depressão e desânimo - the Southern Health and Social Care Trust

Transcrição

depressão e desânimo - the Southern Health and Social Care Trust
Atendimento de qualidade – para si e consigo
DEPRESSÃO E
DESÂNIMO
Um guia de auto-ajuda
DEPRESSÃO E
DESÂNIMO
Um guia de auto-ajuda
Estes são os pensamentos de duas pessoas deprimidas:
“Sinto-me só, nunca vejo os meus amigos, acho que não querem
saber de mim. Deixaram provavelmente de gostar de mim, aliás
quem gosta? Não vale a pena esforçar-me. Não compensa...
Detesto-me.”
“Tenho sempre vontade de chorar, estou esgotada e nada me
interessa. Na verdade, não me sinto capaz de começar a fazer o
que devia, nem sequer consigo efectuar as coisas mais básicas do
quotidiano que os outros fazem com a maior facilidade...”
É possível que estes pensamentos não lhe sejam estranhos.
A depressão é um problema muito comum e muitas pessoas
sentem-se ocasionalmente desanimadas ou tristes. Isto deve-se
frequentemente aos transes da vida como luto, problemas de
dinheiro ou de habitação ou dificuldades nas relações familiares.
Para algumas pessoas o problema agrava-se acabando por
interferir com a vida normal.
1
Que ajuda traz este guia?
Parece-lhe que nada o ajudará a sentir-se melhor. Mas o facto é
que há coisas que pode fazer. Também há outro tipo de assistência
que pode obter se o estado depressivo não melhorar.
O presente guia tem por objectivo fornecer orientações sobre a
forma de enfrentar a depressão e começar a melhorar. A abordagem
é designada como terapia cognitivo-comportamental (TCC). A TCC
recorre a métodos que foram experimentados e testados e são
considerados eficazes. Envolve analisar a forma como pensa.
Este guia inclui exercícios para o ajudar a entender a depressão e
a combatê-la em termos práticos. Completar estes exercícios deve
ser útil.
Para obter mais informações gerais em matéria de depressão
consulte a brochura ‘Depression – an information booklet’
(Depressão – uma brochura informativa).
O que diz a investigação acerca da depressão?
A vida revela-se por vezes difícil e é sabido que factores como
baixos rendimentos, divórcio ou dificuldades nas relações
familiares e desemprego podem tornar as pessoas propensas à
depressão. Novos estudos têm contribuído para compreender mais
claramente a depressão. Sabe-se que os pensamentos também
desempenham um papel importante na depressão. As mudanças
de sentimentos ocorrem gradualmente, mas a forma como uma
pessoa se considera quando está deprimida é muito diferente
do que pensava antes. Talvez identifique alguns pensamentos
negativos que diz a si próprio ou de alguém que conhece que
sofre de depressão.
Seguem-se alguns exemplos:
• O empresário de sucesso que crê estar à beira da falência.
2
•A mãe carinhosa que julga ter deixado de se interessar pelos filhos.
O estudante inteligente que diz ser incapaz de se concentrar e
•
ser estúpido.
•O trabalhador que pensa não servir para nada porque perdeu o
emprego.
O estado depressivo caracteriza-se por este tipo de pensamentos
que na altura são considerados verdadeiros. Quando os
pensamentos de uma pessoa passam por esta mudança, fazem-se
também sentir outras alterações.
Estes são alguns dos sinais ou sintomas que pode sentir se
estiver deprimido:
Emoções ou sentimentos (assinalar, se aplicável)
• Sentir-se triste, culpado, abalado, entorpecido ou desesperado
• Perder interesse e/ou prazer nas coisas
•Chorar por tudo e por nada ou não ser capaz de chorar
face a um acontecimento realmente triste
• Sentir-se só mesmo quando tem companhia
• Zangar-se e irritar-se facilmente.
Sinais físicos e mentais
•Cansaço
• Falta de energia
•Agitação
• Distúrbios de sono
• Maior desânimo a uma certa hora do dia – geralmente de manhã
• Alterações de peso, apetite e de hábitos alimentares.
