Unimed Taubaté

Transcrição

Unimed Taubaté
Edição nº 5 | Outubro a Dezembro 2015
APM Entrevista:
Diretor financeiro da Unimed Taubaté
faz desabafos e revela expectativas
de recuperação da cooperativa
Confira!
Unimed Taubaté:
Qual será o desfecho da crise financeira
enfrentada pela cooperativa?
ÍNDICE
Fachada da sede Regional Taubaté
Foto: Gabriel da Silva
5
EDITORIAL
5
PREVENÇÃO
5
EDUCAÇÃO
6
OPINIÃO
7
EVENTO
10
13
Dr. Camillo Soubhia Júnior
Dr. Flávio Luis Lima Salgado
FEMUT
Dr. Paulo Pereira
Baile dos Médicos
REGIONAL CAMPOS DO JORDÃO
Dr. Nelson Guimarães Proença
CAPA - APM ENTREVISTA
Crise Unimed
20
REGIONAL LORENA
21
REGIONAL SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
23
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA
24
DIRETÓRIO ACADÊMICO
26
CLUBE DE CAMPO APM
28
REGIONAL GUARATINGUETÁ
30
CLUBE DE BENEFÍCIOS APM
Inauguração UTI Hospital Unimed
Dr. Antonio Celso Escada
Homenagem aos médicos
Farmácia Comunitária/ Nova Gestão D.A.M.B.
Dr. Antonio Diniz Torres
Rua Engenheiro Marcondes de Matos, 134
Centro - Taubaté /SP
(12) 3632.3818
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Site: apmtaubate.com.br
Facebook: AMP-Taubaté_Oficial
Presidente:
Dr. Camillo Soubhia Júnior
Vice-presidente:
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1º Secretário:
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2º Secretário:
Dr. Gustavo Salgado Muragaki
1º Tesoureiro:
Dr. Auro Fábio Bornia Ortega
2º Tesoureiro:
Dr. Marcos Roberto Martins
Secretária APM:
Denizi Morais
Jornalista responsável:
Ana Claúdia Bohler/ MTB: 57.484
Designer responsável:
Aline Gonzaga de Campos
Esclarece-se que as colunas assinadas nesta publicação não condizem,
necessariamente, com a opinião da diretoria da APM. Desta forma, fica
registrado que as opiniões emitidas nos referidos textos são de exclusiva
responsabilidade de seus autores.
Periodicidade: Trimestral
Tiragem: 1000 exemplares
Circulação: Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte | SP
Impressão: Gráfica Resolução | Taubaté | SP
EDITORIAL
Sobre os últimos
acontecimentos...
Dr. Camillo Soubhia Júnior
Presidente
APM Regional Taubaté
Fomos convidados, em data recente, por alunos da Faculdade de Medicina, para compor uma mesa redonda
juntamente com colegas que representavam o CRM e a
Residência Médica. O tema envolvente e atual versava sobre o Programa Mais Médicos, implantado pelo governo, e
sobre a recente greve dos médicos residentes.
Salientamos que, no papel, o Programa Mais Médicos
vem com boas intenções para a melhoria do atendimento à saúde pública, baseando-se em três itens:
1. Aumento do número de médicos para atendimento
nas unidades de saúde;
2. Aumento do número das Unidades Básicas de Atendimento;
3. Aumento do número de vagas para a Residência Médica e aumento do número de Faculdades Médicas públicas
e particulares.
Estes princípios, se tivessem sido organizados por meio
de discussões estabelecidas com as entidades, certamente resultariam em benefícios para o povo brasileiro. Mas, o
que se viu, foi uma diversidade de medidas caóticas e desproporcionais tomadas pelo governo, cujos efeitos proporcionaram um descontentamento muito grande em nossa
classe e uma questionável qualidade no atendimento à
saúde básica. Continuamos com médicos a receber salários irrisórios, a notar a carência de medicamentos e a
deparar-nos com filas imensas em postos de saúde e PSs.
Além disso, continua a desproporção médico-paciente.
Nesta edição, também publicamos uma relevante entrevista com o Dr. José Adilson Camargo de Souza, diretor
financeiro da Unimed Taubaté. A Unimed, como cooperativa, sempre foi importante para os médicos, pois, em
seus princípios, não somente operava para equalizar o
binômio “médico-operadora” do plano de saúde, tornando-se um importante meio de trabalho dos médicos, visto que, em muitas cidades, chegava a ter de 80% a 100%
do volume atendido nos consultórios, mas também para
evitar a degradação dos valores recebidos.
Em várias cidades, incluindo a capital paulista, a Unimed
não atingiu os seus objetivos, ocasionando perdas aos
cooperados e desconforto aos usuários. Infelizmente, a
unidade de Taubaté não ficou fora deste ambiente de incertezas e de baixo desempenho. Por isso, recomendamos
que a nossa entrevista seja lida com atenção, pois traz importantes revelações do diretor financeiro da cooperativa,
assim como suas previsões sobre o futuro da Unimed.
Agora, vamos falar das coisas boas e alegres da vida! O
baile do Dia dos Médicos, realizado recentemente no Tangaroa Hall, transcorreu em um clima de grande descontração entre os presentes, os quais usufruíram de bebidas de
ótima qualidade, escolhidas após degustação, e de comidas
servidas à mesa, no moderno estilo “finger food”. Houve
sorteio de brindes doados por clínicas, laboratórios e estabelecimentos comerciais da cidade e, convenhamos, presentes de boa qualidade sempre são bem-vindos, correto?
O Baile aconteceu até as três horas da madrugada com
muita animação e dança, principalmente entre os médicos
e médicas mais jovens, os quais tiveram predominância no
evento e puderam difundir jovialidade e energia pelo local.
Nossos agradecimentos aos que prestigiaram a festa.
Mudando o foco do nosso texto, por estes dias estava folheando um livro, “Antologia do Pasquim”, 2º volume, Editora Desiderata, quando me deparei com uma
notícia do colunista Ivan Lessa, o qual redigia informações sobre generalidades, e, na ocasião, versava sobre
o tema futurologia. Dizia:
“O engenheiro Max Lothar, especialista da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), entregou, na última semana de agosto, um relatório à
Companhia de Abastecimento D’Água do Recife, afirmando que grande parte do mundo ficará sem água dentro de
30 anos, e que entre estas regiões está incluído o nordeste
do Brasil. Por outro lado, a região da Grande São Paulo continuará enfrentando o problema da falta de água até o ano
2000. O Oceano Atlântico, que banha nossa costa, não sofrerá qualquer modificação e nem há motivo para alarme”.
Vale ressaltar que esta notícia foi publicada em setembro de 1972, com o intuito de alertar as autoridades governamentais da época sobre os problemas que vêm
sendo identificados e enfrentados nos dias de hoje.
O Pasquim era um jornal underground, muito lido por estudantes dos anos 60 e 70, que atuava a favor dos movimentos democráticos, naquela época, abolidos.
Vamos encerrando por aqui, e deixando uma mensagem
de otimismo sobre a luta que a APM exerce a favor do status dos médicos em seu ambiente de trabalho. Nossa ação
mais recente foi o contato estabelecido com deputados
federais representantes das áreas em que se encontram
as nossas regionais, a fim de que se posicionem favoravelmente à petição dos médicos em prol da Carreira de Estado,
a PEC 454/2009, a qual esperamos aprovação do Plenário.
Saúde!
3
PREVENÇÃO
Outubro Rosa
Novembro Azul
Há alguns anos, vários grupos de apoio ao paciente oncológico uniram-se as campanhas de prevenção “Outubro Rosa” e “Novembro Azul”, aproveitando a mobilização
mundial, buscando sensibilizar as autoridades e alertar os
pacientes na luta contra os canceres de mama e próstata.
Reconhecemos a importância que a mídia dá aos meses de alerta e jamais poderíamos perder este espaço
oferecido, mas, falar de prevenção e zelo pela saúde
é um compromisso de nós, médicos, a todo dia, toda
hora e toda consulta.
A campanha “Outubro Rosa”, deste ano, lutou pelo maior
acesso de nossas mulheres à mamografia em aparelhos
de qualidade, na busca pela detecção precoce da doença,
fator que melhora as chances de cura e da não-mutilação.
Também defendeu a causa de que toda mulher deveria
sair da cirurgia com a sua mama reconstruída, respeitando os casos em que isso é impossível, e agregando oncologistas, mastologistas, plásticos e autoridades da saúde
para uma mesma luta.
Lutar contra o tabagismo, orientar dietas corretas, recomendar atividades físicas sob supervisão, alertar
sobre os cuidados com o sol, incentivar a realização
de exames de prevenção e idas regulares ao médico, é
nossa obrigação diária.
Por: Dr. Flávio Luis Lima Salgado
Oncologista
OUTUBRO
ROSA
NOVEMBRO
AZUL
4
Imagem: Google Imagens - Creative Commons
Foto: Beto Kavalcante
Saindo deste “rosa” e deste “azul”, é preciso reconhecer o
aumento do número de casos de câncer de cólon e reto,
comum a ambos os sexos e relacionado às dietas e aos hábitos do nosso cotidiano. Por não ter o mesmo apelo comercial, o qual é oferecido, por exemplo, ao câncer infantil,
o câncer de cólon e reto passa longe dos holofotes da imprensa, mas nem por isto deve deixar de ser debatido.
Num momento delicado para nosso país, em que as
verbas chegam com dificuldade para todos os setores,
temos que nos manter em alerta junto aos nossos órgãos de classe, numa luta constante pela manutenção
de tudo o que já foi conquistado, de modo que as nossas mulheres não percam a chance real de poder lutar
pela vida, com todas as descobertas médicas ocorridas
nos últimos 30 anos e que revolucionaram e mudaram a
história desta doença.
