Agrocentro recebe o 1º Leilão Mangalarga da Feicorte

Transcrição

Agrocentro recebe o 1º Leilão Mangalarga da Feicorte
Conselho Editorial
SE VOCE ACREDITAR NOS SEUS
SONHOS ELES VÃO ACONTECER !
Adriane Passos
É isso! Chegamos à 10º edição da
revista Horse´s Life com muitas mudanças, transformações, ajustes e
adequações e a revista que hoje você
leitor tem em suas mãos temos a certeza que é de muita qualidade, cheia
de informações do mundo do cavalo.
Uma revista com qualidade editorial e arte final sempre foi um sonho
para nós que fazemos este produto. Hoje temos a alegria de ver a
revista Horse´s Life se consolidando no mercado, encontrando seu
espaço através de sua missão: informar e alegrar aqueles que vivem
e gostam de cavalos.
Nesta edição, um tema que se repete é a importância do profissionalismo, da busca constante do conhecimento, do aperfeiçoamento
contínuo. Profissionais dos mais diversos segmentos, e também de
diversos países, mencionam a importância de “saber montar”, de se
conhecer cavalos. Um evento internacional sobre a melhora da qualidade do plantel de hipismo; uma mesa redonda com profissionais
da administração de estabelecimentos equestres; como reconhecer
se o seu cavalo está sendo ferrado por profissional qualificado – tudo
isso e mais está nas páginas desta edição. Não deixem também de
conferir a interessante entrevista com Roberto Souza Lima, agrônomo, economista, e um estudioso da indústria do cavalo no Brasil. Ou,
do nosso “equibusiness”, como está começando a ser chamado. Lembrem, vocês leram primeiro nas páginas da Horse’s Life.
Aproveitem a leitura e acreditem nos seus sonhos...nós aqui da redação sabemos que todos eles valem a pena!!!
Abraços a todos, até a próxima Horse’s Life,
Adriane Passos
Endereço:
Rua Treze de Maio, 133
sala 12 - Cep 13270-020
Centro - Valinhos - SP
Fone: 19 3929-8808
[email protected]
www.revistahorseslife.com.br
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HORSE’S LIFE
Palavra do editor
CAVALOS ENSINAM
Caros amigos,
Vejam que bonito texto, de autoria de Rodrigo Dilly, jovem estudante de medicina veterinária:
Se o profissional do cavalo ama cavalos, seu trabalho é muito mais
que apenas trabalho. Ele faz porque AMA fazer, sente os animais, vê
o cavalo como um ser que tem alma, espírito, sentimento.
Os cavalos nos ensinam a perdoar, nos ensinam a amar o próximo, nos ensinam a conviver em grupo, nos ensinam a pedir desculpas. Eles nos ensinam a ter vigor, nos ensinam a vencer, nos ensinam a usar a força na hora certa, nos ensinam a ter sabedoria,
nos ensinam tantas e tantas coisas – e por isso são seres que temos que sentir. Temos que nos
ligar a eles para que possamos entendê-los, pois não somos nós que temos que lhes ensinar.
Eles é quem são nossos professores: eles já sabem correr, já sabem trotar, já sabem andar. Mas
nós, com nossas ignorâncias, não entendemos nada e achamos que é só subir em cima deles e
bater e colocar eles pra galopar...
Quem ama cavalos de verdade precisa ser um eterno aprendiz, procurar a cada dia entender
mais e mais deles e sobre eles, sabendo que são os detalhes que fazem a diferença.
Os cavalos são inigualáveis.
Além de bonita e vinda do fundo do coração, achei esta declaração muito interessante, pois ela
reúne “amor e conhecimento”. Amar cavalos é apenas pré-requisito, estímulo para aprender
sobre eles – mas não é solução por si só. Honrar um cavalo com os cuidados, a técnica, o manejo, o respeito que ele merece são a realização objetiva do nosso sentimento subjetivo, “amor
por cavalos”. Para que ele se torne real, os cavalos precisam se sentir amados – e, talvez, algum
dia, se formos muito merecedores, eles nos amem de volta.
Esta edição da Horse’s Life gira em torno do conhecimento, do aprendizado, da aquisição da
técnica, e de como tudo isso pode resultar na melhor prova de amor que podemos prestar a
nossos cavalos: tratá-lo com dignidade, com respeito pela sua verdadeira natureza. Só assim
eles poderão dar o melhor de si a nós – a força de seus corpos, a generosidade de suas almas,
a entrega de seus corações.
Abraços, boa leitura,
Claudia
“O amor de uma pessoa pelos cavalos nasce com ela;
O amor de um cavalo pelas pessoas precisa ser conquistado.”
(CSL)
EXPEDIENTE
Arte Comercial Editora Gráfica
Conselho Editorial - Adriane Passos MTB 33783 • Diretora Executiva - Carmencita Camargo Simone • Editora
Técnica - Claudia Leschonski • Repórter - Susi Freitas • Editor de Arte - Raphael Simone Neto • Designer Gráfico
- Felipe Camargo Simone, Ocilas Teixeira • Fotógrafos - Adilson Silva, Álvaro Maya, Cornélio Jr, Dagmar Betz ,
Marcelo Santana, Miguel Oliveira, Fabio Cabrera e Rodrigo Azevedo • Contato de Publicidade - Kátia Regina e Samara Bedendo • Financeiro - Camila Camargo Simone Kriegel • Impressão - Regente • Tiragem - 5.000 exemplares
• Colaboradores - Aluisio Marins, Cláudia Ceola, Maisa Maciel, Milton Teixeira, Paulo Junqueira e Roberto Neves.
Reproduções totais ou parciais das matérias, bem como de fotos aqui publicadas só serão permitidas mediante autorização dos editores.
As informações contidas nas páginas de Publicidade são de inteira responsabilidade dos anunciantes. Textos assinados por colaboradores
não expressam necessariamente a opinião da revista.
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HORSE’S LIFE
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CAPA
Velocidade e trabalho unidos pela Genética Campeã.
Se você procura um DNA consagrado,
está é a oportunidade de ouro.
Leilão Belinatto & Romanelli e Convidados
21 de Julho de 2011 , quinta-feira às 18:00 horas.
Durante o Campeonato Nacional ABQM
Foto da capa: Robson Tegane
Sumário
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28
33
40
Pg. 28 - Equibusiness
Pg. 38 - Manejo
Gestores em Equinocultura debatem
a profissionalização do segmento Equestre
Potros: desrespeito ou confiança?
Pg. 33 - Equinocultura
Pg. 40 - Veterinária
O que é imprinting
Dicas para um bom Ferrageamento
HORSE’S LIFE
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Agro News
Curso teórico-prático:
Radiologia em Equinos
Villa dos Cavallos
Itapecerica da Serra, Brazil
• Data: 06 e 07 de agosto de 2011
• Horário: 8:00 às 17:00 hs
• Local: Villa dos Cavallos – Itapecerica da Serra-SP
• Público Alvo: Estudantes de Medicina Veterinária e Profissionais da Área
• Palestrante: Dr. Marco Aurélio Gallo
O curso de radiologia em equinos pretende transmitir aos
alunos os conhecimentos básicos da anatomia radiológica, nas principais técnicas utilizadas, objetivando o
aprendizado do melhor posicionamento do paciente para
uma abordagem adequada, bem como o aprimoramento
da qualidade das imagens captadas para a interpretação
adequada dos achados normais e anormais.
Os temas serão divididos pelas regiões anatômicas dos
membros locomotores e outras regiões, como pescoço
e cabeça, com exibição de imagens arquivadas e treinamento prático com equipamento digital.
INVESTIMENTO:
Valores Promocionais para Inscrições até 15/07:
• R$ 300,00 – Cu rso + alojamento de sábado para domingo
+ café da manhã no domingo
• Ou R$ 250,00 – só o curso
Valores a partir de 16/07:
• R$ 350,00 - Curso + alojamento de sábado para domingo
+ café da manhã no domingo
• R$ 300,00 – só o curso
*Pode parcelar em até 3 vezes no cheque
Inscrições e informações:
[email protected]
11-41471800 / 11-74410487
Curso Juiz: Tambor, Baliza e Team Penning
Em mais uma demonstração de empenho pelo desenvolvimento do QM no Nordeste
a ABQM, em parceria com o Núcleo Cearense, realizará um curso para formação de
Juiz nas modalidades de Tambor, Baliza e Team Penning.
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Local: Fortaleza, Ceará
Período: 17 a 20 de agosto de 2011
Organização: NCCT-Núcleo Cearense do Cavalo de Trabalho
Informações:
Marcello Xavier-Diretor de Esportes da ABQM
Fone: (11) 3864.0800 e 3879.7150
E-mail: [email protected]
HORSE’S LIFE
HORSE’S LIFE
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Agro News
Agrocentro recebe o
1º Leilão Mangalarga da Feicorte
Mangalarga fará parte da maior
Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne, oferecendo lotes
de grandes plantéis nacionais
Mais um leilão marca a agenda de
eventos da raça Mangalarga de 2011.
O 1º Leilão Mangalarga da Feicorte
acontece no dia 14 de junho, a partir
das 20h30, no Agrocentro (Centro de
Exposições Imigrantes), em São Paulo.
Com organização da Perphil Leilões e
assessoria técnica da D’Angieri Consultoria e da Freire Mangalarga foram
selecionados, de grandes criatórios nacionais, 35 dentre os melhores animais
da raça, como Condessa RB, Habilidosa RE, Vespertina J.O., Nebraska ZC,
Ópera da Sabaúna, além de lotes de
cobertura, barrigas, embriões. Todos os
lotes estão disponíveis no site www.perphilleiloes.com.br.
Espinhaço, ZCM Agropecuária, Haras R.A.A., Haras N.H.,
Criadores mangalarguistas de renome nacional participarão
Haras EFI, Haras Origem, Haras da Matta, Haras Corum-
deste evento: Haras RB, Haras Otnacer, Haras Cerávolo Pa-
bau, Fazenda da Nata, Haras Precioso e Haras VAT.
oliello, Haras HIC, Fazenda Morro Agudo, Haras Araxá, Ha-
O remate está marcado para acontecer às 20h30, com
ras ACF, Haras Canto do Picharro, Haras Sabaúna, Haras
transmissão ao vivo, a partir das 20h, pelo canal Terraviva.
Evento
O 1º Leilão Mangalarga da Feicorte marca a união da raça com o maior evento indoor da cadeia pecuária de corte do
mundo. A Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne destaca-se como principal vitrine do setor e espera receber
mais de 25 mil pessoas, entre pecuaristas, profissionais da área e demais interessados.
Esse evento tradicional vai abrigar animais e reunir 250 empresas expositoras, todas referência no setor, em 50 mil metros quadrados de área, além de oferecer eventos, palestras, cursos, julgamentos e leilões, com destaque para o 1º Leilão
Mangalarga da Feicorte.
Serviço:
Informações para a Imprensa:
• 1º Leilão Mangalarga da Feicorte
• Ana Paula Costa
• Dia 14 de junho de 2011, a partir das 20h30.
(11) 9688-2097
• Agrocentro – Centro de Exposições Imigrantes
[email protected]
• Km 1,5 da Rod. dos Imigrantes – São Paulo / SP
• Perphil Leilões – (11) 2768-1880 ou
[email protected]
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HORSE’S LIFE
Vitrine
Se você acha os preços do iPhone no Brasil uma
fortuna, reveja seus conceitos. Um designer britânico
criou um iPhone cheio de ouro e diamantes que custa
US$3,2 milhões, pouco mais que um aparelho pré-pago
da Vivo. O iPhone 3GS Supreme leva (por enquanto) o
título de mais caro do mundo. Em reais, isso daria algo
em torno de 5,54 milhões.
Katherine Hughes, de Liverpool, levou dez meses para
encarecer personalizar este aparelho. O iPhone Supreme
usa 271 gramas de ouro maciço e 176 pedras de diamantes, o que totaliza uma peça de 68 quilates. E não é só isso:
o logo da Apple na parte traseira foi cravejado com mais 5
diamantes (mais um quilate) e o botão de navegação na
frente do aparelho foi feito de um único diamante (muito
raro, segundo Hughes) de 7,1 quilates. A carcaça do apare-
Divulgação
O iPhone mais caro do mundo
lho foi feito de granito e ouro, forrado com couro selecionado. Se a madame gostar, deve preparar-se para carregar
mais 7 Kg em sua bolsa – este é o peso do aparelho.
A guitarra mais cara do mundo
Divulgação
Uma Fender Stratocaster se tornou a guitarra mais cara
do mundo ao atingir o lance de 2,8 milhões de dólares
(aproximadamente 4,8 milhões de reais) em um leilão
no Catar. O instrumento entrou no leilão para arrecadar
fundos para ajudar as vítimas do tsunami que atingiu a
Ásia em 2004.
A guitarra milionária
foi assinada por vários
artistas renomados, como
Jimmy Page, Eric Clapton, Mick Jagger, Keith
Richards, Paul McCartney
e Sting. A guitarra que
tinha o recorde mundial
antes desta havia sido
assinada por Eric Clapton,
e foi vendida por quase
1 milhão de dólares (1,7
milhões de reais).
Uma Ferrari 250 Testa Rossa de
1957 foi vendida por 9,02 milhões
de euros (21 milhões de reais)
em um leilão. O carro marcou um
novo recorde mundial, pois foi o
maior preço já pago por um veículo
em um leilão, 2 milhões de euros
acima do preço do outro carro que
havia recebido uma quantia tão
grande. A Ferrari só produziu 22
unidades deste modelo de carro
entre 1957 e 1958. O Testa Rossa
tem um motor com 300 cavalos,
e carros deste tipo ganharam dez
das 19 corridas em que entraram
entre 1958 e 1961.
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HORSE’S LIFE
Divulgação
O carro mais caro do mundo
HORSE’S LIFE
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De cara com...
Roberto
de Arruda
Souza Lima
Agrônomo, professor da Esalq, doutor
em economia, e analista em profundidade das complexidades do setor equestre – este é Roberto Souza Lima, nosso
entrevistado desta edição.
A
partir de uma entrevista concedida à Equipe
HL. Fotos do acervo pessoal do entrevistado.
Horse’s Life: Por favor, conte aos nossos leitores
sobre sua formação profissional e seu envolvimento com cavalos, bem como a sua atuação profissional relacionada ao segmento do equibusiness no Brasil.
Roberto Souza Lima: Sou engenheiro agrônomo formado pela ESALQ há 25 anos. Minha formação profissional foi direcionada para área econômica, na qual fiz
o doutorado. Sou professor da ESALQ/USP, onde também coordeno o curso de Economia. De forma indireta,
sempre estive envolvido com cavalos. Por exemplo, minha
educação básica (antigo jardim de infância até a oitava
série) foi realizada na Escola Jockey Club de São Paulo.
Mas a atuação profissional ocorreu apenas recentemente, a partir de 2004, quando direcionei minhas pesquisas
acadêmicas para o equibusiness. A realização do Estudo
do Complexo do Agronegócio do Cavalo, para CNA, deu
origem a diversas pesquisas e artigos na área desde então.
Tenho procurado direcionar meu trabalho para diferentes públicos, de modo que tenho publicado desde editoriais até artigos científicos (em periódicos acadêmicos) e
ministrado palestras e cursos, com foco nos aspectos econômicos do segmento do equibusiness.
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HORSE’S LIFE
HL: Como tem visto a evolução da “indústria brasileira do cavalo” ao longo das últimas duas décadas?
RSL: Tenho uma visão otimista da “indústria”. Embora
ainda abaixo do ideal, tem ocorrido maior profissionalização em diversas áreas, reduzindo o espaço de amadores e
oportunistas. A maior oferta tanto de profissionais quanto de
oportunidades de formação profissional não ocorre por acaso: há uma demanda por pessoas que possam enfrentar com
conhecimento técnico e seriedade os desafios ligados ao cavalo. Algumas importantes associações de criadores contam
hoje com suporte profissional; as provas, nas diferentes modalidades, estão com qualidade superior ao que ocorria 20
anos atrás; normas técnicas entraram em vigor para maior
proteção de cavalos e usuários, entre outras alterações.
Observa-se uma crescente presença de criadores e usuários
provenientes de centros urbanos, provocando aumento das
atividades associadas ao lazer, proporcionando maior valor
agregado ao segmento e novas oportunidades de negócios e
ocupação de pessoal.
HL: Quais são os principais funis para que o segmento cavalo, tal como é no Brasil, se equipare em
importância econômica aquele de outros países.
RSL: Apesar da crescente profissionalização, comentada
na questão anterior, ainda há muito amadorismo. Falta
uma cultura equestre no Brasil. Muitos agentes importantes no segmento têm no cavalo uma atividade secundária, muitas vezes apenas um hobby. Acredito que há
necessidade de se ter diretrizes claras voltadas tanto ao
ensino quanto ao manejo dos animais. A defesa animal
(saúde) necessita de mais recursos, humanos e orçamentários, há muito tempo. Investimentos em infra-estrutura,
como terminais decentes de carga viva em aeroportos,
também estão entre as prioridades para eliminar barreiras ao fomento da atividade. Considero fundamental que
os participantes do equibusiness pensem grande e profissionalmente. Assistimos ainda hoje algumas associações
de criadores atuando de forma provinciana, sem contato
com o mundo “externo”. O planejamento e gerenciamento das atividades, em todos níveis, necessitam de maior
rigor técnico, profissional, permitindo acesso, inclusive,
a recursos hoje distantes da maioria dos envolvidos (por
exemplo, crédito rural ou mesmo verbas para patrocínio
de eventos).
HL: Observa-se uma tendência das pessoas
em pensarem que “cavalo não é agribusiness”, quando na verdade toda a pecuária de
corte nacional seria inviável sem os cavalos
de lida. O que fazer para valorizar, e otimizar
a utilização, do cavalo de trabalho nacional?
RSL: Não acredito que possa ocorrer uma mudança cultural na magnitude necessária para
que ocorra valorização do cavalo de trabalho
pelo animal em si. No entanto, até por um viés
profissional, acredito fortemente em incentivos
econômicos. Para a pecuária de corte o cavalo
é um “equipamento” que, similarmente aos demais itens do ativo permanente (esta é sua classificação contábil), deprecia-se, gera despesas. A
consequencia desse fato é que o melhor, do ponto de vista econômico, é cuidar bem desse ativo,
minimizar seus custos, utiliza-lo de maneira mais
racional. O resultado prático dessa postura será a
otimização de sua utilização, maior cuidado com
a saúde do animal, nutrição adequada, enfim,
medidas que, mesmo que indiretamente, implicam em maior bem-estar animal e valorização
do ativo cavalo. Para tanto, pesquisas veterinárias
deveriam ser realizadas verificando o desempenho e vida útil de um animal bem cuidado. Acredito que os resultados facilitariam a percepção, o
entendimento da real participação do cavalo no agribusiness da pecuária.
HL: Há no equibusiness brasileiro uma grande
segmentação entre os cavalos de elite e aqueles de
trabalho, estes últimos represando perto de 90%
do plantel. Em sua opinião, este “abismo” pode ou
deve ser diminuído de alguma maneira? Pode ser
traçado um paralelo com a própria pirâmide social
brasileira, e a evolução recente da mesma?
RSL: Essa questão pode ser analisada de diferentes formas.
Elite, por definição, é uma minoria de indivíduos considerados (por algum critério) superiores. Cavalos de elite deverão ser cada vez mais diferenciados. Investimentos em
genética, manejo e tantos outros realizados na busca de um
animal superior, por exemplo, que se destaque nas pistas,
tendem a ser intensificados, inclusive porque é o caminho
para obtenção de maior retorno econômico (mais uma vez,
os incentivos econômicos). Nesse sentido, os animais de elite devem se distanciar cada vez mais do restante do plantel
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nacional. Por outro lado, falta uma “classe média” no nosso
plantel. Entre a minoria de cavalos de elite e os cavalos de
lida há um espaço (“abismo”) que pode, deve e está sendo
preenchido por “consumidores”. São os animais utilizados
em competições amadoras ou mesmo profissionais mas
não de ponta, animais de companhia, enfim, cavalos para
esporte e lazer. Há uma crescente busca da classe média
(agora falando em humanos, em números absolutos e relativos cada vez maiores) por espaços, como condomínios e
sítios, distantes do stress urbano e por atividades equestres
(cavalgadas e hipismo, por exemplo) que resulta em maior
quantidade de cavalos que recebem cuidados mais intensivos, o chamado público consumidor.
HL: Explique aos nossos leitores como foi sua participação no Estudo do Complexo do Agronegócio
Cavalo (2005). Há planos para se fazer uma versão
atualizada do mesmo? Quais alterações que se verificaram no “agronegócio cavalo” neste meio-tempo,
e de que maneira gostaria de incrementar uma segunda versão do estudo (mesmo que hipotética)?
RSL: A Comissão Nacional do Cavalo, da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, encabeçada
pelo seu presidente Pio Guerra, sentindo a necessidade
conhecer e dimensionar o Agronegócio Cavalo, principalmente quanto à geração de renda e de postos de trabalho,
elaborou, com o apoio do prof. Josemar Xavier de Medeiros, um termo de referencia que forneceu as diretrizes
para a pesquisa. Fui um dos coordenadores do projeto,
participando ativamente de todas etapas, inclusive indo a
campo para coleta de dados (aplicação de questionários).
Foi uma experiência enriquecedora, que contou com reuniões com respeitados profissionais do meio, que muito
colaboraram para crítica e confiabilidade dos resultados.
No entanto, dado o pioneirismo da empreitada, optou-se por obter uma visão geral do Complexo, deixando
a sintonia fina, o detalhamento maior, para uma etapa
posterior, ainda não realizada e sem previsão de que venha a ocorrer. Apesar de não ter ocorrido esta segunda
versão, diversos trabalhos foram e têm sido desenvolvidos
na busca de complementar e atualizar o Estudo original.
Além disso, medidas concretas foram realizadas fruto
do diagnóstico e recomendação do trabalho da CNA de
2005/2006. Entre os trabalhos desenvolvidos na linha da
pesquisa original, destaco o estudo que está em fase de
conclusão para o dimensionamento econômico e social
do cavalo Quarto de Milha (iniciativa da ABQM, sendo
executado pela ESALQ). Neste trabalho, a análise está
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HORSE’S LIFE
mais incrementada, incluindo detalhes sobre o consumo e
perfil sócio-econômico não apenas de proprietários e criadores, mas também de interessados no cavalo, que movimentam o equibusiness apenas por gostarem do animal e
dos eventos (competições). Uma nova versão do Estudo
do Complexo do Agronegócio do Cavalo com certeza teria mais informações sobre os interessados e participantes
do equibusiness que não atuam diretamente na criação,
assim como aprofundaria a análise do segmento de lida.
Felizmente, falando como um pesquisador, ainda há muito para estudar e incrementar os trabalhos já realizados.
HL: Em sua opinião, como é a qualidade, e portanto
as oportunidades de qualificação, da mão-de-obra
no setor equestre? O que pode ser feito para melhorar este panorama?
RSL: Há muito por fazer nesse aspecto. Nas mais diversas
atividades do segmento há carência de bons profissionais.
É verdade que existem boas iniciativas (Universidade do
Cavalo, por exemplo), mas é pouco para a dimensão do
setor. Há necessidade de diretrizes para o ensino e manejo da equitação, treinamento, formação de profissionais da área equestre, respeitando as particularidades
de cada modalidade e cultura, sempre privilegiando o
bem-estar animal. É fundamental a construção de uma
cultura equestre no Brasil (e temos potencial para tanto).
O crescimento da classe média, do maior uso para esporte e lazer, implica em crescente demanda por qualidade
e quantidade de mão-de-obra no setor equestre. Quem
investir em qualificação da mão-de-obra será, na minha
opinião, amplamente recompensado. As possibilidades de
sucesso com alternativas amadoras, pouco profissionais,
são cada vez menos possíveis e sustentáveis. No passado,
muito em função de especulação do mercado e práticas
não convencionais de gerenciamento, inclusive fiscal, havia espaço para aventuras fora da realidade profissional.
O ambiente mudou e quem não contar com mão-de-obra
qualificada acabará sendo excluído pelo sucesso dos que
tratam o equibusiness com o respeito, sem desaforos nem
aos animais nem às atividades.
HL: Há alguma observação ou comentário adicionais que gostaria de fazer
RSL: Apenas agradecer a oportunidade de expressar
minhas opiniões e parabenizar a equipe da revista pela
publicação, e pela tribuna de expressão de opiniões e de
troca de ideias que a mesma representa, para todos os
profissionais do setor equestre.
Minha História
Rute Araújo,
a voz da equinocultura brasileira
Foto cedida
Conheça um pouco da vida da maior formadora
de opiniões do equibusiness nacional
DADOS GERAIS:
• Nome completo: Rute Vieira Araújo
• Nome pelo qual é conhecido no meio: Rute Araújo
• Segmento onde atua / atividades exercidas: Jornalista
• Função / profissão: Sócia proprietária da Country
Press Editora
• Tempo de atividade: 32 anos
H
orse’s Life: Por favor, descreva sua atividade da atualidade, e como chegou a este
ponto em sua carreira.
Rute Araújo: Sou sócia da Country Press Editora há 11 anos ao lado do também jornalista
e fotógrafo Murilo Góes e do meu irmão, o designer gráfico Matheus Araújo. Prestamos serviços de assessoria de imprensa, fotografia, produção gráfica, produção
de site e seus conteúdos, campanhas publicitárias, revistas,
catálogos de leilões, anúncios, newsletters, e-mail marketing
e consultoria de comunicação para empresas do setor, associações, criadores, atletas etc .
Até início de maio deste ano, e por 11 meses, também exerci a
função de editora da revista Dinheiro Rural, da Editora Três.
Deixei a função para retomar projetos da minha empresa.
Nesta nova fase continuo produzindo matérias e publi-editoriais para a Dinheiro Rural, além de passar a colaborar com a
revista Isto É 2016, focada em esportes olímpicos.
Formei-me jornalista em 1982, mas desde o final de 1979
convivo com o ambiente de redação. Na época, cursando
o 2º ano de jornalismo na FIAM/FMU, fui trabalhar como
secretária do diretor de redação da revista Hippus, também
da Editora Três, e pioneira no Brasil sobre o mundo do cavalo. Em 1981 assumi a função de coordenadora de redação
e nos anos seguintes de chefe de reportagem e editora-chefe.
Em 1985, senti necessidade de conhecer outras áreas da
profissão. Deixei a “zona de conforto” e a função fixa na
revista e passei a ser colaboradora, respondendo por seções
e especiais. Paralelamente fui fazer assessoria de imprensa
para a Associação Brasileira dos Cavaleiros de Hipismo Rural (Abhir), Associação Brasileira de Criadores do Cavalo de
Hipismo (ABCCH) e Associação Brasileira do Novilho Precoce (ABNP).
