, Arte, Ética Animação de bonecos de massa conta a clássica história de Miguel de Cervantes, numa linguagem simples e agradável. De tanto ler aventuras de cavaleiros andantes, Dom Quixote, um fidalgo espanhol, enlouquece e sai pelo mundo à procura de aventuras, acompanhado por seu escudeiro Sancho Pança. No caminho, eles encontram uma verdadeira coleção de tipos da sociedade da Espanha no Sé- TVE SCOLA Peça aos alunos para pesquisarem várias imagens de Dom Quixote, já que este personagem inspirou diversos artistas ao longo da História (um bom exemplo é a série desenhada por Cândido Portinari). Discuta com os alunos a questão da loucura de Dom Quixote. Será que ele é louco ou apenas excessivamente bom e generoso? Exponha e discuta com a classe outros exemplos históricos de pessoas que foram consideradas loucas, mas cuja biografia e obra mostram um valor pessoal até maior que o dos indivíduos considerados normais: a heroína francesa Joana d´Arc, o pintor holandês Vincent van Gogh... Depois de estabelecida a dimensão do personagem, é possível pedir aos alunos que escrevam uma redação contando as aventuras de Dom Quixote, se ele fosse trazido ao mundo moderno. Se ele confundia moinhos de vento com gigantes, o que acharia de um caminhão ou de um ônibus? E o que faria um herói que lutava pelos fracos e oprimidos ao se deparar com a realidade social de nossos dias? Indicado para atividades com alunos do ensino médio. Veja e grave ainda: PIERRE VERGER, MENSAGEIRO ENTRE DOIS MUNDOS História do fotógrafo francês Pierre ‘Fatumbi’ Verger, um dos maiores estudiosos da cultura afro-brasileira, em documentário dividido em dois episódios de 45 minutos. Produção: GNT (leia nota na seção E tem mais). Narrado pelo cantor e compositor Gilberto Gil, o programa mostra a trajetória de Verger, que passou metade da sua vida entre a Bahia e a África. Gil refez os caminhos de Verger. Foi ao Benim, onde esteve com reis de várias dinastias; visitou o mesmo terreiro em que o fotógrafo foi iniciado no Ifá (uma espécie de jogo de búzios) e colheu depoimentos surpreendentes de amigos de Verger em Paris e em Salvador. Transmissão: 7 de setembro. FUTEBOL Histórias do futebol narradas pelo escritor Rubem Fonseca, em documentário de três episódios de 90 minutos – tempo de uma partida. Produção: GNT (leia nota na seção E tem mais). O primeiro episódio, transmitido agora pela TV Escola, é Os meninos (bons de bola). Mostra a trajetória de três rapazes que tentam conquistar prestígio e fama com a bola nos pés. Transmissão: programação especial de 7 de setembro. MATEMÁTICA E LADRILHAGEM Programa da série Matemática na TV, que aborda a geometria vinculada aos espaços de vida do ser humano e a seus diversos usos em atividades como a ladrilhagem. Indicado para atividades com alunos do 3º e 4º ciclos do ensino fundamental. Transmissão: 29 de setembro. PINTURA MODERNA EM DESTAQUE Série de dez programas, com 15 minutos cada, que apresenta a arte e os criadores de diversos movimentos, como expressionismo, impressionismo ou pop art. Objetiva, didática e ágil, a série complementa os programas da série Irmã Wendy e a história da pintura (dias 11, 12 e 13 de setembro). Indicado para capacitação de professores e atividades com alunos do ensino fundamental. Área conexa: História. Transmissão: 13 e 14 de setembro. Pierre Verger, mensageiro entre dois mundos 17 APM faz a diferença Com o trabalho da Associação de Pais e Mestres, uma escola paulistana ganha autonomia, desenvolve projetos interdisciplinares, usa a TV Escola, constrói parcerias e favorece a convivência entre alunos de diferentes classes sociais. R e p o r t a g e m : Doris Fleury F o t o s : Vera Jursys classe média que já não podiam pagar colégios pará 15 anos, ao chegar pela primeira vez à ticulares. Escola Estadual Ennio Voss, na zona Sul A Ennio Voss se transformou. Hoje a escola se de São Paulo, a professora de Educação destaca pelo nível pedagógico, pelas experiências inFísica Cleusa Silva Pulice levou um susto. terdisciplinares, com a presença da TV Escola (leia O prédio era feio, sujo, todo pichado, com Um novo mundo pela TV), e, princividros quebrados, pintapalmente, pelo trabalho de sua Asdo de cinza-escuro... Mas os piores sociação de Pais e Mestres APM, problemas estavam dentro do edifíque ajudou a conduzir as mudancio. As pessoas não se viam como ças nesse ambiente onde convivem uma comunidade, não enxergavam 62 professores e 1.932 alunos de o coletivo, lembra Cleusa. A Ennio realidades sociais tão diferentes. Voss atendia as crianças da Águas Aqui a classe média e a favela Espraiadas uma favela cercada por convivem lado a lado, conta a direresidências de classe média, escritótora Cleusa Pulice, há nove anos na rios de alto padrão e vizinha de um direção da Ennio Voss. Nem semgrande shopping. pre isso é tranqüilo. No começo do Muita coisa mudou desde essa ano, a gente percebe conflitos. Aí, toépoca. A Águas Espraiadas foi derdos os trabalhos passam a ser feitos rubada, dando lugar à avenida com em grupo, para aproximar os alunos. o mesmo nome. Seus moradores Outra providência: uniforme em todo foram transferidos para a favela do mundo. Se algum aluno mais carenParaisópolis, a 20 minutos de ônite não tiver condições de comprar, a bus dali. Mesmo assim, continuaAPM providencia. ram fiéis à escola. Mas o perfil da O dinheiro arrecadado pela clientela mudou bastante, com a Alunos com a parabólica da Escola APM mantém o prédio com aspecchegada de crianças de famílias de Estadual Ennio Voss. H 26 TVE SCOLA to impecável; paga funcionários de manutenção; promove bailes e festas nos fins de semana, oficinas e um grupo de teatro; compra ventiladores e cortinas; fornece passes de ônibus e cestas básicas aos alunos carentes; paga linhas telefônicas extras; xerox e nada menos que dez conjuntos de vídeo e TV, além do kit da TV Escola. BAZARES DE PECHINCHA Mas como se consegue tanta participação dos pais? Segundo a diretora da escola, o segredo para atraí-los à APM é a clareza na comunicação e o estímulo para participar. Desde a primeira reunião do ano, todos têm direi- TVE SCOLA Fanfarra dirigida pelo músico Geraldo Weber e o diretor da APM Gilmar de Oliveira (no fundo, à direita). to à palavra inclusive os alunos, conta a diretora. Os pais vão à luta, é claro, para garantir a escola dos seus filhos. Mas outros motivos também contam. Já estudei lá, tenho muito carinho pela Ennio Voss, explica a comerciante Mônica Galasso Viola, mãe de Murilo, 6 anos, da 1a série. A razão de Mônica para matricular o filho na escola é surpreendente para muita gente de seu meio social: Quero que o Murilo conviva com crianças diferentes dele, que não podem ir à aula com o último estojinho do Pokemon. Além de ajudar na arrecadação de recursos, Mônica já se dispôs a coordenar voluntariamente oficinas de artesanato com sucata para as crianças. 27 APM faz a diferença e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, o Fundef, também administrado pela APM, que trabalha com muita transparência. Quem chega à Ennio Voss, logo se depara com numerosas planilhas de contas espalhadas pelos corredores e pátios. PARCERIAS EM AÇÃO A APM tem várias estratégias para arrecadar dinheiro, explica Cleusa, a diretora. Desde contribuições em classe nas quais, é claro, só paga quem pode até a festa junina, na qual já chegamos a arrecadar R$ 6 mil líquidos. Também saímos pela vizinhança pedindo roupas e objetos e depois organizamos Bazares da Pechincha, conta a dona-decasa Noélia Santos de Andrade, mãe de Patrícia, 12 anos, da 6 a série. O evento é direcionado às mães carentes, que pagam no máximo R$ 1 por peça. A cantina e até os outdoors que circundam o muro da escola são arrendados para fazer caixa. Toda essa arrecadação é reforçada por recurso do Fundo de Manutenção Patrícia, professora de História, discute com grupo da 4ª série trabalho desenvolvido a partir do programa Dois mundos desconhecidos , da série Brasil 500 anos: um novo mundo na TV . Quem quer participar da fanfarra? Até agora, nada menos que 80 alunos aceitaram o convite de Gilmar Aparecido de Oliveira, diretor social da APM. Muita gente vai ficar de boca aberta quando ouvir eles tocando, promete. Gilmar tem 6 filhos na Ennio Voss: Andreza Ana, 7 anos (1a série); Alessandra Maria, 11 anos (6a série); os gêmeos Aline Aparecida Cosme e Liane Aparecida Damião, 13 anos (7a série); Adriano Murba, 14 anos (8a série) e Anderson José Batista, 15 anos (1a série do ensino médio). Vendedor desempregado, o pai das crianças se envolveu a fundo nas atividades da APM: Enquanto não arranjo emprego, vou pegando responsabilidade aqui, conta o paizão. E que responsabilidade: Gilmar desencavou os velhos instrumentos que a escola possuía e reformou 80% deles. Está também em negociações para receber a doação de mais de uma centena de instrumentos novos, por meio de uma parceria da escola. ERA CABRAL UM ASTRONAUTA? Depois de assistir ao vídeo Dois mundos desconhecidos, da série Brasil 500 anos: um novo mundo na TV, a professora Patrícia Borges Alves pediu aos seus alunos que imaginassem uma situação de confronto entre dois mundos diferentes, comparável ao dos índios brasileiros com os navegadores portugueses, em 1500. Por exemplo: uma invasão de alienígenas, hoje, em São Paulo. Os alunos da 5 a série botaram a imaginação para trabalhar: 28 “Assim, do nada, uma nave espacial de outro planeta invade São Paulo. E de repente começa a mudar tudo. Como eu iria me acostumar com isso? Impossível. Faria de tudo para mudar essa situação. (...) De repente, assim do nada, esses seres vão mudar nossos costumes?” Tamara T. dos Santos “Ficamos todos apavorados, eu principalmente nem sabia o que fazer. Os ETs poderiam mudar nossos costu- mes, nosso jeito de viver, nos fazer de escravos. (...).” Larissa Batista Messias “Eles mudam nossa língua, as tradições e acabam com a alimentação.” (...) No dia seguinte, comemos pela manhã rosquinhas de rato, asinhas de barata torrada e tomamos água de esgoto. Depois tomamos banho em uma cachoeira de água poluída e o sabonete era uma lagartixa viva.” Beatriz Barbosa e Caroline Paviani TVE SCOLA APM faz a diferença Essa é outra das marcas registradas da Ennio Voss: as parcerias com empresas e outras instituições articuladas pela diretora Cleusa e pela APM. Uma associação com a ONG Aruanda Ambiente, por exemplo, levou os alunos a cultivarem mudas de árvores, que depois foram distribuídas para a comunidade do bairro. Em parceria com a Rede Globo, a escola participa do Projeto Amigos da Escola, que já rendeu desde ingressos para o teatro até um passeio ao Aeroporto de Cumbica. Alunos do Vértice, um colégio particular da região, trabalham como monitores da Ennio Voss. Planejamos esta parceria como mais uma forma de estímulo à convivência entre alunos de realidades sociais diferentes, diz Cleusa. Desse encontro já surgiram inclusive grandes amizades. “ TODOS TÊM DIREITO À PALAVRA NA APM, INCLUSIVE OS ALUNOS ” UM NOVO MUNDO PELA TV Aula de História na 5 a série A. Patrícia Borges Alves, a professora, está exibindo para os alunos o programa da TV Escola Dois mundos desconhecidos, da série Brasil 500 anos: um novo mundo na TV. Os mamulengos usados no vídeo prendem a atenção das crianças. Logo depois das cenas iniciais, Patrícia faz uma paradinha no vídeo para contextualizar as informações e explicar palavras complicadas. Alguém aqui sabe o que é um astrolábio? Não tem importância que o programa use palavras difíceis, diz Patrícia. O importante é quebrar a monotonia da aula tradicional. Pelo menos duas vezes por mês a professora dá uma passada na videoteca e anota da Grade da programação os vídeos que lhe interessam. Depois, leva as fitas para assistir em casa e cria atividades a partir dos programas. No caso de Dois mundos desconhecidos, conta Patrícia, organizamos uma exposição com fotos e ima- TVE SCOLA Uniforme é estratégia adotada pela direção da escola para facilitar aproximação das crianças. gens pesquisadas; depois, eles escreveram um roteiro do que viram; e, por último, pedi redações, imaginando uma situação semelhante a esse encontro dos índios e portugueses (veja os resultados em Um novo mundo pela TV). O vídeo não serve só para ser visto, e sim para construir uma informação, diz a professora de 4 a série Georgina Malfitano, que recentemente pediu aos seus alunos que criassem uma história em quadrinhos baseada no programa Big Bang, da série O Cosmos. No ensino fundamental (a escola também oferece ensino médio, no período noturno), essas atividades costumam ser supervisionadas pela coordenadora pedagógica Lurdes Ribeiro. O maior orgulho de Lurdes são os projetos interdisciplinares. Abrindo uma pasta, ela exibe um trabalho feito com alu- 29 APM faz a diferença COMPROMISSO Aos 49 anos, a diretora Cleusa Silva Pulice está com toda a papelada pronta para se aposentar. Mas não tem coragem de abandonar a Escola Estadual Ennio Voss. Cleusa é uma entusiasta do ensino público e acredita na sua renovação nos próximos anos. “Têm coisas muito bonitas acontecendo na escola pública”, diz ela, convicta. Desde quando você leciona? Desde 73. Sempre quis ensinar, nunca pensei em fazer outra coisa. Quando era criança, imitava a minha professora, dando aula com uma anteninha de rádio na mão. Cursei Educação Física porque gostava de esportes. Por que você decidiu ser diretora? Nas escolas onde ensinei, acabei percebendo que muita coisa não dava certo por problemas de gestão. Por conta disso, fui fazer Pedagogia e em três anos já era vice-diretora. Qual é seu projeto de escola? Quero uma escola inteiramente voltada para o aluno, em um espaço onde se possa sentir o prazer da aprendizagem. A diretora Cleusa: “Nunca pensei em fazer outra coisa”. nos do ensino fundamental, usando como pretexto o vídeo da TV Escola Aldeia indígena, da série Paisagens brasileiras. BIBLIOTECAS NA PAREDE Primeiro, o programa foi assistido por todas as séries. Em seguida, elaboramos um projeto de trabalho em conjunto com os alunos, conta a coordenadora. Na 2ª série, por exemplo, eles queriam conhecer melhor a floresta, a relação do homem com a natureza e o problema da preservação. Do nosso lado, nós queríamos garantir e completar a alfabetização, assegurar um texto com coerência, e introduzir o conceito de localização. Lurdes vai exibindo as pastas da turma, mostrando como foram articulados conteúdos de Geografia, Língua Portuguesa, Arte, Matemática e o tema transversal Meio Ambiente. Os alunos acharam incrível o tama- 30 nho da Amazônia no globo terrestre; então, comparamos com o do Estado de São Paulo. Trabalharam com uma seqüência de números para circundar o mapa da região e depois localizaram a linha do Equador. Em seguida, escolheram alguns animais e plantas para pesquisar: o bicho-preguiça, o macaco-da-noite, a vitória-régia... Alguns alunos têm à sua disposição enciclopédias e Internet. Outros dispõem de poucas fontes além dos livros didáticos. Para dar oportunidades iguais a todos, os materiais de pesquisa encontrados sobre flora e fauna foram expostos na parede, formando uma biblioteca. Na etapa seguinte, propusemos alguns caça-palavras relacionados com o assunto. Esse tipo de listagem ajuda a resgatar os alunos que ainda não foram alfabetizados, conta Lurdes. Outros filmes foram vistos e os alunos descobriram a cerâmica marajoara. Apresentamos então um desenho quadriculado de uma dessas peças e pedimos que identificassem o número de quadradinhos coloridos em cada tom. Para chegar a esse resultado eles utilizaram táticas de multiplicação e até construíram expressões matemáticas. E, no final, ainda produziram um texto de avaliação do trabalho. Além de ver vídeos, discutir e avaliar os resultados dos projetos interdisciplinares no HTPC (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo), Lurdes anda o dia todo pelo colégio. Quando a atividade pedagógica lhe interessa, entra na sala e assiste a aula, documentando-a por escrito. Mais tarde, essas experiências são discutidas com os outros professores, para que eles aproveitem as idéias dos colegas. INDICADORES DE SUCESSO A coordenadora pedagógica acha que a presença da APM é fundamental para o ensino: Com os pais participando, os alunos se sentem felizes, orgulhosos e aprendem muito melhor. E os números confirmam o que ela diz: em 1999, a Ennio Voss apresentou uma taxa de evasão global quase nula, de 0,01%. A repetência média, entre ensino fundamental e médio, ficou em 0,75%. TVE SCOLA S ão várias as oportunidades para se abrir