Apostila de Introdução a Informática

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Apostila de Introdução a Informática
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de
Minas Gerais - Campus São João Evangelista – MG
Apostila de
Introdução a Informática
Autor: Kalid Antunes
Adaptada por: Geovália Oliveira Coelho
CAPÍTULO 1 – NOÇÕES BÁSICAS
1. O que é um computador?
O computador é um equipamento eletrônico que processa informações na forma de dados,
podendo ser programado para a realização de diversas outras tarefas. Foi construído para desempenhar
cálculos e operações lógicas com facilidade e rapidez.
Muito utilizado em empresas, bancos, indústrias e escolas. Atualmente faz parte da rotina
doméstica das pessoas, sendo utilizado dentre outras atividades para digitação de textos, visualização
de imagens, acesso à internet, armazenamento de informações, processamento de dados, comunicação
por voz, escrita, símbolos, imagens e entretenimentos.
Um computador geralmente é constituído pelos seguintes componentes:
OBS: Além dos componentes essenciais do computador, existem outroscomponentes opcionais que
possuem grande importância na utilização do computador. Exemplos: estabilizador e no-break.
Estabilizador e No-break (Componentes opcionais):
A função básica e primordial do estabilizador é de absorver, em sua entrada, o máximo de
variação da tensão da rede elétrica (oscilações) e fornecer, na sua saída, a mínima variação da tensão
no ponto desejado com um mínimo de tempo possível, sem alterar as características fundamentais da
energia elétrica da rede ou, se possível, até melhorá-las.
O no-break é um dispositivo que oferece uma proteção extra ao seu equipamento. No caso da
falta de energia elétrica, o no-break continua alimentando o seu micro durante o tempo necessário para
que se finalize suas tarefas. Essa alimentação é provida por uma bateria, que fica sendo carregada
enquanto a rede elétrica está funcionando corretamente. Essa bateria possui uma autonomia, que em
geral não é muito grande (nos no-breaks mais comuns, essa autonomia varia entre 10 e 15 minutos).
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Modelo de Estabilizador Modelo de No-break
2. O que é informática?
Informática pode ser considerada como “informação automática”, ou seja, utilização de
métodos e técnicas no tratamento automático da informação. Para tal, é preciso uma ferramenta
adequada: o computador.
A informática está intimamente ligada ao ser humano, seja em casa,
no trabalho ou no lazer. A evolução tecnológica vivida por nossa
sociedade tem evidenciado o valor da informação. Desde o despertar
até a mais simples transação bancária que realizamos durante o dia,
um telefonema, estamos nos servindo da informática. Muitas vezes
lidamos com a tecnologia do computador sem nos darmos conta: ao
usar o microondas, ao ligar o videocassete, tudo isso sem sair de
casa.
Ao circularmos no trânsito de grandes cidades nos deparamos com semáforos, sistemas de
segurança de empresas que visitamos, lá está a informática de novo, assim como nos controles de
aviões e metrôs, na produção de energia elétrica, na industrialização de roupas e alimentos, etc. No
mundo moderno, portanto, é inevitável o contato com o computador. Por isso, todas as pessoas
precisam aprender a lidar com a informática mais cedo ou mais tarde. E você, que está iniciando agora,
precisa conhecer a história do computador e entender corretamente seu funcionamento para poder
aproveitar toda a capacidade desta área que é imensamente vasta e repleta de novidades.
3. História e evolução do computador
O computador é uma máquina que processa dados, orientado por um conjunto de instruções e
destinado a produzir resultados completos, com um mínimo de intervenção humana. Entre vários
benefícios, pode-se citar: a grande velocidade no processamento e disponibilização de informações; a
precisão no fornecimento das informações; a execução de tarefas repetitivas; propiciando a redução de
custos em várias atividades.
Os modernos chips dos computadores devem sua existência ao trabalho de inventores geniais,
durante três séculos.
Charles Babbage, considerado o pai do computador atual, construiu em 1830 o primeiro
computador do mundo, cem anos antes de se tornar realidade. O projeto de Babbage apresentava
desvantagens; uma delas era o fato de que o seu computador deveria ser mecânico, e a outra era a
precariedade da engenharia da época. Apesar dos problemas, Charles Babbage construiu um aparelho
que impressionou o governo inglês. Entretanto, a história da computação começou muito antes.
A história da computação pelo que se sabe começa no ano de 2000 a.C. (antes de Cristo).
O primeiro “modelo” de computador é o ábaco, capaz de efetuar operações algébricas
elementares.
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Modelo de ábaco
Blaise Pascal, matemático, físico e filósofo francês, inventou a primeira calculadora mecânica
em 1642. A calculadora trabalhava perfeitamente, ela transferia os números da coluna de unidades
para a coluna de dezenas por um dispositivo semelhante a um velocímetro do automóvel. Pascal
chamou sua invenção de Pascalina.
Nos anos que se seguiram, vários projetos foram feitos com intuito de aperfeiçoar essa primeira
calculadora. Entretanto, nada de significativo aconteceu, até que Babbage e Ada Lovelace começaram
a considerar melhor o problema. Em 1822, Babbage apresentou a Sociedade Real de Astronomia o
primeiro modelo de uma máquina de "diferença", capaz de fazer cálculos necessários para elaborar
uma tabela de logaritmos. O nome da máquina foi derivado de uma técnica de matemática abstrata, o
método das diferenças. Com o incentivo da sociedade, Charles Babbage continuou a trabalhar no
aperfeiçoamento da máquina.
Com Ada Lovelace, filha de Lord Byron, iniciou um projeto mais ambicioso para construir
uma "máquina analítica". Foi projetada para calcular valores de funções matemáticas bem mais
complexas que as funções logarítmicas. A máquina era enorme, demonstrava inúmeros problemas e
simplesmente não funcionava. Grande parte da arquitetura lógica e da estrutura dos computadores
atuais provém dos projetos de Charles Babbage, que é lembrado como um dos fundadores da
computação moderna.
Essas máquinas eram chamadas de calculadoras. No início do século 20 já eram comuns as
calculadoras mecânicas e elétricas. As calculadoras elétricas eram baseadas em um pequeno
dispositivo elétrico, chamado de RELÉ. Os relés tinham aproximadamente o tamanho de uma caixa de
fósforos. Máquinas calculadoras construídas com relés eram muito grandes, pois para construí-las
eram necessários centenas de relés.
Os relés tinham aproximadamente o tamanho de uma caixa de fósforos.
Modelos de relés
As calculadoras elétricas, construídas com relés, eram muito melhores que as mecânicas. Eram
mais rápidas e mais difíceis de apresentar defeitos. É verdade, essa estória de "erro do computador" já
existia na época. As calculadoras mecânicas apresentavam muitos defeitos, da mesma forma como
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ocorre com qualquer máquina mecânica. As calculadoras a relé também apresentavam defeitos, mas
eram muito mais raros. Resumindo, as calculadoras existentes até mais ou menos 1930 podiam ser de
dois tipos:
Mecânicas: Lentas, apresentavam muitos defeitos.
Elétricas: Um pouco mais rápidas, e apresentavam defeitos, mas menos que as mecânicas.
Já nos anos 30 existiam as válvulas eletrônicas, muito usadas em rádios. Um daqueles antigos
rádios possuíam mais ou menos uma dúzia de válvulas eletrônicas. As válvulas funcionavam como
relés mais sofisticados. Eram muito mais rápidas que os relés, mas tinham o inconveniente de durarem
pouco tempo. Após cerca de 1000 horas de uso, as válvulas "queimavam", assim como ocorre com as
lâmpadas. Era então necessário trocar a válvula queimada.
Válvula
Em 1946 foi inventado o primeiro computador eletrônico de grande porte, o ENIAC(Eletronic
Numerical Integrator and Computer), pertencente à chamada 1ª geração de computadores.
Construído na Universidade da Pensilvânia, apresentava aproximadamente 18.000 válvulas e ocupava
o espaço de uma sala. O objetivo do Eniac era ajudar o exército americano durante a 2ª guerra
mundial. Apesar de não poder armazenar programas ou guardar mais que 20 dezenas de números
digitais, o Eniac podia realizar aproximadamente 5.000 somas por segundo, ou seja, podia calcular a
trajetória ou ângulo de uma bomba em 20 segundos.
O peso aproximado do Eniac era de 30 toneladas. Com o revolucionário invento do Eniac,
estava claro para muitas pessoas que trabalhavam no desenvolvimento do Eniac, que havia meio para
melhorar a performance desse computador.
Devido a pouca confiança nos resultados e constante queima de válvulas cada cálculo era
efetuado por três circuitos diferentes e os resultados comparados, caso dois deles coincidissem esse era
considerado o resultado certo.
ENIAC
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Ainda nessa época, os computadores eram chamados de "calculadoras". Um dos famosos
computadores da época era chamado de ENIAC (Electronic Numeric Integrator and Calculator). A
partir de 1951, começou a surgir empresas especializadas no comercio de computadores como a
UNIVAC nos Estados Unidos e a Ferranti Mark I na Inglaterra.
A UNIVAC lançou um computador com o mesmo nome da empresa (UNIVAC), que
processava cada dígito com mais precisão.
Ele possuía uma freqüência de clock de 2.25 Mhz e podia calcular números de dez dígitos com
uma velocidade de 100.000 cálculos por segundo. O UNIVAC podia gravar em sua fita magnética,
dados com a velocidade de 40.000 dígitos binários por segundo (bits).
UNIVAC
Os computadores eram verdadeiros monstros eletrônicos que ocupavam muito espaço e
consumiam muita energia.
Com o rápido desenvolvimento dos transistores entre 1952 e 1960, os tubos de vácuo tornaramse obsoletos e foi este avanço tecnológico que permitiu a criação de máquinas muito mais rápidas,
pequenas e mais baratas.
