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UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO Curso de Administração com Habilidades em Administração de Empresas Reconhecida pela portaria ministerial Nº 1.088 MEC, de 29/04/2004 – DOU 03/05/2004 VANIO GOMES PEREIRA PROCESSO DE VENDAS NO CONTEXTO DA BALI BRASÍLIA AUTOMÓVEIS LTDA. GAMA - DF JUNHO/2012 VANIO GOMES PEREIRA PROCESSO DE VENDAS NO CONTEXTO DA BALI BRASÍLIA AUTOMÓVEIS LTDA. Trabalho de apresentado Conclusão no curso de de Curso (TCC) Graduação em Administração das Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Administração. Linha de Pesquisa: Gestão Mercadológica ORIENTADORA: PROF.ª MARIA DE LOURDES ARAÚJO OLIVEIRA GAMA - DF JUNHO/2012 ii Ficha Catalográfica Pereira, Vanio Gomes. Processo de vendas no contexto da Bali Brasília Automóveis Ltda. / Vanio Gomes Pereira. / Brasília, 2012. 108p. il. color. : Projeto (Graduação / Administração). União Educacional do Planalto Central / Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central / Curso de Administração. 1. Processo. 2. Processo de vendas e suas etapas. 3. Bali Brasília Automóveis Ltda. I. Título. VANIO GOMES PEREIRA CDU: 658.811 P436p iii PROCESSO DE VENDAS NO CONTEXTO DA BALI BRASÍLIA AUTOMÓVEIS LTDA. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), aprovado como requisito parcial para obtenção do grau Bacharel em Administração no curso Administração de Empresas das Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central. Data de Aprovação: ______/________/______ BANCA EXAMINADORA: ________________________________________________ Profª Maria de Lourdes Araújo Oliveira Orientadora Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central ________________________________________________ Prof. MSc. Sérgio Ricardo de Castro Gonçalves Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central ________________________________________________ Prof. Victor José Câmara Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central iv Dedico este trabalho a minha família, aos meus amigos e a todos que sempre me deram forças para chegar a esta vitória que tanto desejei. v “ Quando somos abandonados pela sociedade, a solidão é superável, mas quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase insuportável...” AUGUSTO CURY vi AGRADECIMENTOS A Deus, que me deu tudo, o Dom da Vida. Aos Meus pais, por me ensinarem a retidão do caminho. Aos mestres, que com sua paciência, antes de me ensinarem, fizeram-me aprender. Aos meus colegas de classe, pelo convívio fraternal e familiar e a minha orientadora, Maria de Lourdes Araújo de Oliveira que sempre me acompanhou ao longo do Período de orientação relecionado ao estágio supervisionado. A Todos, o meu, MUITO OBRIGADO! vii RESUMO Este trabalho teve como objetivo descrever o processo de vendas da Bali Brasília Automóveis LTDA. É de grande importância para as empresas ter um bom processo de vendas para serem diferenciadas no mercado. A pesquisa pretendeu identificar o processo de vendas praticado pela Bali Brasília Automóveis LTDA, na percepção de seus funcionários. A empresa pesquisada é a Bali Brasília Automóveis LTDA, empresa do ramo de vendas de automóveis, sediada no Setor de Indústria e Abastecimento Sul, trecho 3, lotes 725 a 895, Brasília, Distrito Federal, que conta com 425 funcionários e tem como principais produtos a venda de veículos novos e semi-novos e serviços. Utilizou-se como referencial teórico os conceitos de Cury (2009),Bosworth e Holland (2009), Minadeo (2008), Kotler (2009), Las Casas (2009), Castro e Neves (2005), Fruttel (2003) de processos de vendas, suas etapas e elementos, que são: (1)prospecção; (2) pré-abordagem; (3) abordagem; (4) apresentação; (5) fechamento tentativo; (6) identificação de objeções; (7) resoluções das objeções; (8) fechamento tentativo; (9) fechamento; e (10) acompanhamento. O método utilizado foi o indutivo e a pesquisa pode ser considerada quali-quantitativa, já que utilizou-se a pesquisa qualitativa para obter a percepção dos funcionários sobre o processo de vendas e quantitativa para analisar os resultados obtidos por meio de questionário. A pesquisa, também pode ser considerada descritiva, pesquisa de campo e estudo de caso. Os resultados obtidos mostram que os funcionários da Bali Brasília Automóveis LTDA percebem a existência de todas as etapas do processo de vendas: de prospecção e qualificação de possíveis clientes; pré-abordagem; abordagem; apresentação; fechamento tentativo; identificação e resolução das objeções; fechamento; serviço de pós-venda ou acompanhamento, assim como o composto da apresentação que consiste nos elementos que o vendedor reuniu para vender a clientes atuais e potenciais, este composto de apresentação é formado por seis elementos: comunicação persuasiva; participação; declarações de prova; Auxílios visuais; dramatização e; demonstração. Palavras Chave: Processo; Processo de Vendas e suas Etapas; Bali Brasília Automóveis LTDA. viii LISTA DE FIGURAS Figura 01 – Organograma da empresa Bali Brasília Automóveis LTDA.................................22 Figura 02 – O Processo de Vendas...........................................................................................45 Figura 03 – Satisfação e retenção do cliente.............................................................................58 ix LISTA DE TABELAS Tabela 01 – Capital social da empresa Bali Brasília Automóveis LTDA................................17 Tabela 02 – Resultado da pesquisa sobre o processo de vendas da Bali Brasília Automóveis LTDA...................................................................................................................73 Tabela 03 – Resultado consolidado do processo de vendas da Bali Brasília Automóveis LTDA...................................................................................................................97 x LISTA DE QUADROS Quadro 01 – Principais Conceitos de Processos.......................................................................30 Quadro 02 – Etapas do Processo de Vendas, Urdan / Urdan (2005, apud MINADEO,2008)..36 Quadro 03 – Processo de Vendas e suas Etapas de acordo com Las Casas (2009,p.217)........41 Quadro 04 – Processo de Vendas e suas Etapas segundo Castro e Neves (2005)....................44 Quadro 05 – Processo de Vendas e suas Etapas segundo Futrell.............................................60 Quadro 06 – Principais Conceitos de Processo de Vendas.......................................................61 Quadro 07 – Expectativas da Duração da Venda......................................................................65 Quadro 08 - Resultado Final da Análise do Processo de Vendas da Bali Brasília Automóveis LTDA...................................................................................................................99 xi LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 – Busca e identificação de clientes potencias.........................................................76 Gráfico 02 – Qualificação dos clientes segundo sua situação financeira..................................76 Gráfico 03 – Coleta de informações para visita ao cliente.......................................................77 Gráfico 04 – Repasse de informações para os vendedores.......................................................78 Gráfico 05 – Preocupação com a primeira impressão deixada pelo vendedor.........................78 Gráfico 06 – Apresentação do vendedor...................................................................................79 Gráfico 07 – Contato com as empresas e com os clientes........................................................80 Gráfico 08 – Apresentação da empresa.....................................................................................80 Gráfico 09 – Apresentação dos funcionários dos diversos setores...........................................81 Gráfico 10 – Apresentação do produto.....................................................................................82 Gráfico 11 – Utilização de método para o primeiro fechamento..............................................83 Gráfico 12 – Obtenção da decisão do cliente............................................................................83 Gráfico 13 – Utilização de formas de identificação de objeções..............................................84 Gráfico 14 – Escuta das objeções e imposições dos clientes....................................................85 Gráfico 15 – Utilização de formas de lidar com as objeções....................................................85 Gráfico 16 – Treinamento para solução das objeções...............................................................86 Gráfico 17 – Autonomia para resolução das objeções e imposições........................................87 Gráfico 18 – Poder de negociação das imposições...................................................................87 Gráfico 19 – Busca de ajuda para o fechamento.......................................................................88 Gráfico 20 – Utilização de formas de pagamento.....................................................................89 Gráfico 21 – Verificação de formas de pagamento...................................................................89 Gráfico 22 – Iniciativa do vendedor para o fechamento da negociação...................................90 Gráfico 23 – Leitura do sinal do cliente para o fechamento.....................................................90 Gráfico 24 – Negociação da oferta...........................................................................................91 Gráfico 25 – Contato com o cliente pós-vendas.......................................................................92 Gráfico 26 – Avaliação do atendimento pelo cliente................................................................92 Gráfico 27 – Avaliação do produto pelo cliente.......................................................................93 Gráfico 28 – Avaliação dos serviços pelo cliente.....................................................................93 Gráfico 29 – Avaliação das condições de fechamento pelo cliente..........................................94 Gráfico 30 – Solicitação de sugestões do cliente......................................................................94 xii SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................14 1.1 Tema....................................................................................................................................14 1.2 Justificativa.........................................................................................................................14 1.3 Pergunta de pesquisa...........................................................................................................15 1.4 Hipóteses.............................................................................................................................15 1.5 Objetivos.............................................................................................................................15 1.5.1 Objetivo geral...................................................................................................................15 1.5.2 Objetivo específicos.........................................................................................................16 2 PERFIL DA EMPRESA PESQUISADA...........................................................................17 2.1 Histórico. ............................................................................................................................17 2.2 Perfil estratégico.................................................................................................................18 2.3 Estrutura organizacional.....................................................................................................20 3 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................23 3.1 Visão tradicional de uma organização................................................................................23 3.2 Visão sistêmica ou horizontal de uma organização............................................................25 3.3 Processos.............................................................................................................................25 3.3.1 O processo de administração de vendas...........................................................................31 3.4 Venda pessoal.....................................................................................................................34 3.4.1 processo de venda pessoal................................................................................................34 3.5 Força de vendas...................................................................................................................62 3.6 Estratégias de vendas..........................................................................................................63 4 MÉTODO.............................................................................................................................66 4.1 Tipo de pesquisa..................................................................................................................67 4.2 População e amostra............................................................................................................69 4.3 Variáveis de pesquisa..........................................................................................................70 4.4 Instrumento de pesquisa......................................................................................................71 4.5 Procedimentos metodológicos............................................................................................72 4.5.1 Coleta de dados................................................................................................................72 4.5.2 Tratamento de dados........................................................................................................72 5 RESULTDO E ANÁLISE..................................................................................................73 5.1 Prospecção e qualificação de clientes potenciais...............................................................75 5.1.1 Busca e identificação de clientes potenciais....................................................................75 5.1.2 Qualificação dos clientes segundo sua situação financeira..............................................76 5.2.2 Pré abordagem..................................................................................................................77 5.2.1 Coleta de informações para visita ao cliente....................................................................77 5.2.2 Repasse das informações aos vendedores........................................................................77 5.3 Abordagem..........................................................................................................................78 5.3.1 Preocupação com a primeira impressão deixada pelo vendedor......................................78 5.3.2 Apresentação vendedor ...................................................................................................79 5.3.3 Contato com as empresas e com os clientes....................................................................79 5.4 Apresentação.......................................................................................................................80 5.4.1 Apresentação da empresa.................................................................................................80 5.4.2 Apresentação dos funcionários dos diversos setores.......................................................81 5.4.3 Apresentação do produto.................................................................................................82 5.5 Fechamento tentativo..........................................................................................................82 xiii 5.5.1 Utilização de método para o primeiro fechamento tentativo proposta, pagamento à vista ou financiamento.......................................................................................................................82 5.5.2 Obtenção da decisão do cliente........................................................................................83 5.6 Identificação das objeções..................................................................................................84 5.6.1 Utilização de formas de identificação de objeções..........................................................84 5.6.2 Escuta das objeções e imposições dos clientes................................................................84 5.6.3 Utilização de formas de lidas com as objeções................................................................85 5.7 Resolução das objeções.......................................................................................................86 5.7.1 Treinamento para solução das objeções...........................................................................86 5.7.2 Autonomia para resolução das objeções e imposições....................................................86 5.7.3 Poder de negociação das imposições...............................................................................87 5.8 Fechamento tentativo..........................................................................................................88 5.8.1 Busca de ajuda para o fechamento do pedido..................................................................88 5.8.2 Utilização de formas de pagamento.................................................................................88 5.9 Fechamento.........................................................................................................................89 5.9.1 Verificação de documentação do cliente.........................................................................89 5.9.2 Iniciativa do vendedor para o fechamento da negociação...............................................90 5.9.3 Leitura do sinal do cliente para o fechamento.................................................................90 5.9.4 Negociação da oferta........................................................................................................91 5.10 Serviço de pós-vendas ou acompanhamento....................................................................91 5.10.1 Contato com o cliente pós-vendas.................................................................................91 5.10.2 Avaliação do atendimento pelo cliente..........................................................................92 5.10.3 Avaliação do produto pelo cliente.................................................................................93 5.10.4 Avaliação dos serviços pelo cliente...............................................................................93 5.10.5 Avaliação das condições de pagamento pelo cliente.....................................................94 5.10.6 Solicitações de sugestões do cliente...............................................................................94 5.11 Síntese do Estudo de Caso................................................................................................95 6 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES..........................................................................101 6.1 Conclusão..........................................................................................................................101 6.2 Recomendações.................................................................................................................101 REFERÊNCIAS....................................................................................................................103 APÊNDICES...........................................................................................................................104 xiv 15 1 INTRODUÇÃO Este trabalho visa descrever o processo de vendas de veículos na Bali Brasília Automóveis LTDA. Com o estudo, pretende-se comparar o processo adotado pela Bali Brasília Automóveis LTDA e o processo recomendado pelos principais autores do assunto. 1.1 Tema O tema desta pesquisa é o processo de vendas de Automóveis da linha Fiat, na Bali Brasília Automóveis LTDA. 1.2 Justificativa Para se obter sucesso, nos dias atuais, é necessário um bom processo de vendas. Atualmente, o mercado mundial encontra-se bastante competitivo e sobressaem-se as empresas que melhor oferecem vantagens aos seus clientes. Uma dessas vantagens, sem dúvida, é o atendimento, que motiva o consumidor cada vez mais exigente. Ter um processo de vendas eficiente é sinal de que a empresa é organizada e, com isso, a empresa pode transmitir aos clientes segurança na hora da compra. Um bom atendimento somado ao processo de vendas é fundamental para o sucesso da organização. A importância desse trabalho é auxiliar no entendimento da importância do processo de vendas na concessionária Bali Brasília Automóveis LTDA. Em meio a um mercado crescente, o sucesso consiste em diferenciar-se da concorrência, porque os produtos e os preços são praticamente os mesmo e se sobressai quem melhor atender ao cliente. O propósito desta pesquisa é descrever o processo de vendas da Bali Brasília Automóveis LTDA. O processo foi discutido a partir de informações adquiridas junto aos funcionários da empresa e por meio de análise de documentos da empresa. Após a coleta de dados, foi elaborada análise do processo de venda praticado pela empresa Bali Brasília Automóveis LTDA, afim de verificar se a empresa pratica um modelo adequado no processo de vendas, desde o primeiro atendimento até o término da venda e o pós-vendas. O trabalho teve como finalidade procurar saber se a empresa pratica todas as etapas do processo de venda, que vai desde a prospecção de clientes até o pós-venda. 