três novos autocarros
Transcrição
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Em Vila Nova de Famalicão Densitometria Óssea Para convívios perfeitos POLVO PAULO >>> P.| 21 Chega ao SEA LIFE Porto Grupo Folclórico de S. Tiago da Cruz >>> P.| 14-15 VILA NOVA DE FAMALICÃO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ PUB Na literatura e na vida com Amor ○ ○ MÉCIA E JORGE SENA ○ >>> P.| 12 ○ ESPUMANTES BRANCOS LOW COST O inventor do calendário contemporâneo ○ PAPA GREGÓRIO XIII ○ >>> P.| 20 ○ >>> P.| 10-11 ○ ○ TITANIC ○ OSTEOPOROSE ○ >>> P.| 19 100 anos ○ >>> P.| 08-09 ○ ○ ○ LA FURA DELS BAUS ○ FESTAS ANTONINAS ○ >>> P.| 18 Capital Europeia da Cultura ○ >>> P.| 07 ○ ○ ○ A ARRIVA conta com mais três novos autocarros, já ao serviço: dois com 35 lugares e um com 55 lugares. Estas viaturas estão equipadas para garantir todo o conforto e segurança. Estes são, aliás, alguns dos pontos prioritários no Grupo ARRIVA – para tal a formação ocupa lugar de destaque e a manutenção dos autocarros é, também, levada ao pormenor, descubra como tudo se processa. >>> P.| 04-06 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ JÁ EM CIRCULAÇÃO ○ ○ TRÊS NOVOS AUTOCARROS ○ ○ ○ Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL >>> DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • DIRECTOR MANUEL SANTA CRUZ DOMINGUES BASTO OLIVEIRA P | 2 <<< notícias >>> ○ ○ Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Nova estrutura de negócios da ARRIVA em Portugal E novos Gerentes das empresas da ARRIVA Portugal Devido ao crescimento em Portugal e em Espanha, a ARRIVA decidiu reestruturar os seus negócios na Península Ibérica e, no contexto dessa reestruturação, foi criada uma direção de negócios para Portugal. A nossa unidade de negócios - que é conhecida como ARRIVA Portugal – deixou assim de estar integrada, como esteve até agora, na direção de negócios espanhola do Grupo. O Dr. António Correa de Sampaio, acumulando com a sua função de Diretor Geral dos TST, foi nomeado Administrador Delegado dos negócios do Grupo Arriva no nosso País. Foi também criada a função de direção financeira para os negócios em Portugal, função essa que foi assumida pela Senhora Dr.ª Rosário Fernandez, que também acumula com o cargo de Diretora Financeira dos TST. Devido a essa separação dos negócios do Norte de Portugal da região de negócios do grupo em Espanha e a sua integração na nova direção de negócios portuguesa, tornou-se necessário que, por um lado, pessoas portuguesas que desenvolviam atividade em Portugal e em Espanha se dedicassem exclusivamente aos negócios naquele País e, por isso, deixassem de ser Gerentes nas empresas do Norte de Portugal, por outro, gerou-se a necessidade de nomear novos Gerentes para as empresas do universo ARRIVA Bruno Lopes e Carlos Costa António Correa de Sampaio e Rosário Fernandez Portugal, completando os respetivos Conselhos ao juntarem-se aos Gerentes Manuel Oliveira e Armindo Salgado, que permaneceram. Desta forma, e dentro do espírito do grupo de dar oportunidade e promover as carreiras profissionais dos seus colaboradores, o Eng. Carlos Costa e o Dr. Bruno Lopes, dois jovens e promissores quadros da empresa, foram convidados e passaram a integrar a Gerência das empresas do universo Arriva Portugal (operações do Norte do País). O Arriva jornal aproveita esta oportunidade para desejar a todos os empossados, tanto a nível nacional como a nível dos negócios locais, os maiores êxitos no desenvolvimento das suas novas e desafiantes tarefas. Visita Há dias, de uma forma que parece simbólica, apareceu nas nossas instalações um colega da TST, o Sr. Serrano, que veio lavar o autocarro e aproveitar para fazer uma pequena reparação. Esta visita permitiu uma imagem rara mas clara da família ARRIVA, em que temos ao mesmo tempo, a lado com o TST, autocarros da ARRIVA, TUG e TUF. Vamos à Praia Estamos na Primavera e por isso, os dias vão ficando maiores e mais quentes o que significa que o VAMOS À PRAIA está a regressar. A partir de 10 de Junho o serviço que nos leva à Póvoa de Varzim aí estará de novo, com os autocarros que lhe garantem o melhor “serviço de substituição” do seu automóvel. Sem portagens, nem engarrafamentos, sem dificuldade para estacionar, nem parques para pagar. >>> P | 3 Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL FICHA TÉCNICA DIRETOR Manuel da Santa Cruz Basto Oliveira Editorial COORDENADOR EDITORIAL Marco António Lindo [email protected] GRAFISMO E PRÉ-IMPRESSÃO Alive Word Comunicação Unip. Lda [email protected] | www.aw-passions.com 220 167 542 | 969 105 600 DESIGN Susana Marvão COLABORAM NESTA EDIÇÃO Alcino Monteiro Fernanda Tavares Mafalda Raínho Manuel Oliveira Manuel Silva Mónica Lindo Marco António Lindo Maria Helena Duarte FOTOGRAFIA Marco António Lindo Jaime Machado Manuel Oliveira Schutterstock / D.R. PUBLICIDADE T. 253 423 515 | 220 167 542 IMPRESSÃO Naveprinter – Indústria Gráfica do Norte, S.A. Inscrito no ICS com o nº 125134 Depósito legal | 264746/07 Tiragem | 10 000 exemplares Periodicidade | Bimestral Publicação Gratuita PROPRIEDADE E EDIÇÃO ARRIVA Portugal – Transportes Lda. Edifício ARRIVA, Rua das Arcas 4810-647 Pinheiro, Guimarães | Portugal Tel. 253 423 500 | Fax. 253 423 519 [email protected] www.arriva.pt INFORMAÇÃO Os textos publicados no ARRIVA Jornal contemplam a utilização do novo acordo ortográfico da língua portuguesa. Caro/a Leitor/a, Cliente e Amigo/a, Esta edição do Arriva jornal é a primeira publicada após a reestruturação de gestão operada pelo grupo. No contexto dessa reestruturação foi criada uma Direção para Portugal, assumindo o meu colega dos TST, Dr. António Correa de Sampaio, a Direcção Geral dos negócios do Grupo ARRIVA no País, e sendo a Direcção Financeira assumida pela Senhora Dr.ª Rosário Fernandez, também dos TST. Não tendo consequências diretas na gestão do dia-a-dia da ARRIVA Portugal e das suas subsidiárias, a referida restruturação tem, no entanto, diversos impactos formais: • A ARRIVA Portugal – esta subsidiária do grupo ARRIVA do Norte de Portugal – deixou de estar integrada na região operacional de Espanha. • Como consequência, enquanto Administrador Delegado no Norte de Portugal, passo a reportar ao Dr. António Correa Sampaio, em vez de ao Eng. Tony Williamson, Diretor Geral da até agora sub-região Espanha e Norte de Portugal. • O Eng. David Brown, que durante anos nos apoiou com resultados brilhantes na restruturação da rede operacional e na formação de jovens quadros da empresa, deixou de ser Gerente. • O Dr. André Guardado, até agora Gerente e Diretor financeiro da ARRIVA Portugal, cargo que acumulava com a Direção Financeira de Espanha, deixou de ser Gerente e de ter qualquer atividade direta na ARRIVA Portugal. • De igual forma o Eng. Alcides Barros, que é Diretor de engenharia em Espanha e era Gerente na ARRIVA Portugal, deixou também de ser Gerente e de ter qualquer atividade direta em Portugal. • Em consequência destas mudanças a Gerência das empresas foi alterada, juntando-se agora a mim e ao Senhor Armindo Salgado, que permanecemos, a Dr.ª Rosário Fernandez, o Eng. Carlos Costa (que acumula com as suas funções de direcção de operações e engenharia) e o Dr. Bruno Lopes, que passa a ser também Director Financeiro desta unidade de negócios. Às pessoas que deixaram de ter atividade na empresa o nosso agradecimento pelo que aqui fizeram e àquelas que agora ingressam nos quadros dirigentes os votos de boas vindas e o desejo do maior sucesso no desenvolvimento das suas actividades. Seguramente que o contributo dos vossos conhecimentos, do vosso trabalho e da vossa dedicação vai permitir que, conjuntamente com os benefícios da nova estrutura da ARRIVA em Portugal, superiormente dirigida pelo Dr. António Correa de Sampaio, a empresa reforce ainda mais o seu caminho de afirmação, consolidação de liderança e melhoria continua, que nos tem permitido poder tranquilamente fazer balanços como o que mais adiante se segue. Há cerca de um ano escrevi no editorial correspondente ao desta edição o seguinte texto: “Os próximos anos vão ser muito duros! O rendimento disponível das pessoas vai baixar devido ao aumento de vários impostos; Inevitavelmente haverá muitas unidades económicas/ empresas que não resistirão e serviços que deixarão de existir, gerando um aumento do número de desempregados e, consequentemente, das dificuldades das famílias”. Gostava de não ter tido razão! Mas o tempo decorreu, está passado cerca de um ano e, como todos hoje sabemos, a realidade veio confirmar o que então se antevia. Com efeito os impostos aumentaram, o rendimento das pessoas e famílias baixou, o investimento público e privado reduziram drasticamente e, como consequência de tudo isso, muitas empresas tiveram que proceder a profundas restruturações e outras não resistiram ao clima de contração económica encerrando atividade, gerando-se dessa forma mais desemprego que atingiu níveis muito elevados. Por outro lado orgulhamo-nos pelo facto de o tempo também ter demonstrado ser verdade o que abaixo transcrevo e que escrevia no mesmo editorial: “A política de responsabilidade social da ARRIVA Portugal, presente nas ações do nosso dia-a-dia, ajudou-nos sempre muito na hora de enfrentar e vencer todas as dificuldades com que ao longo da vida da empresa nos temos deparado e, por isso, estamos seguros que uma vez mais vamos ser capazes de vencer neste contexto muito difícil. A Gestão da ARRIVA Portugal reafirma a determinação e o redobrado esforço no sentido de garantir estabilidade no emprego aos seus colaboradores e a oferta de um cada dia melhor serviço para si; pode assim o/a caro/a Cliente, Leitor/a e Amigo/a contar com o nosso total empenhamento e estar tranquilo/a porque encontrará em nós um parceiro firme e seguro para, através da disponibilização dos nossos serviços de transportes num ambiente de estabilidade empresarial, o ajudar a encontrar alternativas para este difícil período que se avizinha e a encarar o futuro com esperança.” E, tal é verdade em todas as vertentes, vejamos: • Contratamos nos últimos dois meses 26 novos motoristas; • Admitimos dois aprendizes de mecânica - jovens estudantes em estágio profissional curricular; • Demos início a um intensivo projeto de formação profissional, que decorrerá ao longo de todo ano; • Além do investimento a que já nos referimos no último jornal na aquisição este ano de 2012 de doze autocarros novos, sendo dois deles de 35 lugares, fizemos também mais os seguintes investimentos: • Novo reforço da qualidade da frota através da incorporação de mais 9 autocarros transferidos do grupo. Sendo 5 desses autocarros de setenta lugares sentados, com o investimento deste ano conseguimos ter agora um a oferta completa, com uma frota com lotações desde os 16 até aos setenta lugares sentados. • Duas viaturas totalmente equipadas como “oficinas de assistência em estrada”, que nos vão permitir melhorar ainda a já de si excelente qualidade da nossa manutenção de frota. • Estamos a preparar uma oferta especial para o serviço de praia no Verão, que permita às famílias a mais económica forma de fazerem as suas férias de praia. Conseguimos tudo isto, neste clima de depressão porque, como nos comprometemos, não perdemos de vista a necessidade de um controle permanente e cada vez mais apertado da gestão dos custos. Termino repetindo – porque nunca é demais fazê-lo – o desejo de que, chegado ao fim o ano de 2012, possamos dizer que há reais perspetivas de um bem melhor futuro para o País e para as pessoas! E prometendo que, da nossa parte, tudo continuaremos a fazer para, dentro das nossas possibilidades, atuarmos positivamente e darmos o nosso contributo para que o País atinja rapidamente um novo patamar de bem-estar dos seus Cidadãos. Manuel Santa Cruz Oliveira (Presidente da Comissão Executiva da ARRIVA Portugal) P | 4 <<< tema de capa >>> ○ ○ Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ NOVOS AUTOCARROS JÁ AO SERVIÇO Ainda durante o mês de Março entraram ao serviço mais três novos autocarros. Dois deles são de 35 lugares reclináveis, estando ambos equipados com frigorífico. Obviamente todos têm leitores de CD e DVD estando equipados com monitores de alta definição. Os autocarros Midi de 35 lugares são de marca MAN, construídos na fábrica Irmãos Mota. O terceiro destes autocarros é um Caetano CI200, Mercedes Benz de 55 lugares. Em qualquer dos casos a escolha é a mecanicamente melhor para o tipo de serviço a que se destina. Por exemplo, no caso Midi, esta escolha permite que os porões sejam os de maior volume disponível no mercado para este tipo de veículo.