aplicativos para linux

Transcrição

aplicativos para linux
Acessibilidade do sistema operacional LINUX
O sistema operacional LINUX permite alterações de acesso ao teclado a partir de
modificações no painel de controle semelhantes às descritas no sistema operacional
Windows:






Trava teclas com SHIFT e CTRL para serem usadas apenas com uma das mãos;
Operação do mouse a partir de teclas do teclado;
Modificação da sensibilidade do teclado no pressionamento das teclas;
Sinais sonoros para a tecla CAPS LOCK, por exemplo;
Regulagem da taxa de repetição favorecendo o uso do teclado por pessoas com
incoordenação de movimentos;
Intervalos entre a aceitação de novo pressionamento de teclas
Aplicativos acessíveis para o LINUX para deficiência física
Nome
GTkeyboard
GNOME Onscreen
Keyboard (GOK)
Adaptação do teclado
LINUX para usuários
que utilizam apenas
uma mão
Função
Teclado de tela
Teclado de tela
Informações
http://opop.nols.com/gtkeyboard.html
http://www.gok.ca.
Teclado para uma
mão
http://www.eklhad.net/linux/app/onehand.html
Aplicativos acessíveis para o LINUX para deficiência visual
Nome
Emacspeak
Função
Leitor de tela
Jupiter Speech System
Screader
Festival
Leitor de tela
Leitor de tela
Sintetizador de
voz
Sintetizador de
voz
Ampliadores de
tela
Ampliadores de
tela
Ampliadores de
tela
Ampliadores de
tela
Cursores de
mouse
Cursores de
mouse
Sons de alerta
Mbrola
GMag
SVGATextmode
Dynamag
Xzoom
X Big Cursor
Outros cursores
Locktones
Informações
http://www.cs.cornell.edu/home/raman/emacs
peak/.
http://www.eklhad.net/linux/jupiter/.
http://www.euronet.nl/~acj/eng-screader.html
http://www.cstr.ed.ac.uk/projects/festival/.
http://tcts.fpms.ac.be/synthesis/mbrola.html.
http://projects.prosa.it/gmag/.
http://freshmeat.net/projects/svgatextmode/.
http://www.cs.rpi.edu/pub/unwindows/.
http://filewatcher.org/sec/xzoom.html.
http://www.icewalk.com/doclib/howtos/mini/
X-Big-Cursor.html.
http://themes.tucows.com/cursors.html.
http://leb.net/pub/blinux/.
Sinais auditivos para
saber quando escrever
uma password
Sons de alerta
http://leb.net/pub/blinux/bootmeup/.
O Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) está desenvolvendo o
DOSVOX na plataforma LINUX. O software terá o nome de Sinal e tem previsão de
conclusão para o início de 2007.
A solução atual é a utilização do DOSVOX para Windows executado embaixo de um
emulador no Linux chamado Wine. Essa estratégia prejudica as operações que são
específicas do sistema operacional Windows e de alguns utilitários do Windows, mas
permite que 80% do seu funcionamento sejam possíveis. Os jogos e utilitários da
internet não são afetados com essa adaptação.
Não existe, ainda, um sintetizador de voz em português, mas o SERPRO também vem
trabalhando nesse projeto.
Aplicativos acessíveis para o LINUX para deficiência auditiva
Nome
Visual Bells miniHOWTO
Zapata
Função
Avisos visuais
Comunicação via
telefone
utilizando o
computador como
terminal de texto
Informações
http://www.ibiblio.org/pub/Linux/docs/HOW
TO/mini/.
http://www.zapatatelephony.org/project.html.
Conheça alguns programas gratuitos (18/06 - Agência
Estado)
Por Gustavo Miller e Bruno Galo São Paulo
Antonio Borges costuma dizer que ele e sua equipe - que já mudou várias vezes em
mais de 15 anos de atividade - são mais do que pioneiros na área da tecnologia
assistiva no País. "O mais importante nos nossos softwares é que eles são simples e
gratuitos.
A tecnologia que produzimos modifica a vida das pessoas", diz.
Atualmente, Borges coordena os projetos de acessibilidade do Núcleo de Computação
Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ). O DosVox, programa
desenvolvido em 1993 com cerca de 20 mil usuários no País, busca criar um ambiente
operacional completo para deficientes visuais e traz um leitor de tela simples.
Além do DosVox, o professor Borges e sua equipe - composta atualmente de cinco
pessoas, sendo uma não deficiente, duas cegas, uma tetraplégica e uma com paralisia
cerebral -, criaram vários outros softwares inclusivos.
O primeiro deles, o Motrix, desenvolvido a partir de 2002, foi pensado para pessoas
com deficiências motoras graves, como tetraplegia e distrofia muscular. Funciona por
meio de comando de voz, possibilitando inclusive a redação de textos.
Ricardo Souza, de 26 anos, diretor da ONG carioca Espaço Novo Ser, é tetraplégico
desde 1997. "No começo é um pouco complicado ter de soletrar as letras no Motrix,
mas agora eu já consigo fazer isso rapidinho", diz.
Há ainda o MicroFênix, desenvolvido a partir de 2004, para pessoas que, além de
apresentarem deficiência motora grave, possuem a fala comprometida. Todos os
softwares desenvolvidos pela equipe de Borges estão disponíveis para download
gratuito no endereço: http://intervox.nce.ufrj.br. Atualmente eles trabalham no
desenvolvimento de um software para deficientes visuais para ser usado no celular, o
CellVox.
Existem algumas outras iniciativas nacionais voltadas para a criação e disponibilização
de programas gratuitos para pessoas com deficiência. No site do Ministério das
Comunicações (www.mc.gov.br) é possível fazer o download de um software leitor de
tela, desenvolvido pela Fundação CPqD, de Campinas.