16 No processo de vendas, é importante incluir-se coleta de dados sobre clientes, afim de envolvê-los com a empresa, o que pode facilitar a venda de serviços como, por exemplo, a primeira revisão do veículo, e de trazê-los novamente para a concessionária com a finalidade de fidelização. A primeira revisão do veículo trata-se do segundo contato do cliente com a concessionária e, nesse momento, o cliente pode formar ou alterar a imagem que tem da empresa. É importante verificar se a empresa investe em treinamentos dos colaboradores, para que possam desenvolver trabalho em equipe para atender, da melhor maneira possível, o cliente, fazendo com que o cliente se sinta confortável na concessionária, com o objetivo de sair satisfeito com o atendimento prestado por todos os colaboradores. 1.3 Pergunta de pesquisa A presente pesquisa pretende responder à seguinte pergunta: Qual é o processo de vendas praticado pela empresa Bali Brasília Automóveis LTDA, na percepção de seus funcionários? 1.4 Hipóteses As hipóteses de pesquisa são: O processo de vendas de veículos da Bali Brasília Automóveis LTDA inclui a pré-venda e o pós-venda; A Bali Brasília Automóveis LTDA não pratica a coleta de informações para visita ao cliente. 1.5 Objetivos 1.5.1 Objetivo geral O objetivo geral desse trabalho é descrever o processo de vendas da Bali Brasília Automóveis LTDA, na percepção dos funcionários. 17 1.5.2 Objetivos específicos Os objetivos específicos de pesquisa são: Identificar as principais etapas de um processo de vendas; Identificar as atividades relacionadas a vendas na Bali Brasília Automóveis LTDA; Classificar as atividades relacionadas a venda, no contexto da Bali Brasília Automóveis LTDA. 18 2 PERFIL DA EMPRESA PESQUISADA 2.1 Histórico A empresa Bali Brasília Automóveis LTDA, situada no Setor de Indústria e Abastecimento SUL, trecho 03, lotes 725 a 895, Brasília, Distrito Federal, é uma empresa privada pertencente ao grupo Paulo Octavio Investimento Imobiliários. A empresa é gerida por um Diretor Geral, que assina todos os documentos da empresa, sendo-lhe vedado o uso do nome comercial em assuntos alheios aos interesses da Empresa. As atividades da empresa tiveram início em dois de janeiro de 1995 sendo reinaugurada em agosto de 1998, com a ampliação de sua sede para 18.000 metros quadrados, o dobro das suas instalações anteriores. A Bali Brasília Automóveis LTDA deu início a um novo formato de atendimento ao mercado de veículos, peças e serviços que desde sua fundação, tem conseguido sucessivos recordes de vendas no mercado de automóveis de Brasília (BALI 2005). Após ampliação de sua sede, a concessionária criou o Salão Automóvel Bali, com Mult Test Drive, Assistência técnica, Atendimento Fiat e Sistema de Informática Fiat Net, cujo conjunto de medidas e ações implementadas reforçam o posicionamento da empresa perante os concorrentes e os clientes (BALI, 2005). O capital social da empresa totaliza R$ 5.500.000.00, autorizado, subscrito e integralizado, conforme apresentado na Tabela 01. Tabela 01- Capital Social da empresa Bali Brasília Automóveis LTDA Sócios Paulo Octávio Alves. IMOBILIÁRIA LTDA Paulo Octávio Alves Pereira Total Fonte: Bali (2008). Capital (R$) (%) 4.972.687,00 99,0 527.313,00 1,0 5.500.000,00 100 19 Contratualmente, a sociedade poderá participar de outras sociedades, assim como de consórcios e acordos operacionais com outras empresas. Mas, atualmente, inexistem participações de qualquer natureza. A empresa está sendo organizada para atender integralmente as exigências legais e regulamentares relativas à proteção do meio ambiente, aos requisitos higiênicos e sanitários, à segurança no trabalho e à proteção contra incêndios (BALI, 2007). Como se trata de empresa constituída como sociedade civil por quotas de responsabilidade limitada, não há relacionamento com o mercado de capitais, ou seja, a empresa possui capital fechado. 2.2 Perfil estratégico A missão da empresa pesquisada é “ser a melhor alternativa do segmento como uma organização ética, confiável e flexível, conquistando e mantendo a credibilidade do mercado, através de ações objetivas que garantam diferencial, rentabilidade e mínimo custo” (BALI, 2005). O compromisso declarado da Bali Brasília Automóveis LTDA fundamenta-se na crença de que conhecimento, mudanças, novas tecnologias, capacitação, criatividade, perseverança, confiança, integridade e parceria constituem a essência do compromisso como indivíduo e como organização (BALI, 2005). De acordo com a Bali Brasília Automóveis LTDA (BALI, 2005), o ser humano é o principal patrimônio. Diante dessa afirmação são adotados alguns princípios comportamentais pela empresa, tais como: profissionalismo; liberdade de ação para o desenvolvimento das potencialidades; respeito à individualidade de cada um; atuação pró-ativa; envolvimento; responsabilidade; comprometimento; elevada dose de motivação e fidelidade aos preceitos da concessão e adequação aos interesses da empresa. A política de qualidade da empresa visa (BALI, 2005, p.15): Excelência dos processos de serviços; Satisfação dos clientes; Estímulo ao trabalho em equipe; Desenvolvimento de competência; e 20 Melhoria contínua do Sistema de Gestão da Qualidade, com boas condições de trabalho e segurança. Existem padrões de atendimento que devem ser seguidos por todos os funcionários que trabalham em qualquer departamento da Bali Brasília Automóveis LTDA. Esses padrões são: Não deixar o telefone tocar mais de três vezes; Usar crachá de identificação; Estar cadastrado no Sistema de Gerenciamento do Treinamento da Rede; Atualizar dados, caso mude de telefone e de endereço, por exemplo; Procurar indicar ou ajudar o cliente, se por ventura, notar que ele está “perdido” na concessionária; Cadastrar todos os clientes no sistema Cadastre Link, sejam eles “Prospects” ou já consumados; e Oferecer, Test Drive, para que o cliente tenha oportunidade de conhecer melhor o produto que deseja adquirir. Todos os clientes são cadastrados no sistema C-link e não apenas os que adquirem um veículo na Bali Brasília Automóveis. Também aqueles que estão pesquisando e que são nomeados na FIAT como “Prospects”, ou seja, clientes potenciais devem ser Cadastradas no Sistema. (BALI 2007, p.8) Existe, na Bali Brasília Automóveis LTDA, serviço de Tele Marketing ativo que faz a “perseguição” dos clientes, atuais e dos potenciais que são aqueles que, num primeiro momento, visitam a empresa para conhecer a marca, os carros, a concessionária e o atendimento. Por isso é importante ter acesso aos dados dos clientes, para manter contatos com esses clientes potenciais (BALI 2007, p.8). O Test Drive é uma ferramenta de venda. Em toda concessionária Fiat, o Test Drive é o primeiro contato com o veículo. É o momento em que muitos clientes buscam decidir sobre a marca de veículo a comprar. Portanto, é o momento de conquistar o cliente e de apresentar os benefícios oferecidos pelo carro. É o momento de encantar o cliente. 21 O Test Drive funciona como um termômetro desta decisão que o cliente toma ao desvendar algo além do que esperava, não apenas do veículo, mas, também, da marca FIAT, do vendedor e da concessionária (BALI 2007, p.8). 2.3 Estrutura organizacional A FIAT Fábrica Italiana de Automóveis Torino foi Fundada por Giovanni Agnelli, em 11 de julho de 1899. Seu neto, Gianni Agnelli, chefiou a Fiat, de 1966, até sua morte em janeiro de 2003, quando foi sucedido por seu irmão Umberto Agnelli. Depois da morte de Umberto em 2004, Luca de Montezemolo foi nomeado presidente da empresa, porém o herdeiro de Agnelli, John Elkann, tornou-se vice-presidente, com 28 anos. Outros membros da família Agnelli continuam na direção. O Grupo Fiat é o maior grupo industrial da Itália e um dos maiores do mundo, com operações industriais em mais de 60 países espalhados pelos cinco continentes do planeta. O maior mercado do Grupo Fiat, depois da Itália, é o Brasil que ocupa um lugar de destaque na estratégia global da empresa. O grupo Fiat é um dos principais grupos industriais do Brasil, com atuação diversificada nos segmentos metal-mecânico e de serviços (FIAT 2010) As empresas Fiat no Brasil são parâmetro de eficiência e qualidade no mundo empresarial brasileiro. São 16 empresas ocupando posição de liderança em quase todos os setores em que atuam e disputando a liderança nos demais (FIAT, 2010). Segundo a Fiat (2010), as principais atividades do grupo no Brasil concentram-se na produção e venda de automóveis e caminhões - Fiat Automóveis e Iveco; desenvolvimento e produção de motores e transmissões FPT- Powertrain Technologies; produção de peças fundidas em ferro para a indústria automobilística nacional Teksid do Brasil; fabricação de máquinas agrícolas e de construção CNH - Carteira Nacional de Habilitação; produção e comercialização de componentes automotivos - Magneti Marelli; fornecimento de equipamentos de automação industrial - Comau; consultoria e formação de pessoal – Isvor e consultoria e administração empresarial - Fiat Services. O Grupo Fiat também atua no setor financeiro, por meio da Fiat Finanças, do Banco Fidis, e da CNH - Carteira Nacional de Habilitação Capital e Fides Corretagens de Seguros. Sua presença se projeta na educação e na cultura, por meio da Fundação Torino e da Casa Fiat de Cultura (FIAT, 2010). 22 Maior empresa do Grupo Fiat no Brasil, a Fiat Automóveis representa cerca de 30% da produção do Fiat Group Automobiles no mundo. O Brasil é o principal mercado da empresa, depois da Itália, e sedia, também, a maior fábrica de automóveis do Grupo (FIAT, 2010). Instalada em Betim Minas Gerais, desde 1976, a Fiat automóveis do Brasil opera atualmente em três turnos com ritmo de produção diária superior a 3.000 carros. A Fiat Automóveis prepara-se para consolidar uma capacidade de 800 mil veículos por ano, o que a torna uma das maiores fábricas de automóveis do mundo (FIAT, 2010). A Fiat Automóveis investe em pesquisa e desenvolvimento de produtos, em novas tecnologias, em qualidade e em capacitação de engenharia para executar projetos cada vez mais ousados e inovadores. Tudo em sintonia com os desejos e as aspirações dos clientes (FIAT, 2010). O faturamento líquido da Fiat, em 2008, foi de R$ 18,5 bilhões, 7% maior que o obtido no ano anterior, refletindo o melhor ano da Fiat no Brasil e de toda a indústria automobilística brasileira (FIATPRESS, 2010). A Bali Brasília Automóveis LTDA, é gerida por um, diretor geral, um gerente comercial e de marketing, um gerente de semi-novos, um gerente de assistência técnica, um gerente de atendimento, um gerente financeiro, um gerente de peças e acessórios e um gerente de pósvendas. Cada um desses gerentes é responsável pelo andamento do seu departamento. Cabe aos gerentes desenvolver o bom andamento da empresa, fazendo com que gere resultados, buscando atingir, da melhor maneira possível, os resultados. A Bali Brasília Automóveis LTDA, disponibiliza aos seus funcionários alguns benefícios, como por exemplo, o plano de saúde que é opcional, em que ela se responsabiliza por pagar a metade do plano e tem convênio com drogaria para o fornecimento de medicamentos, em casa ou no trabalho, com desconto em folha de pagamento (BALI, 2007). A estrutura organizacional da Bali Brasília Automóveis LTDA está representada na Figura 01. Conforme o organograma da Bali Brasília automóveis LTDA (Figura 01), a empresa possui um diretor geral, ao qual são subordinados diretamente seus sete gerentes, cada um com suas respectivas funções. A cada um dos gerentes, são designados cargos e disponibilizadas equipes para que seus departamentos tenham controle e qualidade no atendimento. 23 DR ET GV: GCRM GF GMV SPV DFNC DRH DPV N DLM DAD M CMN T VDR DATP RP DPC GPV DAC GAT COF PDV PDV VDR CPD GP GSN CPL PLV CPL PDV SPV CFPT AVL VDR PDV DPVS N DMV SN LMVS N PDV CF PDV Legenda – DR= Diretoria; GMV= Gerência de Marketing e Vendas; GF= Gerência Financeira; GCRM= Gerência do CRM; GP= Gerência de Peças; GPV= Gerência do Pós Vendas; GAT= Gerência de; Assistência Técnica; GSN= Gerência de Semi-novos; GV= Gerente de Vendas; ET= Entrega Técnica; DFNC= Departamento Financeiro; DRH= Departamento de Recursos Humanos ; DLM= Departamento de Limpeza e Manutenção; DADM= Departamento Administrativo; CPD= Central de Processamento de Dados; DATP= Departamento de Atendimento ao Público; RP= Recepção; DPC= Departamento de Peças; DAC= Departamento de Acessórios; COF= Chefe de Oficina; CPL= Chefe de Posto de Lavagem; PLV= Posto de Lavagem; CFPT= Chefe de Funilaria e Pintura; FPT= Funilaria e Pintura; SPV= Supervisores de vendas; AVL= Avaliador; DPVN= Despachantes de Veículos Novos; DPVSN= Despachante de Veículos Semi-novos; DMVSN= Departamento de Manutenção de Veículos Semi-novos; CMNT= Chefe de Manutenção; PDV= Produtivos; VDR= Vendedores; LMVSN= Líder de Manutenção de Veículos Semi-novos; CF=: Chefe de Limpeza Figura 01 - Organograma Bali Brasília Automóveis LTDA. 24 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Visão tradicional de uma organização Segundo Cury (2009, p. 316), quando os pioneiros da reengenharia criticaram as organizações tradicionais, seu argumento principal era que seus gerentes conheciam quase todos os seus serviços, seus produtos, seus clientes e seus principais concorrentes. Mas não compreendiam, com detalhes, seus negócios. Não sabiam como fabricavam, desenvolviam, vendiam e distribuíam seus produtos. Com isso, surgiam deficiências nas organizações, pois grande parte de seus executivos, quando eram solicitados a descrever o funcionamento de seus negócios, em aspectos tais como as estratégias de seus negócios, a divisão dos produtos ou, até mesmo, um departamento, recorriam aos organogramas da empresa, já que os mesmos não sabiam descrever o procedimento da empresa para realização de seus negócios (CURY, 2007, p. 317). De acordo com Cury (2007, p. 317), o organograma tem a função de “detalhar como funcionam, completamente, todos os processos da empresa, desde sua função principal até suas funções intermediárias, como por exemplo, os suplementos, os serviços gerais e o departamento de recursos humanos”. Além disso, o organograma permite identificar as atividades principais da empresa. O uso do organograma faz com que a organização tenha controle de tudo que é produzido por ela, desde recrutamento, treinamento, compras, controle de estoques e salários e benefícios, o que leva a uma organização voltada para o trabalho rotineiro e sem visão de mudanças, o que acaba levando ao que é chamado de organização vertical. A organização vertical centraliza tudo e todos acabam fazendo trabalho rotineiro, o que leva a um processo cansativo para os funcionários, já que todos os seus serviços são voltados para um só processo. Isso faz com que gere insatisfação nos funcionários o que pode causar descontentamento e, até mesmo, acidentes de trabalho, por falta de motivação. Uma organização voltada para essa política verticalizada tende a ter certa dificuldade de entendimento entres as áreas internas em função da demora que pode ocorrer no atendimento das necessidades umas das outras, já que há dependência entre elas. Nas organizações com gerenciamento vertical, cada área preocupa-se consigo mesma, ou seja, não há relação com outros departamentos da empresa. Cada uma cuida do seu interesse, por entender que esse contato não gera benefícios para a empresa, o que pode levar a rivalidade 25 dentro da organização, já que cada gestor cuida do seu departamento. Não havendo entendimento entre as áreas, na ocasião em que um precisar do outro, pode haver certa dificuldade de entendimento. Com isso, assuntos que podem ser resolvidos entre os departamentos quase nunca são resolvidos (CURY, 2009, p. 317). Para Rummler e Bracher (1974, p. 09, apud CURY, 2007, p. 319), a cultura de silo força os gerentes a resolver assuntos dos níveis mais baixos, tomando o tempo que poderiam dedicar, com mais prioridade, a assuntos de concorrentes e de clientes. Os empregados de nível mais baixo poderiam estar resolvendo esses assuntos, assumem menor responsabilidade pelos resultados e encaram a si próprios como meros implementadores e fornecedores de informação (...). Essa situação não é a pior. Com freqüência, os chefes funcionais estão tão fora de lugar que os assuntos inter-funcionais nem são abordados. Quando uma função específica gera um esforço para “atender”, como no caso da área de marketing, ela se esforça para atender seus objetivos. Pode ocorrer que essa otimização funcional gere, em contrapartida, a subotimização da empresa, em seu conjunto. Vendendo muitos produtos, por exemplo, a área de marketing atinge seus propósitos, mas se a área de produção não conseguir produzí-los e entregá-los a tempo, o problema não é com o marketing, que cumpriu sua obrigação (CURY, 2009, p. 319). De acordo com Cury (2009, p. 319), surgem assim os conflitos inter-funcionais muito, comuns nessa modelagem organizacional, em que cada departamento funcional é, simplesmente, um centro custo, pela dificuldade em avaliar sua produtividade. Tanto isso é verdade que, quando diversificadas, as grandes empresas institucionalizam as “divisões de produção”, que são definidas como centros de lucros. Os processos estão correndo nas organizações, transformando insumos em produtos, estejam ou não os dirigentes e empregados interessados. Por essa razão, o processo, também, pode ser considerado o centro de um sistema, em cujas fronteiras encontram-se suas entradas – insumos, recursos humanos, recursos materiais, recursos tecnológicos, energéticos dentre outras – e suas saídas – produtos, bens ou serviços, destinados a um determinado cliente, seja, externo ou interno à empresa (CURY, 2009, p. 319-320). 26 3.2 Visão sistêmica ou horizontal de uma organização Segundo Cury (2005, p. 320), a denominada visão sistêmica de uma organização retrata um novo enfoque, exigido pela dinâmica da sociedade atual, forçando as organizações a melhorar seus desempenhos para atender a um mercado comprador, atualmente, competitivo e globalizado. Essa perspectiva deve incluir alguns princípios: Visão do cliente, do produto e do fluxo de trabalho; Visão da forma como o trabalho é, realmente, feito por processos que cortam as fronteiras organizacionais e; Visão dos relacionamentos internos entre cliente-fornecedor, por meio dos quais são produzidos produtos e serviços. Na opinião de Rummler e Bracher (1974, p. 12, apud CURY, 2009, p. 320), as maiores oportunidades de melhoria de desempenho das empresas estão nas interfaces funcionais naqueles pontos onde o bastão é passado para um departamento ou área funcional. Assim, os estudos organizacionais evoluíram para a visão de sistema de uma organização, como ponto de partida para a criação e o gerenciamento de organizações que respondam, eficientemente, à nova realidade de fortes concorrências e de expectativas em mutação dos clientes. Essas novas organizações, em que as funções são separadas são as chamadas organizações horizontais. 3.3 Processos Segundo Cury (2009, p. 311), no final dos anos 1980 e início dos anos 1990 surgiu a idéia de agregar valor ao cliente e, com isso, passou-se a buscar as formas de processos dentro das organizações, o que pode causar confusões pelo uso do termo, em diferentes concepções. Pode-se dizer que processo é uma série de tarefas ou etapas a serem seguidas e que recebem insumos para gerar produtos ou serviços. Esses insumos podem ser matérias-primas, informações, pessoas, máquinas e métodos. Os processos geram produtos físicos, informações ou serviços, agregando valor, a fim de gerar benefícios aos consumidores. Todo tipo de trabalho em uma empresa deve integrar um processo de produção, embora existam varias classificações de processos. 