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ESPM – Escola Superior e Propaganda e Marketing Pós-graduação em Marketing Estratégico Módulo: Projeto Aplicado – Plano de Marketing Plano de Marketing 2012-2013 Unidade Justiça – Softplan/Poligraph Professor Orientador: Me. Genaro Galli Acadêmica: Bela. Daniela Schroeder Tabalipa Florianópolis, 16 de julho de 2012. 2 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 4 2- ANÁLISE DA EMPRESA ......................................................................................................................... 5 2.1- UNIDADE JUSTIÇA ........................................................................................................................................11 2.1.1- Composto mercadológico ............................................................................................................15 3- ANÁLISE DO MACRO AMBIENTE ................................................................................................... 27 3.1- FATORES ECONÔMICOS ................................................................................................................................27 3.2- FATORES POLÍTICO-LEGAIS..........................................................................................................................28 3.3- FATORES DEMOGRÁFICOS ............................................................................................................................33 3.4- FATORES SÓCIO-CULTURAIS ........................................................................................................................35 3.5- FATORES TECNOLÓGICOS .............................................................................................................................39 3.4- FATORES NATURAIS ......................................................................................................................................40 4- ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA ........................................................................................................ 44 4.1- CONCORRENTES NO SEGMENTO TRIBUNAIS REGIONAIS ..........................................................................44 4.1.1- MPS Informática ..............................................................................................................................44 4.1.2- INFOX Tecnologia da Informação .............................................................................................47 4.1.3- CNJ – Conselho Nacional de Justiça ........................................................................................51 4.1.4- Produtos Substitutos .....................................................................................................................54 4.1.4- Matriz de competitividade ...........................................................................................................60 4.1.5- Matriz de posicionamento ............................................................................................................61 4.2- CONCORRENTES NO SEGUIMENTO MINISTÉRIOS PÚBLICOS .....................................................................62 4.2.1- Pitang Agile IT..................................................................................................................................62 4.2.2- Produtos Substitutos .....................................................................................................................65 4.2.3- Matriz de competitividade ...........................................................................................................65 4.2.4- Matriz de posicionamento ............................................................................................................66 4.3- CONCORRENTES NO SEGUIMENTO PROCURADORIAS GERAIS ...................................................................67 5 – ANÁLISE DO MERCADO ................................................................................................................... 68 5.1- ANÁLISE DO MERCADO DE TRIBUNAIS DE JUSTIÇA ESTADUAIS ...............................................................68 5.1.1- Análise qualitativa de mercado .................................................................................................68 5.1.2- Análise quantitativa de mercado ..............................................................................................75 5.1.3- Análise da gestão de TI ................................................................................................................77 5.2- ANÁLISE DO MERCADO DE MINISTÉRIOS PÚBLICOS ..................................................................................82 5.2.1- Análise qualitativa de mercado .................................................................................................82 5.2.2- Análise quantitativa de mercado ..............................................................................................86 5.3- ANÁLISE DO MERCADO DE PROCURADORIAS ESTADUAIS .........................................................................87 5.3.1- Análise qualitativa de mercado .................................................................................................87 5.3.2- Análise quantitativa de mercado ..............................................................................................92 5.4- ANÁLISE DO MERCADO DE PROCURADORIAS MUNICIPAIS ........................................................................93 5.4.1- Análise qualitativa de mercado .................................................................................................93 5.4.2- Análise quantitativa de mercado ............................................................................................100 6- SEGMENTAÇÃO .................................................................................................................................... 102 3 6.1- SEGMENTAÇÃO POR SETOR ........................................................................................................................102 6.2- SEGMENTAÇÃO POR PORTE E BENEFÍCIO VALORIZADO PELO CLIENTE ....................................................104 7- MATRIZ SWOT ...................................................................................................................................... 112 8- OBJETIVOS ............................................................................................................................................ 115 9- POSICIONAMENTO ............................................................................................................................ 116 10- ESTRATÉGIAS MERCADOLÓGICAS .......................................................................................... 117 10.1- SEGMENTOS-ALVO ...................................................................................................................................117 10.2- PRODUTO ..................................................................................................................................................117 10.3- PREÇO .......................................................................................................................................................121 10.4- DISTRIBUIÇÃO ..........................................................................................................................................121 10.5- COMUNICAÇÃO .........................................................................................................................................121 11- PLANOS DE AÇÃO ............................................................................................................................ 124 12- ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA ...................................................................................... 126 13- FERRAMENTAS DE CONTROLE ................................................................................................... 129 4 1- Introdução O presente trabalho tem como objetivo a elaboração de um Plano de Marketing para a Unidade Justiça da empresa Softplan/Poligraph. O Plano de Marketing é um documento utilizado para apresentar as estratégias e ações voltadas para o mercado, com o intuito de obter posição competitiva. Além disso, orienta a empresa no detalhamento e na aplicação correta das ferramentas de marketing, otimizando seus esforços para alcançar os resultados desejados. O Plano de Marketing está em nível tático, por isso é subordinado ao Planejamento Estratégico e estabelece os objetivos e as estratégias para o período de um ano, logo, o presente plano terá validade de julho de 2012 a junho de 2013. Este projeto inicia com uma análise interna da empresa a fim de identificar pontos fortes e pontos fracos. Na sequência, faz a análise do ambiente externo englobando: macro ambiente, concorrência, mercado e segmento, com o objetivo de encontrar oportunidades e ameaças. Concluída as análises, definem-se objetivos de marketing para o período de um ano e as estratégias que ajudarão a alcançar esses objetivos. Estas são detalhadas em planos de ação. Após o plano de ação, faz-se a análise financeira, apresentando o retorno que a empresa terá com o presente planejamento. Por fim, determinam-se quais serão as ferramentas de controle e acompanhamento. 5 2- Análise da empresa A Softplan/Poligraph é a uma das maiores empresas de sistemas de gestão do Brasil. No mercado há 21 anos, desenvolve soluções para segmentos específicos de negócios, com foco nas seguintes áreas de atuação: indústria da construção; administração pública estadual e municipal; universidades; projetos cofinanciados por organismos internacionais; departamentos de infraestrutura, transportes e obras; e judiciário. Com mais de 1.600 clientes no Brasil e no exterior, a Softplan/Poligraph está sediada no Parque Tecnológico Alfa, em Florianópolis, onde abriga a maior parte dos seus quase mil colaboradores. Devido ao crescimento acelerado, a Softplan/Poligraph já está planejando a sua nova sede no Sapiens Parque, envolvendo um investimento de R$ 23 milhões. Esse crescimento também é retratado no faturamento, sendo que a empresa encerrou 2011 com faturamento de R$ 98 milhões, 40,41% a mais do que em 2010. A empresa nasceu no dia 1º de outubro de 1990 por iniciativa de três colegas: Carlos Augusto de Matos, Ilson Stabile e Moacir Marafon. Graças ao empenho e comprometimento de seus fundadores e colaboradores, a empresa teve um crescimento forte, constante e seguro nos seus primeiros 20 anos de existência. Desde o final da década de 90 foi instituída a Gerência de Pesquisa e Desenvolvimento, responsável pelo desenvolvimento de 6 ferramentas de produtividade, padrões de interface, auditorias, treinamentos e prospecção de novas tecnologias, qualidade e inovação. Em 2002 foi inaugurado o Centro de Tecnologia Ilhasoft, atual sede da Softplan, localizado no reduto das mais destacadas empresas de tecnologia da informação da capital catarinense. Devido ao expressivo crescimento, em março de 2010, a empresa desenvolveu o seu Planejamento Estratégico com a participação dos Diretores, Gerentes e de consultoria da Fundação Dom Cabral. Com a construção do Planejamento Estratégico foram estabelecidos os seguintes norteadores organizacionais: Negócio: Confiança, conhecimento e inovação. Missão: Prover soluções nas quais a tecnologia, a inovação e o conhecimento especializado contribuem para a gestão corporativa. Visão para 2015: vinte anos em cinco. Valores: Clientes – que são a razão de nossa existência; Pessoas – valorizamos o respeito mútuo, o trabalho em equipe, a pró–atividade, a flexibilidade e visão crítica voltada para a melhoria contínua; Retenção de talentos – promovemos o auto desenvolvimento e o bem estar dos nossos colaboradores; Confiança – construímos relações baseadas na seriedade e confiança mútua; Inovação – buscamos sempre fazer o melhor; Conhecimento – valorizamos o conhecimento especializado e o compartilhamento das informações; Qualidade – priorizamos a qualidade em todos os produtos e serviços prestados; Comunicação – valorizamos a comunicação eficaz; Preocupação Social – contribuímos para a inclusão digital e social das comunidades em que estamos inseridos. Os objetivos estratégicos estão misturados ou confundidos com estratégias, representadas no mapa estratégico a seguir: 7 8 Alguns destes objetivos podem ser alcançados com o auxílio de ferramentas de Marketing: Aumentar market share e client share; Definir estratégias comerciais; Estruturar o Marketing corporativo; Buscar excelência no atendimento; Melhorar entregas, adequações, inovações nos produtos; Ampliar visibilidade da marca; Estruturar relacionamento com o cliente; Melhorar atendimento a cliente; Buscar a constante melhoria do clima organizacional; Melhorar a comunicação nas Unidades. 9 Posicionamento atual: A Softplan adota o posicionamento de enfoque na diferenciação em todas as suas Unidades de Negócios. Ou seja, a empresa investe em tecnologia, inovação, pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos e qualidade de seus produtos, com a finalidade de criar diferenciais para consumidores de segmentos específicos. Estrutura Organizacional: A empresa tem uma estrutura organizacional dividida em quatro Unidades de Negócios e cinco Unidades Corporativas. A ilustração a seguir apresenta as Unidades e soluções da empresa: A Unidade de Negócios de Gestão Municipal ainda não possui solução e identidade visual, por ter sido recentemente implantada e estar na fase de planejamento. A Unidade de Gestão Pública foi a segunda a ser criada, depois da Unidade da Indústria da Construção, que deu origem à empresa. A Unidade Justiça é o objeto deste plano e será aprofundada posteriormente. 10 Com relação às Unidades Corporativas, a Gerência de Marketing e a Gerência de Desenvolvimento Humano e Organizacional são as mais novas, criadas no segundo semestre de 2011, como resultado do Planejamento Estratégico. A Gerência de P&D, apesar de existir a mais tempo, está se reestruturando e crescendo para atender à demanda existente. A Gerência Administrativo-Financeira e de Infraestrutura de TI, apesar de não estarem sofrendo grandes mudanças, também estão melhorando continuamente. Essa estrutura organizacional está representada no seguinte organograma: 11 2.1- Unidade Justiça Essa iniciará com a estrutura organizacional, seguido pelo histórico de vendas dos últimos três anos, pela satisfação dos clientes e pelo composto mercadológico, ou 4 Ps: produto, preço, distribuição (praça) e comunicação (promoção). As análises foram feitas a partir de entrevista com Diretor, Gerentes e colaboradores. A Unidade Justiça é comandada por um dos fundadores da Softplan, Ilson Stabile e possui 456 colaboradores, sendo que 217 destes está alocada nos clientes, chamados equipes residentes. Recentemente a estrutura organizacional foi redesenhada na busca de maior eficiência. A nova estrutura organizacional da Unidade conta com cinco Gerências e onze Coordenações, conforme organograma a seguir: A Unidade de Justiça é a maior Unidade de Negócios da empresa, tanto em tamanho, quanto em faturamento. Possui grande capacidade de investimento tanto em inovação tecnológica quanto em marketing. Esses investimentos, se bem planejamentos e mensurados, podem trazer ganhos para a Unidade e para a empresa como um todo. No entanto, não existe ainda uma política de investimento em marketing, ou seja, não há um percentual do orçamento da Unidade específico para investimentos em marketing. Hoje, esses investimentos são feitos conforme surgem oportunidades. Um histórico de vendas da Unidade mostra o desempenho desde janeiro de 2012: As fontes de receita são: desenvolvimento de novos produtos, treinamento EAD- ensino à distância, alocação de mão de obra (equipes residentes), manutenção (valor mensal) e venda de produtos. Os atuais clientes da Unidade de Justiça são: Ministério Público de Santa Catarina; Ministério Público do Estado do Acre; Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte. Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco; Procuradoria Geral do Estado de Santa Catarina; Procuradoria Geral do Estado de São Paulo; Procuradoria Geral do Estado do Acre; Procuradoria Geral do Estado do Amazonas; Procuradoria Geral do Estado do Espírito Santo; Procuradoria Geral do Estado do Mato Grosso do Sul; Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro; Procuradoria Geral do Município de Biguaçu; Procuradoria Geral do Município de Manaus; Procuradoria Geral do Município de Rio Branco; Procuradoria Geral do Município Florianópolis; Tribunal de Justiça de Alagoas; Tribunal de Justiça de Santa Catarina; Tribunal de Justiça de São Paulo; Tribunal de Justiça do Acre; Tribunal de Justiça do Amazonas; Tribunal de Justiça do Estado da Bahia; Tribunal de Justiça do Estado do Ceará; Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul; Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Um dos fatores que devem ser analisados é a reputação de uma organização junto aos clientes. Segundo a pesquisa realizada no ano de 2011, o índice de satisfação do cliente com relação ao atendimento - ISCA é de 74,48 e o índice de satisfação com relação ao produto - ISCP é de 70,8. 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 ISCA 76,32 93,11 84,32 85,07 85,07 73,60 72,77 67,33 64,69 59,51 64,63 74,48 ISCP 81,69 90,21 81,91 83,08 83,08 72,94 70,31 62,96 63,73 60,60 63,55 70,80 Analisando a curva de satisfação de 2000, quando a pesquisa passou a ser aplicada anualmente, a 2011, observa-se uma queda constante de 2001 a 2009, onde começou a haver uma recuperação. Os dois indicadores (ISCA e ISCP) possuem curvas similares: 14 Índices de Satisfação dos Clientes 100 90 80 70 60 50 40 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 ISCA ISCP A insatisfação com o SAJ também aparece nas redes sociais, em janeiro de 2011, um advogado usuário do e-SAJ publicou um artigo negativo em seu blog Diário de um advogado criminalista (http://diariodeumadvogadocriminalista.wordpress.com/2011/11/01/o-saj- nosso-que-e-deles/). Vale ressaltar que este artigo se blog é o segundo item que aparece na busca do Google pela palavra-chave: Softplan. 15 Desde 2001 a Unidade Justiça também monitora o Índice de Satisfação dos Clientes com relação ao treinamento. Observa-se que a nota está sempre acima de bom e abaixo de ótimo. ISCT 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 88,60 89,62 86,39 86,16 88,97 89,24 85,52 85,66 88,76 88,76 86,31 89,00 O processo de pesquisa de satisfação foi reformulado em 2011 e a partir de 2012 as pesquisas estão sendo realizadas com frequência semestral, com todos os produtos, em todos os clientes. Ainda não há publicação do resultado da pesquisa de 2012-1. 2.1.1- Composto mercadológico A análise do composto mercadológico inclui o mix de marketing: produto, preço, distribuição e comunicação. 2.1.1.1- Produto Os principais produtos da Unidade de Justiça são os sistemas: SAJ Judiciário Primeiro Grau – SAJ PG: solução para primeiro grau de jurisdição e juizados especiais (existem duas versões diferentes rodando nos clientes, alguns possuem PG 3 e outros PG 5); SAJ Judiciário Segundo Grau – SAJ SG: solução Tribunais de Justiça e Turmas Sucursais; SAJ Ministério Público – SAJ MP: solução para Ministérios Públicos; 16 SAJ Procuradorias – SAJ PJ ou SAJ PGE-Net ou SAJ PGM-Net: solução para Procuradorias dos estados e municípios; Portal e-SAJ: solução para advogados, escritórios de advocacia, departamentos jurídicos de empresas privadas, instituições públicas e privadas e população em geral; Diário de Justiça Eletrônico – DJE: solução para advogados, escritórios de advocacia, departamentos jurídicos de empresas privadas, instituições públicas e privadas e população em geral. Analisando-se o ciclo de vida das categorias dos produtos da Unidade Justiça temos: O processo de virtualização está em crescimento nos Tribunais, porém ainda está iniciando em Ministérios Públicos e Procuradorias. Um dos diferenciais dos produtos SAJ é a integração existente entre todos os órgãos supracitados, bem como integração destes com: Tribunais Superiores, Delegacias; Presídios; Correios. Escritórios de advocacia; OAB – Ordem dos Advogados do Brasil; BACEN – Banco Central do Brasil; Ministério da Fazenda; 17 Receita Federal; DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito; Cartórios; INFOSEG (Sistema Nacional de Informações sobre Apenados) das Secretarias de Segurança Pública. Existem alguns problemas técnicos na integração do SAJ MP com o SAJ PG e o SAJ SG. Esses problemas afetam os Ministérios Públicos e a equipe do SAJ MP, mas a correção do problema deve ser feita pelas equipes do SAJ PG e do SAJ SG, que não tem esse problema como prioritário. A Softplan contratou uma consultoria em qualidade de software devido ao custo do retrabalho e ao grande número de falhas dos sistemas, o que gera um grande descontentamento nos clientes. O projeto foi criado para auxiliar e melhorar a qualidade de produtos que a Softplan entrega aos clientes e deu origem a um Programa de Qualidade de Produto. De uma maneira geral, esse programa cria uma cultura de que vale a pena fazer bem feito da primeira vez. Os objetivos são reduzir o número de erros em 60% e fazer com que a qualidade se torne parte da cultura organizacional. Essas falhas na qualidade do sistema ocorrem porque o sistema cresceu muito e de forma desordenada, não existe documentação técnica interna que registra esse crescimento e não existe uma boa qualidade nos processos de especificação, codificação e testes. É 18 preciso resolver esses problemas e construir a documentação técnica, que descreve a arquitetura e os componentes do produto. Outra questão é sobre as mensagens de erros que aparecem no sistema, que, segundo os clientes, são muito confusas. Uma necessidade é a atualização tecnológica do SAJ, que utiliza uma versão antiga Delphi, uma linguagem muito obsoleta. O primeiro passo dessa atualização é migrar para a nova versão Delphi. O segundo passo é migrar para Java ou Dot Net. Se a opção for mudar para Java haverá uma ruptura muito grande, então a segunda opção é mais provável. Com Dot net será possível desenvolver software nas nuvens, uma tendência da indústria. Cada fase de migração deverá durar pelo menos dois anos. Vale ressaltar que existem feedbacks de clientes que consideram a tecnologia atual muito ultrapassada. Os sistemas SAJ não possuem certificação. Acredita-se que não agregaria muito valor no mercado, porém seria importante para uso interno, especialmente porque aumentaria o moral da equipe, que se sente comparada com a Unidade de Gestão Pública, onde a certificação existe. Já existe uma iniciativa para a adoção desta certificação. Por outro lado, os sistemas SAJ possuem escalabilidade, ou seja, a solução é preparada para receber novas funcionalidades. Os concorrentes não possuem esta característica. Outro grande ponto forte é a maturidade da solução, tendo em vista que os clientes sempre pedem referência e ou visitam in-loco clientes SAJ, isto nos dá segurança e reconhecimento. Os únicos produtos que não são considerados maduros são o SAJ SG e o SAJ MP. A marca SAJ é forte no mercado de atuação e já virou sinônimo de produto, porém algumas pessoas acreditam que o SAJ é um produto dos Tribunais, especialmente em Santa Catarina. Muitos clientes já alcançaram o nível de amor à marca, como mostra a fotografia enviada por uma usuária do SAJ, que mandou confeccionar uma camiseta I love SAJ-5. 