a escola à comunidade, além das reuniões mensais”, diz Ana. “É preciso que a escola tenha um bom projeto pelo qual todos se sintam responsáveis”, diz Cristina. “O que mais funciona é a existência de um projeto pedagógico que represente um consenso de ambas as partes”, diz Carmen. “Um primeiro passo é reconhecer o lugar no qual a escola está TVE SCOLA inserida e detectar questões de interesse da comunidade”, diz Silvana. Ana, Cristina, Carmen e Silvana (leia legendas das fotos nesta página) estão envolvidas de várias formas com a questão das relações escola-comunidade. O trabalho de Ana e Cristina já foi inclusive apresentado nas edições nº 10 e nº 7 da revista TV ESCOLA. Por isso as quatro foram ouvidas sobre o tema, em separado, por fax e e-mail. O resultado é esta conversa a distância, com muitas idéias e alguns exemplos concretos. VERA JURSYS Silvana Augusto é gerente de fortalecimento institucional e parcerias, na Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE, ligada à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. ARQUIVO PESSOAL Sua presença fortalece a escola, rompe o isolamento dos professores, aperfeiçoa a qualidade do ensino, consolida o projeto pedagógico e dá aos alunos um exemplo de prática da cidadania. Mas como se abre a escola à comunidade? Francisca Cristina Alvarenga é professora da Escola São Sebastião de Cruzília, Cruzília (MG) e ex-diretora da Escola do Sobradinho, São Thomé das Letras (MG), onde desenvolveu intenso trabalho com a comunidade. Ana Maria Pontes é diretora de Educação Infantil e coordenadora pedagógica da Secretaria de Educação de Jundiaí, interior de São Paulo. ARQUIVO PESSOAL Comunidade é a melhor parceira RONALDO GUIMARÃES CONVERSAS DA TV ESCOLA Carmen Moreira de Castro Neves é diretora de Política de Educação a Distância da Secretaria de Educação a Distância - Seed, do MEC. 31 “ ENCONTROS NA ESCOLA O projeto Parceiros do futuro, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo abre à comunidade, nos fins de semana, 113 escolas da capital e Grande São Paulo. Uma média de 600 pessoas vão a cada escola para atividades culturais, esportivas e de lazer. Há até cursos de capacitação em informática. A Secretaria tem projetos do gênero em todo o Estado. Prevenção também se ensina, por exemplo, atua em aproximadamente 3 mil escolas, discutindo temas relacionados à prevenção das DST/Aids, uso de drogas e gravidez na adolescência. O projeto Comunidade presente envolve cerca de 1.100 escolas. Seu objetivo é estabelecer ações para a prevenção da violência, contando com o apoio da comunidade e estimulando a participação em órgãos representativos como o Conselho de Escola, o Grêmio Estudantil e a Associação de Pais e Mestres - APM. Escola em parceria estimula a participação de instituições não-governamentais na gestão da escola, buscando o investimento de empresas em ações complementares ao projeto pedagógico. PAIS E FILHOS ENTREVISTA A Secretaria de Educação de Jundiaí, interior de São Paulo, tem pelo menos quatro projetos destinados a fortalecer as relações das escolas com suas comunidades. Em março e setembro, é realizado o Família vai à escola. Pais trocam de lugar com os filhos na sala de aula, o que favorece a discussão da proposta pedagógica. No projeto Horta escolar, pais e comunidade se responsabilizam pelas hortas nos finais de semana e nas férias. NOVOS PROJETOS Neste ano, a Secretaria de Educação de Jundiaí lançou mais dois projetos: o Comunidade faz arte nas escolas de Jundiaí e Pais discutem educação, que deve começar em agosto, com debate sobre o tema Eu sei o que meu filho aprende? 32 A RELAÇÃO DA ESCOLA COM A COMUNIDADE FACILITA MUITO O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM Ana Maria Pontes TV E SCOLA : Por que, afinal, é tão importante para a escola se abrir à comunidade e trabalhar com ela? Isso não ultrapassa os limites de seu papel, já tão difícil, de formar os alunos? Carmen: Formar, educar o cidadão para a vida não é um trabalho simples. Quanto maior for a parceria e a solidariedade entre escola e comunidade na identificação de valores éticos, na definição de objetivos e estratégias e na consolidação de um projeto pedagógico, maior será a possibilidade de oferecer aos alunos um ambiente onde desenvolvam suas potencialidades. A n a : Se os pais e a comunidade não compreenderem a proposta pedagógica da escola, com certeza teremos muita dificuldade de colocá-la em prática. Encarando a escola apenas como transmissora de conhecimentos, podemos dizer que ela estaria ultrapassando os limites de seu papel, ao abrir as portas para a comunidade. Mas, como a vemos como formadora do conhecimento, do cidadão autônomo e crítico, percebemos o quão importante é esta parceria. TV E SCOLA : Como se abre a escola à comunidade, ou se estreita os vínculos ” com ela? Com que iniciativas ou projetos? O que mais funciona e por quê? A n a : São várias as oportunidades para se abrir a escola aos pais e à comunidade, além das reuniões mensais. Em Jundiaí, temos, por exemplo, o projeto Família vai à escola, o Horta escolar. Neste ano, estamos desenvolvendo os projetos Comunidade faz arte nas escolas de Jundiaí e o Pais discutem educação (veja box). C r i s t i n a : Para criar vínculos, a escola tem de admitir e aceitar que a comunidade possa pensar diferente. É preciso também que ela tenha um bom projeto pedagógico, pelo qual todos se sintam responsáveis. Silvana: Um primeiro passo é detectar questões de interesse da comunidade, levando-a para discutir os problemas dentro da escola, e tomando iniciativas que considerem suas necessidades. Na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo existem quatro projetos com esta filosofia: Parceiros do futuro, Prevenção também se ensina, Comunidade presente e Escola em parceria (veja box). TV E SCOLA : Quais as principais dificuldades encontradas na aproximação e envolvimento com a comunidade? Como superá-las? TVE SCOLA C r i s t i n a : Acredito que a escola ainda encontra muita dificuldade no envolvimento com a comunidade, porque a família transferiu para ela a responsabilidade de educar. Também penso que as pessoas estão desgastadas, sem crenças fortes, sem sonhos. A n a : A primeira e maior dificuldade é a nossa tradição de escolas fechadas, distantes de tudo e de todos. Outra dificuldade é a de expormos nossas fraquezas e dificuldades. Só existe um caminho para superar estes obstáculos: é darmos a todos os trabalhadores em educação subsídios e capacitação para que eles se sintam seguros com uma nova visão da escola. S i l v a n a : A principal dificuldade de nossos projetos foi a presença muito tímida de uma cultura participativa em nossa sociedade. Isto se refletiu no auto-isolamento da escola. A comunidade, por outro lado, não percebia que a escola era um espaço público, sobre o qual tinha direitos. C a r m e n : Aqui no Brasil, de um modo geral, as escolas estão mais vinculadas ao sistema de ensino do que à comunidade. Esta é chamada a colaborar com a caixa escolar, com consertos e compras, ou para ouvir reclamações sobre seus filhos. Gera-se uma situação que acaba afastando os parceiros. Valorizar a comunidade, construir com ela o projeto pedagógico, ouvi-la na avaliação institucional, prestar contas do trabalho realizado, abrir-lhe as portas para ações educativas que atendam às suas necessidades são algumas ações que favorecem o envolvimento coletivo. TV E SCOLA: Que papel a APM tem representado na relação escola-comunidade? Como esse papel pode ser mais bem desenvolvido? S i l v a n a : A APM, de um modo geral, tem exercido a importante função de gerir verbas vindas da Secretaria da Educação. Muitas APMs ampliaram esta função, fortalecendo a autonomia da escola com a participação em aspectos pedagógicos. A n a : A APM, apesar de restringir-se a um pequeno número de pais, é uma grande auxiliar para a relação escola- TVE SCOLA comunidade, uma vez que pais e escola tomam decisões juntos e dividem responsabilidades. C r i s t i n a : A Escola São Sebastião, na qual trabalho, não possui APM. Mas acreditamos ter mais força com o Colegiado Escolar, órgão consultivo, deliberativo e normativo que envolve não só os pais mas também alunos, professores e servidores. TV E SCOLA : Pais