relatório e contas 2000

Transcrição

relatório e contas 2000
EDP Distribuição
RELATÓRIO E CONTAS
DO EXERCÍCIO DE 2006
Sede: Rua Camilo Castelo Branco, 43
1050-044 LISBOA
Capital Social: 1 024 500 000 Euros
Nº de matrícula da Conservatória do Registo Comercial de Lisboa: 8 847
Nº de identificação de pessoa colectiva: 504 394 029
ÍNDICE
SÍNTESE DE INDICADORES
3
MENSAGEM DO PRESIDENTE
4
ÓRGÃOS SOCIAIS
6
MACROESTRUTURA
7
ENQUADRAMENTO
10
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO E REGULATÓRIO
10
ABERTURA DE MERCADO
11
ENQUADRAMENTO ECONÓMICO
12
PROCURA DE ENERGIA ELÉCTRICA
15
ENERGIA ELÉCTRICA E ECONOMIA
15
PROCURA POR NÍVEL DE TENSÃO E MERCADO
18
PROCURA POR TIPO DE USO
19
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA PROCURA DE ELECTRICIDADE
20
COMERCIALIZAÇÃO
22
POLÍTICA COMERCIAL
22
CLIENTES DO MERCADO REGULADO
24
COMPRA E VENDA DE ENERGIA
26
VENDAS AO MERCADO REGULADO, FACTURAÇÃO AO MERCADO LIVRE E COBRANÇA
31
DÍVIDA DE CLIENTES
33
QUALIDADE DE SERVIÇO COMERCIAL
34
CLIENTES E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA PARA O MERCADO LIVRE
36
DISTRIBUIÇÃO
38
DESENVOLVIMENTO DA REDE
38
LIGAÇÃO DE PRODUTORES EM REGIME ESPECIAL
41
INDICADORES DE UTILIZAÇÃO
42
QUALIDADE DE SERVIÇO
43
PROJECTO E CONSTRUÇÃO
46
MANUTENÇÃO
46
INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E SISTEMAS
47
AMBIENTE
51
1
RECURSOS HUMANOS
53
QUADRO DE PESSOAL
53
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
54
MOTIVAÇÃO E SATISFAÇÃO
56
PREVENÇÃO E SEGURANÇA
56
EVOLUÇÃO FINANCEIRA
59
BALANÇO
59
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
60
INVESTIMENTO
66
CONSERVAÇÃO
67
FINANCIAMENTO
68
PRINCIPAIS INDICADORES
69
CONSIDERAÇÕES FINAIS
70
PERSPECTIVAS PARA 2007
70
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
70
NOTA FINAL
71
ANEXOS
72
ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2006
ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO
CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS
RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO
EXTRACTO DA ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL DE ACCIONISTAS
ANEXO ESTATÍSTICO
PRINCIPAIS ELEMENTOS ESTATÍSTICOS
BALANÇO DE ENERGIA ELÉCTRICA
Nº DE CLIENTES E ENERGIA DISTRIBUÍDA (MERCADO REGULADO + MERCADO LIVRE)
RESUMO DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS EM SERVIÇO EM 31/12/2006
2
Síntese de indicadores
PRINCIPAIS ELEMENTOS ESTATÍSTICOS
Rubricas
Unidades
2005
2006
Compras de energia eléctrica para o Mercado Regulado (MR)
GWh
37 178
Energia eléctrica entrada para o Mercado Livre (ML)
GWh
10 091
41 228
7 406
ENERGIA ELÉCTRICA ENTRADA NA REDE PÚBLICA (MR + ML)
GWh
47 268
48 634
Vendas de energia eléctrica ao Mercado Regulado
GWh
34 186
38 278
Energia eléctrica saída para o Mercado Livre
GWh
9 621
7 161
Consumos próprios da Distribuição
GWh
25
26
ENERGIA ELÉCTRICA SAÍDA DA REDE PÚBLICA (MR + ML)
GWh
43 832
45 465
PERDAS (MR + ML)
GWh
3 437
3 169
PROVEITOS DE VENDA DE ELECTRICIDADE a)
Milhões euros
3 738
4 138
INVESTIMENTO TOTAL
Milhões euros
415
346
MVA
14 467
15 069
km
62 872
63 998
14 115
INSTALAÇÕES EM SERVIÇO (final do ano)
Subestações-Potência de transformação
Linhas AT e MT
Cabos subterrâneos AT e MT
Postos de Transformação-Potência instalada
Redes BT
Contadores
NÚMERO DE CLIENTES (final do ano) b)
Nº TRABALHADORES (final do ano)
a) Inclui uso de redes por parte dos clientes do Mercado Livre e exclui Desvio Tarifário.
3
km
13 465
MVA
16 279
16 955
km
milhares
128 990
6 141
130 945
6 222
5 907 365
5 987 896
4 613
4 471
b) Mercado Regulado + Mercado Livre.
Mensagem do Presidente
A EDP Distribuição, a exemplo do passado recente, continuou a
desenvolver intenso trabalho para melhorar a eficiência e eficácia do
seu desempenho tendo como objectivo proporcionar aos Clientes um
serviço de boa qualidade, sem descurar a criação de valor para o
Accionista,
tarefa
de
dificuldade
acrescida
por
as
actividades
desenvolvidas pela Empresa estarem sujeitas ao cumprimento das regras
e procedimentos, cada vez mais exigentes, definidos pela Entidade
Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Ao longo do ano de 2006 foi publicada importante legislação específica
para o sector eléctrico. Foram estabelecidos novos princípios de
organização e funcionamento do Sistema Eléctrico Nacional, tendo por
finalidade o incremento de um mercado livre e concorrencial de acordo
com a Directiva 2003/54/CE relativa às regras comuns ao mercado
interno de electricidade. Foi aprovado o novo Regulamento da
Qualidade de Serviço (RQS) que adoptou níveis de qualidade de serviço
ainda mais exigentes.
Foi ainda criado o comercializador de último recurso (CUR), entidade
titular de licença de comercialização de energia eléctrica sujeita a
obrigações de serviço universal, cuja actividade passa a ter separação
jurídica. A qualidade de comercializador de último recurso foi atribuída à
sociedade constituída pela EDP Distribuição para o efeito que iniciou a
sua actividade no início de 2007.
Também foi implementada a plataforma logística que permitiu a gestão
do processo de mudança de comercializador dos clientes em Baixa
Tensão Normal (BTN), a partir do dia 4 de Setembro, envolvendo um
universo de cerca de 6 milhões de clientes.
Na área técnica, produziu-se um enorme esforço, técnico e humano, de
optimização na exploração e manutenção das redes o que possibilitou
4
menores níveis de investimento, sem comprometer o objectivo da
continuação de uma política sustentada de melhoria da qualidade de
serviço.
O bom trabalho desenvolvido na área comercial permitiu cumprir todos
os indicadores gerais de qualidade de serviço comercial do RQS,
ultrapassando largamente o padrão fixado. Para além disso, foram
adoptadas
medidas
destinadas
a
optimizar
a
utilização
dos
equipamentos para recolha de leituras e lançado um projecto-piloto de
telecontagem em Baixa Tensão Normal (BTN).
A reestruturação dos recursos humanos tem decorrido segundo critérios
de eficiência e produtividade, tendo em atenção o factor humano,
permitindo o cumprimento dos objectivos definidos em ambiente de
diálogo e serenidade. Por outro lado, os índices de motivação e de
preparação
para
a
mudança
dos
colaboradores
da
Empresa
aumentaram, através do alinhamento da actividade desenvolvida com
os objectivos da Empresa e com reforço da formação (Projecto SOL),
tendo-se constatado uma significativa melhoria no índice de satisfação
dos colaboradores.
Enquanto instrumentos de gestão, transversais a toda a Empresa,
procurando alcançar o melhor desempenho dos colaboradores,
destacam-se o projecto PROEDIS, cuja finalidade é desenhar normativas
e procedimentos que maximizem a eficácia e eficiência no uso dos
activos, recursos e tecnologias, e Produtividade + que procura o
incremento da produtividade aliado à qualidade.
Não obstante o esforço realizado os resultados líquidos ficaram abaixo
dos do ano anterior. Contudo, estamos certos de ter preparado caminho
para que num futuro próximo a situação se apresente bem mais
favorável.
5
Órgãos Sociais
Mesa da Assembleia Geral
Dr. Nuno Pedro Collares Pereira Galvão Teles
Presidente
Dr. António José Marrachinho Soares
Secretário
Conselho de Administração
Eng.º João José Saraiva Torres
Presidente
Eng.º Ângelo Manuel Melo Sarmento
Administrador
Eng.º Paulo Manuel Santos Pinto de Almeida
Administrador
Órgão de Fiscalização
ROC Efectivo: KPMG & Associados - SROC, SA, representada por Dr. Jean-éric Gaign
ROC Suplente: Dr. Vítor Manuel da Cunha Ribeirinho
6
Macroestrutura
Conselho de Administração
Gabinete de Estudos e Apoio Empresarial
Gabinete de Controlo de Gestão
Gabinete de Regulação e Autarquias
Área de Apoio ao CA
Gabinete de Comunicação e Imagem
Gabinete Jurídico
Gabinete de Ambiente e Sustentabilidade
Área de Suporte
Direcção de Organização e Sistemas
Direcção de Recursos Humanos
Direcção de Planeamento de Rede
Área de Gestão de Rede
Direcção de Despacho e Condução
Direcção de Normalização e Tecnologia
Gabinete de Gestão da Contagem
Área Comercial
Direcção Comercial
Gabinete de Compra de Energia
Direcção de Serviços de Rede - Norte
Departamento de
Infraestruturas
Área de Rede
Grande Porto
Área de Rede
Minho
Área de Rede
Ave Sousa
Área de Rede
Trás-os -Montes
Área de Serviços de Rede
Direcção de Serviços de Rede - Centro
Departamento de
Infraestruturas
Área de Rede
Beira Litoral
Área de Rede
Coimbra/Lousã
Área de Rede
Beira Interior
Área de Rede
Litoral Centro
Direcção de Serviços de Rede - Sul
Direcção de
Infraestruturas
Área de Rede
Grande Lisboa
Área de Rede
Oeste
Área de Rede
Vale do Tejo
Área de Rede
Pen. de Setúbal
Área de Rede
Alentejo
Área de Rede
Algarve
Gabinete de Telecomunicações
7
Área de Apoio ao CA
Área Comercial
Gabinete de Estudos e Apoio Empresarial
Direcção Comercial
Eng.º Manuel Antunes Rodrigues da Costa
Eng.º Joaquim Armando Correia Teixeira
Gabinete de Controlo de Gestão
Gabinete de Compra de Energia
Dr. João Miguel Cardoso Matos Fernandes
Eng.º Valdemar Geraldo Taborda
Gabinete de Regulação e Autarquias
Eng.º Carlos Alberto Ferreira Botelho
Área de Serviços de Rede
Gabinete de Comunicação e Imagem
Direcção de Serviços de Rede-Norte
Dr.ª Maria Antónia da Conceição Fonseca
Eng.º António José G. Machado Vaz
Gabinete Jurídico
Área de Rede Grande Porto
Dr.ª Maria Virgínia Bastos Santos
Eng.º António Manuel Marques de Sousa
Gabinete de Ambiente e Sustentabilidade
Área de Rede Minho
Eng.º Luís Gabriel Frazão Quintela
Eng.º Mário Cunha R. Guimarães
Área de Suporte
Direcção de Organização e Sistemas
Eng.º Fernando Leonel Ganso Barão
Direcção de Recursos Humanos
Dr.ª Isabel Maria Ramires Ramos
Área de Gestão de Rede
Direcção de Planeamento de Rede
Eng.º Francisco José Barroso Mira
Direcção de Despacho e Condução
Eng.º Vítor Manuel Tomás das Dores
Direcção de Normalização e Tecnologia
Eng.º Jorge Manuel Vaz Ventura
Gabinete de Gestão da Contagem
Área de Rede Ave Sousa
Eng.º António B. L. Santos Ferreira
Área de Rede Trás-os-Montes
Eng.º Carlos Alberto Bexiga Filipe
Departamento de Infraestruturas Norte
Eng.º José António C. Vieira de Sousa
Direcção de Serviços de Rede-Centro
Eng.º Fernando Leonel Ganso Barão
Área de Rede Beira Litoral
Eng.º João António Garcia Mendes
Área de Rede Coimbra/Lousã
Eng.º António José Geraldo Taborda
Área de Rede Beira Interior
Eng.º José António Oliveira Marmé
Eng.º Carlos Alberto M. Portugal Abreu
8
Área de Rede Litoral Centro
Eng.º Manuel Luciano Costa Gomes
Departamento de Infraestruturas Centro
Eng.º Fernando Jorge Pais Rocha
Direcção de Serviços de Rede-Sul
Eng.º Manuel São Miguel Oliveira
Direcção de Infraestruturas Sul
Eng.º José Alberto Teixeira
Área de Rede Grande Lisboa
Eng.º António Manuel Aires Messias
Área de Rede Oeste
Eng.º António João Cunha Pinheiro
Área de Rede Vale do Tejo
Eng.º António Oliveira Chaleira
Área de Rede Península de Setúbal
Eng.º António João Cunha Pinheiro
Área de Rede Alentejo
Eng.º Jorge Alexandre C. Silva Gouveia
Área de Rede Algarve
Eng.º Carlos António Monteiro Lobato
Gabinete Telecomunicações
Eng.º António Campos Cristino
9
Enquadramento
Enquadramento Legislativo e Regulatório
O Decreto-Lei nº 29/2006, de 15 de Fevereiro, estabeleceu as bases da
nova organização e funcionamento do sector da electricidade,
remetendo para legislação complementar a concretização das bases
gerais,
designadamente
a
definição
dos
regimes
jurídicos
das
actividades de produção, transporte, distribuição e comercialização de
electricidade. O Decreto-Lei nº 172/2006, de 23 de Agosto, procedeu ao
desenvolvimento dos princípios base estabelecidos pelo DL 29/2006.
