corrida aos metais

Transcrição

corrida aos metais
CONSTRUÇÃO
E MINAS
REVISTA ATLAS COPCO PORTUGAL – Nº 1 / 2012
CORRIDA
AOS METAIS
Drillcon com a nova
Christensen CS10
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BARRAGENS
as nossas
energias
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MINAS
ALJUSTREL
caso de sucesso
Página 10
UM ROC
INTELIGENTE
ROC D9C na Explo
Página 15
EDITORIAL
CONTEÚDOS
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03
Caro Leitor,
O entendimento atual para a viragem da
nossa economia, passa pela dinamização
das vendas ao exterior, sejam em bens ou
em serviços. Esta dinâmica está também
muito presente no sector da Construção e
Minas e disso damos aqui alguns exemplos que julgamos interessantes.
Para além da expansão dos projetos existentes, temos hoje uma grande procura
de novas oportunidades mineiras em
Portugal, seja do ferro em Moncorvo,
do ouro de Montemor, do lítio no norte
de Portugal, etc. O nosso sector mineiro
é hoje essencialmente exportador e uma
importância maior se poderá esperar caso
alguns destes investimentos sejam bem
sucedidos.
Outro aspeto muito importante nesta demanda pelos mercados externos, passa
pela crescente internacionalização das
nossas empresas de construção. São cada
vez mais as empresas e cada vez mais e
maiores os projetos em que as nossas
empresas e os nossos trabalhadores estão
envolvidos, numa cada vez maior diversidade de mercados. Existem casos de obra
muito interessantes de que vos iremos
também falar em próximas edições.
Seguindo a nossa busca de equipamentos,
processos ou serviços que se adequem ao
momento que todos vivemos e que possam contribuir para dinamizar a criação
de valor, seja pela inovação, eficiência ou
outra, decidimos partilhar convosco, nesta edição, os compromissos em que toda
a nossa equipa, com especial ênfase na
equipa de apoio pós venda, está empenhada. A busca de uma cada vez maior eficiência dos nossos serviços, uma cada
vez maior previsibilidade em tempo
e em custos, é uma das contribuições
que estamos continuamente empenhados em garantir aos nossos clientes.
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CORRIDA AOS METAIS
Drillcon com a nova
Christensen CS10
BARRAGENS:
AS NOSSAS ENERGIAS
Epos em Salamonde
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DIAMEC
Ajuda no reforço de potência
da barragem de Salamonde
MINAS DE ALJUSTREL
Sucesso na indústria mineira
portuguesa
PÁ MINEIRA ST1030
no reforço de potência de
Venda Nova III
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SECILBRITAS
Maior fiabilidade e produtividade: o investimento compensa
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TRIÁGUAS
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UM ROC INTELIGENTE
Tempo é dinheiro!
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ROC D9C na Explo
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OS NOSSOS COMPROMISSOS
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T-WIZ
Longevidades mágicas
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Breves notícias
da Atlas Copco
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Rodolfo Neves • Coordenação e Marketing: Jorge Fidalgo e Ricardo Pires • Fotografia: Arquivo Atlas Copco • Editor: Schlief Lda • Redação
e Administração: Avenida do Forte, 3- 2795-504 CARNAXIDE • Design e paginação: Schlief Lda • Pré-impressão: Schlief, Lda • Impressão:
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Bruno Coelho
Diretor Geral - Divisão de Construção & Minas
A Construção e Minas relata as atividades da Divisão de Construção Civil e Minas da Sociedade Atlas Copco
de Portugal, Lda. Esta revista é distribuída gratuitamente e periodicamente. Todos os direitos reservados.
Autorizada a reprodução do conteúdo citando a sua procedência.
CORRIDA AOS
METAIS
Drillcon com a nova
Christensen CS10
O mercado mineiro é um sector muito específico onde são
necessários investimentos avultados que, atualmente,
escasseiam em Portugal. Assim, não é de estranhar que a
maioria do investimento no nosso país e neste sector seja
essencialmente estrangeiro.
A elevada procura internacional por metais provocou um
aumento considerável no seu valor e, transportou o sector
mineiro Português para uma época francamente positiva face
à atual conjuntura económica do país. São inúmeros
os novos projetos de prospeção e pesquisa que,
atualmente, estão em curso no território português.
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A
Drillcon Ibéria SA, empresa subsidiária do grupo Drillcon sediado em
Nora, Suécia, dedica-se essencialmente a
trabalhos de Sondagens Mineiras e Raise
Boring.
Recentemente esta empresa reforçou a sua
frota de equipamentos, com a aquisição de
uma nova máquina de sondagens de superfície da gama Christensen da Atlas Copco,
mais precisamente a Christensen CS10.
A Christensen CS10 é um equipamento
extremamente robusto e eficiente que, num
atrelado compacto, reúne todos os componentes necessários para executar os furos de
sondagem.
A sua coluna dividida em três tramos com
9 kN de capacidade de elevação e comprimento, permitindo manobrar amostradores
de 6 m, a sua unidade de rotação vazada
com elevado binário e rotação que permite
Construção e Minas - No 1 / 2012
manobrar varas PQ (117 mm), o seu retentor de varas com cilindro de gás para maior
segurança, a sua bomba de água/lamas Trido 140, guincho principal com 53,5 kN de
capacidade e guincho wireline, permitem a
execução de perfurações até 800 m de profundidade com o diâmetro N.
Recentemente foi iniciado um novo trabalho
de sondagens no Distrito da Guarda, Nordeste de Portugal, com perfurações entre
300 m e 700 m de profundidade, onde os
diâmetros usados são HO e NO2, a rocha
é siliciosa, competente e de dureza média a
muito dura. Até ao momento, já foram executadas perfurações até aos 700 m de profundidade, tendo os primeiros 500 m sido
executados com diâmetro HO (98 mm) e
os restantes com diâmetro NO2 (75,9 mm).
Segundo o Eng. Adriano Fernando Barros,
responsável pela Drillcon Ibéria SA, este
equipamento atingiu as suas expetativas e,
realçamos o seu comentário:
“
Estamos muito satisfeitos
com a máquina, a qual tem
demonstrado ser um equipamento com
grande capacidade de perfuração,
fácil mobilidade e fácil manutenção.
Além disso os comandos da máquina
são muito intuitivos e, assim sendo, a
adaptação dos operadores à mesma foi
muito rápida. A adaptação ao sistema de
guincho demorou um pouco mais, pois
nenhum dos equipamentos com que
trabalhávamos possuía este sistema,
o qual, depois de alguma habituação,
acabou por ser uma mais-valia, pois
permite fazer manobras retirando 6
metros de tubaria de cada vez.”