19 Um ponto fraco é que em alguns clientes o produto teve o nome alterado, como por exemplo, no Ministério Público o SAJ MP se chama SIG. Essa alteração ocorreu por motivos políticos, tendo em vista que os Ministérios Públicos são considerados oposição aos Tribunais e não queriam utilizar o mesmo nome. O Ministério Público não faz parte do Poder Judiciário e não aceitam que o produto vendido à eles se chame SAJ, que significa Sistema de Automação da Justiça. Isso enfraquece a marca, portanto, vale a pena pensar na possibilidade de se mudar o nome do SAJ MP por iniciativa da Softplan. Outra questão que enfraquece a marca é a falta de cuidado da própria Softplan. Recentemente foi disparada uma pesquisa de satisfação de clientes, sendo que a gerência de Marketing criou uma identidade visual para a pesquisa. No entanto, quando o usuário recebe o convite para a responder a pesquisa, a equipe responsável pela implementação manteve um pop-up que contém a identidade visual de quatro anos atrás, com a logomarca antiga da Softplan. Mais um exemplo de falta de cuidado com a marca da empresa está no próprio produto. Uma tela da última versão da solução para Procuradorias também usa a logo antiga da empresa. 20 Com relação ao registro de marcas e patentes, a marca SAJ teve o registro concedido sem o direito de uso exclusivo da expressão “Sistema de Automação do Judiciário”. Porém, a marca mista que está registrada atualmente no INPI não é a versão atualmente utilizada. O produto SAJ é o único produto da Softplan que possui registro de patente. Essas questões já estão sendo tratadas pela Gerência de Marketing, conforme um dos objetivos do Plano de Marketing Corporativo. Outro produto é o UniSAJ, uma ferramenta de ensino à distância voltada para os clientes e novos colaboradores. Só existem cursos para o SAJ PG, sendo necessário desenvolver cursos para os demais produtos. Além disso, existe uma dificuldade para manter os cursos atualizados. A qualidade dos cursos é boa, mas o método é monótono e cansativo. A partir da necessidade de certificar pessoas envolvidas nos processos para o treinamento e implantação dos sistemas da Softplan nos clientes, contratou-se a consultoria da Edubrix. Quando do contato inicial com a Edubrix, se percebeu a necessidade de reavaliar os treinamentos, principalmente os remotos. O formato dos treinamentos foram modificados, foram definidas trilhas de capacitação para, aí sim, no final dos cursos, se obter a certificação dos processos. Os serviços complementares oferecidos pela Softplan ocorrem na implantação do sistema. A Gerência de Serviços, responsável pela implantação, possui uma boa estrutura de processos e excelente controle, tendo em vista que tudo é projetizado, permitindo ainda uma boa alocação de recursos. A dificuldade encontrada é na gestão de demandas quando sofrem mudança de prioridade, sendo necessário adotar uma postura com relação às frequentes mudanças de ideias dos clientes e prazos, por exemplo. Outra dificuldade ocorre 21 por reflexo na má qualidade do produto. A implantação consiste na validação dos requisitos vendidos para o cliente, treinamento dos usuários, preparação dos ambientes dos clientes, como computador e rede, instalação do sistema, migração de dados e acompanhamento de aproximadamente duas semanas com o sistema já sendo utilizado. O feedback com relação aos treinamentos presenciais é positivo. O atendimento aos clientes pode ser feito através das equipes residentes, colaboradores alocados nos próprios clientes, dos Executivos de Relacionamento, do Ajuda Online e do Suporte. O Ajuda Online deve ser atualizado a cada atualização do sistema, sendo que existe uma equipe de documentação responsável por isso. Um problema existente na empresa é que a equipe de documentação não é comunicada quando uma nova atualização é feita no cliente e o Ajuda Online acaba não acompanhando a evolução do sistema, além de não ser completo. Para resolver essa situação, uma redatora da equipe de documentação foi alocada com cada equipe de desenvolvimento. Desta forma, o documento será atualizado junto com o sistema. Como as soluções são customizadas para cada cliente, é necessário criar diversos documentos de ajuda. Existe muita reclamação de clientes com relação ao conteúdo e a usabilidade. O Suporte da Unidade Justiça precisa de melhorias, em uma escala de 1 a 5, é avaliado pela Gerência como nota 2. Um pouco dessa baixa avaliação é culpa da má qualidade do produto, acumulando muitos problemas para resolver. Outra questão é a baixa maturidade dos profissionais, sendo que esta é a Gerência com maior rotatividade de colaboradores. A Equipe de Suporte também encontra dificuldades por não ser mantida atualizada quando houver mudanças no sistema. Outra falha na comunicação que prejudica o seu trabalho é não ser informado do que é acordado com o cliente. Recentemente foi implantado o suporte 24x7 (24h horas, 7 dias por semana) para um número limitado de clientes. A empresa está se estruturando para oferecer este atendimento aos demais clientes. Também não existem canais de comunicação (linhas de telefone) específicos para cada tipo de cliente/atendimento. Para melhorar o atendimento ao cliente, a Softplan está implantando o SLA – Service Level Agreement (Acordo de Nível de Serviço). Uma das motivações foi a pressão do CNJ – Conselho Nacional de Justiça para que os Tribunais exijam que o SLA seja previsto em contrato. Outro motivo é a reclamação dos clientes referente à demora no atendimento. O SLA estabelece métricas para monitorar o desempenho no atendimento e o seu não cumprimento implica em multas, advertências ou proibição de participar de licitações. Portanto, as SALTs (solicitações de atendimentos por parte dos clientes) devem ser atendidas no prazo determinado, de acordo com a criticidade do problema. Problemas com criticidade alta, por exemplo, devem ser diagnosticados em 2 horas a partir da abertura da SALT e a solução deverá ser encontrada em 24h. Atualmente o SLA é previsto no contrato 22 de dois clientes: PGE-PE e TJ-BA, está em fase piloto no TJ-RN e em negociação no TJ-SP e TJ-CE. O controle do SLA é feito pelo SAC. Segundo a equipe de suporte, não estão preparados para cumprir com os SLAs e acredita que a capacidade de produção deve ser previamente estruturada quando o SLA é previsto em contrato. Os clientes também possuem atendimento de Executivos de Relacionamento, sendo que cada Executivo é responsável por uma carteira de clientes. Hoje a equipe de Executivos está subdimensionada para trabalhar com CRM, fazer a gestão das equipes residentes, negociar prazos e valores, acompanhar as SLAs, fazer comunicação com clientes, ficar responsável pela aplicação da pesquisa de satisfação e fazer prospecção de novos negócios. Os clientes têm reclamado de ausência da empresa e gostariam de visita técnica trimestral, pelo menos, mas a equipe precisaria de reforço para atender todas as demandas. Atualmente não existe trabalho de prospecção. 2.1.1.2- Preço A Unidade Justiça não possui política de preços formal, nem padrão na hora de fechar contratos. Não há definições de propostas de valor de acordo com a segmentação, de clientes, tão pouco uma segmentação. Por isso, existe uma dificuldade na justificativa dos preços. É necessário detalhar uma política de como vamos cobrar e porque vamos cobrar dessa forma. Apesar de não haver uma política de preços estruturada, é possível identificar como ocorre a precificação na Unidade Justiça. O objetivo do preço é a liderança na qualidade do produto, ou seja, se pratica preços elevados, indicando padrão superior de qualidade. Como cada cliente possui um porte diferente, número de usuários diferentes e necessita de serviços diferentes (como por exemplo: pode ou não ter equipe residente) os preços variam em cada contrato, mas se considerássemos que todos os clientes tivessem o mesmo produto e grupo de serviços, considera-se que esta variação é pequena. A demanda é elástica, tendo em vista que muitos clientes comprariam se o preço do SAJ fosse diminuído, ou se a licença fosse fornecida gratuitamente com a cobrança somente da manutenção, por exemplo. O preço é estimado com base nos custos, a partir do momento em que se estima o número de pessoas (analistas, programadores, implantadores, etc.) que vão ser utilizadas no projeto, o número de horas, entre outras variáveis. Não é feita uma análise de custos detalhada, com rateio de despesas. Se comparado o valor do SAJ com o preço dos concorrentes, o SAJ é mais caro. No entanto, o correto seria analisar a proposta de valor como um todo. Adquirindo o SAJ os clientes possuem um sistema maduro, com evolução constante, uma equipe de suporte, implantação e treinamento especializada, além de equipe residente, evitando que os 23 clientes precisem fazer um alto investimento em equipes de TI, o que custaria mais caro do que adquirir SAJ. Um ponto fraco do SAJ é a cobrança da licença de uso, tendo em vista que a maior parte dos concorrentes, se não todos, dão a licença gratuitamente, cobrando somente manutenção. O método de precificação utilizado é o preço de valor percebido. Porém poucos clientes-alvo conseguem mensurar o valor do SAJ, ou seja, a maior parte não coloca a conta na ponta do lápis e percebe o SAJ como uma solução cara. A seleção do preço final leva em consideração os preços que a Softplan já pratica, principalmente porque todos os preços são justificados. Então, apresenta-se o preço praticado em clientes anteriores, apontando as diferenças dos serviços contratados e argumentando-se sobre o retorno que a instituição irá obter. O Diretor da Unidade de Justiça tem grande capacidade de negociação. 2.1.1.3- Distribuição A Softplan sediada em Florianópolis com atuação nacional, no caso da Unidade Justiça (possui clientes internacionais somente com o produto SAFF da Unidade de Gestão Pública). A parte de vendas é realizada pelo Diretor da Unidade, pelos Gerentes de Relacionamento e pelo Consultor de Novos Negócios. Mas vale ressaltar que, predominantemente, ocorre prospecção passiva, ou seja, os clientes procuram a Softplan por indicação de outros órgãos. O modelo de vendas utilizado é o consultivo, ou seja, a criação de valor é através da assessoria oferecida, pela identificação e análise dos problemas e pelas soluções customizadas. 2.1.1.4- Comunicação Com relação à comunicação mercadológica, a Unidade Justiça não possui uma página própria na internet, sendo que as informações sobre o SAJ estão disponíveis na página da Softplan: www.softplan.com.br/saj. Além do site, existe um folder e um CD-SAJ como materiais de apoio à venda. Estes materiais estão precisando de atualização. Não há atuação em redes sociais ou qualquer investimento em outras formas de comunicação. No entanto, o SAJ ganha muita publicidade por conta dos diversos cases de sucesso, especialmente no Judiciário. Em se tratando de comunicação interna, a comunicação entre as áreas é considerada ruim, apesar de haver concordância de que está melhorando. Indentifica-se o sentimento de separação entre as equipes que ficam descontentes quando dependem de outras para 24 atingir as suas metas. A mentalidade de espírito de equipe é baixa ou quase inexistente. As pessoas pensam mais no individual do que na empresa como um todo. Esta análise é tanto da parte dos gestores sobre os subordinados, quanto dos subordinados sobre os gestores. A disputa entre equipes é prejudicial para o clima e o desenvolvimento do negócio. Tanto os Gerentes quanto os colaboradores concordam que é reflexo das lideranças. Os Gerentes acreditam que o comprometimento das equipes é baixo, especialmente dos novos colaboradores, mas acreditam que seja por sua culpa, pois eles pouco comunicam o quanto a atividade de cada subordinado afeta o resultado final. Os colaboradores não conseguem ter uma visão sistêmica e enxergar o resultado de suas ações. A vinda de clientes na empresa, para dar palestras de como os produtos SAJ são utilizados no dia a dia, quais as qualidades e problemas do sistema, entre outras questões, é uma proposta da Direção para ampliar essa noção. Existe uma ferramenta chamada Colabore um Wiki (software colaborativo) que permite a criação e compartilhamento de páginas, documentos e conteúdos, onde diversas informações são publicadas e acessadas por qualquer colaborador. O Colabore da Unidade Justiça disponibiliza diversas informações sobre a área, especialmente para os novos colaboradores, que podem acessar o Túnel de Entrada e obter um roteiro dos tópicos que devem conhecer. Existem páginas com informações sobre clientes e produtos, vídeos de palestras sobre os setores de atuação e as soluções SAJ, entre outras informações que permitem uma imersão aos recém-chegados. Uma ferramenta de comunicação interna é o Semana SAJ, um informativo semanal, com as principais notícias da Unidade, bem como agendas de viagens, lista de aniversariantes, notícias sobre o mercado, entre outros. Qualquer colaborador pode enviar matérias para as redatoras do informativo. Uma seção bastante interessante é a Transparência, onde os colaboradores publicam suas dúvidas diretamente para o Diretor, porém esta coluna está desatualizada. Outra iniciativa interessante da Unidade é o Café com o Diretor, onde o Diretor e os Gerentes se reúnem com uma equipe por mês, durante uma hora, para discutir os assuntos 25 que estas escolherem. Este processo dura seis meses, logo cada equipe tem seu Café com o Diretor duas vezes ao ano. Acredita-se que poderia ser mais bem aproveitado, que as equipes deveriam se organizar melhor com relação à pauta e aproveitar o momento para discutir tudo que está incomodando. Outro ponto fraco é a falta de cultura de processos, apesar de já estar havendo mudanças positivas neste sentido. Segundo o planejamento da Unidade Justiça, este ano haverá uma melhora significativa. Hoje a falta de processos internos acaba gerando muito backlog (estoque de atendimentos parados). É preciso fazer uma campanha de sensibilização dos colaboradores. Uma questão que merece atenção especial são as equipes residentes. Os colaboradores que trabalham nos clientes não possuem uma identidade com a Softplan. Eles se sentem mais parte da organização onde estão alocados do que da empresa. O sentimento, muitas vezes, é de abandono. Boa parte dos benefícios e ações de endomarketing, como festas, brindes, entre outros, não se estendem a eles, privilegiando somente os colaboradores que trabalham na sede. Essas questões analisadas internamente resultam nos seguintes pontos fortes e pontos francos da Unidade Justiça: Fator Softplan/Poligraph Pontos Fortes Pontos Fracos Empresa sólida e em crescimento Pesquisa e desenvolvimento Grande capacidade de investimento em marketing Unidade Justiça Baixo índice de satisfação dos clientes com relação ao produto e ao atendimento Publicidade negativa por clientes insatisfeitos Ciclo de vida dos produtos em introdução e crescimento Problemas técnicos com a integração Solução com integração entre os órgãos Má qualidade do produto, com muitos erros Projeto de qualidade do software Inexistência de documentação técnica do sistema Soluções com escalabilidade Marca forte, sinônimo de produto Produto Consultoria da Edubrix para melhorar os cursos EAD Gerência de Serviços bem estruturada Alocação de redatoras em cada equipe de desenvolvimento Suporte 24x7 em implantação SLA - Acordo de Nível de Tecnologia obsoleta Inexistência de certificação de qualidade Produtos SAJ SG e SAJ MP não são maduros Nome do SAJ MP inadequado do ponto de vista dos clientes Falta de cuidado com a identidade visual da empresa nos produtos e na comunicação com 26 Serviço em implantação o cliente Registro de marca desatualizado UniSAJ com cursos somente para SAJ PG Dificuldade de manter os cursos EAD atualizados Serviços prejudicados pela má qualidade do produto Falta de comunicação interna sobre atualizações do sistema Reclamações com relação à usabilidade e conteúdo do Ajuda Online Gerência de Suporte má avaliada Inexistência de linha telefônica específica para cada tipo de cliente Inexistência de política de preços formal Preço Distribuição Modelo de vendas consultivo Prospecção passiva Muitos cases de sucesso que geram publicidade Inexistência de site próprio na internet Ferramenta Wiki Colabore Material de apoio à venda desatualizado Semana SAJ bem acessado Café com Diretor Não há atuação nas redes sociais Não há investimento em comunicação Comunicação Mentalidade de espírito de equipe e comprometimento baixo Falta de visão sistêmica e cultura de processos Seção Transparência do Semana SAJ desatualizada Falta de integração das equipes residentes nas ações de endomarketing 27 3- Análise do macro ambiente A análise oportunidades e do macro ambiente as ameaças que tem podem como principal influenciar a objetivo Unidade identificar de Justiça as da Softplan/Poligraph, envolvendo a investigação de fatores: econômicos, político-legais, demográficos, sócio-culturais, tecnológicos e naturais. 3.1- Fatores econômicos Independentemente do setor de atuação, as organizações contemporâneas estão inseridas em um ambiente economicamente globalizado. “A integração econômica no início do século XX era de 10%; atualmente, está por volta de 50%”1. A tendência é que esta integração continue aumentando, causando constantes mudanças no cenário empresarial. A globalização trouxe a possibilidade de novas oportunidades para estas organizações, implicando, porém, no aumento da concorrência, a partir do momento em que uma empresa catarinense concorre com empresas do mesmo segmento, localizadas no outro lado do planeta2. A economia globalizada obriga as companias a organizarem suas atividades de produção, pesquisa e desenvolvimento, marketing e outras, agregando valor a suas ofertas e se preparando para competir em escala global. Neste novo contexto, a indústria se viu obrigada a reinventar-se, a fim de garantir o crescimento e a lucratividade. A globalização e o aumento de concorrência reduziram o ciclo de vida dos produtos, a partir do momento em que algo que é lançado como inovador, acaba sendo rapidamente copiado. Por este motivo, inovar no produto já não é suficiente para manter a competitividade, surgindo a necessidade de agregar valor à empresa através da prestação de serviços diferenciados e do desenvolvimento de estratégias competitivas3. Somado a globalização e a integração da economia, há o amplo acesso à informação através da internet, principalmente, que permite saber em tempo real o que acontece em qualquer parte do mundo. Esse fenômeno relacionado à internet é denominado revolução digital da economia e está proporcionando novas possibilidades tanto para as empresas quanto para os consumidores. Ou seja, as empresas podem encontrar oportunidades em novos canais de comunicação e relacionamento com o seu mercado, além de poder coletar mais informações sobre seus consumidores e seus concorrentes. Com relação à indústria brasileira de softwares (programas de computador) e serviços de tecnologia da informação (TI), o ano de 2010 foi um ano de recuperação para o 1 KEEGAN, Warren J. Marketing global. 7. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005. CAVUSGIL, S. Tamer; KNIGHT, Gary; RIESENBERGER, John R. Negócios internacionais: estratégia, gestão e novas realidades. São Paulo: Prentice Hall, 2010. 3 DAVIS, Mark M.; AQUILANO, Nicholas J.; CHASE, Richard B. Fundamentos da administração da produção. 3. ed. Porto Alegre: Bookman Editorial, 2007. 2 28 setor, que mostrou um crescimento da ordem de 21,3%. Especificamente os setores de software e serviços cresceram quase 24%, um pouco menos que o segmento de hardware. Entretanto, considerando-se que o mercado mundial de software e serviços apresentou um aumento discreto, da ordem de 0,5% em 2010, o Brasil terminou o ano em uma situação de destaque neste cenário, alcançando a 11ª posição no ranking mundial, tendo movimentado 19,04 bilhões de dólares, equivalente a 1,0% do PIB brasileiro daquele ano. Deste total, foram movimentados 5,51 bilhões de dólares em software, o que representou perto de 2,2% do mercado mundial, e 13,53 bilhões de dólares em serviços relacionados. Este mercado é explorado por cerca de 8.520 empresas, dedicadas ao desenvolvimento, produção e distribuição de software e de prestação de serviços. Vale destacar que, daquelas que atuam no desenvolvimento e produção de software, 94% são classificadas como micro e pequenas empresas4. De acordo com dados do Observatório Softex, unidade de estudos e pesquisas da Sociedade Softex, o crescimento médio real observado entre 2003 e 2009 atingiu cerca de 8%. Até 2016, a projeção é que o setor de TI nacional cresça em torno de 7,7% ao ano. Para o ano de 2011, a estimativa é que o faturamento do setor de software e serviços de TI atinja R$ 63 bilhões. A expansão será superior a 7% em relação a 2009. Devido à globalização, a maior concorrência às empresas nacionais de TI vem da Índia e da China, principalmente na parte da indústria voltada para o modelo baseado em serviços de baixo valor agregado5. 3.2- Fatores político-legais As empresas de softwares e TI são regulamentadas pela Lei do Software – Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização no país, e dá outras providências. Conforme o Art. 2º, “o regime de proteção à propriedade intelectual de programa de computador é o conferido às obras literárias pela legislação de direitos autorais e conexos vigentes no país, observado o disposto nesta Lei”. Observa-se que o poder público criaria maiores vantagens competitivas para o setor se retirasse as inseguranças jurídicas das empresas, não interferindo nas relações de prestação de serviços entre pessoas jurídicas e nos modelos de negócio e de operação baseados em terceirização de projetos, não permitindo a bitributação de ISS que vem ocorrendo nos municípios, reduzindo o custo de encargos sociais sobre mão de obra, 4 ABES SOFTWARE. Mercado Brasileiro de Software 2011. Disponível em: <http://www.abes.org.br/templ3.aspx?id=306&sub=650>. Acesso em: 6 out. 2011. 5 EXAME. Indústria nacional de software deve crescer 7,7% ao ano até 2016. 27 set. 2011. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/economia/noticias/industria-nacional-de-software-deve-crescer-7-7-ao-ano-ate2016>. Acesso em: 6 out. 2011. 