No novo quadro jurídico, as actividades de produção e comercialização
são exercidas em regime de livre concorrência, mediante atribuição de
licença. As actividades de transporte e distribuição são exercidas
mediante a atribuição de concessões de serviço público.
No âmbito da protecção dos consumidores, foi prevista a figura do
comercializador
de
último
recurso,
exercendo
a
actividade
de
comercialização com obrigações de serviço universal e sujeito a
regulação.
A Rede Eléctrica de Serviço Público (RESP) é constituída pela Rede
Nacional de Transporte de Electricidade (RNT), Rede Nacional de
Distribuição de Electricidade em alta e média tensão (RND) e as redes de
distribuição em baixa tensão
A EDP Distribuição exerce a actividade de operador de rede de
distribuição, sendo titular da concessão para a exploração da RND. Por
outro lado, é também titular de concessões de distribuição de energia
eléctrica em baixa tensão no Continente através de contratos de
concessão celebrados com os respectivos municípios.
10
Até final de 2006, a EDP Distribuição exerceu também a actividade de
comercializador de último recurso, fornecendo a energia eléctrica a
todos os consumidores que desejaram manter tarifas reguladas.
Em Dezembro constituiu uma entidade jurídica independente que iniciou
no princípio de 2007 a actividade de comercializador de último recurso,
ficando a EDP Distribuição com a actividade de Operador de Rede de
Distribuição.
O Despacho nº 5255/2006, de 30 de Dezembro de 2005, publicado no
Diário da República (II Série) de 8 de Março de 2006, aprovou o novo
Regulamento da Qualidade de Serviço (RQS) adoptando níveis de
qualidade de serviço mais exigentes.
Abertura de mercado
O processo de liberalização do mercado da electricidade em Portugal
tem sido efectuado de forma gradual, tendo começado, numa primeira
fase, por incluir apenas os consumidores com maiores consumos e níveis
de tensão mais elevados e sido progressivamente alargado a todos os
consumidores de energia eléctrica. A partir de 4 de Setembro de 2006
concretizou-se a liberalização total, com a abertura do mercado livre aos
clientes de Baixa Tensão Normal.
Para que fosse possível ao cliente de BTN a escolha de fornecedor, foi
necessário implementar um sistema informático que permitisse gerir os
procedimentos de mudança de fornecedor aos consumidores de
energia eléctrica em Portugal, com todas as garantias de transparência,
segurança e fiabilidade, de acordo com a Entidade Reguladora dos
Serviços Energéticos.
11
Assim, em consequência do referido, foi implementada, em tempo
recorde relativamente às melhores práticas internacionais, a plataforma
logística que permitiu a concretização da extensão da liberalização aos
clientes em BTN, envolvendo um universo de cerca de 6 milhões de
clientes.
Enquadramento Económico
No conjunto dos países da área do Euro, assistiu-se em 2006 a um melhor
desempenho económico com um crescimento real do Produto Interno
Bruto (PIB) de cerca de 2,6%, significativamente acima da taxa registada
no ano anterior (1,4%).
Em Portugal, o desempenho da economia situou-se bastante abaixo da
média dos referidos parceiros comunitários. De acordo com as
estimativas do Outono da Comissão Europeia, o crescimento real do
Produto foi de apenas 1,2% (0,4% em 2005).
Produto Interno Bruto
(variações reais em 2006)
6
5
(%)
4
Área do Euro
3
2
1
0
AT
BE
DE
DK
ES
FI
FR
GB
GR
IE
IT
LU
NL
PT
SE
Fonte: Estimativ as do Outono da Comissão Europeia
O ainda modesto desempenho da economia portuguesa é explicado
essencialmente pelo contributo desfavorável da formação bruta de
capital fixo (-2,6%) e pelo efeito das medidas tendentes a conter a
12
despesa pública. O bom comportamento do comércio externo,
particularmente das exportações cujo crescimento terá atingido cerca
de 8% em 2006, permitiu atenuar estes efeitos negativos.
A taxa de inflação medida pelo PIB, esteve cerca de um ponto
percentual acima da média da Área do Euro, tendo o crescimento do
preço implícito no Produto Interno Bruto (PIB) sido ligeiramente inferior ao
do
Índice
de
Preços
no
Consumidor
(IPC)
—
2,9%
e
3,1%,
respectivamente.
Índices de preços
Taxas de variação
6
5
(%)
4
Preço implícito no PIB - PORTUGAL
3
IPC - PORTUGAL
2
Preço implícito no PIB - Área do Euro
1
0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Fontes: INE e Comissão Europeia (Estimativas do Outono de 2006)
A decomposição do PIB por sector de actividade económica revela um
crescimento significativo na agricultura e uma ligeira melhoria na
indústria, estando os serviços estagnados.
13
VALOR ACRESCENTADO POR SECTOR
Taxas de variação real
25
20
15
(%)
10
5
0
-5
-10
-15
AGRICULTURA
INDÚSTRIA
SERVIÇOS
VAB
-20
1970
1975
1980
1985
1990
1995
2000
Fontes: 1970-1977 - Estimativas baseadas nas Contas Nacionais do INE; 1978-2006 - Contas Nacionais do INE
14
2005
Procura de energia eléctrica
Energia eléctrica e economia
Não obstante o fraco comportamento da economia portuguesa,
continuou a verificar-se um elevado nível na procura de electricidade.
De facto, assistiu-se a um acréscimo no volume global de energia
distribuída de 3,7%, valor muito acima da taxa de crescimento da
economia. No entanto, parte deste acréscimo teve origem na alteração
de critério na avaliação da energia em contadores e na recuperação
de facturas, factores que explicam cerca de 0,8 pontos percentuais
(p.p.) do referido crescimento. Por outro lado, o efeito associado às
condições climatéricas verificadas em 2006, com temperaturas mais
amenas que em 2005, contribuiu negativamente com cerca de 0,6 p.p.,
segundo estimativa da Redes Energéticas Nacionais (REN).
Decomposição do acréscimo no Consumo de
Electricidade na Rede Pública e crescimento do PIB
8
Variação do consumo de Electricidade
6
6,0
5,5
5,0
6,0
4
(%)
3,7
2,4
2
2,0
1,3
0,8
0
-0,7
1,3
0,5
Variação real do PIB
-2
2001
2002
2003
2004
2005
Consumo subjacente
Temperatura e dias úteis
Acréscimo Inj. Cogeradores
Recup.facturação
2006
Fontes: INE, REN e EDP Distribuição
Também se verificou um crescimento, ainda com algum significado, na
recepção de energia proveniente de Produtores em Regime Especial
(PRE). No caso da cogeração, é essencialmente explicado pela
15
continuada adesão de cogeradores à opção pela venda às redes da
totalidade da energia produzida nas suas instalações, na sequência da
publicação da Portaria nº 399/2002, tendo este efeito, só por si, explicado
um acréscimo de cerca de 0,7% p.p. nos consumos alimentados pela
rede da EDP Distribuição, em detrimento de autoconsumo.
Neste contexto, o crescimento subjacente do consumo ter-se-á situado
em cerca de 2,8%, valor ainda assim superior à taxa de crescimento do
PIB.
As condições favoráveis de venda de electricidade proveniente de
cogeração à Rede Eléctrica de Serviço Público estão reflectidas no preço
médio de compra, que em 2006 foi de 10,8 cêntimos por kWh.
12
Preço médio de compra de electricidade a
cogeradores
cêntimos/ kWh
10
8
6
4
2
0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
O forte acréscimo deste preço, mais de 14% ao ano no último
quinquénio, contrasta com o baixo crescimento do preço médio de
venda da electricidade ao Mercado Regulado (MR), cerca de 2,7% ao
ano no mesmo período.
A análise do gráfico seguinte permite avaliar o comportamento dos
preços das diferentes formas de energia, nos últimos anos, sendo claro
que os acréscimos definidos para a venda de electricidade são bastante
inferiores aos verificados nas restantes fontes energéticas.
16
Preços da energia
(variações nominais)
Usos industriais
40
30
(%)
20
10
0
-10
-20
2001
Fuelóleo
2002
Gasóleo
2003
2004
Electricidade AT/MT (MR)*
2005
Propano a granel
2006
Gás Natural
Usos domésticos
25
20
(%)
15
10
5
0
-5
-10
2001
2002
Electricidade BT (MR)*
2003
Butano
* Ponderado pelas quantidades em cada ano
Fontes: DGGE e EDP Distribuição
17
2004
2005
GPL Canalizado
2006
Gás Natural
Procura por nível de tensão e mercado
O número de clientes cresceu 1,4% em relação a 2005, tendo-se
verificado que os acréscimos mais significativos tiveram lugar nos níveis
de tensão mais elevada.
A procura de energia eléctrica teve um acréscimo global de 3,7% em
relação ao ano anterior, que foi também particularmente significativo nos
níveis de tensão mais elevada.
Energia eléctrica distribuída e Clientes
(Mercado Regulado + Mercado Livre)
Número de Clientes
2006
Total
Muito Alta Tensão
Alta Tensão
Média Tensão
B. Tensão Especial
Baixa Tensão
Iluminação Pública
2005
Var.
5 987 896 5 907 365
21
21
184
170
22 067
21 724
31 041
30 120
5 887 612 5 809 699
46 971
45 631
1,4%
0,0%
8,2%
1,6%
3,1%
1,3%
2,9%
Electricidade Distribuída
(GWh)
2006
45 439
1 435
5 459
14 413
3 498
19 235
1 399
2005
43 807
1 318
5 295
13 584
3 298
19 013
1 299
Var.
3,7%
8,9%
3,1%
6,1%
6,1%
1,2%
7,7%
A estrutura do consumo de electricidade por nível de tensão pode ser
observada no gráfico seguinte, onde se conclui que o peso da Baixa
Tensão (BT) no total, incluindo Iluminação Pública (IP), é de 53%.
Estrutura do consumo por nível de tensão - 2006
Ilum.
Pública
3%
MAT
3%
AT
12%
BT
42%
MT
32%
BTE
8%
18
Em relação à evolução do consumo por mercado, verifica-se em 2006
uma forte quebra de consumo no mercado livre que contraria a
tendência de crescimento observada nos últimos anos.
