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JORNAL da MANHÃ www.jornaldamanha.com.br jm.com.br/login 31 de janeiro de 2014 Edição 97 10 ANOS FACEBOOK E ORKUT CANTAM PARABÉNS PÁGINAS 6 E 7 twitter: uma das Redes mais queridas PÁGINA 9 A situação do 4G no Brasil PÁGINA 3 O fim de uma era: ‘ADEUS, MSN’ e ‘oLÁ, Skype’ PÁGINA 8 2 JANEIRO 2014 EDITORIAL Logoff Com os aniversários do Orkut e do Facebook, Login traz um especial sobre redes sociais, com matérias e colunas temáticas. Para entrar no espírito do tema, quatro membros da equipe ficaram sete dias sem usar nenhuma rede. Confira abaixo o relato de cada um sobre a experiência de viverem segregados no mundo virtual. Amanda Moura, 20 No princípio, foi o desdém: ‘Vou levar numa boa’. E então, chegou meia noite do primeiro dia e virei abóbora preocupada em ‘como me desligar?’. Parecia muito mais lógico imaginar uma revolução acontecendo nas redes sociais do que pensar que o mundo estava indo dormir ou postando divagações tão ou mais solitárias que as minhas. Após a neura, veio uma paz incomum. Sempre me preocupei se passava muito tempo logada, mas não tive um desafio assim. Hábito ou vício à parte, o fator profissional não ajuda no distanciamento. Perdi a conta de quem precisei informar que, apesar de offline, estaria viva e ainda no email, telefone e pessoalmente. Conversei por email, conheci um vizinho pela varanda, o fim de semana durou mais e dormi, como dormi! Disseram que fiquei meio hippie. E isso faria todo sentido, não fosse a ansiedade quando falavam do que estava acontecendo nas redes. Teria sido mais fácil se não fosse a curiosidade, o desespero de ‘ficar de fora’ e as obrigações sociais. O fato é que as pessoas ao redor estão lá e, por mais que o retiro tenha sido bom, sei que estou lá também. Talvez eu suma um pouco mais, mas, por agora, preciso mergulhar um pouco nas contradições de ser uma alma meio velha nesta geração-inbox. Reitor Julio Cezar Durigan Diretor da FAAC Nilson Ghirardello Coordenação do curso de Jornalismo Francisco Rolfsen Belda Chefe do Departamento de Comunicação Social Juarez Tadeu de Paula Xavier Ana Oliveira, 19 Olá, meu nome é Ana e eu fiquei por sete dias sem usar redes sociais. A princípio, imaginei que essa semana seria como uma estadia em uma clínica de reabilitação e eu começaria a apresentar sintomas de abstinência, mas... até que não foi tão ruim. Aceitei esse desafio para provar aos outros e, principalmente a mim mesma, que eu não sou tão dependente das redes sociais. A verdade é que, ficando sem elas, percebi que só as uso no momento de tédio extremo. Quantas vezes eu estava fazendo nada e entrava no Facebook só para ver se tinha alguma coisa legal por lá? Pois é, sem poder acessar Twitter, Tumblr e afins, eu tive que descobrir outras formas de me distrair. Aí você pensa: “Nossa, ela se transformou? Começou uma dieta, uma caminhada e passou a conversar com todos os amigos pessoalmente?”. Que nada! A solução que eu encontrei foi falar com os amigos por e-mail e assistir a animes o dia inteiro. Resultado: mais de cinquenta e-mails trocados, cinco mangás lidos e seis animes assistidos. A conclusão tirada desse desafio foi: por mais que às vezes finjamos que não, nossas vidas estão nas redes sociais e elas fazem falta até para coisas banais. Bem, eu não me consideraria viciada, mas sabe como é, né? Os viciados jamais admitem seus vícios. Jonas Lírio, 20 O nome do arquivo com esse texto é “ebaaa”. Acho que só isso já diz que a experiência de ficar sete dias sem redes sociais não foi lá tão divertida quanto eu pensei que seria. Ainda mais quando Deus e seu incrível senso de humor decidem tirar uma com a minha cara e me deixar sem internet nesse período também. Pra falar comigo, só por telefone ou mensagem no celular. No começo, crise de abstinência: inquietação nas aulas chatas, horas deitado encarando o teto do meu quarto. Voltei a dormir às dez da noite (!), mas não acordei mais disposto. Cheguei ao ponto de adiantar trabalhos (!!!). Mas a preguiça continuou sendo uma característica inerente do meu ser. Fiquei perdido sem o Twitter para me atualizar do mundo. O domingo chegou a um nível completamente novo de tédio. Só que, com meu acesso à internet reduzido a conferir o e-mail no 3G, li dois livros, vi a temporada inteira de uma série, assisti a uns dez filmes, redescobri uma banda, mudei de casa. É, senti falta de correr pra internet ao fim de Sherlock e teorizar com o Tumblr, fiquei perdido sem os grupos de trabalho no Facebook pra me orientar, mas passei muito mais tempo com meus amigos e as ligações com a minha mãe duraram muito mais. Acho que só isso já fez tudo valer a pena. Professores Orientadores Ângelo Sottovia Aranha Francisco Rolfsen Belda Tássia Caroline Zanini Agradecimentos especiais Marcella Gadotti Maria da Penha B. Hespanhol Nicole Gomes de Andrade Suplemento produzido pelos alunos do 4º termo do curso de Comunicação Social: Jornalismo Equipe artística Flávia Nosralla de O. Caruso Giovanna Hespanhol de Oliveira Marília Garcia Salto Endereço e telefone Av. Eng. Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01, Vargem Limpa, Bauru-SP (14) 3103-6000 Ramal: 6063 Fotografia de capa e do infográfico principal Moema Novais Costa Moema Novais, 21 Não organizei meu armário, não limpei o apartamento, não coloquei minha leitura em dia, mas ficar uma semana sem redes sociais foi mais fácil do que eu imaginava. À meia-noite, quando dei logoff em tudo, a primeira sensação que tive foi de tempo livre e a segunda, de solidão. A primeira não se confirmou nem um pouco! Apesar de a semana ter sido tranquila, eu ainda tinha muitas coisas para organizar; já o segundo sentimento, o de solidão, foi predominante, principalmente no sábado à noite. Sozinha. Em casa. Ficar sem notícias de amigos e não ter como comentar alguma coisa na mesma hora foi a pior parte. Com essa experiência, percebi que as redes cumprem o seu papel de conectar quem está longe, mas também afastam quem está perto. Apesar de se estar no mesmo lugar, algumas decisões de trabalho e até conversas são “deixadas para o inbox”. As redes se tornaram só mais uma ferramenta de trabalho, e não de lazer. Outra coisa que percebi foi como canalizamos nossa ansiedade conferindo o celular toda hora, o que nos torna impacientes e sem foco. Minha dica: não precisa ser uma semana, mas ao menos sete horas por dia desconectado ajudam a valorizar o tempo e as pessoas. Reportagem Amanda de Moura Costa Ana Carolina de Oliveira Bianca Arantes dos Santos Flávia Nosralla de O. Caruso Giovanna Hespanhol de Oliveira Ihanna Paula Barbosa Silva Jonas Lírio Cruz Junior Marília Garcia Salto Moema Novais Costa Tatiane de Sousa Santos Victor Francisco Rezende JANEIRO 2014 3 Quarta geração de quinta categoria Após o fiasco de sua antecessora, a tecnologia 4G tenta se estabelecer no Brasil TATIANE DE SOUSA A conexão 3G é um dos tópicos mais citados nas reclamações feitas à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Com a promessa de oferecer um serviço dez vezes mais rápido e de descongestionar o tráfego de dados do 3G, o Brasil deu início ao processo de implantação de sua sucessora: a quarta