Mineralizações de Tungsténio em Portugal

Transcrição

Mineralizações de Tungsténio em Portugal
MINERALIZAÇÕES
DE TUNGSTÉNIO
EM PORTUGAL
O CASO DA JAZIDA DE
SÃO PEDRO DAS ÁGUIAS
(TABUAÇO)
TUNGSTEN IN PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
Cautionary Statement Disclaimer
This document has been prepared by Colt Resources Inc. (the “Company”) solely for presentation on November 28th, 2013, at the “III Jornadas APG: O potencial
geológico nacional: solução para o enriquecimento de Portugal”, Lisbon. This document does not constitute an offering document. This document is the sole
responsibility of the Company. Information contained herein does not purport to be complete and is subject to certain qualifications and assumptions and should not be
relied upon for the purpose of making an investment in the Company’s securities or entering into any transaction in relation therewith. The information and opinions
contained in this document are provided as at the date hereof and are subject to change without notice and, in furnishing this document, the Company does not
undertake or agree to any obligation to provide recipients with access to any additional information or to update or correct the document. No securities commission or
similar regulatory authority has passed on the merits of any securities referred to in this document, nor has it reviewed this document.
Forward Looking Information
Certain of the information contained in this presentation may contain “forward-looking information”. Forward-looking information and statements may include, among
others, statements regarding the future plans, costs, objectives or performance of the Company, or the assumptions underlying any of the foregoing. In this presentation,
words such as “may”, “would”, “could”, “will”, “likely”, “believe”, “expect”, “anticipate”, “intend”, “plan”, “estimate” and similar words and the negative form thereof are used
to identify forward-looking statements. Forward-looking statements should not be read as guarantees of future performance or results, and will not necessarily be
accurate indications of whether, or the times at or by which, such future performance will be achieved. Forward-looking statements and information are based on
information available at the time and/or management’s good-faith belief with respect to future events and are subject to known or unknown risks, uncertainties,
assumptions and other unpredictable factors, many of which are beyond the Company’s control. These risks, uncertainties and assumptions include, but are not limited
to, those described under “Risk Factors” in the Company’s revised annual information form dated February 8, 2013 available on SEDAR at www.sedar.com and could
cause actual events or results to differ materially from those projected in any forward-looking statements. The Company does not intend, nor does the Company
undertake any obligation, to update or revise any forward-looking information or statements contained in this presentation to reflect subsequent information, events or
circumstances or otherwise, except if required by applicable laws.
National Instrument 43-101
Technical and scientific information contained in this document relating to the Company’s projects in Portugal is derived from the following National Instrument 43-101
Standards of Disclosure for Mineral Projects (“NI 43-101”) compliant technical reports: “A Preliminary Economic Assessment on the Tabuaço Tungsten Project” dated
October 1, 2013, “A Preliminary Economic Assessment on the Boa Fe Gold Project, Portugal”, dated May 7, 2013, the “NI 43-101 Technical Report, Boa Fé/Montemor
Gold Project”, dated March 4th, 2013, the “Tabuaco Tungsten Project, Portugal. NI 43-101 Technical Report”, dated November 15th, 2012, the “NI 43-101 Technical
Report Boa Fé/Montemor Gold Project Alentejo Region of Southern Portugal” dated August 16th, 2012, the “NI 43-101 Technical Report Boa Fé/Montemor Gold Project
Alentejo Region of Southern Portugal” dated December 21, 2011, the “NI 43-101 Technical Report on Exploration, Montemor Gold Project, Alentejo Region of Southern
Portugal” dated March 4, 2011, the “Technical Report (NI 43-101) on the Armamar Meda Concession, Northern Portugal” dated September 6, 2010 and the “Technical
Report (NI 43-101) on the Penedono Gold Concession, Northern Portugal” dated August 27, 2010 (collectively, the “Technical Reports”). The Company has filed the
Technical Reports under its profile on SEDAR at www.sedar.com.
Technical Advisor
SRK Consulting (U.S.) Inc. has been awarded a broad mandate to provide overall technical assistance to the Company in Portugal and will be producing several NI 43101 compliant reports as projects progress (see: January 18, 2011 press release). Gareth O’Donovan CEng MSc BA (Hons) FIMMM FGS - SRK Exploration Services
Ltd. is the independent qualified person, as defined in NI 43-101, for the Company’s projects in Portugal.
1
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
TUNGSTÉNIO – AS PROPRIEDADES QUE O TORNAM UM METAL ESPECIAL

