Guia dos Serviços Postais e o Acordo Geral da OMC Sobre o
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Guia dos Serviços Postais e o Acordo Geral da OMC Sobre o
Guia dos Serviços Postais e o Acordo Geral da OMC Sobre o Comércio De Serviços A Organização Mundial do Comércio (OMC) foi estabelecida em 1995 para a administração e negociação das políticas comerciais e das regras de investimentos. A OMC tem 148 países membros. A OMC é responsável por acordos tais como o Acordo Geral sobre Comércio de Serviços (GATS). O GATS abrange muito mais do que apenas os assuntos tradicionais do comércio, tais como as tarifas. Permite que as corporações desafiem leis, políticas e programas de países que não estão em conformidade com as regras do GATS. Estas oposições não estão sujeitas ao debate público ou voto democrático. Elas são realizadas de forma secreta e examinadas por painéis do comércio internacional. Este guia explica como o GATS abre as portas para que as companhias privadas desafiem e subestimem o serviço postal público, com absolutamente nenhuma consideração pela tomada de decisões de forma democrática. O GATS O GATS aplica-se a todas as medidas governamentais que afetam o comércio de serviços (Artigo 1:1). Aplica-se a todos os níveis governamentais (Artigo 1:3.a.i). Todas as ações governamentais, quaisquer que sejam seus objetivos – proteção ao meio-ambiente, defesa do consumidor, cumprimento dos padrões trabalhistas, garantia do serviço universal - são cobertos pelas regras do GATS. O GATS possui vários níveis de obrigações: 1. Existe um compromisso de alcançar, “progressivamente, um nível mais alto de liberalização” através de freqüentes negociações (Artigo XIX). 2. O acordo também contém regras gerais que se aplicam a todos os serviços. Por exemplo: Nação mais favorecida (Artigo II) A regra da nação mais favorecida requer que os governos estendam o melhor tratamento oferecido a qualquer serviço estrangeiro (ou prestador de serviços) para todos os outros serviços estrangeiros (e prestadores de serviços) semelhantes. 3. As provisões mais intrusas do GATS, tais como tratamento nacional e acesso a mercados, aplicam-se somente aos serviços que estão relacionados na lista de compromissos de um país ao GATS. Cada lista determina os setores pelos quais um determinado país tenha assumido compromissos específicos, assim como quaisquer limitações de seus compromissos. Por exemplo, um país pode listar ou comprometer serviços de courier. Pode também listar ou comprometer serviços postais (Informações Adicionais na Lista de Compromissos Específicos) Tratamento nacional (Artigo XVII) requer que os governos estendam o melhor tratamento oferecido aos serviços nacionais (ou prestadores de serviços) para os serviços estrangeiros (ou prestadores de serviços) semelhantes. As regras de Acesso a Mercados (Artigo XVI) proíbem que os governos estipulem limites, como por exemplo, o número de prestadores de serviços ou de operações.1 Exclusão da Autoridade Governamental A OMC e membros governamentais alegam freqüentemente que o GATS protege inteiramente os serviços públicos através de uma exclusão no GATS que isenta os serviços “fornecidos no exercício de autoridade governamental” (Artigo 1:3.b). Entretanto, o GATS define serviços excluídos de maneira restrita, como sendo “nenhum serviço prestado com base comercial ou em competição com um ou mais prestadores de serviços" (Artigo 1:3.c). Os serviços públicos são raramente efetuados exclusivamente pelo governo. compromissos com relação a ambos os serviços; os postais e os de courier. Muitos correios públicos oferecem serviços de courier em concorrência com companhias de courier do setor privado. O envio de correspondência padrão não é normalmente fornecido em concorrência, pois este serviço é usualmente coberto por um privilégio exclusivo ou monopólio. Da mesma forma, o serviço de envio de correspondência não é normalmente oferecido com base comercial. Entretanto, países que tenham desregulado seus correios podem oferecer serviços de envio de correspondência com base comercial. Os governos devem indicar limitações quanto aos seus compromissos na primeira vez que tais compromissos são assumidos. Tais limitações não podem ser adicionadas mais tarde. O GATS não define os termos “base comercial" ou "em competição ”. Na melhor das hipóteses, a exclusão da autoridade governamental não está clara, e na pior das hipóteses, possui pouco ou nenhum valor se aplicada de forma restrita. Lista de Compromissos Específicos Cada país tem um anexo exclusivo ao GATS que exibe os setores que o mesmo concordou em se responsabilizar, sob as provisões do GATS de tratamento nacional e acesso a mercados. Este anexo é conhecido como "Lista de Compromissos Específicos ” de um país. Até o momento, os governos têm assumido poucos compromissos específicos no GATS no que se refere aos serviços de courier. Porém, existe uma pressão nos