Estudo - Força de trabalho preparada para o futuro

Transcrição

Estudo - Força de trabalho preparada para o futuro
Estudo da força de trabalho
global em formação
Relatório 2: Insights dos especialistas
Índice
2
Introdução
3
Trabalhando remotamente
26
Metodologia
4
O senso deturpado de profissional vs. pessoal continua
27
Mudanças no espaço de trabalho
5
O espaço de trabalho do profissional remoto
30
Trabalho com base em atividade
6
O impacto sobre a evolução na carreira
31
O ambiente atual
8
Os pontos principais
34
Mudanças no espaço de trabalho
9
Futuras tendências
35
Adoção da tecnologia no espaço de trabalho físico
12
A Internet das Coisas
36
Os pontos principais
14
Big Data
37
Adoção da tecnologia no local de trabalho
15
Os pontos principais
38
Um funcionário, diversos dispositivos
16
Olhando para a frente
39
BYOD
18
Olhando para a frente
40
Dispositivos de toque no local de trabalho
21
Contribuições da Dell e da Intel com a tecnologia
de local de trabalho
41
Thin Clients e VDI
22
Os pontos principais
42
Expectativas futuras da tecnologia no local de trabalho
24
Lista de especialistas
43
Os pontos principais
25
Introdução
Este estudo explora as tendências globais que se aproximam
conforme se relacionam com a interseção do espaço de trabalho
e a tecnologia nas organizações. Por doze países, foi identificada
uma diversidade de descobertas pertinentes a como entender
as mudanças que vêm acontecendo em áreas de interesse,
como adoção tecnológica, ergonomia no espaço de trabalho,
evolução na carreira, produtividade e equilíbrio entre vida
profissional/pessoal. As descobertas em cada categoria são
um prenúncio de uma dramática mudança na forma como os
funcionários passarão a interagir com seus trabalhos, colegas
e ambientes corporativos futuramente.
3
Metodologia
Dell, Intel, TNS e Cascade Insights colaboraram com esta
pesquisa para coletar insights de especialistas e explorar ainda
mais o futuro da tecnologia no espaço de trabalho. Para
coletar descobertas e insights de especialistas, 20 especialistas
do mundo todo foram recrutados e entrevistados nos Estados
Unidos, China, Japão, França, Rússia, Alemanha, Reino Unido,
Índia, Brasil, Turquia, África do Sul e EAU.
4
Mudanças no local de trabalho
Trabalho com base em atividade
Um tema de maior importância sobre o trabalho “com base
em atividade” começa a surgir como parte do local de trabalho
e força de trabalho em formação no mundo inteiro. Com
as mudanças dos funcionários que realizam trabalhos em
ambientes flexíveis, com dispositivos variados, os especialistas
chegaram ao consenso de que não é onde você trabalha, mas
o tipo de trabalho que realiza que determina o formato do
trabalho em si. Esta previsão de uma força de trabalho móvel
e fluente é a base fundamental para as mudanças tecnológicas
que estamos vendo no local de trabalho do mundo todo.
“Eu acho que depende do trabalho. Se você é
programador, seu item principal é o café, para mantê-lo
alerta e se concentrar, e também um acesso rápido ao
computador. Esses são os ingredientes principais, mas
você não precisa de tanta colaboração quanto outro tipo
de funcionário, que trabalhe com marketing ou que
precise estar no escritório para colaborar frente a frente
com as pessoas. Eu acho que depende muito no tipo de
trabalho que você realiza e de quando e onde realiza”.
Patricia Wallace, EUA - Diretora sênior de tecnologia da
informação da Johns Hopkins University
“Estamos nos voltando para o funcionário, o indivíduo,
aquele que controla a tecnologia, ou seja, não é
a tecnologia que controla o indivíduo. Um dos indícios de
que isso procede é o movimento BYOD, ou traga seu
próprio dispositivo, em que agora o indivíduo pode
escolher melhor como interagir com os sistemas
corporativos, seja por um celular, tablet, notebook ou
o que for. Faz parte da vida deles usar a tecnologia”.
Peter Thompson, Reino Unido – Palestrante, autor e consultor
da Future Work
6
Trabalho com base em atividade (continuação)
No APAC, Turquia, Índia, África do Sul e Brasil, as tecnologias
móveis são, em sua maioria, restritas à administração superior
e aos cargos gerenciais. Independentemente de tendências
como o BYOD, as empresas tendem a proporcionar mais
opções de mobilidade para aqueles que não criam tantos
conteúdos para consumo. Isso costuma acontecer na
administração superior, vendas e consultores que usam
com mais frequência esse método de trabalho.
Essa opinião reflete em todas as descobertas, apesar da
natureza variável dos diferentes mercados e regiões
geográficas do mundo. No mundo todo, os especialistas
descreveram instâncias de trabalho com base em atividade
relacionadas à adoção da tecnologia, preferências de formato,
produtividade e vida profissional. Embora algumas regiões
enxerguem o local de trabalho de maneira diferente de
outras, a tendência subjacente quanto ao trabalho “com
base em atividade” é considerada a base da mudança
e pode ser o próximo fator capacitador de mudanças
no comportamento do local de trabalho.
7
“Acredito que, nos próximos anos, as iniciativas serão mais
produtivas quando investidas em como e quando usar
a tecnologia (telefone, notebook, tablet, etc.) que temos
disponível da melhor maneira, em vez de inventar outras
categorias novas de tecnologia”.
Wouter Hofman, Alemanha - Diretor sênior do programa de
transformação global da Philips International
O ambiente atual
Como o local de trabalho está começando a se distanciar
dos limites rígidos, os empregadores passam a notar as
diferenças que surgem da maneira como os indivíduos vêm
realizando seu trabalho. Em muitos casos, isso tem a ver com
a ergonomia do espaço de trabalho e o layout do escritório
em conjunto com a tecnologia. A mudança mais comum
nas empresas do mundo todo recai sobre a forma como os
funcionários se desempenham em um ambiente de espaço
de trabalho. Isso remete aos dias de forças de trabalho móvel
completas, colaboração, planos de ambiente aberto e novos
designs de espaço de trabalho.
“Aproximadamente quatro ou cinco anos atrás, quando
a Intel começou a integrar modelos de consumerização
para seus funcionários, passamos
das horas
e expectativas de trabalho padronizadas para o conceito
‘vamos deixá-los trabalhar em casa’ ou onde for
melhor para eles. Diversas corporações levaram isso ao
extremo e contrataram pessoas como funcionários
home office. Agora, novas mudanças estão ocorrendo”.
David Buchholz, EUA - Diretor de estratégias empresariais ao
cliente da Intel Corporation
Conforme mencionado, a transição para um local de trabalho
completamente móvel foi a tendência “do momento” nas
corporações por um lado, mas agora as modificações no
design do espaço de trabalho estão começando a bambear
as primeiras iniciativas.
“Existem diversos estudos surgindo que sugerem que
tomamos determinado rumo por uma década com uma
leve obsessão e agora precisaremos corrigir o caminho”.
Genevieve Bell, EUA - Diretora de experiência do usuário da
Intel Corporation
“Não é surpresa alguma. Eles estão surgindo a partir de
um ciclo de 10 anos, em que todos eram considerados
profissionais móveis e que trabalhavam em casa.
