DESENVOLVIMENTO DE ROBÔ MÓVEL HOLONÔMICO PARA
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DESENVOLVIMENTO DE ROBÔ MÓVEL HOLONÔMICO PARA
DESENVOLVIMENTO DE ROBÔ MÓVEL HOLONÔMICO PARA TRANSPORTE E EMPILHAMENTO DE CARGAS EM PLATAFORMA LEGO NXT ERICK PFEIFER Laboratório da Automação e Controle, Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle, Universidade de São Paulo Av. Prof. Luciano Gualberto, trav. 3, n. 158, São Paulo – SP, 05508-900 E-mail: [email protected] ALONSO DE A. SIMÕES1 DANILLO S. FARIAS2 LEANDRO RIEDNER3 Núcleo de Robótica, Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Católica Dom Bosco Av. Tamandaré, 600, Jd. Seminário, Campo Grande, MS, 79117-900 E-mails: [email protected], [email protected], 3 [email protected] Abstract This text describes the implementation of an autonomous robot capable of tracking, manipulating and storing payloads of a simulated seaport working environment. In order to achieve this capability, is utilized expansive reconfigurable robotics kits with some actuators and sensors from expansion kits. The tracking of objects is made by color sensors, while the robot’s positioning is achieved by using internal encoders provided with the traction motors, the payload manipulation realized with a mechanic clamping system. Keywords Autonomous robotics, seaport environment, reconfigurable robotics. Resumo Este texto descreve a implementação de um robô autônomo capaz de rastrear, manipular e armazenar cargas simulando trabalho de apoio portuário. Para tanto, é utilizado robótica reconfigurável em conjunto com kits expansivos de atuadores e sensores. O rastreamento dos objetos é feito por meio de sensoriamento de cores, enquanto o posicionamento é feito por meio de encoders acoplados aos motores de tração e a manipulação das cargas e realizada por meio de um sistema de pinça mecânica. Palavras-chave Robótica autônoma, ambiente portuário, robótica reconfigurável. 1 Introdução Em décadas passadas, robôs eram apresentados somente por ficção científica ou pela imaginação humana. No início dos anos 60 os primeiros robôs foram construídos com o intuito de substituir tarefas de risco à vida humana, ou em casos de extremo esforço físico ou trabalhos repetitivos (Pasos, 2002). Nos dias de hoje, os robôs estão ganhando seu espaço e se tornaram uma realidade muito próxima das pessoas. Robôs móveis autônomos podem ser usados em diferenciadas aplicações, como: mapeamento de resíduos tóxicos e pontos de risco (Hayes, 2002), aplicações aeroespaciais para exploração em ambientes hostis (Ambrose,1995), inspeção remota em ambientes industriais para detecção de altas temperaturas e radiação (Monkman, 1993), detecção de bombas em zonas de conflito e limpeza de reatores nucleares (Wagner, 1999). O desenvolvimento de um robô móvel autônomo não é uma simples tarefa porque envolve muito conhecimento em engenharia, principalmente nas áreas de mecânica, eletrônica, instrumentação, controle e automação (Rosário, 2005). A geração do trajeto e o desenvolvimento do controle estratégico para o robô executar uma seqüencia de operações especifica é muito complexa (Pedrosa, 2002). Este texto apresenta os aspectos da construção de um robô autônomo omnidirecional a partir de kits de robótica e periféricos de auxílio visando participação na categoria Livre da VII Competição IEEE Brasileira de Robôs e do VIII LARC (Latin American Robiotics Contest). Este robô é desenvolvido no âmbito da Universidade Católica Dom Bosco - UCDB como Projeto de Pesquisa intitulado “Robótica competitiva: desenvolvimento de tecnologias para competições de robôs móveis” e apoiado pelo CNPq/UCDB. Também serão abordados aspectos relacionados à programação, estratégia e composição mecânica do robô. 2 O desafio portuário O desafio proposto propõe a construção de um robô para detecção, transporte e empilhamento de cargas, abordando o problema de manejo de containeres no porto da cidade de Valparaiso localizada no Chile. Figura 1. Representação do problema portuário (Ilustração Virtual). Na Figura 1 ilustra-se a arena na qual será realizada a tarefa proposta. O robô deve iniciar em uma área especificada, devendo deslocar-se até a área dos containeres limitada por linhas verdes onde recolherá um container e o levará para eu devido local de armazenamento. Os containeres verdes devem ser depositados na área verde, e os azuis na área azul. Já os containeres vermelhos devem ser depositados em áreas especificas o que requer do robô precisão no depósito das cargas. Para completar a tarefa proposta com rapidez e eficiência são utilizadas estratégias que buscam simplificar e reduzir movimentos e operações sem perder precisão e coerência. 