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Jornal semanal da APROPUC e da AFAPUC
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Nota da diretoria da APROPUC
frente à conjuntura nacional
A diretoria da APROPUC-SP vem
a público manifestar seu posicionamento contra o golpe institucional de direita em curso, que
se utiliza de um álibi no interior do
aparelho de Estado ao impetrar
o pedido de impeachment contra
a presidente da República. Essa
tramitação atende aos setores
da burguesia, do grande empresariado, da Fiesp, da oposição
de direita do PSDB, do PMDB e de
seus aliados, da grande mídia Rede Globo e os jornais e revistas de grande circulação -, do
Ministério Público, da Polícia Federal, da OAB que, frente a um
governo enfraquecido, articulase internamente para manter-se
no poder e em defesa de seus
próprios interesses de classe.
A crise política está diretamente
vinculada à crise econômica do
capital que necessita entrar com
medidas de mais austeridade
contra os trabalhadores na defesa dos interesses de classe
da burguesia que se consubstanciam na exploração do trabalho humano e no neoliberalismo.
Para tanto o PT, embora tenha
cumprido as medidas de ajuste
fiscal impostas pelo capital, já
não interessa mais aos setores
reacionários e de oposição da
burguesia em conviver com esse
governo. Esse é o sentido do
golpe institucional arquitetado
com as manobras do judiciário
sem base fundamentada para
essa medida.
O modelo neoliberal é implantado no Brasil desde o governo
Collor, passando pelo governo
Itamar, se consolidando nos dois
mandatos de FHC e tendo sua
continuidade nos dois governos
- Lula e primeiro mandato de
Dilma -, se aprofundando no segundo mandato da presidente
reeleita. Em que pese a diferenciação nos governos do PT com
programas sociais dirigidos à
população mais empobrecida, os
mesmos desvinculados de políticas estruturantes como trabalho
e defesa de salários e empregos, expressou programas focalizados necessários à logica
do capital que de outro lado se
favoreceu de incisivos ajustes
econômicos que recaíram sobre
os trabalhadores.
Essas medidas neoliberais atacaram e continuam a atingir o
conjunto da classe trabalhadora:
contrarreformas do ensino fundamental, médio e superior, trabalhista, sindical, previdenciária
e ajustes fiscais aprovados, em
2015, com cortes nas áreas da
saúde, educação, reforma agrária, em programas habitacionais,
privatizações com um claro compromisso com o capital financeiro, em direção oposta aos direitos
dos trabalhadores histórica e arduamente conquistados.
A diretoria da APROPUC, em suas
cartas-programa e em sua ação
cotidiana, tem se colocado, desde a sua fundação, contra a ditadura militar, em defesa dos direitos dos trabalhadores, em
apoio às lutas dos movimentos
sociais, sindicais e populares,
na perspectiva da luta por uma
sociedade anticapitalista, socialista, emancipada. Para tanto,
defende a autonomia e independência das entidades dos trabalhadores em relação ao empresariado, ao patronato e ao governo. Nesse sentido, no último
período (2015-2016), a APROPUC se posicionou claramente
contra os ajustes fiscais do governo Dilma, a lei antiterrorismo,
as contrarreformas em curso,
os decretos que incidem sobre a
quebra dos direitos dos trabalhadores e a luta contra o PL 30/
2015, que trata da lei de terceirização de todos os trabalhadores, em tramitação no Congresso Nacional - o mais reacionário
da República -, o que levará as
relações de trabalho a patamares anteriores aos anos 1930 Getúlio Vargas.