Nº Atómico – 74

Peso atómico – 183,84

O ponto de fusão muito alto de todos os metais – 3422ºC

Densidade muito elevada – 19,25 (comparável com Au=19,30, U=19,05)

Elevada dureza – 7,5 na escala de Mohs

A resistência tênsil mais elevada de todos os metais

O mais baixo coeficiente de expansão térmica de todos os metais

Alta resistência à corrosão química (oxigénio, ácidos, bases)

Reciclagem muito difícil (~10%)

Sem substitutos nas suas aplicações
2
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
TUNGSTÉNIO – VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA
APLICAÇÕES
O MERCADO DE TUNGSTÉNIO

A China tem quase dois terços das reservas mundiais e é
responsável por 84% da produção mundial. Nos anos
recentes passou de exportador a importador, o que
aumentou as cotações do metal.

Existem muito poucas minas no Ocidente, a maioria
das quais com contratos de fornecimento, ou pertencendo
a indústrias consumidoras do metal.

Há necessidade de aumentar a produção no Ocidente,
cujas minas estão em vias de exaustão de reservas.

A dimensão global do mercado é restrita.

Metal estratégico para as tecnologias do futuro.
RESERVAS MUNDIAIS
Equipamento
Minas e Construção
Ferramentas
Energia
Energia elétrica
Ligas
PRODUÇÃO MUNDIAL
3
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
Cotações do tungsténio próximas dos valores mais altos de sempre
Tungsten APT European, $ per mtu
Fonte: Bloomberg
• APT (“Ammonium paratungstate”) produto intermédio obtido quimicamente dos concentrados, a forma normal de
comercialização, e que se utiliza para o fabrico do produtos finais (tungsténio metal, ferro-tungsténio, carboneto de
tungsténio);
• O preço acima é de APT por MTU (“metric tonne unit”), que equivale a 10kg de WO 3 contido – equivalente a 7,93 kg de
tungsténio (W) contido;
• Em Junho de 2010 a União Europeia declarou o tungsténio como “matéria-prima crítica para a UE”, motivo principal da
subida de preço mostrada no gráfico, e que aconteceu naquele ano, estabelecendo um novo patamar de valor.
4
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
PORTUGAL – UM PAÍS RICO EM TUNGSTÉNIO
Ocorrem em Portugal os
dois principais minerais
de tungsténio:
a Scheelite – Ca WO4 ; e
a Volframite – (Fe,Mn) WO4
ZONA CENTRO-IBÉRICA E
ZONA GALIZA–TRÁS-OS-MONTES
COM GRANDE ABUNDÂNCIA DE
MINERALIZAÇÕES DE W±Sn,
ASSOCIADAS AOS
GRANITÓIDES VARISCOS
ATÉ MEADOS DA DÉCADA DE 1980
PORTUGAL TINHA VÁRIAS MINAS
DE TUNGSTÉNIO EM LABORAÇÃO.
HOJE APENAS RESTA A PANASQUEIRA
5
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
JAZIDAS E OCORRÊNCIAS DE TUNGSTÉNIO
NAS ÁREAS DE PROSPECÇÃO DA COLT NO
NORTE DO PAÍS (DISTRITOS DE VISEU E GUARDA)
Trabalhos Realizados pela COLT nas
Áreas de Prospecção e Pesquisa de
Penedono, Armamar-Mêda, MoimentaAlmendra e Cedovim, entre 2007 e 2013
Enquadramento Geológico:
• Complexo Xisto-Grauváquico, Grupo do Douro, a NE
• Granitóides Variscos do antiforma Armamar-Penedono-Escalhão a SW
• Prolongamento SE da zona de cizalhamento semi-dúctil Vigo-Braga-Amarante
• Desligamentos esquerdos da Falha de Vilariça, e falhas associadas
• Metamorfismo regional de grau baixo
• Metamorfismo de contacto e metasomatismo importantes
Mineralizações
W – tipo skarn
(scheelite)
W-Sn – tipo filoneano
(volframite ± scheelite + cassiterite)
Au(±W) – tipo filão/greisen