Já no site www.surdobilingue.org é possível baixar um software livre feito para
educadores alfabetizarem alunos surdos em português. Também voltado para os
deficientes auditivos, o www.acessobrasil.org.br/libras disponibiliza para consulta um
dicionário da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
No exterior, há uma infinidade de iniciativas. A mais recente foi a de um avô que
desenvolveu um navegador especial para o seu neto autista usar a internet. Ele está
disponível para download no endereço www.zacbrowser.com.
Já os softwares CameraMouse (www.cameramouse.org) e HeadDev
(http://tinyurl.com/5nb3y9) são programas voltados para pessoas com mobilidade
reduzida e permitem o controle do cursor do mouse no monitor apenas com o
movimento da cabeça.
Já o Eugénio, disponível na Rede Saci em http://tinyurl.com/58dnel, é um software que,
ao sugerir palavras, tem o objetivo de acelerar o processo de escrita de pessoas com
limitações motoras.
Entre as opções nacionais não tão caras, um dos destaques é o Mouse Ocular, criado
pelo professor Manoel Cardoso, da Fundação Desembargador Paulo Feitosa, em
Manaus. "Queremos recuperar a auto-estima das pessoas com deficiência. A expectativa
de vida é algo físico", afirma Feitosa.
O mouse, vendido apenas para empresas, funciona através de eletrodos ligados a um
módulo eletrônico conectado a um computador. Os eletrodos são colocados na testa e na
região dos olhos do deficiente e funcionam como mouse a partir de movimentos
oculares e piscadas.
A traquitana vem sendo testada na UTI da pediatria do Hospital do Mandaqui, na zona
norte de São Paulo, desde o final de fevereiro. Mateus, de 5 anos e tetraplégico, está
aprendendo a movimentar o mouse. No futuro, espera-se que ele possa brincar com
joguinhos virtuais, escrever seu nome e até navegar na web. Quem o orienta é o
professor voluntário e estudante de pedagogia, Alberto Eduardo Rego Lins, que vai
todas as sextas-feiras ao local.
"O aparelho é barato, custa cerca de R$ 200. A dificuldade é encontrar mais
profissionais capacitados para serem voluntários", diz Maria Teresa Torgi Alves,
gerente de pediatria do Hospital do Mandaqui.
Para as pessoas com deficiência auditiva há ainda os aparelhos telefônicos da Koller. A
empresa pretende lançar no segundo semestre desse ano um novo modelo de telefone
residencial, o Surtel Jr., a R$ 500.
Há ainda empresas como a Laratec, a Techaccess e a Tec Assistiva, que importam e
revendem o que há de mais moderno em termos de hardware e software para pessoas
com deficiência. Devido ao alto preço dos produtos e dos custos de importação, elas
priorizam o mercado corporativo, impulsionado pela Lei de Cotas.
Conteúdo criado e desenvolvido por Mara Lúcia Sartoretto e Rita Bersch © 2012.
O conteúdo deste site pode ser livremente reproduzido, no todo ou em parte, desde que
citada a fonte.
Legislação
Decreto Nº 6.949, de 25 de Agosto de 2009.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm
Decreto Nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004 - DOU de 03/122004.
www.planalto.gov.br/ccivil/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm
Decreto Nº 3.956, de 08 de outubro de 2001.
http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto/2001/D3956.htm
Ministério de Ciência e Tecnologia.Chamada pública MCT/FINEP/Ação
Transversal
Tecnologias assistivas - Seleção pública de propostas para apoio a projetos de
pesquisa e desenvolvimento de tecnologias assistivas para inclusão social de
pessoas portadoras de deficiência e de idosos. Brasília, setembro 2005
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/10253.html
ACESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ÀS ESCOLAS E CLASSES
COMUNS DA REDE REGULAR
Cartilha da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Brasília, setembro
de 2004.
Formato PDF: www.prgo.mpf.gov.br/cartilha_acesso_deficientes.pdf
ADA - American with Disabilities Act.: www.ada.gov/pubs/ada.htm
Public Law 100-407 • www.resna.org/taproject/library/laws/techact94.htm
Radabaugh, M.P. NIDRR's Long Range Plan - Technology for Access and
Function Research Section Two: NIDDR Research Agenda Chapter 5:
TECHNOLOGY FOR ACCESS AND FUNCTION
http://www.ncddr.org/new/announcements/lrp/fy1999-2003/lrp_techaf.html e
http://www.ncd.gov/newsroom/publications/1993/assistive.htm#5
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© 2012 ASSISTIVA • TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
O que é a comunicação alternativa?
A área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação de
habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Alternativa (CA).
A comunicação alternativa destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita
funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua
habilidade de falar e/ou escrever.
A CA pode acontecer sem auxílios externos e, neste caso, ela valoriza a
expressão do sujeito, a partir de outros canais de comunicação diferentes da
fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e
identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades, opiniões,
posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, dinheiro, banheiro, estou
bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou
com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano.
Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve
habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos
auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação,
pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o próprio computador
que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa
de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa são
construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração
várias características que atendem às necessidades deste usuário.
O termo Comunicação Aumentativa e Alternativa foi traduzido do inglês
Augmentative and Alternative Communication - AAC. Além do termo resumido
"Comunicação Alternativa", no Brasil encontramos também as terminologias
"Comunicação Ampliada e Alternativa - CAA" e "Comunicação Suplementar e
Alternativa - CSA".
O que é um sistema de símbolos gráficos?
Para a confecção de recursos de comunicação alternativa como cartões de
comunicação e pranchas de comunicação são utilizados os sistemas de
símbolos gráficos, que são uma coleção de imagens gráficas que apresentam
características comuns entre si e foram criados para responder a diferentes
exigências ou necessidades dos usuários.
Existem diferentes sistemas simbólicos, sendo os mais importantes: PCS,
Blissymbols, Rebus, PIC e Picsyms.
O que é o PCS?
