Análise Técnica - Academia Financeira

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Análise Técnica - Academia Financeira
Com a popularização do mercado de ações, cresce cada vez mais o número de investidores aptos
a operar neste mercado e, proporcionalmente, mais técnicas de análise são apresentadas a eles. Estas
técnicas variam das mais simples às mais elaboradas, e muitas vezes são objetos de critica de alguns
amadores do mercado, mas todas elas se resumem à descrição matemática dos dados históricos das
empresas e do comportamento psicológico dos investidores nos diferentes períodos analisados.
Dentre os tipos de análises podemos citar a análise técnica ou gráfica e a análise
fundamentalista como as principais ferramentas que subsidiam o investidor a entrar ou sair de uma
determinada operação no melhor momento possível, de modo a maximizar seus lucros ou minimizar
seus prejuízos.
Neste contexto, este material vem nos trazer uma abordagem sobre os principais conceitos da
análise gráfica, fazendo com que o operador de mercado tenha em mãos, não uma ferramenta mágica
que acertará sempre, mas um importante aliado em suas batalhas diárias com o mercado.
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FORMAÇÃO DOS GRÁFICOS
Existem diversos tipos de gráficos e conseqüentemente diversas maneiras de representar o que
aconteceu no pregão. É importante que você entenda como são formados os símbolos que formam os
gráficos, pois esses símbolos são a própria linguagem do mercado.
Conhecendo o Gráfico de Barras
O gráfico de barras é um dos tipos mais populares na análise técnica. Conforme pode ser visto na
ilustração ele utiliza o valor de abertura, máximo, mínimo e de fechamento.
A barra oferece uma série de informações sobre o que acontece no pregão. O segmento de reta
para a esquerda é a abertura, ou seja, o valor do primeiro negócio que ocorreu no dia. O segmento para a
direita é o valor de fechamento, representando o preço do último negócio no pregão. O ponto mais alto
da barra coincide com o preço máximo praticado durante o pregão, enquanto que a extremidade inferior
corresponde ao preço mínimo.
O tamanho da barra (distância entre o máximo e o mínimo) nos oferece alguns dados, mostrando
um pouco sobre como foi a batalha entre compradores e vendedores. Uma barra pequena ou média,
normalmente, demonstra um mercado calmo, sem grandes conflitos. Mas, o que é uma barra pequena?
Que tamanho é uma barra média? Isso depende do mercado/ativo, o que se faz é analisar o tamanho da
barra em relação ao tamanho médio das outras barras do gráfico, se, por exemplo, for metade do
tamanho da maioria, com certeza estamos falando de uma barra pequena.
O mesmo raciocínio é válido para identificar barras grandes, a interpretação, entretanto, é
completamente oposta. Barras grandes normalmente são sinais de mercado volátil, com os preços
variando fortemente durante o dia. Em pregões desse tipo, surgem várias oportunidades de negócios (e
algumas armadilhas também).
Abaixo um gráfico de barras do índice Bovespa:
fonte: www.nelogica.com.br
Conhecendo o Gráfico de Candles
Por volta do ano de 1700 dc, Homma vivia perto do centro de distribuição de arroz em Osaka,
Japão, onde ele começou a negociar no mercado de "Cestas Vazias", que foi o precursor de nossos
atuais mercados de futuros. Foi de longe um Trader mais bem sucedido do que qualquer outro em sua
época.Mas mantinha em segredo suas idéias de como operar o mercado. Eventualmente foi promovido
ao "Bushi" vindo a se tornar um Samurai, e então mudou se para Tókio, e começou a operar no "Edo
Regional Exchange". Ele usou seu método secreto para amealhar imensa fortuna.
Depois de longo tempo, as barras de Candles foram criadas para mostrar: A Abertura, o Maximo,
o Mínimo, e o Fechamento, com a cor da figura mostrando o movimento, ou a direção.
Certos padrões formados pelos preços quando vistos sobre a ótica dos Candles, podem nos dizer
quando o mercado está entrando em acumulação, ou nos dão as pistas para notarmos um movimento
que o mercado está por fazer. Ou seja, Candlesticks nos apresenta uma profunda visão dos
movimentos dos preços.
Para entendermos esse padrão, temos que compreender a formação dos corpos das figuras de
Candles. A diferença entre a abertura e o fechamento forma a caixa que chamamos de Corpo Real do
Candle. Um corpo vermelho significa que o fechamento deu-se abaixo do preço de abertura, e um
corpo verde, significa que o fechamento foi acima da abertura. Muitas vezes vemos linhas estendidas
acima e abaixo do corpo real, o que chamamos de pavio. Estas linhas representam o máximo e o
mínimo que os preços atingiram na formação daquela figura.
O Gráfico de candles, também chamado gráfico de velas ou candelabro japonês popularizou-se
na década de 90, com os trabalhos de Steven Nison, autor do famoso livro Japanese Candlestick
Charting Techniques. Também utilizaremos as informações de preço máximo, mínimo, abertura e
fechamento para o desenho do símbolo.
O gráfico de candles é composto por duas partes: corpo e sombras. O corpo é a parte entre a
abertura e o fechamento (parte mais alargada da figura acima), caso a abertura tenha sido inferior ao
fechamento (um dia de alta) o corpo recebe, por exemplo, a cor branca. Se o fechamento foi menor que a
abertura (um dia de queda) o corpo recebe outra cor, preto, por exemplo: Assim, como pode ser visto na
figura, em um dia de alta a abertura delimita a parte inferior do corpo candle e em um dia de queda o
contrário. Existe uma classe de candles, contudo, que não possuem corpo são os chamados doji. Um doji
é formado quando a abertura e fechamento coincidem.