governos, nas atuais negociações do GATS, para assumirem Além de listar os setores onde um governo tenha se responsabilizado, a Lista de Compromissos Específicos descreve quaisquer limitações (ou seja, exceções específicas de um determinado país em políticas que seriam de outra maneira inconsistente com o GATS) nos compromissos assumidos dentro dos setores. Proponentes do GATS alegam que o acordo oferece aos governos, a habilidade de determinar o nível de compromisso que desejam assumir. Isto ignora completamente a pressão nas negociações. Existe uma considerável pressão durante as negociações no estabelecimento de compromissos, muitas vezes em troca por outras medidas. Além do mais, o GATS exige que os governos alcancem “progressivamente, um nível mais alto de liberalização ” através de freqüentes negociações. Descrição da lista de compromissos específicos Cada lista relaciona compromissos e limitações de acordo com a maneira de como um serviço é fornecido internacionalmente. Existem quatro categorias ou “modos de fornecimento”: 1) Comércio transfronteiriço (modo 1) – Este modo está mais próximo do significado convencional do comércio internacional, e inclui, por exemplo, um courier que leva correspondência de um país para outro ou uma companhia em um país auxiliando um cliente em outro país, pelo correio, telefone ou internet. 2) Consumo no exterior (modo 2) – Este modo inclui serviços - incluindo serviços postais e de courier – utilizado por turistas. 3) Presença comercial (modo 3) - Este modo inclui todas as formas de investimento estrangeiro, tais como, uma empresa de courier de um país que estabelece filiais em outro país. 4) Movimento temporário de pessoas físicas (modo 4) – Este modo refere-se as pessoas que necessitam viajar internacionalmente para prestar um serviço. Exemplos: Um consultor postal que viaja para um determinado país para ajudar no estabelecimento de lojas privadas de serviços postais e um courier que leva correspondência de um país para o outro. A lista de compromissos de um país é normalmente dividida em quatro colunas ou seções, com os seguintes subtítulos: setor/sub-setores, limitações de acesso a mercados, limitações de tratamento nacional, e compromissos adicionais. (Ver Apêndice 1, Apêndice 2 e Notas Explicativas) Classificação O sistema de classificação desenvolvido pelas Nações Unidas 2define serviços postais de modo amplo incluindo os ” serviços de recolhimento, transporte e entrega” de correspondência, remessas, pacotes e outros impressos quando os mesmos são fornecidos por administrações postais nacionais. Define serviços de courier incluindo os “ serviços de recolhimento, transporte e entrega” de remessas e pacotes quando são fornecidos por companhias de courier. Resumindo, classifica de modo diferente, serviços similares dependendo de quem os fornece. Este sistema de classificação pode proteger administrações postais nacionais de possíveis objeções vindas do GATS de que suas atividades violam o acesso a mercados ou de tratamento nacional. A distinção entre público e privado oferece aos governos (até mesmo aqueles que listaram serviços de courier) uma base firme para argumentarem que estão cumprindo obrigações de tratamento nacional quando oferecem aos prestadores de serviço de courier estrangeiros, o melhor tratamento oferecido a um prestador de serviços de courier privado (isto é, não o melhor tratamento dado a um serviço nacional como a administração postal nacional). Um número de países membros da OMC, incluindo os Estados Unidos (E.U.) e Comunidades Européias desejam reclassificar os serviços postais e de courier. Companhias multinacionais de courier estão por detrás disso pressionando tal reclassificação. Elas estão fazendo intenso lobby por mudanças que permitiriam a expansão de seus negócios em novos mercados, ou seja, mercados estes atualmente servidos por correios públicos. A reclassificação poderia limitar o escopo da atual definição de serviços postais ou expandir o escopo da definição de courier. Poderia colocar serviços expressos, como um todo, em uma nova classificação. Ou poderia eliminar, por completo, a atual distinção entre serviços postais públicos e privados. Monopólios As regras do GATS sobre monopólios são provavelmente as restrições mais significativas do GATS para as administrações postais públicas (Artigo VIII.2). A regra do GATS de abuso do monopólio é desencadeada quando um governo lista serviços pelos quais sua administração postal compete na sua lista do GATS (exemplo: serviços de courier). Esta regra exige que os governos assegurem que um fornecedor monopolista de um serviço não “abuse da sua posição monopolista”. O GATS não define o significado do termo “abuso ”. No entanto, uma queixa apresentada pela United Parcel Service (UPS) sob o North American Free Trade Agreement (NAFTA) (Acordo Norte Americano de Livre Comércio – ANALC) fornece indícios sobre os tipos de queixas que