Um dos sistemas simbólicos mais utilizados em todo o mundo é o PCS Picture Communication Symbols, criado em 1980 pela fonoaudióloga
estadunidense Roxanna Mayer Johnson. No Brasil ele foi traduzido como PCS
- Símbolos de Comunicação Pictórica. O PCS possui como características:
desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento e adequados para usuários
de qualquer idade, facilmente combináveis com outras figuras e fotos para a
criação de recursos de comunicação individualizados, extremamente úteis para
criação de atividades educacionais. O sistema de símbolos PCS está
disponível no Brasil por meio do software Boardmaker.
O que é o software Boardmaker?
Board significa "prancha" e maker significa "produtor". O Boardmaker é um
programa de computador que foi desenvolvido especificamente para criação de
pranchas de comunicação alternativa. Ele possui em si a biblioteca de símbolos
PCS e várias ferramentas que permitem a construção de recursos de
comunicação personalizados.
Com o software Boardmaker são confeccionados recursos de comunicação ou
materiais educacionais que utilizam os símbolos gráficos e que serão
posteriormente impressos e disponibilizados aos alunos.
O Boardmaker poderá ser associado a outro programa chamado de Speaking
Dynamically Pro que significa "falar dinamicamente". Estes dois softwares em
conjunto se tornam uma importante ferramenta para construção pranchas de
comunicação onde, a partir da seleção de um símbolo, acontece a emissão de
voz pré-gravada ou sintetizada representativa da mensagem escolhida. Para
comunicar-se com voz o usuário utilizará seu computador ou um vocalizador
portátil.
O Speaking Dynamically Pro possui um série de ferramentas de programação
fáceis de usar e que permitem a criação personalizada de atividades
educacionais, recreativas e de comunicação.
Outra importante característica deste software é a acessibilidade. Um exemplo
disso é que a seleção de teclas de mensagens ou de teclas para escrita poderá
acontecer por meio de varredura e acionadores.
O Software Boardmaker + SDP é comercializado no Brasil pela Clik Tecnologia
Assistiva, através do site www.clik.com.br
O que é um vocalizador?
É um recurso eletrônico de gravação/reprodução que ajuda a comunicação das
pessoas em seu dia-a-dia. Através dele, seu usuário expressa pensamentos,
sentimentos e desejos pressionando uma mensagem adequada que está prégravada no aparelho. As mensagens são acessadas por teclas sobre as quais
são colocadas imagens (fotos, símbolos, figuras) ou palavras, que
correspondem ao conteúdo sonoro gravado.
A maioria dos vocalizadores grava as mensagens digitalmente e a capacidade
de gravação varia de um aparelho a outro. Encontra-se vocalizadores de
apenas uma mensagem enquanto outros podem gravar centenas delas. Outra
variável intrínseca a este equipamento é o tempo total de gravação
normalmente distribuído entre as teclas de mensagem oferecidas no
equipamento.
Em qualquer vocalizador o conteúdo gravado em cada célula é reconhecido
através de figuras ou textos aplicados em pranchas de comunicação que ficam
sobre as teclas. Quando a tecla de cada figura ou texto é pressionada, sua
mensagem pré-gravada é imediatamente reproduzida e com volume ajustável.
O que são acionadores?
São recursos que promovem acessibilidade tanto no uso do computador
quanto em outras atividades não informáticas. A função única do acionador é
gerar um clique que o computador interpretará como um comando de seu
usuário. É a forma mais simples de se interagir com um computador, daí a sua
importância como interface para a comunicação alternativa.
Do ponto de vista elétrico, um acionador é uma chave de contato momentâneo
normalmente aberto (NA), como um botão de campainha. Existem acionadores
de diversas formas, pois sua maior característica é o design apropriado para
diferentes utilizações. Quanto ao plugue de conexão, todos acionadores são
padronizados internacionalmente com o miniplugue tipo P2.
Na construção de recursos de comunicação com o software
Boardmaker poderemos associar o sistema de símbolos PCS
com outras figuras e fotografias?
Sim. Os recursos de comunicação são confeccionados de forma personalizada.
Desta forma, deveremos utilizar imagens que fazem sentido para o usuário e,
em se tratando de recursos de comunicação no ambiente escolar, que
correspondam às atividades e conteúdos propostos no currículo e atividades
educacionais. Além dos símbolos PCS que já se encontram no Boardmaker
será possível importar imagens capturadas na internet, em CDs específicos,
fotografias digitais ou fotografias escaneadas de catálogos, livros de histórias
ou didáticos. Todas as imagens encontradas e utilizadas na produção de
materiais educacionais e/ou de comunicação podem ser categorizadas e
arquivadas dentro do programa Boardmaker para que possam ser facilmente
localizados em outras aplicações. Fazendo isto o professor do AEE
complementará e qualificará sua biblioteca de imagens.
Que tipo de recursos podemos criar com o Boardmaker?
Como já mencionado, o Boardmaker permite a construção de materiais que
serão impressos e utilizados pelos usuários da CA.
Conhecendo os desafios educacionais que os alunos enfrentam no cotidiano
escolar e utilizando-se de muita criatividade, o professor especializado poderá
criar os recursos de comunicação e acessibilidade necessários aos seus
alunos por meio das várias ferramentas de seu Boardmaker. Abaixo vamos
descrever e ilustrar algumas ideias de aplicação deste software.
Atividades educacionais acessíveis: Com o Boardmaker você pode criar
várias atividades educacionais para garantir acessibilidade e participação de
alunos que utilizam a CA em sala de aula. Lembre-se da importância da
interlocução entre o professor do Atendimento Educacional Especializado, que
construirá os recursos de acessibilidade, e o professor da sala de aula comum.
Sem conhecer o plano de ensino do professor da sala comum, com seus
objetivos e atividades previstas, será impossível propor, construir e
disponibilizar os recursos de acessibilidade para o aluno.
O professor especializado deverá também ensinar as estratégias de utilização
destes recursos para o aluno, seu professor, para os colegas, comunidade
escolar e família. Desta forma ajudará a todos a entender e a utilizar estas
ferramentas de acessibilidade.
