Anais do Evento - II SIMBOT/SINFAN 2013

Transcrição

Anais do Evento - II SIMBOT/SINFAN 2013
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e
IIº Simpósio Nacional de Frutíferas do Norte e Nordeste
Manaus-AM
2013
Introdução
O SINBOT surgiu a partir de uma iniciativa dos professores da UFLA, Unifal-MG e
UFSJ em conjunto com o Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada da UFLA com o
intuito de proporcionar uma maior integração entre os grupos de pesquisa e alunos dessas
instituições, bem como de outros grupos no Brasil e no exterior. O SINFAN nasceu de um
grande projeto de rede intitulado "Valoração e Uso Sustentável de Espécies Frutíferas e
Ornamentais Nativas da Amazônia e do Nordeste Subexploradas Economicamente",
financiado pelo MCT/CNPq/MEC/CAPES/FNDCT Ação Transversal/FAPs Nº 47/2010 SISBIOTA BRASIL. Esse projeto compreende a cooperação de professores e alunos da
UFLA ligados ao Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, a UFAM, a UFS e a
Embrapa Roraima. A primeira versão do evento foi realizada em Lavras-MG em 2013. A
segunda edição do Evento foi realizada em Manaus-AM de 25 a 28 de setembro de 2013
sediada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Esse evento contou com 582
participantes inscritos. Os trabalhos foram avaliados pela comissão científica sendo
disponibilizados no presente documento, contudo a responsabilidade do conteúdo dos
trabalhos é inteiramente dos autores.
As instituições envolvidas na execução do SINBOT/SINFAN foram:
•
•
•
•
•
•
•
Universidade Federal do Amazonas (UFAM);
Universidade Federal de Roraima (UFRR);
Universidade Federal de Lavras (UFLA);
Universidade Federal de Sergipe (UFS);
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA);
Embrapa Amazônia Ocidental;
Embrapa Roraima;
Comissão organizadora
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Maria Teresa Gomes Lopes (Presidente – UFAM)
Edvan Alves Chagas (Vice-Presidente – Embrapa Roraima)
Regina Caetano Quisen (Embrapa Amazônia Ocidental)
Evaristo Mauro de Castro (UFLA)
Fabricio José Pereira (UFLA)
Moacir Pasqual (UFLA)
Rafael Pio (UFLA)
Arie Fitzgerald Blank (UFS)
Jania Lilia da Silva Bentes (UFAM)
Ires Paula de Andrade Miranda (INPA)
Pollyana Cardoso Chagas (UFRR)
Valdinar Ferreira Melo (UFRR)
Marcelo Polo (UNIFAL-MG)
Luiz Antônio de Oliveira (INPA)
Comissão Científica
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Dr. Edvan Alves Chagas (Embrapa Roraima)
Dra. Teresinha Costa Silveira de Albuquerque (Embrapa Roraima)
Dr. Oscar José Smiderle (Embrapa Roraima)
Dr. Otoniel Ribeiro Duarte (Embrapa Roraima)
Dra. Aline das Graças de Souza (Embrapa Roraima)
Dra. Verônica Andrade dos Santos (Embrapa Roraima)
Dra. Christinny Giselly Bacelar Lima (Embrapa Roraima)
Dra. Maria Fernanda Durigan (Embrapa Roraima)
Dra. Yanameika Evangelista da Silva (Embrapa Roraima)
Dra. Jania Lilia da Silva Bentes (UFAM)
Dr. Antenor Francisco de Figueiredo (UFAM)
Dr. Ari Hidalgo de Freitas (UFAM)
Dr. José Ferreira da Silva (UFAM)
Dr. Marcio Rocha (UFAM)
Dr. Daniel Felipe de Oliveira Gentil (UFAM)
Dr. Ernesto Oliveira Serra Pinto (UFAM)
Dra. Maria Teresa Gomes Lopes (UFAM)
Dra. Jânia Lilia da Silva Bentes (UFAM)
Dra. Walnice Maria Oliveira do Nascimento (Embrapa Amazônia Oriental)
Dra. Maria Aparecida das Graças Claret de Souza (Embrapa Amazônia
Ocidental)
Dra. Cristiane Krug (Embrapa Amazônia Ocidental)
Dra. Sara de Almeida Rios (Embrapa Amazônia Ocidental)
Dra. Maria Geralda Souza (Embrapa Amazônia Ocidental)
Dra. Everton Rabelo Cordeiro (Embrapa Amazônia Ocidental)
Dra. Kaoru Yuyama (INPA)
Dr. Charles Clement (INPA)
Dr. Luis Antonio de Oliveira (INPA)
Dr. Leandro Camargo Neves (UFRR)
Dra. Valdinar Ferreira Melo (UFRR)
