TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM ENFERMAGEM DE
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TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM ENFERMAGEM DE
TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM ENFERMAGEM DE PEPLAU' A NALISE E EVOL UÇÃO Silvana Sidney Costa Santos 15 Maria Miriam Lima da Nóbrega 16 R E S U M O : Este é um est u d o d e s c ri t i v o a n a lítico o n d e pro c u ra-se a n a l i s a r a T e o ri a das Relações I n terpess o a i s em E nferm a g e m , de H i l d e g ard E. P e p l a u . s e g u i n d o o m o d e l o c o n c eitu a l d e a n á l i s e e e v o l u ç ã o proposto p o r T h i b o d e a u . Descreve os c o n c eitos d e pess o a , a m b i e n t e , s a u d e e e n f e rm a g e m , a ori g e m e a m e t o d o l o g i a u t i l i za d a p a ra a form a ç ã o d essa teori a , a l é m d a sua g e n era liza ç ã o , u t i l i d a d e , a c e i t a ç ã o e s i g n ific a d o d e n tro d a e nferm a g e m . Desta c a a i m p o rtâ n c i a p a ra a s u a a p l i c a ç ã o n a prá t i c a d o s e nferm eiros e m vista d e s e r o processo i n terpess o a l u m a eta p a p ri m ord i a l n a assistê n c i a d e enferm a g e m . U N I T E R M O S : Teoria d e enferm a g e m - R e l a ç ã o i n terpess o a l - Enferm a g e m . I NTRO D U ÇÃO Na década de 6 0 , com a evol u ção da abordagem científica na enfermagem , os enferm e i ros começaram a q uestionar os p ropósitos da p rofissão e o valor d a p rática de e nfermagem tradicional e de n atu reza i ntuiti v a . Seg u n d o Fawce tt ( 1 987) , estes q uestionamentos levara m os enferm e i ros a d iscuti re m e a escreverem sobre suas bases fi losóficas para a p rática , o u sej a , ao rem desenvolvimento das teorias de enferm a g e m e conseqüe nteme nte a identificação de elem entos com u n s q u e i n c l u i a natureza da enferm a g e m , o i n d i v í d u o como reci pie nte do cu idado, a sociedade e a m b iente e a s a ú d e . Contu d o , merece ser ressaltad o q u e , apesar do consenso e ntre estes elementos , as teorias de e nfermagem d iferem em seus ca m i n hos e especificidade na q u a l d efi ne seus conceito s . Para a uti l ização d a s teori a s de enfe rmagem , como nortead o ra d a p rática de e nferm a g e m , é i m p resci n d ível que o e nferm e i ro con heça o seu desenvolvime nto e i ntrojete o s con ceitos de acordo com as especificidades de cada teori a . 15 16 SS Professora Adjunto d o Depa rtamento d e E n fermagem d e Saúde Públ i ca e Psiquiat ria da U n i versidade Federal da Paraíba . Doeente do Mest rado de E nfermagem em Saúde Públ ica U FPB . Professora Adjunto do Depana mento de Ellfermagem de Saúde Públiea e Psiquiatria da Universidade Federal da Paraíba . Doeente do Mestrado de Enfermagem em Saúde Públiea UFPB. R. Bras. l�"n/erm . B rasíl ia. v . .t ') . n. I p . S S -ú4. jan./mar. 1 9% Para facil itar esta ta refa , vários e nfermeiros têm desenvolvido estudos para a n á l i s e , avaliação e crítica das teo ri a s , objetivando a com p ree nsão dos con ce itos e ao mesmo tem p o pos s i b i l ita ndo a sua uti l ização n a p ráti ca . no ens i no e n a pes q u i s a . Entre as várias p roposta s de modelos de a n a l i s e das teorias destaca m-se os