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CROP BIOTECH UPDATE Setembro de 2013 NOTÍCIAS Mundiais MESA REDONDA GLOBAL PARA DISCUTIR O ACESSO A INFORMAÇÕES E A PARTICIPAÇÃO PÚBLICA EM ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS Nos dias 16 e 17 de outubro de 2013 será realizada em Genebra, Suíça, uma mesa redonda global sobre acesso a informações, participação pública e acesso à justiça referente a organismos vivos/geneticamente modificados (OVMs/OGMs). Essa mesa redonda é um evento conjunto sobre a Convenção de Aarhus e o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança. Além das questões fundamentais sobre acesso a informações e participação pública, os participantes também terão a oportunidade de ouvir apresentações de especialistas e compartilhar as suas próprias experiências e lições aprendidas referentes a obstáculos e desafios encontrados na implementação da Emenda de Almaty sobre Organismos Geneticamente Modificados à Convenção de Aarhus, as Diretrizes de Lucca sobre Organismos Geneticamente Modificados e o Artigo 23 do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança; oportunidades de cooperação e construção de capacidade, bem como prioridades para trabalhos futuros. Para mais informações, visite http://www.unece.org/gmo_2013.html. ESPECIALISTAS PRESSIONAM PROCESSO DE APROVAÇÃO COORDENADO DE BIOTECNOLOGIA AGRÍCOLA Mais de 200 órgãos reguladores de biotecnologia, especialistas em comércio internacional e fazendeiros de 16 países em cinco continentes se reuniram em Champaign, Illinois, em agosto para discutir a situação dos sistemas regulatórios de biotecnologia agrícola e suas implicações para o futuro. Recepcionados pela Illinois Soybean Association (Associação de Soja de Illinois) durante o Simpósio Internacional de Biotecnologia, os especialistas discutiram as barreiras apresentadas pelo processo assíncrono de aprovação de biotecnologia que inclui uma ampla gama de órgãos do governo, prazos para testes e fatores restritivos. Nicholas Kalaitzandonakes, que proferiu o discurso de abertura no simpósio, afirmou: “A regulamentação é uma parte importante do processo de inovação biotecnológica. A regulamentação existe para assegurar que novos produtos sejam seguros e usados de forma responsável, mas também existe para reduzir a incerteza e melhorar o fluxo de novos produtos biotecnológicos”. Em uma discussão internacional de um painel de fazendeiros, Santiago Del Solar, fazendeiro da Argentina, ecoou a necessidade que muitos abordaram durante o simpósio: países de mentalidades semelhantes precisam trabalhar em conjunto para agilizar o processo de comércio e aprovação. Ele afirmou: “Nossos países têm uma tarefa muito importante a realizar: ajudar a nossa soja a ingressar no mercado atuando em parceria”. Esse trabalho envolve superar os sistemas regulatórios de biotecnologia únicos de 33 países para encontrar uma forma mais rápida de levar tratamentos biotecnológicos da soja ao mercado para uso em todo o mundo. A via regulatória atual demora em média 16,3 anos para ser concluída. Para mais detalhes sobre este assunto, leia o informe à imprensa no endereço http://www.ilsoy.org/mediaCenter/details.cfm?pageID=42&mediaCenterID=1956. TRANSPONDO A LACUNA DE INFORMAÇÕES NA AGRICULTURA O Access to Global Online Research in Agriculture (AGORA) (Acesso a Pesquisa Online Global em Agricultura), um dos quatro projetos de acesso à literatura dos programas Research4Life, comemora seu aniversário de 10 anos. O projeto traz literatura científica fundamental sobre a área de alimentos, agricultura e áreas afins a estudantes, pesquisadores e cientistas. De acordo com José Graziano da Silva, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (Food and Agriculture Organization, FAO), “A falta de acesso ao conhecimento é um dos principais entraves que impede muitos países pobres de desenvolver seu setor agrícola e garantir a segurança dos alimentos... esta é a força da parceria AGORA: a FAO, os editores e a comunidade científica se reuniram para facilitar o acesso ao conhecimento a centenas de milhares de pessoas no mundo todo". O AGORA disponibilizou um enorme leque de conhecimentos técnicos para mais de 2.500 instituições em 116 países membros menos desenvolvidos da FAO. O projeto é uma parceria público-privada entre a Organização Mundial da Saúde (OMS), a FAO, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), a Universidade Cornell, a Universidade Yale, a Associação Internacional de Editores Científicos, Técnicos e Médicos (International Association of Scientific, Technical and Medical Publishers), quase 200 editores internacionalmente reconhecidos e vários parceiros técnicos, incluindo a Microsoft. A notícia original pode ser encontrada no site http://www.fao.org/news/story/en/item/196506/icode/ UMA DÉCADA DE PESQUISAS DIZ QUE CULTURAS GENETICAMENTE MODIFICADAS SÃO SEGURAS; AINDA ASSIM, O DEBATE CONTINUA INTENSO Alessandro Nicolia, da Universidade de Perugia, Itália, e colegas revisaram documentos científicos sobre a segurança de culturas geneticamente modificadas publicados durante os últimos 10 anos. Esses documentos foram classificados e analisados em termos de distribuição e composição, e buscaram o consenso científico que amadureceu desde que as plantas geneticamente modificadas passaram a ser amplamente cultivadas em todo o mundo. Não foram encontrados riscos significativos associados a culturas geneticamente modificadas; contudo, ao longo dos anos, o debate sobre o assunto continua intenso. Os autores do estudo recomendaram que uma intensificação da comunicação científica poderia exercer impacto significativo no futuro das culturas geneticamente modificadas. Para obter uma cópia do artigo de revisão, visite o site http://informahealthcare.com/doi/abs/10.3109/07388551.2013.823595. A COMUNIDADE CIENTÍFICA GLOBAL DECLARA-SE A FAVOR DO ARROZ DOURADO Onze cientistas