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Pensamentos
• Perder a auto-confiança
• Esperar o pior e ter sentimentos negativos ou sombrios
• Pensar que tudo parece inútil
•Detestar-se
• Ter falta de memória ou concentração
• Ser assaltado por pensamentos suicidários
Comportamento
• Ter dificuldade em tomar decisões
• Negligenciar as tarefas diárias
•Procrastinar
• Deixar de fazer as coisas de que gostava
•Isolar-se
Se assinalou várias destas casas poderá estar a atravessar uma
fase de desânimo ou depressão.
Quando alguém está deprimido tende a pensar que é inútil e está
só no mundo; culpa-se de toda e qualquer falha. Acima de tudo
isto sente-se negativo quanto a si próprio, ao mundo e ao futuro.
Por isso, perde interesse no que se passa à sua volta e deixa de
ter prazer nas coisas de que gostava. Pode tornar-se difícil tomar
decisões ou lidar com os afazeres domésticos.
Em síntese
Os estudos têm demonstrado que os pensamentos sombrios
desempenham um papel importante na depressão. Quando
alguém está deprimido ocorrem habitualmente outras mudanças
– ao nível das emoções, da forma como o corpo reage, do
pensamento e do comportamento.
4
Como posso compreender estes sentimentos?
Os nossos pensamentos afectam as nossas emoções, que, por
seu turno, afectam o nosso comportamento. É difícil mudar o que
se sente, mas pode-se alterar o que se pensa.
Quando uma pessoa se sente deprimida terá pensamentos
negativos durante a maioria do dia. Com cada pensamento
negativo é natural que o estado de depressão se agrave.
Os pensamentos negativos podem ocasionalmente impedi-lo de
lidar com as situações mais comezinhas. Em consequência, pode
ter pensamentos críticos sobre ser indolente ou irresponsável, que
o farão sentir ainda pior. Por outras palavras, pode entrar num ciclo
vicioso.
Por exemplo:
Suponha que vai por uma rua e vê um amigo que parece ignorá-lo.
Pode perguntar-se o que se passará e sentir-se desgostoso. Mais
tarde, ao contar o incidente ao seu amigo, este diz-lhe que, nesse
dia, estava de tal modo preocupado que nem o viu. Normalmente,
isto fá-lo-ia sentir-se melhor e esquecer o que se passou. Mas se
estiver deprimido, é bem provável que pense que o seu amigo o
rejeitou. Até pode nem lhe contar o incidente e, nesse caso, o erro
persistirá. Se estiver deprimido é bem provável que este tipo de
situação se reproduza.
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O ciclo vicioso pode assumir a seguinte forma:
STRESS
Estar desanimado
Entregar-se a
pensamentos sombrios
Não ter energia
Sentir-se
fisicamente mal
Isto já lhe aconteceu? Tente desenhar o seu ciclo.
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Reconhece estes pensamentos sombrios?
Quando se sente desanimado os pensamentos sombrios podem
ser tão familiares e ocorrerem com tal frequência que acabam por
ser aceites como verdadeiros.
Os pensamentos sombrios incidem muitas vezes na própria
pessoa, por exemplo:
“Não presto para nada”
“Ninguém gosta de mim”
“Não gosto de conviver”
“Estou com mau aspecto”
Estes pensamentos incidem às vezes no mundo que nos rodeia ou
no futuro.
Por exemplo:
“As pessoas são más”
“O mundo é um lugar horrível”
“Tudo corre mal”
Que mais devo saber sobre estes pensamentos
sombrios e negativos?
Exemplificámos alguns pensamentos negativos de pessoas
deprimidas. É importante lembrar que poderá ocasionalmente
ter alguns destes pensamentos quando não está deprimido. A
diferença está em que a pessoa saudável é capaz de afastálos. No entanto, a pessoa deprimida deixa-se absorver por estes
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pensamentos. Vejamos então estes pensamentos negativos mais
pormenorizadamente:
1.Os pensamentos negativos tendem a ser automáticos. Fogem a
qualquer lógica ou raciocínio, parecem surgir do nada.
2.Frequentemente os pensamentos são irracionais e irrealistas.