trabalhos de Steven s , Meleis , C h i n n , Thi bodea u , e Wa l ker e Avant ( Cian cíarullo, 1 987) . Dentre as teorias de enfermagem exi stente s , a Teoria das Relações I nterpessoa i s em E nfermagem fo i p u b l icada em 1 952 no l i v ro I nterpersonal Relati o n s i n N u rs i n g , da Dr.a H i ldegard Elizabeth Pepl a u . o q u a l . segundo Ta vlor ( 1 990) . revolucionou , de m u itas form a s , o ensino e a p ratica da enfermagem p s i q u i átrica nos Estados U n idos. A partir de uma leitura pre l i m i n a r podemos con statar q u e nesta teoria Peplau enfoca o potencial terapêutico do relacionamento de pessoa-para-pessoa e mostra que, e m bora o enferm e i ro possa a d m i n i stra r medicamentos e auxiliar em outros trata mentos p s i q u i átricos , o p rincipal modo como ele i nfl uencia d i retame nte n o ate n d i m ento ao paciente é através do uso q u e faz de si mesmo e n q u a nto l i d a com um cl iente e m i nte rações i n d i v i d u a i s . Para lidar em i nterações i n d i v i d u a i s , a referi da autora apresentou as fases da re lação i nterpessoa l , os p a p é i s nas situações de e nfermagem e os métodos para o estudo da e nfermagem como um processo i nterpessoal com foco no desenvolvim ento das relações e ntre o paciente e o enfermeiro , os q u a i s têm como base o i nte racion i s m o , a fenomenolog i a , o existencial ismo fi losófico e o h u m a n i s m o . A p a rtir de sta constatação, associado ao fato de sermos e nferm e i ras p s i q u i átrica s , deci d i mos desenvolver este estudo objetivando a n a l i s a r a Teoria das R e lações I nterpessoais em Enfermagem de H i ldegard E. Pep l a u , a partir do modelo conceitual de análise e evolução de Thibodea u , visando a uti l ização desta a n á l i s e como s u porte/co nceituação teórica n o trabalho de d i s sertação da autora p ri nci pal do estu d o . A escol h a por este modelo de avaliação se deu em virtude do mesmo perm itir a avaliação por mais de u m a pessoa , com difere ntes perspectivas e com diferentes fi n s . M ETODOLOG IA Trata-se de u m estudo descritivo a n a l ítico , real izado a p a rtir do levantamento n a Rede de co m p utadores da B i b l i oteca da U F P B , n a B i b l i oteca da F E N SG/U P E , na Sala de Leitu ra do Mestrado de l i v ros e periódicos q u e conte m p l assem a Teoria das Rel ações I nterpessoa is de Pepl a u . A partir desta tentativa . foi fe ito u m a leitura seletiva do materi a l coletado de acordo com os objetivos p roposto s , fichamento em resumo · crítico-anal ítico dos textos selecionados para posterior leitura i nterpretativa dos conteúdos dos diferentes autores pesq u i sados e considerações dos pesq u i sadores sobre o fenômeno evidenciado e por fi m a a n á l i s e obedecendo as seg u i ntes eta pas do modelo de análise e evolução de Th ibodeau ( 1 988) : I - A n á l i se dos conceito s : pessoa , ambiente saúde e e nferm a g e m , e nfatiza ndo os objetivos da enfermagem e o p rocesso d e e nfe rmagem e a relação entre os q uatro conceitos p ri n ci p a i s . R. Hras. Fnferl1l . B rasí l i a . v. 4 '> , n . I p . 5 5 -64, j a n . /mar. 1 '> % 56 1 1 - I d entifica r a origem d o p ro b l e m a . 