Com o tempo, os transistores passaram a ser a base da eletrônica, ou seja, a construção de
circuitos cada vez menores, que pudessem ser mais leves e que consumissem menos energia, por terem
menos superfície para a dissipação de energia por calor. Esta miniaturização permitiu que se tivesse a
mesma capacidade de cálculo de um ENIAC na palma de uma mão. A diminuição do tamanho fez
também diminuir a quantidade de energia necessária e o custo caiu com a produção em série dos novos
processadores.
Transistores
Estes computadores, que pertencem à chamada 2ª geração de computadores, eram muito
menores, consumiam menos correntes elétricas e duravam muitos anos. Com essa nova tecnologia,
tornou-se possível a construção de computadores de menor tamanho, mais rápidos, confiáveis e mais
baratos. Já no final dos anos 50, todos os computadores já eram construídos com transistores.
Também passaram a serem fabricados em série. Cada computador não era mais um "filho único", e
sim, fazia parte de uma série de máquinas iguais. Esses computadores ainda custavam milhões de
dólares, mas passaram a ser usados em aplicações não militares:
Aplicações comerciais em grandes empresas.
Controle de processos industriais
A indústria de computadores começou a crescer, dando origem ao desenvolvimento dos
grandes gigantes da informática mundial, como a IBM.
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Realmente os transistores causaram um grande impacto em todos os aparelhos eletrônicos,
como rádios, TVs, vitrolas e tudo o mais que antes utilizava válvulas. Mas foi nos computadores que
esses pequenos componentes tiveram a maior repercussão. Isso não é muito difícil de entender. Uma
TV ou um rádio transistorizados não eram tão pequenos em comparação com os modelos a válvula.
Mas no caso dos computadores, essa miniaturização era muito mais acentuada, já que os computadores
a válvula eram verdadeiros gigantes.
Computadores que ocupavam um salão inteiro podiam ser construídos a transistor e ficavam do
tamanho de uma estante. Computadores a válvula que ocupavam um prédio inteiro, podiam ser
construídos com transistor, e passavam a ocupar apenas um andar.
Nos anos 60, iniciou-se a 3ª geração de computadores, que utilizava a tecnologia de Circuitos
Integrados (CI), uma técnica de micro circuitos, onde os transistores eram encapsulados em uma única
pastilha, formando assim os CHIPs.
CHIP
Ao mesmo tempo em que os computadores transistorizados eram cada vez mais utilizados em
todo o mundo, um outro grande avanço tecnológico ocorria: A corrida espacial. Americanos e
Soviéticos lançavam seus foguetes rumo ao espaço. A miniaturização de computadores era ainda mais
importante, no caso de um computador a ser colocado a bordo de um foguete. Seria totalmente
inviável levantar vôo carregando um enorme computador valvulado. Já para um computador
transistorizado, isto era possível, mas se fosse conseguida uma miniaturização ainda maior,
computadores mais poderosos ou então mais leves (ou ambas as coisas) poderiam ser embarcados nos
foguetes. A NASA (Agência Espacial Norte-Americana) gastou bilhões de dólares com seu programa
espacial, contratou empresas fabricantes de transistores para que realizassem uma miniaturização ainda
maior. Uma dessas empresas, até hoje uma líder mundial em microeletrônica, é a TEXAS
INSTRUMENTS. Foram então criados os primeiros CIRCUITOS INTEGRADOS, também chamados
de CHIPS. Basicamente, um circuito integrado é um pequeno componente eletrônico que possui em
seu interior, centenas, ou até milhares de transistores. A figura 5 mostra a comparação de tamanhos
entre uma válvula, um transistor e um CHIP dos mais rudimentares. Enquanto um transistor é
equivalente a uma válvula e tem um tamanho muito menor, um CHIP dos mais simples tem
aproximadamente o mesmo tamanho que um transistor comum, mas em seu interior existem, na
verdade, centenas de transistores.
Transistores, Chip e Válvula
Aqueles velhos CHIPS dos anos 60 tinham em seu interior, dezenas ou centenas de transistores.
Já o microprocessador PENTIUM, um moderno CHIP dos anos 90, contém em seu interior, nada
menos que 3.500.000 transistores!
Os CHIPS podem ser divididos em várias categorias, dependendo da quantidade de transistores
que existem em seu interior:
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SSI - Short Scale of Integration, ou Integração em Baixa Escala. Esse chip contém em seu
interior apenas algumas dezenas de transistores.
MSI - Medium Scale of Integration, ou Integração em Média Escala. Esse chip contém
algumas dezenas de transistores.
LSI - Large Scale of Integration, ou Integração em Alta Escala. Contém em seu interior, alguns
milhares de transistores.
VLSI - Very Large Scale of Integration, ou Integração em Escala Muito Alta. Esse chip contém
da ordem de dezenas de milhares de transistores, ou mais.
Nos computadores modernos, quase todos os chips usados são do tipo LSI ou VLSI. Os chips
SSI e MSI são ainda usados em pequenas quantidades, normalmente para auxiliar os chips LSI e
VLSI.
A 4ª geração de computadores tem seu marco inicial com o surgimento dos
microprocessadores (integração em grande escala), tem-se a quantidade de transistores encapsulado
em uma única pastilha ampliada, aumentando a velocidade dos computadores e possibilitando a
redução de seu tamanho, e o surgimento dos computadores pessoais.
Modelo de Microprocessador
Não confunda essas duas palavras:
MICROCOMPUTADOR: é um computador pequeno, de tamanho tal que pode ser colocado
sobre uma mesa. Quando surgiram os microcomputadores, existiam apenas os computadores de grande
porte (que ocupavam salas inteiras) e os minicomputadores, que eram do tamanho de uma geladeira.
MICROPROCESSADOR: é um pequeno CHIP, que cabe na palma da mão. Podemos dizer que
esse chip é o "cérebro" do computador. É ele que executa os programas, faz os cálculos e toma as
decisões, de acordo com as instruções armazenadas na memória.
Podemos ver na figura um MICROCOMPUTADOR e um MICROPROCESSADOR.
Microcomputador e Microprocessador
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Os microprocessadores formam uma parte importantíssima do computador, chamada de UCP
(Unidade Central de Processamento), ou em inglês, CPU (Central Processing Unit).
Antes da existência dos microprocessadores, as CPUs dos computadores eram formadas por um
grande número de chips, distribuídos ao longo de uma ou diversas placas. Um microprocessador nada
mais é que uma CPU inteira, dentro de um único CHIP. Podemos ver na figura 8, um
microprocessador e uma placa de circuito. Um microprocessador contém todos os circuitos que
antigamente eram formados por diversas placas.
Microprocessador e placa de circuito impresso
Ligando-se um microprocessador a alguns chips de memória e alguns outros chips auxiliares,
tornou-se possível construir um computador inteiro em uma única placa de circuito. Esse computador,
por ter um tamanho muito menor que os computadores da época (início dos anos 70), passou a ser
conhecido como MICROCOMPUTADOR. Esses primeiros microcomputadores eram bem diferentes
dos atuais. Não tinham, por exemplo, teclado, nem vídeo, nem impressora. Eram ligados a um
aparelho chamado de TELETYPE (ou TELETIPO). O teletipo era uma máquina de escrever que
continha uma leitora e uma perfuradora de fita de papel. Os programas não eram armazenados em
discos, como nos dias atuais. Eram gravados em fitas de papel. Os pequenos furos da fita de papel
representavam as instruções dos programas.
Microcomputadores do início dos anos 70
Uma famosa empresa americana, a INTEL, foi uma das primeiras a produzirem
microprocessadores. Seu primeiro microprocessador era chamado de "4004". Aliás, essa é uma
característica muito comum nos chips: são normalmente chamados por números, e não por nomes. O
4004 era um microprocessador ainda muito limitado. Era capaz de realizar operações com apenas 4
bits de cada vez. Se você ainda não sabe o que é um "BIT", não se preocupe, pois ainda nesta unidade
explicaremos o que são BITS e BYTES. Para simplificar, um microprocessador de 4 bits só pode
operar com números pequenos, de 0 a 15. Para usar números maiores, um microprocessador de 4 bits
precisa dividir o número em várias partes e fazer as contas em várias etapas. Podemos exemplificar
isto, fazendo uma analogia com o que acontece com o cérebro humano:
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Pergunta: Quanto é 37x21?
Na escola nunca estudamos a tabuada de 37, e nem de 21. O máximo que conseguimos calcular "de
cabeça" é 9x9. Para calcular 37x21 temos que fazer a conta:
Como nosso cérebro só sabe multiplicar números menores que 10, dividimos a operação em
várias etapas, e encontramos assim o resultado 777. Um microprocessador de 4 bits como o 4004 faz
esse mesmo tipo de desmembramento para operar com números maiores.
Depois do 4004, a INTEL lançou o 8008, que era um microprocessador de 8 bits. Era muito
mais rápido que o 4004, já que podia operar com números maiores. Com 8 bits, esse chip podia operar
diretamente com números entre 0 e 255. O que o 4004 precisava de duas etapas para realizar, podia ser
realizado em uma única etapa pelo 8008.
Depois do 8008, a INTEL lançou um novo microprocessador de 8 bits, chamado de 8080. Era
mais rápido e mais barato que o 8008. O 8080 foi o primeiro microprocessador a ser usado em larga
escala nos chamados "computadores pessoais". Antes deles, os microcomputadores eram usados
apenas em laboratórios científicos, em fábricas e em universidades. O 8080 popularizou o uso de
microcomputadores por pequenas empresas e até para uso pessoal. Já no final dos anos 70 eram
comuns os micros pessoais baseados no 8080 e em outros microprocessadores rivais: o MC6800 da
Motorola, o 6502, usado em um antigo microcomputador chamado de APPLE, e o Z-80 fabricado pela
ZILOG, usado em um antigo computador chamado TRS-80. Surgia então a indústria dos
microcomputadores. Ao mesmo tempo, surgia a indústria do software para microcomputadores, que
criava programas de vários tipos para serem usados nessas máquinas.