que vão à escola e participam de festas e outros encontros se interessam mais pelo que acontece na sala de aula? Carmen: Festas, rifas, encontros e quermesses são maneiras de atrair os pais. Digamos que são contatos imediatos de primeiro grau. Os de terceiro grau ocorrem quando a comunidade participa ativamente do cotidiano da escola. E é essa integração que provoca mudanças. S i l v a n a : Muitas vezes, a realização de festas e outros eventos proporcionam a aproximação dos pais com a escola, estabelecendo vínculos afetivos que podem garantir um maior envolvimento com o cotidiano da sala de aula. C r i s t i n a : Acreditamos que não. O pai que se interessa mais pelo que acontece na sala de aula é aquele que tem a visão de que o ambiente da escola é o ambiente formador de seu filho. TV E SCOLA : Que efeito a aproximação escola-comunidade tem sobre o processo de ensino-aprendizagem? Essa aproximação não inibe, de algum modo, o professor, limitando sua autonomia? C r i s t i n a : Essa aproximação não inibe os professores, muito pelo contrário. Nós nos sentimos muito isolados sem a presença dos pais na escola, e com uma sobrecarga de responsabilidade. A n a : A relação escola-comunidade facilita muito o processo de ensinoaprendizagem. Pode acontecer de o professor, ou qualquer outro trabalhador em educação, sentir-se inibido no começo, mas, como os resultados positivos logo aparecem, este sentimento é dissipado. S i l v a n a : A aproximação é uma oportunidade para que os educadores conheçam melhor a comunidade e reflitam mais sobre sua prática. “ A PRINCIPAL DIFICULDADE DOS PROJETOS É A PRESENÇA MUITO TÍMIDA DE UMA CULTURA PARTICIPATIVA EM NOSSA SOCIEDADE Silvana Augusto 33 “ A TECNOLOGIA PODE SER UM MOTIVO PARA TRAZER A COMUNIDADE À ESCOLA Carmen Moreira de Castro Neves TV E SCOLA : Que impacto a aproximação escola-comunidade pode ter na vida da comunidade e de toda a sociedade? Qual a relação desse vínculo com o exercício da cidadania e o aperfeiçoamento da democracia? C r i s t i n a : Quando a comunidade entende que a escola não é do diretor, do professor e sim de todos, ela passa a abraçar sua causa. A aproximação escola-comunidade estreita os vínculos e transforma a escola em ambiente formador de cidadãos, aperfeiçoando o processo democrático. Ana: A aproximação, que não se limita aos pais, ajuda na resolução dos pequenos problemas do dia-a-dia. Além disso, permite trabalhar com os alunos questões de solidariedade, respeito e ética de uma maneira mais ampla, saindo dos limites da escola, o que favorece a construção da cidadania e o aperfeiçoamento da democracia. Silvana: Essa aproximação representa um enorme ganho para a gestão demo- NÓS, PROFESSORES, NOS SENTIMOS MUITO ISOLADOS SEM A PRESENÇA DOS PAIS NA ESCOLA ENTREVISTA “ 34 ” Francisca Cristina Alvarenga ” crática da educação, para o exercício da cidadania e, conseqüentemente, para o aprimoramento da qualidade de ensino. TV E SCOLA : Os recursos tecnológicos, como a TV, o computador e a educação a distância podem favorecer a aproximação? Como? S i l v a n a : A inserção dos recursos tecnológicos no processo de ensinoaprendizagem reforça a aproximação da comunidade com a escola, na medida em que estes meios instrumentalizam os alunos e a comunidade para o enfrentamento de algumas questões do mundo moderno. Carmen: Os recursos tecnológicos podem ser um motivo para trazer a comunidade à escola. Muitos só lembram, no entanto, de pedir recursos aos pais para a manutenção e compra de equipamentos. É importante explicar o porquê da adoção desses recursos; demonstrar como se enriquece uma aula; as vantagens, necessidades e encargos decorrentes da tecnologia que entra no cotidiano da escola e identificar como a comunidade pode também ser beneficiada por estes recursos. Assim se estabelece uma parceria na manutenção e uso pedagógico das tecnologias da informação e das comunicações. TV E SCOLA : Como a Escola Aberta (programação da TV Escola, aos sábados e domingos, dirigida à comunidade) pode ser usada para melhorar a relação escola-comunidade? TVE SCOLA S i l v a n a : Mostrando relatos de experiências bem sucedidas de projetos para a participação da comunidade, com as estratégias utilizadas e os resultados obtidos. C r i s t i n a : Primeiro a escola deverá conscientizar alunos e pais sobre a programação do sábado e domingo. E, posteriormente, utilizar as gravações nos encontros periódicos. Carmen: A Escola Aberta foi pensada como uma oportunidade a mais de se estabelecer ou fortalecer o vínculo da escola com a comunidade. A programação é feita, por isso, com um enfoque ao mesmo tempo educativo e de divertimento, que atraia a comunidade. Se a escola tiver dificuldade de pessoal para abrir no fim de semana, pode convidar os pais para assumir a tarefa. Está pro- vado que, quanto mais a comunidade participa da vida escolar, menor é a incidência de depredações, roubos e outras formas de violência contra a escola. Ana: É preciso que escola e comunidade, juntas, elaborem um projeto para fazer com que a programação tenha um sentido real e significativo. Só com bons projetos conseguiremos atingir os nossos objetivos. SEM RECEITAS É preciso conhecer melhor as pessoas, suas necessidades e interesses, e estabelecer relações de confiança. É preciso também trabalhar sem receitas prontas e modelos acabados. O ponto de partida no trabalho com a comunidade é a própria comunidade, lembram Carol Rasco e Warlene Gary, que participaram em maio, em São Paulo, do Seminário para Intensificação da Participação da Família, Sociedade e Setor Privado na Educação. O encontro complementou as atividades da 5ª Reunião da Comissão para Implementação da Parceria para Educação BrasilEstados Unidos - Cipe, formada por acordo de intercâmbio e cooperação dos dois países. Carol Rasco é diretora da America Reads Challenge, programa do Departamento de Educação do governo Bill Clinton. Warlene Gary é gerente da Affiliate Capacity Building Urban Initiatives, da Associação Nacional de Educação - NEA. Carol falou, no seminário, sobre parcerias para a alfabetização; Warlene, sobre parcerias entre escolas e empresas. Aqui, elas falam à revista TV ESCOLA. TV ESCOLA: A senhora conduz um programa para melhorar o nível de aprendizagem das crianças, especialmente de áreas mais pobres, com dificuldades de leitura. Que importância tem a comunidade nesse e em outros programas de educação? Carol: Ela tem que estar envolvida desde o início. Um programa como esse não funciona se o governo tirar um pacote da prateleira e disser “temos aqui os critérios que vocês têm que seguir”. A comunidade deve decidir sobre o que pensa, sobre suas necessidades e iniciar ela mesma o processo. Não podemos enviar livros, como uma receita, dizendo “isto é o que vocês devem fazer para que dê certo.” Jamais dará. A comunidade deve ser o ponto de partida. Warlene: “Devemos nos manter simples, claros, relevantes e calorosos.” TVE SCOLA TV ESCOLA: Mas como se obtém o apoio da comunidade? Ou: como se pode estimulá-la a responder mais rapidamente aos desafios que ela deve enfrentar junto com a escola? Carol: Uma razão importante para a falta de apoio imediato da comunidade é a falta de informação. Não é só ir aos lugares. Muitas Carol: “Devemos vezes temos que fazer campanhas permanenparar de falar em modelos.” tes, ajudando a comunidade no entendimento de questões de seu interesse. Com uma conscientização a longo prazo, pela televisão, pelos jornais, falando com as associações representativas das comunidades, você ajuda as pessoas a pensar melhor e a ver como elas podem se envolver. Deve-se convidar esses parceiros para discutir. TV ESCOLA: Há algum modelo a seguir? Carol: Não, nenhum, nunca. Warlene: Definitivamente, devemos parar de falar em modelo, não existe modelo. Cada lugar é diferente do outro. Temos que ir a cada comunidade, a cada escola. TV ESCOLA: Os Estados Unidos têm uma tradição de trabalho comunitário e de parceria da escola com a comunidade. Como essa tradição contribui com o seu trabalho? Warlene: A tradição foi quebrada. Nós costumávamos ter mais comunidade. As tradições locais se esfacelaram e, no momento, estamos tentando reativá-las novamente. TV ESCOLA: O que quebrou essa tradição? Warlene: Inúmeros fatores, entre eles, o econômico. Há grandes diferenças entre aqueles que têm e os que não têm. O nível de vida da classe média caiu muito. Temos imigrantes, minorias, pobreza, e os que têm dinheiro ficam separados dos que não têm. As comunidades mudaram. No passado você podia viver perto de um juiz, de um médico... Isso mudou. TV ESCOLA: Qual o melhor jeito de se conversar com a comunidade e criar relacões de confiança com as pessoas? Warlene: Não é bom usar uma linguagem complicada, como a que usamos muitas vezes em educação. Nas comunidades onde trabalho, tento me aproximar das pessoas dizendo: “Se existe uma maneira de ajudá-los, digam-me como posso ajudá-los.” É o contrário de ir até eles e dizer o que penso, dando resposta para tudo. Este é um grande erro. Devemos nos manter simples, claros, relevantes e calorosos. 