1 1 1 I d e ntifica r a metodologia para desenvolver o modelo atentando - para a con s i stência i nterna e a validação e m p í rica . I V - Verificar a g e n e ra l ização da teori a . V - Descrever a utilidade, a a ceitação e o s i g n ificad o d o modelo teórico para a e nfermagem . TEORIA D E P E P LAU E OS QUATRO CONCEITOS F U N DAM E N TAIS 1 . PESSOA Peplau defi n e a pessoa e m termos d e homem e este homem como u m org a n i s m o q u e "luta a seu modo para reduzir a tensão gerada pelas necessidades" . A autora uti l iza ainda a d efi n i ção d e paciente com o sendo o indivíduo q u e necessita d e cuidados d e s a ú d e , conside ra n d o o ser h u m a n o u m org a n i s m o vivo e m estado d e e q u i l íbrio i n stável q u e l uta p a ra ati n g i r u m estado de e q u i l í b rio perfeito , o que só ati n g i rá pela morte ( George, 1 993) . 2. A M B I E N TE Para Tom e v ( 1 989) , o a m b iente e stá i m p l icita m ente defi n i d o q u a n d o Peplau afi rma q u e " h á forças fora do organismo e no contexto da cultura que influem no paciente ", mas a teori sta não se refere , d i reta m e nte , a sociedade/a m b i e nte ; e l a n a verdade esti m u l a o p rofissional d e e nfermagem a levar em conta a cultura e os costu mes do paciente . Acred itamos q u e a escassa p e rcepção d e Peplau acerca d a sociedade/a m b i e nte con stitu i u m a das principais l i m itações da s u a teori a . 3. SAÚ DE c-# .wm./�, l/nl'là�a 1,IU'K�{HO.t r,�iati.pa, é d�/lida /'louim�nlo AtuRarlo.t como udiank, r?/R· rV//l.fúuti.pa, r�w. .. tuR r/a /la pYKfu.úêlu.. .�/lo �K!uótáa� IH��V//l alir./ar..k� r/�, dl:U'{!iLo pr{t.wuÍ e E! ama '1L«� outW.t uida rV//RaniIáUa. " (George, 1 993). 4. ENF ERMAGE M Peplau ( 1 988) considera a enfermagem u m a a rte tera p êutica e u m processo i nterpessoal , onde cada indivíduo é visto como u m s e r bio-psico sócio-es p i ritua l , dotado de cre n ças , costu m e s , usos e modos de vida voltados Para a a utora , a para d eterm i n a d a cultura e a m b i e nte diversifica d o . enfermagem é u m a rel ação h u m a n a entre u m indivíduo q u e está doente o u 57 R. Bras. Enferm . B rasília. v. 49. n. I p. 5 5 -64. jan./mar. 1 996 necessitado de s e rviços de saúde e u m e nfermeiro p reparado p a ra reco n h ecer e para responder às n ecessidades de ajuda do paciente . Segundo Stefanelli ( 1 987) , Peplau considera como elementos básicos ou variávei s , nas situações de e nferm a g e m , a s necessidades humanas básica s , a frustração, o confl ito e a a n s iedade, q u e devem ser tratados, no relacion a m e nto e nferm e i ra-paciente de modo a favorecer o cresci m e nto , ou Peplau enca ra a sej a , o desenvolvimento saudável da personalidade. Enfermagem com o u m a "força de amadurecimento e um instrumento educativo " (G E O R G E , 1 993) , u m a vez q u e à medida que o enferm e i ro assiste o paciente uti lizando a relação i nterpessoal como p rincipal ferra menta , cresce, con h ecendo-se mel hor, e aj uda o paciente a crescer tam b é m . 