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A vida como a vida quer | por Sam Shiraishi
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Fórum Mundial de Sustentabilidade 2012 (com a colaboração de @icaronepomuceno)
Postado em Sustentabilidade no dia 27/03/2012 |
Gestão de Projetos - PMI
Pós-Graduação de Gestão de Projetos com Ênfase em PMI é na Impacta!
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Alguns eventos fazem a gente ficar “com água na boca”… não estou falando de nada ligado à gastronomia, restaurant weeks ou comida de boteco,
refiro-me aos encontros com pessoas inspiradoras que, juntas, numa conversa produtiva e inteligente, podem realmente mudar nossa perspectiva de
passado, presente e futuro. Sempre suspeitei que o Fórum Mundial de Sustentabilidade, realizado em Manaus desde 2010, fosse um destes encontros.
Na semana passada recebi o convite para participar do evento como representante do Viva Positivamente, mas, infelizmente, a confirmação chegou tão em
cima da hora que nem pude pensar em me organizar e ir. Como “jogar fora” este convite? Reciclei-o. Com ajuda de muitos conhecidos do Twitter encontrei
alguns interessados e, no meio desta turma boa, um voluntário para ir ao evento, aproveitar a chance e fazer a cobertura colaborativa do evento para o
@avidaquer. Ícaro Nepomuceno já tinha ido ao evento em 2010 e desejava ir novamente, então foi uma ajuda mútua. E podemos ver no texto e nas fotos
abaixo que ele aproveitou ao máximo a chance de repensar a ideia da sustentabilidade.
Participar do 3* Fórum Mundial de Sustentabilidade abriu caminhos para a nova discussão do que se fazer e para mudar a realidade
ambiental que estamos vivendo. O fórum foi realizado em Manaus entre os dias 22 e 24 de março e trouxe ao coração da Amazônia as
principais autoridades do meio ambiental e importantes empresários dedicados à causa da sustentabilidade.
A sexta-feira foi dividida em duas atividades, workshops pela manhã, com cinco temas diferentes, e durante a tarde foi a grande plenária.
Atendi ao workshop “Empresas Responsáveis, Consumo Sustentável” que teve como empresa anfitriã o Grupo Pão de Açúcar e expositores,
Helio Mattar e Raquel Diniz do Instituto Akatu, ONG que trabalha em parceria com o Pão de Açúcar. O desafio era criar um novo modelo
de negócios baseado do decálogo do consumo sustentável desenvolvido e disseminado por Pão de Açúcar e Akatu. A atividade foi em grupo
e bastante proveitosa, idéias fluíram dos participantes e o Grupo Pão de Açúcar se comprometeu a colocar em prática algumas delas em
seus projetos sustentáveis.
Tivemos um almoço agradável oferecido pela empresa anfitriã A Crítica. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que falaria logo
mais a tarde sobre “desafio da sustentabilidade”, sentou-se em uma mesa atrás de mim onde também estavam João Dória Jr (Presidente do
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Lide – Grupo de Líderes Empresariais), o Senador Eduardo Braga e o Governador do Amazonas, Omar Aziz.
Helio Mattar, Diretor-Presidente do Instituto Akatu e expositor do workshop Fórum Mundial de Sustentabilidade - Manaus (Foto de Ícaro Nepomuceno)
Na segunda parte do evento, ainda na sexta-feira, desta vez à tarde, quem falaria era o ex-presidente FHC e o ex-primeiro-ministro francês,
Dominique De Velllipen e Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace International. FHC tratou dos desafios da sustentabilidade e em
seu discurso assumiu que poderia ter feito mais pelo Brasil. “Eu poderia ter feito mais pelo Brasil na causa ambiental, mas naquela época,
as prioridades eram outras. A economia precisava de rédeas, a inflação chegou a 40% em apenas um dia. Na minha época, o meio ambiente
não foi tratado como deveria”, reconheceu FHC.
O ex-primeiro-ministro francês, Dominique De Vellipen, afirmou que a Europa está se voltando para a energia verde e que está será a base
da economia no futuro. De Vellipen disse que projetos como o Bolsa Família e o Bolsa Floresta (este último, incentiva os moradores da
floresta por meio da distribuição de renda a manter a floresta em pé) são importantes para o desenvolvimento do Brasil. Mas o que fez do
discurso de De Vellipen um sucesso foi a sugestão que ele fez em se criar um organização global que trabalhe exclusivamente com meio
ambiente. “Não podemos nos reunir apenas em reuniões anuais para discutir o tema ambiental, devemos ter uma organização global,
independente da ONU, para tratar 24h por dia, 7 dias por semana, da fiscalização e desenvolvimento de projetos de sustentabilidade”,
explicou o ex-primeiro-ministro francês.
