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FORTALEZA DE SANTO AMARO DA BARRA GRANDE - GUARUJÁ O Brasil estava sob domínio espanhol desde 1580. A esquecida Capitania de São Vicente, distante das intrigas da política internacional, continuava a comercializar com os ingleses e holandeses. Edward Fenton partiu da Inglaterra em 1582 com destino às Índias pela rota do Estreito de Magalhães. Diogo Flores Valdez com 16 navios, nomeado por Felipe II “Capitão General das Costas do Brasil”, partiu de Cádiz em 1581 para fortificar o estratégico Estreito de Magalhães. A missão de Valdez no Estreito foi um fracasso. Andrés Igino (ou Eguino), vedor da armada de Valdez, no dia 24/01/1583 com três navios impróprios para prosseguir viagem ao Estreito, disparou sua artilharia contra o inglês Edward Fenton que abastecia sua frota no Porto de Santos. A nau espanhola Santa Maria de Begônia foi destruída e os ingleses com algumas avarias, retornaram à Inglaterra abandonando o destino das Índias. Igino ordenou a construção de um forte na entrada da Barra Grande aproveitando a artilharia da nau destruída, deixando a tripulação do Begônia guarnecendo o local. O Comandante Flores Valdez chegou a Santos no mês de abril e desqualificou a obra de Andrés Igino, ordenando a permanência no local do engenheiro militar espano-italiano Juan Bautista Antonelli para reedificar a fortificação. A construção dessa fortaleza tinha dois objetivos: proteger o Porto, que era um importante entreposto para a rota do Estreito de Magalhães, e marcar simbolicamente o presença de Felipe II na terra dos rebeldes moradores de São Vicente. Em 1714, o Brigadeiro João Massé projetou na Fortaleza: a ampliação da cortina ao longo do canal, a supressão do antigo armazém de pólvora, a criação de uma terceira bateria no alto do morro (reduto), e uma cortadura abaixo do nível d’agua, para a proteção de um novo acesso a oeste. Essas obras somente foram concluídas na segunda metade do século XVIII, em função de dificuldades diversas. No século XIX, o edifício dos quartéis foi modernizado em duas das fachadas e teve a cobertura modificada, aumentado-se o pé-direito. A Fortaleza foi desativada em 1905, pois deveria ser substituída por uma moderna bateria de torpedos, que nunca foi executada. O engenheiro Massé também projetou a contrabateria da Estacada no lado de Santos e na segunda metade do século XVIII, o Morgado de Matheus construiu o Fortim do Góes completando a defesa colonial da entrada da Barra Grande. Em 1983 a Fortaleza encontrava-se abandonada. Nos anos noventa sua área foi invadida e todas as edificações foram destruídas por atos de vandalismos. No ano de 1995 começava uma campanha para a sua recuperação. PROPOSTA DE RESTAURO – 1995 Antonio Luiz Dias de Andrade (Janjão) Victor Hugo Mori Estrutura em aço Corten com 40 metros de vão apoiado nas paredes perimetrais. Na Capela da Fortaleza a última obra do artista Manabu Mabe - 1997 Mabe na Capela da Fortaleza em 1997, pouco antes de falecer. O artista não chegou a ver a sua obra em mosaico de vidro concluída. A obra concluída foi entregue à população no dia 22/04/2000 O Museu da Fortaleza da Barra Grande é administrado pela Secretaria da Cultura do Município de Guarujá apresentação MARIA CRISTINA DONADELLI desenhos ANTONIO LUIZ DIAS DE ANDRADE (JANJÃO) VICTOR HUGO MORI fotografias e legendas VICTOR HUGO MORI