• Formação Hoje em dia, manutenção e formação são cada vez mais fundamentais para um melhor desempenho do serviço regular numa empresa de transportes públicos de passageiros. Na ARRIVA estas são duas vertentes levadas muito a sério. A formação tem hoje em dia duas formas. Uma é a interna, em que a formação é ministrada por quadros da empresa e que se destina fundamentalmente a atualização de procedimentos ou introdução aos mesmos. Esta formação interna é, por exemplo, a que se dá a novos motoristas antes destes entrarem ao serviço normal de condução. Matérias como saber trabalhar com modelos específicos de autocarros até procedimentos em caso de sinistro são componentes desta formação. A nível mais restrito há até determinações sobre o que fazer em caso de emergência pública. A este nível estão definidas as ações a tomar nos casos mais diversos. Os atuais regulamentos legais obrigam a determinadas formações. A estas a ARRIVA adiciona outras que nos casos dos condutores permitem a estes prestar um melhor serviço aos clientes, numa forma mais extensa, à própria comunidade. Estas formações são dadas por uma entidade exterior à empresa, a Logistel, que garante uma cuidada qualidade na formação. Esta empresa é duplamente reconhecida, pela ANTROP, a Associação dos Transportadores de Passageiros e pelo IMTT, o Instituto para a Mobilidade e Transportes. A formação é ministrada nas instalações da ARRIVA, em Pinheiro, onde existem salas específicas equipadas com todo o material necessário para as formações. Nem todas as formações são teóricas. Por essa razão várias vezes estes grupos de formandos têm também aulas práticas, quer na oficina quer diretamente em autocarros. As formações destinam-se a todos os funcionários cobrindo todos os sectores de funcionamento. Obviamente não encontrarão um funcionário do escritório na formação sobre manutenção de uma marca de caixas de velocidades, mas encontrarão de todos os sectores a fazer higiene e segurança no trabalho ou primeiros socorros. Muitas das formações que são dadas a motoristas marcam de uma forma muito significativa a qualidade do serviço prestado por estes condutores aos clientes e à comunidade. Entre algumas estão, por exemplo, o Inglês ou a Sensibilidade para a Igualdade de Oportunidades. No entanto, outras como as relativas a caixas de velocidade por cada uma das marcas existentes na empresa ou sobre manutenção do ar condicionado dos autocarros, são menos visíveis no exterior mas refletem-se na qualidade do serviço prestado. Quando se vive numa zona em que um cliente não faz uma grande utilização do transporte público, tudo isto é pouco visível, mas quando se compara o serviço com aquele que se encontra em outros locais o cliente mais atento entenderá a missão de todo o conjunto de formações que são ministradas aos colaboradores da ARRIVA bem como os seus resultados práticos. • FORMAÇÕES A DECORRER • CAM e Formação Continua de Motoristas. • Transporte Coletivo Crianças e Formação Complementar Transporte Coletivo Crianças. • Regulamentação Social e Utilização de Tacógrafos. • Condução Económica Ecológica e Defensiva. • Atualização Técnica de Motoristas. • Primeiros Socorros. • Saúde Higiene e Segurança no Trabalho. • Inglês ou Sensibilidade para a Igualdade de Oportunidades. • Só para a Oficina: caixas de velocidades automáticas, ar Condicionado e Eletrónica. ○ >>> P | 5 Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL >>> MARCO ANTÓNIO LINDO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Várias vezes em conversas há pessoas atentas que me perguntam como funciona a manutenção. Interessante o facto de que muitas das pessoas que mo questionam serem jovens. Também alguns entusiastas do transporte público mo perguntam e em algumas visitas que temos tido, aquilo que mais impressiona os visitantes é a preocupação com o meio ambiente, com os sistemas de tratamento de águas ou o aproveitamento de energia eólica ou solar, e depois, a sequência na manutenção dos veículos. Podíamos aqui explicar passo a passo como tudo funciona, desde que no planeamento se decide a ordem de revisões a autocarros bem qual o tipo de cada uma. Para evitar isso, optamos por colocar um pequeno grupo de imagens onde em conjunto se descreve cada uma. Assim de uma forma não exaustiva permite-se numa descrição associada ter uma ideia do que acontece. As imagens refletem meramente a intervenção feita num veículo ao longo de duas horas. A esta descrição acrescenta-se alguns detalhes de outros trabalhos em outros carros. Este apontamento, como referimos no início, mostrou apenas duas horas de uma vida de oficina, mas reflete o que em turnos diferentes acontece todos os dias e que permite que a frota seja genericamente reconhecida de uma forma positiva pelos clientes.• Manutenção 02 01 No gabinete de trabalho dos responsáveis pela oficina, discutem-se alguns dos temas a tratar durante a tarde. De pé o mecânico, Sr. José Portela, recebe do Sr. Álvaro Macedo o pedido para retirar óleo a um autocarro dos TUG, para enviar para análise em laboratório. Entretanto, o Portela já havia antes consultado a pasta do autocarro que irá inspecionar e que já está na oficina. Nesta pasta individual, tem além do historial do veículo, os relatórios escritos pelos motoristas a identificar avarias ou anomalias de funcionamento. 03 Neste caso foram identificadas cerca de 20 pequenas anomalias. Desde de lâmpadas até ao ar condicionado, em que se verificou uma avaria na compressão, tudo terá que ficar pronto em dois dias. A lista feita pelo Sr. Portela permite a cada um dos sectores conferir a intervenção necessária a cada um. O chefe da oficina, o Sr. Antunes, faz uma verificação da folha determinando a distribuição de trabalho e fazendo o registo informático. Nesta área da oficina o autocarro vai passar por uma cuidada análise. Em primeiro lugar passa por todos os testes pela qual passaria se fosse à inspeção regular, o conhecido IPO. Diversos testes permitem verificar desde a direção ao sistema de travagem. Luzes e eletrónica em geral são verificadas passo a passo. Seguem-se as portas, com todos os sistemas associados. Todo o interior é verificado de forma a certificar o funcionamento de todas as luzes e campainhas. Aproveita-se também para verificar se todos os martelos de socorro estão no local correto e em bom estado. Desta vez também é necessário substituir dois autocolantes danificados, um de proibição de fumar e outro do aviso “quebrar em caso de emergência”. Sendo este autocarro específico um articulado, há ainda mais autocarro para ver. Uma das partes mais sensíveis a verificar neste tipo de veículo é exatamente o conjunto mecânico que permite que ele se dobre ao meio. O próprio fole tem que ser verificado para ver se não está danificado por uso. Vários componentes têm que ser verificados por baixo do autocarro. Na manutenção da ARRIVA não há “lado A” e lado B”; tudo é lado A. Por isso todos os tubos, braçadeiras, e outros elementos mecânicos diversos são verificados, sendo para o efeito utilizados os instrumentos técnicos necessários. Enquanto se verifica o rasto e índice de desgaste dos pneus, há um técnico da empresa fornecedora dos pneus que verifica pressões e alguma irregularidade de nota. Níveis de lubrificantes e de líquido de refrigeração são verificados, sendo limpo o elemento que permite verificar o nível do anticongelante. De seguida a verificação o nível de água nas baterias. Agora resta ver o especto geral da carroçaria. Sem dúvida que a beleza do autocarro é importante e, sabendo que os clientes gostam de ver os autocarros em bom estado, esta análise é importante. Claro que pequenos danos podem não ser tratados desta vez. O que é tratado, sem dúvida, é qualquer anomalia mecânica. 05 04 Para cada pequena anomalia de iluminação, há uma caixinha identificada neste carro. Desde um terminal de bateria ou uma caixa de junção a todos os tipos de lâmpadas usadas por todos os autocarros, aqui há de tudo. Seguindo as indicações da folha de inspeção, o Sr. José Freitas limpa os balaústres dos autocarros, enquanto na outra ponta o Sr. Jerónimo Freitas trata da limpeza interior dos vidros. P | 6 <<< tema de capa >>> ○ ○ Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 06 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Embora o Sr. António Oliveira seja pintor, acabou de reparar danos na traseira de um autocarro e depois de colocar alguns “vinis”, ainda aproveitou para dar uma ajuda a um colega da limpeza, colocando umas cortinas lavadas. Mesmo ao lado, o Tiago Carvalho vai colocar os pneus num autocarro em que acabou de fazer uma revisão completa ao sistema de travões. 07 08 Noutro dos autocarros está a proceder-se à limpeza dos tubos de ar condicionado de forma a tirar sujidades e humidade. Para aceder aos tubos é necessário abrir as tampas que estão por cima dos assentos. Durante esse procedimento aproveita-se também para substituir alguma lâmpada estragada. 10 Já dois dias depois, voltamos à garagem e encontramos de novo o autocarro que o Sr. Portela tinha “vistoriado” pronto a ir para a rua em “Experiência”. 09 A propósito de lâmpadas, é exatamente essa a razão para abrir este painel num autocarro dos TUG, neste caso para substituir uma lâmpada e aproveitar para limpar o painel por dentro. ASSISTÊNCIA Inevitável no apoio ao tráfego em circunstâncias anómalas, é o serviço de assistência que conta com duas novas unidades. Pelas suas características, dedicaremos a estes veículos um artigo na próxima edição do Arriva Jornal. >>> P | 7 Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL cultura >>> ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ >>> TEXTO: MARIA HELENA DUARTE | FOTOGRAFIA: JAIME MACHADO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ La Fura dels Baus Capital Europeia da Cultura: apoteótica! “Os corações fazem ouvir o seu batimento cada vez mais alto, revelando-se como um só coração e um só sentimento. Os corpos reconhecem-se em síncopes cada vez mais síncronas, revelando-se como um só corpo e um só movimento. As aparências vêem-se desmentidas como algo mais do que apenas isso mesmo, desvendando as máscaras que elas iludem. Uma cidade é (só) uma cidade? Uma pessoa é (só) uma pessoa? Uma identidade é (só) uma identidade? E um cavalo, é o quê?” A incursão da companhia catalã La Fura dels Baus com o espectáculo intitulado “Berço de uma Nação” pelas ruas e praças de Guimarães, no passado dia 21 de Março que marcou o arranque da segunda fase de programação da Capital Europeia da Cultura, foi apoteótica. Sessenta mil pessoas, segundo a organização, encheram as ruas e praças do centro histórico da cidade, para assistir à demonstração multimédia que conjugou música, projecção de vídeo e iluminação nas fachadas do Largo do Toural, uma técnica conhecida como “videomapping”. Foi a maior enchente de que há memória no Centro Histórico de Guimarães. Nas praças do Toural, São Tiago, Oliveira, Alameda São Dâmaso e nas ruas adjacentes não cabia uma agulha, com as pessoas a acotovelarem-se para ver o espectáculo que marcou o início do “Tempo para Criar” da Capital Europeia da Cultura, e onde não faltou muita imprevisibilidade e espectacularidade. Tudo começou no Largo do Toural, junto à muralha com a inscrição “Aqui Nasceu Portugal” e desenrolou-se no espaço público até ao Largo da Mumadona. O Largo do Toural viu-se transformado num gigantesco teatro de marionetas, em que um homem e um cavalo gigante, suportados por gruas, circularam por entre a multidão, que no final já cantava em uníssono o hino “Guimarães allez”. Com o espectáculo coroado com fogo-de-artifício, La Fura dels Baus pretendeu representar a Europa através da marioneta de um homem gigantesco, enquanto Portugal esteve simbolizado pelo cavalo, uma metáfora que culminou com o encontro entre os dois, em pleno centro da praça. A coreógrafa Clara Andermatt também preparou um espetáculo e no palco actuou o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Serzedelo e Macadame, não faltaram malabaristas, uma fanfarra, entre outros. O balanço foi positivo e os vimaranenses estavam visivelmente felizes. De salientar que os La Fura dels Baús estarão de regresso a Guimarães no dia 24 de Junho para a abertura da terceira fase de programação da Capital Europeia da Cultura, dia que coincide com o aniversário da Batalha de S. Mamede, ou seja, o dia UM de Portugal.• La Fura dels Baus É um grupo teatral catalão fundado em 1979, Barcelona, conhecido por seu teatro urbano e uso de técnicas incomuns, embaçando as fronteiras que separam plateia e actor. La Fura dels Baus em catalão significa “vermes dos esgotos”. Desde meados dos anos 1990, La Fura dels Baus tem diversificado seus esforços criativos, focando em áreas de drama, teatro digital e teatro de rua, projectos de performance de teatro contemporâneo, ópera ou produzindo grandes eventos corporativos. La Fura produziu, por exemplo, a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 1992 em Barcelona, que foi transmitida e assistida ao vivo por mais de 500 milhões de espectadores. P | 8 <<< história >>> ○ ○ Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Titanic: 100 Anos {Parte 1} Muito se lê a propósito da tragédia do Titanic. No entanto, o que se publica e chega à maior parte das pessoas vai sendo ao longo dos anos, de uma forma genérica, sempre mais ou menos o mesmo. Fala-se do afundamento, do iceberg e do filme onde o Di Caprio e a Kate entram pela água dentro agarrados ao resto do barco, mas pouco se conta além disso. Realmente o RMS Titanic fica tristemente para a história como o protagonista um dos acidentes mais impressionantes da marinha mercante de passageiros, havendo por isso outras histórias à volta do sucedido que merecem referência. Dedicamos estas páginas aos cem anos do acidente que levou ao seu afundamento abordando algumas facetas de relevo, deixando obviamente muitas outras por contar. Com quase 270 metros de comprimento, 28 metros de largura, dez andares de altura, uma tonelagem bruta de 46.328 toneladas, e capacidade para 3547 pessoas, entre passageiros e tripulação, o Titanic na altura em que foi entregue, em 1912, à White Star Line, era o maior navio na história da marinha mercante de passageiros. A White Star Line era uma das mais importantes empresas marítimas do mundo e, por isso mesmo, merece que a história comece por ela. Fundada em Liverpool em 1845 por John Pilkington e Threlfall Wilson, inicialmente dedicava-se ao fretamento de barcos a terceiros para serviços contratados. O risco era obviamente menor e não obrigava ao investimento na construção de navios, aliás dificilmente conseguiriam entidade que o financiasse. O objectivo da empresa era criar linhas, fundamentalmente para a América e Austrália, destinos preferidos de emigrantes de toda a Grã-Bretanha, ainda mais numa altura em que se tinha acabado de descobrir ouro na Austrália. Em registos, o fluxo de pessoas que chegam a diversos portos australianos ascende a quase meio milhão, entre 1850 e 1860, demonstrando bem a quantidade de pessoas que usavam esses serviços. Obviamente nesta época as viagens ainda eram feitas por veleiros e clipers. Era relativamente normal haver afundamentos mas a verdade é que na White Star o Titanic não foi o primeiro navio a afundar, na viagem inaugural, já que em 1856 o RMS Tayleur também naufragou na sua primeira viagem. O Tayleur deixou Liverpool em 19 de Janeiro de 1854 com 652 passageiros. Era comandado por John Noble, um inexperiente comandante de 29 anos. A tripulação era composta por 71 homens dos quais apenas 37 eram marinheiros treinados. Muitos desses elementos apenas se tinham oferecido para trabalhar a bordo de forma a fazerem a viajem sem pagar. Morrem 380 passageiros. Na investigação