A APROPUC apoiou as greves de
trabalhadores em curso de operários metalúrgicos, gráficos, professores de ensino médio e superior, garis, bancários, metroviários, trabalhadores terceirizados,
petroleiros, rodoviários, sendo
que as greves ocorridas nos últimos dois anos superaram as dos
anos 1980 e 90, período de efervescência das lutas sindicais;
apoiou as lutas dos indígenas e
quilombolas por demarcação de
terras, a luta em defesa dos militantes ameaçados de morte, a
luta das mulheres contra a opressão e pela legalização do aborto,
a luta contra o genocídio de jovens, negros, pobres das periferias dos grandes centros urbanos pela polícia militar, a luta contra a homofobia, lesbofobia e
transfobia, a luta contra criminalização dos movimentos sociais,
as lutas contra a precarização do
trabalho, as lutas e mobilizações
em 2013 nas jornadas de junho,
as ocupações de terra no campo
e na cidade na luta pela reforma
agrária e urbana, a ação direta na
ocupação da fábrica MABE pelos
operários em luta, a luta dos estudantes secundaristas que ocuparam as escolas de forma independente contra a reorganização
vertical realizada pelo governo
reacionário de Alckmin no Estado
de São Paulo.
A APROPUC luta e lutará com os
trabalhadores por suas reivindicações, assim como na PUC-SP
lutou contra as demissões de professores e funcionários, contra a
quebra da autonomia e democracia universitária, contra a maximização e precarização do trabalho,
contra a intervenção da Fundasp,
contra as terceirizações e pela
contratação de todos os terceiri-
zados diretamente pela PUC-SP,
contra a quebra da autonomia
universitária em 2012 em que D.
Odilo passa por cima da soberania das urnas e indica a terceira
e última colocada no pleito, contra a mercantilização e privatização do ensino e em defesa do
ensino e do trabalho. No último
dia 21/3 se posicionou, lutou e
continuará na luta e contra a
violência da polícia militar armada
contra a PUC-SP e continuará na
busca incessante para saber
quem chamou a polícia. Também
não podemos nos calar mediante
as investidas fascistas, retrógradas que têm se manifestado
cotidianamente espalhando um
ódio de classe.
A diretoria da APROPUC se soma
às manifestações autônomas e
independentes dos trabalhadores na construção de uma Frente
de Esquerda Classista contra o
golpe da direita em curso e as
manobras do judiciário. Contra
as medidas neoliberais e o ajuste
fiscal do governo Dilma e em
defesa das reivindicações e lutas da classe trabalhadora. Contra o Impeachment. Participamos
do ato do dia 1/4, no MASP, com
as bandeiras acima. Somente a
classe trabalhadora organizada
e em luta por suas reivindicações com autonomia e independência de classe pode barrar o
avanço da direita e o ajuste fiscal. Assim como nos somaremos
a todas as iniciativas nessa direção na luta contra todo tipo de
exploração e opressão de classe, gênero, raça, etnia, etária e
orientação sexual.
Por uma sociedade libertária, igualitária a ser conquistada pela classe trabalhadora e juventude em luta contra
o capital.
Diretoria da APROPUC
Nota do Neils e da revista Lutas Sociais sobre a atual crise política
O(a)s pesquisadore(a)s do NEILS
(Núcleo de Estudos de Ideologias
e Lutas Sociais),que produz a
revista Lutas Sociais, têm diferentes posições em relação aos
governospetistas, do apoio crítico à plena desaprovação.
É importante observar que Lutas
Sociais mantém-se aberta à publicação de textos que, fundamentados em pesquisas teóricas
e empíricas, expressam estas dis-
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tintas orientações políticas.
Dadas as dimensões adquiridas
pela presente crise política no
Brasil, o ponto comum ao conjunto de pesquisadore(a)s do núcleo
e de sua publicação é o repúdio a
toda solução golpista, a qual convém apenas aos setores mais
retrógrados deste país, sempre
avessos aos interesses, mesmo
que imediatos, dos oprimidos nacional e internacionalmente.
Estamos cientes de que os movimentos e partidos que mais se voltam contra as diversas formas de
opressão serão os mais atingidos
por um golpe de Estado que coloque em risco o regime democrático
brasileiro, sobre cujas limitações
inclusive de caráterestrutural, também temos amplo consenso.