Evolução do consumo por mercado
50
45
Mercado Regulado
Mercado Livre
40
35
TWh
30
25
20
15
10
5
0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Procura por tipo de uso
Na repartição do consumo de electricidade por sector, em 2006, o sector
industrial representa 36% do total do consumo associado aos clientes do
mercado regulado e do mercado livre, enquanto que o peso do sector
residencial e dos serviços é de 28% e 34%, respectivamente.
19
Estrutura do consumo por sector
2006
Residencial
28%
Indústria
36%
Agricultura
2%
Serviços
34%
Distribuição regional da procura de electricidade
Em 2006 registou-se, em termos globais, um crescimento de 2,3% do
consumo de energia eléctrica por cliente (7589 kWh), tendo os maiores
consumos sido registados nas Áreas de Rede onde existe maior
concentração de indústrias.
20
21
Comercialização
Política Comercial
À semelhança dos anos anteriores, a EDP Distribuição continuou a investir
de
forma
criteriosa
em
equipamentos
e
recursos
humanos,
na
perspectiva de ampliar a sua relação com o Cliente, mantendo a
imagem de Empresa responsável, inovadora, competente e amiga do
ambiente capaz de proporcionar um serviço de excelente qualidade.
A prossecução deste objectivo, associada à necessidade de reduzir os
custos da actividade desenvolvida, é visível nas acções seguintes:
Implementação da factura bimestral;
Sensibilização dos clientes para adesão ao sistema de pagamento
através dum montante fixo mensal, designado por ―Conta Certa‖,
ao qual já aderiram mais de 1,5 milhões de clientes;
Redução significativa do tempo de espera dos clientes nas lojas da
EDP;
Ainda nas lojas EDP e tendo em vista a liberalização total do
mercado, foi revisitado o Sistema de Triagem adaptando-o à nova
realidade;
Desenvolvimento de acções visando a melhoria do atendimento
especializado
a
clientes
Institucionais
(autarquias,
entidades
oficiais) e Grandes Empresas (bancos, utilities, etc.) através do
Gestor de Cliente;
Implementação, nas lojas, de 43 quiosques com ligação à Internet,
tendo em vista a melhoria da satisfação dos clientes;
Aumento do número de máquinas de pagamento automático de
facturas, permitindo deste modo que um Cliente possa optar por só
se dirigir ao atendimento da EDP para assuntos específicos;
22
Aumento do número de Agentes com Loja Virtual que permite o
tratamento ―on-line‖ de um maior número de assuntos, com
impacto positivo na satisfação dos clientes;
Continuação do alargamento da página na Internet, com especial
destaque para a renovação do site edp, com nova imagem, novo
layout e diferente organização de conteúdos;
No atendimento telefónico, é de relevar a implementação do
projecto CTI (Computer Telephone Integration) que, ao possibilitar a
integração entre o Telefone e o Sistema Comercial, permite uma
rápida identificação do Cliente e do assunto a tratar, com ganhos
evidentes ao nível da personalização e da redução de custos;
Criação de uma nova linha de atendimento telefónico (808 53 53
53) vocacionada para o mercado livre com um IVR associado;
Adopção de medidas relacionadas com a optimização da
utilização dos equipamentos para a recolha de leituras (TPL’s);
Lançamento do projecto-piloto de telecontagem BTN, envolvendo
120 clientes;
Destaca-se ainda o esforço realizado na preparação adequada e
atempada de todos os Canais de Interface com os clientes (lojas,
agentes, Contact Center e site edp) ao nível da imagem,
conteúdos e procedimentos de atendimento, tendo em vista uma
resposta eficaz da Empresa face à nova realidade do mercado;
Na sequência do processo de liberalização total do mercado e da
divulgação das novas condições gerais dos contratos do Uso de
Redes,
foram
acordados
e
assinados
com
todos
Comercializadores as condições particulares daqueles contratos.
23
os
Clientes do Mercado Regulado
No final do mês de Dezembro de 2006, o número de clientes do mercado
regulado, incluindo as Empresas do Grupo EDP, era cerca de 5 962
milhares,
representando
os
clientes
de
BT
99,7%
do
total.
Comparativamente com o ano de 2005, verifica-se um crescimento de
1,1%.
No decorrer de 2006 verificou-se um regresso significativo ao mercado
regulado de clientes que tinham nos anos mais recentes aderido ao
mercado livre. Por outro lado, com a liberalização total do mercado,
verificou-se a adesão ao mercado livre de cerca de 18 mil clientes de
BTN.
Estrutura em 2006
Clientes do Mercado Regulado
MAT
AT
MT
BTE
BTN
IP
Total
2006
2005
Variação
20
182
19 955
25 118
5 869 451
46 971
16
157
16 600
22 036
5 809 699
45 631
25,0%
15,9%
20,2%
14,0%
1,0%
2,9%
5 961 697
5 894 139
1,1%
MAT, AT e
MT
0,3%
BT
99,7%
Nos últimos cinco anos observou-se o crescimento do número de clientes
do mercado regulado a uma taxa média anual da ordem de 1,5%.
Continua a verificar-se um crescimento diverso consoante se trate de
clientes BT (1,5% ao ano) ou clientes em tensões mais elevadas (0,4%),
com oscilações anuais significativas, de sinal contrário, consequência da
saída e regresso de clientes entre mercados.
24
Clientes do mercado regulado
por nível de tensão
(milhares)
6 000
21
5 800
20
5 600
19
0,4%/ano
5 400
18
5 200
em MAT, AT e MT
em BT
1,5%/ano
17
5 000
16
2001
2002
2003
2004
2005
2006
A adesão dos clientes à Conta Certa tem sido significativa verificando-se,
em 2006, um acréscimo superior a 22% em relação ao ano anterior.
Evolução do nº de Clientes de "Conta Certa"
1800
1600
1503
1400
1230
milhares
1200
1000
985
\
800
600
400
200
0
2004
2005
2006
O consumo médio global por cliente registou um acréscimo de 10,7%,
consequência do regresso de um elevado número de consumidores de
energia eléctrica ao mercado regulado, particularmente significativo na
média tensão.
25
Consumo médio por cliente Mercado Regulado
MWh
2006
2005
Variação
69 717
29 456
431
92
80 019
32 806
307
107
-12,9%
-10,2%
40,3%
-13,7%
IP
BTN
29 782
3 275
28 477
3 273
4,6%
0,1%
Total
6 421
5 800
10,7%
MAT
AT
MT
BTE
kWh
Compra e Venda de Energia
A energia entrada na rede destinada ao mercado regulado aumentou
10,9% em relação ao ano anterior, reflexo do regresso de um número
assinalável de clientes provenientes do mercado livre. A energia
recebida da REN representou 72,7% do total da energia entrada na EDP
Distribuição (80,6% em 2005) e a energia recebida de Produtores em
Regime Especial representou 21,3% (17,0% em 2005). A recepção de
energia proveniente de aquisições na Parcela livre teve um contributo de
6,0% (2,4% em 2005). Nos últimos cinco anos a recepção de energia
eléctrica no âmbito do Sistema Eléctrico Independente (SEI) registou, em
termos médios, um acréscimo anual da ordem de 28%.
Estrutura em 2006
Compras de energia eléctrica
(GWh)
2006
2005
Variação
REN
PRE
Parcela livre
29 980
8 787
2 461
29 961
6 314
902
0,1%
39,2%
172,7%
Total
41 228
37 178
10,9%
REN
72,7%
Parcela
livre
6,0%
PRE
21,3%
A figura seguinte ilustra, para o período posterior a 2001, a evolução das
compras e dos fornecimentos de energia eléctrica a clientes finais (1,3% e
1,4%, respectivamente).
26
Fornecimentos a clientes finais
Compras
45 000
45 000
40 000
Parcela Livre
35 000
40 000
35 000
PRE
30 000
25 000
GWh
GWh
30 000
REN
20 000
25 000
15 000
15 000
10 000
10 000
5 000
5 000
0
0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
BT
20 000
MT
MAT e AT
2001
2002
2003
2004
2005
2006
No período compreendido entre 2001 e 2006 os consumos de energia
eléctrica em MAT e AT cresceram a uma taxa média anual de 9,6%,
enquanto que em MT se verificou uma quebra de 5,6%, motivada pela
adesão de um grande número de clientes deste nível de tensão ao
mercado livre, particularmente forte a partir de 2003, que em 2006
começaram a regressar ao mercado regulado. Em BT o crescimento
médio anual, naquele período, foi de 2,9%, taxa em queda acentuada,
tendo atingido apenas 1,2% em 2006, devido à adesão ao mercado livre
de clientes de BTN.
Esta evolução tem acentuado o peso que o consumo em BT, incluindo IP,
representa no total dos fornecimentos ao mercado regulado: 60% (66%
em 2005).
Estrutura do consumo no Mercado Regulado
por nível de tensão em 2006
IP MAT
3,7% 3,6%
AT
14,0%
BTN
50,2%
MT
22,5%
BTE
6,0%
27
Na repartição do consumo, em 2006, o sector industrial representa cerca
de 34% do total do consumo associado aos clientes do mercado
regulado, enquanto que o peso do sector residencial e dos serviços é de
33% e 31%, respectivamente.
Estrutura do consumo por sector em 2006
no Mercado Regulado
Indústria
34%
Residencial
33%
Agricultura
2%
Serviços
31%
O fornecimento de 38 278 GWh a clientes do mercado regulado
conduziu a 3 956 milhões de euros de proveitos (líquidos de descontos e
sem IVA), valor superior ao do ano anterior em cerca de 12,5%.
Estrutura dos proveitos - Mercado Regulado
2006 *
Ilum.
Pública MAT AT
1% 7%
3%
MT
18%
BTE
6%
BTN
65%
* Valores líquidos de descontos
Ao aumento do consumo no mercado regulado (12%) correspondeu um
acréscimo nos proveitos de venda de 12,5% em relação a 2005,
essencialmente como consequência do acréscimo nas vendas de MT.
28
Preços médios de venda ao Mercado Regulado - 2006
14
(cêntimos/kWh)
12
10
8
6
4
2
0
MAT
AT
MT
BTE
BTN
IP
A alteração na estrutura de consumos, com maior peso da baixa tensão,
levou a que o preço médio de venda de energia eléctrica ao mercado
regulado tenha atingido 10,34 cêntimos/kWh.
Considerando constante a estrutura dos consumos, observa-se a partir de
1999 uma significativa redução dos preços. No período 1999-2006
verificou-se, a preços constantes, uma diminuição média anual de cerca
de 1,3% no preço médio da energia eléctrica.
A diminuição dos preços é bastante mais acentuada em BT, onde os
acréscimos tarifários se fizeram sentir com menor intensidade.
29
Preço de venda da electricidade ao Mercado Regulado
Preços correntes
14
BT: 1,4% ano
(cêntimos/kWh)
12
Global: 1,8% ano
10
8
MAT, AT e MT: 2,6% ano
6
4
2
0
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Preços constantes de 2006
16
(cêntimos/kWh)
14
BT: -1,6% ano
12
Global: -1,3% ano
10
MAT,AT e MT: -0,6% ano
8
6
4
2
0
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Considerando a estrutura dos consumos da Rede Pública em 1999
Fontes: EDP Distribuição e INE
A parcela relativa às actividades desenvolvidas pela EDP Distribuição, na
formação do preço médio de venda a clientes finais, tem vindo a
diminuir de forma significativa, situando-se actualmente em cerca de
27% do total.
30
60%
Peso da EDP Distribuição no Preço Médio
de Venda no Mercado Regulado
50%
40%
30%
20%
10%
0%
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Vendas ao Mercado Regulado, facturação ao Mercado Livre e Cobrança
Em 2006, o valor das vendas de energia eléctrica a clientes do mercado
regulado atingiu o montante global de 3 956 milhões de euros, o que
representa um acréscimo de 12,5% relativamente ao exercício anterior.
Assumem particular importância os fornecimentos de energia eléctrica
em BTN, que representam uma parcela muito importante das vendas de
energia eléctrica (65% do total).
A aplicação do desconto de interruptibilidade previsto no Regulamento
de Relações Comerciais, provocou uma redução da facturação da
ordem de 42 milhões de euros.