35 PESQUISA TV Escola cresce no NORTE E NORDESTE Esta é uma das conclusões de nova avaliação do Programa, que mostra também um aumento expressivo no uso da programação para capacitação dos professores. N 36 Programa. Os dados obtidos com o questionário foram complementados com estudos de casos em 45 escolas de 15 municípios de 5 Estados: Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro e Santa Catarina. AVALIAÇÃO PERMANENTE ILUSTRAÇÕES: RABISCOS ove entre dez escolas têm o kit de equipamentos da TV Escola. As desigualdades regionais de cobertura foram praticamente eliminadas; as diferenças de utilização foram reduzidas. A cobertura aumentou mais no Norte e Nordeste. Foi também nestas duas regiões, junto com o Centro-Oeste, onde cresceu o índice de escolas que gravam programas, contra um decréscimo no Sul e Sudeste. O índice de gravação em todo o País é de 59%. A utilização é, no entanto, maior, considerando-se outras formas de acesso e aproveitamento das transmissões. É, além disso, expressiva a aprovação ao conteúdo da programação, com um aumento também expressivo (59% para 80%) de seu uso em atividades com professores, consideradas, em princípio, como de capacitação. Estes são alguns dos principais resultados da mais recente pesquisa sobre a TV Escola, realizada de outubro a dezembro de 1999, no quarto ano do Programa, pelo Núcleo de Estudos de Políticas Públicas - Nepp da Unicamp, com o objetivo de medir a cobertura e desempenho do Programa (ver também infográficos). É a Avaliação da Implementação do Programa TV Escola, realizada por meio de questionário aos diretores, aplicado a uma amostra estratificada de cerca de 5.200 escolas públicas municipais e estaduais de ensino fundamental, estatisticamente representativa do universo de 45.591 escolas-alvo do Esta é a sétima pesquisa realizada desde a fase piloto do Programa (ver box), de acordo com plano de acompanhamento e avaliação permanentes da Secretaria de Educação a Distância do MEC, que busca assim aperfeiçoar, corrigir rumos e realizar intervenções mais efetivas na TV Escola, orientadas pelo objetivo do Programa de contribuir com a melhoria da qualidade do ensino e a valorização do professor. O aperfeiçoamento é buscado com diversas ações, que levam em conta a realidade das escolas, suas necessidades e demandas. Os programas que integram a grade da programação, por exemplo, passaram a ser selecionados, desde a fase piloto, com o objetivo de atender à demanda expressiva dos professores de usar a TV Escola em atividades com os alunos, apesar de, por definição, o Programa ter-se dirigido especialmente à capacitação docente. A primeira pesquisa da Unicamp, de 1997, confirma: 59% das escolas declararam usar a programação em atividades com professores, 66% disseram fazer isso em atividades com alunos. Nesta ter- TVE SCOLA ceira avaliação, os números praticamente se igualam: 80% e 78%. E a grade tende, por isso, a ser equilibrada para atender a esta demanda. O material impresso como a Grade da programação e a revista TV E SCOLA , produzido em escala crescente para dar maior visibilidade à programação e apoio direto ao trabalho do professor, atende à demanda expressa em avaliações sobre o Programa e tem o reconhecimento das escolas: 77% o consideram bom. Outro dado expressivo da nova pesquisa refere-se a outros modos de acesso e aproveitamento das transmissões, diferentes do previsto: das escolas que têm kit funcionando, 7% assistem aos programas no momento em que eles são transmitidos, 15% recebem fitas gravadas por empréstimo e 2% recebem fitas gravadas das secretarias de Educação. DIFICULDADES Quais as principais razões para não gravar os programas? Duas, de cinco, tiveram aumento porcentual significativo no período 1997-1999: problemas técnicos no equipamento (20%) e falta de fitas (55%). A primeira resposta indica a possibilidade de desgaste dos aparelhos após três ou quatro anos de uso (especialmente, aparelhos de qualidade inferior) e problemas de manutenção. A segunda resposta mostra claramente que as escolas não conseguiram adquirir fitas em quantidade suficiente, além do pacote mínimo de dez, recebido com o kit, para gravar um número sempre crescente de programas transmitidos. Nas outras três razões alegadas para não gravar (não tem ninguém para operar o equipamento, há problemas relacionados a tempo e horário e é difícil operar o equipamento), é expressiva a queda porcentual, numa indicação de que as escolas estão aos poucos conseguindo superar estas dificuldades. Evolução por região Escolas que receberam o kit em % Região 1997 1998 1999 Taxa comparativa Taxa comparativa 1998-1999 1997-1999 Nordeste Norte Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil 68 73 82 84 87 78 84 88 93 95 95 90 88 88 93 94 93 91 +5 0 0 -1 -2 +1 +29 +21 +12 +12 + 7 +17 45.591 escolas* urbanas com mais de cem alunos no ensino fundamental 91% 95% 99% das escolas com mais de cem alunos no ensino fundamental reberam o kit das escolas que receberam o kit têm o kit instalado das escolas que têm o kit instalado têm o kit funcionando 59% Este é o universo da pesquisa, de acordo com critérios estabelecidos pelo MEC para implantação do Programa TV Escola * O universo da primeira pesquisa da Unicamp, realizada em 1997, foi de 41.979. A nova pesquisa considera o aumento do número de escolas urbanas de cem alunos, de acordo com o Censo Escolar de 1999. das escolas que têm o kit funcionando gravam programas 15% das escolas que têm o kit funcionando 2% das escolas que têm o kit funcionando 7% das escolas que têm o kit funcionando 13% das escolas que têm o kit funcionando recebem fitas gravadas por empréstimo recebem fitas da Secretaria de Educação estadual ou municipal assistem aos programas no momento em que são transmitidos, sem gravá-los não gravam, não assistem sem gravar, não recebem fitas por empréstimo, não recebem fitas das secretarias Estão em escolas que gravam programas 529 mil professores 13 milhões de alunos INCORPORAÇÃO Alguns números indicam uma tendência de aumento na incorporação da TV Escola à rotina escolar, como o cresci- TVE SCOLA 37 mento do uso diário dos programas em atividades com professores (74%, no período 1997-1999); o número de professores que usam os programas (todos, em 14% das escolas; mais da metade, em 19%); a existência de dois aparelhos de TV e de videocassete (33%); a existência de videoteca (70% das escolas) e a demanda por melhor capacitação para uso pedagógico dos programas: 86% das escolas consideram insuficiente e inadequado o treinamento recebido até agora cifra sugestiva da intenção de utilizar o recurso, mais e melhor. Qual região grava mais Evolução do número de escolas que gravam programas em % Região 1997 1998 1999 Taxa comparativa Taxa comparativa 1998-1999 1997-1999 Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil 48 46 63 73 64 61 58 49 69 74 65 64 57 49 66 64 59 59 A TV Escola já foi avaliada oito vezes em quatro anos de existência. Estas são as outras sete pesquisas: 1. Projeto de Apoio à Implementação, ao Acompanhamento e à Avaliação da TV Escola (novembro de 1995 a maio de 1997, divulgação interna); 2. Pesquisa de Avaliação Qualitativa, da Fundação Cesgranrio (fase piloto: maio e junho de 1996; pesquisa nacional: de setembro de 1996 a março de 1997, resultados publicados em TV da Escola, volume 1 da Série de estudos); 3. Pesquisa de Avaliação dos Programas de Descentralização de Recursos do FNDE / Programas de Apoio Tecnológico / TV Escola, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas – Nepp, Unicamp (abril e maio de 1997, resultados publicados pela revista TV ESCOLA, em edição especial de dezembro de 1997); 4. Pesquisa Comparativa, do Nepp, Unicamp (abril e maio de 1998, resultados publicados pela revista TV ESCOLA, em edição especial de julho de 1998 e na edição nº 12, de agosto / setembro de 1998); 5. Pesquisa Controle de Qualidade do Censo Escolar (outubro de 1997 e fevereiro de 1998, resultados publicados pela revista TV ESCOLA, em edição especial de julho de 1998 e na publicação Controle de qualidade do Censo Escolar, 1997, MEC / Inep); 6. Avaliação da revista TV E SCOLA (setembro / outubro de 1998, divulgação interna); 7. Avaliação qualitativa da TV Escola (2º semestre de 1999 – divulgação interna). 