A aparência de todos esses espaços corporativos
alugados, como em Nova York e San Francisco, onde
você pode se relacionar com outras pessoas que
trabalham como freelance, pois você precisa de pessoas
ao seu redor, sugere a ideia de que todos querem
apenas estar em algum outro lugar e parece ser uma
correção excessiva”.
Genevieve Bell, EUA - Diretora de experiência do usuário da
Intel Corporation
8
Mudanças no espaço de trabalho
Uma tendência consistente no design do espaço de trabalho
e do futuro em geral é a ideia da mobilidade. Os especialistas
indicaram que as workstations móveis, ou “pontos de acesso”,
estão começando a se tornar a norma em diversos ambientes
corporativo em vários setores. Com isso, os especialistas
também indicaram um raciocínio sobre o número de salas
de conferência, espaços de trabalho colaborativos e
tecnologias de apoio a tudo o que foi mencionado.
Como resultado desse arranque em direção à mobilidade,
a colaboração e os planos de espaço aberto se tornaram
norma. Os especialistas indicam que essa alavancagem
oferece aos funcionários a chance de serem mais fluentes
e ágeis em suas iniciativas profissionais.
“A intenção por trás de mais salas de conferência
e intervalo é fazer com que as pessoas se reúnam
com quem for necessário para trabalhar em determinado
momento. Vemos diferentes níveis de adoção no âmbito
regional, portanto precisamos intensificar nossas iniciativas
de mudança”.
Wouter Hofman, Alemanha - Diretor sênior do programa de
transformação global da Philips International
“Nossos planos futuros de espaço de trabalho se
concentram na criação de diferentes tipos de espaços que
reflitam a maneira como as pessoas precisam trabalhar e o
tipo de trabalho que exercem. Você pode ir trabalhar se for
introvertido e não precisar usar fones de ouvido para evitar
a sensação de pressão pelas conversas do ambiente. Existe
um lugar para se ter privacidade. Se você quiser fazer uma
reunião com cinco pessoas, existe um lugar para isso”.
Dane Parker, EUA – Vice-presidente de instalações globais e EHS
da Dell
9
Mudanças no espaço de trabalho (continuação)
Apesar da intenção por trás desse estímulo por novos
designs de espaços de trabalho, os especialistas ressaltam
as frustrações pelas quais os funcionários podem ou não
passar, principalmente quanto à colaboração no local.
Dorie Clark, Colaboradora da Harvard Business Review
e da Forbes, comentou que a sociedade está se tornando
cada vez mais ligada no fato de que todos trabalham da
mesma maneira, e os planos de espaço aberto e workstations
móveis não levam isso em conta.
“Fiquei fascinada com a recente colaboração de Susan
Cain, acho que para a Steelcase, sobre móveis de
escritório convenientes para os introvertidos. Achei
brilhante e histérico. Existe um grande ponto por trás
disso, que é o fato de você não poder esperar que todos
se sintam bem em um ambiente corporativo em que são
constantemente expostos, sem privacidade, com pessoas
falando e andando o tempo todo”.
Dorie Clark, EUA - Colaboradora da Harvard Business Review
e da Forbes Magazine
“Seja para concentração e foco no trabalho, seja para
diferentes tipos de colaboração, grandes ou pequenos
brainstormings informais, análises, diversas pessoas falam
em colaboração. O termo pode assumir diferentes
significados dependendo do trabalho que você realiza,
com quem colabora, etc, e nem sempre é igual”.
Susan Lim, APAC – Líder de estratégia no local de trabalho,
Pacífico Asiático, e diretora regional da Jones Lang LaSalle
10
Mudanças no espaço de trabalho (continuação)
Embora essas mudanças estejam acontecendo no mundo
todo, a África do Sul e a Turquia estão atrasadas em reproduzir
essas tendências de espaço de trabalho. O especialista Steven
Ambrose, da StrategyWorx, indicou que as corporações da
África do Sul continuam operando em formatos estruturados,
de cubículos, em sua maioria. Falando de forma geral, Ambrose
também afirmou que a África do Sul tende a ficar para trás na
expansão absoluta da Internet, da tecnologia e de seus
impactos sobre o local de trabalho.
“A África do Sul e certamente a África estão uns dois anos
atrás da expansão absoluta da Internet que você vê na
Europa e América. Por exemplo, uma estatística simples
é de que 70% a 80% dos adultos na América têm conexão
de banda larga em casa e no trabalho. […] Já na África do
Sul, temos índices de penetração de aproximadamente
35% em termos de conexão com a Internet.”
Steven Ambrose, África do Sul – CEO da StrategyWorx
“Alguns lugares na Turquia têm espaços corporativos
tradicionais, e as sedes corporativas costuma ter cubículos,
ou baias, como nos Estados Unidos. O escritório aberto
onde você compartilha certos recursos e coloca seu
notebook e trabalha onde quer que esteja, essa é a norma”.
Dra. Hakan Ercan, Turquia - Professor de economia e consultor
da Turkish Labor Markets
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Adoção da tecnologia no espaço de trabalho físico
O especialista Tim Cole e outros do mundo todo comentaram
sobre a integração sempre presente das tecnologias
colaborativas no espaço de trabalho. A forma apontada com
mais frequência de tecnologia colaborativa no local de trabalho
é o uso de conferência por vídeo e telefone. Embora não haja
novidade nisso, essas peças da tecnologia, aliadas aos avanços
em conexão de Internet, possibilitam novos meios de eficiência
aprimorada pela colaboração virtual e pela economia, pelo fato
de reduzir despesas de viagens.
“A conferência por vídeo e telefone vem ganhando
espaço. Vem substituindo as reuniões presenciais cada vez
mais. Existe um senso crescente de ineficiência do e-mail
e uma necessidade de substituí-lo por algo mais”.
Tim Cole, Alemanha - Autor de Internet, Management & Future
Trends in Technology
“Existe certa redução no lado da telepresença desse
aspecto, pois as ferramentas estão melhorando muito e é
possível ter boa qualidade no vídeo de um dispositivo
móvel. Definitivamente, existem desafios, principalmente na
China, eu acho, e em alguns lugares da Índia, em que a
largura de banda é um problema, mas costuma ser usada”.
Susan Lim, APAC – Líder de estratégia no local de trabalho,
Pacífico Asiático, e diretora regional da Jones Land LaSalle
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Adoção da tecnologia no espaço de trabalho físico
(continuação)
Em muitas regiões, a preferência pela comunicação frente
a frente ainda existe e permanece crítica para firmar novas
relações de confiança. Em particular, o especialista Ricardo
Massola indicou que a comunicação frente a frente aliada a
uma documentação de acompanhamento enviada por e-mail
é a norma no Brasil. Especialistas dos EUA, Reino Unido
e China também apoiaram a necessidade das comunicações
frente a frente no local de trabalho, o que acaba gerando
a necessidade e o uso das tecnologias de videoconferência.
As melhorias nessas tecnologias já começaram a oferecer
maneiras de os usuários trabalharem entre sistemas,
plataformas e regiões, além de fornecer oportunidades
de eles colaborarem. Conseguir anotar apresentações
e enviar notas e feedback depois de uma chamada estão
se tornando recursos padronizados. Os especialistas
especificaram que essas mudanças sutis, aliadas aos recursos
adicionados, sugerem uma adoção mais sólida futuramente.