(arsenopirite + ouro ± volframite)
6
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
ACTUAL CONCESSÃO MINEIRA EXPERIMENTAL DE TABUAÇO
Concessão com área de 45,128km2
estendendo-se pelos concelhos de
Tabuaço e S. João da Pesqueira
(distrito de Viseu);
parte da antiga
Área de Prospecção e Pesquisa de
Armamar-Mêda (436,81km2)
7
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
HISTORIAL DO PROJECTO TUNGSTÍFERO DE TABUAÇO
1977-1979
1980-1982
‒ Descoberta de Skarns com Scheelite na Região de Tabuaço, por Geólogos da
Universidade de Coimbra e do Serviço de Fomento Mineiro
‒ Consórcio SPE–BRGM: Prospecção e Pesquisa dos Skarns da Região de Tabuaço;
campanha de sondagens em S. Pedro das Águias (6 furos, 544 metros)
1983
‒ Interrupção dos Trabalhos do Consórcio SPE–BRGM, em virtude de impasse nas
negociações com o proprietário da Quinta de São Pedro das Águias
1985
‒ Crise mundial do tungsténio, originada por largas exportações pela China, e que
levou ao encerramento de várias minas de tungsténio em Portugal e no Mundo
1985-2007
‒ Manutenção das condições adversas no mercado internacional de tungsténio
obstam a que os jazigos de Tabuaço mereçam a atenção do sector empresarial
Dez. 2007
‒ COLT assina Contrato de Prospecção e Pesquisa de “Armamar–Mêda”, cuja área
(436,81km2) inclui a região tungstífera de Tabuaço
Jul. 2008
‒ COLT inicia trabalhos de prospecção e amostragem de superfície na área dos
jazigos tungstíferos de Tabuaço; confirmação de teores e espessuras favoráveis
Dez. 2009
‒ COLT inicia a pesquisa do jazigo de São Pedro das Águias através da execução
de sondagens carotadas
Mai. 2010
‒ COLT conclui a sua 1ª campanha de sondagens no jazigo de São Pedro das
Águias (9 furos, 766 metros); resultados confirmam potencial mineiro
Jul. 2010
‒ Concluído Diagnóstico Ambiental e Patrimonial, confirmando que o projecto
mineiro de Tabuaço é “licenciável”
Nov. 2010
‒ COLT inicia a sua 2ª campanha de sondagens carotadas em Tabuaço, a qual se
viria a prolongar ininterruptamente até Janeiro de 2013
8
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
HISTÓRICO DO PROJECTO TUNGSTÍFERO DE TABUAÇO
Ago. 2011
‒ COLT adquire a Quinta do Convento de São Pedro das Águias, onde se localiza
o jazigo com o mesmo nome
Nov. 2011
‒ COLT publica primeira estimativa de recursos mineiros de Tabuaço (jazigo de S.
Pedro das Águias), em conformidade com a norma canadiana NI 43-101
Fev. 2012
‒ Descoberta do jazigo da Aveleira através de sondagem posicionada com base
em anomalia geoquímica
Mar. 2012
‒ Iniciados ensaios metalúrgicos (no Canadá, na Alemanha e na China) sobre
amostras de minério do jazigo de S. Pedro das Águias
Ago. 2012
‒ COLT entrega à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a Proposta de Definição
do Âmbito (PDA) do projecto de Tabuaço
Out. 2012
‒ COLT actualiza estimativa de recursos mineiros de Tabuaço (jazigos de S. Pedro
das Águias e Aveleira), em conformidade com a norma NI 43-101
Out. 2012
‒ Recebido da APA parecer positivo da Comissão de Avaliação do PDA, onde se
salientam os aspectos a que o EIA deverá observar.
Jan. 2013
‒ Concluída a 2ª campanha de sondagens; até à data realizadas pela COLT 82 furos de
pesquisa (9760m), 8 furos metalúrgicos (736m), 2 furos geotécnicos (154m)
Fev. 2013
‒ COLT assina o Contrato da Concessão Mineira Experimental de Tabuaço;