5 - COM PARAÇÃO ENTRE OS QUATRO CONCEITOS Comparando a relação entre os q uatro conceitos a p resentados, verifica-se que todos se adeq u a m à visão do fi nal da década de 40 e do i n ício d a década de 50, q u a ndo o livro de Peplau foi pu blicado , ou sej a , não havia a i n d a u m a a m pla i nfl uência a m biental sobre o i n d i v í d u o , pois se foca lizava mais as tarefas p sicológ icas individuais do ser necessitado de aj u d a , cuj a aj uda e ra encontrada n u m hospita l . Observa-se, então , q u e os q uatro conceitos da Teoria das Relações I nterpessoais de Peplau baseiam-se n a s teorias desenvolvimenta i s , dos conceitos de adaptação à vida e das reações aos conflitos das relações i nterpessoais. 6 - OUTROS CONCEITOS DA TEORIA Os outros conceitos d a teoria de Peplau i n cl u e m cresci m e nto , desenvolvimento , com u n icação e papel . Para Boniean ( 1 987) , a com u n icação é um p rocesso de solução de problema usado pelo enferm e i ro n a relação com o cl iente . E ste p rocesso é cOlaborativo, no q u a l o enferm e i ro pode assumir m u itos papeis para aj udar o cl iente no atendimento de suas necessidades e desta forma colaborando com o seu crescimento e desenvolvimento . Para atender a assistência de enfermagem, Peplau desenvolveu u m a série de passos q u e seguem determ i nado padrão terapêutico e e m cujo centro está a relação do enfe rm e i ro com o paciente , a q u a l é flexível , está baseada nos p ri ncipios científicos e a q u i s ição de papéis. Estes passos são: ( 1 ) orientaçã o , ( 2 ) identificação, ( 3 ) exploração e (4) solução, os q u a i s s u p e rpõem-se e i nterrelacionam-se à medida q u e o p rocesso evo l u i na d i reção de u m a solução ( George, 1 993 ) . A fase de orientação é o i n ício d a rela ç ão i nterpessoal , e ocorre q uando o paciente/fa m í l i a percebe a necessidade de aj uda. Tanto o enferm e i ro q u a nto o paciente trazem suas bagagens a nteriores (cultu ra , valores , idéias p ré concebidas, etc. ) , q u e devem ser levadas em consideração; a m bos têm papel igualmente i m portante na interação i nterpessoa l . Existe nesta fase todo o aspecto educativo d a relação. R . Bras. Enferm . B rasília. v. 49. n. 1 p. 55-64. jan /mar . 1 996 . 58 N a fase de identificação o paciente reage seletivam ente no e nferm e i ro ; a m bos p recisam esclarecer as percepções e expectativas m ú tu a s . N o final desta fase o paciente começa a lidar com o p roblema, o q u e diminui a sensação de i m potência e desespera nça do e nferm e i ro , criando u m a atitude de oti m i s m o . N a fase de exploração o paciente começa a sentir-se p a rte i nteg ra nte do ambiente provedor de cuidados e pode necessita r "demais" do e nferm e i ro como u m a forma de "conseguir a ten ção" . É i m po rtante para o enferm e i ro saber u s a r os p ri ncípios p a ra técn icas de e ntrevi sta . O p�ciente poderá a p resentar u m confl ito entre dependência-independênci a . O enferm e i ro preci sa oferece r u m a atmosfera sem ameaças e uti l izar adequadamente a i nterpretando e aceita ndo escuta n d o , esclarecendo, com u n i caçã o : correta mente ; assim o enferm e i ro aj u d a o paciente na exploração de todos os cam i n hos da saúde. A fase de solução é a últi m a do p rocesso i nterpessoal . P re s u me-se q u e as necessidades do paciente já foram satisfeitas através dos esforços cooperativos do enfermeiro e do paciente . Ocorre a dissolução do elo da relação terapêutica . N a execução destas fases são a s s u m idos d iferentes papéis p rofissionais , os q u a i s