São supérfluos. Só servem para que se sinta mal e interferem
com o que quer realmente realizar na vida. Se os examinar com
rigor, verá provavelmente que tirou uma conclusão precipitada
que não é necessariamente correcta. Por exemplo, pensar que
alguém não gosta de si porque já não telefona há algum tempo.
3.Embora estes pensamentos sejam irracionais, na altura
parecem credíveis e correctos.
4.Quanto mais acreditar e aceitar os pensamentos negativos,
tanto pior se sentirá. Deixando-se dominar por estes
pensamentos, passará a ver tudo por um prisma negativo.
Os pensamentos das pessoas deprimidas transformam-se
frequentemente. Podem ter estilos de pensamento divergentes
quando se sentem deprimidas:
1. Exagerar o que é negativo
Isto significa que imaginamos as coisas muito piores do que
realmente são. Por exemplo, porque cometeu um pequeno erro
no trabalho, receia ser despedido. Por outras palavras, tirou uma
conclusão precipitada e crê que isso vai acontecer ou então vai
passar muito tempo a preocupar-se por ter irritado um amigo com
um comentário apenas para descobrir mais tarde que ele nem se
lembra do que sucedeu.
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Alguma vez exagerou o que é negativo? Passe em revista as
últimas duas semanas e exemplifique:
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2. Generalizar abusivamente
Isto é, generalizar a partir da mais pequena coisa. Por exemplo, se
uma pessoa não se der bem consigo, pensar “ninguém gosta de
mim” ou se não conseguir terminar uma das suas muitas tarefas
diárias, pensar “Sou indolente – não fiz nada”.
Por outras palavras, a partir de uma coisa insignificante que lhe
tenha acontecido, tirar uma conclusão negativa muito mais dura e
mais dramática.
Alguma vez generalizou abusivamente? Passe em revista as
últimas duas semanas e exemplifique:
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3. Ignorar o que é positivo
As pessoas deprimidas tendem a concentrar o pensamento em
acontecimentos negativos ou infelizes e a ignorar os positivos ou
felizes. Por exemplo, num jogo de bilhar pode ter falhado uma
única tacada, mas no cômputo geral ter jogado bem. No entanto,
depois do jogo, não consegue pensar em mais nada que não seja
a tacada falhada, ignorando todo o resto do jogo, ou pode ter
muitos e bons amigos há longos anos mas concentrar-se e ralarse apenas com aquele que o esqueceu em vez de se lembrar de
todos os outros.
Alguma vez ignorou o que é positivo? Passe em revista as
últimas duas semanas e exemplifique:
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4. Assumir a culpa de tudo
Muitas vezes quando estamos desanimados, culpamo-nos de tudo
o que corre mal, mesmo quando na realidade isso não tem nada
a ver connosco. Por exemplo, vai a uma loja e a empregada que
normalmente o atende é um pouco brusca, o seu pensamento
automático é “ela não gosta de mim... O que será que lhe fiz?”,
mas o facto é que provavelmente ela está apenas cansada
ou aborrecida ou teve um “mau dia”. Neste exemplo assumiu
automaticamente que a culpa só podia ser sua.
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Alguma vez assumiu a culpa quando não tinha
provavelmente nada a ver com o assunto? Passe em revista
as últimas duas semanas e exemplifique:
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Em síntese
Quando as pessoas estão deprimidas têm frequentemente estilos
de pensamento divergentes, que dão origem a pensamentos
sombrios ou desagradáveis acerca da própria pessoa, do mundo e
do futuro. Exageram o que é negativo, generalizam abusivamente os
acontecimentos infelizes, ignoram o que é positivo nas suas vidas e
assumem a culpa de tudo. É importante detectar os pensamentos
sombrios e os estilos de pensamento divergentes.
Como me posso ajudar?
Falámos até aqui sobre como aquilo que pensamos afecta a forma
como sentimos. Vimos determinados estilos de pensamento que
nos podem causar desânimo. Na secção seguinte examinaremos
os passos práticos que podemos dar para superar os sentimentos
e os pensamentos depressivos. Os estudos realizados revelam
que um acréscimo de actividade é importante para vencer a
depressão.