Os microcomputadores dessa época já tinham teclado, vídeo e impressora. Seus dados e
programas eram gravados normalmente em gravadores de fita K-7 adaptados para trabalhar com
microcomputadores.
Microcomputador SCHUMEC M 101/85
A INTEL produziu ainda, no final dos anos 70, um outro microprocessador para substituir o
8080. Chamava-se 8085. Todos esses microprocessadores (8080, 8085, Z80, 6502, 6800 e outros)
operavam com 8 bits.
A figura 10 mostra um dos primeiros microcomputadores brasileiros, o SCHUMEC M-101/85.
Tinha um microprocessador INTEL 8085 de 6 MHz, 16 KB de memória e um gravador de fita K-7
para armazenamento de programas e dados. Seu monitor de vídeo era na verdade uma TV PHILIPS
adaptada, já que nesta época o Brasil não fabricava monitor.
Até o final dos anos 70, os microcomputadores existentes operavam com 8 bits. Nessa época, a
INTEL lançou os primeiros microprocessadores de 16 bits: o 8086 e o 8088. Um microprocessador de
16 bits é capaz de operar com números maiores e de forma mais rápida que os modelos de 8 bits. Os
dois microcomputadores que dominavam o mercado eram o APPLE e o TRS-80 de 8 bits.
Nessa ocasião, a IBM, que é o maior fabricante de computadores em todo o mundo, ainda não
fabricava microcomputadores. Seus produtos eram os computadores de grande porte usados nos
grandes centros de processamento de dados, e custavam alguns milhões de dólares. Em 1981 foi
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lançado o microcomputador da IBM: O IBM PC (Personal Computer). No entanto, a estratégia de
marketing da IBM: na verdade, o que a IBM queria não era vender o IBM PC ou torná-lo um padrão
de mercado, mas vender computadores de grande porte. A idéia era simples: alguém que tivesse um
microcomputador IBM PC em casa daria preferência a comprar um computador “de verdade” da
marca IBM para a sua empresa. O microcomputador seria apenas um chamariz para a marca IBM.
Escolheu então o microprocessador 8088 para usar em seu microcomputador. O IBM PC, o primeiro
microcomputador de 16 bits, passou logo a dominar o mercado. Até os dias atuais, os modernos
microcomputadores são compatíveis com o IBM PC originais, lançados em 1981. Este
microcomputador tinha as seguintes características:
Microprocessador 8088, operando a 4.77 MHz
Monitor de vídeo monocromático
2 drives de 320 KB
16 KB de memória, possibilitando expansão até 64 KB
Conexão para gravador K-7
Pouco tempo depois, a IBM realizou melhorias no projeto deste microcomputador e lançou o
IBM PC-XT. A sigla "XT" significa "Extended Technology" (Tecnologia estendida). As
características dos primeiros modelos do IBM PC-XT eram as seguintes:
Microprocessador 8088, operando a 4.77 MHz
Monitor de vídeo monocromático ou colorido
2 drives de 360 KB
64 KB de memória, possibilitando expansão até 256 Kb
Disco Winchester de 10 MB
A grande vantagem do IBM PC-XT em relação ao IBM PC era a possibilidade de operar com
um disco rígido (também chamado de winchester) de 10 MB.
Ao longo dos anos foram surgindo novos fabricantes PC’s aumentando a competição a IBM,
com isso foi havendo melhorias como:
Preço: Com o aumento da produção e o uso de chips VLSI, foi possível reduzir drasticamente
o preço dos equipamentos.
Microprocessador: A cada ano eram lançados novos tipos de microprocessadores, cada vez
mais velozes. Por exemplo, o microprocessador 80286 foi utilizado em outro modelo da IBM chamado
de IBM PC-AT.
A sigla "AT" significa "Advanced Technology" (Tecnologia Avançada). O IBM PC-AT
operava com 8 MHz, mas ao longo dos anos foram lançados novos modelos com velocidades mais
altas.
Assim como ocorreu com o 80286, os microprocessadores 80386, 80486 e PENTIUM também
tiveram versões com diversas velocidades.
Microprocessador 80486
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CAPÍTULO 2 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO
1. Tecnologia da Informação
Lidar com as informações e processá-las da melhor forma tem sido uma
busca contínua da humanidade. A necessidade de contar levou a criação
do dígito e do sistema decimal (inspirados nos dedos humanos). Foram
então surgindo às primeiras ferramentas para auxiliar esse processo,
sendo a mais antiga o ábaco, o aprimoramento matemático foi também
bastante impulsionado pelo desenvolvimento do comércio devido à
necessidade do maior controle das quantidades de mercadorias
produzidas, da realização de cálculos, impulsionando o desenvolvimento
de mecanismos de contagem até as calculadoras analógicas.
O grande salto da Tecnologia da Informação, porém, veio com a mudança dos sistemas
analógicos para os digitais, que operavam diretamente com os números, através do sistema binário.
Esse novo conceito foi proporcionado pelos avanços da ciência nos campos da física, química e
engenharia, que criaram a válvula, a tecnologia de armazenamentos de dados em meio magnético e os
conceitos de programação e memória digital.
Nesse início, a computação tornava possível automatizar determinadas tarefas em grandes
empresas e nos meios governamentais.
Os mainframes – ou computadores de grande porte – eram os responsáveis por manter a
segurança das informações das grandes empresas. Os programadores desenvolviam suas atividades nas
linguagens Cobol e Assembler, já os analistas de sistemas buscavam aumentar a potência dos seus
CPDs (Centro de Processamento de Dados) que era o coração da empresa.
Com o desenvolvimento industrial foi possível reunir em uma única pastilha de silício todos os
componentes de um circuito eletrônico, criando os circuitos integrados, que dariam origem ao chip.
Com o início de sua produção comercial, foi possível produzir computadores em larga escala, o que
gerou uma corrida tecnológica mundial, liderada pela IBM. Estava aberto o espaço para o
desenvolvimento dos mainframes, minicomputadores e microcomputadores, baseados no sistema
operacional DOS, da Microsoft, e depois evoluindo para o sistema Windows, que introduziu a
interface gráfica ao PC e o colocou definitivamente entre os mais bem-sucedidos empreendimentos do
século XX. Ao mesmo tempo em que se desenvolviam as nascentes indústrias de software e hardware,
o mundo assistia também ao desenvolvimento das redes de comunicação.
Com o avanço tecnológico, as "máquinas gigantes" começaram a perder espaço para
equipamentos cada vez menores e mais poderosos. Nos anos 90 surgiram novos e mais confiáveis
Banco de Dados, (Oracle, SQL Server), Linguagens de Programação mais atuais (VB, Delphi), novas
metodologias de desenvolvimento de sistemas como orientação a objetos, bem com a chegada da
Internet.
Tal desenvolvimento foi responsável pela expansão significativa da indústria de
Telecomunicações, criada a partir do telégrafo e do telefone, na última década a expansão da telefonia
celular e da Internet - rede mundial de computadores - que transformou de maneira drástica as relações
dos indivíduos e das organizações com a informação.
Conseqüentemente as máquinas deixaram de simplesmente automatizar tarefas e passaram a
lidar com Informação. Com a integração de mídias como computador, celular e TV, a tendência é de
que esse campo se torne cada vez mais abrangente, aumentando ainda mais a área de atuação do
profissional.
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Mainframe
Microcomputadores
A área de TI é responsável pelo gerenciamento da informação nas empresas, a base para
geração de conhecimento nas empresas. As aplicações para TI são tantas, estão ligadas às mais
diversas áreas, que existem várias definições.
Tecnologia da Informação (TI) é a aplicação da tecnologia no processamento de
informações.
A Tecnologia da Informação (TI) também pode ser definida como um conjunto de todas as
atividades e soluções providas por recursos de computação.
TI é a convergência da Informática, das Telecomunicações e do conhecimento.
Para existência de um sistema de informação, faz-se necessário três componente, são eles:
HARDWARE: unidade responsável pelo processamento dos dados, ou seja, o equipamento.
SOFTWARE: responsável pela organização e metodologia no qual os dados serão
processados.
PEOPLEWARE: pessoa que utiliza o hardware e o software, inserindo ou retirando
informações do sistema. Portanto para um perfeito funcionamento deste sistema, todos os
componentes devem caminhar em perfeita harmonia.
2. Ciclo de Processamento e o Processamento de dados
É o tratamento dos dados por meio de máquinas, com o fim de se obter resultados das
informações trabalhadas. Para o computador processar os dados, precisamos ter meios para fornecê-los
ao micro. Para isso, o computador dispõe de recursos como o teclado (para digitação, por exemplo, do
texto que define um programa de computador), o mouse (para selecionar opções e executar algumas
operações), disquetes e CD para entrada de dados, scanner (utilizadas por programas e aplicativos
gráficos em geral) e outros.
O processamento dos dados é feito na CPU (Unidade de Processamento Central) onde a
informação é tratada, sendo lida, gravada ou apagada da memória, sofrendo transformações de acordo
com os objetivos que se deseja atingir com o processamento delas.
De modo geral, um processamento se realiza de acordo com o esquema abaixo:
A Entrada se refere a algum dado de entrada do processamento, são valores onde o processo
irá atuar. Exemplo: quando clicamos em algum arquivo.
O Processamento é onde os dados de entrada serão processados para gerar um determinado
resultado.
A Saída é simplesmente o resultado de todo o processamento, podendo ser impresso em papel,
armazenadas, ou até mesmo servir como entrada para um outro processo. O computador exibe os
resultados obtidos na tela, mostrando o arquivo.
Vejamos como isso ocorre no cotidiano:
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Entrada
Processamento
Saída
No computador:
Entrada
Processamento
Saída
A supervisão do ciclo do processamento de informações é feita pelo programa que está sendo
executado, e que foi levado, antes dos dados, para a memória do computador.
A idéia é bastante simples. Levam-se para a memória as informações, programas e dados,
depois eles são processados e em seguida, fornece o resultado desse processamento.