Investimento total na prospecção e pesquisa totalizou cerca de € 4 milhões
Mar. 2013
‒ Início da recolha de informações e realização de estudos para a elaboração do EIA
do projecto mineiro de Tabuaço
Set. 2013
‒ COLT divulga o relatório de Preliminary Economic Analysis (PEA) do Projecto
Mineiro de Tabuaço, elaborado pela firma de consultoria mineira SRK (UK)
9
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
MÉTODOS CONDUCENTES À DESCOBERTA DE MINERALIZAÇÃO DE TUNGSTÉNIO DA REGIÃO DE TABUAÇO
• A descoberta inicial de skarns e rochas calcosilicatadas aflorantes na região de Tabuaço, em meados da
década de 1970, teve lugar durante a execução de trabalhos de cartografia geológica realizados no vale
do Douro. A amostragem dessas unidades indicou conteúdos de scheelite de interesse económico.
Subsequentemente foram aplicados, para a prospecção de novas ocorrências de skarns scheelíticos na
região, com algum sucesso, os seguintes métodos:
• Prospecção geológica (diurna) e prospecção com Mineralight (noturna); acompanhadas de recolha de
amostragem de rochas para observação sob luz UV (Mineralight) assim como para análise química;
• Levantamentos de sedimentos fluviais, compreendendo recolha de amostragem geoquímica (análise de
W, Sn, e demais elementos), assim como mineralométrica (contagem de pontos de scheelite, cassiterite,
etc., nos concentrados obtidos por bateia);
• Levantamentos geoquímicos de solos, com análise multielementar das amostras (W e elementos
indicadores dos skarns, tais como Ca, Ti, Sr, Mg, Mn);
• Muito ocasionalmente foram abertas trincheiras, para exposição do “bedrock”, sua caracterização e
amostragem – metodologia muito limitada na região, como resultado da topografia acentuada, com muros e
patamares artificiais, e da necessidade de se evitarem estragos nas vinhas;
• Finalmente procedeu-se à realização de sondagens carotadas, primeiramente para confirmação da
mineralização em profundidade, seguida da sua delineação e avaliação.
Os métodos utilizados permitiram a descoberta de skarns scheelíticos aflorantes ou sub-aflorantes,
localizados a pouca profundidade sob aterros e terraços das vinhas (caso particular da geoquímica de solos e
da prospecção com Mineralight).
Não foi identificado, até à data, nenhum método eficaz para a detecção a maior profundidade de
semelhantes mineralizações. Sendo que a aplicação dos métodos geofísicos normalmente utilizados na
prospecção encontra limitações no facto do tipo de mineralização em causa proporcionar fraca ou nula
resposta; assim como pela dificuldade de executar tais levantamentos em zonas de vinhedos em socalcos.
10
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO DA MINERALIZAÇÃO DE TUNGSTÉNIO DA REGIÃO DE TABUAÇO
 ESTRATIGRAFIA: FORMAÇÃO DE BATEIRAS, A MAIS INFERIOR DO
COMPLEXO XISTO-GRAUVÁQUICO, GRUPO DO DOURO
 ANTICLINAL DO TÁVORA, COM A UNIDADE BASAL DA FM. DE
BATEIRAS (XISTOS NEGROS GRAFITOSOS) NO NÚCLEO
 NÍVEIS DE CARBONATOS, SKARNS E CALCOSILICATADAS
LOCALIZADOS EM AMBOS FLANCOS DO ANTICLINAL (AMBAS
MARGENS DO RIO TÁVORA), ESTRATIGRAFICAMENTE POUCO
ACIMA DOS XISTOS NEGROS BASAIS
 GRANDE PROXIMIDADE DO GRANITO DE ARMAMAR-TABUAÇO
COMPLEXO XISTOGRAUVÁQUICO DO DOURO
INTRUSÃO GRANÍTICA DE
ARMAMAR-TABUAÇO
Mapa geológico esquemático,
adaptado de Alves (1982)
LOCAIS DE OCORRÊNCIA DE SKARNS