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Passos positivos
• Elabore uma lista das coisas a fazer
•Conviva
• Participe em actividades
• Faça exercício físico
• Faça coisas agradáveis.
Take
exercise
Mix with
people
List things
to do
Do things
you enjoy
Join in
activities
1. Fazer um plano diário
Quando as pessoas estão deprimidas não lhes apetece fazer
nada, são incapazes de decidir o que fazer no dia-a-dia e acabam
por fazer muito pouco.
Comece por atacar isto elaborando uma lista das coisas que quer
fazer. Depois, prepare um plano de acção, comece pela tarefa
mais fácil e não seja demasiadamente ambicioso. Percorra o plano
de acção e assinale o que já fez. Ao fim do dia, poderá olhar para
trás e ver o que concretizou. Exercício e actividade física podem
ajudar a levantar o moral. Experimente e faça um pouco em cada
dia. Conviver com amigos, familiares e vizinhos também é útil.
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Faça uma lista dos exercícios ou actividades que pode fazer.
Pode ir desde uma simples caminhada em passo acelerado a
fazer palavras cruzadas com um membro da sua família:
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Tente preencher este plano de acção – continue com planos similares
Segunda Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sábado
Domingo
9-11h
11-13h
13-15h
15-17h
17-19h
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2. Realizações e prazer
Quando as pessoas estão deprimidas tendem a esquecer tudo
o que realizaram e o que lhes dá prazer. A maioria das pessoas
tem mais coisas a seu favor do que julga. No seu plano de acção
diário anote todos os acontecimentos do dia, inscrevendo a letra
‘P’ à frente dos agradáveis e a letra ‘R’ à frente das actividades em
que acha que realizou alguma coisa com êxito. Procure não ser
demasiadamente modesto; as pessoas deprimidas tendem a não
dar crédito às próprias realizações. Procure incluir acontecimentos
agradáveis todos os dias – mime-se e isso ajudá-lo-á.
3. Introdução à mudança nos sentimentos
A maioria das pessoas deprimidas pensa que as suas vidas são
tão miseráveis que têm todo o direito a sentirem-se tristes. Com
efeito, os nossos sentimentos são gerados pelo que pensamos e
como entendemos o que nos aconteceu.
Procure pensar num acontecimento recente que o tenha abalado e
deprimido. Deverá ser capaz de o dividir em três partes:
A. O acontecimento propriamente dito.
B. Os seus pensamentos acerca dele.
C. Os seus sentimentos acerca dele.
Em geral, a maioria das pessoas só tem consciência de A e C.
Exemplifiquemos:
Suponha que um colega o critica por causa de um trabalho que fez.
A. O acontecimento – a crítica ao seu trabalho.
B.Os seus pensamentos – em que pensou? Pode precisar de
se concentrar para descobrir isto.
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“Ele pensa que eu não
presto para nada e tem toda
a razão, não tenho emenda”
C. Os seus sentimentos – dor, constrangimento.
Que desanimador! Não admira que se sinta mal! O ponto importante
quanto a tentar consciencializar-se das três fases A, B e C é que
podemos mudar o que pensamos sobre um acontecimento e,
portanto, podemos mudar o que sentimos acerca dele.
4.Equilibrar
Uma técnica útil é tentar equilibrar o pensamento. Isto é, quando
tiver um pensamento negativo e crítico, equilibre-o fazendo uma
afirmação mais rigorosa e positiva para si próprio. Por exemplo:
O pensamento: “Não faço nada de jeito no trabalho”
pode ser equilibrado com: “O meu chefe elogiou o
trabalho que fiz ontem”.
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5. Técnica da coluna dupla
Outra coisa que pode fazer é tomar nota dos pensamentos
negativos automáticos numa coluna e, na coluna contrária,
escrever um pensamento positivo mais equilibrado. Por exemplo:
Pensamentos negativos
automáticos
Pensamentos equilibrados
O João não me telefonou, ele não
gosta de mim.
Ele está muito ocupado e acha que
estou melhor do que na semana
passada, por isso não precisa de se
preocupar comigo.
Mais tarde, pode ser útil manter um diário dos acontecimentos,
sentimentos e pensamentos.