geração, ou 4G. No entanto, ao considerar a insatisfação do usuário com o 3G, fica o questionamento: vale a pena investir na novidade e deixar o antigo pela metade? A instalação do 4G no Brasil foi vinculada à Copa das Confederações – que aconteceu no último mês de junho – e faz parte do plano de infraestrutura do Mundial de 2014. Durante o torneio, a internet móvel só esteve disponível em parte da área urbana das cidades que receberam os jogos. O objetivo do governo é fazer o 4G funcionar nas cidades-sede da Copa do Mundo e, em seguida, expandir a conexão para todo o País. Nem mesmo o estado de São Paulo é inteiramente coberto pela tecnologia 3G O preço dos smartphones é o maior obstáculo para a disseminação do 4G, como afirma Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. Um dos modelos mais baratos que suporta receber a conexão 4G é o Nokia Lumia 820, cujo valor gira em torno de mil reais. Além disso, os planos oferecidos pelas operadoras também prometem manter custo elevado enquanto a tecnologia não for adotada de uma maneira abrangente: em abril de 2013, a Claro foi a primeira empresa a anunciar seus pacotes. Os preços variavam entre R$ 550 e R$ 940 com smartphones incluídos. “Não existem obstáculos importantes para essa implantação inicial. Os problemas vêm quando se implantam novos sites (locais com antenas), que necessitam de autorização da prefeitura”, explica Tude. Mas parece que o Brasil conseguiu complicar esse processo aparentemente simples: a frequência do 4G adotada pelo País é de 2,5 giga-hertz (GHz), enquanto o padrão dos Estados Unidos e de outros países é de 700 mega-hertz (MHz). Essa diferença de frequência aconteceu pelo fato de o padrão de 700 MHz ser utilizado para o modelo da TV analógica brasileira, a qual ainda passa por um processo de migração para a tecnologia digital. O governo pretende desocupar a frequência e aderir ao padrão internacional a partir do próximo ano. Enquanto isso não acontece, turistas e também brasileiros que compraram dispositivos móveis no exterior correm o risco de não conseguir ter acesso completo à quarta geração por aqui. Usuário da conexão 4G e estudante de Sistemas de Informação, Victor Cabral já testou a tecnologia no Reino Unido, no Brasil e nos Estados Unidos. “Os serviços prestados no Brasil refletem as características do próprio país. Falta investimento e o valor é muito alto com uma qualidade baixa, rendendo um custo benefício deplorável. Em outros países, a maturidade dessa tecnologia é enorme”, comenta. Lançada no país em 2008, a tecnologia 3G chega a apenas 2.827 dos 5.570 municípios brasileiros. Nem mesmo São Paulo – o estado mais rico da Federação – é inteiramente coberto pela terceira geração. Diante desse cenário, torna-se difícil não enxergar a chegada do 4G como uma medida tapa-buraco “pra gringo ver” (e não usar). TATIANE DE SOUSA/LOGIN 4 JANEIRO 2014 O fim da família margarina Redes sociais tomam conta de celulares e dificultam contato com pessoas ao redor IHANNA BARBOSA U ma cena de família comum nos últimos anos é a de pais e filhos segurando seus respectivos aparelhos celulares e interagindo com outras pessoas. Isso deixa no passado o comercial de margarina em que a família interagia em um lindo dia de sol no parque. O acesso às redes sociais tornou-se uma das principais funções dos aparelhos telefônicos, que são cada vez mais indispensáveis. O avanço da tecnologia fez com que as redes sociais se tor- nassem aplicativos comuns nos dispositivos móveis. Com tanto sucesso, não demorou muito para que os aparelhos celulares ganhassem suas próprias redes, como o Instagram, que em setembro de 2013 atingiu a marca de 150 milhões de usuários. O professor doutor Celso Camilo, do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás, diz que as redes sociais para aparelhos móveis podem trazer a ideia de restringir a quantidade de usuários. Porém, não é bem assim que acontece. “O público alvo está sempre conectado via dispositivos móveis. Assim, os aplicativos de rede social móvel são uma estratégia de negócio e têm bom retorno”, afirma o professor. A estudante Rita de Cássia, 15 anos, usuária do Instagram diz: “eu gosto dele porque posso fotografar qualquer coisa e postar na mesmo hora”. Dedicado a paqueras virtuais, o Tinder também é exclusivo para dispositivos móveis, cruzando informações de usuários do Facebook e conectando pessoas de acordo com suas preferências. O grande diferencial do aplicativo é o uso do localizador geográfico; o Tinder é capaz de encontrar pessoas a uma distân- cia de até 100 km. Esse mercado ainda tem muitas possibilidades em vista e tende a crescer cada vez mais. Celso Camilo afirma que os empreendedores que investirem em pesquisa e inovação das novas redes terão muito sucesso. “Os dispositivos móveis vão sofrer alterações em breve e, com isso, novas aplicações vão ser desenvolvidas para usufruir dessas novidades”, adianta, dizendo que “a rede social é uma expressão da necessidade básica de se comunicar e o dispositivo móvel contribui muito para ampliar e manter as relações interpessoais”. O Instagram permite tirar fotos, aplicar filtros e publicá-las para seus seguidores, podendo compartilhar em outras redes sociais. O Snapchat é um app para envio de foto, onde se determina um tempo para visualização antes que seja excluída do dispositivo. O Foursquare usa o serviço de localização geográfica para encontrar possíveis contatos que estejam pelas redondezas. O Tinder é um serviço de paquera que cruza informações de preferências e localização de usuários através do Facebook. O Grindr é um app de paquera voltado ao público gay, que encontra outros usuários nas proximidades e inicia uma conversa. O Vine é um serviço de partilha de vídeos com até 6 segundos de duração, com compartilhamento para outras redes sociais. E os nichos invadem a rede! Prometendo serviço personalizado, redes sociais específicas ganham mais e mais adeptos ANA OLIVEIRA Q ue o Facebook é um sucesso absoluto nos dias de hoje, ninguém pode negar. Mas outro fato inquestionável é o aumento da segmentação na internet e, desta forma, várias redes sociais chamadas de “nichos” têm surgido. Lentamente, novos nichos e interesses vão criando suas comunidades virtuais, não apenas em redes existentes, mas desenvolvendo plataformas completamente novas, customizadas para eles e que proporcionam particularidades. Para a professora da Universidade Federal de Uberlândia, especialista em mídias sociais, Mirna Tonus, “as pessoas se reúnem nas mídias sociais, entre outras razões, por terem interesses comuns aos de outras, uma rede social de nicho acaba por garantir que esse contato com pessoas com interesses comuns se torne pleno”. Engana-se quem pensa que essas redes de nicho servem apenas para entretenimento: as redes sociais com objetivos profissionais também fazem sucesso e são úteis, tanto para quem que já está empregado e quer se aprofundar em sua área de trabalho, quanto para quem está em busca de um emprego de acordo com suas habilidades. Mas será que essas redes específicas e profissionais poderiam transformar as relações entre empregadores e empregados nos próximos anos? Para