29 tributação da receita e resultados e simplificasse a burocracia legal. Além disso, o investimento na melhor formação qualitativa e quantitativa de profissionais, aumento no fomento direto ao desenvolvimento de aplicativos replicáveis com propriedade intelectual protegida, estimulando a inovação, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia nacional exportável e um governo mais parceiro, menos empresário e mais consumidor, sem concorrer com a iniciativa privada, aliadas a mudanças na política de compras públicas, adotando o modelo de compra de software e serviços na modalidade técnica e preço, seriam estímulos importantes para o setor6. Além de questões específicas da indústria, também deve ser levada em conta a importância do registro de marcas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI. Como visto na análise do fatores econômicos, a competitividade é crescente e copiar produtos é cada vez mais fácil. O registro da marca é uma proteção para a empresa e seus proprietários, a fim de garantir um direito sobre a mesma além de que as marcas também são consideradas um ativo7. Outro fator político-legal que envolve a Unidade de Justiça da Softplan/Poligraph é o porcesso de licitação, procedimento administrativo para contratação de serviços ou aquisição de produtos pelos entes da Administração Pública direta ou indireta. O ordenamento brasileiro, em sua Constituição Federal de 1988 (art. 37, inciso XXI), determinou a obrigatoriedade da licitação para todas as aquisições de bens e contratações de serviços e obras, bem como para alienação de bens, realizados pela Administração no exercício de suas funções. No Brasil o processo licitatório é regulado pela lei nº 8666/93 e é composto de diversos procedimentos que têm como meta os princípios constitucionais da legalidade, da isonomia, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência com o intuito de proporcionar à Administração, a aquisição, a venda ou uma prestação de serviço de forma vantajosa, ou seja, menos onerosa e com melhor qualidade possível, é a chamada "eficiência contratória". Isso acontece utilizando-se de um sistema de comparação de orçamentos chamados de propostas das empresas que atendam as especificações legais necessárias, todas constantes dentro do edital. A empresa que oferecer maiores vantagens ao governo, será a escolhida para o fornecimento do produto ou do serviço. Oferta mais vantajosa, na legislação brasileira entende-se pelo critério de menor preço ou a de melhor técnica ou a de técnica e preço ou, por fim, a de maior lance ou oferta para os casos de alienação de bens ou de concessão de direito real de uso. Dentre estes, o critério 'menor preço' é comumente mais utilizado. Ao lado deste, figuram o critério de 'Melhor Técnica', quando se leva em consideração, além do preço, a qualificação do licitante e as 6 ABES SOFTWARE. Mercado brasileiro de software: panorama e tendências 2011. São Paulo: ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, 2011, p. 5. 7 INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. O que é marca. Disponível em: <http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/marca/marca>. Acesso em: 25 abr. 2010. 30 características de sua proposta; e 'Maior Lance', utilizado quando o objetivo é alienar (vender) bens públicos, como ocorre nos leilões. Como fonte de consulta, há uma publicação do Tribunal de Contas da União, disponível no site do TCU, que versa sob questões relacionadas ao processo licitatório8. Porém, como toda regra possui sua exceção, a presente Lei Federal também estabelece diferenciações e hipóteses em que a licitação será dispensada (a lei declarou-a como tal; não se faz licitação), dispensável (a Administração pode dispensar se assim lhe convier) ou inexigível (quando houver inviabilidade de competição). A inexigibilidade ocorre quando a Administração necessita adquirir um bem ou contratar um determinado serviço, que possui características especiais e especificações ímpares, que apenas um fabricante ou fornecedor possua, torna-se impossível a realização de licitação, pois o universo de competidores se restringe apenas a um único participante. A regra de licitar para se obter a proposta mais vantajosa dentro de um universo de fornecedores, dá lugar à sua exceção de não licitar, pois o objeto assume uma característica de tamanha singularidade que se torna impossível realizar uma competição, em razão de que apenas um fornecedor possui o objeto almejado pela Administração9. Entrou em vigor no dia 04/01/2012 a lei 12.440/11, que institui a obrigatoreidade da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT) para as empresas interessada em firmar contratos com o setor público e participar de licitações. O documento será exigido na fase de habilitação para comprovar a inexistência de débitos na Justiça do Trabalho. Conforme a nova lei, a empresa não obterá a certidão quando estiver inadimplente em obrigações estabelecidas em sentença condenatória transitada em julgado pela Justiça do Trabalho ou em acordos judiciais trabalhistas10. Tendo em vista os públicos-alvo da Unidade de Justiça da Softplan/Poligraph, vale analisar os fatores político-legais específicos dos órgãos regulamentadores dos Tribunais Regionais, dos Ministérios Públicos e das Procuradorias Gerais. O órgão regulamentador dos Tribunais como um todo é o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O CNJ é um órgão voltado à reformulação de quadros e meios no Judiciário, sobretudo no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e processual. O CNJ foi instituído em obediência ao determinado na Constituição Federal, nos termos do art. 103-B. Criado em 31 de dezembro de 2004 e instalado em 14 de junho de 2005, o CNJ é um órgão do Poder Judiciário com sede em Brasília/DF e atuação em todo o território nacional, que visa, mediante ações de planejamento, à coordenação, ao controle 8 WIKIPÉDIA. Licitação. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Licita%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 01 nov. 2011. 9 Licitação.com.br. Inexigibilidade de Licitação. Disponível em: <http://licitacao.uol.com.br/artdescricao.asp?cod=1>. Acesso em: 1 nov. 2011. 10 Zap Notícias. Começa obrigatoriedade da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas para participar de licitações. Disponível em: <http://www.portalzapnoticias.com.br/portal/2012/01/comeca-obrigatoriedade-dacertidao-negativa-de-debitos-trabalhistas-para-participar-de-licitacoes/>. Acesso em 9 jan. 2012. 31 administrativo e ao aperfeiçoamento do serviço público na prestação da Justiça. O CNJ é organizado em seis comissões, instâncias que estudam temas e atividades específicas de interesse do Conselho na busca de soluções para o Judiciário. Uma delas é a Comissão de Tecnologia da Informação e Infraestrutura, que se propõe a adotar medidas tendentes a11: Buscar infraestrutura adequada ao funcionamento desejado para o Poder Judiciário; Criar Planejamento Estratégico em TI para garantir tecnologia apropriada ao bom desempenho das atividades dos Tribunais e interoperabilidade entre os diversos sistemas e para o aperfeiçoamento e implantação do processo eletrônico; Implantar Processo eletrônico. O Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) do Judiciário Nacional tem como missão “prover soluções tecnológicas efetivas para que o Judiciário cumpra a sua função institucional”. Todas as estratégias estão descritas no mapa a seguir: 11 Conselho Nacional de Justiça. Comissão de Tecnologia da Informação e Infraestrutura. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/sobre-o-cnj/comissoes/comissao-de-tecnologia-da-informacao-e-infraestrutura>. Acesso em 9 jan. 2012. 32 Entre as estratégias estabelecidas, vale destacar: Garantir a disponibilidade de sistemas de TIC essenciais ao Judiciário: estruturar a tecnologia da informação e o seu gerenciamento de forma a garantir o desenvolvimento, aperfeiçoamento e a disponibilidade dos sistemas essenciais à execução da estratégia. Um dos indicadores é o índice de gerenciamento de serviços de terceiros e tem como meta 90% de aderência aos NAS - Níveis de Acordo de Serviços (de cada serviço); Desenvolver sistemas de TIC interoperáveis e portáveis: os sistemas desenvolvidos tanto em cooperação quanto individualmente pelos Tribunais devem atender aos padrões estabelecidos de interoperabilidade e portabilidade, de forma a permitir que possam ser distribuídos e compartilhados por todo o Judiciário. Os indicadores e metas deste objetivo são: Metodologia de desenvolvimento de Software - 70% dos processos padronizados sendo atendidos e executados pelos Tribunais até dez/2010; Sistemas de TIC aderentes aos padrões de interoperabilidade definidos pelo CNJ 90% dos Sistemas Nacionais aderentes; Percentual de soluções portáveis aderentes a padrões de arquitetura recomendados - 70% dos Sistemas Nacionais Portáveis até dez/2014; Garantir a gestão e execução dos recursos orçamentários de TIC: promover ações orçamentárias visando assegurar a disponibilização dos recursos orçamentários necessários para a execução dos projetos estratégicos, de acordo com os cronogramas estabelecidos para cada iniciativa. Um dos indicadores é relacionado aos procedimentos de aquisições padronizados e em conformidade com melhores práticas do mercado, tendo que meta 70% dos procedimentos conforme recomendações e melhores práticas do mercado atendido até dez/2010. O trâmite do processo Judicial Civil Brasileiro é regulamentado pela Lei nº 5.869/73 CPC – Código de Processo Civil. O texto do código se divide em quatro grandes partes. A primeira trata do processo de conhecimento; a segunda, do processo de execução; a terceira, do processo cautelar; e a quarta, dos procedimentos especiais de jurisdição 12 voluntária e contenciosa . Destaque para o Art. 163, parágrafo 4º, que descreve o seguinte: o procedimento eletrônico deve ter sua sistemática unificada em todos os Tribunais, cumprindo ao Conselho Nacional de Justiça a edição de ato que incorpore e regulamente os avanços tecnológicos que forem se verificando. No caso do Ministério Público, existem dois órgãos reguladores, o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais e o Conselho Nacional do Ministério Público. O Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG) é uma associação nacional, sem fins lucrativos, da qual fazem parte os Procuradores-Gerais de Justiça dos Ministérios 12 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869compilada.htm 33 Públicos dos Estados e da União. Foi criado em 9 de outubro de 1981, completando 30 anos de atividades em 2011. Funcionando na forma de um Colegiado, o Conselho foi criado com o objetivo de defender os princípios, prerrogativas e funções institucionais do Ministério Público. É sua função integrar os Ministérios Públicos de todos os Estados brasileiros; promover intercâmbio de experiências funcionais e administrativas; e trabalhar pelo aperfeiçoamento da instituição, traçando políticas e planos de atuação uniformes ou integrados que respeitem as peculiaridades regionais. O Conselho avalia, periodicamente, a atuação do Ministério Público. Os recursos do CNPG são obtidos através de doações, contribuições, subvenções ou decorrentes de convênios com instituições públicas ou privadas. O CNPG tem domicílio especial e foro em Brasília (DF). A sede administrativa fica localizada no Estado do Procurador-Geral de Justiça eleito Presidente. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) atua em prol do cidadão para coibir qualquer tipo de abuso do Ministério Público (MP) no Brasil e de seus membros, respeitando a autonomia da instituição. O órgão de controle externo e de fiscalização do exercício administrativo e financeiro do MP foi criado em 30 de dezembro de 2004, pela Emenda Constitucional nº 45, e tem sede em Brasília (DF). Formado por 14 membros, que representam setores diversos da sociedade, o CNMP tem como objetivo imprimir uma visão nacional ao MP. Ao Conselho cabe orientar e fiscalizar todos os ramos do MP brasileiro: o Ministério Público da União (MPU), que é composto pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Militar (MPM), Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); e o Ministério Público dos Estados (MPE)13. Não existe um órgão regulador específico para as Procuradorias. Por fim, um fator político legal que causa impacto na Unidade de Justiça da Softplan/Poligraph é a Lei 11.419 que dispõe sobre a informatização do processo judicial; altera a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil; e dá outras providências14. Vale destacar o Art. 14.: os sistemas a serem desenvolvidos pelos órgãos do Poder Judiciário deverão usar, preferencialmente, programas com código aberto, acessíveis ininterruptamente por meio da rede mundial de computadores, priorizando-se a sua padronização. 3.3- Fatores demográficos A escolaridade da população adulta do País – com mais de 25 anos de idade – melhorou de 2004 a 2009. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), mostram que o número de brasileiros nessa faixa etária com diplomas de ensino médio ou 13 Conselho Nacional do Ministério Público. Conheça o CNMP. Disponível em: <http://www.cnmp.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=9&Itemid=64>. Acesso em: 9 jan. 2012. 14 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11419.htm 34 superior cresceu 7,1% desde que começou a ser medido, em 2004. Naquele ano, 18,4% da população possuíam o ensino médio ou equivalente completos, 2,8% não tinham concluído o ensino superior e o diploma universitário era uma realidade para 8,1% das pessoas. Em 2009, os mesmos indicadores passaram para 23% (ensino médio), 3,5% (superior incompleto) e 10,6% (superior completo), respectivamente. A ilustração a seguir mostra o nível de escolaridade dos brasileiros em 2004, 2008 e 2009 15. O reflexo deste cenário atinge o setor de Software e TI, onde a falta de profissionais com formação superior especializada no mercado está causando um estrangulamento do crecimento da indústria. De acordo com a ACATE, a previsão para 2013 é de um déficit de 140 mil profissionais. Com base nessa estimativa, observa-se que o número de profissionais no setor precisa crescer 70% em 4 anos. Os profissionais mais demandados são Analistas de Sistemas, seguido por Programador Java, Programador Delphi, Desenvolvedor de Sistemas e Analista Desenvolvedor16. Segundo a ABES, uma solução seria as empresas adotarem o sistema de negócios de software replicável, pois necessita de menos mão-de-obra para atender a mesma demanda, o que resultaria em menor pressão no mercado de profissionais especializados – em 2010 15 BORGES, Priscila. Escolaridade da população adulta aumentou. 8 set. 2010. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/escolaridade+da+populacao+adulta+aumentou/n1237770966097.htm >. Acesso em: 07 out. 2011. 16 ACATE. Mapeamento de recursos humanos: tecnologia da informação e comunicação. Florianópolis, ACATE, 2011. 35 faltaram mais de 70 mil técnicos e pode haver um déficit de 200 mil profissionais até 2013 no modelo atual17. Outro fator demográfico que deve ser levado em conta no Brasil é a questão do analfabetismo digital. O Brasil tem cerca de 14 milhões de analfabetos, com idade média de 54 anos. Em outra vertente, estamos num patamar instigante em que temos acesso a redes sociais com índices de causar inveja em países de Primeiro Mundo. O país vem crescendo rapidamente no consumo de tecnologia e produtos digitais. No entanto, o número de analfabetos digitais também é alto, apesar de não existir uma estatística precisa que garanta quantos são os analfabetos digitais em solo brasileiro, acredita-se que grande parte são pessoas na terceira idade. Muitos cidadãos que já chegaram à casa dos 50, 60, 70 e 80 anos não sabem navegar na rede mundial de computadores e nem possuem computador em casa. Logo, temem dividir carteiras com a atual geração, dos que já nascem "dominando a tecnologia", antes mesmo de aprender a ler e a escrever 18. 3.4- Fatores sócio-culturais As mudanças no ambiente sócio-cultural influenciam a tomada de decisão nas empresas, portanto, faz-se necessário estar atento a essas mudanças, bem como as tendências. Um aspecto é a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade, que estão em alta. As empresas socialmente responsáveis vêm obtendo reconhecimento junto aos consumidores e ganhando mercado por suas boas práticas. A discussão sobre o desenvolvimento sustentável foi vista como oportunidade de negócios para algumas organizações que estão vendendo créditos de carbono, bem como estratégia de marketing, pois promovem a imagem da empresa que adota essa postura. A construção de uma sociedade sustentável é o atual desafio de países do mundo todo, visando manter e/ou melhorar as condições de vida para as gerações futuras. Os resultados finais da Pesquisa Ação Social das Empresas, realizada pelo Ipea, apontam um crescimento significativo na proporção de empresas privadas brasileiras que realizaram ações sociais em benefício das comunidades. De 2002 a 2004, a participação empresarial na área social aumentou 10 pontos percentuais, passando de 59% para 69%. São aproximadamente 600 mil empresas que atuam voluntariamente. Em 2004, elas aplicaram cerca de R$ 4,7 bilhões, o que correspondia a 0,27% do PIB brasileiro naquele ano19. 17 ABES SOFTWARE. Mercado brasileiro de software: panorama e tendências 2011. São Paulo: ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, 2011, p. 5. 18 O Globo. Analfabetos digitais. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/ece_incoming/analfabetos-digitais2937539#ixzz1iW4XJIPA>. Acesso em: 4. Jan. 2012. 19 IPEA. Pesquisa ação social das empresas. mar. 2006. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/acaosocial/inicio.html>. Acesso em: 18 out. 2011. 36 Outra mudança na cultura das pessoas é a participação constante em comunidades e mídias sociais. Percebendo isso, as empresas estão investindo nesses meios a fim de construir e/ou fortalecer a sua marca, bem como se relacionar com o seu público. Uma pesquisa, realizada nas 100 empresas mais valiosas do mundo, apontou que as organizações que investiram em mídias sociais tiveram um crescimento médio de 18% nos últimos 12 meses, enquanto as demais cresceram 6% em média20. Essa tendência se verifica com os clientes e prospects da Unidade da Indústria da Construção da Softplan/Poligraph. Segundo Pesquisa de Hábito de Consumo de Comunicação para esta Unidade de Negócios, os veículos com maior penetração entre o público-alvo daquela unidade são Google, Facebook e a Revista Veja. As ilustrações a seguir apresentam os 20 veículos que mais impactam o target da Unidade da Indústria da Construção, considerando clientes e prospects respectivamente: 20 HSM ONLINE. Mídias sociais tornaram-se caminhos obrigatórios. mar. 2010. Disponível em: <http://br.hsmglobal.com/notas/56599-midias-sociais-tornaram-se-caminhos-obrigatorios>. Acesso em: 25 abr. 2010. 37 Vale ressaltar que a comunicação através das mídias sociais deve ter um enfoque diferenciado, pois o Facebook e outras redes sociais são lugares de diálogo entre empresa, clientes e formadores de opinião. As redes sociais também estão sendo utilizadas para monitorar o que se fala sobre as empresas na internet. Um exemplo ocorreu na própria unidade de Indústria da Construção. Um usuário do Sienge questionou a falta de apostila, um formador de opinião fez um comentário negativo e uma representante da unidade respondeu tanto à pergunta quanto ao comentário: 38 O blog “O direito e as novas tecnologias21” do Dr. Alexandre Atheniense, advogado e professor, é voltado para o setor judiciários e surgiu pelo interesse em prover aos seus leitores aficionados pelos diversos temas relacionados sobre o direito e a tecnologia no Brasil e no exterior, com atualização diária através do relato de opiniões, tendências, 21 http://www.dnt.adv.br/ 39 notícias, jurisprudência e legislações, propiciando uma rica e atualizada fonte de pesquisa. Além do blog, o Dr. Alexandre Atheniense também é colunista no site Consultor Jurídico, sendo considerado um formador de opinião na área de tecnologia e direito. Em artigo publicado recentemente, Dr. Alexandre vende a idéia de que o uso do sistema PJe, concorrente do SAJ, é a alternativa para uniformizar as práticas processuais por meio eletrônico na Justiça Brasileira a partir de 201222. 3.5- Fatores tecnológicos A publicação “Mercado Brasileiro de Software: Panorama e Tendências 2011” da Abes, apresenta um apanhado de todas as tendências tecnológicas para o setor de TI no ano de 2011, todas relacionadas à mobilidade, modelo nas nuvens e redes sociais23. Com relação à mobilidade, as principais tendências apontadas para 2011 são: Pela primeira vez as vendas de notebooks serão maiores que as de desktops no mercado brasileiro. A demanda motivará o lançamento de ofertas mais específicas (segmentação); O segundo semestre será de movimentação em torno dos produtos tablets, com mais fabricantes lançando produtos e o mercado brasileiro entrando nessa rota; A nova geração de smartphones com alto poder de processamento se tornará cada vez mais o computador do futuro. Em 2011 as vendas ultrapassarão as vendas de notebooks. Outra tendência identificada pela Abes é a explosão da demanda por informações e conhecimento sobre o conceito de Cloud (nuvem): Explodirá o número de empresas buscando informações e conhecimento sobre o conceito Cloud. A procura por serviços de Colaboração, Segurança, CRM, Storage e Produtividade acelerará em 2011; Virtualização e consolidação de infra-estrutura continuarão como prioridade de investimento nas empresas. Novas soluções levarão a uma profunda mudança na operação e entrega de TI; Fornecedores lançarão ofertas específicas e segmentadas de Cloud em 2011, com a rápida proliferação das ofertas de plataformas como serviço (PaaS) e infra-estrutura como serviço (IaaS); 22 Consultor Jurídico. Software livre pode uniformizar o processo eletrônico. 8 dez. 2011. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2011-dez-08/direito-papel-software-livre-uniformizar-processoeletronico?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter>. Acesso em: 9 jan. 2012. 23 ABES SOFTWARE. Mercado brasileiro de software: panorama e tendências 2011. São Paulo: ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, 2011, p. 16. 40 Vários fornecedores aproximarão o relacionamento com seus parceiros e ISVs, com programas para acelerar o desenvolvimento de aplicações voltadas para o modelo Cloud; Legislação e tributos continuarão como um ponto de interrogação em 2011. O terceiro grupo de tendências é relacionado às redes sociais, que estão impulsionando as mudanças nos ambientes colaborativos e portais: 2011 deverá ser o ano em que as ferramentas de colaboração e portais serão revisitadas visando integração com as redes sociais; A convergência destas ferramentas com soluções de Business Analytics e CRM serão responsáveis por gerar um diferencial competitivo para estas empresas; Muitas empresas revisitarão seus websites, que deixarão de ser institucionais, para serem mais transacionais, colaborativos e com alguma integração com redes sociais; Ferramentas de gestão continuarão em alta, impulsionadas pelas aberturas de capital, M&As e segmentos como comércio, saúde e serviços. A Abes também destaca as questões de mobilidade e de redes sociais remodelando o uso de Business Analytics, apontando as seguintes tendências: Mobilidade – decisão onde os executivos estiverem. Coleta de informações e feedbacks em tempo real. Lançamentos das versões na nuvem. Ferramentas para varredura das redes sociais. BI em tempo real, visão do presente e futuro. Investimentos em ferramentas de Business Analytics continuarão em alta. O relatório do Faith Popcorn’s Brainreserve também aponta uma tendência na área de tecnologia para 2011, o ano da EN-GEN Era, onde ao benchmark é a Apple: tecnologia simples, elegante, com design EN-GEN que presta atenção a todos os detalhes e é brilhantemente modesto24. 