a importância de suplementar com aminoácidos
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a importância de suplementar com aminoácidos
A IMPORTÂNCIA DE SUPLEMENTAR COM AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA (BCAA’S) EVERTON BOTTEGA ASSOCIAÇÕES DE NUTRIENTES NATURAIS ATUANDO COMO ANTIOXIDANTEAS, ANTI-INFLAMATÓRIOS E TERMOGÊNICOS, AUXILIANDO NA QUEIMA DE GORDURA HUGO COMPAROTTO TRIGLICERÍDEO DE CADEIA MÉDIA (TCM), IMPORTÂNCIA E APLICAÇÃO NO ESPORTE VICTOR SILVESTRE NOSSO COMPROMISSO Rodolfo Peres Consultor Científico A Innovation Magazine vem auxiliando desde estudantes e profissionais da área de saúde, até mesmo pessoas em geral, interessadas em aprender um pouco mais sobre nutrição e suplementação esportiva. Nosso objetivo é levar informação de qualidade para as pessoas entenderem o mecanismo de ação e utilidade dos diferentes suplementos alimentares disponíveis do mercado. Todos os artigos são elaborados por profissionais com vasta experiência na área! Espero que gostem da nossa segunda edição! //EDITORIAL: ESTÁ NASCENDO A ATLHETICA NUTRITION CLINICAL SERIES A Atlhetica Nutrition ganha uma linha completa de produtos ampliando o atendimento aos consumidores que cuidam da saúde e do corpo. A marca Atlhetica Nutrition já é conhecida entre os praticantes de esportes, em academias e ao ar livre. Agora, o portfólio se amplia com o lançamento da Linha Atlhetica Nutrition Clinical Series, dedicada ao público que busca uma vida saudável por meio da praticidade da suplementação alimentar sob a orientação de médicos e nutricionistas. A linha Atlhetica Nutrition Clinical Series é uma evolução da Linha ADS Nutrição Clínica. Os produtos conservam suas fórmulas já aprovadas por profissionais da saúde e adotam nova rotulagem sob a marca Atlhetica Nutrition. 4 Dessa forma, ganham maior visibilidade estreitando o caminho até o consumidor. Essa linha é composta por produtos que atendem a necessidades específicas de saúde. Foram concebidos a partir de uma filosofia clean label. São formulações livres de aromas e corantes artificiais, sacarose, glúten, trigo e outros componentes alergênicos ou excipientes que possam diminuir a biodisponibilidade dos nutrientes. A tradicional Linha Atlhetica Nutrition também está mais atrativa com novos produtos e sabores. Todos os produtos das linhas Atlhetica Nutrition são formulados pelo Innovation Labs – Instituto de Pesquisa Científica e Desenvolvimento em Suplementos Alimentares e Nutrientes. Com essas inovações, apresentadas nesta edição da Innovation Magazine, esperamos continuar atendendo nossos consumidores e parceiros comerciais dentro dos rígidos critérios de qualidade que sempre nortearam nossas atividades. INNOVATION MAGAZINE SUMÁRIO 8 WHEY PROTEIN, PROTEÍNA ISOLADA DO ARROZ E PROTEÍNA ISOLADA DA CARNE. QUAL DELAS EU DEVO UTILIZAR? RODOLFO PERES BENEFÍCIOS DO XYLITOL NA SUBSTITUIÇÃO 9 DO AÇÚCAR E ADOÇANTES ARTIFICIAIS LARISSA CONTE ASSOCIAÇÕES DE NUTRIENTES NATURAIS 10 ATUANDO COMO ANTIOXIDANTEAS, ANTI-INFLAMATÓRIOS E TERMOGÊNICOS, AUXILIANDO NA QUEIMA DE GORDURA HUGO COMPAROTTO ACHOCOLATADO 70%: 12 BENEFÍCIOS A SAÚDE COM ÁGUA NA BOCA ZANE BRAGA CUIDANDO DO ATLETA DE MMA: 14 O PAPEL DO MÉDICO DO ESPORTE DR. FELIPE PEREIRA CHEF 18 FIT ZANE BRAGA BCAAS – INÚMERAS UTILIDADES PARA 19 ESSE SUPLEMENTO EVERTON BOTTEGA 24 TERMOGÊNICOS E DIURÉTICOS NATURAIS. SERÁ QUE FUNCIONAM MESMO? RODOLFO PERES A IMPORTÂNCIA DO ZINCO E DO MAGNÉSIO 25 PARA A SAÚDE HUMANA LEANDRO FREIRE TRIGLICERÍDEO DE CADEIA MÉDIA (TCM), 28 IMPORTÂNCIA E APLICAÇÃO NO ESPORTE VICTOR SILVESTRE D3 E K2, MAGNÉSIO E CÁLCIO: UM 29 VITAMINAS EQUILÍBRIO FUNDAMENTAL PARA A SAÚDE FELIPE PEREIRA //EXPEDIENTE: ADS LABORATÓRIO NUTRICIONAL INNOVATION MAGAZINE PRESIDENTE Ricardo Armando de Angelis de Souza Jornalista responsável: Mirtes Wiermann MTB 22.740 DIRETOR DE MARKETING Eduardo Mondini Distribuição gratuita GERENTE DE PROPAGANDA Douglas Martins de Carvalho AUXILIAR DE PROPAGANDA Gabriel Henrique Gardini Contato: +55 16 3383-1893 E-mail: [email protected] www.adslab.com.br facebook.com/adslab NOSSA MARCA ATLHETICA NUTRITION www.atlheticanutrition.com.br Para receber a edição digital cadastre-se no site: www.adslab.com.br A Innovation Magazine é uma publicação do ADS Laboratório Nutricional. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. Impressão: Jornal Diário da Região LTDA - EPP. Tiragem: 5.000 EXEMPLARES. 5 6 NUTRICIONISTA EVERTON BOTTEGA A grande maioria dos praticantes de musculação busca melhorar sua estética e consequentemente sua saúde, assim como as pessoas que apenas praticam um exercício físico regular, como corrida, caminhada e/ou esporte coletivo (futebol, vôlei, basquete). Sabemos que para mantermos uma constante evolução física é fundamental uma alimentação equilibrada e ajustada conforme seus objetivos. Mas nem sempre conseguimos tirar todas as propriedades contidas nos alimentos para melhorar nosso condicionamento e muitas vezes precisamos utilizar suplementos alimentares na alimentação do esportista, auxiliando em seus resultados. Um dos suplementos mais utilizados, que auxiliam em ambas as atividades físicas, são os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA’s), compostos por LEUCINA, ISOLEUCINA e VALINA. Lembrando que de nada adianta utilizar os melhores suplementos alimentares sem ter uma alimentação equilibrada e específica com alimentos nutritivos. Para entendermos melhor como esses aminoácidos (BCAA’s) atuam em nosso corpo ajudando na construção muscular, vamos imaginar o seguinte: que nossos músculos sejam uma PAREDE DE TIJOLOS e o exercício que praticamos seja uma MARRETA (quanto mais forte o exercício mais pesada será essa marreta). Quando treinamos intensamente é como se essa marreta batesse bem forte na PAREDE DE TIJOLOS quebrando algumas pequenas partes. E o que fazer para consertar essa parede? Usamos cimento A IMPORTÂNCIA DE SUPLEMENTAR COM AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA (BCAA’S) e reconstituímos de uma forma que fique mais forte e resistente, certo? Os aminoácidos atuam dessa mesma forma nos músculos, ajudando na reconstrução dessas fibras musculares que tiveram micro lesões no exercício físico. Quando falamos de exercícios físicos aeróbicos, como uma corrida de longa duração (acima de 1 hora), os aminoácidos agem de forma a diminuir a fadiga central do esportista, bloqueando um aminoácido que começa a ser liberado pelo corpo depois de alguns minutos de atividade física, chamado de TRIPTOFANO. Esse aumenta a fadiga central, fazendo a resistência corporal diminuir consideravelmente. Por isso, esses potentes aminoácidos (BCAA’s), se utilizados de maneira correta, auxiliam muito em qualquer exercício físico. Algumas concentrações são importantes de ser salientadas, como a LEUCINA, tendo como principal função a síntese proteica, ou seja, atua diretamente na recuperação muscular acionando algumas enzimas (mTOR) fundamentais no processo de recuperação do tecido muscular. Os BCAA’s podem ser utilizados no pré-treino, durante o treino e/ou pós-treino, dependendo de cada atividade, objetivo e composição corporal da pessoa. Devemos sempre procurar um nutricionista para adequar de maneira mais precisa a quantidade e momento certo que devemos utilizar tais suplementos. 