31
Vendas de energia eléctrica ao Mercado Regulado e
facturação ao Mercado Livre
milhões de euros
Nível de tensão
2006
2005
Variação
Vendas ao Mercado Regulado
MAT
AT
MT
BTE
BTN
IP (Iluminação Pública)
Mercado Livre (UGS+URT+URD+CR)
3956,3
56,2
259,6
708,1
252,1
2574,7
105,6
181,8
3517,1
49,7
238,7
417,3
228,4
2490,0
93,0
220,5
12,5%
13,1%
8,8%
69,7%
10,4%
3,4%
13,6%
-17,5%
Total (excluindo ajustamento)
Ajustamento tarifário
4138,2
141,5
3737,6
28,4
10,7%
398,8%
Total (incluindo ajustamento)
4279,6
3766,0
13,6%
Exclui IVA
Verifica-se que, comparativamente com o ano anterior, as vendas de
energia eléctrica no mercado regulado aumentaram significativamente
em todos os níveis de tensão, com particular destaque para a MT,
observando-se um acréscimo global de 439 milhões de euros.
A facturação aos clientes do mercado livre, pelo Uso da Rede de
Distribuição, atingiu em 2006 cerca de 51 milhões de euros, menos 27
milhões de euros que em 2005.
Para além do Uso da Rede de Distribuição, foram também facturados
aos clientes do mercado livre o Uso da Rede de Transporte, o Uso Global
do Sistema e a Comercialização das Redes de Distribuição. A facturação
de todas estas parcelas atingiu o montante de cerca de 182 milhões de
euros, excluindo o IVA, menos 39 milhões de euros que no ano anterior.
No que se refere à Cobrança, apesar das acções sistemáticas
desenvolvidas junto dos clientes com o objectivo da recuperação de
créditos, verificou-se o agravamento da taxa de cobrança, com o índice
global da cobrança das vendas de energia eléctrica ao mercado
regulado a atingir apenas 97,1%.
32
Evolução do rácio Cobrança / Vendas ao Mercado Regulado
Sector de actividade
2006
Estado e Organismos Oficiais
Autarquias Locais
Sector Empresarial e Particulares
TOTAL
2005
Variação
94,6%
101,5%
-6,9%
100,5%
101,6%
-1,1%
96,9%
99,6%
-2,7%
97,1%
99,8%
-2,7%
Dívida de Clientes
A dívida de clientes que no final de 2006 ascendia a 729,9 milhões de
euros, dos quais 389,7 milhões de euros são dívida corrente, evidencia
uma variação de 16,9% em relação ao ano anterior. Esta variação
reflecte, essencialmente, o aumento das vendas BTN, devido a
regularizações de clientes de ―Conta Certa‖ (100 milhões de euros)
consequência de atrasos na facturação recuperados apenas em
Dezembro e à dívida dos comercializadores (25 milhões de euros) que,
por razões técnicas relacionadas com o processo de mudança de
fornecedor, não têm efectuado pagamentos.
A relação entre a dívida de clientes e as vendas de energia eléctrica é
cerca de 18%.
Dívida de Clientes do Mercado Regulado
milhões de euros
Sector de actividade
2006
2005 Variação
Estado e Organismos Oficiais
26,7
20,8
28,4%
Autarquias Locais
220,9
226,5
-2,5%
Sector Empresarial e Particulares
482,3
377,0
27,9%
729,9
624,3
16,9%
TOTAL
Dívida existente em 31/12 de cada ano
33
A dívida do Estado e Organismos Oficiais e das Autarquias Locais
manteve-se ao nível do ano anterior. A dívida das Empresas e
Particulares registou um agravamento aproximado de 105 milhões de
euros (+27,9%) pelas razões acima referidas.
Estrutura das dívidas de clientes do Mercado Regulado
em 2006
Estado e Org.
Oficiais 4%
Autarquias Locais
30%
Sector Empresarial
e Particulares
66%
Qualidade de Serviço Comercial
No âmbito da qualidade de serviço prestado aos clientes, a EDP
Distribuição
continuou
progressivamente
o
a
adoptar
cumprimento
dos
medidas
para
objectivos
fixados
melhorar
para
o
desempenho na actividade comercial da rede de distribuição.
Em consequência dos esforços realizados pela Empresa em 2006
verificou-se um crescimento sustentado da qualidade do serviço
prestado aos clientes, na actividade comercial da rede de distribuição
de energia eléctrica, visível no cumprimento dos Indicadores Gerais de
Qualidade de Serviço Comercial do Regulamento da Qualidade de
Serviço (RQS):
Orçamentação de ramais e chegadas BT até 20 dias úteis
Execução de ramais e chegadas BT até 20 dias úteis
Ligação de clientes BT até 2 dias úteis
34
Atendimento nas lojas até 20 minutos
Atendimento telefónico até 60 segundos
Reposição por interrupção acidental até 4 horas
Reclamações apreciadas e respondidas até 15 dias úteis
Pedidos de informação, até 15 dias úteis.
Leitura de contadores BT, se forem tomadas em conta as Normas
Complementares do Regulamento da Qualidade de Serviço, que
consideram que ―não são consideradas para efeito de cálculo do
indicador relativo à leitura do contador as situações de segunda
habitação em que o contador não se encontra disponível ao
distribuidor‖.
Indicadores Gerais de Qualidade de Serviço Comercial - 2006
Orçamentos de ramais e chegadas BT
(até 20 dias úteis)
% de clientes com reposição de serv iços
100%
até 4 horas (na sequência de
95%
Execução de ramais e chegadas BT (até
interrupções de fornecimento
90%
20 dias úteis)
acidentais)
85%
80%
Pedidos informação por escrito (resposta
até 15 dias úteis)
75%
70%
Ligações à rede BT (até 2 dias úteis)
Aendimento telefónico centralizado (até
Leitura de contadores (pelo menos 1
60 seg.espera)
leitura / ano para clientes BT)
Atendimento em centros de
Padrão
2006
atendimento (até 20 min.espera)
Ainda com o objectivo de melhorar a qualidade do serviço prestado,
foram adoptadas medidas relacionadas com a optimização da
utilização dos equipamentos para a recolha de leituras (TPL’s) e lançado
um projecto-piloto de telecontagem em BTN envolvendo 120 clientes.
35
Na sequência do processo de liberalização total do mercado e da
divulgação das novas condições gerais dos contratos do Uso de Redes,
foram acordados e assinados com todos os Comercializadores as
condições particulares daqueles contratos.
Clientes e distribuição de energia para o Mercado Livre
Com a liberalização de todos os segmentos de clientes verificou-se um
aumento significativo do número de clientes (98%) no mercado livre
reflexo da passagem de clientes de BTN para este mercado já que nos
restantes níveis de tensão, particularmente na Baixa Tensão Especial (BTE)
e na MT, houve um regresso ao mercado regulado.
Clientes do Mercado Livre
2006
MAT
AT
MT
BTE
BTN
Total
2005
Variação
1
2
2 112
5 923
18 161
5
13
5 124
8 084
0
- 4
- 11
- 3 012
- 2 161
18 161
26 199
13 226
12 973
Neste contexto, a energia saída das redes de distribuição para o
mercado livre caiu mais de 25% em relação ao ano anterior, com forte
quebra nos consumos em MT.
Energia saída das redes de distribuição para o
Mercado Livre
(GWh)
2006
2005
Variação
MAT
AT
MT
BTE
BT
41
98
5820
1190
13
37
144
8 489
951
0
8,7%
-31,7%
-31,4%
25,1%
-
Total
7 161
9 621
-25,6%
36
No mercado livre o consumo médio por cliente teve um decréscimo de
62% em relação ao ano anterior, consequência da saída de um número
significativo de clientes de MT que consomem mais do que os clientes de
BTN que passaram para o mercado livre.
Consumo médio por cliente - Mercado Livre
1000
800
727
MWh
600
400
273
200
0
2006
2005
Os trânsitos de energia para o mercado livre conduziram a 58 milhões de
euros de proveitos, correspondentes ao Uso da Rede de Distribuição
(URD) e Comercialização das Redes de Distribuição (CR), sendo a quase
totalidade relativa ao uso da rede de MT. A este valor acresce ainda o
montante de 124 milhões de euros relativos ao Uso Geral do Sistema
(UGS) e ao Uso da Rede de Transporte (URT) facturados pela EDP
Distribuição e entregues à concessionária da Rede Nacional de
Transporte (REN).
Trânsitos de energia para o Mercado Livre
Nível
de
Energia
saída
Tensão
(GWh)
Proveitos
(mil euros)
Preço médio
(cênt./kWh)
MAT
AT
MT
BTE
BT
41
98
5 820
1 190
13
541
1 340
133 590
45 614
762
1,33
1,36
2,30
3,83
5,92
Total
7 161
181 848
2,54
37
Distribuição
Desenvolvimento da Rede
A aplicação de critérios mais exigentes na análise de investimentos,
associada a um grande esforço de optimização na exploração e
manutenção das redes, possibilitou uma redução significativa do
investimento na rede de distribuição, mantendo-se o objectivo de
progressiva melhoria da qualidade de serviço prestada aos clientes.
O
desenvolvimento
remodelação
de
da
rede
subestações
foi
e
marcado
linhas
de
pela
AT/MT
construção
e
postos
e
de
transformação, reforçando a resposta ao aumento das cargas que
transitam na rede e melhorando a fiabilidade do sistema com
consequência na qualidade do serviço prestado. Ao nível da rede de
Baixa Tensão efectuou-se um esforço adicional para recuperação de
algumas redes mais antigas.
A remodelação de subestações teve como finalidade a actualização
dos equipamentos, com elevação do patamar tecnológico, permitindo
um melhor desempenho. Na modificação e substituição de linhas existe
a preocupação adicional de melhorar o aspecto ambiental dos locais
de passagem procurando-se, sempre que possível, substituir troços aéreos
por troços subterrâneos.
São de assinalar as dificuldades na obtenção de terrenos adequados à
construção de subestações destinadas à alimentação dos principais
centros urbanos, resultado da crescente urbanização dos solos.
38
Resumo das instalações e equipamentos em serviço
situação no final do ano
Rubrica
2006
2005
Variação
Subestações
Nº de subestações
Nº de transformadores
Potência instalada (MVA)
383
680
15 069
382
672
14 467
0,3%
1,2%
4,2%
Linhas (incluindo ramais, em km)
Aéreas
78 113
63 998
76 337
62 872
2,3%
AT (60/132 kV)
MT (6/10/15/30 kV)
7 877
56 121
7 632
55 240
14 115
13 465
433
13 682
420
13 045
4,8%
3,2%
4,9%
58 513
16 955
56 720
16 279
3,2%
4,2%
130 945
101 537
29 408
128 990
100 380
28 610
1,5%
1,2%
2,8%
6 221 917
25 850
6 196 067
6 141 386
25 493
6 115 893
1,3%
1,4%
1,3%
Cabos Subterrâneos
AT (60/132 kV)
MT (6/10/15/30 kV)
Postos de Transformação
Unidades
Potência instalada (MVA)
Redes BT (km)
Aéreas
Subterrâneas
Contadores (Unidades)
AT e MT
BT e BTE
1,8%
3,2%
1,6%
Durante o ano, com a optimização das subestações já existentes e com
a entrada em serviço de outras, a potência instalada aumentou 602
MVA.
A reconfiguração da rede de Alta Tensão, bem como a alimentação das
novas subestações levou a que, no final de 2006, estivessem em
exploração mais 258 km de linhas a 60 kV (245 km de linhas aéreas e 13
km de cabos subterrâneos).
Também no final do ano, em termos de realizações na rede de Média
Tensão, estavam em serviço mais 881 km de linhas aéreas e 637 km de
cabos subterrâneos.
Relativamente à rede de Baixa Tensão, foram adicionados mais 1 157 km
de linhas aéreas e 798 km de redes subterrâneas.
39
Com o acréscimo de 1 793 unidades em relação ao ano anterior, a
potência instalada em postos de transformação aumentou 676 MVA.