Exemplo:
As sombras, de maneira semelhante ao gráfico de barras, são traços que mostram os valores
máximo e mínimo que os preços alcançaram. Vale ressaltar que um candle pode não ter sobra inferior ou
superior, para isso basta que a abertura/fechamento seja no exato valor da mínima/máximo.
Por exemplo:
Em gráficos de candles podem ser utilizados todos os preceitos da teoria de Dow e padrões
clássicos que veremos a seguir. Além disso, os candles introduzem um novo conjunto de padrões que
serão assunto de outro tutorial e de alguns artigos. O mesmo gráfico de barras do Bovespa está sendo
representado com candles abaixo:
Periodicidade dos Gráficos
Os gráficos podem ter diferentes periodicidades, ou seja, não precisam, necessariamente,
representar 1 dia de pregão. Os gráficos em nível de dias mais comuns são:
•
Diário: Representando 1 pregão
•
Semanal: Uma barra ou candle representando todos os pregões da semana.
•
Mensal: Uma barra ou candle representando todos os pregões do mês.
•
Anual: Uma barra ou candle por ano.
Uma outra classe, são os que mostram o que aconteceu durante a sessão, são os gráficos intraday
(também chamados intra-dia). Em um gráfico intraday o intervalo utilizado corresponde, normalmente,
a alguns minutos. Os mais comuns: 1, 5, 15, 30 e 60 minutos.
A maneira como o símbolo é desenhado é exatamente a mesma que no caso de uma barra ou
candle de 1 pregão. Vamos pegar como exemplo um gráfico semanal, cada semana será representada por
um único símbolo, assim, o valor de mínimo será o menor entre todos os preços praticados na semana,
enquanto que o valor máximo será o maior preço negociado no mesmo período. A abertura, nesse caso,
será a abertura do primeiro dia de pregão da semana (segunda-feira em nosso exemplo) e o fechamento
o valor de encerramento da sexta-feira.
O mesmo ocorre para os gráficos intraday. Em um gráfico de 15 minutos o primeiro e último
minuto do intervalo (digamos entre 15h01min e 15h15min) são a abertura e o fechamento, enquanto que
o máximo/mínimo entre os minutos desse intervalo será o máximo/mínimo do símbolo.
Um ponto importante é que as técnicas de análises são válidas em qualquer tempo gráfico. As
teorias são sempre válidas quando a formação do preço é livre (oferta x demanda), o que acontece
algumas vezes é que certas técnicas se adaptam melhor a determinados períodos que outras.
TEORIA DOW
Teoria resultante de uma série de artigos publicados por Charles Dow em The Wall Street
Journal entre 1900 e 1902, considerada como a precursora dos modernos princípios da análise técnica
(muito embora Dow não tivesse a pretensão de usá-la para prever a evolução do mercado). Os seis
princípios da teoria são:
1. Tudo se reflete no preço. À medida que novas informações chegam e são disseminadas,
os participantes do mercado concorrem para corrigir os preços de maneira adequada.
2. O mercado é composto de três tendências. Em um dado instante, três forças atuam no
mercado: Tendência Primária, Tendências Secundárias e Tendências Menores. A
Tendência Primária, que pode ser baixista ou altista, usualmente dura mais de um ano,
mas pode chegar a vários anos. As Tendências Secundárias são correções à Tendência
Primária e podem durar de um a três meses. As Tendências Menores são de curto prazo,
durando de um dia a três semanas, e podem ser desconsideradas.
3. Tendências Primárias tem três fases. A primeira fase, que ocorre na retomada do
crescimento econômico, é caracterizada por compras agressivas por parte de investidores
informados. Na segunda fase, quando os lucros das empresas começam a aumentar,
ocorre a acumulação de ações. Finalmente, na terceira fase o crescimento do mercado é
de conhecimento geral e o público tem a impressão de que as ações nunca mais pararão
de subir. Os investidores que compraram na primeira fase agora realizam os lucros.
4. Os índices médios setoriais devem se confirmar mutuamente. Para que uma tendência
seja confirmada, os índices de todos os setores (industrial, transportes, etc.) devem
apresentar o mesmo movimento.
5. O volume confirma a tendência. Na Teoria de Dow o volume é utilizado de maneira
secundária. O volume se expande na direção da Tendência Primária.
6. Uma tendência permanece até que ocorra um sinal definitivo de reversão. No caso
de um mercado altista, uma reversão pode estar acontecendo quando as baixas começam
a ter amplitudes progressivamente maiores. No caso de um mercado baixista, uma
reversão pode acontecer quando as altas são progressivamente maiores.
Desenvolvida a partir de 1897 por Charles Dow, que criou dois grandes índices para o mercado:
o Industrial Average e o Rail Average. Estes são hoje conhecidos por Dow Jones Industrial Average e
pelo Dow Jones Transportation Average. A Teoria foi exposta ao longo de uma série de artigos
publicados no The Wall Street Journal entre 1900 e 1902. A teoria defende que o preço de um título a
cada momento reflete o seu valor real no mercado face aos seus intervenientes, pois tudo se encontra
ligado. Por outro lado, defende a existência de três tendências no mercado: a Primária, a Secundária e a
Menor, sendo o time frame de cada uma delas progressivamente menor. Cada uma delas deverá ser lida
individualmente e o resultado será sempre que estará em tendência de alta, ou de baixa. O que define a
tendência de alta será o fato de cada novo máxima ser superior ao anterior, assim como cada nova
mínima ser superior a anterior. Em caso de tendência de baixa, o raciocínio deverá ser o inverso. Para
confirmar a inversão de uma tendência, será ainda necessário que ambos os índices se confirmem
mutuamente.
devemos saber...
1- O Mercado se movimenta em ondas de expansão e retração (Ondas de Elliot).
