AB ACUPUNTURA E INCIDÊNCIA DE LARINGOESPASMO

Transcrição

AB ACUPUNTURA E INCIDÊNCIA DE LARINGOESPASMO
TEMAS LIVRES DO 51º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA
9º CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO – 1º CONGRESSO DE DOR DA BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA
A
ACUPUNTURA E INCIDÊNCIA DE LARINGOESPASMO PÓS-EXTUBAÇÃO EM CRIANÇAS
Hélio P Araújo Filho, Miriam N R Pereira, Juliana C Rodrigues*, Robert S Sabino
CET/SBA Hospital de Base do Distrito Federal, Brasília, DF
SHCGN 704 I 403 Brasília - DF CEP. 70730-739
Justificativa e Objetivos - O laringoespasmo após extubação em crianças é um fato freqüente quando comparado com adultos. Várias medidas têm sido propostas no intuito de diminuir esta ocorrência, mas nenhuma demonstrou ser totalmente eficaz.
Aacupuntura pode exercer efeitos benéficos na região da laringe. O objetivo deste trabalho foi investigar o uso da acupuntura no
ponto Shao Shang como medida profilática para diminuir a incidência de laringoespasmo após extubação em crianças submetidas à anestesia geral com halotano e intubação orotraqueal. Método - Após a aprovação do Comitê de Ética da Instituição e com
o consentimento informado por escrito dos pais ou responsáveis, vinte e dois pacientes, submetidos a cirurgias eletivas, de abdome inferior e de curta duração, foram aleatoriamente divididos em dois grupos: A (grupo acupuntura) e C (grupo controle). O
grupo Arecebeu acupuntura bilateral no ponto Shao Shang (L11) ao término da cirurgia, imediatamente antes da extubação. Pacientes do grupo C não receberam acupuntura. Resultados - Não houve diferenças estatísticas em relação à idade, peso, sexo
e estado físico entre os grupos. Três crianças do grupo A apresentaram laringoespasmo e quatro no grupo C. A incidência de laringoespasmo foi discretamente menor no grupo A, mas não ocorreu diferença estatisticamente significativa comparando-se
com o grupo C. Conclusões - Nesse trabalho, em crianças submetidas à anestesia geral com halotano, a incidência de laringoespasmo não foi reduzida pelo uso da acupuntura. Referências - 01. Hsiao JM, Chien YJ, Yang CY et all - Acupuncture with bloodletting in Shao Shang acupoint relieves post-anesthetic sore throat. The Chinese Journal of Pain, 1996;6:13-18; 02. Lee CK,
Chien TJ, Hsu JC et al - The effect of acupuncture on the incidence os postextubation laryngospasm in children. Anaesthesia,
1998:53:917-20; 03. Sagahaei M, Ravazi S - Bloodletting acupuncture for the prevention of stridor in children after tracheal
extubation: a randomised, controlled study. Anaesthesia, 2001;56:961-964.
B
ANESTESIA VENOSA COM PROPOFOL E REMIFENTANIL EM NEUROCIRURGIA PEDIÁTRICA DO RECÉM-NASCIDO
AOS DOZE ANOS
Daniel G B Cunha*, Michel M Fernandes, José C R Nascimento, Carmem M C Maciel
CET/SBA do Hospital da Restauração / Hospital Getúlio Vargas
Av. Beira Rio 55 / 502, Madalena, Recife-PE, CEP 50610-100
Justificativa e Objetivos - Aanestesia venosa total com propofol e remifentanil é utilizada em adultos, sendo utilizada em crianças desde 1999 em alguns países. Este estudo objetiva avaliar a adequação da técnica à neurocirurgia pediátrica, a dose utilizada, a estabilidade hemodinâmica, tempo para extubação traqueal e complicações da técnica. Método - Participaram deste estudo 37 pacientes, estado físico ASA I a IV, com idades entre zero e 12 anos, divididos em 4 grupos por faixa etária: G1 (até 30 dias)
com 5 , G2 (31 dias a 12 meses) com 11, G3 (13 a 36 meses) com 6, G4 (37 meses a 12 anos) com 15 pacientes. O peso variou de
1800 a 34 kg. Os pacientes foram monitorizados com ECG em DII e V-5, oximetria de pulso, capnografia, PA não invasiva, débito
urinário. Acesso venoso periférico efetuado sob máscara com sevoflurano em 18 pacientes, sendo o halogenado suspenso imediatamente após o acesso venoso. Após acesso venoso, a indução anestésica foi realizada com bolus de propofol (3 mg.kg-1),
seguida de infusão 3 a 9 mg.kg-1.h-1 de propofol e remifentanil (0,5 µg.kg-1.min-1). A infusão foi ajustada pela clínica. Caso o plano
anestésico se mostrasse superficial era administrado nova dose de 3 mg.kg-1 de propofol. Utilizou-se bloqueador neuromuscular em apenas 11 pacientes. Todos os pacientes permaneceram em ventilação controlada. Resultados - O tempo cirúrgico variou de 30 a 450 minutos. Nenhum paciente fez uso de vasopressor ou atropina. O tempo médio para extubação foi de 30 min para o
G1, 13 min no G2, e 7 min no G3 e G4. Dois pacientes não foram extubados na sala de cirurgia. A velocidade média de infusão do
remifentanil manteve-se entre 0,4 e 0,5 µg.kg-1.min-1, tendendo para mais no G1 e para menos no G3 e G4. Adose ideal de propofol distribuiu-se da seguinte forma: 3 a 6 mg.kg-1.h-1 no G1, 6 mg.kg-1.h-1 no G2, 6 a 9 mg.kg-1.h-1 no G3, e 9 mg.kg-1.h-1 no G4. Seis
pacientes receberam transfusão sangüínea, entretanto sem alteração hemodinâmica. Conclusões - O uso de propofol e remifentanil mostrou-se seguro, com despertar e extubação precoce e sem efeitos adversos. O uso de propofol e remifentanil parece
a melhor combinação para neurocirurgia pediátrica. Referências - 01. Ross AK et al - Pharmacokinetics of remifentanil in anesthetized pediatric patients undergoing elective surgery or diagnostic procedures. Anesth Analg, 2001;93:1393-1401; 02. Steurs
RJ - Dosage scheme for propofol in children under 3 years of age. Pediatric Anesthesia, 2004;14:462-467.
Revista Brasileira de Anestesiologia
Vol. 54, Supl. Nº 33, Novembro, 2004
CBA 075