7 NUTRICIONISTA RODOLFO PERES WHEY PROTEIN, PROTEÍNA ISOLADA DO ARROZ E PROTEÍNA ISOLADA DA CARNE. QUAL DELAS EU DEVO UTILIZAR? A proteína do soro do leite (whey protein) está no mercado brasileiro há mais de 20 anos, e já é conhecida pela maioria das pessoas. Recentemente, com a evolução dos centros de pesquisa das indústrias de suplementação, foram desenvolvidos dois novos tipos de proteínas: a proteína isolada da carne e a proteína isolada do arroz. Diante dessas duas novidades o consumidor passou a se perguntar: que tipo de proteína é a melhor ou a mais indicada para o ganho de massa muscular? Alguns estudos já compararam essas diferentes fontes proteicas, como o realizado por Wilson e colaboradores (2015), que encontrou efeito benéfico para a hipertrofia tanto pelo consumo de proteína isolada da carne, quanto whey protein, imediatamente após o treinamento. Joy e colaboradores (2013) avaliaram a suplementação com proteína isolada de arroz associada ao treinamento de musculação e também encontraram resultados positivos. Na prática, a conclusão é que consumir proteínas de alto valor biológico ao longo do dia é essencial para a formação dos músculos. Essa ingestão pode ser obtida com ovos, frango, peixes e carne bovina magra. Como imediatamente antes e após o exercício nem sempre é tão simples comer alimentos sólidos, o uso de suplementos acaba sendo uma alternativa mais viável e prática. Só que nesse momento uma proteína de absorção mais lenta, como a caseína, por exemplo, não seria tão interessante quanto uma proteína de absorção mais rápida, como a whey protein e a proteína isolada da carne. A proteína isolada do arroz, por sua vez, tem uma velocidade de absorção intermediária, sendo classificada entre a whey protein e a caseína. A grande vantagem da whey protein e da proteína isolada do arroz é terem níveis mais elevados de leucina do que a proteína da carne. Sabe-se da importância desse aminoácido quando se fala em síntese proteica. Em contrapartida, a whey protein e a proteína isolada do arroz têm menores níveis de arginina, alanina e glicina, aminoácidos diretamente relacionados com a síntese de creatina. Sem contar que a proteína da carne é naturalmente REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS rica em creatina, substância estudada e confirmada quanto aos seus efeitos no auxílio da melhora da performance e, consequentemente, no ganho de massa muscular. Um grande destaque da proteína do arroz é a menor quantidade de substâncias alergênicas e/ou inflamatórias, principalmente quando comparada com a whey protein. Mas em contrapartida, a whey possui substâncias relacionadas à melhora da imunidade e até mesmo pesquisas promissoras a respeito de sua eficácia na prevenção de alguns tipos de cânceres. Assim, se as três fontes proteicas possuem benefícios particulares, não podemos afirmar qual delas é a ideal. Para um vegetariano, a proteína isolada do arroz seria a melhor proposta. Para alguém com alergia específica a proteína do leite, tanto a isolada da carne, quanto a isolada do arroz podem ser utilizadas. Mas para quem não possui intolerância e/ou restrição alimentar que exija o consumo específico de alguma fonte proteica, uma ótima escolha seria fazer um mix das três proteínas, para usufruir de todos os benefícios de cada uma dessas fontes. A união das proteínas de rápida absorção (isolada da carne e whey protein) apresenta um ótimo aminograma e, em conjunto com uma proteína de absorção intermediária (isolada do arroz), garante uma permanência maior de um alto teor de aminoácidos no plasma sanguíneo. Em se tratando da suplementação logo após o treino, essa combinação seria a ideal para o período que antecede a próxima refeição, que deverá ser realizada cerca de uma hora após o exercício. Atualmente, o mercado de suplementação oferece muitas opções para a elaboração de um adequado programa nutricional. Da mesma forma que o treinador tem uma ampla variedade de exercícios, e precisa escolher alguns deles para compor o treinamento de seu aluno, o nutricionista deve saber escolher a suplementação adequada para cada paciente, de acordo com seus objetivos, necessidades e peculiaridades. Procure sempre orientação profissional! HAN. J. et. Al. Comparison of rice and whey protein isolate digestion rate and amino acid absorption. Journal Inter. Soc. Spors. Nutr. n. 10. 2015. JOY. M. et. A. The effects of 8 weeks of whey or rice protein supplementation on body composition and exercise performance. Nutr. Journal. June. 2013. WILSON, J. et. Al. The effects of beef protein isolate and whey protein isolate supplementation on lean mass and strength in resistance trained individuals – a double blind, placebo controlled study. J. Int. Soc. Sports Nutr. n. 12. 2015. 8 NUTRICIONISTA LARISSA CONTE BENEFÍCIOS DO XYLITOL NA SUBSTITUIÇÃO DO AÇÚCAR E ADOÇANTES ARTIFICIAIS Hoje em dia atendemos muitos pacientes que buscam orientação nutricional para melhora na saúde, performance e estética. O primeiro receio é sempre a restrição alimentar ou a retirada do tão desejado “docinho”. Porém, sabemos que o sabor doce é algo que agrada e, às vezes, é fundamental na alimentação de muitas pessoas. Nossa orientação não é na linha de restrição, mas sim substituições por opções mais saudáveis e que favoreça toda a rotina alimentar no alcance dos objetivos. Atualmente temos uma ampla variedade de adoçantes que favorecem a redução ou substituições dos açúcares simples, sendo opções para adoçar diversos alimentos e bebidas. Podemos encontrar adoçantes naturais e artificiais, e temos os naturais como melhor opção para o consumo. Um adoçante natural que podemos destacar é o xylitol, que possui um sabor semelhante ao açúcar, baixo valor calórico e é dissolvido rapidamente produzindo uma sensação de frescor na boca. O xylitol é encontrado em muitas frutas e legumes, e é produzido a partir de plantas como a bétula e outras árvores de madeira dura e vegetação fibrosa. É apresentado na forma de um pó branco e cristalino. Alguns estudos demonstram que o xylitol é importante para a saúde bucal, devido a sua ação anticariogênica e capacidade de remineralização do esmalte dentário. Pode apresentar aplicações clínicas no tratamento de infecções respiratórias, prevenção da osteoporose, melhora no processo inflamatório e ser um bom aliado em dietas para diabéticos. O xylitol é absorvido lentamente pelo nosso organismo. Sua absorção ocorre por difusão passiva no intestino, e é no fígado que ocorre sua principal metabolização, podendo ocorrer também no sangue. O metabolismo do xylitol não depende de insulina, sendo bem aplicado a dietas para diabéticos ou até mesmo para quem visa perda de gordura corporal. Por ser um edulcorante natural tem aprovação para uso em alimentos sem adição de açúcares. Pode ser utilizado na indústria de alimentos como substituição do açúcar simples para comercialização de doces, biscoitos e gomas de mascar. Na indústria farmacêutica, como xaropes para tosse, multivitaminas mastigáveis e, para saúde bucal, em cremes dentais e antissépticos bucais. Na cozinha podemos fazer uso do xylitol para adoçar preparações como café, sucos ou sobremesas. A introdução do xylitol em dietas alimentares apresenta benefícios tanto para quem necessita de alimentação controlada de açúcares, como para aqueles que buscam melhora na qualidade de vida, já que possui um baixo índice glicêmico. A substituição do açúcar simples e adoçantes artificiais pelo uso de adoçantes naturais como o xylitol é benéfica para nossa saúde, em vista que alimentos ricos em açúcares ou grandes quantidades de adoçantes artificiais, já que são rapidamente absorvidos e metabolizados pelo nosso organismo, podem estimular a compulsão alimentar, como ataques de fome em períodos indesejados. Nesse caso orientamos a redução no consumo dos artificiais, como aspartame, ciclamato de sódio e sacarina. Lembrando que a orientação de um nutricionista é fundamental quanto à aplicação na rotina alimentar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Musatto, S.I, Roberto, I.C. Xylitol: edulcorante com efeitos benéficos para a saúde humana. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 2012. Silva, S.S, et al. Xylitol: um adoçante alternativo para a indústria de alimentos. Alim. Nutr, 1993/1994. Hayes C. The effect of non-cariogenic sweeteners on the prevention of dental caries: a review of the evidence. J Dent Educ. 2001 Tseveenjav B, Suominen AL, Hausen H, Vehkalahti MM. The role of sugar, xylitol toohbrushing frequency, and use of fluoride toothpaste in maintenance of adult’s dental health: findings from the Finnich National Health 200 Survey, 2011. 