27 Segundo Rummler e Brache (1974, p. 55, apud CURY, 2009, p. 311), existem três tipos de processos: Processo de Clientes que são aqueles que confeccionam um produto ou um serviço para os clientes externos da organização; Processos Administrativos que são aqueles que fabricam produtos que são invisíveis para os clientes externos, sendo, porém, necessários ao gerenciamento efetivo dos negócios; e Processos de Gerenciamento que incluem as decisões que os gerentes devem tomar para apoiar os processos de negócios. Segundo Cury (2009, p. 313), processo representa um grupo lógico de atividades necessárias ao funcionamento da empresa, independentemente dos órgãos executores. Uma vez conhecidos os processos de uma organização, será através da identificação das necessidades de informações de cada processo que deverão ser definidos e desenvolvidos os sistemas. Um Processo dentro de uma empresa consiste no conjunto de atividades desenvolvidas, a partir da entrada de matérias-primas e produtos específicos, com o objetivo de criar uma saída de valor final para o cliente. Segundo Bosworth e Holland (2009, p. 71), processo é “um conjunto definido de atividades inter-relacionadas, repetíveis, com resultados que alimentam outra atividade no processo. Cada resultado pode ser medido, de modo que seja possível fazer ajustes nas atividades, nos resultados ou no processo em si.” Segundo Fiat Comercial (2009, p. 04), “processo pode ser qualquer atividade entendida como um conjunto, uma seqüências de fases, ou seja, ações e decisões destinadas a transformar um input em output, acrescentando-lhe valor durante a operação”. Assim, processo pode ser definido como uma série de passos e ações destinadas a alcançar um objetivo. Dessa forma, a estrutura de uma organização pode ter como base um macro processo, que é divido em processos e estes subdivididos em sub-processos que se relacionam de forma lógica e complementar. Por sua vez o sub-processo, é constituído de um determinado número de atividades necessárias para produzir resultados. Cada atividade é constituída por tarefas executas por pessoas (FIAT COMERCIAL, 2009, p. 04). Segundo Davenport (1994, p. 08, apud CURY, 2009, p. 315), a adoção de uma abordagem de processos, “significa a adoção do ponto de vista do cliente. Os processos são a estrutura pela 28 qual uma organização faz o necessário para produzir valor a seus clientes e, por fim, em conseqüência, uma importante medida de um processo é a satisfação do cliente com o produto desse processo.” Já segundo Adair e Murray (apud, CURY, 2009, p. 315), processo é uma série de tarefas ou etapas que recebem insumos (materiais, informações, pessoas, máquinas, métodos) e geram produtos (produto físico, informação e serviço), que são usados para fins específicos de seus receptores. Assim, as empresas se organizam em processos centrais. Esses processos centrais são: processo de confecção do produto; processo de geração do produto; processo de execução e pedidos, e processo de atendimento ao cliente. Diante desses novos conceitos de processos, surge a ideia das mudanças nas organizações que visam ter uma visão horizontal, para compreender melhor os processos da empresa, deixando de lado o sistema vertical tradicional que era muito restrito. Esse sistema não focava produtos ou serviços ligados aos clientes e a fornecedores, mas sim a organização e deixava de agregar valor aos clientes, deixando claro que as funções eram mais importantes que os clientes. Além dessa, comunicação entre as áreas. Com isso, percebe-se que o cliente não tinha muita escolha e quem determinava as necessidades dos clientes eram as próprias organizações, por meio da oferta de produtos. Como os consumidores não tinham escolha, eram obrigados a esperar pelos produtos oferecidos pelas organizações. Com a passar do tempo, por volta dos anos 1970, o cenário mundial foi mudando e as empresas começaram a buscar novas formas de conquistar e atrair seus clientes, já que a concorrência estava ficando cada vez mais acirrada. A busca contínua por produtos foi ficando cada vez maior e o cliente foi ficando cada vez mais importante para as organizações. Com isso, surge um novo cenário que obriga as empresas a buscarem compreender melhor seus processos para beneficiar e melhorar seus produtos. Surge, assim, a visão horizontal, fundamentada nos processos organizacionais (CURY, 2009, p. 316). Para Bosworth e Holland (2009, p. 78-79), “um processo de vendas centrado no cliente necessita cobrir todas as etapas, desde a necessidade do mercado, passando pela medição dos resultados atingidos pelos clientes”, além de definir e incluir os seguintes requisitos: quando se inicia o ciclo de compras; as etapas envolvidas em fazer uma recomendação; as etapas necessárias para fazer os compradores entenderem seus requisitos; etapas necessárias para fazer os compradores entenderem como suas ofertas abordam as metas e os problemas deles; 29 data estimada para decisão, documentada para confirmar o “de acordo” do cliente; e, por fim, a “inserção do processo de feedback, para permitir ajuste rápido às questões de timing, a pressões competitivas, ao retorno do cliente, a questões de mercado e a eventos externos”. Boswort e Holland (2009, p. 71) afirmam que, processo de vendas é um conjunto definido de atividades inter-relacionadas, repetíveis, a partir das necessidades do mercado, passando pela prestação de serviços aos clientes, que permite a comunicação do progresso ao tempo com outras pessoas na empresa. Cada atividade tem um responsável e um resultado padrão, mensurável, que provê inputs, a uma outra atividade. Cada resultado pode ser avaliado de modo que é possível melhorar: (1) as habilidades dos profissionais que executam as atividades e / ou (2) o processo de vendas. Segundo Bosworth e Holland (2009, p. 72), como a percepção predominante de vendas vem da teoria de que vender é uma arte, poucas empresas aderem ao chamado processo de vendas. Acredita-se que “essa deficiência seja o fator mais significativo para que os sistemas de automação de forças de vendas SFA Sales Force Automation e de gestão do relacionamento com o cliente CRM Customer Relationship Managemen, tenham gerado resultados desapontadores”. Para que se tenha um processo de venda sustentável, é preciso que esse processo seja definido e bem elaborado para obter bons resultados, e com isso, aumentar as vendas. Portanto, para que esse processo seja bem sucedido, é necessário seguir alguns requisitos pré estabelecido (BOSWORTH e HOLLAND 2009, p. 72-73): (1) processos repetíveis; (2) Input consistente; e Input auditável. Segundo Bosworth e Holland (2009, p. 72), o processo repetível vem salientar que na maioria das empresas há mais de um processo de vendas que irão variar segundo grandes cotas, contas nacionais, contas de porte médio, negócios complementares, serviços profissionais, renovação de contrato, dentro outros aspectos. “A maioria das pessoas rapidamente conclui que um tamanho só não se ajustam a todos; na realidade, a imposição de um único processo de vendas, para todas as vendas pode ser a receita do desastre”. De acordo com Bosworth e Holland (2009, p. 73), input consistente significa que há vendedores sobre o resultado dos contratos de vendas realizados. Por definição, essas informações são subjetivas e variáveis, o que pode gerar problema, pelo fato do posicionamento das ofertas recair exclusivamente nos ombros de cada vendedor. 30 Input auditável significa que várias empresas têm milestones ou ponto de controles isto é, etapas claramente identificadas em ciclos de vendas, utilizadas para determinar em que ponto o vendedor ficará frente a frente com uma determinada oportunidade. Segundo Minadeo (2008, p. 382), o vendedor tem um papel importante para o processo mercadológico. Ninguém sai de casa para compra um plano de saúde, um seguro de vida ou uma enciclopédia. Esses produtos são produtos que necessitam da presença de um vendedor. Pode haver dúvidas no processo de escolha do produto que se está comprando e, por isso, a presença do vendedor, nesse tipo de compra, é indispensável, já que ele pode vir a solucionar dúvidas e fazer a devida apresentação do produto. Outro ponto importante sobra a ação do vendedor, na hora da compra, é criar um estímulo que favoreça a aquisição do produto e convença o consumidor de que o produto é de boa qualidade, além de demonstrar as vantagens de adquirir esse produto. De acordo com Futrell (2003, p. 85-86, apud MINADEO, 2008, p. 383), o profissional de vendas deve “estar atento às motivações, percepções, nível de conhecimento, atitudes e personalidade do cliente”. Alguns consumidores apresentam dúvidas a respeito das necessidades que possuem, “podendo, o vendedor, se constituir de um importante catalisador do processo”. Os vendedores beneficiam-se com a seguinte abordagem: apresentar aos clientes potenciais as características físicas dos produtos; as características de desempenho dos produtos; e os benefícios dos produtos. Segundo Bosworth e Holland (2009, p. 62-63), o grau de conhecimento de um vendedor profissional pode atrapalhar na hora da venda. Um vendedor capacitado e com um vasto conhecimento sobre vendas torna-se necessário. Percebe-se que alguns vendedores, ao atenderem um cliente que não conhece o produto, perdem a paciência e a empatia com o cliente, pelo fato de precisar repetir por várias vezes a fala sobre um produto que ele conhece. Porém, o vendedor deve perceber que o cliente desconhece o produto e que é necessário fazêlo conhecer, detalhadamente, o produto que está comprando. Um estudo realizado pela Xerox Corporation, no final dos anos 1970, para demonstrar o hábito de seus vendedores, mostrou que vendedores recém-contratados tinham uma performance bastante previsível no decorrer do tempo. Porém, seu desenvolvimento aumentava constantemente, com o passar do tempo e, ao chegar a torno de 18 meses de atuação, inexplicavelmente, apresentava declínio repentino (BOSWORTH, HOLLAND, 2009, p. 63). 31 Conclui-se, com o estudo, que leva em torno de um ano e meio para um vendedor torna-se especialista. Após esse tempo de formação, os vendedores já entendiam todos os objetivos, os problemas ou as necessidades de seu pacote de produtos em qualquer combinação. De acordo com Bosworth e Holland, (2009, p. 63), os clientes desejam ter vendedores especialistas. Ao mesmo tempo, um vendedor com vasto conhecimento na área de vendas pode proporcionar um melhor atendimento a seus clientes. Segundo Kotler, (2009, p. 613-614), a primeira etapa do processo de vendas é identificar os clientes potenciais. Embora a empresa tente fornecer indicações, os vendedores devem ser capazes de desenvolver suas próprias indicações. Elas podem ser desenvolvidas das seguintes maneiras: solicitar aos clientes que indiquem nomes; cultivar outras fontes de referências tais como, fornecedores, gerentes de bancos, distribuidores, dentre outros; filiar-se às organizações freqüentadas por clientes potenciais; envolver-se em atividades de comunicação falada e escrita que chamem a atenção; examinar fontes de dados tais como, (jornais e anuários, dentre outras). Procurar nomes; usar o telefone e o correio; obter indicações e por último, visitar empresas aleatoriamente. O Quadro 01 apresenta alguns conceitos de processos, de acordo com alguns autores. Quadro 01- Principais conceitos de processos. AUTOR CURY (2009, p. 311) CURY (2009, p. 313) Bosworth e Holland (2009, p. 71) Fiat Comercial (2009, p.04) CONCEITO Processo é uma série de tarefas ou etapas a serem seguidas e que recebem insumos para gerar produtos ou serviços. Esses insumos podem ser matérias-primas, informações, pessoas, máquinas e métodos. Processo representa um grupo lógico de atividades necessárias ao funcionamento da empresa, independentemente dos órgãos executores. Uma vez conhecidos os processos de uma organização, será através da identificação das necessidades de informações de cada processo que deverão ser definidos e desenvolvidos os sistemas. Processo é um conjunto definido de atividades interrelacionadas, repetíveis, com resultados que alimentam outra atividade no processo. Cada resultado pode ser medido, de modo que seja possível fazer ajustes nas atividades, nos resultadas ou no processo em si. Processo pode ser qualquer atividade entendida como um conjunto, uma seqüências de fases, ou seja, ações e decisões destinadas a transformar um input em output, acrescentando-lhe 32 Adair e Murray (apud, CURY, 2009 p.315) valor durante a operação, assim, processo pode ser definido como uma série de passos e ações destinadas a alcançar um objetivo. Processo é uma série de tarefas ou etapas que recebem insumos (materiais, informações, pessoas, máquinas, métodos) e geram produtos (produto físico, informação e serviço), que são usados para fins específicos de seus receptores. Assim, as empresas se organizam em processos centrais. Esses processos centrais são: processo de confecção do produto; processo de geração do produto; processo de execução e pedidos, e processo de atendimento ao cliente. 3.3.1 Processo de administração de vendas Segundo Cobra (1994, p. 21), “a atividade de vendas é classificada como ferramenta promocional junto com a propaganda, promoção de vendas, merchandising e relações públicas”. A administração de vendas é um processo gerencial das funções organizacionais da venda pessoal (COBRA, 1994, p. 21). A área de vendas não possui uma atividade isolada. E ela depende de uma estratégia de marketing bem elaborada, que inclui produtos, preços, sistemas de distribuição e outras atividades promocionais. Para entender vendas, é necessário ter-se um mínimo em conhecimento básico em marketing, pois um assunto está relacionado ao outro (LAS CASAS, 2009, p. 15). De acordo com Las Casas e Luzzi (1987, p. 30, apud LAS CASAS, 2009, p. 15), marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca orientadas para a satisfação dos desejos e das necessidades dos consumidores, visando alcançar os objetivos da empresa, considerando sempre o ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade. Num passado não muito distante, o gerente de vendas era um homem apenas preocupado em gerenciar negócios, fechando vendas. Hoje, com a complexidade de multi-negócios e multiprodutos, ele deve ser um estrategista de campo, ao mesmo tempo planejando e tomando decisões (COBRA, 1994, p. 21). A associação Americana de marketing, através de seu comitê de definição, em 1948, definiu administração de vendas como: planejamento, direção e controle de venda pessoal, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, providência, de recursos, delegação, determinação de rotas, supervisão, 33 pagamento e motivação, à medida que estas tarefas se aplicam a força de vendas, mas também se ocupa com inovação, pesquisa, planejamento, orçamento, preço, canais, promoção, produção e até localização de fábricas (COBRA, 1994, p. 21). A importância das vendas resulta, em alguns casos, no atendimento das necessidades da sociedade em geral. As vendas são importantes para a economia. Os produtos da indústria ou agricultura não se vendem por si mesmos; é preciso que haja um trabalho em cima desses produtos para alavancar as vendas dos mesmos. As vendas trazem, também, para o país, empregos e melhor qualidade de vida para as pessoas que se sustentam do mercado de vendas. A venda pode gerar melhor padrão de vida. Os vendedores levam aos consumidores produtos novos que lhe trazem conforto, comodidade e benefícios, dentre outras vantagens e, conseqüentemente, proporcionam melhoria no padrão de vida da sociedade. As vendas podem levar ao aperfeiçoamento do produto. As empresas precisam de vendedores para desenvolver mercado. São eles que mantêm o relacionamento direto com os clientes e sabem quais são as suas necessidades. Com esse conhecimento adquirido, proporcionam desenvolvimento de produtos melhores ou até mesmo melhoria nos produtos já existentes. A empresa é uma fonte geradora de custos e o departamento de vendas é o responsável por gerar receitas, uma vez, que, não vendendo, a empresa não consegue arcar com seus compromissos. Portanto, não havendo receitas geradas pelo departamento de vendas, o risco de demissão pode ocorrer na empresa, a fim de diminuir os custos. As vendas também podem estimular desenvolvimento de profissionais. O setor de vendas é um importante departamento para o desenvolvimento de profissionais qualificados. O vendedor, geralmente, é uma pessoa flexível voltada para todos os tipos de clientes. Ele desenvolve várias outras atividades para fechar uma venda, como é o caso do manuseio de computadores e de programas específicos. Além de tudo isso, precisa ser ágil para poder atender outros clientes, sem deixar de demonstrar conhecimento e ter empatia com o cliente. Essas são apenas algumas das contribuições mais importantes do departamento de vendas para empresa e para sociedade. O grau de eficiência para o desempenho das funções de venda depende de influências internas e externas à empresa. 34 Alguns dos principais fatores de influência interna nas vendas, segundo Las Casas (2009, p. 21-22), são: (1) composto de marketing; (2) recursos da companhia; (3) atitude da administração; e (4) localização do departamento de vendas no organograma. Há vários componentes que afetam um departamento de vendas, relativos ao composto de marketing. Produtos diversos ou complexos podem mudar todo o processo de contratação de vendedores. Há alguns casos em que é preciso ter uma formação acadêmica para tal função e em outros, é necessário ser técnico no assunto, pois há casos de produtos sofisticados que exigem conhecimento específico. Sobressaem-se àqueles que melhor entendem do produto. Quanto a recursos da companhia, pode-se dizer que é possível uma equipe de vendas ser reduzida caso a empresa não tenha condições de aumentar sua capacidade de produção, ou até, mesmo sua estrutura. Caso a empresa esteja passando por problemas financeiros, poderá reduzir seu quadro de funcionários para corte de despesas. A atitude da Administração é outro fator de influência nas atividades de vendas. Alguns gerentes ou diretores dão muita atenção ao departamento de vendas, deixando de lado os outros departamentos. Esta diferença de mentalidade nos níveis superiores, certamente, determina a importância atribuída ao departamento de vendas. A localização do departamento de vendas no organograma afeta o seu desempenho. É muito variável a localização do departamento de vendas no organograma das empresas. Em algumas delas, ele ocupa lugar acima das principais funções mercadológicas, enquanto, em outras, está subordinado ao departamento de marketing. As variações residem no grau de importância que recebe na organização ou em suas atribuições. Por outro lado, fatores externos à empresa podem influenciar o departamento de vendas. O acirramento dos concorrentes pode determinar a necessidade de uma equipe mais bem estruturada para prestar melhor atendimento ou, até mesmo, serviços, com o objetivo de diferenciação dos concorrentes (LAS CASAS, 2009, p. 22). É importante acrescentar outros aspectos externos tais como fornecedores, varejistas, intermediários, agências do governo, comunidade financeira, imprensa e público em geral, que podem influenciar nas vendas de uma empresa. Todos esses agentes externos podem influenciar a empresa e provocar mudanças. É necessário dar importância á organização de um departamento, pois, da organização pode resultar na execução de trabalho melhor (LAS CASAS, 2009, p. 22). 35 3.4 Venda Pessoal Segundo Urdan e Urdan (2005, p. apud, MINADEO, 2008, p. 385), “o trabalho de venda pessoal varia entre as empresas. Em algumas, o vendedor tem o trabalho mais restrito. Em outras, o vendedor possui formação técnica superior e realiza uma tarefa complexa.”. Segundo alguns autores há três tipos de venda pessoal: (1) tirador de pedidos; (2) conquistador de pedidos; e (3) apoio de vendas. O tirador de pedido adota uma postura passiva perante o cliente, dado que é o consumidor que compra e não o vendedor que vende. O vendedor exerce pouca influência sobre o cliente, preocupando-se somente com o processo de finalizar a operação. Esse tipo de venda não requer muito conhecimento e habilidades. O conquistador de pedidos é o vendedor que toma iniciativa no processo de vendas e vai ao encontro dos clientes atuais e potencias. Esse vendedor conhece profundamente as expectativas do público alvo e as aplicações do produto da empresa e dos seus concorrentes. Ele incentiva o aprimoramento dos produtos atuais e o desenvolvimento de novos produtos. Além disso, representa o cliente dentro da empresa, levando informações que melhoram a capacidade ao servir o consumidor. O apoio de vendas inclui os serviços necessários à venda, prestados por outros funcionários que não o vendedor. Sem eles, algumas vendas não seriam possíveis. Operacionalização de vendas e venda missionária são duas modalidades de apoio de vendas. A operacionalização executa atividades rotineiras para a efetivação das vendas, como é o caso de obter e avaliar dados cadastrais dos clientes; colher assinaturas; registrar contratos; entrega e instalação. A venda missionária é aquela em que se transmite conhecimento aos clientes em contatos face a face, sem concretizar vendas, como é o caso dos representantes de laboratórios farmacêuticos. Pode-se, também, acrescentar a figura do vendedor ambulante, como no caso dos que vendem jornais nos cruzamentos, que proporcionam comodidade aos clientes, já que estes não precisam deslocar-se até uma banca de jornal (MINADEO 2008, p. 385). 3.4.1 Processos de venda pessoal Segundo Urdan e Urdan (2005, apud MINADEO, 2008, p. 384), o processo de venda pessoal apresenta as seguintes fases: (1) Prospecção e qualificação de possíveis clientes; (2) Pré 36 abordagem de possíveis clientes; (3) Abordagem a apresentação de vendas; (4) Tratamento de objeções; (5) Fechamento de vendas; e (6) Acompanhamento de pós-vendas. Prospecção e qualificação de possíveis clientes é o trabalho de vendedor que começa com a busca e a avaliação preliminar de possíveis clientes identificando quais as suas necessidades, a capacidade da empresa satisfazer essas necessidades por meio de benefícios e de custos. Pré-abordagem de possíveis clientes é a atividade em que o vendedor planeja a forma de abordar o cliente potencial, evitando a perda de negócios por tentativas inadequadas. Dados adicionais sobre cliente são resumidos e analisados, nessa tese. Abordagem e apresentação de vendas é o desafio do vendedor em conseguir contato e permissão do cliente para apresentar proposta de venda. É comum o uso de indicações de conhecidos comuns. A criação de um clima amistoso é fundamental, pois a apresentação não pode ser um monólogo chato e unilateral do vendedor. Tratamento de objeções é a quarta atividade do processo de venda pessoal. É comum que, na apresentação de vendas, surjam objeções. Assim, torna-se importante manter uma postura positiva, sem objeções improcedentes, ao mesmo tempo em que se evita um clima de antagonismo. A quinta atividade de venda é o fechamento de venda. É crucial definir o momento certo de iniciar o fechamento da venda, sem precipitação, mas, também, sem atrasos, aproveitando as pistas que o cliente fornece ao indicar interesse pela oferta. Acompanhamento pós-vendas é a sexta atividade no processo de venda pessoal. A venda deve ser vista como o inicio de várias trocas de relacionamento entra as partes, o que, em parte, depende do comportamento do vendedor após a venda. É uma oportunidade de fazer contato com o cliente para agradecer pela compra, colocar-se à disposição, se houver necessidade, remover dúvidas e inseguranças que possam ainda existir e verificar se o produto foi entregue sem problemas. As etapas do processo de vendas segundo Urdan e Urdan (2005, apud MINADEO, 2008) e suas atividades encontram-se no Quadro 02. 