descobre-se que em vez de rumarem a sul, por engano de navegação foram para oeste, tendo acabado por no meio de uma severa tempestade e a chocar com rochedos na costa da Irlanda Em 1863 compra o seu primeiro navio a vapor, o SS Royal Standard que, no entanto, não era tão rápido como os tradicionais veleiros do tipo clipper. A sua primeira viagem corre bem, com a excepção da morte do comandante. De regresso de Melbourne agora com um novo mas experiente comandante rumam à América do Sul de forma a contorná-la para então subir o Atlântico em direcção à Europa. É nesta passagem entre Pacifico e o Atlântico que se vai dar o acidente que leva ao afundamento do navio; tinham batido num iceberg. Mesmo assim, devido à concorrência de outra grande companhia, a Cunard, acaba por falir em 1867; é o fim da primeira White Star, que irá renascer logo de seguida com novos donos e mantendo o nome. A nova White Star cresce e, entretanto, compra quatro navios a vapor. Estes navios não são apenas movidos por uma máquina a carvão tendo também um conjunto de quatro mastros normais de um veleiro. Em 20 de Março de 1873 um deles, o RMS Atlantic, sai ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ com 952 pessoas das quais 852 são passageiros; o destino era Nova Iorque. Dez dias depois e assolado por uma violentíssima tempestade, o comandante temendo ficar sem motor por falta de combustível decide rumar a Halifax, no Canadá, para abastecer de carvão. Na noite de 31 o navio está quase 20 quilómetros fora do seu curso acabando por embater em rochedos junto à costa da Ilha de Meagher, na Nova Escócia. Estavam apenas a 50 metros da praia mas no meio da tempestade os botes são arrancados, não se consegue nadar para a costa. Os 852 passageiros morrem e toda a tripulação de 100 salva-se. Mas a história da White Star continua com alguns incidentes relativamente habituais para a época. Assim passam os anos até que vamos até uma época em que a White já cresceu tendo adquirido novos navios. Em 1909 um deles é o The Republic que na época estava equipado com o melhor em comunicações. Marconi tinha instalado um sistema chamado de “Marconi Wireless”. Era muito limitada a comunicação mas permitia, quanto mais não fosse, enviar por código Morse a sigla CQD “Come Quick, Danger”, que significa literalmente venham ou socorro, perigo eminente. Nessa altura o famoso SOS ainda não se usava. Curiosamente SOS, “Save Our Souls”, vai ser usado pela primeira vez cinco anos depois no Titanic. O Republic tinha saído de Nova Iorque para Gibraltar. Na manhã de 23 de Janeiro, no meio de nevoeiro denso, é abalroado pelo The Florida tendo começado de imediato a meter água, embora não afundasse. A mensagem “CQD” é transmitida pelo oficial de comunicações. Os passageiros são salvos pelo The Florida e por outros navios que entretanto chegam ao local. O Republic ainda flutua mas acaba for afundar doze horas depois quando ia a reboque para Nova Iorque. O sistema rádio tinha sido fundamental para o trabalho de socorro em que só se registam seis vítimas. Nesta altura já a White Star estava a concluir as negociações com os estaleiros da Harland and Wolff em Belfast na Irlanda do Norte para a construção de três navios de grandes dimensões. Esta era uma questão que tinha sido acordada num jantar do dia 10 de Junho de 1907 com Bruce Ismay, presidente da White Star Line. Os responsáveis pelo projeto são o Lorde William Pirrie que além de ser diretor do White Star também o era dos estaleiros, Thomas Andrews, arquiteto naval, que era projetista bem como gerente de construção da Harland and Wolff, e Alexander Carlisle, o projetista chefe e gerente geral do estaleiro. Estes três navios são classificados pela White Star com Olympic Class e a intenção é fazer frente à sua grande rival a Cunard Line. O primeiro a ser lançado à água virá a ser em Junho de 1911, o RMS Olympic. O Olympic vai ter o seu primeiro acidente logo nos estaleiros quando quase afunda um rebocador depois de o abalroar violentamente. O Comandante do Olympic justifica-se dizendo que ainda não está habituado a um navio tão grande. O navio fica com danos visíveis no casco mas muito mais “amassado” fica em 20 de Setembro quando faz um grande rombo no casco depois de colidir com o navio de guerra inglês HMS Hawke. Ia a sair de Southampton e a viagem teve que ser cancelada seguindo o navio para o estaleiro. O Capitão Smith tinha definitivamente passado demasiadamente próximo do navio de guerra. Desta vez o comandante foi despedido mas o Olympic não e por isso, agora a 24 de Fevereiro, atinge algo que lhe arranca um dos hélices. Na altura estava nos Grandes Bancos na Terranova conseguindo no entanto chegar ao seu destino. Teve foi que regressar de seguida aos estaleiros para uma reparação de nove semanas. Deus sabe como o Olympic foi sobrevivendo mesmo depois de quase chocar com terra em Junho de 1912, de ter colidido violentamente com um navio de guerra norte-americano e em 1926 ao chegar a Nova >>> P | 9 Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL >>> MARCO ANTÓNIO LINDO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Iorque no meio de nevoeiro, ter destruído o farol de Nantucket matando nove homens. O terceiro navio desta classe a ser construído era o Britannic que originalmente se chamava Gigantic. Viria a ser lançado ao mar em 26 de Fevereiro de 1914. Em 1915 foi requisitado para transporte de tropas durante a Primeira Grande Guerra. A 21 de Novembro 1916 sai de Nápoles e cerca das 8 da manhã bate numa mina no canal de Keo no mar Egeu. Quase todos a bordo se conseguem salvar usando os botes de salvação. O último a sair é o comandante, o capitão Barlett que quando deixa o navio para alcançar um dos botes já o faz com a ponte submersa. A ordem de fabrico 401 da Harland & Wolff era a construção do Titanic que começou em 31 de Março e 1909. Na altura em que entrou em serviço era o maior navio de passageiros do mundo. Custou na época o equivalente a mil milhões de Euros. Já nos primeiros folhetos editados pela White Star logo a seguir à encomenda do navio, a empresa classificavao com inafundável. Isto bem como a experiente tripulação que iria ter tornava impensável um acontecimento tão trágico. É lançado à água em 31 de Maio de 1911 pelo meio-dia. Estavam presentes além de diversas figuras públicas onde se encontravam entre outros o Presidente da Câmara de Belfast, todo o pessoal do estaleiro bem como da White Star e mais cerca de cem mil pessoas que tinham vindo assistir ao acontecimento. O navio vai fazer agora montagem de interiores que se concluem a 2 de Fevereiro de 1912, seguindo o navio para provas de mar. Em Julho de 1911 a viagem inaugural do Titanic tinha sido marcada para 20 de Março de 1912 o que não vai acontecer porque como entretanto o Olympic tinha vindo aos estaleiros para reparar do acidente com HMS Hawke, a partida do Titanic foi adiada para 10 de Abril. Com o Capitão Bartlett nos comandos, o Titanic sai a 2 de Abril para Southampton onde chegou ao nascer do dia 4. Começou nessa mesma manhã o aprovisionamento chegando, entretanto, a bordo a maior parte dos seus tripulantes. No dia 9 o navio estava completamente pronto para entrar ao serviço. Na manhã seguinte, dia 10, o seu comandante, o Capitão Edward J. Smith, chega bem cedo. O Capitão Smith, em 35 anos ao serviço da White Star, nunca sofrera nenhum acidente de maior, sendo considerado o mais experiente da empresa. Tinha sido alcunhado pelo “capitão dos ricos” já que era ele quem comandava sempre os navios de luxo. No entanto, desta ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ vez a sua missão era só fazer a ida e volta a Nova Iorque reformando-se de seguida. Nesse dia 10 entre as 9.30 e as 11 horas embarcaram os passageiros da segunda e da terceira classe seguindo-se os passageiros da primeira classe que entraram a partir das 11h30. O embarque é tão bem realizado que, precisamente ao meio-dia, as amarras do navio são largadas do cais 44 do porto de Southampton. A força dos hélices é tanta que o navio SS New York que estava atracado a seguir rebenta as amarras e é por pouco que não embate no Titanic; rebocadores no local evitam o choque. O Titanic embora se tenha atrasado trinta minutos, ruma para Cherburgo em França para receber mais passageiros. Segue logo de seguida para Cobh na Irlanda; na época a cidade chamava-se Queenstown. Aqui não consegue encostar no cais por ser grande demais sendo os passageiros e carga levados para bordo em botes. Nesse momento havia confirmadamente 2240 passageiros a bordo, e é com eles que ao fim da tarde do dia 11 segue viagem. A viagem segue normalmente como tantas outras que se efetuavam semanalmente. Com o passar dos dias o tempo mantém-se calmo, embora a noite do domingo 14 de Abril de 1912 estivesse especialmente fria no mar do norte, o que não é de admirar pelos ventos predominantes que se faziam sentir de norte e nordeste. Embora o céu estivesse limpo, não havia luar. Tal como hoje, já nesta época os navios não usavam rotas de uma forma indiscriminada e por isso as rotas eram sempre relativamente escolhidas. O Comandante Smith sabia pelas comunicações rádio que havia vários icebergs a flutuar na área e por isso opta por navegar mais a sul. Assim podia fazer a viagem ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ de uma forma mais segura já que trazia o navio à velocidade máxima na tentativa de fazer a viagem em menos um dia que o previsto. A ordem para vir a essa velocidade tinha-lhe sido dada pessoalmente por um dos passageiros do navio, Bruce Ismay, o Presidente da White Star, o mesmo que atrás referimos como tendo acordado a construção dos três navios da classe Olympia, entre as quais este. Mais tarde Bruce terá uma hipótese de provar como era bonzinho ao expulsar uma senhora de um dos botes salva vidas de forma a salvarse. Esse ato levou a que fosse banido pela sociedade britânica tendo acabado por viver só o resto dos dias, morrendo nessa condição na sua mansão nos arredores de Londres. A primeira mensagem que tinham recebido no Titanic a propósito de icebergs tinha chegado cerca das 13h45, enviada do paquete Amerika da Hamburg America Line. Os operadores de comunicações do navio, Jack Phillips e Harold Bride, na realidade eram funcionários da empresa de telecomunicações Marconi, não percebiam de navegação marítima e estavam ali mais interessados no envio de mensagens telegráficas dos passageiros. É bem claro em passagens da investigação do acidente que os telegrafistas não estavam instruídos ou treinados para enviarem mensagens para a ponte de comando do navio. Para saber da existência dos icebergues restava apenas a habilidade para dois marinheiros do Titanic que estavam num posto de vigia no mastro dianteiro do navio. A noite escura e especialmente limpa, céu estrelado que se reflete num mar que estava calmo vai contribuir para a dificuldade em conseguir ver ali no meio do mar um iceberg, cujo brilho possível na noite se pode confundir com o das estrelas. Os telegrafistas estavam mesmo tão concentrados nas mensagens pagas pelos clientes que também não prestaram qualquer atenção à mensagem enviada do navio Mesaba. Cerca das 23h40 os vigias Frederick Fleet e Reginald Lee vêm nitidamente o iceberg tocando imediatamente a sineta três vezes. Estão a 640 quilómetros a sul da Terra Nova quando dão o aviso indicador do perigo. Mais cinquenta segundos e dar-se-á o acidente fatal.• (Continua no próximo número) P | 10 <<< religião >>> ○ ○ Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ GREGÓRIO XIII Dos princípios da Idade Moderna não tenho dúvida que o Papa que mais admiro é este a quem dedico estas linhas. Falo de um rapaz que nasce em Bolonha a 7 de Janeiro de 1502. É batizado com o nome de Ugo Boncompagni, sendo filho de um importante mercador da época, Cristóvão Boncompagni, e de Ângela Marescalchi. Foi precisamente em Bolonha que cursou Direito, formando-se em 1530 em Direito Civil e ao mesmo tempo em Direito Canónico. A sua qualidade leva a que seja convidado para professor logo no ano seguinte à formatura. Aceita o cargo que vai ocupar até 1539. Entrando no ano anterior pela mão do Papa Paulo III para a Cúria Romana. Vivia com Maddalena Fulchini com quem teve um filho em 8 de Maio de 1548, Giacomo Bomcompagni. Entretanto, em1555 vai integrar a comissão para a Reforma Eclesiástica dedicando-se a partir daí em exclusivo à vida religiosa. Em 1558 é Bispo de Vestre e em 1565 ascende a Cardeal de São Sistro, tendo sido na altura nomeado pelo Papa Pio IV. Foi Delegado Papal em Espanha e também Chefe da Secretaria dos Breves Pontifícios. Em 13 de Maio de 1572 é nomeado Papa num Conclave consensual que durou apenas dois dias; Papa Gregório XIII sucede a Pio V. Gregório XIII foi solenemente coroado pelo Cardeal Protodiácono Innocenzo del Monte a 25 de Maio. Desde o princípio do seu Pontifício que se preocupa especialmente com a aplicação em geral do Concilio de Trento criando também um plano de visitas periódicas às dioceses do norte e centro de Itália. Gregório XIII que apoiou significativamente algumas Ordens, reconheceu a congregação do Oratório de São Filipe Neri e possibilitou a expansão de outras para fora de Itália, estando entre estas os Franciscanos da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos que, em conjunto com a Companhia de Jesus, virão a ser das mais importantes a nível do desenvolvimento do ensino. Beneficia em especial esta última Ordem que acaba por lhe dedicar em nome a sua universidade; Pontifícia Universidade Gregoriana. Autoriza, também, a reforma das Carmelitas Descalças, conforme os planos de Santa Teresa de Ávila. Gregório foi com efeito responsável por um desenvolvimento inesperado do ensino ao criar em Roma um Colégio Inglês, um Arménio e outro Grego. Impulsionou a estudo de cleros de outra orientação, objetivamente o Oriental. O mais admirável é que tudo isto acontece fundamentalmente entre 1570 e 1580, numa época em que a comunicação era muito limitada. Como grande Católico, o Papa Gregório XIII não gostava nada da Rainha de Inglaterra, Isabel I, grande defensora e promotora da causa Anglicana, vulgo Igreja Protestante. Como