Dr. Wellington Farias Araújo (UFRR)
Dra. Pollyana Cardoso Chagas (UFRR)
Dr. Arie Fitzgerald Blank (UFS)
Dra. Maria de Fátima Arrigoni-Blank (UFS)
Dr. Rafael Pio (UFLA)
Doutoranda Marinês Ferreira Pires (Programa de Pós-Graduação em Botânica
Aplicada - UFLA)
Doutoranda Katiucia Dias Fernandes (Programa de Pós-Graduação em Botânica
Aplicada - UFLA)
Doutorando Luis Carlos de Almeida Rodrigues (Programa de Pós-Graduação em
Botânica Aplicada - UFLA)
Dr. Manuel Losada Gavilanes (UFLA)
Dra. Cynthia de Oliveira
Dra. Adriana Tiemi Nakamura (UFLA)
Dr. Marcelo Polo (UNIFAL-MG)
Doutoranda Renata Alves Lara Silva (Programa de Pós-Graduação em
Fitotecnia - UFLA)
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Doutorando João Paulo Martins (Programa de Pós-Graduação em Botânica
Aplicada - UFLA)
Doutoranda Ylana Cláudia Medeiros Paula (Programa de Pós-Graduação em
Fitotecnia - UFLA)
Doutoranda Maria Gomes Dias (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA)
Doutorando Vicente Luiz Naves (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA)
Doutoranda Helida Mara Magalhaes (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
- UFLA)
Doutoranda Adalvan Daniel Martins (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
- UFLA)
Dra. Joyce Dória Rodrigues Soares (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA)
Dr. Filipe Almendagna Rodrigues (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA)
Dr. Fabricio de Sousa Guimarães (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA)
Dr. Marcelo Caetano de Oliveira (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA)
Dra. Leila Aparecida Salles Pio (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA)
Dra. Claudinéia Ferreira Nunes (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA)
Dra. Dalilhia Nazaré dos Santos (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA)
Dra. Paula Nogueira Curi (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia)
Dr. Pedro Henrique Abreu Moura (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia)
Para localizar seus trabalhos de uma forma rápida, caso esteja usando o Adobe
Reader® clique no menu “Editar” e então em “Localizar” (ou pode ser usado o atalho
Ctrl+F). Quando abrir a janela de busca insira uma palavra de seu nome, do título,
palavras-chave ou do corpo do texto e clique em “enter”. A cada novo clique na tecla
“enter” uma nova ocorrência da palavra no documento será marcada e você será
direcionado imediatamente para essa página.
Atenciosamente,
A comissão organizadora
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA GERMINAÇÃO DAS SEMENTES DE COPAÍBA
(Copaifera multijuga Hayne - Fabaceae)
Danilo Souto FERREIRA1*, Adriano Amir DIDONET¹, Clarissa Lopes OLIVEIRA², Isolde
Dorothea Kossmann FERRAZ¹
C. multijuga, é uma árvore emergente da floresta amazônica de terra firme, explorada por
extrativismo por causa do óleo-resina, extraído do tronco, e de sua madeira leve. Para uso mais
racional da espécie há necessidade de plantios silviculturais e consequentemente de um comércio de
sementes. As temperaturas cardeais de germinação norteiam o manejo das sementes, além da
temperatura ótima ser essencial para elaboração do protocolo de análise de sementes. Frutos e
sementes foram coletados de uma população natural na região de Manaus-AM, em julho de 2011.
Os experimentos foram realizados em câmaras de germinação em temperaturas constantes de 5, 10,
15, 20, 25, 30, 35 e 40 °C (+ 1 °C) e fotoperíodo de 12 horas. A semeadura ocorreu em caixas de
plástico tipo gerbox sobre vermiculita de granulação média. Observou-se cinco vezes por semana a
protrusão da raiz e a formação de plântulas normais, até a estabilização do processo de germinação.