Topo
Fundo
obs: um topo ou um fundo, geralmente significa o final de uma tendência(de alta ou de baixa) e o início
de outra
TOPO
Candle de
swing
referencia
RALLY
Fundo classico
2- O Princípio da Confirmação – O candle de referência só é analisado quando há um
swing e/ou um rally.
O princípio da confirmação afirma que para uma reversão de tendência ou rompimento de nível
de suporte/resistência (suportes e resistências serão mais bem explicados pouco mais a frente) ser válido,
o fato deve ocorrer em dois índices de composições distintas. Assim, um índice confirma o outro,
demonstrando que não se trata de uma oscilação temporária do movimento.
Para ilustrar o princípio da confirmação suponha dois índices (A e B) de composições diferentes,
mas que se comportam de maneira semelhante. O índice A, durante uma alta, vence a linha de
resistência e parece seguir com força em sua tendência. O índice B, entretanto, ao chegar pela primeira
vez na linha de resistência não consegue o rompimento da mesma forma que A. Um investidor que
analisa o mercado apenas a partir do ponto de vista do índice A pode concluir que existe boas
oportunidade de compra logo após o rompimento. Contudo, o que acontece é uma retração, pois o
mercado não estava tão forte como demonstrou a falha de rompimento por parte de B.
Essa é a essência do princípio da confirmação. Dois índices são usados para que um pronuncie
uma "segunda opinião" sobre o outro, de modo a validar o que está acontecendo ou indicar uma
armadilha. No caso brasileiro, esses dois índices poderiam ser, por exemplo, o índice Bovespa e o
IBRX.
3- Volume – Acompanha e confirma uma tendência.
Os preços sobem e o volume (dinheiro) cai; é um sinal de que o Mercado vai cair. Quando os
preços estiverem lá em cima (Smart Money).
“Jamais entre num negócio onde não haja muito dinheiro (volume)”.
O senso comum, geralmente tem uma perda de 90% na Bolsa de Valores.
Este princípio é bastante simples, na teoria de Dow o volume está relacionado com as tendências
da seguinte maneira:
Tendência de Alta: Em uma tendência principal de alta é esperado que o volume aumente com a
valorização dos ativos e diminua nas reações de desvalorização.
Tendência de Baixa: Em uma tendência principal de baixa é esperado que o volume aumente
com a desvalorização dos ativos e diminua nas reações de valorização.
Pode-se confirmar a tendência de várias maneiras:
- Checando uma periodicidade maior.
Ex: operando no Mercado a Vista no gráfico diário, procura-se a confirmação no gráfico
semanal.
- Analisando não somente a ação, mas também o índice BOVESPA e BM&F para confirmar a
tendência.
GAP
Um GAP ("diferença" ou "intervalo") aparece quando o mercado de um título, sofrendo uma
interrupção em sua negociação, provoca uma diferença entre o preço de fechamento e o preço de
abertura do título. Um fato novo pode ter ocorrido neste intervalo, provocando uma reavaliação por
parte dos investidores acerca do valor do título. Todo GAP é necessariamente um período em que
nenhum negócio foi feito, ou seja, o preço saltou do fechamento para a abertura, deixando um “buraco”.
O GAP é esse buraco no gráfico. “Os GAP estão relacionados a preços e não a tempo”.
“Os GAP são contados para a formação de Rallys e não de Swings”.
Todos os GAP serão “fechados”, o que significa que em algum momento o Mercado irá negociar
contratos no valor daquele intervalo criado pelo GAP.
O suporte do GAP de fuga será sempre a máxima verificada no candle que o antecede, e este
suporte é muito significativo quando da analise em qualquer tempo gráfico.
Quando após um GAP, se verificar que o corpo ou parte do corpo de qualquer candle, rompe essa linha
do suporte, deve-se atentar para uma provável queda no Mercado se o rally for de alta e vice versa se for
um rally de baixa.
TIPOS DE GAP
1- GAP DE FUGA – Imagine o Mercado congestionado por certo tempo, e de repente os
preços saltam para cima ou para baixo de forma abrupta, isso é um GAP DE FUGA.
2- GAP DE EXAUSTÃO – GAP que ocorre, geralmente no final de um movimento (Rally
ou Swing) de alta ou de baixa.
3- GAP DE ÁREA – É o GAP que acontece dentro de um congestionamento de candles,
dentro dos limites desse congestionamento.
4- GAP DE MEDIDA – GAP que ocorre no meio dos grandes rallys(alta ou baixa), e indica
a metade de todo o movimento, quer seja de alta ou de baixa. Ele é considerado como de
medida quando não há por parte dos candles sinal para sair nos momentos subseqüentes a
ocorrência de um GAP.
Em uma tendência de alta ou de baixa teremos no máximo três GAP para cima ou para baixo. Se
isso é observado numa tendência, em qualquer mercado e em qualquer tempo gráfico, deve estar
acabando essa tendência (preste atenção).
Uma forma de se antecipar ao início de uma provável nova tendência, pode-se passar uma reta na
máxima do candle que antecede um GAP (Suporte) e aguardar que ele tenha essa linha rompida por um
corpo de um candle qualquer, se isso acontecer, vai-se para o gráfico de 5’e confirma essa tendência,
através de um topo ou de um fundo, e dependendo do que irá fazer, compre ou venda.
Tentem marcar num calendário anual, todas às quartas-feiras mais próximas do dia 15 de cada
mês, atentando para o que poderá estar acontecendo no Mercado.
SUPORTES E RESISTÊNCIAS
Suportes e resistências, de maneira simples, são zonas de preços na qual o movimento atual do
mercado tem grandes chances de parar e reverter. Definições:
Suporte: Região na qual o interesse de comprar é grande, superando a pressão vendedora, o
movimento de queda tende a parar.