3.4- Fatores naturais O Ipea defende o envolvimento da sociedade brasileira e das organizações nos assuntos relacionados às mudanças climáticas, considerando que esse fenômeno pode ter impacto sobre a economia, a sociedade e os recursos naturais no Brasil. Além disso, estimular a promoção de políticas públicas sobre as possíveis medidas de mitigação, intervenção humana com o intuito de reduzir ou remediar um determinado impacto 24 FAITH POPCORN’S BRAINRESERVE. 2011: the year of EN-GEN: the EN-GEN (end of gender) revolution begins. Disponível em: <http://www.faithpopcorn.com/>. Acesso em: 18 out. 2011. Tradução nossa. 41 ambiental nocivo, e adaptação às mudanças climáticas25. Além de criar políticas internas de sustentabiliadade, as organizações podem investir em soluções para outras empresas preocupadas com o meio ambiente. A análise do macro ambiente se resume no quadro a seguir: Fator Variável Econômico Ambiente economicamente globalizado Tendência Oportunidade Aumento da concorrência Aumentar Redução do ciclo de vida dos produtos Novos canais de comunicação e relacionamento com o cliente Revolução digital da economia Aumentar Crescimento da indústria de Software Aumentar Manutenção do crescimento da Softplan Lei do Software Manter Registro dos softwares Políticas públicas Ameaça Maior acesso à informações do mercado e dos concorrentes Escassez de profissionais qualificados no mercado Manter Político-legal Falta de estímulos para a indústria de softwares Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI Manter Proteção das marcas Processo de Licitação Manter Inexigibilidade por notório saber Manter CNDT é mais uma barreira de entrada para concorrentes irregulares Aumentar PE do CNJ é mais uma barreira de entrada para concorrentes que não cumprem todas as exigências Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT) Planejamento estratégico – PE do CNJ incentivando o processo eletrônico 25 IPEA. Fórum IPEA de mudanças climáticas. Disponível em: < http://www.ipea.gov.br/mudancaclimatica/>. Acesso em: 20 out. 2011. 42 Demográfico Lei nº 5.869/73 CPC – Código de Processo Civil Lei 11.419 Manter Pela Lei 11.419 os sistemas a serem desenvolvidos para o Poder Judiciário deverão usar, preferencialmente, programas com código aberto. Déficit de profissionais de TI Aumentar Falta de profissionais especializados em TI no mercado Sistema de software replicável Aumentar Sócio-cultural Analfabetismo digital no Brasil Tecnoló gico Alterar Lei nº 5.869/73 exige que o procedimento eletrônico deve ser padrão em todos os Tribunais Sistema de software replicável exige menos mão de obra Maior resistência à informatização por parte dos usuários (clientes) mais antigos Reduzir Sustentabilidade Aumentar Valorização das empresas com responsabilidade ambiental Responsabilidade social Aumentar Valorização das empresas que realizam ações sociais Mídias sociais Aumentar Utilizar as mídias sociais para se conectar com o público Blogueiros influentes no Setor Judiciário Manter Mobilidade Aumentar Formadores de opinião criticando o SAJ na internet Desenvolver sistemas que rodem em tablets e smartphones 43 Crescente priorização por softwares nas nuvens ao invés de software desktop Software nas nuvens Aumentar Virtualização e consolidação de infraestrutura como prioridade de investimento nas empresas. Integração do ambiente corporativo e produtos com redes sociais Redes sociais Aumentar Redes sociais como ferramenta de coleta de informações e feedback Apple como benchmark de tecnologia Aumentar Desenvolver tecnologias simples, elegantes, com design e atenção aos detalhes 44 4- Análise da concorrência A análise da concorrência é voltada para o mercado de atuação da Unidade Justiça da Softplan: Tribunais Regionais, Ministérios Públicos e Procuradorias Gerais. Estas análises foram feitas com base em informações publicadas na internet, especialmente no site das empresas, bem como em informações de conhecimento do Diretor, do Consultor de Novos Negócios e da Gerência de Relacionamento da Unidade de Justiça da Softplan. 4.1- Concorrentes no Segmento Tribunais Regionais Os concorrentes no segmento de Tribunais Regionais podem ser empresas provadas, o CNJ – Conselho Nacional de Justiça, os os próprios Tribunais, nesse caso, considerados substitutos. 4.1.1- MPS Informática26 A MPS Informática foi fundada em 1984, atuando nos mercados públicos e privados com desenvolvimento de software, consultoria, gestão e suporte. A partir de 1995 passou a atuar como provedora de serviços em Internet. A MPS planeja, desenvolve e implementa serviços e soluções em Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), para alinhar seus clientes com as melhores práticas de gestão, agilizando e apoiando a organização e o gerenciamento de seus negócios. A metodologia de trabalho começa com a identificação das necessidades de negócios, gerando o planejamento que vai desde o projeto inicial até a completa implantação da solução identificada como mais eficaz. São cerca de 200 profissionais especializados e dedicados à criação e implementação de soluções que atendam às necessidades de gestão de órgãos públicos e de empresas de grande e médio porte, atuantes nas mais diversas áreas de negócios. Para atender tão amplo mercado, a MPS realiza permanentes e significativos investimentos na capacitação e especialização de seus profissionais, resultando em uma equipe com sólidos conhecimentos nas tecnologias mais avançadas em TIC, bem como nas áreas de negócios atendidas: Finanças, Indústria, Comércio, RH, Judiciário, Órgãos Públicos, entre diversas outras. Os clientes da MPS no Poder Judiciário são: 26 http://www.mps.com.br/default.aspx 45 Seção Judiciária do Estado de Pernambuco; Seção Judiciária do Estado de São Paulo; Seção Judiciária do Estado do Alagoas; Seção Judiciária do Estado do Ceará; Seção Judiciária do Estado do Espírito Santo; Seção Judiciária do Estado do Mato Grosso do Sul; Seção Judiciária do Estado do Paraíba; Seção Judiciária do Estado do Rio de Janeiro; Seção Judiciária do Estado do Rio Grande do Norte; Seção Judiciária do Estado do Sergipe; Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; Tribunal de Justiça do Estado do Ceará; Tribunal de Justiça do Estado do Paraná; Tribunal de Justiça do Estado do Pernambuco; Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro; Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins; Tribunal Regional Federal da 2ª Região; Tribunal Regional Federal da 3ª Região; Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Vale ressaltar que estes clientes podem ter apenas um sistema da MPS, como por exemplo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que só tem o sistema de RH, ou o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará que utiliza o sistema da MPS em algumas varas criminais. Muitos dos atuais clientes do SAJ são ex-clientes da MPS que conquistamos. Produto: O modelo de processos eletrônicos desenvolvido pela MPS, totalmente aderente à Lei 11.419/2006, têm como benefícios: eficiência, economia, transparência, rapidez e praticidade em todas as áreas, reduzindo o tempo para ajuizamento, tramitação e atendimento de advogados e partes, além de gerar significativa redução de gastos em recursos materiais e mão-de-obra. A entrega de soluções personalizadas - e não de "pacotes parametrizáveis" - constitui-se em importante diferencial. Os sistemas Judiciários são: Controle de processos de 1ª instância; Controle de processos de 2ª instância; Jurisprudência. E os sistemas Administrativos são: Controle de protocolos administrativos; 46 Folha de pagamento e recursos humanos; Automação bibliotecária; Almoxarifado e patrimônio. Os aplicativos MPS voltados à área de controle de processos permitem o tratamento integrado de documentos digitais no trâmite dos feitos na esfera de Tribunais (2ª Instância), Fóruns (1ª Instância) e Juizados Especiais. Os principais diferenciais da MPS em relação a seus concorrentes compreendem a adequação legal e a abrangência da solução. Aderente à Medida Provisória 2.200/2001 que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Pública Brasileira (ICP-Brasil) a certificação digital de documentos implementada pela MPS permite que o processo possa ser constituído de forma totalmente eletrônica - isto é, sem papel. Nos sistemas MPS estão presentes recursos que proporcionam expressivo ganho de desempenho no trâmite processual, tais como o peticionamento eletrônico, a assinatura digital de documentos, a notificação por meios eletrônicos, consulta processual completa via internet, além de oferecer às partes o download (carga) do processo através da gravação em CDs, dentre outras inúmeras inovações. Outro diferencial importante da solução de Autos Virtuais da MPS consiste em sua flexibilidade, pois ela pode ser adotada de forma gradual, permitindo a coexistência, por exemplo, de “Varas Eletrônicas” com aquelas que ainda permanecerão operando de modo tradicional, com papel. A MPS fornece acesso à documentação e ao código fonte de seus programas: sistemas abertos. As plataformas utilizadas são: Arquitetura de hardware: RISC e INTEL; Sistemas operacionais: Unix e MS Windows 2000; Banco de dados: Oracle, MS SQL Server e Sybase. Os serviços oferecidos são: Equipes mistas de trabalhos: equipe de TI do cliente participa do desenvolvimento e/ou implantação dos aplicativos. Consultoria: atua desde o planejamento e projeto inicial até a completa implantação da solução, englobando todas as fases de implementação. Suporte Técnico: desde atendimentos a chamados técnicos isolados até a celebração de contratos que prevêem o permanente acompanhamento da infra-estrutura de TI de seus clientes. Marca: diversas outras empresas de informática com o mesmo nome. Preço: Alguns exemplos de contratos firmados através de licitação: 47 TJESP - Objeto: banco de horas para manutenção do sistema de controle de processos judwin– contratação; Vigência: 07/01/2010 a 06/01/2011; Valor: R$ 78.400,00. TJEPR – Objeto: prestação de serviços de manutenção e suporte técnico de produtos Sybase; Contrato mensal: R$ 18.141,33. TJEPE – Objeto: Taxa de Atualização Tecnológica; Valor R$ 345.563,00. Distribuição: Sediada em Curitiba, a MPS está presente também nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Comunicação: Em seu discurso, a MPS diz que é pioneira em soluções judiciárias no Brasil e uma das maiores e mais experientes empresas no fornecimento de sistemas para Tribunais, Procuradorias e Ministérios Públicos, atendendo-os com produtos consolidados e robustos, especialmente projetados e dedicados às suas necessidades específicas. Na internet, a MPS está presente em: Site: http://www.mps.com.br (reformulado e relançado em janeiro de 2012); LinkedIn: http://www.linkedin.com/company/mps-informatica-ltda (90 funcionários e 522 seguidores); Via 6: http://www.via6.com/empresa/71801/mps-informatica (3 funcionários) Twitter: @MpsInformatica (3 tweets e 26 seguidores); Orkut: http://www.orkut.com/Community?cmm=81249&hl=pt-BR (128 membros); O folder da empresa está disponibilizado no link: http://www.mps.com.br/pdf/jd_SolucoesJudiciarias.pdf. 4.1.2- INFOX Tecnologia da Informação27 A INFOX é uma empresa especializada no desenvolvimento de sistemas “paperless”. Com mais de 20 anos de atuação, atua com total independência de fornecedores, sendo 27 http://www.infox.com.br/infox/interna.wsp?tmp_page=inicial&tmp_secao=1 48 uma das primeiras empresas do país a oferecer serviços usando software livre. É uma empresa de tecnologia da informação certificada pela Norma ISO-9001:2000 e pelo MPS.BR (Nível G) especializada em desenvolvimento de sistemas de informação em ambiente de Fábrica de Software e na prestação de serviços de suporte e mentoring de software livre, Java, Linux e PostgreSQL, com notória atuação em soluções de e-Gov. A empresa ocupa um moderno prédio de 400m² em dois pavimentos, com instalações sofisticadas, para o melhor desempenho das equipes técnica, comercial e administrativa. O sistema da INFOX serviu de base para o desenvolvimento do PJe, software do CNJ, que será analisado a seguir. Os clientes da INFOX são: TRF – Tribunal Regional Federal da 5ª Região; TJBA – Tribunal de Justiça da Bahia; TJSE – Tribunal de Justiça de Sergipe; Prefeitura Municipal de Aracaju; BANESE – Banco do Estado de Sergipe; BRB – Banco Regional de Brasília; SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia; PRODAM – Processamento de Dados Amazonas S/A; FAPESB – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia; ADAGRO – Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco; IDIARN – Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte; ADEAL – Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária Animal de Alagoas; ADAGRI – Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará; ADAB – Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia; IMA – Instituto Mineiro de Agropecuária. O TJBA é cliente Softplan e não deveria ser anunciado como cliente da INFOX, a menos que tenha algum sistema administrativo. O Diretor de TI do TJSE, Sr. Anísio, é sócio da INFOX. Produto: Fábrica de Software: Utilizando Tecnologia Web sob Plataforma Java®, esta unidade da empresa possui profissionais altamente qualificados, com estrutura física e equipamentos sofisticados, além de metodologias de trabalho que respeitam o ciclo de vida do software. A Fábrica de Software da INFOX permite a construção de soluções individualizadas, conforme a necessidade específica de cada organização, garantindo qualidade dos serviços, 49 cumprimento de prazos e custos reduzidos, pela utilização de modernas ferramentas de apoio e avançadas metodologias de controle e de métricas. Sistemas de Informação: A INFOX possui grande experiência com sistemas específicos, consolidados, robustos e com alto número de funcionalidades para informatização de clínicas e laboratórios médicos (MEDIX) e de concessionárias de veículos (INFOCAR). Diante da destacada atuação no setor público, a INFOX disponibiliza diversas aplicações customizáveis para as áreas de Licitações e Contratos, Processos Administrativos (Protocolo), Contencioso, Ouvidoria, Controle Orçamentário, Gerenciamento Financeiro e Defesa Agropecuária (SIDAGRO). Instituições financeiras e sociedades anônimas também são atendidas pela INFOX através de um completo sistema de controle e gestão de valores mobiliários (controle de ações, BDR -Brazilian Depositary Receipts e fundos fechados). Suporte e Segurança: A INFOX, no papel de integradora de sistemas, com profissionais especializados neste setor e com a utilização das mais avançadas tecnologias, oferece serviços de suporte técnico e de segurança da informação para a plataforma LINUX®, garantindo aos seus clientes uma atualizada e segura gestão do seu ativo de informação. Além disso, são oferecidos serviços de suporte e mentoring para diversas categorias de software livre, inclusive bancos de dados MySQL ® e PostgreSQL® e produtos Apache®, Tomcat® e Jboss®. Para garantir um nível de qualidade ainda maior, a INFOX é parceira comercial e técnica da InterSystems (banco de dados pós-relacional Caché®) e da ITX (ferramentas de produtividade WebIntegrator®). As soluções E-Gov da INFOX são: Sistema de Processo Judicial Eletrônico; Sistema de Processo Administrativo Eletrônico; Sistema de Controle de Protocolos; Aplicação de Ouvidoria; Aplicação de Gerenciamento de Conteúdo Web; Aplicação de Publicação e Pesquisa de Jurisprudência; Diário da Justiça On-Line; Sistemas de Informações Judiciárias; Webservice de Movimentação Processual; Sistema de Arrecadação de Cartórios Extrajudiciais; Sistema de Custas Judiciais; Sistema de Depósitos Judiciais; Sistema de Controle de Informações Econômicas e Estatísticas; Sistema de Gestão para fundações de apoio à pesquisa (FAPs; SIDAGRO - Sistema de Defesa agropecuária; Sistema de Publicação de Legislação Municipal na Internet; 50 Sistema de Ouvidoria de Secretarias Executivas; Sistema Financeiro de Secretarias Executivas; Aplicação de venda de Passes Escolares via Internet; Sistema Integrado de Controle de Receita Operacional. Preços: Alguns exemplos de contratos firmados através de licitação: TJESE - Objeto: Contratação de empresa com notório conhecimento em Tecnologia da Informação; Valor: R$ 28.000,00; ADAGRI (Agência de Defesa Agropecuária do Estado Do Ceará) – Objeto: prorrogação da vigência do Contrato Original , ficando prorrogada a vigência do mesmo a partir de 20 de fevereiro de 2011 até 20 de fevereiro de 2012; Valor: R$ 37.781,12. Distribuição: A INFOX atua no mercado nacional e tem sede em Aracaju/SE. Comunicação: Na internet, a INFOX está presente em: Site: http://www.infox.com.br; INFOXNews:http://www.infox.com.br/infox/interna.wsp?tmp_page=conteudo&tmp_s ecao=2&tmp_topico=Infox%20News; LinkedIn: http://www.linkedin.com/company/infox-tecnologia-da-informa-o-ltda (43 funcionários e 277 seguidores); Via 6: http://www.via6.com/empresa/66554/infox-tecnologia-da-informacao-ltda- (3 funcionários) Twitter: @InfoxTI (327 seguidores); Facebook:http://pt-br.facebook.com/pages/Infox-Tecnologia-daInforma%C3%A7%C3%A3o/111086718976638?sk=info (4 pessoas curtiram). 51 4.1.3- CNJ – Conselho Nacional de Justiça28 O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é um órgão voltado à reformulação de quadros e meios no Judiciário, sobretudo no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e processual. Criado em 31 de dezembro de 2004 e instalado em 14 de junho de 2005, o CNJ é um órgão do Poder Judiciário que visa, mediante ações de planejamento, a coordenação, o controle administrativo e o aperfeiçoamento do serviço público na esfera Jusdicial. O CNJ desenvolveu o PROJUDI - Processo Judicial Digital, software voltado para Tribunais, juntamente com o e-Proc, fazem parte do Processo Virtual Nacional proposto pelo CNJ. O sistema de processo virtual foi elaborado com base em software desenvolvido por Leandro de Lima Lira, André Luis Cavalcanti Moreira e Antônio Silveira Neto. Em 12 de setembro de 2006, em sessão realizada no plenário do CNJ, o software foi doado ao Conselho para sua amplicação e redistribuição em todo o país. Esse concorrente, enquanto fornecedor de software para Tribunais, possui um alto poder de barganha. O Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça firmaram termos de cooperação técnica para a implantação do sistema de processo eletrônico. Segundo a RESOLUÇÃO Nº 14/2007, que Dispõe sobre o processo eletrônico no âmbito do Poder Judiciário do Estado da Bahia: Art. 3º O processo eletrônico funcionará exclusivamente através do programa de computador (software) denominado PROJUDI – Processo Judicial Digital. Porém, o TJBA hoje é cliente da Softplan. O CNJ pretende convergir os esforços dos Tribunais brasileiros para a adoção de uma solução única. Atualmente, 19 dos 27 estados brasileiros aderiram ao PROJUDI são eles: RO, RR, AM, PA, TO, MA, PI, CE, RN, PE, AL, BA, MG, ES, GO, DF, MT, PR, PB. O PROJUDI é um sistema com código simples e aberto que o CNJ disponibiliza para os Tribunais como base. A partir daí os Tribunais devem fazer melhorias no sistema, o que implica em contratação de uma equipe de desenvolvedores, analistas, entre outros profissionais. Dos estados acima citados, muitas vezes possuem uma pequena parte do PROJUDI, como o TJBA por exemplo, que tem um relatório de produtividade por servidor. 28 http://www.cnj.jus.br/programas-de-a-a-z/sistemas/projudi 52 No mais, este Tribunal é cliente Softplan. O PROJUDI está mais presente nos Juizados Especiais e é um sistema ruim. Existe um paradgma de que o PROJUDI é um sistema com custo zero e que o SAJ é um sistema caro. O Software realmente é gratuito, mas os Tribunais precisam contratar desenvolvimento, implantação, migração, manutenção e atualização tecnológica. O que acaba sendo mais honeroso do que terceirização. O PROJUDI tem sido substituído pelo PJe - Processo Judicial Eletrônico, sistema de informática desenvolvido pelo CNJ, a partir do sistema desenvolvido pela INFOX, em parceria com os Tribunais para a automação do Judiciário. O PJe foi lançado oficialmente em 21 de junho de 2011 pelo ministro Cezar Peluso, presidente do CNJ. No dia seguinte (22/06), presidentes de Tribunais de todo o país participaram de uma apresentação detalhada do sistema e receberam um manual para auxiliar os técnicos na instalação do software. O evento foi transmitido ao vivo pelo portal do CNJ e contou com 1.315 acessos, sendo 135 simultâneos. Além disso, 32 Tribunais retransmitiram a apresentação via streaming aos seus servidores. Fazem parte da lista dos 53 Tribunais que aderiram ao Termo de Cooperação para desenvolvimento do PJe, os cinco Tribunais Regionais Federais, além do Conselho da Justiça Federal (CJF), 20 Tribunais de Justiça, dois Tribunais de Justiça Militar dos Estados e todos os Tribunais do Trabalho. Incluindo os 24 Tribunais Regionais e o Tribunal Superior do Trabalho, além do Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Ou seja, antes o CNJ contratava uma fábrica de software para desenvolver o que eles planejavam, hoje eles delegam essa produção para os Tribunais. As medidas necessárias para acelerar a implantação do PJe são discutidas no Comitê Gestor do Processo Judicial Eletrônico do Conselho Nacional de Justiça, que se reúne a cada 15 dias, por videoconferências ou presencialmente. Integram o comitê dois juízes auxiliares do CNJ, três juízes de direito, três juízes federais, três juízes do trabalho, uma juíza militar estadual, um membro do Ministério Público (e o seu suplente) e um membro da Ordem dos Advogados do Brasil (e o suplente). O comitê concentra as demandas dos Tribunais e das instituições participantes (Ministério Público, OAB, Defensoria e Advocacia Públicas etc.), deliberando sobre seu atendimento. Está vinculado à Comissão de Tecnologia da Informação e Infraestrutura do CNJ, presidida pelo Ministro Cezar Peluso e composta pelos conselheiros Gilberto Martins, Sílvio Rocha e Wellington Saraiva. O processo judicial digital, também chamado de processo virtual ou de processo eletrônico, tem como premissa, gerenciar e controlar os trâmites de processos judiciais nos Tribunais de forma eletrônica, reduzindo tempo e custos. O principal intuito é a completa informatização da justiça, retirando burocracia dos atos processuais, o acesso imediato aos processos, bem como a melhoria no desempenho das funções próprias de cada usuário. 