Vejamos alguns exemplos de atividades personalizadas com o
Boardmaker:
Atividades escolares:
Textos com símbolos:
Textos com símbolos são muito interessantes para favorecer e ampliar a
aquisição de repertório de símbolos gráficos (usuários de CA), favorecer a
relação símbolo e signos e auxiliar na alfabetização de alunos com deficiência
intelectual, auxiliar no aprendizado do português escrito para alunos surdos. No
Boardmaker a escrita com símbolos é feita com a ferramenta "Simbolar".
Culinária com o Boardmaker:
Fichas de receitas ou receitas completas podem ser descritas com a sequência
de símbolos gráficos associados com a escrita. Para confecção destes
recursos a ferramenta Simbolar será muito útil.
Livros de atividades
As atividades previstas no currículo escolar, ou que fazem parte do no livro
didático impresso, podem ser personalizadas para usuários de CA. Para
disponibilizá-las em sala de aula o professor especializado deverá receber, do
professor de sala comum, estas atividades, com a antecedência necessária
para que ele possa construí-las com o Boardmaker.
Pranchas temáticas para interpretação de livros e conteúdos
Pranchas de comunicação temáticas poderão ser construídas para que o aluno
usuário da CA possa participar de atividades de interpretação de histórias ou
também para que possa perguntar, responder e argumentar sobre os
conteúdos estudados e atividades desenvolvidas em sala de aula.
Calendários personalizados
Nas "pranchas modelo" do Boardmaker você encontrará grades de calendários
para serem personalizadas. Basta localizar os símbolos apropriados e colar
sobre a o dia em que o evento acontecerá.
Porta-pranchas
Pastas do tipo arquivo, folhas laminadas e encadernadas, porta documentos,
pastas do tipo cardápio (pasta dupla ou trifolder) poderão ser "portadores de
pranchas".
No Boardmaker, em "Pranchas Modelo" você encontrará uma série de modelos
de grades já prontas para a criação destes recursos de comunicação.
Economize trabalho e utilize as grades que facilitarão a criação das pranchas.
Pranchas para vocalizadores
Nas "pranchas modelo" do Boardmaker você encontrará também grades
desenhadas especialmente para utilização em vocalizadores. Se você utiliza
um vocalizador procure o arquivo Boardmaker com o nome da "marca/modelo"
do equipamento. Esta grade foi projetada para servir exatamente no tamanho e
distância das teclas de mensagens.
Agendas personalizadas com símbolos
Com o Boardmaker você pode criar agendas escolares, atividades da turma e
também de ações pessoais da rotina. Para isso, você pode utilizar grades, das
mais variadas formas, que se encontram em "pranchas modelos" no arquivo
"agendas".
Sinalizações em vários ambientes
Você pode utilizar o Boardmaker para criar sinalizações dos vários ambientes
da escola. Da mesma forma poderão ser criados cartazes com informações ou
indicação de regras e orientações.
Utilização de outras imagens digitais nas produções com o Boardmaker
Você poderá introduzir novas imagens no seu Boardmaker e assim ampliará
sua biblioteca de símbolos. As novas imagens poderão ser capturadas na
internet, extraídas em banco de imagens, fotografadas com câmera digital ou
também escaneadas de materiais impressos. Você poderá arquivar as imagens
digitais na biblioteca do Boardmaker o que permitirá sua fácil localização para
uso em produções futuras. Abaixo algumas fotos ilustram trabalhos feitos com
o Boardmaker que utilizaram imagens capturadas de diversas origens.
O Boardmaker é uma ferramenta de autoria?
É exatamente isso. O Boardmaker é uma ferramenta que permite construir os
recursos de comunicação e aprendizado que seu aluno necessitará em cada
fase de seu desenvolvimento educacional. E esta é a principal e mais
importante característica deste programa. Os exemplos e modelos que o
Boardmaker possui servem apenas para mostrar aos professores o potencial
de criação deste software.
Conhecendo os desafios educacionais, os objetivos e atividades propostos
para a turma e conhecendo também as características do aluno com
deficiência (suas dificuldades e acima de tudo suas habilidades) o professor
especializado irá projetar, construir e disponibilizar os recursos pedagógicos
que garantam a acessibilidade, comunicação e participação no contexto da
escola comum.
Atualmente as pesquisas existentes a respeito do ensino e da aprendizagem
nos permitem olhar para o que o aluno produz e identificar o que ele já sabe, as
dificuldades que estão impedindo sua aprendizagem e determinar que ações
serão necessárias para que o seu conhecimento avance.
Nas últimas décadas tem se consolidado a concepção que considera o
processo de aprendizagem como resultado da ação do aprendiz. Por isso a
função do professor é criar condições para que o aluno possa exercer sua
função de aprender participando de situações que favoreçam isto. Neste
sentido, com relação aos alunos com deficiência, torna-se indispensável a
criação de condições de aprendizagem pelo professor, através da construção
de recursos de acessibilidade.
O conhecimento não é gerado do nada, é uma constante transformação a partir
do conhecimento que já existe. É o que cada aluno já conhece que explica as
diferentes formas e tempos de aprendizagem, bem como as dificuldades e
possibilidades que o aluno apresenta. Seja nas propostas de atividades, seja
na forma como os professores encorajam e desafiam os alunos a se lançar
com ousadia nas propostas de aprendizagem, os recursos (materiais
educacionais) tem uma função decisiva nas possibilidades de aprendizagem
dos alunos.
O Boardmaker é uma ferramenta aberta e, portanto, servirá para confecção de
recursos de acessibilidade que atendem diferentes concepções de ensino e
aprendizagem. Por este motivo é importante considerarmos o modelo de
escola, o que entendemos por aprendizagem e que postura nós pretendemos
instigar no aluno, no sentido de ele ser ativo na construção do conhecimento.
Se disponibilizarmos recursos ao nosso aluno permitindo e esperando apenas
que ele responda o que consideramos correto, sem dar a ele oportunidades de
questionar, propor alternativas, argumentar etc., possivelmente nós teremos
um instrumento pobre de comunicação e também um instrumento pobre de
educação.