O NEILS e a revista Lutas Sociais manifestam-se abertamente
contra o golpismo, sejam quais
forem suas formas, e a favor
das lutas pela implementação de
políticas sociais mais avançadas e de profundas transformações na sociedade brasileira.
Núcleo de Estudos de
Ideologias e Lutas Sociais
(NEILS)
Revista Lutas Sociais.
26 de março de 2016.
4/1/2016 1:46:43 PM
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CONSELHO
DE
ENSINO,
PESQUISA E
EXTENSÃO - CEPE
Repúdio à violência contra a PUC-SP
Na segunda feira (21/3) à noite nossa PUC foi alvo de lamentáveis cenas de violência.
Na Rua Ministro Godoi, a partir das 19hs, em frente ao Edifício
Bandeira de Melo (Prédio Novo),
um grupo de aproximadamente
100 jovens iniciou ato a favor do
impeachment da
Presidente Dilma em torno de
um caminhão de som, manifestando-se
com
discursos
e
músicas.Por volta das 20:30hs
outro grupo de estudantes da PUC
postou-se na mesma rua, a cerca
de 50m do caminhão de som, manifestando-se com palavras de ordem contra o primeiro grupo.A
Polícia Militar posicionou-se entre
ambos os grupos para evitar con-
frontos. Até então, embora em clima tenso, as manifestações eram
pacíficas.
Pouco depois das 21hs o grupo a favor do impeachment, que
se reduzira a cerca de 30 jovens,
se afastou do local. Os estudantes do segundo grupo, cerca de
120 ainda contidos em seu espaço pela Polícia Militar, permaneceram na rua, manifestando-se.
Poucos minutos depois, a Polícia
Militar unilateralmente avançou
contra esse grupo, lançando bombas de efeito moral, gás de pimenta e balas de borracha, provocando tumulto e ferindo estudantes,
que foram atendidos no Ambulatório da PUC. Há testemunhos de
que os policiais atiraram também
Faculdade de Ciências Sociais
Carta aberta à comunidade
Prezados,
Na noite do dia 21 de março
de 2016, o campus Monte Alegre da PUC-SP foi alvo de ato de
violência praticado pela Polícia
Militar do Estado de São Paulo.
Nesta data, estudantes da
PUC-SP manifestavam-se com
relação à conjuntura política nacional, quando a PM do Estado
de São Paulo, atacou deliberadamente com gás pimenta, gás
lacrimogêneo, bombas de efeito
moral, balas de borracha e cassetetes, o grupo que pacificamente se opunha à deposição
da presidente da República. Os
ataques da PM atingiram os estudantes na Rua Ministro de Godoy e também alunos, professores e funcionários que estavam
no interior do prédio da Universidade. Ao longo desta ação, alunos, professores e funcionários foram atingidos por balas de
borracha, ou passaram mal sob
o efeito das bombas de gás. Instaurou-se um tumulto no campus
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em decorrência da ferocidade da
ação policial.
Diante desses fatos, a Faculdade de Ciências Sociais, reunida em Conselho extraordinário,
deliberou por manifestar-se publicamente registrando sua indignação e solicitando à Reitoria desta
Universidade, à Fundação São
Paulo e à Cúria Metropolitana que
os acontecimentos sejam apurados junto ao governo do Estado
de São Paulo e à administração
de sua Polícia Militar visando a
identificação e punição dos responsáveis.
Mantendo viva a longa história de resistência da PUC-SP, este
Conselho lembra a reação de Dom
Paulo Evaristo Arns, ante a invasão policial da Universidade em
1977 "Na PUC só se entra prestando exame vestibular, e só se
entra na PUC para ajudar o povo
e não destruir as coisas"
Conselho da Faculdade de
Ciências Sociais
contra estudantes e professores
que assistiam a tudo das sacadas dos andares do Prédio Novo.
O avanço da Polícia Militar
contra os estudantes e contra a
Universidade mostrou-se inteiramente arbitrário e unilateral, violando o direito a manifestação
pacífica.