eminentes de todo o mundo publicaram um editorial em coautoria, cujo enfoque é o arroz dourado. O artigo, intitulado Standing Up for GMOs, foi publicado na edição de 20 de setembro da revista Science. O editorial externa consternação pela recente destruição do campo experimental de arroz dourado nas Filipinas por vândalos. Ele também resume as amplas consequências da deficiência de vitamina A para a saúde e a contribuição que o arroz dourado poderia prestar para tratar este problema no momento em que a cultura geneticamente modificada ficar disponível. Os cientistas que redigiram o artigo incluem Bruce Alberts, presidente emérito da Academia Nacional de Ciências dos EUA (U.S. National Academy of Sciences); Roger Beachy, laureado com o Wolf Prize e presidente emérito do Centro de Botânica Donald Danforth (Donald Danforth Plant Science Center) em Montana, EUA; Swapan Datta, vice-diretor-geral de Crop Science (Ciências Agrícolas) do Conselho Indiano de Pesquisa Agrícola em Nova Délhi, na Índia; e Gurdev S. Khush, laureado com o World Food Prize, laureado com o prêmio japonês, e ex-cientista do Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz (International Rice Research Institute) em Los Baños, Filipinas. Acesse o editorial no endereço http://www.sciencemag.org/content/341/6152/1320.full. África GANA DÁ INÍCIO AOS CAMPOS EXPERIMENTAIS DE SEMENTES GENETICAMENTE MODIFICADAS Gana deu início aos campos experimentais de sementes geneticamente modificadas (GM) na região de Ashanti e no Instituto de Pesquisas Agrícolas de Savanna (Savanna Agricultural Research Institute, SARI) nas instalações do Conselho de Pesquisa Científica e Industrial (Council for Scientific and Industrial Research, CSIR). Gana adotou três variedades principais de sementes para serem testadas em locais específicos no país. As três sementes importadas para o país são arroz Bt, feijão-decorda Bt e algodão Bt. Segundo o Professor Walter S. Alhassan, membro do Comitê Nacional de Biossegurança (National Biosafety Committee, NBC) de Ghana, o comitê está monitorando seriamente o sucesso dos campos experimentais. Erick Okoree, Secretário do Comitê, afirmou que o algodão Bt foi importado por Gana da África do Sul, ao passo que o arroz Bt e o feijão-de-corda Bt vieram de CIAT, na Colômbia e Austrália, respectivamente. As sementes foram importadas de outros países, pois haviam sido testadas e cresceram bem nesses países. Para mais informações, leia o artigo com a notícia no site http://www.ghanaweb.com/GhanaHomePage/NewsArchive/artikel.php?ID=284889 FAO E AIEA LIBERAM TRIGO RESISTENTE AO UG99 NO QUÊNIA Um esforço multinacional amparado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a FAO estabeleceu um marco fundamental esta semana, quando a Eldoret University do Quênia lançou duas novas variedades de trigo resistentes à mortal ferrugem do colmo do trigo causada pelo fungo Ug99. As variedades de trigo resistentes à ferrugem foram desenvolvidas com o apoio de um projeto de cooperação técnica da AIEA intitulado Responding to the Transboundary Threat of Wheat Black Stem Rust (Ug99) (Resposta à ameaça transfronteiriça da ferrugem do colmo do trigo), que envolveu mais de vinte países e organizações internacionais. O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, afirmou: “Aprimorar a segurança dos alimentos em países em desenvolvimento pelo uso de técnicas nucleares é uma prioridade importante da AIEA. Estou satisfeito de termos sido capazes de realizar uma contribuição importante na luta contra a ferrugem do colmo do trigo”. O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, acrescenta: “As ferrugens do trigo, principalmente a estirpe Ug99, constituem uma grande ameaça à segurança dos alimentos, pois epidemias de ferrugem podem resultar em perdas devastadoras na produtividade. Este projeto internacional que envolve os países afetados, agrônomos e melhoristas genéticos e organizações internacionais significa um grande avanço. Ele mostra nitidamente os benefícios da colaboração da FAO/AIEA e que, ao atuar em conjunto, podemos superar os desafios com que nos deparamos”. Para mais detalhes sobre esse projeto, leia o informe à imprensa da FAO disponível no site: http://www.fao.org/news/story/en/item/196127/icode/. NARO-UGANDA LANÇA CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE BIOCIÊNCIAS A Organização Nacional de Pesquisa Agrícola (National Agricultural Research Organization) de Uganda criou o Centro de Informações sobre Biociências. O centro, lançado em 12 de setembro de 2013, servirá como um centro de referência designado para comunicação em biotecnologia para os sistemas nacionais de pesquisa agrícola em Uganda. O centro terá sede no Instituto Nacional de Pesquisa de Recursos da Lavoura (National Crop Resources Research Institute, NaCRRI), em Namulonge, e também fará parte da rede global de centros de informações sobre biotecnologia do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (International Service for the Acquisition of Agribiotech Applications, ISAAA) espalhados pela África, Ásia, Europa e América Latina. “Este Centro irá assegurar que a Uganda e o mundo inteiro tomem conhecimento das etapas significativas que o país está percorrendo na biotecnologia agrícola moderna”, destacou o Dr. James Ogwang, diretor do NaCRRI, durante o discurso de lançamento. Atualmente, a Uganda dispõe de diversas instituições que trabalham em diversas culturas geneticamente modificadas. Estas incluem universidades e Institutos Públicos de Pesquisa Agrícola (Public Agricultural Research Institutes, PARIs), incluindo o NaCRRI, nos quais diversas culturas geneticamente modificadas, incluindo banana, mandioca, milho e arroz, estão sendo testadas em campos experimentais confinados. O novo centro tem por objetivo tornar-se um núcleo para a disseminação de informações e proporcionar um fórum para a discussão de prioridades, benefícios