EDUCAÇÃO
Profissionais e alunos de Medicina
discutem temas polêmicos em Fórum
de Educação
No dia 02 de outubro, 86 estudantes de Medicina da Universidade
de Taubaté tiveram a oportunidade
de participar de mais uma edição
do FEMUT (Fórum de Educação
Médica Universitária de Taubaté),
organizado pelo Diretório Acadêmico Benedicto Montenegro.
Na ocasião, os alunos do curso puderam conhecer distintas perspectivas sobre temas atuais da área
médica, e debatê-las junto com
autoridades e profissionais da Medicina. Estiveram em pauta os assuntos: “Aspectos técnicos do Programa Mais Médicos”, “Abertura
de novas faculdades de Medicina
no país” e “Paralisação dos residentes”, os quais foram debatidos
pelos doutores Camillo Soubhia
Junior - Presidente da APM Taubaté, Oscar César Pires – membro
da APM Taubaté, do CREMESP e
presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, André Luis F.
Santos – delegado do CREMESP, e
Paulo Giovanni Estevan – residente de cirurgia geral.
Um dos tópicos mais polêmicos
e que fomentou uma notória discussão foi o “Programa Mais Médicos”, iniciativa do governo federal.
De acordo com um dos convidados
do Fórum, Dr. Camillo Soubhia Junior, as graves falhas do sistema
têm gerado descontentamento na
classe médica e prejuízos no atendimento à saúde básica. “As medidas caóticas e desproporcionais
adotadas pelo governo resultam
no pagamento de salários irrisórios aos médicos, na formação de
imensas filas nos postos de saúde
e PSs, e na carência de medicamentos”, lamenta o presidente regional da APM.
Para Maria Júlia Watanabe, presidente
do Diretório Acadêmico, a experiência
foi proveitosa e construtiva para a
implantação dos sensos crítico e analítico nos alunos. “Foi possível perceber que os conceitos previamente
estabelecidos foram desconstruídos,
o que fez com que os estudantes pudessem ter uma visão mais ampla do
funcionamento da saúde no país”, esclarece.
Ainda segundo a presidente, a experiência foi elogiada e agregadora
para os participantes, condição que
estimula a organização de outros
encontros educacionais. “Os acadêmicos manifestaram interesse em
realizar mais fóruns, uma vez que, ao
terem contato com os representantes
de órgãos médicos, sentem-se mais
próximos da profissão, assim como
dos desafios e das dificuldades que a
acompanham”, explica.
Colaboração: Maria Júlia Watanabe
Presidente do Diretório Acadêmico
Benedicto Montenegro
Fotos: D.A.B.M
5
A APM é a casa do médico.
É a nossa casa.
Foto: Raquel Marques
OPINIÃO
Dr. Paulo Pereira
Diretor artístico
APM - Regional Taubaté
É
ela quem nos socorre quando
somos ameaçados. Defende
nossos direitos e agrega todas as especialidades, dando força
maior às reivindicações. Promove
atividades científicas, cumprindo
seu dever em facilitar a atualização
nos assuntos da profissão. Incentiva a prática de atividades esportivas, tanto que a nossa regional já
representou o Brasil em um torneio
de futebol realizado em Barcelona;
isso depois de já ter derrotado todos os times daqui do Brasil. Nossos ídolos daquele esquadrão estão aí, desfrutando de suas glórias.
As atividades sociais são um capítulo especial. Somos sócios de um
magnífico Clube de Campo, em São
Paulo, com tudo o que há de bom,
incluindo um hotel, onde podemos
nos hospedar com nossas famílias
por valores irrisórios.
Em nossa cidade, é tradição comemorarmos o Dia do Médico com
um grande baile. Muita gente fica
na expectativa e nos procurando
para receber notícias do evento.
O início foi na gestão do Antoninho Marcondes. Fazíamos jantares
num restaurante da cidade, onde
havia boa música e boa comida, o
Boogy. Era comandado por
Valter Arid, exímio pia-
6
nista que, acompanhado de seu irmão
Agostinho, de um contrabaixista chamado Herlon, e da voz insuperável da
Aury, proporcionava músicas deliciosas para que os casais dançassem de
rostinho colado. Por alguns anos, esta
tradição foi repetida.
Depois cresceu, exigindo um espaço maior. Fomos ao Abaeté. Lá
tocavam grandes bandas facilitando o aparecimento dos grandes
dançarinos, não havendo, até hoje,
nenhum casal melhor que Claudio
Ruggeri e esposa. Fazíamos sorteios de grandes prêmios como viagem à Bahia, ao Club Med, viagens
a teatros de São Paulo, jantares na
Toscana, além de brindes dos mais
variados, fornecidos pelo comércio
da cidade. As brincadeiras ficavam
por conta do Andraus, que sorteava agendas de anos anteriores, e
isso nem era percebido pelos ganhadores no momento da festa.
Outros encontros foram realizados no Buffet Jóia e no Fabelle e,
nas recentes edições, utilizamos o
belo salão de festas do Tangaroa.
A festa mais concorrida foi
aquela na qual contamos com pa-
trocínio da Unimed e do Dr. Abud
e sorteamos um carro, doado
pela “Taubaté Veículos”.
Nos últimos anos, houve uma redução no ritmo de nossos encontros. No ano passado, fizemos
um jantar singelo num buffet na
estrada de Campos do Jordão.
A atual diretoria está empenhada em resgatar o dinamismo de
nossos bailes. Entendo que isto
é necessário para que nós nos
encontremos, nos abracemos
e nos conheçamos a todos. Os
jovens precisam desta integração para que se preparem para
assumir a direção de nossa entidade. Os mais velhos querem deixar uma APM vigorosa
e forte, cumprindo sua missão.
Além do que é muito divertido
e agradável. Com bom vinho e
boa comida fica muito mais fácil
fazer amigos. Mais que nunca
precisamos ser amigos.
APM realiza baile em
comemoração ao Dia do Médico
A noite do dia 16 de outubro foi marcada por reencontros e muita diversão. Nesta data, foi realizada mais
uma edição do tradicional Baile dos
Médicos, festividade promovida pela
APM em celebração ao dia dos profissionais de Medicina.
O evento aconteceu nas dependências
do Tangaroa Hall, requintada casa de
festas de Taubaté, onde um delicioso
coquetel no estilo “finger food” foi servido ao som do animado DJ Beto Kavalcante. Os convidados puderam agitar
a pista de dança, bailando músicas de
época e hits atuais.
Na programação do Baile, ainda constava um sorteio de brindes, organizado pela diretoria da Associação em
parceria com empresas colaboradoras.
Entre os presentes distribuídos havia
cestas repletas de produtos comestíveis e de uso pessoal.
De acordo com o Dr. Camillo Soubhia
Júnior, presidente da APM Taubaté, o
evento foi um sucesso e, para a sua satisfação, diferentes gerações de médicos
tiveram a oportunidade de compartilhar
esta experiência. “O ponto alto da festa
foi a confraternização entre os médicos
mais jovens, os residentes, e os médicos
mais antigos, que puderam se aproximar através de um ambiente harmonioso e bastante descontraído”, conta.
O próximo Baile acontecerá em outubro de 2016, e promete estar ainda mais
animado.
“Acho que o ponto alto do baile,
neste ano, foi a presença de muitos
médicos jovens residentes. Foi muito animado. Muito bom ver juntos
médicos que já freqüentam o baile
da APM há mais de 20 anos, e outros
que estavam lá pela primeira vez. Foi
ótimo”.
Dra. Lais Helena B. R. Soubhia
Fotos: Beto Kavalcante
EVENTO
“Festa muito boa, atingindo as expectativas, com a presença de muita gente
alegre e feliz, tendo como ponto mais
significativo a presença de jovens que se
integraram muito bem e que, certamente,
voltarão no próximo ano”.
Dr. Paulo Pereira
“Foi um prazer enorme e uma responsabilidade muito grande assinar a trilha
sonora do baile da APM, uma associação
renomada e respeitada. A festa foi incrível, muito animada. Agradeço a oportunidade”.
DJ Beto Cavalcante
“Nossa comemoração é sempre um
momento muito especial de confraternização, de reencontro com os
amigos, de dança – para aqueles que
gostam, de sorteio de brindes aos
colegas, enfim, uma noite agradável
com os nossos parceiros, a quem deixo um agradecimento especial”.
Dr. Auro Fábio Bornia Ortega
Agradecimento
A diretoria da APM registra aqui os sinceros agradecimentos
aos colaboradores e às empresas parceiras que, gentilmente,
incentivaram e contribuíram para a realização do evento.
A todos vocês, o nosso respeito e a nossa gratidão.
Academia Siempre
Clínica Mais Nove
Doctor Hair
Empório Tapioca
Laboratório Oswaldo Cruz
Supermercado Pão de Açúcar
Patrícia Jóias
Ori Decor
Padaria Tábua de Frios
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SUS nos municípios.
Tornar possível o necessário!
Fotos: APM Campos do Jordão
REGIONAL CAMPOS DO JORDÃO
Dr. Nelson Guimarães Proença
Diretor Científico
Associação Médica Jordanense
Na área de Assistência à Saúde, há
tempos o nosso País está atravessando um momento muito especial
que podemos chamar de “Era da
Utopia”. Entendo que a Constituição de 1988 é a responsável por ter
sido criada essa “Utopia”, ao estabelecer de modo absolutamente claro
que, na Saúde, é necessário oferecer “Tudo a Todos”. E foi mais longe
quando determinou que ao Estado
cabe cumprir esta obrigação:
“A Saúde é um Direito do Cidadão e
um Dever do Estado”. É impossível
oferecer “Tudo a Todos” e é inconsequente remeter ao Estado uma obrigação impossível de ser cumprida.
Isto tem de mudar, mas enquanto
não muda, cabe indagar em que pé
está a Saúde.