Papa, Gregório XIII conspirou em vão para destronar a rainha Isabel I de Inglaterra, e enviou em 1578 o capitão Thomas Stukeley para tentar abalar o poder da rainha. Se de alguma forma conseguisse destrona-la, conseguiria certamente abrir caminho para o fim dos protestantes. O capitão Thomas era filho ilegítimo de Henrique VIII, um mercenário que tinha combatido nos mais diversos locais. Entretanto, quando já tudo estava planeado, eis que o Rei D. Sebastião de Portugal lhe paga mais para ir até Alcácer Quibir; morrem lá os dois. Mesmo assim os planos foram conhecidos gerando um ainda maior afastamento entre Roma e o Reino de Inglaterra. A vontade de por qualquer meio converter os Ingleses ao catolicismo teve realmente um peso economicamente pesado. Os cofres do Vaticano ficaram bastante debilitados e por isso Gregório XIII fez o que devia, lembrar a alguns senhores feudais que tinha sido a própria Igreja a dar-lhes os terrenos que agora eram seus, por isso tinha chegado a altura de contribuírem para a causa de uma forma visível e não com pequeníssimas contribuições, como era habitual até esse momento. Mas as questões do protestantismo não se ficavam por Inglaterra. Em França, o Reino de Carlos IX passa por momentos complexos com lutas sangrentas entre ambas facões religiosas, a maior parte delas promovidas por outros que ambicionam a regência; algumas destas questões são familiares. Estas são histórias longas em que a aclamação efetiva do Rei não estava clara, a sua mãe literalmente patrocinava a luta pelo poder até que, entre 24 e 30 de Agosto, vai acontecer em Paris aquilo que ficará conhecido para a história como o Massacre de São Bartolomeu. O Catolicismo ganha nessa disputa e Gregório comemora o massacre com uma missa, mandando até cunhar uma medalha comemorativa do Massacre. Uma das grandes preocupações de Gregório XIII é a evangelização das terras que vão sendo descobertas. Os seguidores de Santo Agostinho em conjunto com os Franciscanos vão criar uma Diocese em Manila em 1579, enquanto a Jesuíta vai em missão para o Japão. Entretanto, o Papa Gregório XIII ficará também conhecido como o principal responsável pela reformulação do calendário que introduz em 24 de Fevereiro de 1582 substituindo assim a anterior calendário, o Juliano. É ele que vai reestrutura-lo levando ao que usamos hoje em dia e que por isso é justamente conhecido como Calendário Gregoriano. Por esta época acentuaram-se problemas devidos aos proventos esperados das contribuições que atrás referimos. Algumas das terras dadas pelo Vaticano tinham-se perdido nas mãos de herdeiros ilegítimos, de pessoas que a elas não tinham real direito de posse. Alguns desses senhores eram aristocratas que reagiram especialmente mal quando se levantou a hipótese de serem expropriados. Por isso reagiram promovendo distúrbios, pilhagens, os mais diversos desacatos contra a Igreja, de forma a se escusarem das suas devidas contribuições. Nos piores momentos viveram-se sangrentos motins que acabaram com inúmeros mortos. Gregório XIII irá morrer em 10 de Abril de 1585 sem que conseguisse que essas questões se resolvessem. Acaba sepultado na capela Gregoriana da basílica do Vaticano. Vai-lhe suceder Sisto V que virá literalmente salvar a Itália da situação herdada de Gregório XIII. Nomeia o Cardeal Colonna para acabar definitivamente com as quadrilhas de bandidos que roubavam e matavam quer nas cidades quer nas zonas mais rurais. Foi com Colonna que ponte de Sant’Angelo se converteu num local de exposição de cabeças cortadas. Sisto virá a ser o Papa dos grandes tribunais da Inquisição que já vinha tentando impulsionar desde ainda o tempo de Pio V, mas essa já é outra história, para outra altura.• >>> P | 11 Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL >>> MARCO ANTÓNIO LINDO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ A História do Calendário Os mais antigos calendários existentes deste lado do mundo, e que tiveram de alguma forma mais interligação com a nossa vida, são o Hebreu e o Egípcio. Já nessa altura o tempo se aproximava do que usamos hoje em dia; quer num, quer noutro, o ano tinha 360 dias. O que se tentava na altura era equilibrar o ciclo das estações com o lunar. O calendário Hebreu ou Judaico começa com a criação da “neshamá”, espírito ou alma de Adão, o primeiro homem, há cerca de 5773 anos atrás. No caso do calendário dos Hebreus desconhece-se se estariam divididos em meses, enquanto no caso do egípcio é clara a existência de 12 meses, todos com 30 dias, embora cada mês em vez de ser dividido em semanas o fosse em grupos de dez dias. Como no Egipto tudo se regia mais ou menos à volta do Rio Nilo, o ano tinha só três estações. Era a das Inundações, a das Sementeiras e a das Colheitas. Este calendário poderia ser muito eficaz para os Egípcios, para uma vida à volta de um rio que nascia num local que eles na altura nem imaginavam. Já os Hebreus, que não tinham Nilo nenhum, pensavam de uma forma diferente e por isso começaram a coordenar os ciclos lunares com as aparentes variantes de clima. Entretanto, enquanto os Hebreus evoluem neste sentido, os Egípcios abdicam dos ciclos lunares ficando-se apenas com o das estações na fórmula deles, a das três estações. Procederam a novas tentativas de acerto, cerca de 5000 anos antes de Cristo, criando então um ano com 365 dias, divididos em 12 meses com 30 dias cada um, acertando o ano no último mês, acrescentando-lhe mais cinco dias. Como as horas também não batiam certo, atrasavam seis horas por ano, as estações começaram a atrasar. Por isso é que quando os registos lhes permitem uma observação mais cuidada descobrem que entre 2783 e 1323 antes de Cristo, pelo calendário não tinham passado 1461, mas na realidade apenas 1460 anos. Nada foi feito nessa altura até que em 238 antes de Cristo tentam uma correção que acaba por não ser autorizada pelos Sacerdotes. Incrivelmente só 25 anos antes do nascimento de Cristo é que o calendário Juliano vai ser aceite. Os gregos tinham um ano calculado pelo ciclo lunar ao qual atribuíram 354 dias, divididos em 12 meses alternadamente com 30 e 29 dias. No original calendário romano, o ano tinha 304 dias divididos por 10 meses. Os nomes dos quatro primeiros meses eram dedicados aos deuses, por isso Martius, Aprilis, Maius e Junius ou sejam, Marte, Apolo, Júpiter e Juno. Os restantes seis meses são ordenados numericamente de cinco a dez, Quintilis, Sextilis, September, October, November e December. Esta calendário teve diversos acertos, entre os quais, o Calendário de Romulo que vai levar a uma outra reformulação mais extensa a de Numa Pompílio, o qual, como os gregos, estabelece um ano com 12 meses, tendo em primeiro lugar o mês de Januarius, ficando em último o mês de Februarius, mês este que em vez de variar entre os 29 e os 31 dias, tem apenas 27. Os onze primeiros até podiam ter todos 30 dias mas como os romanos eram supersticiosos em relação a dias pares, assim resolvia-se a questão. O que não estava resolvido era o problema do acerto das estações com os meses, por isso vão tentar seguir o modo dos gregos com um sistema de calendário semi lunar em que ano sim, ano não, introduziam um mês extra para equilibrar o calendário com um estranho mês que tinha só 22 ou 23 dias. A confusão era tanta que o começo do ano já estava adiantado de três meses em relação ao ciclo das estações. Havia que fazer algo sério para resolver este problema ainda mais porque interesses particulares ou de políticos levavam a que os pontífices que geriam o calendário o encurtassem ou alargassem conforme os seus amigos estavam ou não no poder. Júlio Cesar chega a Imperador e decide acabar radicalmente com estas confusões. Pede ajuda ao famoso astrónomo grego Sosígenes, para que o ajudasse a criar uma solução. Estamos no ano 708 no calendário Romano, embora ainda faltem 46 anos para o nascimento de Jesus Cristo. Para ajudar Sosígenes descobre que este calendário está adiantado 67 dias em relação ao ano natural. Assim Júlio César manda adicionar a esse ano dois meses, um de 33 dias, outro de 34 dias, entre os meses de November e December. Desta forma o ano de 708 passou a ter 445 dias. Este é o maior ano na história dos calendários e também não será ao acaso que é conhecido pelo nome de “Ano da Confusão”. Este nome de Ano da Confusão deve-se especialmente ao facto de por causa do tamanho dos domínios de Roma e à natural dificuldade nas comunicações houvesse locais onde a ordem para esse acerto foi recebida tão tarde que já tinha passado o ano novo. De qualquer forma e corrigindo o possível, é no ano de 709 que entra em efeito. O sistema implicava ciclos de quatro anos, com três comuns de 365 dias e um bissexto de 366 dias, para acertar as quase seis horas que havia de diferença para o ano real. Este calendário é o chamado Juliano. Passa a haver meses de trinta dias e os romanos têm que se esquecer da superstição dos dias pares. No segundo triunvirato Romano, o Imperador Marco António consagra completamente o calendário Juliano e como forma de homenagem dá o seu nome ao sétimo mês, Julius (Julho). Por amabilidade para com o imperador César Augusto, o senado determinará também que o oitavo mês passa a Augustus (Agosto). Para o mês dedicado a César Augusto não ter menos dias que o de Júlio César, retira-se um dia a Fevereiro e Agosto passa a ter 31 dias. Além de diversas matérias, incluindo comemorações, jogos, feiras, inúmeras questões passam a ser referenciadas no calendário, inclusive a vida, a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Na Ásia Menor os cristãos da celebravam a Páscoa cristã no dia da primeira Lua que começasse em Março, qualquer que fosse o dia da semana em que ocorresse essa data. Já no Ocidente celebravam-na no Domingo seguinte a esse dia. Esta diferença provocou acesas discussões entre os dignatários dos Cristãos do Ocidente e dos do Oriente. Decidiu-se então que a Páscoa passaria a ser celebrada por todos no Domingo seguinte à lua cheia que tivesse lugar no equinócio da Primavera ou logo a seguir. Já que os cristãos tinham de guardar o descanso ao sétimo dia, a semana acabou por ser adotada no calendário romano de forma a salvaguardar o Domingo. O calendário Juliano tinha agora o problema de não ser aceite por todos os cristãos criando embaraços à Igreja fundamentalmente na questão da Páscoa. Por isso em 1474, o Papa Sixto IV reconhece a necessidade de fazer uma reforma no calendário, pedindo a um famoso astrónomo alemão Juan Muller para fazer um estudo a este propósito. Só que Muller morre dois anos depois sem concluir o trabalho. O Papa Sixto IV também morre e o seu sucessor, o Papa Pio IV, não consegue convencer o clero sobre a necessidade desta reforma. Apenas com Gregório XIII vai haver um progresso que se deve fundamentalmente a ser um homem especialmente culto e à sua capacidade para impor a própria reforma. Gregório XIII nomeia então uma comissão, constituída por diversos astrónomos e matemáticos de renome, entre os quais o célebre padre jesuíta Clavius, que estudara matemática em Coimbra com Pedro Nunes. Dos projetos apresentados vai ser escolhido o do astrónomo Luís Lílio que de imediato é comunicado a monarcas e príncipes, bispos e universidades de forma a recolher o máximo de opiniões a seu respeito; estávamos em 1578. Confirma-se finalmente o projeto de Lílio e em 24 de Fevereiro de 1582 Gregório XIII expediu a bula Inter Gravíssimas, que estabelecia os pontos essenciais do novo calendário. Tinha nascido o calendário Gregoriano! Com este calendário o equinócio da Primavera firma-se em a 21 de Março recorrendo aos acertos necessários. Haverá ainda alguns acertos e correções já que por exemplo os anos bissextos só o seriam quando divididos por 400. A duração do ano gregoriano é, em média, de 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos, isto é, tem atualmente mais 27 segundos que o ano real, uma diferença que ao longo do tempo representa um dia em cada 3000 anos. Apenas Portugal, a Espanha e a Itália aceitaram de imediato a entrada deste calendário ao qual os restantes países só com o tempo foram aderindo. Atualmente, o calendário gregoriano é de uso universal a nível de relações internacionais embora alguns países por motivos religiosos ou culturais mantenham em paralelo os seus calendários tradicionais. Por exemplo para o Islão, o primeiro dia corresponde ao 15 de Julho do ano 622 da era cristã.• P | 12 <<< iniciativas >>> ○ ○ Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Paulo: a nova estrela já está em Portugal! ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ PUB ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ exposição recheada de polvos das mais variadas espécies e que estará patente no espaço de lazer até ao final de 2012. A exposição convida os visitantes do SEA LIFE a conhecer ao pormenor um dos mais inteligentes seres marinhos, um serzinho, que é basicamente um músculo em tamanho grande, é capaz de tarefas tão complexas quanto desarrolhar tampas de frascos, resolver labirintos, distinguir padrões e formas, apenas utilizando os seus tentáculos. Os polvos habitam todos os oceanos do mundo, existindo cerca de 300 espécies conhecidas, cujo tamanho pode variar entre os dois centímetros e os 23 metros de comprimento. No SEA LIFE será possível descobrir os segredos de uma grande variedade de subespécies deste animal. Os animais de sangue azul, e detentores de três corações, podem ser visitados até Dezembro de 2012, entre as 10h00 e as 18h00, de segunda a sexta-feira, e entre as 10h00 e as 19h00, aos fins-desemana.