37 Quadro 02 - Etapas do processo de vendas, (URDAN E URDAN, 2005, apud MINADEO, 2008). ETAPAS DO PROCESSO DEVENDAS ATIVIDADES Prospecção e qualificação de possíveis clientes Busca de clientes potenciais e de clientes já existentes. Pré abordagem de possíveis clientes Abordagem a apresentação de vendas Tratamento de objeções Fechamento de vendas Acompanhamento de pós-vendas. Atividade em que o vendedor planeja a forma de abordar o cliente potencial, evitando a perda de negócios por tentativas inadequadas. É o desafio do vendedor em conseguir contato e permissão do cliente para apresentar proposta de venda. É comum que, na apresentação de vendas, surjam objeções. Assim torna-se importante manter uma postura positiva, sem objeções improcedentes, ao mesmo tempo em que se evita um clima de antagonismo. É crucial definir o momento certo de iniciar o fechamento da venda, sem precipitação, mas, também, sem atrasos, aproveitando as pistas que o cliente fornece ao indicar interesse pela oferta. A venda deve ser vista como o inicio de várias trocas de relacionamento entra as partes, o que, em parte, depende do comportamento do vendedor após a venda. Segundo Las Casas (2009, p. 212), as atividades de vendas são consideradas um processo, em razão de compreenderem uma série de etapas. Esse processo engloba: (1) processo e avaliação dos clientes; (2) abordagem; (3) apresentação; (4) tratamento de objeções; (5) fechamento; e (6) pós-venda. De acordo com Las Casas (2009, p. 212), no processo e avaliação dos clientes, os vendedores visam alcançar os objetivos de vendas ao procurarem e avaliarem os clientes. Nem sempre um bom cliente para um produto de certa empresa é considerado um bom cliente para outra empresa. Algumas empresas visam consumidores com poder aquisitivo mais alto, com capacidade de compra, enquanto outras consideram reconhecimento social ou status como prioritários. 38 Segundo Las Casas (2009, p. 212), não se quer dizer que os clientes que não se enquadram nas categorias de melhores clientes sejam desprezados. Devem constantemente satisfazer a todos. Entretanto, o alvo principal da empresa deve ser os clientes que proporcionam melhores retornos. Para distinguir tais clientes e obter nomes de clientes para posteriormente selecionar os mais qualificados. Dentre eles: (1) corrente continua; (2) centro de influências; (3) observação pessoal; (4) assistente de vendas; (5) novas contas; e (6) outras fontes. No primeiro método de corrente continua, o vendedor solicita, em cada entrevista com clientes, indicação para futuros contatos. Para obter melhores resultados, quando possível, deve-se pedir uma carta de recomendação, um telefonema ou um bilhete de apresentação. Já no método de centro de influências, o representante de vendas relaciona-se com uma pessoa ou grupo de pessoas que servem como centro de influências para ele. Centro de influências são pessoas que se propõem a indicar clientes, com ou sem participação nos resultados financeiros da venda proveniente da indicação. O terceiro método é a observação pessoal e consiste em aplicar o método de observação para obtenção de nomes de possíveis clientes. O vendedor, neste caso, mantém-se alerta às necessidades e às intenções de compra, a partir das conversas informais, que fazem parte do dia-a-dia do indivíduo. O método de assistente de vendas consiste na contratação de um vendedor júnior, às vezes em treinamento, para visitar prováveis compradores. Entretanto, quando alguém se mostra realmente interessado em comprar, ele conta com um apoio de um vendedor titular, que faz a apresentação de vendas e fecha o negócio. Já o método de novas contas cold canvassing, é o caso em que o vendedor visita vários clientes sem marcar entrevistas, procurando contatá-los de maneira direta, de porta em porta. Mesmo que não consiga fazer uma apresentação, ele obtém nomes e indicações para contatos futuros. No sexto e último método de distinção de clientes denominado outras fontes, contata-se clientes antigos, ou por meio de feiras, de exposições, de concursos classificados, de listas telefônicas, de outros vendedores, de funcionários e amigos, de anúncios de casamentos e nascimento, de escolas, além de outras fontes de indicação de clientes. A abordagem do cliente segundo Las Casas (2009, p. 212), é a segunda estapa do processo de vendas. Trata-se da primeira impressão a ser deixada pelo vendedor. Por isso, em casos de 39 abordagem de clientes pela primeira vez, deve-se dar atenção a certos detalhes que podem passar despercebidos em visitas futuras quando o vendedor e o comprador já se conhecem. A primeira abordagem pode ser determinante para contatos futuros. Porém, segundo Las Casas (2009, p. 214), outros requisitos são necessários. O primeiro contato a ser realizado deve ser marcado com antecedência e, para que esse contato aconteça, primeiramente, passa-se pela secretária, usando-se da sinceridade e da honestidade, quanto ao propósito da visita. Esse contato com a secretária pode representar a primeira venda. A própria visita pode ser a primeira venda. Por isso, a ideia deve ser vendida para a secretária, para conseguir um horário com a gerência. Esse contato com hora marcada pode evitar os desencontros e ganhar tempo para realizar novas visitas. De acordo com Las Casas (2009, p. 215), na etapa de abordagem, é essencial que o primeiro contato do vendedor desperte a atenção de seus compradores, senão a sua mensagem não será assimilada. Porém, existem alguns métodos que ajudam a chamar a atenção na abordagem, tais como: (1) apresentação; (2) abordagem do produto; (3) método de fazer perguntas; e (4) abordagem do elogio. O primeiro método que é a apresentação que é muito usado e consiste em iniciar uma entrevista com a apresentação pessoal do vendedor e de sua empresa. A atenção é despertada se a empresa tiver bom nome no mercado ou se o produto comercializado for de real interesse do comprador. O segundo método de abordagem do produto é utilizado, principalmente, no varejo. A abordagem é feita pela demonstração ou comentário sobre o produto com o objetivo de conquistar o cliente. Por exemplo: um cliente entra em uma loja e fica examinando um roupa. O vendedor pode abordar o cliente dizendo: “essa roupa faz parte da mais nova coleção de inverno de nossa loja” Método de fazer perguntas é uma forma recomendada de despertar a atenção dos clientes, pois exige participação, considerando sempre que: quanto mais específica for a pergunta, melhor; e que o vendedor deve ter cuidado para não fazer perguntas que o cliente não deseja responder, principalmente aquelas que têm apelo particular. Devem ser feitas perguntas que considerem os benefícios mais interessantes ao cliente. O quarto método de abordagem do elogio, que consiste em começar a entrevista elogiando o consumidor em alguns aspectos visíveis ao vendedor. Por exemplo: ao entrar no escritório do 40 comprador, o vendedor diz ao aproximar-se dele: “parabéns, Sr. Ferreira, seu escritório é muito bonito”. O elogio é uma forma simpática de despertar a atenção de muitas pessoas. A apresentação de vendas é a terceira etapa do processo de vendas de acordo Las Casa (2009, p. 216), conforme o tipo do produto, há necessidade de uma adequação nas vendas. Porém, há várias formas de apresentação do produto, tais como forma memorizada, fórmula de vendas e satisfação das necessidades. Portanto, não importa qual o tipo de apresentação o vendedor utiliza, mas sim considerar os objetivos básicos de um processo, que são: chamar a atenção; despertar o interesse e o desejo; e conduzir à ação. Tratamento das objeções é a quarta etapa do processo de vendas segundo Las Casa (2009, p. 217), o processo de vendas, no decorrer de uma apresentação, surgem, com freqüências, várias objeções, sendo quase impossível o não surgimento de tais. Mesmo que não surjam no começo da entrevista, o vendedor encontra objeções que podem ocorrer no começo, no meio ou no fim de um fechamento. Tais objeções, que partem do cliente, podem ocorrer por vários motivos. Às vezes, o cliente não quer ser atendido por algum vendedor naquele dia; pode estar tentado se livrar do vendedor; pode não perceber a necessidade do serviço ou produto a ser apresentado; pode não ter dinheiro para efetivar a compra; ou pode apenas querer dizer não. De acordo com Las Casas (2009, p. 217), em qualquer das hipóteses, as objeções podem ser falsas ou verdadeiras. As objeções falsas são mais difíceis de ser identificas somente com a prática e devem ser identificadas através de métodos. Além disso, o cliente pode apresentar certo desconforto, ficar impaciente e mudar seu jeito de agir. No entanto, quando se tem uma objeção verdadeira, surge um fator crucial para o fechamento do pedido: o interesse do cliente. Respondendo às objeções corretamente, abrem-se as portas para o fechamento do pedido. Para Las Casas (2009, p. 218), a fim de responder às objeções, é conveniente que o vendedor: ouça a objeção com toda a atenção, identificando-a como verdadeira ou falsa; concorde e contra-ataque: é o método conhecido “sim...mas”; transforme a objeção em ponto de partida para o fechamento da venda; pergunte a razão da objeção; faça perguntas específicas; e adie a resposta, se necessário. É importante que as respostas às possíveis objeções sejam preparadas antes mesmo que elas aconteçam. Com base na experiência, é possível identificar as objeções antes mesmo que elas aconteçam. Porém, objeções podem surgir em situações inesperadas, necessitando de resposta rápida, com o devido cuidado para não dar uma resposta inadequada à situação. 41 A quinta etapa do processo de vendas é o Fechamento, para Las Casas (2009, p. 218), ‘todo esforço de venda culmina com o “fechamento”. Se o vendedor não for um “fechador” competente, ele não será um bom vendedor, mesmo que tenha sido bem-sucedido nas etapas anteriores’. De acordo com Las Casas (2009, p. 218), a maioria dos vendedores não sabe realizar o fechamento de vendas. Eles ficam preocupados em chamar o cliente para fechar o pedido com medo de ouvir uma resposta negativa e, em determinadas situações, os próprios vendedores esperam os clientes pedirem o fechamento da venda. Porém, existem treinamentos específicos para aprendizado do fechamento de vendas, e esses profissionais devem ser treinados. Porém, antes de efetuar o fechamento, é preciso sanar qualquer dúvida que o cliente tenha em relação ou produto ou serviços, mostrando, detalhadamente, suas vantagens e benefícios. Isso pode facilitar a decisão final. Segundo Las Casas (2009, p. 218), é preciso simplificar o ato da venda, não dando tempo para o cliente pensar se pode efetuar o fechamento da venda. Porém, durante a apresentação de vendas, surgem alguns sinais de compra que o cliente passa a demonstrar. “Esses sinais favorecem a tentativa de “fechamento” e apresentam as mais variadas formas, com a expressão facial, uma pergunta sobre disponibilidade do produto em estoque, cores à disposição etc”. Para Las Casas (2009, p. 218), os métodos mais utilizados para o fechamento são: (1) direto; (2) formação de barreiras; e (3) ofertas especiais. No método direto, a forma mais direta de “fechar” uma venda é fazer a solicitação diretamente ao cliente, sem rodeios. Já o método de formação de barreiras significa formular várias perguntas induzindo o cliente a responder “sim” a todas elas. Assim o vendedor cria certas barreiras psicológicas, não existindo aparente motivo para o comprador recusar a oferta, no momento do “fechamento”. O método de ofertas especiais trata-se de fazer ofertas que motivem a compra de imediato, incluindo colocações do tipo “compre hoje e faça o melhor negócio: não deixe para amanhã”. O serviço de pós-vendas é a sexta etapa do processo de vendas. De acordo com Las Casas (2009, p. 219), ‘até esse momento, a apresentação incluiu uma série de promessas a respeito das muitas atitudes que a empresa pode tomar. Depois da aceitação e do “fechamento” da venda é a “hora da verdade”, da concretização de todas as promessas feitas’. 42 O cliente aceitou todas as condições oferecidas pelo vendedor e diante dessas promessas o cliente espera receber todo o retorno oferecido pela empresa. Essa situação faz com que a empresa não meça esforços para proporcionar o nível de satisfação prometido ao consumidor. Porém, segundo Las Casas (2009, p. 219), “em muitas empresas, o vendedor sai do circuito após conseguir propostas assinadas, mas nada impede que ele faça um follow-up junto aos seus colegas de trabalho, para assegurar-se de que o cliente está recebendo atendimento adequado e completo”. Porém, cabe a administração da empresa proporcionar abertura para isso. Com um serviço de pós-vendas bem feito, além de manter contato entre a empresa e o cliente, pode se esperar que ele indique outro cliente ou amigo e, até mesmo, que faça propaganda da empresa, que é conhecido como propaganda “boca a boca”. Para isso, é necessário que a empresa invista em treinamento para seus vendedores, uma vez que eles são de importância vital para o sucesso da empresa, no longo prazo, por estarem em permanente contato com os clientes. O Quadro 03 apresenta o processo de vendas e suas etapas de acordo com Las Casas (2009, p.217). Quadro 03 - Processo de vendas e suas etapas de acordo com Las Casas (2009, p. 217). ETAPAS DO PROCESSO DE VENDAS Processo e avaliação dos clientes Abordagem Apresentação de vendas Tratamento das objeções Fechamento ATIVIDADES Essa primeira etapa serve para os vendedores alcançar os objetivos ao procurarem e avaliarem os clientes. Nem sempre clientes bons, são bons para outros produtos. Primeiro contato do vendedor como ao cliente. Nessa primeira apresentação o vendedor tem que fazer seu principal papel de uma boa apresentação. Apresentação do produto ou serviço. Essa apresentação tende a ser de forma rápida é pratica, objetivando chamar e prender a atenção do cliente em relação ao produto. Após a apresentação de vendas e antes do fechamento, quando o vendedor achar que o negócio já está fechado, o cliente pode fazer uma objeção de compra. O vendedor tem de tratar essas objeções para tentar mudar a cabeça do comprador. Trata-se da penúltima etapa do processo de vendas. É a fase em que o vendedor não pode vacilar e deixar o cliente querer repensar sua decisão, pois, mesmo já tendo se decidido ele pode mudar de idéia. 43 Serviço de pós-vendas Serviço de relacionamento com o cliente, após a compra, contato direto com o cliente; tratamento de avaliação e de satisfação; duvidas; explicações e fidelização do cliente. Para Castro e Neves (2005, p. 27), o processo de vendas é uma seqüência de passos ou etapas na qual os vendedores realizam a venda. Essas etapas são: (1) Prospecção; (2) Pré-abordagem; (3) Abordagem; (4) Apresentação de vendas; (5) Lidar com as objeções; (6) Fechamento; e (7) Atendimento pós-vendas. Na primeira etapa a Percepção “os vendedores utilizam diferentes técnicas para identificar clientes em potencial. Um cliente potencial significa alguém que possui desejo, necessidade, habilidade, autoridade e é elegível para comprar”. Na Pré-abordagem são coletadas informações a respeito do cliente, para que o vendedor possa prepara-se para realizar uma visita. Essa visita serve para qualificar o cliente em potencial e desenvolver a abordagem e a apresentação ao cliente. Esse estágio termina com a marcação de visita ao cliente. A terceira etapa do processo de vendas, a Abordagem, está relacionada aos primeiros minutos de uma visita de venda. O objetivo é que o vendedor garanta uma boa impressão e desperte a atenção e o interesse do cliente. Apresentação de vendas é a quarta etapa do processo de vendas. “esta é a principal parte no processo de vendas, na qual os vendedores apresentam suas ofertas e seus benefícios. O objetivo é aumentar o desejo do cliente em relação ao produto” A quinta etapa é lidar com objeções e superar resistências. Essa é a etapa de compra do produto oferecido, por meio de métodos de resposta a objeções e ênfase nos benefícios, em particular, para promover a decisão de compra. Fechamento é a sexta etapa do processo de vendas. Os vendedores iniciam as decisões dos compradores através do método desenhado para solicitar pedidos. Da forma mais apropriada e eficaz, os clientes são solicitados a comprar a oferta. A última etapa do processo de vendas, segundo Castro e Neves (2005, p. 28), é o Atendimento pós-vendas. É dever do vendedor ou da empresa acompanhar o processo de entrega do produto e garantir a satisfação do cliente. Esse processo de entrega visa manter acompanhamento da entrega ao consumidor junto e da montagem ou instalação do produto 44 caso necessário. Com esse acompanhamento, o vendedor visa garantir o cliente e sua indicação a outras. Segundo Castro e Neves (2005, p.28), nessas etapas de vendas existem várias técnicas para manter o processo eficiente e eficaz. Na percepção de clientes pode ser utilizada a técnica de clientes satisfeitos, de clientes visitados, além de atividades de promoções de vendas para gerar novos nomes. Na pré-abordagem é necessário diferenciar clientes industriais e clientes finais. No caso de clientes indústrias, deve basear-se nas informações da empresa e no setor de atuação. Para os clientes finais, é preciso identificar as necessidades e desejos por meio de diálogo, com perguntas abertas e concretas, para identificar a real necessidade do cliente. Para a apresentação de vendas é necessário enfatizar e os atributos e benefícios do produto ao cliente e saber se este atende as suas necessidades e desejos. Segundo Castro e Neves a apresentação de vendas é o cara-a-cara com o cliente. Nessa apresentação existem quatros passos a serem seguidos: (1) estímulos-respostas; (2) abordagem mental; (3) atendimento de necessidade; e (4) resolução de problemas. No passo de estímulo-resposta, os vendedores são treinados para darem respostas padronizadas. Se, por um lado, é bom, por outro, é ruim porque padroniza um modelo de resposta ao cliente impossibilitando a flexibilidade e a criatividade no processo de venda. A Abordagem mental é utilizada para desperta a atenção do cliente, para desenvolver o interesse do cliente em relação ao produto, para elevar o desejo do mesmo e para realização da ação de compra do produto. O terceiro passo trata-se do atendimento de necessidade. O vendedor deve buscar as necessidades não atendidas do cliente, oferecendo um produto de sua empresa que possa atender essas necessidades. O passo de resolução de problemas é aquele em que busca-se “dar uma solução mais completa para o cliente, inclusive o recomendado a não comprar da empresa”. Essa atitude demonstra que a empresa visa um relacionamento de logo prazo com o cliente, que pode ser lucrativa do que uma abordagem mais imediatista, que busca o atendimento das necessidades atuais, somente. De acordo com Castro e Neves (2005, p.28), apresentação de vendas não pode ser uma ação padronizada com um processo totalmente descrito e, sim, algo flexível, para poder saber as 45 reais necessidades do cliente e poder oferecer um produto que realmente venha a atender suas necessidades. Segundo Castro e Neves (2005, p. 29), para lidar com as objeções, são colocadas, por exemplo, formulação a respeito de formas diferentes de pagamentos destaque de atributos do produto, formas de lidar com resistências em relação à empresa e ao vendedor, que devem ser usadas no momento em que apareçam. Porém, no fechamento de vendas, diversas técnicas são usadas, como por exemplo, tomar a frente e solicitar o fechamento da venda, oferecer itens adicionais, considerando que o principal já foi comprado. Cada cliente atendido fornece informações à empresa. O processo de vendas e suas etapas segundo Castro e Neves (2005) encontra-se no Quadro 04. Quadro 04 - Processo de vendas e suas etapas segundo, Castro e Neves (2005) ETAPAS NO PROCESSO DE VENDAS ATIVIDADES Prospecção É a busca por clientes potenciais. Pré-abordagem Trata-se da elaboração do plano de estudo do cliente para elaborar uma visita. Abordagem O primeiro contato entre vendedor e cliente. Apresentação de vendas A etapa mais importante das vendas onde o vendedor começa a demonstrar seu produto e desperta o desejo do cliente. Lidar com as objeções e superar as resistências Usar-se da persuasão em convencer o cliente de que seu produto é a melhor escolha. Fechamento Trata-se de fechar o pedido de uma venda já realizada. Acompanhamento de pósvendas È dever da empresa ou de vendedor fazer um pós-vendas, para buscar a satisfação do cliente com a compra. Para Futrell (2003, p. 174), o processo de vendas possui dez etapas importantes: (1) prospecção; (2) pré-abordagem; (3) abordagem; (4) apresentação; (5) fechamento tentativo; (6) identificação de objeções; (7) resoluções das objeções; (8) fechamento tentativo; (9) fechamento; e (10) acompanhamento. Esse processo “refere-se a uma série de ações e seqüenciais por parte do profissional de vendas que levam o cliente a realizar uma ação desejada e terminam com um acompanhamento para assegurar a satisfação com a compra”. O processo de vendas, segundo Futrell encontra-se apresentado na Figura 02 46 Figura 02 – O processo de vendas, segundo Futrell (2003, p. 286). Fonte: Adaptado de Futrell (2003, p. 286). 