Procure manter um diário dos acontecimentos, sentimentos e
pensamentos. Pode seguir o modelo do quadro seguinte. Use o
método descrito para alcançar pensamentos mais equilibrados.
Esteja atento aos estilos de pensamento divergentes.
Acontecimento Sentimento
ou emoção
Pensamentos Outros
na sua cabeça pensamentos
mais
equilibrados
Exemplo
Uma vizinha
ignorou-me
O seu exemplo
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Desânimo e
depressão
Ela não gosta de
mim, ninguém
gosta.
Se calhar está
preocupada
com alguma
coisa – Estou a
tirar conclusões
precipitadas.
6. Procurar lembrar-se dos pormenores
Os estudos revelam que as pessoas deprimidas não memorizam
pormenores dos acontecimentos mas tendem a fixar-se em
declarações gerais, como “Nunca fiz nada de jeito”. Procure exercitarse de forma a lembrar-se de pormenores concretos para que as
ocasiões e as experiências boas sejam fáceis de recordar. Para tanto,
um jornal diário será útil. Faça listas das realizações presentes e das
suas qualidades como, por exemplo, “Chego sempre a horas”, “Dei
uma ajuda ao meu amigo na terça-feira” ou “O meu sócio elogiou
o trabalho que fiz na semana passada”. Inventariar as realizações
passadas e as actividades agradáveis pode ser útil.
Em síntese
Utilizar um plano diário, notas de realização e conhecimento
e manter um jornal dos pensamentos automáticos e dos
pensamentos mais equilibrados podem ajudar a combater a
depressão e os pensamentos sombrios que a acompanham.
7. Resolver problemas complexos
Por vezes deixamo-nos assoberbar pela quantidade e dificuldade
do que temos para fazer. Neste caso, é útil escrever cada um dos
passos que terá de dar para completar a tarefa – e atacar cada
passo isoladamente.
Resolver um problema pode parecer mais difícil quando estamos
deprimidos. Se tiver de resolver um problema particularmente difícil,
tente analisar os problemas similares que resolveu anteriormente
e aplique o mesmo método. Ou pergunte a um amigo o que faria
nas mesmas circunstâncias. Seja claro. Tome nota de todas as
opções possíveis. Use a técnica de “brainstorming” – onde mesmo
as soluções aparentemente mais obtusas são anotadas para
consideração futura. Escolha a melhor abordagem.
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Experimente esta forma de resolver o problema.
Qual é o problema? Anote-o – seja tão específico quanto possível:
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Tente o seguinte:
Tome nota de todos os tipos de soluções (“brainstorming”). Recorde
como resolveu anteriormente problemas similares. O que aconselham
os seus amigos? Ou que conselho daria a um amigo que tivesse o
mesmo problema?
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Escolha a melhor das opções indicadas. (Escreva-a)
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Passos a dar: (Escreva-os)
Passo 1: ........................................................................................
Passo 2: ........................................................................................
Passo 3: ........................................................................................
Passo 4: ........................................................................................
Passo 5: ........................................................................................
8. Crenças arraigadas
Às vezes as pessoas têm convicções sobre si próprias que são
autênticas autocríticas – por exemplo, “Não sou muito inteligente”
ou “Não sou atraente”. Estas crenças são geralmente fruto da
experiência e podem não ter qualquer fundamento no presente.
Procure questionar esta autocrítica, deixe de se menosprezar e
procure encontrar provas que contrariem estas crenças. O que
diria a um bom amigo que estivesse na mesma situação?
9. Tempos difíceis
Ao longo da vida, muitas pessoas passam por tempos difíceis que
podem estar ligados a acontecimentos sobre os quais não têm
qualquer controlo, por exemplo um luto ou múltiplos lutos seguidos,
desemprego, doença prolongada, problemas financeiros crónicos
ou isolamento. Às vezes vários destes acontecimentos ocorrem
simultaneamente e resultam em depressão. Com o tempo, a
maioria das pessoas reage, mas pode ser difícil sem ajuda.
19
10.Mais ajuda
Fazemos votos por que use os exercícios sugeridos na presente
brochura. Ajudá-lo-ão a começar a superar a depressão e a voltar
a controlar os seus pensamentos e a sua vida.