Em continuação das acções desenvolvidas em anos anteriores, e
aproveitando o novo enquadramento regulatório sobre a propriedade
dos sistemas de comunicação para telecontagem, decorreu em 2006 a
instalação massiva de modems GSM nos equipamentos de medição de
clientes de Média Tensão. Esta iniciativa previa colocar, até ao final de
2006, mais 10 000 clientes em telecontagem. O objectivo foi alcançado,
existindo no final de 2006 mais de 18 mil equipamentos com esta
funcionalidade activa, dos quais 25% com tecnologia PSTN e 75% com
tecnologia GSM.
Está prevista, até ao final do 1º semestre de 2007, a colocação em
telecontagem dos equipamentos dos restantes clientes MT, cessando
desta forma o recurso a leituras manuais.
No âmbito dos sistemas de informação foi especificado e lançado
concurso para aquisição de um sistema de Gestão de Activos. Este
sistema permitirá melhorar a gestão do parque de equipamentos
associados à contagem BT, MT e AT incluindo contagens de instalações
de
produção
(PRE)
e
subestações
de
distribuição.
Com
a
implementação deste novo sistema irá optimizar-se: a) o planeamento
do ciclo de vida útil dos equipamentos; b) o investimento em novas
tecnologias; c) os custos de instalação e manutenção de equipamentos;
d) o serviço de contagem e de dados de contagem às empresas e ao
mercado.
No âmbito da contagem de clientes de Baixa Tensão, intensificou-se a
coordenação de acções de formação em novas tecnologias de
contagem nomeadamente ao nível dos equipamentos estáticos a
introduzir extensivamente na rede, a partir de 2007. Complementarmente,
está em desenvolvimento a produção de um equipamento portátil tipo
PDA para distribuição pelas equipas no terreno, que permite diálogo com
40
todos os contadores (com componentes estáticos) para efeitos de
parametrização ou de recolha de leituras.
No
âmbito
da
telecontagem
em
BT
foram
aprofundados
os
conhecimentos sobre o estado da arte em utilities europeias e
americanas, e evoluiu-se na criação de condições para estudar as
tecnologias disponíveis e acompanhar a sua evolução. Neste âmbito,
houve participações activas em fóruns internacionais.
Ligação de Produtores em Regime Especial
Desafio importante à actividade de distribuição durante o ano de 2006
foi o elevado número de pedidos de ligação de novos produtores
independentes à rede da EDP Distribuição, ao abrigo de legislação
específica.
A ligação de produtores independentes coloca problemas, quer a nível
de alterações de potência e de local, quer ainda a nível de prazos de
execução. Por outro lado, os Produtores em Regime Especial (PRE),
efectivamente ligados, conduzem a um maior nível de exigência na
exploração das redes. No decurso de 2006 foram ligadas 53 novas
instalações de PRE, às quais corresponde uma potência instalada de 503
MVA, essencialmente associada a instalações eólicas (416 MVA).
O gráfico seguinte mostra a evolução da ligação à rede de distribuição
de energia eléctrica dos PRE, destacando-se o crescimento da potência
instalada na produção de energia de tipo eólico, bem como a
importante dimensão da potência instalada para produção de energia
de origem térmica e hídrica.
41
Evolução da ligação de PRE's à Rede de Distribuição
4000
Potência instalada em MVA
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
2004
Eólico
2005
Cogeração
Hídrico
2006
RSU
Outros resíduos
Outros
Indicadores de Utilização
O esforço continuado de optimização da rede é patente na evolução
verificada nos indicadores de utilização dos activos.
A utilização da rede MT situou-se nos 576 MWh/km, cerca de 1,1% acima
do valor verificado no ano anterior, e a da rede BT foi 197 MWh/km, o que
se traduziu num acréscimo de 3,2% relativamente à utilização verificada
em 2005.
Utilização da rede de BT
600
200
580
190
MWh/km
MWh/km
Utilização da rede de MT
560
540
520
170
160
500
2001
180
150
2002
2003
2004
2005
2006
42
2001
2002
2003
2004
2005
2006
A evolução da utilização das subestações e dos postos de transformação
da rede de distribuição, no último quinquénio, está evidenciada a seguir
e reflecte o esforço no investimento em níveis de tensão superiores
visando uma melhor qualidade de serviço.
Utilização dos Postos de
Transformação
Utilização das Subestações
(Consumo MT + BT / Potência Instalada)
2600
1500
1450
MWh / MVA
MWh / MVA
2550
2500
2450
1400
1350
1300
2400
2001
(Consumo BT / Potência Instalada)
2002
2003
2004
2005
2006
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Qualidade de Serviço
O Regulamento de Qualidade de Serviço (RQS) estabelece padrões
mínimos de qualidade e as compensações em caso de incumprimento,
definindo os mecanismos adequados de actuação e de monitorização.
A qualidade de serviço técnica da EDP Distribuição, em Portugal, na
vertente continuidade de serviço, medida pelo indicador TIEPI MT (Tempo
de Interrupção Equivalente da Potência Instalada em Média Tensão) tem
evoluído favoravelmente de forma sustentada nos últimos anos. Em 2006,
registou-se um aumento de 0,8%, excluindo os efeitos extraordinários
resultantes do Deslastre Frequencimétrico ocorrido na Europa em 4 de
Novembro, do temporal que assolou o País no dia 24 de Novembro e dos
incêndios, passando de 175 para 176 minutos.
43
Evolução do tempo de interrupção equivalente da
potência instalada em MT (TIEPI MT)
(inclui efeitos extraordinários)
500
efeitos extraordinários
minutos
400
300
200
100
0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
No entanto, ao nível do TIEPI MT interno (aquele em que a acção da
Empresa pode ter influência), houve uma melhoria significativa de 12%,
passando de 142 minutos em 2005 para 125 minutos em 2006.
Igualmente, os restantes indicadores gerais da qualidade de serviço
técnica, frequência média (SAIFI) e duração média (SAIDI) de
interrupções do sistema, das redes MT e BT da EDP Distribuição,
acompanharam a evolução do TIEPI MT.
Apesar das condições climatéricas fortemente adversas que se fizeram
sentir ao longo do ano, o esforço continuado desenvolvido ao nível das
obras de investimento e de manutenção realizado nos últimos anos e a
acção conjugada de um conjunto alargado de iniciativas de carácter
técnico e organizativo iniciado há três anos, fizeram com que o
desempenho apresentado pela rede fosse aceitável.
Do conjunto de iniciativas que têm sido desenvolvidas destacam-se o
Programa de Melhoria da Qualidade de Serviço Técnico, que intervém
sobre os activos físicos e os sistemas para melhorar a qualidade do
serviço prestado aos clientes, nomeadamente a redução do tempo de
44
interrupção equivalente, e os Projectos PROEDIS e Produtividade +, que
têm mobilizado a quase totalidade dos colaboradores da área técnica
na procura e implementação das melhores práticas e soluções para
ultrapassar, com eficiência e eficácia, os principais problemas e
estrangulamentos detectados, quer a nível técnico quer organizativo.
As regiões do País que registam níveis de qualidade de serviço inferiores
têm vindo a ser objecto de planos específicos de melhoria, constituídos
por acções de manutenção, reforço e de remodelação que incidem
sobre as redes que as servem, com resultados muito positivos.
A qualidade e a continuidade da onda de tensão (QCT) da rede da EDP
Distribuição foram avaliadas em 2006 através da execução do Plano de
Monitorização da QCT conforme previsto no RQS.
Nas monitorizações efectuadas privilegiou-se a observação prolongada
e concentrada em determinadas zonas, metodologia iniciada em 2004,
em detrimento da generalizada e de curta duração efectuada até 2003,
com o objectivo de caracterizar a qualidade da onda de tensão em
zonas em que se verifica uma maior concentração de certo tipo de
indústria ou actividade económica, designadamente, de fabrico de
componentes de micro-electrónica, semicondutores, vidreira e nas que
utilizem igualmente equipamento electrónico de tecnologia avançada,
no controlo dos seus processos de laboração.
Este
Plano
desenvolveu-se
de
acordo
com
o
previsto,
com
monitorizações em 219 instalações, das quais 6 em contínuo durante
todo o ano e 213 por períodos de 3 meses, o que representou um número
total de 512 640 horas de monitorização da QCT das nossas instalações e
redes.
Com esta orientação foi consolidado o conhecimento da QCT das redes
tendo em vista assegurar a todos os clientes um fornecimento de energia
eléctrica com elevados padrões de qualidade.
45
Projecto e Construção
A actividade de projecto e construção de novas instalações da rede de
distribuição manteve-se a um ritmo significativo para fazer face aos
objectivos de melhoria da qualidade de serviço e de satisfação do
aumento dos consumos previsíveis a curto e médio prazo.
Foram igualmente realizados trabalhos de ampliação e remodelação,
com diversos graus de intervenção, em instalações já existentes,
procurando evitar problemas de obsolescência e melhorar as condições
de exploração.
Continuou a política de uniformização construtiva das novas instalações,
tendo-se recorrido, sempre que possível, à execução de subestações,
respeitando o projecto-tipo, com os reconhecidos ganhos associados. Os
projectos em zonas condicionadas, como sejam os casos em que se
verifique uma forte densidade populacional, impuseram soluções
específicas.
As actividades de construção de linhas aéreas, tiveram o objectivo de
promover a alimentação das novas subestações, de permitir a ligação
quer de novos clientes quer de Produtores em Regime Especial e de
aumentar a fiabilidade da rede, de forma a melhorar a qualidade de
serviço em termos de continuidade.
Manutenção
A Empresa continuou a desenvolver a actividade de manutenção e
conservação, norteada pelos objectivos definidos, procurando desta
forma contribuir significativamente para a melhoria sustentada da
qualidade
do
serviço
prestado,
bem
como
do
adequado
funcionamento das instalações em serviço, garantindo os melhores
índices de disponibilidade e eficácia dos activos técnicos, assim como o
prolongamento da sua vida útil.
46
No sentido de antecipar problemas foi feito um esforço assinalável na
aplicação de recursos, técnicos e organizativos, na área da manutenção
preventiva.
Investigação, Desenvolvimento e Sistemas
O desenvolvimento de Sistemas na EDP Distribuição encontrando-se
alinhado com o Modelo de Gestão das Tecnologias de Informação do
Grupo EDP foca-se na detecção de oportunidades, identificação de
necessidades e gestão da informação colocada nos sistemas.
Obedecendo
a
uma
estratégia
concertada
de
melhoria
e
disponibilização progressiva de informação, na sequência da conclusão,
em 2005, do levantamento do cadastro das redes eléctricas de alta e
média tensão, em 2006, prosseguiu o levantamento da rede BT nas zonas
consideradas prioritárias.
A exploração do inventário georeferenciado de infraestruturas (eléctricas
e de telecomunicações), constituindo um activo estratégico da empresa,
é suportada no Sistema de Informação Técnica (SIT), com cobertura
nacional, permitindo uma utilização descentralizada e assegurando a
integração com as componentes aplicacionais.
Complementarmente, o e-SIT (―Browser‖ via intranet) permite a consulta
simplificada
ao
inventário
tendo,
em
2006,
sido
acrescentadas
funcionalidades para actualização da rede BT.
Existe ainda o SIT-Móvel (utilizando ―Pen Computers‖) que permite a
recolha e actualização do inventário, no terreno, tendo sido alvo de
alguma melhorias com vista ao reforço da integração com os sistemas
utilizadores da informação.
Relativamente ao Programa para a Melhoria da Qualidade de Serviço
Técnico (PMQST) que visa assegurar a progressiva entrada em produção
dos sistemas mais directamente ligados à condução de redes:
47
Preparou-se a entrada em ambiente de produção do novo
sistema de gestão de incidentes, PowerOn (Projecto RedeActiva),
integrado sobre o SIT.
Sobre o Sistema de Comunicação de Incidentes (SCI), cujo
objectivo é consolidar o acréscimo de eficiência da interligação
operacional do sistema de gestão de incidentes (SGI) com as
equipas no terreno, concretizou-se em 2006 a expansão a todas
as Áreas de Rede (com excepção da ARGL). Iniciou-se o trabalho
de ligação do SCI ao novo sistema de gestão de incidentes
PowerOn, tendo-se, ainda, apoiado o desenvolvimento da
ligação dos eventos SCADA MT ao SCI.