9 NUTRICIONISTA HUGO COMPAROTTO Para nutricionistas que fazem atendimento clínico a solicitação por parte dos pacientes por fórmulas ou produtos que auxiliam no processo de queima de gordura é habitual, principalmente na primeira consulta e quando o paciente ainda não tem uma rotina de dieta e treino pré-estabelecidos, como se objetivassem resolver o problema rapidamente. É ai que entramos com toda nossa parte de educação e mudança e hábitos. Se na primeira consulta identificarmos fatores pró-inflamatórios, oxidantes e que estão contribuindo para a retenção líquida e sensação de cansaço extrema, além de, promovermos a mudança deste quadro com a dieta, podemos também utilizar alguns compostos que favoreçam esse processo. Com os novos estudos da nutrigenômica, relacionando nutrientes e suas capacidades em interferirem na expressão de alguns de nossos genes e produção de proteínas, chás, ervas, especiarias e outros nutrientes ganharam mais atenção. Sendo assim, muitos estudos vêm mostrando essas capacidades com as catequinas do chá verde, pimenta vermelha (capsaicina), gengibre, citrus aurantium (laranja amarga), entre outros, em promoverem efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, inibindo a expressão de genes causadores da inflamação e reduzindo os radicais livres. A combinação de chá verde, capsaicina, gengibre e laranja amarga, promovem termogênese (sem aumentar a frequência cardíaca e ansiedade ou atrapalhar o sono, um dos efeitos indesejáveis de grandes doses de cafeína), estimulam os adipócitos (células de gordura) a disponibilizarem uma maior quantidade de gordura na corrente sanguínea, induzindo maior queima para aqueles que praticam atividade física, e auxiliam na redução da inflamação generalizada e no equilíbrio metabólico pelas suas propriedades antioxidantes. Além dos efeitos na queima de REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ASSOCIAÇÕES DE NUTRIENTES NATURAIS ATUANDO COMO ANTIOXIDANTEAS, ANTI-INFLAMATÓRIOS E TERMOGÊNICOS, AUXILIANDO NA QUEIMA DE GORDURA gordura, esses compostos também são relacionados na melhora do perfil lipídico sanguíneo (colesterol e triglicerídeos), sensibilidade a insulina e controle da glicemia, onde o cromo também é essencial, contribuindo no tratamento da obesidade, diabetes e aumento ou manutenção do metabolismo para pacientes em processo de perda de peso. Estudos mostram também outros compostos como fucoxantina (rica em carotenoides), naringina (rica em flavonoides), ácido alfa lipoico e coenzima Q10 atuando nas UCPs, proteínas desacopladoras de membranas das mitocôndrias e na regeneração e produção de novas destas organelas, que são responsáveis pela geração de energia dentro das células e principalmente utilizando gordura para esse processo. Por isso, sempre nos preocupamos com a saúde e funcionalidade das mitocôndrias e como mantê-las em grande número. O fator crucial para isso é o exercício físico, periodizado e individualizado, que mostrará ao nosso organismo que ele precisa “desenferrujá-las” e produzi-las em maior escala. Poderíamos citar também a suplementação de ômega 3 e mix de lactobacilos, que auxiliaria a combinação desses nutrientes na melhora dos processos inflamatórios e saúde intestinal. Claro que todos esses suplementos fazem parte da conduta nutricional individualizada de acordo com a rotina de vida e principalmente potencializando os efeitos da atividade física, favorecendo a adesão das orientações propostas e não necessariamente precisam ser utilizados de antemão ou em primeira consulta. A mudança de hábitos e a promoção de saúde deve ser um processo longo, construído pelo paciente juntamente com a equipe multidisciplinar, para que assim seja sólido, eficiente, prazeroso e para sempre. Diepvens K, Westerterp KR, Plantenga WMS. Obesity and thermogenesis related to the consumption of caffeine, ephedrine,capsaicin, and green tea. American Journal of Physiology. 2007 Stohs SJ, Preuss HG, Keith SC, Keith PL, Miller H, Kaats GR. Effects of p-Synephrine alone and in Combination with Selected Bioflavonoids on Resting Metabolism, Blood Pressure, Heart Rate and Self-Reported Mood Changes. International Journal of Medical Sciences. 2011 Preuss HG1, DiFerdinando D, Bagchi M, Bagchi D. Citrus aurantium as a thermogenic, weight-reduction replacement for ephedra: an overview. Am J Clin Nutr. 2013 Cases J1, Romain C, Dallas C, Gerbi A, Rouanet JM. A 12-week randomized double-blind parallel pilot trial of Sinetrol XPur on body weight, abdominal fat, waist circumference, and muscle metabolism in overweight men. Int J Food Sci Nutr. 2015 Prasad S & Tyagi AK. Ginger and Its Constituents: Role in Prevention and Treatment of Gastrointestinal Cancer. Gastroenterology Research and Practice. 2015 Hursel R1, Westerterp-Plantenga MS. Catechin- and caffeine-rich teas for control of body weight in humans. Phytother Res. 2016 Stohs SJ1, Badmaev V2. A Review of Natural Stimulant and Non-stimulant Thermogenic Agents. Phytotherapy Research, 2016 10 NUTRICIONISTA E TREINADOR ZANE BRAGA ACHOCOLATADO 70%: BENEFÍCIOS A SAÚDE COM ÁGUA NA BOCA De nome científico Theobroma cacao L., o cacau contém alcalóide teobromina e acredita-se que, ao comermos um chocolate, esta seja a substância que estimula nossos neurotransmissores. Quanto maior o percentual de cacau, maior a sua concentração em teobromina e maiores benefícios à saúde. Os primeiros usufruidores do cacau, os antigos Incas, Maias e Astecas, classificaram-no como fonte de poder e o consideravam a “bebida dos deuses.” Não podemos negar que somos, na maioria, apaixonados por chocolate. E isso se deve exatamente ao fato de alguns alimentos serem capazes de alterar nossa produção de neurotransmissores como serotonina, dopamina, noradrenalina e acetilcolina. Substâncias estas que transmitem impulsos nervosos ao cérebro proporcionando várias sensações. No caso do chocolate, ao ser degustado, produz prazer, bem-estar e euforia, devido principalmente ao seu conteúdo de triptofano, aminoácido essencial que colabora para a produção da serotonina e da melatonina, que agem como um “escudo de defesa contra o estresse”, desempenhando um papel importante na regulação do humor e atuando como um antidepressivo natural. Contudo, o chocolate pode ser um grande vilão da nossa performance estética. E aí que vem a notícia boa: chocolate com alto teor de cacau além de saudável traz vários benefícios à saúde. Com 70% de cacau, ele contém maior capacidade de reter polifenóis: procianidinas e flavonoides, que são antioxidantes eficazes em ajudar na prevenção de doenças. Vejam alguns dos benefícios: Protege contra doenças do coração e acidente vascular cerebral. Seus antioxidantes flavonoides dilatam os vasos sanguíneos reduzindo os riscos de ataques cardíacos e derrames. Estes compostos também controlam a glicose no sangue, pois, além de, terem menos açúcar na composição, a alta concentração de flavonoides reduz a resistência à insulina, ajudando as células a funcionarem normalmente e a recuperarem sua capacidade de utilizar a insulina de forma eficiente prevenindo assim o diabetes e obesidade. Rico em gorduras saudáveis, ácido oleico (também conhecido como ômega-9), que é o tipo de ácido graxo que também ajuda a prevenir doenças do coração e a promover atividade antioxidante. Contem vitaminas e minerais como: Potássio - ajuda a prevenir contra doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral; Magnésio - previne a diabetes tipo 2, pressão alta, doenças cardíacas e auxilia no sistema digestivo combatendo a constipação; Ferro - faz parte do oxigênio que transporta a hemoglobina protegendo contra anemia por sua deficiência; Cobre e Manganês - ajuda o ferro na oxigenação do sangue e na formação da hemoglobina; Cromo - mineral que ajuda balancear o açúcar no sangue; Fósforo e Cálcio – importantes para a saúde dos ossos, dentes; 12 Zinco - faz parte de várias reações enzimáticas desempenhando papel crítico no sistema imunológico, fígado, pâncreas e na pele. Vitaminas do complexo B (B1, B2 e niacina) – agem na tonicidade muscular, no sangue e nos nervos; Vitamina C - fortalece o sistema imunológico; Vitamina A - atua na saúde da pele e dos olhos. E quem não aprova um leitinho quente com achocolatado no café da manhã? Então, a Atlhetica Nutrition com sua linha Clinical Series, formulou o achocolatado 70% cacau CHOCO70 CLEAN especialmente para dietas com ingestão controlada de açúcares. Contem os seguintes edulcorantes: Isomaltulose, também conhecida como Palatinose™, um carboidrato derivado da beterraba, possui sabor doce suave e propriedades físicas e sensoriais muito semelhantes às da sacarose, porém com diferencial de ter menor índice glicêmico, baixo valor calórico e reduzida capacidade de formar cárie. Xilitol, tem propriedades únicas com 40% menos calorias e o mesmo nível de doçura da sacarose (açúcar comum). Além de ter efeito cariostático e anti-cariogênico prevenindo cáries e o desenvolvimento de placa bacteriana nos dentes. Estévia (esteviosídeo, rebaudiosídeo A (Reb A), além de substituir o açúcar, com zero caloria, trás benefícios à saúde na regulação da pressão arterial, redução da fome e da vontade de ingerir alimentos doces e gordurosos. Taumatina, possui sabor doce em média 2.500 vezes maior que do próprio açúcar (sacarose) sendo a substância mais doce da natureza. Tem poder de