53 Com todas estas iniciativas, o CNJ está criando demanda nos Tribunais, mas não possui estrutura para atender. Produto: O Sistema CNJ - PROJUDI é um software de tramitação de processos judiciais. Seu nome decorre das iniciais de Processo Judicial Digital. O PROJUDI é um programa de computador que pode ser utilizado através da Internet e permite a completa substituição do papel por autos processuais digitais. O funcionamento do PROJUDI é bastante simples e seguro. Os advogados e os cidadãos que desejem ingressar com alguma reclamação nos Juizados Especiais podem utilizar a Internet ou se dirigir ao setor de atendimento dos juizados. Esses pedidos serão registrados eletronicamente, com distribuição e cadastramento automático do processo. A partir daí todos os atos serão realizados utilizando-se o computador, com a eliminação do papel. Somente usuários cadastrados previamente terão acesso ao sistema. A consulta e a prática de atos processuais poderão ser realizadas na Internet ou na sede do Juizado Especial. Os advogados que se cadastrarem receberão senha de acesso ao sistema e também certificados digitais que darão a garantia de identificação, segurança, autenticidade e fidedignidade dos documentos. O sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe), que está substituíndo o PROJUDI, é um software elaborado a partir do softaware desenvolvido pela INFOX e da experiência e com a colaboração de diversos Tribunais brasileiros. O objetivo principal do CNJ é manter um sistema de processo judicial eletrônico capaz de permitir a prática de atos processuais pelos magistrados, servidores e demais participantes da relação processual diretamente no sistema, assim como o acompanhamento desse processo judicial, independentemente de o processo tramitar na Justiça Federal, na Justiça dos Estados, na Justiça Militar dos Estados e na Justiça do Trabalho. O PJe é um software limitado em termos de funcionalidades, além de ser uma solução fechada, não levando em conta que cada Tribunal tem as suas próprias necessidades. Os Tribunais demandam um nível de personalização muito alto e o CNJ não vai fazer isso. Preço: O fato do código fonte do sistema PROJUDI ser livremente distribuído aos Tribunais não o caracteriza como software livre, já que tal distribuição não é pública. A distribuição dos Tribunais geralmente antecede-se pela realização de um convênio entre o CNJ e o tribunal de interesse. O PJe é também uma solução gratuita para os Tribunais. A partir do lançamento, os Tribunais que quiserem podem usar livremente o PJe. Nos dois casos, os 54 Tribunais têm que ter equipe para assumir a manutenção e a evolução do sistema, além de ter que assumir o custo de implantação e capacitação, somente deixando de arcar com o custo de licenciamento. Distribuição: Com sede em Brasília/DF, o CNJ possui atuação em todo o território nacional. Comunicação: Site: www.cnj.jus.br Site TJAL: http://ns.tj.al.gov.br/projudi/ Site TJBA: https://projudi.tjba.jus.br/projudi/ Site TJMG: https://projudi.tjmg.gov.br/projudi/ Site TJPR: https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ Site TJRN: https://projudi.tjrn.jus.br/projudi/ Site TJRO: http://www2.tj.ro.gov.br/projudi/ Orkut: Comunidade PROJUDI (288 membros) Youtube: Conselho Nacional de Justiça - Canal de cnj Flickr: Galeria de Conselho Nacional de Justiça – CNJ Facebook: Conselho Nacional de Justiça (CNJ) (10.412 pessoas curtiram) Twitter: @CNJ_oficial (77.821 seguidores) RSS: Portal CNJ - Conselho Nacional de Justiça CNJ no Ar: programa transmitido de segunda a sexta-feira às 10h pela Rádio Justiça, na frequência 104,7 FM. Pode ser acessado também pelo site www.radiojustica.jus.br. 4.1.4- Produtos Substitutos Alguns Tribunais desenvolvem suas próprias soluções caseiras. 4.1.4.1- Tribunal Regional Federal da 4ª Região 29 O Tribunal Regional Federal da 4ª Região compõe-se de 27 Desembargadores Federais vitalícios, escolhidos entre os Juízes Federais de 1ª Instância, membros do Ministério Público e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, nomeados pelo Presidente da República, nos termos da Constituição Federal. 29 http://www.trf4.jus.br/trf4/ 55 O TRF4 desenvolveu os sistemas Processo Eletrônico Judicial (e-Proc v2), Gestão Eletrônica de Documentos Processuais (Gedpro) e Sistema Eletrônico de Informações (SEI). Um dos TJs que utilizam o e-Proc v2 é o Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO). Produto: Desenvolvido inteiramente por técnicos da área de TI do Tribunal e da Primeira Instância, o processo eletrônico utiliza apenas software livre. A segurança é garantida por um sistema de criptografia. Os benefícios do e-Proc v2 são inúmeras: o acesso é feito pela Internet, a partir de qualquer lugar, sem necessidade de deslocamento até a vara ou ao tribunal; redução de gastos públicos com papel e local para arquivamento de ações; melhor ambiente de trabalho, sem pilhas de processos e armários abarrotados; e preservação do meio ambiente, com a redução do uso de papel. Com o uso do e-Proc v2 e do Sistema Eletrônico de Informações (o processo eletrônico administrativo), apenas no TRF4, em Porto Alegre, já houve uma diminuição de 22,5% no consumo de papéis, com economia de mais de 1 milhão e 300 mil folhas entre 2009 e 2010. O produto foi mal avaliado pelos profissionais da Softplan que tiveram oportunidade de conhecer. Preço: Com o TJTO foi feita a assinatura de um convênio de transferência da tecnologia do e-Proc v2. O acesso ao e-Proc no TJTO será pelo link: http://eproc.tjto.jus.br/. Distribuição: A sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região fica em Porto Alegre e sua jurisdição abrange os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Comunicação: Site: www.trf4.jus.br Twitter: @trf4r (3.434 seguidores) RSS: http://www.trf4.jus.br/trf4/noticias.xml Realização de workshops sobre e-Proc Revista do tribunal Regional Federal Quarta Região: http://www.trf4.jus.br/trf4/revistatrf4/index.php Boletim Jurídico: http://www.trf4.jus.br/trf4/institucional/institucional.php?no=143 56 Jornal do TRF4: http://www.trf4.jus.br/trf4/institucional/institucional.php?id=jornal_trf4 4.1.4.2- Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro 30 O Processo Eletrônico, regulado pela Lei 11.419/2006, foi instituído no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro pela Resolução TJ/OE 16/2009. A tramitação por meio eletrônico é uma iniciativa que busca a celeridade na prestação jurisdicional, sem mencionar a economia com papel e espaço físico. Para que o operador do direito possa atuar no processo eletrônico, o PJERJ criou o Portal de Serviços. Para acessá-lo, o interessado, seja ele parte ou procurador em sentido amplo, deverá realizar o Cadastro Presencial. Trata-se de funcionalidade que visa garantir a identificação inequívoca do usuário do serviço. O cadastro deverá ser realizado nos cartórios que atuam com o processo eletrônico, nos termos do Ato Normativo TJ 11/2011. Produto: Portal de Serviços: Através deste portal, o operador poderá protocolizar petições, receber intimações, ver os documentos dos processos aos quais esteja vinculado, entre outras informações. O protocolo de petição eletrônica só será realizado se o documento estiver em formato PDF, com Assinatura Digital padrão ICP-Brasil. O PJERJ criou ferramenta que auxilia a atividade de assinatura do documento em formato PDF, que é o Assinador Livre. O Portal de Serviços foi desenvolvido para ser utilizado em qualquer computador conectado à Internet, através do navegador de sua preferência. Assinador Livre, um aplicativo criado pelo PJERJ para facilitar o processo de assinar digitalmente um documento PDF. O Assinador Livre adiciona uma assinatura digital no documento PDF que foi gerado a partir do documento de petição criada pelo advogado. 30 http://portaltj.tjrj.jus.br/web/guest;jsessionid=2280FDDDDDB27E4015EFD576289389C0.node14 57 Preço: O Portal de Serviços é utilizado pelo próprio PJERJ e o Assinador Livre é disponibilizado no site do Tribunal, www.tjrj.jus.br. Distribuição: Estado do Rio de Janeiro. Comunicação: Site: portaltj.tjrj.jus.br 4.1.4.3- Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul 31 A Visão do Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul é tornar-se um Poder cuja grandeza seja representada por altos índices de satisfação da sociedade; cuja força seja legitimada pela competência e celeridade com que distribui justiça; cuja riqueza seja expressa pela simplicidade dos processos produtivos, pelo desapego a burocracias e por desperdícios nulos. Ou seja, uma Instituição moderna e eficiente no cumprimento do seu dever. No dia 22 de fevereiro de 2010, o Órgão Especial aprovou o Mapa Estratégico do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. O Mapa é o instrumento de planejamento e comunicação que estabelece os Objetivos Estratégicos do TJRS e suas Linhas de Atuação para os próximos cinco anos. Ele está construído em quatro perspectivas encadeadas: a do Suporte e Recursos necessários; a do Aprendizado e Crescimento das Pessoas na Instituição; a dos Processos Internos de trabalho; e a perspectiva da Sociedade, que recebe nossa tutela jurisdicional. Um dos objetivos do Planejamento Estratégico, dentro da perspectiva Suporte e Recursos, é eficientizar meios e gestão de informática, tendo como estratégia a virtualização processual. O programa de virtualização do TJRS é uma iniciativa da Presidência do Tribunal de Justiça prevista no âmbito do Planejamento Estratégico e instituída com base na Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Constitui-se em um conjunto de projetos com o 31 http://www.tjrs.jus.br/site/ 58 objetivo de garantir a implantação e a disponibilização do processo eletrônico, mudança fundamental para continuar garantindo a prestação do serviço jurisdicional de qualidade. O programa está organizado em sete grandes frentes de trabalho. Os projetos existentes são: Gestão da Mudança, Desenvolvimento de TIC (Informática), Gestão de Infraestrutura, Gestão da Comunicação, Estruturação do Fluxo dos processos Jurisdicionais e Gestão da Atualização Normativa. O Programa de Virtualização foi estruturado para ser entregue em quatro grandes fases. Até o final de 2011, foi disponibilizado o processo eletrônico com as ações originárias de 2° grau e agravos de instrumento. Em 2012, a previsão é disponibilizar os processos eletrônicos dos Juizados Especiais Cíveis. Até o final de 2013, os processos cíveis estarão disponíveis para serem encaminhados de forma eletrônica. As demais matérias serão entregues até o final de 2014. Durante este período, diversas outras soluções estarão sendo disponibilizadadas aos usuários. Produto: O Processo Eletrônico é o meio que permitirá a automatização de rotinas, minimizando as fases "burocráticas" do processo. Procedimentos que são necessários no papel, como autuação, paginação, certificação, juntadas, entre outras, deixarão de ser realizados com a nova sistemática. Não é mera digitalização de peças processuais, pois neste caso apenas transferiríamos o conteúdo em papel para o eletrônico e tem a potencialidade de reduzir o tempo para se chegar à decisão. A redução do tempo pode ocorrer de várias maneiras: extinguindo atividades antes existentes e desnecessárias em um cenário de processo eletrônico, tais como juntadas de petições, baixa de agravos de instrumento, juntadas de decisões; suprimindo a própria necessidade de formação de autos de agravo em razão da disponibilidade inerente do processo eletrônico; eliminando a necessidade de contagens e prestação de informações gerenciais para órgãos de controle tais como as corregedorias e os conselhos; atribuindo ao computador tarefas repetitivas antes executadas por pessoas – e, portanto, propensas a erros –, tais como a contagem de prazos processuais e prescricionais; otimizando o próprio trabalho nos processos judicias, acrescentando funcionalidades antes inexistentes capazes de agilizar a apreciação de pedidos e peças processuais; deslocando a força de trabalho dedicada às atividades suprimidas para as remanescentes, aumentando a força de trabalho na área fim; automatizando passos que antes precisavam de uma intervenção humana; 59 permitindo a execução de tarefas de forma paralela ou simultânea por várias pessoas. Essas medidas têm como resultado a redução do tempo de atividades acessórias ao processo judicial, permitindo que sejam praticados mais atos tendentes à solução do processo e, portanto, agilizando a solução dos conflitos. Preço: O sistema de virtualização está sendo desenvolvido para utilização no próprio poder Judiciário do Rio Grande do Sul. Distribuição: Estado do Rio Grande do Sul. Comunicação: Site do TJRS: http://www.tjrs.jus.br Twitter: @TJRSnoticias (6.316 seguidores) Facebook: http://pt-br.facebook.com/pages/TJRS-Tribunal-de-Justi%C3%A7a-do- Rio-Grande-do-Sul/143285302374832 (29 pessoas curtiram) O Programa de Virtualização do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul tem uma logo e um slogan próprios. Logo: Slogan: Desafios inteligentes para o hoje e o amanhã; 60 Hotsite do Programa de Vistualização: http://www1.tjrs.jus.br/virtualizacao/. Eles também possuem um discurso voltado para a sustentabilidade: Com a total implantação do processo eletrônico projeta-se que a preservação ambiental anual será de aproximadamente 3 bilhões de folhas, evitando-se a derrubada de 400 mil árvores. A economia de energia que seria utilizada para a fabricação dessas folhas equivalerá ao abastecimento de mais de 36 mil residências e evitará a emissão de gás carbônico de aproximadamente 5 mil carros. 4.1.4- Matriz de competitividade Para a realização da matriz de competitividade, elencou-se dez atributos de sistemas de gestão para a área de Justiça. Na sequência, determinou-se peso de 1 a 5, conforme o grau de importância de cada atributo, sendo 1 para o menos importante e 5 para o amis importante. O segundo passo foi dar uma pontuação, em uma escala de 1 a 5, para o produto da Softplan e de seus concorrentes no segmento. Cada nota foi multiplicada pelo peso, gerando um conceito para cada atributo, em cada player. Por fim, os conceitos foram somados, buscando identificar qual player possui maior vantagem. 61 Observa-se que os produtos SAJ PG e SAJ SG possuem maior competitividade do que os concorrentes, que ficam abaixo, inclusive, dos produtos substitutos. Nenhum atributo teve peso de importância 1 e 2. 4.1.5- Matriz de posicionamento A matriz de posicionamento considera dois atributos de maior peso na matriz de competitividade: garantia de evolução tecnológica – GAFT e maturidade da solução. O gráfico está considerando uma escala de 0 a 25 nos dois eixos. 62 Observa-se que nos dois atributos mais importantes, o posicionamento do SAJ e muito superior aos demais concorrentes. Os produtos substitutos possuem boa maturidade, mas não possuem garantia de evolução tecnológica, enquanto os concorrentes são fracos nos dois sentidos. 4.2- Concorrentes no seguimento Ministérios Públicos O segmento de Ministérios Públicos possui um concorrente e produtos substitutos: 4.2.1- Pitang Agile IT32 A Pitang é a Fábrica de Software do C.E.S.A.R – Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, oferecendo serviços de desenvolvimento e manutenção de sistemas, consultoria, fábrica de software e de testes, migração de legados e outsourcing. Foi fundada 32 http://www.pitang.com.br/index.html 63 em Abril de 2005, como fruto do spin-off da área de projetos comerciais do C.E.S.A.R., um dos principais institutos de inovação do país. Seu modelo de negócios é flexível, permitindo à mesma trabalhar em todas as fases do ciclo de vida de desenvolvimento de software, ou apenas em fases específicas, permitindo executar contratos em diferentes modelos de contratação, de acordo com a conveniência do cliente. A Pitang desenvolve serviços e soluções em Tecnologia de Informação e Comunicação, focando nas demandas do mercado de uma forma inovadora, através do desenvolvimento de projetos exclusivos que adicionam grande valor a seus clientes; que abrangem corporações nacionais e internacionais, privadas e públicas, de médio a grande porte, nas áreas de finanças, energia, governo, indústria, segurança, serviços e varejo. Possui certificação CMMi3, MPS.BR Nível F e ISO 9001:2008 para seus processos, e também se diferencia pela capacidade de rápida absorção de tecnologias inovadoras em seus projetos, através da natural ligação e sinergia com o C.E.S.A.R, bem como pela posição estratégica no Porto Digital, considerado um dos maiores clusters de TIC do Brasil, pólo natural de atração de talentos. As soluções da Pitang são: Arquimedes – Sistema de Gestão de Autos, Prompt – Gestão de Programas P&D, SGE – Sistema de Gestão Educacional, Oracle/ATG – Plataforma e-commerce, Streambase – Processamento de Eventos Complexos e IBM Rational – ferramentas IBM. O Arquimedes está presente nos Ministérios Públicos dos seguintes estados: PE, AM, ES, TO, RR, MA, PB, SE, PA e CE. A empresa também presta serviços de: Fábrica de Software, Fábrica de Testes, desenvolvimento e manutenção sob demanda, conversão de legados, outsourcing, consultoria e treinamentos. O CNMP – Conselho Nacional do Ministério Público, bem como alguns Promotores são defensores e vendedores do Arquimedes, sendo o nível mais alto de relação empresacliente. Produto: Arquimedes – Sistema de gestão de Autos: Inicialmente desenvolvido para o Ministério Público, o Arquimedes torna mais ágeis e confiáveis os procedimentos de cadastro, distribuição e tramitação de processos, inquéritos e outros documentos dentro das instituições. O Arquimedes é um sistema de informação baseado na web criado para gerenciar uma base de dados de pessoas e automatizar o acompanhamento de documentos. Implementado inicialmente no Ministério Público de Pernambuco, a ferramenta torna mais ágeis e confiáveis os procedimentos de cadastro, distribuição e tramitação de processos, inquéritos e outros documentos dentro da instituição. O Sistema de Gestão de Autos da 64 Pitang pode ser facilmente adaptado para instituições que precisem agilizar seus processos internos unindo diferentes gerências e departamentos. Com uma interface simples e uma navegabilidade familiar a qualquer pessoa que use a internet, o Arquimedes tem ainda o potencial de disponibilizar informações para um público de acesso externo, dependendo das necessidades da organização. Preço: Um exemplo de preço publicado em Diário Oficial: O Sistema Arquimedes foi cedido pelo Ministério Público de Pernambuco para o Ministério Público do Ceará e a Pitang foi contratada por R$ 515.000,00 para: Instalação e customizações básicas Implantação do sistema Transferência de conhecimentos Integração do Arquimedes com SAJ Integração do Arquimedes com Sproc Módulo de Atendimento ao Cidadão Migração de dados do Argos para Arquimedes Distribuição: Com sede em Recife/PE, a empresa possui atuação nacional. A ilustração a seguir, retirada da Minuta de Proposta para Modelo de Negócios para Ministérios Públicos Estaduais, apresenta o mapa de atuação do Arquimedes: 65 Comunicação: Conceito: Pitang é uma palavra proveniente da língua tupi, que significa vermelho. Também dá nome à pitanga, fruta rubra bastante apreciada por seu caráter refrescante, vibrante e energético. Site: www.pitang.com (versão em inglês e três opções de cores) Blog: http://www.pitang.com/blogs/agil/ Folder em inglês: http://www.pitang.com.br/files/Folder-EN-Pitang.PDF Facebook: Pitang (208 pessoas curtiram) Twitter: @pitang (153 seguidores) LinkedIn: Pitang (125 funcionários e 907 seguidores) 4.2.2- Produtos Substitutos Os Ministérios Públicos dos estados de SP, RJ, MG, RS, MT, entre outros, possuem um sistema desenvolvido internamente. Um exemplo: Ministério Público do Estado de São Paulo – SIS MP Integrado33: É um sistema de registro e gestão dos atendimentos ao público cível e criminal (Ficha de Atendimento), dos procedimentos da Área de Interesses Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos (Peça de Informação, Representação, PPIC, IC e Ação Civil), dos procedimentos administrativos de Interesse Individual (Notícia do Fato, PANI e Ação Civil) e dos procedimentos da Área Criminal (Notícia do Fato, Procedimento Investigatório Criminal, Auto de Prisão em Flagrante, Termo Circunstanciado, Medida Cautelar, Inquérito Policial e Inquérito Policial Militar, que tramitam nas Promotorias de Justiça do Interior, Litoral e Capital. 4.2.3- Matriz de competitividade Para a realização da matriz de competitividade, elencou-se dez atributos de sistemas de gestão para a área de Justiça. Na sequência, determinou-se peso de 1 a 5, conforme o grau de importância de cada atributo, sendo 1 para o menos importante e 5 para o amis importante. O segundo passo foi dar uma pontuação, em uma escala de 1 a 5, para o produto da Softplan e de seus concorrentes no segmento. Cada nota foi multiplicada pelo 33 http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/Portal_Sistemas/SIS_MP_INTEGRADO 66 peso, gerando um conceito para cada atributo, em cada player. Por fim, os conceitos foram somados, buscando identificar qual player possui maior vantagem. Observa-se que os produtos SAJ MP possuei maior competitividade do que os concorrentes, apesar da diferença não ser muito grande. Nenhum atributo teve peso de importância 1 e 2. 4.2.4- Matriz de posicionamento A matriz de posicionamento considera dois atributos de maior peso na matriz de competitividade: garantia de evolução tecnológica – GAFT e maturidade da solução. O gráfico está considerando uma escala de 0 a 25 nos dois eixos. 67 4.3- Concorrentes no seguimento Procuradorias Gerais Não há concorrentes no segmento de Procuradorias. 68 5 – Análise do mercado A análise de mercado está dividida em: Tribunais de Justiça dos Estados, Ministérios Públicos, Procuradorias Gerais dos Estados, Procuradorias Gerais dos Municípios. Essa separação se dá pelo simples fato de que cada mercado se comporta de uma maneira diferente e deve ser entendido em suas particularidades a fim de que o tratamento também seja direcionado. Existem alguns aspectos, considerados relevantes, que são comuns a todos os mercados. Estes aspectos, identificados nas entrevistas, são os principais diferenciais na escolha de um software de gestão, por ordem de importância: 1. Experiência, segurança na compra por resultados comprovados, solidez da empresa e força da marca, que se traduz em confiabilidade para o cliente; 2. Solução pronta com o menor prazo de entrega; 3. Equipe capacitada que significa a garantia de continuidade e evolução da solução; 4. Abrangência e integração entre os órgãos; 5. Especialização e conhecimento do negócio do cliente, que permite a customização do sistema. 5.1- Análise do mercado de Tribunais de Justiça Estaduais A análise deste mercado terá uma parte qualitativa, uma parte quantitativa e uma análise detalhada da gestão de TI dos Tribunais, conforme segue. 5.1.1- Análise qualitativa de mercado A análise qualitativa consiste em responder 7 questões essenciais, com base em pesquisas de dados secundários, em entrevista com o Gerente de Relacionamento Maurício Rotta e com o Executivo de Relacionamento Alexandre Vedovelli: 5.1.1.1- Quem constitui o mercado?34 Os TJs são regidos pelo disposto na Constituição Federal (arts. 93 a 100 e 125), pelas Constituições dos Estados e pela Lei de Organização Judiciária de cada Unidade da Federação. A competência da Justiça Estadual é definida na Constituição Estadual, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. A Justiça Estadual está estruturada em dois graus de jurisdição: 34 Conselho Nacional de Justiça. Justiça em números 2010. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/images/pesquisas-judiciarias/Publicacoes/relat_estadual_jn2010.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2012. 