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“Eu acho que as pessoas têm uma capacidade
impressionante de se adaptar contanto que tenham
determinados recursos. Uma delas é, por exemplo,
o contato visual simulado, ou seja, se você achar que pode
ver tal pessoa e ela ver você, vai ajudar no relacionamento
de telecomutação construído de forma que não é possível
apenas com mensagens instantâneas ou chamadas
telefônicas, etc, itens que podem agregar muito valor”.
Patricia Wallace, EUA - Diretora sênior de tecnologia da
informação da Johns Hopkins University
Os pontos principais
A mudança fundamental em
como o local de trabalho
está se desenvolvendo
se baseia no conceito
de “trabalho com base
em atividade”, tanto com
relação a onde e como as
pessoas trabalham melhor
como com relação a qual
formato diferente o trabalho
é mais bem realizado.
14
A mudança para planos
de espaço aberto e
colaborativo ficou oscilando
na ponta da aceitação por
parte dos funcionários, mas
estagnou, pois métodos
de trabalho diferentes não
foram levados em conta.
Os especialistas sugeriram
que designs híbridos que
incluam escritórios ou baias
com salas de conferência
e espaços de colaboração
serão a próxima iteração.
As ferramentas de
colaboração agora são
onipresentes nas
organizações maiores
e são importantes para
o trabalho virtual eficiente,
contanto que os funcionários
estejam suscetíveis a se
adaptar e a adotar.
Adoção da tecnologia no local de
trabalho
Um funcionário, diversos dispositivos
Os dias de um dispositivo para regular tudo se foram.
A mudança rumo à computação e ao trabalho com diversos
dispositivos se tornou evidente, tanto que os especialistas
acham que a computação passará para a otimização das
ferramentas certas para a função certa, no lugar de esperar
o surgimento de novos dispositivos juntos. O BYOD, conforme
solicitado neste estudo, significa “Bring Your Own Device”,
ou traga seu próprio dispositivo, um movimento pelo qual
os funcionários podem utilizar dispositivos pessoais para fins
profissionais.
“Eu acredito que exista um kit de ferramentas essencial para
o trabalho remoto e, como eu disse, pelo menos
três dispositivos: seu celular, seu tablet e seu computador.
Eu acho que você precisa ter a capacidade de fazer
videoconferências. Você precisa de uma forma de receber
mensagens imediatamente, então não importa se você usa
voz ou voz com telefone, seja lá o que for, você precisa ser
encontrado. Em um mundo perfeito, as pessoas são letradas
em multidispositivos e usam telefone, tablet e notebook
como forma de padronização e de usar melhor cada um”.
Robin Raskin, EUA - Fundadora e CEO da Living in Digital Times
“Eu acho que você verá mais tecnologias que o tornam
mais eficiente quando estiver fora de um escritório físico
ou ambiente corporativo”.
Geri Stengel, EUA - Presidente e planejador estratégico com foco
em mulheres e tecnologia
16
Um funcionário, diversos dispositivos (continuação)
O conceito de “kit de ferramentas essencial” foi reiterado pelos
especialistas do mundo todo como a próxima etapa progressiva
na adoção de novas tecnologias no espaço de trabalho. O uso
de diferentes formatos para criar e gerar resultados específicos
foi rotulado uma tendência da qual os empregadores precisam
estar cientes. Como os próprios funcionários estão investindo
na entrega de resultados de qualidade de maneira eficiente, o uso
de ferramentas apropriadas para projetos variados é esperado.
A especialista Robin Raskin, fundadora e CEO da Living in Digital
Times, compartilhou sua regra de telas – quanto maior a tela,
mais tempo a pessoa passa trabalhando no dispositivo; quanto
menor a tela, com mais frequência e eficiência a pessoa utiliza
o dispositivo. Essa noção se alinha com a demanda global por
mobilidade, mas também com a mudança subjacente para o
trabalho com base em atividade, muito mais ainda com o BYOD
por expandir a disponibilidade do dispositivo.
“Todos têm o telefone mais inteligente do mercado,
portanto eles basicamente carregam um miniescritório em
seus telefones, ou seja, tudo cabe na palma da mão.
E, quando precisa de algo mais, existe o tablet. Você
consegue fazer praticamente tudo ali, com um de seus
dispositivos”.
Pallavi Shrivastava, Índia - Consultora de estratégias para locais
de trabalho e pesquisadora comportamental
“Acho que as pessoas usam diversos dispositivos porque
não existe um só que faça tudo. Alguns aspectos
são melhores para A, enquanto outros são melhores para
B, e a menos que a tecnologia dê um jeito nisso,
continuaremos vendo essa proliferação. Segundo estudos
de Gartner, o número médio de dispositivos por pessoa
varia entre 6 e 7, e eu não sei se isso é bom, mas prefiro
menos dispositivos”.
Jai Menon, EUA – VP e Chief Research Officer da Dell
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BYOD
Mais da metade dos funcionários do mundo todo usam um
dispositivo pessoal para fins profissionais ou esperam fazê-lo
no futuro. Em algumas instâncias, é um caso de preferência
do funcionário levar seus próprios dispositivos e, em outras,
uma iniciativa corporativa foi promovida para que os
funcionários escolhessem seus dispositivos. Seja como for,
a demanda por instrumentos de maior qualidade no local
de trabalho está sendo atendida com a modesta oferta do
BYOD no mundo todo.
“Eu acho que é mais uma questão de “use seu próprio
dispositivo” do que “traga seu próprio dispositivo”, pois, na
cabeça das pessoas, “trazer” tem uma conotação de levar
algo para o escritório. Eu trago por dentro do firewall
e espero que o gerente de TI faça algo com isso”.
Steve Lalla, EUA - Vice-presidente e gerente geral da Dell
“No final das contas, os funcionários são consumidores,
portanto suas experiências com seus dispositivos de
consumo e softwares de consumo geram um enorme
impacto sobre a TI. As expectativas sobre o nível de
capacidade e facilidade de uso do lado do consumidor
estão surtindo um impacto dramático sobre as
ferramentas que a TI pode implantar”.
Bob O’Donnell, EUA - Fundador e analista-chefe da TECHnalysis
Research
18
BYOD (continuação)
A vantagem do BYOD se tornou aparente quando os
funcionários indicaram uma preferência pelo uso de dispositivos
pessoais no lugar dos corporativos. Na medida em que os
protocolos de segurança foram desenvolvidos, o conceito
do BYOD progrediu para dispositivos complementares,
como tablets ou notebooks secundários para uso remoto.
Em certas instâncias, os funcionários são conhecidos por
trazer seus próprios notebooks pessoais, mas precisam
instalar medidas de segurança adicionais.
“Agora existem pessoas carregando tablets e um
notebook e alternando entre eles. Hoje, com o advento
da tecnologia dois-em-um, em que você tem um
dispositivo que pode ser tablet e notebook, vemos que
esses são os modelos dos quais as pessoas vão atrás,
pois elas podem ter as duas experiências”.
David Buchholz, EUA - Diretor de estratégias empresariais ao
cliente da Intel Corporation
De uma perspectiva global, países como China, EAU e Índia são
abertos ao BYOD. Por exemplo, a China, o rápido consumo de
novas tecnologias está gerando demanda para o BYOD e, em
alguns casos, as organizações estão permitindo que os funcionários
selecionem dispositivos para serem financiados por elas.