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Construção e Minas - No 1 / 2012
Para efetuar estas sondagens, a Drillcon recorre a coroas de perfuração Excore de matriz média a branda séries 6-8 e 8-9. Segundo o Eng. Adriano Fernando Barros, estas coroas são as
mais apropriadas para rochas de elevada dureza e competentes. Os rendimentos médios neste
projeto à data são entre 15 a 20 m por turno de 10 horas. Num turno foi atingido o valor de
40 m de perfuração.
O valor acrescentado da Drillcon, com a aquisição deste equipamento, obtém-se pela capacidade de trabalho com diâmetro PQ em terrenos muito fraturados nos primeiros metros ou para
furos longos, e pela versatilidade da máquina.
Relativamente à performance do equipamento, o Eng. Adriano Fernando Barros afirma que:
“
o rendimento da máquina é
muito bom, não sendo esta
explorada ao limite (evitamos trabalhar
com rotações acima das 1000 r.p.m.)
a fim de serem evitados desvios
significativos da sondagem. A facilidade
de mobilidade da CS10 é também uma
mais-valia, a qual, apesar de toda
a potência e capacidades que tem
demonstrado, apresenta dimensões
relativamente pequenas.”
A Drillcon Ibéria tem presentemente 14 máquinas de sondagens a trabalhar em vários
projetos de prospeção geológica e/ou geotécnica, de norte a sul de Portugal.
A expansão internacional do departamento
de sondagens e geotecnia é algo que poderá
acontecer a breve trecho e a Drillcon conta
com o apoio de vários parceiros, entre eles
a Atlas Copco.
[email protected]
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Construção e Minas - No 1 / 2012
BARRAGENS:
AS NOSSAS ENERGIAS
Epos em Salamonde
D
esde 2007 que a EDP tem vindo a
desenvolver um programa ambicioso e sustentado de diminuição da nossa
dependência energética, através da construção de novas barragens e ainda pelo reforço de potência de algumas já existentes.
Este programa teve início com o reforço de
potência do Picote, em 2007, já concluído,
seguido de Bemposta, também já efectuado,
o Alqueva, que está em fase de conclusão, e
entra ao serviço em 2012, Venda Nova e Salamonde, ambos em construção.
Em praticamente todos estes projetos, a
Atlas Copco esteve e está ainda presente,
em parceria com os principais empreiteiros
portugueses, fornecendo os equipamentos e
consumíveis necessários à realização dos trabalhos de construção, seja por venda ou em
regime de aluguer.
Exemplo em curso da participação da Atlas
Copco é o reforço de potência de Salamonde.
REFORÇO DE POTÊNCIA DE SALAMONDE
A barragem de Salamonde foi inaugurada
em 1953 com uma potência instalada de 42
MW e está implantada na margem esquerda
do rio Cávado, localizando-se nas freguesias de Salamonde e Loredo no concelho
de Vieira do Minho, distrito de Braga e na
freguesia de Cabril conselho de Montalegre,
distrito de Vila Real.
As obras para o reforço de potência foram
adjudicadas em 2010 à empresa Construsalamonde ACE, consórcio formado pelas empresas Teixeira Duarte, SA/ Epos, SA/ SETH,
SA, consistindo nos trabalhos de construção
para a instalação de um grupo gerador reversível de potência nominal de 207 MW, reforçando a potência existente em cinco vezes. O
investimento será, a valores de 2008, entre os
195 e os 205 M€, e a incorporação nacional
neste projeto será de 70%.
As obras de escavação tiveram início em
Abril de 2011 e estão previstas terminar em
Agosto de 2014. Os trabalhos consistem essencialmente num circuito hidráulico, numa
central de produção subterrânea, edifício de
apoio e numa sub-estação. A central será
equipada com um grupo reversível que fará a
bombagem a partir da Albufeira da Caniçada
a jusante, potenciando a mais valia hidroelétrica da cascata do Rio Cávado. Todos os
trabalhos de construção deverão terminar em
Abril de 2015 e a entrada ao serviço da barragem está prevista para Agosto desse ano.
O volume total das escavações a realizar será
de 686.000 m3, seja de superfície, central
e túneis. Sob o ponto de vista geológico, a
formação ocorrente corresponde ao granito
do Gerês, que apresenta fáceis grosseiras na
periferia e porfiróides de grão médio a grosseiro para o interior do maciço. Ocorrem
também fáceis de cor vermelha, epissienitos,
constituídas por feldspatos rosados, clorites e
epídotos, verificando-se uma quase ausência
de quartzo, excepto em pequenos veios finos
recortados.
O regime de trabalho é de laboração contínua, 360 dias/ano, sendo de 550 o total de
trabalhadores envolvidos nesta obra.
Importante para o desenvolvimento dos trabalhos de escavação e com o prazo de regularização de caudal da albufeira, foi a construção em 2011 no tempo recorde de 4 meses
de 2 ensacadeiras: a DCC (com 11.955 m3
volume de escavação e 15.015 m3 de betão) e
a da tomada água (com 9221 m3 de volume
escavação e 10.133 m3 de betão).
Os equipamentos seleccionados pelo consórcio para a realização dos trabalhos de
escavação subterrânea desta obra foram
equipamentos de perfuração Atlas Copco,
designadamente, duas unidades Boomer
WE3C, na furação principal, e um Boomer
L2C, em apoio. Em 2012 juntaram-se nos
trabalhos de escavação um Simba M6C, um
ROC D3-01R e um ROC T15.
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Construção e Minas - No 1 / 2012
Os Boomers WE3C fornecidos pela
Atlas Copco são equipamentos de
última geração com três braços
de perfuração equipados com
colunas de perfuração de 5,5
metros equipados com os novos
martelos COP2238 de 22 KW. Tendo
em linha de conta as exigências
deste projeto, seja em termos de
fiabilidade como de produtividade,
ambos os equipamentos foram
apetrechados com a maioria
dos opcionais disponíveis,
designadamente:
BOOMER WE3C
•Plataforma de serviço SP3, equipada com
protecção FOPS
•
•Braços tipo BUT 45L, mais rápidos,
mais robustos e com uma maior área de
cobertura
•Braço central de perfuração equipado com
sistema BSH para furação longa
•Braço central equipado com sistema
MWD (sondagem frente)
•Sistema de controle RCS, CAN-BUS de 3ª
geração
•Sistema de controle da perfuração, robotização total, ABC TOTAL
•Bomba hidráulica Swellex modelo H1
A dureza da rocha, as estruturas já existentes, sejam os edifícios, o corpo da barragem e central adjacentes, assim como os
exigentes limites de vibrações, introduziram algumas restrições nos trabalhos de
escavação e nos diagramas de perfuração
utilizados. Todos os diagramas e planos de
fogo são elaborados em função das caraterísticas geotécnicas do maciço a atravessar e da distância às estruturas existentes.