69 O primeiro grau é composto pelos juízes de direito. O segundo grau é formado pelos 27 Tribunais de Justiça, um em cada Unidade da Federação, cuja competência é julgar recursos das decisões dos juízes de 1º Grau. O CNJ – Conselho Nacional de Justiça classifica os 27 Tribunais Estaduais por porte. Para a classificação, consideraram-se os dados anuais da despesa total da Justiça, dos casos novos, dos processos em tramitação, dos magistrados, dos servidores, inclusive estagiários e terceirizados, e do número de servidores da área judiciária. Segue a lista de Tribunais por ordem de porte: A Justiça Estadual contou, em 2010, com 11.938 magistrados e 236.578 servidores. No TJ de São Paulo estão lotados 21% dos magistrados e 26% dos servidores do total nacional. Em relação a 2009, verifica-se aumento de 395 magistrados (3,4%) e 5.831 servidores (2,5%). Em ambos o caso, os aumento foi inferior à média anual constatada de 70 2004 a 2008, que foi de 3,6% para magistrados e 8% para servidores. O número de servidores e magistrados em cada Tribunal está representado na ilustração a seguir: Os Tribunais investem grande montantes em tecnologia da informação e comunicação em relação às suas despesas totais. O cáulculo das despesas com TIC consideram três tipos de despesas: DInf1 - Despesa com Aquisições em TIC da Justiça Estadual: As despesas efetivamente realizadas, no ano-base, pelo Tribunal e suas respectivas unidades judiciárias, com aquisição de software (pronto) e hardware de informática na área de TIC, inclusive as empenhadas e inscritas em “restos a pagar”. DInf2 - Despesa com Custeio da TIC da Justiça Estadual: As despesas efetivamente realizadas, no ano-base, pelo Tribunal e suas respectivas unidades judiciárias, com o custo de funcionamento e de manutenção da área de TIC, abrangendo as despesas 71 com compras de suprimentos, despesas de pessoal com servidores do quadro efetivo e não efetivo, terceirizados, estagiários, diárias, deslocamentos, cursos de capacitação e treinamento, inclusive as empenhadas e inscritas em “restos a pagar”. DInf3 - Despesa com Contratos da TIC da Justiça Estadual: As despesas efetivamente realizadas pelo Tribunal e suas respectivas unidades judiciárias no anobase, com contratos de prestação de serviços para o desenvolvimento e a manutenção de sistemas de TIC, inclusive as empenhadas e inscritas em “restos a pagar”. A ilustração a seguir apresenta os valores investidos pelos Tribunais em TIC: 72 Se analisarmos as despesas com Tecnologia da Informação e Comunicação em relação às despesa totais da Justiça Estadual, pode-se observar que o estado do Espírito Santo foi o que mais dedicou uma parte dos seus investimentos para TIC (10% das despesas totais), seguido pelos estados do Paraná (5,8%), Roraima (5,6%), Acre (5,1%) e Alagoas (5%), conforme mostra a ilustração a seguir: 73 5.1.1.2- O que o mercado compra? O Tribunal compra status com relação aos demais Tribunais, que competem entre si, bem como o reconhecimento da administração do Tribunal no sentido de deixar uma marca de quem informatizou aquela instituição. A administração dos Tribunais muda a cada dois anos e cada novo gestor quer deixar mais resultados do que o gestor anterior. 5.1.1.3- Por quê o mercado compra? 35 Ao longo da última década, o Poder Judiciário Brasileiro passou por uma série de reformas, impulsionadas por diversos fatores e agentes: o crescente número de demandas e litígios legais, a quantidade de processos que aguardam decisão ou tramitam pelos cartórios e gabinetes dos fóruns e Tribunais, a busca por melhores condições de trabalho, por parte dos operadores do Direito, ou ainda, o aumento do grau de conscientização e exigência da sociedade frente ao Estado. Em virtude deste quadro de transição, o Poder Judiciário Nacional está sendo gradativamente instrumentalizado, sendo a aplicação dos recursos e conquistas advindas da tecnologia da informação um dos principais catalizadores para a consolidação do processo de mudança, ao estimular a atualização dos diplomas legais, ao trazer novos instrumentos aos operadores do Direito, automatização às rotinas forenses e maior democratização do acesso à Justiça para a população. Outra motivação são as questões legais e a atuação do CNJ, como foi apresentado na análise dos Fatores Político-Legais. Considerando as metas de 2010 e 2011 do CNJ, observa-se o foco em aumentar a produtividade dos Tribunais de Justiça, bem como reduzir o tempo de tramitação de processos. 5.1.1.4- Quem participa da compra? A resposta de quem participa da compra passa pela definição dos personagens que realizam cada um dos papéis de compra, conforme segue: Iniciador: normalmente o iniciador do processo de compra é o próprio Tribunal, representado pelo juiz assessor do Presidente do Tribunal, ou o Gerente de TI. Influenciador: os principais influenciadores são servidores que atuam na área de informática, o Gerente de TI e os juízes assessores da Presidência. Decisor: o tomador de decisão é o presidente do Tribunal. Comprador: o comprador vai variar em cada Tribunal, sendo geralmente da gerência de TI. 35 ROTTA, Maurício José Ribeiro; et all. Justiça estadual brasileira: aderências às práticas de governança de tecnologia da informação. 74 Usuário: os usuários são os Juízes, os servidores, os advogados e a população em geral. 5.1.1.5- Como o mercado compra? O processo de compra é constituído de 7 etapas: Reconhecimento da necessidade: se dá no dia a dia do Tribunal, onde surge a consciência da necessidade de informatização, ou da melhoria da ferramenta de sistema utilizada no momento. Busca de informações: costuma de dar através de indicações. O Sistema da SAJ da Softplan Poligraph também já é bem conhecido no mercado. Avaliação de alternativas pré-compra: a avaliação normalmente gira em torno de dois produtos: o SAJ, da Softplan; e o PJe do CNJ. O SAJ é reconhecido por ser a solução mais completa, porém o CNJ possui poder de barganha por ser o Conselho Nacional que representa os Tribunais. Compra: a compra pode ser através de licitação, porém o SAJ normalmente é comprado através da inexigibilidade, categoria destacada na análise dos Fatores Políticos-Legais. Para o processo de solicitação de inexigibilidade é necessário elaborar uma justificativa jurídica e uma justificativa técnica. Consumo: o consumo inicia no processo de levantamento de informações, validação do levantamento, seguido por treinamento, implantação do sistema e acompanhamento, com atendimento de suporte. Avaliação pós-consumo: a avaliação pós-consumo na Softplan é feita através da Pesquisa de Satisfação de Clientes, antes realizada anualmente, passa a ser semestral a partir de 2012. Descarte: não existe descarte do sistema, tendo em vista que raramente um cliente que começa a utilizar o SAJ trocá-lo por outra solução. 5.1.1.6- Quando o mercado compra? Por se tratar de uma organização pública, o orçamento anual dos Tribunais é fechado no mês de julho que antecede o ano de compra. Portanto, o melhor período para as negociações é o primeiro semestre de cada ano. 5.1.1.7- Onde o mercado compra? As negociações são feitas no próprio cliente e a assinatura do contrato costuma ser durante um cerimonial. 75 5.1.2- Análise quantitativa de mercado A análise quantitativa do mercado considera 4 fatores: 5.2.2.1- Tamanho de mercado O Mercado é formado por 27 Tribunais Estaduais sendo: 4 Tribunais de grande porte; 11 Tribunais de médio porte; 12 Tribunais de pequeno porte. Tribunais por Porte 15% 44% 41% Grande Médio Pequeno 5.2.2.2- Market share Temos 9 Tribunais clientes da Softplan, além da 21ª Vara Cívil no Paraná. Outro grande player do mercado é o CNJ. Vale ressaltar que esta análise foi feita com base nos portais de acesso aos processos utilizados por cada Tribunal, ou seja, Tribunais utilizam o portal e-SAJ, quais utilizam o Projudi e quais utilizam portais próprios. Isso não significa que os Tribunais que tenham o Projudi possuem a solução do CNJ implantada em todas as suas unidades jurisdicionais. Já no caso do SAJ e das soluções caseiras, os sistemas são implantados normalmente em todo o Tribunal. Pode-se dizer então, que os Tribunais que utilizam o Projudi também possuem soluções caseiras ou de outros concorrentes, anteriormente analisados. 76 Porte Pequeno Pequeno Pequeno Pequeno Médio Médio Médio Médio Médio Médio Médio Pequeno Grande Médio Pequeno Médio Médio Pequeno Grande Pequeno Grande Pequeno Pequeno Médio Grande Pequeno Pequeno Tribunal TJ Acre TJ Alagoas TJ Amapá TJ Amazonas TJ Bahia TJ Ceará TJ Distrito Federal TJ Espírito Santo TJ Goiás TJ Maranhão TJ Mato Grosso TJ Mato Grosso do Sul TJ Minas Gerais TJ Pará TJ Paraíba TJ Paraná TJ Pernambuco TJ Piauí TJ Rio de Janeiro TJ Rio Grande do Norte TJ Rio Grande do Sul TJ Rondônia TJ Roraima TJ Santa Catarina TJ São Paulo TJ Sergipe TJ Tocantins Player SAJ Softplan SAJ Softplan Outros SAJ Softplan SAJ Softplan SAJ Softplan Projudi CNJ Projudi CNJ Projudi CNJ Projudi CNJ Projudi CNJ SAJ Softplan Projudi CNJ Projudi CNJ Outros Projudi CNJ Projudi CNJ Projudi CNJ Outros SAJ Softplan Outros Projudi CNJ Projudi CNJ SAJ Softplan SAJ Softplan Outros Projudi CNJ Com base somente nos Tribunais, o market share da Softplan é de 33%, e do CNJ é de 48%. Market Share 19% 33% 48% SAJ Softplan Projudi CNJ Outros 77 5.2.2.3- Potencial de mercado Tendo em vista que não existe no mercado uma outra solução tão completa quanto o SAJ, pode-se dizer que o potencial de mercado são os 18 Tribunais que ainda não são clientes da Softplan. 5.2.2.4- Taxa de crescimento de mercado Como o número de Tribunais é igual ao número de estados brasileiros, e este dificilmente vai sofrer alteração. 5.1.3- Análise da gestão de TI36 A análise da gestão de TI foi baseada em um estudo que teve como objetivo analisar a situação da Justiça Estadual Brasileira, conforme a percepção dos responsáveis pelo setor de TI dos Tribunais de Justiça Estaduais, considerando o nível de aplicação de práticas e conceitos de governança, classificando essas práticas em 8 categorias, conforme os gráficos a seguir. Este estudo foi realizado pelo Gerente de Relacionamento Maurício Rotta. A entrevista com os responsáveis pelo setor de TI foi feita com o auxílio de um roteiro estruturado, onde as respostas obedeceram a uma escala Likert, de 5 pontos: NOTAS APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1 Discordo totalmente 2 Discordo parcialmente 3 Não há concordância ou discordância 4 Concordo parcialmente 5 Concordo totalmente Com base nesta escala, pode ter a pontuação 3 como linha de corte para simplificar a análise, sendo valores superiores a 3 bem avaliados e valores inferiores a 3 mal avaliados. Os valores dos gráficos foram calculados com base na média de todos os Tribunais. 36 ROTTA, Maurício José Ribeiro; et all. Justiça estadual brasileira: aderências às práticas de governança de tecnologia da informação. 78 Com relação à Infraestura, o item mais bem avaliado foi a existência de links de comunicação em todas as unidades (varas, juizados, comarcas, etc) e o maior ponto fraco é com relação ao datacenter do Tribunal possuir site de contingência redundante. Com relação à Sistema de Processos Eletrônicos, a maioria dos Tribunais possui algum sistema de gestão de processos eletrônicos. Mais da metade desses sistemas são desenvolvidos por terceiros e menos da metade são desenvolvidos pelos Tribunais. Vale ressaltar que um Tribunal pode ter as duas situações. 79 PORTAL DE SERVIÇOS 5 4,29 4,12 3,75 4 3,71 3,21 3 2 1 Petic eletrônico Confere documentos Citação / intimação Portal proc eletrônico Cálculo Custas Com relação ao Portal de Serviços, a maior parte dos portais permite a realização do peticionamento eletrônico e a conferência de documentos do processo eletrônico. O maior ponto fraco é a permissão de cálculo e emissão de custas processuais. Os itens relacionados à Integração são os mais mal avaliados na pesquisa, sendo que todos tiveram avaliação abaixo de 3. 80 Com relação aos Softwares de Terceiros, existem mais Tribunais utilizando softwares proprietários do que livre, bem como a atualização manual é mais utilizada do que a atualização automatizada. A Equipe de TI de quase todos os Tribunais possuem nível superior e o item com avaliação mais baixa foi a existência de normas e regulamentos de segurança bem definidos. 81 Com relação às metas do Planejamento Estratégico do CNJ, quase todos os Tribunais possuem um setor de TI, o mapeamento, registro e auditorias de processos é o ponto mais fraco. Com relação à Certificações e Avaliações, observa-se avaliações abaixo da média, tendo somente a terceirização e outsoursing com pontuação acima de 3 na escala. 82 5.2- Análise do mercado de Ministérios Públicos A análise deste mercado terá uma parte qualitativa e outra parte quantitativa, conforme segue. 5.2.1- Análise qualitativa de mercado A Análise Qualitativa consiste em responder 7 questões essenciais, com base em pesquisas de dados secundários e em entrevista com o Executivo de Relacionamento Alexandre Vedovelli: 5.2.1.1- Quem constitui o mercado?37 O Ministério Público (MP) é um órgão de Estado que atua na defesa da ordem jurídica e fiscaliza o cumprimento da lei no Brasil. Na Constituição de 1988, o MP está incluído nas funções essenciais à justiça e não possui vinculação funcional a qualquer dos poderes do Estado. Independente e autônomo, o MP tem orçamento, carreira e administração próprios. Considerado o fiscal das leis, o órgão atua como defensor do povo. É papel do MP defender o patrimônio nacional, o patrimônio público e social. O que inclui o patrimônio cultural, o meio ambiente, os direitos e interesses da coletividade, especialmente das comunidades indígenas, a família, a criança, o adolescente e o idoso. O MP atua também na defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis e no controle externo da atividade policial. Desta forma, o órgão trata da investigação de crimes, da requisição de instauração de inquéritos policiais, da promoção pela responsabilização dos culpados, do combate à tortura e aos meios ilícitos de provas, entre outras possibilidades de atuação. Os membros do MP têm liberdade de ação tanto para pedir a absolvição do réu quanto para acusá-lo. A organização do MP no Brasil está dividida entre o Ministério Público da União (MPU) e o Ministério Público dos Estados (MPE). O MPU compreende os ramos: Ministério Público Federal (MPF); Ministério Público do Trabalho (MPT); Ministério Público Militar (MPM) e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O MPE possui unidades representativas em todos os Estados. O MPU é regido pela Lei Complementar n.º 75/1993 e o MP pela Lei Complementar n.º 8.625/1993., sendo que a legislação garante a possibilidade de atuação conjunta entre os órgãos na defesa de interesses difusos e de meio ambiente. 37 http://www.cnmp.gov.br/portal/ 83 O Ministério Público Estadual (MPE) é um dos ramos do Ministério Público brasileiro. Cada um dos 26 Estados da Federação possui um Ministério Público autônomo para executar as atividades estabelecidas pela Constituição Federal, gerir o orçamento e realizar concursos de ingresso na carreira. Pode-se considerar o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios é o 27º: N.º de cargos de N.º de cargos de Procuradores de Promotores de Justiça existentes Justiça existentes MP Acre 14 98 MP Alagoas 18 177 MP Amapá 11 95 MP Amazonas 21 150 MP Bahia 47 738 MP Ceará 31 350 MP Distrito Federal 39 393 MP Espírito Santo 32 454 MP Goiás 36 520 MP Maranhão 31 279 MP Mato Grosso 30 223 MP Mato Grosso do Sul 29 179 MP Minas Gerais 188 1.180 MP Pará 31 267 MP Paraíba 19 275 MP Paraná 80 MP Pernambuco 45 490 MP Piauí 20 208 MP Rio de Janeiro 187 716 MP Rio Grande do Norte 21 226 MP Rio Grande do Sul 125 763 MP Rondônia 20 160 MP Roraima 7 48 MP Santa Catarina 40 371 MP São Paulo 300 2.335 MP Sergipe 14 119 MP Tocantins 12 146 Ministérios Nº de cargos existentes 112 195 106 171 785 381 432 486 556 310 253 208 1.368 298 294 80 535 228 903 247 888 180 55 411 2.635 133 158 N.º de Comarcas 22 60 12 60 278 138 20 69 127 126 83 55 104 77 156 154 96 83 65 165 22 7 110 348 37 42 Os Ministérios Públicos dos Estados de São Paulo (2.635), Minas Gerais (1.364) e Rio de Janeiro (903) são as unidades que possuem o maior número cargos de Procuradores e 84 Promotores de Justiça. Importante ressaltar que estes são cargos criados por Lei, mas que, no entanto, não significam que estejam preenchidos38. Cada MP é chefiado pelo procurador-geral de Justiça, escolhido pelo governador do Estado a partir de lista tríplice elaborada pelos membros da instituição. Além da sede, cada MP possui promotorias nos municípios para proteger os interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos. 5.2.1.2- O que o mercado compra? Como no caso dos Tribunais de Justiça, os Ministérios Públicos compram o status de ser um órgão informatizado, em comparação aos outros Ministérios. Já o Procurador Geral e sua equipe também compram o status de ser a gestão que informatizou a instituição. 5.2.1.3- Por quê o mercado compra? Os Ministérios compram para melhorar a organização dos processos, ter maior controle das atividades e transparência para a população. Outro motivo são os objetivos estratégicos dos Ministérios Públicos para o período de 2011 a 2015, sendo são: Contribuir para o aperfeiçoamento do regime democrático; Assegurar o respeito aos direitos da criança e adolescente, do idoso e da pessoa com deficiência; Promover a igualdade, a inclusão social e assegurar o respeito às comunidades tradicionais; Assegurar o direito à educação, à saúde e ao trabalho digno; Zelar pela defesa e proteção do meio ambiente e desenvolvimento sustentável; Combater a improbidade administrativa e defender o patrimônio público, social, histórico e cultural Assegurar a defesa dos direitos do consumidor e proteger a ordem econômica e financeira; Atuar na prevenção e repressão do trabalho escravo e tráfico de pessoas; Fortalecer o controle externo da atividade policial; Aperfeiçoar o sistema prisional e as medidas alternativas; Atuar na prevenção e repressão da criminalidade organizada, tráfico de drogas e crimes de fronteira; 38 Fortalecer a prevenção e repressão de crimes graves, tanto comuns como militares. CNMP. Relatório anual do ministério público brasileiro: ano base 2008. Disponível em: <http://www.cnmp.gov.br/portal/images/stories/Normas/relatoriosanuais/analisedosdadosadministrativoseoorcam entariosdompem2008.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2011. 85 Para alcançar esses objetivos, o mapa estratégico prevê duas estratégias relacionadas à Tecnologia da Informação: Promover a governança da tecnologia da informação; Assegurar a atualização da infraestrutura tecnológica. 5.2.1.4- Quem participa da compra? A resposta de quem participa da compra passa pela definição dos personagens que realizam cada um dos papéis de compra, conforme segue: Iniciador: normalmente é um assessor do Procurador Geral, com cargo de confiança. Poucas vezes é o próprio Procurador Geral. Influenciador: os Promotores Assessores ou Procuradores Assessores costumam influenciar de forma positiva. Os Gerentes de TI e suas equipes também influenciam, porém negativamente. Decisor: o Procurador Geral é o tomador de decisões. Comprador: A compra normalmente é feita pelo departamento de TI. Usuário: os usuários são os Promotores, Procuradores e os Servidores. 5.2.1.5- Como o mercado compra? O processo de compra é constituído de 7 etapas: Reconhecimento da necessidade: o reconhecimento da necessidade tem a ver com o porque o mercado compra, ou quando uma nova gestão assume o Ministério com o propósito de implementar alguma melhoria. Busca de informações: a área de TI faz a busca das informações, normalmente perguntando aos outros Ministérios. Avaliação de alternativas pré-compra: o Ministério Público é um órgão muito democrático, portanto normalmente cria-se uma espécie de comitê para avaliar as alternativas. Compra: a compra pode ser através de licitação, porém o SAJ normalmente é comprado através da inexigibilidade, categoria destacada na análise dos Fatores Políticos-Legais. Para o processo de solicitação de inexigibilidade é necessário elaborar uma justificativa jurídica e uma justificativa técnica. Consumo: o consumo inicia no processo de levantamento de informações, validação do levantamento, seguido por treinamento, acompanhamento, com atendimento de suporte. implantação do sistema e 86 Avaliação pós-consumo: a avaliação pós-consumo na Softplan é feita através da Pesquisa de Satisfação de Clientes, antes realizada anualmente, passa a ser semestral a partir de 2012. Descarte: não existe descarte do sistema, tendo em vista que raramente um cliente que começa a utilizar o SAJ trocá-lo por outra solução. 5.2.1.6- Quando o mercado compra? Por se tratar de uma organização pública, o orçamento anual dos Ministérios é fechado no mês de julho que antecede o ano de compra. Portanto, o melhor período para as negociações é o primeiro semestre de cada ano. 5.2.1.7- Onde o mercado compra? As negociações são feitas no próprio cliente e a assinatura do contrato costuma ser durante um cerimonial, especialmente em clientes maiores. 5.2.2- Análise quantitativa de mercado A análise quantitativa do mercado considera 4 fatores: 5.2.2.1- Tamanho de mercado O Mercado é formado por 27 Ministérios Públicos Estaduais, não havendo uma classificação por porte oficial como no caso dos Tribunais. 5.2.2.2- Market share Temos 3 Ministérios Públicos Estaduais clientes da Softplan e 10 que utilizam o Arquimedes, da Pitang. Os demais possuem soluções caseiras. Então, considerando somente os Ministérios Públicos, o market share da Softplan é de 11%, da Pitang é de 37% e 52% são a soma das soluções caseiras. 87 Market Share 11% 52% 37% Softplan Pitang Outros 5.2.2.3- Potencial de mercado Podemos considerar como potencial de mercado os 52%, ou 14 Ministérios Públicos, que ainda utilizam uma solução caseira. Com relação aos Ministérios que utilizam a Pitang, é possível destacar Amazonas e Ceará, que possuem a solução SAJ no Tribunal. 5.2.2.4- Taxa de crescimento de mercado Como o número de Ministérios Públicos é igual ao número de estados brasileiros, e este dificilmente vai sofrer alteração. 5.3- Análise do mercado de Procuradorias Estaduais A análise deste mercado terá uma parte qualitativa e outra parte quantitativa, conforme segue. Apesar desta análise ter foco nas Procuradorias Gerais dos Estados – PGEs, vale ressaltar que o produto da Softplan, também atende Procuradorias de Autarquias, Fundações e Empresas Públicas dos estados, como por exemplo: CASAN, CELESC, Caixa Econômica Federal, entre outros. 5.3.1- Análise qualitativa de mercado A Análise Qualitativa consiste em responder os 7 questões essenciais, com base em pesquisas de dados secundários e em entrevista com o Executivo de Relacionamento Ésio Cunha: 88 5.3.1.1- Quem constitui o mercado? A Procuradoria Geral do Estado - PGE é o órgão responsável em exercer a representação judicial e extrajudicial do Estado, e as atividades de consultoria e assessoramento jurídico da Administração Pública, e suas autarquias e fundações. Suas principais atribuições estão previstas no art. 132 da Constituição Federal, destacando-se as de funcionar como Órgão Central do sistema jurídico estadual, de supervisionar os serviços jurídicos da administração direta e indireta no concernente às Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista, de oficiar no controle interno da legalidade dos atos da Administração Pública e de exercer a defesa dos interesses legítimos do Estado.39 Em outras palavras, pode-se dizer que Procuradoria Geral do Estado - PGE é o escritório de advocacia do Estado. As Procuradorias fazem parte do Poder Executivo e o Procurador Geral e Sub-Procurador Geral são nomeados pelo Governador, ou seja, são cargos políticos e normalmente os Procuradores Gerais não são concursados. Normalmente as PGEs têm a sede na capital e algumas unidades regionais distribuídas pelo estado. 