mascarar o sabor amargo de inúmeras substâncias. O uso desses adoçantes é seguro para a saúde e liberado para quem tem restrições ao açúcar, como diabéticos e pessoas acima do peso. Utilizados em produtos dietéticos e em formulações farmacêuticas, diversos estudos toxicológicos têm demonstrado tal segurança sendo, portanto, potentes substitutos da sacarose como ingrediente em alimentos dietéticos que podem ser usados por adultos e crianças e são aprovado pelo FDA. Também contém o composto Antiumectante Dióxido de Silício que, nos alimentos, contribui com a saúde dos ossos e articulações prevenindo contra osteoartrite e artrite e o aditivo natural Goma Xantana, que é uma fibra alimentar que não é absorvida pelo organismo. Diferente de outros achocolatados, o CHOCO70 CLEAN não tem açúcar, aromatizantes e corantes artificiais, é zero de lactose e sem adição de maltodextrina, além de ser achocolatado natural 70% cacau. Uma bebida prática para o café da manhã e lanches com características nutritivas, sendo uma versão saudável e saborosa. Porém, é tudo uma questão de equilíbrio e todo o benefício irá depender de, ainda que seja a melhor escolha, não comer em excesso. O mais importante é saber equilibrar. MÉDICO FELIPE PEREIRA CUIDANDO DO ATLETA DE MMA: O PAPEL DO MÉDICO DO ESPORTE O MMA (mixed martial arts – artes marciais mistas) é um esporte onde valências físicas como força, potência, velocidade e resistência são exigidas em níveis altíssimos, requerendo o desenvolvimento de uma ampla gama de habilidades fisiológicas. A modalidade tem ganhado grande popularidade nos últimos anos, e faz-se necessário um estudo e discussão cada vez maiores para entender as necessidades desse atleta, no intuito de criar uma abordagem cada vez mais específica e acompanhar a profissionalização do esporte. Quando se fala em Medicina Esportiva, muitos ainda possuem dúvidas sobre qual a função deste especialista na equipe: “cuidar das lesões e participar da reabilitação?”, “prescrever suplementos e medicamentos?”, “realizar avaliação cardiológica e liberar para a prática esportiva de maneira segura?”. Na realidade, o Médico do Esporte deve abordar o atleta de uma maneira global, trabalhando em conjunto e sinergia com os demais profissionais envolvidos no cuidado (preparador físico, treinadores, demais médicos, nutricionista, fisioterapeuta, quiropraxista, dentista, psicólogo, etc), respeitando os limites de cada profissão, porém transitando entre as diversas áreas através de uma linguagem em comum. É o médico que está “24 horas por dia” ao lado do atleta. De modo prático, podemos dividir este olhar global da Medicina Esportiva ao atleta de elite (neste caso, direcionando para o MMA) em alguns itens: ASSEGURAR ÓTIMA SAÚDE CLÍNICA E CARDIOLÓGICA Este é o ponto de partida na avaliação do atleta, garantir que esteja em ótima condição de saúde para a prática, no intuito de evitar algum agravo que comprometa sua preparação para uma luta ou até a mesmo a carreira como um todo. Se já possui alguma patologia diagnosticada, é importante saber como anda o seu controle e seguimento, lembrando que, em muitos casos, um atleta de elite pode conviver com algum problema de saúde e mesmo assim competir em alto nível normalmente. Do ponto de vista cardiológico, é de extrema importância que o Médico do Esporte avalie e ateste a segurança para lutar. Nesse momento, exames importantes podem ser realizados como complementação à anamnese (entrevista) e exame físico: laboratoriais, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico (“teste da esteira”), avaliação de concussão cerebral (perda temporária da consciência em decorrência de traumatismo craniano), etc. É importante lembrar que a mulher atleta possui algumas particularidades que devem ser exploradas, como por exemplo: ciclo menstrual e possíveis variações de humor e performance, perdas urinárias, anticoncepção. O ajuste fino de alguns pontos pode ser crucial no desempenho da lutadora. É sempre válido reforçar que a ausência ou alteração menstrual deve ser investigada e não encarada como normalidade pelo fato de ser atleta. ASSEGURAR ÓTIMA SAÚDE MÚSCULO ESQUELÉTICA E PREVENÇÃO DE LESÕES A avaliação de lesões existentes no momento, bem como do histórico pregresso, é muito importante. Se algo acomete o atleta no presente, é fundamental avaliar o quanto está prejudicando a performance ou colocando em risco para algo mais sério. No mundo real do esporte de alto rendimento, muitas vezes, estratégias são elaboradas em conjunto com a equipe de reabilitação para “treinar em volta da lesão” e evitar o afastamento definitivo, em virtude 14 de todos os aspectos burocráticos e econômicos envolvidos. Em outros momentos, o repouso relativo ou até mesmo total é indicado, lembrando sempre que no esporte nem sempre o mais é o melhor. Caso o paciente seja encaminhado a um cirurgião ortopedista para avaliação, é fundamental que o Médico do Esporte esteja em contato com este profissional. O campo da prevenção de lesões ganha cada vez mais espaço com a atuação de profissionais como o fisioterapeuta e o quiropraxista. A quiropraxia é uma profissão regulamentada em países como os EUA, exige formação universitária no Brasil, e visa corrigir desalinhamentos da coluna vertebral que possam favorecer o surgimento de dores e problemas em geral, como as comuns lesões musculares em região dorsal dos lutadores (corriqueiras nos treinos de wrestling), que podem ter seu “gatilho” em uma coluna mal ajustada. Várias técnicas e terapias adicionais podem ser utilizadas na tentativa de otimizar a recuperação e controlar as dores, como a acupuntura, massagens e crioterapia. É consenso entre os principais preparadores físicos o fato de que o treinamento de força nunca deve ser negligenciado em lutadores de MMA, em detrimento único dos circuitos, sendo os movimentos básicos de grande importância na construção de uma base sólida para a performance e prevenção de lesões. Nas mulheres, de um modo geral, dois itens que devem receber especial atenção na elaboração do programa de treinamento resistido são o aumento da força muscular de parte superior do corpo e a prevenção das lesões de joelho. É ideal que o Médico do Esporte tenha contato estreito com estes profissionais envolvidos na abordagem terapêutica e preventiva de lesões. Inteligência, experiência e saber “escutar” o corpo são fundamentais para uma carreira com longevidade no esporte, especialmente em uma modalidade com contato tão extremo. OTIMIZAR A PERFORMANCE O MMA é um esporte com grande exigência dos sistemas energéticos aeróbio e anaeróbio. Neste sentido, a otimização da performance inclui uma série de estratégias combinadas e individualizadas, formadas pelo tripé: alimentação/suplementação, treinamento e descanso/recuperação. A saúde mental/ neuropsíquica não deve ser negligenciada, e hoje ganha cada vez mais espaço através da psicologia esportiva e algumas estratégias para trabalhar o equilíbrio de neurotransmissores; além da odontologia do esporte, com atuação na manutenção da saúde bucal e também no desempenho. A interpretação de exames laboratoriais do atleta de alto rendimento exige algumas particularidades, pois qualquer nível subótimo pode comprometer um processo de perda de peso eficiente (com diminuição de gordura e preservação da massa magra), favorecer a queda de performance durante o camp de preparação, prejudicar a recuperação ou contribuir para o surgimento de uma lesão. A avaliação fisiológica pela ergoespirometria, um exame bem difundido no âmbito da Medicina Esportiva, pode fornecer informações importantes ao preparador físico/fisiologista na elaboração do treinamento. A perda de peso para a luta é um assunto que gera bastante discussão, e hoje sabemos que uma diminuição rápida e grande do peso corporal está diretamente ligada à diminuição da performance, devendo ser evitada até mesmo para a saúde do atleta e sua longevidade no esporte. Quem não se lembra de algum grande lutador que perdeu completamente o “gás” no segundo round ou que estava com os movimentos e reflexos lentos desde o início da luta? Este é um assunto de extrema seriedade, que prejudica a carreira de muitos lutadores, e o Médico do Esporte deve participar ativamente do processo, elaborando um planejamento em conjunto com o nutricionista e preparador físico. Alguns suplementos podem ser de muita utilidade, como exemplo: proteínas e