“A adoção de novas tecnologias na Ásia é rápida. Todo
mundo precisa ter a nova versão da nova ferramenta, e as
próprias pessoas investem nisso. Vejo as pessoas andando
com diversos telefones e tablets, além de todos os tipos
de itens que não são necessariamente fornecidos pela
empresa. Portanto, existe, sim, uma demanda absoluta
pelo BYOD nessa região”.
Susan Lim, APAC – Líder de estratégia no local de trabalho,
Pacífico Asiático, e diretora regional da Jones Land LaSalle
“Traga seu próprio dispositivo’ está se tornando popular
em diversas organizações governamentais também. Os
smartphones e os tablets estão substituindo desktops e
notebooks. Vemos certa mudança na maneira como os
funcionários estão usando os recursos de computação.
Percebemos que o foco maior é sobre o celular”.
Saeed Al Dhaeri, EAU - Pesquisador de tecnologia e palestrante
internacional
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BYOD (continuação)
O BYOD em outros países, como a Rússia e a Alemanha, tem
adoção mais lenta por causa do alto custo de propriedade
e questões de segurança. As questões de segurança
e legalização são preocupantes em todas as regiões, mas
algumas são mais otimistas e confiantes quanto à tecnologia.
No caso do Brasil, país mais influente da América do Sul, o BYOD
ainda precisa decolar. As normas do local de trabalho padrão
exigem que as corporações forneçam aos funcionários todas as
tecnologias necessárias. Além disso, os especialistas sugerem que
as exigências de infraestrutura e segurança ainda precisam amadurecer a um ponto de fácil integração para os especialistas de TI.
“Os alemães são muito preocupados com a segurança,
como já se sabe. Existe quase que uma fixação por
poder controlar os dispositivos que os funcionários
usam. É claro que se o funcionário carrega um consigo,
não existe forma legal de impor a instalação de,
digamos, atualizações de segurança ou softwares
especiais de segurança, ou seja lá o que for”.
“Não, não é comum. Às vezes você vê as pessoas
trazendo seus próprios notebooks, mas apenas se
precisarem fazer algo mais particular ou algo assim. Se
você usar um notebook ou vir as pessoas usando
notebooks, 100 por cento pertencerão à empresa. Aqui
no Brasil, não temos a mesma política cultural de você
poder levar seus próprios bens para o escritório”.
Tim Cole, Alemanha - Autor de Internet, Management &
Future Trends in Technology
Ricardo Massola, Brasil – Consultor internacional em ergonomia
“A Dell introduziu um produto chamado Enterprise
Mobility Manager no início do ano para gerenciar
dispositivos móveis, PCs e notebooks de maneira
uniforme, incluindo dispositivos BYOD e dispositivos
fornecidos pela empresa. Existem quatro categorias
a considerar: é BYOD ou fornecido pela empresa,
e é dispositivo móvel ou PC. O EMM então sustenta
esses quatro itens de maneira uniforme”.
Jai Menon, EUA – VP e Chief Research Officer da Dell
20
Dispositivos de toque no local de trabalho
Como resultado do BYOD, a introdução de tablets e toque
no local de trabalho acarretou altas expectativas de adoção
em massa. Em retrospectiva, os especialistas revelaram que
essas expectativas eram infundadas e ainda precisam se
moldar por razões semelhantes como a adoção geral do tablet.
“Em 2010, a PC World previu que os iPads invadiriam as
empresas. Mas a Intel previu corretamente e, em seu
lugar, entregou um cliente que atendesse às reais
necessidades do cliente, e não a reação instantânea do
consumidor”. David Buchholz, EUA - Diretor de estratégias
empresariais ao cliente da Intel Corporation
De uma perspectiva global, o uso dos dispositivos de toque
proliferou entre todas as regiões. A especialista Catherine
LeJesalle especificou que a adoção do toque é tão aparente
na França que aproximadamente uma em quatro famílias
possui dispositivos de toque na forma de tablets e smartphones,
usados tanto pessoal como profissionalmente. Da mesma
forma, o entusiasmo é ecoado no Reino Unido, EAU e Turquia,
já dando sinais em países como Índia e África do Sul. A diferença
de adoção na Índia e na África do Sul é atribuída ao custo
como sendo uma barreira quando comparada com celulares
e notebooks. No caso do Brasil, a falta do toque é atribuído
ao custo, ao status e ao fato de que os empregadores ainda
precisam fornecer esses dispositivos.
Embora as expectativas de adoção e experiência de usuário
quanto ao toque sejam diferentes do que se supôs originalmente,
o uso de dispositivos de toque se alinha com a tendência geral
do trabalho com base em atividade em diversos dispositivos.
Como o toque ainda precisa acumular casos de uso no local
de trabalho que substituam completamente os dispositivos de
computação, os especialistas não esperam que os dispositivos de
toque se tornem um complemento aos notebooks e celulares.
“Acho que o motivo pelo qual [o toque] não decolou é o
fato de não ser tão valioso quanto deve ser. E em termos
de comunicar o que quero fazer da maneira mais simples
possível, o toque tem um caminho a percorrer ainda”.
Jai Menon, EUA – VP e Chief Research Officer da Dell
21
Thin Clients e VDI
A introdução de thin clients e infraestrutura de desktop virtual
(VDI) é razoavelmente cíclica por natureza. Uma tendência
a esses dispositivos aconteceu rapidamente e se perdeu,
voltando recentemente a dar sinais de vida. Os especialistas
concordam que, embora os profissionais sejam familiarizados
com thin clients e VDI até certo ponto, são as iniciativas
corporativas que os apresentam ao local de trabalho. Assim
os thin clients e a VDI se posicionam como dispositivos
autorizados pela empresa, que estão ganhando força no
mercado e no reconhecimento do consumidor.
“Os negócios de thin client agregam aproximadamente
6 milhões de unidades globalmente por ano. A propósito,
crescendo entre 8% e 10% ao ano, ou seja, está em uma
curva de crescimento excelente. Por isso os thin clients
são relativamente pequenos em relação a como diversos
PCs são adquiridos para fins comerciais do ponto de vista
da porcentagem, mas está crescendo e nós vemos mais
interesse em thin clients físicos para acessar o data center
da VDI”.
Steve Lalla, EUA - Vice-presidente e gerente geral da Dell
“Poucas pessoas usam thin clients em casa; na verdade,
quase ninguém. As únicas exceções são os profissionais
de call center que trabalham em casa, mas esse é um tipo
muito especializado de ambiente. ”
Bob O’Donnell, EUA - Fundador e analista-chefe da TECHnalysis
Research
22
Thin Clients e VDI (continuação)
Apesar da falta de reconhecimento geral sobre thin clients
e VDIs, outro obstáculo que impede essa tecnologia de se
tornar um mainstream é o fato de cair no esquecimento.
Os especialistas indicam que essa tecnologia se tornará
mais relevante quando a cloud computing e as tecnologias
virtuais forem normas.