Declaramos nossa profunda
indignação contra essa violência
de alto risco; pior ainda porque
originada de uma corporação que
deveria estar ali para cumprir o
papel inverso: o de garantir a ordem pública e o respeito à Constituição e às leis.
Consideramos uma violência
institucional inaceitável a agressão dos policiais contra o prédio
da Universidade: trata-se de um
atentado à sua autonomia, que se
torna agora ainda mais preocupante à vista da delicada conjuntura política do País.
A violência não pode ser tolerada. Repudiamos a ação da Polícia Militar. Defendemos antes e
defendemos ainda o direito de
expressão, de manifestação e o
direito à paz. A universidade é espaço democrático de debate e
crítica e almejamos que nossa
comunidade, dentro e fora de
seus muros, tenha seus direitos
constitucionais garantidos.
São Paulo, 23 de março de
2016
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da PUC-SP
Pós em Educação: História,
Política, Sociedade
Manifesto
Os professores do Programa de
Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade, da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, reunidos
em reunião ordinária em 22/03/
2016,vem a público apresentar o
seu mais veemente repúdio contra a ação abusiva, parcial e violenta da Polícia Militar contra um
grupo de estudantes que simplesmente gritavam palavras de
ordem contra outro grupo que
defendia o impeachment da Presidente Dilma.
A agressão com bombas de gás
e tiros com balas de borracha não
tem a menor justificativa, agravada pelo fato de que foi dirigida
somente a um dos grupos de manifestan tes, numa demonstração
clara e insofismável de que a
Polícia paulista defende a livre
manifestação popular, desde que
seja de um lado só.
Esta é mais uma demonstração
da tentativa de calar, pela violência e brutalidade, aqueles que se
colocam, de forma democrática,
contra os abusos que ferem as
liberdades democráticas e colocam em risco a institucionalidade do Brasil.
Para prova definitiva da inaceitável violência da Polícia Militar,
consultem no facebbok do Programa o vídeo comprobatório (Pós
Ehps Pucsp)
Exigimos do Governo do Estado
as providências cabíveis para
apuração dos responsáveis pelo
ato inaceitável por parte de instituição que deve manter a ordem e
não atentar contra ela.
Ao mesmo tempo lamentamos a
nota expedida pela Reitoria, de
isentar a PM de responsabilidades e instamos às autoridades
desta Universidade
que se posicionem frente a mais
um lamentável episódio contra
uma instituição que tem primado
historicamente pela livre liberdade de expressão.
PEPG em Educação: História,
Política, Sociedade - PUC-SP
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Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Social
Contra o golpe: PUCSP retoma sua verdadeira estatura histórica
É na polis e no laço social que os
seres humanos podem se unir
para as mais altas realizações
civilizatórias. Mas é esse também
o palco das mais odiosas e violentas ações contra os mais frágeis
e do exercício da prepotência e
tentativa de eliminação da alteridade e das diferenças, sejam elas
de que natureza for: política, racial, sexual, religiosa ou de classe econômica e social.
Como psicólogos, psicanalistas e
cientistas sociais investigadores
dos sujeitos e do laço social, conhecemos bem a diferença entre
uma coletividade representada pelas relações recíprocas e respeitosas entre indivíduos e uma massa
regida por uma ideia fixa de cunho
paranoide, constituída pelo ódio
contra uma determinada pessoa,
grupo ou instituição; e que serve de
cimento temporário para um laço
destrutivo com os demais. É isso
que liga as turbas nos linchamentos. Com uma textura mais elaborada, é também o que subjaz às
manifestações fascistas. E é também a mesma coisa que assistimos, com séria preocupação, nos
clamores de golpe contra as instituições democráticas brasileiras.
Se a massa não sabe para onde
caminha, é claro que os que a
incitam tem uma direção clara e
definida. Pretendem submeter suas
ações a interesses de classe e de
grupo inequívocos, dirigidos por
uma parcela da mídia que representa esses mesmos interesses.