e preocupações de se usar a biotecnologia em Uganda. A Dra. Yona Baguma, chefe da Unidade de Biociências no NaCRRI (centro à direita), e a Dra. Margaret Karembu, diretora do ISAAA AfriCenter (centro à esquerda), inauguram oficialmente o Centro de Informações sobre Biotecnologia de Uganda ao lado do Dr. Mariechel Navarro, do ISAAA (esquerda), e da Dra. Barbara Mugwanya, diretora da UBIC (direita). Para mais informações sobre a UBIC, entre em contato com [email protected] Américas MISSÃO PARA REDESCOBRIR BACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROGÊNIO A fitobióloga Maren Friesen, da Universidade do Estado de Michigan (MSU), está liderando uma equipe para solucionar o mistério da ausência de uma bactéria conhecida por possibilitar às plantas crescer sem o nitrogênio dos fertilizantes fabricados pelo homem. A bactéria foi descoberta em um fosso de carvão alemão nos idos de 1900, mas foi perdida quando os estudos sobre ela pararam há 20 anos, de acordo com Friesen. Friesen afirmou que a “redescoberta desta bactéria, ou de outras com propriedades semelhantes, alteraria as regras do jogo. Ela contém um sistema incomum para a fixação de nitrogênio na presença de oxigênio, que poderia ser a peça que falta no quebra-cabeça para criar plantas fixadoras de nitrogênio". A maioria das bactérias fixadoras de nitrogênio utiliza uma enzima que não funciona na presença de oxigênio, mas a cepa que adora calor e gases tóxicos pareceu dispor de propriedades excepcionais. A pesquisa de Friesen faz parte da colaboração do Ideas Lab entre a Fundação Nacional de Ciências (National Science Foundation) e o Conselho de Pesquisa em Biotecnologia e Ciências Biológicas (Biotechnology and Biological Sciences Research Council, BBSRC) do Reino Unido. Para mais detalhes sobre essa pesquisa, leia o informe à imprensa da MSU disponível no site: http://msutoday.msu.edu/news/2013/quest-for-the-missing-bacteria/. PESQUISADORES ENCONTRAM FORMA DE MELHORAR A DEFESA DAS PLANTAS SEM CAUSAR IMPACTO NEGATIVO NO CRESCIMENTO Uma equipe de pesquisa da Universidade de Georgia (UGA) encontrou uma forma de aumentar o ácido salicílico em choupos sem causar impactos negativos no crescimento das árvores. O ácido salicílico protege as plantas contra temperaturas extremas e doenças, mas o aumento deste produto químico que ocorre naturalmente normalmente resulta em atrofia no crescimento da planta. Liderada pelo Professor Chung-Jui Tsai, da UGA, a equipe desenvolveu inicialmente uma nova estratégia para aumentar os níveis de ácido salicílico testando um gene bacteriano bifuncional no choupo. Em seguida eles usaram a transcriptômica (expressão gênica), a metabolômica (análise sem viés de metabólitos) e canais de análise de dados computacionais para analisar seus resultados. Eles descobriram muitos metabólitos e genes anteriormente associados à regulação do ácido salicílico e depois descobriram muitos outros que nunca haviam sido identificados antes deste estudo. Ao contrário de seus métodos, Tsai afirmou que “tentativas anteriores de aumentar os níveis de ácido salicílico muitas vezes causavam efeitos colaterais indesejados”. Mais detalhes sobre esta pesquisa estão disponíveis no site: http://news.uga.edu/releases/article/researchers-improve-plant-defenses-withoutnegatively-impacting-growth/. CIENTISTAS ATUAM PARA DESENVOLVER NOVAS VARIEDADES DE SOJA A Universidade de Nebraska-Lincoln (UNL) e a Bayer CropScience atuarão em conjunto para desenvolver novas variedades de soja. A colaboração entre a universidade e a indústria terá seu foco voltado ao germoplasma da soja da UNL, o material genético usado no desenvolvimento de novas variedades de soja. Desta forma, a Bayer CropScience poderá aliar seus recursos expressivos em pesquisa e desenvolvimento para criar novas linhagens de variedades de soja adequadas às diversas condições climáticas do mundo todo. O convênio vai muito além de uma licença tradicional de propriedade intelectual. O trabalho colaborativo visa ainda melhorar a produtividade e desenvolver novos tratamentos de soja para agricultores em âmbito mundial. O convênio também proporcionará experiência complementar em pesquisa e treinamento para alunos de graduação e pós-graduação. Consulte o informe à imprensa da UNL no site http://cropwatch.unl.edu/web/cropwatch/archive?articleID=5389017. ESTUDO MOSTRA QUE PROGRAMAS DE MELHORIA DO TRIGO AUMENTARAM A PRODUTIVIDADE Para quantificar o impacto da melhoria genética no trigo, da doença e da alteração climática durante um período de 26 anos, uma equipe de pesquisadores da Universidade do Estado do Kansas (KSU) examinou os dados de produtividade de variedades de trigo a partir de testes de desempenho no Kansas, juntamente com dados climáticos e de doenças específicos do local. Seu estudo mostrou que de 1985 até 2011 os programas de melhoria do trigo aumentaram a produtividade média de trigo em 13 bushels por acre, ou 0,51 bushel a cada ano, para um aumento total de 26%. As simulações também constataram que o aumento de 1 grau Celsius (1,8 grau Fahrenheit) na temperatura média projetada diminuía a produtividade de trigo em 10,64 bushels por acre, ou quase 21%. O estudo é o primeiro a quantificar todos os impactos (alteração climática, doença e aprimoramento genético) usando um conjunto de dados exclusivo e métodos estatísticos de ponta. Os resultados fornecem uma atualização e expandem a pesquisa anterior para identificar e quantificar o impacto do programa de melhoria do trigo do Kansas. Para mais detalhes sobre esse estudo, leia o informe à imprensa da KSU disponível em: http://www.ksre.ksu.edu/news/story/wheat_research090313.aspx. MICROBIOLOGISTA DA ISU: MICRÓBIOS EM PLANTAS PODEM PROMOVER AVANÇOS NA AGRICULTURA A Professora Gwyn Beattie, da Universidade do Estado de Iowa (ISU), informou esta semana que um enfoque mais acentuado nos bilhões de organismos microscópicos que