A germinação das sementes ocorreu entre 5 e 35 °C. Com o aumento da temperatura, houve
aumento significativo da percentagem de germinação e diminuição no tempo médio. A temperatura
de 40 °C foi letal às sementes. A maior taxa de germinação para ambos os critérios, ocorreu nas
temperaturas de 30 e 35 °C, entretanto o menor tempo de germinação foi obtido a 35 °C, indicando
essa temperatura como ótima para o processo germinativo. Nesta condição, a primeira e segunda
contagem podem ser realizadas aos 14 e 41 dias, respectivamente, após a semeadura.
Palavras-chave: Copaifera multijuga, Copaíba-roxa; protocolo de qualidade; Amazônia; PFNM.
Créditos de financiamentos: CNPq
1
1: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Programa de Pós-Graduação em Botânica,
Manaus- AM, Brasil
2: Universidade Federal do Amazonas, Departamento de Biologia, Campus Universitário, ManausAM, Brasil
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 1
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ÁCIDO GIBERÉLICO PARA UNIFORMIZAR A GERMINAÇÃO EM SEMENTES
DE TUCUMAZEIRO-DO-PARÁ (Astrocaryum vulgare Mart. - Arecaceae)
Nouglas Veloso Barbosa MENDES1*, Walnice Maria Oliveira do NASCIMENTO2, Rozane
Franci de Moraes TAVARES1, Deyse Jacqueline da Paixão MALCHER¹
As sementes do tucumanzeiro-do-pará (Astrocaryum vulgare Mart. - Arecaceae) apresentam
germinação baixa e lenta, tornando desuniforme sua propagação por meio de sementes. O
objetivo do trabalho foi estabelecer procedimentos para a quebra da dormência visando à
uniformização da germinação de sementes do tucumã com uso do ácido giberélico. Para tanto
os frutos foram colhidos de plantas matrizes estabelecidos no BAG Tucumã da Embrapa
Amazônia Oriental. Após o beneficiamento dos frutos, que constou da retirada da polpa, os
pirênios (endocarpo + semente) foram submetidos à secagem lenta, em ambiente com
temperatura de 25±2ºC e umidade relativa do ar de 55±5%, até o desprendimento das
sementes do endocarpo. Após a secagem, procedeu-se a quebra do endocarpo com auxílio de
uma prensa mecânica, sendo que os caroços foram envolvidos em tira de borracha para evitar
danos às sementes. Os seguintes tratamentos foram testados: a) sementes embebidas solução
de 200 mg.L-1 de AG3; b) sementes embebidas em solução de 400 mg.L-1 de AG3; c)
sementes embebidas em solução de 600 mg.L-1 de AG3; d) sementes embebidas em solução
de 800 mg.L-1 de AG3. Após 24 horas de embebição em cada concentração de AG3 as
sementes foram semeadas em substrato composto pela mistura de areia + serragem curtida na
proporção volumétrica de 1:1. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com
quatro tratamentos, quatro repetições com 25 sementes por parcela. Os dados foram
transformados em
as médias foram comparadas pelo teste de Duncan a 5% de
probabilidade. Foram realizadas as seguintes avaliações: emergência de plântulas e tempo
médio de germinação. O número de plântulas emersas foi avaliado 785 dias após a
semeadura. As maiores médias para a porcentagem de germinação foram encontradas nos
tratamentos com embebição das sementes em solução de 200 e 400 mg.L-1 de AG3, com 47%
de germinação. A menor média foi obtida quando as sementes foram embebidas em solução
de 800 mg.L-1 de AG3, com 15% de germinação. O tempo médio de germinação variou entre
453 a 577 dias. Conclui-se que ainda não foi possível o estabelecimento de métodos para
uniformizar e acelerar a germinação de sementes de A. vulgare. No entanto, novos estudos
estão sendo conduzidos visando atingir os objetivos da pesquisa.
Palavras-chave: Dormência, Pirênio, Endocarpo.
1
Universidade Federal Rural da Amazônia, CEP: 66.077-901, Belém, PA, Brasil. 2Embrapa
Amazônia Oriental, Laboratório de Propagação de Plantas, caixa postal 48, CEP 66095-100,
Belém, PA, Brasil.