E, obviamente, esse insuflamento
não interessa aos menos favorecidos economicamente, às mulheres
em geral, aos negros, aos índios,
aos gays, às lésbicas, nem a qualquer um que deseje a liberdade, a
democracia e o respeito à diferença e à alteridade; embora muitos
dos que mais têm a perder com esta
situação possam, eventualmente,
não se dar conta disto.
Nós, representantes dos interesses progressistas e democráticos,
precisamos ocupar os espaços
públicos com rapidez e energia,
para levarmos à população em geral
o alerta sobre o que está ocorrendo. E precisamos fazê-lo rápido,
pois, se demorarmos, isso talvez
possa não mais ser possível. É
hora de esquecermos as diferenças entre nós (que existem, sim)
em nome de evitar um mal maior,
que nos atingirá a todos, se a liberdade democrática nos for subtraída por um golpe que já se iniciou.
Saint Jean, general da ditadura argentina, assim sintetizou assim o
programa político do chamado "Proceso de Reorganización Nacional"
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de 1973 a 1983: "Primeiro mataremos todos os subversivos, depois
os seus colaboradores, depois os
simpatizantes, depois os indiferentes e por último os tímidos". Ainda
que um pouco menos radical, o
"Brasil, ame-o ou deixe-o", da ditadura militar brasileira, tinha a mesma essência. Nós, brasileiros, vivemos estes fatos na ditadura militar de 64. Se não queremos que
nós, nossos filhos e familiares,
orientandos e alunos, amigos e
colegas - nem qualquer brasileiro voltem a vivê-los ou revivê-los,
precisamos levar às ruas (e a todos os lugares a que tivermos acesso na polis) nosso manifesto a
favor da democracia, contra o golpe, contra o impedimento ilegítimo e
não fundamentado da presidenta
eleita e contra as prisões e constrangimentos arbitrários de toda e
qualquer pessoa.
Fazendo coro ao vídeo de alguns
artistas que se manifestaram nos
últimos dias (https://www.
youtube.com/watch?v=rhMYoePL3s ): somos contra a corrupção e
a favor da investigação e prisão de
todos os comprovadamente culpados de corrupção, em julgamentos
empreendidos de modo legal e imparcial. Mas também somos contra
a fome, a miséria, as escolas só
para ricos, as universidades só para
brancos, os genocídios indígenas,
a violência contra o corpo das mulheres, o machismo, o racismo, a
violência policial contra negros e
pobres, a justiça só para alguns. E
somos a favor da democracia, da
reforma política e contra o domínio
eleitoral dos grandes grupos econômicos nacionais e internacionais que não mostram respeito
pelo voto popular. E somos a favor
da democratização da mídia (lembremo-nos que a concessão dos
canais de difusão de rádio e televisão hoje existentes foi realizada
pelos ditadores militares de 64).
Existe algo que poderíamos denominar 'laço social perverso', na
demonização de um único indivíduo, grupo ou instituição: sejam os
cristãos originais na antiguidade,
os judeus no nazismo, os comunistas e subversivos na ditadura de
64, ou os "petralhas", na atualidade. Essa concentração de todo o
mal a ser destruído em um único
foco escolhido, com vistas ao
restabelecimento de uma suposta pureza ou unidade absoluta
anteriormente existente - um 'paraíso perdido terrestre' - não passa de uma farsa a ser usada como
mito de alienação e manipulação
de massas, para destruição dos
adversários: adversários políti-
cos, na situação contemporânea.
Com a realização do "Ato pela liberdade democrática", em 16/3/2016
(https://www.youtube.com/
watch?v=r4iqkM_bJkU ), a PUCSP
retomou a estatura histórica que
lhe cabe desempenhar em momentos graves e cruciais da sociedade
brasileira. No passado, em julho de
1977, abrimos nosso campus para
a realização da 29ª Reunião da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que
estava proibida pela ditadura militar. Moções em defesa da anistia,
das liberdades democráticas, pela
reintegração de professores cassados, entre outros temas políticos, foram aprovadas ao final desse encontro: um marco na luta brasileira pela liberdade e democracia.