40 Cada um dos 26 Estados da Federação e o Distrito Federal possui uma PGE, totalizando 27. Um critério para a avaliação do porte de cada Procuradoria é a arrecadação Tributária. 39 Procuradoria Geral do Estado do Maranhão. Disponível em: <http://www.pge.ma.gov.br/>. Acesso em: 23 jan. 2012. 40 Palestras SAJ. Procuradorias: advocacia pública. 89 Procuradorias PGE Acre PGE Alagoas PGE Amapá PGE Amazonas PGE Bahia PGE Ceará PGE Distrito Federal PGE Espírito Santo PGE Goiás PGE Maranhão PGE Mato Grosso PGE Mato Grosso do Sul PGE Minas Gerais PGE Pará PGE Paraíba PGE Paraná PGE Pernambuco PGE Piauí PGE Rio de Janeiro PGE Rio Grande do Norte PGE Rio Grande do Sul PGE Rondônia PGE Roraima PGE Santa Catarina PGE São Paulo PGE Sergipe PGE Tocantins Receitas Administradas pela Receita Federal 2010 (R$)41 289.392.279,28 1.046.357.218,77 241.418.712,16 7.408.777.013,59 10.941.095.913,16 5.918.000.236,94 52.608.247.313,45 10.111.785.857,91 6.932.986.438,22 2.789.276.654,36 2.247.511.552,46 1.708.804.121,33 30.376.361.778,88 2.619.573.901,28 1.548.367.711,56 27.138.034.709,19 8.249.975.703,06 982.082.053,64 96.023.825.350,15 1.610.798.142,39 26.772.416.106,27 790.131.207,63 221.415.162,81 17.859.960.858,95 227.198.587.613,54 1.188.000.504,19 517.706.044,38 Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro juntos são responsáveis por mais da metade da receita tributária no Brasil, sendo que somente o estado de São Paulo arrecada 41,66%. 41 Receita Federal. Contas públicas: arrecadação por estado – 2010. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Historico/Arrecadacao/PorEstado/2010/default.htm>. Acesso em: 24 jan. 2012. 90 5.3.1.2- O que o mercado compra? As PGEs têm a necessidade de uma ferramenta que aumente a produtividade, tendo em vista que a demanda é cada vez maior. Os estados que possuem o SAJ, por exemplo, possuem um número bem menor de Procuradores e conseguem dar conta de muito mais processos que os demais. Outra questão é a necessidade de organização. Hoje as procuradorias sem sistema são tão desorganizadas que não sabem precisar quantos processos têm. 5.3.1.3- Por quê o mercado compra? O que motiva a aquisição do sistema são o incremento da recuperação dos créditos inscritos em dívida ativa, a melhor gestão do contencioso judicial, ou seja, de todos os processos movidos contra o estado, bem como para gerir as consultorias e assessoramentos jurídicos. 5.3.1.4- Quem participa da compra? A resposta de quem participa da compra passa pela definição dos personagens que realizam cada um dos papéis de compra, conforme segue: 91 Iniciador: normalmente é um procurador que teve conhecimento da existência de um sistema durante um congresso, uma conversa com outro procurador ou por indicação do Poder Judiciário. Influenciador: a equipe técnica de TI da Procuradoria, tendo em vista que muitas vezes é um influenciador negativo, por considerar um sistema externo como uma ameaça. A equipe técnica do Governo também é um influenciador, na medida em que emite pareceres técnicos sobre o sistema que está sendo avaliado. E, por fim, as Procuradorias montam uma comitiva para avaliar o sistema e visitar uma Procuradoria com o sistema instalado. Decisor: Procurador Geral ou Governador do Estado. Comprador: a Procuradoria ou o Governo do Estado. Usuário: os Procuradores e os Servidores. 5.3.1.5- Como o mercado compra? O processo de compra é constituído de 7 etapas: Reconhecimento da necessidade: a necessidade já existe na medida em que a situação das procuradorias é muito precária, em termos de organização. Sendo que tudo é feito manualmente onde ainda não tem sistema instalado. Busca de informações: a busca de informações ocorre entre a rede de relacionamento, ou seja, com outros procuradores, que costumam se reunir em um congresso anual ou em reuniões do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais. Avaliação de alternativas pré-compra: normalmente as empresas são chamadas para fazer uma apresentação, mas já houve caso de uma audiência pública, onde várias empresas de tecnologia apresentaram suas soluções. Compra: a compra pode ser através de licitação, porém o SAJ normalmente é comprado através da inexigibilidade, categoria destacada na análise dos Fatores Políticos-Legais. Para o processo de solicitação de inexigibilidade é necessário elaborar uma justificativa jurídica e uma justificativa técnica. Consumo: o consumo inicia no processo de levantamento de informações, validação do levantamento, seguido por treinamento, implantação do sistema e acompanhamento, com atendimento de suporte. Avaliação pós-consumo: a avaliação pós-consumo na Softplan é feita através da Pesquisa de Satisfação de Clientes, antes realizada anualmente, passa a ser semestral a partir de 2012. Descarte: o descarte pode ocorrer por motivos políticos, tendo em vista que as Procuradorias fazem parte do Poder Executivo. O SAJ já foi cancelado na PGE Alagoas, por influência política do CNJ, por exemplo. 92 5.3.1.6- Quando o mercado compra? A pesquisa por soluções podem ocorrer durante todo o ano, mas a compra é fechada normalmente no final do ano. Isso acontece porque as PGEs não se planejam ao longo do ano e precisam gastar todo o orçamento anual até dezembro, para não ter que devolver valores. 5.3.1.7- Onde o mercado compra? As negociações costumam ocorrer no cliente. No caso de Procuradorias, a comitiva criada para avaliar o sistema geralmente visita a PGE SC. 5.3.2- Análise quantitativa de mercado A análise quantitativa do mercado considera 4 fatores: 5.3.2.1- Tamanho de mercado O Mercado é formado por 27 Procuradorias Gerais Estaduais, não havendo uma classificação por porte oficial como no caso dos Tribunais. 5.3.2.2- Market share Temos 10 PGEs clientes da Softplan e não há outra empresa privada com solução especializada no setor. Portanto, o share de mercado é de 37%. Market Share 37% 63% Softplan Outros 93 5.3.2.3- Potencial de mercado Podemos considerar como potencial de mercado os 63%, ou 17 PGEs, que ainda utilizam uma solução caseira. 5.3.2.4- Taxa de crescimento de mercado Como o número de PGEs é igual ao número de estados brasileiros, e este dificilmente vai sofrer alteração. 5.4- Análise do mercado de Procuradorias Municipais A análise deste mercado terá uma parte qualitativa e outra parte quantitativa, conforme segue. 5.4.1- Análise qualitativa de mercado A Análise Qualitativa consiste em responder os 7 questões essenciais, respondidas com base em pesquisas de dados secundários e em entrevista com o Executivo de Relacionamento Ésio Cunha: 5.4.1.1- Quem constitui o mercado? Da mesma forma que as Procuradorias Estaduais, a Procuradoria Geral do Município - PGM é o escritório de advocacia do Município. As Procuradorias fazem parte do Poder Executivo e o Procurador Geral e Sub-Procurador Geral são nomeados pelo Prefeito, ou seja, são cargos políticos e normalmente os Procuradores Gerais não são concursados. 42 O Brasil possui 5.565 municípios, sendo distribuídos pelos estados da seguinte 43 forma : 42 Municípios do Acre (AC) - 22 Municípios de Alagoas (AL) - 102 Municípios do Amazonas (AM) - 62 Municípios do Amapá (AP) - 16 Municípios da Bahia (BA) - 417 Municípios do Ceará (CE) - 184 Palestras SAJ. Procuradorias: advocacia pública. Wikipédia. Municípios do Brasil. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpios_do_Brasil>. Acesso em 24 jan. 2012. 43 94 Municípios do Distrito Federal (DF) - 1 Municípios do Espírito Santo (ES) - 78 Municípios de Goiás (GO) - 246 Municípios do Maranhão (MA) - 217 Municípios de Minas Gerais (MG) - 853 Municípios do Mato Grosso do Sul (MS) - 79 Municípios do Mato Grosso (MT) - 141 Municípios do Pará (PA) - 143 Municípios da Paraíba (PB) - 223 Municípios do Paraná (PR) - 399 Municípios de Pernambuco (PE) - 185 Municípios do Piauí (PI) - 223 Municípios do Rio de Janeiro (RJ) - 92 Municípios do Rio Grande do Norte (RN) - 167 Municípios de Rondônia (RO) - 52 Municípios de Roraima (RR) - 15 Municípios do Rio Grande do Sul (RS) - 496 Municípios de Santa Catarina (SC) - 293 Municípios de Sergipe (SE) - 75 Municípios de São Paulo (SP) - 645 Municípios do Tocantins (TO) - 139 A lista completa de municípios está disponível em: http://www.municipionline.com.br/Application/RelacaoMunicipios.asp Não é possível precisar se todos os municípios brasileiros possuem uma Procuradoria. A PGMs de menor porte não possuem condições financeiras para adquirir o SAJ. A PGM de Biguaçú, por exemplo, é cliente Softplan por questões políticas, porém é considerada pequena e pouco atrativa pelo Executivo de Relacionamento Esio Cunha para o sistema que vendemos hoje. Partindo dessa premissa, faz-se um levantamento dos municípios com maior arrecadação tributária, utilizando Biguaçú como linha de corte, totalizando 359 municípios: 95 96 97 98 5.4.1.2- O que o mercado compra? Da mesma forma que as PGEs, as PGMs têm a necessidade de uma ferramenta que aumente a produtividade, tendo em vista que a demanda é cada vez maior. Outra questão também é a necessidade de organização. Hoje as procuradorias sem sistema são tão desorganizadas que não sabem precisar quantos processos têm. 5.4.1.3- Por quê o mercado compra? Bem como no caso das PGEs, o que motiva a aquisição do sistema são o incremento da recuperação dos créditos inscritos em dívida ativa, a melhor gestão do contencioso judicial, ou seja, de todos os processos movidos contra o município, bem como para gerir as consultorias e assessoramentos jurídicos. 99 5.4.1.4- Quem participa da compra? A resposta de quem participa da compra passa pela definição dos personagens que realizam cada um dos papéis de compra, conforme segue: Iniciador: normalmente é um procurador que teve conhecimento da existência de um sistema durante um congresso, uma conversa com outro procurador ou por indicação do Poder Judiciário. Influenciador: a equipe técnica de TI da Procuradoria, tendo em vista que muitas vezes é um influenciador negativo, por considerar um sistema externo como uma ameaça. A equipe técnica da Prefeitura também é um influenciador, na medida em que emite pareceres técnicos sobre o sistema que está sendo avaliado. E, por fim, as Procuradorias montam uma comitiva para avaliar o sistema e visitar uma Procuradoria com o sistema instalado. Decisor: Procurador Geral ou Prefeito Municipal. Comprador: a Procuradoria ou a Prefeitura Municipal. Usuário: os Procuradores e os Servidores. 5.4.1.5- Como o mercado compra? O processo de compra é constituído de 7 etapas: Reconhecimento da necessidade: a necessidade já existe na medida em que a situação das procuradorias é muito precária, em termos de organização. Sendo que tudo é feito manualmente onde ainda não tem sistema instalado. Busca de informações: a busca de informações ocorre entre a rede de relacionamento, ou seja, com outros procuradores, que costumam se reunir em um congresso anual ou em reuniões do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais. Avaliação de alternativas pré-compra: normalmente as empresas são chamadas para fazer uma apresentação, mas já houve caso de uma audiência pública, onde várias empresas de tecnologia apresentaram suas soluções. As PGMs costumam avaliar também as soluções existentes para escritórios de advocacia, porém estas tem foco no setor privado. Compra: a compra, no caso de municípios, costuma ser através de licitação. Consumo: o consumo inicia no processo de levantamento de informações, validação do levantamento, seguido por treinamento, implantação do sistema e acompanhamento, com atendimento de suporte. Avaliação pós-consumo: a avaliação pós-consumo na Softplan é feita através da Pesquisa de Satisfação de Clientes, antes realizada anualmente, passa a ser semestral a partir de 2012. 100 Descarte: o descarte pode ocorrer por motivos políticos, tendo em vista que as Procuradorias fazem parte do Poder Executivo. O SAJ já foi cancelado na PGM Maceió, por influência política do CNJ, por exemplo. Outro motivo para descarte é a falta de verba para efetuar o pagamento do sistema, como foi o caso da PGM Natal e da PGM Campo Grande. 5.4.1.6- Quando o mercado compra? A pesquisa por soluções podem ocorrer durante todo o ano, mas a compra é fechada normalmente no final do ano. Isso acontece porque as PGMs não se planejam ao longo do ano e precisam gastar todo o orçamento anual até dezembro, para não ter que devolver valores. 5.4.1.7- Onde o mercado compra? As negociações costumam ocorrer no cliente. No caso de Procuradorias, a comitiva criada para avaliar o sistema geralmente visita a PGE SC. 5.4.2- Análise quantitativa de mercado A análise quantitativa do mercado considera 4 fatores: 5.4.2.1- Tamanho de mercado O Mercado é formado por 359 Procuradorias Gerais Municipais, considerando o Município de Biguaçú como linha de corte, não havendo também uma classificação por porte oficial como no caso dos Tribunais. 5.4.2.2- Market share Temos 4 PGMs clientes da Softplan e não há outra empresa privada com solução especializada no setor. Portanto, o share de mercado é de 1%. 101 Market Share 1% 99% Softplan Outros 5.4.2.3- Potencial de mercado Podemos considerar como potencial de mercado os 99%, ou 355 PGMs, que ainda utilizam uma solução caseira. 5.4.2.4- Taxa de crescimento de mercado Não é possível estimar o número de PGMs, pois não sabe-se se todos os municípios possuem uma. 102 6- Segmentação A Unidade de Justiça da Softplan/Poligraph atua em quatro diferentes setores, conforme a análise do mercado, onde foi possível observar que estes setores diferem entre si no comportamento de compra, bem como na sua estrutura. Considerando a orientação de marketing para o mercado, essas diferenças entre os consumidores devem ser levadas em conta e, por conta disso, um dos critérios de segmentação deve ser o setor. Tendo em vista que esses clientes diferem muito entre si em termos de capacidade de investimento em TI, outro critério utilizado foi a segmentação por porte. 6.1- Segmentação por setor O Poder Judiciário é dividido em: Poder Judiciário Justiça Estadual Justiça Federal Justiça Eleitoral Justiça do Trabalho Justiça Militar A Softplan atua somente na Justiça Estadual, tanto na 1ª instância, como na 2ª instância, ou seja, ela não atende todo o Poder Judiciário. Apesar de exercer funções ligadas à justiça, o Ministério Público não faz parte do Poder Judiciário. Esse órgão é um poder independente que, inclusive, fiscaliza o Poder Judiciário. O setor de Ministérios Públicos é composto por: 103 Ministério Público da União Ministério Público do Trabalho Ministério Público Militar Ministério Público do Distrito Federal Ministérios Públicos dos Estados Ministério Público Federal Ministério Público junto ao Tribunal de Contas Neste caso, a empresa atua somente nos Ministérios Públicos dos Estados. As Procuradorias fazem parte do Poder Executivo, no caso da Procuradoria Geral do Estado, ligada diretamente ao Governador e no caso de Procuradoria Geral do Município, ligado ao Prefeito. Pode-se dizer que as Procuradorias Estaduais e Municipais são diferentes segmentos de mercado, por terem necessidades diferentes. Poder Executivo Órgãos Federais Presidência da República Ministérios de Estado Órgãos Estaduais Defensoria Pública da União Governos das UFs Procuradoria Geral do Estado Secretarias de Estado das UFs Órgãos Municipais Prefeituras Municipais Secretarias Municipais Procuradoria Geral do Município Logo, considerando a variável setor, pode-se dizer que a Unidade Justiça da Softplan atua em quatro segmentos de mercado: Justiça Estadual; Ministérios Públicos dos Estados; Procuradorias Gerais dos Estados; Procuradorias Gerais dos Municípios. 104 6.2- Segmentação por porte e benefício valorizado pelo cliente Nem todos os portes destes setores são interessantes para a Softplan, tendo em vista que possui uma solução de grande porte e cara. Portanto, uma segunda variável de segmentação utilizada foi porte. Optou-se então por dividir os setores em 5 portes: Porte 1: Gigante; Porte 2: Grande; Porte 3: Médio; Porte 4: Pequeno; Porte 5: Micro. Para classificar os Tribunais em portes, foram utilizados os seguintes critérios, baseados nos benefícios valorizados pelo cliente: Nº de Magistrados (peso: 15%); Nº de Casos Novos (peso: 15%); Orçamento: (peso: 70%). Grau de importância dos critérios 15% 15% 70% Nº de Magistrados Nº de Casos Novos Orçamento Ou seja, o número de Magistrados tem 15% de importância na classificação por porte, bem como o número de casos novos. Já o orçamento do tribunal possui 70% de importância. Para transformar todos os valores (nº de magistrados, nº de casos novos e orçamento) para a mesma “moeda”, foi calculado o percentual de cada Tribunal em cada critério. Em seguida, foi feita a média dos percentuais, gerando um indicador. Isso resultou na seguinte classificação: 105 PORTE 1 2 3 4 5 TRIBUNAL TJ - São Paulo TJ - Rio Grande do Sul TJ - Rio de Janeiro TJ - Minas Gerais TJ - Paraná TJ - Distrito Federal TJ - Santa Catarina TJ - Bahia TJ - Goiás TJ - Mato Grosso do Sul TJ - Pernambuco TJ - Mato Grosso TJ - Pará TJ - Espirito Santo TJ - Ceará TJ - Paraíba TJ - Rio Grande do Norte TJ - Maranhão TJ - Amazonas TJ - Rondônia TJ - Sergipe TJ - Alagoas TJ - Tocantins TJ - Piauí TJ - Acre TJ - Amapá TJ - Roraima 106 Para classificar os Ministérios Públicos em portes, replicou-se a classificação dos Tribunais, conforme segue: PORTE 1 MINISTÉRIO PÚBLICO MP - São Paulo MP - Rio Grande do Sul 2 MP - Rio de Janeiro MP - Minas Gerais MP - Paraná 3 MP - Distrito Federal MP - Santa Catarina MP - Bahia 4 MP - Goiás MP - Mato Grosso do Sul MP - Pernambuco MP - Mato Grosso MP - Pará MP - Espirito Santo MP - Ceará MP - Paraíba MP - Rio Grande do Norte MP - Maranhão MP - Amazonas MP - Rondônia MP - Sergipe MP - Alagoas 5 MP - Tocantins MP - Piauí MP - Acre MP - Amapá MP - Roraima No caso das procuradorias, os critérios utilizados foram, baseados nos benefícios valorizados pelo cliente: Servidores Públicos Estaduais - contencioso (peso: 15%); População do Estado - contencioso: (peso: 25%); Dívida Ativa – execução fiscal: (peso 60%). 107 Grau de importância dos critérios 15% 25% 60% Servidores Públicos Estaduais - contencioso População do Estado - contencioso Dívida Ativa – execução fiscal Nesse caso, número de servidores públicos estaduais tem 15% de importância e a população do estado tem 25% de importância. Somados os dois, os critérios que representam o contencioso totalizam 40% de importância. Já dívida ativa, que representa a execução fiscal, possui 60% de importância. Na sequência utilizou-se o mesmo método utilizado com os Tribunais para encontrar um indicador. Como as Procuradorias Municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro, possuem o mesmo porte de uma Procuradoria Estadual, bem como as mesmas necessidades, segundo visão do expert de mercado, elas foram migradas para esta classificação. 108 PORTE 1 2 3 PROCURADORIAS ESTADUAIS PGE - São Paulo PGE - Minas Gerais PGE - Rio de Janeiro PGM - São Paulo PGE - Rio Grande do Sul PGE - Paraná PGE - Bahia PGE - Santa Catarina PGM - Rio de Janeiro PGE - Pernambuco PG - Distrito Federal PGE - Ceará PGE - Goiás PGE - Pará PGE - Espirito Santo 4 PGE - Mato Grosso do Sul PGE - Mato Grosso PGE - Maranhão PGE - Paraíba PGE - Rio Grande do Norte PGE - Amazonas PGE - Alagoas PGE - Piauí PGE - Rondônia 5 PGE - Sergipe PGE - Tocantins PGE - Acre PGE - Amapá PGE - Roraima Já as Procuradorias Municipais utilizaram critérios parecidos com o das Estaduais, porém com pesos de importância diferentes, 5% para o contencioso (população do município) e 95% para execução fiscal (dívida ativa). 109 Grau de importância dos critérios 5% 95% População do Município – contencioso Dívida Ativa – execução fiscal 110 Isso resultou na seguinte segmentação: PORTE 1 2 3 4 5 UF PROCURADORIAS MUNICIPAIS MG Belo Horizonte SP Guarulhos SP São Bernardo do Campo RS Porto Alegre PR Curitiba CE Fortaleza SP Campinas SP Santos SP São Vicente PA SP SC AM PR Belém Osasco Florianópolis Manaus Londrina Mais 95 Municípios Cariacica Vila Velha Criciúma Divinópolis Rondonópolis Mais 486 Municípios Caxambu Oliveira Ibitinga Paulo Afonso Paracatu Santa Cruz Cabrália Aracruz Iracemápolis Guaporé Campo Erê Patrocínio Paulista Mais 4.597 Municípios ES ES SC MG MT MG MG SP BA MG BA ES SP RS SC SP 111 Temos, então, os seguintes segmentos de mercado: Tribunais de Justiça Ministérios Públicos Procuradorias Estaduais Procuradorias Municipais Porte 1 Porte 1 Porte 1 Porte 1 Porte 2 Porte 2 Porte 2 Porte 2 Porte 3 Porte 3 Porte 3 Porte 3 Porte 4 Porte 4 Porte 4 Porte 4 Porte 5 Porte 5 Porte 5 Porte 5 112 7- Matriz SWOT A Matriz SWOT apresenta as oportunidades e ameaças identificadas no ambiente externo e os pontos fortes e fracos da organização. Vale ressaltar que oportunidades e ameaças são variáveis incontroláveis. Oportunidades Novos canais de comunicação e relacionamento com o cliente Maior acesso à informações do mercado e dos concorrentes Manutenção do crescimento da Softplan Registro dos softwares Proteção das marcas Inexigibilidade por notório saber CNDT é mais uma barreira de entrada para concorrentes irregulares PE do CNJ é mais uma barreira de entrada para concorrentes que não cumprem todas as exigências Lei nº 5.869/73 exige que o procedimento eletrônico deve ser padrão em todos os Tribunais Sistema de software replicável exige menos mão de obra Valorização das empresas com responsabilidade ambiental Valorização das empresas que realizam ações sociais Utilizar as mídias sociais para se conectar com o público Desenvolver sistemas que rodem em tablets e smartphones Virtualização e consolidação de infra-estrutura como prioridade de investimento nas empresas. Integração do ambiente corporativo e produtos com redes sociais Redes sociais como ferramenta de coleta de informações e feedback Desenvolver tecnologias simples, elegantes, com design e atenção aos detalhes Concorrentes menos competitivos que a Softplan SAJ conquistou diversos clientes da MPS PJe é um sistema limitado em suas funcionalidades PROJUDI e PJe exigem equipes de desenvolvimento, implantação, capacitação, Ameaças Aumento da concorrência Redução do ciclo de vida dos produtos Escassez de profissionais qualificados no mercado Falta de estímulos para a indústria de softwares Pela Lei 11.419 os sistemas a serem desenvolvidos para o Poder Judiciário deverão usar, preferencialmente, programas com código aberto. Falta de profissionais especializados em TI no mercado Maior resistência à informatização por parte dos usuários (clientes) mais antigos Formadores de opinião criticando o SAJ na internet Crescente priorização por softwares nas nuvens ao invés de software desktop Alto poder de barganha do CNJ junto aos Tribunais PROJUDI possui um relatório de produtividade por servidor Juízes entendem que PROJUDI é de graça e SAJ é caro O sistema do TJRJ é uma barreira de entrada para a Softplan O sistema do TJRS é uma barreira de entrada para a Softplan O TJRS possui ações de marketing ambiental CNMP e Promotores apóiam o Arquimedes Arquimedes é líder de mercado 113 suporte e manutenção nos Tribunais Os Tribunais demandam um nível de personalização muito alto CNJ está criando demanda nos Tribunais Sistema do TRF4 não é bom Parte dos Ministérios Públicos ainda não possui sistema Não há concorrentes no setor de Procuradorias Alto investimento em TIC por parte dos tribunais Necessidade de aumento de produtividade por parte dos Tribunais Sistema SAJ reconhecido no mercado de Tribunais Necessidade de aumento de produtividade e organização por parte das Procuradorias Necessidade de melhorar a gestão do contencioso judicial nas Procuradorias Pontos Fortes Empresa sólida e em crescimento Pesquisa e desenvolvimento Grande capacidade de investimento em marketing Ciclo de vida dos produtos em introdução e crescimento Solução com integração entre os órgãos Projeto de qualidade do software Soluções com escalabilidade Marca forte, sinônimo de produto Consultoria da Edubrix para melhorar os cursos EAD Gerência de Serviços bem estruturada Alocação de redatoras em cada equipe de desenvolvimento Pontos Fracos Baixo índice de satisfação dos clientes com relação ao produto e ao atendimento Publicidade negativa por clientes insatisfeitos Problemas técnicos com a integração Má qualidade do produto, com muitos erros Inexistência de documentação técnica do sistema Tecnologia obsoleta Inexistência de certificação de qualidade Produtos SAJ SG e SAJ MP não são maduros Nome do SAJ MP inadequado do ponto de vista dos clientes Falta de cuidado com a identidade visual da empresa nos produtos e na comunicação com o cliente Registro de marca desatualizado Suporte 24x7 em implantação UniSAJ com cursos somente para SAJ PG SLA - Acordo de Nível de Serviço em implantação Dificuldade de manter os cursos EAD atualizados Modelo de vendas consultivo Serviços prejudicados pela má qualidade do produto Muitos cases de sucesso que geram publicidade Ferramenta Wiki Colabore Semana SAJ bem acessado Café com Diretor Falta de comunicação interna sobre atualizações do sistema Reclamações com relação à usabilidade e conteúdo do Ajuda Online Gerência de Suporte má avaliada Inexistência de linha telefônica específica para cada tipo de cliente Inexistência de política de preços formal 114 Prospecção passiva Inexistência de site próprio na internet Material de apoio à venda desatualizado Não há atuação nas redes sociais Não há investimento em comunicação 115 8- Objetivos A partir da matriz SWOT é possível determinar os objetivos de marketing, tendo em vista que deverão ser objetivos com prazo de um ano para serem atingidos, ou seja, até julho de 2013. Os objetivos de marketing podem ser qualitativos ou quantitativos. Estes objetivos foram também devem considerar a metodologia SMART, contendo as seguintes características: Específico: Os objetivos devem ser claros, concisos e fáceis de entender, compreendendo algo que possa ser claramente atingido; Mensurável: Devem ser passíveis de avaliação para verificar o seu cumprimento; Alcançável: Devem ser compatíveis com o mercado e os recursos disponíveis; Realista: Devem ser realistas e tangíveis, o objetivo deve poder ser alcançado; Temporais: Devem possuir um limite temporal bem definido. Com base no exposto acima os objetivos propostos são: 1. Aumentar em 80% o faturamento até junho de 2013. 