Alguns exemplos de Ciclo de Processamento de Informações:
Exemplo da calculadora:
Para uma calculadora funcionar, deve possuir em memória um programa previamente armazenado.
Ao utilizar uma calculadora para realizar uma operação como a adição de dois números, você
pressiona uma tecla que representa o primeiro número (entrada), em seguida outra tecla, a de operação
(+), em seguida outra tecla que representa o segundo número (entrada), em seguida o sinal de = (igual)
e obtém-se a soma no visor (saída).
Exemplo para organizar nomes:
Para organizar o nome de 100 pessoas em ordem alfabética você fornece inicialmente ao computador
um programa que tenha essa função. Em seguida, informa o nome das 100 pessoas.
Uma vez executado o programa, vai ocorrer então o processamento das informações fornecendo como
resultado de saída uma lista dos nomes em ordem alfabética.
Exemplo para escrever uma carta:
Para escrever uma carta através de um computador é levado inicialmente para a memória do
computador um programa capaz de permitir a realização dessa tarefa. Em seguida, digita a carta
através do teclado. Como resultado final do processamento, a carta seria impressa em papel.
O ciclo de processamento de informações fica definido: as entradas equivalem ao conteúdo da carta
digitado, o processamento corresponde a toda a manipulação e preparação da carta, e a saída, o
resultado impresso em um papel.
Em suma um computador tem quatro funções básicas:
Receber dados e informações de entrada
Processar a informação
Produzir dados e informação de saída
Armazenar dados e informações
A forma como os computadores realizam estas tarefas são definidas pelo hardware e software
que utilizam. É o ciclo de processamento de dados.
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2. A função dos programas
Um computador só é capaz de efetuar tarefas sob a supervisão de um programa.
“Um programa é um conjunto de instruções que determinam passo-a-passo como deve
ser realizado um processamento de informações”.
3. Tipos de informações que o computador processa
Os computadores lidam com informações de forma automática, daí ter surgido o termo
“INFORMÁTICA” de origem francesa, que significa “INFORmação AutoMÁTICA”.
Vivemos em uma sociedade informatizada, que utiliza a informação automática manipulada
através do computador.
Os seres humanos manipulam informações com muita facilidade. Sabemos ler e escrever
(lidamos com dados), sabemos falar e ouvir (lidamos com sons), sabemos olhar e ver (lidamos com
imagens).
Os computadores processam dados, que costumamos dividir em três tipos:
Dados
Sons
Imagens
4. Organizando as informações
Para organizar as informações, os computadores utilizam uma estrutura de informação
chamada arquivo.
Arquivos ficam armazenados em disco, ou outro dispositivo, e são trazidos quando necessário
para a memória do computador. As informações em um computador são representadas fisicamente por
arquivos, que ficam contidos em pastas.
Discos, Pastas e Arquivos
“Arquivo é uma unidade de armazenamento de informações em um
computador”
Cartas comerciais, relatórios financeiros, páginas para a Internet, desenhos, gráficos, e demais
informações ficam armazenadas em disco na forma de arquivos.
Para cada informação há um tipo de arquivo para armazená-la.
Os tipos de arquivos mais comuns em um sistema de computador são:
Arquivos de programas
Arquivos de dados
Arquivos de som
Arquivos de imagens
4.1. Arquivos de programas
Arquivos de programas equivalem às aplicações de um computador que por sua vez são
softwares escritos para serem executados por um computador.
Introdução à Informática
Pág.: 14
Programas instruem o computador na realização de suas tarefas. Arquivos de programas
quando carregados na memória do computador são processados e realizam as tarefas definidas pelo
aplicativo.
Normalmente, arquivos têm um nome e uma extensão. Arquivos com .EXE e com .COM são
as mais comuns para nomes de arquivos de programas.
4.2. Arquivos de dados
Como dito anteriormente, um fichário eletrônico, um conjunto de páginas de um livro e um
cadastro de CDs podem ser considerados arquivos de dados.
Uma forma interessante para armazenar dados é através de uma estrutura de registros. Eles são
como fichas de informações eletrônicas.
Um conjunto de registros compõe um arquivo de dados. Registros são constituídos de campos e
campos contêm informações (dados, som, imagens).
As extensões: .MDB, .DBF, são as mais comuns para nomes de arquivos de dados.
4.3. Arquivos de som
Existem diversos tipos de arquivos de som. Alguns comportam apenas voz, outros música de
qualidade de CD, outras músicas geradas por instrumentos musicais eletrônicos, etc.
Circuitos e placas especiais de som são responsáveis por permitir a geração e apresentação de
som nos computadores.
As extensões: .WAV e .MID e .MP3 são as mais comuns para nomes de arquivos de som.
4.4. Arquivos de imagens
Arquivos de imagens são formados por imagens estáticas (fotografias, desenhos, gráficos, etc.)
ou imagens dinâmicas (vídeo, animação).
As extensões .BMP, .TIF e .GIF e .JPG são as mais comuns para nomes de arquivos para
imagens estáticas.
As extensões .AVI e .MPG e .MOV são as mais comuns para nomes de arquivos para imagens
dinâmicas.
5. Outros Arquivos
Aplicações de computadores geram os seus próprios arquivos e esses formatos são
constantemente alterados e atualizados pelas empresas que desenvolvem software.
O Microsoft Word gera arquivos com extensão .DOC. O Microsoft Excel gera arquivos .XLS.
O Microsoft PowerPoint gera arquivos .PPT.
Na Internet os arquivos .HTML representam as páginas que são publicadas e acessadas através
do software de navegação.
5.1. Nome de arquivo
Os computadores atuais permitem que um determinado arquivo seja referenciado por um nome
seguindo regras para sua formação.
No ambiente MS DOS o nome de um arquivo só pode conter 8 caracteres e a extensão 3
caracteres. Em um microcomputador PC que utiliza o sistema MS DOS, poderíamos chamar de
CARTA.DOC um arquivo contendo uma carta para um dos nossos fornecedores e de WORD.EXE o
arquivo de programa que permitiria a execução de um software de processamento de textos,
responsável pela elaboração da carta.
Nos ambientes gráficos como o Windows ou MAC OS X, por exemplo, os nomes de arquivos
podem conter até 255 caracteres seguidos de uma extensão de 3 caracteres. Nestes ambientes, além do
nome, os arquivos têm uma representação gráfica chamada ícone.
Nomes de arquivos associados a ícones facilitam o trabalho do usuário no momento de
Introdução à Informática
Pág.: 15
encontrar a informação.
Nomes de pastas e arquivos em Windows
5.2. Como identificar arquivos
Para identificar um arquivo é preciso saber a sua origem, ou seja, qual o programa que o gerou
e em que sistema operacional ou computador ele está armazenado.
Uma carta produzida com o processador de textos Word da Microsoft gera arquivos contendo
no nome a extensão .DOC. Orçamentos financeiros produzidos com o Excel da Microsoft geram
arquivos .XLS e assim por diante.
Os sistemas operacionais gráficos organizam os arquivos em pastas para que os usuários
possam encontrar as informações com mais facilidade.
As pastas podem ser visualizadas em sua forma simples ou em forma hierárquica em relação às
demais.
Nas pastas encontram-se os arquivos e à medida que o usuário vai aprendendo a lidar com o
computador e com as diversas aplicações que compõem o sistema, fica mais fácil a sua interação com
os diferentes tipos de arquivo.
6. Como são representadas as informações
Para representar valores o ser humano utiliza o sistema de numeração decimal que contém os
dígitos 0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9. Os computadores por sua vez utilizam um sistema de numeração
conhecido como sistema binário.
Analogia para bit
Introdução à Informática
Pág.: 16
Nele existem apenas dois dígitos: 0 (zero) e 1 (um) ou por que não dizer apenas dois estados:
ligado ou desligado, on ou off, etc. Estes dígitos receberam o apelido de BIT, que advém das palavras
BInary digiT do Inglês, que traduzido para o Português significa dígito binário.
Nos computadores digitais, todo o processamento é eletrônico, então estes computadores só
entendem dois estados: ON ou OFF. Enquanto seres humanos utilizam símbolos, gestos, palavras, voz,
som e imagens para se comunicar, os computadores utilizam apenas dígitos, apenas BITs.
Como então é possível a comunicação entre seres humanos e o computador, entre dois universos
tão distintos?
Esta questão merece duas respostas:
A primeira é que hoje conseguimos representar qualquer tipo de informação na forma
digital. O computador armazena, manipula e a apresenta de volta. O computador é apenas um
processador de informações. Ele não tem inteligência.
A segunda é que, além de representar informações na forma digital, estamos também
fornecendo ao computador uma certa “inteligência”. Estamos dotando-o de capacidade de pensamento
lógico, permitindo que aprenda a decidir por si só.
Comentando a Primeira resposta:
O alfabeto é composto por símbolos que permitem a comunicação entre os seres humanos.
Compondo estes símbolos como números, letras e outros caracteres elaboramos as gramáticas,
contendo a sintaxe e a semântica para a expressão e comunicação através da linguagem.
Para permitir que informações humanas pudessem ser representadas para o computador foi
preciso o desenvolvimento de tabelas de equivalência específicas para este fim.
Estas tabelas estabeleceram relações entre nossos símbolos e os BITs, entre o sistema decimal e
o sistema binário, entre os seres humanos e os computadores.
6.1. Tabelas de equivalência
Para representar na forma binária o alfabeto, os números e os caracteres de nosso idioma, o ser
humano desenvolveu uma tabela de equivalência contendo um conjunto de 8 (oito) BITs. Com 8 BITs
é possível realizar 256 combinações de uns e zeros.
Se para cada combinação de 8 BITs fizermos equivaler um caráter de nosso idioma, teremos
então a possibilidade de representar de forma binária até 256 caracteres.
Considerando que temos 10 números, 26 letras maiúsculas, 26 letras minúsculas e
aproximadamente 25 caracteres especiais, além das letras minúsculas e maiúsculas acentuadas. O
número de 8 BITs seria mais do que suficiente para representar todos os caracteres, números e
símbolos especiais de nosso idioma.