47 A primeira etapa do processo de vendas, a prospecção, é a força vital das vendas porque identifica os clientes potencias. Um cliente potencial ou um prospect é um indivíduo ou uma organização selecionada com potencial para comprar seu produto ou serviço. Para Futrell (2003, p. 176), há duas razões para se procurar clientes potenciais. A primeira razão é aumentar as vendas e a segunda é substituir clientes que serão perdidos ao longo do tempo. Um cliente potencial ou um prospect não deve ser confundido com um cliente em perspectiva lead que se trata de um nome de uma pessoa ou uma organização que pode ser considerado um cliente potencial. Segundo Futrell (2003, p. 176), um lead também pode ser indicado como um suposto cliente potencial. Desde que um lead tenha sido qualificado ele se torna um cliente potencial. Para o vendedor identificar um cliente ou uma organização e determinar se é um cliente potencial existem três questões a serem consideradas: (1) Se o cliente potencial tem dinheiro para comprar (2) Se o cliente potencial tem autoridade para comprar e (3) Se o cliente potencial tem o desejo de compra. Segundo Futrell (2003, p. 176), um cliente potencial desperta a vontade de ter um produto, porém, às vezes, não demonstra tanto interesse pelo produto, o que acaba fazendo com que ele não adquira tal produto. Portanto, o vendedor tem que despertar o desejo do cliente. De acordo com Futrell (2003, p. 177), a percepção é a força vital das vendas. Embora alguns profissionais não precisem disso, a maioria apoia-se na percepção para aumentar as vendas e ganhar dinheiro. Para Futrell (2003, p. 177), existem doze métodos utilizados para prospecção de um cliente. São eles: (1) prospecção eletrônica; (2) prospecção a frio; (3) cadeia sem fim – indicação de clientes; (4) clientes órfãos; (5) clubes de leads de vendas; (6) listas de clientes potenciais; (7) publicações; (8) feiras e exposições; (9) centro de influência; (10) mala direta; (11) telefone e telemarketing; e (12) observação. O método de prospecção eletrônica, trata-se da busca feita pela internet, para adquirir informações gerais sobre os clientes e então identificá-los como clientes potenciais ou não. A prospecção a frio, baseia-se nas médias ponderadas. Se de cada dez clientes um compra tal produto, isso resulta numa média. Portando a cada dez contatos feitos por telefone pode resultar uma venda. Esse método não segue a regra de dez por um, pode ser que tenha mais de um ou nenhum cliente a cada dez. 48 A cadeia sem fim são clientes indicados por aqueles que já compraram um produto e passam a indicar seus amigos e conhecidos. Conseqüentemente aquele vendedor que fez a venda poderá ganhar mais clientes pela indicação. Clientes órfãos são aqueles clientes que perdem seus vendedores que, por algum motivo, saíram do trabalho ou mudaram de empresa, deixando uma carteira de clientes feita. Com isso aqueles vendedores que procuraram fazer contato com clientes antigos podem conseguir trazê-los novamente a loja para adquirir novos produtos. O quinto método de prospecção de clientes é o clube de leads de vendas que trata-se de um grupo de vendedores fechados que se reúnem a cada duas vezes ao mês para poderem trocar nomes de clientes e assim aderir mais clientes leads, para então torná-los clientes potencias. O sexto método de prospecção trata-se da lista de clientes potenciais. Essa lista é feita pelo próprio vendedor, que define quem são seus clientes potencias, fazendo uma lista e considerando algumas questões tais como: quem são os clientes potencias e em que classe econômica se encontram; a que tipo de organização eles pertence; se são casados ou solteiros; se têm filhos; dentre outros aspectos. O sétimo método de prospecção trata-se das publicações. O vendedor pode relatar seu produto através de publicação de artigo, enfatizando tudo sobre seu produto e sobre o histórico de sua empresa. Através dessa publicação pode conseguir novos clientes potenciais, além de que, um cliente captado por meio de um artigo, tem maior confiança por tratar-se de uma fonte pública, que requer maior conhecimento do assunto. As feiras e exposições são oportunidades que as empresas têm de demonstrar seus produtos em estandes instalados. Esse primeiro contato com o cliente em uma feira geralmente é rápido, portanto, é importante anotar os telefones e os endereços para, posteriormente, entrar em contato com o cliente e tentar executar uma venda e, assim, torná-lo um cliente potencial. Em uma feira de exposição o contado é muito rápido não havendo tempo hábil para fechar uma negociação e, sim, realizar apenas a demonstração do produto ou serviço. O nono método de prospecção de clientes é o centro de influências. Trata-se de o vendedor relacionar-se com certa comunidade que possa lhe oferecer bons clientes por meio de grupos de amigos, de familiares e de pessoas em geral, e assim procurar pessoas que possam vir a se seus clientes. 49 Os anúncios por mala direta são uma forma de contatar clientes em várias áreas geográficas e trata-se um meio mais barato e eficiente. Caso haja o interesse do cliente, a empresa pode encaminhar um vendedor até sua cidade para demonstrar melhor o produto e fechar um pedido. O telefone e o telemarketing é um método mais caro do que a mala direta, que é uma forma de contatar grandes números de clientes. No entanto, o contato pessoa a pessoa propiciado pelo telefone permite uma interação entre um lead e o vendedor e, então um lead pode ser rapidamente qualificado ou rejeitado. A observação é o último método de percepção de clientes, segundo Futrell (2003, p. 184), Um profissional de vendas está sempre observando a sua volta, para saber o que está se passando e para procurar um produto que possa satisfazer a necessidade de um consumidor. De acordo com Futrell (2003, p. 188), a segunda etapa do processo de vendas é a préabordagem. Nessa etapa, é muito importante o cuidado a ser tomado na pré-abordagem de um cliente. Esse passo é o primeiro contato com o cliente, o face a face e esse contato é que determinará se o vendedor irá ou não ter sucesso par seguir em frente com a negociação. Segundo Futrell (2003, p. 188), ao iniciar um contato com o cliente por telefone, é necessário que o vendedor mencione logo o nome de uma empresa ou de um amigo que o indicou: Essa atitude demonstra maior trans transparência no contado e gera maior confiança do cliente com o vendedor. Para Futrell (2003, p. 189), dependendo do setor de atuação, o vendedor representa a situação em que apresenta seu produto para venda. Essa situação pode receber uma série de nomes diferentes: reunião, encontro, entrevista ou apresentação. Por meio de uma apresentação, o vendedor tem maior oportunidade de influenciar seu cliente potencial. Essa apresentação deve durar de 10 a 15 minutos, e não deve possuir qualquer informação sobre o produto ou serviço a ser oferecido. Esse primeiro contato é considerado como a quebra de barreiras com cliente potencial e o vendedor deve enfatizar que está ali por indicação de um amigo ou uma empresa. Após esse contato, a apresentação tem como objetivo demonstrar todos os benefícios do produto e sua qualidade. Porém, é necessário cuidado com o uso das palavras, por se tratar de uma entrevista por indicação. É totalmente diferente o relacionamento com um cliente por indicação do que com um cliente em potencial, devido à grande responsabilidade de apresentar um bom trabalho. 50 Pré abordagem ou abordagem, há alguns critérios a serem adotados na fase de pré-abordagem do processo de vendas. A primeira etapa do vendedor é a abordagem. Para Futrell (2003, p. 240), é comum que o vendedor tenha certa tensão no primeiro contato com um cliente. Todo vendedor, às vezes, passa por certa tensão. No entanto, os profissionais de sucessos aprendem uma técnica de relaxamento e concentração, chamada de “visualização criativa de imagens” que lhes permite lidar com essa tensão. A técnica consiste em o vendedor visualizar o pior que pode ocorrer, depois, se preparar para reagir a essa situação a até aceita-la, se for preciso. O melhor que pode acontecer, também, é visualizado. Segundo Futrell (2003, p. 241), a primeira impressão que se causa é fundamental para o sucesso. Quando se encontra um cliente potencial, a primeira impressão que desperta é baseada nas aparências. Se essa aparência for favorável é mais provável que o cliente escute. Caso contrário o cliente pode erguer aparências dificultando a comunicação e o diálogo entre ele e o vendedor. Algumas sugestões para uma boa aparência são: usar roupas de trabalho adequadas e razoavelmente conservadoras; manter uma aparência limpa e asseada; não fumar, não mastigue chiclete ou beba quando estiver com o cliente; manter uma postura ereta para projetar autoconfiança; deixar todo o material fora do escritório (agasalhos, guarda-chuva, ou jornal); ser entusiasmado e positivo; sorrir sempre e procurar ser sincero com o sorriso, isso o ajudará a ser entusiasmado e positivo em relação ao cliente, não pedir desculpas por tomar o tempo do cliente; manter contato olho no olho com o cliente; e por fim se o cliente oferecer para um aperto de mão faça isso com um gesto firme e positivo, sem deixar de manter o contato olho no olho com o cliente. Existem algumas técnicas de abordagem ou pré-abordagem que são agrupadas em três categorias: (1) Abertura com uma afirmação; (2) Abertura com uma demonstração; e (3) Abertura com uma ou mais perguntas. Segundo Futrell (2003, p. 243), as afirmações de abertura são eficientes se adequadamente planejadas, em especial se o vendedor tiver descoberto as necessidades do cliente antes do contato. Porém, são usadas, com freqüência, quatro abordagens de afirmações tais como: (1) a abordagem introdutória; (2) a abordagem com elogios; (3) a abordagem por indicação ou referência; e (4) a abordagem com brinde. A abordagem introdutória é a mais comum, porém é a menos poderosa, porque faz pouco para prender a atenção do cliente potencial. Ela começa com o nome e a apresentação da empresa 51 do profissional. Essa abordagem só é necessária quando se encontra um cliente pela primeira vez. Na abordagem com elogios parte-se do principio de que, todo elogio é bem vindo e se o mesmo for sincero, significa um inicio eficaz de uma entrevista de vendas. Às vezes, um elogio adequado não cabe na situação ou não pode ser feito. Uma outra forma de ganhar a atenção do comprador é mencionar um conhecido de ambos como referência. Abordagem por indicação ou referencia é uma abordagem onde o vendedor usa o nome de algum conhecido para poder se apresentar e tentar vender seu produto ou serviço. Porém no caso de o cliente não gostar da pessoa que deu a referência, pode haver um desinteresse do cliente atual. A abordagem com brinde, torna-se eficiente, porque a maioria dos clientes gosta de receber brindes, além do conhecimento de novas novidades no mercado. De acordo com Futrell (2003, p. 245), a segunda técnica de que abordagem ou pré-abordagem é a abertura com demonstração, esse método que se utiliza de demonstrações ou dramatizações é eficiente por que força o cliente potencial a participar da entrevista. Nessa abordagem há dois conceitos importantes: abordagem com o produto e abordagem showman. O terceiro método no processo de vendas trata-se da Abordagem com o produto, o vendedor coloca o produto sobre uma mesa, nas mãos do cliente, ou um produto em demonstração, para que ele possa ver com detalhes o produto. No caso de um novo produto é mais fácil chamar a atenção do cliente, embora no caso de um produto modificado ele poder procurar as mudanças significativas do novo produto. Porém, nesse caso, o vendedor espera que o cliente inicie uma conversa sobre o novo produto. A abordagem showmen pressupõe que seja feita alguma coisa em comum, para chamar a atenção e prender o interesse do cliente potencial. Isso deve ser utilizado com cautela, para que a abordagem não tenha efeito contrário, o que pode acontecer se a demonstração não funcionar ou se for tão exuberante a ponto de não se tornar adequada para a situação. Segundo Futrell (2003, p. 246), a última técnica de pré-abordagem é a abertura com perguntas. Perguntas são as aberturas mais comuns e eficientes, pois, permitem ao vendedor sondar melhor as necessidades do cliente e, com isso, trabalhar em cima do desejo do cliente potencial, forçando o mesmo a participar da entrevista. 52 Porém, o vendedor dever utilizar perguntas que já tenha sido utilizada antes e que com essas perguntas tenha alcançado seus objetivos, tomando cuidado para não utilizar perguntas que venham tirar a atenção e a credibilidade do vendedor. Para que se tenha sucesso com essa técnica é preciso seguir alguns critérios. Essas perguntas devem ser elaboradas pelo próprio vendedor baseadas nas suas experiências anteriores em que o mesmo elabora suas perguntas de acordo com o produto ou o tipo de cliente com que ele irá tratar. Existem algumas abordagens que o vendedor pode utilizar, tais como: (1) Abordagem com benefício para o cliente; (2) Abordagem por curiosidade; (3) Abordagem por opinião; e (4) Abordagem pelo choque. Abordagem com beneficio para o cliente, trata-se de, ao primeiro contato com o cliente, o vendedor apresentar o produto passando informação sobre o benefício. Se este for o primeiro contato, o vendedor pode se apresentar e, construir cuidadosamente a abordagem, de modo que a resposta do cliente seja positiva. Uma abordagem com benefícios para o cliente é feita diretamente agregando valor ao produto e mostrando todos os benefícios do produto ao cliente. Abordagem por curiosidade é aquela em que o vendedor induz o cliente que tenha curiosidade por determinado serviço ou produto. O papel do profissional de vendas, nesse momento, é despertar a curiosidade do cliente pelo produto, que após isso tentará fechar o pedido. Abordagem por opinião trata-se de quando o próprio vendedor pede uma opinião do cliente potencial, embora o profissional de vendas tenha a responsabilidade de conduzir a negociação. Nesse caso, o cliente sente-se mais importante, além de poder opinar, dependendo a ocasião. Na abordagem pelo choque, o vendedor usa uma pergunta forte que argumenta ou induz o cliente ao choque. Um exemplo seria usar o acidente, ou furto para o caso. A quarta etapa do processo de vendas é a Apresentação de Vendas. Segundo Futrell (2003, p. 261), essa etapa consiste numa explicação oral e visual persuasiva de determinada proposta. Ao fazer a apresentação do produto, é preciso refletir sobre as técnicas a serem utilizadas para forçar uma tomada de decisão de compra. De acordo com Futrell (2003, p. 262), a finalidade da apresentação é vender o produto ao cliente. Porém, o cliente, que está a procura de um produto, é exigente quanto ao produto, a 53 ser adquirido e, por isso, é preciso cercá-lo de várias formas e procurar identificar suas necessidades, tentar prender sua atenção e demonstrar o produto da melhor forma possível. Para Futrell (2003, p. 262), a apresentação de vendas é a continuação da abordagem de vendas que tem como objetivo proporcionar conhecimento por meio dos atributos, das vantagens e dos benefícios do produto e da proposta comercial. O vendedor precisa convencer o cliente que o produto que ele está oferecendo é o melhor do mercado. Segundo Futrell (2003, p. 262), após esses passos uma necessidade real se estabelece e o consumidor quer preencher essa necessidade. Há, então, uma grande possibilidade de o produto apresentado ser escolhido pelo cliente. De acordo com Futrell (2003, p.268), na apresentação de vendas há três passos essências a serem seguidas: (1) discutir completamente o produto; (2) apresentar o plano de marketing; e (3) explicar a proposta comercial. No primeiro passo discutir completamente o produto, é preciso focar em pequenos detalhes tais como: os atributos do produto; as vantagens e os benefícios, como se estivesse contando uma história para o cliente. O segundo passo apresentar o plano de marketing trata-se de uma apresentação para atacadistas e varejistas. É preciso definir como revender o produto para o revendedor e como usá-lo para o consumidor e usuário industrial. O terceiro passo é explicar a proposta comercial, e trata-se de agregar valor ao produto que o cliente está adquirindo, relacionando o valor do produto ao custo e os benefícios que o mesmo trará depois. Segundo Futrell (2003, p. 264), os passos da apresentação de vendas têm com objetivo principal criar, para o cliente potencial, um quatro mental imaginário dos benefícios que a compra irar lhe trazer. Para que tal situação ocorra, é necessário utilizar-se da comunicação persuasiva, participativa, declarações de prova, auxílios visuais, dramatização e demonstrações, percorrendo cada um dos passos de apresentação de vendas. De acordo com Futrell (2003, p. 265), o composto de apresentação de vendas é necessário para todos os profissionais de vendas. Eles vedem diferentes produtos de diferentes maneiras. Porém, todos eles usam uma escala que contem seis classes de elementos de apresentação, em 54 maior ou menor grau, para formar e fornecer informações importantes para o cliente. Essa classe de elementos denomina-se composto da apresentação. O composto da apresentação consiste nos elementos que o vendedor reuniu para vender a clientes atuais e potenciais. Embora todos os elementos façam parte da apresentação, fica a critério do vendedor definir que tipo de método ele irá utilizar para atender o cliente, sempre pensando no que o cliente quer e qual beneficio o produto trará ao cliente. As seis classes do composto de apresentação são: (1) comunicação persuasiva; (2) participação; (3) declarações de prova; (4) Auxílios visuais; (5) dramatização e; (6) demonstração. Na classe comunicação persuasiva, é necessário o profissional de vendas ter bom dialogo. Para isso, alguns utilizam-se de fatores que podem ajudar a desenvolver e facilitar a comunicação tais como: Fazer perguntas para obter feedback; saber usar a empatia; manter a mensagem simples; desenvolver a confiança mútua, a fim de criar amizade; saber escutar; ter entusiasmo e uma atitude positiva; e desenvolver a confiabilidade. Segundo Futrell (2003, p. 269), a participação é essencial para o sucesso da apresentação e envolve técnicas que motivam o cliente potencial a participar. É possível citar quatro maneiras de incentivar a participação, que são: Perguntas, uso do produto; recursos visuais; e demonstrações. As declarações de prova aumentam a credibilidade do cliente. Muitas vezes os profissionais de vendas costumam ter a reputação de exagerar, e vezes, os clientes se mostram céticos quanto a suas afirmações. Diante dessas informações os clientes pedem uma prova do que o vendedor está dizendo. Segundo Futrell (2003, p. 269-270), vendas passadas, garantia do produto, depoimentos sobre o produto e resultados comprobatório da empresa, demonstram certa transparência para o cliente e coloca os produtos como confiáveis no mercado, embora muitos permaneçam arrisco, pelo fato de desconhecerem totalmente o produto. Os auxílios visuais são primordiais para ajudar a obter a venda do produto, pois é como o cliente obtém acesso físico e visual, já que esta técnica engloba a amostra e visualização do mesmo. 55 Segundo (Futrell 2003, p. 271), as pessoas retêm aproximadamente 10% do que ouvem, mais 50% do que vêem. Conseqüentemente, o vendedor tem cinco vezes mais probabilidade de causar boa impressão de vendas ilustradas, do que usando apenas palavras. Os recursos visuais têm melhor aceitação para o cliente, porque, além de ver, ele pode observar e conhecer melhor o produto. Outra técnica da apresentação do produto trata-se da dramatização. Essa é uma forma de apresentação usando de todos os métodos para surpreender o cliente e chamando a sua atenção, até mesmo com apresentações em forma de teatro, peças, ou uma forma dramática de demonstrar o produto, gerando mensagem que possa impactar seu subconsciente. Segundo Futrell (2003, p. 272), um dos melhores métodos de apresentação é desenvolver ideias para a dramatização, com o uso dos recursos visuais, por meio de demonstrações e de maneira dramatizada. São pequenas apresentações feitas em comercial de televisão. As demonstrações são outras formas de apresentação de vendas. Segundo Futrell (2003, p. 273), um dos melhores maneiras de se demonstra um produto é através de seus méritos. Assim, fica mais fácil convencer o cliente potencial por meio de imagens do próprio produto como, por exemplo: fotografias, filmes, modelos, slides, e assim buscar da melhor maneira possível, com o uso da imagem, e a persuasão para convencer o cliente potencial que o produto é o melhor a ser adquirido. De acordo com Futrell (2003, p. 286), na etapa de fechamento tentativo pede a opinião do cliente. O vendedor ainda não poder saber com exatidão a decisão do cliente, por isso, em alguns, casos é muito cedo tentar o fechamento tentativo. Identificação de objeções é a sexta etapa do processo de vendas, de acordo com Futrell (2003, p. 285). Objeção trata-se da oposição ou da resistência às informações ou à solicitação do vendedor. Em muitas situações, é preferível que existam objeções o que demonstra o interesse do cliente pelo produto. As objeções podem ocorrer em diversos momentos. Durante a apresentação do produto, o cliente deixa o vendedor fazer toda a operação e começa a fazer perguntas para saber mais sobre o produto. De acordo com Futrell (2003, p. 286), vendedores inexperientes esperam que o próprio cliente peça o fechamento da venda. Porém, os vendedores mais experientes já buscam fazer o fechamento tentativo, a fim de obter o fechamento final. 