“Um importante elemento tecnológico é a capacidade
de acessar dados remotamente. Isso já é possível há
anos, começando com a antiga VPN dial-up, mas a VPN
atual e, agora, a tecnologia VDI tornam isso mais fácil
e mais seguro. Acho que a possibilidade de as pessoas
acessarem dados em qualquer lugar e a qualquer hora
continuará crescendo e influenciando nossa maneira
e local de trabalhar”.
Dane Parker, EUA – Vice-presidente de instalações globais
e EHS da Dell
O uso de thin clients e desktops virtuais fora dos mercados
desenvolvidos é limitado. Especialistas da África do Sul
e Turquia indicaram o uso de thin clients com aplicativos
de armazenamento baseado em cloud computing, mas isso
ainda está só no início. Da mesma maneira, nos EAU, tanto
o setor público como o privado começaram a utilizar essas
tecnologias e esperam que elas ganhem espaço com
a proliferação da cloud computing.
“Você verá que a grande maioria das corporações sulafricanas já se virtualizou e migrou para a cloud
computing privada até certo ponto. Agora elas estão
começando a adotar, por exemplo, o Office 365 em nível
corporativo. Em geral, são programas locais e carregados,
que são pesados e precisam de um PC adequado para
executar. Elas executam programas de legado em
sistemas
de
back-end
claramente
atualizados,
provavelmente a melhor maneira de fazê-lo”.
Steven Ambrose, África do Sul – CEO da StrategyWorx
“Com os desktops virtuais, você trabalha em qualquer
dispositivo, em qualquer lugar e tem acesso a todos os
dados da mesma maneira. Algumas pessoas gostam
disso, principalmente se usarem diferentes dispositivos
de clientes. Mas em alguns ambientes, as pessoas usam
apenas dispositivos desenvolvidos para permanecer
em um local físico, o que pode derrubar o propósito da
flexibilidade da VDI”.
Bob O’Donnell, EUA - Fundador e analista-chefe da
TECHnalysis Research
23
Expectativas futuras da tecnologia no local de
trabalho
Quando questionados sobre as tendências futuras das
tecnologias no local de trabalho, o consenso entre
os especialistas oscilou em torno de uma adoção da
videoconferência, mobilidade e toque, e pouca expectativa
de novas tecnologias gerarem grandes ondas. Em geral, os
especialistas também indicaram que, com a rápida evolução
da tecnologia, não haverá grandes surpresas na próxima
década, que a maioria dos formatos e tecnologias será
considerada dispositivos de legado e substituída por um
novo ciclo de tecnologia. Assim, a mesma complexidade
de adoção continuará.
O analista-chefe de tecnologia Bob O’Donnell apontou
o principal desafio que a tecnologia enfrenta com relação
à adoção e a por que a adoção de novas tecnologias tende
a ser maior nos mercados emergentes: menos influência do
legado. Até que os fornecedores de tecnologia consigam
dispersar as expectativas do usuário sobre softwares de
legado, a força de trabalho inerentemente terá obstáculos
para adotar novas tecnologias no futuro como fazem hoje.
24
“A falta de aplicativos móveis especificamente feitos para
essas novas plataformas é o motivo de a adoção ser lenta.
O toque só agrega valor quando você tem aplicativos que
o utilizam, porque, se não tiver, não haverá necessidade
dele. O real desafio é que diversas empresas executam
diversos aplicativos de legado. O motivo pelo qual novas
tecnologias como o toque têm grande adoção nos
mercados em desenvolvimento é por ter menos sistemas
legados com os quais lidar. Já nos mercados
desenvolvidos, existem muito mais softwares de legado
implantados, por isso é muito mais difícil de se livrar disso”.
Bob O’Donnell, EUA - Fundador e analista-chefe da TECHnalysis
Research
Os pontos principais
O “Kit de ferramentas
essencial” será
compreendido por um
notebook, um dispositivo
móvel e um tablet
futuramente. Os
especialistas indicam que
a tecnologia no local de
trabalho se alinhará com
o trabalho “com base
em atividade”.
25
BYOD é uma prática
mundial, principalmente
no ocidente e em
mercados desenvolvidos.
A segurança e as
formalidades continuam
preocupando os
empregadores, mas não
o bastante para evitar
completamente a oferta.
A adoção do toque no
local de trabalho começou
a ganhar força, mas agora
deve se alinhar com
o tal “Kit de ferramentas
essencial” como um
dispositivo de computação
complementar em vez
individualmente no local
de trabalho.
Trabalho remoto
O senso deturpado de profissional vs. pessoal
continua
O senso deturpado de vida profissional vs. vida pessoal não é
um conceito novo, mas que foi levado mais adiante nos últimos
anos, com suspeitas de ainda estar progredindo. Dependente
do setor, em qualquer período que seja, a ideia de levar trabalho
para casa não é novidade. Mais recentemente, este senso
de separação indistinta do trabalho vs. vida pessoal pode
ser diretamente atribuído às novas tecnologias disponíveis
no local de trabalho. Com as tecnologias aumentando
a flexibilidade de quando e onde trabalhar, os funcionários
começam a considerar suas vidas pessoal e profissional
entrelaçadas, mais do que jamais visto, e por vontade própria.
“As linhas estão totalmente deturpadas, entre trabalho
e casa, a um nível alto, para melhor ou pior. Eu acho
que para melhor, porque significa que você tem paixão
pelo que faz”.
Robin Raskin, EUA - Fundadora e CEO da Living in Digital Times
“Estamos em um momento em que existe uma
fragmentação disso como nunca se viu. Se você está no
ramo de conhecimento, se trabalha na área de tecnologia
ou na área de criação e artes, acho seguro dizer que existe
uma deturpação maior ainda do trabalho. Não acontece
mais apenas no escritório, ou seja, vai com você para casa
e para outros lugares. Você se conecta ao trabalho por
diversos dispositivos digitais e portais a partir de vários
lugares. Acho que essa é uma tendência contínua há,
no mínimo, uma década”.
Genevieve Bell, EUA - Diretora de experiência do usuário da Intel
Corporation
“Os alemães falam muito sobre o equilíbrio entre vida
pessoal e profissional, sobre a compartimentalização entre
o trabalho e a vida privada. Isso fica na teoria. Na prática,
obviamente, o profissional digital nunca se desliga.
Na teoria, você está acessível, pelo menos, 24 horas por
dia, 7 dias por semana”.
Tim Cole, Alemanha - Autor de Internet, Management & Future
Trends in Technology
27
O senso deturpado de profissional vs. pessoal
continua (continuação)
Nesta situação, considera-se que a tecnologia esteja no
ápice do problema. A tecnologia aprimorada oferece aos
empregadores e funcionários a chance de ajustar o que
o conceito de “levar trabalho para casa” significa.
“A tecnologia é uma faca de dois gumes para os
profissionais, pois o benefício é que o aumento da
flexibilidade e da mobilidade das pessoas possibilita
grandes avanços, com um potencial de equilibrar
melhor a vida pessoal e a profissional. As pessoas
podem trabalhar em qualquer lugar. As empresas
podem economizar, pois precisam de menos espaço
físico para acomodar seus funcionários. Se as pessoas
quiserem trabalhar no escritório de Berlim ou de San
Francisco, elas podem. Se quiserem ficar em casa com
os filhos, agora ficou muito mais fácil, dependendo da
abertura cultural corporativa de se organizarem
tecnologicamente para conseguir isso. O problema
é que nossa cultura de trabalho não se desenvolveu
a ponto de acompanhar essa tendência de que agora
é possível trabalhar o tempo todo”.