Criamos aqui uma tabela de equivalência entre o mundo binário dos computadores e o mundo
de letras, números e caracteres especiais do ser humano.
Para explicar esta tabela vamos tomar como analogia uma lâmpada. Lembre-se de que ela só
pode ter dois estados: acesa ou apagada.
Considere agora oito lâmpadas. Alternando os estados destas lâmpadas (acendendo ou
apagando) podemos combiná-las de 256 maneiras diferentes.
Com oito lâmpadas conseguimos até 256 combinações
n
A fórmula 2 onde n equivale ao número de lâmpadas nos permite calcular a quantidade de
8
possíveis combinações. Dessa forma 2 =256 possíveis combinações, numeradas de 0 a 255.
Introdução à Informática
Pág.: 17
Decimal
0
1
2
3
.........
.........
255
Binário
0000 0000
0000 0001
0000 0010
0000 0011
…………..
…………..
1111 1111
Observação
Todas apagadas
Apenas a última acesa
Apenas a penúltima acesa
As últimas duas acesas
…………..
…………..
Todas acesas
Agora suponha que, a cada combinação de 8 dígitos façamos corresponder um único símbolo
de nosso alfabeto, como apresentado na tabela a seguir.
Letra Código Binário Combinação
A
B
C
D
.........
.........
.........
Z
0100 0001
0100 0010
0100 0011
0100 0100
…………..
…………..
…………..
0101 1010
Equivalente à letra A
Equivalente à letra B
Equivalente à letra C
Equivalente à letra D
…………..
…………..
…………..
Equivalente à letra Z
Assim sendo, cada número ou letra de nosso alfabeto corresponderá a uma única combinação
binária de oito bits. Durante a evolução dos computadores foram desenvolvidas diversas tabelas.
Algumas em uso atualmente são:
EBCDIC - Tabela utilizada nos grandes computadores da IBM.
ASCII - Tabela utilizada na década de 70 e 80 em microcomputadores.
ANSI WINDOWS -Tabela derivada da ASCII utilizada pela Microsoft para os novos
softwares gráficos Windows.
FRENCH, GERMAN, ITALIAN, SPANISH - Tabelas derivadas da ASCII usadas na
França, Alemanha, Itália e Espanha, respectivamente.
PC LINE - Tabela utilizada nos computadores pessoais da linha IBM PC.
OCR-B e Ext - Tabela utilizada para reconhecimento óptico de caracteres.
MATH-7,8A e 8B - Tabela de letras gregas e símbolos matemáticos.
O surgimento de diversas tabelas para os diferentes idiomas e aplicações computacionais
acabou gerando ambigüidades na representação de informação.
Por exemplo, o caráter “ç” (cedilha) em nosso idioma pode não ter a mesma equivalência em
todas as tabelas. Ao enviar um e-mail do Brasil para outro país, todo caráter “ç” (cedilha) que for
utilizado no texto, será provavelmente visualizado de forma diferente da original, como se fosse outro
caráter. Este fato é bastante perceptível.
Diferentes tabelas geram problemas de adaptação para os usuários, torna mais difícil a
configuração e comunicação entre computadores, exige muito dos sistemas de conversão e não
padronizam a comunicação.
Para resolver o problema, empresas interessadas se reuniram e desenvolveram o consórcio
UNICODE, cuja missão foi o desenvolvimento de uma tabela única, para codificar todos os
Introdução à Informática
Pág.: 18
caracteres, de todos os idiomas.
A tabela UNICODE foi desenvolvida com 16 BITs podendo representar 65.536 caracteres (2
16
32
= 65.536). Agora já trabalha com até 32 Bits (2 = 4.294.967.296).
Site do Consórcio UNICODE
Cada caráter codificado terá um único código que o identificará. Não haverá mais
ambigüidades. Ambientes computacionais atuais como Apple, HP, IBM, Microsoft, Oracle, SAP, Sun,
Unisys já incorporam o UNICODE.
6.2. Passando informações ao computador
Ao fornecer uma informação através do teclado ela será imediatamente transformada em
impulsos elétricos que fazem equivaler a um conjunto de BITs que são então transferidos para a
memória do computador.
Fornecendo dados aos computadores
A palavra SELMA quando digitada no teclado poderia, por exemplo, ser recebida pelo
computador da seguinte forma:
Teclado
Computador
S
01010011
E
01000101
L
01001100
M
01001101
A
01000001
Introdução à Informática
Pág.: 19
6.3. Como são quantificadas as informações
Nossa civilização criou unidades para quantificar:
Quantificamos distância em metros ou quilômetros.
Peso em gramas ou quilogramas.
Para quantificar informações manipuladas pelos computadores, utilizamos as unidades BITs e
Bytes:
Para BITs adotaremos a abreviação b (minúsculo).
Para Byte adotaremos a abreviação de B (maiúsculo).
Medidas
8 bits
1024 B
1024 b
1024 KB
1024 Kb
1024MB
1024 Mb
1024GB
1024 Gb
Base 2
210 B
210 b
220 B
220 b
230 B
230 b
240 B
240 b
Unidade
1 Byte
1 KiloByte
1 Kilobits
1MegaByte
1Megabits
1GigaByte
1 Gigabits
1 TeraByte
1 Terabits
Abreviação
B
KB
Kb
MB
Mb
GB
Gb
TB
Tb
6.4. Unidades de medida de informação
Byte
A menor unidade de informação para representar uma informação humana.
Um Byte equivale a 8 BITS utilizados para representar caracteres individuais em nosso idioma.
Com a UNICODE o Byte passará a ter 16 BITs.
KiloByte
Equivale a 1024 Bytes.
Um quilo em nosso sistema equivale a 1000. O KiloByte equivale a 1024 Bytes.
10
No sistema binário, o número que mais se aproxima de mil é 1024, que equivale a 2 .
Por esta razão, 1024 Bytes equivale a um KiloByte.
MegaByte
Equivale a 1024 KB ou 1024x1024 Bytes ou 1.048.576 Bytes.
MegaByte é a medida para designar 1 milhão de caracteres aproximadamente.
Essa medida é utilizada para designar medida de capacidade de memória dos computadores.
GigaByte
Equivale a 1024 MB ou 1024x1024x1024 Bytes ou 1.073.741.824 Bytes.
Introdução à Informática
Pág.: 20
GigaByte é múltiplo do MegaByte e equivale a aproximadamente a um trilhão de bytes.
Essa medida é utilizada para designar capacidade de armazenamento de unidades de disco.
TeraByte
Equivale a 1024 GB ou 1024x1024x1024x1024 Bytes ou ainda a 1.099.511.627.776 Bytes.
Aplicações de processamento de imagens, grandes bibliotecas digitais, são as que mais usam
esta medida.
Temos ainda o PentaByte e o HexaByte. Descubra por você mesmo quantos caracteres podem
ser representados por estas unidades de medida.
Introdução à Informática
Pág.: 21
CAPÍTULO 3 – SOFTWARE
1. O computador e o software
A Microsoft é a maior casa de software do mundo.
Fundada na década de 70 por Bill Gates, ela vem se mantendo na liderança do mercado
mundial de software.
Qualquer que seja o computador, sempre haverá nele um software Microsoft.
Com o ambiente operacional Windows e o Office, a
Microsoft domina mais de 90% do mercado mundial de software.
O que chama atenção na Microsoft é a sua capacidade de se
manter no topo. Mas qual a sua força? No que está interessada?
Aonde quer chegar?
Sua força vem do capital intelectual. Capacidade de se
reinventar. Conhecimento adquirido em desenvolvimento de
Software. Conhecimento do negócio.
No que está interessada? Ela está interessada em se manter
no topo.
Aonde quer chegar? A Microsoft quer que cada cidadão do
mundo tenha um microcomputador e em cada um, um software
Microsoft.
Bill Gates
1.1 Definição e classificação do software
Nas décadas de 50 e 60 um sistema de computador era comercializado em valores
proporcionais a 90% aplicados em hardware e 10% em software.
Nas décadas seguintes esta relação acabou se invertendo.
Você sabia que o custo do Hardware é inferior ao do Software?
Adquira o hardware de um microcomputador e depois procure adquirir os softwares. Compare
e verá.
Mas, o que existe de tão especial no Software?
Esta pergunta pode ser respondida com uma única palavra: “Inteligência”.
É através do software que as tarefas são realizadas no computador. O Software corresponde à
parte inteligente, à parte lógica do computador.
1.2 Conceituando software
Software pode ser conceituado como: “um ou mais programas que definem uma aplicação
específica para o computador”.
Exemplos:
Um programa que represente um pequeno jogo pode ser considerado um software.
Um conjunto de 500 programas que juntos realizam a administração e controle de uma
caderneta de poupança também é um software.
Tarefas realizadas por computador dependem do controle de programas chamados de Software.
Uma analogia entre hardware e software:
A interface física de comunicação entre usuário e o computador é o hardware.
A interface lógica de comunicação entre usuário e computador é o software.
Relação entre Usuário, Software e Hardware
Introdução à Informática
Pág.: 22
Tela gráfica do sistema da Apple
1.3 Classificação do Software
Podemos classificar o software da seguinte maneira:
Software de base;
Software aplicativo;
Software cliente/servidor.
1.3.1 Software de base
Software de base permite a operação e a programação do computador.
Exemplos são os sistemas operacionais e as linguagens de programação.
Sistema Operacional Windows XP
1.3.2 Software aplicativo
Softwares aplicativos permitem a realização de tarefas por usuários finais.
Exemplos são os jogos, processadores de texto, folhas de pagamento, aplicações multimídia,
softwares gráficos para pintura e desenho, softwares para editoração eletrônica, softwares para correio
eletrônico (e-mail), etc.
1.3.3 Software cliente/servidor
Equivale a um tipo de software de aplicação desenvolvido para redes ou Internet.