O ano também foi de estréia na televisão. Inicialmente eu
escrevia e apresentava um quadro sobre cavalos dentro de
um programa chamado “Terra Viva”, produção independente sobre agro-negócio que era transmitido pela Band.
Ainda em 1985 fui convidada por Paulo Machado de Carvalho Filho, criador de cavalos árabes e dono da TV Record
à época a assumir como produtora do programa “Leilões,
Animais & Cia”. Ele e o Hélio Ansaldo – nome respeitado
no mundo jornalístico da TV – me desafiaram a fazer o programa nº 2. Os tempos eram de máquina de escrever, sem
as facilidades do computador e muito menos da Internet pra
se fazer pesquisa. Deram-me 24 hs e uma cópia do roteiro
do primeiro programa. Corri atras de convidados, notícias,
matérias que pudessem ser feitas próximo a São Paulo. No
dia seguinte o Luis Menegheti gravou o roteiro, o Ansaldo
fez as entrevistas com as perguntas que listei e no dia seguinte gravamos externa. A noite, editamos e sonorizamos. Dois
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modalidades equestres
dias depois o programa
do Rodeio Completo.
foi para o ar na íntegra.
Quando passei a editar
Dali pra frente o antigo
a revista, além de sócio
prédio da Rua Miruna,
o Ney nos levou a parna região do aeroporto
ticipar na produção do
de Congonhas, em São
programa
“Geração
Paulo, virou minha “terCountry” (CNT e Gaceira casa”. A segunda
zeta), e doa especiais
continua sendo a Editora
que fazia para o canal
Três. “Leilões, Animais
Country Music Tele& Cia” foi pioneiro no
vision (CMT). Outra
seu formato. Tinha uma
experiência televisiva
hora – e chegou a uma
na mesma época, agohora e meia - de duração.
ra envolvendo apenas
Ficou no ar até 1989,
a Rodeo Life, foi com
quando os Machado de
uma rede mineira de
Carvalho venderam a
televisão, onde a revista
TV e descontinuaram
este e outro programa do segmento, lançado naquele 1989, manteve, por pouco tempo, um programa de estilo country
o “Revista Rural”. Também fiz parte da equipe, produzindo apresentado pela Monica Araújo, filha do cantor e criador
e escrevendo sobre agronegócio. Diário, de segunda a sex- Eduardo Araújo.
ta, ia ao ar as 11h30 ao vivo, antecipando o jornal do meio Em 2001, sem apoio publicitário do meio para manter Rodeo
dia da emissora. “Revista Rural” foi precursora do que se Life em bancas, tomei a difícil decisão de devolver o título para
vê hoje nos jornais dos canais segmentados como o Canal os Alzugaray. Voltei para o mundo de assessoria de imprensa,
passando a atender a Associação Brasileira de Criadores do
Rural e o Terra Viva, da Band.
Em paralelo ao meu envolvimento com veículos e meios de Cavalo Appaloosa e a partir de 2003 a Associação Brasileira
comunicação do setor rural, vivi a experiência de dirigir a de Criadores do Puro Sangue Lusitano (ABPSL). Em 2006,
revista “Kerigma” (programar boas novas, em grego) por deixei a ABPSL e assumi como assessora do criador Victor
três anos. Publicação cristã e contando com participação de Oliva e até 2009 as Nacionais do cavalo Árabe. Em 2007, ao
teólogos e os principais pensadores cristãos da época, Kerig- lado da jornalista Carola May, assumimos eventos especiais
da Federação Paulista de Hipismo e a
ma era ousada ao trazer para o debate
reformulação do site da entidade. No
questões como meio ambiente, poano passei a fazer assessoria
lítica e injustiças sociais, entre outros
“Jornalismo é uma entre- mesmo
dos leilões de gado Simental e Nelore
temas, sempre sob a ótica cristã e o
ga. Escrever sobre cavado pecuarista e presidente da Nestlé,
compromisso que os cristãos precisam
ter frente a estes desafios. Em paralelo
los ou o agronegócio uma Ivan Fábio Zurita. Em paralelo e com
envolvimento de todos os sócios da
a Kerigma também participei como
paixão inexplicável.”
Country Press assumimos toda a área
repórter do programa “Pare e Pende comunicação e desenvolvimento de
se” (veiculado na Band e de produção
marca do Rebanho Mumbuca – posteindependente) e que tinha o mesmo
riormente marca SIM – dos empresários Magim Rodriguez
cunho cristão e perfil de Kerigma.
Em 1991 voltei a ser fixa na Editora Três ao assumir a fun- e Fábio Cotrim Rodriguez, selecionadores de ovinos Santa
ção de diretora de redação da revista Hippus. Aliás, fui a Inês, onde permanecei até 2010, quando assumi a Dinheiro
primeira mulher a ocupar este cargo na empresa. Em 1994, Rural. Ainda em 2008, junto com a Carola May, assessorapor iniciativa do Caco Alzugaray lançamos como publica- mos a equipe brasileira de Adestramento nas Olimpíadas de
ção especial a “Rodeo Life”. Em 1996 ela se transformou Pequim e a partir de 2009 a assessoria e desenvolvimento do
em revista bimestral. Em 1997, Hippus e Rodeo Life foram site da Confederação Brasileira de Hipismo. Em junho de
descontinuadas pela Editora Três que na época lançou duas 2010, no retorno para a Editora Três, abri mão dos clientes
publicações semanais, inicialmente Isto É Dinheiro e depois de assessoria para que não houvesse conflito de interesses e eu
a Isto É Gente, mudando o foco editorial da empresa. Num pudesse me dedicar integralmente à revista Dinheiro Rural.
ato de confiança pelo qual sou eternamente grata, o Domin- A partir de junho deste ano, estou em nova fase profissional
go Alzugaray, dono da Editora Três, e o Caco Alzugaray, com retomada de algumas assessorias, projetos especiais junto
hoje presidente executivo da empresa, me licenciaram a Ro- a Editora Três e um “namoro” em andamento com o Canal
deo Life. Por mais de três anos a Country Press publicou e le- Rural que tem por objetivo a criação de programas sobre esvou para as bancas a revista que também trouxe um conceito portes equestres.
diferenciado, o de estilo de vida do mundo dos rodeios. Nesta
época também tinha uma parceria com o Ney Maçado, da HL: Em sua formação, quem foram pessoas de
TV Rodeio. Desde a época da Editora Três mantínhamos destaque?
um quadro, apresentado pelo Valdomiro Poliselli, sobre as RA: Meus pais e irmãos sempre foram os maiores incenti-
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HORSE’S LIFE
vadores. Sertanejos, meus pais nos ensinaram desde crianças
a importância de se aprender. Minha mãe, já falecida, tinha
apenas a 4ª série primária, mas era nos “cultos domésticos”,
lendo pra gente a Bíblia, que ela nos ensinou não apenas valores de vida como o amor pela leitura. Dos professores, dois
foram muito especiais na minha formação: o professor Rosa
me ensinou a paixão pelos livros, pela poesia, e a professora
Nevita Neves o amor por história e geografia. Sou “caiçara”
de São Sebastião, litoral norte paulista, e muitas das nossas
aulas eram dadas na areia da praia, tendo o mar e canhões
dos tempos da colonização como parte do cenário e enredo.
Não tinha como não se apaixonar. Aos 7 anos, acreditem, já
tinha me decido a ser jornalista. Na fase de formação profissional foram fundamentais na minha vida o apoio e incentivo do Domingo Alzugaray, do Múcio Borges da Fonseca, do
Chuck Woodward – diretor de Hippus que vim a substituir
-, o Paulo Machado de Carvalho Filho, o Hélio Ansaldo, o
Caco Alzugaray e, coloco nesta lista, como meu mais recente
mentor o Luiz Fernando Sá, o Lula, diretor editorial adjunto
da Editora Três que nos últimos meses me ensinou muito
sobre formatação de texto e me incentivou a buscar o novo,
o diferencial na produção de pautas.
HL: Como se deu seu envolvimento com as diversas “revistas de cavalo” brasileiras, e qual dela foi a
mais importante para você?
RA: A Hippus foi minha escola pioneira e meu principal
referencial. Afinal, entre idas e vindas estive nela da edição 2,
em setembro de 1979 até a última, em novembro de 1997. A
Rodeo Life me ensinou a desenvolver o espírito empresarial,
a ter coragem, buscar além de uma boa pauta, os recursos
para viabilizar a publicação. E a Dinheiro Rural me ensinou
a ampliar a visão, a descobrir que um mesmo assunto pode
ter diferente viés. Em todas elas aprendi que espírito de equipe e de colaboração é fundamental para o sucesso.
HL: Como vê o futuro da mídia equestre, no Brasil
e no mundo?
RA: Cada vez mais dirigida, mas especializada, mais formadora de opinião. O Brasil segue os passos de países como
Estados Unidos, Canadá, Alemanha e França, por exemplo,
onde existe público específico para cada modalidade. O que
me entristece no Brasil é ver a falta de apoio a estas iniciativas
por parte do próprio segmento, a falta de visão das empresas
do setor de que o marketing contínuo é fundamental para a
consolidação de suas marcas, e das agências de publicidade que permanecem míopes para a importância e tamanho
deste setor. Claro que comparado aos tempos de Hippus, e
lá se vão mais de 30 anos, muita coisa mudou, mas estamos
longe de se chegar ao ideal.
HL: Qual o tipo de informação procurada pelos vários segmentos do equibusiness brasileiro, desde os
grandes atletas e criadores profissionais até os proprietários de cavalos de sítio e cavalgadas de fim-de-semana? Qual a responsabilidade dos jornalistas e da imprensa para cada um destes grupos?
RA: Todos querem saber mais e de forma mais detalhada.
Então, cabe a nós profissionais de imprensa não nos limi-
tarmos a informação factual. Mas buscar dados, detalhes,
histórias. Enfim, precisamos ir além da informação, e também contribuir para a formação de uma cultura equestre.
Só assim vamos produzir novos ícones do esporte, informar
sobre práticas de treinamento, manejo.
HL: Quais foram os pontos altos de sua carreira?
RA: Considero cada fase da minha vida profissional como
ponto alto da minha carreira. Enquanto estive em determinada função, a exercia com garra, empenho, orgulho, paixão e alma. Não consigo me envolver em nada se não for
assim. Amo demais o que faço. Cada nova fase é um baita
desafio. Pode ser apenas um projeto, já estou lá apaixonada, sonhando, projetando, “mergulhando” nas possibilidades. Jornalismo é uma entrega. Escrever sobre cavalos ou o
agronegócio uma paixão inexplicável. E tenham certeza, os
projetos que se avizinham vão ter a mesma carga de entrega
que já experimentei em todas as outras fases da minha vida
profissional. Portanto, ponto alto é o presente, é o que se está
vivendo.
HL: Você tem algum envolvimento direto com
cavalos?
RA: Parece piada, mas tenho medo de montar. É um dos
meus desafios a serem vencidos. Quem sabe um dia eu tenha
um mini-haras. Sonhas faz bem, né não?
HL: Quais são seus planos para o futuro?
RA: Produzir mais e melhor nas áreas que já atuei e atuo,
seja em assessorias no segmento cavalos ou pecuária, na
mídia impressa ou televisão. Na TV quero muito produzir
programas na área de esportes equestres, mas indo além de
matérias de cobertura de eventos. Por trás do campeão da
pista existe toda uma historia de treinamento, desenvolvimento de raças, manejo, formação de atletas. E na mídia
impressa quero me aprofundar no agro-negócio como um
todo. O Brasil é rural, o agro-negócio brasileiro uma vitrine
para o mundo. Portanto, hoje é o dia da oportunidade.
HL: Que conselho ou palavra de aviso daria a quem
está começando nesta área?
RA: Invista em leitura, em aprendizado. Livros, revistas, jornais, site. Não importa os meios. Seja um eterno curioso, um
eterno aprendiz. Não se intimide em perguntar. Ninguém
nasce sabendo ou morre sabendo tudo. Ouça criadores, proprietários, treinadores, profissionais do setor, atletas. A gente
aprende todos os dias. Vá a eventos, assista aos programas
e canais do setor. Forme uma rede de amizades e contatos.
Faça seu networking. E nunca, nunca feche as portas por
onde passar.
HL: Há alguma outra observação que gostaria de
fazer?
RA: Ame ou aprenda a amar o que você faz, sempre. Os
obstáculos existem para serem vencidos. E o mundo do cavalo, assim como o setor rural como um todo, constitui uma
oportunidade privilegiada de se aprender. Sinto-me abençoada por fazer parte disto.
HORSE’S LIFE
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Minha História
José Duprat
Rancho Mombuca
Conheça um pouco mais sobre a vida do fundador
do Rancho Mombuca, endereço tradicional da comunidade western de Itatiba, Jundiaí e região!
DADOS GERAIS:
• Nome completo: José Clemencio Duprat Cardoso
• Nome pelo qual é conhecido no meio: Zé Duprat
• Estabelecimento equestre onde atua: Rancho
Mombuca
• Função / profissão: Administração de Empresas, Tecnico agrícola e Empresário
• Tempo de atividade: Desde Junho de 1988
RANCHO MOMBUCA
• Localização: Estrada Leopoldino Bortolossi
s/n Bairro Mombuca - Itaiba-SP
• Tempo de existência: 23 anos
• Estrutura atual: 43 baias, vários piquetes,
um redondel, pista de apartação, pista para
treinamento de tambor, baliza, laço em dupla e outras modalidades. Na área de lazer,
bar e restaurante, além de uma fazendinha
com animais como lhama, avestruz, porco,
coelho, etc...
Foto cedida
• Esquema de funcionamento / pessoas envolvidas:
Hoje, a parte dos animais é administrada pelo meu filho João Duprat e sua mulher Fernanda.
Eu, minha esposa Ana e minha filha Julia cuidamos do restaurante e dos eventos no local.
H
orse’s Life: Fale do seu histórico com cavalos;
como chegou a se dedicar a esta atividade?
José Duprat: Eu trabalhava em São Paulo e
morava no sitio em Itatiba. Mas sempre gostei
da vida rural e, principalmente, dos cavalos.
Em 1988 cansei desse vai e vem e resolvi ir
atrás do sonho de montar o rancho. Meu filho João foi um
dos responsáveis por essa decisão, já que desde pequeno
adorava montar e já vinha se destacando nas competições
de baliza e tambor. Junto com um amigo fundei o Centro
Hípico de Itatiba. A sociedade durou um ano e, então,
resolvi fazer um rancho na propriedade da minha família.
Em junho de 1988 inauguramos o Rancho Mombuca.
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HORSE’S LIFE
HL: Em sua formação, quem foram pessoas de
destaque?
JD: O meu “guru“ dos cavalos foi o Zé Eduardo Borba
(Professor Borba), o idealizador do projeto Doma no
Brasil. Somos amigos desde a adolescência e eu costumava passar todas as férias, feriados e finais de semana
na fazenda dos pais dele em Capivari (SP). Foi o Zé
Eduardo quem me apresentou o Quarto de Milha em
1960. Em 1990, conheci uma pessoa que iria se tornar
um grande amigo e parceiro: o Antonio Araújo Azevedo Sobrinho, o Toti, que veio para somar com seu
conhecimento e amizade.
HL: Conte um pouco da história do Rancho Mombuca com as várias áreas de atuação do mesmo: haras,
centro de treinamento, escola, restaurante e ponto de
convivência de pessoas do cavalo...
JD: O Rancho Mombuca foi um dos pioneiros do Quarto
de Milha na região. Realizou as primeiras provas de tambor,
baliza e maneabilidade numa época em que ninguém sequer
conhecia a raça por aqui. Também promovemos muitos cursos com profissionais da área e ajudamos a formar vários cavaleiros, muitos deles fazem parte da família Mombuca até
hoje. O rancho sempre foi um ponto de encontro de amigos e
isso é uma das características mais interessantes daqui. Nossos
clientes acabam virando amigos e formamos a grande família
Mombuca. Hoje o negócio de cavalos está mais profissional
sob a gestão do João, que se especializou nesse setor e trouxe
inúmeras benfeitorias. Atualmente, temos animais Quarto de
Milha de linhagens de destaque e o treinamento é feito pelo recordista brasileiro de Três Tambores, Marco Antonio Bueno.
Além da parte dos cavalos, o Rancho se destaca na área de
entretenimento. Nosso restaurante, todo decorado em estilo country, é um dos atrativos do local. Com esse diferencial,
conseguimos reunir não só os apaixonados pelo cavalo como
também os que apreciam o ambiente rural e uma boa comida
caseira. Assim conseguimos trazer toda a família para dentro
do Rancho. Pessoas que muitas vezes nem conheciam a raça
Quarto de Milha e acabaram se tornando amantes, criadores e grandes entendedores da raça. Nossos grandes amigos e
parceiros, Marcelo Guevara , Marcio Fernandes e meu genro
Franco Lorichio são exemplos disso.
HL: Fale sobre seus cavalos mais importantes, ou
aqueles que mais o marcaram.
JD: O animal que mais marcou foi uma égua meio sangue
QM de nome Menina HRM, que era filha do Caramujo, o
primeiro cavalo Quarto de Milha do Borba. Essa égua foi a
grande incentivadora do meu filho João, que ganhou dezenas
de provas com ela. Com certeza ela contribuiu e muito para
toda essa história. Depois vieram Jock Bar HC, Sandy Single
TMR, Florista Quente, Chimarrão e Kalango, cavalos que
foram muito importantes para meus filhos João, Maria e Julia.
HL: Conte alguns “causos” especiais ou pontos altos
ao longo da existência do Rancho.
JD: Sem dúvida, um ponto alto é ter sido pioneiro nas provas
de baliza e tambor na região. Na época fomos um dos poucos
lugares a promover esse tipo de competição, que só ganhava
destaque nas provas oficiais da ABQM.
Outro ponto forte e que trouxe um grande avanço para o Rancho foi a aquisição do garanhão importado Smart Gray Pistol
feita pelo João em parceria com o Marcelo Guevara. O cavalo comprado do amigo Antonio Carbonari Neto veio para
incrementar a criação com novos produtos, que, inclusive, já
estão se destacando no mercado.
Em 2009, a grande novidade foi o convite para participar do
programa A Fazenda. Desde a primeira edição, fornecemos
todos os animais para a atração da TV Record e minha nora
Fernanda é a zootecnista do programa.
Na área do restaurante, passamos por varias mudanças e
reformas, assim sempre melhorando para melhor atender a
todos os clientes. Fomos pioneiros com festas country. Chegamos a reunir 4 mil pessoas em um único dia; a festa pioneira
foi em janeiro de 1991. Também realizamos a terceira prova
de enduro equestre a acontecer no Brasil.
HL: Como chegou à idéia de tocar o restaurante? Qual
o diferencial deste, como estabelecimento de gastronomia? Como funciona a parte de shows?
JD: No início do rancho, só tínhamos a parte dos cavalos. Na
época, os pais dos alunos ficavam esperando seus filhos terminarem a aula de equitação e sentimos a necessidade de servir
algo para eles comerem e beberem. A coisa toda começou com
uma geladeira de isopor, evoluiu para um bar de sapé até se
transformar em um restaurante de verdade. Para não fugir da
“cara” do local, a idéia foi criar um ambiente rústico e aconchegante. Hoje, o restaurante tem um excelente movimento
todos os sábados e costuma lotar aos domingos, dia em que
tem música sertaneja ao vivo. Também realizamos eventos fechados como casamentos e aniversários, além das festas sertanejas todos os meses (2 vezes por mês – no segundo e no último
final de semana), que costumam reunir quase mil pessoas.
HL: Quais foram os pontos altos de sua carreira?
JD: O que mais me orgulho é olhar para trás e ver tudo o que
construímos nesses 23 anos. São poucos os ranchos que permanecem tanto tempo no mercado e que conseguem trazer
melhorias a cada dia. Hoje temos uma ótima estrutura tanto
no setor equestre como no de entretenimento e estamos crescendo cada vez mais. Sem falar que tenho a sorte de ver toda a
minha família envolvida nesse negócio.
HL: Quais são seus planos para o futuro?
JD: O meu plano para o futuro é ver o Rancho prosperar na
mão dos meus filhos e, quem sabe, influenciar meus futuros
netos na paixão pelo meio quartista.
HL: Que conselho ou palavra de aviso daria a quem
está começando nesta área?
JD: O Rancho já teve altos e baixos no decorrer dos seus 23
anos. O conselho que dou é ter persistência e gostar muito do
que faz. Se tiver uma família reunida em torno de um mesmo
objetivo, ou seja, do cavalo, melhor ainda!
HL: Há alguma outra observação que gostaria
de fazer?
JD: Gostaria de agradecer o apoio de todos os meus amigos
que me prestigiaram esses anos todos. E, principalmente, a
minha esposa Ana, meus filhos João, Maria e Julia, minha
nora Fernanda e meus genros Franco e Juninho. Sem eles,
nada disso teria sido realizado. O Rancho Mombuca se
sente honrado de ter formado dezenas de novos cavaleiros
e amantes do Quarto de Milha.
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HORSE’S LIFE
HORSE’S LIFE
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Especial - Tradição
Sandro Luiz de Almeida recebendo homenagem na Câmera Municipal de Sorocaba
Tropeirismo segue presente
na região de Sorocaba
A importância do tropeirismo na região de Sorocaba tem séculos de existência e perdura até os dias de
hoje. A ATSR, Associação dos Tropeiros de Sorocaba e Região, foi fundada em 2011 para preservar a memória do tropeirismo, e incentivar e preservar o conhecimento e a valorização das tradições tropeiras.
C
Equipe HL, com colaboração de Adolfo Frioli e ATSR
omo surgiram os tropeiros
O Rio Grande do Sul entrou na economia nacional pelas mãos dos tropeiros e patas das mulas. Pois foi o comércio de mulas que integrou
a região à economia nacional, ainda no século
XVII e início do XVIII, antes mesmo que o Rio Grande
do Sul existisse formalmente.
A história do tropeirismo – um dos capítulos mais importantes da formação gaúcha e um dos menos lembrados
– integrou diferentes regiões do Brasil, e traçou a rota da
formação de muitas cidades da região Sul e Sudeste. Foi
através dessa atividade que se consolidou o movimento
comercial do país, que se definiram vocações econômicas
regionais, e que as enormes extensões de pampas gaúchos
encontraram seu destino, que marca a atividade econômica de algumas regiões do Estado até os dias atuais.
24
HORSE’S LIFE
OS CAMINHOS DOS TROPEIROS
O primeiro grande tropeiro foi um fidalgo português, Cristóvão Pereira de Abreu, descendente do condestável Nuno
Álvares Pereira. Cristóvão de Abreu nasceu em Ponte de
Lima, em 1680, e veio para o Rio de Janeiro aos 24 anos.
Em 1722, aos 42, fez um grande negócio. Arrematou o
monopólio de couros do sul do Brasil, mediante o compromisso de pagar 70 mil cruzados para a Fazenda Real
anualmente. Tratou de começar a explorar esse manancial
de ganhos, chegando a exportar 500 mil peças de boi por
ano, através da Colônia de Sacramento (então de posse dos
Portugueses).
Francisco de Souza Faria, morador de Laguna, havia levado dois anos abrindo uma estrada que ia de Morro dos
Conventos, em Araranguá, na planície costeira da atual
Santa Catarina, até os Campos de Curitiba, no planalto. A
obra teve início em 1717, e por essa estrada Cristóvão Pereira subiu pela primeira vez levando 800 cavalos e mulas,
possibilitando a ligação entre o Sul e a vila de Sorocaba em
São Paulo, que se tornou o grande entreposto de venda de
gado durante o período da mineração.
No ano seguinte, em uma segunda viagem – agora com 3
mil animais e 130 tropeiros – Cristóvão de Abreu alargou e
melhorou o caminho, construindo vários pontilhões. Levou
um ano e dois meses para atingir Sorocaba – e iniciou um
novo ciclo da economia gaúcha.
Mais tarde, Cristóvão Pereira abriu um novo caminho, que
ligava diretamente os campos de Viamão aos Campos de
Lajes. Ao longo desse caminho foram surgindo povoados:
Santo Antonio da Patrulha, São Francisco de Paula, Capela de Nossa Senhora da Oliveira da Vacaria.
A figura do tropeiro, à maneira do gaúcho das pampas da
Argentina ou do Uruguai, identificava-se pela sua vestimenta adaptada à viagem árdua: manta, camisa de flanela,
chapéu e botas que o protegiam das variações do clima.
Acampava todas as noites protegido apenas pela manta e
pelas tendas feitas de couro. Cozinhava ainda a sua refeição na fogueira que o aquecia. O tropeiro foi fundamental
para fomentar o desenvolvimento do interior e estimular a
fixação das populações.
A IMPORTÂNCIA DO TROPEIRISMO
PARA SOROCABA
O ciclo do tropeirismo iniciou-se em Sorocaba em 1733,
quando Cristóvão Pereira de Abreu conduziu pelas ruas
do povoado a primeira tropa de muares. Este foi a principalmente atividade econômica da região até o final do
século XIX.
Sorocaba tornou-se um marco obrigatório para os tropeiros
devido a sua posição estratégica, eixo econômico entre as regiões Norte, Nordeste e Sul. Com o fluxo de tropeiros, o povoado ganhou uma feira onde os brasileiros de todos os Estados
reuniam-se para comercializar animais, a Feira de Muares.
Este fluxo intenso de pessoas e riquezas promoveu o desenvolvimento do comércio e das indústrias caseiras, baseadas
na confecção de facas, facões, redes de pesca, doces e objetos de couro para a montaria.
O ano de 1733 marca também a fundação de Vila Bela
de Mato Grosso, pelos irmãos sorocabanos Artur e Fernão
Paes de Barros, às margens do rio Guaporé, no ponto mais
distante do litoral Atlântico, na vertente Amazônica. O Padre Castanho (Aluísio de Almeida) relata que ‘a descoberta
das Gerais coincide com a abertura ou maior frequência da
estrada de Curitiba com Sorocaba’.
O aparecimento de ouro em grande quantidade num pon-
to mais próximo do Rio de Janeiro, facilitou a infinita presença de pessoas em busca do tão sonhado metal e ao mesmo tempo facilitou a fiscalização por parte das autoridades
portuguesas na cobrança do quinto real.
Apesar das proximidades das Minas, com a capital da colônia, havia no caminho, duas enormes barreiras geográficas a
serem vencidas - as serras do Mar e da Mantiqueira. Todas
as pessoas procuravam ouro e com isso faltavam alimentos,
que eram levados até as Minas em ombros de escravos africanos e, por mais forte e resistente que fosse esse ser humano,
pouca mercadoria poderia transportar. É nesse momento
que surge a figura do muar criado nas regiões sulinas e que
tinha enorme resistência às estradas da época e poderia carregar maior volume de mercadoria. Na volta trazia cada vez
mais ouro, que do Rio de Janeiro ia para Portugal.
Nos primeiros anos, os muares eram transportados em
pequenos navios costeiros, do porto de Laguna ao Rio de
Janeiro. Depois, Cristóvão Pereira de Abreu tomou a iniciativa de trazer por terra enorme quantidade de muares,
abrindo picadas, construindo pontes e atravessando matas,
até achegar a Curitiba. Dai para Sorocaba, São Paulo e Rio
de Janeiro e Minas Gerais os caminhos já estavam abertos.
Dali em diante, a passagem de tropas de muares xucras era
uma constante e os tropeiros descobriram que após a longa viagem os animais precisavam parar em áreas de bom
pastejo, para recuperarem as forças e ganharem peso antes
de seguirem viagem, ou então serem comercializados. Em
cada uma destas paradas, ou pousos, foram nascendo cidades. A região dos Campos Largos de Sorocaba se destacava
pela abundância de pastagens e aguadas.
Logo as feiras de muares de Sorocaba chamaram a atenção
de Portugal, para a cobrança de impostos. Assim em 03 de
setembro de 1750 foi criado Registro de animais sobre a
ponte do rio Sorocaba.
As feiras praticamente acabaram em 1897 com a epidemia
da febre amarela. Segundo o pesquisador Adolfo Frioli, o
grande determinante na redução do uso do muar foi o caminhão. Já em 1929, o jornal “O Estado de São Paulo”
registrava conversa de tropeiros sexagenários que se queixavam da ‘crise da condução’.
ATIVIDADES DE ATSR
No dia 17 de maio, terça-feira, foi homenageado pela
Câmara Municipal de Sorocaba, em comemoração à 44ª
Semana do Tropeiro, Sandro Luiz de Almeida, conhecido
como Sandrão Tropeiro (foto), Presidente Luiz Carlos de
Moraes, Tropeiro Paulo Kinalha, Tropeiro José Francisco,
Tropeiro Edmo, Tropeiro Ernesto, Tropeiro Ronaldinho,
Tropeiro Perez, Tropeiro Mário Ayres, Tropeiro
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HORSE’S LIFE
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Equibusiness
Gestores em Equinocultura
debatem a profissionalização
do segmento Equestre
A
Em mesa redonda, profissionais renomados e alunos do curso de Gestão em
Equinocultura trocam ideias sobre o futuro da indústria brasileira do cavalo
O curso de gestão em equinocultura é um curso superior de dois anos de duração, que forma tecnólogos de nível superior, habilitados
por exemplo a cursarem
pós-graduação e especialização. O curso é oferecido pela
UNISO, Universidade de Sorocaba,
e existe através de um convênio com
a Universidade do Cavalo (UC). Esta
última é uma empresa dedicada à
formação de mão-de-obra especializada no segmento equestre, principalmente através de cursos de curta
ou média duração, adequados à realidade nacional. O curso de Gestão
em Equinocultura (GE) surgiu a partir da percepção de que o mercado, tanto futuros profissionais quanto empregadores em potencial, tinha demanda
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HORSE’S LIFE
por mais conhecimento e por pessoal mais qualificado.
Assim, a UC entra com o know-how equestre, a estrutura para aulas práticas e os contatos do meio, enquanto a
UNISO fornece toda a estrutura didática, pedagógica e organizacional
de uma instituição reconhecida pelo
MEC. Esta parceria deu tão certo
que o curso recebe alunos de todas as
regiões brasileiras, incluindo áreas remotas como Rondônia e Mato Grosso, diversos estados nordestinos, Rio
Grande do Sul, entre outros. De um
início modesto em 2005, com turmas
de no máximo 20 alunos, neste primeiro semestre de 2011 existem 110
alunos divididos em duas turmas, e a
abertura de uma nova turma ainda neste segundo semestre
é uma possibilidade.
Além da formação acadêmica, nas aulas práticas e estágios os alunos do curso de gestão em equinocultura são treinados nos diversos aspectos práticos
do manejo, treinamento e cuidados gerais com cavalos.
ENTRANDO NO MERCADO
O mercado de trabalho é bastante promissor para os gestores.
A formação deles é bastante eclética, preparando-os para assumirem diversas funções nos estabelecimentos equestres, entre
operacionais e administrativas. Tratador, gerente, enfermeiro,
cavaleiro: tudo isto são profissionais necessários numa hípica
ou num haras. Além disto, há as oportunidades em fábricas
de ração, revendas de medicamentos, selarias, entre tantos; a
organização de eventos, o trabalho em associações, a atuação
como autônomo (em funções que podem variar de ferrador a
consultor) são algumas das atividades que estão ao alcance dos
gestores em equinocultura. Isto é assegurado pelo caráter modular da formação universitária, dividida em quatro módulos,
a saber: equinocultura e manejo, conhecimentos de veterinária, administração e equitação. O curso é noturno, e os alunos
são encorajados a procurarem estágios, empregos no setor, ou
atividades voluntárias no período diurno. A concentração de
estabelecimentos equestres na região de Sorocaba é elevada, o
que facilita todo tipo de contatos
por parte dos estudantes.
DESBRAVANDO O FUTURO
O trabalho dos pioneiros sempre é emocionante, e nem
sempre fácil. Os gestores em
equinocultura encontram um
campo vasto, que antes era preenchido por pessoas das qualificações as mais diversas, desde
veterinários até “práticos” sem
formação técnica. Por isto mesmo, há muitas dúvidas e espaços a conquistar: a questão da
remuneração, a possibilidade de trabalho como inspetores
de associações, o aperfeiçoamento em áreas segundo a vocação específica de cada profissional – instrutor de equitação ou ferrador, por exemplo. Os professores do curso são
selecionados por aliarem a formação acadêmica requerida
à própria experiência concreta na área – todos são de fato
pessoas “do cavalo”. Por isso, eles sabem das dificuldades
do início de carreira, e as características importantes para
se fazer um profissional bem-sucedido: dedicação, aperfeiçoamento constante, networking, busca de diferenciais.
DEBATE EM MESA REDONDA
Juntando todos estes ingredientes, surgiu da iniciativa de
professores e alunos do curso de gestão de organizarem
uma mesa redonda, um debate com renomados profissionais convidados do setor do equibusiness, para compartilharem com os alunos e professores do curso suas próprias
vivências e opiniões. Esta mesa redonda aconteceu na Universidade do Cavalo no dia 02 de junho de 2011, e os integrantes da mesa foram:
Raul de Moura Silva – veterinário e administrador da coudelaria Rocas do Vouga
Sigismundo Rezende – zootecnista e gerente nacional de
equinos da Guabi
Orpheu Ávila – veterinário e
responsável pelo haras Villa do
Retiro
Claudia Leschonski – veterinária e professora do curso de
gestão em equinocultura
Carla Lechugo – coordenadora da mesa e professora do
curso de gestão em equinocultura.
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Informativo mensal desenvolvido pela Universidade do Cavalo
15 3292.6633 | 3217.8978 | 3202.7866 - www.universidadedocavalo.com.br
Saboreie artigos de altíssima qualidade, escritos por grandes especialistas nos mais diversos assuntos. Uma homenagem da UC
a estes profissionais do Cavalo, formadores de novos profissionais, abertos a novos desafios e, principalmente, gente do Cavalo!
O Cavalo, por Orpheu Ávila Jr.
Doencas Respiratórias Infecciosas
em Potros Jovens
As doenças respiratórias são uma das primeiras ameaças que um potrinho encontra
no começo da vida.
As doenças respiratórias em
potros têm como causas principais os vírus
e bactérias. Entretanto, fatores relacionados
com o manejo do haras podem contribuir
para o aparecimento destas doenças.
Vírus
Entre as doenças virais temos como
agentes principais o Herpesvírus Equino e a
Influeza Equina.
Herpesvírus Equino
Um surto de Herpesvírus (EHV-4)
pode acometer animais de várias idades
com sintomas respiratórios como descarga
nasal, tosse e febre. Éguas prenhes podem
apresentar aborto a partir do quarto mês
de gestação ou parir potros já acometidos
pela doença. Também pode haver presença
de sintomas neurológicos. Nem sempre as
três formas se apresentam juntas; podemos
também ter sintomas apenas respiratórios,
abortos30ou neurológicos.
HORSE’S LIFE
Os potros que já nascem acometidos
da doença apresentam pneumonia, icterícia e
podem sofrer de alterações neurológicas, tais
como convulsões, depressão e coma. Nestes
casos, o tratamento é inviável. Potros nascidos
de éguas vacinadas adquirem proteção desde
que ingiram colostro da égua vacinada nas
primeiras 24 horas de vida. Esta proteção
passiva perdura até os quatro meses de vida,
quando seu sistema imunológico já está apto
a produzir os próprios anticorpos.
A vacinação é recomendada como
forma de prevenção. As éguas prenhes devem
ser vacinadas aos 5º, 7º e 9º mês de gestação.
Os potros devem receber a primeira dose da
vacina entre 4 e 6 meses de vida. Administrase mais duas doses com intervalo de 30 dias
(booster). O reforço deve ser feito a cada seis
meses.
Influenza Equina
A Influenza Equina acomete o trato
respiratório superior dos animais. Porém, em
potros muito jovens ou imunodeprimidos,
pode causar pneumonia principalmente por
infecção bacteriana secundária. Os sintomas
mais comuns são a tosse e descarga nasal
serosa.
A vacinação é a melhor forma de
prevenção. Os potros devem ser vacinados a
partir dos quatro meses de vida. Administra-se
mais duas doses com intervalo de 30 dias. O
reforço deve ser realizado a cada seis meses.
O tratamento dos potros acometidos
por viroses respiratórias requer administração
de medicamentos que auxiliem na redução
dos sintomas como febre, tosse e descarga
nasal, além do uso de antibióticos, quando
existe risco de infecções secundárias.
Bactérias
São vários os tipos de bactérias
que podem causar problemas respiratórios
em potros. As mais importantes são o
Streptococcus Equi e oRhodococcus Equi.
Streptococcus Equi
Esta bactéria causa a infecção
respiratória popularmente chamada de
garrotilho. Os principais sintomas desta
doença são febre, depressão severa, falta
de apetite e aumento dos linfonodos,
principalmente
os
submandibulares.
Descarga nasal purulenta pode estar
presente, e é comum a abscedação dos
linfonodos infartados, com liberação de
secreção amarelada.
O tratamento se faz com
antibióticos, sendo a Penicilina o mais
indicado. Mucolíticos e antiepiréticos são
administrados para controlar os sintomas.
A
vacina
produzida
com
material coletado de animal acometido
é recomendável. Porém, sua proteção é
questionável.
Rhodococcus Equi
Das doenças respiratórias que afetam
potros jovens, esta é a que mais causa prejuízos
em um criatório. É de caráter oportunista e
normalmente aparece após algum stress.
A bactéria pode ser encontrada nas
fezes de animais adultos ou no solo, onde
sobrevive por longo período. È uma doença
que acomete potros jovens de até 05 meses de
idade. Potros com mais de 05 meses já possuem
seu sistema imunológico capaz de protegê-los
da doença.
Condições como superpopulação
de potros em espaços pequenos, presença
de poeira, falta de higiene e stress favorecem
a instalação da doença e sua propagação.
Os potros podem se infectar pelas vias oral
e nasal, propagando a doença que tem
característica extremamente contagiosa. Os
sinais são de uma broncopneumonia, enterite
ou ambos. Febre, tosse, depressão ou acúmulo
de secreção na traquéia com sons audíveis
quando da passagem do ar, dispnéia e perda
de peso são os principais sintomas.
A ausculta pulmonar nota a presença
de grande quantidade de estertores e sibilos,
com sons característicos como o de uma “porta
velha rangendo”. No hemograma temos como
sinais característicos a presença de neutrofilia
e hiperfibrinogenemia. Ocorre formação de
abcessos na cadeia de nodos linfáticos no
pulmão e intestino. Estes abcessos podem ser
visualizados no ultrassom ou raio X.
O tratamento deve ser iniciado
o mais precoce possível, com o uso de
antibióticos e tratamento sintomático como
mucolíticos, expectorantes, broncodilatadores
e antipiréticos. Os antibióticos de eleição são
Eritromicina e Rifampicina. Entretanto, às vezes
encontramos cepas resistentes, e alternativas
como Azitromicina ou Claritromicina terão que
ser usadas.
A colheita de secreção da traquéia
através de aspiração transtraqueal pode
ser realizada para isolamento da bactéria e
escolha do antibiótico específico através de
antibiograma. O tratamento é normalmente
extenso (de 4 a 6 semanas).
Como forma de prevenção, a
vacinação das éguas entre 40 a 30 dias
antes do parto, com reforço de 20 a 15
dias antes, pode ajudar. A administração de
plasma hiperimune também é recomendado
nas 24 horas após o nascimento do potro,
devendo ser repetido ao redor dos 20 a 30
dias de vida.
Medidas que ajudam no na prevenção de
doenças respiratórias infecciosas em potros
jovens:
1. Esquema de vacinação e vermifugação
rigorosos.
2. Evitar a entrada frequente de animais
estranhos no rebanho. Quando isto
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
acontecer, adotar quarentena de uma
semana antes de incorporar os animais
no plantel.
Evitar quantidade grande de potros em
um mesmo piquete.
Evitar piquetes sem cobertura de
pastagens com presença de terra e
poeira.
Promover rotação de piquetes.
Higienização rigorosa das baias
maternidades e, se possível, adotar o
uso de piquetes maternidade.
Ter muita atenção com a transferência
da imunidade passiva. O potro recém
nascido não possui sistema imunológico
competente para protegê-lo. Por este
motivo, a ingestão de imunoglobulinas
através do colostro nas primeiras 24
horas de vida é de suma importância.
A verificação da qualidade deste
colostro e de sua ingestão pelo potro é
fundamental.
Proceder o curativo umbilical, pois o
umbigo é uma porta de entrada para
infecções.
Higienização de ambientes onde exista
possibilidade de contágio como, por
exemplo, as unidades de manejo.
É válido ressaltar que não há formas de
erradicar as doenças respiratórias dos potros
jovens de um haras. Entretanto, através de um
programa sanitário e tratamento adequados,
conseguimos minimizar sua incidência e seus
efeitos.
Orpheu Ávila Jr. é veterinário,
consultor e juiz da ABPSL. Contato: [email protected]
PRODUTO EM DESTAQUE
O Curso Superior de Gestão em
Equinocultura é referência nacional para todos os
segmentos relacionados ao mercado de cavalos.
As empresas e centros equestres
sabem da qualidade da formação dos alunos,
e procuram profissionais cada vez mais
especializados em cavalos.
Agenda UC
Julho
16 e 17 - Curso de Enfermagem e
Primeiros Socorros
20, 21, 22 e 23 - Clínica Internacional
de Ferrageamento, Workshop
Internacional sobre Laminite
Agosto
13 e 14 - Pilates para Cavalos com
Gillian Higgins (Inglaterra)
15 a 30 - Curso de Formação de
Instrutores
Setembro
16, 17, 18 - IX Encontro Internacional
de Horsemanship
Unindo as Tribos
Cowboy Dressage - a úlitma moda
nos EUA - uma mistura super interessante
desenvolvida por Eitan Belth-Halachmy, que
traz movimentos de Adestramento em cavalos
de montada western. Para se ter uma idéia do
tamanho do movimento, lendas vivas do mundo
western como Dr. Robert Miller, Jack Brainard,
e muitos outros colocam a idéia do Cowboy
Dressage como uma das melhores dos ultimos
anos.
Para saber mais, entre em
www.cowboydressage.com ou em
www.lighhandshorsemanship.com
CAMINHO DOS TROPEIROS
“A passagem de tropas de muares
xucras era uma constante e os tropeiros
descobriram que após a longa viagem,
onde em cada parada ou pouso, com o
tempo nasceu uma cidade e para repouso
dos animais e dos tropeiros encontram na
região dos Campos Largos de Sorocaba,
espaço para todas as tropas repousarem
da canseira da viagem. Acharam na região
grandes pastagens e aguadas. Foram nessas
paradas que nasceram as feiras de muares
de Sorocaba, que chamaram a atenção
de Portugal, para a cobrança de impostos.
Assim em 03 de setembro de 1750 foi criado
Registro de animais sobre a ponte do rio
Sorocaba”
Extraído do site
www.portalsorocabano.com.br
A UC recomenda
HORSE’S LIFE
31
Além destes, estiveram presentes os professores do
curso de GE, Raul de Almeida Prado, César Pequeno, Aluísio Marins e Paulo José Sanchez, coordenador de curso.
Dentre as perguntas feitas pelos alunos, temas recorrentes foram a busca do reconhecimento profissional, a conquista das primeiras oportunidades, e a
determinação de remuneração adequada.
E, como é de praxe na Universidade do Cavalo, o
evento foi encerrado com o famoso arroz com frango da Maria... e é claro que os debates e a troca de
ideias continuaram pela noite adentro.
TIRANDO CONCLUSÕES
Para os alunos do curso de gestão em equinocultura, a mesa redonda foi uma oportunidade de trocar
ideias com profissionais conhecidos. Houve muitos pontos
em comum da fala dos vários integrantes da mesa: auto-aperfeiçoamento constante, valorização dos contatos pessoais e profissionais, acima de tudo respeito pelo cavalo em
sua individualidade e características. E, é claro, que o mais
importante em escolher a profissão “cavalo” é o amor que
se tem pelos animais e pela vida a eles associada – pois sem
isto, os demais elementos se tornam vazios, se não impossíveis. Também ficou claro que a mesa redonda pode ser
o embrião de uma futura semana acadêmica do curso de
gestão em equinocultura.
Depoimento de Aluísio Marins, reitor da Universidade do Cavalo e professor do curso de gestão
em equinocultura
“O Curso Superior de Gestão em Equinocultura foi lançado pela Universidade do Cavalo no segundo semestre
de 2004. Em Fevereiro de 2005 tinhamos a primeira turma com 25 alunos que verdadeiramente acreditaram em
um potencial de mercado ainda não existente e explorado, e na propria credibilidade da UC, já que nunca antes
haviamos tido no Brasil um curso com tamanha ênfase nos aspectos de gestão e adminstração de estabelecimentos equestres. Ao longo destes anos a grande demanda existente no mercado percebeu então que o Gestor em
Equinocultura vem a ser um profissional praticamente essencial em qualquer negócio que envolva cavalos, desde
a gestão de haras, escolas de equitação, centros de treinamento, passando pelas empresas e industrias atuando nas
áreas de atendimento, vendas e suporte técnico. Devemos lembrar ainda que o Gestor em Equinocultura vem
a ser uma importate ponte entre o Médico Veterinário, Agrônomo e Zootecnista com as propriedades em que
atuam, já que são formados academicamente para atuarem neste sentido. Passam a ser profissionais de absoluta
confiança destes outros, fechando o ciclo entre proprietários, profissionais tercerizados, equipes de funcionários e
os próprios cavalos. O grande diferencial do Curso Superior de Gestão em Equinocultura é a formação especifica e especializada somente em cavalos e a parceria que temos com a Universidade de Sorocaba (UNISO) que
é uma das mais completas e importantes universidades do interior paulista e do Brasil, com mais de 50 anos de
tradição e ensino de qualidade. Os alunos passam 2 anos tendo aulas teóricas e práticas diariamente, estudando
todos os principais pilares da equinocultura: Manejo, Saúde, Administração e Equitação. Em cada um destes
temas centrais, 6 matérias em aulas noturnas, dando assim a oportunidade dos alunos praticarem em estágios e
até mesmo em oportunidades de emprego durante o dia. É talvez o curso relacionado a cavalos que mais oferece
a oportunidade de aproximação entre a teoria e a realidade de mercado. Nossos professores não são somente professores - são profissionais atuantes do mercado de cavalos, que durante o dia estão vivendo e trabalhando neste
segmento, e a noite dão aulas. Atualmente temos 120 alunos matriculados vindos de todos os estados brasileiros.
O curso também atrai alunos de outros países. Formamos alunos da Argentina, e atualmente temos um aluno
dos EUA e uma aluna do Paraguai, que vieram morar dois anos no Brasil especialmente para estudar no Curso
Superior de Gestão em Equinocultura.”
32
HORSE’S LIFE
Equinocultura
Dicas
para um bom
Ferrageamento
Aprenda com um profissional como reconhecer
se os cascos dos seus cavalos e potros estão
sendo corretamente tratados.
A
Autor: Danilo Gabrilaitis
Fotos: Rodrigo Azeredo
valiando o equilíbrio do casco e o ajuste
da ferradura
Para avaliar se um cavalo está bem ferrado, primeiro devemos observar de uma vista frontal se
a linha da coroa do casco está paralela com o
solo; se esta linha estiver torta, há um desbalanceamento.
A parede do casco deve sempre seguir uma linha reta da
coroa ao final do casco. Todo tipo de deformidade deve
ser retirado, proporcionando melhor simetria e equilíbrio.
De uma vista lateral, podemos observar do boleto para
baixo o ângulo quartela casco (eixo podo-falangeano) onde
se encontram as 3 falanges, primeira falange (proximal),
segunda falange (média) e terceira falange (distal), esta última dentro do casco. As falanges devem estar alinhadas,
ou seja, não deve haver angulações entre elas. Caso o eixo
podo-falangeano esteja quebrado para baixo ou para cima
não está correto, podendo sobrecarregar outras estruturas.
Mas devemos sempre lembrar que cada cavalo possui sua
própria angulação, pois encontramos quartelas curtas, médias e longas.
Olhando a partir da sola, o que chamamos de vista palmar
(membro anterior) ou plantar (membro posterior), observamos os talões. O lado esquerdo e o direito devem estar
Preparação do casco com rinete, removendo excesso de sola
na mesma altura, equilibrados e distribuindo igualmente o
peso sobre os cascos. Se um lado estiver mais alto do que
o outro, isto pode causar complicações, como por exemplo
rachaduras nos quartos (meio do casco).
A ferradura precisa cobrir o casco inteiro, de um talão a
outro. Devemos sempre fazer a ferradura para o casco, e
não o casco para a ferradura. Sabemos que o casco não
é uma estrutura totalmente rígida, porém resistente e flexível, que apresenta dilatação quando recebe pressão, ou
seja, quando chega ao solo. Por isto, dos quartos para trás
deve haver uma pequena sobra de ferradura, pois assim
quando o casco chegar ao solo irá expandir dentro da ferradura, recebendo o apoio que precisa.
De uma vista palmar ou plantar temos que observar se há
um espaço entre a ferradura e a sola. A ferradura deve estar apoiada na parede do casco e nunca na parede da sola,
pois a pressão exercida na sola pode levar o cavalo a uma
claudicação (manqueira).
Quanto aos cravos, o ideal é que estejam colocados até 2/3
da parede do casco. Cravos muito baixos podem afrouxar
mais rápido a ferradura ou então quebrar a parede. Cravos
muito altos correm o risco de atingir partes sensíveis, levando o cavalo a uma claudicação.
HORSE’S LIFE
33
Usando como medida um dedo acima da coroa na face
dorsal pode-se dividir o casco em uma proporção de 60%
para trás e 40% para frente, atingindo um apoio ideal e
facilitando a movimentação do membro.
Correção de aprumos e de posicionamento em animais adultos
Nos cavalos adultos as epífises ósseas já estão calcificadas
sendo impossível corrigir defeitos de posição, tais como pinças abertas ou fechadas. É um grande erro tentar “corrigir”
os aprumos de animais adultos, pois essa prática indevida
pode levar a sérias complicações em suas estruturas encurtando assim sua vida
útil.
O que deve ser feito é
equilibrar as estruturas
do casco, respeitando
a conformação do cavalo podendo utilizar o
tipo de ferradura adequado à situação individual do animal, dando sempre um maior
conforto e fazendo
com que o animal realize da melhor maneira
possível o seu trabalho.
relação aquele à frio?
O ferrageamento a quente tem suas vantagens, pois torna
mais fácil modelar o ferradura ao casco, facilitando também qualquer tipo de modificação na ferradura, tais como
guarda-casco (clip ou barbeta), extensão lateral, pinça rolada, etc. Também fica melhor para confeccionar uma ferradura especifica para certo tipo de problema, ou para a
modalidade em que o cavalo atua.
Quando casqueamos um cavalo abrimos os poros do casco.
No ferrageamento a quente, é feita a cauterização, vedando uma possível porta de entrada de fungos ou bactérias.
Além disto, o processo “a quente” deixa o casco bem plano, nivelando as irregularidades causadas
pelo
casqueamento;
isso também melhora
o contato da ferradura
com a parede do casco.
Porém, é importante
lembrar que os dois
tipos de ferrageamento podem ser corretos
desde que praticados
por uma pessoa com
conhecimento. É claro
que o inverso é verdade: ferradores pouco
capacitados
causam
muito estrago, tanto
com a técnica a quente
quanto aquela a frio.
Correções ortopédicas em potros
Devemos ter uma
atenção especial com
os potros. É muito imQuando está na hora
portante observá-los
de trocar as ferradudesde seu nascimento,
ras do cavalo? Existe
para que se possa interum intervalo ideal envir a tempo se houver
tre ferrageamentos?
problemas de desvio.
O intervalo ideal entre
As eventuais correções
ferrageamentos deve
devem ser feitas até a
ser de 4 a 6 semanas no
A observação do nivelamento dos talões verifica se o casqueamento foi bem executado
idade MÁXIMA de
máximo, pois o casco
nove meses de idade,
cresce de 6 mm a 1 cm
pois até este tempo limite as epífises ósseas calcificam.
por mês, dependendo de alguns fatores como alimentação,
É muito importante sabermos distinguir um potro com des- clima, ambiente em que o cavalo vive.
vio de um potro normal. Todos os animais jovens possuem É importante não se ultrapassar este prazo, pois com o
certo grau de abertura nos membros; o que interessa é que crescimento do casco, perde-se o alinhamento ideal das faa coluna óssea deve estar alinhada.
langes, podendo haver sobrecarga de outras estruturas. O
Todo tipo de intervenção precisa ser feita apenas por profis- casco pode passar da ferradura (engolir a ferradura), apresional qualificado, pois qualquer erro nesta fase pode oca- sentar desequilibrio, haver quebra de parede ou surgimento
sionar problemas que o animal levará para o resto de sua de rachaduras. Passando do intervalo ideal, os cravos afrouvida, prejudicando até sua performance futura.
xam e a ferradura pode cair.
Existem vantagens do ferrageamento a quente em Qual o problema mais frequente ocasionado por
34
HORSE’S LIFE
casqueamento ortopédico, deve ser casqueado a
partir de que idade e com que frequência?
Os potros podem ser casqueados a partir dos 15 dias de
idade. Os cascos dos potros tendem a crescer bicudos; por
isto temos que arredondá-los para que
no movimento a saída do casco do chão
(ponto de quebra)
seja plano e vertical.
Se, ao contrário, no
movimento houver
desvio para algum
lado, isto pode levar ao crescimento
anormal (= desvios)
das estruturas ósseas, não apenas do
pé, mas de todo o
membro locomotor.
Os potros devem ser
casqueados a cada
20 ou 30 dias, conA observação do animal em estação, em piso nivelado, precisa ser feita tanto antes quanto depois do
casqueamento. forme a necessidade,
sem exageros mas
sempre equilibrando
e arredondando seus
cascos.
ferrageamento realizado por pessoa pouco qualificada?
O problema que mais encontramos é o desequilíbrio de
casco; o mesmo leva a rachaduras sérias, talões colapsados,
achinelamento,
tudo isso até podendo
levar a patologias em
estruturas mais profundas. Nestes casos os
cavalos necessitam de
ferraduras especiais, e
pode haver necessidade
de ficarem parados sem
trabalhar, até ocorrer
sua recuperação.
É possível um cavalo de esporte ou trabalho não precisar
de ferraduras? Mesmo assim ele deve
ser casqueado?
Dependendo da modalidade ou trabalho
que o cavalo pratica é
possível trabalhar sem
ferraduras, mas tudo
isso dependo de alguns
fatores como: cuidados
Quando um potro
com o casco (nutrição,
ou cavalo jovem
higiene, ambiente em
deve ser ferrado
que vive), estruturas do
pela primeira vez?
casco, conformação, loUm cavalo de aprucal e tipo de piso onde
mo normal não tem
trabalha.
necessidade de ser
Algumas modalidades
ferrado antes da
ou problemas fazem
doma. Os cavalos
com que os cavalos neem geral ferrados ascessitem de certos tipos
sim que começam a
de ferraduras para detrabalhar com mais
sempenhar melhor sua
intensidade, quando
função, mas um cavao desgaste é maior,
lo com um bom casco
fazendo com que nepode sim trabalhar e
cessitem de proteção
praticar esporte sem
O
ferrador
analisa
o
cavalo
em
movimento
para
detectar
anormalidades
na
trajetória
dos
locomotores.
para seu melhor deferraduras, desde que
sempenho, mantennão seja observado um
do assim a integridade do casco.
desgaste exagerado do casco.
Também nos cavalos que trabalham sem ferraduras o casqueamento precisa ser periódico, pois os cascos sofrem des- O autor é gestor em equinocultura e ferrador profissional.
Contatos: [email protected] - www.ferrador.com.br
gastes e temos que equilibrá-los novamente.
Um potro de aprumos normais, que não precise de
HORSE’S LIFE
35
Coluna
U
Origens
Por Aluisio Marins, MV
ma das maiores dificuldades que profissionais do cavalo encontram é tentar não esquecer os reais motivos que os levaram a
serem estes profissionais. Imagine um treinador de alguma modalidade. Tem em seu centro de treinamento 20, 30, as vezes 50
cavalos sob sua responsabilidade, cavalos estes de pessoas que lhe
confiam o trabalho. Juntamente com uma equipe (é impossível um treinador
montar tudo isto de cavalos...) este treinador deve mostrar resultados, independentemente do que isto seja para cada um dos seus clientes. Resultado é
algo de grande expectativa por parte dos proprietários e que acaba por ser
o grande motivo do cavalo estar treinando com determinada pessoa, mas
também o grande causador dos resultados negativos. Por que isto acontece?
Normalmente a pressão é grande, e esta pressão deve ser absorvida e processada na cabeça do treinador. São diversos proprietários querendo o melhor,
e um só treinador para mostrar o resultado. Sem problemas, a partir do momento que a experiência nos coloca em condições para administrar tudo isto
e chegar ao melhor que conseguimos. Tudo isto passa por
um momento de rotina na vida dos treinamentos
que é o dia a dia com os cavalos. Muitas vezes
nos deparamos com 8, 10 cavalos para montarmos todos os dias. Nos pegamos então em um
processo que chamo de “linha de montagem”
onde sem querer deixamos de ser detalhistas
e não pensamos com exclusividade em cada
cavalo que montamos. Quando isto acontece,
montar passa a ser um fardo pesado que o
treinador carrega. Deixa de ser gostoso, deixa
de ter prazer. Ao olharmos a “fila de cavalos”
nos dá a sensação de que o dia não vai terminar. Isto obviamente é ruim para os cavalos,
mas infinitamente pior para o treinador, que
deixa de montar com qualidade e com satisfação e prazer. Um profissional do cavalo de hoje
começou a montar porque um dia se apaixonou pelos cavalos. Esta paixão
foi maior do que tudo, mais forte do que qualquer outra vontade ou desejo,
e este foi o real motivo pela opção profissional deste treinador. Isto não pode
acabar, diminuir ou desaparecer. Deve sempre andar ao lado de quem treina
cavalos diariamente, por profissão, mas principalmente por paixão...
36
HORSE’S LIFE
Coluna
O campeão precisa
de algo mais para ser notícia
Fotos cedida ABQM
C
Por Moacir Russo
orria o ano de 2002. O dia era 3 de dezembro e os cavaleiros Paulo Koury
Neto e Franco Bertolani foram campeões da Copa Mundial de Rédeas,
ocorrida em Oklahoma (EUA). Essa conquista internacional chamou à
atenção da imprensa. Primeiramente, do caderno da Folha de S. Paulo, o
Agrofolha, com matéria do jornalista Sebastião Nascimento, o Tião. Em
seguida, da poderosa Rede Globo, que incumbiu a famosa Gloria Maria
para entrevistar os campeões num quadro do Fantástico. Contudo, a matéria atraiu
a Globo mais pelo perfil do Paulo Koury, descrito pelo Tião, como: “Um cowboy
que usava brinco e gostava de rock e Filosofia e acabou como personagem de uma
pauta de matéria para “Comportamento”. Por esse motivo, quem virou notícia foi ele
e não o Franco, que apreciava música e moda
country, como todo cowboy “normal”. Ele praticamente ficou assistindo à entrevista do colega, apesar de ter dividido o título. Quando a
matéria foi ao ar sem a participação do Franco
(o Paulo Khoury não teve culpa pela opção),
deu um rebuliço danado entre os criadores, que
defendiam também participação do Franco na
matéria. Até pressionaram a assessoria de Imprensa da ABQM para que desse o rumo certo
nessa celeuma.
Mas os dois órgãos da imprensa não queriam
mais se manifestar sobre o assunto, argumentando que não tinham mais espaço. Então,
para que ele fosse tratado somente pela participação técnica dos dois dos nossos principais
cavaleiros, fomos a Bauru (SP), pela Revista
Quarto de Milha (eu e o fotógrafo Elias Pernice) e concedemos o mesmo espaço aos dois
pela conquista. Aí, os ânimos se esfriaram.
Inclusive a reportagem virou reportagem de
capa. Vale lembrar que, na época, o sonho de
todo cavaleiro era ser um craque de Rédeas, pois era muito mais reconhecido do
que ser campeão pelas outras modalidades. A lição que fica é que, para virar “notícia, é sempre bom ter “uma carta na manga” ou algo a mais para mostrar. “Fui pescar e trouxe um peixão desse tamanho”, brincou Paulo Koury no dia da entrevista,
esticando a mão exagerada.
Moacir Russo é jornalista especializado na raça Quarto de Milha,
diretor da empresa Quartistas Assessoria e Comunicação e do blog www.quartistas.com.br
HORSE’S LIFE
37
Manejo
Potros:
desrespeito ou confiança?
Na lida com potros, é importante estabelecer limites desde cedo, com firmeza
porém sem brutalidade, e de maneira compreensível para o potro.
N
Pesquisa: Equipe HL
o manejo de equinos, por vezes é complicado delimitar a fronteira entre os comportamentos mais e menos desejáveis, onde a confiança de um potro nos humanos pode ultrapassar os limites do desrespeito ou, inversamente, até que ponto medidas disciplinares são
corretas e quando atemorizam um animal anulando qualquer aprendizado positivo. Para
compreender isto, é interessante refletirmos sobre o relacionamento social dos equinos
entre si, e como eles entendem noções de hierarquia e dominância.
A manada de cavalos estabelece uma ordem hierárquica clara, com os integrantes assumindo posições definidas, que são mudadas apenas à custa de disputas. Para os cavalos, não existe noção de
“temos direitos iguais”: cada indivíduo é ou superior ou inferior a outro. É interessante observar
que os líderes das manadas, tais como o garanhão-chefe e a égua alfa, são mais nervosos e estressados, uma vez que a sobrevivência do grupo na natureza depende da sua constante vigilância sobre
predadores e outros perigos.
38
HORSE’S LIFE
A comunicação dos equinos é vocalizada apenas em segunda linha, dando-se principalmente por linguagem corporal,
na qual elementos visuais são muito mais frequentes do que
o contato físico (empurrões, coices, mordiscadas, etc) propriamente dito. Pequenos gestos e atitudes, imperceptíveis
ao observador humano leigo, traduzem todo um código de
atitudes de dominância e subordinação. Por isso dissemos,
por exemplo, que na maioria dos casos, quando uma pessoa
toma um coice ou mordida já havia recebido – e ignorado –
diversos avisos de que o animal em questão estava prestes a
tomar uma atitude mais extrema.
Ora, os líderes em qualquer espécie tendem a ser os indivíduos
de personalidade mais forte. Quando um cavalo ou égua deste tipo está inserido numa “manada” natural, doméstica ou
artificial, tenderá a disputar a liderança sempre que o “líder”
em questão não se mostrar inquestionavelmente superior. Este
cavalo fará isto seguindo seu instinto de auto-preservação, pois
a evolução ensinou à espécie que um líder fraco representa
perigo de vida para todos os integrantes da manada.
Agora, levemos este cenário para um criador iniciante de cavalos, encantado com seu primeiro potrinho. Às vezes estas
pessoas ficam tão fascinadas que desde cedo ensinam seu potros a vê-los como iguais, permitindo atitudes e brincadeiras
que, aos olhos do potro, acabam caracterizando o humano
como hierarquicamente inferior. Alguns exemplos comuns:
permitir mordidas, brincar de pegar “fugindo” do potrinho,
permitir que o cavalo esfregue a cabeça em nosso peito, encorajar o potrinho a empinar colocando os anteriores em nossos
ombros. Entre cavalos, essas atitudes são aceitas por aqueles
que se declaram subordinados ao outro animal. Tudo isso é
uma gracinha no potro pequeno, mas o mais tardar por volta dos 18 meses torna este cavalo imprevisível e até perigoso
no convívio com pessoas, pois ele se percebe como pessoa, ou
o inverso, entende as pessoas às quais ele deveria obedecer
como integrantes inferiores da manada da qual ele é o líder.
Quando este comportamento foi desenvolvido e encorajado
desde os primeiros dias de vida, pode representar um enorme problema para domadores e treinadores. Muitas vezes,
é isto que acontece com potros órfãos criados na mamadeira, que constróem seu referencial de comportamento social
entre pessoas que lhes permitem muitas atitudes que uma
família equina corrigiria imediatamente como inaceitáveis
em potrinhos jovens. Por isso também, é tão importante permitir que o potro órfão, ou qualquer potro “filho único” de
um proprietário de uma única égua, tenha contato com outros cavalos, para que aprenda a se comportar corretamente
com os demais cavalos. Vale dizer que da mesma forma que
as bases para o convívio social de uma criança se constróem
antes dos cinco anos de vida, na família antes da escola, um
potro deve aprender a ser um cavalo, junto a outros cavalos,
para depois melhor saber respeitar as pessoas que serão seus
“líderes” pela vida afora.
HORSE’S LIFE
39
Veterinária
O QUE É
IMPRINTING
O imprinting é indicado para
potros? Saiba mais e tire suas
próprias conclusões
O
Autoria: Equipe HL
Fonte consultada: Dra. Adriana Busato, MV
treinamento comportamental de
potros recém-nascidos conhecido
como ‘imprinting’ (traduzido literalmente como impressão), foi largamente veiculado e popularizado
no mundo hípico a partir de 1991
pelo médico veterinário norte-americano Robert Miller.
Em etologia (estudo do comportamento das espécies), “imprinting” é o processo no qual um
animal jovem aprende a reconhecer indivíduos
específicos (no caso a mãe) e outros seres de sua
espécie. Esse processo, em geral, é uma resposta
automática a estímulos específicos implantado
durante o prazo de tempo em que o animal é
sensível a estes estímulos.
Este prazo, denominado de período sensitivo, é de
horas ou dias, e especialmente ativo logo nas primeiras horas após o nascimento. A capacidade do
filhote de reconhecer a mãe, identificá-la e segui-la, é importante para a sobrevivência do indivíduo, especialmente nas espécie cujos filhotes se movimentam e
seguem o grupo logo após o nascimento, tal como é o caso dos
equinos.
O exemplo mais conhecido é o dos patinhos e gansos, cujo
estímulo de ‘imprinting’ ao sair do ovo é seguir a primeira
coisa que ele enxergar em movimento. Assim, é comum vermos estes animais seguindo crianças e cães e não suas mães
porque aqueles foram a primeira visão que as pequenas aves
tiveram de algum movimento (estímulo) ao eclodirem do
ovo (período sensitivo).
Robert Miller publicou livros e vídeos com base na idéia de
que o lapso de tempo de até duas horas após o nascimento
seria o período sensitivo do potrinho, uma vez que é nesse
tempo que ele aprende a reconhecer e seguir sua mãe.
40
HORSE’S LIFE
O pesquisador preconiza que se houver interação com o
potrinho nesta “janela” de tempo, (por vezes antes mesmo
de o potro levantar e mamar), o homem poderia moldar
permanentemente o comportamento e a personalidade
do recém-nato para que o animal fique mais manejável,
calmo, confiante e por consequência tornar-se um cavalo
mais fácil de treinar no futuro.
Isso aconteceria por vários fatores. Inicialmente porque o potro
faria a ligação com o homem ao mesmo tempo em que faria
com a sua mãe e nesse caso não o veria como um predador. O
potro reconheceria o homem como dominante e se submeteria
sem medo e poderia ser dessensibilizado permanentemente a
estímulos comuns que ele encontrará ao longo da vida (como
ao barulho da tosquiadeira, tocarem em suas orelhas, olhos e
patas, introdução do dedo em suas narinas, etc).
Nos Estados Unidos, muitos anúncios de potros à venda citam que este ou aquele tiveram trabalho de ‘imprinting’ ao
nascer, dando uma possível “garantia” de um animal mais
calmo e manejável.
Por outro lado, o método do Dr. Miller foi combatido por
alguns outros veterinários e hipologistas que sugeriam que
o treinamento de ‘imprinting’ poderia estressar desnecessariamente o potrinho recém-nascido por atrasar o tempo que
ele levaria para ingerir o colostro.
Argumentavam também que se o método fosse feito incorretamente poderia produzir um potro menos manejável ao crescer, porque interferiria na ligação do potro com
a mãe criando um animal “mimado” pelo homem. Este
não respeitaria o espaço do ser humano (o que pode vir
a ser muito perigoso conforme o potro cresce), e se tornaria um potro completamente insensível aos estímulos e
sem respostas instintivas, tornando-o mais difícil de treinar e por vezes criando cavalos agressivos e não submissos, como muitas vezes acontece no caso de potros órfãos
amamentados na mamadeira.
Com base nestas opiniões opostas, dois trabalhos científicos
em ‘imprinting’ acabaram de ser publicados pela Universidade do Texas que esclarecem muitas dúvidas.
Os dois trabalhos concluíram que o treinamento de ‘imprinting’ verdadeiro, onde o que é aprendido é fixado por um
longo tempo, não acontece nos equinos.
Os pesquisadores conduziram dois estudos onde dividiam
os potros em grupos que não recebiam treinamento de ‘imprinting’ (grupo controle), grupos que receberam ‘imprinting’ logo após o nascimento e grupos que receberam o treinamento em vários intervalos de tempo diferentes.
A pesquisa seguiu a técnica de ‘imprinting’ do Dr. Miller,
soltando após o treinamento, os potros no pasto com suas
mães com mínimo contato com seres humanos. Estes animais eram recolhidos e testados para taxa cardíaca, comportamento e resposta aos estímulos dados.
O primeiro estudo focalizou a eficácia do treinamento de ‘imprinting’. Foi observado o quanto de informações referentes
ao treinamento foi retida pelos potros e por quanto tempo.
Dos 47 animais do estudo, 25 sofreram ‘imprinting’ e 22
não. Com um e dois meses de vida, os potros que tiveram o
treinamento apresentaram melhor resposta aos estímulos e
menor taxa cardíaca do que os do grupo controle. Já aos três
meses os potros não apresentaram diferenças significantes
entre eles. Concluiu-se que as sessões de treinamento precoce foram se apagando com o tempo, o que não deveria
ocorrer se o ‘imprinting’ verdadeiro tivesse ocorrido.
O segundo estudo focou na busca do período de tempo ideal
para se processar o treinamento. Foram usados 131 potros divididos em sete grupos. O primeiro não teve treinamento (controle); o segundo foi treinado logo após o nascimento; o terceiro
foi treinado ao nascer e reforçado às 12, 24 e 48 horas de vida.
Os outros quatro grupos tiveram um único treinamento respectivamente com 12, 24, 48 e 72 horas após o nascimento.
Depois disso os potros foram soltos no pasto com suas mães
por seis meses, quando então foram testados para resposta
aos estímulos do treinamento, taxa cardíaca e comportamento. Os resultados foram muito similares ao do primeiro
estudo e não apresentaram diferenças significativas entre nenhum dos grupos estudados.
Os pesquisadores concluíram que o que realmente funciona com equinos não é o treinamento de ‘imprinting’, e sim
o treinamento regular que neste caso deve ser confirmado
constantemente ou será esquecido.
Como ponto positivo do método eles afirmam que o treinamento dos potros iniciando o mais cedo possível tem melhores resultados, uma vez que os eles logo aprendem a não
temer o ser humano e a colaborar com o manejo, desde que
os estímulos sejam repetidos com relativa frequência.
Finalmente, provou-se que não há necessidade da presença
do proprietário ou do veterinário na madrugada, na hora
do nascimento especificamente para treinar o potro. O treinamento do potro pode ser iniciado a qualquer momento,
de 24 horas a três dias ou mais de vida sem diferença significante na qualidade da resposta. Entretanto, se o trabalho
não for continuado com sessões subsequentes todo o treino
será perdido.
Podemos constatar que na maioria das vezes a ciência acaba
por provar o que as pessoas que trabalham com cavalos já
perceberam há muito tempo atrás. No ramo do cavalo, a capacidade de observação aliada ao bom senso ainda trazem
os melhores resultados.
Contato:
Dra. Adriana Busato é médica veterinária, Juíza da ABCCH e proprietária do Haras FB
E-mail: [email protected]
Obs.: Leia ainda a matéria sobre manejo de potros,
também nesta edição
HORSE’S LIFE
41
Veterinária
Q
ACIDENTES COMUNS NOS EQUINOS
uem trabalha com cavalos, seja veterinário, cavaleiro ou proprietário, costuma estar convicto
de que a lei de Murphy se aplica ainda mais
a eles que às outras espécies. Os cavalos aliam
diversas características físicas e psicológicas que
parecem predispô-los a acidentes traumáticos:
• Curiosidade aguçada;
• Instinto de fuga aguçado, aliado a reflexos muito
rápidos;
• Grande massa corporal;
• Extremidades (focinho, sobrolho, ponta da anca,
locomotores) com pouco ou nenhum revestimento
muscular.
Tudo isso somado pode resultar num projétil de 500 kg em
rota de colisão com cercas, muros e árvores – como acontece com frequência.
Na minha prática clínica, no quesito “acidentes em equinos”, as suturas de extremidades são a ocorrência mais comum. O impacto das regiões corporais citadas – chanfro,
arco zigomático, ponta da paleta, íleos, além de toda a área
inferior das pernas – sobre superfícies agudas ou duras, ou
sobre quinas, pode produzir cortes extensos, os quais felizmente quase nunca são graves em termos de prognóstico,
mas que exigem atenção veterinária para cicatrizarem bem
e sem risco de complicações secundárias.
O prazo máximo de aplicação para uma sutura é de seis
horas após o acidente traumático. Um risco de complicação secundária neste ou em qualquer tipo de ferimento é
o tétano, doença à qual os cavalos são muito sensíveis, e
que resulta em morte ou em incapacitação permanente.
Por isso, a aplicação de soro antitetânico quando da ocorrência de qualquer ferimento e também após cirurgias,
castrações, lesões perfurantes dos cascos, etc, é obrigatória,
mesmo que o cavalo esteja com a vacinação em dia. A recuperação ideal de toda lesão traumática depende ainda
42
HORSE’S LIFE
Pesquisa: Equipe HL
de curativos diários, com higiene rigorosa. A antibioticoterapia pode ser necessária em alguns casos, a critério do
médico veterinário.
Muitos dos acidentes com cavalos se devem a instalações
perigosas ou inadequadas – tais como cercas em mau estado de conservação. Há casos de desfecho quase sempre trágico em que o cavalo – geralmente um garanhão – empina
sobre palanques de cerca finos ou pontiagudos, resultando
em evisceração.
Outra ocorrência comum, com índice elevado de mortalidade, são as brigas entre cavalos resultando em fraturas
por coice. Um breve desentendimento até entre cavalos
amigos, com um coice em tíbia, úmero ou canela, pode
causar uma fratura. Isto é mais grave entre cavalos cujos
posteriores estejam ferrados – a diferença entre o coice
de um cavalo desferrado ou com ferradura é equivalente
àquela entre dar um soco em alguém com a mão nua ou segurando uma pedra. Já tive na minha prática clínica diversos casos de fraturas fatais resultantes de “brigas de pasto”.
Se dermos uma definição mais ampla ao termo “acidente”,
talvez o mais comum de todos sejam as cólicas digestivas
resultantes da ingestão indevida de ração, seja por fornecimento de quantidades erradas e/ou em horários inadequados, seja porque o cavalo teve acesso ao quartinho de ração.
Outro tipo de “acidente”, devido à falta de conhecimento
dos encarregados, são os distúrbios metabólicos derivados
do binômio excesso de exercício x falta de condicionamento físico, agravável pelo excesso de peso, muito comum em
algumas raças de cavalo. Fazem parte deste grupo acidose
metabólica, miosite, mioglobinúria paralítica e a laminite,
podendo ser uma agravamento da outra. O pior pecado
de um pretenso cavaleiro é não preparar seus cavalos para
o nível de desempenho que deles se espera, e achar que
“massa muscular” (para não dizer “gordura”) é sinônimo
de “capacidade atlética aeróbica”.
Treinamento
Termorregulação
no cavalo de esporte
N
Entenda mais sobre termorregulação, e aprenda uma técnica para
acelerar a recuperação física de seus cavalos após esforço intenso.
o desempenho prolongado de cavalos de esporte,
a termorregulação é o maior desafio, tanto mais
quanto mais quentes e úmidas forem as condições
ambientais. (Umidade elevada obviamente dificulta a evaporação.) Quanto maior um corpo, menos
eficiente a troca de calor com o meio ambiente
(pois a superfície aumenta ao quadrado enquanto o volume
aumenta ao cubo). A elevada freqüência respiratória nos cavalos submetidos a esforço (bater de narinas), que muitas pessoas
percebem como falta de fôlego (condicionamento físico) é na
verdade um mecanismo superexigido de termorregulação (tentativa de resfriamento pelos capilares pulmonares).
Por tudo isso, desempenho eficiente de cavalos no nosso clima
é um desafio muito maior do que nos damos conta. Como
referência, existe um índice da FEI que soma umidade relativa
do ar (URA) e temperatura ambiente (TA) em graus Fahrenheit, preconizando que a soma
• Abaixo de 130 = OK
• Até 150 = OK para animais treinados e não-obesos
• Acima de 150 = sudorese comprometida (termorregulação),
especialmente se URA corresponder a 50% ou mais
• Acima de 180 = troca de calor comprometida, FEI restringe
realização do evento
Ora, 30 oC equivale a 86 oF, e umidade de 85% não é nada
raro para nós. Portanto, 85 + 86 = 171, significando que um
dia típico de verão do nosso litoral, se depender da aprovação
da FEI, dificilmente poderá sediar um enduro ou um CCE.
Sabendo que as olimpíadas
de Atlanta (1996) seriam
realizadas em clima quente
e úmido, desde 1994 a FEI
realizou pesquisas e testes
de campo para otimizar a
termorregulação dos cavalos, e desde 1995 são recomendadas as estratégias de
resfriamento agressivo nos
intervalos das fases do CCE
e entre os anéis dos enduros.
Elas consistem em resfriar
os cavalos com banhos repetidos a zero graus (água
com gelo), durante minutos
a fio, até obter o retorno dos
parâmetros fisiológicos (FC
e FR). Esta técnica contou
Autora: Claudia Leschonski, MV
com muita resistência no início, especialmente nos países frios,
mas eu tenho utilizado e divulgado a mesma desde 1996, começando pelos cavalos da equipe brasileira de CCE (Atlanta). É surpreendente como os velhos mitos persistem, tais como que lavar
as grandes massas musculares, quando quentes, com água fria
causa miosite. Até hoje, no enduro alguns competidores se assustam quando vêem alguns cavalos, no minuto em que chegam no
vet check, debaixo de baldes e mais baldes de água gelada.
Pesquisas apontam que os cavalos que apresentam miosite após
os banhos gelados de qualquer maneira já estavam em vias de
desenvolver a mesma (os mecanismos metabólicos são distintos). Da mesma maneira, provavelmente casos registrados de
colapsos cardiovasculares fatais, mesmo quando ocorrem no
momento em que o animal entra na água ou toma água, estavam pré-programados como deficiencia existente e até então não diagnosticada. A morte fulminante de cavalos a pleno
galope, por ruptura de aorta ou similar, é bem conhecida em
cavalos atletas, e de novo, não tem relação com a água fria.
Pessoalmente, não tenho nenhuma hesitação em usar a água
gelada em TODOS os nosso cavalos, velhos e jovens, em todos os níveis de condicionamento físico, no CCE e no enduro.
Nos treinos, nos limitamos à água fria; nas provas, compramos
sacos e sacos de gelo. Há algum tempo, fui responsável pela
realização de um enduro em Manaus (índice em torno de 180),
com a maioria dos cavalos insuficientemente condicionados,
e graças ao trabalho entusiasmados dos meus auxiliares e de
muuuita água gelada, todos os cavalos se recuperaram bem. É
minha convicção absoluta que a água gelada só faz bem, e que
a maioria dos cavalos até gosta (similar ao efeito do banho gelado após a sauna, acredito).
Nunca tive problemas, e
reitero que quando os há,
as causas inerentes seriam
miosite já em progresso
(metabolicamente falando),
condicionamento (plano de
treinamento) deficiente ou
deficiência cardiovascular
pré-existente.
Claro que banho frio não
é substituto para um bom
condicionamento físico,
área em que muitas vezes
observo grandes deficiências, tanto nas modalidades anaeróbicas ou mistas
(explosão) quanto nas aeróbicas (resistência).
HORSE’S LIFE
43
Mais de 1600 cavalos no
21º Congresso Brasileiro QM
M
O 21º Congresso Brasileiro da Raça Quarto de Milha de Conformação e Trabalho movimentou o
Parque de Exposições Dr. Fernando Cruz Pimentel, em Avaré, entre os dias 27 de abril e 1º de maio.
ais um ano o Congresso Brasileiro da Raça Quarto de Milha, promovido pela ABQM – Associação Brasileira de Criadores de Cavalo da Raça Quarto de Milha – abriu as competições oficiais
da raça em grande estilo, com grande participação de competidores de todo o país, totalizando
3934 inscrições.
Segundo o Departamento de Esportes da Associação, do total de inscritos, 3552 foram exclusivamente para as provas válidas pela ABQM e as outras 382 inscrições foram disputas pela American Quarter Horse Association (AQHA). Continuando as estatísticas, a entidade apurou que o parque recebeu 1700 animais em
competição, pertencentes a aproximadamente 1000 proprietários, que estiveram representados por quase 1200
competidores.
Segundo Marcello Xavier, responsável pelo departamento, foram entregues 850 troféus de premiação, além da
distribuição de R$ 530 mil em dinheiro. Continuando a calcular o evento em números, foram instaladas cerca de
1300 baias pré-montadas, além das 250 baias de alvenaria já existentes no recinto.
Como em todas as edições e eventos oficiais da raça, o impacto econômico causado pelo Congresso foi grande,
avaliado entre R$ 6 e 7 milhões, analisando rede hoteleira, restaurante e o comércio em geral. O evento foi transmitido pelo Canal Rural e teve como patrocinadores as empresas John Deere e Supra.
Uma das novidades deste ano foi a Galeria do Conhecimento que apresentou uma programação repleta de palestras variadas, organizadas pela Universidade do Cavalo, além de uma mostra de filmes no Cinema UC, que
também reuniu temas variados concernentes ao mundo do cavalo.
Os cinco leilões que movimentaram o setor comercial, vendendo mais de 200 animais de várias linhagens da raça.
O total comercializado foi de R$ 11,6 milhões, sendo 327 animais por R$ 10,3 milhões (média de R$ 43,6 mil) e
mais 121 coberturas por R$ 1,3 milhão.
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HORSE’S LIFE
Foto Miguel Oliveira
Foto Miguel Oliveira
Foto Fabio Cabrera
Foto Miguel Oliveira
Eventos
Conheça os campeões de cada modalidade e categoria:
Apartação
Aberta Castrado Júnior – Jay Jay Oak HSC (Son Ofa Jay x Smart Noak), Antônio Sérgio de Araújo Júnior (José Amaury Camillo), 70,00
Aberta Júnior Livre – Lili Star Jay FFB (Son Ofa Jay x Topstar Jay), Antônio Sérgio de Araújo Júnior (José Amaury Camilo), 75,00
Aberta Senior Livre – Reydiculous (Dual Rey x Stylish Play Lena), Juan Carlos Perez Martinez (Dailton Marin), 75,00
Amador Livre (19 anos ou mais) – Royalty River (Pepto Red boy x Riverside), Angela Muniz Barreto Otsuka (a mesma), 74,00
Amador Livre Master – Fizzy River (Smokin Duehickey x Riverside), Erasmo Lopez Martini (o mesmo e Angela Muniz Barretto Otsuka), 71,00
Jovem Livre (18 anos ou menos) – Shiny Pepto (Pepto Red Boy x Shy San), Filipe Matheus Pongitore Pessoa (Haras 4 Irmãos), 70,00
Bulldogging
Aberta Livre – Acuan Bars MN (Pioneer Doc x Peppy Acuan MN), Cesar Costa Brosco (José Ricardo Cardoso de Macedo), 5,66
Amador Livre (19 anos ou mais) – Watcha Joe Sugar (Watch Reds Song x Madam Sugar Jack), Thiago Câmara Sampaio (o mesmo), 6,53
Amador Livre Principiante Amador – Sweet Honey Gamay (Spirit Of Doc Gamay x Lepida SM), Francisco Luchesi Lino Mourão (Nívio Alves Daldegan), 9,92
Cinco Tambores
Aberta Livre – Primeira do Juninho (Valete Times x ST Margherita), Vagner Simionato (o mesmo)
Amador Livre (19 anos ou mais) – Shock Me Success (Yes Icam HPAM x Cat Success), Leandro Dias Alcoléa (José Luiz Dias Alcoléa)
Amador Livre Master – First Skippy G (Flash Skippy KRB x Miss Parker San), Aureo Antônio Fiorita (o mesmo)
Amador Livre Principiante Amador – One Show SI (Twin JA x Scam Label JA), Rene Eduardo Mariano de Almeida (o mesmo)
Jovem Livre (18 anos ou menos) – Tulun San SMA (Double San SMA x Caramoce MF), Eugenio Pascholionotte Piloto (Arnaldo Piloto de Oliveira)
Jovem Livre Principiante Jovem – Ease Bee Dee Enc (Cool Bee Dee LN x Ease Count RR), Guilherme Vernier Bissaco (o mesmo)
Conformação
Aberta Fêmeas de 1 ano Livre – Dolly Sacred (The Sacred Son x Ferraris Array), Rogério Aparecido da Silva (Elizabeth Munhoz Ferreira)
Aberta Fêmeas de 1 ano Futurity Livre – Miss Golden Mirage (Impressive Royal TFT x The Gold Finale), Carlo Linsenmayer Jaconi (o mesmo)
Aberta Fêmeas de 2 anos Livre – Suzan Sacred (The Sacred Son x Miss Sudimar), Rogério Aparecido da Silva (Ovídio Vieira Ferreira)
Aberta Fêmeas de 3 anos Livre – Genuine Cash Ilusion (Mr Cash Ilusion x Quinarius Five), Erico Franciscato Braga (o mesmo)
Aberta Fêmeas de 4 anos ou mais Livre – Safira By Doctor (Doctor Coosa x Pretty Sonny TE FC), Carlo Linsenmayer Jaconi (o mesmo)
Aberta Fêmeas menos de 1 ano Livre – Magnolia Blue (Chicago Blue x Golden Coosa), Carlo Linsenmayer Jaconi (o mesmo)
Aberta Machos de 1 ano Livre – My Ilusion (The Sacred Son x Elusive Lady Gray), Luciano T. Beretta (Ricardo Edwin Fernandes)
Aberta Machos de 1 ano Futurity Livre – Ima Cool Kid (CD Kid x Ima Cool Set), Erico Franciscato Braga (o mesmo)
Aberta Machos de 3 anos Livre – Dominant Royal Vic (Impressive Royal TFT x Tardy Touche), Luciano T. Beretta (Vilma Navarro Diniz Borges Simas)
Aberta Machos de 4 anos ou mais Livre – The Best One Array (MBJ Mr Array x Delajane Too Chance), Rogério Aparecido da Silva (Elizabeth Munhoz Ferreira)
Amador Fêmeas de 1 ano Futurity (19 anos ou mais) – Miss Golden Mirage (Impressive Royal TFT x The Gold Finale), Carlo Linsenmayer Jaconi (o mesmo)
Amador Fêmeas 2 anos (19 anos ou mais) – Ima Cool Dream (Impressive Royal TFT x Ima Cool Set), Erico Franciscato Braga (o mesmo)
Amador Fêmeas de 3 anos (19 anos ou mais) – Genuine Cash Ilusion (Mr Cash Ilusion x Quinarius Five), Erico Franciscato Braga (o mesmo)
Amador Fêmeas de 4 anos ou mais (19 anos ou mais) – Safira By Doctor (Doctor Coosa x Pretty Sonny TE FC), Carlo Linsenmayer Jaconi (o mesmo)
Amador Fêmeas menos de 1 ano (19 anos ou mais) – Magnolia Blue (Chicago Blue x Golden Coosa), Carlo Linsenmayer Jaconi (o mesmo)
Amador Machos de 1 ano Futurity (19 anos ou mais) – Ima Cool Kid (CD Kid x Ima Cool Set), Erico Franciscato Braga (o mesmo)
Amador Machos de 3 anos Livre – Dominant Royal Vic (Impressive Royal TFT x Tardy Touche), Francisco Diniz Borges Simas (Vilma Navarro Diniz Borges Simas)
HORSE’S LIFE
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Laço Cabeça
Aberta Castrado Livre – Doc Moon Jay (Doc Jaybee FM x Half Moon Jay), Rafael Correa Paoliello (Paulo Eduardo Souza de Figueiredo Ferraz), 215,00
Aberta Júnior Livre – Jack Jay Bee Dee (Doc Jaybee FM x Freckles Mentira), Leandro Cesar da Silva (Gustavo Almeida Theodoro), 218,00
Aberta Livre Aberta Light – Mory Mico JWS (Treasure Island BS x Lys Mico JS), Gustavo Valdecir Polizelli (o mesmo), 214,50
Aberta Senior Livre – Doc’s Gray Wood (PG Billy Gray x Doc’s San Wood), Rafael Correa Paoliello (Roberto Gottardi Paoliello), 219,50
Amador Livre Amador Light – Top Sucesso 3L (Sucesso SKR x Miss Tammy Merry), Wesley Duarte Parisi (o mesmo), 214,00
Amador Livre (19 anos ou mais) – Magic Jay (Doc Jaybee FM x Magic Point), Otávio Brentan de Figueiredo Ferraz (Paulo Eduardo Souza de Figueiredo Ferraz), 218,50
Amador Livre Master – Holly Pine WP (Mister Slydun Pine x Sonny Shadybars WP), Sérgio Ricardo Pulzatto (o mesmo), 209,00
Jovem Livre (18 anos ou menos) – Raia Oroite (Xexeu Oroite x Egua X 89), Caio Bonalume Proença (o mesmo), 215,00
Laço de Bezerro
Aberta Livre – Vicky Silver Star (Trevo SKR x Pretty Regal OD), Flávio de Oliveira (Artur José Cruz Rodrigues), 8,78
Amador Livre (19 anos ou mais) – Tumata 335 HK (Ray of Spring x Marqueza HK 244), Marcos Mendonça Andrade Nicolielo (Paulo Juliano Nicolielo Júnior), 9,00
Amador Livre Master – Funny Pepto (Pepto Red Boy x Peps Tina Lena), José Astor Baggio Júnior (o mesmo), 12,560
Jovem Livre (18 anos ou menos) – Hill Boy (Jay Boy x Shanna Skippy VP), Alex Rossi Cirino (o mesmo), 10,780
Laço de Bezerro Técnico
Aberta Castrado Livre – Calaco Lena (Briganlena x Calaco Dry Doc), Otávio Daniel Moreira Lopes (Thiago Alvim Lima Granato), 71,50
Aberta Júnior Livre – Dry Sugar It (Suggar Question WP x Dococita), Fábio Júnior da Paz Pereira (Emerson Vinícius Oliveira Dias), 72,50
Aberta Senior Livre – Rhino Doganlena 2F (Briganlena x Kee of Gold), Zenilton Benedito dos Santos (o mesmo), 73,50
Amador Livre (19 anos ou mais) – Billy Peppy EJB (PG Billy Gray x Peppy Eagle KRB), Tiago Ortolan Bernardes (Evaldo José Bernardes), 74,00
Amador Livre Master – Eldourado Cal Olena (Monge Cal Olena x Red Skin Broad), Paulo Henrique Cazarin Costa (Paulo Henrique Cazarin Costa), 71,50
Jovem Livre (18 anos ou menos) – Carol Great (Golden Great FF x Shingoara), Gustavo diacov da Cunha (José Ricardo Diacov da Cunha), 71,50
Laço em Dupla
Aberta Livre – Smarvel Prince CLC (Prince Smarvel YM x Shady Solano PH), Manoel Procópio Ribeiro Dias Filho (Gabriel da Silveira Guizilini) e Silver
Zorrero (El Shady Zorrero x Joyce Question FF), Pedro Alves Borges Neto (Fábio Aparecido Barriento Miguel), 5,58
Amador Livre Amador Light – Felina San (Lil San Rufas x Figura da RC), Carlos Eduardo Brandão Lemos (o mesmo) e Smile Cutter (Tiny Cutter BS x
Cool Peppy Okie), Rafael do Couto Rosa Lemos (o mesmo), 10,230
Amador Livre (19 anos ou mais) – Tieta Target SM (Sorvete Target SMC x Tieta Impressive EA), Wesley Duarte Parisi (o mesmo) e Smokin Jole (Smokin
Steel x Joselena), Daniel Pellosi Alfaro (o mesmo), 8,020
Jovem Livre (18 anos ou menos) – Raia Oroite (Xexeu Oroite x Egua X 89), Caio Bonalume Proença (o mesmo) e Stormy Question (Me Question Cody x
Shy Moon Rey), Lucas José de Oliveira (o mesmo), 7,020
Laço Pé
Aberta Castrado Livre – Magico Jay Bee (Alamo Gay x Lisa Bee Dee), Leandro Cesar da Silva (Arthur Martins de Souza), 219,00
Aberta Júnior Livre – Gun Doc Jay RE (PG Billy Gray x Talista Gamay), Everton Rodrigo Chiozzini (Adriano Vieira Pereira), 217,50
Aberta Livre Aberta Light – Smarv Toy Lena (Smarvelena x Bright Solis), Robledo Barbosa Goulart Júnior (Silvio Teixeira de Lima), 219,50
Aberta Senior Livre – Quick Peppy Doc (Hickory Fast DP x Docs One Ofa Kind), Anderson Paes de Proença (Octávio Luis Nishida Mayrink Góes), 218,00
Amador Livre Amador Light – Lenas Boonsmal (Pepto Red Boy x Senhoritalena), Raphael Franco Andrade Costa (o mesmo), 216,00
Amador Livre (19 anos ou mais) – Songsole Doc 2F (Briganlena x Mille Hickory HC), Guilherme Leite Padovan (o mesmo), 218,50
Amador Livre Master – Peppy Doc Smart (Peppy Doc DP x Smart Misspriss DP), Guilherme Monteiro de Mello (o mesmo), 215,00
Jovem Livre (18 anos ou menos) – Jack Jay Bee Dee (Doc Jaybee FM x Freckles Mentira), Gustavo Almeida Theodoro (o mesmo), 219,50
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HORSE’S LIFE
Maneabilidade e Velocidade
Aberta Livre – Primeira do Juninho (Valete Times x ST Margherita), Vagner Simionato (o mesmo), 48,355
Amador Livre (19 anos ou mais) – Tenesse Trouble Vr (Jet Grouble FF x Jaciara VR), Hugo Cesar Ribeiro (o mesmo), 49,158
Amador Livre Master – Melodys Ifyoucan (Melodys Dun It x Jambete SF), José Luiz Dias Alcoléa (o mesmo), 51,607
Jovem Livre (18 anos ou menos) – Primeira do Juninho (Valete Times x ST Margherita), Wagner Toledo Simionato (Vagner Simionato), 59,763
Jovem Livre Principiante Jovem – Kirei NT (Sabio SKR x Arara da SM), Eduardo Diniz Andrade (Paulo Eduardo Andrade), 58,960
Performance Halter
Aberta Fêmeas todas idades livre – Annie Bell Shady (El shady Zorrero x Trouble Baron FF), Claudinei Ribeiro (Fazenda Caruana)
Aberta Machos para todas idades livre – Spirit of Caruana (El Shady Zorrero x Trouble Baron FF), Claudinei Ribeiro (Fazenda Caruana)
Amador Fêmeas todas as idades livre – Humaita Objetivo G (Objetivo SKR x Miss Peppy Freckles), Marcelo Waldemarin Alves Ferreira (Geraldo Alves Ferreira Filho)
Ranch Sorting
Aberta Livre – Jay Bee Peppy (Lenas Cuttin Peppy x Bingo Bee Doc), Kaio Cesar Figueiredo Silva (Gustavo Alberto Parreiras Canaverde) e Tiffany BLO
Moon TMR (Keys To The Moon x Smart Blond), Gustavo Alberto Parreiras Canaverde (o mesmo), 8,00
Amador Livre (19 anos ou mais) – Nice Jac (Melodys Dun It x A Rare Affair), Dorival Ricci Júnior (o mesmo) e Pocodo BRA VO WP (Pocodo Andy x Docs
Brava), Sérgio Ricardo Pulzatto (o mesmo), 6,00
Jovem Livre (18 anos ou menos) – Bolero Brad (Brad Patch Doc x Bebel Moon Cecs), Renan Ambar Assumpção (André Almeida Prado Assumpção) e Excel
HGGS Cecs (Regal HGGS HS x Katherine Love WV), Túlio Ambar Assumpção (André Almeida Prado Assumpção), 1,00
Rédeas
Aberta Castrado Júnior Livre – Badger Bee (Cloud Black Bee x Hickory Belle DP), Gilson Paulo Vendrame (Bruno Rodrigues Moitinho), 212,50
Aberta Castrado Senior Livre – Dubai Playboy B2B (Playboys Goldust x Bia Solano KRB), José Cabral de Lima (B2B Ranch), 201,00
Aberta Júnior Livre – Bilara Lena (Hickolena x Deena Question WP WP), João Felipe Andrade Carvalho Sampaio de Lacerda (Fernando Cervelati Botteon), 216,00
Aberta Senior Livre – Dry Dockie Wood (Docs San Wimp x Brama Dockie MS), Gilson Paulo Vendrame (Nailton de Araújo Santos), 216,00
Amador Livre (19 anos ou mais) – Powder Keys (Powder Playboy x Barmaid’s Keys TMR), João Renato Pereira Lara (o mesmo), 211,50
Amador Livre Master – Gotta Lil Brass (Lil Ruf Peppy x Kisma Brass Jac), Odilon Diniz Neto (o mesmo), 210,50
Jovem Livre (18 anos ou menos) – Debbie Playgirl B2B (Playboys Goldust x Anita San Badger), Helton Alexandre Pereira de Souza Brito (B2B Ranch), 198,50
Jovem Livre Principiante Jovem – Feeling Roosters VSJ (Roosters Tru Luck x Ita San KRB), Pedro Engler Bicalho (o mesmo), 200,00
Team Penning
Aberta Livre – Harlenes Boy (SR Harlenes Bar x Miss Laramie Ham), Rogério Miranda (Henrique de Almeida Prado Miranda), Miss Lara Mie Ham
(Pigmeu SKR x Miss Zero PH), Sávio Roberto Senarese (Henrique de Almeida Prado Miranda) e Little Brudder’s HE (Play Little Brudder x Josy Lena),
Marcela Soriani (a mesa), 7,00
Amador Livre (19 anos ou mais) – Just Cutter Doc (Handle Doc x Sweet Doc Lady), Roberto Joia Carvalho (o mesmo), Jamaica Lady (River Bree JÁ x Jaci
CL), Roney Thomas Van Leeuwen (o mesmo) e Havana Zorrerobar GF (SR Harlenes Bar x El Car CB), Guilherme Garcia de Figueiredo)
Jovem Livre (18 anos ou menos) – Ety Par C (Wimpy Par PH x Alfazema WB), Paula Eysink (Thomas Bernardus Gerardus Eysink), Miss Catch Peppy (Catch Gold
BEM x Miss Lakepar Peppy), Vitor Soares Moreira Ferreira (o mesmo) e Royal Golden Doc (Golden Great FF x Jan Dandy Doc), Leonardo Batistella (o mesmo)
Western Pleasure
Aberta Senior 2 Livre – Sweet On Chocolate (Huntin For Chocolate x Blaze To Boston), Nelson Rodrigues (Celso Antônio Giglio)
Amador Livre (19 anos ou mais) – Royal Whiz EJB (Gizmo Whiz x Royal Ballerina 2I), Marcos Tancini Mingrone (o mesmo)
Jovem Livre (18 anos ou menos) – Sweet On Chocolate (Huntin for Chocolate x Blaze to Boston), Fernando Augusto Silva Filho (Celso Antônio Giglio)
Working Cow Horse
Aberta Castrado Júnior Livre – Dox Starlight (Spooky and Smart x Doc’s Vulcanico), Pedro Bertinato Ribaldo (Armando Costa Filho), 287,00
Aberta Castrado Senior Livre – Doc’s Paradise HDN (Doc’s Safari x Little Flag HDN), Fernando Aparecido de Godoy (Thiago dos Santos Waldrighi), 279,50
Aberta Júnior Livre – Dox Starlight (Spooky And Smart x Doc’s Vulcanico), Pedro Bertinato Ribaldo (Armando Costa Filho), 287,00
Aberta Senior Livre – Oak Whiz (Gizmo Whiz x Tootie Oak), Marinaldo Aparecido Pegos Souza (José Roberto Santo André), 291,50
Amador Livre (19 anos ou mais) – Peppy Key (Key’s To Oak x Miss Peppy Dry), Mônica Regina Ribeiro de Castro Cunha (a mesma), 290,50
Amador Livre Master – Domenique Porsche Eg (Looking For Porsche x Querencia II EG), Ernesto de Paula Guimarães Neto (o mesmo), 263,50
HORSE’S LIFE
47
Fotos Adilson SIlva
Eventos - RODEIO
Provas Cronometradas no
Rodeio de Americana
Comemorando 25 anos, a Festa do Peão de Boiadeiro de Americana
realiza entre os dias 23 e 26 de junho as provas do rodeio cronometrada nas modalidades Bulldog, Três Tambores e Laço em Dupla.
O
Parque de Eventos do Clube dos Cavaleiros de Americana recebe os buldogueiros
e laçadores de todo o país
para as provas do rodeio
cronometrado da 25ª Festa do Peão de Americana. Oferecendo
uma premiação do 1º ao 10º lugares, a
competição deverá ser acirrada, já que os
campeões receberão uma moto CG 150
Titan KS, além de fivelas e dinheiro.
As inscrições para o Bulldog custam R$
250,00 a diária ou R$ 350,00 o pacote
para os três dias de eliminatória. Já para
o Laço em Dupla , o valor da inscrição
diária é de R$ 300,00 ou de R$ 450,00 o
48
HORSE’S LIFE
pacote para os três dias de eliminatórias.
As eliminatórias acontecem na quinta, sexta e sábado, no período da manhã, classificando-se os 10 melhores tempos de cada
modalidade para se apresentar no rodeio a
noite. Para a final de domingo, classificam-se as quatro melhores médias de quinta e
as três melhores médias de sexta e sábado,
completando os 10 finalistas.
A competição exige o uso obrigatório de
traje completo, inclusive, nas eliminatórias e a baixa de tempo poderá ser feita
pelos competidores já classificados, mas
perderão automaticamente seu tempo
anterior, descartando-o. A vaga do descarte passa para o dia seguinte.
Na modalidade Bulldog serão seguidas as regras da Associação Nacional de Bulldog. Tanto no Bulldog como no Laço em
Dupla, cada inscrição dará direito a um único boi na eliminatória. Os casos omissos serão decididos pelo juiz da prova e
organização, sendo que a organização se reserva ao direito de
desclassificar o competidor a qualquer momento durante as
competições mediante indisciplina e maus tratos aos animais.
A premiação do Bulldog será a seguinte:
1º uma moto CG 150 Titan KS + 1 sela
2º - R$ 3500,00
3º - R$ 2500,00
4º - R$ 2 mil
5º - R$ 1500,00
6º ao 10º lugares – R$ 1 mil cada
No Laço em Dupla a premiação será:
1º - 2 motos CG 150 Titan KS + R$ 2 mil + 2 selas
2º - R$ 4500,00
3º - R$ 3500,00
4º - R$ 2500,00
5º - R$ 1500,00
6º ao 10º lugares – R$ 1 mil cada
Além da premiação aos 10 finalistas haverá premiação diária para os cinco menores tempos de cada noite classificatória, por modalidade, assim distribuídos: 1º R$ 300,00; 2º R$
250,00; 3º R$ 200,00; 4º R$ 150,00 e 5º R$ 100,00.
As inscrições serão feitas no local das eliminatórias a partir das
8 horas do dia 23 de junho, a partir das 9 horas, seguindo a
ordem: Bulldog, Três Tambores e Laço em Dupla.
Informações no Clube dos Cavaleiros de Americana
pelo fone (19) 3461-0907, João Frizo (19) 9144-0584;
Leonardo Frizo (19) 7801-9318, ou com Camila Tavares
Frizo (19) 8129-1612.
HORSE’S LIFE
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Eventos - Salto
Dia de Campo na
Central Genetic Jump
Fotos: Mário Duarte
Sebastian Rohde, profissional do cavalo da região de Holstein (Alemanha)
vem ao Brasil para compartilhar conhecimento com criadores e cavaleiros
E
ntre os dias 19 e 21 de maio, a central de
reprodução Genetic Jump (Itapetininga –
SP) realizou um evento internacional cujo
público-alvo foram os criadores de cavalos BH (Brasileiros de Hipismo). O tema
focal do evento foi resumido com o título “Como
agir agora para que seu potro salte 1,60 em 2021”.
Ou seja, quais ações a curto, médio e longo prazo
precisam ser tomadas para que a criação nacional de cavalos de esporte consiga produzir animais
que, consoante às práticas da Europa e da América do Norte, estejam no auge de seu preparo físico e técnico aos dez anos de idade, prontos então
para competirem nas provas de nível máximo, tais
como Olimpíadas e Campeonatos mundiais.
Num evento apoiado pela ABCCH, o palestrante convidado foi o Sr. Sebastian Rohde, que
trabalhou durante vários anos para a associação do cavalo Holsteiner (Alemanha), onde foi
o responsável pela coordenação do leilão oficial
daquela associação. Esta função inclui o treina-
50
HORSE’S LIFE
mento e o regime de preparo ideal para os cavalos, em geral com idades entre três e cinco anos,
que serão apresentados no leilão. Além disto,
Sebastian também foi cavaleiro bem-sucedido
em competições internacionais.
O dia de campo marcado para sábado foi precedido, na quinta e sexta-feira, por uma clínica
de salto ministrada por Sebastian a um grupo de
cavaleiros convidados pelo Dr. José Bueri, titular
da Big Jump, divisão interna da Genetic Jump
responsável pela preparação e eomercialização
de animais de esporte. Os alunos da clínica e suas
montadas compuseram dois grupos, um relativamente iniciante, composto por cavalos novos ou
cavaleiros amadores, e outro grupo mais avançado, com conjuntos mais experientes. A clínica
de salto foi encerrada por uma prova-treino na
manhã de sábado, imediatamente antes do início
das atividades do dia de campo.
Na clínica de salto, quase tudo girou em torno da
preparação básica do cavalo, de permitir a ele en-
contrar seu próprio ritmo sem contê-lo nem empurrá-lo demais. Mais uma vez todos os participantes foram lembrados
de como a boa equitação de plano, e o assento e equilíbrio
corretos a cavalo, são importantes para permitir ao cavalo
expressar o máximo de seu potencial, com força, agilidade e
confiança. Os exercícios, à base de linhas e ginásticas, eram
simples ao mesmo tempo em que faziam os cavalos manterem o ritmo, e assim crescerem em confiança. A evolução
de todos os conjuntos ao longo
dos três dias foi evidente, e todos
se mostraram satisfeitos com os
resultados da clínica.
No dia de campo, Sebastian
discorreu sobre filosofia de trabalho e princípios de seleção
da criação Holsteiner, falando
para uma plateia de aproximadamente 60 pessoas. Muita ênfase foi dada à iniciação lenta e
cuidadosa dos potros, que ficam
totalmente soltos até a idade da
doma, aos três anos. Depois da
doma são de novo soltos alguns
meses, e mesmo aos quatro anos
competem em algumas provas
para depois repousarem a pasto novamente. Apenas aos oito
anos os cavalos aptos para tal
estão competindo nas categorias
máximas, e mesmo então só realizam o treinamento específico
para a prova (no caso, salto) no
máximo duas vezes por semana.
Os demais dias são dedicados a condicionamento físico, trabalho de plano (adestramento) e trabalhos alternativos, tais
como exteriores a passo. O aspecto mental e emocional dos
cavalos é sempre preservado, soltando-os em piquete algumas
horas por dia, e mantendo seu manejo o mais natural possível.
O público também manifestou bastante interesse nas questões
referentes à administração e tomada de decisão na Associação
Holsteiner, como maneira de fazer evoluir e melhor direcionar a criação brasileira. Foi explicado detalhadamente o processo de aprovação de garanhões jovens para reprodução, e
como o reprodutor é avaliado, tanto nos quesitos de morfologia e desempenho, quanto em relação ao desempenho de sua
descendência. Por diversas vezes ao longo da palestra, Sebastian enfatizou a importância da qualidade das boas linhagens
maternas como essencial para o
sucesso de qualquer criação.
A seguir, foram exibidos os reprodutores da Genetic Jump, com
o Dr. Mário Duarte, titular da
central juntamente com sua esposa Dra. Marília Duarte, ficando encarregado da apresentação
dos garanhões Coriall, Quantum,
Dover e Mariachi, além de diversos potros recém-chegados da Europa. Na sequência, foram mostrados potros de várias gerações,
nascidos no haras ou importados.
Na demonstração de treinamento de salto em liberdade que encerrou o dia, Sebastian mostrou
como trabalhar com distâncias
e obstáculos para melhor ajudar
cada potro no aprendizado, retardando o ritmo dos afoitos ou
incentivando os mais tímidos.
Todos os presentes declararam-se muito satisfeitos com o evento, encabeçados pelo próprio
Sebastian Rohde, que em sua primeira visita ao Brasil enxergou muito potencial e possibilidades em criatórios, cavalos e
equitadores, e declarou-se desejoso de que esta fosse apenas a
primeira de uma série de vindas suas.
Para saber mais, acesse www.geneticjump.com.br ou
escreva para [email protected].
HORSE’S LIFE
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Fotos Cedida ABQM
Eventos - ABQM
10 dias de
Campeonato Nacional QM
Promovido100% em pistas cobertas, o evento deverá passar das 4,3 mil inscrições
O
34º Campeonato Nacional da
Raça Quarto de Milha, realizado
pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha
(ABQM), será realizado de 15 a 24
de julho, no Parque de Exposições
Dr. Fernando Cruz Pimentel (Emapa), na cidade de Avaré (SP). “A iniciativa da ABQM em
promover o evento totalmente em pista coberta
veio ao encontro dos anseios dos competidores e
quartistas em geral. Essa decisão foi tomada na
última reunião de diretoria, após consulta entre todas as entidades e representantes de modalidades”, disse o presidente da ABQM Paulo
Farha.
Segundo o Departamento de Esportes, o número de inscritos deverá superar a casa dos
4,3 mil e o parque deverá receber aproximadamente 1.800 animais da raça Quarto de Milha
em competição, representado plantéis de quase
todos os Estados brasileiros, e que serão apresentados por quartistas de quase todo o País e
também do Exterior. Avaliado pela ABQM
como o maior evento do ano, os conjuntos estarão em disputa por R$ 550 mil em prêmios
e 900 troféus que serão distribuídos nas provas
de: Apartação, Bulldog, Cinco Tambores, Laço
de Bezerro, Laço em Dupla (Pé e Cabeça), Maneabilidade e Velocidade, Ranch Sorting, Seis
Balizas, Rédeas, Team Penning, Três Tambores,
Western Pleasure, Working Cow Horse, além do
julgamento de Conformação e a nova modalidade Performance Halter.
52
HORSE’S LIFE
Toda a programação será realizada em locais
cobertos, utilizando uma estrutura metálica,
construída pela Prefeitura Municipal de Avaré,
e a outra em lona, executada pela ABQM. As
modalidades ficaram assim distribuídas.
PISTA COBERTA 1:
Dia 15 - Sexta - 8h30 - ABQM/AQHA - Team
Penning -Aberta/Amador/Jovem - todas as
categorias (Classificatórias e Finais); 16 - Sábado - 8h30 - ABQM/AQHA - Ranch Sorting
- Aberta/Amador/Jovem - todas as categorias
(Classificatórias e Finais); 17 - Domingo - 8h30
- ABQM/AQHA - Working Cow Horse Aberta (Jr/Sr)/Amador/Master/Jovem/Amador Principiante/Jovem Principiante - à seguir
ABQM – Maneabilidade & Velocidade Aberta, Amador e Jovem; 18 - Segunda - 8h30
- ABQM - Cinco Tambores - Aberta, Amador e Jovem - à seguir ABQM - Seis Balizas
- Iniciante/Exibição e ABQM/AQHA - Aberta (Jr/Sr)/Castrados/Amador/Master/Jovem
(A/B/C)/Aberta Feminino e Aberta Light; 19
- Terça - 8h30 - ABQM - Seis Balizas - FinaisAberta (Jr/Sr/Light), Amador, Amador Light/
Master/Jovem (A/B/C) e Feminino/Amador
Principiante/Jovem Principiante (M/I/B/C);
20 - Quarta - 8h30 - ABQM - Três Tambores - Exibição/Iniciante; 21 - Quinta - 8h30 ABQM/AQHA Três Tambores – Aberta (Jr/
Sr/Light – Classificatórias); 22 - Sexta - 8h30
- ABQM/AQHA - Três Tambores Amador/Amador Light/Master/Jovem (A/B/C)/
Feminino – Classificatórias; 23 - Sábado - 9h - ABQM - Três
Tambores, Jovem Principiante (Mirim/Infantil), a seguir Finais
Aberta (Jr/Sr/Light), Jovem Principiante (B/C) e Amador Principiante; e 24 - Domingo - 8h30 - ABQM - Três Tambores
- Castrados - Aberta e Finais Amador, Amador Light/Master,
Jovem (A/B/C) e Feminino.
- 8h30 - ABQM/AQHA – Apartação Aberta (Jr e Sr) Classificatórias; 23 - Sábado - 8h30 - ABQM/AQHA – Apartação
- Amador/Master – Classificatórias e à seguir - Amador Principiante; e 24 - Domingo - 8h:30 - ABQM – Apartação – Aberta
(Jr/Sr) e Amador – Final e à seguir - Jovem e Jovem Principiante.
PISTA COBERTA 2:
Dia 15 - Sexta - 8h30 - ABQM/AQHA - Rédeas - Aberta (Jr/
Sr); à seguir - Western Pleasure - Ab/Am/Jov e às 15h - ABQM/
AQHA – Conformação Jovem/Amador (F/M) e Performance
Halter (Amador); 16 - Sábado - 8h30 - ABQM/AQHA – Rédeas Amador/Master/Jovem/Amador Principiante/Jovem Principiante; e às 16h - ABQM/AQHA - Conformação - Aberta
(F/M) e Performance Halter (Aberta); 17 - Domingo - 8h30 ABQM/AQHA - Laço de Bezerro - (Téc.) Aberta/Amador/
Jovem - todas as categorias (Classificatórias e Finais); 18 - Segunda - 8h30 - ABQM - Laço de Bezerro (Cron.) Aberta/
Amador/Jovem - todas as categorias (Classificatórias e Finais);
19 - Terça - 8h30 - ABQM/AQHA - Laço de Cabeça - (Tec.)
-Aberta/Amador/Jovem – todas as categorias (Classificatórias e
Finais); 20 - Quarta - 8h30 - Laço Pé (Tec.) - Aberta/Amador/
Jovem - todas as categorias (Classificatórias e Finais); 21 - Quinta
- 8h30 - ABQM - Laço em Dupla - (Cron.) Aberta/Amador/
Jovem - todas as categorias (Classificatórias e Finais); à seguir
Bulldog - Aberta/Amador e Amador Principiante; 22 - Sexta
Durante o período do evento, serão realizados também nove importantes leilões da raça, com aproximadamente 400 lotes que
deverão ser licitados e todos apoiados pela entidade quartista, entre eles, um Oficial ABQM. Veja a programação dos pregões por
ordem de data: Dia 16 - sábado às 20h - 6º Leilão Haras Villa
San José; Dia 17 - domingo às 18h – Leilão Oficial ABQM; Dia
18 – segunda às 18 h - 5º Leilão Speed Max (RH Ranch); Dia
19 - terça às 20 h - 5º Leilão Parceiros de Raça; Dia 20 - quarta às 15h - 3º Leilão Haras Faz Regina & Haras Canarim
e às 20h - 8º Leilão Tradição e Raça; Dia 21 – quinta às 18hs
- 1º Leilão Belinatto & Romanelli; Dia 22 - sexta às 20h - 1º
Leilão Haras Imperial/Prata/Sky Ranch; e Dia 23 - sábado
às 18h - 12º Leilão WV.
Os leilões dos dias 16, 17, 19 e 20 serão organizados pela
MBA Leilões (www.mbaleiloes.com.br). Já os referentes
aos dias 18, 21, 22 e 23 estarão a cargo da WV Leilões (www.
wvleiloes.com.br).
Informações completas poderão ser obtidas na ABQM pelo tel.:
(11) 3864-0800 ou pelo site: www.abqm.com.br.
NOVE LEILÕES AGITAM O MERCADO QUARTISTA
HORSE’S LIFE
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Equitação de Trabalho
Núcleo Sorocabano de Equitação de
Trabalho e Cavalo de Função realiza sua
primeira competição
O
Universidade do Cavalo sedia a primeira etapa de campeonato de fomento
da equitação de trabalho, aberto a todas as raças e estilos de equitação
Campeonato do Núcleo Sorocabano 2011 será realizado em 04 etapas, sendo duas na Universidade do
Cavalo e duas em locais a definir. A prova de estreia
ocorrerá no dia 18 de junho, a partir das 08:00, na
Universidade do Cavalo (Sorocaba – SP).
As inscrições podem ser feitas até o dia 14 de junho, através do
e-mail [email protected]. Valor das
inscrições: Categorias Mini Mirim e Mirim: R$ 50,00 Demais
categorias: R$ 80,00
Este campeonato visa valorizar a diversidade cultural das diversas realidades equestres brasileiras. Pretende-se mostrar
toda a rica diversidade de arreamentos, trajes e costumes
regionais e internacionais. Desta forma, cada cavaleiro pode
escolher o traje com o qual quer competir, assim como, caso
deseje, escolher as musicas a serem tocadas ao longo de sua
prova de Ensino, Maneabilidade e Velocidade TRAZENDO
54
HORSE’S LIFE
O CD COM MUSICA. Os trajes e as indumentárias serão
julgados no quesito “aparência geral” nas provas de Ensino ou
Controle e Maneabilidade ou Campo.
As embocaduras são livres, as esporas permitidas. São proibidos,
sob pena de eliminação: os martingais, gamarras, serretas, as rédeas de roldanas e quaisquer outros enredeamentos tais como
rédeas laterais, rédeas alemãs. Qualquer sistema de antolhos, capuzes, ou abafadores de ruídos de orelha são proibidos. Não será
permitido o uso de chicote durante a prova, somente no aquecimento e paddock. O uso de faixas, caneleiras ou boleteiras é
permitido em todas as provas.
A presença de feridas com sangue em qualquer parte do corpo
do cavalo é inaceitável, e poderá acarretar desclassificação do
concorrente na fase ou na etapa dependendo da gravidade. O
Juiz de Paddock observará cada cavalo de todos os ângulos,
tanto na entrada quanto na saída da pista de prova.
CATEGORIAS DO CAMPEONATO:
• Mini Mirim: aberta a cavaleiros de 06 a 12 anos completos no ano da prova.
• Mirim: aberta a cavaleiros de 13 a 15 anos completos no ano da prova.
• Junior: aberta a cavaleiros de 16 a 18 anos completos no ano da prova.
• Amador Iniciante: aberta a cavaleiros de qualquer idade que nunca tenham competido ou pontuado em provas de Equitação de Trabalho, com cavalos de qualquer idade ou experiência na competição e que não sejam profissionais da equitação.
• Amador: aberta a cavaleiros de qualquer idade que já competiram anteriormente ou pontuaram em provas de Equitação
de Trabalho, com cavalos de qualquer idade ou experiência na competição e que não sejam profissionais da equitação.
• Debutante: aberta a cavaleiros estreantes na modalidade que tenham ou não experiência em outras modalidades.
• Cavalos novos: aberta a cavaleiros profissionais de qualquer idade ou experiência, montados em cavalos que nunca
competiram ou pontuaram em provas de Equitação de Trabalho.
• Intermediaria: aberta a cavaleiros profissionais ou amadores de qualquer idade ou experiência, montados em cavalos
de qualquer idade ou experiência.
• Pré aberta: aberta a cavaleiros profissionais ou amadores, de qualquer idade ou experiência, com cavalos de qualquer
idade ou experiência.
• Aberta: aberta a cavaleiros profissionais ou amadores, de qualquer idade ou experiência, com cavalos de qualquer
idade ou experiência. Nesta categoria é obrigatório segurar as rédeas em uma só mão.
• A categoria MINI MIRIM será executada somente na pista de maneabilidade. Os participantes executam um percurso de maneabilidade pré reconhecido com seus instrutores. Para esta categoria os instrutores poderão entrar na
pista com seus alunos no momento da prova.
• A demais categorias participam de 3 fases, ENSINO, MANEABILIDADE e VELOCIDADE.
DESCRIÇÃO DE CADA PROVA:
Prova de Ensino ou controle: Prova onde o cavaleiro tem
de realizar um percurso (reprise) em uma pista de 20m x 40m
com manobras que mostram o controle do cavaleiro sobre o
cavalo, a calma e submissão do cavalo, a harmonia do conjunto e a apresentação geral do conjunto. O conjunto é julgado
por 1, 2 ou 3 juízes. As manobras (percursos) são enviados
com o ante programa da prova e cada manobra solicitada será
julgada isoladamente. O resultado individual de cada cavaleiro é determinado pela media aritmética das notas atribuídas
por cada juiz. Serão solicitadas as manobras de dificuldade de
acordo com as categorias do concorrente. São consideradas
manobras desta etapa: passo, trote, galope, círculos grandes e
pequenos, paradas, controles de velocidade, transições, giros,
recuos, exercícios laterais, imobilidade.
HORSE’S LIFE
55
Prova de Maneabilidade ou Campo: Prova onde o conjunto
deve mostrar habilidades que exigem agilidade, destreza, controle e harmonia entre cavalo e cavaleiro. Imaginando o cavalo
de fazenda, o cavalo de trabalho, ou cavalo de esporte que está
bem domado e o cavaleiro que tem o cavalo sob seu comando, o
conjunto deve transpor obstáculos em um percurso pré determinado pelo armador, não enviado previamente pelo ante programa, mas com liberação para reconhecimento do mesmo, antes
do início da primeira etapa (Prova de Controle). Novamente as
dificuldades do percurso e os obstáculos são pré determinados e
estão diretamente relacionados com as diferentes categorias que a
prova oferece. Esta não é uma prova de tempo. Os cavaleiros podem escolher a velocidade e a andadura (passo, trote ou galope)
que desejarem. Quanto mais mostrarem controle de seus cavalos, mais notas ganham dos jurados. Cada obstáculo será julgado
independentemente pelos juízes, que atribuem notas de 0 a 10
para cada obstáculo. O julgamento obedece aos seguintes critérios: aproximação ao obstáculo, transposição do obstáculo, consistência do cavalo no obstáculo, harmonia do conjunto, controle
do cavaleiro, aparência geral, reações. São obstáculos da Prova
de Maneabilidade ou Campo e da Prova de Velocidade (que
podem ou não cair na prova, dependendo da categoria do conjunto ou estrutura do local da prova ou a critério do armador):
• Abrir porteira ou modelo corda
• Retirar vara
• Coletar argolas de 12 a 15 cm de
diâmetro.
• Depositar vara
• Ponte
• Redil um lado – cercado para dar
a volta
• Salto
• Sineta no final do corredor com
ou sem recuo
• Passo Lateral Simples (uma vara
no chão) em cessão á perna.
• Abrir porteira ou modelo corda.
• Retirar vara
• Coletar argolas de 8 a 15 cm de
diâmetro.
• Depositar vara
• Ponte
• Redil
• Salto
• Salto no Corredor
• Sineta no final do corredor com
recuo
• Baliza em Linha
• Baliza com Recuo
• 2 Tambores
• Jarra de água
Prova de Velocidade ou Tempo: A prova de Velocidade ou tempo será executada na mesma pista da prova
de Maneabilidade ou Campo, ou em pista determinada pela organização, com os mesmos obstáculos da fase
anterior por categoria, contra o relógio. O concorrente que fizer no menor tempo ganha a fase de Velocidade
• Passo Lateral Simples (uma vara
no chão) em cessão á perna.
• Barrancos para subir e ou descer
• Aguadas para atravessar
• Descer e subir do cavalo mostrando quietude e controle do mesmo
• Descer, afastar-se do cavalo e montar novamente, mostrando o cavalo
imóvel e à espera do cavaleiro
• Aguada para atravessar
• Esbarros e paradas
• Transportar material de fazenda de um local a outro (laço por
exemplo)
ou Tempo. Esta prova será realizada por categorias determinadas previamente. Ao termino destas 3 fases (com exceção
da categoria MINI MIRIM, que só participa da prova de
maneabilidade) o conjunto encerra sua participação na etapa, aguardando o resultado final, que será a soma das pontuações das 3 fases.
IMPORTANTE: A PROVA DE MANEABILIADE DA CATEGORIA MINI MIRIM SERÁ NA PISTA DE AREIA
DA UC. PARA AS DEMAIS CATEGORIAS AS CARACTERÍSTICAS DO TERRENO SÃO:
• ENSINO ou CONTROLE – pista de 20m x 40m de areia
• MANEABILIDADE OU CAMPO – Campo aberto, piso natural de pasto e grama
• VELOCIDADE – pista de areia
Para mais informações: www.universidadedocavalo.com.br - [email protected]
Tel: 15 3217 8978 / 15 3292 6633
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HORSE’S LIFE
HORSE’S LIFE
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Apartação
Fotos Eduardo Ringo
Definidos os campeões
nacionais e melhores da Apartação
A Associação Nacional do Cavalo de Apartação – ANCA – realiza a final do Campeonato Nacional, e aproveita para premiar os melhores criadores e produtores do ano hípico 2010/2011.
A
Com 136 conjuntos classificados pelos campeonatos estaduais do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato
Grosso do Sul, a Anca realizou entre
os dias 20 e 22 de maio a grande final do Campeonato Nacional de Apartação
2010/2011. Além de concorrer aos títulos, eles
disputaram a premiação de R$ 50 mil em dinheiro oferecida pela Associação. Como destaque, foram consagrados dois bicampeões, algo
que não acontecia há anos na entidade. Na categoria Aberta Classic, Cat Man Do, de propriedade de Andrea Carla Alves Borim, apresentado
por José Carlos Rodrigues, foi o campeão com a
nota 76, repetindo o resultado do último nacional na categoria Aberta Júnior.
58
HORSE’S LIFE
Cat Man Do é filho de Hobby Cat Olena, garanhão que foi Reservado Campeão do Super
Stakes Classic Anca 2006; e da éguaa Jazzynita. A família tradicional de apartação já tinha
se destacado no dia anterior quando Cat Mand
Do também conquistou o título de campeão Nacional da categoria Aberta Limitada numa bela
apresentação com Jacira Rodrigues de Oliveira,
a esposa do treinador José Carlos Rodrigues.
Na categoria Aberta Livre, o campeão foi A
Smooth Solution, de propriedade de Armando
Costa Filho e Emílio Geraldo Mussolini Júnior,
apresentado por Aroldo José Marcelino, com a
nota 77. O animal já tinha conquistado o título
do Nacional no ano passado, na categoria Aberta Classic, também com Marcelino.
HORSE’S LIFE
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A Smooth Solution é filha de Smooth As A Cat, um garanhão
que foi Cavalo do Ano da NCHA e acumulou mais de US$
500 mil em ganhos. Vinícius Mussolini também deu dois shows com o animal, conquistando os títulos de Campeão Nacional da Categoria Non Pro e Amador.
As apresentações movimentaram a plateia que esteve presente
na Fazenda Barrinha, em Espírito Santo do Pinhal, para conferir todas as apresentações da final do Campeonato Nacional.
Para complementar a premiação, a Anca elegeu os 10 melhores criadores e os 10 melhores produtores, pela premiação
recebida pelos seus animais em eventos oficiais durante o ano
hípico 2010/2011.
Resultados
Campeões Nacionais 2010/2011
Aberta Júnior – Beth Dual (Smokin Duehickey x Beth Garnet), Rodrigo Taboga (Roberto Carlos Botelho Júnior, São Carlos/SP), 75
Aberta Classic – Cat Man Do (Hobby Cat Olena x Jazzynita), José Carlos Rodrigues (Andrea Carla Alves Borim, Sorocaba/SP), 76
Aberta Livre – A Smooth Solution (Smooth As A Cat x Smart Solution), Aroldo José Marcelino (Armando Costa Filho/
Emílio Geraldo Mussolini Júnior, Espírito Santo do Pinhal e São Paulo/SP), 77
Aberta Limitada - Cat Man Do (Hobby Cat Olena x Jazzynita), Jacira Rodrigues de Oliveira (Andrea Carla Alves Borim, Sorocaba/SP), 73
Non Pro - A Smooth Solution (Smooth As A Cat x Smart Solution), Vinícius Mussolini (Armando Costa Filho/Emílio Geraldo Mussolini, Espírito Santo do Pinhal e São Paulo/SP), 75
Amador - A Smooth Solution (Smooth As A Cat x Smart Solution), Vinícius Mussolini (Armando Costa Filho/Emílio Geraldo Mussolini, Espírito Santo do Pinhal e São Paulo/SP), 73
Jovem – Blue Boonsmal (Peptoboonsmal x Hickory Good Girl), Vanessa Moraes Marcelino (Condomínio Blue Boonsmal, Espírito
Santo do Pinhal/SP), 74
Principiante – Over Dual Ubalena SZ (Smokin Duehickey x Smart Uba Lena), Gustavo Santos Souza (Flávio Humberto Ribeiro e
Souza, Ituiutaba/MG), 72
Melhores Criadores
1º Armando Costa Filho – R$ 95.650,00
2º Fábio Antônio Pozzi – R$ 52.738,67
3º Francisco Heitor Calle Filho – R$ 44.935,60
4º Angela Muniz Barretto Otsuka – R$ 34.950,00
5º Roberto Carlos Botelho Júnior – R$ 29.067,00
6º Andrea Carla Alves Borim – R$ 27.265,00
7º Tommy Manion Inc. – R$ 18.925,00
8º Iron Rose Ranch – R$ 17.870,00
9º Flávio Paim Falcão Bauer – R$ 16.280,00
10º Larry Hall Cutting Horses FLP – R$ 15.790,00
Melhores Produtores
Garanhões
1º Spooky And Smart – R$ 93.750,00
2º Pepto Red boy – R$ 55.338,67
3º Smokin Duehickey – R$ 45.427,00
4º Peptoboonsmal – R$ 34.330,00
5º Smooth As A Cat – R$ 32.552,73
6º Hobby Cat Olena – R$ 29.347,06
7º Smart Stylish Lena – R$ 26.691,28
8º Son Ofa Jay – R$ 25.947,27
9º Cat Ichi – R$ 24.950,00
10º Dual Rey – R$ 23.620,00
60
HORSE’S LIFE
Éguas
1ª Shorty Be Sweet (Shorty Lena) – R$ 41.750,00
2ª Riverside (Mr Jay Bee Dee) – R$ 34.950,00
3ª Jazzynita (Jazzy Jay) – R$ 27.265,00
4ª Peppys Lena KRB (San Jo Lena) – R$ 24.600,00
5ª Doc’s Vulcanico (Doc Streak Winnin) – R$ 24.000,00
6ª Hey Reybecca (Dual Rey) – R$ 20.000,00
7ª Smart Solution (Smart Little Lena) – R$ 18.450,00
8ª Justa Smart Peanut (Smart Little Lena) – R$ 17.870,00
9ª Shes Fulla Hope (Peptoboonsmal) – R$ 17.100,00
10ª Lady Doc FSF (That Dandy Doc) – R$ 15.267,00
Os resultados completos do Campeonato Nacional Anca 2010/2011 podem ser conferidos no site
www.anca.com.br
HORSE’S LIFE
61
Fotos Cedida
Corrida
Megarace
agita o Jockey Club de Sorocaba
O
Entre os dias 21 e 22 de maio o Jockey Club de Sorocaba sediou um dos eventos mais
aguardados do ano, o GP Megarace, que distribuiu R$ 800 mil em prêmios.
Latin American Megarace Quarter Horse é um evento
que sempre movimenta muito o Jockey Club de Sorocaba.
O final de semana dos dias 21 e 22 de maio sediou as provas
recebendo muitos criadores e convidados de outros países.
A prova contou com a presença de aproximadamente 1500
pessoas, segundo informações de Arthur Cutait, responsável pelo departamento de Marketing e Eventos do Jockey.
“Contamos com visitantes de diversas partes do Brasil, vindos de estados como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Ceará, Maranhão, Bahia e
Pará. Também recebemos representantes de países como Paraguai,
Argentina, Estados Unidos e Bolívia. Por isto e pela organização, o
Megarace foi avaliado como um verdadeiro sucesso, superando todas
as expectativas”, disse Arthur.
Foram 34 animais inscritos nos páreos classificatórios, provenientes
das melhores linhagens de corrida do mundo, na disputa pelos R$
800 mil em prêmios oferecidos na disputa. Também na premiação,
três carros 0km destinados ao treinador campeão, outro para o vice-campeão e outro para o campeão do GP Consolação.
Os campeões
Nos resultados, os destaques ficaram para os filhos de Corona for
Me, que dominaram a premiação no GP Megarace. Ha Ha Ha For
Me (Corona For Me x Capadocia Bryan) foi a grande vencedora e
o destaque entre os potros de dois anos, que levou o almejado título.
Ela venceu com folga o maior prêmio do turfe quartista. Treinada
por A. Martinez e pilotada por A. Cavalcante, a campeã ratificou
seu grande desempenho na classificatória com a mesma marca da
final de 21s66 para os 402 metros. Ela é da criação de Gianni Franco
Samaja e proporcionou aos paraguaios Carlos Godoy e Celso Gonzalez o destacado prêmio de R$ 300 mil.
Com diferença de mais de um corpo para a ponteira, a segunda colocação ficou com o tordilho Lighting Bolt Dash (Fishers Dash x Summer Toll), que marcou 21s86. O animal é de propriedade do Stud
Soligo e de criação de Marcelo Jorge.
No GP Consolação Megarace, o potro Halter For Me (Corona For
Me x Ava Triger Beduíno) superou seis concorrentes, percorrendo
os 402 metros em 21s96. Treinado por E. J. Silva e pilotado por A.
C. Costa, ele é de propriedade do cearense Cláudio Machado e é da
criação de Gianni Franco Samaja.
Também fez parte das competições o GP Gianni Franco Samaja
(Farmasinha), nos 365 metros, e a vencedora foi a potra Beauty
Girl By AZ (Appeals King Special x Maquina Vista), de propriedade de Mario André e da criação de Luiz Gustavo Figueiredo, com
a marca de 19s91. Ela foi treinada por R. Rosa e apresentada pelo
jóquei E. R. Alves.
Faradiba Blue (Jess Louisiana Blue x Toll Class), de propriedade do
Stud El Centauro, do Paraguai, foi a campeã do GP Santo Angelo
(Farmasa), nos 402 metros, com dotação de R$ 50 mil. Com treinamento de L. Vasquez, a potra é de criação do Haras Flor do Campo
e foi conduzida por N. Jara, marcando 21s51.
Para finalizar, no Páreo Especial Residencial Fazenda Alvorada, destinado a potros de dois anos, o vencedor foi Number One Fly HLA
(Mogambo Fly VM x Gotta Be Dash), da criação e propriedade de
Luciano Alves de Oliveira. O animal foi treinado por J. N. Ales e
apresentado por E. S. Moreira, fazendo o tempo de 22s18.
Corrida
Estudo estatístico comparativo das corridas de
QUARTO DE MILHA: BRASIL X EUA
Autor: Francisco Lança, MV
Material originalmente publicado no blog http://byvet.blogspot.com/
Este estudo feito por veterinário atuante na indústria da corrida QM aponta influências relativas e compara tendências entre os dois países.
O
objetivo deste trabalho é o de ter um
panorama geral sobre as corridas oficiais de quarto-de-milha no Brasil,
mais exatamente no JC de Sorocaba e
JCSP (Grand Prix, GPs e South American Challenge). A comparação com
os resultados norte-americanos foi realizada para
diferenciar as tendências utilizadas em cada país,
principalmente em termos de genética. Como são
dados estatísticos, a leitura e interpretação dos mesmos ficam por conta dos criadores e proprietários,
não sendo esta a abordagem deste artigo.
Abaixo segue metodologia utilizada, para melhor elucidação:
1) Utilizado o critério vitórias, sendo nos anos de 2009 e 2010, houve 80 e 92 animais vencedores nas provas nacionais, respectivamente. Para a comparação com a estatística dos EUA, foram utilizados os primeiros 80 colocados
por número de vitórias de 2009 e os primeiros 92 animais de 2010 daquele país.
2) O termo STAKEWINNER refere-se a todo o ganhador de torneio ou GP.
3) O termo égua produtora refere-se àquelas que produziram stakewinners anterior ao dos anos em questão; égua
ganhadora refere-se aquelas que foram vencedoras de torneios e GP.
4) O termo INFLUÊNCIA GENÉTICA refere-se ao animal que mais presença de sangue (DNA) possui nos indivíduos estudados, em porcentagem.
5) O termo LINHAGEM ABERTA refere-se ao pedigree sem repetição do mesmo indivíduo nas cinco gerações antecedentes.
6) O termo APÊNDICE refere-se a animais com sangue PSI no mínimo até ¼. Não foram considerados os animais 1/8.
7) Itens não comparados: porcentagem de castrados e porcentagem do mês de nascimento.
ESTATÍSTICAS GERAIS POR VITÓRIAS (2009/2010)
BRASIL
MACHOS
FÊMEAS
52,75%
48,25%
USA
79% (70,3% castrados)
21%
26,74%
25%
25,60%
16,28%
2,90%
0
3,48%
10,7 anos
13,96%
38,38%
30,80%
12,80%
4,06%
18%
19%
33%
24,41%
8,8 anos
12,42%
52,80%
29,80%
4,35%
0,63%
43%
8,14%
15,70%
-
NASCIMENTO
JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
TEMPORADA AMERICANA
IDADE MÉDIA DAS MÃES
ATÉ 5 ANOS
DE 6 A 10 ANOS
DE 11 A 15 ANOS
DE 16 A 20 ANOS
DE 21 A 25 ANOS
APÊNDICES
MÃES GANHADORAS
MÃES PRODUTORAS
MÃES IMPORTADAS
PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS GENÉTICAS (GERAL)
BRASIL
USA
EASY JET
DASH FOR CASH
THREE BARS
BEDUINO
CHICKS BEDUINO
LINHAGEM ABERTA
ROCKET WRANGLER
STREAKIN SIX
FIRST DOWN DASH
JET DECK
PSI
% Produtos
19,80
19,20
19,20
9,30
5,80
5,80
4,07
2,90
2,30
2,30
2,30
% Produtos
23,25
12,2
9,3
8,72
8,72
8,14
7,55
6,4
2,32
2,32
2,32
DASH FOR CASH
LINHAGEM ABERTA
THREE BARS
JET DECK
PSI
FIRST DOWN DASH
EASY JET
BEDUINO
FEMEAS
GO MAN GO
STREAKIN SIX
ESTATÍSTICAS STAKEWINNERS (2009/2010)
BRASIL
USA
MACHOS
61%
77% (67% castrados)
FÊMEAS
39%
23%
NASCIMENTO
JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
IDADE MÉDIA DAS MÃES
DE ATÉ 5 ANOS
DE 6 A 10 ANOS
DE 11 A 15 ANOS
DE 16 A 20 ANOS
DE 21 A 25 ANOS
APÊNDICES
MÃES GANHADORAS
MÃES PRODUTORAS
MÃES IMPORTADAS
34,20%
19,50%
26,80%
17,10%
2,40%
10,3 anos
19,50%
41,50%
24,40%
7,30%
7,30%
19,50%
17%
41,50%
29,30%
X
X
X
X
X
8,9 anos
9,70%
55,30%
31%
3,20%
0,80%
43%
9%
19%
X
PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS GENÉTICAS (STAKEWINNERS)
BRASIL
DASH FOR CASH
THREE BARS
EASY JET
CHICKS BEDUINO
ROCKET WRANGLER
USA
% PRODUTOS
22,00
19,50
17,00
14,60
5,00
Os resultados estatísticos realizados com os animais ganhadores
de mais de U$ 100 mil nos EUA são relativamente diferentes,
devendo ser considerados em separado.
Agradecimentos especiais ao amigo Marcelo Jorge e ao JC Sorocaba por ter
disponibilizado todos os dados necessários.
% PRODUTOS
20,50
14,40
9,90
9,10
8,33
DASH FOR CASH
OUTCROSS
THREE BARS
FIRST DOWN DASH
JET DECK
Referências:
www.allbreedpedigree.com
www.abqm.com.br
www.aqha.com/racing
www.equineline.com
AUTOR: Francisco Lança é médico veterinário baseado em Porto Feliz – SP, especializado em prestar assessoria na criação e desenvolvimento do cavalo atleta. Pode ser contatado através do e-mail [email protected] . Visite também http://byvet.blogspot.com.
Laço de Bezerro
3ª etapa do Campeonato Nacional
também acontece em Jaguariúna
U
9º Campeonato Nacional de Laço de Bezerro inicia em Jaguariúna e na
terceira etapa bate recorde de inscrições no Rancho VPJ
m grande número de laçadores compareceu ao
Rancho VPJ, em Jaguariúna-SP, no dia 14 de
maio, na 3ª etapa do Campeonato Nacional promovido pela ANLB – Associação Nacional de
Laço de Bezerro. Foi uma etapa com recorde de
inscrições, num final de semana agradável junto ao ambiente do Jaguariúna Rodeo Festival, que sediou
as provas cronometradas no mesmo final de semana. Com
mais de 100 inscrições registradas, foram distribuidos cerca
de R$ 40 mil em prêmios e após os resultados, o ranking foi
alterado em algumas categorias.
O presidente da ANLB, Astor Baggio Júnior, mostrou que
está craque nas laçadas, dando show na categoria Master.
Ele venceu as três etapas de 2011 e é um dos destaques do
campeonato na atual temporada. Com o animal Funny Pepto, somou em três bezerros 20s48, acumulando 76 pontos no
raking, 32 à frente do segundo colocado Sílvio Verruma. O
68
HORSE’S LIFE
Fotos Miguel Oliveira
menor tempo da categoria foi marcado por Romeu Gontijo,
o Teteu, 13s40.
Na categoria A, dos profissionais, a disputa foi grande entre
os laçadores Fernandes Mendes dos Santos e Adilson da Silva Ferreira. Com Golden Ice, Fernandes venceu a categoria
somando 8s98 e pulou para a vice-liderança do campeonato, com 29 pontos, encostando no líder Flávio de Oliveira,
que está com 30 pontos. Ficando com a segunda colocação,
Adilson da Silva Ferreira que se apresentou com o animal
Gray a Play, marcou 9s05. O menor tempo da categoria e de
toda prova foi marcado por Daniel Lopes, que passou o ano
passado nos Estados Unidos e voltou para esta temporada
da ANLB no Brasil, 8s15.
As laçadas da categoria B, destinada aos Amadores, chamaram a atenção em Jaguariúna. Marcos Vendrameto garantiu
a melhor média, superando laçadores que também têm alta
qualidade técnica. Montando Baby, fez o tempo de 10s63.
Segundo o locutor
oficial
do campeonato, Alessandro
Mendes,
“a
etapa foi espetacular, principalmente, na
final da categoria B, que foi
emocionante”.
O campeão lidera o ranking
com 43 pontos,
tendo na vice-liderança Kin
Yuda, com 32
pontos. O menor tempo da
categoria foi marcado por Tiago Marconi, com 9s38.
Na categoria C, dos Principiantes, o laçador João Henrique Vieira novamente venceu. Ele venceu duas etapas e
está disparado à frente no ranking do campeonato, além
de ter marcado os dois menores tempos em dois rounds
nas duas últimas etapas. Em Jaguariúna marcou 11s68,
montando Smokin Keys JMG. No ranking soma 56 pontos contra 26 de Piero Antunes, o segundo colocado. O
menor tempo da etapa na categoria foi de Thiago Byerlein, com 9s75.
A diretoria da ANLB ressaltou o sucesso de mais uma etapa
realizada em Jaguariúna e agradece ao casal Marco Aurélio
e Cristina, do Rancho VPJ, que sempre são grandes colaboradores da modalidade, não medindo esforços para que mais
uma etapa transcorresse sem problemas.
A ANLB tem a parceria e o patrocínio da VPJ Alimentos
para a atual temporada. A 4ª etapa do Campeonato Nacional irá acontecer na cidade paranaense de Mandaguari, na
Fazenda Alegria, dia 18 de junho.
Confira aqui como ficaram os resultados finais da 3ª etapa.
Categoria A
1º Fernandes Mendes dos Santos, Golden Ice, 8s98
2º Adilson da Silva Ferreira, Gray a Play, 9s05
3º Mateus Bovo, Little Fantastic HDN, 9s19
4º Daniel Lopes, Villa Rooster, 9s22
5º Ademir Daniel de Oliveira, Joy Sand FV, 9s80
Categoria B
1º Marcos Vendrameto, Baby, 10s63
2º Marcos Gonçalves, Java Gray, 11s48
3º Valdir Massucato, Invicte, 12s58
4º Carlos Eduardo Almeida, Cody OHL Solano, 13s29
5º Lucas Bernardes, Super Cat Doc, 14s48
Categoria C
1º Jorge Henrique Vieira, Sokin Keys JMG, 11s68
2º José Eduardo Cardamone, Misley Love Olena, 14s32
3º Fábio Argas, Special Cocker, 16s34
4º Kenny Cunha, Slydon Trouble Pine, 16s45
5º Vinícius de Oliveira, Dry Sugar It, 16s50
Master
1º José Astor Baggio Jr., Funny Pepto, 20s48
2º Romeu Gontijo Filho, Built To Last FJ, 20s93
3º José Osvaldo Lucas, Creak Nurse, 35s07
4º Milton Monteiro, Little Cody Lady, 54s15
5º Arthur Guimarães, Serra Negra, 54s70
Mirim
1º Lucas Bueno Peres, Boy, 86s58
2º Rodrigo Pavan, Pandora, 110s23
Mais informações e o ranking completo do campeonato podem ser obtidos no site www.anlb.com.br
HORSE’S LIFE
69
Laço de Bezerro
Copa União 2011
é finalizada com crescimento
O
Com avaliação superpositiva, os realizadores da Copa União dos Criadores
de Laço de Bezerro finalizaram a competição deste ano e contabilizam um
crescimento de 50% de participação em relação ao ano passado.
Rancho Bonanza, em Guararema/SP, sediou a
quinta e última etapa da Copa União dos Criadores de Laço de Bezerro 2011. A competição
bateu recorde de filiações e inscrições. Satisfeitos,
os organizadores comprovaram que estão no caminho certo e já estão trabalhando para superar
os números na Copa União de 2012.
Durante sua realização a Copa atingiu a média de 100
inscrições por etapa, tendo um pico na segunda competição que reuniu 126 inscrições. “Nossas expectativas
foram atingidas, pois tivemos no campeonato um total
de 500 inscrições, agora queremos superar este número
no próximo ano. O sucesso, em grande parte, é a seriedade e dedicação com que os organizadores tratam a
Copa, promovendo um campeonato justo e dedicado ao
laçador, sempre procurando inovar”, disse José Ricardo,
um dos realizadores.
Dentre as inovações na competição citadas estão a premiação
até a 10a. colocação na categoria Iniciante, provas com juiz
oficial da ABQM – Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha; competição oficializada pela ABQM,
70
HORSE’S LIFE
Fotos Marcelo Santana
e ainda premiação garantida e mais três motos Honda 125.
As etapas da Copa deste ano foram iniciadas pelo Rancho
Bonanza, em Guararema (29/01), seguindo pelo Haras do
Guerreiro, em Santa Isabel (26/02), voltando no Rancho
Bonanza (26/03) e ao Haras do Guerreiro (09/04) e finalizadas no Rancho Bonanza (07/05). Os locais foram escolhidos
por terem pistas cobertas.
A novidade ainda para este ano é que os organizadores da
Copa União farão uma prova para o lançamento do campeonato 2012, provavelmente no mês de novembro, com uma
premiação de R$ 25 mil. “Desde já, convidamos todos a participar, só estamos definindo data e o local ainda, mas anunciaremos em breve”.
Outra novidade para 2012 é a viabilização de uma etapa
fora do Vale do Paraíba, provavelmente na região de Jaguariúna, objetivando proporcionar uma abrangência maior no
número de laçadores, assim como levar para outras localidades o formato diferente de campeonato realizado.
“Também fazemos um agradecimento especial à Vetnil,
Purina/Presence, Kgir e NBR, que nos apoiaram na Copa
2011”, lembra Zé Ricardo.
Conheça abaixo os campeões de cada categoria da Copa
União 2011.
Profissional
1º. Apolo, Zenilton Júnior, 104 pontos
2º. Villa Rooster, Daniel Lopes, 93
3º. Dry Sugar It, Fábio Pereira, 60
Amador
1º. Slyde Cristal Pine, Sílvio Verruma, 72 pontos
2º. Panther Jet, Adriano Tamiaze, 67
3º. Petruquio, Leonardo Fernandes, 57
Amador Master
1º. Hello Kitty, Jair Lima, 115 pontos
2º. Slyde Cristal Pine, Sílvio Verruma, 82
3º. Boy, Francisco Pimentel, 48
Iniciante
1º. Golden, Douglas Vellenichi, 85 pontos
2º. Jack Dun’It, Antônio Piton, 80
3º. Non Pine, Gabriel Parizi, 62
Non Pro
1º. Yetika KG, Gustavo Diacov, 91 pontos
2º. Quick Trouble, Gustavo Diacov, 90
3º. Sovage, Bruno Renna, 86
HORSE’S LIFE
71
Laço em Dupla
Prova do Issao
chega à 11ª edição
Uma das maiores competições de Laço em Dupla do país, a Prova do
Issao, completa 11 anos e oferecerá mais de R$ 220 mil em prêmios
O
O Rancho Quarto de Milha, de Presidente Prudente, cidade que é conhecida como a
“capital nacional do QM”, recebe nos dias 25 e 26 de junho a 11ª Prova do Issao de Laço
em Dupla. Com competições nas Somatórias 4, 6, 8 e 11, o evento tradicionalmente escolheu a última semana do mês de junho para reunir laçadores das mais diversas partes do
país na disputa pela alta premiação oferecida e garantida que ultrapassa os R$ 220 mil.
Com 10 anos de experiência, a cada edição da prova Issao Kusahara Júnior promove
inovações para sempre oferecer qualidade, tornando o evento já esperado com ansiedade por
todos nesta época do ano. “Nosso objetivo principal sempre foi realizar uma prova organizada,
com alta premiação, que agrade a todos os participantes”.
PROGRAMAÇÃO E PREMIAÇÃO
A programação da competição terá início às 8 horas do dia 25, com a realização da Prova Aberta,
onde poderão ser feitas até 12 inscrições e a média será de quatro bois. Na sequência, acontece a
prova na Somatória 4, a partir das 10 horas, com média de dois bois. Também no sábado, as competições da Somatória 11, onde o valor e o limite das inscrições são os mesmos com média de quatro
bois.
No domingo, 26, a partir das 10 horas, tem início a prova da Somatória 6, com média de três
bois. Em seguida, acontece a prova da Somatória 8, com média de quatro bois.
O valor das inscrições em todas categorias é de R$ 250,00 cada e os laçadores poderão fazer até
12 inscrições em cada categoria. Os prêmios serão entregues do primeiro ao quinto lugares, sendo
que na somatória que der mais inscrições, o sexto colocado ganhará duas selas Master.
A PREMIAÇÃO SERÁ A MESMA PARA CADA UMA DAS SOMATÓRIAS:
1º lugar – R$ 15 mil
2º lugar – R$ 10 mil
3º lugar – R$ 7 mil
4º lugar – R$ 5 mil
5º lugar – R$ 4 mil
ambém haverá entrega de fivelas, selas e brindes como mantas e sacolas de laço da Classic EquiT
ne.Mais informações sobre a 11ª Prova do Issao de Laço em Dupla através do fone (18) 8116-7777,
ressaltando que será obrigatória a apresentação de exame de anemia, atestado de influenza e GTA.
72
HORSE’S LIFE
HORSE’S LIFE
73
Laço Comprido
APLC finaliza
1º Campeonato este mês
A Associação Paranaense de Laço Comprido, presidida por Tarcísio Barbosa
de Souza, convida todos os interessados para participar das duas últimas
etapas do 1º Campeonato de Laço Comprido.
L
ançado após a eleição da nova diretoria da Associação Paranaense do Laço Comprido, o 1º
Campeonato da modalidade já realizou duas etapas no mês de abril e finaliza a competição
neste mês de junho, com a 3ª etapa sendo realizada dia 19, no CTG Porteira Branca, em Terra
Rica, e a 4ª e última etapa acontecendo no dia 25, no Parque de Exposições de Umuarama.
Numa avaliação prévia da competição, o presidente Tarcísio afirma que a primeira edição superou todas as expectativas, acreditando que o 2º Campeonato que se inicia em agosto, dobrará
o número de participantes.
“Sucesso total, assim podemos definir o 1º Campeonato de Laço Comprido, realizado pela APLC. Contamos
com muitos laçadores e queremos fazer uma grande festa na última etapa, em Umuarama, já que é lá que vão
sair os classificados para a Copa dos Campeões da ABQM – Associação Brasileira de Criadores de Cavalo
Quarto de Milha, que será realizada em outubro na cidade de Avaré. Também está confirmada a presença
do presidente da ABQM, Paulo Farha”, ressaltou o presidente.
A média de inscrições por etapa foi de 53, sendo que a tendência, segundo o
“A etapa final acontece no
presidente, é aumentar nas duas últimas competições que acontecem neste
mês. “Isto porque a disputa vai ser boa, já que todos querem se classificar
dia 25 de junho, no Parque
para a Copa dos Campeões da ABQM. Estamos satisfeitos com a primeide Exposições de Umuarama, ra edição do Campeonato, que foi além dos nossos objetivos, uma surpresa
quando serão conhecidos
muito agradável para todos nós”.
Para o 2º Campeonato, a APLC já tem a confirmação de algumas etapas,
os vencedores do 1º Campecomo dias 19 e 20 de agosto, na idade de Guarapuava; dias 03 e 04 de setemonato APLC e também os
bro na cidade de Paraíso do Norte e dias 17 e 18 de setembro, em Maringá.
classificados para a Copa dos “Nossa expectativa é dobrar o número de participantes, na segunda edição
da competição”.
Campeões da ABQM, que
As duas primeiras provas do Campeonato foram realizadas no CTC Fazenacontece em outubro.”
da Velha Brasileira, em Paranavaí, dia 17 de abril; e no CTG Fronteira Paranaense, na cidade de Santa Isabel do Ivaí, dia 30 de abril. Confira como está
a classificação dos três primeiros colocados em cada categoria:
Aberto Júnior – 1º Skippy JAC, Rodrigo Cezar Ortiz, 20 pontos; 2º Spinstars Holly SN, Anísio A. Moreira,
7 pontos; e 3º Grace Mega Tari, Rogério M. Fanelli, 6 pontos.
Aberta Senior – 1º Doc Sana Lil TMR, Fernando Gustavo Jacob, 10 pontos; 1º Winner Smokim EA,
Luan Caldato, 10 pontos; 3º Smart Sonita Peppy, Rone Rotava, 06 pontos; 3º King Doc GDA, Galhano
Aranha, 06 pontos.
Amador – 1º Spinstars Holly SN, Erivelto Laurindo Ribeiro, 16 pontos; 2º Skippy JAC, Rodrigo Cesar Ortiz,
10 pontos; 3º Bohemia Cash IHP, Paulo Ricardo Tatsch, 06 pontos.
Amador Principiante – 1º Leona Sanjay TS, Rayza Kalena Gomes Pereira, 16 pontos; 2º Winner Smokim
EA, Isabelle Compagnoni, 10 pontos; 3º Grace Gamay, Rayza Kalena Gomes Pereira, 08 pontos.
As inscrições para as últimas etapas já estão abertas e deverão ser enviadas para a APLC, na rua Marechal
Cândido Rondon, 1545, no Centro de Paranavaí/PR, CEP 87704-060. O valor da inscrição por etapa é de
R$ 100,00, sendo que o prazo máximo é até dois dias antes da prova. As premiações são de 60% das inscrições, com classificação até o 5º lugar e premiação até o 3º lugar.
Mais informações pelos fones (44) 9974-0084, 3422-4590 e 3423-4848.
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HORSE’S LIFE
Foto Adilson Perigo
Rédeas
Os planos da nova
diretoria da AGCR
Conheça os rumos que a Associação
Gaúcha do Cavalo de Rédeas tem como
meta tomar a partir deste ano.
C
A eleição da AGCR aconteceu em dezembro do
ano passado e demonstrando a unidade existente na
entidade, apenas uma chapa foi inscrita, para a manutenção do trabalho que estava dando certo com as
novas ideias de uma diretoria múltipla. Os principais objetivos da nova diretoria é popularizar a modalidade de Rédeas, promovendo-a nos eventos do interior do
Estado, além de definir uma política de premiação permanente
e crescente para os profissionais. Outra meta é a valorização dos
amadores, pois são eles os responsáveis pelo fomento das vendas O maior evento da Associação é a Copa Querência, que já
de animais, bem como investidores dos profissionais.
tem sucesso garantido. Para 2012, a Copa Querência CoA formação da nova diretoria buscou a multiplicidade de pyland oferecerá uma premiação de R$ 250 mil, com transraças na modalidade, o que culminou com a representativi- missão ao vivo pelo Canal Rural e apoio completo da ABCCC
dade do cavalo Crioulo Quarto de Milha e Árabe, através – Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo, já que
do próprio presidente e de diretores como Clarissa Rodri- é uma competição destinada exclusivamente à raça.
“Nossa previsão para a próxima
gues e José Antônio Jacovas.
“José
Alfredo
Santos
Amarante
assumiu
a
Copa é termos em pista mais de
“Para incrementar os nossos
100 animais somente na cateobjetivos, estamos fazendo a presidência da AGCR no início do ano, ten“venda” de cada etapa e do do como objetivo principal a popularização goria Aberta. O julgamento
Potro do Futuro do Campe- da modalidade, assim como a definição de será efetuado por cinco juízes, e
estamos pensando na tentativa
onato Gaúcho 2011/2012. uma política de premiação permanente e
de trazer dois profissionais ameNesse caso, a administração crescente para os profissionais.”
ricanos para julgar as provas.
das provas caberá à AGCR,
Esse sucesso é graças à parceria
mas a premiação e demais
com a empresa Copyland, que não mede esforços para incredespesas correrão por conta do patrocinador, que deterá to- mentar a grandiosidade do evento”, continuou o presidente.
dos os direitos referentes à prova. Já estamos com duas etapas
“vendidas”, o que demonstra o sucesso do Campeonato Gaú- Sobre o presidente
cho da temporada. Isto garante uma premiação mínima de Amarante, o novo presidente da AGCR, chegou ao mundo
R$ 10 mil para etapa. Para a grande final, estamos prevendo equestre através dos cavalos da raça Puro Sangue Lusitano,
uma premiação mínima de R$ 50 mil”, explicou Amarante.
em 99, mas a paixão mesmo ocorreu quando conheceu a
A AGCR ainda está em processo de mudanças, já que a raça Crioula, em 2002, na aquisição do seu primeiro exemnova diretoria tem metas bem definidas e o sucesso da ges- plar da raça, o “Diamante do 38”. “É um animal que tenho
tão já é visível, pois terá um Campeonato que começará até hoje e jamais vou vender, sendo, inclusive, o garanhão da
em setembro próximo e já está com as etapas e o Potro do Cabanha. Pela amizade com o Tiba, João Carlos Brasil Feijó,
Futuro deste ano garantido por patrocinadores. Será uma ao comprar o melhor cavalo que ele tinha, assumi o seu treicompetição dividida em três etapas, com o Potro do Futuro namento e hoje sou muito feliz, pois tenho muitos amigos e
vejo um futuro promissor na modalidade Rédeas”.
e a grande final, extremamente competitivo.
HORSE’S LIFE
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Rédeas
Haras Dan
7º Futurity Haras Dan
e 1º GP Reminic N Dunit
O Haras Dan convida todos para participar do 7º Futurity Haras Dan,
que será realizado entre nos dias 24 e 25 de junho, em Avaré – SP.
C
Mesmo sediado na cidade de Esmeraldas, em Minas Gerais, o Haras Dan
realizará uma grande prova de Rédeas na paulista Avaré. É o 7º Futurity
Haras Dan, com premiação garantida até o 10º lugar e como novidade para
os amadores, o I GP Reminic N Dunit, uma prova exclusiva para a categoria,
onde é possível participar com animais de qualquer idade hípica e a premiação também é até o 10º colocado.
Além da premiação da prova, o grande campeão do GP Reminic N Dunit ganhará
como prêmio extra uma cobertura do garanhão que dá nome à competição para
a estação de monta 2011.
O regulamento segue as normas da ANCR – Associação Nacional do Cavalo de Rédeas,
apesar de nenhuma das duas provas exigir do participante ser sócio da entidade.
Há mais de 20 anos criando e selecionando cavalos Quarto de Milha, o titular do Haras
Dan, João Francisco Lacerda é um dos apaixonados e incentivadores da modalidade Rédeas. O Futurity Haras Dan é um sucesso; a iniciativa de criar ua prova exclusiva para
amadores tem como objetivo fomentar ainda mais a modalidade Rédeas.
A programação oficial do evento tem início na quinta-feira 23/06/11, a partir das 15
horas, com treino pago para animais Potro do Futuro. Na sexta-feira, 24, a partir das
10 horas, acontece a 1ª Copa Núcleo Castelo Branco nas categorias Aberta, Aberta Light, Principiante Aberta e Principiante Amador. Finalizando a competição, no
sábado, 25, a partir das 10 horas, o 7º Futurity Haras Dan Livre e a seguir o 1º GP
Reminic N Dunit Amador e a 1ª Copa NCB nas categorias Amador e Amador Light,
com uma passada valendo para as duas provas. Para finalizar a competição, está programada uma festa de encerramento.
Mais informações www.ancr.org.br
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HORSE’S LIFE
HORSE’S LIFE
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Team Penning
Team Penning
Traz Inscrições Recorde
A 4ª etapa do Campeonato 2011 da Liga Regional Leste Paulista realizada
no dia 14 de maio no Centro de Treinamento Tubantia, em Holambra
registrou recorde de inscrições brasileiro para prova de um dia.
A
12a. edição do Campeonato da Liga Leste Paulista de Team Penning vem demonstrando mais uma vez a grandiosidade da modalidade no interior paulista e mineiro.
A 4ª etapa da competição, realizada na cidade de Holambra, reuniu o maior número
de inscrições de toda a história da Liga, num total de 562 passadas. O público presente também foi outro destaque na prova, torcendo e prestigiando a modalidade.
Com performances acima da média, tendo em vista o tamanho da pista do Centro de Treinamento Tubantia, os teampenneiros de todas as categorias se esforçaram para obter grandes
tempos e, consequentemente, os cobiçados prêmios, troféus e medalhas oferecidos pela diretoria da Liga.
Mais uma vez, a organização do casal Tchesca e Thomas Eysink foi impecável e mesmo com
a enorme quantidade de inscrições, a competição correu muito bem.
O campeonato 2011 será disputado em um total de 10 etapas e a grande final acontecerá no
dia 26 de novembro, na Fazenda Barrinha, em Espírito Santo do Pinhal/SP.
A próxima etapa da Liga está marcada para o dia 11 de junho, na Fazenda Nossa Senhora
Aparecida, em Passos/MG. Com início marcado para às 10 horas, a prova segue a ordem das
categorias: Jovem, Família, Mirim e Mini-Mirim, Amador e Aberta.
Mais informações, resultados e ranking completos da competição podem ser acessados no site
www.lestepaulista.com.br
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HORSE’S LIFE
Resultados 4ª etapa
Confira aqui os primeiros classificados de cada categoria na prova realizada em Holambra.
Aberta
1º Leonardo Batistella, Nenéu Tranquiline e Gabriel Nicolas (SL Barreiro, Tapiratiba/SP), média final 20,702
2º Paulinho Minussi, Guto Tranquiline e Gabriel Nicolas (SL Barreiro, Tapiratiba/SP), 20,884
3º Adelson Gonçales, Lucas Hisbek e Guilherme Gonçalves (Cajuru/SP), 20,904
Amador
1º Leonardo Gonçalves, Gustavo Gonçalves e Adriano Gonçalves (Itau de Minas/MG), 18,945
2º Rodrigo Oliveira, Jhonathan e Letícia Oliveira (Limeira/SP), 20,250
3º Leonardo Gonçalves, Adriano Gonçalves e Luciano Queiroz (Itau de Minas e Passos/MG), 20,792
Jovem
1º Paulo Angelo de Moraes, Paula Eysink e Leonardo Xavier (Tubantia, Holambra/SP), 23,004
2º Fernando Calicchio, Pedro Balducci e Leonardo Batistella (São José do Rio Pardo/SP e Poços de Caldas/MG), 26,527
3º Neto Biasoto, Fernando Calicchio e João Guilherme Marin (Rancho FG, São José do Rio Pardo e Espírito Santo do Pinhal/SP), 27,896
Master
1º Luís Cláudio Nogueira Mollo, Homero Nogueira Mollo Júnior e Miguel Nogueira Mollo (São João da Boa Vista/SP), 20,932
2º João Baptista, Fernando S. Pires e Thomas Eysink (Tubantia, Holambra/SP), 20,932
3º Roberto Joia Carvalho, Arthur e Guilherme Garcia Figueiredo, 22,602
HORSE’S LIFE
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Mini-Mirim
1º Luan, Kalzinho e Manuela Braga (Florestal Jequitibá, Kall Imp., Rancho Luan, Espírito Santo do Pinhal/SP e Andradas/MG), 32,090
2º Luan, Fran e Chibatinha (São João da Boa Vista/SP), 41,441
3º Maria Júlia Biasoto, Kalzinho e Manuela Braga (Rancho FB, Florestal Jequitibá, Kall Importados), 45,718
Mirim
1º Matheus Vicente, Paulo César Ferreira Júnior e Fernando Pires Júnior, 23,487
2º Eduardo Oliveira, Gabriela Hamman e Gustavo Hamman (Limeira/SP0, 25,972
3º Matheus Vicente, Paulo César Ferreira Júnior e João Franco de Oliveira Neto, 26,139
ABCCA
1º Guilherme Gonçalves, Sílvio Prátola Neto e Eduardo Prátola (Mococa e Cajuru/SP), 22,398
2º Adelson Gonçalves, Sílvio Prátola Neto e Eduardo Prátola (Mococa e Cajuru/SP), 24,031
3º Orlando Ceschin Filho, Mário Henrique da Silva e Sílvio Prátola/Alessandro Betito (São João da Boa Vista/SP), 24,322
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HORSE’S LIFE
HORSE’S LIFE
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Vaquejada
Categoria Feminina será a novidade no
PF e no Nacional de Vaquejada
Entre os dias 29 de setembro e 02 de outubro, o Parque Ivandro
Cunha Lima, em Campina Grande/PB, será palco do 9º Potro do
Futuro & Campeonato Nacional de Vaquejada.
A
grande novidade para este ano
na 9ª edição do Potro do Futuro
e Campeonato Nacional de Vaquejada realizado pela ABQM
– Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha – será
a criação da categoria feminina, segundo
explica Eduardo Borba, presidente do Comitê Nacional de Vaquejada.
“Mais uma vez a ABQM sai a frente e cria
a categoria feminina com o objetivo de
incentivar e estimular a participação das
mulheres nas provas de Vaquejada. Como
já existem mulheres que participam do esporte e não temos uma categoria exclusiva
feminina, elas competem junto aos homens
nas classe profissional ou amador. Nos
eventos oficiais elas não tinham a facilidade de participar e com esta novidade, acreditamos que teremos resultados, pois desde
que anunciamos já tivemos uma boa repercussão entre as mulheres”, disse Eduardo.
A escolha pelo Parque Ivandro Cunha
Lima, na paraibana Campo Grande, para
sediar o evento aconteceu após a publicação de edital no site da Associação e, de forma unânime, o estado da Paraíba foi contemplado. “A cidade de Campina Grande
possui um dos parques mais conceituados
do país na modalidade”, ressaltou Borba.
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HORSE’S LIFE
“A premiação oferecida será de R$ 180 mil
será a maior de todos os eventos oficiais
de Vaquejada, realizados pela Associação,
uma marca desta gestão, que visa em cada
evento evoluir a premiação, pois consideramos este feito como propulsor da atividade, tornando a premiação compatível com
o investimento do criador e competidor”,
disse o presidente do CNV.
Os eventos oficiais da ABQM já são consolidados e o Comitê observa um crescimento constante nos últimos anos, tanto em
quantidade de inscrições como também
na qualidade dos animais apresentados.
“A Paraíba tem uma tradição muito grande em Vaquejada, então, esperamos repetir o sucesso. Não tenho dúvidas que esta
competição é a vitrine desejada por todos
nós, criadores e competidores, e graças ao
esforço da ABQM, em realizar um evento
desta magnitude, atingimos nossos objetivos”.
As inscrições para as competições deverão
ser abertas no mês de agosto. Outras informações sobre o Potro do Futuro e Campeonato Nacional de Vaquejada poderão
ser obtidas pelos telefones (81) 9104-0225,
com Eduardo Borba; (81) 9304-3410
com Márcio Borba, e (83) 9959-9966,
com Fábio Filmagem.
HORSE’S LIFE
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WORKING COW HORSE
Rancho Mariana recebe
2º Super Stakes no dia 11
O Campeonato Nacional de Working Cow Horse
segue adiante com etapa em Altinópolis
A
Associação Nacional de Working Cow Horse (ANCH) realizará
o 2º Super Stakes e Classic da 2ª etapa do Campeonato Nacional
2010/20011, nas dependências do Rancho Mariana, em Altinópolis
(SP), dia 11 de junho, às 10 horas. O prazo para as inscrições é até o
dia 10 de junho de 2011.
A premiação é de R$ 12.000,00, garantida, mais troféus, e nas categorias Aberta
Ltda. e Amador Principiante, do Campeonato Nacional Classic, a premiação
será 70% do valor das inscrições. O regulamento seguido é o oficial da NRCHA.
A competição da ANCH será aberta a animais de todas as raças e será disputada da seguinte forma: Super
Stakes - para animais que tenham sido Potro do Futuro
o ano passado, ou seja, tem 4 a 5 anos e nunca tenham
corrido de freio (obrigatório correr de bridão e duas
mãos nas rédeas) - Categorias Aberta, Aberta Ltda. e
Amador; Classic, Aberta Júnior (animais com 5 anos hípicos), Aberta Sênior (animais acima de 6 anos hípicos) e
Aberta Limitada (competidores que não tenham ganho
provas oficiais), Amador (competidores proprietários e
com 19 anos ou mais), Principiantes estarão liberados
para montar animais de terceiros.
O valor das inscrições, com taxa de boi, é de R$ 350,00 . Não sócios terão acréscimos de 20% no valor das inscrições. A Anuidade da ANCH será de R$ 200,00
por competidor, podendo ser pago em até duas vezes.Comprovante e inscrições
devem ser passados para o tel/fax: (16) 3610-6053 /(16) 3610-6053
O Rancho Mariana fica na Rodovia Altino Arantes, Km 30,5
Outras informações pelo site: www.anch.com.br
84
HORSE’S LIFE
Shopping Rural
Portal Horse:
o novo site da comunidade QM
O
O Portal Horse é um site desenvolvido não apenas para ter amplo conteúdo e serviços, mas também para oferecer informações
completas em tudo relacionado ao cavalo Quarto de Milha.
Portal Horse foi criado pelo web designer Daniel Firmino, no final de 2010. Assim ele começava a concretizar o sonho de desenvolvimento do portal destinado a divulgar a Raça Quarto de
Milha. Sua intenção é crescer para chegar a incluir todas as informações relacionadas à raça.
Fontes e referências se unem para divulgar as principais empresas do setor agropecuário,
além de leilões, torneios, e eventos em geral. São divulgados também os animais à venda. As
ferramentas do site incluem TV online, rádio e chat; o site hospeda também
uma comunidade exclusiva para admiradores do QM.
A única exigência para quem deseja participar do site é ser um apaixonado
pelo QM. Através da comunidade, o associado pode inserir fotos e vídeos,
além de fazer novas amizades.
O site foi desenvolvido em menos de seis meses e neste tempo no ar, já possui
mais de mil membros cadastrados, que fazem parte do portal, sempre interagindo e enviando informações relacionadas à raça. Acesse você também e
faça parte desta comunidade!
Para o proprietário, Daniel Firmino, o site é o primeiro e único com amplo conteúdo exclusivo para admiradores da raça Quarto de Milha. Acesse: www.portalhorse.com.br, mais informações através do email: contato@portaolhorse.
com.br ou ainda pelos fones (11) 4771-6159 ou 6811-1839, com Daniel.
HORSE’S LIFE
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STAR HORSE MATRIZ
A SMOOTH SOLUTION
D
EPOIMENTO DE EMÍLIO MUSSOLINI:
“Já conhecíamos a Smooth das provas da ANCA.
Sabíamos que alem de papel, estávamos de frente
com uma das melhores éguas de apartação do Brasil,
senão a melhor. E quando soubemos que o Armando
iria vendê-la em seu leilão, resolvemos comprá-la de
qualquer forma. Primeiro compramos a metade e alguns meses
depois compramos a parte do Armando também. Após a compra,
vimos que o objetivo estava sendo conquistado, pois logo ela nos
deu um grande presente, o bi-campeonato Nacional com a segunda maior nota da historia da ANCA. No mesmo dia ela nos
deu mais dois presentes: o Campeonato das categorias Non Pro
e Amador, montada pelo Vinicius, ou seja, três títulos em um só
dia. Para completar nosso objetivo, o próximo passo é torná-la
produtora de futuros campeões. Para isto estamos investindo em
cruzamentos corretos para que tenhmos filhos vencedores a curto
prazo. Gostaríamos muito de agradecer o Armando Costa Filho,
que nos ajudou bastante com seu conhecimento. Queremos agradecer também a toda equipe que cuidou dela ate o presente, em
especial ao Aroldo, por nos ter vendido um animal excepcional
em termo de genética, índole e com cow sense invejável. Quando
compramos a Smooth, ele me disse “Vocês compraram a melhor
égua do Brasil”. Agradeço também ao nosso veterinário, Marcelo
Damas, e a Rubão e Sergio pelo bom trabalho. Dá gosto ver no
Vinicius pela paixão que tem pela apartação e pela dedicação nos
treinamentos; obrigado também ao Guto Blanco que além de
sócio tornou-se um grande amigo, sempre apoiando.”
Emilio – 11 8244-1143
Guto – 17 8122-5888
A SMOOTH SOLUTION
Quarto de Milha | Nascimento 05/04/2004 | Alazã
Smooth As A Cat (High Brow Cat) x Smart Solution (Smart Little Lena)
Criador: Tommy Manion (Texas, EUA)
Proprietários: Emilio Mussolini, Fernando Mussolini e Guto Blanco
Campanha:
• Bi-campeã Nacional ANCA
• 2ª maior nota da ANCA – 77
• Conquistou três títulos no Campeonato Nacional ANCA 2010/2011:
• Campeã Aberta Livre com o treinador Aroldo Marcelino (nota 77)
• Campeã Nacional Non Pro, montada por Vinicius Mussolini (nota 75)
• Campeã Nacional Amador, montada por Vinicius Mussolini (nota 73)
• NCHA: US$ 10.075,11
• ANCA: R$ 36.250,00
• R$ 9.000,00 - Campeonato Nacional ANCA 2010/2011
• R$ 2.500,00 - Campeonato Sul Matogrossense de Apartação
2010/2011 - 2ª etapa
• R$1.500,00 - Campeonato Sul Matogrossense de Apartação
2010/2011 - 1ª etapa
• R$1.500,00 - Campeonato Paulista ANCA 2010/2011 - 4ª Etapa
• R$1.000,00 - 2ª Etapa Campeonato Paulista ANCA 2010/2011
Pontuação:
• Aberta Classic: 19 Pontos
• 2º Lugar - 6ª Etapa Campeonato Paulista ANCA 2009/2010
• 2º Lugar - 4ª Etapa Campeonato Paulista ANCA 2009/2010
• 4º Lugar - 2ª Etapa Campeonato Paulista ANCA 2009/2010
• 1º Lugar - Campeonato Nacional ANCA 2009/2010
• 4º Lugar - 2ª Etapa Campeonato Mineiro de Apartação 2008/2009
• Aberta Livre: 16 Pontos
• 1º Lugar - Campeonato Paulista ANCA 2010/2011 - 4ª Etapa
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HORSE’S LIFE
• 2º Lugar - 1ª Etapa Campeonato Paulista ANCA 2010/2011
• 2º Lugar - Campeonato Sul Matogrossense de Apartação
2010/2011 - 2ª etapa
• 2º Lugar - Campeonato Sul Matogrossense de Apartação
2010/2011 - 1ª etapa
• 1º Lugar - Campeonato Nacional ANCA 2010/2011
• Aberta: 20 Pontos
• Campeão - Derby Classic ANCA 2010
• 3º Lugar - Super Stakes Classic ANCA 2009
• Reservado Campeão - Derby Classic ANCA 2009
• Non Pro: 15 Pontos
• 5º Lugar - Campeonato Paulista ANCA 2010/2011 - 4ª Etapa
• 2º Lugar - 2ª Etapa Campeonato Paulista ANCA 2010/2011
• 1º Lugar - Campeonato Sul Matogrossense de Apartação
2010/2011 - 2ª etapa
• 1º Lugar - Campeonato Nacional ANCA 2010/2011
• Amador: 4 Pontos
• 1º Lugar - Campeonato Nacional ANCA 2010/2011
Títulos:
• Reservado Campeão - Campeonato Paulista 2009/2010
Categoria Aberta Classic
• Campeão - Campeonato Paulista 2010/2011 Categoria Aberta Livre
• 3º Lugar - Campeonato Sul-Mato-Grossense 2010/2011
Categoria Aberta Livre
HORSE’S LIFE
87
STAR HORSE GARANHÃO
A FICHA DO ASTRO
Nome: Blue Duck Okie
Sexo: Garanhão
Pelagem: Preto
Raça: Quarto de Milha
Nascimento: Junho 1998
Criador: Billy Emerson
Proprietário: José Roberto Nunes de Viveiros
Contato: 19 9218-5676 (Pablo)
Site: www.ranchoemanuel.com.br
Ganhos Próprios:
U$ 167.000,00 (NCHA U$ 149.000,00)
Produção:
U$ 217.000,00 NCHA e NRCHA
Filhos mais destacados:
Duck Canyon- U$ 35.000,00
Bluer- U$ 26.000,00
BNL Lucky Duck- U$ 25.000,00
BNL Double Duck-U$ 21.000,00
Duck on a Chain- U$ 21.000,00
Black N Blue Too- U$ 19.000,00
Savanahs Blue Dove-U$ 12.000,00
Lonesome Savanah- U$ 12.000,00
Cheyenne Duck- U$ 11.000,00
Madera Duck- U$ 10.000,00
88
HORSE’S LIFE
BLUE DUCK,
P
destaque na Apartação
Garanhão de pelagem diferenciada tem alto índice de resultados entre seus descendentes
ablo Viveiros, do Rancho Emanuel, conta como
se deu a vinda de Blue Duck ao Brasil:
Desde a primeira vez que fui aos EUA para assistir
competições de apartação, sempre me interessei
por três eventos em particular: Potro do Futuro,
Derby e Super Stakes, por serem as provas mais
concorridas e almejadas entre os melhores competidores.
Ao observarmos os reprodutores no Brasil, vimos que
faltava um animal que tivesse se classificado entre os três
melhores naquelas competições, e a partir daí começou o
trabalho para trazer o Blue Duck para a nossa lista de conquistas.
Para nós, Blue Duck tem as quatro coisas que mais são procuradas em um garanhão: beleza morfológica, uma pelagem incomparável, temperamento extremamente dócil e
uma campanha diferenciada; entre seus títulos, figura o de
Reservado Campeão do Derby NCHA Aberto.
Além disto, ele é diferente de muitos garanhões, por já ser
produtor de alguns animais de destaque apesar de ter relativamente poucos filhos, uma média de 19 por geração.
Às vezes, a gente fica de olho apenas nos EUA na busca
de linhagens de resultados, e acabamos esquecendo de
considerar alguns outros países com uma base genética
muito forte. Por exemplo, a Austrália anualmente adquire
sêmen congelado de vários garanhões de destaque, como
Dual Jazz, Chula Dual, Royal Fletch; assim também de
Blue Duck Okie. Com poucos filhos na Austrália já produziu alguns animais de destaque, como: Dee Bar is a
Blue Cat, Electric Duck e El Tempo Blue Duck, todos
ganhadores em apartação. Também a atual campeã do
PCCHA Derby Non Pro, Duck on a Chain, é filha de
Blue Duck Okie em mãe Dual Pep.
Blue Duck tem 154
filhos registrados na
AQHA, dos quais:
Preto: 30
Lobuno: 5
Alazão: 56
Castanho: 53
Rosilho: 1
Tordilho: 4
Baio: 4
Alazão tostado: 5
Buckskin: 4
Zaino: 11
Palomino: 1
HORSE’S LIFE
89
Fotos Miguel Oliveira
Personalidades
90
HORSE’S LIFE
HORSE’S LIFE
91
Classificados
92
Classificados
HORSE’S LIFE
HORSE’S LIFE
93
CALENDÁRIO OFICIAL DE EVENTOS - 2011
DATA
EVENTO
LOCAL
CIDADE
CONTATO
34º Potro Do Futuro - Corrida Grande Prêmio
Rei E Rainha Da Velocidade
Jockey Club De Sorocaba
Sorocaba/SP
-
2 de Julho - Final
34º Potro Do Futuro - Corrida Grande
Prêmio Rei E Rainha Da Velocidade
Jockey Club De Sorocaba
Sorocaba/SP
-
16 a 23 de Julho
34º Campeonato Nacional - Trabalho E
Conformação
A Definir
A Definir
A Definir
17 a 19 de Junho
5º Etapa Do Xv Campeonato NBQM
Recinto Mello Moraes
BAURU/SP
14 3236-2883
18 e 19 de Junho
4a Etapa Campeonato Brasiliense
2011 - NQMB
Pista Coberta Do Parque De
Exposições Granja Do Torto
Brasilia/DF
Renato Salles - 14 3236-2883
Fazenda Barrinha
Espirito Santo Do Pinhal/SP
Edson - 19 3661-4615
3a Etapa - III Circuito PBQM De Vaquejada Parque Burity
Ingá/PB
Leon Freire - 8819-0000
10 a 12 de Junho
4° Etapa Do Campeonato Estatual Da
RJQM
A Definir
A Definir
RJQM - 22 2732-9694
18 e 19 de Junho
4° Etapa Campeonato Paranaense APQM
A Definir
A Definir
APQM - 44 3228-8099
6/18/11
4° Etapa Do 9° Campeonato Nacional Do
Laço De Bezerro - ANLB
Fazenda Alegria
Mandaguari/SP
ANLB - 12 3652-4117
6/19/11
3° Etapa Campeonato Paranaense De
Laço Comprido Técnico Da APLC
CTG Porteira Branca
Terra Rica/PR
Tarcisio - 44 9974-0084
3° Simpósio De Equideocultura
Universidade Federal De Viçosa
Viçosa/MG
Henrique Azevedo - 31 8529-2285
4° Etapa Laço Técnico APLC
Pq. De Exposições De Umuarama Umuarama/PR
APLC - 44 9974-0084
25 e 26 de Junho
11° Prova Do Issao De Laço Em Dupla
Rancho Quarto De Milha
Issao - 18 8116-7777
01 a 03 de Julho
Campeonato Centro Oeste Do Cavalo
Quarto De Milha
Parque Agropecuário De Goiânia Goiania/GO
Associação Goaina Dos Criadores Do
Cavalo QM - 62 3203-3713
7/2/11
4° Etapa Circuito Central Paulista De
Team Penning
Haras Luana
Rio Claro/SP
Luis Claudio - 19 8136-0763
7/16/11
GP Presidente Do Jockey Club De SorocaJockey Club De Sorocaba
ba - III Derby - Classificatórias
Sorocaba/SP
Jockey Club De Sorocaba
15 3293-1177
7/30/11
GP Taça De Bronze - Classificatórias
Jockey Club De Sorocaba
Sorocaba/SP
Jockey Club De Sorocaba
15 3293-1177
7/30/11
GP Presidente Do Jockey Club De SorocaJockey Club De Sorocaba
ba - III Derby - Final
Sorocaba/SP
Jockey Club De Sorocaba
15 3293-1177
7/30/11
GP São Paulo - I Tríplice - Classificatórias
Sorocaba/SP
Jockey Club De Sorocaba
15 3293-1177
18 de Junho
Classificatórias
30 de Junho a 03 de
Potro Do Futuro ANCA 2011 - 23ª Edição
Julho
7/14/11
23 a 25 de Junho
6/25/11
94
HORSE’S LIFE
Jockey Club De Sorocaba
Presidente Prudente/SP
HORSE’S LIFE
95

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