•
•
Resistência:
Região na qual o interesse de vender é grande, superando a pressão compradora, o movimento
altista tende a parar.
Nível de preços de um título onde os compradores (baixistas) tomam o controle, evitando que os
preços subam ainda mais. Dado que as expectativas dos investidores mudam com o tempo, uma
resistência pode ser rompida, estabelecendo-se, eventualmente, uma resistência mais acima.
Faixa de preços que o Mercado não consegue ultrapassar em determinado momento; Também
pode ser chamada de pico ou topo.
resistência
Suporte
“Nós compramos Fundos e vendemos Topos”
Negociando com a Ajuda de Suporte e Resistência
A regra para negociar usando suportes e resistências parecem simples: comprar no suporte e
vender na resistência. Essa regra sem sofisticação, mas objetiva pode tornar um investidor extremamente
bem sucedido se ele conhecer o mercado e tiver uma boa metodologia de operação. Para isso o
investidor deve saber que, muitas vezes ocorre o rompimento dos níveis de suporte e resistência, sendo
importante contar com estratégias para proteção do capital e também para aproveitar esses
acontecimentos. Nesse contexto um ponto relevante é a força do suporte e resistência. Quanto mais
vezes o mercado "bater e voltar" na linha, mais forte é a confiabilidade da barreira de preços.
LINHAS DE TENDÊNCIA
Conforme mostrado anteriormente, o mercado não se movimenta em linha reta, mas com
impulsos e correções com a aparência de um ziguezague. As tendências sejam elas de alta ou de baixa
desenvolvem-se de acordo com esses formatos.
O interessante sobre tendências (mesmo as de curta duração) é que a análise técnica fornece
ferramentas para identificação de pontos de compra e venda. Para isso traçamos as linhas de tendência.
• Tendência de Alta: Caracteriza-se por topos e fundos ascendentes.
Para traçar uma linha de tendência de alta ligamos os pontos inferiores da série de
preços em elevação. A linha formada pela união desses fundos tende a ser uma linha de
suporte
•
Tendência de Baixa: Caracteriza-se por fundos e topos descendentes. Charles” Elliot.
Para traçar a linha de tendência de baixa ligamos os pontos superiores do movimento de preços
em queda. A linha formada pela união desses topos tende a ser uma linha de resistência.
Exemplos:
Linha de Tendência de Alta
Linha de tendência de Baixa
O Mercado possui três ondas de alta e cinco ondas de baixa, assim definidas.
5
3
2
1
4
A
B
C
Na expansão
A onda 1 é formada por 5 ondas;
A onda 2 é formada por 3 ondas;
A onda 3 é formada por 5 ondas;
A onda 4 é formada por 3 ondas;
A onda 5 é formada por 5 ondas;
Na retração
A onda A é formada por 5 ondas;
A onda B é formada por 3 ondas;
A onda C é formada por 5 ondas.
Até num total de 144, que é a seqüência de Fibonacci.
OS NÚMEROS DE FIBONACCI
Leonardo de Pisa (Fibonacci filius Bonacci) matemático e comerciante da idade média escreveu
em 1202 um livro denominado Liber Abacci, que chegou a nós, graças à sua segunda edição de 1228.
Este livro contém uma grande quantidade de assuntos relacionados com a Aritmética e Álgebra da época
e realizou um papel importante no desenvolvimento matemático na Europa nos séculos seguintes, pois
por este livro que os europeus vieram a conhecer os algarismos hindus, também denominados arábicos.
A teoria contida no livro Liber Abacci é ilustrada com muitos problemas que representam uma grande
parte do livro.
Na realidade, é surpreendente a maneira como esses números aparecem na natureza. As relações
de Fibonacci manifestam-se em inúmeros fenômenos como na geometria de conchas, forma geral de
furacões e galáxias, etc. O mercado financeiro é decorrência do comportamento humano e, portanto, tais
forças matemáticas possuem uma grande influência. Vamos ver agora um dos usos mais interessantes do
poder desses números: Os Números de Fibonacci.
Os números de Fibonacci são uma seqüência de números, onde cada elemento futuro, é a soma
dos dois anteriores:
Assim tem-se que:
0 + 1 = 1 >>> 1 + 1 = 2 >>> 1 + 2 = 3 >>>2 + 3 = 5 >>> 3 + 5 = 8>>> 5 + 8 = 13 e assim por diante
A série é:
1; 1; 2; 3; 5; 8; 13; 21; 34; 55; 89; 144; etc.
Esta seqüência de números tem uma característica especial denominada recursividade:
Aplicações das Seqüências de Fibonacci
Pergunta: Será que esta seqüência numérica aparece em outras situações da vida? A resposta é positiva
e é espantosa pela grande quantidade de situações onde ela ocorre. Apresentamos uma lista modesta e
que poderá ser ampliada facilmente se o visitante procurar mais na literatura.
1. Estudo genealógico de coelhos
2. Estudo genealógico de abelhas
3. Comportamento da luz
4. Comportamento de átomos
5. Crescimento de plantas
6. Ascensão e queda em bolsas de valores
7. Probabilidade e Estatística
8. Curvas com a forma espiralada como: Nautilus (marinho), galáxias, chifres de cabras da
montanha, marfins de elefantes, filotaxia, rabo do cavalo marinho, onda no oceano, furacão.
Estima-se que, à medida que os preços das ações evoluem, os suportes e resistências se
comportam de maneira aproximada aos números de Fibonacci. É uma teoria fenomenológica, é claro,
mas que guarda certa relação com as ondas de Elliott. Contudo, um fato que impressiona muita gente é
que estes números aparecem em várias situações na natureza, desde a forma de certas conchas de
moluscos até como foi visto nesta apostila, na evolução da população de coelhos, reproduzindo-se
livremente.