* [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 2
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
INFLUÊNCIA DO ESPAÇAMENTO E COBERTURA SOBRE O ÍNDICE DE
ÁREA FOLIAR E CLOROFILA EM FRAMBOESEIRAS
Paula Nogueira CURI1*, Pedro Henrique Abreu MOURA1, Lucas Pinto
BOTELHO2, Rodrigo Vieira BALBI2, Flávio Gabriel BIANCHINI1, Filipe
Bittencourt Machado de SOUZA1
O cultivo da framboeseira representa uma atividade promissora para a diversificação da
fruticultura sul mineira. A região possui microclima favorável ao cultivo desta espécie
e está sob localização estratégica para a comercialização dos frutos. O objetivo deste
trabalho foi avaliar o teor de clorofila e o índice de área foliar em framboeseiras
‘Batum’, comparando plantas cultivadas em dois espaçamentos, sob cobertura plástica e
a céu aberto. O experimento foi realizado em plantas sem cobertura ou cobertas sobre o
dossel com cobertura plástica e em dois espaçamentos de plantio. O delineamento
adotado foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 2, sendo o primeiro fator os
dois espaçamentos entre plantas (0,50 e 0,25 m) e o segundo fator o uso ou não da
cobertura sobre o dossel das plantas, com seis blocos e 10 plantas por parcela. As
coletas de campo para o índice de área foliar foram realizadas com o aparelho modelo
LAI-2200 no mês de abril de 2013. Para tal foi utilizado um sensor ótico (LAI-2250)
acoplado ao equipamento com um view cap de 90°. As leituras foram realizadas,
inicialmente, com 5 registros da radiação acima da copa da vegetação, seguida de 5
registros de radiação abaixo da copa no mesmo ponto, sendo que foram avaliados 3
pontos em cada bloco. Após a integralização das leituras o equipamento fornecia o
Índice de Área Foliar do bloco. As avaliações da clorofila foram efetuadas em três
folhas por repetição, tendo-se utilizado sempre a folha do terço médio das plantas, não
sombreada por outras folhas. Foi utilizando o medidor portátil clorofilômetro, modelo
SPAD-502. As leituras foram feitas em apenas um lado da nervura, aproximadamente
no centro e a 0,6 mm da margem da lâmina da folha (distância fixada pelo regulador de
profundidade do aparelho). Segundo o teste de Tukey a 5% de probabilidade, as
framboeseiras ‘Batum’ descobertas apresentaram um maior índice de área foliar, mas
não houve diferença para os dois espaçamentos. Quanto ao teor de clorofila, não houve
diferença significativa em nenhum dos tratamentos.
Palavras-chave: Rubus idaeus L., Cor da folha, SPAD.
Agradecimento: À FAPEMIG pelo apoio financeiro.
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de PósGraduação em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP:
37200-000, Lavras-MG, Brasil.
2: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduando em
Agronomia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG,
Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 3
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
A CULTURA DA BANANEIRA NO MUNICÍPIO DE RIO PRETO DA EVA,
AMAZONAS, NO ANO AGRÍCOLA DE 2012.