A invasão violenta da PUCSP, pela
polícia a serviço da repressão, foi
o preço que tivemos que pagar,
como nos lembra a voz de prisão de
Erasmo Dias, agente da repressão
de infeliz lembrança, então encarregado de sua execução: "Ato
público está proibido. Não admitimos passeata, nem comício. Tá
todo mundo preso e outros também
vão ser enquadrados na lei de
segurança nacional". Preço barato, perto da dimensão do que estava em jogo e da grandiosidade do
nosso gesto.Neste momento sombrio, precisamos mais do que nunca saber que nós, defensores da
democracia, da liberdade e do respeito e consideração pelas diferenças entre os seres humanos
não estamos sós; e que, na verdade, somos MUITOS MAIS do que
uma mídia mistificadora (que, infelizmente, não é uma parcela diminuta) quer nos fazer crer que somos.
Já se observam claros sinais da
maturidade e participação política
do nosso povo e as manifestações
contra o golpe à democracia e à
liberdade já despontam com ímpe-
to. Em consequência disso, já estamos obtendo vitórias essenciais
contra o golpe que a direita iniciou
contra a democracia no Brasil. Os
reflexos já estão acontecendo em
vários lugares e os golpistas já
perderam o monopólio da posição
de ataque, que mantinham até a
semana passada.
Nesta segunda-feira, 21/3/2016,
jovens estudantes corajosos da
PUCSP (moças e rapazes) foram
agredidos com violência pela Polícia Militar de São Paulo, ao se manifestarem contra o golpe (https://
w w w . y o u t u b e . c o m /
watch?v=9WKaFPomsXw ). Mais
uma vez vemos essa corporação,
que devia estar a serviço da população, ser utilizada para atacá-la.
Mas isto não intimidou os nossos
estudantes, que, na terça-feira de
22/3/2016, fizeram uma marcha em
protesto pelas ruas de São Paulo.
Vejam-se os dois links abaixo:
https://www.youtube.com/
watch?v=vGsxWFwguZI
https://www.youtube.com/
watch?v=AIWQ8hQzP3E
Nós, docentes, alunos e membros do colegiado do Programa de Estudos Pós-Graduados
em Psicologia Social da PUCSP,
vimos protestar energicamente contra esse uso político da força policial
de São Paulo, para reprimir manifestações estudantis e populares pacíficas. Exigimos do Governador do
Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, responsável pelas ações da
PM, a apuração e punição dos culpados pelas arbitrariedades cometidas, além de um paradeiro definitivo na violência contra a população
do estado.
E conclamamos nossa comunidade e a população brasileira
a prosseguirem sua luta em
defesa da democracia, de modo
a evitar que a ditadura e o fascismo se reinstalem no Brasil!
Fac. Economia e Administração
Nota de Repúdio
A Direção da Faculdade de Economia, Administração, Contábeis
e Atuariais vem a público externar o seu repúdio aos fatos lamentáveis de violência contra
nossos estudantes, praticados
pela Polícia Militar de São Paulo.
Tal ato, além de se constituir em
agressão física injustificável,
fere não apenas princípios democráticos da liberdade de expressão, como também a autonomia universitária.
Entendemos que todos os brasileiros devam ter assegurados
seus direitos de manifestar livremente suas opiniões e repudiamos toda e qualquer forma de
violência, principalmente por parte daqueles que devem cuidar da
ordem e segurança pública.