Se considerar que os progressos feitos são lentos há mais ajuda
disponível para sanar o problema.
O seu médico de família deverá ser o primeiro a ser consultado.
Pode sugerir uma forma de psicoterapia ou antidepressivos ou
ambos. Pode sugerir que consulte um psiquiatra que poderá
oferecer tratamento especializado para os seus problemas. Caso
se sinta deprimido e tenha pensamentos suicidários veja o seu
médico tão rápido quanto possível e diga-lhe o que sente.
Onde posso encontrar mais ajuda?
Se pensa que pode sofrer de depressão, o seu médico é a pessoa
indicada para falar em primeiro lugar. Pode informá-lo sobre
os serviços locais que lhe poderão prestar assistência. Uma
enfermeira ou profissional de saúde que trabalhe no seu centro
médico também poderá ajudar.
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Organizações e linhas de apoio úteis:
Local
• Action Mental Health (Portadown)
Tel.: 028 3839 2314
(Incorporação da máxima Mens Sana in Corpore Sano - promoção da saúde mental
positiva para jovens).
•
•
Aware Defeat Depression
Tel.: 028 9032 1734
Sítio web: www.aware-ni.org
Presta apoio às pessoas que sofrem de depressão/distúrbio bipolar.
CRUSE Bereavement Care
Linha de apoio em situações de luto: 0844 477 9400
Armagh e Dungannon:
028 8778 4004
Newry e Mourne:
028 3025 2322
Sítio web: www.crusebereavementcare.org.uk
Presta aconselhamento e apoio às pessoas enlutadas. Linha de apoio para familiares
e cuidadores enlutados.
• Lifeline
Tel.: 0808 808 8000 Telefone de texto para pessoas com dificuldades
auditivas: 18001 0808 808 8000
Sítio web: www.lifelinehelpline.info
Os conselheiros da Lifeline estão disponíveis 24 h por dia para prestar assistência a
quem necessite.
•
•
Mindwise
Sítio web: www.mindwisenv.org
Banbridge Tel.: 028 4066 9402 Lurgan
Tel.: 028 3832 9492
Newry
Tel.: 028 3026 1093
Portadown Tel.: 028 3026 1093
Northern Ireland Agoraphobia and Anxiety Society
Tel.: 08451 228625
Orientação, aconselhamento e apoio a pessoas que sofrem de fobias, crises de
pânico e distúrbios de ansiedade.
•
Northern Ireland Association of Mental Health (NIAMH)
Tel.: 028 9032 8474
Sítio web: niamhwellbeing.org
Saúde mental e bem-estar colectivo.
•
Relate NI
Tel.: 028 9032 3454
Helpline: 0870 2426091
Sítio web: www.relateni.org
3 Glengall Street, Belfast BT12 5AB
Apoio a problemas no casamento, separação ou divórcio.
Serviços disponíveis na área da Southern Trust.
21
•
Rural Support
Linha de apoio: 0845 606 7607
Sítio web: www.ruralsupport.org.uk
A organização presta apoio a uma série de questões através de uma linha de apoio
que oferece um serviço de consulta e orientação a agricultores e famílias rurais.
•
Samaritans
Linha de apoio: 0845 790 9090
Sítio web: www.samaritans.org
Email: [email protected]
Apoio confidencial a quem dele necessite.
Nacional
•
Mind Infoline
Tel.: 0300 123 3393
Sítio web: www.mind.org.uk
Presta informação sobre um leque de temas incluindo tipos de perturbações mentais,
onde obter ajuda, fármacos e tratamentos alternativos e sensibilização. Também dá
indicações em matéria de assistência e apoio aos habitantes da área.
Linha de apoio disponível de Segunda a Sexta-feira, das 9 h às 17 h.
•
NHS Choices – Your health – your choices
Sítio web: www.nhs.uk
Informação sobre doenças, tratamentos, serviços locais e vidas saudáveis.
•
Young Minds
Tel.: 020 7336 8445
Sítio web: www.youngminds.org.uk
Uma organização nacional dedicada a melhorar a saúde mental de crianças e jovens
até aos 25 anos de idade.