Sustentando a disponibilização atempada da informação, durante 2006,
continuou um forte incremento na utilização do sistema DM-SIT (―Design
Manager‖), permitindo a gestão de todo o ciclo de informação
(planeamento, projecto, construção e exploração), com recurso ao
conceito de obra, e disponibilizando funcionalidades de apoio ao
projecto técnico, com destaque para o cálculo de linhas aéreas.
Ainda com o enfoque na progressiva partilha de informação, foi revista a
especificação e efectuados testes da integração do SIT com o sistema
de planeamento e optimização (dPlan), aplicação baseada em
computação evolucionária e optimização, que encontra a decisão
óptima para redes de distribuição considerando investimento, perdas,
fiabilidade, padrões de configuração, análise de tensões e correntes.
Efectuado o arranque, desenvolvimento e testes do Sistema de
Contabilidade Ambiental (SCA) que visa a satisfação dos requisitos da
Directriz Contabilística nº 29, para matérias ambientais que adopta a
recomendação da Comissão Europeia de 30 de Maio de 2001,
respeitante ao reconhecimento, mensuração e divulgação de matérias
ambientais nas contas anuais e no relatório de gestão de sociedades
(publicada a 13 de Junho de 2001 no Jornal Oficial das Comunidades).
48
Em 2006 consolidou-se o Programa ―Produtividade+‖, através da sua
expansão a toda a área geográfica.
O foco deste programa, no que concerne à perspectiva de Gestão de
Operações, visa salvaguardar 3 princípios fundamentais:
Minimizar a carga de trabalho associada à geração de
informação;
Centralizar a informação de gestão;
Assegurar uma rastreabilidade objectiva.
O sistema de informação suporte ao Produtividade+ foi avaliado durante
2006 na vertente da normalização definida pela DSI. Como resultado foi
elaborada a especificação que permitirá o desenvolvimento de um
sistema conforme as definições DSI – projecto SGPD.
Procedeu-se durante 2006 aos trabalhos de análise, definição e arranque
do projecto de mobilidade WFM-GME. Este projecto visa dotar a Empresa
de maior eficiência e eficácia no processo de planeamento, transmissão,
coordenação e actualização dos trabalhos efectuados no terreno.
São objectivos do WFM-GME:
Congregar e atribuir todas as tarefas provenientes dos diferentes
sistemas: POn/SGI; SAP/PM; SAP/ IS_U;
Atribuir rapidamente tarefas, às equipas no terreno;
Saber o estado de cada atribuição;
Conhecer o posicionamento no terreno de cada equipa;
Actualizar sistemas sem redundância de carregamento;
Alterar rápida e automaticamente, as atribuições no caso de
emergência;
Qualidade de serviço prestado aos clientes;
Produtividade das equipas e respectivos colaboradores;
Redução de custos dos prestadores de serviços externos;
49
Resposta às necessidades de encaminhamento de informação
de e para o terreno;
Qualidade e actualidade da informação recolhida directamente
no terreno;
Eficácia empresarial;
Retorno do investimento.
Complementarmente foi lançado na EDP Distribuição o projecto de
"Gestão de Projectos" que visa implementar uma ferramenta de gestão
de projectos que assegure, através de um sistema em rede, o
conhecimento da carteira de projectos em curso na EDP Distribuição
bem como o controlo dos custos, tempos e recursos, além de possibilitar
a avaliação dos desvios ao planeado e a optimização de recursos.
Por contrato de prestação de serviços no modelo BPO (Business Process
Outsourcing) foi adoptada a ferramenta iBPMS Process Architect (gestão
de processos).
O iBPMS Process Architect permite a estruturação da hierarquia de
processos e
sub-processos e os respectivos conteúdos tais como
scorecards, especificações, modelos, procedimentos, instruções de
trabalho, etc. e a gestão da mudança (pedidos de informação,
oportunidades de melhoria, não conformidades, planos e acções e
acompanhamento de processos).
Assegura uma atmosfera sem fronteiras que garante:
Aos Gestores dos Processos, monitorização dos processos, visão
integral da arquitectura de negócio e conhecimento
Aos
Colaboradores,
conhecimento,
objectivos
claros,
normalização, interoperabilidade e participação na inovação.
50
Ambiente
A Empresa desenvolveu, em 2006, um conjunto de acções no sentido de
dar continuidade à melhoria do processo de gestão e promoção da
qualidade ambiental, tendo por base os princípios e objectivos definidos
na Política de Ambiente e Princípios de Sustentabilidade do Grupo EDP.
Na EDP Distribuição salientam-se como principais as seguintes acções:
Implementação do modelo organizativo para a função
Ambiente e Sustentabilidade na Empresa que compreende, ao
nível central, um Gabinete de Ambiente e Sustentabilidade
(GBAS),
uma
Sustentabilidade
Comissão
e,
ao
de
nível
Gestão
das
de
unidades
Ambiente
e
operacionais,
Comissões de Gestão de Ambiente e Sustentabilidade, e
Elementos de Ligação para os temas de Ambiente;
Arranque da primeira fase da implementação de um Sistema
de Gestão Ambiental na Empresa, denominada Diagnóstico
Ambiental;
Arranque dos trabalhos de caracterização das instalações
eléctricas tipo adstritas à distribuição de energia eléctrica no
âmbito dos Campos Electromagnéticos (CEM) – definição de
objectivos e início dos trabalhos de campo;
Melhoramento das condições de recepção, centralização e
parqueamento de materiais levantados na rede, potenciais
resíduos da actividade da distribuição de energia eléctrica.
Neste âmbito inclui-se, para além da realização de obras de
adequação das instalações dos armazéns centrais, a criação
dos Centros Logísticos de Ambiente (CLA), que são espaços cuja
localização junto de algumas Áreas de Rede foi já definida em
2006, e que reunirão as condições necessárias ao cumprimento
dos referidos objectivos.
51
Continuação dos estudos e procedimentos previstos no
âmbito do Protocolo Avifauna II relativos à minimização dos
impactos resultantes da interacção entre as linhas de alta e
média tensão e a avifauna. Este Protocolo foi estabelecido entre
a EDP Distribuição, o Instituto de Conservação da Natureza (ICN),
a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a
Associação
Nacional
para
a
Conservação
da
Natureza
(QUERCUS);
Realização da Operação Cegonha Branca 2006, cujos
objectivos são a melhoria da qualidade de serviço e a
simultânea protecção das cegonhas que nidificam sobre os
apoios da rede de distribuição, situação crítica para a segurança
das aves e para o serviço da rede;
Inventariação de equipamento com hexafluoreto de enxofre
(SF6) e processo de aquisição de equipamentos de controlo e
minimização de emissões de SF6;
Eliminação de equipamento com policlorobifenilos (PCB) e
despistagem e identificação de equipamentos para reparação
ou em fim de vida por parte dos nossos armazéns. Paralelamente,
finalizou-se o processo de planeamento e preparação da
despistagem e identificação de equipamentos antigos, em
operação na rede, que possam estar contaminados com PCB;
Finalização de um Manual de Formação em Ambiente e
implementação de um programa de formação sistemática dos
colaboradores
da
Empresa
no
Sustentabilidade.
52
âmbito
de
Ambiente
e
Recursos Humanos
Quadro de Pessoal
O número de colaboradores colocados na EDP Distribuição, em 31 de
Dezembro de 2006, era de 4657 dos quais se encontravam 117
requisitados pela Holding e 69 com vínculo laboral à Empresa suspenso
por razões diversas.
Prestavam serviço efectivo na EDP Distribuição 4471 colaboradores, dos
quais 4455 pertenciam ao quadro permanente e 16 eram contratados a
termo.
No decorrer do ano verificaram-se 272 saídas e 130 entradas.
Evolução de efectivos
Rubrica
Quadro Permanente Activo
Contratados a Termo
Total
31.12.2005
Movimento em 2006
Entradas
Saídas
Saldo
31.12.2006
Variação
%
4 568
45
122
8
235
37
- 113
- 29
4 455
16
-2,5
-64,4
4 613
130
272
- 142
4 471
-3,1
A distribuição por categoria profissional pode ser observada no quadro
seguinte.
Colaboradores por categoria profissional
Estrutura 2006
Profissionais
Qualificados
53%
em 31 de Dezembro de 2006
Categoria profissional
Dirigentes
Quadros Superiores
Quadros Médios
Chefias Secção
Profissionais Alt. Qualificados
Profissionais Qualificados
Profissionais Especializados
TOTAL
Número de
colaboradores
65
611
26
67
1 201
2 359
142
Profissionais
Altamente
Qualificados
27%
4 471
Q.Médios e
Ch. Secção
2%
Dirigentes e
Quadros
Superiores
15%
Profissionais
Especializ.
3%
Em 2006, a EDP Distribuição prosseguiu a estratégia de adequação dos
recursos humanos às necessidades da sua actividade, através da
53
formação profissional e da Política de Gestão Eficiente de Recursos
Humanos, nomeadamente com o Programa de Ajustamento de Efectivos
(PAE), tendo-se efectuado 135 movimentações internas.
O número de clientes da EDP Distribuição por trabalhador, um dos
indicadores utilizados para medição da produtividade nas redes de
distribuição de energia eléctrica, tem evoluído de forma muito positiva,
conforme se observa no gráfico seguinte, apresentando, no final de 2006,
o valor de 1 339 clientes por trabalhador.
O indicador relativo à energia distribuída por trabalhador regista também
uma evolução muito positiva, tendo duplicado no último quinquénio,
atingindo o valor de 10,2 GWh em 2006.
GWh/Trabalhador
Nº de clientes por trabalhador
1500
12
11,7% ano
1250
1000
8
750
6
500
4
250
2
0
2001
15,2% ano
10
0
2002
2003
2004
2005
2006
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Formação Profissional
O Plano de Formação de 2006 reflectiu, no essencial, as orientações
estratégicas definidas pelo Conselho de Administração, continuando o
esforço de valorização técnica e pessoal dos colaboradores.
Os objectivos estratégicos que o Plano de Formação procurou atingir
foram os seguintes:
Melhoria da Capacidade de Gestão – reforço das competências das
chefias, através de programas de formação em Gestão e Liderança,
procurando posicionar o esforço na orientação para resultados,
relevando a necessidade de adoptar medidas de gestão conducentes a
54
uma redução dos custos operacionais e ao aumento da motivação e
satisfação dos colaboradores, no respeito pelo código de ética e dos
princípios de desenvolvimento sustentável.
Merecem particular destaque as acções de coaching desenvolvidas no
âmbito do ―Programa Arquimedes‖, a divulgação do Código de
Conduta do Operador da Rede de Distribuição e o Projecto SOL (Serviço
Operador Liberalização) momento de partilha e mobilização de todos os
colaboradores para os desafios da liberalização do mercado de
electricidade.
Melhoria da Capacidade Técnica – formação contínua na área do
planeamento, projecto, construção, condução e manutenção da rede,
potenciadoras de um melhor desempenho no terreno, reforçando a
eficiência operacional e a qualidade de serviço.
Reforço da cultura de segurança e gestão do risco – numa perspectiva
pro-activa de construir um sistema dinâmico de melhoria contínua de
prevenção e redução de todo o tipo de acidentes, particularmente os
de origem eléctrica, merecendo destaque as acções de divulgação do
Regulamento de Consignações.
Aos 23 190 participantes envolvidos correspondeu uma taxa de
participação de 519% (número de acções de formação em relação ao
número de activos). A taxa de ocupação em formação foi de 1,7%
(número de horas de formação em relação ao número teórico de horas
trabalhadas por colaborador).
A participação por área de formação, no ano de 2006, foi a seguinte:
55
Sistemas de Outras Liderança
Informação 1,7%
3,8%
Desenv .
Cultura
Empresarial
8,2%
17,6%
Sustentáv el
Desenv .
Pessoal
13,9%
2,0%
Gestão
Qualidade
5,1%
12,0%
Prev enção e
Segurança
Redes
2,1%
33,6%
Motivação e Satisfação
Ao longo do ano foi preocupação constante aumentar a motivação e a
satisfação dos colaboradores, alinhando as suas actividades com os
objectivos da Empresa, com recurso a mais formação e a uma cada vez
maior identificação entre colaborador e empresa.