Quando uma reunião é convocada
para analisar os crescentes problemas do Sistema Único de Saúde, o
SUS, o foco da discussão é um só: os
recursos orçamentários disponíveis
são insuficientes, sendo urgente e
necessário reforçar as verbas públicas que a ele são destinadas. Quanto
à insuficiência de recursos, todos estão de acordo, mas há uma questão
preliminar que precisa ser corretamente exposta e debatida: Quais são,
exatamente, as atribuições dos três
níveis de Poder Público? Elas já estão claramente definidas, no cenário
atual? As respostas a estas perguntas
é um categórico “Não!”.
10
O Governo Federal transferiu a responsabilidade do atendimento direto para
os Governos Estaduais, reservando para
si o papel de provedor de recursos orçamentários. Quem não se considerar bem
atendido pelo SUS, quem não estiver
satisfeito, que vá protestar junto ao Governo de seu Estado, o problema é dele.
Os Governos Estaduais não ficaram
atrás. Transferiram grande parte do
atendimento para as Prefeituras Municipais, reservando para si o repasse das
verbas federais, acrescidas de verbas
dos próprios Estados. Há reclamações
a fazer? Isto é problema dos senhores
Prefeitos, eles que digam o que fizeram
com as verbas que estão recebendo.
Os Municípios recebem a responsabilidade e não têm para quem transferir o
atendimento da população. Como não
poderia deixar de acontecer, também
aqui a corda arrebentou do lado mais
fraco. Os Prefeitos, vitoriosos e eleitos
em 2012, estão hoje sendo massacrados
por seus munícipes, que colocam em
sua conta tudo que de ruim está acontecendo.
A discussão tem de voltar atrás, é preciso questionar, na área da Saúde, se
as atribuições de cada nível de Poder
estão corretas e explicitamente distribuídas, criando um todo bem estruturado. A resposta a este questionamento é clara: “Não estão!”.
Um bom início desta discussão é estabelecer a que nível de Poder deve ser
remetida a responsabilidade pelo aten-
dimento às necessidades básicas da
população, sendo este o que oferece
as Atenções Primárias à Saúde. Neste ponto há unanimidade, a responsabilidade é do Município. Ótimo, já
pavimentamos o primeiro degrau.
E a Atenção Secundária? Para quem
devemos remeter tal responsabilidade? Destaco um trabalho recente,
que é um bom referencial para balizar
esta discussão. Trata-se da divulgação de um Relatório do Ministério da
Saúde, nos últimos dias de agosto, o
qual informa que mais de cinquenta
por cento dos Municípios brasileiros
encaminham seus moradores, necessitados de tratamento hospitalar,
para Municípios vizinhos.
Na quase totalidade são Municípios
com até cinquenta mil habitantes,
que não dispõe de estruturas adequadas. Agora fica mais fácil responder àquelas perguntas anteriores: a
obrigação pela Atenção Secundária
é do Estado, cabe a ele encontrar os
caminhos que permitam atendê-la.
Há muito mais a discutir, é claro. Os
pontos que acabo de destacar são
apenas uma parte do todo. Não se
trata de discutir apenas quanto de
verbas federais, estaduais e municipais são necessárias. É essencial que
se volte a discutir as questões básicas da estrutura do SUS, desfazendo
a confusão atualmente reinante, pois
só assim o atendimento se tornará
melhor alicerçado.
PROJETO ATUALIZE
EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA
A APM Regional de Campos
do Jordão irá realizar, pelo
sétimo ano consecutivo, o
PROJETO ATUALIZE, uma
parceria com a faculdade de
Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo.
Todos os conferencistas são
professores docentes das
disciplinas da faculdade
TAXAS:
Associados AMCJ e contratados
PSF / Campos do Jordão são Isentos de pagamento;
24/10 - 56ª JORNADA
14/11 - 57ª JORNADA
Pediatria:
Cirurgia Infantil:
Prof. Dr. Benito Lourenço
Prof. Dr. Roberto A. Mastroti
Primeiro Tema:
Primeiro Tema:
“Desafios Éticos no
“Pequenas Cirurgias na Infân-
Atendimento de Adolescentes”
cia: Quando e Como”
Segundo Tema:
Segundo Tema:
“Experiência Interativa: Muito
“Identificação do Abdome
Prazer... Eis a Adolescência”.
agudo Cirurgico na Criança e
Conduta”.
Inscrição Anual:
R$ 200,00 (R$ 25,00 por jornada);
Inscrição Semestral:
R$ 120,00;
Jornada Individual:
R$ 40,00.
Local das Jornadas:
Auditótio do Hospital São Camilo
Informações: 12 3664-3705 (Priscila)
11
11
CAPA
CRISE UNIMED
Unimed Taubaté:
Diretor financeiro faz desabafo sobre as
dificuldades enfrentadas pela cooperativa
e revela as expectativas de recuperação
A
Associação Paulista de Medicina, no papel de
entidade representativa da classe médica, convidou o diretor financeiro da Unimed Taubaté,
Dr. José Adilson Camargo de Souza, para uma conversa
esclarecedora a respeito da grave crise financeira enfrentada pela cooperativa.
Na ocasião, foram revelados os problemas vivenciados, relatada a perda da credibilidade da marca Unimed, mencionado o prejuízo obtido através do desligamento de dezenas de médicos cooperativados, e expostas as estratégias
adotadas para a recuperação da sede.
A reunião aconteceu na noite do dia 10 de setembro, e
contou com a participação de convidados e da diretoria da
APM: Dr. Camillo Soubhia Júnior, Dr. Paulo Pereira, Dr. Izac
Alessandro Batista, Dr. Flávio Luis Lima Salgado, Dra. Maria
Tereza Frota Guimarães e Dra. Luciana da Cruz Noia.
Acompanhe esta elucidativa e polêmica entrevista.
Dr. Camillo: Dr. Adilson, nós estamos entrevistando-lhe,
nesta noite, com o objetivo de prestar um esclarecimento
aos nossos colegas médicos sobre a atual situação da Unimed. Aqui em Taubaté, a Unimed sempre foi uma entidade representativa da categoria médica; servia-nos como
um alicerce, já que muitos dos nossos colegas dependiam
desta cooperativa. Por muitos anos, ela teve um valor
muito grande, e nós não sabemos se este valor ainda se
mantém ou se ele vai ser recuperado em um futuro próximo, que é o que nós desejamos. Portanto,
nós gostaríamos de ser informados sobre
o futuro da Unimed; se ele será bom ou
ainda há uma grande insegurança de
recuperação diante desta crise?
Dr. Adilson: Camillo, não é segredo para ninguém que
há alguns anos a Unimed está vivenciando um momento muito delicado. Este momento passa por uma série de
situações que estão relacionadas à crise financeira, que
é grave, muito grave, e todo mundo sabe disso. Porém,
existem outros fatores que não são possíveis de se medir, mas que são igualmente graves; a credibilidade é um
deles. Esta crise fez com que a instituição tivesse muitas
outras perdas, como a perda de credibilidade institucional, a perda de credibilidade no atendimento ao usuário,
e a perda no número de médicos que eram cooperativados e acabaram se desligando da Unimed por conta de
todas as inconstâncias. Algumas vezes, eu sinto que estes
prejuízos, que não podem ser mensurados, são maiores
do que os financeiros. Trata-se de uma crise relacionada
a uma empresa de grande porte dentro da estrutura de
Taubaté, e que regulada por um exigente regime que a
ANS impõe; isso faz com que o processo de recuperação
tenha uma característica básica que é a lentidão. Então,
se você me perguntar sobre o futuro da cooperativa, eu
respondo que estamos sujeitos a
uma série de variáveis que
não podemos controlar. Estamos passando por uma série crise
financeira no país, e
nós não sabemos
até que ponto isso
vai afetar a todos
nós, independentemente do segmento
comercial, já que qualquer empresa pode ser
atingida. Eu não sei o que
vai na cabeça dos diretores
da Agência Nacional de Saúde. Se não ocorrer nenhum
tipo de situação anormal,
eu tenho plena confiança na recuperação da
cooperativa pe-
Fotos: na Cláudia Bohler
Entenda a crise e saiba como fica
a situação dos usuários e cooperativados
13
los sinais positivos que têm
sido registrados.
tal. Feita a chamada, alguns
cooperados não tiveram boa
aceitação, saíram, mas ainda
Dra Maria Tereza: Existe alassim ficou um grupo. Pasguma estratégia para soluciosado este problema, cheganar esta problemática?
mos à conclusão de que era
preciso trabalhar. Foi quando
Dr. Adilson: Sim, existe um
estas pessoas tiveram uma
plano desde o início. Uma das
participação fundamental por
reclamações feitas pela classe
entenderem o mecanismo de
médica, e que era constantetrabalho. Hoje, por exemplo,
mente registrada, era o argua Unimed Taubaté tem uma
mento de que não havia uma
sinistralidade, que é um indigestão profissional na coopecador importante para checar
rativa e que, por conta disso, a
a saúde da cooperativa, próxisituação foi agravada. Diante
ma de 69% ou 70%. Chegou
destas críticas e da necessidauma época em que era de 63%.