• ○ O SEA LIFE Porto acaba de receber um polvo perito em adivinhar resultados de jogos de futebol. Paulo é primo de Paul o famoso polvo alemão que habitava num SEA LIFE alemão e que brilhou no Mundial 2010, na África do Sul. Consta que este herdou as mesmas capacidades. Em Portugal, Paulo propõe-se adivinhar os resultados de Portugal nos jogos do Euro 2012, a decorrer em Junho na Polónia e Ucrânia. Mais próximo do arranque do Campeonato Europeu de Futebol, o polvo Paulo será chamado a “entrar em campo” e a pôr em prática os seus dotes. Nas vésperas de cada jogo da Seleção Nacional, Paulo fará a previsão do resultado da partida que se aproxima. Relembre-se que, na fase de grupos, Portugal defronta a Alemanha (9 de Junho), Dinamarca (13 de Junho), e Holanda (17 de Junho). O polvo Paulo vem para o Porto no âmbito de uma exposição temporária designada de “POLVOMANIA!”, uma ○ Polvo chega ao SEA LIFE Porto E promete adivinhar jogos de Portugal no Euro ○ >>> P | 13 Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Conhecer Guimarães Em Bicicleta A iniciativa a realizar no dia 24 de Junho no âmbito da programação de Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura tem já as inscrições abertas e pelo que sabemos já há muitas. Esta é uma iniciativa que irá ter certamente uma enorme participação pelo que todos os que gostam de andar de bicicleta e amam Guimarães devem comparecer. “Conhecer Guimarães em Bicicleta” é um evento oficial de “Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura” promovido pela Associação de Ciclismo do Minho, Tempo Livre e Guimarães 2012, integrando a quarta edição do passeio “Dia Um de Portugal”, um Encontro de Bicicletas Antigas, uma prova da Taça de Portugal de Trial Bike e um circuito de bicicletas para crianças. A participação no Passeio Dia Um de Portugal é gratuita e aberta a todos os interessados, começando e terminando a actividade na alameda Alfredo Pimenta, depois de cumprido um percurso de cerca de 12,5 quilómetros, a efetuar em ritmo de passeio e de dificuldade baixa, procurando-se assim incentivar a participação de todos os interessados, independentemente da idade e da condição física. A concentração para o Encontro de Bicicletas Antigas será no Parque das Hortas, pelas 9.00 horas, deslocando-se depois os participantes em direção à alameda Alfredo Pimenta para a partida conjunta cerca das 10h30, com o passeio Dia Um de Portugal, efetuando os dois grupos um percurso inicial comum. Durante a tarde do dia 24 de Junho decorrerá na alameda Alfredo Pimenta uma prova da Taça de Portugal de Trial Bike e estarão disponíveis das 9h00 às 17h30 circuitos de bicicletas para crianças. PASSEIO DIA UM DE PORTUGAL Pretendendo incentivar a prática desportiva e assinalar uma importante data histórica, a Batalha de São Mamede que aconteceu a 24 de Junho de 1128 e que viria a ser designada como “a primeira tarde portuguesa”, o Passeio Dia Um de Portugal tem confirmada a presença, além das dezenas de participantes que já garantiram a sua inscrição, dos exciclistas Alves Barbosa, Delmino Pereira, Joaquim Andrade e do ex-guarda-redes Palatsi. Alves Barbosa, primeiro português a correr o “Tour de France” em 1958, conquistando um impensável 10.º lugar e vencendo o prémio revelação desse ano, é uma figura incontornável do ciclismo português, enquanto Delmino Pereira, vencedor do 14º Grande Prémio do Minho em ciclismo em1990, é atualmente VicePresidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ fotografias, abastecimento, entrega de lembranças e bênção das pasteleiras, seguindo-se um almoço na Penha marcado para as 13h30, no restaurante D. José. Fazem parte do programa diversas atividades de animação. A entrega de prémios ocorrerá pelas15 horas. As inscrições para o Encontro de Bicicletas Antigas têm o custo de 5 euros (sem almoço), 15 euros (com almoço), 7,5 euros (menores até aos 10 anos) e de 15 euros (almoço para os acompanhantes), devendo ser efetuadas, até ao dia 18 de Junho, em www.acm.pt. sendo também ele uma referência da modalidade. Joaquim Andrade, recordista de participações na Volta a Portugal em Bicicleta, é atualmente o presidente da Associação Portuguesa de Ciclistas Profissionais e Diretor Desportivo da equipa de ciclismo Maia-Bicicletas Andrade, sendo um dos mais completos e resistentes ciclistas nacionais. O ex-guarda-redes Palatsi representou, entre outros, o Vitória Sport Clube granjeando enorme simpatia e admiração no meio dos adeptos, em especial em Guimarães. Com início marcado para as 10h30, o Passeio de Bicicleta “Dia Um de Portugal” começará e terminará na alameda Alfredo Pimenta, sendo o percurso (na extensão de 12,5 quilómetros, de dificuldade baixa) efetuado em ritmo de passeio. A organização promoverá atividades de animação, sorteios de diversos prémios e oferecerá lembranças, assim como o seguro desportivo aos participantes que não o possuam. As inscrições para o Passeio “Dia Um de Portugal” são limitadas e devem ser formalizadas em www.acm.pt. TRIAL BIKE E CIRCUITOS DE BICICLETAS PARA CRIANÇAS Os melhores atletas nacionais de Trial Bike estarão em Guimarães na tarde do dia 24 de Junho para, na alameda Alfredo Pimenta, disputarem uma prova da Taça de Portugal. O Trial Bike é uma disciplina do ciclismo em que o factor principal é o equilíbrio e controlo da bicicleta em situações extremas. O objetivo desta competição é passar com a bicicleta por um percurso difícil e com obstáculos sinalizados, situados dentro de “zonas controladas” (secções), sem se poder tocar no solo com nenhuma parte do corpo e da bicicleta (excepto com os pneus), e dentro de um tempo estabelecido. Em simultâneo, entre as 9 às 17h30, a alameda Alfredo Pimenta terá à disposição dos mais novos circuitos de bicicletas “RadicalPark by Specialized” de utilização gratuita.• ENCONTRO DE BICICLETAS ANTIGAS Com início às 9h30 no Parque das Hortas, os participantes no Encontro de Bicicletas Antigas deslocarse-ão em direção à alameda Alfredo Pimenta para a partida conjunta às 10h30 com o passeio “Dia Um de Portugal”. Depois de um percurso inicial comum o Encontro de Bicicletas Antigas prosseguirá com um desfile pelo centro histórico de Guimarães onde haverá ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ PUB ○ ○ P | 14 <<< literatura >>> ○ ○ Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ >>> MARCO ANTÓNIO LINDO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Mécia Há quem na vida realize obras por si, que são relevantes do seu autor. Nesta pequena abordagem falo de alguém que fez um trabalho extraordinário por outro, pelo seu amor em todo o seu espectro. Falo de Mécia de Sena que nasce em Leça da Palmeira, em 1920, irmã de Oscar Lopes e sobre quem escrevo aqui uma série de notas soltas com intuito de revelar ligeiramente a vida que tem ao acompanhar o seu amor de toda a vida. Oscar Lopes, consagrado cronista e crítico literário torna-se amigo de Jorge de Sena em 1940, Jorge tinha 21 anos e é num dos encontros com Óscar que conhece a irmã, Mécia, com a qual estabelece de imediato uma empatia. A Maria Mécia foi a eterna namorada de Jorge. Desde o princípio de 1940, ano em que terá começado a corresponder-se com Jorge, que o conjunto de toda a correspondência trocada entre ambos constituirá a forma mais simples de a entender, de entender os sentimentos muito específicos de ambos, bem como a vida que tinham, o pensamento nas suas formas mais pessoais, sendo também esta correspondência reveladora de toda a vida de uma época. Um dos pontos mais significativos desta troca de correspondência é aquela que acontece nos verões de 1945, 46 e 47, durante as férias que Mécia passa em Carrazeda de Ansiães. Estes momentos são os cruciais para a relação que virá a acontecer já que até aí apenas duas cartas tinham sido escritas, cartas de um conteúdo suficientemente marcantes para estabelecerem um elo que jamais se desfará. Carrazeda marca geograficamente os maiores momentos do namoro, em que os corações batem razoavelmente mais forte e por isso ambas as biografias lhe dão tanto valor. Sem descurar de alguma forma a obra de Jorge Sena, é certo que muito daquilo que sabemos dela é o reflexo de todo o trabalho de recolha feito por Mécia, não só da sua correspondência pessoal, mas também daquela que o que foi o seu marido, Jorge, troca com outros amigos de grande relevo na esfera cultural da época. Em 1949 Mécia casa com Jorge, casamento esse que a fará mãe nove vezes embora que duas dessas vezes já no Brasil. Jorge trabalhava na Junta Autónoma da Estradas onde era engenheiro. O salário sendo razoável não deixava de ser curto para alimentar tantas bocas. Por isso trabalhava mais no serviço, fazia umas horas colaborando com diversas editoras prestando desde de apoios à direção literária de algumas até na produção de traduções, a revisões de texto. Fica por isso com menos tempo para a investigação e escrita. A política vai levar ao exílio do seu marido para o Brasil em 1959. Acompanha-o e ajuda-o em todo o trabalho literário que agora pode desenvolver de uma forma mais livre. Vivem então em Araraquara, no Estado de São Paulo, onde Jorge é professor universitário. A vida irá de novo sofrer uma volta quando a ditadura militar se instala no Brasil em 1964. Assim a família desloca-se para o Estados Unidos aproveitando o convite que Jorge havia recebido da Universidade de Wisconsin para ensinar Literatura Portuguesa. Quando aconteceu em Portugal a revolução do 25 de Abril, Jorge quis regressar. No entanto não houve uma única universidade ou qualquer outra instituição cultural que o quisesse aceitar. Assim a vida da família continuou nos Estados Unidos até que Mécia fica viúva, em Junho de 1978. Jorge tinha morrido com um cancro. Depois da morte de Jorge de Sena, Mécia será ainda mais a figura principal, agora neste capítulo que é a sua “pós” vida, já que foi responsável pela edição de quase 190 obras. Sem dúvida, todo o esforço de Mécia terá como reflexo um bocado da forma de ser de Portugal na sua normalidade. Foi quase por favor que o nosso País aceitou o património, todo o legado que Mécia ofertou à Nação. Em tudo, até nestes momentos, Mécia revelou-se mais que a simples mulher. É a companheira que se materializa no trabalho de Jorge de Sena sendo a sua própria continuidade depois da morte.• ○ >>> P | 15 Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL literatura >>> ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ >>> MAFALDA RAÍNHO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Jorge de Sena É a 2 de Novembro de 1919 que, em Lisboa, nasce Jorge Cândido de Sena. Filho de pais vindos de duas famílias abastadas, faz a sua instrução primária e os primeiros anos do liceu no Colégio Vasco da Gama, concluindo mais tarde os estudos universitários no Liceu Camões. Desde cedo, Jorge teve um grande gosto pela leitura, poesia e música, embora tenha sido Engenharia Civil o curso que tirou entre a Faculdade de Ciências de Lisboa e a de Engenharia do Porto. Apesar de não se ter identificado com o curso, o prazer de escrever esteve sempre presente e, em 1940, sob o pseudónimo de Teles de Abreu, publicou os seus primeiros poemas na revista Cadernos de Poesia, dirigida por Ruy Cinatti e José Blanc de Portugal, amigos que o ajudaram financeiramente a tirar o curso de Engenharia Civil. Dois anos depois publica finalmente o seu primeiro livro de poemas Perseguição que lhe valeu algumas críticas. Em 1944 começa a namorar com Maria Mécia de Freitas Lopes, com quem, cinco anos mais tarde, se casa e com quem tem nove filhos. Mécia foi alguém que esteve incondicionalmente ao seu lado, apoiando Jorge em toda a sua carreira e nas suas mudanças de vida. Em 1946 escreve o seu segundo livro de poemas Coroa da Terra. Em 1947 Sena inicia então a sua carreira de engenheiro, na Direcção Geral dos Serviços de Urbanização e, mais tarde, na Junta Autónoma das Estradas (JAE) onde permanece até ao seu exílio voluntário para o Brasil. Em 1951 escreve o seu primeiro drama O Indesejado. Durante todos estes anos, Sena dedicou também muitos estudos a Fernando Pessoa e sobretudo a Luís de Camões, sobre os quais editou várias publicações, ao longo dos anos. Em 1959, quando se muda então para o Brasil, é lá que começa a exercer atividades na área do ensino. É convidado para dar aulas de Teoria da Literatura, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, no estado de São Paulo. É nesse mesmo ano que publica o seu primeiro ensaio Da Poesia Portuguesa. Trabalhador incansável, Jorge de Sena dedicou-se sempre, simultaneamente, à direção literária em editoras, traduções, revisão de textos… O que lhe roubava algum tempo precioso para a continuação da sua obra literária. Em 1961 passa a lecionar em Araraquara, também em São Paulo, Literatura Portuguesa. A época salazarista no nosso país sempre atormentou Sena, que considerava que éramos um país medíocre, mesquinho e dono de uma intriga no meio literário que o frustravam completamente e é neste seguimento que, em 1963, decide então adotar a nacionalidade brasileira. Dois anos depois muda-se para os Estados Unidos, onde continua a ser professor, desta feita, em Wisconsin. Em 1970 transfere-se para a Universidade da Califórnia onde chefia os departamentos de Espanhol, Português e de Literatura Comparada. Embora adorasse ensinar e de todos os laços criados com a Literatura e os seus alunos, nunca os seus registos nos dão conta de que Sena tenha sido feliz. Em 1974, quando se dá o 25 de Abril em Portugal, então aí a vontade de regressar definitivamente a Portugal é imensa. Ansioso por poder contribuir para a construção de uma democracia no nosso país, volta a Portugal, mas nenhuma universidade ou instituição cultural o convida para qualquer cargo, o que desilude, em muito, o escritor. Assim Jorge de Sena retorna aos Estados Unidos, continuando a carreira construída até então. Em 1977 começa uma trilogia, Poemas, tendo uma edição publicada nesse ano e as outras duas no ano seguinte. É também no ano seguinte, de 1978, a 4 de Junho que morre, vítima de cancro. Várias obras foram publicadas postumamente. Dentro da poesia Visão Perpétua em 1982, Dedicácias em 1999; dentro da prosa Génesis em 1983 e o ensaio Fernando Pessoa & Cia. Heterónima em 1982. A 11 de Setembro de 2009, os restos mortais de Sena são trasladados da Califórnia para Lisboa, para o cemitério dos Prazeres, após uma cerimónia fúnebre de homenagem na Basílica da Estrela. Ainda que o nosso país quase nunca saiba acolher os seus grandes nomes da forma que estes merecem e darlhes o devido reconhecimento, Jorge Sena ficará sempre como um português que singrou, que nos deixou uma vasta obra e que foi, sem dúvida, um dos grandes nomes da poesia e do ensaísmo português, da segunda metade do século XX.