O inquérito efectuado em 2006 a todos os colaboradores, para aferir da
sua motivação e satisfação, permitiu concluir que a taxa de respostas foi
claramente superior à do ano anterior e o índice de satisfação evoluiu
também favoravelmente.
Prevenção e Segurança
As actividades orientadas para a prevenção dos acidentes e doenças
profissionais seguiram as linhas de orientação da Política de Segurança
da EDP e mantiveram-se estruturadas em torno dos vectores-chave
definidos no ano transacto, nomeadamente, do combate à sinistralidade
laboral, da prevenção de riscos profissionais e da gestão da segurança
nas obras.
Preconizou-se o aumento da consciência de segurança, mediante a
participação de colaboradores com actividades afins, na análise dos
acidentes e em acções de formação em segurança, tendo-se realizado
56
1 acção de formação e-learning sobre Prevenção do Risco Eléctrico que
envolveu 35 participantes, 85 acções de formação e sensibilização
presenciais que envolveram 875 participantes e 331 acções de
sensibilização de curta-duração que envolveram 1 868 participantes, 861
colaboradores internos e 1 007 colaboradores de prestadores de serviços
externos.
Ainda ao nível da formação/sensibilização em segurança, foram
realizadas acções em contexto real de trabalho, nomeadamente, 18
acções sobre ―Instrução e treino na utilização de equipamentos e
ferramentas‖,
envolvendo
103
colaboradores,
e
26
acções
de
―Acompanhamento de equipas‖, envolvendo 42 colaboradores.
A implementação do Regulamento de Consignações das Redes de
Distribuição AT, MT e BT, na versão revista e homologada em 2005,
implicou a realização de 93 ―Workshop‖, envolvendo 3 338 participantes,
dos quais 2 623 colaboradores internos e 715 colaboradores de
prestadores de serviços externos.
Para avaliação do sistema de gestão da segurança e dos riscos
profissionais e promoção de acções correctivas de forma pro-activa,
realizaram-se 3 450 auditorias de segurança das quais 1 962 incidiram
sobre trabalhos executados por meios próprios e por prestadores de
serviços externos, 1 445 incidiram sobre as instalações da rede de
distribuição e 43 sobre instalações do tipo administrativo.
No que respeita à coordenação de segurança em obra, aplicada aos
estaleiros temporários ou móveis com intervenção de duas ou mais
empresas, pugnou-se pelo exercício da cooperação entre os diversos
intervenientes nas obras e pela normalização do respectivo exercício,
visando promover, de forma sustentada e com equidade, a melhoria das
condições de trabalho durante a fase de obra.
57
Durante 2006, foram objecto de coordenação de segurança 149 obras
de grande dimensão e significativo número de pequenas obras
associadas à Empreitada Contínua, distribuída por 19 áreas geográficas.
Relativamente à sinistralidade com colaboradores internos, há a registar,
pelo segundo ano consecutivo, a ausência de acidentes mortais e a
ocorrência de 47 acidentes, com baixa, em serviço e 10 acidentes, com
baixa, ―in itinere‖, que foram objecto de análise e proposta de medidas
tendentes a evitar situações semelhantes.
Os valores dos índices de incidência e frequência representaram em
2006, respectivamente, 10,3 acidentes por mil trabalhadores e 6,2
acidentes por milhão de horas trabalhadas. O índice de gravidade
registado foi de 537 dias perdidos por milhão de horas trabalhadas,
ficando o de gravidade total com um registo de 730 dias perdidos
devido à inclusão de 2 incapacidades permanentes parciais.
Acidentes em serviço e Índice de incidência
Acidentes/1 000 colaboradores
100
Acidentes em serviço
16
Acidentes em serviço
14
12
80
10
60
8
6
40
4
20
2
0
Acidentes / 1000 colaboradores
120
0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Na sinistralidade com prestadores de serviços externos, há a registar a
ocorrência de 43 acidentes, dos quais 2 foram mortais, ambos de origem
eléctrica.
58
Evolução Financeira
Balanço
A evolução da situação patrimonial foi a seguinte:
milhões de euros
2006
RUBRICA
ACTIVO
Imobilizado
Circulante
Acréscimos e diferimentos
2005
Variação
4 642
1 461
697
4 577
1 247
455
1,4%
17,2%
53,2%
Total
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
PASSIVO
A médio e longo prazo
A curto prazo
Acréscimos e diferimentos
6 800
6 279
8,3%
1 431
5 370
1 730
1 628
2 012
1 526
4 753
1 637
1 344
1 772
-6,2%
13,0%
5,6%
21,2%
13,5%
Total
6 800
6 279
8,3%
No Activo, que cresceu 8,3% em relação ao ano anterior, destaca-se no
Circulante a regularização da dívida da Câmara Municipal de Caldas
da Rainha, o acréscimo dos créditos sobre Clientes e o défice tarifário. O
aumento dos acréscimos e diferimentos deve-se essencialmente à
evolução da Conta Certa, da energia em contadores e do diferimento
de impostos.
Por outro lado, há a registar o decréscimo do Capital Próprio devido a
distribuição de dividendos e à quebra verificada no lucro líquido e o
aumento do Passivo em 13%. O aumento verificado no passivo de médio
e longo prazo deve-se essencialmente ao reforço das provisões; na
evolução do passivo de curto prazo destaca-se o acréscimo da dívida
financeira à Holding em cerca de 330 milhões de euros. O aumento
observado nos acréscimos e diferimentos deve-se ao acréscimo dos
subsídios ao investimento, da Conta Certa e do passivo por impostos
diferidos.
Uma análise mais detalhada pode ser realizada no Anexo ao Balanço e
à Demonstração de Resultados que integra este documento.
59
Demonstração de Resultados
A evolução dos custos e proveitos em 2006 foi a seguinte:
Demonstração de resultados
milhões de euros
2006
2005
Variação
+
=
+
+
+
+
Vendas de electricidade *
Compras de electricidade
Margem Bruta
Prestação de serviços
Trabalhos para a própria empresa
Reversões de amortizações
Outros proveitos operacionais
4 280
3 027
1 253
21
168
10
102
3 766
2 580
1 186
29
188
41
99
13,6%
17,3%
5,6%
-26,8%
-10,8%
-76,1%
3,9%
=
-
Proveitos Operacionais Líquidos
Consumo de materiais
Fornecimentos e serviços externos
Pessoal
Amortização de imobilizado
Ajustamento de dívidas a receber
Provisões
Rendas das concessões
Outros custos operacionais
1 554
97
301
340
355
16
161
211
29
1 542
119
313
338
349
9
75
201
43
0,7%
-18,5%
-3,8%
0,4%
1,7%
73,6%
113,4%
5,0%
-34,0%
1 509
1 448
4,2%
45
- 58
63
95
- 35
23
-52,4%
66,4%
174,3%
50
83
-39,5%
= Custos Operacionais Líquidos
Resultados Operacionais
+ Resultados Financeiros
+ Resultados Extraordinários
= Resultados antes de impostos
* Inclui ajustamento tarifário
As vendas de electricidade apresentaram um crescimento de 13,6%
relativamente a 2005, verificando-se no entanto um acréscimo superior a
17% nas compras de electricidade. Como consequência, a margem
bruta apresentou um aumento de 5,6% traduzindo o acréscimo verificado
nos proveitos permitidos estabelecidos pela Entidade Reguladora dos
Serviços Energéticos.
Neste contexto, a margem bruta unitária, a preços constantes, continuou
a sua trajectória descendente, tendo evidenciado, no último quinquénio,
uma redução de 29%.
60
Margem bruta unitária
Preços constantes de 2006
6
cêntimos/kWh
5
4
3
2
1
0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
A rubrica ―vendas de electricidade‖, num total de 4 280 milhões de euros,
inclui os valores relativos ao Uso e Comercialização das Redes de
Distribuição pelos clientes do SENV, bem como as parcelas relativas ao
Uso Global do Sistema e ao Uso da Rede de Transporte pelos mesmos
clientes, no valor de 182 milhões de euros.
O valor das vendas encontra-se, também, afectado pelos ajustamentos
resultantes da aplicação do Regulamento Tarifário no valor de 142
milhões de euros.
O ajustamento tarifário relativo a 2006 é de cerca de 242 milhões de
euros a acrescer aos proveitos de EDP Distribuição. Este valor é explicado
essencialmente pelo défice tarifário próximo de 125 milhões de euros
relativo a proveitos permitidos à EDP Distribuição que não foram
repercutidos nas tarifas de Baixa Tensão para limitar o seu crescimento.
Uma diferente composição da oferta de energia face ao estimado pela
Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, com menores entregas
por parte dos produtores em regime especial (PRE), e maior quantidade
de energia adquirida como Parcela Livre, conduzem a ajustamentos a
receber dos clientes. Por outro lado, a procura de energia eléctrica no
61
Mercado Regulado foi superior ao previsto, o que conduz a um
ajustamento a devolver aos clientes.
Ao valor do ajustamento de 2006 foram deduzidas as parcelas dos
ajustamentos contabilizados em 2004 (6 milhões de euros) e 2005 (- 107
milhões de euros), que ainda não tinham sido regularizadas e induziram
agora uma diminuição nos proveitos de 2006 de cerca de 101 milhões de
euros, tendo-se, assim, um acréscimo global na margem bruta do
exercício em análise de cerca de 67 milhões de euros.
As compras de energia eléctrica ascenderam a 3 027 milhões de euros e
incluem os valores relativos ao Uso Global do Sistema e ao Uso da Rede
de Transporte por parte dos clientes do Mercado Livre.
Os trabalhos para a própria empresa, que representam cerca de 4% do
total dos proveitos operacionais, apresentaram uma quebra perto de 11%
em relação a 2005.
Quanto aos restantes proveitos operacionais há a destacar o valor dos
Subsídios ao Investimento, superior a 82 milhões de euros, dos quais 67
milhões de euros são Comparticipações Financeiras.
No gráfico seguinte pode observar-se a estrutura dos custos operacionais
relativa aos anos de 2005 e 2006.
62
Custos Operacionais
(exclui compras de electricidade)
100%
3%
5%
80%
25%
60%
14%
40%
22%
20%
23%
23%
8%
6%
2005
2006
0%
2%
11%
25%
14%
20%
Consumo de Materiais
Encargos com Pessoal
Fornec. Serv. Externos
Rendas Concessões
Amortizações
Provisões
Outros Custos Operac.
Excluindo as compras de electricidade, assiste-se a decréscimos de
cerca de 19% no Consumo de Materiais destinados a investimento, de 4%
nos Fornecimentos e Serviços Externos, essencialmente por redução dos
fornecimentos internos ao Grupo, e de 34% nos Outros Custos
Operacionais que, em 2006, incluem uma amortização do activo
regulatório de cerca de 24 milhões de euros (38 milhões de euros em
2005).
Por outro lado, verifica-se um acréscimo considerável nas provisões para
outros riscos e encargos que mais do que duplicam, nas amortizações
que cresceram cerca de 2% e nas rendas das concessões que
aumentaram 5% em relação ao ano anterior. Os custos com pessoal
tiveram um pequeno acréscimo de 0,4%.
A comparação dos Proveitos com os Custos Operacionais permite
concluir que os Resultados Operacionais apresentam um valor inferior ao
do ano anterior em 52%.
63
No gráfico seguinte pode observar-se a evolução dos resultados
operacionais,
essencialmente
condicionados
pela
evolução
dos
proveitos permitidos à EDP Distribuição.
Resultados operacionais
250
milhões de euros
200
150
100
50
0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Nota: Valores de 2002 e 2003 corrigidos, com transferência de 17,9 milhões de euros de prov eitos
de 2003 para 2002 (parte do ajustamento tarifário de 2002 apenas especializado em 2003)
Analisando a evolução dos custos de exploração (OPEX), definidos como
o somatório do consumo de materiais, dos encargos com pessoal e dos
FSE, excluindo os trabalhos para a própria empresa, por unidade de
energia saída das redes para consumos na Rede Pública, verifica-se, a
preços constantes, uma quebra ao longo do período em análise de 6%
ao ano entre 2001 e 2006, situando-se neste último ano em 1,25 cêntimos
por kWh, a preços de 2006, facto que reflecte um forte aumento da
produtividade da empresa neste período.