Portanto a palavra de ordem é conhecer a realidade e os desafios enfrentados
pelo aluno e ser criativo. Junto com ele, iremos construir e utilizar os recursos
que permitirão sua expressão e participação ativa em desafios educacionais. O
professor deve funcionar como um diretor de cena, cabendo a ele observar as
condições e necessidades de seus alunos e montar o cenário, através da
construção das estratégias de ensino e dos recursos de acessibilidade, para
possibilitar a construção do conhecimento de seus alunos.
A beleza de um software de criação é que ele possibilita inovar, construir novas
alternativas e materiais educacionais cada vez mais desafiantes e inéditos.
O que devo fazer para aprender a utilizar melhor todas as
ferramentas do Boardmaker?
A primeira dica é não ter preguiça de abrir e estudar o Manual do Usuário.
Poucas pessoas leem manuais e ficam por muito tempo subutilizando o recurso
que adquiriram. A leitura do manual, paralela a uma experimentação prática
das ferramentas, ajudará a desenvolver uma habilidade operacional com o
software. O Manual do Usuário do Boardmaker é muito fácil de usar e dá
instruções passo-a-passo. Você o encontrará no formato PDF, que permite ler
na tela e também imprimir. Sugiro que você trabalhe/estude com o manual
impresso ao seu lado. Desta forma, você seguirá a leitura e simultaneamente
experimentará as ferramentas do software ou, quando chegar uma dúvida,
você recorrerá ao índice e encontrará facilmente a resposta.
Importante: para visualizar o Manual do Usuário é necessário ter instalado no
computador o programa Adobe Reader, que é o programa que abre arquivos
PDF. Caso não o tenha, clique aqui para baixar e instalar gratuitamente.
Para localizar o Manual do Usuário abra o seu programa, clique na barra de
ferramentas em "Ajuda". Clique então sobre "Manual do Usuário" e pronto!
(veja figura abaixo)
Bom estudo e um ótimo proveito desta importante ferramenta que é o
Boardmaker com Speaking Dynamically Pro!
O que é Tecnologia Assistiva?
Conceito
Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o
arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar
habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente
promover Vida Independente e Inclusão.
É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços,
estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas
encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey • Assistive
Technologies: Principles and Practices • Mosby – Year Book, Inc., 1995).
No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, instituído pela PORTARIA N°
142, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006 propõe o seguinte conceito para a
tecnologia assistiva: "Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de
característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a
funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com
deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua
autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social" (ATA VII Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) - Coordenadoria Nacional para Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria Especial dos
Direitos Humanos - Presidência da República).
O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva,
foi criado em 1988 como importante elemento jurídico dentro da legislação
norte-americana conhecida como Public Law 100-407 e foi renovado em 1998
como Assistive Technology Act de 1998 (P.L. 105-394, S.2432). Compõe, com
outras leis, o ADA - American with Disabilities Act, que regula os direitos dos
cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos
públicos para compra dos recursos que estes necessitam.
Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou
sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou
melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os
Serviços, são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa
com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.

Recursos
Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema
computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas
adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que
contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para
adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual
e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e
acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios
visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens
confeccionados ou disponíveis comercialmente.

Serviços
São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com
deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de
tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações,
experimentação e treinamento de novos equipamentos.
Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente
transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais
como:











Fisioterapia
Terapia ocupacional
Fonoaudiologia
Educação
Psicologia
Enfermagem
Medicina
Engenharia
Arquitetura
Design
Técnicos de muitas outras especialidades
Encontramos também terminologias diferentes que aparecem como sinônimos
da Tecnologia Assistiva, tais como “Ajudas Técnicas”, “Tecnologia de Apoio“,
“Tecnologia Adaptativa” e “Adaptações”.
Objetivos da Tecnologia Assistiva
Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida
e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade,
controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e
integração com a família, amigos e sociedade.
Categorias de Tecnologia Assistiva
A classificação abaixo, foi construída com base nas diretrizes gerais da ADA,
porém não é definitiva e pode variar segundo alguns autores.
A importância das classificações no âmbito da tecnologia assistiva se dá pela
promoção da organização desta área de conhecimento e servirá ao estudo,
pesquisa, desenvolvimento, promoção de políticas públicas, organização de
serviços, catalogação e formação de banco de dados para identificação dos
recursos mais apropriados ao atendimento de uma necessidade funcional do
usuário final.
1
Auxílios para
a vida diária
Materiais e produtos para auxílio em tarefas
rotineiras tais como comer, cozinhar, vestirse, tomar banho e executar necessidades
pessoais, manutenção da casa etc.
2
CAA (CSA)
Comunicação
aumentativa
(suplementar)
e alternativa
Recursos, eletrônicos ou não, que permitem
a comunicação expressiva e receptiva das
pessoas sem a fala ou com limitações da
mesma. São muito utilizadas as pranchas
de comunicação com os símbolos PCS ou
Bliss além de vocalizadores e softwares
dedicados para este fim.
3
Recursos de
acessibilidade
ao
computador
Equipamentos de entrada e saída (síntese
de voz, Braille), auxílios alternativos de
acesso (ponteiras de cabeça, de luz),
teclados modificados ou alternativos,
acionadores, softwares especiais (de
reconhecimento de voz, etc.), que permitem
as pessoas com deficiência a usarem o
computador.
4
Sistemas de
controle
de ambiente
Sistemas eletrônicos que permitem as
pessoas com limitações moto-locomotoras,
controlar remotamente aparelhos eletroeletrônicos, sistemas de segurança, entre
outros, localizados em seu quarto, sala,
escritório, casa e arredores.
5
Projetos
arquitetônicos
para
acessibilidade
Adaptações estruturais e reformas na casa
e/ou ambiente de trabalho, através de
rampas, elevadores, adaptações em
banheiros entre outras, que retiram ou
reduzem as barreiras físicas, facilitando a
locomoção da pessoa com deficiência.