22
Leitura adicional:
•
eeling Good: the new mood therapy (Sentir-se bem: a nova terapia de
F
remotivação)
David Burns; HarperCollins 2000
Um guia sem recurso a químicos para curar a ansiedade, culpa, pessimismo,
indolência, fraca auto-estima e outras perturbações depressivas – usa métodos
comprovados cientificamente para melhorar o estado de ânimo e afastar a melancolia.
•
Overcoming Depression (Superar a depressão)
Paul Gilbert; Constable and Robinson 2000
Enquanto guia de auto-ajuda que usa técnicas cognitivo-comportamentais, este livro
está repleto de sugestões pormenorizadas, exemplos de casos e ideias práticas para
superar a depressão e o desânimo.
•
Dealing with Depression (Lidar com a depressão)
Kathy Nairne and Gerrilyn Smith; The Women’s Press 2001
Guia prático para as pessoas que sofrem de depressão e para quem as conhece.
Identifica as causas da depressão e as muitas formas que pode assumir, explora as
vias para a superação e a cura, e avalia a assistência disponível.
•
epression: the way out of your prison (Depressão: o caminho para sair
D
da prisão)
Dorothy Rowe; Taylor and Francis 2003
Abre a porta ao entendimento da depressão fixando-se na experiência e permitindo
assumir a vida e mudá-la.
•
Mind over Mood (A mente e o estado de ânimo)
Christine Pradesky and Dennis Greenberger; Guilford 1995
Baseia-se na ampla experiência dos autores como médicos e professores de terapia
cognitiva para ajudar os doentes a compreender e melhorar eficazmente o seu estado
de ânimo, alterar o seu comportamento e estreitar as suas relações.
•
vercoming Depression and Low Mood - a five areas approach
O
(Superar a depressão e o desânimo: abordagem em cinco áreas)
Christopher Williams; Hodder Education 2006
Trata-se de uma série de pequenos módulos de auto-ajuda destinados às pessoas
que sofrem de desânimo e depressão. Desenvolvida em colaboração com uma vasta
gama de especialistas, o curso permite o acesso à terapia cognitivo-comportamental
(TCC). Ao prestar informações acessíveis e ao ensinar como adquirir aptidões
e competências vitais, estes módulos contribuem de forma eficaz e prática para
melhorar o seu ânimo.
•
nxiety and Depression: a practical guide to recovery (Ansiedade e
A
depressão: guia prático para a cura)
Robert Priest; Ebury Pres 1996
Este livro foi escrito por Robert Priest a pensar especialmente em ajudar as pessoas
ansiosas e deprimidas. Abrange, em particular, métodos práticos de auto-ajuda para
reduzir o stress e explica as causas e os efeitos da ansiedade e da depressão.
23
10.Mais ajuda
Fazemos votos por que use os exercícios sugeridos na presente
brochura. Ajudá-lo-ão a começar a superar a depressão e a voltar
a controlar os seus pensamentos e a sua vida.
Se considerar que os progressos feitos são lentos há mais ajuda
disponível para sanar o problema.
O seu médico de família deverá ser o primeiro a ser consultado.
Pode sugerir uma forma de psicoterapia ou antidepressivos
ou ambos. Pode sugerir que consulte um psiquiatra que pode
oferecer tratamento especializado para os seus problemas. Caso
se sinta deprimido e tenha pensamentos suicidários veja o seu
médico tão rápido quanto possível e diga-lhe o que sente.
Onde posso encontrar mais ajuda?
Se pensa que pode sofrer de depressão, o seu médico é a pessoa
indicada para falar em primeiro lugar. Pode informá-lo sobre
os serviços locais que lhe poderão prestar assistência. Uma
enfermeira ou profissional de saúde que trabalhe no seu centro
médico também poderá ajudar.
24
A presente brochura foi redigida pelos Drs. Lesley Maunder e
Lorna Cameron, Psicólogos Clínicos, na Northumberland,
Tyne and Wear NHS Foundation Trust.
Baseia-se em material produzido pela Northumberland,
Tyne and Wear NHS Foundation Trust (www.ntw.nhs.uk).
©2012 Reprodução autorizada.

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