carboidratos, creatina, beta-alanina, aminoácidos, antioxidantes específicos (coenzima Q10, ácido alfa-lipóico, etc), adaptógenos, ômega-3, vitaminas do complexo B (cofatores do metabolismo energético e ciclo da metilação), vitamina D, minerais isolados (zinco, magnésio, ferro, etc), probióticos, fitoquímicos, protetores articulares, entre outros. Sem dúvida alguma, a alimentação é a base fundamental, mas em um atleta deste grau de exigência física e demanda recuperativa (vários treinos em um mesmo dia), a suplementação é um recurso muito interessante na grande maioria dos casos, porém deve ser individualizada para cada perfil (biotipo e exames) e fase específica da periodização. Em um cenário atual de atletas com nível técnico muito semelhante, a preparação física ganha cada vez mais importância na diferenciação de um grande campeão. O preparador deve desenhar um programa que reflita a demanda metabólica do esporte, mesclando estratégias para o desenvolvimento de força muscular, treinamento intervalado (como em circuitos), isometria (a força estática é muito exigida nas tentativas de finalização, clinch e luta no solo). COLETA DE DADOS DE BASE Ter um registro de todas as informações, dados e exames do paciente ao longo do tempo e da periodização possibilita uma assistência cada vez melhor e a elaboração de estratégias mais efetivas. DESENVOLVER RELACIONAMENTO PROFISSIONAL COM O ATLETA O estabelecimento de uma relação de confiança do Médico do Esporte com o lutador é ponto-chave, evitando que o atleta omita informações por não se sentir à vontade. Uma relação próxima com o head coach também é muito importante. Deve estar disponível para o esclarecimento de dúvidas, problemas que surgem de maneira inesperada e ter a habilidade em direcionar para outros profissionais que possam ser necessários para a resolução de um quadro. Quando isso ocorrer, deve participar ativamente do processo, fornecendo informações necessárias. EDUCAÇÃO É fundamental a orientação e extrema atualização quanto ao doping, evitando principalmente que o atleta cometa infrações de maneira involuntária, através do uso de suplementos ou medicamentos com grande risco de contaminação, adulteração ou que não tenha conhecimento da proibição de seu uso. 15 SAIBA MAIS EM: WWW.ATLHETICANUTRITION.COM.BR/INNOVATIONACADEMY NUTRICIONISTA ZANE BRAGA DOCINHO PROTEICO COM BANANA INGREDIENTES: • 2 bananas prata • 2 scoops de Whey de sabor amendoim 4 WHEY TECH PEANUT BUTTER® • 50g de farinha de aveia • farinha de amendoim • coco ralado sem açúcar MODO DE PREPARO: Descasque as bananas e leve ao microondas por 2 minutos retire e em seguida acrescente a farinha de aveia e amasse com um garfo misturando bem. Divida a massa em 2 porções e enrole formando pequenas bolinhas. Para facilitar umedeça as mãos com água. 18 Feito as bolinhas passe metade da porção em farinha de amendoim e a outra metade no coco ralado. Decore com frutas secas do seu gosto e leve ao congelador por 10 minutos antes de servir! NUTRICIONISTA RODOLFO PERES BCAAS INÚMERAS UTILIDADES PARA ESSE SUPLEMENTO Todos os anos, vemos inúmeros produtos sendo lançados pelas indústrias de suplementação, mas que por um motivo ou outro desaparecem rapidamente das prateleiras. Em compensação, alguns suplementos, como os BCAAs, estão presentes no mercado há pelo menos 30 anos, apesar de todas as opiniões contrárias. Vamos então analisar o porquê de tamanho sucesso. Leucina, isoleucina e valina são aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs). Durante a atividade física o nosso organismo utiliza carboidratos e gorduras como fonte energética, mas também usa aminoácidos. Dentre eles, os mais utilizados são os BCAAs. Eis aí o motivo da estreita relação entre exercícios e a utilização desses aminoácidos em particular. No passado, só existiam BCAAs em comprimidos. Anos depois, desenvolveram BCAAs em cápsulas, e, mais recentemente, podemos encontrá-lo também na versão em pó. Esta forma de apresentação, além de mais prática, pois facilita seu consumo durante o exercício, também apresenta uma biodisponibilidade bem maior. O uso de BCAAs pode ser interessante em vários aspectos, por exemplo, a presença de leucina, aminoácido diretamente relacionado com a síntese proteica, funciona como um auxiliar no processo de hipertrofia. Uma dúvida comum é se seria desperdício adiciona-los à whey protein, já que essa fonte de proteínas já é rica em BCAAs. Na maioria dos casos, seria desperdício mesmo, porém levando em consideração um treino de alta intensidade, podemos usar BCAAs durante o exercício, e a whey protein, sem o acréscimo no pós-treino. Assim como também podemos utiliza-los intra-treino e não utilizar whey protein pós-treino, o que é muito comum em programas para definição muscular. Ou ainda, utilizar os BCAAs antes do treino e a suplementação com whey protein logo após. Em dietas hipocalóricas visando definição muscular, podemos prescrever os BCAAs ao longo do dia para reduzir/evitar o catabolismo muscular, estratégia muito utilizada por fisiculturistas na véspera de uma competição. O efeito insulinotrópico da leucina parece não influenciar negativamente a lipólise nessas situações. Os BCAAs também são precursores de glutamina, portanto, dependendo da situação, pode-se em alguns casos, excluir o complemento de glutamina, com a suplementação de BCAAS. Mas, como sempre, cada caso deve ser avaliado individualmente. Estratégia comum é utilizar a glutamina pela manhã ou antes de dormir, para evitar/controlar uma disbiose (desequilíbrio) intestinal, e no momento do exercício, dar preferência para os BCAAs. Como a leucina é o aminoácido mais importante dos BCAAs, seu teor mais elevado é interessante. Alguns BCAAs no mercado, podem chegar à proporção de 10 partes de leucina para 1 de isoleucina e 1 de valina. Mas a suplementação isolada de leucina já demonstrou não ser melhor do que quando está acompanhada da isoleucina e da valina. Os três aminoácidos em conjunto possuem melhor ação. Estudos já comprovaram que, em atividades de endurance, jogos coletivos, lutas, ou qualquer outra atividade intensa com duração superior a uma hora, também houve melhora no rendimento com a utilização de BCAAs, e se discute até um possível retardo na fadiga central com a suplementação com BCAAs, o que reduziria a síntese de serotonina durante o exercício, melhorando a performance. Considero inquestionável o auxílio dos BCAAs na redução da proteólise/catabolismo muscular durante atividades intensas e prolongadas (endurance, esportes coletivos, lutas). Seria uma ótima ideia adicionar BCAAs na solução de carboidratos e eletrólitos utilizada durante o treino e/ou competição, por exemplo. Existem inúmeras aplicabilidades para a suplementação com BCAAs. O segredo é adequar seu uso a cada situação. Cabe o nutricionista encontrar a melhor estratégia de acordo com a rotina de treinamento e objetivos do seu paciente. IMPORTAÇÃO DIRETA DE PROTEÍNAS IMPORTAMOS MAIS DE 50 TONELADAS MENSAIS DE PROTEÍNAS PARA FABRICAÇÃO DOS SUPLEMENTOS ATLHETICA NUTRITION. GRANDE DISPONIBILIDADE DE MATÉRIA-PRIMA As proteínas são embarcadas nos EUA em sacos de 20 kg e dispostas em containers lacrados que são entregues diretamente em nosso depósito. CONTROLE DA MATÉRIA-PRIMA A matéria-prima é conferida e analisada pelo CQ (controle de qualidade) e aprovada para fabricação dos suplementos. Qualidade comprovada através de laudos e análises. HOMOGENEIZAÇÃO DA MISTURA: A GARANTIA DAS QUANTIDADES CERTAS EM CADA DOSE. Misturadores de micro e macro nutrientes com alta capacidade para uma mistura perfeita e homogênea. PROCESSOS AUTOMATIZADOS. A matéria-prima é conferida e analisada pelo CQ (controle de qualidade) e aprovada para fabricação dos suplementos. Qualidade comprovada através de laudos e análises. CONFERÊNCIA E ANÁLISE. Após finalizada a produção, é realizada a análise do produto acabado e conferido se está de acordo as especificações técnicas de cada produto. O QUE CONSTA NO RÓTULO, CONTÉM NO PRODUTO. As matérias-primas utilizadas na composição dos produtos passaram por um rigoroso CONTROLE DE QUALIDADE, são devidamente regulamentadas pelos Órgãos Nacionais e não fazem parte da Lista Proibida do Código Mundial Antidoping. ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE. O produto acabado é armazenado em ambiente controlado (temperatura e umidade) e aguarda programação de embarque para ser entregue em nossos mais de 5.000 pontos de venda em todo Brasil. GARANTIA DE UM PRODUTO DE QUALIDADE Após conhecer nosso processo produtivo, você tem a certeza de consumir um produto de procedência e qualidade. NUTRICIONISTA RODOLFO PERES TERMOGÊNICOS E DIURÉTICOS NATURAIS. SERÁ QUE FUNCIONAM MESMO? Termogênese é a capacidade do organismo em equilibrar sua temperatura com a do meio ambiente. Alterações no gasto energético resultantes de mudanças da temperatura externa ou por meio de alimentação, são chamadas termogênese adaptativa, e podem chegar a 5 – 10% do gasto energético total. Há muitos anos, as pessoas que querem reduzir a gordura corporal, tentam otimizar o processo com o uso de suplementos termogênicos. No passado, era comum o uso de termogênicos com efedrina na composição, mas esses produtos foram retirados do mercado por causarem alto risco à saúde. Ainda hoje, existem alguns termogênicos (proibidos no Brasil pela ANVISA), feitos com fitoterápicos que atuam diretamente no funcionamento tireoidiano. Não é difícil encontrar no consultório casos de pessoas que desenvolveram hipotireoidismo pelo abuso na utilização desses termogênicos. Um termogênico com grande quantidade de estimulantes também pode trazer sérias consequências para uma pessoa hipertensa ou portadora de alguma cardiopatia. Como esses produtos apresentam em seu rótulo apenas um “blend patenteado”, muitas vezes o profissional não consegue saber com certeza qual a verdadeira composição do produto. Portanto, na impossibilidade de uma prescrição adequada, recomendo que o consumo desses termogênicos sem registo no país seja evitado. Mas é possível conseguir um bom efeito termogênico com substâncias que não trazem riscos à saúde? REFERÊNCIAS Sim, é possível! Estudos demonstram a eficácia em aumentar a termogênese com cafeína, extrato de chá verde, gengibre, capsaicina, curcumina, flavonoides, carotenoides, etc. Mas, vale ressaltar que os melhores resultados foram obtidos sempre durante a atividade física, ou seja, eles podem potencializar o gasto energético apenas se associados à prática de exercícios. Existe ainda a possiblidade da combinação dessas substâncias termogênicas com outras de propriedades diuréticas, como hibisco e carqueja. Lembrando que, em indivíduos saudáveis, a ação diurética deve ser moderada. Um efeito diurético mais intenso, provocado por medicamentos, pode causar um desequilíbrio no sistema renina-angiotensina-aldosterona, ocasionando retenção hídrica. Efeito semelhante ocorre quando se elimina totalmente a ingestão de sódio na alimentação por muitos dias. Ao invés de melhorar a retenção hídrica, o efeito pode ser exatamente contrário. Para evitar a retenção hídrica o ideal é manter o organismo sempre hidratado e consumir sódio com moderação. Por último, mas não menos importante, entre manter uma dieta adequada SEM o uso de termogênicos, e manter uma dieta inadequada COM o uso de termogênicos, sem dúvida, a primeira opção será sempre a melhor. Agora, para as pessoas que estão com uma rotina alimentar e de exercícios já bem estabelecida, qualquer ajuda a mais será bem-vinda. Procure sempre um nutricionista. MAKI. K., et al. Green tea catechin consumption enhances exercise-induced abdominal fat loss in overweight and obese adults. J. Nutr. Feb. 2009. MANSOUR. M.S., et al. Ginger consumption enhances the thermic effect of food and promotes feelings of satiety without affecting metabolic and hormonal parameters in overweight men: a pilot study. Metabolism, Oct. 2012. STOHS, Sidney; BADMAEV, V. A Review of Natural Stimulant and Non-stimulant Thermogenic Agents. Phytoterapy Research. 2016. 24 NUTRICIONISTA LEANDRO FREIRE A IMPORTÂNCIA DO ZINCO E DO MAGNÉSIO PARA A SAÚDE HUMANA Alguns micronutrientes são mais conhecidos pelo senso comum, como é o caso das VITAMINAS. Pouco se fala em MINERAIS, embora o cálcio e ferro sejam bastante conhecidos. Porém, existem outros micronutrientes de grande relevância e dois deles exibem fatores fundamentais na saúde humana e na mudança de composição corporal: o ZINCO e o MAGNÉSIO. Mas por que o zinco é tão importante? O zinco possui centenas de funções bioquímicas no organismo humano. Apesar das baixas concentrações desse mineral na maioria dos órgãos, as metaloenzimas dependentes dele estão distribuídas em todos os tecidos do organismo, desempenhando processos fisiológicos importantes. Dentre as principais funções do zinco podemos destacar a participação na síntese e degradação de macronutientes, carboidratos, gorduras e proteínas, tendo também importante papel na produção de testosterona, na formação óssea, no funcionamento adequado do sistema imunológico, na defesa antioxidante, na função neurosensorial, na transcrição e tradução de polinucleotídios, exemplo DNA e RNA, nos hormônios Tireoidianos T3 e T4, no metabolismo da vitamina A, pois é requerido para a síntese hepática e secreção de RBP (Retinol Binding Protein), proteína responsável pelo transporte da vitamina A. As pessoas que têm como base da dieta alimentos de origem vegetal, como os vegetarianos são predispostas à deficiência de zinco, devido, principalmente, à qualidade proteica e à alta ingestão de inositol hexafosfato (fitato). Então, a deficiência de zinco, pode ser causada por uma dieta rica em cereais refinados e pão não fermentado que contém altos níveis de fibra e fitato, os quais quelam com o zinco no intestino e evitam sua absorção. A deficiência de zinco pode acarretar em perda de paladar e problemas de pele, perda de cabelo, diarreia, fadiga, diminuição na performance física, diminuição do sistema imunológico, demora na cura de feridas e, em crianças, reduz o crescimento físico e desenvolvimento mental. Mas por que o magnésio é tão importante? O magnésio é um micronutriente que desempenha também um papel fundamental em muitas reações celulares. Mais de 300 reações metabólicas precisam de magnésio como um cofator enzimático. Este mineral atua principalmente na síntese de energia mitocondrial, auxiliando no metabolismo celular, e ainda nas reações enzimáticas relacionadas ao sistema da adenilatociclase para produção de ATP. O magnésio também serve como um regulador fisiológico da estabilidade da membrana neuromuscular, cardiovascular, imunitário e possui participação na função hormonal, atuando como estimulador da memória, do aprendizado, do humor e do desempenho em atividades físicas. Pessoas que têm deficiência desse mineral no organismo podem sentir sintomas como falta de apetite, náusea, vômito, sonolência, fraqueza, espasmos musculares e tremores. O baixo nível de magnésio gera uma diminuição na produção de ATP, prejudicando a bomba de sódio/potássio, o que para um atleta pode ser a chave para o fracasso. 25 26 INNOVATION WORKSHOP Um evento científico patrocinado pela Atlhetica Nutrition com o objetivo de levar informações sobre Nutrição, Treinamento e Suplementação. Um time formado pelos melhores nutricionistas, médicos e treinadores unindo conhecimentos, contribuindo na formação, atualização de estudantes e profissionais da área. Já realizamos mais de 10 Workshops totalizando um público de mais de 5000 participantes e em 2016 teremos muito mais! Aguardem que em breve estaremos na sua região! NUTRICIONISTA VICTOR SILVESTRE TRIGLICERÍDEO DE CADEIA MÉDIA (TCM), IMPORTÂNCIA E APLICAÇÃO NO ESPORTE Na década de 1980, surgiram diversos estudos apresentando evidências sobre os perigos da ingestão elevada de gorduras para a saúde, causando grande temor no consumo deste nutriente. Porém, nos últimos anos, diversas evidências científicas demonstram a importância e os benefícios da inclusão de gorduras no plano alimentar. A gordura é um dos componentes essenciais da dieta humana, pois, entre outras coisas, é capaz de fornecer maior aporte energético, quando comparada aos carboidratos e proteínas. Também auxilia no transporte e na absorção de vitaminas lipossolúveis, como A, D, E e K, participam da composição de nossas membranas celulares, minimizam os sintomas da tensão pré-menstrual, fortalece o sistema imune e é fundamental para a produção natural de hormônios anabólicos, como a testosterona por exemplo. De modo geral, é recomendado que aproximadamente 30% da ingestão calórica seja de lipídios. Desses 30%, cerca de 2/3 devem provir de gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas, as chamadas “gorduras boas”, como por exemplo, o abacate, azeite de oliva, oleaginosas, etc. A ingestão destas gorduras pode ajudar na redução da pressão arterial, do colesterol LDL, dos triglicérides e pode colaborar para o aumento do colesterol HDL, que funciona como fator de proteção para o coração e para o sistema vascular. Os triglicerídeos de cadeia média (TCM), por apresentar características físico-químicas específicas, têm sido administrados em dietas enterais e parenterais por mais de 40 anos. Por conter em cada grama aproximadamente 9 calorias, o lipídio é considerado extremamente energético, podendo ser incluído no plano alimentar de pacientes com dificuldades em elevar seu peso corporal ou déficit nutricional pós trauma. Acrescentar uma única colher de sopa de TCM ao dia no plano alimentar destes pacientes pode garantir a ingestão de aproximadamente 135 calorias. A partir da observação dos resultados positivos na prática clínica, na década de 80 alguns pesquisadores iniciaram estudos com o objetivo de aumentar o desempenho físico a partir do uso de TCM. A hipótese levantada foi de que a maior oxidação lipídica levaria à economia dos estoques endógenos de carboidrato, postergando a instalação da fadiga. 