• É Tarde, Muito Tarde da Noite É tarde, muito tarde da noite, trabalhei hoje muito, tive de sair, falei com vária gente, voltei, ouço musica, estou terrivelmente cansado. Exactamente terrivelmente com a sua banalidade é o que pode dar a medida do meu cansaço. Como estou cansado. De Ter trabalhado muito, ter feito um grande esforço para depois interessar-me por outras pessoas quando estou cansado demais para me interessarem as pessoas. É tarde, devia ter-me deitado mais cedo, há muito que devera estar a dormir. Mas estou acordado com o meu cansaço e a ouvir música. Desfeito de cansaço incapaz de pensar, incapaz de olhar, totalmente incapaz até de repousar á força de cansaço. Um cansaço terrível da vida, das pessoas, de mim, de tudo. E fumo cigarro após cigarro no desespero de estar tão cansado. E ouço música (por sinal a sonata para violino e piano de César Franck, e depois os Wesendonck Lieder) num puro cansaço de dissolver-me como Brunhilda ou como Isolda no que não aceitarei nunca l amor che muove il sole e l altre stelle. Nada há de comum entre esse amor de que estou cansado, e o outro que não ama, apenas queima e passa , e de cuja dissolução no espaço e no tempo em que vivo estou mais cansado ainda. Dissolvam-se essas damas que eram princesas ou valquírias, se preferem, no eterno. Eu estou cansado de não me dissolver continuamente em cada instante da vida, ou das pessoas, ou de mim, ou de tudo. Qu ai-je á faire de l eternel? I live here. Non abbiamo confusion. E aqui é que morrerei danado de cansaço, como hoje estou tão terrivelmente cansado. JORGE DE SENA ○ P | 16 <<< music by mokkz >>> ○ ○ Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Supertramp, Roger Hodgson, John Miles, Trevor Murrell... E outras histórias! Há uns tempos o meu Papzz mandou-me uma série de links do you tube com uns concertos, os The Night of the Proms, uma cena inventada por uns putos belgas, o Jan Van Esbroeck e o Jan Vereecke que em 1984 tiveram a ideia de organizar um concerto para fazer umas massas. Assim em Antuérpia, a 19 de Outubro de 1985, apresentam um concerto onde misturam a música clássica com o pop e o rock. 13.500 Espectadores encheram o recinto daquele que é atualmente é o maior espetáculo europeu em recinto fechado. Hoje estas séries de anuais de concertos passam pela Bélgica, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Polónia tendo ainda alguns especiais em França, Espanha, Suíça e Luxemburgo. Dos clips que o Papzz me enviou um dos que achei mais brutal foi um do Roger Hodgson a tocar Fools Overture em França em 2004. Fools Overture foi escrito por ele próprio quando estava nos Supertramp. Neste concerto além da orquestra há outro pessoal ligado ao rock a tocar com ele. Entre alguns que não faço a mínima das ideias quem sejam, reconheci o John Miles e o Trevor Murrell, todos uns “velhotes” mas que vi desde miúda a tocarem com pessoal mais brutal e brilhante do mundo da música. O John Miles é um dos ídolos do meu Papzz quando era miúdo. Fiquei a saber isso porque um dia estava a ver a Tina Turner e lá estava o John como diretor musical da Tina. O meu Papzz aproveitou e deu uma daquelas explicações que ele gosta de dar. Duas horas e meia depois eu estava a dormir, odiava o John Miles e nunca mais queria ouvir falar de rock. Na verdade fiquei a saber mais que todas as pessoas que conheço. Esta é uma história que se repete mais ou menos com o Trevor Murrell. Aí há a vantagem de eu ter um grupo de bateristas favoritos e o Trevor é um deles, um personagem muito discreto que já foi baterista da Sade e dos Wham que detesto, da Kim Wilde, da Des’ree, e do Joe Cocker, entre outros. Se essa Mafalda que está aí noutra página qualquer a falar sobre o Jorge de Sena estivesse aqui, já estava a dizer que Cocker é nome de cão. Supertramp Estive ali a ver nos disquinhos do Papzz e encontrei dois álbuns dos Supertramp. “Crime of the Century” com um a etiqueta a dizer Radio City de Nova Iorque com o valor e dez dólares norte americanos. O outro foi comprado num “Drugstore” em Lisboa. Crisis What Crisis com o preço de duzentos e dezasseis escudos e cinquenta centavos o que era de certeza caro para 1976, embora hoje seja pouco mais de um Euro. Os Supertramp que estavam classificados como uma banda de rock progressivo, começaram quando em 1969 um músico, o Rick Davies colocou um anúncio na revista Melody Maker a abrir inscrições para fazer uma banda de rock. Por trás disto estava a massa de um milionário Holandês, o Stanley Miesegaes que achava que a ideia podia resultar. Não ia resultar porque entre o primeiro álbum lançado em Julho de 1970, que era uma porcaria, e Breakfast in America em 1979, vendem para aí uns oitenta milhões de discos, mas como vos explicarei mais à frente o holandês chateia-se. Na primeira formação, o Rick Davies junta-se ao teclista John Miles ○ >>> P | 17 Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL >>> MÓNICA LINDO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ e guitarrista Roger Hodgson, a Richard Palmer, guitarrista que divide a parte vocal com Roger, e Robert Millar que além de precursão, também tocava harmónica. Esta banda inicial chamava-se “Daddy”. Entretanto, já não me lembro quem, se o Rick ou o Roger leram o livro “The Autobiography of a SuperTramp”, uma auto biografia do escritor William Davies, um poeta do País de Gales. O livro foi editado em 1908 e provavelmente não seria conhecido se não fosse o prefácio escrito pelo famoso Bernard Shaw. Se isto não for assim batam na minha irmã que ela percebe tanto de literatura que até perdeu quase cinco minutos a explicar-me esta cena. Foi então por causa do livro que mudaram o nome da banda para Supertramp, traduzido à baldex como o Super Maltrapinho, Mendigo... Pedinte. Bem, mas então eles assinam com uma editora inglesa que se tinha acabado de lançar, a A&M, editora que virá mais tarde a atrair nomes como Peter Frampton ou Gentle Giant. O primeiro álbum, com o título Supertramp, sai em Julho de 1970 e embora ao contrário do habitual tenha sido bem recebido pela crítica, o público não gostou. É um fracasso que só se vai encontrar à venda na Europa importado dos Estados Unidos; é que nem saiu na Europa. O segundo disco, Indelibly Stamped passou pelo mesmo problema, exceto que a capa fosse mais atraente já que era um peito de rapariga ao vivo, sem roupa nenhuma, com uma tatuagem gira em que nenhum homem reparava. Foi outro falhanço comercial, de tal forma que o Holandês chamou-lhes um montão de atrocidades e acabou por lhes cortar o patrocínio. O pessoal da banda abandonou-a exceto o Roger Hodgson e é claro o seu “fundador”, o Rick Davies. Agora sem ter que dar contas a ninguém decidem manter a banda recrutando novos membros. John Helliwell é o novo vocalista, Dougie Thomson é o baixista que também canta de vez em quando, o Dave Winthrop na flauta e saxofone, o Kevin Currie passa pela precursão e ainda temos o Frank Farrell no baixo. Uns entram e outros saem, mas a base mantêm-se com Rick e Roger. Finalmente sai um álbum de jeito em 1974. Chama-se Crime of the Century com grandes temas como Dreamer ou School. Em 1975 sai o Crisis What Crisis com um tema de abertura no lado dois muito giro, Lady. Mas Even in the Quietest Moments, com um tema que para mim é verdadeiramente sinfónico, Fool’s Overture é o supra momento de Roger. Em 1979, sai Breakfast in America que vai dar por si só, quatro singles. Chega-se a 1982 em que sai Famous Last Words. Este álbum não virá a vender tão bem e sem ser por isso, o Roger Hogson abandona a banda no ano seguinte e houve quem dissesse que era por falta de inspiração do Roger. Bem, se é por falta de inspiração, fogo! Só editou mais quatro álbuns de aceitável sucesso e um DVD ao vivo. O que eu acho é que ele andava a ter conversas profundas na horizontal com a mulher do Rick e ao contrário dela, ele, Rick, não gostou e por isso o Roger lá teve que ir embora antes que andasse tudo ao soco. Depois oficialmente disse-se que era a mulher do Roger é que não se dava com a mulher do Rick. Sem Roger os Supertramp seguem e ainda hoje tocam e editam, embora que com uns intervalos. O primeiro disco sem Roger é Brother Where You Bound onde até contam com a participação de David Guilmour. Em 2005 ainda houve uma tentativa falhada de fazer uma reconciliação com Roger Hogson, lança em 1984 In The Eye of the Storm. Houve uns estúpidos que vieram logo afirmar que era um estilo copiado dos Supertramp. Embora os temas fossem todos assinados pelo Roger e pelo Rick, a verdade é que só School é quer era dos dois, por isso é mais natural dizer que Roger Hodgson tinha um som muito parecido consigo próprio. O primeiro single do álbum é um tema ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Roger Hodgson verdadeiramente Hodgsiano, já que na versão de estúdio de Had a Dream, ele toca todos os instrumentos. Em 1985 caiu por uma escada abaixo, partiu os dois pulsos e por isso aproveitou para não tocar piano durante uns tempos. Durante anos participa em diversos projetos que não me encantam particularmente. Entretanto em 2001 depois de uma participação All-Starr Band Começou a compor com o ex Yes, Trevor Rabin e com Ringo Star. Entretanto, é assim que finalmente em 2005 vamos dar à The Night of the Proms. No mesmo ano tocou em concerto pela primeira vez desde 1985, o Shepherd Bush Empire em Londres, um espaço absolutamente intimista logo ali duas estações de metro depois de Nothing Hill. Em 30 de Outubro grande concerto de Fields of the Nephilim no Empire; a não perder! Por causa da Night of the Proms já lá para trás falei do Trevor Murrell, o baterista, e do John Miles, famoso por causa de um tema chamado Music, a quem nunca liguei muito até ter encontrado o nome dele associado ao Paul Thompson um grande baterista de uma grande banda, os Roxy Music, a banda do pedante do Bryan Ferry. A primeira banda do John foi “The Influence” de onde saiu para fazer o “John Miles Set” uma banda que formou mas que teve uma curta e insignificante história. Já a solo a história vai ser diferente. John é um músico Trevor Murrell que compõe todos os temas de quatro álbuns que edita entre 1976 e 1980, Rebel, Stranger in the City, Zaragon e More Miles per Hour. Toca a convite do Alan Parsons e do Eric Woolfson no Alan Parsons Project, uma banda que o tinha impressionado bastante desde o lançamento em 1975 de Tales of Mystery and Imagination, uma composição electro sinfónica baseada em histórias do escritor Edgar Allan Poe. Embora a Tina Turner o tenha convidado para diretor musical da sua banda, função que desempenhou desde 1987 até aos fins dos anos 90, John reparte o seu coração musical várias vezes com o rock sinfónico. É por isso que tenho que falar de Alan Parsons, uma fusão invulgar, já que enquanto o Alan era um excelente engenheiro de som e produtor de concertos, o Eric cantava, escrevia música sinfónica e era advogado. Para alguns temas o Eric convidava outros intérpretes para cantarem. Um dia visitam a cidade de Barcelona onde não podem deixar de ir à Sagrada Família. Alan e Eric ficam tão maravilhados com tudo que imediatamente compõem um álbum a que dão o nome de Gaudi. Gravam-no entre meados de 1985 e 1986. Um dos temas é precisamente La Sagrada Família, tema para quem convidam John Miles para a vocalização. La Sagrada Família será um dos temas que John Miles irá cantar com o projeto Alan Parsons na segunda edição do Night of the Proms. Aliás, John Miles já desde o primeiro Night que participou nessas séries de concertos onde as bandas tocam temas acompanhados por uma orquestra. John à frente da sua banda de acompanhamento a Electric Band é conhecido como o Mister Proms. O John Miles participou como teclista no álbum Night Calls do Joe Cocker, onde reencontrou o Trevor Murrell tendo-o convidado a fazer parte da Electric band. O Trevor só a partir de 1994 é que passa a fazer parte da Electric Orchestra já que como eu já tinha dito, andava de baquetas por outras bandas. Outro dos membros da Electric que me apetece é o Laurie Anderson, que também tocou uns anos na banda de suporte da Tina Turner, parte do elenco como músico convidado em We Will Rock You, o musical que está há anos em Londres, e tendo tocado entre outros com Eric Clapton, Mick Jagger, Brian May, e Phill Collins... ... Ups, já não cabe mais texto; xauzz.• P | 18 <<< destaque >>> ○ ○ Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ >>> ALCINO MONTEIRO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ De 8 a 13 de Junho Vila Nova de Famalicão vive as Festas Antoninas A cidade de Vila Nova de Famalicão prepara-se para reviver as seculares festas em honra de Santo António, denominadas “Festas Antoninas”. Prova de Atletismo, desfile de automóveis antigos e clássicos, concertos no estádio municipal, desfile folclórico, feira-popular, são, entre outras, as principais atracões do vasto programa popular das festas da cidade e do concelho de Vila Nova de Famalicão, que contam ainda com as rusgas, as fogueiras e o fogo-deartifício. Os pontos altos do programa popular das Festas Antoninas de 2012, acontecem no dia 8 à tarde, com as Marchas Antoninas das crianças e, no dia 9 à noite, com as Marchas Populares, organizadas por associações e instituições do concelho, que todos os anos atraem à cidade dezenas de milhar de famalicenses e forasteiros. As Festas Antoninas contam ainda com um rico programa de cariz religioso, no dia 13, feriado municipal, de que se destaca, durante a manhã, a Missa Solene, presidida pelo Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, e a distribuição do “Pão de Santo António”. Pelas 17 horas tem lugar a procissão em honra do padroeiro deste concelho, com representações alusivas à vida de Santo António, destacando-se o andor artisticamente decorado e transportado numa viatura dos Bombeiros Voluntários, com a imagem do santo. A tradição das bandas filarmónicas também se mantém, com um concerto antes e depois da procissão, na praça D. Maria II, mesmo na baixa da cidade. São ainda tradição as quadras populares alusivas às maiores festas populares de Vila Nova de Famalicão, que ajudam a decorar as montras dos estabelecimentos comerciais e, como esta é também a terra de Camilo Castelo Branco, não falta uma caminhada camiliana, em homenagem ao romancista. O culto a Santo António em Vila Nova de Famalicão é muito antigo. Há registos de que, na capela em honra de São Ivo, levantada no lugar da Granja, já em 1696, existia e se venerava a imagem de Santo António de Lisboa e, desde então, até hoje tem sido festejado por milhares e milhares de devotos. A referência às “festas de Santo António” remonta a 1895, mas é em 1908 que, com a designação Festas Antoninas, “os famalicenses descem à rua, vindos de todas as partes do concelho, para se deliciarem com o vasto e colorido programa das festas” – lê-se num trabalho publicado em 1986, na publicação “Páginas de Vila Nova de Famalicão”. No mesmo trabalho, lê-se ainda que no “sábado, dia 13 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Vila Nova de Famalicão continuaram a deslumbrar, sempre com programas variados e atrativos, em que as marchas antoninas, quer das crianças, quer dos adultos criaram raízes e são hoje dos números mais apreciados. A cidade e o concelho de Vila Nova de Famalicão revivem de 8 a 13 do próximo mês de Junho as suas festas, para as quais deixam o convite, agradecendo, desde já, a sua visita e participação. • de Junho de 1908, uma estrondosa salva de 21 tiros anunciou o começo das festividades”. O programa contou com a participação das Bandas dos Bombeiros Voluntários e dos Conceições e, segundo as crónicas dessa época, as iluminações “foram soberbas e de um efeito verdadeiramente belo (…) o fogo-de-artifício, a cargo dos pirotécnicos de Viana do Castelo e de Chavão, deslumbrou quantos o presenciaram”. Ao longo de mais de um século, as Festas Antoninas de ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ PUB ○ ○ >>> P | 19 Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ >>> TEXTO: DR.