poderiam ser abrigadas sob as provisões de monopólio do GATS. Em 2000, a UPS processou o governo canadense por transgressão das suas obrigações com o NAFTA. O NAFTA oferece às corporações estrangeiras o direito de processar os governos se eles acreditam que os seus investimentos estão sendo controlados por medidas governamentais. A UPS diz que seus investimentos estão sendo controlados por uma rede de agências postais e caixas de correios financiada publicamente pelo Canadá. Alega que esta rede oferece aos correios públicos do Canadá, uma vantagem injusta ao oferecer serviços de courier que estão em concorrência com os serviços de courier de empresas privadas. A UPS está reivindicando US$160 milhões em danos, mas a sua queixa não se refere apenas a parte monetária. O objetivo principal do gigante dos serviços de courier é o de pressionar o governo canadense a modificar o seu correio público por uma brecha deixada num acordo do comércio internacional. Por exemplo, se a UPS ganhar esta causa judicial, o governo canadense poderia solicitar que o correio público pare de oferecer serviços de courier. Esta mudança evitaria que a UPS processasse o governo canadense por milhões em danos ocorridos. O governo canadense poderia também instruir seu correio público a dar o dispendioso passo em direção a criação de redes distintas de serviços postais e de courier. Assim como o NAFTA, o GATS poderia ser usado como um meio de modificar as políticas do correio nacional. Se um país assume compromissos em setores onde a administração postal nacional compete, esse país pode se ver pressionado a reformar sua administração postal nacional. As atuais negociações do GATS: Pedidos e Ofertas O prazo para os pedidos (onde um país solicita que outro país liste ou assume um compromisso) vencia em junho de 2002. O prazo para apresentação de ofertas (onde um país que foi solicitado a assumir um compromisso responde à oferta) vencia em março de 2003. Estes prazos foram prolongados. O processo pedido/oferta funciona principalmente através de negociações bilaterais (entre dois países), os resultados pelos quais são estendidos a outros países com base na regra da nação mais favorecida no final, engloba o acordo negociado. Sob a provisão do GATS da nação mais favorecida, o melhor tratamento oferecido a qualquer serviço estrangeiro ou prestador de serviço deve ser estendido a todos os serviços estrangeiros ou prestadores de serviços semelhantes. O prazo oficial para conclusão da atual rodada das negociações da OMC e do GATS terminava em 1 de janeiro de 2005. Este prazo não foi cumprido. O novo prazo efetivo é o término da autoridade negociadora dos Estados Unidos, por vias rápidas, em julho de 2007. Países membros da Organização Mundial do Comércio estão se preparando para discutirem assuntos do GATS, na reunião ministerial em Hong Kong a ser realizada em dezembro de 2005 e durante o ano seguinte. Alguns países desenvolvidos e grupos de lobby corporativos estão extremamente insatisfeitos com o que eles vêm como um progresso lento nas negociações do GATS. Eles querem que as negociações em Hong Kong e após isso, sejam baseadas em “benchmarks ” ou compromissos obrigatórios. Com os “benchmarks ”, os países teriam, que, por exemplo, se responsabilizar por um número mínimo de setores ou adotar uma lista modelo para setores tais como o setor postal ou courier. Os “benchmarks ” eliminariam qualquer presunção de que um país tem a liberdade de determinar o nível do compromisso que o mesmo deseja assumir. Se houver uma ruptura nas atuais negociações da OMC no que se refere à agricultura, os países sofrerão muita pressão para assumirem compromissos de grande alcance e em muitos setores, incluindo o setor dos serviços postais e de courier. 1 Aí parece existir uma discrepância entre as Diretrizes da Lista de Compromissos do GATS e o conteúdo do GATS. As diretrizes quanto às listas proíbem “limitações máximas” mas o GATS proíbe “limitações ”. Apenas o conteúdo do GATS é vinculativo. Exigências mínimas relacionadas com os serviços (ex. que companhias de courier devem manter balcões, depósitos, horários determinados para retirada e entrega, etc. em uma determinada região) devem, entretanto, ser interpretadas como uma limitação mínima proibida pelo Artigo XVI. A proibição de limites mínimos poderia criar muitos problemas em áreas distantes ou áreas rurais, especialmente se a indústria de courier multinacional for bem sucedida em forçar os correios públicos a remover seus serviços de courier. 