28 Atualmente, muitos atletas e esportistas praticantes de musculação, lutas, corrida de rua, entre outros, são adeptos a dietas cetogênicas, ou seja, pobre em carboidratos e ricas em proteínas e gorduras. Neste caso, o TCM pode ser importante aliado, ofertando energia durante o treinamento e acelerando o processo de recuperação muscular, quando associado ao shake de proteínas por exemplo. Para os praticantes de atividade aeróbia, sem dúvida, é fundamental uma adequada ingestão de carboidratos antes e durante a atividade quando o objetivo é melhora da performance. Porém, se o objetivo for utilizar gordura como fonte de energia, sem dúvida o TCM se torna uma excelente opção. Cotidianamente, é possível observarmos indivíduos com sobrepeso realizar sua atividade aeróbica tomando bebidas isotônicas repletas de açúcares durante o exercício, acreditando estar fazendo o correto. Mas, será? O metabolismo lipídico é regulado pela sua habilidade em quebrar gordura do tecido adiposo e transportá-la para o tecido muscular. Feito isso, a gordura é levada para as mitocôndrias para ser utilizada como fonte de energia. Esse transporte é realizado pela carnitina palmitoyltransferase-1 (CPT-1) que é inibida quando os níveis de insulina e os estoques de carboidratos no músculos (glicogênio muscular) estão elevados. É verdade que, caso não haja a ingestão adequada de carboidratos antes do exercício aeróbico, não haverá energia suficiente para fazê-lo com a devida intensidade. Porém, é possível buscar energia de outra fonte, como o TCM. Este tipo de gordura fornece ao nosso organismo uma fonte imediata de energia, sem alterar os níveis plasmáticos de insulina. Além disso, ainda se discute a capacidade dos TCMs de sinalizar moléculas que podem aumentar o número de mitocôndrias, auxiliando ainda mais na potencialização do uso de gordura como fonte energética. Diante do exposto, muitas pessoas devem estar se perguntando: qual substrato energético devo utilizar? Depende. Procure adequar sua alimentação e estratégia nutricional de acordo com o objetivo desejado. Contrate um profissional de educação física e um nutricionista para elaborar todo o planejamento de acordo com a sua individualidade biológica. E, ótimos treinos! MÉDICO DR. FELIPE PEREIRA VITAMINAS D3 E K2, MAGNÉSIO E CÁLCIO: UM EQUILÍBRIO FUNDAMENTAL PARA A SAÚDE Nos últimos anos, a ciência nos trouxe uma ampla gama de evidências acerca dos benefícios da vitamina D em diversos aspectos da saúde, mostrando sua interligação com doenças auto-imunes, câncer, síndrome metabólica, pré-eclâmpsia (risco de aborto), desempenho esportivo, infertilidade, osteoporose, saúde neuropsíquica e cardiovascular, entre outros. No entanto, menos se fala a respeito de outra vitamina, que tem se mostrado atuação em sinergia com a vitamina D3 (forma ativa), a vitamina K (especificamente a K2), especialmente em termos de saúde óssea e cardiovascular. A vitamina D é uma peça-chave na saúde como um todo, sendo atualmente considerada um hormônio que exerce forte influência em nosso genoma, ligando ou desligando milhares de genes que podem exacerbar ou prevenir muitas doenças. Um dos fatores que ajuda a explicar as alarmantes taxas de doenças crônicas na população mundial, além da alimentação inadequada e estilo de vida sedentário, é a epidemia global de deficiência desta substância. A vitamina K, particularmente a K2, é outro nutriente vital que vem ganhando valorização mais recente. Segundo o Dr. Cees Vermeer, um dos maiores estudiosos do mundo desta vitamina, quase toda a população é deficiente na mesma, tal como em vitamina D. Segundo os cientistas, a maioria das pessoas possui níveis suficientes para manter adequada a coagulação sanguínea, mas não para oferecer proteção contra outras situações como osteoporose, doenças cardiovasculares e câncer. Existem dois subtipos relevantes: a K1, encontrada em vegetais verdes, vai direto para o fígado, atuando no sistema de coagulação; a K2, produzida por bactérias que revestem o trato gastrointestinal, com ação positiva nos vasos sanguíneos, ossos e outros tecidos, sendo esta a de grande interesse pelos benefícios citados, presente em alguns alimentos como peito de frango, queijos fermentados e gema de ovo. A forma K2 MK-7 é a que apresenta melhor estabilidade, pela meia-vida mais longa. Já é de conhecimento amplo o papel da vitamina D3 na absorção de cálcio pelo osso. A interligação com a vitamina K2 se dá pelo fato dela ser a grande responsável pelo direcionamento deste cálcio para o tecido ósseo, impedindo o seu depósito em locais não benéficos, como as artérias, órgãos e articulações. É importante lembrar que as placas de ateroma possuem uma grande quantidade de cálcio, sendo inclusive por esse motivo que é usada a expressão “endurecimento das artérias” para caracterizar a doença aterosclerótica. Além disso, a vitamina K2 ativa um hormônio proteico chamado osteocalcina, produzido pelos osteoblastos (células ósseas jovens), e necessário para fazer a ligação do cálcio na matriz óssea, além de parecer ajudar a prevenir o depósito deste mineral nas artérias. Sendo assim, de um modo prático, a vitamina D3 atua como um “porteiro” e a K2 como “guarda de trânsito”, direcionando o tráfego para o local correto. Vale lembrar que a aterosclerose é um grande fator de risco para eventos cardiovasculares e cerebrovasculares agudos (infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico). Adicionalmente, as duas vitaminas agem em conjunto aumentando uma proteína da matriz extracelular (Matrix GLA Protein), responsável por proteger os vasos sanguíneos do acúmulo de cálcio. Em artérias saudáveis, a substância se aloja em torno das fibras elásticas da túnica ou camada média. Completando esta rede de equilíbrio vital para a saúde cardiovascular e óssea, temos o magnésio. O papel deste mineral nessa orquestra consiste em auxiliar a manter o cálcio dentro da célula para executar o seu trabalho, funcionando de maneira semelhante à classe medicamentosa dos bloqueadores dos canais de cálcio (usados como anti-hipertensivo). Assim como as vitamina D3 e K2, a deficiência de magnésio também é relativamente comum, especialmente em portadores de algumas patologias e nos idosos (perda urinária). A forma bisglicinato quelato possui uma absorção significativamente maior quando comparada a outras (sulfato, carbonato, óxido, aspartato), além de não deixar sabor residual desagradável, nem provocar efeito laxativo. Sem entrar em maiores detalhes, a ciência atual correlaciona a necessidade de magnésio a mais de trezentas funções bioquímicas orgânicas e algumas doenças, como por exemplo: asma, arritmia cardíaca, pressão arterial, saúde óssea, síndrome metabólica (resistência insulínica/ diabetes), ansiedade, sono, demência, sistema imune, cofator do metabolismo energético, cãibras musculares, diminuição do cortisol, entre outras. Para finalizar, é sempre importante ressaltar que a necessidade de suplementação vitamínico-mineral deve ser avaliada criteriosamente por profissional devidamente capacitado, considerando as particularidades clínicas de cada indivíduo, interações medicamentosas, ingestão pela alimentação, exposição diária ao sol e a interligação entre os compostos citados no texto. 