38 +19 + 7 + 5 -12 - 8 - 3 Por que não se grava Evolução em % Razão AS OUTRAS PESQUISAS - 2 0 - 4 -14 - 9 - 8 1997 1998 1999 Taxa comparativa Taxa comparativa 1998-1999 1997-1999 Não tem ninguém para operar o equipamento O equipamento apresenta problemas técnicos Problemas relacionados a horário/tempo A escola não tem fitas É difícil operar o equipamento 55 48 43 -10 -22 28 27 34 +26 +20 37 16 18 35 20 9 30 25 10 -13 +21 + 9 -19 +55 -43 Para que são usados os programas Evolução em % Atividades Com professores Com alunos 1997 1998 1999 Taxa comparativa 1998-1999 Taxa comparativa 1997-1999 59 66 61 68 80 78 31 15 36 18 Quantas vezes são usados os programas com alunos Por região, em % Periodicidade Diariamente Pelo menos uma vez por semana Pelo menos uma vez por mês A escola tem videoteca? em % Sim Não N NE CO SE S Brasil 31 33 9 16 35 11 16 41 14 11 32 23 14 34 18 15 34 17 2.757 programas exibidos no período 1996-1999 70 25 TVE SCOLA Quantas vezes são usados os programas com professores Avaliação do treinamento Escolas por região, em % Escolas em % Periodicidade N NE CO SE Diariamente 24 15 Pelo menos uma vez por semana 35 35 Pelo menos uma vez por mês 11 13 17 33 17 S 6 14 28 31 6 14 Brasil Receberam e foi suficiente e adequado 12 Receberam, mas foi insuficiente e inadequado 86 12 31 20 O que os diretores acham da TV Escola Em % Quantos professores usam os programas O conteúdo dos programas é bom Os programas são adequados ao currículo Os programas são eficazes para a capacitação dos professores O conteúdo do material impresso é bom Escolas em % Todos os professores Mais da metade dos professores Cerca de metade dos professores Menos da metade dos professores Nenhum professor 14 19 15 33 16 77 68 67 77 O que as escolas acham do material impresso? Escolas em % Quantos aparelhos de TV Bom Regular Ruim Escolas em % Um aparelho Dois aparelhos Três aparelhos Mais de três aparelhos Não possuem 40 33 13 9 5 Que contribuições a TV Escola tem dado às escolas Em % Quantos aparelhos de videocassete Escolas em % Um aparelho Dois aparelhos Três aparelhos Mais de três aparelhos Não possuem 77 10 1 44 33 11 5 7 Melhora na qualidade do trabalhos desenvolvidos Melhora na aprendizagem dos alunos Maior motivação por parte dos alunos Maior entendimento da matéria dada Maior motivação por parte dos professores Melhoria na taxa de aprovação dos alunos Maior assiduidade dos alunos Não houve melhoria significativa 69 66 64 63 47 19 15 4 O que os diretores sugerem para melhorar o desempenho do Programa Em % Treinamento para utilização pedagógica dos programas Instituição promotora em % Secretaria Estadual de Educação 48 Secretaria Municipal de Educação 31 MEC 4 Outros 7 TVE SCOLA Professores assumirem a tarefa de incorporar vídeo Material impresso ser melhor utilizado Coordenador pedagógico assumir as tarefas Secretaria estadual nomear um técnico Maior divulgação por parte do MEC Prefeitura nomear um técnico Central de gravação na Secretaria Estadual Central de gravação na Prefeitura Revezamento entre funcionários Diretor da escola assumir as tarefas 73 40 34 31 21 19 19 18 14 10 39 ++++++++++++++++++++++ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ TV ESCOLA EM PORTUGAL E ESPANHA ○ Brasil é tema de Escola Aberta no feriado ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ História do 2º vestibular de 2000 da UnB, realizado em junho. A TV Escola doou os direitos de transmissão das séries 500 anos: Um novo mundo na TV e 500 anos: Brasil-colônia à Fundação Luso-brasileira para o Desenvolvimento do Mundo de Língua Portuguesa, com sede em Lisboa. Produzidas pela Fundação Joaquim Nabuco e o MEC, as duas séries serão transmitidas pela RTP (Rede de Televisão Portuguesa) e RPT 1. Foram doadas também, à Televisão Iberoamericana, da Espanha, as séries PCN / Projetos e PCN / Diários. ○ ○ ○ ○ AGOSTO Filme 5e6 Policarpo Quaresma 12 e 13 O cangaceiro 19 e 20 Corisco e Dadá 26 e 27 O tronco ○ ○ SETEMBRO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Dia Filme 2e3 Anahy de las Misiones 7 O Barão do Rio Branco Parahyba mulher macho ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Getúlio 30 e 1/10 ○ ○ ○ 23 e 24 ○ A Revolução de 30 ○ Joana Francesa 16 e 17 ○ 9 e 10 ○ O povo brasileiro: o livro ○ ○ ○ ○ Dia Indicadores para cursos de graduação ou pós-graduação ○ ○ ○ ○ ○ Em agosto e setembro, a TV Escola transmite, em Escola Aberta Aberta,, mais filmes da série Redescoberta do cinema nacional, do Ministério da Cultura. A programação vai ao ar todos os sábados, domingos e feriados, às 16h e 21h (veja dias e filmes ao lado). É especialmente dirigida a encontros da escola com a comunidade. Os filmes O Barão do Rio Branco e O povo brasileiro: o livro complementam as atrações programadas pela TV Escola para o feriado de 7 de setembro, Dia da Independência (leia nota nesta seção). ○ ○ MAIS FILMES PARA A COMUNIDADE ○ ○ ○ Leia também Outras atrações, pág. 16, Próximas atrações e Mais filmes para comunidade, nesta seção. ○ ○ O Brasil é tema da programação da TV Escola no feriado de 7 de setembro, Dia da Independência. Aspectos da história e da cultura do País são mostrados em vídeos e filmes de Escola Aberta – segmento da programação especialmente dirigido ao e n c o n t ro d a e s c o l a c o m a c o m u n i d a d e . S ã o m u i t a s a s a t r a ç õ e s , transmitidas das 8h às 23h: dois filmes da série Redescoberta do cinema nacional, dois documentários do GNT e Texto do caderno da TV Escola Idade programas produzidos pela TV Escola, da série de do Brasil, que documentários históricos Idade do Brasil e da série complementa a Escolhi viver aqui, em que imigrantes de diversas série, foi objeto de interpretação em origens contam por que escolheram o Brasil e como uma das questões se fixaram no País. da prova de 40 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ” ○ Paulo Renato Souza Souza, Ministro da Educação ○ A diferença básica entre uma escola pública ruim e uma boa é o nível de envolvimento da comunidade. Atrás de uma escola pública de boa qualidade há uma APM forte, uma diretoria engajada e o apoio da comunidade. www .mec.gov .br/seed www.mec.gov .mec.gov.br/seed ○ “ Frase Para quem for fazer graduação ou pós-gradução em educação a distância: veja página da Secretaria de Educação a Distância na Internet com a regulamentação da área. Nesse endereço, você encontra também indicadores de qualidade para escolher o melhor curso. TVE SCOLA ++++++++++++++++++++++ ESCOLAS Próximas atrações GANHAM MANUAL MAIS LÍNGUA PORTUGUESA Secretaria de Educação a Distância - Seed começa a distribuir distribuir,, neste bimestre de agosto / setembro, o Manual de recepção da TV Escola Escola.. A publicação informa e orienta as escolas sobre como garantir uma boa recepção do sinal da TV Escola, como cuidar da manutenção do kit e como resolver problemas técnicos que possam surgir na utilização dos equipamentos, destinados à recepção, gravação e utilização dos programas. Os professores pediram, a TV Escola atendeu: estréia no próximo bimestre a série PCN na escola / Língua Portuguesa, com muitas idéias e sugestões de atividades orientadas pelos PCN. A nova série complementa e aprofunda a série PCN / Língua Portuguesa. M A I S M AT E M Á T I C A Estréia no próximo bimestre a série Matemática interativa, que explora possibilidades de aprendizagem com auxílio do computador. HISTÓRIAS DO BRASIL GUIA DE PROGRAMAS Quem ainda não tem deve receber receber,, a partir de agosto, o Guia de programas da TV Escola 1996-1999 1996-1999,, com quase 3 mil programas transmitidos no período. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ EDUCAÇÃO PELA TV NO PALÁCIO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ A televisão é usada como recurso de ensino também no Palácio Bandeirantes, sede do governo paulista. Cerca de 200 funcionários são diariamente dispensados do trabalho uma hora mais cedo para acompanhar o Telecurso 2000 em telessas coordenadas por duas professoras, “Queremos que estas pessoas sejam treinadas e capacitadas para que, se algum dia quiserem sair do Estado, tenham o ensino médio concluído”, explica Sílvia Regina Alessio, diretora de Recursos Humanos do Palácio. O Telecurso 2000, da Fundação Roberto Marinho, é transmitido também pela TV Escola, de 2ª a 6ª feira, das 6h25 às 6h55. Leia também Outras atrações, pág. 16, e Brasil é tema de Escola Aberta no feriado, nesta seção. ○ caixa postal 9659 CEP 70001-970 fax (0_ _61) 410.9178 e-mail [email protected] ○ ○ Estamos escolhendo um slogan para a TV Escola. Quer participar? Ainda há tempo. O prazo para receber sugestões foi ampliado até 30 de setembro. Mande a sua, pelo Correio, por fax ou Internet. ○ ? ○ TV ESCOLA,, ................. ○ ○ ○ ○ ○ ○ Vêm aí, pela TV Escola, mais documentários sobre o Brasil, de um pacote adquirido do GNT – canal de TV a cabo da Globosat. Os dois primeiros estão programados para o feriado de 7 de setembro: Futebol e Pierre Verger – mensageiro entre dois mundos. Estréiam nos próximos meses: O Velho – Luiz Carlos Prestes, Cinco dias que abalaram o Brasil, Os Nomes do Rosa, Dossiê Chatô — O rei do Brasil, O Rio de Machado de Assis e Lendas amazônicas. TVE SCOLA 41 PEDAGOGIA Botânico. “Foram seis anos funcionando nessas instalações, mas conseguimos o principal: desenvolver um modelo de trabalho voluntário”, orgulha-se Vera. Hoje, o Renascer dispõe de uma casa no local, construída pelo Banco Icatu. Também conta com 1.600 associados que contribuem financeiramente, e 400 voluntários que “põem a mão na massa”. Desde sua fundação, a entidade já atendeu mais de 2 mil famílias. social Médica educa famílias pobres que têm dificuldades para cuidar dos filhos doentes. vitar que as crianças de famílias pobres que recebiam alta do Hospital da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, retornassem dias depois, às vezes em pior estado de saúde. Este era o sonho da médica carioca Vera Cordeiro. Ela fundou então o Renascer, uma ONG não-assistencialista, com um projeto e uma pedagogia que se transformaram em modelo para outras iniciativas semelhantes. Sua estratégia é preparar as famílias dos pequenos pacientes para recebê-los de volta, educando-as para sua reinserção profissional e social. O trabalho começou em 1991, quando Vera, que trabalhava no Hospital da Lagoa, percebeu que as crianças que saíam curadas da internação não conseguiam se manter sadias em casa. As mães não tinham como comprar alimentos, nem remédios. “Algumas chegavam a implorar que eu ficasse com a criança. Essas histórias me causavam um enorme sofrimento. Não é possível ver isso tudo acontecendo e conseguir dormir à noite, sem fazer nada”, relata a médica, hoje aposentada do serviço público. Trabalhando com um grupo de médicos e funcionários do hospital, ela iniciou uma triagem dessas famílias, identificando as que se encontravam em situação mais crítica. O grupo começou a sair do hospital, procurando doações para os que estavam em pior situação. “A doença que chega até o hospital é apenas a ponta do iceberg. Pneumonias, disenterias, infecções, tudo isso tem uma só causa: a miséria”, lembra Vera. Para funcionar independentemente do hospital, o grupo foi ocupar um container e depois as ruínas da cavalariça da mansão do falecido Henrique Lage, no Parque Lage, Jardim FOTO: JOÃO PAULO E OFICINAS DE APRENDIZAGEM Em um primeiro momento, a instituição doa alimentos e remédios às famílias, oferecendo também ajuda psiquiátrica. Em seguida, pais e mães são orientados para a recuperação profissional. Aos pais que têm uma profissão, o Renascer doa instrumentos de trabalho e encaminha para oficinas de aprendizagem, atualizando suas habilidades. Os irmãos mais velhos dos pacientes têm aulas de informática. As mães também aprendem ofícios como de manicure ou costureira. Muitas passam a produzir artesanato, vendido em bazares. Tudo isso, porém, só é possível se as famílias se encaixarem em alguns critérios: renda menor que o salário mínimo, falta de condição própria para melhorar, desestrutura familiar e vontade de superar seus problemas. “As crianças que estão no hospital ficam tuteladas enquanto a situação se estabiliza”, explica Vera. Depois de seis meses, é feita uma nova avaliação. Enquanto recebe ajuda material, a família também é orientada sobre saúde, vida comunitária e cidadania. Além disso, é capacitada para se tornar agente multiplicadora. Pais e mães passam a atuar como educadores em suas comunidades. “Quando você ouve o que a pessoa tem a dizer, muitas vezes descobre que ela tem habilidades, já teve ou pode ter uma profissão, e resgata a sua auto-estima. A partir daí, o indivíduo pode dar uma arrancada, sair da depressão e ganhar alguma renda”, diz Vera. Hoje, o projeto tem réplicas em São Paulo e no Recife — fora oito hospitais do Rio de Janeiro que trabalham no mesmo modelo. O sonho de Vera é ver a idéia do Renascer multiplicada em outras cidades. Quem quiser saber mais sobre o projeto, associar-se ou multiplicar a metodologia de trabalho da Associação Saúde Criança Renascer pode ligar para (0_ _21) 286.9988 ou 286-9654, escrever para a Caixa Postal 34018, CEP 22462-970, Rio de Janeiro, RJ, ou pelo e-mail [email protected] Nome: Vera Regina Gaensly Cordeiro Profissão: médica Local de trabalho: Associação Saúde Criança Renascer Cidade: Rio de Janeiro, RJ Atividade preferida: cuidar das famílias de crianças doentes. COMO USAR A TV ESCOLA Como cuidar do videocassete ATUALIZE SUAS INFORMAÇÕES SOBRE A TV ESCOLA O que é a TV Escola • É um programa da Secretaria de Educação a Distância do MEC para a melhoria da qualidade do ensino público. Com este objetivo, transmite programação às escolas de ensino fundamental e médio, dirigida à capacitação e aperfeiçoamento do professor, e também ao seu trabalho em sala de aula. • Transmitida a todo o País, a programação é captada por antena parabólica. Os programas (inclusive os do Salto para o futuro, transmitidos ao vivo) devem ser gravados em fitas de videocassete para utilização pelo professor. • Os equipamentos para captação e gravação compõem o kit tecnológico, adquirido pela escola, por intermédio da Secretaria de Educação do Estado ou pelo município, com recursos do salário-educação administrados pelo FNDE/MEC. Como obter o kit • As escolas das redes estaduais devem dirigir-se às secretarias de educação, e as escolas das redes municipais à prefeitura, para solicitar sua inclusão no projeto de aquisição do kit, a ser encaminhado ao FNDE. • Tem direito ao kit toda escola pública servida por energia elétrica, com mais de cem alunos no ensino fundamental (de acordo com o Censo Escolar do ano anterior à solicitação) e que ainda não tenha sido contemplada. • A Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Semtec está realizando estudos para equipar as escolas de ensino médio. O que compõe o kit Antena parabólica • Vazada, do tipo Focal Point, com 2,85 m de diâmetro, no mínimo (esta medida pode variar conforme a localização da escola). • A antena deve ter LNB (Low Noise Block Down Converter) de 25º Kelvin, no máximo, e ganho de 38,3 ± 0.3 dBi em 4.0 Ghz. • Acompanha a antena receptor de satélite manual, com filtro de 18 MHz. Televisor • Em cores, bivolt (110V e 220V), com controle remoto, tela de no mínimo 20 polegadas e suporte de parede para televisor, videocassete e receptor. Videocassete • 4 cabeças, bivolt, com controle remoto, sistema NTSC/PALM. Estabilizador de voltagem • 2 KVA, no mínimo. Fitas • VHS, de 120 minutos. Como montar o kit • A instalação dos equipamentos deve ser feita por técnico autorizado pelo fornecedor. Um mau posicionamento da antena, por exemplo, pode comprometer