a especialista Mirna Tonus, elas já estão mudando: “há várias empresas recrutando via mídias sociais, ou pelo menos levantando perfis correspondentes à vaga que desejam preencher”, explica. Mesmo que as redes de nicho não atinjam o mesmo sucesso do Facebook ou do Twitter, é importante que o usuário lembre-se de tomar cuidado com a exposição. Mirna ressalta que o cuidado com as redes de nicho deve ser o mesmo a se tomar em qualquer outra rede: “expor dados desnecessários para essa finalidade, aceitar em suas redes pessoas que desconheça ou cujos perfis não ofereçam informações facilmente checáveis, entre outras ações, podem oferecer riscos”. Conheça algumas redes sociais para públicos específicos: O LinkedIn permite que o usuário crie e mantenha relações com empresas e colegas de trabalho, crie currículos online, procure empregos e desenvolva sua carreira. O DeviantART é uma galeria de arte democrática que promove intercâmbio cultural entre artistas, onde encontra-se de fotos desenhos a arte clássica e contemporânea. O Comunique-se é voltado para profissionais da comunicação, onde podem criar perfis, manter amigos, participar de grupos e visitar páginas corporativas. O DrinkedIn, paródia do LinkedIn, permite que o usuário marque uma bebedeira com os amigos e frequente fóruns e debates sobre vários assuntos alcoólicos. O Livemocha é para se aprender uma das 35 línguas disponíveis, com escrita e conversação, além de poder corrigir exercícios de quem está aprendendo seu idioma nativo. O Fashion.me permite que os usuários recortem fotos de roupas e acessórios na internet, montem looks cde suas preferências e compartilhem com os seguidores. JANEIRO 2014 5 Celulares em rede Tim Beta une redes sociais e telefonia para aproximar ainda mais os usuários junto com outros usuários - elas serão gravadas e divulgadas com o seu nome no “Estúdio Beta”. FLÁVIA NOSRALLA S ua vida social nunca valeu tanto”. Essa é uma das frases encontrada por todo mundo que entra no site www.timbeta. com.br. Com intuito inovador, o plano Tim Beta reúne juventude, amizades e redes sociais. Primeiro, você só consegue o chip com o plano se algum amigo do Facebook te presentear. Depois, é preciso se cadastrar no site do Tim Beta, no qual você conecta Facebook, Twitter, Instagram e Foursquare - as atividades nessas redes sociais começam a valer pontos para o “Blablablâmetro”. A competição é simples: quem atinge a Linha de Chegada dos 4000 pontos é coroado “Beta Lab”. O status, porém, não dura para sempre: cada rodada leva 90 dias, e é preciso reconquistar a “moral”, como descreve o site, de ser Beta Lab. Desse jeito, o plano acaba intensificando o uso das redes sociais por parte dos usuários. “Como a internet é muito barata, acabo passando o dia inteiro conectada, to- REPRODUÇÃO “ Tweets, seguidores, retweetadas, check-ins, SMSs, acesso à internet, ligações: tudo vale pontos no Blablabâmetro dos os dias”, conta Isabela Cerqueira, estudante de Engenharia Civil e Beta há quase dois anos. Essa rede começou em 2010 com o aplicativo “Seu ouvido vale um chip”, para Facebook e Orkut, com o intuito de reunir jovens antenados para testarem e fazerem sugestões sobre o plano. Com uma brincadeira de lógica, quem vencia três vezes ganhava um chip com o piloto do Beta – mais três vitórias e era possível presentear um amigo. Observando o uso das redes sociais que esses jovens faziam, a Tim selecionou os nove usuários que considerou mais influentes para uma reunião na qual eles colaboraram com a versão de lançamento. Em outubro de 2011, o plano foi lançado para o público. As mensagens enviadas aos usuários contêm gírias, perguntas, emoticons, expressões da rede e abreviações. A interação com o público jovem, entretanto, não para por aí: a Tim oferece shows exclusivos para os Betas com maior pontuação, no “Queremos!”, ou os mais criativos por meio de brincadeiras no site, no “Beta Live”. Também é possível compor músicas Alguns problemas. O plano funciona bem, mas algumas falhas acontecem. “Quem tem o Beta sabe que é uma mão na roda, mas, quanto ao atendimento ao cliente, eles deixam muito a desejar”, observa Rafaela de Jesus, estudante de direito e Beta há um ano e meio. O chip dela queimou faz mais de dois meses: “Entrei em contato pelo site, mas lá eles só dão respostas genéricas. Depois de muito insistir e solicitar um novo chip, me informaram que entrariam em contato quando enviassem. Até hoje, nada. Eu até desisti de tentar”. Esta repórter, por coincidência, teve seu Facebook conectado ao número de telefone de outra pessoa. Passou meses utilizando o plano e as redes sociais sem seus pontos serem contabilizados. Após diversos telefonemas para a operadora (nos quais sempre era encaminhada para outro setor) e algumas mensagens de ajuda no site, conseguiu associar seu número à conta certa. Interação entre usuários marca indústria de games MARÍLIA GARCIA COLUNISTA DE LOGIN C andy Crush, Farmville, SongPop, DragonCity. Esses nomes vêm se tornando cada vez mais populares e só cresce o número de pessoas que já jogaram algum jogo social. Eles permitem interação e competição entre os jogadores, com a vantagem de se poder socializar os resultados e ver os níveis e pontuação de outros usuários, fator que atraiu novas pessoas para o nicho. De acordo com uma pesquisa realizada pela SuperData, uma empresa de consultoria especializada em entretenimento interativo, até 2015 o país vai contar com mais de 58,7 milhões de gamers sociais, e o número só tende a aumentar. O estudante fissurado por games Igor Matheus de Castro San- tana, de 18 anos, acredita que os jogos sociais crescem por causa do grande alcance: “a maioria da população está em alguma rede social, além de que não envolve apenas você, mas também os amigos que jogam, e ao mesmo tempo em que você se conecta com eles, pode ter uma competitividade saudável, o que torna tudo muito mais divertido”. Ainda de acordo com a pesquisa feita pela empresa SuperData, o lucro com jogos sociais no Brasil deve alcançar R$550 milhões em 2015. Para Marsal Avila Alves Branco, especialista em Teoria dos Jogos Digitais, “a palavra chave é a vantagem. Paga-se sobre qualquer coisa uma vez que percebemos que existe um valor adquirido pela transação. No caso do gamer, ele pode pagar para ter vantagem no jogo, através do ranking ou do aumento de performance” MARíLIA GARCIA/LOGIN Jogos sociais geram lucro para empresas com a competição e socialização dos usuários Uma das vantagens dos games sociais é a possibilidade de jogá-los em qualquer dispositivo com acesso à internet O senso de competitividade natural faz com que os jogadores queiram se sobressair em suas redes de amigos, pagando para ter vantagens nos jogos e superar outros jogadores. Como o preços das vantagens é muito baixo, vários usuários as compram, e desenvolvedores de jogos lucram. Seguindo essa lógica, as empresas têm um bom faturamento, sem prejuízo para os jogadores. E ainda aumentam a fidelização com determinados jogos. Essa é a chave para o futuro da indústria dos games: jogos cde diversas fases, recompensas e estrelas, com muita interação e competitividade entre amigos, aliados à sensação de progresso e desafio, de maneira simples, dinâmica e divertida. 