MINERALIZADOS COM SCHEELITE:
1. Quinta das Herédias
2. Qta. de S. Pedro das Águias
3. Quinta da Aveleira
4. Quintã
5. Azenha Velha
6. Quinta do Paço
11
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
VISTA PANORÂMICA DA ÁREA DO PROJECTO DE TUNGSTÉNIO DE TABUAÇO, OLHANDO PARA W
Afloramento de Skarn
Área de Recursos de
Mineralizado em Scheelite
Tungsténio Delineados
Base:Composição Fotográfica de A.F.Faria, 2008
12
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
GEOLOGIA LOCAL DOS JAZIGOS DE TUNGSTÉNIO DE TABUAÇO
Das várias ocorrências de skarns scheelíticos da zona de Tabuaço, têm maior potencial económico
as que se localizam no flanco SW do anticlinal do Távora (margem esquerda do rio Távora), com
particular destaque para os jazigos de São Pedro das Águias e Aveleira.
A geologia local desta zona é caracterizada por:
• Dois níveis de skarn ricamente mineralizados em scheelite (Skarn Principal e Skarn Inferior),
separados entre si, assim como dos xistos negros basais, por xistos micáceos, pelíticos a psamíticos;
• Ocorrência localmente de um nível de carbonatos (calcoxistos), acima do Skarn Principal, e dele
igualmente separado por xistos micáceos; por vezes contém alguma mineralização de scheelite;
• Quer os níveis de skarn quer o de carbonatos apresentam espessuras geralmente métricas, por vezes
excedendo 20m, e de modo geral pendores suaves (~20º) para SW;
• Muito grande proximidade em relação ao maciço granítico de Armamar-Tabuaço, na sua fácies marginal
leucocrática (albítica-moscovítica);
• Sequência metasedimentar (incl. skarns e carbonatos) prolongando-se para debaixo do maciço granítico;
• Frequente ocorrência de apófises aplíticas (soleiras), de espessura frequentemente métrica, intrusivas
nos skarns e xistos encaixantes;
• Falhas tardias, de orientação NE-SW a ENE-WSW, NNW-SSE, e mais raramente WNW-ESE, por vezes
originando significativos rejeitos verticais e/ou laterais.
13
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
GEOLOGIA LOCAL DOS
JAZIGOS DE TUNGSTÉNIO
DA REGIÃO DE TABUAÇO
(MARGEM ESQUERDA DO
RIO TÁVORA)
14
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
SKARNS DOS JAZIGOS DE TABUAÇO
A mineralogia dos skarns de Tabuaço é constituída
por combinações dos seguintes minerais:
plagioclase sódica, feldspato-K, vesuvianite, epídoto,
zoisite/clinozoisite, diópsido, granada (grossulária),
hornblenda, tremolite-actinolite, quartzo, sericite,
calcite , fluorite, apatite, scheelite.
Skarn “tipo-M”, mais frequente no
Nível de Skarn Principal (superior);
mais grosseiro e maciço,
maioritariamente constituído de
plagioclase albítica e vesuvianite;
geralmente mais rico em scheelite
Skarn “tipo-L”, mais frequente no
Nível de Skarn Inferior;
mais fino e bandado, constituído
principalmente de feldspato-K,
epídotos, vesuvianite e diópsido;
geralmente mais pobre em scheelite
15
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
TRABALHOS DE PROSPECÇÃO E PESQUISA REALIZADOS EM TABUAÇO
Na prospecção, pesquisa e avaliação dos jazigos scheelíticos de Tabuaço, foram realizados os
seguintes trabalhos de campo, laboratório ou gabinete:
 Reconhecimento geológico de superfície, cartografia geológica de detalhe;
 Prospecção geoquímica e mineralométrica, de sedimentos de linhas de água;
 Prospecção com “Mineralight” e perfis de prospecção geoquímica de solos;