colonizam plantas e muitas vezes compartilham uma relação simbiótica com elas poderia melhorar significativamente a produtividade e reduzir a necessidade de fertilizantes e pesticidas dispendiosos. Beattie, professora de fitopatologia, foi integrante de uma equipe de 21 membros organizada pela Academia Americana de Microbiologia (American Academy of Microbiology) para elaborar uma série de recomendações sobre a forma como os avanços na microbiologia podem melhorar a agricultura. As recomendações definiram uma meta de aumentar a produtividade em 20% nos próximos vinte anos pela intensificação do uso de micróbios e reduzindo, ao mesmo tempo, o uso de pesticidas e fertilizantes em 20%. Beattie afirmou: “Há bilhões de micróbios diferentes e nós não dispomos de ferramentas para distinguir um do outro. Agora podemos obter um perfil destes micróbios baseado no sequenciamento”. A maioria dos micróbios em questão são fungos, vírus ou bactérias, e quando as safras forem melhoradas com a genética correta e colonizadas pelos micróbios corretos, ambos os organismos poderão se desenvolver. Ela cita a micorriza como exemplo. Trata-se de um fungo capaz de formar uma associação com a maioria das plantas terrestres. Quando isso acontece, essa relação simbiótica ajuda a expandir o consumo pelo sistema radicular da planta em até 90%, ajudando a planta a extrair água e nutrientes de uma profundidade muito maior no solo. A associação também ajuda a ativar genes e alterações fisiológicas na planta para ajudá-la a sobreviver em condições de seca, afirmou Beattie. Outros micróbios podem aumentar a resistência de uma planta a pragas. Para mais detalhes sobre essa pesquisa, leia o informe à imprensa da ISU disponível no site: http://www.news.iastate.edu/news/2013/09/06/plantmicrobes. ESTUDO PROPORCIONA INSIGHT SOBRE COMO PLANTAS DE MILHO CONTROLAM O NÚMERO DE CÉLULAS-TRONCO Pesquisadores do Laboratório Cold Spring Harbor (CSHL) apresentam pistas sobre a forma como as plantas regulam seu crescimento estudando como elas controlam seu número de células-tronco. Em plantas, o crescimento de órgãos como raízes, folhas e flores depende da atividade dos meristemas. Esses compartimentos assemelhados a reservatórios sustentam as células-tronco, que possuem a capacidade de se transformar em vários tipos de células diferentes. Trabalhando retroativamente a partir de um milho mutante de aspecto estranho denominado COMPACT PLANT2 (CT2) que se desenvolve em espigas anormalmente grandes – um fenômeno denominado fasciação, os pesquisadores descobriram que este gene codifica uma proteína G chamada Gα. Experimentos adicionais indicaram uma interação inesperada entre a Gα e um receptor da superfície celular que faz parte da via de sinalização da CLAVATA, conhecida por controlar a ativação de célulastronco. O “início” e o “fim” da via de sinalização da CLAVATA eram conhecidos: receptores na superfície celular são ativados por um ligante pequeno, secretado para regular o fator de transcrição chamado WUSCHEL no interior do núcleo. Os cientistas ainda precisam preencher as lacunas entre esses pontos. Veja o informe à imprensa do CSHL no site http://www.cshl.edu/Article-Jackson/gprotein-identified-as-novel-component-of-signaling-pathway-controlling-stem-cellnumber-in-maize. O artigo integral está disponível no site http://www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature12583.html. CIENTISTAS PROCURAM IDENTIFICAR GENES QUE PODEM COMBATER O PARASITA RKN NA SOJA Cientistas da Universidade do Missouri e da Universidade de Georgia, nos Estados Unidos, e o Instituto de Genômica de Pequim, na China, tentaram identificar dois genes que podem defender a soja de danos causados pelo parasita nematoide de galha (rootknot nematode, RKN). O parasita RKN causa milhões de dólares em perdas de produtividade a cada ano nos Estados Unidos. Esta é a primeira vez em que o processo foi usado na pesquisa de soja. Usando outra técnica genética, a equipe trabalha agora para identificar o gene específico que impede o RKN de infectar a soja. Com esses conhecimentos, os fazendeiros poderão cultivar variedades ou cultivares de soja resistentes. Veja o informe à imprensa da Universidade do Missouri no site http://cafnrnews.com/2013/09/the-root-cause/. ASSOCIAÇÃO DE FABRICANTES DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS LANÇA SITE SOBRE ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS A Associação de Fabricantes de Gêneros Alimentícios (Grocery Manufacturers Association, GMA) lançou um novo site, o www.FactsAboutGMOs.org, que contém informações básicas sobre ingredientes alimentares geneticamente modificados (GM). O site foi concebido para consumidores, elaboradores de políticas e a mídia que desejar pesquisar a respeito de alimentos geneticamente modificados. O site fornece links a importantes artigos de agências governamentais de segurança de alimentos, organizações médicas e de saúde, agências de notícias, especialistas em segurança de alimentos e organizações não governamentais, abrangendo diversos tópicos como segurança, preços de alimentos, meio ambiente, pobreza e desnutrição. “A GMA e suas empresas membro continuarão a defender a segurança contínua e o uso eficiente de biotecnologia agrícola para aumentar o abastecimento de alimentos e, ao mesmo tempo, reduzir os custos. Além disso, continuaremos a nos engajar em um diálogo informativo com nossos consumidores para que eles compreendam a segurança, a prevalência e os benefícios da tecnologia de manipulação genética para que possam adotar escolhas informadas para si e suas famílias”, afirmou Pamela Bailey, presidente e CEO da GMA. A GMA, sediada em Washington, D.C., é um consórcio de mais de 300 empresas de alimentos, bebidas e produtos ao consumidor nos EUA e em outros países. Leia o comunicado à imprensa da GMA no site http://www.gmaonline.org/newsevents/newsroom/grocery-manufacturers-association-launcheswwwfactsaboutgmosorg/. BIOQUÍMICOS