6 JANEIRO 2014 PARABÉNS COM Facebook e Orkut completam uma década em 2014, AMANDA MOURA MOEMA NOVAIS VICTOR REZENDE P are qualquer pessoa na rua e pergunte se o tempo está passando mais depressa. São grandes as chances da resposta ser sim; além do tempo, nossa memória está trabalhando com afinco, afinal, estamos em 2014, mas 2004 foi logo ontem! Os leitores com quinze anos ou mais devem se lembrar, ao menos vagamente, da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, do furacão Catarina, que atingiu a região Sul brasileira; e também de quem matou Lineu, pergunta que fez o Brasil parar para descobrir que a vilã Laura era a culpada pelo tal assassinato, em Celebridade. O tempo não passou mais rápido, mas é essa a sensação que temos a cada instante. Afinal, dez anos se foram e agora vemos uma Copa do Mundo ser sediada no Brasil, a Primeira Guerra Mundial completando um século e a última Helena de Manoel Carlos na novela Em Família, que estreia na próxima segunda. O tempo passa, os cabelos brancos vêm à tona, mas a ciência progride, assim como um de seus frutos da década de 1990, que começa a ter desdobramentos cada vez mais impactantes no mundo moderno: a internet. E é a internet que está fazendo com que, a cada mês de dezembro, as pessoas digam: “mas já?”. Graças aos avanços tecnológicos, à internet e às redes sociais. Sim: demonizadas por uns e endeusadas por outros, as redes também são culpadas por essa “passagem” mais rápida da vida. Não por coincidência, em 2004 duas das principais redes sociais mais populares do mundo foram fundadas. Em 24 de janeiro, nascia o Orkut, e, em 4 de fevereiro, o Facebook. A década azul e rosa O Orkut, criado pelo indiano Orkut Büyükkökten para o Google, sagra-se como o maior loser das redes sociais na atualidade. Ele foi projetado para fazer sucesso nos EUA e acabou vingando em dois emergentes – Brasil e Índia –; era apenas para convidados, mas depois aceitou todos; criou uma rede de compartilhamento de fotos, vídeos e depoimentos entre as pessoas, que facilmente foi adaptada e melhorada pelo Facebook, que passou a ser, em 2011, o líder do segmento no Brasil. remetiam, cada vez mais a um tal de Facebook. Hoje é difícil pensar na rede criada por Zuckerberg como mais uma, porém, ela era impopular e pouco característica no Brasil até o final da primeira década dos anos 2000. Para Walter Teixeira Lima Junior, doutor em Ciências da Computação pela Universidade de São Paulo, a migração de público do Resta saber se a Orkut para o Facebook foi um queda do Orkut é uma processo natural e explicado, não aposentadoria inevitável só pelo fator novidade que o Faou compulsória cebook trazia, mas pelo viés individual e personalizado. “Como as características do Facebook estão Esse, por sua vez, “pegou” mais mais para o relacionamento pesrecentemente aqui. Sua história soal, as pessoas deixaram de se pode ser vista no filme A Rede So- relacionar pelas comunidades e cial (ver box): criada por Mark passaram a se relacionar numa tiZuckerberg e por mais três parceiros – entre eles, o brasileiro Eduardo Saverin – em Harvard, é a segunda rede mais utilizada do mundo e o seu valor está orçado em mais de US$ 100 bilhões, mesmo sofendo forte concorrência de serviços como o Whatsapp. Das comunidades à timeline Se as duas redes fossem colocados em um ringue – e, com tantas comparações, é possível dizer que elas já foram – o Facebook terminaria com o cinturão de vencedor. Mas o Orkut não sairia acanhado da disputa. Sabe aquele competidor que perde com carisma? É o caso da rede que já virou sinônimo de nostalgia, dominou o Brasil até poucos anos atrás e não economiza em seu repertório de “vergonha alheia”. Por ironia, ou como tira-teima da batalha, foi no Facebook que se popularizou a página brasileira “Unidos pelo Orkut”. Com mais de 60 mil seguidores, o canal reúne humor, tendências, memes e toda a saudade do ‘tão perto e tão longe’ Orkut em tributo à rede que, quando visitada atualmente, exala ares de abandono. Abrigando spans e gifs animados, está também a última atualização do layout. Para muitos, a cada nova mudança significativa, o Orkut perdia sua identidade. Não se pode negar que a inserção de planos de fundo, status e chat meline, o que é muito mais fácil”, aponta o professor. O Facebook, de fato, prioriza a criação de uma rede de relações mais próximas e é eficiente na segmentação: os conteúdos que chegam a cada um são filtrados previamente pela escolha de amigos, de páginas a seguir e grupos incorporados. Já no Orkut, a ideia principal eram as comunidades, em que o usuário ia atrás dos temas e formava suas relações através de interesses em comum. Outro fator que influencia na popularidade de uma rede social é a aceitação e adaptação cultural e circunstancial que ela encontra ao se estabelecer. No Brasil, o Orkut se deparou com um nicho propício para fazer sucesso, afinal, di- JANEIRO 2014 7 TORTA DE CLIMÃO mas nem tudo é um mar de rosas nesta comemoração ferentemente dos Estados Unidos, que vivia a febre do MySpace, nenhuma rede era unanimidade como o Orkut viria a se tornar. Após a aceitação do resultado do confronto, resta saber se a queda do Orkut é uma aposentadoria inevitável ou compulsória. Ou seja, a rede “deu o que tinha que dar” e cumpriu o seu papel ou falhou por problemas e erros efetivos? Teixeira aponta a influência das duas opções: ele acredita que tudo tem uma validade, mas há atitudes e mecanismos que podem adiar o possível ostracismo. O Facebook vem apresentando essa solução contra a estagnação. O professor explica que a rede “sempre vai colocando uma característica ou outra e tenta se sustentar através das novidades. Logo, ele vai ter sistema de busca e assim, vai tentando dar sobrevida ao produto”. Desde a criação em 2004, a rede social já apresentou oito mudanças de layout e interface de sua página. Nessas ocasiões, são privilegiados elementos valorizados pelos usuários, como a importância da personalização que veio em 2011 e a valorização das imagens e dos vídeos na atualização de 2013. O relacionamento nas redes Assim como antes era raro encontrar alguém sem um telefone fixo para contato, seja profissional ou pessoal, hoje é cada vez mais difícil encontrar quem não faça parte de alguma rede social e a MARCELLA GADOTTI/LOGIN utilize com certa frequência. Essas redes se popularizaram primeiramente entre os jovens, mas acabaram atraindo a atenção de diversos grupos. O que pode justificar o sucesso do Orkut e do Facebook é o fato de eles serem redes de comunicação rápidas e gratuitas, conectando pessoas distantes e facilitando contatos mais diretos entre elas. Outro fator que contribuiu para a disseminação dessas redes foram os avanços tecnológicos relacionados ao âmbito da portabilidade, como a criação de dispositivos móveis, que permitem fácil acesso de qualquer lugar. Se você está conectado e é do tipo que, enquanto lê esta matéria, confere suas redes sociais, com certeza já percebeu que seu comportamento mudou. Antes, assuntos que eram tratados apenas pessoalmente, agora são discutidos via inbox. Para compartilhar algo de seu