Seja a quantificação da carga a utilizar, a definição entre os furos de recorte das galerias,
cargas controladas acompanhadas de temporização criteriosa dos tempos de disparo
(smooth-blasting), contribuem para que a velocidade de vibração pela utilização dos explosivos não ultrapasse os limites definidos
nas normas e regulamentos em vigor.
Para além dos trabalhos preparatórios necessários (acessos, consolidação de taludes,
emboquilhamentos) o primeiro túnel a ser
escavado foi o túnel de acesso à central no
comprimento total de 1.586 m e uma secção plena de 61 m2. Foi iniciado em final de
Maio de 2011 e concluído em Dezembro de
2011, com rendimentos médios mensais 220
m de galeria com uma única frente de ataque.
Foram também já iniciados diversos túneis
de acesso e ataque, seja à central, à chaminé,
à adução, à câmara da comporta e à restituição, que será finalizado com o túnel principal
da restituição, que terá 2044 m e uma secção
plena de 105,67 m2.
Desde o arranque dos WE3C em operação,
de forma à rentabilização máxima dos avanços na escavação e à minimização da sub-escavação e consequente redução de custos,
a Construsalamonde tem utilizado e tirado
partido de todas as potencialidades e tecnologia do sistema ABC Total que equipa estes
jumbos. O sistema de controle da perfuração
realiza o posicionamento dos braços de perfuração de forma completamente automática, segundo uma pega de fogo previamente
definida e introduzida pelo cliente no computador de bordo, de acordo com a secção
a escavar, formação a atravessar e eventuais
condicionalismos na pega, como a redução
das vibrações. O ABC Total assegura o emboquilhamento automático e a realização de
todos os furos do diagrama de perfuração de
forma automática, com o posicionamento
paralelo dos furos e a consequente otimização do desmonte, com a obtenção de avanços
quase plenos e mínima sub-escavação. Este
nível de automatização total inclui toda a
sequência de furação previamente definida
no diagrama e introduzida no sistema, assim
como todos os registos de todas as operações
realizadas no ciclo. O tempo requerido para a
execução do ciclo de perfuração situa-se entre as 2 horas e as 2 horas e 30 minutos.
Sendo a tecnologia ABC Total e o martelo COP
2238 “amigos do aço de perfuração, dado que
adaptam instantaneamente a energia de impacto às condições do terreno a perfurar,” a
sua conjugação com a utilização do aço de perfuração Atlas Copco “SR35 Magnum” neste
projeto asseguraram resultados e vidas úteis
excecionais. Nos primeiros 800 metros de túnel
escavado, foram obtidas vidas úteis médias de
3.600 m para as varas T38-SR35 de 5,5 m, de
3.810 m para os encabadouros e uniões T38 e
de 570 m para os bites SR35 de 48 mm.
A escavação da futura central é um trabalho
de grande complexidade, dadas as grandes
dimensões da caverna de 60x60x30 m obrigarem a cuidados redobrados, seja na escavação, como no sustimento, sendo a escavação
realizada a partir de uma galeria de ataque na
abóboda e o desmonte num sistema de câmaras e pilares. Neste projeto estão previstos vários poços, sejam o poço de tomada de água,
de adução e o poço de barramentos, e ainda
a chaminé de equilíbrio e a de ventilação e
bombagem. Os poços têm secções
compreendidas entre os 7,59 m2 e os
346 m2 e alturas que se situam entre
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os 26 m (a menor) e os 179,5 m (a maior).
O processo de construção é por Raise-boring,
seguido do alargamento em sistema de perfuração em bancada até ao diâmetro e altura
final.
A escavação do pescoço de cavalo da tomada
de água será também realizada com Raise-boring, seguido do respetivo alargamento para
a secção final. O equipamento utilizado no
alargamento é o ROC T15 da Atlas Copco.
Sendo a qualidade e desempenho dos equipamentos fatores muito importantes, fundamental mesmo é a superação e o esforço diário
que os trabalhadores empenhados dos múlti-
Construção e Minas - No 1 / 2012
plos sectores envolvidos, contribuem para o
sucesso destas obras.
O técnico especialista da Atlas Copco em
obra assegura, não só a manutenção curativa
dos equipamentos, como a preventiva, antecipando a ocorrência de avarias e paragens
imprevistas dos equipamentos. A área de
manutenção e armazém do consórcio tem
sido também um exemplo de cooperação e
empenho no sucesso dos equipamentos em
obra, proporcionando diariamente ao técnico
especialista da Atlas Copco todo o suporte e
apoio solicitados, o que tem permitido assegurar uma disponibilidade dos equipamentos
de perfuração praticamente a 100%.
Eng. João Rala, responsável pelos trabalhos de escavação do reforço de potência
de Salamonde em discurso direto sobre as
perfomances dos jumbos WE3C
“
Os equipamentos de perfuração da Atlas Copco têm-se
revelado fiáveis e muito produtivos. As
performances e a facilidade de operação têm garantido os rendimentos do
projeto. Os martelos de alta frequência
utilizados nos jumbos têm permitido altos rendimentos de furação e um reduzido consumo de aço de perfuração”
Lilia e Nuno
unidos na vida, na operação dos
equipamentos e no sucesso da obra
Aparentemente os nomes são comuns,
nada dizem à generalidade das pessoas,
exceto aos colegas e responsáveis que
trabalham na obra do reforço de potência
de Salamonde. São um casal proveniente
do Alentejo, onde residem e que no dia-a-dia dá o seu melhor para o sucesso
deste projeto. Ambos são operadores altamente qualificados de equipamentos de
perfuração, sejam os jumbos WE3C, seja
o Simba M6C. Ambos selaram uma vida
em comum, já operando e trabalhando em
túneis e minas. Ela quebrando uma tradição de muitos anos, dado que o trabalho
mineiro sempre foi um exclusivo de homens, ingressou na Epos para o projeto de
reativação das minas de Aljustrel, corria o
ano de 2007, juntamente com outras mulheres, para operar com o Simba M6C na
furação de bancada. Saiu da Epos com o
fim do projeto de reativação de Aljustrel
em 2008, ingressando na EPDM onde
permaneceu 1 ano, fazendo trabalho similar. Com o início do projeto de Salamonde voltou a ser integrada nos quadros
da Epos, operando os equipamentos de
perfuração na obra. Neste momento, é
a única mulher em atividade que opera
este tipo de equipamentos. As suas expe-
Lilia e Nuno com o técnico da Atlas Copco Ricardo Fernandes
tativas são a obtenção do certificado de
formador de equipamentos de perfuração
subterrânea e vir a fazer parte do futuro
centro de formação da Epos na Somincor.