Traçando o Fibonacci
A receita para desenhar o Fibonacci começa com a escolha de dois pontos significativos. Um
fundo (ponto 1) e o próximo topo (ponto 2) é um bom exemplo. O passo seguinte é calcular a diferença
de "altura" entre os pontos 1 e 2. Na figura abaixo, a altura aparece ilustrada por uma linha vertical
vermelha. Essa linha, na verdade, não faz parte da técnica, ela está no desenho apenas para mostrar
como acontece a "mágica". O passo final para a criação do Fibonacci é traçar a partir da origem (ponto
1), linhas que cruzam a linha da altura nos pontos de 38%, 50% e 62%.
O Fibonacci é uma ferramenta que une preço e tempo, pode ser um ótimo conselheiro, mostrando
onde se escondem possíveis suportes e resistências.
Resistência
68%
38%
68%
38%
68%
Suporte
obs: o home-broker possui as ferramentas especializadas para fornecer as linhas já calculadas.
QUESTÕES INTRODUTÓRIAS SOBRE ELLIOTT
A Teoria das Ondas de Elliott foi criada por Ralph Nelson Elliot (1871- 1948), a partir da Teoria de
Dow e de outras observações e consiste basicamente em verificar que o comportamento cíclico do
mercado financeiro é praticamente um fato indiscutível entre as várias e diferentes correntes de análise
do mercado. Considerando os padrões do comportamento humano e o equilíbrio de forças nos
movimentos de altas e baixas foi proposto por Ralph Nelson Elliott entre as décadas de 1930 e 1940, os
conhecidos Elliott Wave Principle ou Principio das Ondas de Elliot. O padrão básico que Elliott
descreveu consiste em ondas impulsivas (denotadas através de números) e ondas corretivas (denotadas
através de letras). Uma onda impulsiva é composta de cinco sub-ondas de movimentos na mesma
direção, com a mesma tendência do último movimento. Uma onda corretiva é composta de três subondas e com movimentos contra a tendência do movimento principal.
Seus princípios são:
1. Ação é seguida de reação;
2. Existem cinco ondas na direção de uma tendência principal, seguidas de três ondas
corretoras “5-3";
3. Um movimento "5-3" completa um ciclo, que se abre em duas subdivisões da próxima
onda de alta;
4. O padrão de movimentos "5-3" permanece constante, mas a duração de cada um deles
pode variar.
A precisão da teoria de Eliot depende da contagem das ondas, tarefa que pode ser muito
subjetiva. e a teoria tem sofrido revisões de modo a explicar as disparidades observadas após 1982, data
em que alguns acreditam ter começado a última onda do mega-ciclo iniciado em 1932.
62%.
A onda 1 é a onda de expansão;
A onda 2 é a onda de retração e deve coincidir com os números de Fibonacci, em 38%, 50% e
Quando a onda 2 é complexa, a onda 4 é simples, e vice versa.
Exemplo. Os melhores pivôs são os que antecedem em 50% ou 62%.
O topo da onda 1 é também chamado de Cabeça do Pivô de Alta ou de Baixa.
O final da onda 2 jamais pode ser menor(perfurar) que o início da onda 1 no Mercado de Alta e
contrário no Mercado de Baixa.
Exemplo: A onda 3 é a maior de todas; e é a melhor onda para “surf ar”.
O final da onda 4 jamais pode perfurar o topo da onda 1.
Exemplo:
“A onda 5 é a menos confiável”.
A onda 5 pode ser:
1 – Expandida: pode ser maior que a onda 3
Exemplo. 2 – Truncada: movimenta-se lateralmente
Exemplo. 3 – Irregular: Tem sua máxima menor que o topo da onda 3.
MÉDIAS MÓVEIS
Existem diversos tipos de médias como aritmética (ou simples), exponencial, ponderada, etc.
Nosso foco neste treinamento estará na Média Móvel Simples, visto que é a que dentro da nossa técnica
produz ótimos resultados.
Uma média, como o nome diz, mostra o valor médio de uma amostra de determinado dado. Mas,
por que média móvel? A palavra móvel está presente pelo fato de que quando uma cotação entra no
cálculo outra cotação sai. Por exemplo, se estamos usando uma média de 20 barras e surge uma nova
cotação a última dessas 20 cotações é excluída do cálculo, enquanto que a mais recente entra. Assim, a
média "movimenta-se" através do gráfico. Abaixo temos com exemplo a fórmula da média móvel
exponencial (MME). Preço representa o fechamento do dia de hoje e MME ontem é o valor anterior da
média móvel exponencial e K é uma variável dependente do período N como pode ser visto.
Ao contrário da média simples, na exponencial os dados mais novos possuem uma importância
superior. Além disso, os valores mais antigos não são diretamente descartados quando passam a constar
fora da janela de cálculo. Eles mantêm uma participação no valor da média exponencial que vai ficando
cada vez menor com o tempo.
Porém, dentro das técnicas ensinadas neste treinamento, utilizaremos sempre a Média Móvel
Simples no valor de 89 ciclos.
Usando Médias Móveis
Existem indicadores chamados seguidores de tendências e as médias móveis pertencem a esta
classe. Esses indicadores possuem uma inércia natural, ou seja, não foram projetados para apontar
reversões rapidamente.
A primeira informação importante fornecida por uma média móvel é sua inclinação. Uma média
móvel ascendente mostra um mercado comprador, enquanto que uma média descendente indica um
mercado vendedor. Posicione-se de acordo com o que a média indica, pois ela tende a refletir de maneira
adequada o comportamento dos investidores.