podem ser descritos da seg u i nte m a n e i ra : P rofessor - aquele q u e parti lha con hecimentos a respeito de u m a necessidade o u i nteresse; Rec u rso aquele que oferece i nformações específica s , necessári a s , que auxi l i a m n a com p reensão d e u m problema ou situação, de determ i n adas habil idades e atitudes, auxi l i a outra pessoa no reconheci mento , e nfrentamento , aceitação e - solução de p roblemas q u e i nterfere m e m s u a capacidade d e viver feliz e eficiente m e nte; Líder - aquele q u e executa o p rocesso de i n ício e m a n utenção das metas do g ru p o , através da interação; Espe c i a l i sta Téc n i c o a q u e l e q u e providencia cu idados físicos , exi bindo h a b i l idades cl ínica s e q u e a p resenta a - ca pacidade de uti lizar e q u i p a me ntos nessa tarefa ; e S u bstituto aquele q u e a s s u m e o l u g a r do outro ( George, 1 993) . Peplau d escreve a i n d a q uatro experiências psicobiológica s : nece ssidades, frustração, conflito e ansiedade. Estas experiências proporcionam e n e rg i a que é transformada e m a l g u m a forma de a ção. Peplau não util iza con ceitos - teóricos de e nfermagem para identificar e explicar estas experiências q u e compelem respostas destrutivas ou con strutivas p rovenientes do enferm e i ro e do paciente . Este entendimento providencia u m a base p a ra formação de objetivo e i ntervenções de e nfermagem ( Tomey, 1 989) . 59 R . Bras. Enferm . Brasília. v. 49. n. I p. 5 5 -64. jan./mar. 1 996 C o m p a ração d o P rocesso de E nfermagem e as Fases da Teoria de Pep l a u Fonte : G EO R G E , 1 993 Observamos que há uma sign ificativa relação entre a s fases do trabalho teórico de Peplau e o q u e precon iza o processo de enfermagem , pois há u m conti n u u m e m a m bos q u e enfatizam as seqüências lóg icas d a i nteração terapêutica , onde são i ncl u ídas como ferramentas básicas à observação, com u n icação e reg istros utilizados pelo enfermeiro no desenvolver de suas ações ( George, 1 993) . ORIGEM DA TEORIA I NTERPESSOAL DE PEPLAU R. Bras. E/�rerm . B rasília. v. 49. n. I p. 55-64. jan./mar. 1 996 60 Peplau usou con hecimento e m p restado d a ciência com portamenta l i sta e do q u e possa ser chamado de modelo psicológico ( Tomev, 1 989) . A com posição conceitual dos relacionamentos i nterpessoais procu ra desenvolver as h a b i l idades do e nfe rm e i ro usando a orientação através dos eventos de s i g n ificância psicológica , senti mentos e comportam entos d o paciente. A teoria i nterpessoal de H a rry Stack S u l l i va m ; a teoria da psicod i n â m ica d e S i g m u n d Fre u d ; a teori a de Abra h a m Maslow d a motivação h u m a n a ; o trabalho d e Neal Elgar M i l l e r voltado para a teoria d a personalidade, meca ni s mos d e aj u ste , psicotera p i a e princípios do aprend izado soci a l são a l g u n s dos m u itos recursos que Peplau usou no desenvolvimento da sua com posição conceitua l (TO M EY, 1 989) . Peplau estava com p rometida em i n corpora r con hecime ntos Ja estabelecidos dentro da com posição conceitua l d e l a , para assim desenvolver u m a teoria baseada no modelo de enferm a g e m , o que conseg u i u com sua Teoria d a s R e lações I nterpesso a i s . C u m p re destaca r a i m portâ ncia d o referencial das teorias i nterpessoais para a enfermagem ao se col ocar como uma tentativa de m u d ança de um olhar cl ín ico , mera m e nte , para u m olhar com p reensivo, da enferm e i ra d i rigido ao paciente (AG U IA R , 1 995) . M ETODOLOGIA DA TEORIA DAS RELAÇÕES I N TERPESSOAIS (9 pYx!