O Nuno, após 5 anos a trabalhar na extração na mina de Aljustrel, ingressou
em 2009 na Epos como operador de jumbos de perfuração, cargo que mantém.
As suas expetativas em termos profissionais são o aprofundamento dos conhecimentos das tecnologias de perfuração e a
consequente especialização, fazendo cada
vez mais rápido, melhor e ao menor custo.
[email protected]
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Construção e Minas - No 1 / 2012
DIAMEC
Ajuda no reforço de
potência da barragem
de Salamonde
S
alamonde é uma barragem em arco
abóbada com 75 m de altura, que pertence à bacia hidrográfica do Cávado, tendo
entrado em funcionamento em 1953.
Com o novo plano hidrográfico foi definido
reforçar a potência instalada desta barragem, tendo a obra sido adjudicada ao consórcio CONSTRUSALAMONDE constituído pelas empresas Teixeira Duarte – EPOS
– SETH.
A obra atualmente em curso tem colocado
diversos desafios ao consórcio e, um deles
foi a colocação de extensómetros na futura
abóbada da central subterrânea. A execução
deste trabalho consistia na realização de 6
furos em 2 alinhamentos de 3 furos, com 86
mm de diâmetro e 30 m de comprimento,
dos quais 2 verticais ascendentes e os restantes a 45º igualmente ascendentes. Nestes
eram executados ensaios de absorção de
água tipo Lugeon em troços de 5 m e com
três patamares de pressão, exceto nos primeiros 5 m de cada furo.
O reduzido prazo de execução e a minimização de impedimentos na empreitada de
escavação subterrânea eram os desafios colocados. Para tal, foram instaladas propositadamente, plataformas provisórias que permitiram a preparação para continuação dos
trabalhos de escavação subterrânea, assim
como do sustimento definitivo da abóbada.
A execução dos trabalhos foi feita com recurso a sistema de perfuração convencional
86T2 com varas de alumínio de 50 mm e, os
equipamentos escolhidos foram as Diamec
nos seus modelos 251 e 252.
Estes equipamentos, sobejamente conhecidos pela sua versatilidade, robustez e elevado rendimento provaram, uma vez mais,
estar à altura de mais este desafio, tendo
atingido 7 m por turno de rendimento médio incluindo os ensaios de Lugeon necessários e, permitindo que o trabalho tenha sido
terminado em tempo recorde com impactos
mínimos na obra geral.
[email protected]
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Construção e Minas - No 1 / 2012
MINAS DE ALJUSTREL
Sucesso na indústria mineira
portuguesa
BREVE HISTORIAL
As minas de Aljustrel situam-se na Faixa
Piritosa Ibérica, entre o Sul do Baixo Alentejo (Portugal) e Andaluzia (Espanha), uma
das zonas mais ricas em minérios metálicos a nível mundial.
A exploração das Minas de Aljustrel nomeadamente os jazigos de São João e Algares remonta à antiguidade.
Com carácter de regularidade, a exploração
dita moderna é retomada no final do séc.
XIX, inicialmente para a produção de cobre e
depois como matéria-prima de enxofre. É no
final da década de 40 que a importância das
Minas de Aljustrel avulta com uma importante posição na exportação e progressiva melhoria de posição no abastecimento do mercado
nacional produtor de ácido sulfúrico.
No final dos anos 80, o mercado para a pirite
colapsou, o que obrigou a Empresa a procurar novos caminhos de modo a manter-se
viável. A empresa iniciou estudos de valorização dos seus minérios, no sentido de promover as produções dos metais básicos não
ferrosos neles contidos, acrescendo mais valor às suas produções.
Por motivos técnico-económicos, em 1993 a
laboração foi suspensa.
Em 2006, a Eurozinc decide retomar as atividades mineiras, desta vez focando-se na
exploração de zinco.
A abrupta crise financeira global que começou em 2008, com consequências diretas
e dramáticas nos preços internacionais do
zinco, forçou a Lundin Mining a suspender
novamente a atividade operacional da mina
em Novembro de 2008.
O PRESENTE
Em Fevereiro de 2009 é o Grupo Português
I’M Mining SGPS, liderado pelos irmãos
Martins, que investe na Mina, adquirindo a
Empresa – Pirites Alentejanas, S.A..
Dadas as boas perspetivas do preço do cobre,
que se confirmaram com um aumento do preço nos mercados internacionais e o facto de
ser muito menos volátil do que o do zinco,
a ALMINA – Minas do Alentejo, S.A., atual denominação social da Empresa, fez uma
inflexão na estratégia deixando para segundo
plano o zinco e focando-se no cobre. Tem-se
revelado uma aposta claramente vencedora,
contribuindo decisivamente para que a mina
esteja atualmente a trabalhar com ritmo de
produtividade crescente perspetivando um
futuro sustentável.
Os trabalhos de desenvolvimento na Mina
de Feitais reiniciaram-se em Junho de 2009,
quatro meses após a I’M Mining ter concreti-
zado a aquisição da Empresa concessionária
do complexo mineiro.
Os trabalhos consubstanciaram-se na melhoria das infraestruturas da mina, assim como o
desenvolvimento de galerias, necessário para
aceder às frentes do filão de cobre, de modo
a permitir fazer os desmontes para a extração
do minério.
A extração de minério, a partir da Mina de
Feitais, iniciou-se ainda no primeiro semestre
de 2010, tendo-se começado o seu tratamento na Lavaria no início do segundo semestre.
Em Janeiro de 2011, o Grupo APCL- Financeira, SGPS passa a fazer parte do capital social da I’M Mining, SGPS; acionista única da
ALMINA e EPDM.
Atualmente, trabalham nas Minas de Aljustrel cerca de 500 pessoas, 270 trabalhadores da ALMINA e os restantes de diversos
Empreiteiros e Prestadores de Serviços que
colaboram com a empresa, com particular
destaque para a EPDM com mais de 160 trabalhadores, empresa igualmente participada
do grupo I’M Mining SGPS.