29 NUTRICIONISTA GEOVANNI SAMPAIO Os BCAAs (branched chain amino acid), Leucina, Isoleucina e Valina são aminoácidos essenciais de extrema relevância na manutenção das proteínas corporais devido ao seu envolvimento na regulação do turnover/balanço proteico muscular (síntese e degradação). São denominados aminoácidos de cadeia ramificada pela sua forma estrutural. Dentre esses, se destaca a Leucina que induz a estimulação da fosforização das proteínas da via mTOR. Os BCAAs correspondem a aproximadamente 19% das nossas proteínas musculares. Os BCAAs são metabolizados diretamente no músculo esquelético, diferente dos outros aminoácidos que são metabolizados no fígado. Sendo assim, podem fornecer energia durante o exercício prolongado, além de evitar ou reduzir a degradação proteica durante o exercício. No treinamento de força a suplementação de BCAAs tem como intuito estimular a síntese proteica muscular promovendo o balanço proteico positivo, além de afetar a resposta natural de alguns hormônios anabólicos. Em exercícios de endurance, a utilização dos BCAAs tem como um dos objetivos evitar a fadiga do sistema nervoso central. O exercício de longa duração causa a elevação da concentração intracefálica de alguns neurotransmissores, nesse caso, da serotonina que tem efeito depressor, impedindo assim o atleta de chegar ao seu limite máximo. Uma concentração elevada dos BCAAs no plasma sanguíneo evita a entrada do triptofano no sistema nervoso central que causa a geração do 5-hidroxitriptofano (5-HT), precursor da serotonina. Um estudo realizado por Haraguchi, et all, onde foi administrado para um grupo de corredores não atletas a quantidade de 18mg.kg-1 de BCAA, 1 hora antes da prova de rua de 10km, mostrou melhora nos resultados na corrida quando comparado ao grupo que não fez o consumo de BCAA. Porém, não foi observado diferença BCAA’S AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA E SUA UTILIDADE NO ENDURANCE na percepção subjetiva de esforço (escala de borg). Outro aspecto que deve ser apontado é a utilização do BCAA na melhora da função imune do atleta, já que é bem consolidado no meio científico que o exercício físico de alta intensidade causa imunodepressão. Um estudo feito por Bassit, el all, apresentou uma diferença significativa na concentração plasmática de glutamina após uma prova de maratona em comparação ao grupo que não suplementou com BCAA. Esse grupo teve uma redução de 24% da concentração de glutamina. O treinamento endurance, por ter como característica um alto volume e grande intensidade, tende a causar danos teciduais aos músculos. Alguns estudos também apontam um efeito anticatabólico no músculo esquelético quando feita a administração de BCAA de forma oral durante o exercício, principalmente pelo efeito da Leucina em estimular a síntese proteica (Lynch, 2003). A suplementação de BCAAs é utilizada há anos no meio esportivo seja no treinamento resistido ou nos exercícios endurance. Mesmo tendo algumas contradições no meio científico, a sua suplementação pode contribuir de forma positiva na melhora do desempenho esportivo. Porém, a administração de qualquer suplemento deve ser bem criteriosa e não simplesmente inserida na dieta sem nenhuma lógica. É comum observamos pessoas que reclamam de um ou de outro suplemento que não surtiu o efeito esperado. Todavia, na maioria das vezes, o grande erro é o uso incorreto. Para maior segurança e eficácia na prescrição dos suplementos procure sempre um nutricionista. Esse é o ÚNICO profissional habilitado tecnicamente e legalmente para prescrição de suplementos alimentares. Muito cuidado com os charlatões. Lembre-se que a sua saúde é seu maior bem. REFERÊNCIAS BASSIT, R A. et al. Branched-chain amino acid supplementation and imune response of long-distance athletes. Nutrition. 2002; 18:376-9. HARAGUCHI, C Y et al. Ingestão prévia de BCAA melhora desempenho em corredores amadores. Revista Inova Saúde, V.1, p. 57-68 nov, 2012. LORENZETI, F M; JÚNIOR, L C C; LIMA, W P; ZANUTO. Nutrição e suplementação esportiva: aspectos metabólicos, fitoterápicos e da nutrigenômica. 1 ed. São Paulo: Phorte, 2015. LYNCH, CJ. At al. Potential role of leucine metabolism in the leucine-signaling pathway involving mTOR. Am J Physiol Endocrinol Metab. V. 285(4):E854-63 Jun 17. oct 2003. PERES, R. Viva em dieta, Viva melhor: aplicações práticas de nutrição. 2 ed. São Paulo: Phorte 2013. 30 O QUE CONSTA NO RÓTULO, CONTÉM NO PRODUTO. As matérias-primas utilizadas na composição dos produtos passaram por um rigoroso CONTROLE DE QUALIDADE, são devidamente regulamentadas pelos Órgãos Nacionais e não fazem parte da Lista Proibida do Código Mundial Antidoping. NUTRICIONISTA LEANDRO FREIRE DISBIOSE: ISSO PODE ATRAPALHAR SEUS OBJETIVOS Sabe-se há mais de três décadas que o corpo humano contém dez vezes mais células microbianas do que células humanas. Estes microrganismos colonizam praticamente toda a superfície do nosso corpo que está exposto ao meio ambiente externo, incluindo a pele, cavidade oral, respiratória, urogenital e gastrointestinal. Destes locais do corpo, o intestino é, de longe, o órgão mais densamente colonizado. A grande e complexa comunidade de microrganismos que residem ou passam através do intestino é referido como a microbiota intestinal. Esta desempenha vários processos metabólicos, imunológicos, antimicrobianos e várias outras funções fisiológicas, psicológicas e, principalmente, nutricionais, pois é no intestino que ocorre a digestão e a absorção dos nutrientes que são essenciais para o funcionamento normal do nosso organismo e para a produção de energia. Ou seja, num intestino não saudável, pouco importa o que você está comendo ou tomando (suplemento), se não está havendo absorção correta desses nutrientes. Um intestino não saudável acarreta em desequilíbrio na microbiota intestinal (bácterias) que é denominada disbiose. Quais são os sintomas da disbiose: Sensação de que tudo que você come provoca gases, sensação de inchaço, desconforto abdominal, aumento da incidência de flatulência, oscilação entre diarreia e constipação, sensações esporádicas de enjoos, diminuição da absorção de nutrientes e diminuição da resposta imunológica. Novos estudos ligam a disbiose à obesidade e ao risco de diabetes tipo II. REFERÊNCIAS: Mas o qual a causa da Disbiose? Maus hábitos alimentares é um dos principais fatores responsáveis pelos desequilíbrios da microbiota intestinal. O consumo excessivo de alimentos industrializados, álcool, excesso de gordura, alimentos refinados, aliados ao baixo consumo de frutas, verduras e fibras. O uso prolongado de fármacos como antibióticos, anti-inflamatórios e corticoides também desequilibram a microbiota intestinal, além disso, temos o fator stress, que causa desequilíbrios no pH intestinal. Quem diagnostica e qual o tratamento? O diagnóstico é feito pelo médico gastroenterologista, e o tratamento, dependendo do estado, é feito com uso de antibióticos específicos seguido de uma reeducação nutricional feita por um nutricionista capacitado, onde será feita a prescrição de suplementação de FRUTOOLIGOSSACARÍDEOS, que têm o efeito prebiótico para estimular o crescimento de probióticos, ou a prescrição de cepas específicas de lactobacilos para o equilíbrio da microbiota intestinal. Contudo, é sempre muito importante investigar a origem dos desequilíbrios que o organismo apresenta, e muitos deles começam no seu intestino. A descoberta precoce e o tratamento correto pode ser a chave na solução de inúmeros outros problemas que você nem imaginou ter relação com este órgão, incluindo a sua energia e performance e a tão sonhada mudança de composição corporal. Ahmed S, Macfarlane GT, Fite A, McBain AJ, Gilbert P, Macfarlane S (2007) Mucosa associado diversidade bacteriana em relação ao íleo terminal humana e amostras de biópsia de cólon. Appl Environ Microbiol 73 (22): 7435-7442 CARREIRO, Denise Madi. O ecossistema intestinal na saúde e na doença. São Paulo: Vida e Consciência, 2014. Andoh A, Sakata S, Koizumi Y, Mitsuyama K, Fujiyama Y, Benno Y (2007) fragmento de restrição análise de polimorfismo de comprimento terminal da diversidade da microbiota fecal em pacientes com colite ulcerativa. Inflamm Bowel Dis 13 (8): 955-962 Andoh A, Tsujikawa T, Sasaki M, Mitsuyama K, Suzuki Y, Matsui T, Matsumoto T, Benno Y, Fujiyama Y (2008) perfil microbiota fecal de doença de Crohn determinado pelo terminal de polimorfismo de comprimento de fragmentos de restrição (t-RFLP). 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