 Estudos de geologia estrutural;
 Amostragem da mineralização aflorante (amostras tipo “grab”, “chip” e “channel”);
 Campanhas de sondagens carotadas: 82 furos de pesquisa e avaliação (9760m), 8 furos para
amostragem para ensaios mineralúrgicos (736m), e 2 furos geotécnicos (154m);
 Estudo de alternativas para localização das infraestruturas industriais (escolha do Passafrio);
 Estudos mineralógicos e ensaios mineralúrgicos;
 Modelação 3-D e estimação de recursos (segunda a norma canadiana NI 43-101);
 Estudos conceituais de engenharia de minas, e planeamento de infraestruturas mineiras;
 Diagnóstico sócio-ambiental e patrimonial da área envolvente do projecto;
 Estudos ambientais de definição do âmbito (PDA);
 Análise económica preliminar (PEA).
16
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
LEVANTAMENTO GEOQUÍMICO E MINERALOMÉTRICO DE
SEDIMENTOS DE LINHAS DE ÁGUA NA REGIÃO DE TABUAÇO
Anomalias mineralométricas
de scheelite e cassiterite nas linhas
de água afluentes de ambas
as margens do rio Távora
(neste caso, dados do Consórcio SPE–BRGM)
17
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
PROSPECÇÃO COM MINERALIGHT E
PERFIS DE GEOQUÍMICA DE SOLOS NA
MARGEM ESQUERDA DO RIO TÁVORA
Métodos utilizados para a detecção
de mineralização sub-aflorante,
escondida pelos patamares artificiais
das vinhas
18
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
AMOSTRAGEM DE AFLORAMENTOS
DE SKARNS SCHEELÍTICOS NA
MARGEM ESQUERDA DO RIO TÁVORA
Skarn Inferior, S. Pedro das Águias
Skarn Principal, S. Pedro das Águias
Skarn Principal,
Herédias
Skarn Inferior, Herédias
19
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
PLANTA DO JAZIGO DE SÃO PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
20
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
EXECUÇÃO DE SONDAGENS CAROTADAS NO
JAZIGO DE S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
21
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
SECÇÃO TRANSVERSAL DO JAZIGO DE SÃO PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
MACIÇO GRANÍTICO
DE ARMAMAR-TABUAÇO
METASSEDIMENTOS DO
GRUPO DO DOURO
22
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
CAROTAGEM MINERALIZADA
DO SKARN PRINCIPAL DO JAZIGO
DE SÃO PEDRO DAS ÁGUIAS
(TABUAÇO)
SOB LUZ NATURAL →
SOB LUZ UV CURTA →
23
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
JAZIGO DA AVELEIRA
DESCOBERTO EM FEV. 2012
POR SONDAGEM POSICIONADA
COM BASE EM ANOMALIA
GEOQUÍMICA NOS SOLOS
(W, Ca, Ti, Sr, Mg, Mn)
24
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
PLANTA DO JAZIGO DA AVELEIRA (TABUAÇO)
25
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
EXECUÇÃO DE SONDAGENS CAROTADAS
NO JAZIGO DA AVELEIRA (TABUAÇO)
26
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
SECÇÃO LONGITUDINAL DO JAZIGO DA AVELEIRA (TABUAÇO)
METASSEDIMENTOS DO
GRUPO DO DOURO
METASSEDIMENTOS DO
GRUPO DO DOURO
27
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
CAROTAGEM MINERALIZADA
DO SKARN PRINCIPAL DO JAZIGO
DA AVELEIRA (TABUAÇO)
SOB LUZ NATURAL →
SOB LUZ UV CURTA →
28
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
SELECÇÃO DE INTERSECÇÕES DE SONDAGEM DOS JAZIGOS DE TABUAÇO
Furo
Inclinação
Azimute
Desde
(m)
Até
(m)
Intervalo
(m)
Espessura
Real (m)
(média pond.)
WO3%
Jazigo de São Pedro das Águias