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Construção e Minas - No 1 / 2012
MINETRUCK MT42
EPDM e os
equipamentos
em laboração
A EPDM – Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro, S.A., empresa do grupo
I’M Mining, criada em 2009 é responsável
pelos trabalhos de escavação subterrânea na
Mina, identificou a Atlas Copco como um
parceiro estratégico no que diz respeito a
equipamento mineiro e soluções de assistência técnica.
Para os trabalhos de escavação na mina, a
EPDM opera atualmente uma frota de equipamentos Atlas Copco composta por três
jumbos de furação de avanço Boomer 282S,
dois jumbos de furação de bancada Simba
157, uma pá carregadora Scooptram ST14 e
BOOMER 282S
um camião de mina com capacidade de carga
de 42 toneladas Minetruck MT42.
Para garantir custos operacionais baixos
e elevados índices de disponibilidade dos
equipamentos, a EPDM contratou os serviços de assistência técnica da Atlas Copco,
garantindo uma equipa de cinco técnicos em
permanência na mina. Assegurou ainda a assistência total a todos os martelos hidráulicos perfuradores dos seus equipamentos, por
muitos considerados o “coração” dos mesmos, por um valor fixo por hora de trabalho,
garantindo a ausência de custos inesperados,
e rendimentos elevados.
Também nos consumíveis de perfuração a
EPDM tem apostado na Atlas Copco, mais
concretamente na tecnologia Magnum. Desde o início das operações em Aljustrel que
os jumbos de perfuração têm utilizado aço
cónico Magnum SR35 para realizarem os furos de avanço com diâmetro de 48 mm. Já na
SIMBA 157
furação de bancada, os Simba 157 utilizam
material standard T38 com tubos guia e bites
Retrac para limitar desvios na furação.
O FUTURO
Para além da consolidação dos níveis de
produção na Mina de Feitais, está previsto
arrancar com a extração de minério de cobre da Mina do Moínho, durante o primeiro
semestre de 2012. Para garantir este objetivo, a EPDM decidiu aumentar a sua frota
de equipamentos e mais uma vez confiou na
Atlas Copco para os equipamentos de carga e
transporte adjudicando mais uma pá carregadora Scooptram ST14 e um camião de mina
Minetruck MT42. Para além disso, reforçou
ainda a sua frota de jumbos de avanço com a
compra de um quarto jumbo Boomer 282S.
A ALMINA – Minas do Alentejo, S.A. espera processar um milhão de toneladas de
minério já este ano.
[email protected]
SCOOPTRAM ST14
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Construção e Minas - No 1 / 2012
Pá mineira ST1030
NO REFORÇO DE POTÊNCIA
DE VENDA NOVA III
O
reforço de potência de Venda Nova III
iniciou a sua construção em Abril deste
ano, estando previsto o seu término em Setembro de 2014 e a entrada em operação para
o 1º semestre de 2015. Neste período, o investimento total estimado para o projeto é de
349 milhões de euros, passando a ser a maior
central hidroelétrica em Portugal em termos
de potência instalada.
Esta unidade será constituída por uma central subterrânea em caverna, um circuito hidráulico em túnel e diversos poços, cavernas
e túneis auxiliares e de acesso, perfazendo 9
km de galerias, sendo necessário escavar uns
impressionantes 1.000.000 m3 de rocha e colocar 200.000 m3 de betão. A construção deste empreendimento foi adjudicada a um agrupamento de 4 empresas, liderado pela MSF, e
constituído pela Somague, Mota-Engil e Spie
Batignolles, ficando a conceção e projeto de
execução a cargo do Dono de Obra EDP.
A Atlas Copco Portugal está presente
neste projeto através do fornecimento
ao ACE de 2 Pás Scooptram ST1030.
A pá carregadora Scooptram é um equipamento com uma capacidade de carga
de 10 toneladas, capaz de se movimentar
em galerias até um mínimo de 3,3 m de
largura. Projetada para uma produtividade máxima, esta máquina inclui um poderoso sistema de propulsão, um balde
de desenho agressivo e braço com barra
em estilo Z para assegurar um verdadeiro
carregamento de uma vez só (“one-pass”
loading). Nesta obra, o balde de carga da
pá ST1030 tem uma capacidade de 5 m3,
permitindo assim uma rápida e eficaz remoção do escombro.
Atualmente estas pás estão a trabalhar no
túnel de saída de energia (ventilação) e no
túnel de ataque à chaminé de equilíbrio inferior com uma secção de 26 m2 de granito
alterado, com a remoção do escombro, de
uma pega com 4,10 m de avanço, efetuada em cerca de 2 horas e meia. Segundo o
director de obra deste túnel, “estas pás são
boas máquinas com bastante robustez”.
Um dos grandes desafios inerentes a este
projeto em fase de execução, para além das
quantidades de trabalho associadas, é a manutenção em operação, durante a construção,
dos grupos adjacentes de Venda Nova II e a
consequente permanência em carga do circuito hidráulico.
Estas condições exigirão um controlo muito
exigente das vibrações resultantes do desmonte a fogo, durante os trabalhos de escavação
subterrânea, e a permanente monitorização de
quantidade e tipo de infiltrações de água.
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Construção e Minas - No 1 / 2012
SECILBRITAS
Maior fiabilidade e
produtividade:
o investimento compensa
A
Secilbritas, empresa de agregados
do grupo Secil, tem como atividade
principal a exploração, extração e venda de
agregados.
os centros de produção. Passados cerca de
6 meses após o investimento efetuado, perguntámos ao Eng. Pedro Pereira qual a sua
experiência com o ROC D9-11:
Desde meados da década passada e na sequência da reestruturação operada no grupo,
o departamento de desmonte da Secilbritas é
responsável pelas operações de perfuração e
desmonte em todos os centros de produção
do grupo. Esta reestruturação representou
um enorme desafio para o departamento, que
se viu confrontado com a tomada de várias
decisões cruciais para o sucesso da sua atividade, nomeadamente o investimento em
novos equipamentos de forma a aumentar
os índices de disponibilidade dos respetivos
recursos.
O equipamento apresenta elevados níveis
de fiabilidade. A sua utilização com aço
T51 e diâmetros de perfuração de 89 mm
permitiu-nos reduzir substancialmente os
desvios, melhorando a qualidade e rigor
da perfuração e, com isso, a qualidade dos
desmontes quer ao nível da fragmentação,
mas principalmente ao nível da segurança
(projeções).