Dorie Clark, EUA - Colaboradora da Harvard Business Review
e da Forbes Magazine
28
Em todos os países fora dos EUA e do Reino Unido, a possibilidade
de trabalhar em casa é considerada uma extensão do dia de
trabalho, não uma substituição. Em países como França, Alemanha
e Rússia, a mentalidade de “fora de visão” entra em jogo. Essa
expectativa de trabalhar fora do horário comercial não é vista com
um algo a mais, mas sim como uma prática de trabalho padrão.
“Todo mundo fala da boca pra fora sobre a ideia de
equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, mas algumas
organizações não respeitam o horário comercial, seja
pela ética do trabalho ou pela noção de que se
o funcionário tem responsabilidade, que seja ininterrupta”.
Yuri Ammosov, Rússia - Diretor de inovações do Centro de
Análises do Governo da Federação Russa
“O problema na França, e nós somos uma exceção, é que
aqui existe o pensamento, na cabeça do gerente, de que
se você não está no escritório, não está trabalhando”.
Catherine Lejealle, França - Socióloga sobre o comportamento
do consumidor, mobilidade e local de trabalho
O senso deturpado de profissional vs. pessoal
continua (continuação)
Apesar da variabilidade global no equilíbrio entre vida pessoal
e profissional, estamos começando a ver em alguns mercados
um senso forçado de barreiras decretadas pelos funcionários.
Seja em relação à localização física ou à acessibilidade móvel,
algumas corporações estão começando a endireitar as
barreiras da acessibilidade ao servidor, recusando-se a
responder aos e-mails depois do horário comercial ou por
outros meios. Embora isso não seja um resultado direto dos
profissionais remotos nem de restrições orçamentárias, os
empregadores estão começando a redefinir o conceito de
profissional vs. pessoal para dar espaço à produtividade e à
felicidade de seus funcionários.
“O interessante é que, se você olhar para fora dos EUA,
principalmente na Europa Ocidental e cada vez mais no
setor financeiro de Nova York, verá um estímulo para
voltar a conter o trabalho dentro dos confins físicos do
escritório ou de determinado número de horas. Algumas
empresas grandes da Europa se dissuadiram, há pouco
mais de um ano, para não permitir que os funcionários
levem a tecnologia para casa. Ou, no caso de algumas
empresas, acredito que na França e na Alemanha,
desativar o serviço de e-mails aos finais de semana para
que os e-mails não cheguem e que não haja trabalho
nesse período”.
Genevieve Bell, EUA - Diretora de experiência do usuário da Intel
Corporation
“Acho que é muito simples. As empresas esperam que os
caras sejam mais produtivos, pois a produtividade é a
espinha dorsal da empresa, e eu acho que os funcionários
querem ser mais eficientes, portanto precisam de acesso
igual ao que receberiam em um ambiente de trabalho
tradicional”.
Steve Lalla, EUA - Vice-presidente e gerente geral da Dell
29
O espaço de trabalho do profissional remoto
Independentemente do que se espera, a possibilidade de trabalhar
remotamente com eficiência foi considerada dependente de
dois fatores principais: tecnologia e local. Os especialistas do
mundo todo indicaram, como resultado das horas a mais sendo
contabilizadas em casa, que os funcionários estão abertos
a utilizar seus próprios dispositivos para o trabalho remoto.
Isso se deve parcialmente à acessibilidade e disponibilidade da
tecnologia, mas também como um resultado da demanda do
consumidor por formatos melhores ou alternativos.
“Muitas
pessoas
têm
equipamentos
melhores
e conexões com a Internet mais rápidas em suas casas
do que no local de trabalho. Então estamos vendo
experimentos nos quais mais pessoas trabalham
em casa com mais frequência do que nunca”.
Bob O’Donnell, EUA - Fundador e analista-chefe da
TECHnalysis Research
30
Essa ideia apareceu em diversos casos com relação a tecnologia,
produtividade, moral do funcionário e acessibilidade. Apesar
de todos os fatores variados, a conclusão geral foi de que os
profissionais remotos tendem a acessar dispositivos alternativos
para trabalhar quando estão fora do escritório.
“São duas partes. Por um lado, as pessoas querem ir para
o escritório pelo aprendizado e pela natureza social em
torno das pessoas com quem trabalham, mas, por outro
lado, em alguns casos, elas não podem trabalhar em casa
pela falta de infraestrutura”.
Susan Lim, APAC – Líder de estratégia no local de trabalho,
Pacífico Asiático, e diretora regional da Jones Lang LaSalle
O impacto sobre a evolução na carreira
Uma preocupação comum expressada entre os profissionais
remotos foi sobre o avanço na carreira. Nos EUA e Reino
Unido, os especialistas indicaram que a tecnologia não
agrega nem desvaloriza o possível progresso de carreira do
candidato; no lugar disso, sobressair é uma responsabilidade
do funcionário. Como as tecnologias oferecem mais opções
quanto à forma de trabalho, recai sobre o empregador a
consciência de que os funcionários são basicamente aqueles
que executam o trabalho; a tecnologia é meramente uma
ferramenta de capacitação.
“Eu acho que as pessoas são a espinha dorsal de seus
trabalhos, por isso concordo que parte desse trabalho seja
muito importante hoje e no futuro. O truque é: como essas
pessoas querem se aproximar dos clientes, em campo, e
ser mais móveis, como posso fazer com que elas acessem
os aplicativos e o conteúdo que foram desenvolvidos e
projetados para serem disponibilizados apenas em um
ambiente de trabalho físico e seguro? Como eu libero
a pessoa para estar na frente do cliente, com seus colegas
e parceiros, além de usar os dispositivos que têm e ser
produtiva? Acho que a tecnologia é uma capacitadora.
A tecnologia não necessariamente é quem faz tudo”.
Steve Lalla, EUA - Vice-presidente e gerente geral da Dell
31
O impacto sobre a evolução na carreira (continuação)
A associação de que o trabalho remoto impacta o avanço na
carreira não é fundamentada nem negada em outras regiões, já
que o conceito de trabalhar remotamente já se tornou mainstream.
Os especialistas não comentaram sobre qualquer correlação; no
entanto, uma dinâmica hierárquica foi sugerida quanto ao motivo
de os empregadores de outros mercados preferirem a acessibilidade
física, frente a frente, de seus funcionários.
Na Índia, China, Japão, EAU, Turquia, África do Sul e Brasil, o conceito
de hierarquia cultural, orientação profissional e presença são
componentes importantes do trabalho da pessoa. A ideia de trabalhar
remotamente é extremamente incomum e leva à perda de orientação
e oportunidades em potencial. Embora as organizações estejam se
nivelando e as culturas estejam ostentando visões modernas, as
expectativas culturais permanecem.
“É um padrão desta sociedade.
orientação, tutoria e atenção. ”
Você
precisa
No mundo todo, os especialistas também indicaram que, se os
empregadores estivessem mais cientes dos motivos pelos quais
contrataram determinados funcionários, especificamente aqueles
que trabalham remotamente, deveriam se preocupar menos
com a produtividade e os resultados ao avaliar seu trabalho.
