PAVILHÃO ARCELOR MITTAL

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PAVILHÃO ARCELOR MITTAL
PAVILHÃO ARCELOR MITTAL
O espírito do lugar controla o aço da cidade
A construção do pavilhão Arcelor Mittal, no parque centenário da cidade de Esch, berço da siderurgia
luxemburguesa, é uma ocasião única de relembrar as origens industriais do lugar e manter o aço na cidade.
Numa época em que os terrenos para a construção nos centros urbanos são raros, a criação do parque
Nonenwisen é um luxo que conjuga a dupla necessidade de proporcionar qualidade de vida e oferecer
equipamentos onde a cultura e a memória da cidade exprimem-se.
Instalado como um navio ancorado num cais, o pavilhão transpõe os fluxos da água e joga com o nível
elevado da margem. Situado num lugar de passeio diário dos habitantes de Esch, a construção cria um
miradouro sobre o parque.
O parque está localizado em uma bacia com variação natural da água, cujo caráter inundável justifica a
construção sobre estacas, modelo raramente utilizado no repertório arquitetônico de Luxemburgo. Visto de
perto ou de longe, ou mesmo visto do céu, a obra é imediatamente identificada pela suas formas.
Uma expressão conceptual do sul construída a Norte.
Para assegurar um traçado arquitectónica memorável ao pavilhão, Arcelor Mittal chamou uma equipa de
gestão de obras famosa, constituída pelo gabinete de arquitectura EMBT de Barcelona e dois parceiros
luxemburgueses, o gabinete Moreno e o escritório de engenharia Inca.
Construído sob a metáfora de uma flor, com superfície útil de 500 m², o pavilhão está erguido sobre a
paisagem de um jardim e oferece aos seus visitantes uma leitura progressiva de uma arquitetura
contemporânea em aço. O "passeio arquitetônico", tão querido a Le Corbusier, agora tem seu homólogo em
aço de Luxemburgo.
A estruturação em duas salas principais de exposição, a repartição em dois níveis, o acesso através de
uma rampa ou por escadas - tudo isso faz desta construção um edifício único que, no entanto, é uma
realização plural :
- Pela elevação deliberada do nível de exposição que remete imediatamente às invariantes da arquitectura
que são o Pártenon e a Villa Savoye : "Ver melhor mais longe e ser visto de mais longe ?"
- Pela escrita das suas formas que jogam subtilmente com as curvas, linhas e transparências das cores
que se associam à cor natural do aço galvanizado e das cores vivas do amarelo alaranjado e dos diversos
tons de vermelho.
- Pelas salas de exposição que oferecem espaços generosos para destacar as obras variadas e completas
ao nível da sobreloja, oferecendo uma plataforma avançada sobre o parque para a exposição de esculturas
ao ar livre.
- Pelo largo uso de aço e a preocupação de desenvolvimento duradouro com um material indefinidamente
reciclável e de isolamento reforçado.
- Por último, plural porque a construção do pavilhão foi realizada, da concepção e à execução, por um
amálgama de cultura, com autores luxemburgueses, franceses, alemães, italianos, espanhóis, belgas,
russos, portugueses e... japoneses.
Obra em ferro que utiliza as últimas tecnologias de Arcelor
Colocada sobre 72 pilares de fundações, a estrutura sobre estacas do pavilhão é feita de vigas laminadas
em aço galvanizado do tipo HEB e IPE montadas entre elas por pregagem.
Repartidas em dois níveis, os pavimentos são compostos pela plataforma da sobreloja (grelhas e chapa
com rebordo) e o pavimento das salas de exposição feito com ajuda de um composto de aço/betão do
Cofradal 200. Este produto inovador foi desenvolvido recentemente pela filial da construção de Arcelor
Mittal. É resistente, económico e fácil de colocar. Fabricado à base de chapas finas perfiladas e de betão,
inclui ainda o isolante necessário para a boa performance do pavimento.
Descaídas sobre uma modelagem lisa, paredes de envelope foram feitas com ajuda de uma técnica de
parede de dupla pele. As caixas verticais colocadas na estrutura recebem a pele exterior sob a forma de
placas de aço.
Uma parte destas placas foi produzida na fábrica Arcelor Mittal de Galvalange (Grand Duché). A outra
parte do revestimento é feita com Sollight, uma sanduíche composta por duas chapas de 0,4 mm em aço
pré-lacado com uma alma de polímero termoplástico de 2,2 mm de espessura, feita na fábrica de Arcelor
de Montataire perto de Paris. O interior recebeu uma almofada isolante (150 mm de lã de rocha) e uma
divisão em gesso.
Igualmente composto por caixas em aço profilado de 1 mm, colocadas nas vigas, a cobertura em aço foi
isolada por 150 mm de lã de rocha. A sua impermeabilidade foi assegurada por uma membrana soldada
em PVC.
Por último, as carpintarias, as portas, as iluminações e o mobiliário são igualmente feitos em aço.
Por Pierre Engel, Fevereiro 2007
Arcelor Mittal: Pierre Bourrier e Robert Dockendorf
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