Assim, no passado ano de 2010, após detetada a necessidade de proceder à aquisição de
um novo carro de perfuração para operar nas
pedreiras da zona Norte (Penafiel e Joane), e
após consultado o mercado, a Secilbritas optou uma vez mais por dar preferência à Atlas
Copco, pelo que se colocou na pedreira de
Penafiel um carro de perfuração Atlas Copco
modelo ROC D9-11. Este equipamento com
uma capacidade de produção de aproximadamente 1.500.000 toneladas/ano, equipado
com um motor CAT modelo C7 Tier III/63
com 168 Kw de potência, preparado para
operar com aço T45 ou T51 e com um martelo COP 2560 de 25 Kw, confere-lhe um desempenho em termos de velocidade de perfuração, único na sua classe. Paralelamente
ao acordo de fornecimento do carro de perfuração foi efetuado um acordo de assistência técnica total. Esse acordo, para além de
assegurar ao cliente não só a realização das
visitas de manutenção planeada e a substituição do martelo nas revisões programadas,
fomenta o diálogo permanente entre os elementos de ambas as empresas, contribuindo
assim de uma forma decisiva para a manutenção de um elevado índice de disponibilidade do equipamento.
O Eng. Pedro Pereira é o responsável pelo
departamento de desmonte da Secilbritas,
tendo como missão a coordenação das operações de perfuração e desmonte em todos
Deste modo foi-nos possível reduzir os
custos gerais da pedreira, dado que o aumento da fragmentação e deslocamento
de bancada permitiu melhorar a eficiência
das operações de carga e transporte e
principalmente da produtividade da central de britagem.
De referir que o operador se adaptou bem
ao equipamento.
O maior custo no consumo de combustível
do novo equipamento, foi compensado
pelo maior rigor da perfuração e aumento
da malha da perfuração, o que, em termos
de combustível, se traduz num custo similar por tonelada desmontada.
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Construção e Minas - No 1 / 2012
TRIÁGUAS
Tempo é dinheiro!
O mercado de perfuração de poços para captações de água
está amplamente consolidado em Portugal. A maioria dos
empresários considera, aliás, estar saturado. A crise nacional
chegou a todos os sectores, com maior incidência no mercado
da construção civil e seus dependentes.
É neste contexto de dificuldade que emergem as empresas
de valor e visão superior. Considerar um investimento mais
arrojado como aposta na produtividade e sustentabilidade é o
lema das empresas que contrariam a tendência do mercado.
Tempo é dinheiro. E quando tempo representa consumo de
combustível, então tempo é bastante dinheiro.
É portanto crucial furar com a máxima eficiência de
combustível. Graças ao design inteligente do martelo
COP 64 Gold, os nossos clientes irão encontrar um
preço ligeiramente superior ao mercado nacional num
produto que utiliza o ar comprimido de modo inteligente
e eficiente, reduzindo os custos totais de perfuração,
incrementando a rapidez e produtividade do serviço prestado.
A experiência adquirida através dos nossos clientes que
A Triáguas – José Machado & Costas, Lda,
tem utilizado no decurso do último ano o
martelo COP 64 Gold, apresentando resultados positivos.
Da esquerda para a direita: Sr. Manuel Costa
e Sr. Albino Carvalho (operadores)
COP 64 Gold
já utilizam o martelo COP 64 Gold nos seus trabalhos de
perfuração permite à Atlas Copco afirmar com segurança que,
em média por furo, o nosso martelo pode economizar cerca
de 50 litros de combustível (compressor de 21 bar num furo de
condições ideais).
Segundo o Dr. José Mota (Director técnico da Triáguas), “verifica-se que o cilindro
deste martelo tem uma durabilidade superior, mantendo ou superando o rendimento do anteiror martelo COP 64 Std”.
O que parece não deixar dúvidas é a evidente
diferença de rendimento dos martelos COP
Atlas Copco face ao restante mercado, o que
permite afirmar que, “só trabalhando com
material de qualidade e de máxima rentabilidade se pode fornecer aos nossos clientes o
melhor serviço a um preço adequado”.
A qualidade do serviço é de facto um aspeto que a Triáguas não deixa ao acaso. Utiliza
como ferramenta de perfuração o bite Atlas
Copco de 7” botão esférico, sendo das poucas empresas no Norte do país a realizar furos de água com 7’’ de diâmetro, garantindo
deste modo maior fiabilidade e longevidade à
captação de água.
[email protected]
Ao fundo: Compressor Atlas Copco XRHS 385
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Construção e Minas - No 1 / 2012
UM ROC INTELIGENTE
ROC D9C na Explo
A
Explo - Empresa de Demolições,
Lda., adquiriu no final de 2010 o primeiro ROC totalmente computadorizado a
operar em Portugal, o ROC D9C.
Após um ano em serviço numa das mais importantes obras rodoviárias em execução em
Portugal, A.E. Transmontana, fomos visitar o
Lote 3 desta concessão, e perceber os benefícios retirados deste novo equipamento por
parte da Explo Lda., empresa responsável
pelo desmonte de rocha nos Lotes 2, 3 e 10
da referida concessão.
A Auto-Estradas XXI S.A., liderada pelos
grupos Soares da Costa e Globalvia, é a
entidade adjudicatária da subconcessão
da Auto-Estrada Transmontana.
A futura Auto-Estrada Transmontana
terá um total de 186 km de extensão,
dos quais, 130 km de nova construção,
e beneficiará os Concelhos de Amarante,
Vila Real, Sabrosa, Murça, Alijó, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança.
O lanço em construção ligará Vila Real
a Bragança, em perfil de Auto-Estrada,
unindo-se à via que liga Amarante a Vila
Real, à Variante de Bragança e à Ponte
Internacional de Quintanilha. Estas três
vias têm uma extensão total de 56 km e
fazem parte do atual IP4.
O Lote 3, a cargo da empresa Rosas Construtores S.A. tem cerca de 14 Km de extensão,
dos quais 50% correspondem ao alargamento da via existente (IP4) e os restantes 50%
constituindo um novo traçado, compreendendo escavação em plena via na sua totalidade.
O volume de rocha a escavar é de aproximadamente 1.700.000 m3 de maciço rochoso
granítico.
Dado o elevado volume de trabalho a executar, e por forma a cumprir o prazo contratualmente definido, foi essencial, por parte
da Explo Lda. colocar todo o know-how no
terreno para avançar com este projeto de elevada responsabilidade. A estrutura técnica
da empresa chegou rapidamente à conclusão
de que necessitariam de adquirir um equipamento com elevado rendimento para garantir
a produtividade exigida pelo empreiteiro responsável pela execução deste Lote.
