transposição da veia cefálica nas obstruções do arco cefálico, uma

Transcrição

transposição da veia cefálica nas obstruções do arco cefálico, uma
Abstract Nº PO-QU013
TR ANSPOSIÇÃO DA VEIA CEFÁLICA NAS OBSTR UÇÕES DO AR CO CEFÁLICO, UMA OPÇÃO?
Cristina Candido ( 1 ); Márcio Viegas ( 1 ); Joana Felgueiras ( 1 ); Ana Natário ( 1 ); Gonçalo Sobrinho ( 1 ); José Vinhas ( 1 );
( 1 ) - Centro Hospitalar de Setúbal, Hospital São Bernardo, Serviço de Nefrologia, Setúbal, Portugal;
A fístula arteriovenosa braquiocefálica é o acesso de hemodiálise mais frequentemente usado. Muitas vezes, essas
fístulas complicam-se com perturbações do fluxo vascular ao nível do arco cefálico, porção terminal da veia cefálica
particularmente vulnerável à ocorrência de estenoses. Embora a angioplastia percutânea seja usada no tratamento
destas lesões, os resultados desta abordagem são muitas vezes insuficientes devido à natureza resistente da
estenose, ao desenvolvimento de reestenose precoce e ao risco de rotura da veia durante o procedimento
endovascular. Noutros casos as lesões não são passíveis de intervenções endovasculares por ocorrência de oclusão
total do arco cefálico, optando-se pela construção de um novo acesso. A transposição da veia cefálica (TVC) para a
veia basílica é uma abordagem cirúrgica alternativa no tratamento de estenose do arco cefálico raramente descrita na
literatura. Os autores apresentam dois pacientes em programa de hemodiálise, uma mulher de 41 anos e um homem
de 91 anos de idade, com fístula braquiocefálica criada há 18 e 36 meses respectivamente. Em ambos os casos
diagnosticou-se oclusão total do arco cefálico e foi excluída a possibilidade de tratamento endovascular, tendo-se
optado pelo tratamento cirúrgico através da TVC para a veia basílica. No primeiro caso, o acesso permanece patente
até ao momento (6 meses após TVC), sem necessidade de reintervenção. No segundo caso, 9 meses após a revisão
cirúrgica, ocorreu uma estenose perto da reanastomose que foi tratada por angioplastia percutânea com balão ,
mantendo-se patente também até ao momento (12 meses após TVC ) . Estes dados sugerem a possibilidade de uma
abordagem alternativa para a preservação da fístula braquiocefálica com lesão oclusiva do arco cefálico. Estes
resultados poderão encorajar cirurgiões e nefrologistas em Portugal a considerar esta estratégia como uma opção
viável.

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