6
Órteses e
próteses
Troca ou ajuste de partes do corpo,
faltantes ou de funcionamento
comprometido, por membros artificiais ou
outros recurso ortopédicos (talas, apoios
etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar
nos déficits ou limitações cognitivas, como
os gravadores de fita magnética ou digital
que funcionam como lembretes
instantâneos.
7
Adequação
Postural
Adaptações para cadeira de rodas ou outro
sistema de sentar visando o conforto e
distribuição adequada da pressão na
superfície da pele (almofadas especiais,
assentos e encostos anatômicos), bem
como posicionadores e contentores que
propiciam maior estabilidade e postura
adequada do corpo através do suporte e
posicionamento de tronco/cabeça/membros.
8
Auxílios
de mobilidade
Cadeiras de rodas manuais e motorizadas,
bases móveis, andadores, scooters de 3
rodas e qualquer outro veículo utilizado na
melhoria da mobilidade pessoal.
9
Auxílios para
cegos ou com
visão
subnormal
Auxílios para grupos específicos que inclui
lupas e lentes, Braille para equipamentos
com síntese de voz, grandes telas de
impressão, sistema de TV com aumento
para leitura de documentos, publicações
etc.
10
Auxílios para
surdos ou
com déficit
auditivo
Auxílios que inclui vários equipamentos
(infravermelho, FM), aparelhos para surdez,
telefones com teclado — teletipo (TTY),
sistemas com alerta táctil-visual, entre
outros.
11
Adaptações
em veículos
Acessórios e adaptações que possibilitam a
condução do veículo, elevadores para
cadeiras de rodas, camionetas modificadas
e outros veículos automotores usados no
transporte pessoal.
Símbolos de Comunicação Pictórica • Picture Communication Symbols (PCS)
© 1981-2009 Mayer-Johnson, LLC. Todos os direitos reservados.
Atuação da Tecnologia Assistiva
A Tecnologia Assistiva visa melhorar a FUNCIONALIDADE de pessoas com
deficiência. O termo funcionalidade deve ser entendido num sentido maior do
que habilidade em realizar tarefa de interesse.
Segundo a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, o modelo
de intervenção para a funcionalidade deve ser BIOPSICOSSOCIAL e diz
respeito à avaliação e intervenção em:



Funções e estruturas do corpo - DEFICIÊNCIA
Atividades e participação - Limitações de atividades e de
participação.
Fatores Contextuais - Ambientais e pessoais
Para conhecer melhor a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade
e os conceitos emitidos pela OMS - Organização Mundial da Saúde, clique
em www.deb.min-edu.pt/fichdown/ensinoespecial/CIF1.pdf
Visão Geral dos Componentes da CIF - 2003
1. Funções e Estruturas do Corpo e Deficiências
Definições:
• Funções do Corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos
(incluindo as funções psicológicas).
• Estruturas do Corpo são as partes anatômicas do corpo, tais como, órgãos,
membros e seus componentes.
• Deficiências são problemas nas funções ou na estrutura do corpo, como um
desvio importante ou uma perda.
2. Atividades e Participações / Limitações de Atividades e Restrições de
Participação
Definições:
• Atividade é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo.
• Participação é o envolvimento numa situação da vida.
• Limitações de Atividades são dificuldades que um indivíduo pode encontrar
na execução de atividades.
• Restrições de Participação são problemas que um indivíduo pode
experimentar no envolvimento em situações reais da vida.
3. Fatores Contextuais
Representam o histórico completo da vida e do estilo de vida de um indivíduo.
Eles incluem dois fatores - Ambientais e Pessoais - que podem ter efeito num
indivíduo com uma determinada condição de saúde e sobre a Saúde e os
estados relacionados com a saúde do indivíduo.
• Fatores Ambientais:
Constituem o ambiente físico, social e atitudinal no qual as pessoas vivem e
conduzem sua vida. Esses fatores são externos aos indivíduos e podem ter
uma influência positiva ou negativa sobre o seu desempenho, enquanto
membros da sociedade, sobre a capacidade do indivíduo para executar ações
ou tarefas, ou sobre a
função ou estrutura do corpo do indivíduo.
• Fatores Pessoais:
São o histórico particular da vida e do estilo de vida de um indivíduo e
englobam as características do indivíduo que não são parte de uma condição
de saúde ou de um estado de saúde. Esses fatores podem incluir o sexo, raça,
idade, outros estados de saúde, condição física, estilo de vida, hábitos,
educação recebida, diferentes maneiras de enfrentar problemas, antecedentes
sociais, nível de instrução, profissão, experiência passada e presente, (eventos
na vida passada e na atual), padrão geral de comportamento, caráter,
características psicológicas individuais e outras características, todas ou
algumas das quais podem desempenhar um papel na incapacidade em
qualquer nível.
4. Modelos Conceituais
Para compreender e explicar a incapacidade e a funcionalidade foram
propostos vários modelos conceituais:
• Modelo Médico:
Considera a incapacidade como um problema da pessoa, causado diretamente
pela doença, trauma ou outro problema de saúde, que requer assistência
médica sob a forma de tratamento individual por profissionais. Os cuidados em
relação à incapacidade têm por objetivo a cura ou a adaptação do indivíduo e
mudança de comportamento. A assistência médica é considerada como a
questão principal e, a nível político, a principal resposta é a modificação ou
reforma da política de saúde.
• Modelo Social:
O modelo social de incapacidade, por sua vez, considera a questão
principalmente como um problema criado pela sociedade e, basicamente, como
uma questão de integração plena do indivíduo na sociedade. A incapacidade
não é um atributo de um indivíduo, mas sim um conjunto complexo de
condições, muitas das quais criadas pelo ambiente social. Assim, a solução do
problema requer uma ação social e é da responsabilidade coletiva da
sociedade fazer as modificações ambientais necessárias para a participação
plena das pessoas com incapacidades em todas as áreas da vida social.