Uma vez que a Explo Lda. conta na sua frota
de equipamentos de perfuração (composta
por 10 unidades Atlas Copco) com 2 unidades ROC D7-11, 1 unidade ROC D7-01 e 1
unidade ROC 748, a escolha da Atlas Copco
era uma decisão óbvia. Desta vez, a opção
recaiu numa unidade pioneira em Portugal,
o ROC D9C-11.
O SmartRig ROC D9C-11 é um carro de
perfuração inteligente que permite navegação GPS para definir o ponto a perfurar com
um rápido set-up e perfuração de alta precisão. O ROC Manager permite o planeamento atempado do diagrama de fogo, utilizado
posteriormente pelo operador na máquina.
Este poderá obter e transmitir informação
acerca de diagramas de perfuração, registo
de dados e análise de desvios MWD (Measure While Drilling).
Ao utilizar o Rock Drill Control System, o
operador tem ao seu dispor uma ferramenta
que ajuda a definir os parâmetros ideais de
perfuração. O sistema funciona através do
ajuste de potência de perfuração para se adequar às condições geológicas, com os três
parâmetros de controlo vitais, sendo a pressão de rotação, a pressão exercida na coluna
de varas e a taxa de penetração. Este sistema
permite aumentar em cerca de 20% a vida
útil do aço de perfuração.
Todos estes fatores, que permitem aumentar
a produtividade em resultado do aumento da
disponibilidade do equipamento, aliado a um
martelo perfurador mais potente com 25 Kw,
permitiram à Explo Lda. cumprir os prazos
propostos para a execução dos trabalhos,
com resultados globais bastante satisfatórios.
Com um ritmo de execução dos trabalhos
elevado na fase de maior produção da obra
foi possível aferir a diferença de produtividade face a equipamentos semelhantes de
menor potência e não computadorizados. O
diâmetro de perfuração utilizado foi em geral
76 mm (89 mm em algumas zonas do traçado) com aço T45. As características técnicas
desta obra não permitiram a utilização de diâmetros superiores.
À passagem das 2500 horas de operação, o
Eng.º Luís Sousa (Diretor de Obra) pode afirmar que
“
o ROC D9C-11 deu sem dúvida uma ajuda significativa a
nível produtivo. É notória uma maior rapidez de perfuração, sendo tanto mais
evidente quanto maior for a bancada a
perfurar.”
Um dos aspetos que mais impressionou o
Eng.º Luis Sousa foi “a capacidade de manter o mesmo nível de rendimento utilizando um diâmetro de perfuração superior.
A maior longevidade do aço permitiu-nos
reduzir o consumo esperado para esta
obra”. E, uma vez que falamos em consumos, “o consumo de gasóleo deste ROC
D9C-11 é equivalente a uma máquina de
menor potência, como o ROC D7 equipado com um martelo de 18 Kw.”
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Construção e Minas - No 1 / 2012
OS NOSSOS COMPROMISSOS
Quando, no Parts & Services da Atlas
Copco, começámos a desenvolver o
conceito dos nossos “Compromissos”,
tomámos como ponto de partida as sugestões e críticas dos nossos clientes.
Numa organização global, presente em
mais de 170 países, com quase 3.000
colaboradores apenas na assistência
técnica, trabalhando à superfície ou
em ambiente subterrâneo, necessitamos de adotar processos que garantam ao nosso cliente uma assistência
eficaz, com rapidez e qualidade.
teve com o cliente. A compreensão
deste facto, levou-nos a assumir um
conjunto de compromissos com os
nossos clientes, ou seja, consigo!
Porque a segurança dos nossos clientes, bem como, dos nossos técnicos,
está sempre em primeiro lugar, assumimos o compromisso de a colocar
sempre em primeiro lugar nas nossas
atividades.
Sabemos que, frequentemente, vamos
além do que nos foi pedido. Mas também temos consciência que, por vezes, não somos bem sucedidos.
Para que sinta que pode, sempre,
contar connosco, assumimos criar todas as condições para que seja fácil
contatar-nos em caso de necessidade,
bem como, responder às suas solicitações de forma pronta.
Temos uma verdade bem presente na
nossa organização – nenhuma equipa
consegue ser melhor do que a impressão que deixou no último contato que
Sempre apostámos numa relação duradoura e de verdadeira parceria com
os nossos clientes e para que tal seja
possível, comprometemo-nos a ser
dignos da confiança que deposita em
nós, demonstrando sempre uma atitude e uma imagem positivas.
E porque a confiança se constrói
com atos, mais do que com palavras,
comprometemo-nos a não deixar um
cliente sem que o trabalho esteja concluído, fornecendo sempre produtos e
serviços de elevada qualidade.
Por último, todos sabemos que tempo é dinheiro e, como tal, assumimos
o compromisso de cumprir os prazos
combinados.
Compreendemos o seu negócio e teremos sempre presente o objectivo de
lhe acrescentar valor. A nossa atitude
face a estes compromissos constitui a
diferença entre as palavras e a ação.
[email protected]
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Construção e Minas - No 1 / 2012
T-WIZ
Longevidades mágicas
D
esde o final do ano passado que a
Atlas Copco começou a fornecer os
seus clientes com a nova gama de produtos
T-WiZ, que substitui com grande vantagem
o aço habitualmente utilizado para furação de
bancada do tipo T38, T45 e T51.
O novo e patenteado sistema de fabrico das
roscas do tipo T aumenta dramaticamente,
como que por magia, a robustez das varas e
encabadouros, originando aumentos nas longevidades do material que podem chegar aos
30%! Isto significa menos tempo dispendido
a substituir varas ou encabadouros aumentando a produtividade por turno, para além
de um custo por metro furado mais baixo.
Quanto mais exigente for a rocha a furar,
mais evidentes se tornam os benefícios das
T-WiZ. Em maciços rochosos com elevada
fraturação, por exemplo, a longevidade obtida com colunas de perfuração T-WiZ pode
superar os 30% em relação ao material standard.
Inúmeros testes bem sucedidos têm sido
realizados com esta nova gama de aço de
perfuração em vários locais no mundo. Destacamos os testes realizados na pedreira de
Tagene (Suécia) onde um ROC D7C, com
martelo COP1838, utilizava aço T45 para a
realização de furos com 10 a 25 m de comprimento obtendo uma longevidade média nas
varas de cerca 4.500 m. Quando passou para
o aço T45-WiZ as varas ultrapassaram os
7.500 m de tempo de vida, havendo algumas
unidades a superar os 10.000 m!