Kumi Naidoo, Diretor-Executivo do Greenpeace International - Fórum Mundial
de Sustentabilidade (Foto do acervo pessoal de Ícaro Nepomuceno)
Kumi Naidoo, é diretor executivo do Greenpeace International e um jovem elétrico, com idéias fluindo o tempo todo e principalmente, tem
a capacidade de síntese aguçada. Naidoo foi enfático ao dizer que o desmatamento, não só na Amazônia, como em outras florestas nativas
deve ser parado imediatamente. Após o ex-ministro da agricultura dizer que o texto sobre o novo Código Florestal havia sofrido mudanças
significativas, Naidoo rebateu seriamente o comentário. “Se o Brasil aprovar esse Código Florestal, vocês estarão matando a possibilidade
das gerações futuras viverem em um ambiente seguro e saudável”, afirmou o diretor executivo do Greenpeace International. Esse foi o
segundo dia do evento, que contou ainda com um embate caloroso de perguntas e respostas.
Durante toda a manhã sábado (24), a oceanógrafa e exploradora da National Geographci Society, Sylvia Earle, Guilherme Dutra (diretor
do programa marinho de conservação ambiental), Alexander Turra (biólogo e professor do Instituto Oceanográfico da USP) e José Sarney
Filho (deputado federal) falaram da importância do ambiente marinho no equilíbrio do planeta e que estratégias devem ser tomadas para
que esta parte da natureza continue vivendo e contribuindo expressivamente para a sustentabilidade do planeta. Antes do almoço, os
expositores do workshop de sexta-feira apresentaram os resultados das atividades em uma síntese na plenária no fórum.
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Bianca Jagger reforçou os problemas que a construção da hidrelétrica Belo
Monte irá trazer para o meio ambiente e disse que temos que parar já a
continuação da construção de BM - Fórum Mundial de Sustentabilidade Manaus. (Foto de Icaro Nepomuceno)
No sábado a tarde, quem abriu a discussão na plenária foi a ambientalista e embaixadora da Boa Vontade pela Europa, Bianca Jagger. Ela
que é dedicada as causas sustentáveis disse que o Brasil tem recursos para investir na produção de energia renovável e foi incisiva ao pedir
que os brasileiros parem com a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte no Pará. “Eu só posso falar do que conheço, por isso fiz
questão de visitar pessoalmente Belo Monte e constatar o que já havia lido em relatórios. Esta hidrelétrica não será suficiente para atender
a necessidade energética do país, dezenas de espécies já deixaram e existir e outras desaparecerão com a finalização de Belo Monte, ainda
há tempo, não muito tempo, mas o suficiente para que as obras sejam paradas e dêem lugar a vida”, alertou Bianca.
O líder indígena Almir Suruí, do povo Paeter Suruí foi um dos mais aplaudidos pela desenvoltura de seu pronunciamento e por apresentar
um modelo de gestão sustentável capaz de durar 50 anos. “O povo consegue se desenvolver de forma sustentável, não descarto que existem
povos que fazem mal uso da terra e devem ser punidos por isso, mas a grande maioria se utiliza da floresta de maneira saudável. Trouxe
este modelo de gestão sustentável para mostrar que em meio a tanta tecnologia, o povo indígena também pode ajudar a desenvolver
modelos de gestão sustentáveis”, disse Almir.
Um evento que traz idéias, resultados e otimismo não somente para a região amazônica, mas para o mundo, na esperança de que as atitudes
sejam tomadas para mudar este quadro. Entretanto existe um contraste, um professor Porto Riquenho, pesquisador no Inpa (Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia) e que em Manaus mora há 38 anos fez um comentário: “Estão fazendo uma festa em nossa casa e não
nos convidaram”. Ele se refere a alunos da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) e pesquisadores do Inpa não terem sido convidados
para o fórum. Jonh Patrick que se considera brasileiro, tem filhos manauaras e é um ambientalista e coordenador de uma cooperativa de
desenvolvimento sustentável na Amazônia, fica triste por ver que o próprio povo não faz parte do evento. “Um líder indígena veio, mas
apenas um, dentro dos milhares que existem na Amazônia, e o índio que vem ainda não é do Amazonas, onde acontece o fórum, e sim de
Rondônia.
O que posso tirar dessa experiência? Aprendi em dois dias, o que talvez em seis meses eu fosse aprender. Sustentabilidade não é fazer
caridade, parte de cada a necessidade de melhoria do ambiente em que habitamos, pensar globalmente, agir localmente, esse é o
diferencial. Não há mais tanto tempo pra pensar, a hora de agir é chegada. Agradeço a Samantha Shiraishi pela concessão do convite para
o fórum, a José Luiz Brandão por ser um facilitador em meu credenciamento e minha amiga Vivi Cariolano por ter indicado a pessoas certa
para que eu participasse.
Icaro Nepomuceno (@icaronepomuceno) é estudante de Comunicação Social Jornalismo na Uninorte.
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