Introdução à Informática
Pág.: 23
São aplicações constituídas de dois lados: o cliente e o servidor.
Através do cliente, o usuário utiliza serviços que estão sendo fornecidos pelo servidor.
Exemplos mais comuns são as páginas de Internet, publicadas por um servidor e acessadas a
partir do navegador de Web no lado cliente.
Cliente/Servidor
2. O software de base
Operação é a tarefa de estabelecer comunicação com o computador.
Programação é a tarefa de elaborar programas para o computador.
O software de base é constituído pelos programas que permitem a operação e a programação do
computador. Ele é classificado em:
Sistemas Operacionais;
Linguagens de Programação.
2.1 Explicando os Sistemas Operacionais
Tipo especial de software, responsável por gerenciar as informações que fazem com que a
máquina se comporte de determinada maneira. Fazendo uma analogia, podemos dizer que o sistema
operacional é o chefe dos demais softwares, ou ainda o gerente do computador, pois tem como tarefa
controlar a máquina para os outros programas rodarem.
O sistema operacional gerencia seus discos e arquivos, controla como o monitor exibe a
imagem, define as prioridades de impressão de uma impressora, reserva um espaço da memória para
cada programa, enfim, organiza tudo.
Existem vários sistemas operacionais, como:
OS/2 da IBM
OS/2 é um sistema operacional da IBM. A sigla significa "Operating System/2". Competiu com
o Windows nos anos 90, mas foi descontinuado pela IBM para o usuário final. Ele ainda é vendido
como pacote de soluções para grandes empresas para rodar no servidor AS/306
permanecendo restrito ao meio corporativo.
MAC OS
Macintosh Operating System (Mac OS) é a denominação do sistema
operacional padrão dos computadores Macintosh produzidos pela Apple.
Foi o primeiro sistema gráfico, amplamente usado em
computadores, a utilizar ícones para representar os itens do computador,
como programas, pastas e documentos. Também foi pioneiro na
disseminação do conceito de Desktop, com área de trabalho com ícones de
documentos, pastas e uma lixeira, em analogia ao ambiente de escritório.
Introdução à Informática
Pág.: 24
WINDOWS
O Windows é um produto comercial, com preços diferenciados para
cada uma de suas versões, embora tenha uma enorme quantidade de cópias
ilegais instaladas, ele é o sistema operacional mais usado do mundo, criado
pela Microsoft.
A palavra Windows em português significa janelas. A sua interface
é baseada num padrão de janelas que exibem informações e recebem
respostas dos utilizadores através de um teclado ou de um clique do mouse.
LINUX
Um sistema que está conquistando espaço no mercado por ter uma política
de software livre, o que elimina custos de licenciamento e possibilita
implementações e modificações que se tornem necessárias.
Sendo um software de código-aberto também estimula o desenvolvimento de
tecnologia local e cria possibilidades de trabalho para programadores brasileiros.
“Software livre” se refere à liberdade dos usuários executarem, copiarem,
distribuírem, estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o software. Mais
precisamente, ele se refere aos quatro tipos de liberdade, para os usuários do
software: − a liberdade de executar o programa, para qualquer propósito;
A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades.
Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo.
A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os se aperfeiçoamentos, de modo que toda a
comunidade seus beneficie. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
Distribuições Linux
Existem mais de 300 distribuições linux, ativamente mantidas, embora menos de 20 delas sejam
largamente conhecidas.
Vejamos algumas delas:
KURUMIN
O nome kurumin vem da Língua Tupi-Guarani onde
"curumim" significa “menino”, “criança”, em uma alusão a uma
distribuição Linux mais leve e simples, para iniciantes no sistema. Por
trás de toda a simplicidade, o Kurumin é uma distribuição Linux
extremamente flexível e poderosa, além de ser totalmente em
português e ter uma ampla aceitação no Brasil. Todos os componentes
do sistema são abertos, permitindo que além de usar, você possa
redistribuí-lo, ver, modificar e desenvolver novas versões do sistema.
UBUNTU
Antiga palavra africana que significa algo como "Humanidade para
os outros" ou ainda "Sou o que sou pelo que nós somos". A distribuição
Ubuntu trás o espírito desta palavra para o mundo do software livre.
Ubuntu é um sistema operacional baseado em Linux, desenvolvido
pela comunidade, sendo perfeito para notebooks, desktops e servidores.
Ele contém todos os aplicativos que você precisa: um navegador web,
programas de apresentação, edição de texto, planilha eletrônica,
comunicador instantâneo e muito mais.
Introdução à Informática
Pág.: 25
MANDRIVA CONECTIVA
A Mandriva Conectiva é a distribuição brasileira de maior destaque.
A Conectiva se destaca por oferecer documentação totalmente em português,
e pelo suporte oferecido ao usuário.
A Mandriva Conectiva é resultado da fusão ocorrida em fevereiro de
2005 entre a Mandrakesoft, uma das principais distribuições Linux da
Europa, com atuação mundial em mais de 120 países, e a Conectiva, pioneira
na distribuição Linux em português e espanhol para toda a América Latina.
2.2.1 Classificação dos Sistemas Operacionais
O sistema operacional é a base sobre a qual são desenvolvidos os softwares de aplicação. Os
demais programas e softwares dependem dele.
Organização do software em um computador
Por questões de compatibilidades, softwares desenvolvidos para um sistema operacional não
serão utilizados em outros.
O programa de processamento de textos Word da Microsoft, escrito para o Windows, não pode
ser utilizado no Linux ou no Mac OS X da Apple.
Computadores sempre trazem um sistema operacional instalado. Computadores da família PC
trazem o Windows como sistema operacional padrão.
Além do sistema operacional os utilitários como: formatadores de disco, copiadores de arquivo,
monitores do sistema, são incluídos, e constituem o software de base de um computador.
Classificamos os sistemas operacionais em três formas:
Forma operacional
Forma de comunicação homem máquina
Forma que atuam em rede
Forma operacional
A forma operacional determina como o sistema trabalha em relação a usuários e tarefas.
Sistema
Monousuário e
monotarefa
Monousuário e
multitarefa
Multiusuário e
multitarefa
Utilidades
Um usuário, uma tarefa.
Exemplo: CP/M e DOS
Base dos microcomputadores nas décadas de 70 e 80.
Um usuário, várias tarefas.
Exemplo: Windows 9x, Windows 2000 e XP Home Edition, MAC OS, OS/2.
Vários usuários, várias tarefas.
Exemplo: Unix, Linux, Windows NT, Windows 2000 Server e XP Professional,
MAC OS X Server.
Introdução à Informática
Pág.: 26
Forma de comunicação homem-máquina
Em relação à interface de comunicação entre o homem e o computador, podemos classificar os
sistemas operacionais em três grupos.
CLI - Command Line Interface (Interface através de Linhas de Comandos)
GUI - Graphical User Interface (Interface Gráfica para o Usuário)
HI - Humam Interface (Interface Humana)
Sistemas CLI
Os sistemas CLI permitem a comunicação através de linha de comandos, que correspondem a
ações a serem executadas pelo computador.
Linhas de comandos
Características:
Comunicação via teclado;
Comunicação na forma de texto;
Linhas de comandos contendo palavras chave que o sistema irá entender e executar,
originando uma ação a ser realizada pelo computador;
Voltados para o uso do especialista em informática;
Utilizados nas décadas de 70 e 80;
Exemplos: CP/M, MS DOS e UNIX.
Sistemas GUI
Sistemas GUI foram desenvolvidos com a finalidade de permitir comunicação gráfica com o
computador. Estes sistemas operacionais substituíram os CLI.
Introdução à Informática
Pág.: 27
Características:
Voltados para o usuário;
Comunicação através do mouse;
Comunicação gráfica;
Metáfora da mesa de trabalho eletrônica (desktop) constituída de objetos como ícones,
janelas, cortinas, caixas de diálogo, elevadores, botões de rádio, etc;
Utilizados comercialmente a partir da década de 90;
Exemplos: Windows e Mac OS X.
Sistemas HI
Sistemas HI são o futuro. Proporcionarão comunicação mais próxima da humana, como voz,
gestos, escrita, etc.
Características:
Comunicação escrita, falada e gestual;
Emprego de recursos GUI mais avançados, como ícones ativos, janelas tridimensionais,
agentes, etc.;
Processamento de conhecimento;
Exemplos são os sistemas de realidade virtual. Dispositivos especiais como capacete e luva de
dados proporcionam a comunicação com os computadores. Jogos e simuladores de vôo fazem uso
intensivo desta tecnologia, além da área médica.
Treinamento médico em realidade virtual
Outros exemplos são os PDA (assistentes digitais pessoais), que permitem a comunicação na
forma escrita.
iPAQ Pocket PC da Compaq (modelo de PDA)
Os sistemas GUI suportam dispositivos para interfaces humanas. Exemplo:
Dispositivos de simulação de veículos (carros de corrida, aviões, naves espaciais,
submarinos, etc.);
Dispositivos de realidade virtual (cintos, luvas de dados, capacetes e câmeras, roupas com
sensores, etc.);
Dispositivos para esporte (clubes de golf, luvas de baseball, etc.).
Introdução à Informática
Pág.: 28
9. As linguagens de programação
Linguagens naturais como o Português, Inglês e Espanhol, são utilizadas para a comunicação
humana. Já os computadores utilizam linguagens artificiais, chamadas de linguagens de
programação.
Um programa é um conjunto de procedimentos que diz ao computador exatamente o que deve
ser feito passo-a-passo. São escritos na forma de linguagens de programação para que possam ser
entendidos pelo computador.
Estas linguagens de programação são constituídas por verbos em inglês que representam
procedimentos. Que por suas vez são decodificados em ações para o computador através de um
Tradutor.
Tradutores são programas, que recebem procedimentos escritos pelo ser humano e os
transforma em ações binárias para o computador.