DESVENDAM CÓDIGO DE FIXAÇÃO DE NITROGÊNIO Cientistas da Universidade do Estado de Utah liderados pelo professor de bioquímica Lance Seefeldt descobriram novos insights sobre a fixação de nitrogênio, um processo complexo e de uso intensivo de energia que converte nitrogênio em uma forma que humanos, animais e plantas podem acessar. A equipe de pesquisa publicou on-line dois artigos no Early Edition of Proceedings da Academia Nacional de Ciências para descrever suas descobertas. Os experimentos da equipe mostram que a transferência de elétrons precede a hidrólise de ATP, um processo que desconcertou os pesquisadores por décadas. No segundo artigo, a equipe de pesquisa descreve o mecanismo para a formação de hidrogênio durante a fixação de nitrogênio. Há dois processos conhecidos que rompem ligações de nitrogênio para permitir a conversão, segundo Seefeldt. O primeiro é um processo natural, bacteriano, ao passo que o outro é um processo da Häber-Bosch fabricado pelo homem, sendo que o abastecimento mundial de alimentos depende igualmente de cada um deles. Seefeldt acrescenta: “O processo da Häber-Bosch, usado há um século para fabricar fertilizantes agrícolas, utiliza intensamente energia e depende extensamente de combustíveis fósseis”, informa Seefeldt. “Portanto, há grande interesse em aproveitar e utilizar melhor o processo natural e mais limpo”. Para mais detalhes sobre essa pesquisa, leia o informe à imprensa disponível no site http://www.usu.edu/ust/index.cfm?article=52663. Ásia e Pacífico CIENTISTAS DE BANGLADESH DECODIFICAM GENOMA DA JUTA LOCAL Cientistas de Bangladesh desvendaram a sequência genômica de uma variedade de juta conhecida localmente como juta de Tosha (C. olitorius). Este marco deve erguer ainda mais o setor de fibras de Bangladesh, uma vez que a juta é a segunda safra mais importante do país (depois do algodão) em termos de produção de fibras. Com a conclusão da sequência genômica da juta, os cientistas já podem desenvolver novas variedades de juta resistentes a condições climáticas extremas, bem como a pragas, por meio da engenharia genética. O sequenciamento genômico também poderá ajudar a melhorar o comprimento, a qualidade, a cor e a resistência da fibra de juta. Para mais informações, visite: http://newagebd.com/detail.php?date=2013-0819&nid=61605#.UiP2RdLBqSo. EQUIPE DO VIETNÃ-RU DECODIFICA GENOMAS DO ARROZ VIETNAMITA Os desfechos de um projeto de pesquisa conjunto entre o Vietnã e o Reino Unido sobre o sequenciamento de genomas de diversas variedades de arroz vietnamita nativo foram divulgados em um workshop em Hanói em 28 de agosto. O projeto, executado entre janeiro de 2011 e junho de 2013, enquadra-se na estrutura reguladora de cooperação internacional entre o Ministério da Ciência e Tecnologia do Vietnã e o Conselho de Pesquisa em Biotecnologia e Ciências Biológicas do Reino Unido. Como resultado, cientistas dos dois países decodificaram os genomas de 36 variedades de arroz. Esta é a primeira vez que o Vietnã decodificou inteiramente os genomas do arroz, o que ajudará os cientistas em sua pesquisa sobre a conservação de recursos gênicos e a seleção de variedades de alta produtividade e alta qualidade, capazes de resistir a condições desfavoráveis, disse Tran Viet Thanh, vice-ministro de Ciência e Tecnologia, no workshop. Por meio do projeto, os cientistas vietnamitas têm acesso a métodos e equipamentos avançados de decodificação de genes que os ajudarão a construir um banco de dados genético do arroz para o Vietnã. Mais 600 variedades de arroz devem ser decodificadas na segunda fase do projeto. Veja o artigo integral da Agência de Notícias do Vietnã no site http://en.vietnamplus.vn/Home/VietnamUK-team-decode-Vietnamese-ricegenomes/20138/38297.vnplus. Europa ROYAL SOCIETY AMPARA PESQUISA SOBRE A 'METADE OCULTA’ DAS PLANTAS Malcolm Bennett, diretor do Centro de Fitobiologia Integrativa (Centre for Plant Integrative Biology, CPIB) da Universidade de Nottingham recebeu o prestigiado prêmio Wolfson Research Merit Award da Royal Society em reconhecimento e amparo à sua pesquisa no estudo da regulação do crescimento e desenvolvimento de raízes de plantas, também conhecidas como a “metade oculta das plantas”. O prêmio visa conceber novas variedades de culturas agrícolas que possam transformar muitos aspectos da agricultura nos próximos 10 a 20 anos. O Professor Bennett e seus colaboradores identificaram muitos dos genes e sinais que regulam as características principais da raiz, como ângulo, profundidade e densidade da ramificação usando a Arabidopsis thaliana. Ele também faz parte do esforço mundial para desenvolver novas variedades de culturas agrícolas e pretende traduzir seus conhecimentos sobre os principais genes das raízes para realizar a reengenharia de importantes características e otimizar a produtividade em culturas agrícolas relevantes para a Europa (trigo), Ásia (arroz) e África (milheto) com colaboradores internacionais. O Professor Bennett afirmou: “Este prêmio proporciona reconhecimento pelo trabalho de vanguarda de nossa equipe para realizar a reengenharia de sistemas radiculares e criar variedades novas, melhoradas e mais sustentáveis de culturas agrícolas”. Para mais detalhes sobre este projeto de pesquisa, leia o informe à imprensa no site: http://www.nottingham.ac.uk/news/pressreleases/2013/august/royal-society-recognisesresearch-into-plants.aspx. PROPAGAÇÃO DE PRAGAS DE CULTURAS AGRÍCOLAS AMEAÇA A SEGURANÇA GLOBAL DE ALIMENTOS Um novo estudo realizado pela Universidade de Exeter e pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, revelou que o aquecimento global está resultando na propagação de pragas de culturas agrícolas rumo aos polos norte e sul a uma taxa de quase 3 km ao ano. Ele também mostrou uma forte relação entre o aumento das temperaturas globais durante os últimos 50 anos e