interesse, era preciso enviar o link para diversos e-mails, e agora, basta publicar na sua timeline ou procurar pessoas com o mesmo gosto nas comunidades do Orkut. As redes oferecem diversas possibilidades de interação e comunicação; por esse motivo, as pessoas incorporaram esse hábito de maneira natural. Entretanto, Teixeira ressalva sobre a especialidade dos conhecimentos encontrados. “Basicamente, não se encontram informações de caráter e relevância social ou informações que acrescentem muito na vida, mesmo que se tenha uma timeline ‘qualificada’”. As redes sociais possibilitam uma troca de informação maior e mais direta entre pessoas, consumidores e empresas, além de oferecerem diversas possibilidades de entretenimento e/ou de informação. É inegável que elas se tornaram fundamentais para a comunicação, seja para fazer uma cobrança pública a uma empresa ou para avisar os amigos que você está indo para a academia. O Facebook e o Orkut, mesmo diferentes, têm o mesmo objetivo: integrar pessoas e tornar de interesse social algo que seria restrito a um pequeno grupo. Até virou filme! DIVULGAÇÃO O filme A Rede Social (2010) conta a história da criação do Facebook, mostrando as polêmicas envolvendo o criador, Mark Zuckerberg, e a popularização da rede. O roteiro é uma adaptação do livro Os bilionários acidentais, de Ben Mezrich, e a direção é de David Fincher, que consegue deixar sua marca no desenrolar do longa. A Rede Social começa mostrando a vida do jovem Zuckerbeg em Harvard, que, após uma desilusão amorosa, cria uma rede onde é possível comparar universitárias. Nas primeiras duas horas, o site teve 22 mil acessos. Foi assim que ele ganhou certa fama, sendo convidado pelos veteranos Winklevoss para criar uma rede social exclusiva para a universidade. Com essas duas ideias e a ajuda do seu melhor amigo, Eduardo Saverin, Zuckerberg cria o Facebook. Ele acaba conhecendo Sean Parker, criador do Napster, que se torna um mentor e o auxilia a expandir a ideia. Com a popularização do site, Zuckerberg rompe com Saverin e acaba tendo que responder a dois processos federais. Fincher consegue construir a história mostrando duas realidades: a mente agitada de Zuckerberg, que parece sempre ausente, e o que acontece ao seu redor. É interessante o modo como o diretor mostra a construção dos relacionamentos offline e o interesse de cada um, mostrando que “você não consegue 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos”. 8 JANEIRO 2014 O MSN ficou offline Após mais de 10 anos no mercado, o Messenger deu lugar ao Skype JONAS LÍRIO GIOVANNA HESPANHOL COLUNISTA DE LOGIN Q uando a Microsoft anunciou o fim do Messenger em 2012, muitas pessoas declararam “o fim de uma era” na internet. Criado em 1999 para competir com outros programas de mensagens instantâneas, como o ICQ, o famoso MSN foi descontinuado com mais de 300 milhões de usuários e como líder absoluto do mercado. Aqui no Brasil, o serviço demorou para se estabelecer - especialmente pela infra-estrutura da internet no país - o que só mudou a partir de 2002, com o programa já em sua quinta versão e sendo parte integral do sistema Windows XP, que foi por muito tempo o sistema dominante no Brasil. O MSN foi encerrado oficialmente no dia 13 de abril de 2013 em todo o mundo - com exceção da China continental - e os usuários que quisessem continuar usando sua rede de contatos da Microsoft deveriam migrar para o novo serviço de mensagens instantâneas da empresa, o Skype. O motivo da mudança, de acordo com a própria Microsoft, é aumentar sua base de contatos e criar maior integração entre todas as plataformas em que a rede opera, como os computadores e os dispositivos móveis em geral, como tablets, smartphones etc. O concorrente levou a melhor Antes dos usuários do Mes- senger migrarem contrariados para o Skype, ele tinha por volta de 170 milhões de usuários, que passavam 2 bilhões de minutos diários conectados - equivalente a 33 milhões de horas. Criado por Niklas Zennstrom e Janus Friis, esse serviço de ligações e chamadas de vídeos gratuitas completou uma década em 2013. Logo quando surgiu, o Skype se tornou líder no ramo de ligações de voz via internet. Dois anos depois, foi comprado pelo eBay por um valor de 2,5 bilhões de dólares. Nos primeiros meses sob a nova direção, os negócios não iam bem: o eBay chegou até a declarar ter superestimado o valor do programa. Com a maior socialização a partir da versão 3.1, a situação começava a melhorar para o Skype, mas ainda com alguns problemas. O Skypecast, serviço que permitia criação de conferência com até cem participantes, não atingiu a qualidade mínima esperada e foi fechado no ano de 2008. Em busca de mais interação entre os usuários, o programa incluiu as funções SkypeFind (espécie de guia telefônico), novas opções para procurar pessoas conhecidas (diretório do usuário) e plugins com jogos e outros recursos. Além disso, investiram nas vídeo conferências em HD, compartilhamento de tela, no Skyep WiFi e, por fim, na expansão para todos os dispositivos móveis (Android, iPhone e iPad). Em 2009, o Skype foi adqui- rido com participação majoritária pelo fundo de investimentos Silver Lake. Companhias e outros fundos como os donos anteriores (eBay), CPP Investment, Andreesen Horowitz e Canada Pension Plan Investment Board mantinham também direitos sobre o programa. A situação mudou quando, em maio de 2011, a Microsoft confirmou a compra do Skype por 8,5 bilhões de dólares. O legado do MSN O MSN foi uma febre tão grande entre os adolescentes que seu uso acabou por influenciar a vida deles. A linguagem amplamente difundida pelo meio virtual precisava acompanhar as demandas do serviço: as mensagens instantâneas permitiam comunicação ainda mais rápida e eficaz quando se abreviava palavras. Esse hábito, no entanto, começou a aparecer na prática cotidiana, nos ambientes escolares. Enquanto os jovens aproveitavam essa tecnologia, os pais e professores se preocupavam com tamanha influência. As palavras abreviadas e neologismos passaram de ocasionais a frequentes. Essas pequenas transgressões, porém, precisavam ter um fim, uma vez que a linguagem padrão é fundamental para o melhor desempenho nos vestibulares e no ambiente profissional. Formada em Letras, Amanda Batistela analisou essas influências do MSN e a linguagem virtual na vida dos adolescentes. Segundo ela, uma solução vista pelos professores em geral foi trabalhar a questão das variantes linguísticas dentro das salas de aula. Com o fim do MSN, muitos se perguntaram qual seria a rede social sucessora, a nova queridinha dos jovens. A intenção da Microsoft era que o Skype fosse o programa escolhido. No entanto, nem todos os usuários gostaram da experiência de usá-lo ou conseguiram se acostumar totalmente com sua interface. A psicóloga Carla Costa Barros acredita que o Facebook é a rede que mais se aproxima do que o MSN foi para os jovens, sendo uma ferramenta de entretenimento, socialização, interação e diversão. “Parece que o Facebook não só supriu essa oferta, como agregou outras possibilidades tecnológicas que o MSN não oferecia e o Skype também não oferece; tais como: postagem de fotos, vídeos, atualizações