Maricleide Maia SAID1, Luiz Antonio de OLIVEIRA2
Em 2002 a Food and Agriculture Organization (FAO), classificou o Brasil como o
terceiro maior produtor mundial de banana, com 6,4 milhões de toneladas nos 508 mil
hectares cultivados. A produtividade de 12,5 t/ha/a é baixa comparada com países que
lideram o mercado global, como a Costa Rica, por exemplo, que tem produtividade
média de 46,6 t/ha/a. Dados do IBGE 2010 indicam que a região Norte participa com
11,70% da produção brasileira de banana em mais de 70 mil hectares de área colhida e
produção que ultrapassa 814 mil toneladas. Contudo, a produtividade média ainda é
muito baixa, com apenas 11,51 t/ha/a. No mesmo período, o Estado do Amazonas
manteve 6.768 hectares de área colhida produzindo mais de 79 mil toneladas de frutos
com rendimento médio levemente maior que o da região, apresentando produtividade de
11,78 t/ha/a. O município de Rio Preto da Eva, distante 84 km da capital Manaus, é
referenciado pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do
Estado do Amazonas/IDAM , como o segundo maior produtor de banana do Estado. Em
2012, o município contava com aproximadamente 380 produtores de banana com 620
hectares plantados e 530 ha produzindo. As principais cultivares plantadas no município
são a Thap Maeo, Caipira, Pacovã, FHIA 18 e Prata Ken com, respectivamente, 52%,
22%, 18%, 6% e 2% da área plantada. Um estudo realizado no Município avaliou a
produção de banana na safra de 2012, entrevistando 30 produtores distribuídos nos
ramais do Novo Horizonte, do ZF-9 e ramal do Banco. As 30 propriedades somavam
área total de 1.230 ha, dos quais 83 são cultivados com banana. As 86.091 bananeiras
adultas produziam 96.000 quilos de banana por mês nas 30 propriedades analisadas. A
média de área total das propriedades, área cultivada com bananeiras, e plantas em fase
de produção de frutos são, de 41 ha, 2,8 ha, 2.870, respectivamente. Cada propriedade
tem em média 2.976 plantas, com produção média de 3.290 quilos de banana por mês.
A produtividade média dos 83 hectares analisados foi de 13,9 t/ha/ano é muito baixa se
comparada à produção já alcançada na região de 50 t/ha/a, sendo um reflexo do manejo
inadequado da cultura nas propriedades estudadas.
Palavras chave: Produtividade vegetal, manejo vegetal, agricultura familiar.
Os autores são bolsistas do CNPq e o projeto recebeu financiamento do CNPq.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 4
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
A CULTURA DO CUPUAÇUZEIRO NO MUNICÍPIO DO CAREIRO,
AMAZONAS, NO ANO AGRÍCOLA DE 2011/2012.
Maricleide Maia SAID1, Luiz Antonio de OLIVEIRA2
As frutas nativas brasileiras se projetam em mercados regional, nacional e
internacional. A região amazônica dispõe de terras desmatadas e degradadas, recursos
hídricos para irrigação, climas e solos adequados e, apesar disso, importa grande
quantidade de frutas tropicais de outras regiões do país. Todos esses fatores propiciam o
desenvolvimento da fruticultura sustentável na Amazônia como forma de
desenvolvimento da região e melhoria na qualidade de vida da população, em especial
as que são originárias da zona rural, cuja economia possui relação direta com o
agronegócio. A região amazônica mantém grandes cultivos de cupuaçu, hoje
considerado o fruto mais popular da Amazônia. A contínua expansão do comércio de
polpa de cupuaçu tem garantido ao produtor a segurança de venda da produção agrícola
dessa espécie. Os dados descritos a seguir se referem às vinte e uma propriedades
analisadas no Município do Careiro no Amazonas, com o objetivo de diagnosticar os
cultivos da espécie. Todos os plantios analisados nesse município eram plantios
contendo plantas adultas, com mais de três anos de formação. Eles somam uma área
total de 372 ha, dos quais 37,5 são cultivados com cupuaçu, com um total de 5.860
árvores produzindo frutos nas 21 propriedades. A média de área total das propriedades,
área cultivada com cupuaçu, distribuição de árvores por hectare e árvores em fase de
produção de frutos são, respectivamente, de 17,7 ha, 1,8 ha, 185 plantas e 279 árvores
por propriedade. A produção total dessas propriedades foi de 22.981 kg de polpa (média
de 1.094 kg/propriedade), 9.246 kg de sementes (média de 440 kg/propriedade), 27.851
kg de cascas (média de 1.326 kg/propriedade) e, médias de produções de polpas,
sementes e cascas por árvore de 4,1 kg, 1,9 kg e 5,0 kg respectivamente. Cada árvore
produziu, em média, 3,9 kg de polpa, 1,6 kg de sementes e 4,8 kg de cascas, valores
esses, extremamente baixos. Pelas análises do presente estudo, constatou-se que esses
produtores nunca adubaram suas culturas de cupuaçu e nem controlaram pragas, como a
broca do fruto do cupuaçuzeiro Conotrachelus sp (Coleoptera:Curculionidae) e a ervade-passarinho (Struthantus flexicaulis), nem a vassoura-de-bruxa (Moniliophthora
perniciosa (Stahel) Aime & Phillips-Mora), a doença mais disseminada nessa cultura,
atribuindo-se a estes fatores os baixos rendimentos com o cultivo do cupuaçu
estimulando os produtores ao abandono dos cultivos.