“Se você trabalha no Google, já demonstrou altos níveis de
realizações. É aí que eles ganham. Eles contratam pessoas
que têm uma motivação tão alta que não precisam se
preocupar com o fato de elas se descuidarem do trabalho,
então aproveitam isso. Não se trata de como estão
conectadas. Eles contratam pessoas que são assim”.
Mark Crowley, EUA - Agente de mudanças de liderança e autor
de Lead from the Heart
de
Dra. Hakan Ercan, Turquia - Professor de economia e consultor
da Turkish Labor Markets
“Em geral, saímos do escritório depois que nosso chefe
sai. Se os gerentes e diretores não saírem cedo do
escritório, você também ficará ali. É uma questão cultural
que mostra que você está trabalhando bastante, por isso
ficou além da conta”.
Ricardo Massola, Brasil – Consultor internacional em ergonomia
32
O impacto sobre a evolução na carreira (continuação)
Independentemente da produtividade, eficiência e
tecnologia, continua havendo um estigma em torno do
trabalho remoto com “presença” limitada. Os especialistas
indicaram que, nos EUA, a expectativa de estar no escritório
fisicamente está começando a se dissipar de forma geral e
que o real desafio é conseguir cultivar a confiança e relações
naturais. Sem as oportunidades orgânicas de desenvolver
essas relações, os funcionários precisam trabalhar mais na
criação dessas dinâmicas, algo considerado o último
problema no que diz respeito ao trabalho remoto.
“Eu diria que é um rápido estigmatismo em declínio o
fato de não estar no escritório ser algo ruim, mas quero
advertir que haverá ambientes de trabalho em que
esta será a única maneira de trabalhar por diversas
razões. Em alguns ambientes, independentemente
do seu desejo como funcionário de consumir dados
e aplicativos fora desse local, pode não haver
possibilidade do ponto de vista da regulamentação ou
compliance”.
Steve Lalla, EUA - Vice-presidente e gerente geral da Dell
33
“Eu acho que o desafio para qualquer funcionário que
trabalha em casa, ou com um notebook, que trabalha em
um escritório diferente com outras pessoas, é que não
importa a qualidade do seu trabalho, você tem menos
oportunidades orgânicas de construir relacionamentos
casuais com as pessoas; portanto, pode ser mais difícil
desenvolver essa confiança implícita. As pessoas não
vão querer promove-lo a menos que a conheçam bem
e que confiem em você. Você pode instilar essa confiança
apenas fazendo um bom trabalho, mas isso também pode
acontecer por meio de diversas interações sólidas que
você tem cara a cara com as pessoas, para elas
conhecerem um pouco da sua personalidade. Pode ser
uma desvantagem trabalhar em casa ou remotamente,
mas é uma desvantagem contornável se você for
estratégico quanto a encontrar maneiras de aparecer com
frequência, se esforçar para aparecer nas reuniões e se
mostrar de maneira proativa”.
Dorie Clark, EUA - Colaboradora da Harvard Business Review
e da Forbes Magazine
Os pontos principais
O que é considerado
trabalho remoto nas
regiões ocidentais, como
EUA e Reino Unido, não
é o mesmo em outros
países, em que trabalhar
em casa é uma extensão
do seu dia de trabalho.
34
Os depoimentos dos
especialistas indicam que,
apesar do acesso a tecnologias
mais novas e a ferramentas
de colaboração, as expectativas
de cultura e local de trabalho
não deixam espaço para a
adoção do trabalho em casa
como um padrão num futuro
próximo, mas possivelmente
daqui a três ou cinco anos.
O trabalho remoto em
relação à evolução na carreira
depende do funcionário.
Especialistas nos EUA, Reino
Unido e Índia dizem que
o sucesso da pessoa depende
de sua capacidade individual
de ser produtiva seja qual for
o local.
Futuras tendências
A Internet das Coisas
Quando questionados sobre o futuro, os especialistas
revelaram uma antecipação da conectividade móvel
avançada, da computação e da Internet das Coisas (IoT) nos
próximos anos. Com tantas empresas se concentrando em
coletar e disponibilizar dados como resultado das conexões
móveis, é uma suposição justa que a IoT entre no local de
trabalho. A Rússia, a África do Sul e o Brasil são pessimistas
sobre quando a Internet das coisas realmente chegará a suas
regiões, mas APAC, EAU e Turquia esperam a integração
dessa conectividade em breve para terem as Cidades
inteligentes. O prazo esperado para que a Internet das
Coisas se torne acessível gira em torno de dois a cinco
anos. Independentemente de quando e onde a Internet das
Coisas começará a aparecer, o consenso geral é que ela
trará mais oportunidades de trabalhar com eficiência.
36
“Haverá mais telas, mais dispositivos e mais maneiras de
se manter produtivo se, de fato, o funcionário e o
empregador entrarem em um acordo e os órgãos
regulatórios no setor proporcionarem essa oportunidade”.
Steve Lalla, EUA - Vice-presidente e gerente geral da Dell
2016
Big Data
Como um subconjunto da Internet das Coisas, os especialistas
indicaram que o Big Data teria mais probabilidade de ser
a chave em um futuro próximo, principalmente no que diz
respeito à evolução na carreira e produtividade. Atualmente,
as discussões sobre Big Data e avanços na carreira progridem.
Como os dados sempre foram um medidor fundamental de
como o avanço na carreira é estimado, o Big Data então não
está longe de desempenhar sua função nas futuras avaliações.
Os especialistas sugerem que o Big Data se tornará um
componente de suas avaliações na carreira, medindo a
produtividade dos profissionais remotos e um meio geral de
sintetizar os resultados do funcionário. No caso de futuros
avanços, mudanças no local de trabalho e oportunidades
de carreira, as estatísticas e os números expostos pelo
Big Data tendem a fornecer insights que antes eram
hipóteses, oferecendo mais perspectivas ao tomar decisões.
“Os dados sempre foram e sempre serão a base para
medir parte da performance de um funcionário,
mas a capacidade do funcionário, do ponto de vista
pessoal, de liderança e habilidade, é que difere o “o que”
e o “como””.
Steve Lalla, EUA - Vice-presidente e gerente geral da Dell
“Um aspecto vantajoso do big data é a capacidade de
usá-lo para criar melhores relacionamentos com seus
funcionários para que você entenda quais são os padrões
comportamentais e como atender melhor às suas
necessidades com ofertas inovadoras”.
Patricia Wallace, EUA - Diretora sênior de tecnologia da
informação da Johns Hopkins University
1011010110110101010101101 10110101
1101100001011000010101010111011000010
1001010001110100
37
Os pontos principais
Os especialistas estão
entusiasmados com a
ideia da Internet das
Coisas, mas são realistas
em suas expectativas de
quando ela entrará nos
mercados regionais.
38
O uso do Big Data no
progresso da carreira é
provavelmente o primeiro
passo da integração da
coleção de dados no local
de trabalho, pois pode
fornecer insights valiosos
quanto à eficiência do
funcionário.
Olhando para a frente
39
Olhando para a frente
No decorrer do estudo, os especialistas compartilharam suas
perspectivas sobre o atual estado da força de trabalho e como
a tecnologia cercou várias regiões. Embora as métricas de
crescimento e adoção variem de região para região, a escolha
das tecnologias é homogênea em todo o globo. Isso
permanecerá futuramente, com uma expectativa geral no
mundo todo indicando que a força de trabalho passará daquilo
que existe – uma abordagem desvinculada sobre flexibilidade no
trabalho – para uma forma mais ampla de realizar o trabalho.