ª FERNANDA TAVARES {MÉDICA GINECOLOGISTA/OBSTETRA, AMI - CASA DE SAÚDE DE GUIMARÃES E AMI - HOSPITAL PRIVADO DE GUIMARÃES} saúde >>> ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Osteoporose/ Densitometria Óssea A osteoporose é definida como uma doença do esqueleto caracterizada por uma diminuição da massa óssea e deterioração da arquitetura do tecido ósseo, com o consequente aumento da fragilidade do osso. O reconhecimento desta situação é silenciosa e assintomática, a não ser que ocorra uma fratura, sendo a prevenção de fraturas o principal objetivo da terapêutica de osteoporose. As fraturas mais prevalentes são as do colo do fémur, vertebrais e do punho. A fratura do colo do fémur é a mais importante pela sua mortalidade/morbilidade e consequências sócio económicas. As consequências das diversas fraturas são graves. A osteoporose é considerada um dos maiores problemas de saúde pública do nosso tempo. A incidência das fraturas aumenta com a idade e é três vezes mais frequente na mulher do que no homem, devido ao menor pico de massa óssea na mulher quando jovem e a diminuição hormonal após a menopausa, fatores que levam a uma diminuição da densidade mineral óssea. São considerados fatores de risco maior de osteoporose: idade superior a 65 anos; fratura vertebral prévia; fratura de fragilidade depois dos 40 anos; história de fratura da anca num dos progenitores; terapêutica corticoide sistémica com mais de 3 meses de duração; menopausa precoce (<40 anos); hipogonadismo; hiperparatiroidismo primário. São considerados factores de risco menor: história de hipertiroidismo clínico; terapêutica crónica com antiepiléticos; baixo aporte de cálcio na dieta; tabagismo; consumo excessivo de cafeína (> 2 chávenas por dia); consumo excessivo de bebidas alcoólicas; índice de massa corporal (IMC) inferior a 19 Kg/ m2; perda de peso superior a 10% relativamente ao peso do indivíduo aos 25 anos; terapêutica crónica com heparina; imobilização prolongada. COMO DEFINIR A MASSA ÓSSEA A definição de diminuição de massa óssea é baseada no uso do índice de T-Scores, que mede o desvio padrão da densidade mineral óssea (DMO) e o conteúdo mineral ósseo, relativamente ao adulto jovem. É impossível separar claramente aquele que tem risco de fratura. Contudo o uso do “T-Scores” da densidade mineral óssea (DMO) identifica a maioria dos doentes com risco de fratura osteoporótica. Classificação de Osteoporose pela OMS sustentada no índice Critérios de diagnóstico Te”1 -2.5<T<-1 Te” -2.5 Td” -2.5 + Fratura de fragilidade (T-Scores) Classificação Normal Osteopénia Osteoporose Osteoporose grave A fragilidade do osso é difícil de definir e de quantificar. A quantidade de osso é um dos fatores que condiciona a sua qualidade e pode ser medida. A densidade óssea é avaliada através da Densitometria Óssea A Densitometria óssea deve ser pedia a: • Mulheres com mais de 65 anos; • Homens com mais de 70 anos; • Homens/Mulheres que estejam a fazer terapêutica com corticoides; • Homens/Mulheres que tenham sofrido uma fratura; • Sempre que existam fatores de risco significativos ou fraturas de fragilidade (fraturas de baixo impacto); A osteoporose é considerada um dos maiores problemas de saúde pública do nosso tempo. • Quando se pretende avaliar a eficácia das medidas preventivas ou terapêuticas. LOCAIS A AVALIAR POR DENSITOMETRIA ÓSSEA A densidade óssea pode ser avaliada em qualquer local, mas os que estão atualmente validados são: • Coluna Vertebral; • Fémur Proximal; • Antebraço. O objetivo principal da intervenção farmacológica é a prevenção de fraturas. Para o tratamento atempado é indispensável identificar corretamente os indivíduos em risco. PREVENÇÃO E TRATAMENTO Várias sociedades científicas elaboraram recomendações para o tratamento da osteoporose baseadas na densitometria óssea. Sugere-se que o tratamento esta indicado: • Mulheres/homens com osteoporose (T-Score na DMO inferior a -2.5); • Mulheres/homens com osteopenia (T-Score na DMO entre -2.5 e-1.0) e com fatores de risco concomitantes. A prevenção e tratamento não farmacológico consistem na manutenção ao longo da vida de hábitos e estilos de vida saudáveis. Está demonstrado que o exercício físico é importante: • Na adolescência para otimizar a aquisição do pico de massa óssea • Os exercícios de carga ao longo da vida têm efeitos positivos sobre o osso; • Em idade avançada o exercício melhora a força muscular e promove o equilíbrio; • É importante a ingestão equilibrada de cálcio e vitamina D, bem como exposição solar adequada; • Para os idosos com risco de queda, a prevenção das fraturas deve incluir a prevenção das quedas.• P | 20 <<< vinhos & bebidas >>> ○ ○ Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ >>> MANUEL SILVA, IN REVISTA PAIXÃO PELO VINHO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ESPUMANTES LOW COST As melhores opções para convívios perfeitos São vinhos para fazer festa todos os dias. Os espumantes nacionais são cada vez mais uma opção inteligente para acompanhar uma refeição despretensiosa ou para degustar um momento de tranquilidade em boa companhia. O prazer inebriante de um espumoso está cada vez mais ao alcance de todas as bolsas. Boas notícias em tempos de crise. Por trás de um bom espumante está sempre um grande vinho base. Não é possível fazê-los de outra maneira. Os espumantes revelam todas as potencialidades das uvas que lhes deram origem e levam a experiência da degustação mais além. Do Douro ao Alentejo, passando pelos Verdes, até aos incontornáveis Bairrada e TávoraVarosa surgem cada vez mais bons exemplos. Dão, Lisboa, e até mesmo o Algarve, pontuam com vinhos cada vez mais interessantes no preço, curiosos nas castas que laboram e obrigatórios pela qualidade que apresentam. PRAZER ENTRE OS 4 E OS 10 EUROS Por menos de quatro/cinco euros é possível encontrar bons espumantes nas prateleiras de um supermercado. Abrindo um pouco mais os cordões à bolsa descobrimos verdadeiras preciosidades. Reservas e Super Reservas. Espumantes com anos de estágio em cave que nos são apresentados por menos de dez euros. Extremamente vivos, estes vinhos, são o produto de vindimas temporãs. Os enólogos procuram em cada casta o momento certo para obter acidez elevada e maturações precoces. As uvas são colhidas em regra 15 dias a um mês antes do que seria aconselhado para fazer um vinho de mesa. A intensão é combinar frescura com um grau alcoólico provável, após a fermentação primária em cubas de inox, raramente superior a 11,5%. Os espumantes são vinhos muito trabalhados. O seu método de fabrico implica a indução de uma segunda fermentação já em garrafa. Este processo eleva o teor de álcool em um grau a um grau e meio e produz gás carbónico. São os cordões de bolhas deste gás natural que emprestam a principal característica a estes vinhos especiais. Quanto mais finas elas se revelarem, e quanto mais persistente for o cordão que formam no copo, melhor será o espumante. VINHOS GASTRONÓMICOS Em França os Champanhes, que nestas coisas servem obrigatoriamente de termo de comparação, sempre foram os vinhos para a coroação dos reis. Talvez por isso associemos o seu consumo, sobre tudo, às grandes comemorações. No entanto, se lhes reconhecemos qualidade superior deveriam estar mais presentes nas nossas mesas. Não há nenhuma razão para que tal não aconteça. As suas características revelam muito mais vinhos de refeição perfeitos, do que compras para festa. Os espumantes harmonizam com mariscos, pratos de carne ligeiros, ou assados encorpados. São também incontornáveis para acompanhar grelhados de peixe ou as saladas dos dias quentes que este ano se anteciparam ao calendário das estações. Para cada tipo de espumante há sempre um momento ou um prato certos. BRANCOS SUPERIORES No que toca as castas brancas os franceses limitam os seus Champanhes à Chardonnay. Por cá cada vez mais engarrafamos a riqueza e diversidade varietal do País. Os resultados têm-se revelado surpreendentes. Arinto, Malvasia Fina, Gouveio Real ou Avesso foram as primeiras castas usadas para a vinificação de espumantes. Hoje em dia Encruzado, Códega, Antão Vaz, Maria Gomes, Alvarinho ou Síria são cada vez mais comuns. Há muitos produtores a fazerem experiências bem-sucedidas com Bical, Verdelho ou a exótica Semillon, mais conhecida por ser a base dos melhores Colheitas Tardias do mercado. Mas há mais para descobrir neste mundo dos espumantes por menos de dez euros - Os Blanc de Noir. BRANCOS DE UVAS TINTAS Os Blanc de Noir são vinhos espumantes descolorados feitos a partir de castas tintas. Muito mais volumosos que os brancos estão no topo da hierarquia. De uma cor alambreada, são volúpia feita vinho. Apresentam aromas de cereja, frutos vermelhos, além das tradicionais notas de biscoito, fruta branca, compota de pêra, e maçã. Em Champanhe, a eterna referência para todos os espumantes do mundo, são feitos tradicionalmente com uvas das castas Pinot Noir e Pinot Meunier. Por cá fazemos espumantes deste tipo com as portuguesíssimas Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Baga, Alfrocheiro, Castelão ou a menos conhecida Trincadeira das Pratas uma casta ribatejana de aromas a ervas frescas, limão e lima, com um elevado potencial para este tipo de espumantes mais trabalhados. O resultado são vinhos surpreendentes que permitem guarda e deveriam ser presença constante na garrafeira, e na mesa, de qualquer enófilo. UM PAÍS COM BOLHA Muitos produtores têm apostado na elaboração de espumantes de qualidade. As grandes casas como a Murganheira, as Caves Transmontanas, a Aliança ou a centenária Raposeira fazem destes vinhos um modo de vida. Para quase todos os outros os espumantes são um produto de nicho e de prestígio. Os volumes são pequenos, às vezes quase laboratoriais, mas assumem cada vez maior importância nos portefólios de quase todos os produtores engarrafadores. Os espumantes nacionais são o resultado de um cada vez mais profundo conhecimento da vinha, da aposta tecnológica nas adegas e no apuro dos conhecimentos dos enólogos – tudo razões de crescente orgulho no caminho percorrido pelo setor vitivinícola nos últimos anos. É obrigatório provar o resultado. Atreva-se!• >>> P | 21 Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL >>> MARIA HELENA DUARTE ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ QUINTA DO ENCONTRO ESPUMANTE BRANCO NATURAL BRUTO Preço: 3.90• | Vol.: 12% Castas: ARINTO, BICAL, BAGA. Enólogo: OSVALDO AMADO Produtor: DÃO SUL COR: Citrina com ligeiros tons alambreados, bolha muito fina e persistente, limpo. AROMA: Notória complexidade, nuances de frutos frescos e notas tostadas bem integradas, curioso. SABOR: Elegante, harmonioso, com musse cativante, frutado, termina persistente. MARQUÊS DE MARIALVA DOC BAIRRADA ESP. BRANCO BRUTO 2008 Preço: 4.99• | Vol.: 12.5% Castas: BICAL, ARINTO. Enólogo: S/INFO Produtor: ADEGA COOP. DE CANTANHEDE COR: Citrino definido, bolha fina e persistente, limpo. AROMA: Frutos de polpa branca, citrinos, cereal tostado e avelã, estão em destaque. SABOR: Boa complexidade, com musse cativante, conjunto harmonioso, termina longo e persistente. QUINTA DOS ABIBES DOC BAIRRADA ESP. B. EXTRA BRUTO 2010 Preço: 7.00• | Vol.: 12.5% Castas: ARINTO, BAGA. Enólogo: OSVALDO AMADO Produtor: QUINTA DOS ABIBES COR: Alambreada atenuada, a lembrar Blanc de Noirs, bolha muito fina e persistente, cristalino. AROMA: Exuberante; intenso em cassis e nuances de frutos vermelhos frescos, frutos citrinos aliam-se ao agradável conjunto. SABOR: Frutado, fresco, excelente musse, boa estrutura, deixa um final prolongado e apelativo. QUINTA DO POÇO DO LOBO VEQPRD BAIRRADA ESPUMANTE BRANCO BRUTO 2007 Preço: 6.99• | Vol.: 13% Castas: ARINTO, CHARDONNAY Enólogo: JOSÉ CARVALHEIRA Produtor: CAVES SÃO JOÃO COR: Amarelo citrino, bolha fina e cordão persistente, cristalino. AROMA: Elegante; notas de vegetal seco, feno, madeira exótica bem integrada, nuances de biscoito, ameixa branca, alperce, toque de mel. SABOR: Na boca confirma o aroma, é muito sedutor, tudo em equilíbrio, cremoso, encorpado, deixa um final persistente e apelativo. Sumos naturais O sumo é uma das melhores formas de desfrutar de todos os nutrientes da fruta que, pois proporciona a rápida uma absorção. A hidratação é um fator muito im-portante na saúde do nosso corpo que ganha ainda mais destaque