Hospital Pedro Hispano ULSM no topo das melhores entidades

Transcrição

Hospital Pedro Hispano ULSM no topo das melhores entidades
Mudam-se os tempos…
permanece a vontade!
Em consequência das grandes transformações
sociais, ocorridas no último século, ao nível do
acesso à informação, do desenvolvimento das
especialidades médicas e da expansão da
cobertura assistencial, que em Portugal teve a sua
expressão maior na segunda metade do séc. XX,
com a implementação do SNS, registou-se uma
transformação na natureza da relação médicodoente e uma maior consciencialização do utente
quanto à qualidade do serviço prestado,
acarretando maior exigência. A expetativa é hoje colocada muito para além da relação médico-doente e da
intervenção tecnológica, estando centrada, sobretudo, na qualidade global de um serviço, que envolve
múltiplas dimensões.
A evolução do conceito de saúde, agora mais abrangente, dá lugar à valorização das medidas preventivas,
à interação com a comunidade, em busca de estilos de vida saudável, modalidades de intervenção, que
traduzem a importância atribuída aos conceitos sociais de definir e reagir à doença.
Em resposta à hiperespecialização nas várias áreas da medicina, que levou à excessiva fragmentação de
cuidados, o movimento dos cuidados primários tentou racionalizar e rentabilizar meios e custos, mas,
sobretudo, levar a uma revalorização do papel unificador do médico de família. A proximidade e a interação
facilitada entre estes vários níveis de cuidados conferem à ULSM uma posição privilegiada para responder
às mudanças, com eficácia e qualidade.
Numa sociedade confrontada com escassez de recursos, o desafio atual - que se coloca aos profissionais e
instituições - está no direito e no dever de uma prática médica de excelência, segundo parâmetros de
qualidade internacional e dirigidos de forma universal.
As instituições e os profissionais têm que ter presente que prestar cuidados de qualidade implica, entre outras
coisas, estudo e rigor científico, formação permanente, partilha dos conhecimentos e cooperação… e, claro,
muito trabalho e dedicação! Esta é a vontade que ainda permanece, este é o nosso desafio…
Hospital Pedro Hispano
ULSM no topo das melhores entidades prestadoras de cuidados de saúde
A
Unidade Local de Saúde de
Matosinhos - Hospital Pedro Hispano
obteve uma classificação de topo na
avaliação feita pela Entidade
Reguladora da Saúde, cujos
resultados foram divulgados, no
início do mês, no Sistema Nacional
de Avaliação em Saúde - SINAS.
A ULSM e o Hospital Pedro Hispano
posicionam-se no ranking dos
melhores prestadores de cuidados
clínicos, a nível nacional e estão
entre os melhores do norte do país,
região onde, aliás, se situam as
entidades com nível de qualidade
mais elevado.
Nesta radiografia pormenorizada, a
Unidade Local de Saúde de
Matosinhos está entre os 10
hospitais que obtiveram a classificação máxima de excelência na especialidade de Ortopedia, com o Nível de
Qualidade III. O que, no entender do presidente do Conselho de Administração, Victor Herdeiro, revela que
“a equipa de Ortopedia deste hospital, liderada pelo Dr. Leite da Cunha, está ao nível - nas suas várias áreas
de intervenção - do que melhor se faz no nosso país".
Na área da Neurologia, a ULSM inclui-se nos 20 prestadores de cuidados de saúde classificados com o Nível
de Qualidade II, salientando Victor Herdeiro: "Este serviço tem tido um desempenho, que qualifico de heróico,
dada a escassez do seu quadro médico". Ainda assim, atinge as metas minimamente exigidas.
O Hospital Pedro Hispano está ainda entre as 20 melhores unidades com as especialidades de Cardiologia,
Obstetrícia, Ginecologia e Pediatria, pelo que “a população de Matosinhos pode sentir-se orgulhosa dos
profissionais que dão o seu melhor nesta Unidade Local de Saúde”, frisa Victor Herdeiro.
Nas áreas não clínicas, essenciais para o bem-estar do utente, a ULSM obteve ainda a classificação máxima
- nível de qualidade III - na Adequação e Conforto das Instalações - inscrevendo-se entre os 66 prestadores
melhor posicionados - bem como na Focalização no Utente, parâmetro em que a ULSM se insere nos 44
prestadores com classificação máxima, entre os 103 analisados.
Projeto de cooperação com Moçambique
prossegue no Serviço de Imagiologia
Duas médicas e uma técnica
moçambicanas participam, desde
o início do mês, em mais uma
ação de formação, no âmbito do
projeto de cooperação
internacional que envolveu a
ULSM, o Hospital Central de
Maputo, o SMIC (Serviço Médico
de Imagem Computorizada) e a
Fundação Calouste Gulbenkian.