Eu não consigo enxergar um Isto é um indicador fabulode de mudança observada, tomamos a decisão de implantar
so! Mas daí, as pessoas falam:
futuro para o sistema havendo
um sistema de gestão. O siste“Mas é lógico, ninguém está
oito sedes da Unimed no Vale
ma de gestão que eu conheço é
atendendo!”. Isso não é verdao baseado por meta, chamado
de! O número de consultas é
do Paraíba. Tem que haver uma
BSC, Balance Safety Card. Só
igual, tudo é igual; o que muunificação da cooperativa, seja
que no imaginário das pessoas,
dou foi a gestão. Subiu o valor
deveria-se contratar um CEO numa esfera regional, estadual, ou do tíquete-médico, que é o va(em português, Diretor Exelor que a gente recebe das emo que quer que seja”
cutivo). Só que as pessoas não
presas e das pessoas físicas; as
se recordam de que a Unimed
despesas com o custeio caíram,
Paulistana, que acabou de sofrer uma alienação da car- o que fez com que o resultado fosse positivo. Então, há
teira, há alguns anos havia contratado um CEO renomado indicadores altamente positivos!
oriundo do Grupo Pão de Açúcar. Isso é a prova viva de que
um CEO não resolve nada; o que resolve é uma mudança Dr. Paulo Pereira: Qual é a média de sinistralidade das
cultural na estrutura. Nós começaríamos a trabalhar com outras cooperativas?
um sistema de gestão e, para isso, era preciso tomar uma
decisão: ou fazíamos uma “limpeza geral” na cooperativa,
cortando cabeças e afastando todos os gestores daquele
momento, ou dávamos oportunidade para que as pessoas
pudessem mostrar que eram capazes de trabalhar neste
novo sistema de gestão. Este sistema de gestão parte do
princípio de que há uma meta para ser atingida, um prazo
para que esta meta seja atingida, e um orçamento para se
atingir esta meta. Todos os gestores da cooperativa foram
modificados a partir do momento em que começamos a
trabalhar com isso. Em alguns meses, foi possível detectar
que algumas pessoas não tinham perfil para acompanhar
aquela situação e, então, tomamos a decisão de alçar as
pessoas de um escalão inferior para um escalão superior.
Nós acreditávamos que se a pessoa não tinha capacida- Dr. Adilson: Hoje, a sinistralidade é registrada em torno
de técnica, era uma condição justificável, mas, se a pes- de 90%. A Central Nacional Unimed teve 14 milhões de
soa não se identificava com estrutura, isso, sim, poderia reais de lucro no ano passado; isso é ridículo para uma
gerar um comprometimento negativo para a gestão. As empresa que fatura bilhões por ano! Ela tem 90% de
pessoas que estão ali têm história dentro da Unimed; são sinistralidade, e uma taxa de administração de, mais ou
pessoas que estavam mal por ver a cooperativa naquela menos, 9%. O ganho anual dela é de 1% ou 2%; é o que
má situação. Além disso, trouxemos pessoas de fora para consegue gerar de resultado. No nosso caso, a sinistralique capacitar os funcionários, de modo que estes pu- dade é boa, mas nós temos a consciência de que é preciso
dessem exercer melhor o trabalho. Foi aí que o resultado melhorar, pois há um passado para se carregar. Estamos
começou a aparecer. Neste meio tempo, nós começamos trabalhando nestes indicadores e conseguindo mantê-los
a enfrentar aquele problema com a ANS, no começo do sob controle. Para chegar a eles, houve a obrigação de toano passado, e precisamos fazer uma chamada de capi- mar uma série de medidas, muitas vezes até contrárias ao
14
que eu penso. Por exemplo, eu sempre fui a favor da livre iniciativa e da livre concorrência, e sempre fui contra a
centralização em torno de somente um prestador, ou dois
prestadores, ou até mesmo da cooperativa como uma
prestadora. A exclusividade pode ser a mãe da incompetência, porque, a partir do momento em que não se gera
concorrência, há a acomodação de uma situação e a geração da incompetência. Só que foi necessário fazer isso no
momento: dar um passo atrás. Todas as vezes em que há
fartura de recursos, há também a facilidade de uso.
Dr. Camillo: O problema da OPME influenciou nisso?
Dr. Adilson: Influenciou muito! Na verdade, a OPME,
hoje, é um problema nacional.
muito forte é a ANS. Tem-se, por exemplo, o que aconteceu com a Unimed Paulistana, embora este caso não se
aplique, diretamente, ao nosso. A Unimed Paulistana estava em direção fiscal e direção técnica; a atitude de liquidar e fazer a alienação da carteira, de certa forma, foi muito abrupta. Nós corremos o risco da ANS falar “a Unimed
está dando lucro, está melhorando”, mas eu acho que não
pode continuar do jeito que está. A única saída que nós temos é que o médico entenda qual é o papel dele; e isso remete a um problema que não é só da Unimed, mas de um
todo. As pessoas sempre me perguntam: “O que você está
fazendo para reverter isso?”. Esta pergunta é pertinente
quando vinda de alguém que está de fora do sistema Unimed, mas para quem é do sistema, a questão deveria ser:
“O que nós estamos fazendo pra melhorar isso?”.
Dr. Camillo: Houve alguma ação?
Dr. Adilson: Houve. Um dos setores em que investimos
foi o da regulação. Hoje, a cooperativa gasta um terço do
que gastava com a OPME.
Dra. Maria Tereza: Vocês têm fornecedor único para a
OPME?
Dr. Adilson: Não. Até porque, nós temos um problema
de crédito, mas não precisou disso. O desabastecimento
contribuiu, pois, hoje, há menos médicos solicitando; a
regulação contribuiu. Neste momento, adquirimos materiais cinquenta por cento mais baratos do que aqueles
obtidos há um ano. Isso aconteceu por decisão voluntária
das empresas; elas simplesmente abaixaram os preços.
Dr. Camillo: Dr. Adilson, de que forma atuam estes novos
profissionais que vocês contrataram?
Dr. Adilson: Nós remanejamos pessoas de escalões inferiores para superiores, e contratamos empresas para
treinar esta equipe. Estas empresas são consultorias e
auditorias, que vieram trabalhar em áreas específicas
para montar todo o planejamento destes setores. Em
algumas delas, os trabalhos já forma concluídos e, agora, estão promovendo atividades de regulação à distância. Por exemplo, um dos problemas da cooperativa era
endividamento bancário, daí, nós decidimos trazer uma
empresa de renegociação bancária. Hoje, o que se paga
de juro bancário médio-mês é três vezes menor do que
se pagava há dois anos. Isso se deve a uma renegociação
que foi feita, com diminuição de taxa e alongamento de
dívidas. Estas negociações, nós não conseguíamos fazer,
porque não temos expertise nisso, e porque era difícil de
nós lidarmos com o banco. Não era possível respirar com
o que se pagava de juros por mês.
Dra Maria Tereza: Os médicos cooperados se sentem
satisfeitos com a remuneração que está sendo recebida?
Dr. Adilson: Não; e nem nós. Hoje, a cooperativa tem plenas condições de virar este processo, mas uma variável
O São Lucas está mal-cuidado,
mal-tratado, com um monte de
problemas, mas é o único hospital
privado de Taubaté com uma
característica mais terciária. Se ele
for gerido de uma forma melhor,
ele tem todas as condições de ser o
hospital privado de melhor referência
do município.
Dra Maria Tereza: Nesta hora, todo mundo é usuário,
ninguém é partícipe do sistema.
Dr. Camillo: É sobre isso que eu quero comentar. Nós
sabemos que o cooperado não se sente dono, não vê na
Unimed um patrimônio. Ele age como se fosse um convênio, em que tem que se lucrar o máximo possível. Isso
é um pouco diferente dos outros modelos de empresa,
onde cada pequeno prejuízo incide diretamente sobre os
donos, os quais querem ser pró-ativos e querem buscar
prontas soluções. Nós estamos vendo que não só a Unimed Taubaté está em dificuldade, mas muitas outras. Tenham como exemplo a Unimed Paulistana, que até fechou.
Aqui no Vale do Paraíba, quase todas as unidades estão em
situação difícil, vivenciando um processo de recuperação.
Será que o sistema Unimed não tem que ser repensado?
Dr. Adilson: Sim, ele tem que ser repensado em vários
aspectos. Não existe futuro otimista para o sistema, se
ele permanecer segmentado como está. Eu não consigo
enxergar um futuro para o sistema havendo oito sedes da
Unimed no Vale do Paraíba. A ANS regula cada vez mais,
os custos sobem cada vez, os trabalhos acontecem numa
margem de lucro menor, o usuário paga caro, o aumento dos preços tem limite. Para mim, tem que haver uma
unificação da cooperativa, uma reorganização do sistema,
seja numa esfera regional, estadual, ou o que quer que
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seja, senão ela não sobrevive
por muito tempo.
Dra. Maria Tereza: Não existe
uma Unimed federal?
Dr. Adilson: Não. O sistema é
dividido assim: existe uma Unimed do Brasil, que é simplesmente uma confederação que
coordena as unidades, mas não
vende planos de saúde. O “Plano nacional” pode ser vendido
tanto pela Central Nacional Unimed, quanto, por exemplo, pela
Unimed Taubaté. A sede Taubaté tem a possibilidade de registrar na ANS um “Plano nacional”,
mas isso pode ser considerado
um suicídio administrativo, pois
quanto menos abrangência o
plano tem, mais os custos são regulados.
A única saída é remunerar bem
o ato médico; só que, para que
isso aconteça, é preciso que o
médico se entenda como dono,
colabore, participe do processo de
recuperação.”
Dra. Maria Tereza: Existe
aquela velha história de que as
cooperativas têm que ser pobres e os cooperados, ricos.
Vale à pena manter, financeiramente, alguns recursos
próprios, como o Hospital?
Dr. Adilson: Antes de eu estar envolvido com tudo isso,
eu defendia a ideia de que não se deveria ter nada. Sempre
utilizava o exemplo da Unimed Campinas, que é uma das
melhores sedes do Estado de São Paulo, e que não tem
recurso próprio, é tudo contratado. Hoje, eu afirmo que
ninguém sobrevive se não tiver recursos próprios, principalmente se for pequeno, porque eles funcionam para diminuir custos e assegurar o atendimento nos momentos
difíceis. No caso de Taubaté, sempre existem as opiniões
de que se deve vender o Hospital São Lucas. Eu concordo
que alguma coisa tem que ser vendida para que se possa
sair desta crise, mas esta venda tem que acontecer dentro
de uma situação favorável. Para mim, o São Lucas não é
a âncora da Unimed, ele é a bóia da cooperativa. Hoje, eu
trabalho numa cidade onde o único hospital privado, de
verdade, é o São Lucas. Ele está mal-cuidado, mal-tratado, com um monte de problemas, mas é o único hospital
privado de Taubaté com uma característica mais terciária.
Se ele for gerido de uma forma melhor, ele tem todas as
condições de ser o hospital privado de melhor referência
do município. É uma questão de gestão.