56 Segundo Futrell (2003, p. 287), existem alguns pontos básicos resolução das objeções, levantadas pelo cliente, sejam elas de qualquer natureza, que é a sétima etapa do processo de vendas. Cada um desses pontos pode ser planejado pelo profissional de vendas. Tais pontos são: (1) prepara-se para objeções; (2) antecipar e prever; (3) lidar com as objeções, à medida que elas forem surgindo; (4) ser positivo; (5) escutar; (6) entender as objeções. O primeiro ponto é preparar-se para as objeções. A própria apresentação do vendedor pode levantar alguma objeção do cliente. De fato ele irá indagar por algum fator ou motivo para comprar tal produto e é importante que o vendedor tenha empatia com o cliente, e que possa perceber os pontos que lhe fariam realizar a compra ou não. Após escutar e identificar as objeções do cliente, o vendedor pode estar apto a superá-las, permitindo que ele as resolva de modo natural e positivo. O segundo ponto é antecipar e prevenir a objeção do cliente, o que deixa mais tranqüilo e confiável, pelo fato de o vendedor demonstrar transparência. Um exemplo prático de antecipação pode ser visto na venda de automóvel. O cliente ao chegar a uma concessionária para adquirir um veículo, já foi informado de este possui certa resistência de aceitação no mercado por ser uma marca nova ou um novo modelo. O vendedor treinado, sabendo que seu produto tem essas características, durante a apresentação faz a demonstração do veículo tratando de enfatizar que seu produto é novo no mercado, e que por isso tem garantia maior. Com isso ele prende a atenção do cliente e atinge seu subconsciente evitando as objeções. Lidar com as objeções, à medida que elas forem surgindo, significa, esperar o cliente indagar sobre a objeção. O cliente pode parar de ouvir até que o vendedor resolva a objeção, e pode achar que o vendedor está tentando esconder e a objeção pode ser o único item que resta para chegar ao fechamento da venda. Ser positivo trata-se de ser claro no assunto. Porém, jamais responder a uma objeção como se estivesse sendo reprimido pelo cliente. Significa ser cordial, abra um sorriso, logo após a objeção, abordar o assunto com naturalidade. Em alguns casos, o cliente aponta algum defeito ou desvantagem do produto que o vendedor está oferecendo ao compará-lo com outro produto. Sugere-se, nesse caso, que o vendedor saiba explorar os benefícios e suas qualidades para convencer o cliente de que seu produto tem mais benefícios do que o do concorrente. 57 O quinto ponto básico da etapa de identificação d objeções trata-se de escutar o cliente. Em alguns casos o vendedor não tem paciência de escutar, e em, alguns casos, passa a responder objeções do cliente antes mesmo que ele tenha terminado seu raciocínio. Diante dessa situação, o cliente pode ficar irritado, além de sentir-se pressionado a fechar o negócio. O último ponto básico da etapa de identificação de objeções é entender as objeções. Segundo Futrell (2003, p. 289), quando o cliente apresenta uma objeção, pode estar solicitando mais informações, estabelecendo uma condição ou apresentando uma objeção genuína. A objeção pode ser irremediável ou verdadeira. Depois de lidar com as objeções ou resolvê-las segundo Futrell (2003, p. 308), é necessário passar para segunda etapa do fechamento tentativo, que é a oitava etapa do processo de vendas. Nesse caso deve-se pedir a opinião depois de ter respondido a todas as objeções, para identificar se o mesmo está realmente satisfeito com as declarações e com a resposta para suas objeções. Depois de o cliente ter confirmado que superou as objeções deve-se imediatamente ao fechamento da venda. Em caso de ainda restar duvidas, é necessário voltar à apresentação e rever todos os conceitos para tentar novamente sucesso na venda e logo após um novo fechamento. De acordo com Futrell (2003, p. 315), o Fechamento é a nona etapa do processo de vendas e serve para ajudar o cliente a tomar uma decisão que irá beneficiá-lo. Segundo Futrell (2003, p. 315), para vendedores experientes, o fechamento é só uma etapa de um processo bem realizado e divulgado, embora alguns clientes os ajudem na hora de realizar o fechamento, deixando bem claro que querem o produto. Nesse caso e só realizar a venda. De acordo com Futrell (2003, p. 316), na etapa de fechamento de vendas existem alguns aspectos serem observadas, tais como: (1) o que faz um bom fechador de negócios; (2) quantas vezes deve-se tentar o fechamento; (3) fechamento sob fogo cerrado (4) dificuldades no fechamento; e (5) pontos indispensáveis ao fechar a venda. Segundo Futrell (2003, p. 317), um bom fechador de negócios sempre tem o desejo de fechar a venda, e sempre explora a melhor parte do produto, mostrando ao cliente todas as vantagens e benefícios que o produto pode lhe trazer. Além disso, o bom vendedor estuda o cliente, antes mesmo de apresentar o produto, fazendo perguntas e procurando saber a real necessidade do cliente. De acordo com Futrell (2003, p. 319), deve-se determinar quantas vezes deve-se tentar o fechamento. Nesse caso, o vendedor deve saber até quando deve insistir em fechar uma 58 venda. Deve utilizar-se de cortesia e de bom senso a fim de saber se passou da hora de desistir da venda e se o produto não faz parte do desejo do cliente. Para Futrell (2003, p. 319), para se realizar uma venda deve-se usar o fechamento múltiplo. Para isso, é necessário que o vendedor tenha em mente três fechamentos possíveis que é o mínimo para vendedores de sucesso, três a cinco tentativas de fechamentos bem executadas, já que o cliente não se sente ofendido. Segundo Futrell (2003, p.319), para realizar mais vendas eficientes é preciso desconsiderar o primeiro não do cliente e ser capaz de fechar o negócio sob fogo cerrado. Em outras palavras, o vendedor deve ser capaz de solicitar o pedido a um cliente que talvez esteja de mau humor ou mesmo que seja hostil ao vendedor. Pois, com calma e paciência é possível uma mudança no pensamento do cliente. De acordo com Futrell (2003, p. 319), existem dificuldades no fechamento. A venda é a parte mais fácil da apresentação. Porém alguns vendedores têm dificuldades em fechar uma venda por uma série de razões. A primeira razão é a autoconfiança para realizar o fechamento. Nesse caso é preciso que o vendedor supere o medo para ter sucesso nas vendas. A segunda razão é que muitos vendedores determinam que o cliente não precisa da quantidade ou do tipo de mercadoria em questão. Por isso, não pedem ao cliente para comprar. Por último, o vendedor não se dá ao trabalho de realizar uma boa apresentação, desenvolvendo um plano de benefícios do produto em si e, por isso, não chama a atenção do cliente. Nesse caso, é necessário preparar uma boa apresentação para se ter um bom resultado no final e assim conseguir realizar o fechamento. Para Futrell (2003, p. 320), existem alguns pontos essências para fechar vendas. Embora haja muitos fatores a serem levadas em conta ao fechar a venda, os itens sugeridos aumentam a possibilidade de vendas. Tais sugestões são: ter certeza de que o cliente está compreendendo o que o vendedor fala; sempre apresentar uma história completa para garantir uma compreensão; adaptar o fechamento a cada cliente; tudo o que o que fizer e dizer deve ser de acordo com o ponto de vista do cliente; jamais parar no primeiro não; aprender reconhecer os sinais de compra; antes de fechar, tentar um fechamento tentativo; após a solicitação do pedido ficar em silêncio; desenvolver metas para si mesmo, e tentar superá-las e desenvolver atitude positiva, autoconfiança e entusiasmo em relação a si mesmo, aos produtos, aos clientes e ao fechamento. 59 A décima etapa do processo de vendas trata-se do acompanhamento. Segundo Futrell (2003, p. 342), é importante fazer um atendimento ao cliente depois da venda. A retenção, os serviços e o acompanhamento dos clientes são fundamentais para o sucesso de um vendedor e, também, da própria empresa. Oferecer um serviço de acompanhamento é parte importante para a construção de bons relacionamentos. De acordo com Futrell (2003, p. 344), a satisfação do cliente também está ligada as expectativas atendidas. Ela refere-se ao sentimento em relação à compra. Se o cliente fica satisfeito com a compra a chances de ele voltar a compra na mesma loja é grande e, se o vendedor tiver realizado bom atendimento, a chance de fidelizar o cliente é maior ainda. A Figura 03 representa a retenção dos clientes quando satisfeito com a compra, de acordo com Furtrell (2003, p. 345). Expectativas na compra Experiências reais com a compra Satisfação percebida com a compra Compras repetidas Retenção do cliente Figura 03 - Satisfação e retenção do cliente Fonte: Adaptado de Futrell (2003, p. 345). De acordo com Futrell (2003, p. 344), após a retenção do cliente, fica muito difícil outro vendedor vender para esse cliente. Assim, a retenção do cliente é fundamental para o sucesso de longo prazo do profissional de vendas. Para Futrell (2003, p. 345), os serviços e acompanhamento podem tornar-se vendas futuras, pois o relacionamento com o cliente enfatiza o compromisso da empresa com seu cliente e isso deixa clareza e transparência com o cliente. Após esse acompanhamento, existe mais um item a ser observado pelo vendedor e pela empresa. De acordo com Futrell (2003, p. 347), a penetração da conta é um dos segredos do sucesso. Acompanhamento e serviços criam boa vontade entre vendedor e cliente, e 60 conseqüentemente, aumenta as vendas do vendedor que oferece esse tipo de serviço, com relação a outro que não tem o mesmo tipo de atendimento. Ao contatar o cliente para saber se o mesmo está tirando o máximo de aproveitamento e benefício de sua compra, o vendedor está construindo uma base para um futuro relacionamento comercial. Para Futrell, (2003, p. 348), a capacidade de contatar pessoas na empresa do cliente, discutindo seus produtos e chamando de “penetração da conta”. A penetração de uma conta permite descobrir as necessidades e os problemas da conta. Para conseguir uma penetração eficiente da conta, é necessário ter informações precisas das principais pessoas envolvidas na conta. Caso não se tenha tais informações, a probabilidade e realizar vendas pode diminuir. Após a penetração da conta e com um dossiê do cliente em mãos, é necessário preparar uma nova apresentação para atender e superar os objetivos do comprado. Para Futrell (2003, p. 347), a penetração da conta é determina pelos seguintes pontos: Crescimento das vendas totais e da marca principal numa conta; Distribuição do número de produtos de uma determinada linha, incluindo tamanhos usados ou comercializados por uma conta; Nível de cooperação obtido, tais como preços reduzidos para a revenda, espaço de prateleira, propaganda e display, conversas com os vendedores do cliente e liberdade para falar com as várias pessoas da conta; e Reputação como autoridade em relação ao tipo de mercadoria adequada para o comprador. Como regra geral, quanto maior for a penetração na conta, maiores são suas chances de obter maximização das vendas. O consentimento para transitar livremente nas contas permite que se entenda melhor as necessidades do cliente. Com isso, o vendedor tem a chance de ampliar suas vendas, pois seus clientes passam a ter confiança no seu trabalho o que lhe permite tomar atitudes para elevar o aumento nas vendas. De acordo com Futrell (2003, p. 348), os serviços podem manter o cliente. Porém é preciso trabalhar dias, semanas e até meses, para transformar clientes potenciais em clientes efetivos. Após efetivar o cliente e assegurar que ele possa comprar no futuro, é necessário levar em consideração alguns fatores. Concentrar-se em melhorar a penetração da conta é um desses fatores. Outro fator é contatar as contas com freqüência e regularidade, para determinar a frequência dos contatos, levando em consideração alguns pontos tais como: vendas atuais; vendas 61 potenciais ou futuras para a conta, número de pedidos esperados em um ano, número de linhas de produtos vendidos para a conta; a complexidade e a necessidade de serviços e de modificações, adaptações dos produtos comprados pela conta. Responder rapidamente às reclamações do cliente é importante para determinar que, tanto o cliente como a empresa, são importantes e estão sinceramente interessados em resolver o problemas dos mesmo. Sempre cumprir o prometido, é outro fator importante, já que nada destrói mais rápido uma relação do que não cumpri o combinado. Servir sempre o cliente como um rei, oferecendo produtos que economizem dinheiro, mas que atendam perfeitamente as suas necessidades, é muito importante para manter o cliente. Outro fator é sempre demonstrar o reconhecimento do cliente, pois ele sempre contribui para o sucesso do vendedor. Algumas sugestões de agradecimento são: escrever mensagens de congratulações para clientes que tiverem sido eleitos para cargos ou promovidos a posições mais elevadas e recebido prêmios; enviar artigos que possam interessar mesmo que não se trate de produtos a ser vendidos; e enviar cartões em festas ou ocasiões especiais. Preparar e enviar boletim curto, para manter os clientes informados a respeito de questões importantes, também faz-se importante para manutenção do cliente. Outra opção é enviar informações por fax ou email para clientes potenciais e compradores. Segundo Futrell (2003, p. 349), essas são algumas maneiras práticas e objetivas de se lembrar dos clientes. O Quadro 05 apresenta as etapas do processo de vendas, de acordo com Futrell (2003). Quadro 05 - O processo de vendas e suas etapas, segundo Futrell (2003) ETAPAS DO PROCESSO DE VENDAS ATIVIDADES Prospecção A busca por clientes potenciais. Pré-abordagem Etapa onde são coletadas as informações inicias para facilitar a visita do vendedor. Abordagem Trata-se do primeiro contato do vendedor com o cliente, a primeira impressão a ser deixada. 62 Apresentação Parte principal no processo de vendas, onde é feito a apresentação do produto ou serviço. Fechamento tentativo Trata-se da primeira tentativa de venda. Identificação das objeções É preciso realizar e identificar as objeções e tentar resolvê-las para prosseguir fechamento. Resolução das objeções Trata-se das soluções das objeções. Fechamento tentativo A segunda tentativa de venda, caso o cliente esteja de acordo, passa-se ao fechamento. Fechamento Acompanhamento Parte final no processo de vendas com o fechamento do pedido. Trata-se do acompanhamento após a venda, onde o vendedor ou a empresa entra em contato com o cliente para saber se o produto está atendendo seus objetivos. Os principais conceitos de processo de vendas encontram-se no Quadro 06. Quadro 06 – Principais Conceitos de Processo de Vendas. AUTOR Urdan e Urdan (2005, appud Minadeu, 2008, p. 384-385) Las Casas (2009, p. 212) Castro e Neves (2005, p. 27) Futrell (2003, p. 174) PROCESSO DE VENDAS O processo de vendas pessoal apresenta as seguintes fases: percepção e qualidade de possíveis clientes, pré-abordagem de possíveis clientes, abordagem e apresentação de vendas, tratamento das objeções, fechamento de vendas e acompanhamento de pós-vendas. As atividades de vendas são consideradas um processo, em razão de compreender uma série de etapas. Esse processo engloba: processo e avaliação dos clientes, abordagem, apresentação, tratamento das objeções, fechamento e pós-vendas. O processo de vendas é uma seqüência de passos ou etapas nas quais os vendedores realizam a venda. Essas são: percepção, préabordagem, abordagem, apresentação de vendas, lidar com as objeções, fechamento e atendimento de pós vendas. O processo de vendas refere-se a uma série de ações seqüenciais por parte do profissional de vendas que levam o cliente a realizar uma ação desejada e terminam com um acompanhamento para assegurar a satisfação com a compra e que tem dez etapas importantes: percepção, pré-abordagem, abordagem, apresentação, fechamento tentativo, identificação das objeções, resoluções das objeções, fechamento tentativo, fechamento e acompanhamento. 63 Bosworth e Holland (2009, p. 78-79) Bosworth e Holland (2009, p. 71) Um processo de vendas centrado no cliente necessita cobrir todas as etapas, desde a necessidade do mercado, passando pela medição dos resultados atingidos pelos clientes, além de definir e incluir os seguintes requisitos: quando se inicia o ciclo de compras; as etapas envolvidas em fazer uma recomendação; as etapas necessárias para fazer os compradores entenderem seus requisitos; etapas necessárias para fazer os compradores entenderem como suas ofertas abordam as metas e os problemas deles; data estimada para decisão, documentada para confirmar o “de acordo” do cliente; e, por fim, a “inserção do processo de feedback, para permitir ajuste rápido às questões de timing, a pressões competitivas, ao retorno do cliente, a questões de mercado e a eventos externos”. Processo de vendas é um conjunto definido de atividades interrelacionadas, repetíveis, a partir das necessidades do mercado, passando pela prestação de serviços aos clientes, que permite a comunicação do progresso ao tempo com outras pessoas na empresa. Cada atividade tem um responsável e um resultado padrão, mensurável, que provê inputs, a uma outra atividade. Cada resultado pode ser avaliado de modo que é possível melhorar: (1) as habilidades dos profissionais que executam as atividades e / ou (2) o processo de vendas. 3.5 Força de vendas Segundo Kotler (2009, p. 597), a venda pessoal funciona como um elo entre a empresa e os clientes. O vendedor é a empresa para muitos clientes. Ele exerce o papel de buscar informações dos clientes para levar à sua empresa. Porém, a empresa precisa empenhar-se ao máximo, para planejar sua força de vendas e desenvolver seus objetivos estratégicos, e assim, definir estrutura, tamanho e remuneração. Segundo Kotler (2009, p. 597), as empresas devem definir cuidadosamente os objetivos específicos que esperam atingir com suas forças de vendas. Os novos vendedores necessitam conhecer suas metas e têm a responsabilidade de alcançar seus objetivos e cumprir essas metas. Para conseguir alcançar seus objetivos, os vendedores atuais tem se mostrado mais presentes em sua função, desde o conhecimento preciso do produto que está vendendo, até seus colaboradores externos. Assim, o vendedor pode transmitir ao seu cliente transparência na hora de fechar um negócio. De acordo com Kotler (2009, p. 597), independente do conceito de vendas, os vendedores desempenham uma ou mais tarefas para forçar as vendas. Dentre essas tarefas destacam-se: Percepção – Consiste em procurar clientes potencias ou indicações (leads); 64 Definição de alvo – vendedores decidem como alocar seu tempo escasso entre clientes potenciais e clientes atuais; Comunicação – vendedores comunicam, de forma hábil, a seus clientes, informações sobre os produtos e serviços da empresa; Venda – vendedores conhecem a “arte de vender” que consiste na abordagem, na apresentação, na argumentação, na resposta a objeções e no fechamento da venda; Serviço – consiste em prestar serviços aos seus clientes (consultoria, assistência técnica, orientação sobre funcionamento e entrega); Coleta de informações – significa fazer pesquisa de mercado e reunir informações em relatórios de visitas; Alocação de produtos – vendedores decidem sobre os clientes que devem receber produtos escassos durante períodos de escassez. Em geral, as empresas definem objetivos específicos para a força de vendas. Caso não sejam estabelecidas normas, os vendedores tendem a gastar a maior parte do seu tempo vendendo os produtos potências, ou seja, aqueles que já conquistaram o mercado e, assim, deixam para trás os novos lançamentos e os clientes potenciais (KOTLER, 2009, p. 598). 