Portanto, é uma questão atitudinal ou ideológica que requer mudanças sociais
que, a nível político, se transformam numa questão de direitos humanos. De
acordo com este modelo, a incapacidade é uma questão política.
• Abordagem Biopsicossocial:
A CIF baseia-se numa integração desses dois modelos opostos. Para se obter
a integração das várias perspectivas de funcionalidade é utilizada uma
abordagem "biopsicossocial". Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que
ofereça uma visão coerente das diferentes perspectivas de saúde: biológica,
individual e social.
Artigos sobre Tecnologia Assistiva
CEDI • INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA ASSISTIVA • Rita Bersch (arquivo em
formato PDF - 1,8MB)
PALESTRA CAA • Nadia Browning (arquivo em formato PDF - 2,3MB)
Links para Sites e Programas de Tecnologia Assistiva
PORTUGUÊS/ESPANHOL (BRASIL, PORTUGAL, ESPANHA)
ASSISTIVA • SENSwitcher - SOFTWARE
GRATUITO, ÓTIMO PARA PRATICAR O USO DE
ACIONADORES (download de arquivo zipado 2,8
MB - instruções em arquivo txt)
MEC - SEESP - Secretaria de Educação Especial - Catálogo de Publicações Livros em formato PDF
TA • KIT ACESSO
UFRJ • PROJETO DOSVOX
UFRJ • PROJETO LENTE PRO (clique para baixar programa)
UFRJ • PROJETO MOTRIX
ACESSIBILIDADE.NET • ACESSIBILIDADE PARA TODOS
DEFNET
REDE SARAH DE HOSPITAIS
NIEE • UFRGS NÚCLEO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
PROJECTE FRESSA • SOFTWARE PARA LA EDUCACIÓN ESPECIAL
INFORMÁTICA PARA ORIENTADORES
MANOLO.NET • DEFICIÊNCIA VISUAL
SITES EM OUTROS IDIOMAS (ESTADOS UNIDOS, REINO UNIDO,
CANADÁ, AUSTRÁLIA)
CAST • DESENHO UNIVERSAL
OATS • RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSITIVA GRATUITOS PARA O
COMPUTADOR
ACE CENTER • SITE COM INFORMAÇÕES SOBRE COMUNICAÇÃO
ALTERNATIVA E OUTROS RECURSOS
TRACE CENTER • UNIVERSIDADE DE WINSCONSIN - MADISON - EUA
NATRI • UNIVERSIDADE DO KENTUCKY - EUA
EASI • CURSOS E TREINAMENTOS EM AT
CLIK-N-TYPE • TECLADOS VIRTUAIS GRATUITOS
ISAAC • ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE COMUNICAÇÃO
AUMENTATIVA E ALTERNATIVA
CSUN • CALIFORNIA STATE UNIVERSITY - NORTHRIDGE - EUA
ATIA • ASSISTIVE TECHNOLOGY INDUSTRY ASSOCIATION - EUA
SITES QUE APRESENTAM RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA
Portal Nacional de Tecnologia Assistiva - Brasil
AbleData - Estados Unidos
Portale SIVA - Itália
CEAPAT - Espanha
EmpTech - Inglaterra
Por que o nome "Tecnologia Assistiva"?
Um texto de Romeu Kazumi Sassaki, escrito em 1996:
ASSISTIVE TECHNOLOGY
Lendo artigos sobre equipamentos, aparelhos, adaptações e dispositivos
técnicos para pessoas com deficiências, publicados em inglês, ou vendo vídeos
sobre este assunto produzidos em inglês, encontramos cada vez mais
freqüentemente o termo assistive technology.
No contexto de uma publicação ou de um vídeo, é fácil entender o que esse
termo significa. Seria a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico,
eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual,
auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de
rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de
adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de
necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, transporte,
educação, lazer, esporte, trabalho e outras). No CD-ROM intitulado Abledata, já
estão catalogados cerca de 19.000 produtos tecnológicos à disposição de
pessoas com deficiência e esse número cresce a cada ano.
Mas como traduzir assistive technology para o português? Proponho que
esse termo seja traduzido como tecnologia assistiva pelas seguintes razões:
Em primeiro lugar, a palavra assistiva não existe, ainda, nos dicionários da
língua portuguesa. Mas também a palavra assistive não existe nos dicionários
da língua inglesa. Tanto em português como em inglês, trata-se de uma
palavra que vai surgindo aos poucos no universo vocabular técnico e/ou
popular. É, pois, um fenômeno rotineiro nas línguas vivas.
Assistiva (que significa alguma coisa "que assiste, ajuda, auxilia") segue a
mesma formação das palavras com o sufixo "tiva", já incorporadas ao léxico
português. Apresento algumas dessas palavras e seus respectivos vocábulos
na língua inglesa (onde eles também já estão incorporados). Foram escolhidas
palavras que se iniciam com a letra a, só para servirem como exemplos.
associativa associative
adutiva - adductive
acusativa accusative
adotiva - adoptive
afetiva - affective
adjetiva - adjective
agregativa aggregative
ativa - active
assertiva - assertive
adaptativa - adaptive aplicativa - applicative
aquisitiva - aquisitive
Nestes tempos em que o movimento de vida independente vem crescendo
rapidamente em todas as partes do mundo, o tema tecnologia assistiva inserese obrigatoriamente nas conversas, nos debates e na literatura. Urge, portanto,
que haja uma certa uniformidade na terminologia adotada, por exemplo com
referência à confecção/fabricação de ajudas técnicas e à prestação de serviços
de intervenção tecnológica junto a pessoas com deficiência.
1. Título: ACE CENTRE
Descrição: Centro de referência de TA na Inglaterra o ACE Centre Advisory
Trust apresenta como foco o uso da tecnologia para necessidades específicas
de comunicação e educação. No seu site, em inglês, apresenta a descrição de
vários recursos, ensina a desenvolver outros e traz links interessantes.