a expansão de pragas de culturas agrícolas. Atualmente, 10 a 16% da produção global de culturas agrícolas é perdida para pragas como fungos, bactérias, vírus, insetos, nematódeos, viroides e oomicetos. As perdas de culturas agrícolas importantes para fungos e microrganismos do tipo fungo correspondem a uma quantidade suficiente para alimentar quase 9% da atual população mundial. O estudo sugere que esses números aumentarão ainda mais se as temperaturas globais continuarem a subir conforme previsto. A propagação de pragas é causada tanto pelas atividades humanas como por processos naturais, mas acredita-se que seja principalmente o resultado do transporte internacional de fretes. O estudo sugere que o aquecimento do clima está permitindo que as pragas se estabeleçam em regiões antes impróprias. Dan Bebber, da Universidade de Exeter, afirmou: “Se as pragas de culturas agrícolas continuarem a rumar em direção aos polos à medida que a Terra se aquecer, os efeitos combinados de uma população mundial crescente e o aumento da perda de culturas para as pragas representarão uma ameaça séria à segurança global dos alimentos”. Para mais detalhes sobre esse estudo, leia o informe à imprensa no site: http://www.exeter.ac.uk/news/featurednews/title_316965_en.html. PESQUISA A PIRAMIDAÇÃO DE GENES BT NO REPOLHO CONFERE CONTROLE EFICAZ DA TDC A piramidação de genes Bt no repolho branco é uma estratégica eficaz de controle da infestação por traça das crucíferas (TDC), afirma a pesquisa publicada no Journal of Plant Biotechnology e conduzida por Dengxia Yi, da Universidade Agrícola da China, e seus colegas. Foram introduzidos dois plasmídeos com genes cry1Ia8 e cry1Ba3 do Bacillus thuringiensis no repolho branco por meio de transformação mediada por Agrobacterium tumefacien. Isso resultou na geração de 14 plântulas resistentes à canamicina. A presença dos transgenes nas plântulas foi confirmada por análises da reação em cadeia da polimerase (PCR), pelo método de biologia molecular Southern blot, por reação em cadeia da polimerase por transcrição reversa (RT-PCR) e pelo método Western blot. A análise adicional mostrou que plantas geneticamente modificadas eram capazes de controlar tanto larvas TDC suscetíveis como resistentes ao Cry1Ac comparadas aos correspondentes não modificados geneticamente. As plantas geneticamente modificadas foram ainda sujeitas à autopolinização e a métodos moleculares produzindo 10 linhagens homozigotas de repolhos resistentes a insetos. Essas linhagens foram colocadas em condições de estufa e de campo com infestação natural de TDC e mostraram excelente eficácia contra a praga. Os dados de estudos de campo também indicaram não haver diferenças significativas na maioria das características agronômicas das linhagens homozigotas e da variedade original de repolho branco. Leia o artigo de pesquisa no site http://link.springer.com/article/10.1007/s11240-0130373-4. MILHO CRY1F NÃO EXERCE EFEITOS ADVERSOS NA COTESIA MARGINIVENTRIS A lagarta-do-cartucho é uma das principais pragas do milho, principalmente nos Estados Unidos e em áreas tropicais do hemisfério ocidental. O milho Bt que expressa a proteína inseticida Cry1F foi plantado em 2011 para combater a infestação pela lagartado-cartucho. Em 2006, foi constatado que uma população de lagartas-do-cartucho em Porto Rico havia desenvolvido resistência ao milho Cry1F em campo. Jun-Ce Tian, da Universidade Cornell, e colegas usaram a população resistente para avaliar os efeitos do Cry1F na Cotesia marginiventris, uma vespa parasitoide de lagartas-do-cartucho. Os pesquisadores usaram lagartas-do-cartucho resistentes para eliminar possíveis efeitos mediados pela presa e evitar preocupações sobre potenciais diferenças em resistência do Bt derivado de laboratório ou de campo. Os resultados mostraram que o milho Cry1F não exerceu nenhum efeito no desenvolvimento, parasitismo, sobrevivência, taxa de sexos, longevidade e fecundidade de C. marginiventris parasitando as lagartas-do-cartucho alimentadas com milho Cry1F. Os pesquisadores também descobriram que a concentração de Cry1F nas folhas do milho apresentou uma diminuição expressiva quando consumidas por lagartas-docartucho e foi indetectável em larvas, casulos ou adultos na vespa parasitoide. Os resultados deste estudo contradizem os relatórios anteriores de que proteínas Bt prejudicam a C. marginiventris. Os autores afirmaram que os resultados daqueles relatórios foram causados por efeitos mediados pela presa em razão de hospedeiros de insetos suscetíveis ao Bt. Leia o resumo do estudo no site http://link.springer.com/article/10.1007/s11248-0139748-x. EFEITOS DE ALGODÃO BT COM TRATAMENTO ÚNICO E COMBINADO NA ABELHA MELÍFERA E BICHO DA SEDA Em 2012, a China cultivou 3,9 milhões de hectares de algodão resistente a insetos, o que representa cerca de 80% do total de hectares de algodão no país. Com este uso extensivo de culturas geneticamente modificadas, é importante ficar ciente de seus efeitos em insetos não alvo, como as abelhas melíferas e o bicho da seda, duas espécies economicamente importantes na China. Assim sendo, Lin Niu, da Universidade Agrícola de Huazhong e outros cientistas conduziram um estudo. Eles utilizaram pólen de dois cultivares de algodão Bt (um expressando o Cry1Ac/EPSPS e o outro expressando o Cry1Ac/Cry2Ab) para avaliar os efeitos do algodão Bt em abelhas melíferas adultas e em larvas do bicho da seda. Os resultados dos estudos de alimentação não indicaram nenhum efeito adverso do algodão Bt na sobrevivência, consumo cumulativo e sistemas imunológicos de abelhas melíferas com dieta com algodão Bt durante uma semana. Os mesmos resultados foram igualmente obtidos no experimento de alimentação envolvendo larvas do bicho da seda. Foi observada uma diferença significativa na contagem total de hemócitos de algumas larvas do bicho da seda em amostras alimentadas com algodão convencional