a qualidade do sinal recebido do satélite. • É necessário verificar se todos os equipamentos têm manuais de uso e conferir prazos de garantia. • Desligue o vídeo da tomada sempre que estiver chovendo muito forte ou em caso de corte de energia. Descargas elétricas provocadas por raios ou o retorno da energia podem queimar o equipamento. • Evite avançar (FF) ou voltar (REW) com a imagem na tela. O excesso de atrito entre a cabeça do videocassete e a fita causa estragos. Pare (STOP) antes de adiantar ou voltar a fita. • Evite congelar a imagem (PAUSE) por muito tempo. Isso também produz atrito entre a fita e a cabeça de gravação. • Chuviscos na imagem podem indicar que o cabeçote de gravação está gasto, sujo, ou o vídeo danificado. Podem indicar também falta de ajuste do vídeo. Neste caso, acione o botão TRACKING. Como cuidar das fitas • Guarde-as na posição vertical, em local protegido de sol, umidade e poeira, distante de campos magnetizados, como motores ou transformadores. • Rever as fitas periodicamente ajuda a evitar fungos. • Rebobine (volte ao início) a fita toda após usá-la. Como sintonizar a TV Escola • Antes de ligar a televisão e o vídeo, verifique se estão na voltagem certa. • O receptor do satélite deve ser colocado em polarização horizontal. • Alguns receptores têm ajuste com o número do transponder (canal do satélite). Nos modelos com opções de 1 a 24, deve ser escolhido o nº 3. • Em outros receptores a sintonia é feita pela freqüência de recepção direta do satélite, de 3.700 a 4.200 MHz. Devese escolher 3.770 MHz. • Outra possibilidade de sintonia é a freqüência intermediária em receptores digitais. Deve-se escolher 1.380 MHz. • No vídeo, é sintonizado o canal 3 ou 4, ou o que estiver livre na sua cidade. Problemas de recepção • Confirmar se os equipamentos estão de acordo com as especificações indicadas por este manual. • Se houver problemas na recepção, deve-se insistir com o técnico autorizado para que verifique o posicionamento da antena e a sintonia correta do receptor e dos outros aparelhos do kit. • Persistindo a má recepção do sinal, deve-se pedir orientação ao coordenador da TV Escola na Secretaria de Educação do Estado, ou ligar para o Programa Fala Brasil: 0800-61.6161. Como conhecer a programação • Os programas da TV Escola de cada mês estão em um cartaz com a Grade da programação, distribuído às escolas – dois cartazes por bimestre, referentes a dois meses de programação. • Os cartazes devem ser afixados em local de fácil acesso a todos os professores e alunos. • As Grades são reproduzidas em encarte solto na revista TV ESCOLA e estão também disponíveis no site da TV Escola na Internet: www.mec.gov.br/seed/tvescola. • A programação de reprise está na Grade de férias, distribuída às escolas em cartaz especial. Como é organizada a programação • Os programas da TV Escola são transmitidos em quatro faixas: Ensino fundamental, Ensino médio e Salto para o futuro, de segunda a sexta-feira; e Escola aberta, aos sábados. CONTINUA NA PÁGINA 43 COMO USAR A TV ESCOLA • A programação dirigida ao ensino fundamental é organizada em áreas temáticas ou programas (Vendo e aprendendo) sobre determinado tema. • A programação dirigida ao ensino médio é organizada em programas que integram mais de uma área temática, favorecendo a interdisciplinaridade (Como fazer?), ou programas com debates e documentários (Ensino legal e Acervo). • Entre Ensino fundamental e Ensino médio, a TV Escola transmite Salto para o futuro, com programas ao vivo sobre temas dos dois níveis de ensino, produzidos especialmente para professores e dirigentes das escolas. • Escola aberta, com transmissão aos sábados, tem programação especial para a escola e a comunidade. • A Grade da programação está organizada por dia de transmissão, horário, faixa, área temática e programas; resume a programação de cada dia e dá os tempos de duração dos programas. Quando gravar • A programação da TV Escola é transmitida de segunda a sexta-feira. Para facilitar as gravações, é repetida em quatro horários para o ensino fundamental, três para o ensino médio, três para o Salto para o futuro. Aos sábados, Escola aberta tem transmissão em quatro horários. • Para conhecer todos os horários, consulte a Grade da programação. • Nas férias, é reprisada a programação do semestre anterior: a cada horário de transmissão corresponde um dia da programação. • Se você perdeu um programa transmitido durante o ano letivo, procure-o na Grade de férias. Como gravar os programas • No horário escolhido, ligue os equipamentos; sintonize TV e vídeo. • Coloque a fita no início e o contador (COUNTER) no zero. • Aperte REC e PLAY ao mesmo tempo. Esse procedimento vale para a maioria dos equipamentos. • Para programar a gravação, consulte o manual de uso do vídeo. Como organizar o uso das fitas • Volte a fita ao início e zere o contador. • Assista desde o começo, anotando em que número do contador começa cada programa gravado. • No início de cada programa há uma claquete com dados para catalogação. • Faça uma etiqueta e cole na lombada da fita, para sua identificação. • Faça fichas por assunto, tema, número da fita ou do modo mais útil para organizar a videoteca. Evite organizar apenas por data de gravação. •A classificação adotada pela Grade da programação e pelo Guia de programas é uma referência possível para a organização da videoteca (ver Como consultar os programas). Como usar os programas • Os programas da TV Escola podem ser usados – a critério do professor, orientador, coordenador ou diretor – como recurso para capacitação e aperfeiçoamento, como instrumento de apoio às aulas e em atividades de recuperação e aceleração de estudos. DIRETORA: NÃO FIQUE SEM A TV ESCOLA. FAÇA SEGURO DOS EQUIPAMENTOS. Como consultar os programas • A TV Escola tem um Guia de programas, já em segunda edição, que está sendo distribuído às escolas, para facilitar a consulta e o uso dos programas transmitidos e gravados. • O Guia é também uma referência para as escolas organizarem suas videotecas (ver Como organizar o uso das fitas) • O novo Guia contém programas transmitidos de 1996 a 1999, resumidos e organizados em 15 áreas temáticas. ATENÇÃO: O MEC NÃO DISTRIBUI FITAS Como aprofundar os temas tratados • Algumas séries de programas produzidas pela TV Escola são acompanhadas pelos Cadernos da TV Escola, que complementam e aprofundam os temas tratados nas séries. Como acompanhar o trabalho de outros professores • A revista TV ESCOLA publica reportagens sobre experiências de professores com a TV Escola, dá sugestões de atividades para o trabalho com os programas e trata de outros assuntos de interesse do professor. • A revista acompanha e registra também o trabalho de professores que participam do Programa Nacional de Informática na Educação – ProInfo, do Programa de Formação de Professores em Exercício – Proformação, ou que estão envolvidos na Reforma do Ensino Médio. • A Secretaria de Educação a Distância – Seed distribui a revista TV ESCOLA a todas as escolas participantes do Programa TV Escola; cada escola recebe de 2 a 12 exemplares, proporcionalmente ao número de alunos. • É muito importante que a revista circule entre todos os professores. • Escolas que não estiverem recebendo a revista devem pedir cadastramento à Seed, por carta, fax ou e-mail (ver endereços em Como se manifestar e tirar dúvidas) • A cada dois meses, as escolas recebem, junto com as grades da programação, um cartaz de divulgação que resume a revista do bimestre e deve ser afixado em local bem visível para todos os professores. Como ampliar o conhecimento de alguns assuntos • Os livros da Série de estudos / Educação a distância completam a linha editorial de apoio dos programas desenvolvidos pela Secretaria de Educação a Distância do MEC, com textos de estudos na área da educação a distância e novas tecnologias para a educação. COMO SE MANIFESTAR E TIRAR DÚVIDAS Escreva para a TV Escola Ministério da Educação / Secretaria de Educação a Distância caixa postal 9659 – CEP 70001-970, Brasília, DF fax: (0xx61) 410.9178 e-mail: [email protected] site: www.mec.gov.br/seed/tvescola Ou ligue para o Programa Fala Brasil: 0800.61.6161 (ligação gratui ta)
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