Palavras chave: Cupuaçu, produtividade vegetal, manejo vegetal, produção agrícola.
Os autores são bolsistas do CNPq e o projeto recebeu financiamento do CNPq.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 5
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
A ORGANIZAÇÃO SÓCIO CULTURAL, AMBIENTAL DA COMUNIDADE
INDÍGENA TICOÇA, SERRAS EM RORAIMA
Denilda Martins LEVEL1* , Mariana Souza da CUNHA1, Jocivânia de OLIVEIRA1
Atualmente uma das formas de preservar o meio ambiente é impedir à destruição das
variedades de espécies de plantas existente em nosso país. Sabemos que desde os princípios o
homem procurou alternativas para manter suas condições de vida. E tudo, dependeu dos
recursos da natureza utilizando dela as plantas medicinais e, são elas utilizadas para os mais
variados fins. Devido as suas propriedades as plantas têm se tornado alvo de estudo dos
laboratórios das indústrias farmacêuticas e Universidades para o isolamento de novos
princípios ativos os quais podem ser utilizados na produção de novos fármacos. Cada grupo
de pessoa tem o entendimento próprio sobre o preparo, o uso de plantas para diversos
tratamento e prevenção, utilizando desde os frutos, sementes, folhas, flores, caules, cascas,
entre-cascas, raízes qualquer parte da planta. O levantamento realizado foi por meio de
questionário e entrevistas com a comunidade. Diante disso, os entrevistados indicaram que as
populações indígenas em Roraima o uso de plantas ainda é constante, pois são os anciões que
servem como fontes de conhecimentos sobre plantas nativas e exóticas utilizadas na medicina
tradicional. Exemplo disso é a Dilleniaceae, Curatella americana L., caimbé, Kuratikiye’
utilizada como analgésico e anti-inflamatório, casca, entre casca e folhas sob a forma de chás
e infusões. Esses saberes sempre são repassados de gerações em gerações, onde o projeto de
Educação Ambiental visa a conscientização, capaz de envolver professores e desenvolver nos
alunos a capacidade de reconhecer situações de desequilíbrio ambiental e a importância de se
conservar a biodiversidade na comunidade. Pretendendo-se, favorecer a construção de um
instrumento científico que permita ao aluno perceber-se inserido no meio ambiente,
favorecendo a superação da vida da visão distanciada entre o ser humano e a natureza, voltado
para a formação de pessoas críticas capazes de interpretar o seu contexto social, cultural e
ambiental e apontar caminhos alternativos para a superação dos problemas do cotidiano, as
quais interferem direta ou indiretamente na qualidade de vida. Além do mais, grande tarefa da
escola é proporcionar uma educação de qualidade para que o aluno como cidadão indígena
conscientes de suas responsabilidades passe a contribuir na preservação da Etnobotânica e da
medicina tradicional, com isso valorizar o conhecimento e a identidade indígena do povo
macuxi.
Palavras chave: Medicina tradicional, Comunidade, Povo macuxi
Apoio: Capes, PIBID – Diversidade/UFRR
1
Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena,
Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000 Boa
Vista-RR, Brasil.
