Todo mundo fala de saudade, mas poucos se atrevem a resolvê-la
Transcrição
CERRADO Goiânia, SEXTA-FEIRA, 8 de julho de 2016 REVISTA BULA AGÊNCIA SENADO Todo mundo fala de saudade, mas poucos se atrevem a resolvê-la VOLTA DO CRESCIMENTO PIXABAY Senador Wilder relata MP que é maior aposta do presidente Temer 2 CERRADO GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA 8 DE JULHO DE 2016 Revista Bula.com NÃO É A DISTÂNCIA QUE SEPARA AS PESSOAS. É O TANTO FAZ As relações modernas se entrelaçam numa grande rede furada de afeto. Perto e longe, estamos todos, ao mesmo tempo, entre o se esconder e o se achar. Algo como um gigantesco encastelamento coletivo, esconderijo perfeito para nossas fraquezas. Em terra de pique-esconde virtual uma ligação é prova de amor e olhos nos olhos não passam de uma sugestiva canção buarqueana. Salve-se quem puder! Salve-se quem ainda topa mostrar a cara sem filtro e ter coragem para ser tocado além da tela touch. Quem liga primeiro? Quem convida para sair? Quem se importa? É tanta precaução para não se frustrar que acabamos recolhidos, solitários nos sótãos de um orgulho tolo, morrendo de medo uns dos outros. Todo mundo fala de saudade, mas são poucos os que se atrevem a resolvê-la. Por que estamos complicando tanto? É assim: estou com saudades e não sei o que fazer com isso, a não ser te ligar, te ver. Pois bem, não costumo alimentar saudade: mato logo ela de fome. Acerto-lhe em cheio com minha carabina, dou-lhe veneno estricnina e cravo-lhe no peito minha peixeira de baiano. Mato mesmo! Saudade faz barulho demais dentro da gente. Não suporto tanto incômodo. Talvez por isso eu não viva saudade de quem é vivo, nem sinta tanta saudade do que passou. Toda saudade carrega fragmentos de nostalgia. Tenho pra mim que nostalgia demais aprisiona. Criar um passado perfeito nunca vai nos livrar de ter que encarar o presente. É claro que sabemos que não é internet nem a distância que separa as pessoas. É a indiferença, é o tanto faz. Há mais intenções do que convites, mais quases do que sins, mais fotos do que conversas, mais poses do que abraços, mais mágoas do que pedidos de desculpas. As relações carecem de encontros, de escutar mais frases, como “desce, que estou aqui embaixo”, “vim te ver”, “coloca mais água no feijão”, “prepara as linguiças do tira-gosto”, “olha as flores que te trouxe”, “lembrei de você”. Pode chegar. As janelas estão abertas. Ainda esqueço as luzes acesas. As chaves da casa estão embaixo do tapete, como de costume. As senhas do meu coração anotadas em papel, guardadas no bolso direito da minha calça jeans preferida. Adoro aparecer e também ser encontrada, pois não consigo imaginar nada mais triste do que sermos esquecidos para sempre em nossos próprios esconderijos. PIXABAY De olhos bem fechados, conte até 100 e depois tente me encontrar. Em alguns segundos, estarei escondida. Logo alguém dá sinal: Olha lá ela! Então, asas nos pés pra que te quero. Corro, corro! Bato logo o meu nome, 1, 2, 3. Na brincadeira de pique-esconde nunca quis ser o “salve todos”, “salve o mundo”, pois me angustiava demais a ideia de ficar por último e ser esquecida para sempre ali, detrás de uma árvore qualquer. A despeito do brincar e da vida, acredito ser divertido se esconder — manter-se a uma distância segura do outro —, mas penso ser terrível não ser encontrado. CERRADO Informativo diário do gabinete do senador Wilder Brasília Senado Federal – Ala Sen. Afonso Arinos – Anexo II Gabinete nº 13 – CEP 70165-900. Telefone: (61) 3303-2092/Fax (61) 3303-2964 Goiânia Rua 88, nº 613, Qd. F-36, Setor Sul — CEP 74-085-115. Telefone: (62) 3638-0080/(62) 3945-0041 Editor Thiago Queiroz Supervisão gráfica Valdinon de Freitas Reportagem Sinésio Dioliveira, Welliton Carlos, João Carvalho, Wandell Seixas e Rafaela Feijó Capa Estrelinha ametista e flor de amendoeira CERRADO GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA 8 DE JULHO DE 2016 3 ECONOMIA MP relatada pelo senador Wilder é o Plano B do presidente Michel Temer AGÊNCIA SENADO WELLITON CARLOS Após ver que não existe ambiente para aumentar impostos, governo tenta usar criatividade para atrair empreendedores. Plano B do governo será relatado pelo senador Wilder Morais, que defende estado enxuto e menos burocracia para país sair da crise. Prestes a completar dois meses de