A usufruir de formação intensiva
na área da Imagiologia estão,
assim, as médicas Arlete Samuel
e Vivian Zayas e a técnica Edite
Mambo, com o objetivo de
adquirirem as melhores ferramentas para poderem levar até Moçambique uma melhor prestação de cuidados
de saúde aos seus utentes.
As especialistas puderam também contar com o contributo do físico Mário Secca, que esteve de novo no
Hospital Pedro Hispano, a convite da neuroradiologista Clara Ramalhão (responsável por este projeto),
partilhando o conhecimento na área em que a Física pode e deve dar um contributo para a melhor
interpretação das técnicas de Imagiologia, nomeadamente a Ressonância.
ULSM coloca em prática medidas de combate ao desperdício da água
A Unidade Local de Saúde de
Matosinhos tem vindo, desde há
algum tempo, a implementar
medidas de combate ao
desperdício para assim
promover novas práticas, com
vista a um melhor equilíbrio
ambiental e, ao mesmo tempo,
para reduzir custos. Uma das
áreas onde tem sido feito um
trabalho que já está a dar frutos
é a da água.
Atento aos consumos e custos, o
Serviço de Instalações e Equipamentos equacionou algumas medidas que visam colmatar esse desperdício.
Uma das primeiras decisões tomadas foi a “instalação de contadores parciais nos grandes utilizadores com
ligação direta à Gestão Técnica Centralizada, através de um protocolo de comunicação”, segundo sublinhou
Manuela Álvares, diretora do Serviço. Com esta medida foi possível “um melhor acompanhamento do
consumo por área hospitalar, facilitando a gestão dos custos”. Por outro lado, referiu a mesma responsável,
“a instalação de um caudalímetro à entrada, acoplado à tubagem permite monitorizar a quantidade de água
que entra e é consumida e atacar, de forma mais dirigida, a diminuição das perdas”.
Em paralelo, foram sendo tomadas outras medidas, simples, que lá em casa podemos usar, como a
“colocação de temporizadores em torneiras e chuveiros e a colocação de garrafas de água em autoclismos
de forma a diminuir a quantidade da descarga”, frisa a diretora de Serviço.
Entretanto, em alguns dispositivos médicos que foram adquiridos já foi tido em conta “os consumos dos
mesmos, quer ao nível da água, quer em energia”, ao mesmo tempo que foi “reativado um poço para rega
de jardins”.
Foram ainda implementadas “rotinas de verificação de torneiras, autoclismos, ou cisternas com consequente
reparação, sempre que tal se revele necessário”.
Para Manuela Álvares, ainda “há muito fazer nos hospitais para combater o desperdício da água, mas os
serviços de Instalações e Equipamentos têm um papel fundamental, complementando a sua ação de
verificação com a vertente ambiental, evoluindo, assim, para um sistema de certificação de uso eficiente de
água, acompanhado de uma campanha permanente de sensibilização contra o desperdício”.
Gabinete de Higiene e Segurança
aposta na formação para evitar acidentes
Com o objetivo de implementar
pequenas medidas preventivas,
o Gabinete de Higiene e
Segurança no Trabalho da
ULSM analisa, mensalmente, o
número de acidentes de trabalho
que ocorrem com os
profissionais, quer no Hospital
Pedro Hispano, quer no
Agrupamento dos Centros de
Saúde.
Assim, “os acidentes de trabalho
mais frequentes na ULSM são as
picadas de agulha, quedas de
pessoas e os esforços excessivos/movimentos inadequados, os quais representam 76,6% do total dos
acidentes de trabalho participados”, como salienta Ana Paula Teixeira, coordenadora do Gabinete.
A apresentação e divulgação destes dados visa alertar os profissionais, no sentido “de não descurarem os
procedimentos adequados e usar, sempre, os equipamentos de segurança adequados a cada ação”.
De salientar ainda que - no final do 1.º semestre de 2012 - “verificámos um aumento do número de acidentes
de trajeto, em relação aos anos de 2010 e 2011, sendo que as quedas na rua, ou em transportes públicos
aparecem no topo” - frisou a mesma responsável, alertando para algumas regras básicas, como a adequação
de calçado às condições atmosféricas.
O Gabinete de Higiene e Segurança do Trabalho da ULSM visa promover a qualidade de vida dos
profissionais, com enfoque na melhoria das condições de trabalho e na formação contínua adequada, de
forma a evitar acidentes.