*[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 6
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ÁCIDOS ORGANICOS NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE
CUPUAÇUZEIRO
Verônica Andrade dos SANTOS1*, Maria da Conceição Rocha ARAÚJO2, Edvan Alves
CHAGAS1, Guilherme LOCATELLE3, Teresinha Costa Silveira de ALBUQUERQUE1,
Elias Ariel de MOURA3, Ricardo Manuel Bardales LOZANO 2
A fertilização foliar é uma prática importante que se torna econômica, pois ocorre um alto
índice de absorção dos nutrientes pelas plantas, mas pouco conhecida pelos produtores
regionais de Cupuaçuzeiro. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de
ácidos orgânicos via foliar no desenvolvimento de mudas de Cupuaçuzeiro. O trabalho foi
realizado no Setor de Fruticultura da Embrapa Roraima, localizado no município de Boa
Vista. As sementes para formação das mudas foram retiradas de frutos maduros, sadios
provenientes da coleção de genótipos de Cupuaçuzeiro do Campo Experimental da Confiança
- Embrapa. A semeadura foi realizada em canteiro tendo como substrato areia e serragem na
proporção de 1:1, em casa de vegetação com sistema de irrigação. Após emergência as
plântulas foram transplantadas em sacos de polietileno contendo 3 kg de solo e como
substrato areia e esterco na proporção de 3:1:1, após transplantio foram colocadas sobre
bancadas em casa de vegetação com irrigações constantes. O delineamento experimental
utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), cinco doses do fertilizante organomineral
Aminon® ( 0; 1ml/L-1, 2 ml/L-1; 4 ml/L-1 e 6 ml/L-1), quatro repetições e cinco plantas por
parcela. Após seis meses foram avaliadas as características de: comprimento da parte aérea
(cm), diâmetro do colo (mm), número de folhas e massa seca das raízes e parte aérea (g). Os
resultados foram submetidos à análise de variância e regressão pelo programa SISVAR®. De
acordo os resultados observados foi contando que a dose de 6 ml/L-1 proporcionou maior
altura das plantas 50,50 cm, enquanto que a testemunha alcançou apenas 31,25 cm, a massa
seca de raízes e parte aérea também foi maior com a maior dose 6 ml/L-1 3,57 e 4,30
respectivamente. Em relação ao diâmetro houve incremento com as doses de 4 ml/L-1 e 6
ml/L-1 , no entanto não houve diferenças significativas para o número de folhas. O
fertilizante organomineral na dose de 6 ml/L-1 foi eficiente para promover
maior
desenvolvimento de mudas de Cupuaçuzeiro.
Palavras chaves: Theobroma grandiflorum, Fruta nativa, Cupuaçu.
Apoio financeiro: CNPq/CAPES/UFRR e EMBRAPA-RR
1: Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, S/N, Boa Vista- RR, CEP: 69301-970, Boa
Vista-RR, Brasil; 2 Doutorandos em Biodiversidade e conservação - Rede Bionorte Boa
Vista- RR, Brasil; 3: Estudantes do curso de agronomia-UFRR,bolsistas CNPq.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 7
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ÁRVORES DO SUL DO AMAZONAS: GUIA DE ESPÉCIES DE INTERESSE
ECONÔMICO E ECOLÓGICO
Gabriel Cardoso CARRERO¹*, Raylton dos Santos PEREIRA², Marcelo Jacaúna do
AMARAL³, Heberton Henrique Dimas de BARROS4, Manuel de Jesus Vieira LIMA
JÚNIOR5, Vitor Moura Esteves COLUNA6.
Este trabalho tem o objetivo de divulgar um guia que serve como ferramenta para os coletores de
sementes da região sul do Amazonas. Ao mesmo tempo, também é um guia para divulgar a
importância ecológica e econômica das árvores da região para os estudantes, professores,
tomadores de decisão e o público em geral. Foi concebido para ser utilizado no dia-a-dia dos
coletores, tem dicas práticas e fotos ilustradas de como identificar, coletar, beneficiar e armazenar
sementes de espécies arbóreas. O guia é composto mais de 40 espécies que produzem madeira e
produtos não-madeireiros para diversos fins (castanhas, óleo-resinas, fibras, frutos, etc.), além de
espécies indicadas para recuperação florestal e sistemas agroflorestais, como é o caso das
leguminosas. Para a confecção e estruturação do documento, além do trabalho de dois anos na
sistematização de informações e fotos em Apuí realizado pelos coletores, técnicos e
pesquisadores, foram utilizadas diversas fontes da literatura específica disponível em livros,
artigos, resumos e websites especializados. Os resultados encontrados estão descritos de maneira
prática e fácil de compreender. Para auxiliar o uso desse guia de árvores, ao início são descritas
recomendações gerais sobre a coleta, o beneficiamento e o armazenamento de sementes. A
abordagem de cada árvore do sul do Amazonas está composta por: identificação da espécie (com
nome científico, nomes populares, número de registro de cultivares no Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento), características gerais da espécie (ocorrência e características
botânicas de folha, flor, fruto, sementes e aspectos ecológicos existentes), fenologia de
frutificação e dicas importantes sobre coleta e métodos de beneficiamento, bem como indicações
de armazenamento, além de indicar os usos. Este guia dá suporte à rede de sementes do sul do
Amazonas e divulga o saber local sobre as árvores que permeiam o imaginário dos moradores de
Apuí e o saber científico atual através de uma leitura simples. Ter este conhecimento difundido é
o primeiro passo para incentivar o desenvolvimento sustentável de atividades produtivas
florestais e recuperar os passivos ambientais de inúmeras propriedades rurais na Amazônia. Ao
mesmo tempo, fornece subsídios para fortalecer um mercado que promove a geração de renda
para agricultores familiares e populações tradicionais e gera benefícios ambientais.