3 Configurações Mecânicas e Eletrônicas Construir robôs utilizando kits de robótica com estruturação mecânica reconfigurável é vantajoso, qualquer readaptação de projeto pode ser realizada em pouco tempo melhorando o aproveitamento do robô em caso de possíveis imprevistos. Tecnologias aplicadas à robótica didática propiciaram a utilização de kits de LEGO NXT (Lego) em tarefas que requerem maior aptidão do sistema de sensoriamento e dos atuadores do protótipo. 3.1 Sistema de locomoção holonômico A arquitetura na forma de barras utilizando peças do kit de robótica NXT facilitou a construção de um robô simétrico e leve, Figura 2. Os motores utilizados possuem precisão e bom torque para os requisitos do sistema. A respeito de sua utilização pode-se destacar o sistema de locomoção holonômico obtido por rotação dos eixos de tração. Dois servomotores sincronizados alteram a orientação do eixo de tração possibilitando ao robô deslocar-se em qualquer direção sem modificar sua orientação. Uma roda de apoio equilibra o sistema. Os dois motores utilizados para tração são provenientes do kit Lego, possuindo torque de 15 N.cm. Os servomotores, modelo HS-311 (Hitech), possuem Figura 2. Robô desenvolvido para o problema portuário. velocidade angular de 0,15/60 s/deg que proporciona elevada velocidade de reposicionamento, fator importante para a estratégia adotada. 3.2 Sistemas eletrônicos O padrão de comunicação I2C (Inter-Intergrated Circuit) utilizado pelo módulo NXT para receber atualizações dos sensores, possibilitou o interfaceamento com o controlador dos servomotores viabilizando a criação do robô e seus sistemas eletrônicos. Estes sistemas podem ser divididos basicamente em sensoriamento, inteligência e atuação. O sistema eletrônico de sensoriamento, similarmente ao sistema dos atuadores, também se contrasta entre si conforme os tipos de sensores, sendo eles: • Sensores de toque: são utilizados para estabelecer limites de movimento; • Encoders de quadratura: de suma importância para a navegação do robô, tendo função de odômetria. São utilizados os encoders pré-instalados aos motores de tração dos kits de Lego; • Sensor de luz: responsável pela identificação do tipo de container bem como os limites das áreas de carga e descarga. Os circuitos eletrônicos de “inteligência” utilizam a plataforma de processamento e inteligência reprogramável NXT da LEGO (com um processador Atmel 32-bit) para controlar e monitorar os sensores e atuadores de forma continua em pipeline. 4 Considerações finais Para a construção de um protótipo devem-se avaliar alguns fatores importantes: criar a estrutura mecânica (usinar peça a peça) é o ideal quando se tem muito tempo e recursos financeiros para investir no projeto gerando possibilidades ilimitadas de movimento, no entanto, a possibilidade de utilizar robótica reconfigurável permite readaptações de projeto com muita facilidade e alta reposição de peças, o que é ideal para casos de campeonatos que podem ocorrer em cidades desprovidas de recursos para substituir eventuais peças danificadas. É importante ressaltar o quanto as competições e desafios de robótica incentivam a pesquisa e desenvolvimento, fomentando as pesquisas de forma muito positiva e contribuindo com a formação de engenheiros, graças aos aprimoramentos dos conceitos multidisciplinares, incluindo mecânica geral, ciência dos materiais, eletrônica analógica e digital, microcontroladores, controle e servomecanismos, lógica e programação adquiridos com os projetos, bem como o uso de várias ferramentas como AutoCAD, 3DStudio, SolidWorks e simuladores eletrônicos (Multisim, PSPice). Referências Bibliográficas Pasos, F. (2002). Automação de Sistemas & Robótica. Axcel Books do Brasil Editora Ltda. Hayes, A. T., Martinoli, A., Goodman, R. M. (2002). Distributed Odor Source Localization. IEEE Sensor Journal, Vol. II, No. 3. Ambrose, R., Askew, R. S. (1995). An Experimental Investigation of Actuators for Space Robots. IEEE Internarional Conference on Robotics and Automation, pp. 2625 – 2630. Monkman G. L., Taylor R. 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