Dr. Camillo: Eu penso muito sobre isso, mas não tenho,
exatamente, um posicionamento igual ao seu. Creio que
os recursos próprios eram poucos, mas não correspondiam à maneira como as coisas deveriam ser eram feitas.
Por exemplo, dizia-se “vamos fazer um Cardiocentro”,
“vamos fazer um São Lucas”, ou seja, começava-se a “fazer”, mas faltava-se dinheiro. Em uma empresa, qualquer
16
coisa é construída fazendo-se a distribuição do lucro, e
o que sobra é destinado “ao
fazer”, “ao acontecer”. Não é
certo tirar o dinheiro daqueles que estão sustentando
a empresa para se gerar um
ganho num prazo de cinco
ou dez anos. No meu pensar,
esta foi uma das causas que
propiciou a crise da nossa
Unimed, pois, se fosse mantido o nível de lucratividade
que o cooperado tinha, assim
como o das empresas que
prestavam serviços a ela, se
sobrasse dinheiro e, a partir
deste, se fizesse as coisas, a
Unimed teria, hoje, outra história.
Dr. Adilson: Eu concordo
com você integralmente,
não discordo de nada! Nós
estamos passando por um
momento em que temos
que nos organizar melhor para trabalhar a valorização do
ato médico.
Dr. Camillo: Isso é importantíssimo!
Dr. Adilson: Aqui em Taubaté, o São Lucas nunca foi exclusivo da Unimed. Ele atende, também, a SulAmérica e
está negociando para atender o Bradesco. Ele é uma unidade de negócio e, para que isso seja proveitoso, é preciso
ser vantajoso, ser lucrativo. A cooperativa tem que buscar meios para aprimorar a sua capacidade de crescimento, e não estar à custa do fechamento do mercado. Isso
pode até ser usado, em determinados momentos, como
uma estratégia passageira, mas não como uma política de
manter a sua presença.
Dra. Maria Tereza: É uma estratégia obsoleta.
Dr. Adilson: Por isso, Camillo, eu concordo com você, pois,
se aquela unidade de negócio se tornasse cada vez mais
eficaz e contribuinte para as receitas do grupo, ocasionaria a valorização do ato médico e, com isso, o profissional
seria melhor remunerado.
Dr. Camillo: Nós nunca vimos isso acontecer.
Dr. Adilson: Nunca! O Hospital São Lucas carrega, ao longo de toda a história da Unimed, um processo de prejuízo
crônico. A lógica da tabela era assim: tinha que ser uma
tabela defasada para que não onerasse a cooperativa.
Então, nós tínhamos uma situação em que a cooperativa tinha um resultado positivo e o São Lucas, negativo.
Neste momento, o Hospital São Lucas é uma unidade de
negócios superavitária, ou seja, dá lucros. Isso me anima
muito! Hoje, 80% do faturamento dele provém da Unimed. Mas, destes 80%, 50% é de intercâmbio, o que, para
nós, funciona como dinheiro de fora, também.
mos, e por isso estamos em um processo de direção fiscal que acompanha esta superação. O que se pode fazer?
Ou se vende um ativo grande, e com isso se recompõe
uma série de atributos financeiros e balanços, ou começa-se a trabalhar em um processo de lucratividade cada
Dra. Maria Tereza: Então, 60% da receita vêm de fora.
vez maior dentro de um período de recuperação. A dívida
financeira da Unimed, hoje, é na faixa dos 70 milhões de
Dr. Adilson: A tendência é que ele se torne, a cada vez reais, sendo que 75% desta dívida estão totalmente nemais, superavitário, ainda mais com a abertura da Onco- gociados. Os outros 25% ainda não estão. Quase metade
logia e o lançamento da Hemodinâmica, que é um servi- disso é dívida tributária, e uma grande parte deste valor
ço que agrega muito valor e
entrou no refiz da Copa, que
que deve ser oferecido, propermitiu com que ele fosse
A dívida financeira da Unimed,
vavelmente, até o final do
parcelado e pago em vários
ano. Será uma unidade de
anos. Dizem que, por conta
hoje, é na faixa dos 70 milhões de
negócios competindo com as
da crise, o Governo vai lançar
reais, sendo que 75% desta dívida
outras do mercado, trazendo
um novo refiz, e nós esperaclientela e remunerando memos que o restante da dívida
estão totalmente negociados. Os
lhor os médicos. Hoje, o métributária também seja inoutros 25%, ainda não estão.
dico que faz um procedimencluído nesta estratégia. Hoje,
to cirúrgico no Hospital São
é possível “fechar o mês” e,
Lucas ganha mais do que ele
se não houvesse este vagão
receberia em qualquer hospide dívidas antigas, as dívidas
tal de Taubaté. Por exemplo,
atuais seriam pagas. Carrese o Flávio, que é cirurgião,
gamos o peso de uma série
opera no Hospital pela SulÁde exigências que a ANS fez
merica, a cooperativa paga a
sobre o balanço. Em nossa
tabela para ele e o São Lucas
última assembleia, a projeção
complementa com 50%, refeera de que o São Lucas desse
rente à tabela, daquilo que ele
lucro em agosto. Para a nosrecebeu. Esta é a valorização
sa surpresa, no mês anterior,
do ato médico que nós podejulho, já tivemos um resultamos oferecer hoje. O ganho
do positivo, que continuou
de qualquer hospital, hoje, é
sendo registrado em agosto.
com o movimento cirúrgico, e
Ou seja, estas melhorias fanão com o paciente clínico. Em relação ao paciente clínico, zem com que as pessoas comecem a ganhar confiança na
quanto mais desospitalizarmos, melhor!
cooperativa.
Dra. Maria Tereza: Abriram os planos individuais?
Dr. Adilson: Abriram. A Unimed Paulistana, por exemplo, tem problemas com os planos “Pessoa Física”; já em
Taubaté, são os planos que dão mais lucro. Lançamos planos diferenciados, que reduzem o custo.
Dr. Camillo: Em notícias extraoficiais, ou até por assembleias, soubemos que a dívida total era de 70 milhões de
reais, e que ela teria que ser forçosamente equilibrada
através da venda do Hospital São Lucas, do Cardiocentro,
e de outros fatores. Como foi equacionada esta dívida, e
como ela está hoje?
Dr. Adilson: Uma coisa é a dívida financeira, que se refere a fornecedores, impostos e bancos, outra coisa é a
dívida contábil, que é o balanço. A ANS não olha para a
dívida financeira, ela observa se o balanço está equilibrado. A Unimed tem a apuração de um resultado contábil
negativo de 40 e poucos milhões, e este dinheiro foi rateado como prejuízo entre os cooperados, como manda a
lei. A ANS pediu um plano de recuperação, nós apresenta-
Dr. Camillo: Esta crise nacional influenciou muito no resultado da cooperativa?
Dr. Adilson: Ainda não, mas eu tenho receio de que possa
influenciar. Eu tenho escutado de algumas pessoas que o
movimento dos consultórios caiu, e se isso está sendo registrado é porque o desemprego está começando a afetar
a procura de médicos.
Dr. Paulo Pereira: Adilson, o que eu gostaria de questioná-lo é o seguinte: a Unimed contratou médicos não-cooperados para atenderem no Centro Médico, que é
o Cardiocentro, cumprindo uma exigência da ANS de
manter o abastecimento. Esta iniciativa partiu de uma
necessidade, e está sendo proveitosa para todo mundo.
Mas, independentemente disso, a Unimed tem um intercâmbio negativo no momento. O que poderia ser feito
para reverter esta situação?
Dr. Adilson: Há, sim, a possibilidade de se reverter isso.
Deve haver uma melhor remuneração do médico, para
que ele tenha uma maior confiança e passe a atender.
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Eu tenho a convicção de que como um novo profissional que
Hoje, temos especialidades que estão completamente desabasestá chegando à casa.
nós vamos passar por um longo
tecidas e, por isso, tivemos que
período de dificuldades, (...), mas,
melhorar os atendimentos por
Dr. Paulo Pereira: Mas, ao “abrir
meio da implantação deste Cen- mantendo-se o ritmo em que estamos, esta porta”, corre-se o risco de
tro Médico, construído na gestão
que muita gente deixe de ser
pode ser possível que, em 2016, a
anterior. Este local atende as escooperado e, mesmo assim, presconsulta chegue a uma remuneração
pecialidades que a Unimed não
te atendimento no Cardiocentro,
detém. Nas especialidades em compatível com a dos outros planos. sem estar sujeito ao rateio.
que temos os nossos médicos
atuando, podemos notar que, em algumas, os atendi- Dr. Adilson: Isso é fato. Tem que se controlar isso de uma
mentos não são feitos como antes, por conta do “clima” maneira muito criteriosa.
ocasionado pela crise. Se o médico passasse a atender
mais, seria possível diminuir o intercâmbio. Quando um Dr. Camillo: Qual seria a nota, numa escala de zero a dez,
procedimento é feito por fora, o valor pago a ele é mais avaliando o futuro da Unimed Taubaté? Qual é a esperanalto do que se nós o promovêssemos. A consulta do in- ça de que ela saia desta crise?
tercâmbio tem um valor diferente, além dos acréscimos,
como os exames, e tudo isso é pago em tabela de inter- Dr. Adilson: Dez. A minha esperança é total! Eu tenho a
câmbio. Para controle, fizemos um mapeamento de tudo convicção de que nós vamos passar por um longo período
o que era destinado para fora. Vimos que o intercâmbio de dificuldades, tanto de gestão, quanto financeira, já que
estava sendo positivo, mas, de 2012 para cá, está absur- não é possível recuperar a estabilidade econômica da Unidamente negativo, principalmente em Pinda, São José med em poucos anos. Mas, mantendo-se o ritmo de trae Guaratinguetá. No caso da Cardiologia, em que havia balho em que estamos, pode ser possível que, em 2016,
muitos atendimentos promovidos por fora, devido ao a consulta chegue a uma remuneração compatível com a
desabastecimento, foi feita a recuperação e feito o inves- dos outros planos. A única alternativa é remunerar bem
timento no Cardiocentro. O pagamento dos médicos do o ato médico; só que, para que isso aconteça, é preciso
Cardiocentro foi regularizado, novos médicos foram e es- que o médico se entenda com dono, colabore, participe do
tão sendo contratados e, com isso, o faturamento está au- processo de recuperação.
mentando. Queremos trazer para o Cardiocentro o atendimento de todos os pacientes de cardiologia de Taubaté.