DHT-01B
-90º
000
19,15
37,95
18,80
17,67
0,71
DHT-02
-90º
000
52,60
66,20
13,60
12,78
0,99
DHT-08
-90º
000
42,40
54,40
12,00
11,28
0,60
DHT-09
-45º
210
93,60
115,20
21,60
19,40
0,54
DHT-12
-90º
000
58,35
68,00
9,65
9,07
1,33
DHT-13
-50º
030
92,80
100,45
7,65
7,13
1,11
DHT-14
-90º
000
77,30
85,65
8,35
7,84
1,29
DHT-15
-60º
055
108,35
122,55
14,20
13,95
0,89
DHT-25
-65º
210
53,78
64,62
10,84
10,75
0,95
DHT-26
-90º
000
14,10
27,50
13,40
12,59
0,76
DHT-31
-60º
126
147,75
154,75
7,00
5,88
0,74
DHT-33
-50º
330
18,20
24,40
6,20
4,11
0,84
DHT-51
-90º
000
60,35
66,35
6,00
5,64
0,99
Jazigo da Aveleira
DHT-49
-90º
000
24,40
30,35
6,05
5,69
1,25
DHT-70
-90º
000
67,00
78,00
11,00
10,34
0,88
29
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
MODELAÇÃO TRIDIMENSIONAL DO JAZIGO DE SÃO PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
Modelo de
Blocos 3D
Modelo de
Sólido 3D
30
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS DOS JAZIGOS DE TUNGSTÉNIO DE TABUAÇO
Os jazigos scheelíticos de São Pedro das Águias e da Aveleira (Tabuaço) patenteiam um número de
características que os tornam particularmente atractivos do ponto de vista mineiro:
 Corpos mineralizados (skarns) bastante espessos (normalmente entre 5m e 20m), prolongando-se
por algumas centenas de metros de extensão, e com inclinação suave;
 Sequência metasedimentar, skarns incluídos, continua para debaixo do maciço granítico,
encontrando-se os jazigos ainda em aberto;
 Minério de boa qualidade, constituído essencialmente por silicatos, praticamente sem sulfuretos
e metais pesados (contaminantes);
 Alto conteúdo de scheelite, i.e. teores médios de WO3 de modo geral relativamente elevados;
 Scheelite de elevado grau de pureza, sem molibdénio (penalizante);
 Ensaios mineralúrgicos realizados indicam a possibilidade de obter concentrados de WO3 de alto
teor (70%) mediante a aplicação de uma combinação de métodos gravíticos e flutuação;
 Possibilidade de recuperação de fluorite como um subproduto de valor comercial significativo .
Para além disso, afigura-se como provável a descoberta de novos jazigos de skarn scheelítico no
“gap” entre São Pedro das Águias e Aveleira, assim como para noroeste da Aveleira.
31
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
ESTADO ACTUAL DE
DELINEAÇÃO DOS JAZIGOS
TUNGSTÍFEROS DE TABUAÇO
QUADRO ACTUAL DE RECURSOS DE TABUAÇO
(JAZIGOS DE S. PEDRO DAS ÁGUIAS E AVELEIRA)
Categoria de
Recursos
toneladas
de
minério
teor
(%WO3)
metal
contido
(MTU WO3)
Indicados
1.495.000
0,55
815.000
Inferidos
1.230.000
0,59
720.000
Total
2.725.000
0,56
1.535.000
( 71% dos recursos em S. Pedro das Águias,
29% na Aveleira )
32
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
PROJECTO MINEIRO DE TABUAÇO – INFORMAÇÃO TÉCNICA
Mina subterrânea
•
•
Produção ROM – 375 x 103 ton/ano, com um teor médio de 0,47 % de WO3
Produção de concentrado de scheelite, com teor de 70% de WO3
Método de lavra subterrânea
• Drift & Fill
• Recuo com enchimento (back filling)
Planta de concentração
São consideradas as seguintes operações para a planta de concentração :
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Britagem primária
Britagem secundária
Moagem e pré-concentração em jigas
Deslamagem e adensamento
Pré-concentração em mesas
Concentração em jigas
Concentração em mesas vibratórias
Flutuação