3.6 Estratégias de vendas As empresas concorrem entre si para obter pedidos dos clientes. Assim, devem “dispor suas forças de vendas estrategicamente para que cheguem aos clientes certos no momento certo e da maneira correta” (KOTLER, 2009, p. 599). De acordo com Kotler (2009, p. 597), há diversas maneiras de os vendedores trabalharem seus clientes: Abordagem de um comprador – um vendedor contata pessoalmente um comprador ou aborda-o por telefone; Abordagem de um grupo de compradores – um vendedor entra em contato com o maior número possível de componentes de um grupo de compradores; Abordagem de uma equipe de vendas a um grupo de compradores – uma equipe de vendas trabalha diretamente com os participantes de um grupo de compradores da empresa cliente; 65 Reunião de vendas – um vendedor promove um encontro entre o pessoal de sua empresa e os compradores potenciais para discutir problemas ou oportunidades mútuas; e Seminário de vendas – uma equipe da empresa realiza um seminário com os clientes, visando colocá-los a par de desenvolvimentos que representam “o estado da arte” de seus negócios. Segundo Minadeo (2008, p. 383), as principais atividades de vendas no processo de vendas são: Antes da venda – identificar e qualificar clientes potenciais e planejar a abordagem; Durante a venda – utilizar a comunicação mais adequada com o interlocutor, de modo a criar uma relação de empatia, identificar as necessidades do consumidor, apresentar as informações necessárias para demonstrar o valor, realizar o processo de negociação que culmine com o fechamento do negócio; e Após a venda – verificar a satisfação do consumidor com o produto ou serviço adquirido, de modo a interferir, caso seja preciso, acompanhar periodicamente os clientes, de modo a manter e aprofundar o relacionamento. Assim, os vendedores agem, com freqüência, como “gerentes de vendas”, promovendo contatos entre várias pessoas envolvidas no processo de compra e venda da organização. As vendas tornam-se cada vez mais um trabalho em equipe e como área da administração, cujo envolvimento no processo de vendas é crescente (KOTLER, 2009, p. 599). Há algumas vantagens de força de vendas própria em relação ao uso de representantes independentes, tais como: maior controle do esforço comercial; maior dedicação para comercializar os produtos da companhia; esforços melhor dirigidos para as metas concretas que a empresa esteja procurando enfatizar no período; maior proximidade com o mercado consumidor; e menor possibilidade de descuidar dos clientes de menor poder de compra (MINADEO, 2008, p. 383). O Quadro 07 demonstra a perspectiva do vendedor e a do comprador quanto a uma venda realizada. 66 Quadro 07 – Expectativas da duração da venda Perspectiva do vendedor Perspectiva do comprador Culminação de uma grande negociação de Iniciação de um novo relacionamento venda. Oportunidade de transformar o trabalho em Preocupação com a atenção exigida pelo dinheiro rápido. produto que está sendo adquirido. O fechamento da venda abre oportunidade para novos clientes, normalmente, Quanta atenção e auxílio serão recebidos após esquecendo-se de atender o comprador de a decisão de compra. ontem. Desejo de continuar a integrar-se com o departamento de vendas, para a resolução dos Transferência do cliente do departamento de problemas, por parte daquelas pessoas que vendas para o departamento de produção. estiverem interessadas na venda por serem comissionadas. Necessidade de rápido resolução dos Perda de interesse no cliente de ontem, pela problemas de uso inicial do produto e rápida concentração em angariar novos clientes. desmotivação com a loja ou até mesmo com a marca, se isso não ocorrer. Fonte: Adaptado de Vavra (1993, p. 32, apud MINADEO, 2008, p. 383). 67 4 MÉTODO De acordo com Michel (2009, p. 59), a indução e a dedução, são operações mentais; formas de raciocínio; conclusões baseadas na reflexão e não, apenas, no livre curso do pensamento. O pensamento “alimenta-se da realidade externa e é produto direto da experiência; é natural, dispersivo, espontâneo, tem compromisso com o sentimento e com a opinião”. A reflexão requer um “esforço de concentração que é dirigida e planificada”. Na reflexão, a conclusão do raciocínio é o último elo da cadeia lógica de ideais. O raciocínio é ordenado, coerente e lógico. Segundo Michel (2009, p. 60), indução “é um tipo de raciocínio que caminha do registro de fatos particulares para chegar à conclusão ampliada que estabelece uma proposição geral”. Partindo de dados particulares tais como fatos, experiências e anunciados empíricos e, “por meio de uma seqüência de operações cognitivas, chega às leis ou conceitos mais gerais, que passam efeitos à causa, das conseqüências ao princípio e da experiência a teoria”. De acordo com Michel (2009, p. 60), nessa forma de condução do raciocínio, “a premissa maior não é uma verdade absoluta, ou seja, não completa toda a verdade da premissa menor”. Ela é validada apenas por um número restrito de casos. “Logo a premissa menor não está completamente inserida na maior”. E assim, “a conclusão não pode ser generalizada para todos os casos”. Trata-se de “uma proposta de verdade, uma verdade que foi comprovada para uma situação específica e poderá ser ampliada para outras situações, desde que, sejam repetidos os mesmos elementos verificados na premissa maior”. Para Michel (2009, p. 60), dedução é um tipo de raciocínio que ocorre de modo contrário à indução. “Parte-se de uma verdade estabelecida para provar a validade de um fato particular. Caminhas-se da causa para o efeito”. Para esse raciocínio, “a premissa maior é uma verdade absoluta, comprovada e que contempla toda a proposição contida na premissa menor”. Assim, a conclusão deverá ser necessariamente verdadeira. De acordo com Michel (2009, p. 61), a busca da verdade pode ser feita tanto pela indução quanto pela dedução. Porém na dedução há uma verdade inquestionável. Está pesquisa utilizou-se do método indutivo, uma vez que se caminha de fatos particulares para se chegar a uma conclusão que estabelece uma proposta geral, que poderá ser validada por um determinado número de casos estudados. 68 4.1 Tipo de pesquisa Segundo Michel (2009, p. 36), a pesquisa qualitativa considera que “há uma relação dinâmica, particular, contextual e temporal entre o pesquisador e o objeto de estudo”. Por isso, carece de “uma interpretação dos fenômenos à luz do contexto, do tempo dos fatos”. O ambiente da vida real é a fonte direta para obtenção dos dados, e “a capacidade do pesquisador de interpretar essa realidade, com isenção e lógica, baseando-se em teoria existente, é fundamental para dar significado às respostas”. Para Michel (2009, p. 37), a pesquisa qualitativa, “é fundamentado na discussão, ligação e correlação dos dados interpessoais, na coparticipação das situações dos informantes, analisados a partir da significação que estes dão aos seus atos”. Na pesquisa qualitativa a verdade não se comprova por número ou estatisticamente, mas “convence na forma da experimentação empírica, a partir da análise feita de forma detalhada, abrangente, consistente e coerente, assim como na argumentação lógica das ideias, pois os fatos em ciências sociais são significados sociais”, e sua interpretação “não pode ficar reduzida a quantificações frias e descontextualizadas da realidade”. De acordo com Michel (2009, p. 37), na pesquisa qualitativa, o pesquisador participa, compreende e interpreta. Segundo Michel (2009, p.37), a pesquisa quantitativa parte do princípio de que tudo pode “ser quantificável, ou seja, que as opiniões, problemas, informações, serão melhores entendidas se tratadas em forma de números”. Trata-se da atividade de pesquisa que “usa a quantificação tanto nas modalidades de coletas de informações, quanto no tratamento dessas, através de técnicas estatísticas”, desde as mais simples, tais como percentual, média, desvio padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão dentre outras, sempre usadas para garantir a precisão dos resultados e evitar distorções de análises de interpretação, “possibilitando, em conseqüência, uma margem de segurança quanto às inferências”. Portanto, a pesquisa quantitativa é realizada na busca de resultados precisos, exatos, comprovados através de medidas variáveis preestabelecidas, na qual se procura verificar e explicar sua influência sobre outras variáveis, através da análise da freqüência de incidências e correlações estatísticas. Os resultados são obtidos e comprovados pelo número de vezes em que o fenômeno ocorre ou com a exatidão em que ocorre. A resposta, na pesquisa quantitativa, dá-se por meio de forma numérica, exata, inquestionável. Na pesquisa quantitativa, o pesquisador descreve, explica e prediz. 69 De acordo com Michel (2009, p. 44), a pesquisa descritiva propõe-se a “verificar e explicar problemas, fatos ou fenômenos da vida real, com a precisão possível, observando e fazendo relações e conexões, à luz da influência que o ambiente exerce sobre eles”. Essa pesquisa não interfere no ambiente, e seu objetivo é explicar os fenômenos, relacionados com o ambiente. “Trata-se de fazer levantamentos das características de uma população, um fenômeno, um fato ou o estabelecimento de relações entre variáveis controladas, e está relacionada diretamente com as pesquisa qualitativa, na medida em que levanta, interpreta e discute fatos e situações”. Segundo Michel (2009, p.45), a pesquisa descritiva é apropriada para a área de ciências humanas e sociais e têm como objetivo analisar, com maior precisão, fatos ou fenômenos em sua natureza e características, procurando observar, registrar e analisar suas relações, conexões e interferências. Procura “conhecer e comparar as várias situações que envolvem o comportamento humano, individual ou em grupos sociais ou organizacionais, nos seus aspectos social, econômico, cultural entre outros”. De acordo com Michel (2009, p. 45), para que a pesquisa ocorra de fato, “os fenômenos devem ser extraídos do ambiente natural, da vida real, de onde ocorrem, e analisados à luz das influências que o ambiente exerce sobre eles”. Por esse motivo, uma pesquisa de campo deve ser orientada pelo princípio da pesquisa descritiva. Dentre outras formas podem ser citados como exemplo de pesquisa descritiva, a pesquisa de opinião, o estudo de caso e a pesquisa documental. Segundo Michel (2009, p. 53), o estudo de caso consiste “na investigação de casos isolados ou de pequenos grupos, com o propósito básico de entender fatos ou fenômenos sociais”. Trata-se de uma técnica utilizada em pesquisas de campo que se caracteriza por ser um estudo de uma unidade, ou seja, um grupo social, uma família, uma instituição, uma situação específica, uma empresa, um programa, um processo, uma situação de crise, dentre outros, com o objetivo de compreendê-los em seus próprios termos, ou seja, no seu próprio contexto. Para Michel (2009, p.53), o estudo de caso tem como característica “o estudo aprofundado qualitativo ou quantitativo, no qual se procura reunir o maior número de informações sobre o objeto de interesse, utilizando-se variáveis da unidade isolada e concluir, indutivamente sobre as questões propostas”. De acordo com Michel (2009, p. 54), a vantagem do estudo de caso “reside na possibilidade de penetração na realidade social, o que não é conseguido no estudo puramente quantitativo”. 70 Sua limitação está no fato de que as conclusões dele extraídas não podem ser generalizadas, na medida em que o estudo de caso trata resultados contextuais, contingenciais, específicos de uma unidade, um fenômeno histórico ou um fato. Sua importância, entretanto, principalmente nas ciências sociais, “reside no fato de que seu estudo, não apenas, gera uma competência teórica para análise crítica e qualitativa de uma situação, como também cria uma referência da atuação, um modelo a ser seguido em situações futuras, nas quais os mesmos elementos de análise se fizerem presentes”. Segundo Michel (2009, p.54), o estudo de caso é usado para realizar em muitos campos pesquisa tais como: ciência política, administração, psicologia, sociologias; organizações, pesquisa de planejamento regional, como estudo de planos, bairros, ou agências públicas. Para Gil (2009, p. 140), o processo de coleta no estudo de caso é mais complexo que o de outras modalidades de pesquisa. Isso porque na maioria das pesquisas utiliza-se uma técnica básica para a obtenção de dados, embora outras técnicas possam ser utilizadas de forma complementar. Esta pesquisa utilizou-se do método descritivo, que propõe explicar problemas, fatos ou fenômeno da vida real com a precisão possível do ambiente. Pode, também, ser enquadrada como quali-quantitativa, pois permite quantificar e percentualizar opiniões que possam submeter seus resultados a uma análise crítica qualitativa. Pode ser considerada um estudo de caso, por tratar-se de uma empresa em particular e uma pesquisa de campo, por ter tido seus dados coletados no ambiente onde ocorrem. 4.2 População e amostra A população da pesquisa é composta por 425 pessoas que trabalham na empresa Bali Brasília Automóveis LTDA. Essa pesquisa foi realizada somente no departamento de vendas da Bali Brasília Automóveis LTDA que conta com 80 funcionários dentre eles gerentes, supervisores e vendedores, tanto da área de automóveis novos, quanto de seminovos e da área de vendas diretas. A pesquisa foi realizada com uma amostragem de 53 pessoas que responderam a um questionário devidamente formulado com perguntas voltadas para o processo de vendas. O questionário teve como principal intuito levantar dados que auxiliassem na análise do processo de vendas da empresa Bali Brasília Automóveis LTDA. 71 4.3 Variáveis de pesquisa As variáveis de pesquisa foram escolhidas com base nas etapas dos processos de vendas descritas por Futrell (2003), Las Casas (2009), Castro e Neves (2005) e Urdan e Urdan (2005, apud MINADEO, 2008) e são as seguintes: Prospecção e qualificação de clientes potenciais Busca e identificação de clientes potenciais Qualificação dos clientes segundo sua situação financeira Pré-abordagem Coleta de informações para visita ao cliente Repasse das informações aos vendedores Abordagem Preocupação com a primeira impressão deixada pelo vendedor Apresentação do vendedor Contato com as empresas e com os clientes Apresentação Apresentação da empresa Apresentação dos funcionários dos diversos setores Apresentação dos produtos Fechamento tentativo Utilização de método para o primeiro fechamento tentativo (proposta, pagamento à vista ou financiamento). Obtenção da decisão do cliente Identificação das objeções Utilização de formas de identificação de objeções Escuta das objeções e imposições dos clientes Utilização de formas de lidar com as objeções (ofertas, brindes, descontos e etc). Resolução de objeções Treinamento para resolução das objeções Autonomia para resolução das objeções e imposições 72 Poder de negociação das imposições Fechamento tentativo Busca de ajuda para o fechamento do pedido Utilização de formas de pagamento Fechamento Verificação de documentação de cliente Iniciativa do vendedor para fechamento da negociação Leitura do sinal do cliente para fechamento Negociação da oferta Serviço de pós-vendas ou acompanhamento Contato com cliente pós-vendas Avaliação do atendimento pelo cliente Avaliação do produto pelo cliente Avaliação dos serviços pelo cliente Avaliação das condições de fechamento pelo cliente Solicitação de sugestões do cliente 4.4 Instrumento de pesquisa De acordo com Michel (2009, p. 71), o formulário é um instrumento de coleta de dados “constituído de uma lista formal de questões previamente elaboradas e ordenadas, voltadas para o propósito da pesquisa”. A grande característica do formulário reside no fato de ser preenchido pelo pesquisador, preferencialmente na presença do pesquisado. No formulário, o pesquisado faz perguntas e esclarece dúvidas, e registra, ele mesmo, as respostas, após criticálas e adequá-las aos objetivos da pesquisa. Com esse tipo de instrumento a coleta deve ser feita, de preferência, individualmente ou ser restrita a pequenos grupos para que a pesquisa possa se tornar mais efetiva. O questionário de acordo com Michel (2009, p.71) trata-se de “um formulário previamente constituído por uma série de perguntas ordenada em campos fechados e abertos, que devem ser respondidas por escritos e sem a presença do entrevistador”. Por isso, deve-se atentar para o cuidado na elaboração das perguntas, para que não haja duplicidade de interpretação. 73 Na aplicação de um questionário, em que o pesquisador não está presente, é necessário que se faça uma nota explicativa para ser enviada juntamente com o questionário, contendo explicações detalhadas para explicar a importância da pesquisa, e com isso despertar o interesse de responder o questionário, para que haja devolução mais rápida possível. Esta pesquisa utilizou-se de questionário, contendo 30 perguntas sobre o processo de vendas da Bali Brasília Automóveis LTDA. Foram apresentadas como opção de resposta as seguintes proposições: Concordo plenamente; Concordo parcialmente; Discordo; Discordo totalmente e Não sei. 4.5 Procedimentos metodológicos 4.5.1 Coleta de dados A pesquisa foi realizada nos dias 20 e 21 de outubro de 2011, no decorrer do dia, no período de expediente, por meio de questionário entregue pelo pesquisador e preenchido pelos pesquisados que marcaram as respostas de acordo com que julgaram ser a melhor opção. Os questionários foram respondidos em tempo real, no ambiente de trabalho, e em seguida, recolhidos conforme cada pesquisado ia terminando o preenchimento. A presente pesquisa foi realizada no departamento de vendas que possui 80 vendedores. Foram pesquisados 53 pessoas, contendo vendedores, gerentes e outras pessoas ligadas ao departamento de vendas de veículos da Bali Brasília Automóveis LTDA. No total, foram pesquisadas 53 funcionários, sendo um gerente; três supervisores de vendas; três avaliadores; dois consultores de pós-vendas; um funcionário do departamento de peças e 43 vendedores do departamento de vendas de automóveis novos e semi-novos, na Bali do SIA Setor de Industria e Abastecimento e da Cidade do Automóvel. 4.5.2 Tratamento dos dados O tratamento dos dados foi realizado por meio da elaboração de tabelas, quadros e gráficos e pelo cálculo de porcentagem, segundo a distribuição de frequência das respostas, de cada tipo de resposta em relação ao total de respostas obtidas. 74 5 RESULTADOS E ANÁLISE Para conclusão sobre a existência ou não da prática de cada uma das etapas do processo de vendas na Bali, segundo o modelo de analise adotado nessa pesquisa foi considerado o critério de maioria de concordância ou discordância da prática de cada um dos itens que compõem a etapa do processo, segundo a percepção dos funcionários pesquisados. A pesquisa sobre o processo de vendas da empresa Bali Brasília automóveis LTDA incluiu as variáveis: prospecção e qualificação de possíveis clientes; pré-abordagem; abordagem; apresentação; fechamento tentativo; identificação e resolução das objeções; fechamento; serviço de pós-venda ou acompanhamento . As questões foram apresentadas aos pesquisados com as opções de resposta “concordo plenamente”, “concordo parcialmente”, “discordo”, “discordo totalmente” e “não sei”. A Tabela 02 apresenta o resultado obtido com a pesquisa. Tabela 02 – Resultado da pesquisa sobre o processo de vendas na Bali Brasília automóveis LTDA. Respostas Obtidas VARIÁVEIS CONCORDO CONCORDO PLENAMENTE PARCIALMENTE Nº Nº % % 1 Prospecção e qualificação de possíveis clientes Busca e 37 70 16 30 identificação de clientes potenciais Qualidade dos clientes segundo 9 17 28 53 sua situação financeira 2 Pré – abordagem Coleta de informações para 19 36 24 45 visita ao cliente Repasse de informações para 31 58 17 32 os vendedores 3 Abordagem Preocupação com a primeira impressão 41 77 11 21 deixada pelo vendedor Apresentação do 44 83 7 13 vendedor Contato da empresa 40 75 11 21 com os clientes DISCORDO DISCORDO TOTALMENTE NÃO SEI TOTAL DE RESPOSTAS Nº % Nº % Nº % Nº % 0 0 0 0 0 0 53 100 9 17 7 13 0 0 53 100 7 13 2 4 1 2 53 100 3 6 0 0 2 4 53 100 1 2 0 0 0 0 53 100 1 2 0 0 1 2 53 100 0 0 0 0 2 4 53 100 75 4 Apresentação Apresentação de 35 empresa Apresentação dos funcionários dos 24 diversos setores Apresentação dos 43 produtos Apresentação dos 28 funcionários 5 Fechamento tentativo Utilizar de método para o primeiro 35 fechamento tentativo Obtenção de 29 decisão do cliente 6 Identificação das objeções Utilização de formas de 30 identificação de objeções Escuta das objeções e 36 imposições dos clientes Utilização de formas de lidar 28 com as objeções 7 Resolução de objeções Treinamento para resoluções das 32 objeções Autonomia para resolução das 22 objeções e imposições 8 Fechamento tentativo Busca de ajuda para o fechamento 34 do pedido Utilização de formas de 38 pagamento 9 Fechamento Verificação de documentação de 38 cliente Iniciativa do vendedor para 42 fechamento da negociação Leitura do sinal do cliente para 39 fechamento Negociação da 35 oferta 66 16 30 2 4 0 0 0 0 53 100 45 24 45 2 4 0 0 3 6 53 100 81 10 19 0 0 0 0 0 0 53 100 53 22 42 2 4 1 1 0 0 53 100 66 17 32 1 2 0 0 0 0 53 100 55 20 38 1 2 0 0 3 5 53 100 57 18 34 4 7 0 0 1 2 53 100 68 17 32 0 0 0 0 0 0 53 100 53 24 45 1 2 0 0 0 0 53 100 60 15 28 6 12 0 0 0 0 53 100 42 27 50 4 8 0 0 0 0 53 100 64 18 34 1 2 0 0 0 0 53 100 72 13 24 1 2 0 0 1 2 53 100 72 14 26 0 0 0 0 1 2 53 100 79 11 21 0 0 0 0 0 0 53 100 74 10 19 4 7 0 0 0 53 100 66 14 26 3 6 0 0 2 53 100 1 76 10 Serviço de pós – venda ou acompanhamento Contato com o cliente pós vendas Avaliação do atendimento pelo cliente Avaliação do produto pelo cliente Avaliação dos serviços pelo cliente Avaliação das condições de fechamento pelo cliente Solicitação de sugestões do cliente. 39 74 11 20 0 0 1 2 2 4 53 100 38 71 13 25 0 0 0 0 2 4 53 100 42 79 11 21 0 0 0 0 0 0 53 100 39 73 11 21 0 0 1 2 2 4 53 100 30 56 18 34 3 6 0 0 2 4 53 100 34 64 15 28 2 4 0 0 2 4 53 100 5.1 Prospecção e qualificação de clientes potenciais A fim de analisar a etapa de prospecção e qualificação de clientes potenciais foram pesquisados os itens “Busca e identificação de clientes potenciais” e “Qualificação dos clientes segundo sua situação financeira”. 5.1.1 Busca e identificação de clientes potenciais O Gráfico 01 apresenta o resultado da pesquisa quanto à existência da prática de busca e identificação de clientes potenciais na Bali Brasília Automóveis LTDA. Do total de pesquisados, 70% responderam que concordaram plenamente que exista esta prática e 30% afirmaram concordar parcialmente, sendo que 100% dos pesquisados estão em concordância. 