governo, o presidente interino Michel Temer decidiu adotar outra estratégia para tentar tirar o Brasil da grave crise econômica. Se antes existia a hipótese de aumentar impostos e voltar a CPMF, agora o presidente tenta usar a criatividade e a capacidade de articulação do governo para reduzir o déficit e controlar o orçamento. A Medida Provisória 727/2016, que institui o Programa de Parcerias em Investimentos (PPI), mexe com diversas questões nacionais: o acesso aos programas de financiamento do BNDES, a desburocratização das parcerias e a pressão para que o Estado seja mais ágil na apro- vação de licenças ambientais e outros atos administrativos. O presidente da comissão que analisará a MP 727/2016 é o deputado federal Júlio Lopes e o vice-presidente o senador Armando Monteiro. O Senado Federal escalou o goiano Wilder Morais para relatar a medida, que precisa ser convertida em lei para ter sua existência perpetuada. Apesar de ser a primeira medida apresentada após Michel Temer substituir interinamente Dilma Rousseff, o governo federal cogitou várias vezes o aumento de impostos como saída imediata. Consultado, o próprio senador Wilder Morais e outros integrantes do parlamento avisaram ao presidente que ele não teria apoio na casa caso adotasse medidas impopulares. Para Wilder, a solução tem que ser criativa e ousada. O senador goiano disse ao presidente que um dos problemas do Brasil, a burocracia, é combatida por todo mundo. Mas na hora “H” ninguém apresenta solução. Solução para a crise Wilder diz que equipe acredita que o país poderá ter um ressurgimento econômico no final de 2017 Com país em crise e um déficit que reduz todas expectativas do governo retomar o crescimento e estancar imediatamente a inflação, a estratégia política do Governo Federal, a partir da MP 727, foi convocar a iniciativa privada para que ela assuma a função empreendedora. E acelerar empreendimentos significa combater a burocracia. “Penso que o Plano A sequer teve um debate sério e apoio dentro mesmo do governo. A solução do governo é essa da MP: buscar parcerias, atrair quem sabe fazer as coisas e fiscalizar. Tenho falado isso o tempo todo. Inclusive tenho projetos de lei neste sentido, vários, inúmeros, como o que trata da auditoria ambiental”, diz Wilder Morais. Conforme Wilder, que ainda realizará um relatório sobre a medida, a norma é um verdadeiro programa para o atual governo. “A equipe econômica acredita que o país poderá ter um ressurgimento da economia no final de 2017. Sou mais otimista. Se a MP pegar mesmo e se adequar juridicamente ao ordenamento em vigor, acredito que os resultados serão sentidos antes”, analisa. Uma das características da lei é que ela estipula o que é um contrato de parceria e facilita a prática de concessão comum, patrocinada, administrativa, regida por legislação setorial, dentre outras. Em outras palavras, a lei define, acelera entendimentos, chega disposta a colocar em ação o setor produtivo. A permissão de serviço público, arrendamento de bem público ou concessão de direito real também entra no estabelecido para a norma, que ainda fornece mecanismos de acesso ao financiamento. Para o senador, a iniciativa privada, desde que devidamente amparada frente aos riscos, vai fomentar a competição na celebração das parcerias e na prestação dos serviços e entrar para valer na retomada do crescimento do país. “Que eu saiba, nenhum empreendedor quer viver em uma país quebrado, em uma nação onde impera o desemprego, a dívida, a inadimplência. A iniciativa privada é um motor. Ela quer funcionar. Para isso precisa, primeiro, de espaços para agir. Só de não atrapalhar, o Estado já passa a contribuir”, diz o senador, otimista com o que pode acontecer caso a MP se transforme em lei. 4 CERRADO GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA 8 DE JULHO DE 2016 EDUCAÇÃO Senhor Presidente, Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, Recorrentemente, discurso nesta Casa sobre o valor do desenvolvimento empreendedor, pois foi este o caminho que percorri durante a minha vida. Desde menino, no interior, em Taquaral-GO, tive de traçar meu caminho por meio do trabalho na iniciativa privada, estudando até alcançar a oportunidade de me sustentar com o meu próprio serviço. E é esta a oportunidade que busco garantir a cada cidadão brasileiro: a liberdade de alcançar seus sonhos. É esse o objetivo de nossa Constituição Federal, que garante ao brasileiro o direito de se conduzir como bem entender, tendo apenas que respeitar as leis. No entanto, como bem retratou o jornalista J.R. Guzzo – colunista da revista VEJA – em seu artigo “O Delito de ser Livre”, ao afirmar que “a história começa com a pressão, cada dia maior, em favor da “intermediação do Estado”, no máximo possível de aspectos da existência humana”. Como se tal intervenção, limitadora da liberdade individual – em especial no que se refere a empreender, fosse resolver o que há de errado em nosso país. Isso, pelo contrário, tira de nossas mãos a responsabilidade de garantir a correção do que porventura está “errado”, deixando aos governantes e agentes públicos o poder total de correção e, consequentemente, o poder total de decisão. Isso é uma afronta ao que conquistamos como liberdade de direitos e de ação. O jornalista, oportunamente, na coluna em que escreve, destacou bem o momento atual: “existe uma guerra não declarada, presente no debate político, nos meios de comunicação e até nos currículos escolares, contra quem quer se comportar de maneira independente – e o que está em jogo, aí, é a liberdade”. Por isso, senhores senadores, em face dessa relevante reflexão levantada pelo colunista, peço para que este texto conste nos registros do Senado Federal, justamente, por defender a liberdade individual. O Estado, estrutura necessária para nosso desenvolvimento enquanto Nação, é essencial. Porém, este não deve cercear o desenvolvimento individual. Que só pode ser obtido por meio do esforço individual, por meio do trabalho e da qualidade empreendedora de cada um. A liberdade de prosperar não deve ser vista como uma condenação à prosperidade do país, mas sim como o caminho que nos leva, enquanto unidade, a nos desenvolvermos individualmente em prol do bem de todos. A liberdade econômica não deve ser temida, pelo contrário, é através dela que poderemos prosperar, impulsionando o desenvolvimento de quantos mais formos. É este o meu apelo, senhores senadores:que deixemos de temer o desenvolvimento empreendedor em nosso país, ao contrário: que visemos estabelecer parcerias com o setor produtivo que beneficiem nossa sociedade e garantam seu desenvolvimento. Em um mundo globalizado, seria um retrocesso temerário nos fecharmos ao desenvolvimento, deixando a poucos – detentores de mandato e cargos políticos – a definição de nosso futuro. Cada indivíduo deve fazer valer seu direito à liberdade e à livre iniciativa, para que possamos ver um real crescimento: que é aquele iniciado dentro de cada casa de nosso país. Muito obrigado (Pronunciamento dado como lido) SENADOR WILDER NA MÍDIA AGÊNCIA SENADO Senador Wilder elogia matéria de Veja sobre empreendedorismo
Documentos relacionados
cerrado - Wilder Morais
Parabenizo também o Senador Raimundo Lira. Mostrou equilíbrio e competência ao presidir a Comissão do Impeachment no Senado. Por mais que a presidente da República tente defender sua gestão, o sena...
Leia maisFamília é fonte de prosperidades e porta
dividem o mesmo espaço. Psiu, preste atenção! O tudo, aqui, nunca vai ser constituído por essências materialistas. Que fique bem claro: esse tudo é nada! Volto-me para a casinha de papelão e sua fr...
Leia maisHomenagem a Colemar Natal e Silva com Lilian
investido na diversidade de habilidades e conhecimentos. Além das aulas de música, o Lilian Centro tem se dedicado a realizar pesquisas e lições de línguas e conhecimentos correlatos à linguagem mu...
Leia maisUma obra de arte de 66 mil m2 de lazer, esporte e
foi criado pelas arquitetas como um tributo ao talento de Siron Franco, que é uma referência mundial no universo das artes, além de, também, antecipar as homenagens aos 70 anos do mago das cores, t...
Leia maiscerrado - Wilder Morais
O senador Wilder Morais disse ontem em Brasília que o desrespeito às leis orçamentarias demonstram um atentado ao princípio republicano, pois compromete a saúde financeira da União e coloca em risc...
Leia maisEntre no mundo dos livros e salve
disse que adora ler, mas que não tem mais tempo para isso. Lembrei-me do período da minha vida que foi um hiato literário. Sim, infelizmente houve um tempo em que abandonei o mundo imaginário da le...
Leia mais