Dr. Camillo: Para encerrar, nós gostaríamos de agradecer a sua presença nesta noite, Dr. Adilson. Foi uma honra
Dra. Maria Tereza: Por exemplo, eu sou cooperada em termos esta conversa com você. Esta entrevista será muiCardiologia; é possível que eu realize os exames ou eu te- to esclarecedora para os médicos de Taubaté.
nho que drená-los para lá?
Dr. Adilson: Hoje, você seria obrigada a drená-los para
lá, porque, se há este Centro, comprado pelo valor que foi
empregado, ele tem que ser utilizado a todo vapor.
Dra. Maria Tereza: Mas esta situação desestimula o médico a permanecer como cooperado, pois é recebido um
valor de consulta que “está lá embaixo”.
Dr. Adilson: Isso merece outra reflexão. Todos nós, e não
somente os médicos, passamos a nos contentar em ganhar pouco com as consultas, mas lucrar com os fatores
que vinham agregados a elas. Isso foi um erro, pois, agora, chegou-se a uma situação insustentável, em que se
paga mal uma consulta e se retiram os procedimentos.
Dr. Flávio: Ex-associado pode trabalhar no Centro Médico?
Dr. Adilson: Pode; não há absolutamente nenhum problema. Há médicos ex-cooperados que trabalham no
Centro Médico. Um médico tem diversos motivos, até
mesmo pessoais, para querer se desvincular da cooperativa. Mas, para que ele estabeleça um retorno, é preciso
cumprir o que o estatuto propõe e passar pela aprovação
de uma assembleia. Não é possível que ele seja admitido
18
Dr. Adilson: Este encontro que nós estamos promovendo
é extremamente produtivo, pois eu não tenho dificuldade
nenhuma em falar dos erros e dos acertos; não há nada o
que esconder de ninguém. Uma conversa franca e aberta gera credibilidade em quem quer que ela seja gerada.
Se nós, juntamente com todos os envolvidos, tivermos a
competência de promover a materialização de resultados
palpáveis, não há dúvidas de que esta situação se reverta
o quanto antes. Hoje, se hover um hospital que caminhe
no sentido de uma lucratividade grande a curto prazo, é
possível que haja recuperação em pouco tempo.
19
REGIONAL LORENA
Unimed inaugura setor de UTI
em Hospital de Lorena
Fotos: Unimed Lorena
Um novo empreendimento da área médica chega a Lorena.
Em três anos de obra e com um investimento de R$ 2 milhões,
oriundos de recursos próprios, a Unimed inaugurou na noite
do dia 15 de outubro uma ala de Unidade de Terapia Intensiva
na sede do hospital lorenense.
O local é destinado ao atendimento de pacientes conveniados
que se encontram em situação de alta complexidade, e disponibiliza de dez leitos, sendo um deles atribuído a casos em que
é necessário o isolamento. O centro é equipado por aparelhos
de última geração, necessários para monitoramento, ventilação mecânica e, até mesmo, hemodiálise.
Da esquerda para a direita – No evento: Dr. Marco Ude (Diretor superintendente),
Dra. Maria Aparecida Marcondes (Diretora presidente), Dr. Reinaldo Antônio Barbosa
(Diretor financeiro Unimed FESP), Dr. Luis Antônio Baptista (Diretor vice-presidente)
Os trabalhos serão desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar, a qual é composta de médicos, enfermeiros e técnicos
em Enfermagem, fisioterapeutas, nutricionista, auxiliar administrativo e funcionários de limpeza.
O município contava, até então, com dez leitos de UTI na
Santa Casa de Misericórdia, os quais atendiam a demanda do
SUS, de convênios e internações particulares tanto da cidade,
quanto da região. Esta condição propiciava o surgimento de
fila de espera e o agravamento de casos. Agora, com o lançamento destes novos leitos, os conveniados da Unimed têm
maior possibilidade de pronto atendimento, e as vagas da
Santa Casa, para tratamentos de urgência, serão liberadas. “O
aumento do número de leitos e a modernização dos equipa-
mentos vão propiciar um melhor atendimento aos beneficiários e promover maior agilidade na gestão dos casos
graves do município”, esclarece Marcelo Antunes, coordenador de Mercado e Marketing da Unimed Lorena.
O Hospital Unimed Lorena é atualmente dirigido pela Dra.
Maria Aparecida Marcondes de Andrade Nogueira (presidente) e pelos doutores Luis Antônio Reis Pereira Baptista
(vice-residente) e Marco Sarquis Ude (diretor superintendente), e se localiza na Rua Dona Lulu Meyer, 345, Bairro
da Cruz.
20
REGIONAL SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Dr. Antonio Celso Escada nasceu em
18 de janeiro de 1932, em Lorena.
Foto: Arquivo pessoal
Após 50 anos de exercício da
Medicina, anestesiologista se
dedica à carreira de escritor
Estudou no Rio de Janeiro, onde se
formou em Medicina pela Faculdade
de Ciências Médicas no ano de 1957.
Suas primeiras atividades profissionais aconteceram em Lucélia, no
interior de São Paulo, no período de
1959 a 1962. Depois, passou por São
Sebastião, no litoral Norte do Estado,
onde atuou por 10 anos. A partir de
1972, mudou-se para São José dos
Campos, onde vive atualmente.
Especializado em Anestesia, trabalhou em hospitais filantrópicos (Santas Casas) das cidades pelas quais
passou. Pós-graduado em Saúde
Pública pela USP (Universidade de
São Paulo), prestou serviços para o
Ministério da Saúde e aposentou-se
após 30 anos de carreira médica.
Defensor do SUS, enquanto professor de Medicina Social, participou de
eventos que resultaram na criação
do órgão.
Em São José, foi vereador e secretário municipal de Saúde, atividades
políticas estas que, juntamente com
o trabalho dos agentes de saúde, resultaram no início da queda da mortalidade infantil do município, importante indicador social.
Começou a escrever seus contos e
poemas aos 80 anos de idade.
livro do “Perigoso” avô.
Além de contador de histórias e criar
poemas, fui professor universitário
por mais de 30 anos; lecionei Medicina Social na Univap e Unitau. Fui vereador, presidente da Câmara de São
José dos Campos e secretário Municipal de Saúde.
Para me despedir, convido-os para a
leitura do poema “Despedida”.
Escada
Aos 80 anos, aposentado em “tempo
integral”, ficou um vazio a preencher.
Contador de muitas histórias para
os filhos, netos e amigos, comecei a
escrever as histórias de convivência
com pessoas das cidades por onde
passei.
Fui incentivado pelos filhos e netos,
que participaram na construção da
edição deste livro. Tiago, neto mais
velho, desenhou a capa; o prefácio foi
de minha filha Izabel, pesquisadora
do INPE. Um amigo e cirurgião, Zaire
Rezende, fez a apresentação; trabalhamos em Lucélia e São Sebastião
por mais de 15 anos. Por dois mandatos, foi eleito vereador em São Sebastião, foi prefeito de Uberlândia por
duas vezes, e eleito duas vezes como
deputado federal (sem aposentadoria pela Câmara).
A revisão dos textos ficou a cargo de
minha esposa, Anna Maria Sobral Escada e de Antônio Miguel, genro pesquisador do INPE. Adam, quarto neto
e jornalista, escreveu o pósfacio do
Despedida
Partirás.
Por hora,
não mais
estarás conosco.
Fica
a lembrança
do teu sorriso,
de tua alegria.
Levas
a lembrança
de nosso carinho,
de nossa ternura.
Volte,
quando quiser,
traga de volta
teu sorriso e alegria.
21
Cardíacos
Luís Fernando Verissimo
Livro: Novas Comédias da
Vida Privada
Editora: L&PM
Conversa de safenado é uma subdivisão de conversa de cardíaco. Conversa de cardíaco tem várias subdivisões, cada uma com seu código
próprio.
- Você já...?
- Ainda não.
As reticências da pergunta substituem a palavra “enfartou”. Há cardíacos que já tiveram enfarte (ou o
enfarte, ou o enfartozinho, no caso
de ter sido um enfarte pequeno ou
do enfartado ter desenvolvido um
certo carinho pelo que lhe aconteceu) e cardíacos que ainda não. Os
que ainda não olham os que já com
o respeito que todo amador dedica
aos profissionais de seu ramo. Os
que já olham os que ainda não com
um misto de pena e desafio: eu já
tive o meu e ainda estou aqui, velho.
Quero ver você. (Há uma certa agressividade entre cardíacos. É a sua
forma de serem solidários. De desviarem, uns para os outros, seu ressentimento com esse algoz comum,
o coração e suas artérias próximas).
Outra subdivisão da conversa de
cardíaco é a comparação de hemogramas.
- O meu bom está alto e o meu ruim
está baixo.
- Parabéns!
22
O “parabéns” pode esconder a inveja.
Exames de sangue são como exames
de escola, há os que passam e há os que
rodam, às vezes literalmente. Com a
desvantagem que não adianta você colar do hemograma do vizinho. O “bom”
refere-se ao colesterol bom, de que todos precisamos, o “ruim” ao seu oposto, o colesterol mai, o que nos mata.
E há aquela parte da conversa que sempre acaba em lamento e recriminações.
A questão do exercício.
- Tens caminhado?
- Não. Cadê o tempo?
- Faz como eu, compra uma bicicleta ergométrica. É muito mais prático,
pode-se usar com qualquer clima, é
mais seguro...