de notícias e a grande curtição dos jovens que é a possibilidade de expressarem suas emoções e vivências, numa espécie de diário virtual”, argumenta Carla. Para mais informações, acesse o site www.jm.com.br/login ALINE SENTONE/TEC MUNDO JANEIRO 2014 9 140 caracteres que mudaram a internet A história do Twitter e como sua dinâmica revolucionou as mídias sociais também “pios de pássaro”. O limite de caracteres surgiu depois, e o número foi escolhido para que or que escrever em 140 houvesse espaço para o nome do “ caracteres o que pode ser usuário quando seus tuítes fossem publicado em blogs e ou- enviados por celulares via SMS, tras redes sociais sem esse limite onde o limite é de 160 caracteres. bobo?” – essa era a pergunta que mais se ouvia quando o Twitter #RIPbaleia surgiu em 2006. O limite, porém, A baleia de erro do não parece ser um problema para Twitter foi aposentaos mais de 645 milhões de usuáda em 2013 rios que enviam cerca de 58 milhões de tuítes por dia e que fazem a rede valer quase US$ 33 bilhões. Foi a partir de 2007 que a rede Antes chamado de “Status” por começou a ganhar visibilidade, Jack Dorsey, criador da rede, o graças ao festival de música e filprojeto passou por várias mudan- mes South by Southewest (SXSW). ças até se tornar indispensável, Sabendo da presença de empresáhoje, para empresas, governos e, rios e criadores do ramo tecnolóclaro, para amantes da rede. Pro- gico, os criadores do Twitter aprocurando no dicionário por nomes, veitaram o festival para divulgar Dorsey e seus sócios encontraram o microblog. A propaganda deu a palavra “twitter”, que signi- certo, já que o número de tuítes fica “uma pequena explosão de por dia pulou de 20 mil para 60 informações inconsequentes” e mil durante o evento e o número JONAS LÍRIO P Mundo Brasil de usuários passou a crescer exponencialmente a partir dali. Se o Twitter é tão usado hoje, é porque qualquer um tem voz na rede – mesmo que não seja ouvida por todos, é possível falar de tudo lá. Debates políticos, opiniões sobre os assuntos mais comentados e conversas entre amigos são atividades costumeiras na rede. Mas o grande atrativo do microblog foi a possibilidade de conversar diretamente com os ídolos. Cantores, atores, escritores e outras celebridades encontraram no Twitter a chance de se aproximar de seus fãs, seja postando fotos de seu dia a dia ou respondendo perguntas. Porém, o microblog não serve só para saber o que Britney Spears comeu no café da manhã: muitas notícias chegam primeiro ao Twitter para só depois explodirem na mídia. Acidentes, desastres naturais e o placar do jogo de futebol são comentados pelas pessoas Média de idade até chegarem a todos. A captura e morte do terrorista Osama bin Laden em 2011 foi um desses casos. Assim como as celebridades, empresas também aproveitam a rede para se comunicar com clientes, divulgar sua marca e criar uma identidade com o público. A via única de informação rapidamente se transformou em uma de duas mãos: se uma empresa pode fazer propaganda de sua marca, um cliente insatisfeito pode acabar com a reputação da companhia em poucos segundos. Por ser tão aberto, o Twitter conseguiu se firmar como importante plataforma e ser usado mesmo por quem prefere outras redes. Se muitos se sentem amarrados ao limite de caracteres, outros se sentem livres para se expressar da forma como quiserem e conectar-se com usuários com gostos em comum. É a rede social em sua forma mais básica. Plataformas móveis Mais seguidos Usuários Sexo 645 milhões 47% homens 53% mulheres 24 anos 176 milhões de usuários Katy Perry (49,3 milhões) 76 milhões 59% homens 41% mulheres 22 anos 44 milhões de usuários Kaká (17,7 milhões) Fonte: Beevolve; Peer Reach Noooossa, eu não deixava... #tretas ANA OLIVEIRA VICTOR REZENDE A vida das celebridades brasileiras e internacionais está longe de ser apenas glamour. Acusações, brigas, insinuações e alfinetadas são frequentes em redes sociais entre os famosos. Uma das mais utilizadas para isso é o Twitter, que torna públicas e repercute brigas de celebridades que externam à sociedade rivalidades entre famosos. Confira algumas das brigas que mais repercutiram na internet: Lady GaGa e Perez Hilton já foram considerados grandes amigos, mas hoje são inimigos declarados. A briga no Twitter começou quando um seguidor de GaGa disse que Perez havia estado em seu prédio. Enfurecida, a cantora de “Born This Way” mandou que o blogueiro parasse de perseguí-la e que ficasse longe de sua família. Perez disse que GaGa maltratava seus funcionários e que estava apenas tentando promover “Applause”, lançado na mesma semana. Ambos apagaram os tuítes depois de um tempo. @PerezHilton @carlavilhenaa Tudo começou quando perguntaram a Sheron Menezzes sobre o look de R$ 40 mil que Valesca Popozuda usou no Fashion Rio. A atriz disse que nunca gastaria tanto e que preferia investir em obras sociais. Valesca se defendeu: “Sheron, meu amor! Te admiro, mas não fala bobagem; eu vim da favela, ralei muito e nunca seria capaz de gastar 40 mil numa roupa pra nada!”. Sheron, então, tuitou: “Cada um gasta seu dinheiro como quer. Nem tinha visto sua foto, mas agora vi e você estava linda. Beijos”. @LadyGaga Vendo uma matéria de Carla Vilhena com Moranguinho, Bruno Chateaubriand comentou, “essa jornalista casou de luvas. Será que a Moranguinho também vai?”. Carla respondeu: “na impossibilidade de ser a noiva, restou-lhe implicar com as luvas…”. Bruno retrucou dizendo que as pessoas têm a mania de “meter a sexualidade no meio”. Carla disse que amava luvas, mas que suas preferidas eram as de pelica. Bruno finalizou: “Homofóbico tem que pensar duas vezes antes de postar uma besteira como essa”. @bchateaubriand @sheronmenezzes @valescapgaiola @rihanna @amandabynes Amanda Bynes resolveu fazer comentários ofensivos a Rihanna em seu Twitter. Para ela, Chris Brown bateu na cantora porque ela não era bonita o bastante. A cantora, então, perguntou se seus fãs tinham visto o que acontecia quando um programa como “Intervention”, série que mostra casos de viciados em drogas e álcool, era cancelado. Bynes, então, respondeu, “ao contrário de sua cara feia eu não uso drogas! Você precisa de uma intervenção, cadela! Já vi sua cara feia, você não é bonita e sabe disso!” 