Separação magnética
Previsão início da produção
•
2016 - 2017
33
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
PROJECTO MINEIRO DE TABUAÇO
Modelo Tridimensional dos Trabalhos Mineiros Subterrâneos
Projectados para os Jazigos de S. Pedro das Águias e Aveleira
JAZIGO DA AVELEIRA
Adega
Convento
JAZIGO DE
S.PEDRO DAS ÁGUIAS
34
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
PROJECTO MINEIRO DE TABUAÇO
Planta de Concentração (Fluxograma Simplificado)
35
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
PROJECTO MINEIRO DE TABUAÇO
Principais alternativas estudadas para a localização das infraestruturas mineiras
Optou-se pelo local do Passafrio, por razões relacionadas com distância,
acessibilidade, meio ambiente, topografia favorável, minimização de impactos
paisagísticos ou nos aquíferos, e ainda facilidade de acordo com os proprietários
36
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
PROJECTO MINEIRO DE TABUAÇO
Implantação dos Trabalhos Mineiros Subterrâneos de S. Pedro das Águias e Aveleira,
e das Infraestruturas Mineiras do Passafrio
Barragem de
Segurança
Barragem de
Rejeitados
Depósito de
Estéril
37
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
PROJECTO MINEIRO DE TABUAÇO
Análise Económica Preliminar (Setembro de 2013)
Economic Model Summary
Units
Results
Production
Ore Processed
Recovered Metal
(kt)
(MTU WO3)
3,557
1,387.239
Financial
Revenue
(USDm)
496.2
Operating Costs
(USDm)
(244.6)
Operating Profit
(USDm)
246.6
Net Profit
(USDm)
196
Capital Expenditure
(USDm)
(86.8)
Cashflow
(USDm)
109.2
(USDm)
67.4
(%)
30.7
(USD/tore)
70.17
(USD/MTU WO3)
201.20
Post-Tax Reporting
NPV @ 5%
IRR
Cash Cost
Cash Cost
38
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
PROJECTO MINEIRO DE TABUAÇO – ASPECTOS SÓCIO-ECONÓMICOS
MONTANTE DE INVESTIMENTOS : € 84 MILHÕES (APROX.)
(NÃO INCLUI GASTOS DE PROSPECÇÃO E PESQUISA, NEM OUTROS GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS OU COM A AQUISIÇÃO DE TERRENOS)
CRIAÇÃO DE EMPREGOS NA ÁREA DO PROJECTO: 119 EMPREGOS DIRETOS
(MAIS CERCA DE 600 EMPREGOS INDIRETOS; CERCA DE 1200 EMPREGOS NA FASE DE CONSTRUÇÃO)
INFLUÊNCIA POSITIVA NA ECONOMIA E NA SUSTENTABILIDADE DO TECIDO EMPRESARIAL
LOCAL E REGIONAL
DINAMIZAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO, COM A MANUTENÇÃO E CRIAÇÃO DE
EMPREGO PARA PESSOAL ESPECIALIZADO
ACTIVAÇÃO DAS RELAÇÕES COMERCIAIS, A MONTANTE E A JUSANTE, COM OUTRAS
ACTIVIDADES ECONÓMICAS
CONTRIBUIÇÃO SIGNIFICATIVA NA COLECTA DE IMPOSTOS, QUER A NÍVEL NACIONAL QUER
MUNICIPAL
MANUTENÇÃO DA PAISAGEM E DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO (CONVENTO DE SÃO
PEDRO DAS ÁGUIAS, ETC.)
39
TUNGSTÉNIO EM PORTUGAL – S. PEDRO DAS ÁGUIAS (TABUAÇO)
POSSÍVEIS SINERGIAS: JAZIGOS DE MINERALOGIA SEMELHANTE, RELATIVAMENTE PRÓXIMOS
TAROUCA E, ESPECIALMENTE, ARMAMAR, TÊM MINÉRIOS SCHEELÍTICOS DE COMPOSIÇÃO MUITO SEMELHANTE AO DE TABUAÇO,
DONDE SE ADMITE QUE POSSAM, COM GRANDE PROBABILIDADE, VIR A SER PROCESSADOS NA MESMA LAVARIA
O FABRICO DO APT OU DOS PRODUTOS FINAIS EXIGE “ESCALA DE PRODUÇÃO”, DIFICILMENTE ATINGIDA POR UM SÓ PROJECTO.
ENTÃO, PARA SE VIABILIZAR UMA FÁBRICA DE APT EM PORTUGAL, SERIA NECESSÁRIO CONSIDERAR JUNTAR A PRODUÇÃO DE
CONCENTRADOS DESTES TRÊS JAZIGOS NUMA SÓ FÁBRICA DE APT.
Base: Cartogr.Geol.1:500.000 do LNEG
40

Documentos relacionados