Especialistas do Reino Unido e dos EUA preveem que as
massas migrarão para o remoto, aumentando a necessidade
e a demanda de soluções móveis. Da mesma maneira,
os especialistas internacionais sugerem que os avanços
tecnológicos auxiliarão com mais flexibilidade, embora ainda
hesitantes com uma força de trabalho completamente móvel.
Por isso, o mercado tende a ver mais tecnologias que auxiliam
os indivíduos a prosperar mais fora do escritório físico.
A velocidade com que as soluções de trabalho remoto são
adotadas tende a variar conforme os obstáculos de legado,
conforme mencionado anteriormente, mas a demanda de
tecnologia e a flexibilidade continuarão constantes.
“Certamente estamos migrando para uma era, pelo menos
no conceito de trabalho de conhecimento, em que existe
mais heterogeneidade e flexibilidade. Mais opções e mais
flexibilidade”.
Genevieve Bell, EUA - Diretora de experiência do usuário da Intel
Corporation
40
“Eu não acredito que as organizações chegarão ao ponto
de dizer: “Ninguém mais precisa vir”. Não vejo isso acontecer.
Eu acho que a dinâmica de as pessoas estarem no mesmo
lugar, trabalharem no mesmo lugar, poderem conversar
é muito valiosa. Mas também acho que trabalhar em casa
é uma conveniência que aproveitar. Eu só não acho
que chegaremos a um ponto em que as pessoas trabalharão
em casa”.
Mark Crowley, EUA - Agente de mudanças de liderança e autor de
Lead from the Heart
“Uma mudança clara com a tecnologia é que ela continua
oferecendo a possibilidade de trabalhar mais. Acho que as
empresas enxergam isso como um dos principais benefícios
da mobilidade e do BYOD. As empresas conseguem mais
produtividade de seus funcionários justamente por causa do
tempo adicional gasto. Não necessariamente se trata de mais
produtividade por hora, mas apenas mais horas, se você
tiver fornecido a eles os dispositivos móveis mais eficientes”.
Bob O’Donnell, EUA - Fundador e analista-chefe da TECHnalysis
Research
“A Dell espera oferecer opções aos clientes, ou seja, todas
as maneiras diferentes com as quais eles queiram trabalhar”.
Jai Menon, EUA – VP e Chief Research Officer da Dell
Contribuições da Dell e da Intel com a tecnologia
de local de trabalho
Depois de conversar com especialistas no mundo todo, a TNS
e a Cascade Insights conversaram com especialistas líderes da
Dell e da Intel. Depois de coletar insights quanto à atual situação
do local de trabalho e da tecnologia, Steve Lalla, Jai Menon,
Dane Parker, David Buccholz e Genevieve Bell falaram sobre
iniciativas em andamento para auxiliar o local de trabalho em
formação, principalmente quanto à questão de mobilidade e
tecnologias do futuro.
A capacidade que a Dell e a Intel têm de conseguir tocar e
agregar valor a diferentes partes da computação proporciona
uma grande oportunidade de ajudar a desenvolver tecnologias
que afetam cada parte do novo local de trabalho que se forma.
Por se relacionar ao trabalho remoto que utiliza VPN, thin
clients e VDI versus componentes que são integrais na coleta
de Big Data e alimentação da Internet das Coisas, as duas
empresas serão importantes em relação às futuras tecnologias.
“Temos projetos de pesquisa analisando tecnologias em
diversas áreas. Quatro áreas específicas em que nos
concentramos são: data center de última geração
e Cloud computing, a segunda é Segurança, a terceira
é Big Data e a quarta é Mobilidade e Internet das Coisas”.
Jai Menon, EUA – VP e Chief Research Officer da Dell
41
“A Intel e a Dell estão, há tempos, inovando em
plataformas de computação, seja para os desktops agora,
para os notebooks e tablets e os dois em um. Vejo esse
compromisso contínuo de trazer a melhor performance
para os dispositivos de formatos mais apropriados
e opções para as pessoas. Porque é disso que precisamos.
Precisamos de um dispositivo que seja mais relevante no
momento presente — mais relevante por sua performance,
seu formato ou o que quer que seja”.
“Acredito que continuaremos vendo a parceria entre Intel
e Dell rumo à inovação em formatos tradicionais e, em
alguns lugares, trabalhando juntas. O tablet não existia
quatro ou cinco anos atrás, certamente não do jeito como
existe hoje. Acho que às vezes existem novas
possibilidades quanto à maneira como nos conectamos
e colaboramos”.
Genevieve Bell, EUA - Diretora de experiência do usuário da Intel
Corporation
Os pontos principais
Os futuros avanços
tecnológicos permitirão
mais flexibilidade e
ajudarão melhor os
indivíduos fora do
escritório físico.
42
Dell e Intel se comprometem com a
inovação no suporte
à força de trabalho
em formação com
iniciativas centradas na
disponibilização da
melhor performance
e oferta de opções de
local de trabalho.
Lista de especialistas
43
Lista de especialistas - EUA
David Buchholz, EUA
Diretor de estratégias empresariais ao cliente
da Intel Corporation
Dorie Clark, EUA
Colaboradora da Harvard Business Review
e da Forbes Magazine
Genevieve Bell, EUA
Diretora de experiência do usuário da Intel Corporation
Geri Stengel, EUA
Presidente e planejador estratégico com foco em
mulheres e tecnologia
Steve Lalla, EUA
Vice-presidente e gerente geral da Dell
Bob O’Donnell, EUA
Fundador e analista-chefe da TECHnalysis Research
Robin Raskin, EUA
Fundadora e CEO da Living in Digital Times
Patricia Wallace, EUA
Diretora sênior de tecnologia da informação da
Johns Hopkins University
44
Mark Crowley, EUA
Agente de mudanças de liderança e autor de
Lead from the Heart
Dane Parker, EUA
Vice-presidente de instalações globais e EHS da Dell
Jai Menon, EUA
VP e Chief Research Officer da Dell
Lista de especialistas - Internacional
APAC – Susan Lim
Líder de estratégia no local de trabalho, Pacífico
Asiático, e diretora regional da Jones Lang LaSalle
China – Wouter Hofman, Diretor sênior do programa
de transformação global da Philips International
França – Catherine Lejealle
Socióloga sobre o comportamento do consumidor,
mobilidade e local de trabalho
Alemanha – Tim Cole
Autor de Internet, Management and Future Trends
Índia – Pallavi Shrivastava
Consultora de estratégias para locais de trabalho
e pesquisadora comportamental
Rússia – Yuri Ammosov
Diretor de inovações do Centro de Análises do
Governo da Federação Russa
45
África do Sul – Steven Ambrose
CEO da StrategyWorx
Reino Unido – Peter Thompson
Palestrante, autor e consultor da Future Work
EAU – Saeed Al Dhaeri
Pesquisador de tecnologia e palestrante
internacional
Turquia – Dr. Hakan Ercan
Professor de economia e consultor da Turkish
Labor Markets
Brasil – Ricardo Massola
Consultor internacional em ergonomia

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