77 Busca e identificação de clientes potenciais Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Não sei concordo parcialmente 30% Concordo plenamente 70% Gráfico 01 – Percepção de clientes 5.1.2 Qualificação dos clientes segundo sua situação financeira Conforme apresentado no Gráfico 02, 53% dos pesquisados concordaram parcialmente que a empresa realize a qualificação de seus clientes potenciais segundo sua situação financeira e os outros 17% concordaram plenamente que a empresa realiza esse tipo de qualificação. Com um total de 70%, a maioria dos pesquisados afirma haver essa prática na empresa Bali. Qualificação dos clientes segundo sua situação financeira Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo totalmente 13% Discordo Discordo totalmente Concordo plenamente 17% Discordo 17% Concordo parcialmente 53% Gráfico 02 – Qualificação dos clientes segundo sua situação financeira Não sei 78 5.2 Pré abordagem Foram pesquisados os itens “Coleta de informações para visita ao cliente” e “Repasse das informações aos vendedores”, com o propósito de analisar a etapa de pré abordagem do processo de vendas da Bali. 5.2.1 Coleta de informações para visita ao cliente Perguntados se a empresa coleta informações para visitas aos clientes, 36% dos pesquisados concordaram plenamente e 45% concordaram parcialmente (Gráfico 03). Ou seja, na percepção dos funcionários, a empresa realiza a coleta de informações para visitar os clientes potenciais. Coleta de informações para visita ao cliente Concordo Plenamente concordo parcialmente Discordo totalmente 4% Discordo Discordo Discordo totalmente Não sei Não sei 2% 13% Concordo Plenamente 36% concordo parcialmente 45% Gráfico 03 – Coleta de informações para visita ao cliente 5.2.2 Repasse das informações aos vendedores O Gráfico 04 apresenta a percepção dos funcionários sobre o repasse de informações aos vendedores, pela empresa. De acordo com os resultados, 58% dos pesquisados concordaram plenamente que a empresa realiza o repasse dessas informações para que se possa fazer a prospecção dos clientes e 32% concordaram parcialmente que a empresa faz esse repasse de informações. 79 Repasse das informações aos vendedores Concordo Plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Não sei Discordo Não sei 4% 6% Concordo parcialmente 32% Concordo Plenamente 58% Gráfico 04 – Repasse das informações aos vendedores 5.3 Abordagem A análise da etapa de “abordagem” do processo de vendas incluiu os itens, “Preocupação com a primeira impressão deixada pelo vendedor”, “Apresentação do vendedor” e “Contato com as empresas e com os clientes”. 5.3.1 Preocupação com a primeira impressão deixada pelo vendedor De acordo com o apresentado do Gráfico 05, os pesquisados acreditam que os vendedores se importam com a primeira impressão causada por eles. Do total de pesquisados, 77% concordaram plenamente que há essa preocupação, enquanto 21% concordaram parcialmente. Preocupação com a primeira impressão deixada pelo vendedor Concordo plenamente concordo parcialmente concordo parcialmente 21% Discordo Discordo totalmente Não sei Discordo 2% Concordo plenamente 77% Gráfico 05 – Preocupação com a primeira impressão deixada pelo vendedor 80 5.3.2 Apresentação do vendedor De acordo com o resultado apresentado no Gráfico 06, a maioria dos pesquisados (83%) concorda plenamente que os vendedores preocupam-se com a sua apresentação e 13% concordaram parcialmente com essa questão. Apresentação do vendedor Concordo plenamente concordo parcialmente concordo parcialmente 13% Discordo Discordo totalmente Não sei Discordo Não sei 2% 2% Concordo plenamente 83% Gráfico 06 – Apresentação do vendedor 5.3.3 Contato com as empresas e com os clientes De acordo com o apresentado no Gráfico 07, a maioria dos pesquisados está de acordo no que diz respeito a preocupação da empresa em manter contato com outras empresas e com outros clientes. Do total de pesquisados, 75% concordaram plenamente e 21 % concordaram parcialmente com essa preocupação da empresa. 81 Contato com as empresas com os clientes Concordo plenamente concordo parcialmente concordo parcialmente 21% Discordo Discordo totalmente Não sei Não sei 4% Concordo plenamente 75% Gráfico 07 – Contato com as empresas e com os clientes 5.4 Apresentação Foram considerados os itens “Apresentação da empresa”, “Apresentação dos funcionários dos diversos setores” e “Apresentação do produto”, a fim de analisar a etapa “Apresentação” do processo de vendas da Bali Veículos. 5.4.1 Apresentação da empresa De acordo com o resultado mostrado no Gráfico 08, a apresentação da empresa Bali é realizada, segundo 66% dos pesquisados que concordaram plenamente, e 30% que concordaram parcialmente com essa prática da empresa. Apresentação da empresa Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Discordo 4% concordo parcialmente 30% Concordo plenamente 66% Gráfico 08 – Apresentação da empresa Não sei 82 5.4.2 Apresentação dos funcionários dos diversos setores Quando perguntados sobre a prática da empresa pesquisada de apresentação dos funcionários, 45% dos pesquisados concordaram plenamente e 45% concordaram parcialmente que a empresa pratica a apresentação dos funcionários dos diversos setores no processo de vendas (Gráfico 09). Apresentação dos funcionários dos diversos setores Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Não sei Discordo Não sei 6% 4% Concordo plenamente 45% concordo parcialmente 45% Gráfico 09 – Apresentação dos funcionários dos diversos setores 5.4.3 Apresentação do produto O Gráfico 10 apresenta o resultado da pesquisa quanto a apresentação do produto. Dos pesquisados, 81% concordaram plenamente que a empresa faz a apresentação do produto. Os outros 19% dos pesquisados concordaram parcialmente com essa prática, pela empresa. 83 Apresentação do produto Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Não sei concordo parcialmente 19% Concordo plenamente 81% Gráfico 10 – Apresentação do produto 5.5 Fechamento tentativo Para análise da etapa “Fechamento tentativo”, do processo de vendas da Bali, foram pesquisados os itens “Utilização de método para o primeiro fechamento tentativo” e “Obtenção da decisão do cliente”. 5.5.1 Utilização de método para o primeiro fechamento tentativo No Gráfico 11, pode ser visto que 66% dos pesquisados concordaram plenamente que a empresa utiliza-se de algum método para realizar o fechamento tentativo do pedido (proposta, pagamento à vista ou financiamento) já na primeira oportunidade de fechamento e 32% concordaram parcialmente que essa tentativa é realizada já na primeira oportunidade de fechar o pedido de vendas. 84 Utilização de método para o primeiro fechamento tentativo Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Não sei Discordo 2% concordo parcialmente 32% Concordo plenamente 66% Gráfico 11 – Utilização de método para o primeiro fechamento tentativo 5.5.2 Obtenção da decisão do cliente Na percepção de 55% dos pesquisados, os vendedores buscam obtenção da decisão do cliente sobre a venda na primeira tentativa de fechamento de venda, enquanto 38% concordaram parcialmente com a existência dessa prática (Gráfico 12). Obtenção da decisão do cliente Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo 2% concordo parcialmente 38% Discordo Discordo totalmente Não sei 5% Concordo plenamente 55% Gráfico 12 – Obtenção da decisão do cliente Não sei 85 5.6 Identificação das objeções Foram pesquisados os itens “Utilização de formas de identificação de objeções”, “Escuta das objeções e imposições dos clientes” e “Utilização de formas de lidar com as objeções” para a análise da etapa de Identificação das objeções, do processo de vendas da empresa pesquisada. 5.6.1 Utilização de formas de identificação de objeções Perguntados sobre a existência de alguma forma de identificar as objeções dos clientes, 57% dos pesquisados responderam que concordavam plenamente e 34% responderam que concordavam parcialmente que a empresa adota a prática, conforme apresentado no Gráfico 13. Utilização de formas de identificação de objeções Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo 7% Discordo Discordo totalmente Não sei Não sei 2% concordo parcialmente 34% Concordo plenamente 57% Gráfico 13 – Utilização de formas de identificação de objeções 5.6.2 Escuta das objeções e imposições dos clientes Ao indagar-se sobre a escuta das objeções e imposições dos clientes, por parte dos funcionários da empresa pesquisada, constatou-se que 68% dos pesquisados concordaram plenamente e 32% concordaram parcialmente que os vendedores fazem uso dessa prática (Gráfico 14). 86 Escuta das objeções e imposições dos clientes Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Não sei concordo parcialmente 32% Concordo plenamente 68% Gráfico 14 – Escuta das objeções e imposições dos clientes 5.6.3 Utilização de formas de lidas com as objeções De acordo com o apresentado no Gráfico 15, a maioria dos pesquisados (53%) concorda plenamente que se utiliza de alguma forma para lidar com as objeções dos clientes na Bali Automóveis e 45% concordaram parcialmente com essa prática. Isso significa que os pesquisados acham que os vendedores buscam alguma forma de eliminar as objeções dos clientes. Já 2% dos pesquisados discordam totalmente que exista a prática de utilização de formas de lidar com as objeções do cliente. Utilização de formas de lidar com as objeções Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Discordo 2% concordo parcialmente 45% Concordo plenamente 53% Gráfico 15 – Utilização de formas de lidar com as objeções Não sei 87 5.7 Resolução das objeções Foram pesquisados os itens “Treinamento para solução das objeções”, “Autonomia para resolução das objeções e imposições” e “Poder de negociação das imposições”, a fim de conhecer a opinião dos pesquisados sobre a prática da etapa “resolução de objeções”, do processo de vendas da Bali. 5.7.1 Treinamento para solução das objeções Ao serem perguntados sobre realização de algum treinamento, pela empresa, para solucionar as objeções dos clientes, 61% dos pesquisados responderam que concordam plenamente, 28% que concordam parcialmente e 11% que discordam da existência da utilização de formas para lidar com as objeções (Gráfico 16). Treinamento para solução das objeções Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Não sei Discordo 11% concordo parcialmente 28% Concordo plenamente 61% Gráfico 16 – Treinamento para solução das objeções 5.7.2 Autonomia para resolução das objeções e imposições Referindo-se a autonomia para resolução de objeções levantadas pelos clientes, a maioria dos pesquisados respondeu acreditar que os vendedores têm autonomia para resolver os problemas levantados, sendo que 51% concordaram plenamente e 41% concordaram parcialmente com a preposição. No entanto, 8% dos pesquisados discordam com a autonomia para solucionar as imposições (Gráfico 17). 88 Autonomia para resolução das objeções e imposicções Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Não sei Discordo 8% Concordo plenamente 51% concordo parcialmente 41% Gráfico 17 – Autonomia para resolução das objeções e imposições 5.7.3 Poder de negociação das imposições Perguntados sobre o poder de negociação das imposições dos clientes, 51% dos pesquisados responderam que concordaram plenamente, 41% concordaram parcialmente e 8% discordaram da existência dessa característica no processo de negociação da Bali Brasília Automóveis LTDA, conforme apresentado no Gráfico 18. Poder de negociação das imposições Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Discordo 8% Concordo plenamente 41% concordo parcialmente 51% Gráfico 18 – Poder de negociação das imposições Não sei 89 5.8 Fechamento tentativo Com a finalidade de analisar a etapa de “fechamento tentativo” do processo de vendas da Bali, foram pesquisados os itens “Busca de ajuda para o fechamento do pedido” e “Utilização de formas de pagamento”. 5.8.1 Busca de ajuda para o fechamento do pedido Foi perguntado aos pesquisados se, no fechamento tentativo de um pedido, os vendedores buscam ajuda para realizar o fechamento. A maior parte dos pesquisados (64%) respondeu que concorda plenamente e 34% concorda parcialmente com a prática dessa etapa do processo de vendas, conforme pode ser visto no Gráfico 19. Busca de ajuda para o fechamento Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Não sei Discordo 2% concordo parcialmente 34% Concordo plenamente 64% Gráfico 19 – Busca de ajuda para o fechamento 5.8.2 Utilização de formas de pagamento O Gráfico 20 apresenta o resultado da pesquisa sobre a utilização de formas de pagamento, no processo de vendas, ou seja, se a empresa está disposta a ouvir as condições de pagamento dos clientes. Do total de pesquisados, 72% afirmaram concordar plenamente com a prática da empresa de utilização de formas de pagamento, 24% concordaram parcialmente, 2% discordaram e 2% não souberam responder. 90 Utilização de formas de pagamento Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo Não sei 2% 2% concordo Discordo totalmente Não sei parcialmente 24% Concordo plenamente 72% Gráfico 20 – Utilização de formas de pagamento 5.9 Fechamento Com o propósito de pesquisar a prática da etapa de fechamento, no processo de vendas da Bali, os pesquisados foram indagados sobres os itens “Verificação de documentação do cliente”, “Iniciativa do vendedor para o fechamento da negociação” e “Leitura do sinal do cliente para o fechamento”. 5.9.1 Verificação de documentação do cliente No fechamento da venda é necessário que o vendedor faça a verificação da documentação do cliente. Os pesquisados concordaram que é feita essa verificação antes de efetuar o fechamento da venda. Do total de pesquisados, 72% afirmaram concordar plenamente e 26% concordaram parcialmente, com a prática desse procedimento pela empresa, conforme apresentado no Gráfico 21. Verificação de formas de pagamento Concordo plenamente concordo parcialmente concordo parcialmente 26% Discordo Discordo totalmente Não sei 2% Concordo plenamente 72% Gráfico 21 – Verificação de formas de pagamento Não sei 91 5.9.2 Iniciativa do vendedor para o fechamento da negociação Conforme apresentado no Gráfico 22, na percepção dos pesquisados, a iniciativa do vendedor para realizar o fechamento da negociação é praticada pela empresa, sendo que 79% dos pesquisados concordaram plenamente e 21% concordaram parcialmente com essa proposição. Iniciativa do vendedor para o fechamento da negociação Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Não sei concordo parcialmente 21% Concordo plenamente 79% Gráfico 22 – Iniciativa do vendedor para o fechamento da negociação 5.9.3 Leitura do sinal do cliente para o fechamento Para 74% dos pesquisados, os vendedores fazem a leitura do sinal dos clientes para realizar o fechamento do pedido de venda. Para 19%, os vendedores utilizam-se dessa prática parcialmente e para 7% não há essa leitura de sinal (Gráfico 23). Leitura do sinal do cliente para o fechamento Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo concordo 7% parcialmente 19% Discordo Discordo totalmente Concordo plenamente 74% Gráfico 23 – Leitura do sinal do cliente para o fechamento Não sei 92 5.9.4 Negociação da oferta Quando perguntado aos pesquisados sobre a prática da negociação da oferta pela empresa pesquisada, 66% responderam que concordaram plenamente, 26% concordaram parcialmente e 6% discordaram que exista esse procedimento no processo de venda (Gráfico 24). Negociação da oferta Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Não sei 6% 2% Discordo Discordo totalmente Não sei concordo parcialmente 26% Concordo plenamente 66% Gráfico 24 – Negociação da oferta 5.10 Serviço de pós-vendas ou acompanhamento Os itens “Contato com o cliente pós-vendas”, “Avaliação do atendimento pelo cliente”, “Avaliação do produto pelo cliente”, “Avaliação dos serviços pelo cliente”, “Avaliação das condições de pagamento pelo cliente” e “Solicitações de sugestões do cliente”, foram pesquisados a fim de analisar a prática de “serviço de pós- venda ou acompanhamento”, do processo de vendas da empresa Bali. 5.10.1 Contato com o cliente pós-vendas O Gráfico 25 apresenta a opinião dos pesquisados quanto ao contato com o cliente no pósvendas. Foi perguntado se há contato com o cliente no pós-vendas e 73% dos pesquisados concordaram plenamente que exista o contato; 21% concordaram parcialmente; 4% não souberam responder e 2% discordaram totalmente com a prática desse item pela empresa. 93 Contato com o cliente pós-vendas Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo totalmente 2% concordo parcialmente 21% Discordo Discordo totalmente Não sei Não sei 4% Concordo plenamente 73% Gráfico 25 – Contato com o cliente pós-vendas 5.10.2 Avaliação do atendimento pelo cliente No quesito avaliação do atendimento pelo cliente, 72% dos pesquisados concordaram plenamente que existe tal avaliação; 24% concordaram parcialmente e 4% não souberam responder (Gráfico 26). Avaliação do atendimento pelo cliente Concordo plenamente concordo parcialmente 24% concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Não sei 4% Concordo plenamente 72% Gráfico 26 – Avaliação do atendimento pelo cliente Não sei 94 5.10.3 Avaliação do produto pelo cliente Quanto à avaliação do produto pelo cliente, 75% dos pesquisados concordaram plenamente; 21 % concordaram parcialmente e 4% não souberam responder se existe a prática na empresa pesquisada (Gráfico 27). Avaliação do produto pelo cliente Concordo plenamente concordo parcialmente concordo parcialmente 21% Discordo Discordo totalmente Não sei Não sei 4% Concordo plenamente 75% Gráfico 27 – Avaliação do produto pelo cliente 5.10.4 Avaliação dos serviços pelo cliente No que se refere a avaliação dos serviços pelo cliente, 73% dos pesquisados concordaram plenamente que é feita a avaliação dos serviços, 21% concordaram parcialmente e 4% não souberam responder (Gráfico 28). Avaliação dos serviços pelo cliente Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Discordo Não sei 4% concordo 2% parcialmente 21% Concordo plenamente 73% Gráfico 28 – Avaliação dos serviços pelo cliente Não sei 95 5.10.5 Avaliação das condições de pagamento pelo cliente Foi questionado se havia, na empresa, a avaliação das condições de pagamento pelo cliente. Os pesquisados concordaram plenamente (56%), concordaram parcialmente (34%), discordaram (6%) e não souberam opinar (4%). Ou seja, a maioria dos pesquisados concorda que é feita, após a venda, avaliação das condições de pagamento pelos clientes, no serviço pós-vendas. Esse resultado pode ser visto no Gráfico 29. Avaliação das condições de fechamento pelo cliente Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Não sei Discordo 4% 6% Discordo totalmente concordo parcialmente 34% Não sei Concordo plenamente 56% Gráfico 29 – Avaliação das condições de fechamento pelo cliente 5.10.6 Solicitações de sugestões do cliente Segundo os pesquisados, ocorre, a solicitação de sugestões dos clientes. Do total de pesquisados, 64% concordaram plenamente; 28% concordaram parcialmente; 4% discordaram que existe essa prática. Ainda 4% não souberam responder (Gráfico 30). Solicitação de sugestões do cliente Concordo plenamente concordo parcialmente Discordo Discordo totalmente Discordo Não sei 4% 4% concordo parcialmente 28% Concordo plenamente 64% Gráfico 30 – Solicitação de sugestões do cliente Não sei 96 5.11 Síntese do Estudo de Caso A fim de aprofundar a análise dos resultados obtidos, foram somadas as freqüências de respostas de concordância (concordo plenamente e concordo parcialmente) e as de discordância (discordo e discordo totalmente). Esse resultado encontra-se na Tabela 03. Como critério de decisão sobre a concordância ou discordância da existência da prática do item do processo de vendas, na empresa, utilizou-se a ocorrência de mais de 50% das respostas. No que se refere a “prospecção e qualificação de clientes potencias”, do total de pesquisados, 100% concordaram com a existência da prática de “busca e identificação de clientes potenciais” e, em relação à “qualificação dos clientes segundo sua situação financeira”, 70% dos clientes concordaram e 30% discordaram. Com relação a “Pré-abordagem”, a maioria dos funcionários pesquisados (81%) concordaram que há “Coleta de informações para visita ao cliente” e 17% discordaram e, em relação a prática de “Repasse das informações aos vendedores”, 90% dos funcionários pesquisados concordaram, enquanto 6% discordaram que haja a prática, na empresa pesquisada. No processo de vendas da empresa pesquisada, no que diz respeito a “Abordagem”, do total de pesquisados, 98%, concordaram que há, na empresa, “Preocupação com a primeira impressão deixada pelo vendedor” e 2% discordaram, em relação a “Apresentação do vendedor”; 96% dos pesquisados concordaram e 2% discordaram que há preocupação com a aparência do pessoal de vendas, na empresa pesquisada e, quanto a prática de “Contato com as empresas e com os clientes”, 96% dos funcionários concordaram que a empresa realiza esses contatos. No que se refere a “Apresentação”, do total de pesquisados, 96% concordaram que há “Apresentação da empresa” e 4% discordaram da prática; concordaram que há, na empresa, “Apresentação dos funcionários dos diversos setores” 90% dos pesquisados e 4% discordaram. Dos pesquisados, 100% concordaram que a empresa realiza a “Apresentação dos produtos” na etapa do processo de vendas da Bali Brasília Automóveis LTDA. O resultado referente ao “Fechamento tentativo” no processo de vendas da empresa pesquisada revelou que, dos pesquisados, 98% concordaram que a Bali Brasília Automóveis LTDA pratica a “Utilização de método para o primeiro fechamento” e 2% discordaram. Do