Por ser um indicador seguidor de tendência existe um momento no qual não devemos usar as
médias móveis. Que momento é esse? O mercado seguidamente se coloca em acumulação, movendo-se
lateralmente entre limites de preço. Nesses movimentos, a aplicação das médias só é possível em
períodos muito curtos e mesmo assim existe uma chance considerável de obtenção de sinais errados,
pois não há uma tendência definida a ser seguida.
Médias Móveis Como Suporte e Resistência
A média móvel é uma representação suave da tendência, uma vez que ela filtra oscilações
menores. A média é uma região de suporte/resistência natural e uma de suas principais técnicas de
utilização é formação de posição nas proximidades da média em uma tendência de alta.
Observe o gráfico da Telemar (TNLP4)
Cruzamentos
Uma outra classe de métodos de utilização das médias móveis é através de cruzamentos. Quando os
preços cruzam a média móvel de baixo para cima é dado um sinal de compra e quando cruzam de cima
para baixo uma venda é sinalizada. Veja o gráfico abaixo da Gerdau (GGBR4). Os preços partem para a
parte superior da média em uma nova tendência de alta.
Uma importante questão é saber quando o cruzamento é verdadeiro. Algumas vezes, os preços rompem
a média e em seguida retornam de volta ao lado original, gerando um sinal falso. Novamente, não existe
regra fixa para identificar a validade dos cruzamentos.
Média Móvel Simples
Sendo P(d) o preço de fechamento no dia d, a média móvel simples para, por exemplo, 5 dias,
será: MS = [P(d) + P(d-1) + P(d-2) + P(d-3) + P(d-4)]/5. Os seguintes prazos podem ser levados em
consideração na construção de médias móveis, tanto simples quanto exponenciais:
Curtíssimo prazo:
Curto prazo:
Médio prazo:
Longo prazo:
5 a 13 dias
14 a 25 dias
26 a 74 dias
75 a 200 dias
Os investidores tipicamente compram um ativo quando o preço deste sobe acima de sua média
móvel, e vendem-no quando o preço cai abaixo desta mesma média.
Índice de Força Relativa – IFR
O índice de força relativa foi desenvolvido por Welles Wilder que através deste estudo visava eliminar
duas distorções existentes ao serem elaborados a maioria dos indicadores.
Conforme exposto por Wilder em seu livro de 1978, “new Concepts in Technical Trading System” , a
primeira destas distorções consiste no movimento errático que ocorre freqüentemente na linha do
momento (quando usada a diferença entre dois preços), causado por mudanças acentuadas nos valores a
serem dispensados.
Um forte avanço ou declínio há dez dias (no caso do momento de 10 dias) pode causar um movimento
brusco na linha do memento, mesmo que os preços recentes mostrem uma oscilação pequena ou
permaneçam estáveis. Um amortecimento seria então necessário para eliminar tais distorções. O
segundo problema era a necessidade de uma faixa de oscilação padronizada para que se pudesse
determinar quão alto um índice deveria ser considerado alto, e quão baixo este deveria ser considerado
baixo. A fórmula de índice de força relativa além de oferecer a suavização necessária, soluciona o
segundo problema com a criação de uma escala padronizada de oscilação que vai de 0 a 100.
No caso de um período de 14 dias ser escolhido, calcula-se o valor da média de alta somando-se as
variações de alta nestes dias e dividindo-se este total por 14. Faz-se o mesmo com os dias de baixa. Os
períodos mais utilizados são os de 14 dias e o de 9 dias, sendo que quanto menor o período adotado,
mais sensível o indicador se torna e maior é a sua amplitude.
INTERPRETAÇÃO
O índice de força relativa é plotado em uma escala de 0 a 100. Movimentos acima de 70 são
considerados “overbought” (excessivamente comprado), sendo o mercado considerado “oversold”
(excessivamente vendido) quando o índice penetra aos 30. Devido às maiores oscilações causadas pelo
uso de um período menor no calculo das médias, são freqüentemente utilizados os valores de 80 e 20 em
vez de 70 e 30. Os níveis 80 e 20 são também respectivamente utilizados em mercados com tendência de
alta ou baixa bem definida.
O índice de força relativa é utilizado para assinalar, quando analisado de forma complementar ao gráfico
de barras, formações gráficas, níveis e linhas de suporte e resistência, assim como linhas de tendência.
Os níveis de suporte e de resistência próximos aos limites ou no interior das faixas oversold e
overbought, são de especial importância pois em sendo alcançados, uma correção técnica nos preços
deve ser esperada. Entre as informações gráficas de maior relevância estão os topos e fundos duplos,
principalmente quando ocorrem dentro dos campos “overbought” (em forma de M) e “oversold” (em
forma de W), indicando que o mercado não teve força suficiente para atingir novas altas (M) ou baixas
(W). Estas formações são ainda mais significativas quando são constatadas divergências entre as figuras
encontradas no indicador e as do gráfico de barras.
Estocástico
O estocástico é baseado na observação de que num processo de alta (baixa) os fechamentos tendem a
aproximar-se dos níveis máximos (mínimos) do período.
O indicador possui uma escala de 0 a 100% e é composto por duas linhas: K e %D. O indicador possuir
duas linhas de referência: em 20% e 80%, que convenientemente delimitam a faixa “overbought” (80% 100%) e a faixa “oversold” (20% -0%). Os valores das linhas podem ser obtidos a partir das seguintes
fórmulas:
K = 100 (H3 / L3), onde
H3=(C–Ln)d1 +(C-Ln)d2+(C–Ln)d3
L3 = (Hn – Ln) d1+ (Hn – Ln) d2 + (Hn – Ln) d3
d1, d2, d3 – hoje, ontem e anteontem para d-C = fechamento
Ln = mínimo dos últimos n dias
Hn = máximos dos últimos n dias
n = número de dias escolhidos para o estudo (normalmente 9 dias).