2 Atualmente, os compromissos do GATS são classificados de acordo com um documento desenvolvido durante a Rodada de negociações Uruguai, conhecido como a Classificação Setorial de Serviços (ou documento W/120). Cada categoria no documento W/120 faz referência a um sistema de classificação mais detalhado desenvolvido pelas Nações Unidas (NU), a Provisional Central Product Classification – CPC) (Classificação Provisória Central de Produtos - a provisional CPC). Embora o uso do documento W/120 não foi obrigatório, a maioria dos países membros da OMC (com a notável exceção dos Estados Unidos) adotou o W/120 e a provisional CPC como base para sua lista de compromissos. Fontes: Scott Sinclair e Jim Grieshaber-Otto, Facing the Facts: A Guide to the GATS Debate (Enfrentando os Fatos: um Guia ao Debate do GATS), Ottawa: Canadian Centre For Policy Alternatives, 2002 (Ottawa: Centro Canadense para Políticas Alternativas, 2002); Scott Sinclair, The GATS implications for postal services, Remarks prepared for the Universal Post Union seminar ‘Mind the GATS’ (As Implicações do GATS nos serviços postais, Comentário preparado para o seminário ‘Mind the GATS’ da Universal Postal Union,' Berne, Switzerland, Abril 2002; Scott Sinclair, The GATS and Canadian Postal Services (O GATS e os Serviços Postais Canadenses) Ottawa: Canadian Centre for Policy Alternative, 2001. Produzido pela Canadian Union of Postal Workers (novembro de 2005) CUPE 1979 - COPE 225 O termo "unbound" (não consolidado) é utilizado nas colunas de acesso a mercados e tratamento nacional quando um país não deseja assumir compromissos num determinado setor ou num determinado modo de fornecimento. A “seção horizontal" refere-se aos compromissos horizontais que se aplicam a todos os setores. Estes compromissos, os quais incluem limitações ao acesso a mercados e de tratamento nacional são normalmente listados no início da lista de um país. A terceira coluna especifica que tipo de compromissos de tratamento nacional, o Canadá assumiu para os serviços de courier. Mostra que não existem limitações no modo 1 (comércio transfronteiriço), modo 2 (consumo no exterior), modo 3 (presença comercial) e que o Canadá não consolidou no modo 4 (movimento temporário de pessoas físicas), exceto como indicado na seção horizontal. NOTAS ESPLICATIVAS O Apêndice 1 mostra a lista original de Compromissos Específicos do Canadá (1994). A primeira coluna lista os setores e subsetores onde os compromissos foram assumidos. Mostra que o Canadá comprometeu-se aos serviços de courier A segunda coluna especifica que tipo de compromissos de acesso a mercados o Canadá fez para os serviços de courier. Mostra que duas províncias (Nova Scotia e Manitoba) colocaram limitações de acesso a mercados no modo 3 (presença comercial). Mostra que não existe limitações no modo 1 (comércio transfronteiriço) e no modo 2 (consumo no exterior). Mostra também, que o Canadá está “unbounded” (não consolidou) no modo 4 (movimento temporário de pessoas físicas), exceto como indicado na seção horizontal. A quarta coluna lista compromissos adicionais. O Canadá não listou nenhum compromisso adicional. O Apêndice 2 mostra a oferta do Canadá em modificar os seus compromissos com o serviço de courier. O Canadá está se propondo a modificar apenas uma parte da sua Lista de Compromissos Específicos. Está oferecendo a retirada das limitações de acesso a mercados que a Nova Scotia e Manitoba listaram originalmente sob o modo 3 (presença comercial). A seção que o Canadá está oferecendo retirar possui uma linha horizontal sob ela. CPC 75121* nenhuma, exceto as seguintes: nenhuma nenhuma 4) Não-consolidado, exceto como indicado na seção horizontal Serviços de Courier (Nova Scotia e Manitoba): Teste das necessidades econômicas (o critério de aprovação inclui: exame do grau de suficiência dos níveis atuais dos serviços; as condições de mercado que estabelecem os requisitos para expansão dos serviços; o efeito da entrada de novos concorrentes no fornecimento de serviços públicos, incluindo a continuidade e qualidade dos serviços, assim como a aptidão, a disposição e a habilidade do aplicante de fornecer serviços adequados). 3) 2) 1) 3) presença comercial nenhuma nenhuma nenhuma 4) Não-consolidado, exceto como indicado na seção horizontal 3) 2) 1) Limitações de tratamento nacional 2) consumo no exterior Limitações de acesso a mercados 1) comércio transfronteiriço Serviços comerciais de courier, utilizando um meio de transporte público ou veículo próprio. B* Serviços de courier 2. SERVIÇOS DE COMUNICACÕES Setor ou Sub-setor Modos de fornecimento: pessoas físicas Canadá – Lista de Compromissos Específicos Apêndice 1 Compromissos adicionais 4) movimento temporário de CPC 75121* nenhuma, exceto as seguintes: nenhuma nenhuma 4) Não-consolidado, exceto como indicado na seção horizontal 3) 2) 1) 3) presença comercial nenhuma Não-consolidado, exceto como indicado na seção horizontal 4) nenhuma nenhuma 3) 2) 1) Limitações de tratamento nacional 2) consumo no exterior Limitações de acesso a mercados 1) comércio transfronteiriço Serviços comerciais de courier, utilizando um meio de transporte público ou veículo próprio. B* Serviços de courier 2. SERVIÇOS DE COMUNICAÇÕES Setor ou Sub-setor Modos de fornecimento: pessoas físicas Apêndice 2 Compromissos adicionais 4) movimento temporário de