Conceito do programa Tradutor
A linguagem de programação se resume no tradutor, responsável pela tradução, interpretação
ou transcrição das informações para serem entendidas pelo computador. Sendo assim, o programa
escrito pelo homem é chamado de “Programa Fonte", que é entendido pelo ser humano. Depois de
traduzido ele é chamado de “Programa Objeto”, que é entendido somente pelo computador.
Programa Fonte x Programa Objeto
10. Software Aplicativo
Usuários utilizam computadores e softwares aplicativos para a realização de tarefas.
O sucesso dos microcomputadores se deve ao desenvolvimento destes softwares.
10.1 Áreas de utilização
Área Profissional
O mercado de trabalho tem sido cada vez mais exigente forçando os profissionais a conhecer os
principais aplicativos utilizados em suas áreas.
Saber utilizar a Internet é importante para a maioria dos profissionais. Secretárias, professores
ou advogados fazem uso intensivo de processadores de texto. Engenheiros precisam de programas de
CAD. Administradores em geral fazem uso de planilhas eletrônicas.
Área pessoal
O uso dos softwares aplicativos vem se disseminando, seja no controle financeiro,
entretenimento, auto-educação, ou no apoio ao desenvolvimento educacional dos filhos.
10.2 Tipos de softwares aplicativos
A seguir relacionamos os mais comuns para uso nas áreas profissional e pessoal.
Aplicativos Internet;
Aplicativos de produtividade pessoal;
Aplicativos gráficos para ilustrações;
Aplicativos para editoração eletrônica.
Introdução à Informática
Pág.: 29
Aplicativos Internet
Proporciona comunicação e acesso a Internet. Os aplicativos mais comuns são:
Navegador Web;
Correio eletrônico;
Aplicativos de comunicação e mensagens;
Aplicativos para desenvolvimento de páginas Web;
Navegador Web
Permite a visualização de páginas armazenadas e publicadas em servidores.
Os dois softwares mais utilizados no mercado são o Internet Explorer e o Mozilla Firefox.
Navegador Web (Internet Explorer da Microsoft)
Navegador Web (Mozilla Firefox)
Introdução à Informática
Pág.: 30
Correio eletrônico
Aplicativo utilizado para enviar e receber mensagens eletrônicas.
Correio eletrônico
Aplicativos para comunicação e mensagens
Permitem comunicação através de troca de mensagens em tempo real, reuniões eletrônicas e
bate papo. Ótimo para grupos virtuais.
MSN Software de comunicação instantânea
Skype – Software de bate -papo por voz na Internet
Existe um software muito famoso utilizado também para a comunicação instantânea, chama-se
ICQ (www.icq.com).
Aplicativos para desenvolvimento de páginas Web
Publicar na Internet não é mais privilégio de especialistas.
Exemplos: Microsoft FrontPage, Macromedia DreamWeaver e Adobe GoLive.
Introdução à Informática
Pág.: 31
Macromedia Dreamweaver MX
Aplicativos de produtividade pessoal
Concebidos na década de 80, popularizados na de 90.
Os aplicativos mais utilizados são:
Processadores de texto;
Planilhas eletrônicas e geradores de gráficos;
Softwares de apresentação;
Gerenciadores de banco de dados.
Comercializados como suítes, contendo um ou mais softwares.
Exemplos: Microsoft Office, Lotus SmartSuite e WordPerfect Office.
A suíte mais utilizada no mercado é o Microsoft Office. Constituída pelo Word (processador de
textos), Excel (planilha eletrônica e gerador de gráficos), PowerPoint (apresentação), Outlook
(gerenciador de informações pessoais) e Access (gerenciador de banco de dados).
Processadores de texto
Permitem digitação, edição e formatação de textos através do computador. Servem a diversos
propósitos como preparação de livros, manuais, revistas, relatórios, etc.
Exemplos: Microsoft Word e o WordPerfect da Corel.
Microsoft Word
Introdução à Informática
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Planilhas eletrônicas e geradores de gráficos
Utilizados para planejamentos financeiros, áreas financeiras e científicas. Geradores de gráficos
normalmente são integrados aos softwares de planilha.
Gráficos em Excel
Software de apresentação
Permite a produção de apresentações tanto para tela quanto para impressão em acetato e
gravação em slides.
Exemplos: PowerPoint, Lotus Freelance.
Microsoft PowerPoint
Gerenciadores de banco de dados
Permitem a organização das informações na forma de registros e arquivos.
Utilizados na área comercial para desenvolvimento de sistemas como controle de estoque,
contas a pagar e a receber, contabilidade, etc.
Exemplos: Microsoft Access, Microsoft SQL, Borland Paradox, Lotus Approach, Oracle e
SyBase.
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Microsoft Access
Aplicativos gráficos para ilustrações
O que seria de um livro ou de uma publicação na Internet sem ilustrações? A preparação e
tratamento de figuras, fotos, desenhos, artes gráficas e visuais em geral exigem o uso de softwares de
ilustração, tais como:
Programas de pintura;
Softwares de edição de imagens;
Softwares ilustradores.
Pintura
Desenhar a mão livre pelo computador. Tratar imagens ponto a ponto, pixel a pixel, bit a bit,
efetuar digitalização e retoque de imagens são algumas das funções desses aplicativos.
São utilizados em diversas áreas como editoração eletrônica, multimídia, desktop vídeo, etc.
Exemplos: Microsoft Paint, Freehand e Kid Pix.
Bitmaps
Edição de imagens
Os softwares de edição de imagens são programas de pintura com recursos especiais para o
tratamento de fotos.
Editores de imagem permitem tratamento eletrônico de fotos, controle de paleta de cores,
elementos de brilho e contraste, além de efeitos especiais.
Exemplos: Adobe Photoshop, Corel Photo-Paint, Paint Shop Pro e Macromedia Freehand.
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Adobe Photoshop
Ilustradores
São programas destinados ao tratamento de gráficos e imagens na forma vetorizada, descritos
matematicamente.
Servem principalmente ao trabalho de desenhos artísticos.
Exemplos: CorelDRAW e Adobe Illustrator.
Adobe Illustrator
Aplicativos de editoração eletrônica
Desenvolver artes-finais gráficas é a função dessa categoria de software.
Ferramenta indispensável para a produção de jornais, revistas e publicações em geral.
Exemplos: Adobe PageMaker, Adobe InDesign, Corel Ventura, Microsoft Publisher e
QuarkXPress.
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Adobe InDesign
Aplicativos gerais
Além dos grupos citados, existem diversos outros, tais como:
Softwares OCR;
Gerenciadores de informações pessoais;
Gerenciadores de projetos;
Autoria para multimídia;
Software de distribuição de documentos eletrônicos;
Software integrado;
Softwares para controle administrativo;
Softwares para CAD/CAM;
Controle financeiro;
Sistemas ERP;
Sistemas CRM;
Sistemas de gerenciamento de cursos on-line.
Softwares OCR
Reconhecimento óptico de caracteres.
Tecnologia que permite digitalizar informações impressas em papel e convertê-las para a forma
de arquivos de texto.
Esse processo evita a digitação ou transcrição de longos documentos para a tela.
Alguns desses softwares, se bem treinados, podem até entender a caligrafia humana.
Exemplos: OmniPage e PaperPort.
Software OCR em ação –OmniPage
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PIM (Personal Information Managers) - Gerenciadores de informações pessoais
PIM ou Gerenciadores de informações pessoais são softwares para controle de informações
pessoais, como agenda, compromissos, recados, artigos de revistas, etc.
Trazem também ambiente de correio eletrônico e aplicativos em geral para a Internet.
Exemplos: Lotus Organizer, Microsoft Outlook, ACT!, etc.
Outlook com a agenda aberta
Gerenciadores de projetos
Categoria de software destinada ao controle de projetos. Apropriados para planejamento e
execução de tarefas com planejamento de tempo.
Softwares de autoria para Multimídia
Permitem desenvolvimento e autoria de aplicações multimídia, que englobam o uso de dados,
som e imagem, com interferência dinâmica do usuário.
Exemplos: Toolbook, Authorware, Macromedia Director e Hyperstudio.
Macromedia Director
Alguns permitem geração de formato HTML para publicação na Internet.
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Software de distribuição de documentos eletrônicos
Usado pelas entidades de padronização, em todo o mundo, para distribuir e trocar de forma
segura e confiável de documentos eletrônicos, o Adobe Acrobat, tem sido adotado o formato PDF
(Portable Document Format) por governos e empresas para otimizar o gerenciamento de documentos,
aumentar a produtividade e reduzir a dependência em relação ao papel. Atualmente o Adobe PDF é o
formato padrão, seguro, para a solicitação eletrônica de aprovação de pedidos, arquivamento eletrônico
de processos nos tribunais federais, também usado em páginas de publicidade em jornais e revistas,
manuais de eletrônicos, editais de concursos, apostilas.
Como sua especificação de formato de arquivo é aberta, o PDF está disponível para qualquer
pessoa que queira desenvolver ferramentas para criar, exibir ou gerenciar documentos PDF.
Adobe Acrobat
Software integrado
Integram em um mesmo software os principais aplicativos de produtividade como o
processador de textos, planilha eletrônica, apresentação e banco de dados.
Não apresentam mesmos níveis de recursos que as suítes, mas podem ser eficientes em
pequenas aplicações.
Exemplos: Microsoft Works e Sun StarOffice.
Softwares para controles administrativos
Permitem o gerenciamento administrativo das empresas.
Exemplos: Folha de pagamento, contabilidade, controle de estoque, contas a pagar e a receber.
Softwares para CAD/CAM
Softwares para as áreas de engenharia e arquitetura. Desenhar e projetar com auxílio do
computador é sem dúvida uma das maiores evoluções nesse campo.
Exemplos: AutoCAD e EasyCAD.
Softwares de controle financeiro
São destinados a permitir controles financeiros como conta bancária, contas a pagar e receber,
fluxo de caixa, etc..
Exemplos: Intuit Quicken e Microsoft Money.