%D = média dos últimos 3 valores de K.
INTERPRETAÇÃO
Um sinal de venda é apontado quando, após ser constatada uma divergência baixista dentro da faixa
“overbought”, a linha %D é cruzada de cima para baixo pela linha K. Um cruzamento pelo lado direito
da linha %D (quando esta já infletiu) seria o mais desejável. O inverso é válido para os sinais de compra.
O fato da linha K atingir o valor 100% ou 0%, não significa que a comodity atingiu o seu máximo ou
mínimo possível, mas sim a pronunciada força do movimento, que poderá continuar.
O ombro-cabeça-ombro
O ombro-cabeça-ombro é um dos mais importantes padrões de reversão de tendência. Vamos utilizar a
figura abaixo para analisar sua formação e seus componentes.
também existem OCOs de alta como na figura abaixo
Uma das características mais interessantes do padrão cabeça e ombros é o alvo de preços que a
formação sugere. Mede-se a altura da cabeça até a linha de pescoço e projeta-se essa mesma altura a
partir da linha de pescoço na direção de rompimento. A linha vermelha na figura acima, mostra até onde
o OCO sugere que os preços subam.
Triângulos são classificados como padrões de continuação de tendência, eles se formam quando a
flutuação dos preços começa a atingir amplitudes cada vez menores conforme o tempo passa. Existem
três tipos básicos de triângulos: ascendentes, descendentes e simétricos.
exemplo de triangulo ascendente
No começo de sua formação o triângulo está em seu ponto mais largo, á medida que o tempo passa os
preços passam a oscilar entre duas linhas: a inferior de suporte e a superior de resistência. Não existe
verdade absoluta, mas a tendência é a continuação do movimento atual após o rompimento, em especial
no que se refere a triângulos ascendentes e descendentes.
Bandeiras e flâmulas são padrões muito úteis de continuação de tendência. Elas possuem
características semelhantes:
•
•
•
Um movimento mais forte e objetivo inicial .
A correção do movimento.
Uma retomada do movimento na direção original.
São formações, em geral, de curta duração (1 a 3 semanas) que surgem com mais frequência em fases de
subidas ou de quedas mais bruscas. O volume durante a formação tende a se reduzir, aumentando
novamente no ponto de corte.
exemplo de bandeira
As ordens stops
1 - Ordem do tipo start
É uma ordem de compra de ações e opções enviada à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo),
vinculada a um preço máximo. Quando a ordem start é solicitada, o papel em questão é comprado
quando o preço no mercado atingir ou ultrapassar o preço pré-determinado pelo cliente (preço start). A
ordem start tem prazo de validade de 30 dias e, após este período, o investidor deve voltar a registrá-la
caso ela não tenha sido executada.
Exemplo: Se um investidor deseja comprar uma ação apenas após a confirmação do rompimento de uma
resistência, ele poderá determinar o valor de disparo da ordem e o preço limite a ser pago pela ação.
Suponha que uma ação esteja sendo negociada a R$ 20,00, sua resistência é R$ 21,50 e o investidor
queira comprar a ação apenas se conseguir o negócio acima dessa resistência. Neste caso, poderá ser
colocada uma ordem com o preço de start a R$ 21,51 e o preço limite a R$ 21,60.
2 - Ordem do tipo Stop
É uma ordem de venda de ações ou opções enviada à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) cujos
critérios de validação são previamente estabelecidos pelo cliente. A ordem stop tem prazo de validade de
30 dias e, após este período, o investidor deve voltar a registrá-la caso ela não tenha sido executada.
A ordem do tipo stop pode ser usada como proteção para o investidor, já que a ordem de venda é
enviada à Bovespa quando o preço da ação ficar abaixo do limite determinado pelo investidor.
Exemplo: Se um investidor comprar uma ação a R$ 2,00 e quiser limitar sua perda a 10%, ele pode
determinar uma ordem stop limitada a R$ 1,80. Quando o preço do último negócio for igual ou menor a
R$ 1,81 (preço stop), será disparada uma ordem de venda limitada a R$ 1,80 (preço limite).
Este mecanismo permite ainda que o preço de disparo seja diferente do preço limite de execução. O
investidor pode estabelecer o preço de disparo da ordem em R$ 1,80 (preço stop), mas com execução
limitada a R$ 1,70 (preço limite). Vale lembrar que mesmo que a ordem esteja limitada a uma venda de
até R$ 1,70 o preço de execução poderá ser superior caso haja um comprador a preço melhor no
momento da execução.
3 - Ordem Stop Simultâneo
É uma ordem de venda enviada à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) cujo disparo é definido por
dois parâmetros diferentes. Neste caso, a ordem pode "stopar" um prejuízo ou "stopar" um lucro, válida
por 30 dias.
Exemplo: Um investidor que tenha comprado uma ação a R$ 20,00 pode limitar seu prejuízo a R$ 19,00
por ativo e seu lucro a R$ 22,00 por papel. Neste caso, ele colocará a ordem de stop simultâneo com
estes dois preços limites para disparo da ordem. Ao ser atingido um dos dois parâmetros, a ordem segue
apenas uma vez para a Bovespa. Ou seja, mesmo que o segundo parâmetro venha a ser atingido
futuramente, este não será realizado, visto que a ordem já terá sido executada de acordo com o primeiro
parâmetro.
4 - Ordem do tipo Stop Móvel
É uma ordem que acompanha uma possível alta do mercado ajustando o preço limite para cima e o preço
stop conforme determinação do cliente. Esta ordem, muito utilizada em mercados mais desenvolvidos,
também é chamada de Trailling Stop (stop de pico).