e algodão Bt nas maiores densidades de pólen (~900 e 8.000 grãos/cm2), mas este valor é alto demais para ocorrer em condições naturais. Tomando por base esses achados, as variedades de algodão Bt com tratamento único e combinado estudadas não causam nenhum efeito prejudicial em abelhas melíferas adultas e no bicho da seda. Faça o download de uma cópia do artigo da pesquisa no site http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.007%202988. ALÉM DA BIOTECNOLOGIA AGRÍCOLA CIENTISTAS DECODIFICAM O GENOMA DO HAMSTER Os cientistas do Centro de Biotecnologia (Center for Biotechnology, CeBiTec) da Universidade de Bielefeld, na Alemanha, sequenciaram o genoma do hamster chinês. O hamster chinês fornece as culturas de células usadas pela indústria farmacêutica para produzir produtos biofarmacêuticos, como anticorpos usados em medicina. O genoma do hamster chinês é composto de onze pares de cromossomos. Decodificar um genoma desse porte requer a geração de grandes conjuntos de dados que depois precisam ser processados com bioinformática. Para facilitar a análise dos dados resultantes, os pesquisadores aplicaram um procedimento totalmente novo que seleciona os cromossomos únicos do genoma. Mais de 1,4 bilhão de sequências curtas de DNA foram geradas com a ajuda de instrumentos modernos para o sequenciamento de nova geração. Com cerca de 2,3 bilhões de bases, a magnitude da sequência genômica do hamster chinês é comparável à do genoma humano. Consulte o informe à imprensa da Universidade de Bielefeld em http://ekvv.unibielefeld.de/blog/uninews/entry/genome_researchers_at_bielefeld_university. ESPANHA CONSIDERA LIBERAÇÃO EXPERIMENTAL DE MOSCAS DA AZEITONA GENETICAMENTE MODIFICADAS A Espanha está considerando a liberação do primeiro animal geneticamente modificado (GM) na União Europeia, caso o governo aprove a proposta de estudo em campo pela empresa de biotecnologia britânica Oxitec. A empresa modificou geneticamente a mosca da azeitona (Bactrocera [Dacus] oleae), uma das principais pragas que afetam o cultivo de azeitonas e é controlada principalmente por pesticidas. Acredita-se que a linhagem de insetos chamada OX3097D‐Bol, e desenvolvida há cerca de três anos, ofereça uma solução mais eficaz, isenta de produtos químicos, para a produção de azeitonas. Para mais informações, visite: http://www.oliveoiltimes.com/olive-oil-making-andmilling/spain-considers-trial-release-of-genetically-modified-olive-flies/35987. TARÂNTULA AUSTRALIANA CONTÉM NOVO INSETICIDA CONTRA PRAGAS DE INSETOS AGRÍCOLAS Pesquisadores da Universidade de Queensland (UQ) descobriram um componente natural no veneno da tarântula australiana que é mais potente contra certas pragas de insetos do que os inseticidas químicos existentes. O Professor Glenn King e a Dra. Maggie Hardy, do Instituto de Biociência Molecular da UQ identificaram uma toxina conhecida como OAIP-1, que é letal quando ingerida pela lagarta do algodoeiro ou cupins. “Há uma necessidade urgente de novos inseticidas em virtude de os insetos estarem se tornando resistentes aos produtos existentes e outros estarem perdendo o registro em função da conscientização de seus riscos ecológicos e à saúde humana”, afirmou o Professor King. Ele acrescentou que o OAIP-1 poderia ser transformado em um inseticida não prejudicial ao meio ambiente. Para mais detalhes, leia o informe à imprensa da UQ disponível no site: http://www.uq.edu.au/news/index.html?article=26690 LEMBRETES DE DOCUMENTOS ISAAA DIVULGA PRIMEIRO NÚMERO DA SÉRIE DE CARTILHAS SOBRE BIOTECNOLOGIA O ISAAA divulga o primeiro número de uma série chamada Biotech Booklets. O Biotech Booklet Nº 1, "Beyond Promises: Top 10 Facts about Biotech/GM Crops in 2012" (Além das Promessas: Os 10 Fatos Mais Importantes sobre Culturas Geneticamente Modificadas em 2012) é uma apresentação visual dos dez destaques importantes sobre culturas geneticamente modificadas em 2012, extraída do Relatório 44 do ISAAA – Status Global de Culturas Geneticamente Modificadas Comercializadas em 2012, de autoria de Clive James. A cartilha é gratuita para download do site do ISAAA, http://www.isaaa.org/resources/publications/biotech_booklets/top_10_facts/download/. ISAAA DIVULGA POCKET K Nº 45 O ISAAA libera o 45º número de sua série Pocket of Knowledge (PK), Biotechnology for Sugarcane (Biotecnologia para Cana-de-Açúcar). A adição mais recente à série, este PK engloba discussões resumidas sobre os diversos usos da cana-de-açúcar, além de ser uma cultura de açúcar; como o manuseio genético pode impulsionar seu rendimento e intensificar a sua produtividade; como é fabricado o biocombustível de celulose; nichos de produtos; e os principais desafios. É possível fazer o download gratuito do Pocket K nº 45 no site http://www.isaaa.org/resources/publications/pocketk/45/default.asp. ATUALIZAÇÕES ANUAIS DE TRATAMENTOS BIOTECNOLÓGICOS O ISAAA publica o Biotech Trait Annual Updates, um resumo de tratamentos implementados em culturas geneticamente modificadas. A publicação também inclui discussões resumidas sobre as tendências na adoção de traços geneticamente modificados e os benefícios de culturas geneticamente modificadas com esses tratamentos. A publicação está disponível no site http://www.isaaa.org/resources/publications/biotech_trait_annual_update/download/defa ult.asp. FOOD BIOTECH: A COMMUNICATOR'S GUIDE TO IMPROVING UNDERSTANDING, 3ª EDIÇÃO O Conselho Internacional de Informações sobre Alimentos (International Food Information Council, IFIC) publicou a 3ª edição de Food Biotechnology: A Communicator's Guide to Improving Understanding. O livro apresenta fatos e recursos essenciais sobre biotecnologia de alimentos adequados para apresentar mensagens a grupos específicos, bem como as informações científicas mais recentes na forma de tópicos de conversa, prospectos, glossário, apresentação em power point, dicas para envolver-se com a mídia e