Prof. Dr. Francisco Antonio
Serralvo - Diretor
Prof. Dr. João Ildebrando
Bocchi
4/1/2016 1:46:44 PM
04/4/2016
5
9LROrQFLDQD38&63
Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social
Os docentes do Programa de
Estudos Pós-Graduados em Serviço Social da PUC-SP vêm manifestar sua indignação e repúdio
em face dos atos de violência
praticados por manifestantes próimpeachment da Presidenta da
República e pela Política Militar
contra professores e estudantes
da Universidade, na noite da última segunda feira, ocasião pródiga em desnudar diversas formas
de violência que têm marcado o
cotidiano da vida social brasileira:
Violência pela provocação de tom
revanchista em vista do ato ocorrido no TUCA na semana anterior,
contrário ao impeachment da Presidenta da República;
Violência verbal pelos xingamentos e palavrões proferidos pelos
mais exaltados ocupantes do
palanque em manifestação que
contou com baixa adesão;
Violência pelo caráter intimidativo
do enorme arsenal de viaturas e
policiais militares armados, que
ocuparam a Rua Ministro Godói;
Violência física praticada pela
polícia militar ao lançar bombas de
gás lacrimogêneo e de pimenta e
balas de borracha contra mani-
festantes contrários às posições
políticas ultradireitistas e reacionárias dos que discursavam no
caminhão;
Violência pela exaltação, no palanque, da Polícia Militar que, escandalosa e seletivamente, atuou
na repressão ao outro polo das
manifestações, ou seja, o grupo
de estudantes que bradavam “Não
vai ter golpe” e/ou “Não passarão”;
Violência pela tentativa, daqueles manifestantes pró- impeachment, de cerceamento ao pensamento crítico e de 2/3 desqualificação de professores da PUCSP
acusados, naquele ato, de praticarem “doutrinação marxista”;
Violência por ser o referido ato
mais uma expressão da aliança
entre segmentos sociais ultraconservadores atiçados pela mídia burguesa alimentada pelos
“vazamentos” de uma Justiça,
política e ideologicamente tendenciosa na condução de processos, além das investigações policiais seletivas e da sanha “golpista” de parcela dos parlamentares;
Violência pelas agressões ao
Estado Democrático de Direito nos
trâmites de um processo que “partidariza” a Justiça, ao desencadear uma aparente devassa da
estrutura político-empresarial de
corrupção mediante investigação
que, no entanto, seletivamente,
expõe a alguns e promove a “blindagem” de outros;
Violência do facciosismo de classe social que libera catracas do
metrô para uma manifestação e
não para outra, oferece almoço
na Avenida Paulista para alguns e
aciona, seletivamente, o aparato
repressivo contra aqueles que se
recusam a compartilhar do brado
“Viva a polícia militar!”;
Violência pelo desserviço que as
falas de conteúdo fascista representam para o avanço da consciência política e das lutas populares ao reduzirem e ocultarem os
antagonismos de classe sob o
embate entre governo e aqueles
que se declaram em luta contra a
corrupção;
Violência contra a Universidade...
Violência contra os valores democráticos... Violência contra o
projeto de uma sociedade igualitária e justa... Mas, não consegui-
rão intimidar-nos com tais atos. 3/
3 Não nos calaremos diante da
violência e da barbárie.
Por isso, juntamo-nos a todas
(os) que vêm manifestando indignação e repúdio em face dos atos
de violência perpetrados na última segunda feira e em todos os
dias em favor da preservação de
uma injusta ordem social, política
e econômica.
Solicitamos à Reitoria que interpele os órgãos do governo estadual, denunciando as agressões
policiais sofridas, relatando os
prejuízos causados a membros
da comunidade universitária e
exigindo reparação e reafirmamos nossa disposição para as
lutas em defesa dos direitos sociais, em busca da emancipação da
condição humana e por uma sociedade democrática e livre de todas e quaisquer formas de opressão.
São Paulo, outono de 2016.
70 anos da PUC-SP
80 anos do Serviço Social
Brasileiro
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4/1/2016 1:46:44 PM
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H&RRUGHQDomRGH$SHUIHL
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4/1/2016 1:46:44 PM

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