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Sistemas ERP (Enterprise Resource Manager)
Sistemas ERP são utilizados por grandes empresas que precisam de integração na administração e
gerenciamento de recursos empresariais.
Exemplos: SAP e People Soft.
Sistemas CRM (Customer Relantionship Management)
Sistemas CRM são utilizados para estabelecer e manter relacionamento com os clientes.
Conheça seu cliente, saiba os seus gostos, ajude-o a obter graus de satisfação.
Exemplos: Vantive, Adapt e People Soft.
Sistemas de gerenciamento de cursos on-line
Permite a criação, administração e gerenciamento de escolas e cursos on-line.
WebCT
Exemplos: WebCT, TopClass, Universite, BlackBoard e Sócrates.
Considerações finais sobre softwares aplicativos
Poderíamos relacionar dezenas de outros softwares aplicativos.
Todas as áreas de atividade humana contam com aplicativos desenvolvidos sob medida.
A escolha do software aplicativo depende da tarefa a ser realizada no computador.
3. Como e de quem são adquiridos os softwares
Os softwares, na maioria das vezes, são desenvolvidos por empresas independentes conhecidas
como casas de software, tais como Microsoft, Lotus, Macromedia, Adobe, Corel, Borland, etc.
Estas empresas surgiram pelo fato de seus fundadores terem concebido softwares inovadores
que as viabilizaram.
A maior delas, a Microsoft, foi fundada em 1976 por um garoto de 17 anos, Bill Gates, que
visualizava um futuro onde cada ser humano um dia teria o seu próprio microcomputador.
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4. Como são distribuídos e atualizados os softwares
Várias são as formas de distribuição e atualização de software. No entanto, duas delas têm sido
as mais comuns.
Formas
Observações
Distribuição através de CDs.
Comercializados através de lojas, bancas de revistas, revendas
de software, etc.
Distribuição através da Internet Usuário se conecta a Internet e realiza a cópia e instalação do
software.
As atualizações de software podem ser feitas pela cópia do arquivo da Internet ou pela compra
do produto distribuído em CDs. Geralmente quando compramos um software aplicativo, para edição
de imagens, de produtividade pessoal, desenvolvimento web, etc., após um período de tempo, mais ou
menos um ano, eles já têm uma nova versão com atualizações de erros, recursos e novos designs,
acompanhando o avanço de hardware, facilidades para o usuário e necessidades de mercado.
Os novos dos produtos sofrem alterações do tipo Office 97, Office 2003, e o mais pacote mais
novo é Office 2003. Acrobat 8.0 e a mais nova versão Acrobat 7.0. Internet Explorer 5.5 e Internet
Explorer 7.0. Messenger 6.2 e a mais nova versão Messenger 7.0, etc. Os antivírus são os programas
que mais se atualizam.
A empresa de softwares mais famosa do mundo introduziu uma série de novas funções no
sistema operacional, voltadas para reforçar a segurança do computador. Alguns recursos podem ser
percebidos facilmente pelo usuário. Como o bloqueio de pop-ups, impedindo o Internet Explorer a
abri-los, programas copiados da Internet ficam travados até que o usuário autorize, tem também um
firewall para impedir que usuários não autorizados acessem seu computador, e outros recursos ficam
na Central de Segurança onde podem ser acessados e configurados.
Central de Segurança
5. Classificação comercial do Software
Comercialmente, o Software pode ser classificado como:
Commercialware: são pagos. Atingem o mercado corporativo, profissional e pessoal.
Exemplos: Produtos da Microsoft, Oracle, SUN, Apple e Symantec, IBM.
Shareware: podem ou não ser pagos. Tem preço baixo. Você pode experimentar por um
período, se gostar pode ou não adquirir. Na maior parte dos casos a continuidade de uso
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exige a compra. Exemplos: WinZip e Paint Shop Pro.
Freeware: são gratuitos. Exemplos: Linux e seus aplicativos.
6. Classificação do software em relação ao código
Em relação ao código, o Software é classificado como:
Plataforma aberta
Plataforma fechada
O Software de plataforma aberta permite que o usuário (especializado) possa alterar o código
fonte ou mesmo o programa objeto, mudar a programação, enfim, realizar as alterações que julgarem
necessárias. O exemplo mais conhecido deste tipo de software é o sistema operacional Linux e seus
aplicativos.
O Software de plataforma fechada, não permite alterações em seu código. São proprietários.
Exemplos: Windows e MAC OS X.
A decisão de tornar um Software aberto ou fechado depende da empresa que o comercializa, e
de sua política na comercialização de seus produtos.
6.1 Linux, freeware e plataforma aberta
Historicamente, nenhuma empresa de Informática conseguiu se
“manter no topo” por mais de duas décadas. IBM, DEC, HP, subiram e
desceram.
Hoje a Microsoft está no topo. Não quer descer de lá nos próximos
50 anos, mudando a história, principalmente enquanto o microcomputador
for o centro das atenções.
Paranóia da Microsoft: “Em qualquer lugar do mundo pode nascer
um garoto que desenvolva um software que consiga derrubar a Microsoft”.
Para alguns, este “garoto” já nasceu. Linus Torvalds – filandês idealizador
do Linux.
Linus Torvalds
No início da década de 90, na Universidade de Helsinque, decidiu escrever o seu próprio
Sistema Operacional, pois segundo ele, não gostava do DOS. Batizou o programa de Linux, uma
junção de Linus e Unix.
Mas teve uma outra idéia. Colocou o programa na Internet e pediu ajuda para voluntários.
Surgiram mais de 100.000 pessoas interessadas em ajudá-lo.
Teve outra grande idéia. Decidiu que o sistema operacional seria gratuito. Surgiram centenas de
empresas querendo representá-lo. O Software seria de graça, mas a gente cobra o serviço.
Para irritar a Microsoft, descreveu dois cenários:
“No primeiro, daqui a quatro anos, Linux dominará as aplicações científicas e técnicas e se
tornará o sistema operacional preferido para servidores de Web e estações de trabalho. Pelas
suas vantagens de custo e performance, tornar-se-á o sistema padrão para computadores
desktop.”
“O segundo cenário é bem mais dramático. Com o número de usuários de Linux crescendo,
a Microsoft e outros desenvolvedores de software admitem a ascensão nesse mercado e
começam a escrever programas para ele. Logo a completa vantagem no preço e da
performance de Linux moveram o sistema para o mercado de desktops.”
Em quem você apostaria? Na toda poderosa Microsoft de Bill Gates, dona do mercado de
Sistemas Operacionais, ou no garoto finlandês, Linus, o inventor do Linux?
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7. Vírus
Muitas vezes ouvimos falar que o computador de alguém pegou um Vírus.
7.1 Mas o que é vírus de computador?
Vírus de computador é um software projetado e escrito para fazer alterações em seu
computador, sem permissão e sem que você saiba. Trata-se de um código de programa que invade um
de seus arquivos executáveis e se espalha para todos os outros.
O computador não cria vírus espontaneamente. O vírus pode causar danos aos programas que
altera, comprometendo a operação do sistema e seus arquivos armazenados em disco.
7.2 Contaminação
O vírus espalha-se pelo computador a partir do momento em que a máquina executa um
programa contaminado. Isso pode ocorrer por meio de download de programas, através do e-mail,
arquivos anexados ou mesmo através de disquetes infectados. Os vírus de computador podem ficar
escondidos dentro do computador por um determinado período, enquanto contaminam outros
programas e até mesmo outras máquinas. O momento de início da transmissão do vírus varia bastante,
pode ser uma data comemorativa, um comando ou uma situação específica, como a centésima
inicialização do computador.
7.3 Sintomas
Os sintomas são dos mais variados possíveis, podem ser o desaparecimento de arquivos,
travamento da máquina, lentidão na execução de programas, o carregamento desenfreado de páginas
da Internet, entre outros.
7.4 Prevenção
A melhor maneira é manter sempre atualizado seu programa antivírus. Esta atualização deve
ser no mínimo semanal. Mas vale lembrar que surgem a cada dia pelo menos dez novas versões e os
programas só são capazes de detectar os vírus já conhecidos.
Evite a utilização de disquetes sem antes verificar se o mesmo está infectado.
Cuidado com os arquivos que recebe por e-mail ou que faz download.
Tenha sempre uma cópia das informações mais importantes (backup), pois mesmo atualizados,
os antivírus não são garantia total de segurança.
7.5 Aquisição de anti-vírus
Você pode comprar o seu software em lojas ou pela Internet, nos sites de fabricantes.
Geralmente, estes programas conseguem atualizar-se automaticamente, basta você conectar-se à
Internet.
Sites: www.norton.com, www.mcafee.com
Se você não quiser comprar o programa, há softwares disponíveis gratuitamente na Internet. No
entanto, eles exigem maior atenção, pois você deve sempre fazer o download das atualizações.
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McAfee VirusScan 8.0 2004
Norton Antivírus 2005
8. Pirataria de Software
Algumas verdades que pouca gente sabe ao adquirir um microcomputador:
O custo do software é maior do que o do hardware;
A evolução do software e do hardware é medida em meses;
As leis de proteção de software são muito severas.
Podemos dizer que software é um bem, uma propriedade. Seu idealizador tem direitos sobre o
seu trabalho. Ao copiar um software você está infringindo leis.
As casas de software não realizam fiscalização de software. Passam esta tarefa para associações
especializadas.
BSA (Business Software Aliance) é uma associação mundial, da qual participam empresas
interessadas em evitar a pirataria de Software.
ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) é a responsável por esta fiscalização no
Brasil.
⇒Você sabia que anualmente são pirateados 11 bilhões de dólares em Software apenas pela Internet?
A Lei de Software no Brasil (Lei 9.6069 de 19 de fevereiro de 1998) prevê algumas
penalidades:
Reclusão de 6 meses a 2 anos ou multa por violar direitos autorais;
Reclusão de 1 a 4 anos ou multa por realizar reprodução.
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