mais. Visualize e faça o download do documento no site http://www.foodinsight.org/foodbioguide.aspx SUPLEMENTO DE BIOCOMBUSTÍVEIS PESQUISADORES REPROJETAM CANA-DE-AÇÚCAR EM FONTE DE BIOCOMBUSTÍVEL AVANÇADA Artigo de notícia: http://today.agrilife.org/2013/08/29/sugarcane-retooled-for-biofuels/ O AgriLife Today comunicou o trabalho de melhoria da cana-de-açúcar no Centro de Pesquisas Texas A&M AgriLife, que visou o desenvolvimento de uma matéria-prima de biocombustível que ajudará a reduzir a dependência americana de petróleo em 30% até 2030. Cruzando plantas com parentesco distante e usando marcadores moleculares para rastrear os genes, o grupo sediado em Weslaco busca criar a nova geração de culturas bioenergéticas que acabará por substituir culturas alimentares, como milho, para a produção de álcool combustível. O grupo de pesquisa chefiado pelo Prof. Jorge da Silva criou novas variedades de cana-de-açúcar com biomassa, que é pelo menos nove vezes mais eficiente na produção de etanol do que o milho. Ao empilhar genes favoráveis de diversas origens, eles introduziram características nestas variedades que permitirão a elas crescer fora dos trópicos, como tolerância ao frio e à seca e resistência a doenças e insetos. O Prof. Jorge espera produzir meia dúzia de variedades prontas para liberação em cerca de dois anos. Enquanto novos materiais de plantas são desenvolvidos para a conversão eficiente em biocombustíveis, as instalações para processá-los estão no estágio piloto de desenvolvimento. GUIANA COMISSIONA SUA PRIMEIRA FÁBRICA DE BIOETANOL Informe à imprensa: http://www.caribbeanpressreleases.com/articles/10159/1/WhitefoxTechnologies-and-Green-Social-Bioethanol-commission-the-first-ethanol-dehydrationunit-for-Guyana/Page1.html O presidente da Guiana comissionou a primeira fábrica de bioetanol já construída no país que servirá como pedra angular da política de energia e transporte do governo, que inclui rumar em direção uma mistura com 10% de etanol. A fábrica de demonstração, que deve fornecer 1.000 litros de etanol por dia, utilizará melaço negro como matéria-prima, que é essencialmente um fluxo de resíduo, da fábrica de açúcar Albion Sugar da Guiana. A fábrica foi projetada para produzir etanol com 99,6% de pureza para etanol de grau combustível, embora o grau de pureza no início das operações chegasse a mais de 99,9%. A fábrica produzirá dois fluxos de etanol puro e água pura que poderão ser reutilizados sem necessidade de nenhum tratamento adicional. A tecnologia para a fábrica é fornecida pela Whitefox Technologies e pela Green Social Bioethanol. O projeto é parcialmente financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como parte de sua Estratégia de Mudança Climática, que prioriza os biocombustíveis. Um estudo do BID descobriu que os biocombustíveis produzidos localmente poderiam exercer impacto positivo na Guiana. RESÍDUOS DE BORRA DE CAFÉ COMO POTENCIAL FONTE DE BIODIESEL Informe à imprensa: http://www.uc.edu/news/NR.aspx?id=18337 Pesquisadores da Universidade de Cincinnati conseguiram extrair óleo de resíduos de borra de café colhidos de uma plantação de café e convertê-lo em biodiesel. Após a extração do óleo, eles produziram carvão ativado a partir de borra de café seca e usaram-no como material de filtro para remover as impurezas do biodiesel cru. Estima-se que cerca de um milhão de toneladas métricas de borra de café seja gerado somente nos EUA, e a maioria de seus resíduos é lançada em aterros. A descoberta promissora relatada no 246º Encontro Nacional e Exposição da Sociedade Americana de Química (American Chemical Society – ACS) não apenas abriria espaço nos aterros, mas também ofereceria uma fonte alternativa de biodiesel sem comprometer o abastecimento de alimentos. O biodiesel é normalmente fabricado a partir de culturas alimentares, como milho e soja. Os pesquisadores informaram que a maior produtividade de óleo a partir de resíduos de borra de café foi de quase 20%, e o biodiesel produzido desse óleo atendeu às normas do setor industrial. A eficiência do carbono ativado derivado de borra de café como material de purificação de biodiesel cru foi ligeiramente menor comparada aos produtos de purificação comercial. Com mais oportunidades de aprimoramento, os pesquisadores da UC a consideram um material alternativo promissor para a purificação do biodiesel, considerando o custo de filtros comerciais. Pesquisas futuras irão focar no aprimoramento da eficiência de sua purificação. PESQUISADORES DESENVOLVEM COQUETEL MICROBIANO ENZIMÁTICO PARA A PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS Informe à imprensa: http://media-relations.www.clemson.edu/5083/researchers-look-tograss-to-make-gas/ Pesquisadores da Universidade Clemson estão desenvolvendo a combinação certa de enzimas a partir de fontes bacterianas e fúngicas para acelerar a utilização de fitobiomassa como matéria-prima para a produção de biocombustíveis. A conversão da fitobiomassa em biocombustíveis competitivos em termos de custo requer uma forma eficiente de romper a celulose rígida e as moléculas de xilano ligadas às paredes celulares das plantas. Estas moléculas complexas podem ser degradadas enzimaticamente em açúcares simples que podem ser fermentados em etanol. Os cientistas visam explorar as habilidades naturais das bactérias e fungos nos materiais de plantas em decomposição para ajudar neste processo. Uma pesquisa na Universidade Clemson envolve a identificação das bactérias e fungos certos e das enzimas certas que desdobrarão a celulose e o xilano em painço amarelo e resíduos de papel para liberar açúcares fermentáveis. Uma vez que os fungos e bactérias trabalham de forma aditiva com uma comunidade, a pesquisa foca no desenvolvimento de um “coquetel enzimático”. O trabalho visa reduzir o custo de fabricação do etanol a partir da fitobiomassa.
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