64
DECOMPOSIÇÃO DOS CUSTOS UNITÁRIOS
OPEX/ENERGIA
(preços constantes 2006)
cêntimos €/kWh (preços de 2006)
2,0
1,71
1,51
1,38
1,5
1,36
cêntimos/kWh
1,46
1,25
1,0
0,5
0,0
2001
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2002
Materiais diversos
Pessoal
OPEX
2003
2004
2005
2006
FSE
Trabalhos p/ própria empresa
O quadro que se segue ilustra o impacto da evolução dos custos e
proveitos no Valor Acrescentado e nos Resultados da Empresa.
Conta de Resultados
milhões de euros
2006
Vendas de electricidade
Outras vendas e prestações de serviços
Trabalhos para a própria empresa (a)
Proveitos Inerentes ao Valor Acrescentado
Compras de electricidade
Consumo de materiais diversos
Fornecimentos e serviços externos (b)
Impostos Indirectos
Consumos Intermédios
Variação
(-)
3 766
32
177
3 975
2 580
119
311
1
3 011
13,6%
-24,1%
-12,2%
12,2%
17,3%
-18,5%
-3,9%
2,6%
13,7%
(=)
(-)
(-)
(+)
(=)
(-)
(+)
(+)
(+)
(-)
(=)
(-)
(-)
(-)
(=)
1 036
304
239
99
592
71
13
12
0
15
532
355
7
136
35
964
307
243
95
509
54
19
11
- 25
18
441
349
- 32
60
65
7,4%
-1,1%
-2,0%
4,0%
16,5%
31,1%
-33,2%
13,0%
-101,9%
-14,4%
20,5%
1,7%
-79,4%
127,2%
-46,4%
(+)
Valor Acrescentado Bruto
Despesas com o pessoal (b)
Outros encargos de exploração
Outros proveitos de exploração
Excedente Bruto de Exploração
Despesas financeiras
Receitas financeiras
Imputação de despesas financeiras a TPE
Resultados extraordinários (b)
Estimativa de IRC
Meios Libertos Líquidos (Cash-Flow)
Amortizações
Ajustamentos - reversões de dívidas a receber
Provisões (líquidas)
Resultado Líquido
2005
4 280
24
156
4 459
3 027
97
299
1
3 424
(a) Sem encargos financeiros imputados a investimento
(b) Expurgados das regularizações de provisões, incluindo PAR, não consideradas nos resultados operacionais
Assistiu-se em 2006 a um acréscimo de cerca de 7,4% do Valor
Acrescentado Bruto (VAB). Com efeito, não obstante o acréscimo dos
proveitos em 2006 (12,2%), motivado pelo aumento das vendas de
65
electricidade (13,6%), ter sido semelhante ao apresentado nos consumos
intermédios (13,7%), como consequência do forte aumento na compra
de electricidade (17,3%), aligeirado com a quebra nos Materiais Diversos
(-18,5%) e nos Fornecimentos e Serviços Externos (-3,9%), o VAB teve um
acréscimo apreciável.
Estes efeitos conduziram a um resultado líquido de 34,7 milhões de euros,
verificando-se uma quebra de 46% em relação ao ano anterior.
Investimento
A evolução do investimento a custos técnicos (excluindo encargos
financeiros) pode ser observada no gráfico seguinte:
Investimento a Custos Técnicos
(preços correntes)
450
400
Outros
milhões de euros
350
300
BT
250
200
150
100
AT e MT
50
0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
A aplicação de critérios cada vez mais exigentes na análise de
investimentos, associada a um grande esforço de optimização na
exploração e manutenção das redes, possibilitou uma redução do
investimento em 2006, sem comprometer o objectivo da continuação de
uma política sustentada de melhoria da qualidade de serviço.
Assim, o investimento em AT e MT foi inferior ao do ano anterior em cerca
de 16,5%, tendo esta quebra maior significado em subestações, linhas
66
aéreas e equipamento de contagem e medida. Em BT o nível de
investimento foi inferior em cerca de 16,9% ao do ano anterior,
destacando-se maior redução nas redes subterrâneas, contadores e
iluminação pública.
Conforme se apresenta no quadro seguinte, durante o exercício de 2006
o investimento atingiu, a custos totais, 346 milhões de euros, incluindo 12
milhões de euros de encargos financeiros intercalares.
Investimento a custos totais
milhares de euros
Rubrica
Específico
2006
2005
Variação
321 342
393 459
-18,3%
Alta Tensão
Média Tensão
Baixa Tensão
Iluminação Pública
Outros
84 112
87 545
117 662
16 413
15 610
104 987
100 591
136 490
24 935
26 456
-19,9%
-13,0%
-13,8%
-34,2%
-41,0%
Não específico
12 802
11 100
15,3%
2 863
9 940
3 652
7 448
-21,6%
33,4%
Investimento a custos técnicos
Encargos Financeiros
334 145
12 234
404 559
10 829
-17,4%
13,0%
Investimento a custos totais
346 379
415 388
-16,6%
Sistemas informáticos
Outros
As comparticipações financeiras atingiram o montante de 67 milhões de
euros, o que representa 20% do investimento específico a custos técnicos,
tendo-se registado um decréscimo de 15,5% relativamente ao valor das
comparticipações no ano anterior.
Conservação
Os custos totais de conservação no ano 2006 foram de 138 milhões de
euros (mais 3,7% que em 2005), correspondendo 59% a redes de BT.
67
Estrutura em 2006
Conservação
milhares de euros
Rubrica
2 006
2 005
Variação
AT
16 225
14 838
9,3%
MT
37 699
36 114
4,4%
BT
81 500
79 257
2,8%
2 655
2 946
-9,9%
138 078
133 155
3,7%
Outros
Total
Outros
2%
AT
12%
MT
27%
BT
59%
Considerando o imobilizado específico, os custos totais de manutenção
em 2006 atingiram 23,06 € por cliente e 3,04 € por MWh entregue pelas
redes de distribuição.
Financiamento
A evolução da dívida da EDP Distribuição em 2006, integralmente
constituída pelos débitos à Holding, é mostrada no quadro seguinte:
milhões de euros
Dívida
Saldo inicial
Saldo final
Médio e Longo Prazo
778
49,9%
778
41,0%
Curto Prazo
781
50,1%
1 120
59,0%
1 559
100,0%
1 898
100,0%
Total
Em 2006 manteve-se o valor da dívida a médio e longo prazo tendo a
dívida de curto prazo aumentado 339 milhões de euros. Os encargos
com a dívida totalizaram cerca de 70 milhões de euros, valor superior em
32% ao do ano anterior.
No final de 2006 as Disponibilidades em Caixa e Bancos totalizavam um
saldo de 16,9 milhões de euros.
Os compromissos da empresa para com o Accionista e o Estado
encontram-se integralmente satisfeitos.
68
Principais Indicadores
A análise da rendibilidade e da estrutura financeira da EDP Distribuição
pode ser feita através do conjunto de indicadores constante no quadro
seguinte:
INDICADORES
2006
2005
2,4
4,2
0,7
1,5
0,8
1,7
63,3
60,5
21,0
24,3
58,1
52,8
0,8
0,9
1,6
1,1
68,1
69,1
1,3
1,3
38
29
2,3
2,1
227,1
202,7
943,8
798,7
Rendibilidade dos Capitais Próprios
Resultado Líquido / Capital Próprio (%)
Rendibilidade Económica
Resultado Operacional / Activo Total (%)
Rendibilidade das vendas
Resultado Líquido / Vendas (%)
Rotação do Activo Total
Vendas/Activo ( %)
Autonomia Financeira
Capital Próprio / Activo Total ( %)
Liquidez Geral
Activo Circulante
(*)
/ Passivo de Curto Prazo (%)
Estrutura Financeira
Capital Próprio / Passivo de Médio e Longo Prazo
Capacidade de Autofinanciamento
Cash Flow / Investimento a Custos Técnicos
Cobertura do Imobilizado
Capitais Permanentes / Activo Imobilizado (%)
Solvabilidade Total
Activo / Passivo
Prazo Médio de Recebimentos (dias)
Taxa de Cobertura das Existências
Existências/Consumos x12
VAB por trabalhador (milhares de euros)
VAB/Efectivos Médios (**)
Vendas por trabalhador (milhares de euros)
Vendas/Efectivos Médios(**)
(*)
Deduzido dos Créditos de MLP
(**)
Sem os efectivos requisitados pela Holding
A análise do quadro permite destacar que a rendibilidade dos capitais
próprios foi inferior à do ano anterior. A produtividade tem aumentado
com acréscimos da ordem de 12% no Valor Acrescentado Bruto (VAB)
por trabalhador e de 18% nas Vendas por trabalhador (a preços
correntes), em relação ao ano anterior.
69
Considerações Finais
Perspectivas para 2007
Com a publicação do DL 29/2006, complementado pelo DL 172/2006,
ficam estabelecidas as novas leis de base do sector eléctrico,
revogando-se
o
regime
consagrado
na
legislação
de
1995
e,
procedendo-se simultaneamente à transposição para o ordenamento
jurídico
português
da
Directiva
nº
2003/54/CE.
A
figura
de
"Comercializador de Ultimo Recurso" (CUR), prevista na Directiva, foi
também enquadrada na ordem jurídica interna, tendo sido atribuída à
EDP Distribuição a obrigação de criar uma entidade autónoma para
desempenhar aquela actividade. Nestes termos, o Conselho de
Administração da EDP Distribuição deliberou constituir, no dia 15 de
Dezembro de 2006, a sociedade anónima denominada por EDP Serviço
Universal, S.A. A partir do dia 1 de Janeiro de 2007, a EDP Distribuição
centrou-se na operação de redes e passou a actividade de venda de
electricidade para a nova empresa EDP Serviço Universal, que vai
assegurar a continuidade do fornecimento de energia eléctrica aos
consumidores no regime de tarifa regulada.
Este facto acentuará a exigência de melhor desempenho das redes,
prevendo-se que o ano de 2007 seja mais um ano de intenso trabalho,
cuja resposta será dada pelo empenho e dedicação dos colaboradores
para continuar o esforço de melhoria da qualidade do serviço prestado,
com menor nível de custos operacionais, tornando a Empresa mais
competitiva e criadora de valor para o Accionista.
Não existe conhecimento da ocorrência, à data da elaboração deste
relatório, de outros factos ou acontecimentos relevantes.
Proposta de Aplicação de Resultados
Nos termos do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais e do
artigo 27º dos Estatutos da EDP Distribuição – Energia, o Conselho de
70
Administração propõe que o resultado líquido do exercício de 2006, no
valor de 34 702 325,91 euros, tenha a seguinte aplicação:
Reserva legal
1 735 116,30
Regularização da antecipação
de lucros pagos em 2006
Bónus aos Colaboradores
25 000 000,00
7 950 000,00
Resultados Transitados
17 209,61
Resultado Líquido de 2006
34 702 325,91
Nota Final
O Conselho de Administração agradece a todos os colaboradores a
forma empenhada como apoiaram a Empresa na resposta eficaz às
exigências que o mercado tem colocado.
O Conselho manifesta particular apreço ao Revisor Oficial de Contas
pela inteira disponibilidade demonstrada.
Lisboa, 20 de Fevereiro de 2007
O Conselho de Administração
João José Saraiva Torres
Ângelo Manuel Melo Sarmento
Paulo Manuel Santos Pinto de Almeida
71
Anexos
Anexo ao Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Balanço em 31 de Dezembro de 2006
Demonstração dos Resultados do Exercício de 2006
Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados
Demonstração dos Resultados por Funções
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Documentos de Apreciação e Certificação
Certificação Legal de Contas
Relatório e Parecer do Fiscal Único
Extracto da Acta da Assembleia Geral de Accionistas
Anexo Estatístico
Principais Elementos Estatísticos
Balanço de Energia Eléctrica
Nº de Clientes e Energia Distribuída (Mercado Regulado + Mercado Livre)
Resumo das Instalações e Equipamentos em Serviço em 31/12/2006
72