Também na pedreira de Vikan (Suécia) os
resultados foram surpreendentes. Aqui os furos de 10 a 28 m são realizados por um ROC
D9C , com o martelo COP 2150UX, e aço
T51. Habitualmente a furação nesta pedreira
tem desvios acima da média. Neste caso foram os encabadouros T-WiZ a destacarem-se com aumentos de longevidade que chegaram a ultrapassar os 100%!
Resultados desta ordem de grandeza são
muito difíceis de obter, mas por certo que em
muitos trabalhos de desmonte em Portugal já
se estão a sentir diferenças significativas na
furação com este novo aço de perfuração da
Atlas Copco. Contamos dar-vos conta destes
resultados na próxima edição da revista.
[email protected]
A atual gama T-WiZ está disponível em
3 dimensões: T38-WiZ, T45-WiZ e T51-WiZ.
Apesar de ser compatível com a gama
standard (T38, T45, T51) os benefícios
das T-WiZ são praticamente eliminados
em caso de mistura.
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Construção e Minas - No 1 / 2012
O silêncio De mãos dadas com a
é de pedra fiabilidade
Porto Mós
com os
renovados
martelos
BBC34
É na área protegida do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
que se situam grande parte das pedreiras de rocha calcária dos distritos de
Leiria e Santarém. Entre outras medidas, ao crescimento inicial desordenado deram lugar o licenciamento,
a eletrificação e estudos de recuperação paisagística das pedreiras. Neste
momento, a Atlas Copco em parceria
com o seu revendor DRCP em Porto
Mós, iniciou a introdução dos renovados martelos BBC34 , permitindo
assim uma redução de ruído significativa sem percas de produção.
Com um número elevado de obras em carteira, sendo que uma das mais relevantes é a execução dos
trabalhos de expansão do novo parque de contentores do Porto de Leixões, a empresa de construções
Europa Arlindo, com sede em Ferreiros - Braga,
adquiriu recentemente à nossa concessionária SEPREM 6 cilindros Dynapac CC1200.
Esta obra, que faz parte do Plano Estratégico de
Transportes, é de importância vital para o desenvolvimento do trabalho portuário, pelo que a rapidez
na execução dos trabalhos era fundamental para o
sucesso deste investimento, que permitirá aumentar
em cerca de 20% a produtividade no cais.
Para garantir que os trabalhos de execução corressem na perfeição, a firma Europa Arlindo optou pelos equipamentos da Dynapac, tendo em consideração a elevada fiabilidade dos mesmos, o seu elevado
nível de compactação, o baixo consumo energético,
aliados, ao excelente relacionamento com o nosso
concessionário.
Melhores condições de
trabalho e produtividade
na EFACEC
com o bate-estacas LPD-T
A Efacec Energia é a maior exportadora nacional de
transformadores de potência. É de crucial importância, quando da sua embalagem, que as respetivas fases
sejam totalmente imobilizadas de forma a que não sofram qualquer tipo de dano durante o transporte, pelo
que são colocadas diversas cunhas de travamento. Essa
operação é efetuada manualmente recorrendo-se ao uso
de um pilão, o que provoca um considerável cansaço no
operador, obrigando dessa forma à formação de várias
equipas que se revezam com alguma frequência. Estava
identificada uma oportunidade de melhoria. Importava
pois, a busca e a adoção de uma solução eficaz . Para tal
fomos contatados para, em parceria com a EFACEC,
tentarmos encontrar a melhor solução. Optou-se por se
testar o nosso bate estacas LPD-T, acionado pela nossa
unidade hidráulica LP 18 TWIN E. Após a conclusão da
fase de testes e efetuados os respetivos ajustamentos, foi
validada a solução que resulta numa redução significativa do cansaço produzido no operador, bem como numa
clara redução do tempo de operação.
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Construção e Minas - No 1 / 2012
Atlas Copco adquire GIA
DAR
ENERGIA
A TIMOR-LESTE
Gerador
QAX12
De forma a alargar o seu portfolio de equipamentos
subterrâneos e servir mais e melhor os seus clientes,
o grupo Atlas Copco concluiu recentemente a aquisição da empresa GIA Industri AB.
Em Portugal, a Atlas Copco já trabalhava com a
GIA em estreita colaboração e são bem conhecidas
no nosso mercado as soluções de ventilação de elevada qualidade desta empresa. Mas a GIA dispõe
de muito mais que apenas ventiladores e mangas de
ventilação. Desde os equipamentos de carga contínua do tipo Häggloader, locomotivas, shuttlecars,
saneadores (scalers), equipamentos de instalação de
cabos, equipamentos de carregamento de explosivos, veículos de serviço e o famoso camião mineiro
elétrico Kiruna, muitos são os novos equipamentos
e soluções que os nossos clientes com trabalhos de
escavação subterrânea passarão a dispor com maior
facilidade, podendo contar com o apoio comercial e
assistência técnica da Atlas Copco.
As comunicações têm um papel cada
vez mais importante no desenvolvimento e bem-estar das pessoas. Desta forma é essencial a existência de
infra-estruturas que dêem resposta
às necessidades de comunicação dos
cidadãos, tais como sites de telecomunicações. A qualidade dos grupos
geradores Atlas Copco, aliada ao profissionalismo e competência da Vodacabo, tem permitido uma preferência
por parte de alguns clientes finais.
A Vodacabo é uma empresa do grupo
Telcabo , criada em Timor a 2 de Março de 2010, em conjunto com acionistas locais e de Macau, para operar
diretamente no mercado asiático com
especial incidência no mercado das
telecomunicações.
Energia Portátil Atlas Copco:
levamos a nossa energia a qualquer local
para levar o seu negócio mais longe.
Com vista a melhorar e aumentar o portfolio de produtos a oferecer aos nossos
clientes, num espírito de verdadeira parceria em segmentos de mercado cada vez
mais competitivos, procedemos à reorganização das áreas de negócio da Atlas Copco.
Assim nasceu a área de Construção, constituída pelas Divisões: Ferramentas de
Construção, Equipamentos de Construção de Estradas, Energia Portátil e Serviço.
Em Portugal, na base desta reestruturação, integrámos a divisão APE (Energia
Portátil da Atlas Copco) junto das outras divisões relacionadas com o segmento
de construção, maximizando assim o potencial de todos produtos criando
simultaneamente sinergias entre as várias divisões envolventes, aumentando a
nossa performance junto dos nossos clientes e consequentemente a eficiência do
negócio destes.
Ar, Electricidade, Água, Luz e Equipamento usado são os cinco pilares da divisão
Energia Portátil, que nos permite satisfazer as mais variadas necessidades e
acompanhar os nossos clientes onde quer que os projetos os levem.
www.atlascopco.com