<{�.V� U:WHÍO //U�kHÍo , �-pIUD paUL c:Jh-'/u?-ULtàw.L('/âe.� L/uttdiurÁ L/U/iu�IaDUWÚ�. po� � L/u/t.Lí!ão t?- ( 'On flULi� a I.LHI- tipo d("� (? u("V/nú�oef,uwIoJ /.7aUL anz. ("?-.,IaÓ<!/e��idai y�tupionu//len·1o no gt�/u�UL/iz,áPe.';� O.t ("fi? 6UV//l k�liD«"/IIo.� (Torne y, 7 989) un�Y/o IV/m ,Y}y.Haa. .tefnitau�.� .!/l� (vnl.7é'&à��.� .fÜO e.//I/.7é'&ef!a.� ko�i-a á " /.7 UJp(�Ylionu/n LUn (!u/n/H� dt� ob v�u{��.� ("Ío.� rt.aai� upena� e'!/i�Yn �?m· �?/n j(!'& d("-!'&Ülud("/.� e. IV.W/ÍO.t /.7�. " o upe!flufV/uDII!n1o do huócúno prifi-,ue'oncú (Torne y, 7 989). (9, ('O/u�J�:k�t .V��leOnu/./o.t quP . l}'}YXUD IV.ta .tào orgU/I;�Lo.t ("Ú...,,!w ("ú' LUn ("V//n/.70/l(�"ú?- maio�, /óynundo re/6Ulef7/lome/"lIoJ qlLe .tilO lo/e(Y�.t ("' (��/n/xe.loJ. &., re/u.ceo/lU//U"/IIo.t ("Íe.v�W-PE?m ('Om/.70�Ia/n(?/lIo.t qL«? t'X'O�?m /Ia iflk�UL{!ÜO (v!/"àYnl?e:UL (V/n(��ilo.' ("/("� /.7U�let:vlú{' Percebe-se a i n d a q u e , a l é m do m étodo i n d utivo , Peplau utilizou também con hecim entos m a i s a m p l o s , de o utras ciênci a s , d a í poder-se afi rma r que o 61 R. Bras. Enferm . Brasília. v. 49. n. I p . 55-64. jan./mar. 1 996 método q u e melhor responde pela Teoria das Relações I nterpessoais é o método h ipotético-dedutivo. UTILIDADE, ACEITAÇÃO E S I G N I F I CADO DA TEORIA DAS RELAÇÕES I N TERPESSOAIS Peplau trouxe u m a nova perspectiv a , u m novo m étodo , · u m a fu n d a mentação teorica m ente baseada para a p rática de enfermagem no trabalho tera pêutico com pacientes ( Tomey, 1 989) . O trabalho de Peplau é responsável por uma seg u n d a m u d a nça de ordem na cu ltu ra da enfermagem , pois "possibilitou a compreensão de que o cuidado en volve contato, rela ção e intera çã o" (Aguiar, 1 995) . As críticas ao modelo i n d i ca m a falta de desenvolvimento dos s i stemas soci a i s que poderiam ampliar o conhecimento base para se entender o problema do paciente . Apesar de Peplau ter usado as teorias i nterpessoal e i ntrapessoal de S u l l ivan e Freud como base teórica para o seu modelo. não levou em consideração os i nterrelacionamentos entre homem e sociedade ( Tomey, 1 98 9) . A teoria de Peplau é m u ito aceita em enfermagem p s i q u i átrica , saúde mental e e nfermagem clín i ca , ta nto ao n ivel de ensino, da pesquisa e com menor intensidade na prática . A teoria de Peplau pode ser considerada precis a , poré m há necessidade de ser mais uti l izada a fim de que este g ra u de p recisão a u mente . Q u a nto ao s i g n ificado, Peplau é u m a das p ri m e i ra s teoristas desde N ig htingale a a p resentar uma teoria para enfermagem . Por isso o trabalho dela pode ser considerado como pioneiro dando á enfermagem u m m étodo sign ificativo d a prática do autod i recionamento n u m a época em q u e a medicina domina o campo do cuidado á saúde. CONSIDERAÇÕES F I NAIS Embora o l ivro de Peplau ten h a sido p u b l i cado na década de 5 0 , q uatro décadas atrá s , constatamos q u e os