- Você faz bicicleta ergométrica quantas
vezes por semana?
- Nenhuma. Cadê o tempo?
É nas conversas de safenados que o espírito de competição aparece com muito
mais força entre os cardíacos. A hora de
cada um dizer quantas pontes fez é um
pouco como a hora de mostrar o jogo,
no pôquer. A sensação é a mesma.
- Tenho duas safenas e uma mamária.
- Ganhei! Tenho três safenas e uma mamária.
(Três safenas e uma mamária equivaleria a um “full hand” no pôquer. Pode
ser abatido, mas não facilmente.)
Para os sãos e os leigos não se sentirem diminuídos, explico que pontes de safena são feitas com as veias
safenas que nós temos nas pernas.
Como elas não fazem muita falta nas
pernas, pode-se especular que foram
postas ali já prevendo a sua eventual
utilização como sobressalentes, por
alguma Força Superior com um senso de humor discutível. As mamárias
são mais confiáveis do que as safenas. Isto, talvez, se deva ao fato das
safenas emigrarem da perna para o
peito, onde precisam se ambientar,
conhecer os novos vizinhos, etc., enquanto as mamárias já são da zona.
Sei lá.
Tenho três safenas e uma mamária. Algo como uma trinca, mas de
ases. Não faço feio em nenhuma
roda de safenados e já humilhei alguns. Mas sempre aparece alguém
para dizer:
- As tuas três safenas na primeira operação, mais três safenas e uma mamária
na segunda.
Sempre tem um mais exibido.
Foto: Divulgação
LITERATURA
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA
Médicos com 50 anos de carreira
são homenageados pelo Cremesp
Fotos: Lúcia da Silva
O Dia do Médico é comemorado em
18 de outubro. Para celebrar a data,
o Conselho Regional de Medicina do
Estado de São Paulo prestou homenagens aos colegas, do interior e da
capital, que completaram 50 anos de
exercício ético e competente da profissão.
Em Taubaté, a cerimônia aconteceu
na sede na APM, no dia 21 de outubro, e contou com a presença de
homenageados, familiares, amigos e
autoridades.
O Cremesp e a APM expressam o seu reconhecimento aos médicos
do Estado de São Paulo, que lutam incansavelmente pela saúde da população.
Parabéns, doutores!
Homenageados
Antonio Jose Elias Andraus
Antonio Maury Lancia
Aurelino Ferreira Junior
Benedicto Kalil Francis
Carlos Enrique Quiroz Caso
Edit Fraga Da Silva
Fabio Gilson Cavalca Pinto
Heitor Vieira De Resende
Joao Saad Gibran
Joaquim Mendes Castilho Netto
José Arthur Lessa
José Miramar Junqueira De Souza
José Wilson Cursino
Luiz Roberto Da Silva Lacaz
Maria Aparecida Distefano Pinto
Marly Benini
Mirtes Fantezia Andraus
Orlando Pereira Fraga
Samuel Barboza Da Costa
Salomao Theodoro Da Silva
23
DIRETÓRIO ACADÊMICO BENEDICTO MONTENEGRO
D.A.B.M.
Faculdade de Medicina distribui
medicamentos gratuitos à população
Com registro de 50 atendimentos
diários, a “Farmacinha” disponibiliza
de uma rica variedade de remédios.
A maior procura é registrada para
medicamentos de hipertensão, dislipidemia e diabetes, os quais são
entregues aos pacientes mediante a
apresentação de receita médica.
Um livro de registro controla o fluxo
de saída e a disponibilidade de produtos no estoque, estratégia administrativa que determina a proporção
dos serviços prestados e as possíveis
necessidades de abastecimento.
Os remédios distribuídos são oriundos de doações recebidas, principalmente, de familiares de acadêmicos,
Os próprios alunos do curso de Medicina auxiliam nos trabalhos locais
já que muitos desses atuam na área
médica. Quem tiver o interesse de colaborar com o projeto, deve entrar em
contato com as responsáveis Teresa
Meirelles (12) 98830-5160 ou Isabella
Melo (62) 9648-1331, e seguir alguns critérios: atentar-se à data limite do uso do
medicamento e fornecer a embalagem
sem violação. Não são aceitos remédios
psicotrópicos (tarja preta).
A Farmácia Comunitária se localiza no
Campus do Bom Conselho, situado na
Avenida Tiradentes, nº 500. O funcionamento acontece nas segundas
e quintas-feiras, das 18h30 às 20h30.
O atendimento fica por conta do Sr.
Cláudio Torino, voluntário atuante
desde a inauguração da “Farmacinha”, e da aluna de Medicina e farmacêutica Nayara Dias.
Colaboração: Alan EidiHanda
Ex-diretor de Comunicação
D.A.B.M.
Doações:
Interessou-se pelos serviços
prestados? Colabore!
Contatos:
Teresa Meirelles
(12) 98830-5160
Isabella Melo
(62) 9648-1331
24Fotos: D.A.B.M.
No atendimento, a aluna Nayara Dias e o voluntário Sr. Cláudio Torino
Fotos: D.A.B.M
No ano de 1967, por iniciativa de
Antônio Carlos da Silva, aluno da
primeira turma de Medicina da Faculdade de Taubaté, foi fundada a
Farmácia Comunitária. Em funcionamento há 48 anos, o projeto é gerido
pelo Diretório Acadêmico Benedicto
Montenegro, e atende gratuitamente a comunidade de Taubaté e região,
além dos próprios acadêmicos do
curso.
Nova gestão assume Diretório
Acadêmico até 2016
O Diretório Acadêmico Benedicto Montenegro, da Faculdade de
Medicina de Taubaté, está sob
nova gestão. A posse foi tomada no dia 30 de setembro, na
sede do Diretório, e contou com
a participação de membros do
conselho e alunos.
O mandato tem duração de um
ano e, neste período, os gestores
se propõem a estimular a realização de projetos científicos na
Universidade e no Hospital Universitário, ampliar as políticas
externas do Diretório, implantar
um sistema de cadastro na “Farmacinha” junto ao Conselho Regional de Farmácia, e incentivar
a construção do novo
prédio da Faculdade.
CONFIRA OS MEMBROS DA
GESTÃO 2015 - 2016
Segundo Maria Julia
Presidente: Maria Julia Lumi Watanabe
Watanabe, nova presiVice- presidente interno:
Presidente
dente do Diretório AcaIsabella de Oliveira Melo
dêmico, os trabalhos serão
Vice-presidente externo:
dedicados à luta pelos direitos e
Ediane de Pinho Nishimoto
interesses dos estudantes. “Espero
1º secretario: Tamie Magalhães
que a nossa gestão traga melhorias
2º secretario: Amanda Soares
efetivas para a faculdade, e que to1º Tesoureiro: Luiz Eduardo Crozariol
dos os alunos se sintam represen2º Tesoureiro: Walquíria Sayuri Kuramoto
tados”, esclarece.
Patrimônio: Luiz Eduardo Crozariol
FIES: Tamiê Magalhães
Os trabalhos desta diretoria se enComunicação: Teresa Meirelles
cerrarão em setembro do ano que
Relações
Externas: Marina Ianelli
vem, quando uma nova equipe for
Relações
Sociais:
Juliana Anselmo
eleita.
Relações Públicas:
Walquiria Sayuri Kuramoto
Farmacinha: Teresa Meirelles
Membros da gestão 2015 – 2016 do D.A.B.M.
Fotos: D.A.B.M
25
CLUBE DE CAMPO
APM
Conforto, descanso e lazer a sua di
Localizado na Serra da Cantareira, a
26 quilômetros do centro da capital, o Clube de Campo da Associação
Paulista de Medicina (APM) é uma
excelente opção de lazer para a classe médica de todo o Estado.
Lá, o associado encontra o espaço
ideal para a prática esportiva, para
a diversão, e também para o relaxamento físico e emocional, em meio à
tranquilidade e ao incrível visual da
Mata Atlântica intocada.
O Clube de Campo da APM oferece 12 chalés que abrigam de cinco
a sete pessoas, e 12 suítes para até
seis pessoas. As hospedagens contam com televisão, móveis, utensílios de cozinha, eletrodomésticos e
serviço de café da manhã. O Clube
dispõe também de um espaço reservado para camping com área
para trailers e barracas. Na baixa
temporada (entre maio e setem-
26
bro), há desconto de 30% nas reservas, que podem ser feitas com antecedência de até 60 dias.
A Associação Paulista de Medicina valoriza muito a prática esportiva de seus
associados. Por isso, o Clube de Campo
dispõe de quadra poliesportiva para jo-
gos de handebol, basquete, vôlei e
futebol de salão. Há também campo de futebol e quadras de tênis em
perfeito estado. O grande lago do
Clube está disponível para os apreciadores da pesca esportiva.
A sede campestre possui, ainda,
Fotos: Divulgação Flikr APM Estadual
isposição
uma área com playground e salão de jogos, onde as crianças e
adolescentes podem se divertir
com segurança.
Informações e reservas:
Telefones:
(11) 4899-3535 / 3518 / 3519 /
4499-3536
Outro grande atrativo do local é
o parque aquático, formado por
três piscinas climatizadas (tama-
E-mail:
[email protected]
nhos infantil, adulto e semiolímpica)
e tobo-água.
Site:
www.apm.org.br/clube-de-campo.aspx
Além disso, o auditório para 70 pessoas
e a churrasqueira para até 100 convidados são ideais para que o associado
realize o seu evento.
Horário de atendimento:
9h às 18h
O Clube de Campo é um lugar propício para a contemplação da natureza, com seus 145 hectares de Mata
Atlântica, riachos, lagos, brejos,
bosques e jardins.
Endereço:
Estrada de Santa Inês, Km 10,
Caieiras/SP
Busca pelo Google:
Estrada Santa Inês nº 9335
Busca pelo GPS:
Estrada Santa Inês nº 8335
27
REGIONAL GUARATINGUETÁ
Foto: Arquivo Pessoal
Falando de vinho...