Endereço na Internet: http://www.ace-centre.org.uk/acemain.asp
2. Título: CAST - Center for Applied Special Technology
Descrição: Site em inglês apresenta um projeto que coloca o Desenho
Universal na base da Aprendizagem, o CAST pesquisa e desenvolve modos de
auxiliar a aprendizagem de qualquer individuo, independentemente das suas
necessidades e habilidades.
Neste site você saberá como a Pesquisa e o Desenvolvimento do CAST,
baseados nos últimos conhecimentos neurológicos e de tecnologia multimídia,
geram melhor desenvolvimento profissional, políticas, ações práticas, produtos
e publicações.
Endereço na Internet : http://www.cast.org/
3. Título: Favorecendo o Desenvolvimento da Comunicação em Crianças e
Jovens com Necessidades Educacionais especiais.
Descrição: Livro organizado pela professora Leila Regina d’Oliveira de Paula
Nunes que reúne textos de renomados pesquisadores e especialistas em
Comunicação Alternativa. Metodologia aplicada a indivíduos impedidos, por
diversos fatores, de fazer uso apropriado de fala e, portanto, prejudicados
também no modo de interagir socialmente. O livro abrange conteúdos de alta
relevância pedagógica e está inserido no paradigma da educação inclusiva.
NUNES, Leila Regina d’Oliveira de Paula. Favorecendo o Desenvolvimento
da Comunicação em Crianças e Jovens com Necessidades Educacionais
especiais. Rio de Janeiro: Ed. Dunya, 2004.
4. Título: OATS Open Source Assistive Tecnology Software
Descrição: Site em inglês para download de software de TA gratuitos. Alguns
deles estão sendo traduzidos para o português e serão disponibilizados no site
www.assistiva.com.br.
Endereço na Internet: http://www.oatsoft.org/
5. Título: Portal de Ajudas Técnicas. Equipamento e Material Pedagógico
Especial para Educação, Capacitação e Recreação da Pessoa com deficiência
Física. Recursos para Comunicação Alternativa.
Descrição: Documento de autoria dos professores Eduardo José Manzini e
Débora Deliberato, que apresenta fundamentação teórica sobre a
Comunicação Alternativa e ainda muitas ilustrações de recursos construídos
com o objetivo de ampliar e qualificar a comunicação de alunos que
apresentam defasagem entre sua habilidade e suas necessidades
comunicativas, no contexto escolar.
Brasil. Secretaria de Educação Especial. Portal de Ajudas Técnicas.
Equipamento e Material Pedagógico Especial para Educação, Capacitação
e Recreação da Pessoa com deficiência Física. Recursos para
Comunicação Alternativa. Brasília: MEC: SEESP, 2004, fascículo 2.
6. Título: Portal de Ajudas Técnicas. Equipamento e Material Pedagógico
Especial para Educação, Capacitação e Recreação da Pessoa com deficiência
Física.
Descrição: Documento de autoria do professor Eduardo José Manzini que
orienta professores no planejamento, desenvolvimento e acompanhamento de
alunos que necessitam materiais escolares e pedagógicos especial. Rico em
ilustrações traz idéias para novas construções e aplicações de recursos que
ampliem a habilidade e a participação do aluno com deficiência física, no
contexto escolar.
Brasil. Secretaria de Educação Especial. Portal de Ajudas Técnicas.
Equipamento e Material Pedagógico Especial para Educação, Capacitação
e Recreação da Pessoa com deficiência Física. Brasília: MEC: SEESP,
2004, fascículo 1.
7. Título: Portal Nacional de Tecnologia Assistiva.
Descrição: Este portal foi criado para reunir e compartilhar informações e
conhecimentos sobre Tecnologia Assistiva. O objetivo é conectar pessoas e
instituições que desenvolvem iniciativas para promover a inclusão de pessoas
com deficiência. Site desenvolvido com apoio do Ministério de Ciência e
Tecnologia, que além de trazer as atualidades relativas ao tema da Tecnologia
Assistiva no Brasil, lista endereços eletrônicos de entidades e serviços que
desenvolvem pesquisa e práticas nesta área.
Endereço na Internet: www.assistiva.org.br
8. Título: Projetos de acessibilidade do NCE/UFRJ
Descrição: Desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica
da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O site aqui referido
abriga projetos voltados para proporcionar a pessoas com
deficiência novas oportunidades com base na tecnologia de
informática. Além de conhecer projetos de grande notoriedade
apoiados por instituições parceiras, você também terá acesso ao
download do Dosvox e algumas páginas interessantes.
Endereço na Internet: http://intervox.nce.ufrj.br/
9. Título: Projeto Fressa 2006
Descrição: O projeto Fressa contém um conjunto de softwares desenvolvidos
por Jordi Lagares Roset destinados a pessoas com deficiências físicas e
auditivas. No site indicado é em espanhol e nele você poderá conhecer e fazer
download dos programas.
Endereço na Internet: http://www.xtec.es/~jlagares/f2kesp.htm
10. Título: Salas de Recursos Multifuncionais. Espaço do Atendimento
Educacional Especializado.
Descrição: O documento Salas de Recursos Multifuncionais, publicado pela
Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação se destina a
gestores e educadores dos sistemas educacionais e visa subsidiar
pedagogicamente a organização dos serviços de atendimento educacional
especializado que favoreça a inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais nas classes comuns do ensino regular. Neste
documento aparece a conceituação da Tecnologia Assistiva e a afirmação de
ela é campo de atuação da educação especial que tem por finalidade atender o
que é específico dos alunos com necessidades educacionais especiais,
buscando recursos e estratégias que favoreçam seu processo de
aprendizagem, habilitando-os funcionalmente na realização de tarefas
escolares.
ALVES, Denise de Oliveira. Salas de Recursos Multifuncionais. Espaço do
Atendimento Educacional Especializado. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Especial, 2006.
11. Título: TA - Kit ACESSO
Descrição: Site de Portugal que disponibiliza software gratuitos que favorecem
acesso ao computador, acesso a Internet, apoios educativos e apoios à
comunicação.
Endereço na Internet: http://www.acessibilidade.net/at/kit/

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