10 JANEIRO 2014 Efeito bola-de-neve Descuidos podem tomar proporções desastrosas em poucos minutos na web N o segundo semestre de 2013, o Brasil viu três casos de “porn revenge” amplamente divulgados, em que adolescentes tiveram suas fotos e vídeos íntimos expostos na rede. O fato de duas das vítimas terem se suicidado fomentou a discussão sobre a privacidade online. Despreocupadas, as pessoas vivem postando fotos, informações sobre suas vidas pessoais e profissionais, além de fazerem check-in em seus locais preferidos. Os gadgets nunca param. Dados divulgados em redes sociais podem ser usados por pessoas de má fé O Facebook é usado por mais de 67 milhões de brasileiros e tem seu pico de uso entre 20h e 21h, segundo dados de 2013 apurados pelo Scup, um site especializado em análise das mídias sociais Para José Carlos de Araújo Almeida Filho, professor de Direito Processual Civil na Universidade Federal Fluminense, as redes sociais ampliam nossa intimidade. “O que antes fazíamos e sempre fizemos era restrito a um grupo de amigos. Com a internet e o uso das redes sociais, não mais nos contentamos em manter esse espaço e ampliamos para um universo virtual e sem limites”, ressalta o professor. As pessoas é que estão se expondo, e não sendo expostas pelas redes. Já para Emerson Alecrim, criador do InfoWester e graduado em Ciências da Computação, “essas ações, muitas vezes, são fruto da necessidade de serem aceitas, alvos de admiração, afeto, atenção e incentivo”. E esclarece: “não há nada de errado com isso, afinal, somos seres sociáveis, mas é necessário agir com prudência para não deixar que esses estados emocionais façam a pessoa ignorar cuidados básicos”. Apesar desse novo hábito parecer insignificante, muitas vezes os dados podem servir de instrumento para indivíduos mal-intencionados, como afirma José Carlos; “o problema da exposição extremada é que tudo quanto você produz ou insere pode servir para ‘alimentar’ pessoas que estão surfando na rede com má-fé”. O criador do InfoWester compartilha a mesma opinião e alerta para a possibilidade de o indivíduo se ver envolvido em polêmicas em decorrência da má interpretação de suas opiniões compartilhadas na rede. Como se proteger? Emerson Alecrim acredita que “não é necessário ficar completamente anônimo na internet, mas é preciso tomar cuidado para não revelar informação demais, como fotos que deixam claro onde você mora (a fachada da casa pode ser relevadora numa cidade do interior) ou que mostrem a placa do seu carro”. E os descuidados? O Brasil ainda está desenvolvendo uma legislação especializada em crimes online. Por enquanto, esses crimes são julgados de acordo com os códigos civil e penal. Em 2013, após a invasão e publicação de imagens pessoais do computador da atriz Carolina Dieckmann, foi criada uma lei que ficou popularmente conhecida pelo nome da atriz. Para Emerson Alecrim, a “Lei BIANCA ARANTES/LOGIN BIANCA ARANTES FLÁVIA NOSRALLA Acesso fácil às redes aumenta os casos de “porn revenge” e tem prejudicado a vida dos usuários, sobretudo das mulheres. Como beneficia os usuários A proposta pode trazer benefícios de várias formas, como combater possíveis abusos de uma empresa que atua na internet em relação aos dados que obMarco Civil: O que é tém de seus usuários, evitar que É um projeto de lei que tem a um provedor se apoie na falta intenção de determinar direitos de regras para dar prioridade ao e deveres em relação à utiliza- tráfego de determinado conteúção da internet no Brasil, regula- do, tratar de aspectos referentes mentando o que é crime ou não. à privacidade, entre outros. Carolina Dieckmann” tipifica, por exemplo, atos como invasão de computadores, captura de senhas e obtenção não autorizada de conteúdo privado ou sigiloso. Dicas para se manter seguro na rede Não postar fotos que identifiquem casa, carro, locais frequentados, ou outros dados pessoais; Trocar as senhas das redes sociais regularmente. Não adicionar desconhecidos nas redes sociais; Não compartilhar dados pessoais ou fotos intimas em redes sociais, mesmo por mensagem privada; Evitar fazer check-in em locais públicos - se o fizer, que seja na saída; Não armazenar fotos ou dados pessoais em qualquer disposítivo móvel; Restrinjir as suas informações mais íntimas a amigos, não deixando que qualquer pessoa possa ver seu conteúdo no Facebook, por exemplo; JANEIRO 2014 11 Blogando Dia desses, estava eu à procura de notícias sobre um seriado norte-americano, quando um link se redirecionou para uma rede social bem difundida entre os jovens. Com cara de blog, mas com um toque mais descolado: o Tumblr. Conheci essa plataforma no começo de 2011, quando ela já tinha quase quatro anos de funcionamento. Desde então, tem sido um dos sites mais recorrentes no meu histórico da web. O Tumblr conta com mais de 166 milhões de usuários e bilhões de postagens. Só por aí, já se pode ver a popularidade dele. A primeira vantagem é logo mostrada na página inicial da plataforma: não são necessários mais que 30 segundos para criar uma conta. Prático, não? Lendo uma notícia da Agência O Globo sobre a plataforma e a estrutura despojada em que seus programadores trabalham, deparei-me com um trecho que sintetiza o que é o Tumblr: “são coleções temáticas: só estantes, só rótulos, montagens fotográficas fazendo graça com algum di- os jovens. Se a empresa investir em propaganda e conseguir um crescimento das ações, a rede de Traduzido para doze idiomas, o Tumblr contabiliza blogs pode atingir a popularida900 postagens por segundo. Os usuários gastam de do Facebook e do Twitter. 24 bilhões de minutos por mês na plataforma. E lá se encontra de tudo: de frases curtas inspiradas em Clarice Lispector (ou copiadas) a MOEMA NOVAIS/LOGIN fotomontagens e imagens divertidas sobre diversos temas. Tudo isso com a possibilidade de integrar as postagens às outras redes sociais de maneira fácil e rápida. Outra vantagem do Tumblr são as versões para dispositivos móveis - iPhone, Android e Blackberry. Além disso, ele permite acesso a outras plataformas, como e-mail e um sistema de voz em que o tador. Temas tão vastos quanto a fica exatamente sob o gosto do usuário liga para o número esperede”. E é bem isso. Uma mistura usuário - o que, a meu ver, é um cificado nas configurações. de Twitter sem limites de carac- diferencial, já que proporciona Diante de todas essas facilidateres, Facebook e Instagram. maior identificação com o cria- des, só resta uma questão: quem Diferente de outras redes so- dor da conta. Naquele ambiente, é você no Tumblr? ciais em que existe uma estrutu- ele não é só mais um - é único. [email protected] ra visual pré-estabelecida e nas Em meados do ano passado, o quais só se pode alterar alguns Tumblr foi adquirido pela Yahoo, Leia mais colunas de detalhes, o Tumblr traz de volta uma manobra arriscada em busGiovanna Hespanhol em uma característica fundamental ca do rejuvenescimento da marwww.jm.com.br/login dos blogs. Com a possibilidade ca. E foi um tiro certeiro, já que de mudar os templates, a rede a rede é bastante popular entre GIOVANNA HESPANHOL Do passatempo ao conteúdo Os blogs se reinventaram ao longo dos anos e mostraram que vieram para ficar FLICKR/BRVIEIRA MOEMA NOVAIS TATIANE DE SOUSA S ão tantas as oportunidades oferecidas pela internet que fica difícil escolher o que fazer online. Para quem gosta, a leitura de textos em diversos formatos e sobre variados assuntos é uma das atividades mais produtivas que vai além do simples entretenimento. Há pesssoas que buscam somente uma distração; outras, opiniões de pessoas consideradas relevantes. Temas segmentados e conteúdo jornalístico também estão no topo da lista de busca dos usuários. Um formato que foge dos tradicionais portais de notícia é o blog: um espaço pessoal no qual seu criador pode compartilhar informações e expressar livremente seu ponto de vista sobre determinado assunto. Criados em 1997 por Jorn Barger, os “weblogs” – termo utilizado na época – se popularizaram em Bruna Vieira criou o Depois dos Quinze em 2008 para superar uma desilusão amorosa. Hoje, o blog