Qual e onde comprar? Como comprar?
Por: Dr. Antonio Diniz Torres
Cardiologista
Quando encontro com colegas médicos, que sabem
do meu interesse e gosto pelos vinhos, “o que, como
e onde comprar” são perguntas que, com freqüência,
fazem parte das conversas informais que permeiam o
corre-corre dos dias atarefados com a Medicina.
O vinho, bebida milenar, ainda não é a primeira escolha do
brasileiro, mas a cada dia vem conquistando novos apreciadores, inclusive por se tratar de uma bebida socializadora, que gosta de reunir pessoas, estimular a convivência alegre e descontraída, remeter a um acompanhamento
gastronômico e incentivar longas conversas ao seu redor.
É bom sabermos que a grande maioria dos vinhos, quando são engarrafados, já se encontram prontos para serem consumidos, e que seu envelhecimento pode acrescentar muito pouco, ou quase nada, a sua qualidade.
O axioma “vinho quanto mais velho, melhor” deve ser
considerado com muita cautela. Não são todos os vinhos que melhoram com o envelhecimento na garrafa,
ao contrário, é uma pequena parte da produção mundial
que se presta para guarda. Os vinhos de guarda são elaborados para esta finalidade, são bem estruturados, têm
alto teor alcoólico, são ricos em extratos vegetais, condições que vão permitir que ele evolua durante anos até
que esteja “redondo” para ser degustado. Vinho é para
se bebido, não para ser guardado.
Recomendo que no ato de escolha que precede a compra, haja atenção as condições de apresentação do vinho,
à conservação em local refrigerado e sem iluminação direta, ao não vazamento pela rolha, à integridade dos rótulos - fator que demonstra o manuseio adequado, e à
distância dos produtos com odores fortes - os quais podem ser absorvidos pelo vinho. Também aconselho que
se dê preferência aos vinhos jovens, com no máximo três
anos de fabricação.
Diante destas precauções, temos que saber qual deles
desejamos. Existem muitas técnicas para harmonização
dos vinhos, mas de forma simples, vale o básico: vinho
branco é indicado para peixes, vinho tinto acompanha
bem as carnes, vinho rose combina com pratos compostos por aves e carnes magras. O espumante, devido a sua
excelente acidez, adéqua-se com peixes, canapés, e não
pode faltar nas festas e comemorações. Não podemos
nos esquecer dos vinhos fortificados e doces, que são
acompanhantes clássicos de alguns tipos de queijos e
sobremesas.
28
De olho neste segmento de consumo, as grandes redes
de supermercados, os maiores varejistas de bebidas e
alimentos do país, têm investido em atraentes espaços,
compondo adegas com prateleiras repletas de variados
vinhos procedentes de todos os continentes, oferecendo acessórios elegantes, criando um visual irresistível
aos olhares de todos, aguçando a atenção dos já enófilos e despertando o interesse de novos apreciadores. Em nossa região, temos bons pontos de venda
de vinhos nos supermercados. Não havendo conflito
de interesses, podemos citar: Pão de Açúcar, Carrefour, Villarreal, Spani e outros. Em relação ao consumo
diário, aquele sem sofisticação e que cumpre a missão
de complementar uma refeição ou melhorar o
fim do dia, estes supermercados atendem os
anseios e até surpreendem com ofertas de
bons produtos a preços honestos. Dispomos, também, de lojas especializadas, empórios e importadoras, principalmente em
São José dos Campos e Taubaté.
Se levarmos em consideração o e-commerce, é possível atender aos gostos mais exigentes, pois a entrega em domicílio rompe
a barreira da distância e permite aos mais
apaixonados a aquisição de, praticamente, todos os vinhos que existem. “Qual
comprar?” é outra conversa, pois existem
vinhos para todos os gostos e todos os
momentos, para acompanhar uma refeição
frugal ou uma mais elaborada, e com preços
para todos os bolsos.
Para finalizar, esclareço que as lojas especializadas e alguns supermercados oferecem assessoria de profissionais, os sommeliers, para auxiliar seus
clientes nas escolhas.
Um abraço aos amigos e, já que “in vino veritas”, se beber,
não dirija, pois “in aqua sanitas”.
Conserve bem o seu Vinho!
- Mantenha-o em local refrigerado e sem iluminação direta
- Não permita vazamentos pela rolha
- Preserve a integridade dos rótulos
- Mantenha-o à distância de produtos com odores fortes
Boas festas!
Antecipadamente,
A APM Taubaté deseja a todos um próspero 2016,
repleto de saúde, felicidades e grandes conquistas.
Nossa próxima edição será divulgada em janeiro do próximo ano,
repleta de notícias e destaques regionais.
ASSOCIE-SE
Interessou-se pela revista?
Gostaria recebê-la no consultório
ou diretamente em casa?
Então, cadastre-se na Associação Paulista
de Medicina – Regional Taubaté.
É simples, rápido e seguro!
Se já for associado, mantenha seus dados
atualizados – telefone, e-mail, endereço
para correspondência.
(12) 3632.3818
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A APM Taubaté saúda a todos os amigos e
associados pelas comemorações natalícias.
ANIVERSARIANTES DE OUTUBRO
02/10 MARCOS ROBERTO MARTINS
04/10 JOSE PAULO PEREIRA
HENRIQUE RIBEIRO SOUBHIA
05/10 MARIANA PILAN CAPELLA
06/10 REBECA HARA NAHIME
07/10 GABRIELA ALVES ROSA
GABRIELA ULIAM HOMEM
09/10 ALEXANDRE MORENO MACRI
12/10 GUILHERME RICARDO NUNES SILVA
17/10 CLAYTON APARECIDO DE PAULA
18/10 VANDA PEREIRA LEITÃO
21/10 OTAVIO SCHMIDT DE AZEVEDO
22/10 THIAGO PASQUALIN
27/10 EDINEIDE VIEIRA CEDENO
IGOR TADEU DA COSTA
28/10 ALEXANDRA CARMELA SPERANZA
29/10 ELISA MARIA D RIBEIRO DE SOUZA
GILZELIA FERNANDES BATISTA
31/10 LUIZ FERNANDO ALBANO DE PAULA
OSMAR ANTONIO VILLELA SANTOS JUNIOR
ANIVERSARIANTES DE NOVEMBRO
01/11 NATALIA TEIXEIRA SOUZA
04/11 FABIO RODRIGO BERTINI COUTINHO
06/11 AURELIO TEIXEIRA SOUZA
07/11 RENATA NUNES CORREA
09/11 ANTONIO CARLOS BARTOLOMUCCI
ERICA SERRANO SKAMARAKAS
MARIANA TELLES DE CASTRO
10/11 ANARELLA CENSONI DE AVILA E LIMA
ELTON CONSTANTINO
12/11 LUIZ CARLOS RICCIARELLI
13/11 PATRICIA VILELA CARDOSO
14/11 DEBORA LEIKO KOIDE FUKUOCA
16/11 ROBERTO REZENDE MACHADO
18/11 BRUNO VIERNO DE ARAUJO
19/11 RICARDO AUGUSTO DE PAULA PINTO
20/11 AURO FABIO BORNIA ORTEGA
23/11 ALYOSHA FABIANA RODRIGUES
26/11 SORAYA SABA
27/11 MARRIELI DE MORAES
30/11 MARIA REGINA G F BARTOLOMUCCI
ANIVERSARIANTES DE DEZEMBRO
01/12 CLAUDIA ROGÉRIO DOMMARCO SABBAG
03/12 CAMILA DE OLIVEIRA CAMILLO
LEANDRO DE OLIVEIRA SOUZA
MARIANA DE MEDEIROS I B P GONÇALVES
04/12 LUIZ CELSO SILVEIRA PICCINI 04
RAFFAELA NICODEMO LEMOS
05/12 ANTONIO HENRIQUE SANTOS ROCHA FILHO
LUCIANO VILELA DE OLIVEIRA
06/12 ANTONIO VITOR MARTINS PRIANTE
VALÉRIA GANDOLFI GERALDO
07/12 DANILO GARCIA DE ARAUJO
ISA MARIA DE FÁTIMA OLIVEIRA RODRIGUEZ
08/12 MARIELA ANNICHINO GUIDA
XENOFONTE PAULO R MAZZINI
09/12 OMA MARTINEZ MOMPELLER
10/12 JAYME FONTOURA SOUSA
11/12 TATIANA PALUDETTO L VERDELLE
13/12 MARIANA HOOL BAJERL
14/12 ANDREA NAOMI OKUYAMA
CLAUDIA TONET
GERALDO JOSÉ TUFFI
RODRIGO LUIZ DE LIMA
16/12 ALEXANDRE MINORU TOME HORIUCHI
KENDI YOKOMIZO
MARIA RITA NATAL GONÇALVES
17/12 FERNANDA VIEIRA FERREIRA
LUCIANA GOBBO DA FONSECA
MARIO PEREIRA IEMINI
RAFAEL JOSÉ ZANITH GADIOLI
18/12 CARLOS ALBERTO STRACHEUSKI
19/12 MARCELO ABDULKLECH SANTOS
20/12 RENATO MORETTI MARQUES
RUI FERNANDO FARIAS DE ASSIS
22/12 ELISANGELA CALHEIRO DOS SANTOS
24/12 TIAGO TADASHI DIAS MONMA
26/12 EDUARDO CESAR FREIRE
GUARACY DOMINGUES PEREIRA
27/12 ANA PAULA CARELLI DE OLIVEIRA
28/12 MARIANNE DOS SANTOS FOGAÇA
29/12 MARIA CECÍLIA VIANA DE ALVARENGA
RAFAEL FERREIRA LUFTI
30/12 MARCOS LINDENBERG NETO
31/12 JOSÉ DOMINGOS ABREU DE ANDRADE
RUI NORONHA SACRAMENTO
SABRINA CABRAL
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