conceitos da teoria conti n u a m dando d i reção p a ra a prática da enfermagem , para a educação e a pesq u i s a . Este fato se expl i ca por ter sido esta teoria desenvolvida co base na rea l i d a d e , o q u e tem favorecido a relação existente entre a teoria e os dados e m p í ri cos , os q u a i s perm item a validação e verificação da teoria por outros cientista s . A Teoria de P e p l a u lida c o m relacionamentos do processo i nterpessoal enfe rm e i ro - paciente e experiências psicobiológicas . Cada u m desses relacionamentos é então desenvolvido dentro da teori a , de uma forma compreen síve l . Daí a teoria ser descrita como uma j u n ção de a lto g ra u de s i m p l ici d a d e . A teoria de Peplau é adaptável apenas na e nfermagem · em loca i s onde possa haver a com u n i cação entre o paciente e o enferm e i ro . O seu uso é l i m itado no trabalho com pacientes inconsciente s , recém-nascidos e a l g u n s pacientes idosos. Portanto , nesta teoria a q u alidade da genera l i d ade não é encontra d a . Desta forma podemos concl u i r q u e o trabalho d e Peplau R. Bras. Enferm . Brasília. v. 49, n. I p. 5 5 -64. jan./mar. 1 9 96 62 tem fornecido u m a contrib u i ção s i g n ificante p a ra a base de con h e ci m entos da enfe rmagem . A BST R A C T : T h is is a b i b l i o g ra p h ic s t u d y w h ere t h e a u t h ors tri e d to a n a lyse the i n terpers o n a l re l a ti o n s h i ps of n u rs i n g from H i l d e g ard E. Peplau fo l l owi n g t h e c o n c e p t u a l p a ttern o f a n a lysis a n d e v o l u ti o n proposed by Thibodea u . It d e s cribes the c o n c e pts of p e rs o n . e n v i ro m e n t . h e a l t h a n d n u rs i n g ; t h e s o u rc e a n d p ro c e d u res u s e d to t h i s t h e o ry form a t i o n ; a n d its g e n era lizati o n . u s e . a c c e p t a n c e a n d s i g n ifi c a n c e for n u rs i n g . i m porta n c e of its a p p l i c a ti o n in n u rs i n g p ra c ti c e It s h ows t h e beca use the i n terpers o n a l proc ess is a pri m a ry sta g e i n n ursi n g assista n c e . K E Y W O R D : T h e o ry ; I n terpers o n a l R e l a ti o n s h i p - N u rsi n g . REFERÊNCIAS B I BLIOGRÁFICAS 1 . AG U IA R , N . G. G. Re visando a lite ra tura como forma de repensar a prá tica da enfermeira no campo da p siquia tria. a p resentado ao 47° Congresso B rasileiro de Enfermagem , Goiã n i a , 1 99 5 , 1 8 p . ( M i m eo) . 2 . B O N I EA N , L. Personality theories a n d m e ntal health . I n : COOK, J . S . , F O N TAI N E , K. L. Essen tials of m e n tal health nursing. C a l ifórn i a : Addison-Wesley Company, 1 98 7 . P . 94 3 . C IA N C IA R U LLO, T. W. Teoria d a s N ecessidades H u ma n a s Básica s - u m m a rco i n delével n a enfermagem b ra s i l e i ra . R e v. Esc. Enf USP. S ã o Paulo, v . 2 1 , n . Especi a l , p . 1 00- 1 07 , 1 98 7 . 4 . FAWC ETT, J . A nalysis a n d e valua tion o f concep tual m odels o f nursing. P h i l a d e l p h i a : F . A . Dav i s , 1 987. p . 34-54 5 . G E O R G E , J. B. Teorias de enfermagem, a base p ara a p rática da p rofissão. 63 Porto Alegre : Artes Médica s , 49-62 , 1 99 3 . R. Bras. Enferm . Brasília. v. 49. n. 1 p. 5 5 -64. jan . /mar. 1 996 6 . 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