conta com mais de 400 mil leitores 1999, quando a pioneira Blogger desenvolveu um sistema de automatização das publicações. Esse sistema permitiu que qualquer pessoa pudesse aprender facilmente como operar as ferramentas e não precisasse transformar seu texto em código HTML. No início, os bloggers se limitavam a postar apenas links que levavam o leitor a outros sites. Isso promovia a autodivulgação, pois era preciso dar os créditos quando um blog utilizava o link de outro. Com a simplificação dos mecanismos da plataforma, muitas pessoas começaram a escrever páginas pessoais, tratando o espaço como um diário online ou utilizando para divulgação de conteúdos que fossem considerados interessantes. Hoje, esse grupo de bloggers é minoria. Empresas passaram a ter páginas online para manter contato com os clientes, aumentando a publicidade e facilitando suas pesquisas; jornalistas começaram a utilizar o espaço para publicar o que seus veículos de trabalho não permitem; e pessoas que dominam certo assunto criaram blogs para compartilhar conhecimentos e impressões. As redes sociais têm um papel relevante na pauta dos blogs, já que é por meio delas que os escritores recebem retorno dos leitores. Além de proporcionar um contato direto com o público alvo, elas são utilizadas pelos bloggers na forma de ferramentas de divulgação. Os bloggers que decidem fazer de sua página um trabalho buscam se firmar como autênticos profissionais, procurando meios de remuneração que atendam seus interesses e estejam de acordo com a proposta do blog. Apesar das dificuldades, os blogs conseguiram se instituir como mídia, conquistando o respeito de leitores tradicionais e ganhando cada vez mais no quesito influência, pois são livres para agir de forma mais carismática e direta que outros veículos. 12 JANEIRO 2014 TopFlop Diáspora - Esse é o caso de uma rede que atingiu seu ápice AMANDA MOURA Em tempos de explosão das redes sociais, também surgiram aquelas que não deram muito certo. Preparamos uma seleção das redes sociais que falharam na execução ou na popularidade – e “floparam”. Não estranhe se não estiver logado! antes da prática. Afinal, a inovação vinha na proposta: quatro estudantes (nerds) que prometiam uma rede social contra-corrente, que viria como ‘oposição’ à característica comercial do Facebook. Infelizmente, a inexperiência dos rapazes traiu suas ideias e fez com que a versão alfa falhasse. Xanga - Já ouviu falar nos “Xangans”? Enquanto alguns blo- MySpace - A mais velha da lista surgiu em 2003 como uma ggers optam pelo Blogspot, outros pelo Wordpress, os Xanrede de interação através de fotos, fóruns e perfis. Com seu gans postam em… Xanga. A plataforma é um exemplo de desenvolvimento, se tornou mais específica para a música e azar temporal, com ferramentas semelhantes às das outras citadas, o uso se voltou às fanpages, com popularidade maior em alguns paíela foi “sufocada” pelas que surgiram logo após. A rede social se ses. Críticas apontam que a rede se debruçou demais em propaganda mantém apenas em inglês. e negligenciou a finalidade de interação social da plataforma. iTunes Ping - Em 2010, o iTunes Ping foi anunciado como a grande rede para os apaixonados por música e só funcionava dentro dessa linha de produtos. E como nada é pior que fórmula que deu errado, a Apple soube dizer que não estava satisfeita com a pouca recepção de seu produto e encerrou os serviços da rede social. Flop bom é flop assumido! Google+ - A campeã se sagra por ser quase um paradoxo. Com o maior número de usuários entre todas as redes, todos ainda se perguntam: onde estão tais usuários? O segredo da popularidade está no próprio nome: é a rede social do Google e muitos cadastram-se indiretamente. A falta de assiduidade se explica porque ele não oferece real interação e convivência social online. Curtinhas da Edição MARÍLIA GARCIA Simplificando as vendas. A PayPal quer simplificar seu sistema de compras pela internet, com intuito de facilitar as vendar por meio de plataformas móveis, num processo que vai levar poucos segundos e terá menos passos do que antes. A novidade está em fase de testes e deve começar a funcionar ainda esse semestre nos Estados Unidos. Aposentadoria do XP. A Microsoft voltou a adiar o encerramento do suporte para o Windows XP de abril de 2014 para julho de 2015. O sistema operacional não deixará de funcionar, mas não terá novos drivers ou correção de falhas de segurança. A aposentadoria do XP tenta forçar usuários a migrarem para novos produtos, apesar de ele ainda ser usado em 32% dos computadores no mundo. REPRODUÇÃO Permitido mencionar. Quem usa o Tumblr agora pode citar outros usuários em suas publicações. A novidade visa tornar a plataforma mais parecida com outras redes sociais, como Twitter e Facebook. Mudança de visual. O Twitter anunciou na segunda-feira, 13 de janeiro, uma mudança no layout da versão web do serviço, com objetivo de alinhar o design com as versões para Android e iOS. A principal diferença é a substituição da barra escura superior, deixando-a com um novo design mais claro e limpo. Top5 Sucessos do YouTube IHANNA BARBOSA Quem já não passou horas se divertindo com os mais bizarros vídeos do YouTube? Vlogs, filmes, música, humor, enfim, há de tudo nessa rede e há também aqueles que atingiram a fama graças aos vídeos postados no site. O Login preparou um top5 das celebridades do YouTube. Com certeza você conhece alguns desses canais: Porta dos Fundos é um canal de humor criado em 2012 que ironiza ou critica alguma situação do cotidiano, levando a cena a circunstâncias beirando o absurdo. Alguns vídeos geraram muita polêmica por conter críticas religiosas. Em apenas seis meses o canal já possuía mais de 30 milhões de visualizações e hoje é o canal brasileiro com mais inscritos no YouTube. Não Faz Sentido era uma série de vídeos que o carioca Felipe Neto postava em seu canal do YouTube. Os vídeos consistiam nas diversas críticas feitas por Felipe a assuntos da atualidade, principalmente voltados a interesses do público adolescente, como a banda Restart e a saga Crepúsculo, cujo vídeo teve mais de 13 milhões de visualizações. PC Siqueira ficou conhecido no YouTube através do seu canal Maspoxavida. PC começou a postar os vídeos em 2010 e toda semana o vlogueiro escolhe um ou mais temas que estão em destaque ou algo sobre o seu próprio cotidiano. PC Siqueira ganhou diversos prêmios por seu sucesso no YouTube, e em 2011 ganhou seu próprio programa na antiga MTV. Epic Rap Battles of History ganhou destaque por promover divertidas batalhas de rap com grandes personalidades da história e da ficção mundial, como o combate entre o ditador Adolf Hitler e o personagem Darth Vader. O canal foi criado pelos rappers comediantes Peter Shukoff e Lloyd Ahlquist e hoje tem mais de 800 milhões de visualizações. Joe Penna, mais conhecido por Mystery Guitar Man chamou a atenção dos usuários do YouTube já em 2006, nos primeiros anos da rede de vídeos. Logo ele ganhou também a atenção da mídia internacional. Seus vídeos são carregados de humor e efeitos especiais. Em 2010 o Mystery Guitar Man chegou a ser o canal brasileiro com mais inscritos no YouTube.