Ao enviar a ordem stop móvel, o cliente deve preencher quatro campos de preço: stop, limite, início
móvel (preço "gatilho”, sempre acima do mercado, que iniciará o processo de mobilidade dos preços
stop e limite) e ajuste inicial (acréscimo sobre o valor dos preços limite e stop quando o início móvel for
atingido)
No envio da ordem pelo Home Broker, os valores stop e limite serão corrigidos pelo valor financeiro, e
não por percentual (usados em outros mercado).
Exemplo: Um investidor envia uma ordem stop móvel para o papel PETR4, cuja cotação hipotética está
em R$ 100,00. O preço stop será registrado em R$ 95,00 e o limite, em R$ 94,00. Caso o preço caia para
R$ 95,00, o sistema enviará ordem a 94,00.
Caso o cliente deseja que o preço stop suba caso PETR4 tenha alta, por exemplo, atinja o valor de R$
105,00, ele precisa definir que stop seja ajustado para R$ 98,00 (acréscimo de R$ 3,00). Neste caso o
início móvel passará a ser R$ 105,00. O limite após ajuste também será acrescido de R$ 3,00, passando
para R$ 97,00.
Vale ressaltar que, assim que o início do móvel for atingido, os valores stop e limite se ajustarão a cada
variação (centavos) caso a alta da PETR4 persista. Ou seja, se após o início do móvel a PETR4 suba
mais e atinja a cotação de R$ 107,53, o preço stop subirá na mesma proporção, indo para R$ 100,53 (R$
98,00 + R$ 2,53). Neste caso, o o preço limite vai pra R$ 99,53 (R$ 97,00 + R$ 2,53). É importante
lembrar que o preço stop nunca se move para baixo, ou seja, se PETR4 voltar a cair a ordem será
enviada a R$ 99,53, assim que o preço atingir R$ 100,53.
5 - Ordem limitada
É um tipo de ordem que, obrigatoriamente, terá um preço máximo de compra e um preço mínimo de
venda. As ordens inseridas pelo Home Broker são sempre do tipo limitada, por exigência da Bovespa
(Bolsa de Valores de São Paulo).
Lembramos que uma operação pode ser executada a um preço mais favorável, caso a contraparte tenha
inserido uma ordem a um preço superior ao determinado como limite para a venda, ou a um preço
inferior no caso da compra.
Como proteger seu capital: Todo investidor sabe que, eventualmente, terá prejuízo com um trade.
Perder dinheiro é sempre desagradável, entretanto o trader disciplinado sabe que é uma ótima
oportunidade para aprender. Algumas perguntas que devem ser feitas nesse momento são:
•
•
•
Será que fui levado pela emoção?
Fui influenciado por opiniões de outras pessoas (e com as quais eu não concordava)?
A técnica de investimento utilizada foi mal aplicada?
O importante é melhorar sempre detectando os pontos falhos. Mas, para continuar investindo é preciso
tomar cuidado para não comprometer todo ou a maior parte do capital em um trade perdedor. Para isso,
existem algumas técnicas de limitação de perdas que podem ser utilizadas.
Sistema de Proteção
Um sistema de proteção simples, mas funcional é definir, antes da realização dos trades, um máximo
valor de perda aceitável em determinado período de tempo. Assim, ao atingir esse valor a pessoa deve
de maneira mecânica, sem hesitações, encerrar suas posições perdedoras. Os usuários de ordens Stop,
normalmente, têm mais facilidade em aplicar esse tipo de estratégia do que os investidores que utilizam
apenas ordens de mercado.
A regra de 2%
Muitos livros e artigos referem-se à regra de 2%. Essa regra diz que 2% da sua conta de investimentos
em renda variável é o máximo que deve ser arriscado em cada trade individual. Seguindo essa estratégia,
quando a diferença entre os valores de compra e venda no trade perdedor atingirem 2% do montante da
carteira o melhor a fazer é zerar a posição. Dependendo do perfil, alguns investidores podem achar esse
valor pequeno, uma vez que excluiria oportunidades de trades com uma recompensa potencial alta e
consequentemente com um risco maior. Cada investidor deve analisar sua situação, de seu mercado e
taxas de corretagem antes de determinar um número com o qual se sinta confortável. Os defensores da
regra de 2%, no entanto, lembram que muitos profissionais acham 2% um valor muito elevado e
utilizam percentuais bastante inferiores como 0,5%.
A regra de 6%
Uma vez tendo determinado o percentual máximo de prejuízo por trade, é necessário identificar o total
de perdas admitido dentro de um período de tempo. O intervalo normalmente utilizado é de um mês.
Isso é necessário, pois mesmo sabendo qual o limite de perdas aceitável por investimento, é preciso
considerar que as perdas podem ocorrer em seqüência e ter uma ação devastadora no capital de
investimentos. Dessa maneira, uma regra utilizada é a regra de 6%. Se as perdas de um mês atingirem
6% da carteira de investimentos as posições devem ser zeradas e novos trades não devem ser realizados
(no mês inteiro). Não importa se estamos na primeira ou última semana.
Regras de limitação de perdas são muito importantes. Os traders que possuem um alto envolvimento
emocional com suas carteiras devem, especialmente, determinar claramente quais são os valores
aceitáveis. É também importante que uma vez criada a política de proteção ela seja, efetivamente,
cumprida. Deve-se evitar pensamentos e atitudes do tipo: "Tudo bem, aceito uma perda de 15%, mas só
este mês".
BIBLIOGRAFIA
Agora corretora. Ferramentas para investir. Disponível em
https://www.agorainvest.com.br/learning/interna_02.asp?sid=3&infoid=54 . Acesso em 16/04/2008.
Nelogica. Introdução à análise técnica. Disponível em
http://www.nelogica.com.br/tutoriais/introtec/index.php . Acesso em 16/04/2008

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