nesta altura do ano, em que as temperatu-ras começam a ser mais elevadas. A água é, por isso, essencial ao nosso organismo, sendo também o principal componente da fruta. Assim, o consumo de sumos naturais é uma excelente forma de hidratar o corpo e consumir uma enorme variedade de vitaminas e sais minerais. Podem fazer-se sumos de quase todos os frutos (e até legumes), basta ter uma máquina adequada, isto porque os copos de batidos e as máquinas de cozinha não são tão eficazes, a não ser que tenham um acessório próprio. As vitaminas antioxidantes que se encontram na fruta protegem o corpo aos mais diversos níveis, sendo eficazes até para prevenir o cancro ou doenças cardíacas. Apesar de todos os benefícios convém lembrar que ao transformar a fruta em sumo também está a perder as fibras, razão pela qual também a deve comer. Escolha fruta da época, sempre fresca, não há limites para a criatividade no que toca à preparação, o seu gosto é que conta e a experimentação é fundamental. Depois de preparado o sumo deve ser bebido de imediato, pois depressa oxida e perde nutrientes. BENEFÍCIOS DOS SUMOS Os sumos naturais contém muitas das vitaminas identificadas pela Organização Mundial da Saúde como essenciais para a manutenção de uma vida saudável – vitaminas A, C e E. Protegem o sistema imunitário, previnem o cancro, depuram e curam e fornecem energia. Descubra algumas das propriedades medicinais da fruta: Abacaxi – facilita a digestão, é oxidante e desobstrutivo. Ameixa – é laxante e recomendada para as infeções das vias urinárias devido às suas propriedades diuréticas. Banana – combate a diarreia e tem efeitos calmantes. Coco – é calmante e combate as inflamações dos intestinos. Laranja – estimula o apetite, é laxante e diurética e é excelente no combate ao reumatismo e à falta de vitamina C. Limão – é eficaz contra a febre e reumatismo. Maçã – combate a diarreia e é benéfica para o cérebro. Manga - é digestiva e refrescante. Maracujá – é calmante, alivia as dores e as inflamações. Melão – é calmante e diurético. Morango – é diurético, laxante, elimina toxinas do fígado. Pera – ajuda a baixar a tensão arterial. Pêssego – é um precioso alimento para os diabéticos. Uva - aumenta a vitalidade do sistema nervoso.• ○ P | 22 <<< ranchos da minha terra >>> ○ ○ Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ >>> ALCINO MONTEIRO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Grupo Folclórico de S. Tiago da Cruz (Vila Nova de Famalicão) Fiel intérprete das danças e cantares do Baixo Minho Fundado em Abril de 1979, o Grupo Folclórico de S. Tiago da Cruz é um fiel intérprete das danças e cantares do Baixo Minho e, em particular, do concelho de Vila Nova de Famalicão. Denominada de “Sancto Jacob da Forca” em tempos não muito remotos, a localidade que dá o nome a este grupo folclórico, é uma das 49 freguesias que compõem o concelho de Vila Nova de Famalicão, distando cerca de cinco quilómetros da cidade/sede do concelho e cerca de 15 da cidade de Braga. Situa-se entre dois vales. A nascente, o vale do rio Pelhe, através do qual faz fronteira com as freguesias de Vale S. Cosme e Vale S. Martinho e a poente, o vale de Pindela, onde se localiza o solar dos viscondes com este título, e de Mouquim. É atravessada, lá no alto, pela EN 14, que liga Famalicão a Braga e constitui um interessante miradouro, de onde se podem apreciar as belas paisagens minhotas a longa distância. É a partir do século XVI que o nome “Forca” é substituído por “Cruz”, julga-se que, para suavizar a conotação com o sofrimento dos condenados. De facto, embora a Cruz seja também sinónimo de sofrimento, para os crentes é, sobretudo, um símbolo de fé e de esperança na salvação da humanidade e terá sido esta a principal razão porque a freguesia recebeu esta designação. Cruz, ou S. Tiago da Cruz, como é mais comum chamarem-lhe, é uma terra de seculares tradições, de usos e costumes ancestrais, que o Grupo Folclórico não quer deixar perder. Foi com esse propósito que foi fundado. O dia-a-dia da população local era, ainda recentemente, repartido entre as fábricas têxteis das redondezas e o trabalho do campo. A vida do campo hoje é menos representativa e o trabalho nas fábricas têxteis, devido à crise do sector, é também menos visível, estando a população ativa repartida pelos mais diversos sectores de atividade, o que não a impede de continuar a preservar a sua cultura popular, o seu património coletivo, de se orgulhar do seu património edificado, com destaque para o já referido solar dos viscondes de Pindela, a Igreja Paroquial e a Capela do Senhor dos Aflitos, com o seu frondoso parque de merendas, onde se realiza anualmente, entre os dias 23 e 25 de Julho, uma das mais concorridas romarias do concelho de Vila Nova de Famalicão e da região, em honra do apóstolo São Tiago e do Senhor dos Aflitos. É neste contexto sociocultural que o Grupo Folclórico de S. Tiago da Cruz desenvolve o seu trabalho, intensificando a recolha das danças e cantares, dos trajes e da forma de vida de outros tempos, que recria nas suas atuações. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Junto à Capela do Senhor dos Aflitos, ex-libris de S. Tiago da Cruz. ○ Durante os seus 33 anos de existência, o “Rancho de Santiago”, como também é conhecido, já percorreu o país de norte a sul, exibindo o folclore da região baixominhota em festas e romarias, festivais de folclore nacionais e internacionais e noutros eventos. A nível internacional, Espanha e França são os países onde o Grupo Folclórico de S. Tiago da Cruz também já mostrou a diversidade das suas danças e cantares, com destaque para o “malhão velho”, “o bá ‘steija queto”, “Adelino padeiro”, “Senhor da Cruz”, “malhão traçado”, “vira de roda”, “balacho”, “coradinha”, etc., bem como a riqueza dos trajes de lavradores ricos, de feirar, do trabalho do campo, da patroa da casa grande, da noiva “feiranta”, domingueiros, etc. A tocata é constituída por tocadores de concertina, de cavaquinho, viola, bombo, ferrinhos e reco-reco, que acompanham as vozes feminina e masculina, atualmente menos projetadas, porque as novas tecnologias se encarregam de as fazer ouvir à distância, mas com o sabor de antigamente, em que cada um procurava fazer-se ouvir o mais longe possível nas extensas e férteis veigas do concelho de Vila Nova de Famalicão e das redondezas. O Grupo Folclórico de S. Tiago da Cruz quer continuar a merecer a simpatia de todos aqueles que gostam do folclore e para isso pode ser contactado no largo do Senhor dos Aflitos, em Cruz, Vila Nova de Famalicão ou através do nº 914153564.• A tocada “afina” para mais uma atuação. A dançar na eira, como antigamente. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ PUB ○ ○ >>> P | 23 Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL horóscopo >>> ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ TOURO | 21.04 a 21.05 GÉMEOS | 23.05 a 21.05 CARANGUEJO | 22.06 a 23.07 LEÃO | 24.07 a 23.08 Maio será um mês em que terá de fazer algumas escolhas. Chegou a hora, de tomar novas decisões. É provável que algumas pessoas se afastem de si, pois estará bastante impulsivo, no entanto na vida profissional a sua seriedade e o fato de encarar tudo sem medo, vai valer uma merecida subida de consideração, quer para os superiores quer para os seus colegas. Se está num relacionamento, lembre-se que a paixão e cumplicidade são muito importantes. Os que estão sós, podem agora viver a paixão que tanto anseiam. A nível de saúde, a sua coluna poderá causar alguma preocupação. Este período será marcado por algum pessimismo e melancolia. O fato de se sentir estagnado, pode tirar a vontade de se divertir e levá-lo a isolar-se e afastar-se de quem o rodeia. No entanto, a meio do mês poderá contar com uma mudança positiva, e vai notar melhoria de humor. A nível profissional vai contar com o auxílio de um novo colega o que o motivará a ter a garra de sempre. Se está num relacionamento, a sua impaciência pode agora criar alguns atritos, procure moderar as suas atitudes. Durante esta fase poderá sentir um certo desgaste, caso ache necessário consulte um médico. As palavras-chave serão a simplicidade e a humildade. As emoções estarão bastante acentuadas, o que vai levar a que tenha necessidade de dar amor e sobretudo cuidar dos outros. A nível profissional o seu potencial estará no auge. O fato de se demonstrar disponível para os seus colegas, vai fazer toda a diferença. Aproveite esta fase, pois alguns projetos podem agora ser realizados. No amor vai sentir necessidade de viver a sua relação ao máximo e sobretudo estar sempre presente na vida do seu parceiro. Será um periodo de grande vitalidade. Aproveite, para gastar energia. Maio trará grandes desafios e muito trabalho. Alguns projetos e sonhos antigos, podem agora realizar-se. A amizade, também terá um papel bastante importante para si, uma vez que vai querer partilhar toda a felicidade com as pessoas que mais ama, sobretudo os amigos. Aproveite! Não tenha receio de encarar novos desafios profissionais. O seu poder de argumentação, criatividade e comunicação, serão meio caminho andado para chegar onde pretende. No amor procure estar mais presente e ser mais tolerante, aprenda a separar a vida pessoal de tudo o resto. Controle mais as horas de sono. VIRGEM | 24.08 a 23.09 BALANÇA | 27.09 a 22.10 ESCORPIÃO | 23.10 a 22.11 SAGITÁRIO | 23.11 a 21.12 Prudência e a atenção, serão o seu lema. Chegou a hora de fazer algumas mudanças, mas também de iniciar novas atividades, como tirar um curso, recomeçar um novo projeto ou um negócio próprio. Este será o momento ideal, terá de escolher qual o melhor percurso a fazer. Vai sentir que a sua energia está renovada. Prepare-se para novos desafios. E se estiver num relacionamento, não tenha receio de pedir conselhos ao seu parceiro, pois este pode ser a pessoa mais indicada para o que necessitar. Não se esqueça de ir fazer os seus exames de rotina. Vai sentir-se mais seguro que o habitual e com elevada autoestima, uma vez que estará numa fase de grande magnetismo. A sua capacidade de comunicação também será bastante visível e vai ajudar a que consiga exprimir de forma clara tudo o que pretende. A nível profissional o seu lado racional vai ajudar a que veja tudo com mais clareza. Uma atividade extra vai fazer com que consiga equilibrar as suas finanças. Acredite no seu potencial. É a hora ideal para dar um passo mais sério na sua relação. Tome especial atenção aos seus rins. O seu lado compreensivo e amigo estará bem presente durante Maio e Junho, o que fará com que seja bastante elogiado e que ninguém lhe negue o que quer que seja. A nível profissional, depois de um período de alguns atritos, chegou a hora de recuperar tudo o que perdeu, inclusive o tempo. É a altura certa para começar a fazer o seu pé-de-meia e terá oportunidade de realizar alguns sonhos antigos. Invista em si sem receios, pois as ajudas serão muitas. No amor nada de novo, continuará a dedicar o máximo tempo possível a si próprio. Faça mais caminhadas ao ar livre a fim de se exercitar. O mês de Maio estará repleto de surpresas e oportunidades que não poderá perder. Poderá sentir alguma ansiedade e também algum nervosismo, no entanto é importante que se lembre que não está sozinho e pode contar com o apoio de quem o rodeia. Terá também a oportunidade de ver o seu talento reconhecido pelos demais e realizar algumas viagens de pequeno curso que darão frutos positivos. Mantenha uma postura humilde, evite atos egocêntricos e concentre-se no que realmente é importante. Terá necessidade de fazer uma análise da sua vida quer emocional, quer profissional. Pratique ioga. CAPRICÓRNIO | 22.12 a 20.01 AQUÁRIO | 21.01 a 19.02 PEIXES | 20.02 A 20.03 CARNEIRO | 21.03 A 20.04 Vai sentir a necessidade de se desapegar mais das pessoas que o rodeiam, o que poderá criar alguns atritos e até pôr as suas atitudes em causa. Caso surja alguma situação delicada, esclareça-a da melhor forma. A nível profissional será um mês marcado por decisões e contará com conselhos de superiores, vai melhorar mais o seu potencial e só terá benefícios. Agarre as novas oportunidades. Se está num relacionamento, o seu par será a sua prioridade e as emoções estarão à flor da pele. Para os que estão sós, é provável que se reconciliem com alguém do passado. Alimente-se melhor. Vai poder contar com a sua capacidade de raciocínio, mas também com a sua força interior, o que vai fazer com que consiga lidar com algumas situações inesperadas principalmente a nível pessoal, uma vez que são esperados alguns atritos profissionais. Alguns assuntos pendentes, relacionados com questões financeiras podem agora encontrar a resolução desejada, deverá ter algum cuidado em relação a algumas pessoas implicadas nessas questões. Evite cometer erros do passado. O conhecimento de uma nova pessoa, poderá levar a um relacionamento. Na saúde podem surgir problemas reumáticos. Vai dedicar mais tempo à sua família e sobretudo ao seu parceiro. O convívio com aqueles que ama, vai ajudar a que se sinta mais positivo e com mais força, para encarar todos os obstáculos. Estar parado não será o seu lema pelo que terá muita necessidade de criar coisas e novas e de as partilhar com as pessoas mais próximas. A nível profissional não terá razões para se preocupar. Todas as parcerias ou novos conhecimentos estarão favorecidos. Faça uso da sua astúcia e só terá a ganhar com isso. Se está num relacionamento, é a altura ideal para aumentar a família. É a altura ideal para deixar de fumar. Avizinham-se desafios a vencer. A forma, como vai agir perante os outros fará toda a diferença. Embora possa entrar numa boa fase, por vezes poderá sentir que não está completo ou que é dono de algumas insatisfações. A nível profissional, a fase é ideal para iniciar novas atividades que tragam um rendimento extra, mas também para se dedicar a alguns projetos, que por tempos suspendeu. Não deixará de sentir, por vezes, uma certa estagnação ou até melancolia. Procure afastar esses sentimentos negativos e aproveite a sorte em que se encontra. No amor não haverá novidades. Faça mais exercício físico.
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