2. Alcançar 50% de participação de mercado nos segmentos de Tribunais e Procuradorias Estaduais até junho de 2013. 3. Alcançar 25% de participação de mercado no segmento de Ministérios Públicos até junho de 2013. 4. Alcançar 2% de participação de mercado no segmento de Procuradorias Municipais até junho de 2013. 5. Melhorar o grau de satisfação dos clientes almejando uma meta mínima de 80% de satisfação geral com relação ao produto, ao suporte remoto, ao suporte local, à área de relacionamento, ao treinamento e à Softplan/Poligraph até junho de 2013. 116 9- Posicionamento O posicionamento desejado para a Softplan/Poligraph tem foco nos resultados obtidos pelos clientes: Nós não vendemos apenas softwares para segmentos específicos. Nós vendemos produtividade. A ilustração representa o posicionamento voltado para os clientes da Unidade Justiça. 117 10- Estratégias Mercadológicas As estratégias mercadológicas tratam da escolha dos segmentos-alvo e das ações traçadas para a gestão de produto, preço, distribuição e comunicação. 10.1- Segmentos-alvo A partir da análise da segmentação, a definição do target da Unidade de Justiça é a seguinte: Tribunais de Justiça de todos os portes, Ministérios Públicos e Procuradorias Estaduais a partir de médio porte (porte 3) e Procuradorias Municipais a partir de grande porte (porte 2). Tribunais de Justiça Ministérios Públicos Procuradorias Estaduais Procuradorias Municipais Porte 1 Porte 1 Porte 1 Porte 1 Porte 2 Porte 2 Porte 2 Porte 2 Porte 3 Porte 3 Porte 3 Porte 3 Porte 4 Porte 4 Porte 4 Porte 4 Porte 5 Porte 5 Porte 5 Porte 5 10.2- Produto As estratégias de produto serão baseadas em três pilares, software, serviços e branding. Vale ressaltar que a Gerência de Pesquisa e Desenvolvimento da Softplan/Poligraph está lançando um programa de qualidade de software para todas as Unidades de Negócios. Portanto, apesar de ter sido identificado como um ponto fraco, não haverá estratégias nesse sentido. 118 Estratégia: Tratar as insatisfações com relação ao produto identificadas na PSC. Target: Todos. Um dos blocos da pesquisa de satisfação de clientes é relacionado à satisfação com relação ao sistema (produto). Em breve estará sendo publicado o resultado da pesquisa 2012-1, onde será possível identificar quais itens foram mais mal avaliados pelos clientes e que devem ser melhorados, em conjunto com a Gerência de Desenvolvimento. A meta mínima de satisfação em todos os itens é de 80%, para que o produto esteja no nível de produto esperado. A partir do alcance desta meta, o Planejamento de Marketing deve propor estratégias para que o SAJ alcance o nível de produto ampliado. Táticas: Realizar um café com o Diretor para divulgar o resultado da pesquisa aos colaboradores; Criar comitês para desenvolver propostas de melhorias do produto; Apresentar as propostas na reunião gerencial; Aplicar propostas sugeridas. Estratégia: Tratar as insatisfações com relação ao atendimento identificadas na PSC. Target: Todos. A pesquisa de satisfação possui blocos específicos que avaliam o atendimento do suporte local (equipes residentes), do suporte da sede (telefone), dos executivos de relacionamento (atendimento personalizado) e dos treinamentos (presenciais e EADs). Em breve estará sendo publicado o resultado da pesquisa 2012-1, onde será possível identificar quais itens foram mais mal avaliados pelos clientes e que devem ser melhorados, em conjunto com as Gerências de Serviços, de Suporte e de Relacionamento. A meta mínima de satisfação em todos os itens é de 80%, para que o produto esteja no nível de produto esperado. A partir do alcance desta meta, o Planejamento de Marketing deve propor estratégias para que o SAJ alcance o nível de produto ampliado. Táticas: Realizar um café com o Diretor para divulgar o resultado da pesquisa aos colaboradores; Criar comitês para desenvolver propostas de melhorias dos serviços; Apresentar as propostas na reunião gerencial; Aplicar propostas sugeridas. 119 Estratégia: Reposicionar a marca SAJ como Sistema de Automação da Justiça. Target: Todos. Quando foi criada, SAJ significava Sistema de Automação do Judiciário. Se observarmos a análise da segmentação, fica claro que somente os Tribunais de Justiça fazem parte do Poder Judiciário. Posteriormente a marca foi mudada para Sistema de Automação da Justiça, mas os clientes não perceberam a diferença, conforme descrito na análise do mercado de Ministérios Públicos. É preciso deixar claro aos clientes que a sigla SAJ significa Sistema de Automação da Justiça e revitalizar a logomarca, para acentuar a “mudança”. Táticas: Desenvolver uma campanha de comunicação, com abrangência Nacional; Organizar um ciclo de palestras falando das vantagens de integração dos órgãos relacionados à justiça, com abrangência Nacional; Contratar assessoria de imprensa para ajudar a fortalecer esse posicionamento na mídia. Estratégia: Adotar uma arquitetura de marca do tipo guarda-chuva. Target: Todos. Atualmente se utiliza a marca genérica SAJ para todos os mercados e clientes, não havendo especialização o que dificulta a identificação. A proposta é que a marca SAJ tenha um guarda-chuva protetor de marcas voltadas para cada mercado: SAJ-PG (Tribunais de 1º grau), SAJ-SG (Tribunais de 2º grau), SAJ-MP (Ministérios Públicos), SAJ-PGE (Procuradorias Estaduais) e SAJ-PGM (Procuradorias Municipais). Cada marca terá sua representação gráfica própria, respeitando a marca mãe. A arquitetura de marcas do SAJ deve estar alinhada com a arquitetura de marcas que está sendo desenvolvida para a Softplan. Referência: 120 Táticas: Contratar consultoria em branding; Realizar um Café com o Diretor para apresentar a arquitetura de marca aos colaboradores visando sensibilização da importância de segui-lo; Atualizar a interface dos produtos com as novas logomarcas; Refazer os templates de documentos enviados para os clientes. Estratégia: Avaliar o brand equity. Target: Todos. Realizar, através de uma consultoria especializada, a avaliação do brand equity da marca SAJ, que servirá de subsídio para o Plano de Marketing do próximo ano. Deverão ser utilizadas as abordagens indiretas e diretas de avaliação, para identificar o posicionamento que a marca possui na mente do consumidor. Táticas: Contratar consultoria em branding; Realizar um Café com o Diretor para apresentar o resultado da avaliação. Estratégia: Desenvolver a gestão de portfólio de produtos e serviços. Target: Todos. Atualmente não existe gestão de portfólio de produtos e serviços na Unidade Justiça, sendo que nem os Gerentes sabem ao certo quantos produtos/serviços e suas modiladades existem. Táticas: Levantar todos produtos e modalidades; Levantar todos os serviços e modalidades; Levantar os produtos e serviços existentes nos clientes Tribunais; Levantar os produtos e serviços existentes nos clientes Ministérios Públicos; Levantar os produtos e serviços existentes nos clientes Procuradorias; Avaliar o portfólio de produtos e serviços atual através da matriz BCG; Criar estratégias de penetração de mercado (oferecer produtos existentes para mercados existentes); Criar estratégias de desenvolvimento de mercado (oferecer produtos existentes para mercados novos). 121 10.3- Preço A política de preço atual foi identificada na análise interna e está coerente com o posicionamento do produto, sendo necessário formalizar a política de preço, com base na estratégia a seguir: Estratégia: Determinar preço discriminatório por segmento de cliente. Target: Todos. Com base nos segmentos-alvo, deve determinar a política de preço segundo as diferenças entre clientes, levando em consideração o quanto cada segmento está disposto a pagar e quanto custa os produtos concorrentes. Para alterar o preço do mesmo software para portes diferentes do mesmo setor, pode-se criar diferentes propostas de valor, com customização dos serviços. Por exemplo: um Tribunal de porte 1 vai pagar mais caro, mas terá um Executivo de Relacionamento exclusivo, suporte 24x7, equipe residente altamente especializada, atualização do EAD a cada nova versão, entre outros benefícios; enquanto um Tribunal de porte 5 terá somente o software e o pacote de serviços básico. Táticas: Desenvolver modelos de negócios para cada segmento-alvo; Apresentar e instruir a equipe comercial. 10.4- Distribuição Não haverá estratégia de distribuição no presente plano de marketing. 10.5- Comunicação A comunicação integrada de marketing está organizada em quatro grupos: comunicação institucional, comunicação administrativa, comunicação interna e comunicação mercadológica. Neste planejamento, os esforços de comunicação estarão voltados para a comunicação institucional, visando o fortalecimento da marca e a comunicação interna, visando resolver os pontos fracos identificados, a fim de aumentar o grau de satisfação do cliente interno e, por consequência, do cliente externo. Estratégia: Melhorar a imagem institucional da marca SAJ. Target: Todos. Através da contratação de um profissional de relações públicas e assessoria de imprensa, que atue nacionalmente e que já possua algum relacionamento entre os formadores de opinião da área de justiça. Buscando responder prontamente as críticas 122 sobre o SAJ que saem na mídia, gerar publicidade para a marca, bem como associar a marca SAJ com a empresa Softplan/Poligraph, tendo em vista que existe uma percepção que SAJ é um produto desenvolvido por Tribunais. Táticas: Contratar uma assessoria de imprensa nacional; Trazer o assessor de imprensa para Florianópolis, para fazer uma imersão na empresa. Estratégia: Desenvolver a comunicação da empresa através da internet e das mídias sociais. Target: Todos. Atualizar e reestruturar o site do SAJ, buscando passar o posicionamento da marca e utilizando uma linguagem mais tecnológica, tendo em vista a indústria em que a empresa atua. A página na internet deve ser atualizada com informações institucionais, clipagem, publicação de notícias e releases e inserção de vídeos com cases apresentados em diversas matérias em programas de notícias. Além do site, deve-se criar um blog, com conteúdo relevante para os formadores de opinião e usuários do SAJ, em todos os segmentos. Para complementar, a empresa deve estar presente nas mídias sociais, interagindo com os seus usuários em tempo real. Táticas: Contratar uma agência de marketing digital; Desenvolver o conteúdo para o site; Aprovar o layout do site com a Diretoria; Repassar o desenvolvimento do site para a equipe Web da Gerência de Pesquisa e desenvolvimento; Alinhar a manutenção de conteúdo com a assessoria de imprensa; Fazer um evento de lançamento do novo site e blog. Estratégia: Promover uma mudança na cultura organizacional. Target: Colaboradores da Unidade Justiça. Por meio de uma campanha de endomarketing, criar uma cultura “sajiana” a fim de incentivar: visão sistêmica, espírito de equipe, orientação para processos e engajamento. Essa estratégia visa aumentar a satisfação do cliente interno e fazê-lo virar defensores da marca, refletindo essa satisfação nos clientes. Táticas: Desenvolver uma estratégia de campanha junto com a Gerência de Desenvolvimento Humano e Organizacional; Elaborar o briefing para a agência de propaganda; 123 Aprovar a campanha com a Diretoria e os Gerentes; Lançar a campanha de endomarketing. 124 11- Planos de ação As táticas propostas estão apresentadas em um plano de ação apontando responsáveis, prazo e custo. TÁTICA RESPONSÁVEL PRAZO Mariana e Amanda ago/12 Fausto ago/12 Fausto out/12 Aplicar propostas sugeridas Fausto jul/13 Criar comitês para desenvolver propostas de melhorias dos serviços Apresentar as propostas na reunião gerencial Rosane e Wanderson Rosane e Wanderson Rosane e Wanderson Realizar um Café com o Diretor para divulgar o resultado da pesquisa aos colaboradores Criar comitês para desenvolver propostas de melhorias do produto Apresentar as propostas na reunião gerencial Aplicar propostas sugeridas Desenvolver uma campanha de comunicação, com abrangência Nacional Organizar um ciclo de palestras falando das vantagens de integração dos órgãos relacionados à justiça, com abrangência Nacional Contratar assessoria de imprensa para ajudar a fortalecer esse posicionamento na mídia ago/12 ago/12 jul/13 CUSTO44 100,00 Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto STATUS Pendente Pendente Pendente Pendente Pendente Pendente Pendente Tatiana set/12 60.000,00 Pendente Raquel jul/13 54.000,00 Pendente Hellen ago/12 84.000,00 Pendente Tatiana ago/12 8.000,00 Pendente Mariana e Tatiana set/12 100,00 Pendente Fausto e Rosane set/12 Alessandra ago/12 Contratar consultoria em branding Tatiana 01/13 8.000,00 Pendente Realizar um Café com o Diretor para apresentar o resultado da avaliação Mariana e Tatiana Daniela e Fausto Daniela e Rosane Daniela e Rodrigo 02/13 100,00 Pendente Contratar consultoria em branding Realizar um Café com o Diretor para apresentar a arquitetura de marca aos colaboradores visando sensibilização da importância de segui-lo Atualizar a interface dos produtos com as novas logomarcas Refazer os templates de documentos enviados para os clientes Levantar todos produtos e modalidades Levantar todos os serviços e modalidades Levantar os produtos e serviços existentes nos clientes Tribunais Levantar os produtos e serviços existentes nos clientes Ministérios Públicos 44 Daniela e Marcelo ago/12 ago/12 set/12 out/12 Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto Pendente Pendente Pendente Pendente Pendente Pendente Valor estimado e arredondado para cima, que pode variar para mais ou para menos durante o planejamento das táticas, devido à reajustes de preço ou mudança de fornecedor. Valores em reais (R$). 125 Levantar os produtos e serviços existentes nos clientes Procuradorias Avaliar o portfólio de produtos e serviços atual através da matriz BCG Criar estratégias de penetração de mercado (oferecer produtos existentes para mercados existentes) Criar estratégias de desenvolvimento de mercado (oferecer produtos existentes para mercados novos) Desenvolver modelos de negócios para cada segmento-alvo Daniela e Maurício nov/12 Daniela dez/12 Daniela e Ilson mar/13 Sem custo direto Pendente Daniela e Ilson mar/13 Sem custo direto Pendente Vedovelli mar/13 Apresentar e instruir a equipe comercial Vedovelli abr/13 Hellen e Ilson set/12 1.000,00 Pendente Amanda ago/12 54.000,00 Pendente Desenvolver o conteúdo para o site Amanda out/12 Aprovar o layout do site com a Diretoria Amanda nov/12 Amanda 01/13 Sem custo direto Pendente Hellen e Amanda 01/13 Sem custo direto Pendente Raquel 02/13 Hellen e Paula 09/12 Hellen 09/12 Hellen 10/12 Hellen 01/13 Trazer o assessor de imprensa para Florianópolis, para fazer uma imersão na empresa Contratar uma agência de marketing digital Repassar o desenvolvimento do site para a equipe Web da Gerência de Pesquisa e desenvolvimento Alinhar a manutenção de conteúdo com a assessoria de imprensa Fazer um evento de lançamento do novo site e blog Desenvolver uma estratégia de campanha junto com a Gerência de Desenvolvimento Humano e Organizacional Elaborar o briefing para a agência de propaganda Aprovar a campanha com a Diretoria e os Gerentes Lançar a campanha de endomarketing Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto 6.000,00 Sem custo direto Sem custo direto Sem custo direto 10.000,00 Pendente Pendente Pendente Pendente Pendente Pendente Pendente Pendente Pendente Pendente Pendente A coluna de status pode ser preenchida da seguinte forma: Pendente: para todas as ações que ainda não foram iniciadas; Andamento: para todas as ações que foram iniciadas, mas ainda não foram concluídas; Concluído: para todas as ações que já foram finalizadas. 126 12- Análise econômico-financeira A análise financeira do plano de marketing parte da Demonstração do Resultado do Exercício do ano de 2011: 127 Os custos das ações previstas no plano de marketing estão apresentados a seguir: Ações Realizar um Café com o Diretor para divulgar o resultado da pesquisa aos colaboradores Desenvolver uma campanha de comunicação, com abrangência Nacional Organizar um ciclo de palestras falando das vantagens de integração dos órgãos relacionados à justiça, com abrangência Nacional Contratar assessoria de imprensa para ajudar a fortalecer esse posicionamento na mídia Contratar consultoria em branding Realizar um Café com o Diretor para apresentar a arquitetura de marca aos colaboradores visando sensibilização da importância de segui-lo Contratar consultoria em branding Realizar um Café com o Diretor para apresentar o resultado da avaliação Trazer o assessor de imprensa para Florianópolis, para fazer uma imersão na empresa Contratar uma agência de marketing digital Fazer um evento de lançamento do novo site e blog Lançar a campanha de endomarketing TOTAL Valor 2012 2013 100,00 100,00 60.000,00 40.000,00 20.000,00 54.000,00 27.000,00 27.000,00 84.000,00 42.000,00 42.000,00 8.000,00 8.000,00 100,00 100,00 8.000,00 8.000,00 100,00 100,00 1.000,00 1.000,00 54.000,00 27.000,00 27.000,00 6.000,00 6.000,00 10.000,00 10.000,00 285.300,00 145.200,00 140.100,00 Com base na DRE 2011 e nos custos das ações, faz-se a seguinte análise financeira: Apesar do investimento de R$ 285.300,00 para realizar as ações, este plano trará resultados de curto prazo, como mostra a análise acima, bem como de longo prazo, com o fortalecimento da marca e o aumento da satisfação dos clientes internos e externos. 13- Ferramentas de controle O controle da eficiência do plano, para verificar se as estratégias e táticas estão sendo implementadas, será feito no próprio plano de ação, através do preenchimento da coluna status, que será de responsabilidade da Analista de Marketing. O acompanhamento será mensal, apresentado na reunião gerencial da Unidade de Justiça. O controle da eficácia de cada objetivo pode ser realizado através do map planning, que deve estar visível e acessível a todos os envolvidos, publicado no Colabore. Para cada objetivo, deve ser marcando a pontuação, trimestralmente, variando o indicador de um objetivo para o outro, conforme os resultados propostos. OBJETIVO VALOR 100% 90% 80% 70% 1. Aumentar em 80% o faturamento. 60% 50% 40% 30% 20% 10% 100% 90% 80% 2. Alcançar 50% de participação de mercado no segmento de Tribunais. 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 100% 90% 80% 2. Alcançar 50% de participação de mercado no segmento de Ministérios Públicos. 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 2. Alcançar 50% de participação de mercado no segmento de Procuradorias Estaduais. 100% 90% 80% 3º TRI 2012 4º TRI 2012 1º TRI 2013 2º TRI 2013 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 5,0% 4,5% 4,0% 3. Alcançar 5% de participação de mercado no segmento de Procuradorias Municipais. 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 100% 90% 80% 4. Melhorar o grau de satisfação dos clientes almejando uma meta mínima de 80% de satisfação geral com relação ao produto. 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 100% 90% 4. Melhorar o grau de satisfação dos clientes almejando uma meta mínima de 80% de satisfação geral com relação ao suporte remoto. 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 100% 90% 4. Melhorar o grau de satisfação dos clientes almejando uma meta mínima de 80% de satisfação geral com relação ao suporte local. 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 100% 90% 4. Melhorar o grau de satisfação dos clientes almejando uma meta mínima de 80% de satisfação geral com relação à área de relacionamento. 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 100% 90% 4. Melhorar o grau de satisfação dos clientes almejando uma meta mínima de 80% de satisfação geral com relação ao treinamento. 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 100% 90% 4. Melhorar o grau de satisfação dos clientes almejando uma meta mínima de 80% de satisfação geral com relação à Softplan/Poligraph. 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .