02 - Financeira
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02 - Financeira
1 FIEP SESI SENAI IEL Federação das Indústrias do Estado da Paraíba Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional da Paraíba GESTÃO FINANCEIRA Campina Grande 2011 2 É autorizada reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou sistema desde que a fonte seja citada. Informamos que não será permitida qualquer alteração neste material, sem que haja autorização da UNIEP. SENAI. PB. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO: Aprendizagem/SENAI Departamento Regional da Paraíba. – Campina Grande, 2011. 1. Gestão Financeira CDD SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional da Paraíba Avenida: Manoel Guimarães – 195 – José Pinheiro CEP: 58100-440 – Campina Grande – PB Fone: (83) 2101.5300 Fax: (83)2101.5394 E-mail: [email protected] Home page: http://www.fiepb.org.br 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 04 2. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA...................................................................... 05 2.1. Conceito............................................................................................................. 05 2.2. Área de atuação................................................................................................ 06 2.3 Funções Básicas............................................................................................... 07 2.4. Finalidades da Administração Financeira...................................................... 09 2.5. Objetivos e Compromissos............................................................................. 10 2.6. Subdivisões da Administração Financeira..................................................... 11 2.7. Terminologia da Administração Financeira................................................... 11 3. CÁLCULOS FINANCEIROS............................................................................. 21 3.1. Capital................................................................................................................ 21 3.2. Juros Simples................................................................................................... 21 3.3. Taxa de Juros.................................................................................................... 21 3.4. Juro Exato e Comercial.................................................................................... 26 3.5. Descontos.......................................................................................................... 28 3.6. Juros Compostos............................................................................................. 32 4. ANUIDADE E PRESTAÇÕES............................................................................ 36 5. NOÇÕES DE USO DE CALCULADOURA HP 12C.......................................... 43 6. DOCUMENTOS FINANCEIROS........................................................................ 48 7. FINANCIAMENTO, INVESTIMENTO E EMPRÉSTIMO.................................. 65 8. TESOURARIA.................................................................................................... 67 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 70 4 1. INTRODUÇÃO A gestão financeira é uma das tradicionais áreas funcionais da gestão, encontrada em qualquer organização e à qual cabem as análises, decisões e atuações relacionadas com os meios financeiros necessários à atividade da organização. Desta forma, a função financeira integra todas as tarefas ligadas à obtenção, utilização e controle de recursos financeiros de forma a garantir, por um lado, a estabilidade das operações da organização e, por outro a rentabilidade. Portanto nesta apostila serão estudados os objetivos das ações e decisões da gestão financeira, através de suas técnicas de trabalho. 5 2. ADIMINTRAÇÃO FIANANCEIRA 2.1. Conceito Administração Financeira é o conjunto de atividades visando gerir as finanças de uma empresa ou organização. A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados à administração das finanças de empresas e organizações. diretamente Ela ligada está a Administração, Economia e a Contabilidade. Primeiramente, deve- se compreender e entender o sentido e o significado de finanças que, corresponde ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em espécie que serão usados em transações e negócios com transferência e circulação de dinheiro. Sendo que há necessidade de se analisar a fim de se ter exposto a real situação econômica dos fundos da empresa, com relação aos seus bens e direitos garantidos. Analisando-se apuradamente verifica-se que as finanças fazem parte do cotidiano, no controle dos recursos para compras e aquisições, tal como no gerenciamento e própria existência da empresa, nas suas respectivas áreas, seja no marketing, produção, contabilidade e, principalmente na administração geral de nível estratégico, gerencial e operacional em que se toma dados e informações financeiras para a tomada de decisão na condução da empresa. A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de crédito para clientes, planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando 6 sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os melhores “caminhos” para a condução financeira da empresa. Tal área administrativa, pode ser considerada como o “sangue” ou a gasolina da empresa que possibilita o funcionamento de forma correta, sistêmica e sinérgica, passando o “oxigênio” ou vida para os outros setores, sendo preciso circular constantemente, possibilitando a realização das atividades necessárias, objetivando o lucro, maximização dos investimentos, mas acima de tudo, o controle eficaz da entrada e saída de recursos financeiros, podendo ser em forma de investimentos, empréstimos entre outros, mas sempre visionando a viabilidade dos negócios, que proporcionem não somente o crescimento mas o desenvolvimento e estabilização. É por falta de informações financeiras precisas para o controle e planejamento financeiro que a maioria das empresas pequenas brasileiras entram em falência até o quinto ano de existência. São indiscutivelmente necessárias as informações do balanço patrimonial, no qual se contabilizam os dados da gestão financeira, que devem ser analisados detalhadamente para a tomada de decisão. Pelo benefício que a contabilidade proporciona à gestão financeira e pelo íntimo relacionamento de interdependência que ambas têm é que confundem-se, muitas vezes, estas duas áreas, já que as mesmas se relacionam proximamente e geralmente se sobrepõem. 2.2. Área de Atuação Área de atuação das finanças: A administração financeira pode ser dividida em áreas de atuação, que podem ser entendidas como tipos de meios de transações ou negócios financeiros. São estas: • Finanças Corporativas Abrangem na maioria, relações com cooperações (sociedades anônimas). 7 • Investimentos São recursos depositados de forma temporária ou permanente em certo negócio ou atividade da empresa, em que se deve levar em conta os riscos e retornos potenciais ligados ao investimento em um ativo financeiro, o que leva a formar, determinar ou definir o preço ou valor agregado de um ativo financeiro, tal como a melhor composição para os tipos de ativos financeiros. Os ativos financeiros são classificados no Balanço Patrimonial em investimentos temporários e em ativo permanente (ou imobilizado), este último, deve ser investido com sabedoria e estratégia haja vista que o que traz mais resultados é se trabalhar com recursos circulantes por causa do alto índice de liquidez apresentado. • Instituições financeiras São empresas intimamente ligadas às finanças, onde analisam os diversos negócios disponíveis no mercado de capitais– podendo ser aplicações, investimentos ou empréstimos, entre outros – determinando qual apresentará uma posição financeira suficiente à atingir determinados objetivos financeiros, analisados por meio da avaliação dos riscos e benefícios do empreendimento, certificando-se sua viabilidade. • Finanças Internacionais Como o próprio nome supõe, são transações diversas podendo envolver cooperativas, investimentos ou instituições, mas que serão feitas no exterior, sendo preciso um analista financeiro internacional que conheça e compreenda este ramo de mercado. 2.3. Funções Básicas Todas as atividades empresariais envolvem recursos e, portanto, devem ser conduzidas para a obtenção de lucro. As atividades do porte financeiro têm como base de estudo e análise os dados retirados do Balanço Patrimonial, mas principalmente do fluxo de caixa da empresa já que daí, é que se percebe a quantia real de seu disponível circulante para financiamentos e novas atividades. As funções típicas do administrador financeiro são: 8 • Análise, planejamento e controle financeiro Baseia-se em coordenar as atividades e avaliar a condição financeira da empresa, por meio de relatórios financeiros elaborados a partir dos dados contábeis de resultado, analisar a capacidade de produção, tomar decisões estratégicas com relação ao rumo total da empresa, buscar sempre alavancar suas operações, verificar não somente as contas de resultado por competência, mas a situação do fluxo de caixa desenvolver e implementar medidas e projetos com vistas ao crescimento e fluxos de caixa adequados para se obter retorno financeiro tal como oportunidade de aumento dos investimentos para o alcance das metas da empresa. • Tomada de decisões de investimento Consiste na decisão da aplicação dos recursos financeiros em ativos correntes (circulantes) e não correntes (ativo realizável a longo prazo e permanente), o administrador financeiro estuda a situação na busca de níveis desejáveis de ativos circulantes , também é ele quem determina quais ativos permanentes devem ser adquiridos e quando os mesmos devem ser substituídos ou liquidados, busca sempre o equilíbrio e níveis otimizados entre os ativos correntes e não-correntes, observa e decide quando investir, como e quanto, se valerá a pena adquirir um bem ou direito, e sempre evita desperdícios e gastos desnecessários ou de riscos irremediável, e até mesmo a imobilização dos recursos correntes, com altíssimos gastos com imóveis e bens que trarão pouco retorno positivo e muita depreciação no seu valor, que impossibilitam o funcionamento do fenômeno imprescindível para a empresa, o 'capital de giro'. Como critérios de decisão de investimentos entre projetos mutuamente exclusivos, pode haver conflito entre o VAL (Valor Atual Líquido) e a TIR (Taxa Interna de Rentabilidade). Estes conflitos devem ser resolvidos usando o critério do VAL. • Tomada de decisões de financiamentos Diz respeito à captação de recursos diversos para o financiamento dos ativos correntes e não correntes, no que tange a todas as atividades e operações da empresa; operações estas que necessitam de capital ou de qualquer outro tipo de 9 recurso necessário para a execução de metas ou planos da empresa. Leva-se sempre em conta a combinação dos financiamentos a curto e longo prazo com a estrutura de capital, ou seja, não se tomará emprestado mais do que a empresa é capaz de pagar e de se responsabilizar, seja a curto ou a longo prazo. O administrador financeiro pesquisa fontes de financiamento confiáveis e viáveis, com ênfase no equilíbrio entre juros, benefícios e formas de pagamento. É bem verdade que muitas dessas decisões são feitas ante a necessidade (e até a certo ponto, ante ao desespero), mas independente da situação de emergência é necessária uma análise e estudo profundo e minucioso dos prós e contras, a fim de se ter segurança e respaldo para decisões como estas. 2.4. Finalidades da Administração Financeira A administração financeira de uma empresa pode ser realizada por pessoas ou grupos de pessoas que podem ser denominadas como: vice-presidente de finanças (conhecido como Chief Financial Officer – CFO) diretor financeiro, controller e gerente financeiro, sendo também denominado simplesmente como administrador financeiro. Sendo que, independentemente da classificação, tem-se os mesmos objetivos e características, obedecendo aos níveis hierárquicos, portanto o diretor financeiro coordena as atividades de tesouraria e controladoria. Mas, é necessário deixar bem claro que, cada empresa possui e apresenta um especifico organograma e divisões deste setor, dependendo bastante de seu tamanho. Em empresas pequenas, o funcionamento, controle e análise das finanças, são feitas somente no departamento contábil - até mesmo, por questão de encurtar custos e evitar exageros de departamentos, pelo fato de seu pequeno porte, não existindo necessidade de se dividir um setor que está inter-relacionado e, que dependendo da capacitação do responsável desse setor, poderá muito bem arcar com as duas funções: de tesouraria e controladoria. Porém, à medida que a empresa cresce, o funcionamento e gerenciamento das finanças evoluem e se desenvolvem para um departamento separado, conectado diretamente ao diretorfinanceiro, associado à parte contábil da empresa, já que esta possibilita as informações para a análise e tomada de decisão. 10 No caso de uma empresa de grande porte, é imprescindível esta divisão, para não ocorrer confusão e sobrecarga. Deste modo, a tesouraria (ou gerência financeira) cuida da parte específica das finanças em espécie, da administração do caixa, do planejamento financeiro, da captação de recursos, da tomada de decisão de desembolso e despesas de capital, assim como o gerenciamento de crédito e fundo de pensão. Já a controladoria (ou contabilidade) é responsável com a contabilidade de finanças e custos, assim como, do gerenciamento de impostos - ou seja, cuida do controle contábil do patrimônio total da empresa. 2.5. Objetivos e Compromissos Todo administrador da área de finanças deve levar em conta, os objetivos dos acionistas e donos da empresa, para daí sim, alcançar seus próprios objetivos. Pois conduzindo bem o negócio - cuidando eficazmente da parte financeira consequentemente ocasionará o desenvolvimento e prosperidade da empresa, de seus proprietários, sócios, colaboradores internos e externos – stakeholders (grupos de pessoas participantes internamente ou externamente do negócio da empresa, direta ou indiretamente) - , e, logicamente, de si próprio (no que tange ao retorno financeiro, mas principalmente a sua realização como profissional e pessoal). Podemos verificar que existem diversos objetivos e metas a serem alcançadas nesta área, dependendo da situação e necessidade, e de que ponto de vista e posição serão escolhidos estes objetivos. Mas, no geral, a administração financeira serve para manusear da melhor forma possível os recursos financeiros e tem como objetivo otimizar o máximo que se puder o valor agregado dos produtos e serviços da empresa, a fim de se ter uma posição competitiva diante de um mercado repleto de concorrência, proporcionando, deste modo, o retorno positivo a tudo o que foi investido para a realização das atividades da mesma, estabelecendo crescimento financeiro e satisfação aos investidores. Não se deixa de mencionar que não há necessidade de se agir sem ética profissional, ilegalmente ou de má-fé, pois o ambiente em que se trabalha sobre mentiras e falsas informações não é propício ao sucesso - pois não haverá verdade, compromisso, motivação, respeito e lealdade dos que cercam à empresa. E este é um fator que merece reflexão, pois de nada vale se conseguir recursos e capital a partir de mentiras e trabalho “sujo”, sofrimento e desilusão dos colaboradores, parceiros e agentes internos ou externos que de 11 uma forma ou de outra são a razão da existência da empresa, e fazem o empreendimento “caminhar”. Faz-se referência desde o funcionário ao diretor, até o cliente; por isso deve-se ter responsabilidade e compromisso com todos os tipos de atividades, logicamente visionando a lucratividade, mas jamais decorrentes da dor e prejuízo de outrem, tendo sempre o compromisso com a responsabilidade e integridade do próprio nome da empresa. É claro que esta temática traz e trará muita contradição e divergência de ideias e concepções, já que muitas das vezes o “bolso fala muito mais alto”, mas há necessidade de se refletir sobre esta situação e apresentar a prática da responsabilidade social. 2.6. Subdivisões da Administração Financeira • Valor e orçamento de capital • Análise de retorno e risco financeiro • Análise da estrutura de capital financeira • Análise de financiamentos de longo prazo ou curto prazo • Administração de caixa ou caixa financeira 2.7. Terminologia da Administração Financeira Administração Financeira Ação de gerenciar as finanças públicas e privadas. 1. Agregar valor É o resultado da experiência do cliente, no ato da compra. 2. Ativo Circulante São contas que representam as disponibilidades e os direitos realizáveis em curto prazo, ou seja, dentro de um ano. Exemplo: caixa, bancos, contas a receber e estoque a realizar. 12 3. Amortização É a perda do valor na aquisição de direitos da propriedade, e gastos considerados pré-operacionais. 4. Balanço Patrimonial São os valores materiais da empresa (bens e direitos) que estão na empresa, dívidas com terceiros e as obrigações com os sócios. 5. Capital Representa o dinheiro aplicado pelos sócios para a formação do patrimônio inicial. 6. Capital de Giro Montante de recursos de curto prazo que uma empresa necessita para desenvolver suas atividades, durante um período. 7. CMV Custo das mercadorias vendidas, aplicado as empresas comerciais. 8. CPV Custo do produto vendido, aplicado as empresas industriais, inclui mão-deobra direta, matéria-prima, insumos, embalagens e etiquetas. 9. Criatividade Habilidade de ter idéias e fazer a escolha certa. 10. CSP Custo do serviço produzido, aplicado às prestadoras de serviço, inclui mãode-obra direta, materiais / peças aplicadas na execução do serviço. 13 11. Comissão de Vendas É um percentual pago sobre as vendas realizadas. 12. Competitividade É a capacidade de fazer algo que os outros não podem ou tem dificuldades 13. Custeio Métodos para a apropriação dos custos ao produto/serviço. 14. Custo Valores gastos na aquisição de mercadoria, na elaboração de produto ou na execução de serviço. 15. Demanda É a quantidade de um produto/serviço que o consumidor deseja adquirir por um preço determinado, durante um período de tempo. 16. Demonstrativo de Resultados Dizem respeito a suas receitas, custos e despesas num dado período, que tem como resultado o lucro / prejuízo. 17. Depreciação É o custo ou despesa decorrente do desgaste ou obsolescência dos ativos imobilizados da empresa. 18. Desmobilização É uma operação de venda de imóvel, equipamentos ou máquinas de uma empresa. 14 19. Despesa Valores gastos na comercialização de mercadorias, produtos e serviços e na administração das atividades empresariais. 20. Despesa Fixa São os gastos realizados para o adequado funcionamento da empresa, independente do valor das vendas. No nosso caso: Despesa (Administrativa / Financeira). 21. Despesa Variável / Custo São os gastos realizados em função das vendas realizadas. No nosso caso: Despesa de Venda e Custo (Mercadoria, Produto ou Serviço) 22. Desconforto É o que abate o ânimo. 23. Desejo É uma emoção, um sentimento de possuir, algumas vezes consciente ou reprimida. 24. Diferido Representa os gastos com projetos que vão proporcionar resultados futuros e despesas financeiras que serão apropriadas em exercícios futuros. 25. Estoque de segurança É o estoque máximo, mais uma quantidade para prevenir possíveis atrasos na entrega por parte do fornecedor. 26. Estoque mínimo É a quantidade mínima no estoque para cobrir possíveis variações (atraso, retrabalho, aumento de demanda, etc…) 15 27. Estoque máximo É o resultado da soma do estoque mínimo mais o lote de compra. 28. Exigível a Longo prazo Agrupa as obrigações com prazo de vencimento superior a um ano. 29. Expectativa Esperança fundada em supostos direitos. 30. Fluxo de Caixa Diz respeito à entrada e saída de dinheiro no caixa, num determinado período. 31. Gasto Tudo o que se desembolsa para atender as finalidades da empresa, mediante as atividades de produção, administração e venda. 32. Giro de Estoque É a quantidade de vezes que o estoque da empresa é vendido, em determinado período. 33. Imobilizado Agregam os bens móveis e imóveis necessários a atividade, não destinados a venda. 34. Imposto sobre as Vendas É um valor sobre as notas fiscais emitidas e só acontecem quando forem realizadas as vendas. • Federais / Estaduais / Municipais 16 35. Inadimplência É o não pagamento até a data de vencimento de um compromisso financeiro. 36. Inovação Habilidade de colocar as idéias para funcionar. 37. Investimento Valores aplicados na aquisição de bens utilizados nas atividades operacionais por vários períodos. 38. Liderança Convencer as pessoas que podem ser conduzidas para algum ponto vantajoso no futuro 39. Liquidez Diz respeito a conseguir honrar os compromissos do dia e os encargos contratuais assumidos. 40. Lote de Compra É a quantidade de material a ser adquirido em cada operação de reposição de estoque, onde os custos de aquisição e estocagem são os mínimos para um período considerado. 41. Lucro / Prejuízo Diferença positiva ou negativa entre a venda, custo e despesa, obtido através do Demonstrativo de Resultado. 42. Lucratividade Indica o percentual de ganho em relação sobre as vendas realizadas. 17 43. Lucro Bruto É a diferença entre a Venda Bruta e o Custo (mercadoria, produto ou serviço). 44. Lucro Líquido É o Lucro Operacional menos as Despesas Tributárias (IRPJ e CSLL). 45. Lucro Operacional É a Venda Bruta menos Custo (mercadoria, produto ou serviço) e as Despesas ( Venda, Administrativa e Financeira). 46. Margem de Contribuição É a diferença entre a Venda e Custo (mercadoria, produto ou serviço) e Despesa de Venda (impostos, comissão), e indica quanto à empresa dispõe para pagar as Despesas (Administrativa e Financeira) e gerar o lucro. 47. Necessidade Falta de algo indispensável, útil ou cômodo. 48. Margem de Lucro É um valor que o empresário quer obter da venda de mercadoria, produto e serviço para: • Repor a necessidade de capital de giro • Investimento em ativo fixo • Retorno de capital investido, considerando a taxa mínima de atratividade • Divisão de lucro para os sócios • Desenvolvimento de novos produtos / serviços 49. Mark-up É um fator que aplicado ao CMV estabelece o preço de venda. 18 50. Meta de Venda É a previsão de “o quê”, “quanto” e “quando” será vendido para cada cliente. 51. Passivo Circulante São as contas que representam obrigações da empresa e que deverão ser pagas dentro de um ano. Exemplo: empréstimos bancários, fornecedores a pagar e as despesas provisionadas. 52. Patrimônio Líquido Representa os valores que os sócios têm na empresa, num determinado momento. Representado pelo Capital Social, Lucros (auferidos) ou Prejuízos (suportados). 53. Planejamento Orçamentário É definir quanto de Lucro a empresa gostaria de ter num período. 54. Ponto de Equilíbrio É o valor e/ou a quantidade vendida para cobrir o custo e as despesas (variáveis e fixas). Neste ponto a empresa não apresenta lucro nem prejuízo. 55. Preço de Venda É o valor que deverá cobrir o custo da mercadoria/produto/serviço, as despesas variáveis e fixas, e ainda sobrar um lucro líquido adequado. 56. Produtividade É produzir e/ou vender com menos recursos. 57. Provisão É uma reserva que as empresas devem fazer no fluxo de caixa para futuros pagamentos. 19 58. Realizável a Longo Prazo São as contas que representam os direitos realizáveis a longo prazo. Exemplo: empréstimo que a empresa concede. 59. Receita Operacional Rendimentos obtidos por uma empresa, através da atividade principal. • Venda Bruta • Inadimplência • Reapresentação de cheques 60. Receita Não Operacional Rendimentos obtidos por uma empresa, através de transações (atípicas ou extraordinárias) • Antecipação • Desmobilização • Empréstimo 61. Regime de Caixa As entradas e as saídas são contabilizadas quando o dinheiro efetivamente troca de mãos. Se vender um serviço em março de R$ 100,00 a prazo (30dd), a entrada será contabilizada em abril. 62. Reserva de Capital Representa os valores com os quais se aumentará o capital social ou para absorver o prejuízo. 63. Reserva de Lucro Representa a retenção de lucro por parte da empresa. 20 64. Regime de Competência As vendas e as despesas são contabilizadas na data da transação, independente de estarem pagas / recebidas, ou não. 65. Rentabilidade Indica o percentual de remuneração do capital investido na empresa. 66. Retorno do Capital É o prazo em meses, do retorno do investimento. 67. Venda Bruta Refere-se ao valor financeiro realizado à vista e a prazo pela empresa, ou seja, é a quantidade de mercadorias, serviços ou produtos vendidos, multiplicados pelo seu respectivo preço unitário de venda. 68. Visão Contábil Tem o enfoque de atender as exigências fiscais, apresenta uma visão do que aconteceu. 69. Visão Gerencial Tem o enfoque de registrar os eventos que ocorrem, fornecendo dados para a tomada de decisões a curto, médio e longo prazo. 70. Venda Líquida É a Venda Bruta menos os impostos da venda e devoluções. 71. Sonho Vontade, desejo, projeto de vida, busca de auto-realização. 21 72. Sucesso Está muito mais ligado ao buscar do que chegar, pois dá-lo como realizado é o início do fim. 3. CÁLCULOS FINANCEIROS 3.1. Capital Representa o dinheiro aplicado pelos sócios para a formação do patrimônio inicial. Notação: C 3.2. Juros Simples Juros Simples: o conceito de juro é dado pela diferença entre o resgate de um investimento e o capital investido. Notação: j 3.3. Taxa de Juros É o coeficiente de proporcionalidade entre o juro e o capital cedido. A taxa de juro expressa a relação de grandeza existente entre o juro e o recurso financeiro que o mesmo remunera. Notação: i A taxa de juro pode apresentar-se de duas formas: • CENTESIMAL: EX: i = 0,10 • PERCENTUAL EX: i = 10% 22 • Valor Presente Valor disponível para ser emprestado. Conhecido sob diversas formas, tais como: principal, capital, valor atual, valor presente, valor disponível, valor real, etc. Notação: PV • Valor Futuro Também chamado de valor futuro, o montante é empregado para caracterizar o acréscimo de juro sobre o valor presente ou capital. Notação: FV • Número de Períodos É o prazo em que o capital fica disponível para o tomador do recurso. Determinará em conjunto com a taxa de juros e o valor tomado como empréstimo (capital) o valor do juro e do montante. Notação: n Quadro resumo das notações: JURO = J TAXA DE JURO = i VALOR PRESENTE = PV VALOR FUTURO = FV NÚMERO DE PERÍODOS = n FÓRMULAS FV = PV . (1 + i.n) J = FV - PV PV= J = PV . i . n FV (1+i.n) 23 EXEMPLOS: 1. Suponhamos que se tome emprestada a quantia de $ 1.000,00 pelo prazo de 2 anos e à taxa de 10% a.a. qual será o valor a ser pago como juro? 2. Quanto rende um principal de $ 100,00 aplicado à taxa de 5% ao semestre e por um prazo de 2 anos? 3. Qual é o montante de um capital de $ 1.000,00 aplicado à taxa de 10% a.a. pelo prazo de 2 anos? • Taxa Proporcional Consideremos duas taxas de juros arbitrárias i1 e i2, relacionadas respectivamente aos períodos n1 e n2, referidos à unidade comum de tempo das taxas. Estas taxas se dizem proporcionais se houver a igualdade de quociente das taxas com o quociente dos respectivos períodos, ou seja, se: i1 = n1 i2 = n2 Como em uma proporção o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, temos: i1 . n2 = i2 . n1 Ou seja, podemos escrever a fórmula do seguinte modo: i1 = i2 n1 = n2 24 Vejamos de modo gráfico: Também se pode analisar da seguinte forma: Sendo iA taxa de juros correspondente a um período e admitindo-se que queremos determinar a taxa proporcional i , correspondente à fração 1/m de um m período, tem-se: Ou seja, o intervalo de tempo unitário correspondente à taxa de juros i foi dividido em m partes iguais. Portanto: im = i m 25 Exemplos: 1. Verificar se as taxas de 5% ao trimestre e de 20% ao ano são proporcionais. 2. Sendo dada a taxa de juros de 24% ao ano, determinar a taxa proporcional mensal. 3. Sendo dada a taxa de 10% ao semestre, achar a taxa trimestral que lhe é proporcional. • Taxas Equivalentes: Duas taxas se dizem equivalentes se, aplicando um mesmo capital às duas taxas e pelo mesmo intervalo de tempo, ambas produzem o mesmo juro. Importante: em Juros Simples taxas equivalentes são também taxas proporcionais. Então se pode aplicar a mesma fórmula. i = m i m Para períodos não inteiros: A solução pode ser obtida em duas etapas: 1. Calcula-se o juro correspondente à parte inteira de períodos. 2. Calcula-se a taxa proporcional à fração de período que resta e o juro correspondente 26 EXEMPLOS: 1. Seja um capital de $ 10.000,00, que pode ser aplicado alternativamente à taxa de 2% a.m. ou de 24% a.a. supondo um prazo de aplicação de 2 anos, verificar se as taxas são equivalentes. 2. Qual o juro e qual o montante de um capital de $ 1.000,00 que é aplicado à taxa de juros simples de 12% ao semestre, pelo prazo de 5 anos e 9 meses? 3.4. Juro Exato e Juro Comercial: Nas aplicações correntes, muito embora as taxas sejam expressas em termos anuais, os prazos são fixados em dias. Como em curto prazo o regime geralmente adotado é o de juros simples, torna-se necessário calcular a taxa proporcional referente a 1 dia. • Juro Exato: Chama-se juro exato aquele que é obtido quando o período (n) está expresso em dias e quando é adotada a convenção do ano civil (365 dias): Je = PV.i.n 365 • Juro Comercial: Denomina-se juro comercial (ou ordinário) o juro que é calculado quando se adota como base o ano comercial (360 dias): Jc = PV.i.n 360 Exemplo: qual é o juro exato e comercial de um capital de $ 10.000,00 que é aplicado por 40 dias e à taxa de 36% A.A.? 27 • Fluxo de Caixa: É comum representar as entradas e saídas de dinheiro ao longo do tempo através de um diagrama, o qual chamará de fluxo de caixa. EXEMPLO: a) Valor Nominal: É quanto vale um título na data de seu vencimento. Exemplo: uma pessoa que aplicou uma quantia hoje e que vai resgatá-la por $ 20.000,00 daqui a 12 meses. Portanto o valor nominal desta aplicação é $ 20.000,00 no mês 12. NOTAÇÃO: FV b) Valor Atual: Também conhecido como capital. É o valor que um compromisso tem em uma data que antecede ao seu vencimento. NOTAÇÃO: PV EXEMPLO: FÓRMULA: FV = PV (1 + i.n) Exemplo: suponha que o valor aplicado hoje tenha sido de $ 15.000,00. Calcule a taxa de juros simples. 28 c) Valor Futuro: É o valor de um título em qualquer data posterior à que estamos considerando no momento. É o mesmo que montante, quando a data considerada for à do vencimento da aplicação. EXEMPLO: 1. Considere que uma pessoa possui hoje a quantia de $ 10.000,00. Qual será o valor futuro se a pessoa aplicar esta importância à taxa de 5% ao mês, daqui a 3 meses? 2. Qual será o valor futuro dos mesmos $ 10.000,00 se a taxa for de 10% ao mês, daqui a 6 meses? 3.5. Descontos: Podem-se exemplificar duas formas de descontos: A primeira diz respeito à necessidade de se retirar um valor aplicado antes de seu vencimento. Neste caso o aplicador deve ir junto ao tomador do recurso e levantar o principal e os juros já ganhos. A segunda é uma situação onde uma empresa que vende a prazo, e necessita de capital imediatamente. Esta pode ir a um banco e transferir a posse da duplicata, recebendo dinheiro em troca. a) Desconto Racional ou Desconto “por dentro”: É o desconto obtido pela diferença entre o valor nominal e o valor atual de um compromisso que seja saldado em n períodos antes do seu vencimento. • Desconto: é a quantia a ser abatida do valor nominal. • Valor descontado: é a diferença entre o valor nominal e o desconto. 29 NOTAÇÃO: FV = VALOR NOMINAL (MONTANTE) PV = VALOR ATUAL (VALOR DESCONTADO RACIONAL) r n = NÚMERO DE PERÍODOS ANTES DO VENCIMENTO i = TAXA DE DESCONTO D = VALOR DO DESCONTO r Formulas FV = PVr (1 + i.n) D = FV.i.n r 1+i.n EXEMPLO: Uma pessoa pretende saldar um título de $ 5.500,00, 3 meses antes de seu vencimento. Sabendo-se que a taxa de juros corrente é de 40% a.a. Qual o desconto e quanto vai obter? b) Desconto Comercial ou Desconto “por fora”: É o valor que se obtém pelo cálculo do juro simples sobre o valor nominal do compromisso que seja saldado n períodos antes de seu vencimento. NOTAÇÃO: FV = VALOR NOMINAL (MONTANTE) PV = VALOR ATUAL (VALOR DESCONTADO COMERCIAL) c n = NÚMERO DE PERÍODOS ANTES DO VENCIMENTO i = TAXA DE DESCONTO D = DESCONTO COMERCIAL c 30 FORMULAS PVc = FV (1 – i.n) Dc = FV.i.n EXEMPLO: Consideremos o exemplo anterior, em que o título de $ 5.500,00 é descontado á taxa de 40% a.a., 3 meses antes do vencimento. c) Desconto Bancário Corresponde ao desconto comercial acrescido de uma taxa prefixada (geralmente a título de despesas administrativas), cobrada sobre o valor nominal. NOTAÇÃO: FV = VALOR NOMINAL (MONTANTE) PV = VALOR ATUAL (VALOR DESCONTADO BANCÁRIO) b n = NÚMERO DE PERÍODOS ANTES DO VENCIMENTO i = TAXA DE DESCONTO D = DESCONTO COMERCIAL c D = DESCONTO BANCÁRIO b h = TAXA DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS FÓRMULAS PVb = FV [1 – (i.n + h)] Db = FV (i.n + h) EXEMPLO: Um título de $ 5.500,00 foi descontado no banco brasileiro, que cobra 2% como despesa administrativa. Sabendo-se que o título foi descontado 3 meses antes 31 de seu vencimento e que a taxa corrente em desconto comercial é de 40% a.a., qual o desconto bancário? Quanto recebeu o proprietário do título. TAXA DE JUROS EFETIVA: É a taxa de juros que aplicada sobre o valor descontado, comercial ou bancário gera no período considerado um montante igual ao valor nominal. NOTAÇÃO: FV = VALOR NOMINAL (MONTANTE) PV = VALOR ATUAL (VALOR DESCONTADO BANCÁRIO) b PV = VALOR ATUAL (VALOR DESCONTADO COMERCIAL) c n = NÚMERO DE PERÍODOS ANTES DO VENCIMENTO i = TAXA EFETIVA f FÓRMULAS FV . if = PVb FV -1 n if = PVc ..-1 n EXEMPLO: Seja o mesmo exemplo anterior, no qual já calculamos: PV = 4.950,00 c PV = 4.840,00 b FV = 5.500,00 n=3 Pede-se: taxa efetiva para desconto comercial e bancário. • RELAÇÃO ENTRE DESCONTO RACIONAL E COMERCIAL: Como já verificamos anteriormente, o desconto comercial é maior que o desconto racional, se ambos forem feitos nas mesmas condições. 32 D >D c r • DEDUZINDO SUAS FÓRMULAS TEM-SE: D = D (1 + i.n) c r EXEMPLO: O desconto comercial de um título descontado 3 meses antes de seu vencimento e à taxa de 40% a.a. é de $ 500,00. Qual é o desconto racional? 3.6. Juros Compostos Como já foi analisado, o regime de juros simples, caracteriza-se pelo fato de apenas o capital inicial render juros, e este ser proporcional ao tempo e à taxa. No regime de juros compostos, que tem grande importância financeira por tratar melhor a realidade, o juro gerado pela aplicação será incorporado à mesma passando a participar da geração de juros no período seguinte. Dizemos então que os juros são capitalizados, e como não só o capital inicial rende juros, mas estes são devidos também sobre os juros formados anteriormente, temos o nome de juros compostos. Diferenças entre o regime de juros simples e o regime de juros compostos. Suponhamos um capital inicial de $ 1.000,00 aplicado à taxa de 20% ao ano por um período de 4 anos: JUROS SIMPLES JUROS COMPOSTOS n VALOR JURO POR Valor JURO POR PERÍODO FUTURO PERÍODO 1 1.000 x 0,2 = 200 1.200 1.000 x 0,2 = 200 1.200 2 1.000 x 0,2 = 200 1.400 1.200 x 0,2 = 240 1.440 3 1.000 x 0,2 = 200 1.600 1.440 x 0,2 = 288 1.728 4 1.000 x 0,2 = 200 1.800 1.728 x 0,2 = 346 2.074 FUTURO 33 (aprox.) Função linear • Função exponencial VALOR PRESENTE E VALOR FUTURO: NOTAÇÃO: FV = VALOR NOMINAL, MONTANTE, VALOR FUTURO PV = VALOR ATUAL, CAPITAL, VALOR PRESENTE n = NÚMERO DE PERÍODOS i = TAXA DE JUROS n FV = PV(1 + i) EXEMPLO: Uma pessoa toma $ 1.000,00 emprestado à taxa de juros de 2% a.m. Pelo prazo de 10 meses com capitalização composta. Qual o montante a ser devolvido? JURO: NOTAÇÃO: J = JURO PV = VALOR ATUAL, CAPITAL, VALOR PRESENTE n = NÚMERO DE PERÍODOS i = TAXA DE JUROS FÓRMULA n J = FV - PV OU J = PV [(1 + i) – 1] EXEMPLO: Qual o juro pago no caso do empréstimo de $ 1.000,00 à taxa de juros compostos de 2% a.m. E pelo prazo de 10 meses? 34 EXEMPLOS: a) Por quanto devo comprar um título, vencível daqui a 5 meses, com valor nominal de $ 1.131,40, se a taxa de juros compostos corrente for de 2,5% a.m.? b) Uma pessoa possui uma letra de câmbio que vence daqui a um ano, com valor nominal de $ 1.344,89. foi-lhe proposta a troca daquele título por outro, vencível daqui a 3 meses e no valor de $ 1.080,00. Sabendo-se que a taxa corrente de mercado é de 2,5% a.m., pergunta-se se a troca proposta é vantajosa. • TAXAS EQUIVALENTES: Dizemos que duas taxas são equivalentes se, considerados o mesmo prazo de aplicação e o mesmo capital, for indiferente aplicar em uma ou em outra. De outro modo, considerando-se um mesmo capital aplicado por um mesmo intervalo de tempo a cada uma das taxas, ambas as taxas produzirão um mesmo montante se forem equivalentes. Sejam as taxas: i = REFERENTE A UM INTERVALO DE TEMPO q iq = CORRESPONDENTE A UM INTERVALO DE TEMPO NOTAÇÃO: iq = TAXA EQUIVALENTE i = TAXA DE JURO REFERENTE AO PERÍODO MAIOR 35 q = NÚMERO DE PERÍODOS QUE DIVIDEM UM PERÍODO MAIOR EM “q” PARTES IGUAIS FÓRMULA EXEMPLOS: 1. Dada a taxa de juros de 9,2727% a.t., determinar a taxa de juros compostos equivalente mensal. 2. Suponhamos que: pv = 1.000,00 ; iq = 2% a.m. ; i = 26,824% a.a. ; n = 1 ano. Verificar se i e iq são equivalentes. 3. Se um capital de $ 1.000,00 puder ser aplicado às taxas de juros compostos de 10% a.a. Ou de 33,1% ao triênio, determinar a melhor aplicação. • JUROS COMPOSTOS EM PERÍODOS NÃO INTEIROS NOTAÇÃO: FV n,p/q = VALOR NOMINAL, MONTANTE, VALOR FUTURO (COM n PERÍODOS + UMA FRAÇÃO DE n) PV = VALOR ATUAL, VALOR PRESENTE, CAPITAL n+p/q = n PERÍODOS + FRAÇÃO DE n FÓRMULA n+p/q FV n,p/q = PV (1 + i) EXEMPLO: Um capital de % 1.000,00 é emprestado à taxa de juros compostos de 10% a.a., pelo prazo de 5 anos e 6 meses. Tendo por base a capitalização anual, qual será o montante? 36 4. ANUIDADE E PRESTAÇÕES • Anuidade Segundo o Dicionário de Aurélio: sujeito feminino (S.F.), quantia paga anualmente para a constituição de um capital ou amortização de uma dívida. Quantia paga aos colégios para custeio de estudos durante um ano. Quantia paga anualmente a uma instituição. Um ramo de pagamentos iguais feitos regularmente, por exemplo: a cada mês ou cada semanal. • Prestações Nós nem sempre possuímos a quantia necessária para realizarmos a compra à vista daquele bem tão imprescindível e principalmente por não termos a cultura de acumular mês a mês um certo valor, até totalizarmos o valor necessário. Quando não há na operação de compra, pelo menos de forma declarada, a cobrança de juros, basta que dividamos o valor da mercadoria pelo número de parcelas, para obtermos o valor de cada prestação, mas e no caso de haver incidência de juros, como podemos realizar os cálculos? Como podemos saber que não estamos sendo ludibriados por algum vendedor inescrupuloso? Neste tópico iremos estudar o que é coeficiente de financiamento e como poderemos utilizá-lo no cálculo de prestações, assim como tendo o valor capitalizado, encontrarmos o valor à vista sem juros, por exemplo. • Coeficiente de Financiamento O coeficiente de financiamento é um fator que ao ser multiplicado pelo valor a ser financiado, irá nos fornecer o valor de cada prestação. 37 O cálculo do coeficiente de financiamento tem como variáveis tanto a taxa de juros, quanto o número de períodos da operação. Ele é calculado através da seguinte fórmula: A variável CF representa o próprio coeficiente de financiamento, já as variáveis i e n representam respectivamente a taxa de juros cobrada pelo financiamento e o período ou número de parcelas mensais, já que quase invariavelmente as prestações são mensais. Assim como nos cálculos envolvendo juros simples e juros compostos, no caso do cálculo de prestações tanto a taxa de financiamento, quanto o período, devem estar na mesma unidade de tempo. Como geralmente as prestações são mensais, a taxa de juros também deverá ser expressa ao mês. EXEMPLOS DE VENDAS ENVOLVENDO JUROS: Uma famosa loja de comércio eletrônico tem um aparelho de TV à venda por R$ 1.000,00. Sabendo-se que a taxa de juros é 5% ao mês, pergunta-se: Qual será o valor da prestação se fizermos o pagamento em 3 vezes sem entrada? Primeiramente veja que o termo sem entrada significa dizer que todos os mil reais serão financiados e por isto irão sofrer a incidência de juros. Se a primeira parcela fosse paga no momento da compra, o valor financiado seria a diferença entre os mil reais e o valor pago na entrada. O valor da mercadoria sem os juros é chamado de valor presente, sendo identificado pela variável PV. Dito isto, temos que as variáveis do problema são: 38 Primeiramente vamos ao cálculo do coeficiente de financiamento através da fórmula vista acima: Sabendo-se que o coeficiente de financiamento é igual a 0,36721 e que o valor da prestação é identificado pela variável PMT, podemos utilizar a fórmula abaixo para calcularmos o valor das parcelas: Calculando temos: Ou seja: • O valor da prestação para o pagamento em 3 vezes sem entrada será de R$ 367,21. 39 Ao multiplicarmos o valor da prestação por três iremos obter o valor a prazo de R$ 1.101,63. O valor dos juros é, portanto de R$ 101,63. Embora seja óbvio que o valor de R$ 367,21 relativo a cada uma das três parcelas deva pagar o valor do produto à vista e ainda cobrir os juros do período, vamos ainda assim conferir se a conta fecha. Vejamos a tabela abaixo: Período Valor a Pagar Juros Total a Pagar Valor Pago Saldo 1 R$ 1.000,00 R$ 50,00 R$ 1.050,00 R$ 367,21 R$ 682,79 2 R$ 682,79 R$ 34,14 R$ 716,93 R$ 367,21 R$ 349,72 3 R$ 349,72 R$ 17,49 R$ 367,21 R$ 367,21 R$ 0,00 Analisando a tabela verificamos que os juros embutidos nas prestações totalizam exatamente o valor calculado anteriormente de R$ 101,63, além disto como as três parcelas pagas totalizam R$ 1.101,63, ao descontarmos os juros pagos temos que a diferença de R$ 1.000,00 cobre exatamente o valor à vista do produto, comprovando que o coeficiente de financiamento nos permite calcular com exatidão o valor das prestações em operações envolvendo juros. • Tabela Price Também chamado de sistema francês de amortização, é um método usado em amortização de empréstimo cuja principal característica é apresentar prestações (ou parcelas) iguais[1]. O método foi apresentado em 1771 por Richard Price em sua obra "Observações sobre Pagamentos Remissivos" (em inglês: Observations on Reversionary Payments[2]). O método foi idealizado pelo seu autor para pensões e aposentadorias. No entanto, foi a partir da 2ª revolução industrial que sua metodologia de cálculo foi aproveitada para cálculos de amortização de empréstimo. A Tabela Price usa o regime de juros compostos para calcular o valor das parcelas de um empréstimo e, dessa parcela, qual é a proporção relativa ao pagamentos dos juros e a amortização do valor emprestado. 40 Tomemos como exemplo um empréstimo de $ 1.000,00 com taxa de juros de 3% ao mês a ser pago em 4 parcelas mensais. Para calcular o valor da parcela, deve-se usar a fórmula de juros compostos combinada com a da progressão geométrica, resultando em: , onde • pmt: Valor da parcela • PV: Valor Presente (do inglês Present Value) • i: Taxa de juros (do inglês Interest Rate) • n: Número de períodos No caso do exemplo, o cálculo da pmt: é: Um mês depois do empréstimo, o saldo devedor cresce 3% indo para $ 1.030,00, porém, como também deve ocorrer o pagamento de $ 269,03, o saldo devedor passa a ser $ 760,97. Perceba que o pagamento da parcela cobriu os juros de $ 30,00 e também fez a amortização de $ 239,03 (760,97 - 30,00) do valor emprestado. O mesmo ocorre nos meses seguintes, porém, como o saldo devedor 41 diminui a cada mês, o valor das parcelas relativo ao pagamento dos juros é decrescente. Prestação Mês Saldo Devedor Amortização Juros 0 1.000,00 1 760,97 239,03 30,00 2 514,78 246,20 22,83 3 261,19 253,58 15,44 4 0,00 261,19 7,84 • Sistema de Amortização Constante (SAC) É uma forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem os juros, amortizando assim partes iguais do valor total do empréstimo. Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculada dividindose o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas. O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amortização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento, fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização. 42 Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser paga em 12 meses a uma taxa de 12% ao ano (em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização iremos obter uma valor igual a R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica: Nº Prestação Prestação Juros Amortização Saldo Devedor 0 120000 1 11200 1200 10000 110000 2 11100 1100 10000 100000 3 11000 1000 10000 90000 4 10900 900 10000 80000 5 10800 800 10000 70000 6 10700 700 10000 60000 7 10600 600 10000 50000 8 10500 500 10000 40000 9 10400 400 10000 30000 10 10300 300 10000 20000 11 10200 200 10000 10000 12 10100 100 10000 0 Note que o juro é sempre 1% do saldo devedor do mês anterior, a prestação é a soma da amortização e o juro. Sendo assim,o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00. Gerando juros de R$ 7.800,00. Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressao aritmética(PA) de r=100. 43 5. NOÇÕES DE USO DA CALCULADORA HP 12C A calculadora HP12C é uma máquina de uso relativamente simples, bastante utilizada nos cálculos pertinentes à Matemática Financeira. Vamos mostrar nesta seção, os rudimentos do seu uso elementar. Uso da HP 12C para o cálculo de juros simples • entre com o número de dias n • entre com a taxa anual i • entre com o valor principal CHS PV • tecle f INT : obtém-se os juros • tecle + para obter o montante Obs.: esta é uma regra geral para o uso da HP 12C para o cálculo de juros simples: o período deve ser expresso em dias, e a taxa de juros deve ser a taxa anual. EXEMPLO: Determine os juros produzidos e o montante ao final de 8 meses, de um capital de $1500,00 aplicados à taxa de juros simples de 40% a.a Na HP: 240 n 40 i 1500 CHS PV f INT (resultado no visor: 400) + (resultado no visor: 1900) 44 Resposta: Juros = $400,00 e Montante = $1900,00 • Uso da HP 12C para o cálculo de porcentagens A calculadora HP12C possui três teclas para resolução de problemas de cálculo de porcentagem: D% %T % • Cálculo de porcentagem - uso da tecla % Para calcular x% de N: • digite o número N • tecle ENTER • digite o número x • pressione a tecla % EXEMPLO: Calcule 22% de $3000,00. Na HP12C: 3000 ENTER 22 % Resultado no visor = 660. 45 • Cálculo de diferença percentual - uso da tecla D % Para achar a diferença percentual entre dois números M (número base) e N. • digite o número base M • tecle ENTER • digite o outro número • pressione a tecla D % EXEMPLO: O valor de um lote de 1000 ações de uma Empresa baixou de $96,00 para $91,00. Qual foi a variação percentual? Na HP 12C: 96 ENTER 91 D% Resultado no visor: - 5,21 (o sinal menos quer dizer que houve uma redução de 5,21%). • Percentual de um total - uso da tecla %T Permite calcular qual percentual um número representa em relação a outro. EXEMPLO: Uma empresa efetuou no mês passado vendas de $3,92 milhões nos Estados Unidos, $2,36 milhões na Europa e $1,67 milhões no resto do mundo. Qual o percentual sobre o total de vendas correspondeu ao resto do mundo? Teremos, na HP 12C: 3,92 ENTER 2,36 + 46 1,67 + 1,67 %T Aparecerá no visor o número 21,00 que corresponde ao percentual de 21,00%. • Funções calendário oferecidas pela HP12C Nas calculadoras HP12C podem ser utilizadas datas a partir de 15/11/1582 até 25/11/4096 !. Teclas a serem utilizadas D.MY Formato dia/mês/ano (usado no Brasil) M.DY Formato mês/dia/ano (usado no USA) D DYS Variação em dias g DATE Dia da semana Normalmente a máquina estará no formato M.DY (mês/dia/ano) que é o formato americano. Para mudar para D.MY (dia/mês/ano) deveremos teclar g D.MY e esta notação aparecerá no visor. EXEMPLO 1: Quantos dias transcorreram desde o início da Revolução francesa (20/06/1789) até o dia 08/01/1999 ? Na HP12C: g D.MY para mudar a calculadora para o modo brasileiro (dia/mês/ano) 20.061789 (assim mesmo como está escrito; não esqueça do ponto). ENTER 08.011999 g D DYS Resposta no visor: 76.537 dias EXEMPLO 2: 47 Em que dia da semana caiu 31/07/1997, data da privatização da COELBA? Na HP12C 31.07.1997 ENTER 0 g DATE Resposta no visor: 31,07,1997 4 4 = quinta feira NOTA: 1 = SEGUNDA FEIRA 2 = TERÇA FEIRA 3 = QUARTA FEIRA 4 = QUINTA FEIRA 5 = SEXTA FEIRA 6 = SÁBADO 7 = DOMINGO EXEMPLO 3: Foi assinado um contrato quarenta e cinco dias antes de 08/01/99. Qual a data exata da assinatura do contrato e em que dia caiu? Na HP12C: 08.011999 ENTER 45 CHS (porque a data está no passado; CHS = change signal = muda o sinal) g DATE Resultado no visor: 24,11,1998 2 6. DOCUMENTOS FIANACEIROS 48 Documentos financeiros são os registros usados para demonstrar as finanças passadas, correntes e projetadas. A seguir mencionam-se os documentos principais que deverão constar do seu Plano Empresarial. Complete os documentos na ordem apresentada porque dependem uns dos outros, utilizando informação proveniente de outros previamente desenvolvidos. Conceito de título de crédito Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado. • Cheques Conceito Cheque é uma ordem de pagamento de certa quantia à pessoa em favor da qual se emite esse documento ou a qualquer portador dele. É um título de crédito literal e abstrato, constituindo-se em uma ordem de pagamento à vista, relativa a um contrato bancário, pelo qual se movimentam fundos disponíveis junto ao banco sacado. O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 dias, quando emitido em outro lugar do país ou no exterior. Prescreve em 6 meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação de execução que a lei assegura ao portador. O cheque é um meio de pagamento. Na prática, entretanto, é também instrumento de crédito na acepção de troca de valores no tempo, especialmente no caso de cheque "pré-datado". O cheque é pagável à vista. Considera-se não-escrita qualquer menção em contrário. Legalmente o cheque é uma ordem de pagamento à vista. Há, entretanto, jurisprudências que fazem o cheque perder a característica essencial de ordem de pagamento à vista, passando a valer como uma promessa de pagamento. 49 O cheque é um título de crédito, independente de ser pagável à vista, ou ser "pré-datado". Se for "pré-datado", será um título de crédito e também uma promessa de pagamento. Se for pagável à vista, será apenas um título de crédito. Quem vende mercadorias, produtos ou serviços não é obrigado a aceitar pagamentos em cheque. • Nota Fiscal É um documento fiscal e que tem por fim o registro de uma transferência de propriedade sobre um bem ou uma atividade comercial prestada por uma empresa e uma pessoa física ou outra empresa. Nas situações em que a nota fiscal registra transferência de valor monetário entre as partes, a nota fiscal também destina-se ao recolhimento de impostos e a não utilização caracteriza sonegação fiscal. Entretanto, as notas fiscais podem também ser utilizadas em contextos mais amplos como na regularização de doações, transporte de bens, empréstimos de bens, ou prestação de serviços sem benefício financeiro á empresa emissora. Uma nota fiscal também pode cancelar a validade de outra nota fiscal, como por exemplo na devolução de produtos industrializados, outros cancelamentos ou cancelamento de contratos de serviços. Tipos de Nota Fiscal Mod. 1 - Nota Fiscal de entrada e saída de mercadorias (serie Única). Mod. 2 - Nota Fiscal de Serviço (serie A). Mod. 3 - Nota Fiscal de venda a consumidor (pode ser substituída pelo “cupom fiscal” ou serie D) Requisitos: • Denominação “Nota Fiscal”; • Número de ordem, série/ subsérie e o número da via; • Natureza da operação ( venda, devolução, remessa para demonstração); • Data de emissão; • Nome do titular (pessoa física, pessoa jurídica), endereço, inscrição estadual e CNPJ; 50 • Nome do destinatário (adquirente de produtos e serviços, endereço, inscrição estadual e CNPJ); • Data de saída das mercadorias • Discriminação das mercadorias (quantidade, marca, tipo, modelo, espécie e discriminação possível de produtos); • Classificação fiscal dos produtos, no caso de produtos industrializados; • Base de cálculo do ICMS - é o valor sobre o qual é aplicada a alíquota para se determinar o valor do imposto a pagar. • Nome do transportador endereço e placa do veículo; • Forma de acondicionamento dos produtos (quantidade espécie e peso, etc.); • Nome, endereço, inscrição estadual, CNPJ do impressor de notas, data, quantidade da impressão, números de ordem, com respectiva série/ subsérie, bem como número da autorização para impressão de documentos fiscais; MODELO DE NOTA FISCAL 51 Nota Fiscal Empresa xxxxxxxxxxxx ( )Entrada ( )Saída MODELO 1 Endere.xxxxxxxxxxxxx Nº xxxxxx 1 Via Destinatário CEP xxxxxxxxxxxxxxx 2 Via Talão Natureza da Operação. 3/4 Via Posto Fiscal Data Limite para Emissão 5 Via Recebedoria 00. CFOP. 00. 00 Insc.Est.Subst.Tributário DESTINATÁRIO/REMETENTE Nome/Razão Social: CNPJ/CPF Ins. Municipal Data da Emissão Endereço BAIRRO CEP Data da Saí../Entr. Município Fone/Fax UF Ins. Estadual Hora da Saída DADOS DOS PRODUTOS Código Produto Clãss. Fiscal Situaç Tribut Unid. Quant Valor Unitario Valor Total DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS Aliq. ICM S CÁLCULO DO IMPOSTO Base de Cálculo Valor do ICMS B.Cal. de ICMS Subst. VL. do ICMS Subst. VL. Total do Produto Valor do Frete Valor do Seguro Outras despesas Acess. Valor Total do IPI Valor Total da Nota TRANSPORTADORA Nome/Razão Social: ( ) Frete por Conta Placa do Veículo UF CNPJ/CPF UF Insc. Estadual 1. Emitente / 2. Destinatário Endereço Quantidade Município Espécie Marca N úmero Peso Bruto Peso Líquido DADOS ADICIONAIS Informações complementares RESEVADO PARA O FISCO ESTE DOCUMENTO NÃO GERA ICMS GRÁFICAxxxxxxxxx, Endereço:XXXXX, nº Bairro, CEP: xxxxx-xx, Cidade. Insc.no CNPJ 03.256.125/0001-56 –Insc. Estadual: 16.654.012-7 02 Talões NF Modelo 01 50x5 vias 000001 a 000100- Aut. 003654/2005 de 10032005- RRCG-PB Nota Fiscal Eletrônica 52 É o documento de existência digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes, e cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela recepção, pela Administração Tributária, do documento eletrônico, antes da ocorrência do Fato Gerador. O Projeto NF-e tem como objetivo a implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico que venha substituir a sistemática atual de emissão do documento fiscal em papel, com validade jurídica , pela assinatura digital do remetente, simplificando as obrigações acessórias dos contribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das operações comerciais pelo Fisco. A implantação da NF-e constitui grande avanço para facilitar a vida do contribuinte e as atividades de fiscalização sobre operações e prestações tributadas pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Num momento inicial, a NF-e será emitida apenas por grandes contribuintes e substituirá os modelos Notas Fiscais em papel, tipo 1 e 1A. Benefícios Esperados O projeto NF-e se enquadra na convergência do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), definido através da Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil e possibilitará os seguintes benefícios e vantagens às partes envolvidas na atividade comercial de venda, ao Fisco e também para a sociedade como um todo. 53 Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e) Outro exemplo de nota fiscal eletrônica. • Redução de custos de impressão; • Redução de custos de aquisição de papel; • Redução do impacto ambiental; • Redução de custos de envio do documento fiscal; • Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais; • Simplificação de obrigações acessórias, como dispensa do AIDF; • Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira; • Incentivo ao uso de relacionamentos eletrônicos com clientes (B2C); • Desconto no IPTU Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e) • Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias; • Planejamento de logística de entrega pela recepção antecipada da informação da NF-E; • Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de notas fiscais; Incentivo ao uso de relacionamentos eletrônicos - Benefícios para a Sociedade • Redução do consumo de papel, com impacto positivo no meio ambiente; • Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias; • Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas; • Surgimento de oportunidades de negócios e empregos na prestação de serviços ligados à Nota Fiscal Eletrônica. 54 • com fornecedores (B2B); Benefícios para as Administrações Tributárias • Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal; • Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações entre os fiscos; • Redução de custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela fiscalização de mercadorias em trânsito; • Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação; • Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Secretaria da RFB (Sistema Público de Escrituração Digital – SPED). • Fatura Em todo o contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no território brasileiro, com prazo não inferior a 30 (trinta) dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, o vendedor extrairá a respectiva fatura para apresentação ao comprador. A fatura discriminará as mercadorias vendidas ou, quando convier ao vendedor, indicará somente os números e valores das notas parciais expedidas por ocasião das vendas, despachos ou entregas das mercadorias. • Duplicata No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. A duplicata conterá: I A denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem; II O número da fatura; III A data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista; 55 IV O nome e domicílio do vendedor e do comprador; V A importância a pagar, em algarismos e por extenso; VI A praça de pagamento; VII A cláusula à ordem; VIII A declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite cambial; IX A assinatura do emitente. A pretensão à execução da duplicata prescreve: I Contra o sacado e respectivos avalistas, em 3 anos, contado da data do protesto; II Contra endossante e seus avalistas, em 1 ano, contado da data do protesto; III De qualquer dos coobrigados, contra os demais, em 1 ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título. • Duplicatas de prestação de serviços As empresas, individuais ou coletivas, fundações ou sociedades civis, que se dediquem à prestação de serviços poderão também, na forma da Lei, emitir fatura e duplicata. • Triplicatas A perda ou extravio da duplicata obrigará o vendedor a extrair triplicata, que terá os mesmos efeitos e requisitos e obedecerá às mesmas formalidades daquela. • Nota promissória A nota promissória é uma promessa de pagamento e deve conter estes requisitos essenciais, lançados por extenso no contexto: 56 I Denominação de "nota promissória" ou termo correspondente, na língua em que for emitida; II A soma de dinheiro a pagar; III O nome da pessoa a quem deve ser paga; IV A assinatura do próprio punho do emitente ou do mandatário especial. Presume-se ter o portador o mandato para inserir a data e lugar da emissão da nota promissória que não contiver estes requisitos. • Notas de débito Nota de débito é uma nota muito utilizada para se efetuar, por exemplo, cobrança de valores para os quais não seja compatível a emissão de nota fiscal. A nota de débito diz que seu sacado é devedor do sacador. Uma de suas utilizações práticas é para a cobrança de encargos referentes a duplicatas e outros títulos que tenham sido pagos em cartório. Cabe ressaltar que a nota de débito não é título de crédito, não sendo passível de protesto, tampouco de ação judicial de execução de dívida. • Notas de crédito Ao contrário da nota de débito, a nota de crédito diz que seu sacado é credor do sacador. Cabe também ressaltar que a nota de crédito não é título de crédito, não sendo passível de protesto, tampouco de ação judicial de execução de dívida. • Borderô É o documento onde são relacionados os cheques pré-datados e/ou duplicatas que foram negociados com a empresa de factoring e bancos. No borderô de Cheques ou duplicatas, é informado o valor pago por cada cheque pré-datado ou duplicata, além de todas as demais condições da operação. O borderô de Cheques ou duplicatas deve ser arquivado pelo comerciante como documento que demonstra quais cheques ou duplicatas foram negociados com a 57 Factoring, enquanto ainda houver cheques para serem depositados e duplicatas a vencer. O borderô de duplicatas, na visão da Instituição Financeira (banco), é a autorização expressa, datada e assinada, dada por pessoa física ou pessoa jurídica para o pagamento de duplicatas relacionadas no documento. Um bom exemplo de borderô de duplicatas de pessoa física é o atual DDA, que utiliza a lógica da autorização de pagamento de diversos títulos de uma só vez, agregando alguns critérios específicos, como data de vencimento. EXEMPLO: • Voucher Um voucher é um título que vale um determinado valor monetário e que pode ser gasto apenas por razões específicas ou em produtos específicos. Como sinônimo de "comprovante", é usado frequentemente para se referir a recibos utilizados como evidência, por exemplo, a declaração de que o serviço foi realizado ou que a despesa foi feita, ou ainda, referindo-se ao lançamento contábil realizado. Os vouchers são utilizados no turismo sector principalmente como prova do nome do cliente direito a ter um serviço em um tempo específico e lugar. Os prestadores de serviços os recebem para cobrar do operador turístico ou agente de 58 viagens que enviou esse cliente, para provar que o serviço foi entregue. A vida de um voucher é conforme abaixo: 1. O cliente recebe cupons do operador turístico ou agente de viagens para os serviços comprados 2. O cliente vai para o local das férias e apresenta o voucher, o qual relaciona os serviços contratados 3. O provedor recolhe os comprovantes (voucher) 4. O provedor envia os comprovantes recolhidos para o agente ou o operador que enviou os clientes ao longo do tempo, solicitando o pagamento por esses serviços prestados e comprovados com os vouchers 5. Os vouchers não utilizados não são cobrados. • Letra de Câmbio É ordem de pagamento, à vista ou a prazo, sacada por um credor contra seu devedor, em favor de alguém, que pode ser um terceiro ou o próprio sacador; sacador é o que emite a letra; aceitante é o sacado que aceita a letra, nela apondo sua assinatura; tomador é o beneficiário da ordem; endossante é o proprietário do título, que o transfere a alguém, chamado endossatário; o portador de uma letra, adquirida por endosso, pode haver dos endossantes anteriores ou do sacador o valor da letra, se o aceitante ou sacado não pagar (direito de regresso); prescreve contra o devedor principal em 3 anos da data do vencimento. 59 Circulação das letras de câmbio: após o aceite do sacado, o beneficiário teria de, em tese, aguardar a data do vencimento para receber o pagamento; pode ser, no entanto, que seja devedor de outrem; pode saldar sua dívida entregando a letra de câmbio para aquele com relação ao qual é devedor, devidamente endossada; portanto, o beneficiário original da letra passa a ser endossante da letra, transferida ao seu credor, agora endossatário e que passa a ser o novo proprietário da letra substituindo o primitivo beneficiário; cada endossatário poderá, por sua vez, transmitir a letra, por meio de endosso, indefinidamente, figurando como endossante; essa seqüência de endossos, é denominada série de endossos. Obrigação dos endossantes: são coobrigados; isso significa que o último da série de endossos pode voltar-se contra quaisquer dos endossantes ou contra o primitivo beneficiário, diretamente; efetuado o pagamento por qualquer um deles, estará extinta a obrigação cambial; se o endossatário final exigir o pagamento do último endossante, este poderá voltar-se contra o endossante anterior a ele, e assim sucessivamente, exercendo o chamado direito de regresso. Requisitos de validade extrínsecos (essenciais): deverá obedecer ao rigor cambiário, preenchendo os seguintes requisitos: • As palavras “letra de câmbio”, inseridas no próprio texto, não apenas no alto do título; O valor monetário a ser pago; • O nome do sacado; • O nome do tomador; • Data e local onde a letra é sacada; • Assinatura do sacador; a inobservância de qualquer dos requisitos de validade, tem como conseqüência jurídica, sua descaracterização como título de crédito. Requisitos intrínsecos (que se referem à própria letra): em princípio, os mesmos elementos essenciais do ato jurídico devem estar presentes nela, embora o direito cambiário tenha feito algumas adaptações; por exemplo, no caso de uma letra ser assinada por um incapaz, ela não será considerada nula, pois, a legislação cambiária, levando em consideração os princípios da autonomia das obrigações 60 constantes nos títulos, e da independência das assinaturas, não impõe nulidade à letra de câmbio. Cambial financeira: é aquela sacada, emitida ou aceita por instituições financeiras que operam no mercado de capitais, sob fiscalização do Banco Central, e que têm a função de papel financeiro, sujeito à correção monetária. Letra de Câmbio - DL-2.044/08 - arts. 01 a 53 - Decreto 57.663 / 63 - Ordem de Pagamento - a vista e a prazo. Título de crédito formal, consistente numa ordem escrita de pagamento, de um emitente ou sacador, a outrem, chamado aceitante ou sacado, para que pague a um terceiro, denominado tomador, determinada importância em local e data determinados. A exemplo do cheque, a letra de câmbio é uma ordem de pagamento, não uma promessa de pagamento, como a nota promissória. O D. 2.044, de 31.12.1908, que define a letra de câmbio e a nota promissória e regula as operações cambiais, em seu art. 1º, a natureza e os requisitos da letra de câmbio. Como já dito, a letra de câmbio é um título formal, ou seja, a ela não pode faltar nenhum destes requisitos, como se depreende do art. 2º de referido decreto. Seu art. 6º estabelece como a letra de câmbio pode ser passada: I. À vista, quando não indica a época do vencimento, ou contenha a cláusula à vista, caso que será paga no ato da apresentação; II. A dia certo, quando traz indicada, em seu contexto, a data do vencimento, devendo ser quitada neste dia; III. A tempo certo da data, quando se estipula o prazo de pagamento, cujo início é o dia seguinte ao da emissão, devendo o pagamento ser efetuado no último dia do prazo; IV. A tempo certo de vista, caso em que o prazo de pagamento começa fluir a partir do seguinte ao do aceite. Dar a ordem: Sacador • Recebe a ordem: Sacado; • Assinatura é chamada Aceite; • Sacador - Subscritor: emitente dá a ordem de pagar; • Sacado - Quem deve pagar (No momento que aceita - Aceitante); 61 • Beneficiário - Credor - quem deve receber. Ato de Criar a Letra de Câmbio - Saque - emissão ou assinatura. Letra Sacada - Letra Passada Requisitos Essenciais da Letra de Câmbio • A palavra Letra de Câmbio; • A quantia que deve ser paga; • O nome do sacado (quem deve pagar); • O nome do credor; • A data quando a Letra foi sacada; • A assinatura do Sacador. “A” deve a “B”; “B” deve a “C” (“C” saca contra “A” a favor de “B”) “C” = sacador; “A“= sacado; “B” = credor. • Transferência Eletrônica Disponível (TED) É uma transação financeira na qual os correntistas de bancos brasileiros fazem transferências interbancárias de valores. Por norma do Banco Central, o valor da TED deve ser igual ou superior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), sendo indicado o documento de crédito (DOC) para quantias inferiores. 62 A TED, assim como o DOC, podem ser do tipo C (entre diferentes titularidades) ou D (mesma titularidade). Para realização desta transferência é necessário informar os dados do destinatário: nome completo, CPF e dados do banco e da conta corrente. Na TED, o valor é creditado no banco de destino no próprio dia (praticamente em tempo real), enquanto o DOC só é creditado no dia útil seguinte. Esta operação não é estornável. Desde o dia 29 de julho, os clientes pessoas físicas e jurídicas podem transferir, eletronicamente, no mesmo dia, de um banco para outro, valores iguais ou superiores a R$ 5 mil, com o objetivo de efetuar pagamentos, aplicações ou para outras finalidades. A TED - Transferência Eletrônica Disponível garante transferências de forma mais rápida, econômica e segura. Rapidez - O cliente bancário poderá continuar utilizando cheques, DOCs e cartões para pagamentos e transferências de valores. Mas, ao optar pela TED, terá os recursos transferidos no mesmo dia, sem ter de aguardar os prazos de compensação ou de processamento de um dia útil, no mínimo dos demais instrumentos. Segurança - Para o destinatário da Transferência Eletrônica Disponível (TED), outro benefício importante é a segurança, já que a operação é irreversível, ou seja, não pode ser sustada e só se realiza com recursos efetivamente disponíveis na conta do remetente - não existe, portanto, a possibilidade de uma TED sem fundos. Os bancos poderão disponibilizar a TED para os clientes nas agências bancárias, pelo Internet banking, por telefone e nos postos eletrônicos de auto-atendimento (ATM). Acessível a pessoas físicas e jurídicas, a TED será utilizada principalmente pelas médias e grandes empresas. O novo SP: A TED é um dos benefícios mais significativos do novo SPB Sistema de Pagamentos Brasileiro, implantado pelas instituições financeiras, com o desenvolvimento de uma rede de comunicação de dados, de câmaras de liquidação e da criação e adaptação de milhares de programas para integrá-los aos sistemas desenvolvidos especificamente. O Banco Central (BC) monitora e participa do SPB por meio do Sistema de Transferência de Reservas (STR). Com o novo SPB, o Brasil passou a ter um dos sistemas de pagamentos mais avançados do mundo. 63 Além de contribuir para aumentar a liquidez, permitindo aos agentes financeiros liquidarem pagamentos no mesmo dia, os mecanismos de compensação e de liquidação multilateral das clearings oferecem três fatores de segurança: • monitoramento em tempo real de todas as operações do SPB através da rede de comunicação de dados, que interliga instituições financeiras, Câmaras / Clearings e o Banco Central, limitando riscos para os clientes, o BC e as próprias instituições; • reservas constituídas antecipadamente pelas instituições financeiras nas Clearings e no Banco Central; • realização de operações de transferências pelos clientes apenas com fundos efetivamente disponíveis. A disponibilidade de recursos e a liquidez serão maiores à medida que aumentarem o volume de transferências dos clientes nas novas Câmaras. Os bancos tenderão a criar novos produtos e serviços, adequados ao novo SPB. 64 • Documento de ordem de crédito (DOC) É uma transação financeira na qual os correntistas de bancos brasileiros fazem transferências interbancárias de valores. Por norma do Banco Central, o valor do DOC deve ser inferior a cinco mil reais, sendo indicado a transferência eletrônica disponível (TED) para quantias maiores. Portanto o limite na transação é de R$ 4.999,99.[1] O DOC, assim como a TED, pode ser do tipo C (entre contas de diferentes titulares) ou do tipo D (entre contas do mesmo titular). Para a realização desta transferência, é necessário informar os dados do destinatário: nome completo, CPF e/ou CNPJ e Banco, agência e conta corrente de destino. No DOC o valor só é creditado no banco de destino no dia útil seguinte a data de processamento.[2][3] Esta operação não é estornável. O DOC é feito mediante compensação, da mesma maneira como os cheques, e é efetivada na noite da data de processamento. Um DOC enviado fora do horário limite fica agendado para o próximo dia útil.[4] Portanto se enviados fora do horário limite, em finais de semana ou feriados estarão disponíveis na conta de destino após o segundo dia útil. Um DOC pode ser devolvido caso as informações preenchidas pelo emissor estiverem incorretas.[5] Abaixo estão os códigos e descrições dos motivos para a devolução de um DOC: • 40 Moeda inválida. • 51 Divergência no valor recebido. • 52 Recebimento efetuado fora do prazo. • 53 Apresentação indevida. • 54 Ausência ou irregularidade do carimbo de compensação (ordem bancária e ficha de compensação, exceto bloquetos de cobrança). • 55 Ausência ou irregularidade da autenticação mecânica. • 56 Transferência insuficiente para a finalidade indicada no DOC - Documento de Crédito. 65 • 57 Divergência ou não-preenchimento de informação obrigatória nos DOCs e Ordens Bancárias. • 58 Crédito destinado à conta de poupança em outras instituições. • 59 Ausência da expressão "Transferência Internacional em Reais - Natureza da Operação". • 61 Papel não-compensável. • 62 DOC "D" - Com divergência na indicação do número do CPF / CNPJ. • 63 Registro inconsistente. • 64 Arquivo lógico não-processado ou processado parcialmente. • 66 DOC "D" - De conta individual (único CPF) para conta conjunta (2 CPFs) e vice-versa. • 67 DOC "D" - Sem a indicação do tipo de conta debitada ou creditada. 7. FINANCIAMENTO, INVESTIMENTO E EMPRÉSTIMO • Financiamento É quando uma empresa empresta ou doa uma determinada quantia em dinheiro a uma pessoa ou uma empresa. No caso de empréstimos de dinheiro, a financiadora cobra uma porcentagem de juros sobre o valor emprestado. Financiamento bancário é uma dívida junto com o banco com período prédeterminado para sua liquidação. Quando a divida é contraída, o credor passa a assumir o valor emprestado e o valor dos juros que são calculados de acordo com o valor do empréstimo. O financiamento bancário é aconselhável para a expansão de negócios lucrativos, financiamento de equipamentos, instalações, etc. Não é aconselhável para uma empresa jovem ou não lucrativa, pois terá dificuldade em financiar sendo na cisão do banco um empréstimo desinteressante. Linha de Crédito é um financiamento flexível de curto prazo. São aconselháveis para suprir necessidades emergentes e inesperadas. 66 Factoring também de curto prazo, é aconselhável em casos de necessidades emergenciais onde o atraso implica numa cobrança que gerará extras para o credor, que passa assumir a comissão do cobrador. Leasing é aconselhável quando se presta financiamento grande quantidade de dinheiro ou materiais que serão necessários a curto período. • Investimento É a aplicação de algum tipo de recurso (dinheiro ou títulos) com a expectativa de receber algum retorno futuro superior ao aplicado compensando, inclusive, a perda de uso desse recurso durante o período de aplicação (juros ou lucros, em geral, a longo prazo). • Empréstimo Empréstimo é como uma dívida, pois para uma pessoa ter dívida ela antes precisa pedir um empréstimo para poder então dever. Quando um indivíduo precisa de algo, ele procura por ajuda. No caso do dinheiro, quando há necessidade de comprar algo, e uma pessoa pede emprestado à quantia a alguém ou para um banco, faz um acordo de como irá pagar, podendo ou não conter juros, e então resolve seu problema. Mas lembre-se que também há outro tipo de empréstimo, o qual se origina do verbo “emprestar”, que nada mais é do que você confiar em uma pessoa e conceder ou ceder algo seu para que ela use temporariamente. Resumindo, é quando você deixa algo com uma pessoa temporariamente, porém tendo em mente que será devolvido após o uso. É possível emprestar praticamente tudo que possuímos materialmente. O empréstimo assim como todos os instrumentos de dívida, acarreta no decurso do tempo a redistribuição de bens financeiros entre o credor e o devedor. O 67 período de tempo é chamado “serviço do empréstimo” independente do tempo ou de como foi feito, ele é denominado desta maneira. Pessoas realizam empréstimos porque necessitam do dinheiro, e em outras circunstâncias, porque desejariam possuir o que a outra pessoa tem, mas não possuem. Então aí pedem para utilizar uma vez caso haja oportunidades. 8. TESOURARIA Faz a conciliação financeira de tudo que foi de fato “baixado”, dando ao gestor financeiro uma percepção clara de quanto dinheiro existe em cada conta-corrente do escritório e permitindo uma análise de fluxo de caixa para desembolsos futuros. Na Figura 1 acima, pode ser resumida da seguinte forma: as movimentações de créditos e débitos nas contas-correntes do escritório são lançadas manualmente na Tesouraria. Os créditos lançados desta forma ficam disponíveis no módulo de Contas a Receber para “baixar” as Notas de Honorários (NH) e de Despesas (ND) pendentes (vide manuais de Faturamento para geração de NHs e NDs). O usuário1 da Tesouraria deve fazer esta manutenção de lançamentos frequentemente para não atrapalhar a posição financeira do escritório. 68 • Contas a Receber Toda e qualquer operação de venda que a empresa realiza, deve sempre baseada em documento, ser registrado em uma planilha, formulário ou outro documento, de tal sorte que permita com uma passada de olhos conhecer todos os compromissos vincendos, suas datas e valores bem como o seu montante. Portanto Contas a receber é a emissão do pedido de venda/orçamento até a baixa do título. Permite o controle da carteira de títulos a receber, das projeções das receitas e da baixa parcial de documentos. • Contas a Pagar Cada compromisso que a empresa assume perante terceiros deve, baseado em documento, podendo ser uma cópia da nota fiscal, duplicata, bloquete de cobrança bancária, formulário simples de pedido ou orçamento, cópia de cheque pré -datado ou formulário interno em que conste pelo menos o nome do credor, o valor e a data do compromisso, ser registrado em uma planilha, formulário ou outro documento, de tal sorte que permita com uma passada de olhos conhecer todos os compromissos vincendos, suas datas e valores bem como o seu montante. • Fluxo de Caixa É um instrumento gerencial que controla e informa todas as movimentações financeiras (entradas e saídas de valores monetários) de um dado período – pode ser diário, semanal, mensal, etc. É Composto por: • Dados obtidos dos controles de: • Contas a pagar, • Contas a receber, • De vendas, • De despesas, • De saldos de aplicações, • E todos os demais que representem as movimentações de recursos financeiros disponíveis da organização. 69 Para que serve: • Controlar as entradas e saídas financeiras para poder maximizar o retorno e evitar problemas por não poder prever as sobras e faltas de disponibilidades. Modelo de Fluxo de Caixa 70 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. ASSAF NETO. Mercado financeiro. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. BODIE, Zvi; MERTON, Robert C. Finanças. Porto Alegre: Bookman, 2009. FRANCO, Hilário. Estrutura, Análise e Interpretação de Balanços. 15ª edição. Ed. Atlas. GOMES, Adriano. A Empresa Ágil, Ed. Nobel, 2009 IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 5ª edição. Ed. Atlas. MATARAZZO, Dante C.. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica. Volume 1, 2ª edição. Ed. Atlas. ORTERFIELD, James T. S. Decisões de investimento e custo de capital. São Paulo: Atlas, 1976. (Série Fundamentos de Finanças.) REVISTA EXAME MELHORES E MAIORES. São Paulo: Abril, 2010. REVISTA EXAME PME. São Paulo: Abril, 2010. ROSS, Stephen A. Princípios de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2010. Cap. 3. SOLOMON, Ezra. Teoria da administração financeira. 3. Ed. São Paulo: Zahar, 2009 71 CRÉDITOS SENAI – DR UNIEP – Unidade de Educação Profissional Coordenador: Felipe Vieira Neto Equipe Técnica: Alexsandro Santos de Figueiredo Florivaldo Barbosa da Silva Walber Bruno Braz da Silva Conteudistas: Ana Paula Batista Cruz Claúdia Maria Pereira de Almeida Evelinne de França Vasconcelos Dourado Jamile Maria Moreira da Silva Jordão Moreira da Silva Junior Jurandi Galdino Ferreira Kalina Sousa Pereira de Almeida Rafaelly Gomes Barbosa Galdino Digitador: Walber Bruno Braz da Silva Normalização Bibliográfica: Heliane Maria Idalino da Silva Capa: Hélio Soares