Fora de Portas
Habitualmente, este espaço serve para ficarmos
por dentro dos hobbies dos profissionais da ULSM,
o que os motiva para atividades lúdicas que, como
já lemos, podem ser o futebol, a pintura, o teatro ou
a música. Mas, neste número da Pulsar, vamos ficar
a conhecer melhor a profissional da ULSM que, pela
segunda vez, está do outro lado, do lado dos
doentes. Vamos conhecer um pouco do quotidiano
da utente que, diariamente, percorre - durante os
tratamentos - os corredores do Hospital Pedro
Hispano, até ao Hospital do Dia.
Marina Serrano, diretora dos Serviços Farmacêuticos, conta-nos, na primeira pessoa, a sua experiência.
Não é a primeira vez que tem de recorrer ao Hospital de Dia...
Não. Há 9 anos tratei-me a um carcinoma no intestino, há oito anos foi na mama e agora reapareceu. São
as contingências da vida que não podemos evitar de todo, mas - felizmente - que temos recursos para poder
minimizá-las e, no meu caso consegui reunir as pessoas certas que me trataram e tratam, mas tenho a certeza
de que essas pessoas estão cá para tratar todos os doentes por igual. É isso que posso dizer a todos os
profissionais das instituições de saúde: "por favor tratem, sempre, os doentes como se fossem um de nós "
Sentiu por parte dos profissionais que há essa preocupação, que sabem as fragilidades dos doentes
que têm à sua frente?
Sem dúvida. Uma coisa que me agradou, especialmente, foi ver que os colegas que estão no Hospital de Dia
tratam os seus doentes pelo nome, não são um número qualquer, são a D. Maria, o Sr. Manuel e isso é muito
importante porque quando nos chamam pelo nome já denota que sabem alguma coisa de nós, depois é ver
que às vezes uma mão mais à frente quer um carinho do enfermeiro, do médico, um compor de cabelo ou de
lenço é importante e isso eu vi. São pequenos gestos, que valem a pena e que fazem a pessoa ir para casa
com outro alento.
Entre os primeiros tratamentos e os atuais deparou-se com dois locais distintos, fruto de um
investimento grande para que as condições fossem outras. Sentiu essas diferenças físicas? Para
melhor… com certeza?
Entramos num local arejado, com luz, muita luz, alegre, em que nos vemos uns aos outros e podemos olhar,
trocar sorrisos, dar uma palavra de conforto porque há sempre alguém que está mais triste ou mais em baixo
e se entrássemos num sítio amorfo, triste sentíamo-nos mais angustiados. Sem dúvida que foi um
investimento a pensar no bem-estar dos profissionais, mas sobretudo dos doentes, no sentido de humanizar
o serviço e de o tornar mais próximo dos utentes.
Qual a mensagem que gostava de transmitir aos profissionais que estão no hospital de dia, aos
colegas em geral, mas sobretudo ao utente que passa por tudo aquilo que tem vivido?
Vou repetir-me, mas nunca é demais lembrar que nenhum profissional de saúde está livre de se encontrar
naquele serviço, ou em outro qualquer. Logo, deverá tratar cada doente como gostaria de ser tratado, da
melhor maneira possível, com cuidado, carinho, com uma palavra amiga, com um gesto de ternura que às
vezes é - tão só - um sorriso, ou um piscar de olhos, e que é tão importante. Têm de ter a noção de que hoje
são os nossos doentes que sofrem, mas amanhã podemos ser nós.
Aos doentes só posso dizer que temos de encontrar forças onde elas não existem, temos de fazer o bem para
o receber também e precisamos de olhar para todos os lados, no sentido de aí irmos buscar a força que, às
vezes, parece fugir. Temos de a agarrar para conseguirmos viver com a qualidade que merecemos e não
desistir.
Parece que chegou a altura de nos dizer “vemo-nos por aí”…
É verdade, já posso dizer que sou reformada! Mas, por isso mesmo, não posso deixar de terminar,
agradecendo a todos por fazerem parte da minha vida, juntamente com o meu marido e os meus filhos. Não
posso deixar de enaltecer esta instituição - Hospital Pedro Hispano - onde nos últimos 24 anos passei bons
momentos e, também, paradoxalmente, alguns dos piores da minha vida. Uma instituição onde tenho sido
surpreendida positivamente pelas pessoas com carinho, elogios, palavras amáveis, sorrisos e dedicação, não
só como profissional, mas também como utente. Estas pessoas, e são muitas, têm estado do meu lado, têm
enriquecido a minha vida e têm-me feito crescer. Como diz Charles Chaplin: "A vida é uma peça de teatro que
não permite ensaios, por isso cante, chore, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça
termine sem aplausos".
Para todos os que fazem parte da minha vida e me têm ajudado a ser feliz BEM-HAJAM!

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