Palavras-chave: sementes tropicais, produtos florestais não-madeireiros, restauração florestal,
Apuí, sensibilização ambiental.
Pesquisa financiada pelo Fundo Vale
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 8
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ACÚMULO DE MASSA SECA EM MUDAS DE CUPUAÇUZEIRO COM USO
DE FERTILIZANTE FOLIAR
Elias Ariel de MOURA*1, Verônica Andrade dos SANTOS2, Pollyana Cardoso
CHAGAS3, Edvan Alves CHAGAS4, Marcela Liege da SILVA5, Adamor Barbosa
Mota Filho6
O cupuaçuzeiro Theobroma grandiflorum é uma das principais frutíferas nativas da
Amazônia, pertencente à família Malvaceae. Sendo bem apreciada na região pelas
características de sabor e aroma de sua polpa. A maioria dos solos, onde se têm
estabelecido os plantios de cupuaçu na região, é de baixa fertilidade natural, e a
adubação, quando realizada, é feita de forma empírica, sendo poucos os estudos feitos
neste sentido. A nutrição adequada nas mudas de cupuaçu é de fundamental importância
para manter um crescimento vigoroso e elevadas produtividades, neste contexto, o
objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações do
fertilizante foliar em dois intervalos de aplicação no acúmulo de massa seca em mudas
de cupuaçuzeiro. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado
em esquema fatorial de 5 x 2, sendo cinco doses do fertilizante foliar M-10® (0, 1, 2, 4,
e 6 ml L-1) e dois intervalos de aplicações (7 e 14 dias), totalizando dez tratamentos,
quatro repetições e cinco plantas por repetição. As variáveis avaliadas foram
comprimento do sistema radicular (cm), massa fresca e seca da parte aérea e do sistema
radicular (g). Os resultados foram submetidos à análise de variância, sendo os dados
quantitativos submetidos à análise de regressão e os dados qualitativos ao teste de
Tukey, a 5% de probabilidade. Para o comprimento do sistema radicular houve efeito
significativo apenas para o fator intervalo de aplicação, a massa fresca da parte aérea e
do sistema radicular apresentou interação significativa para os fatores intervalos e doses
e a massa seca da parte aérea e do sistema radicular não apresentou efeito significativo
para nenhum dos fatores avaliados. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que
para formação das mudas de cupuaçu a melhor concentração do fertilizante foliar é a de
4 ml L-1 com intervalo de aplicação aos 7 dias.
Palavras - chave: Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Shum.), Nutrição,
Propagação.
Apoio financeiro PIBIC-CNPq/CAPES/
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 9
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITOS DE DIFERENTES DOSES DE NPK NA ADUBAÇÃO DE COBERTURA EM
PORTA-ENXERTO DE CAMU-CAMU
Diego Lima SILVA1, Aline das Graças SOUZA2, Edvan Alves CHAGAS3,
Verônica Andrade dos SANTOS2, Joanice Silvestre de SOUZA4, Olisson Mesquita de
SOUZA1
O camu camu (Myrciaria dubia H. B. K. Mc Waugh) é uma planta tipicamente amazônica,
pertencente à família Myrtaceae. Apresenta porte arbustivo e vegeta espontaneamente às margens
de rios, lagos e igarapés da Amazônia Brasileira, sendo encontrada na estação invernosa, parcial
ou totalmente submersa. Sua importância sócio econômica reside no fato de seus frutos
apresentarem um alto teor de vitamina C, sendo utilizados nos setores da farmacologia,
fabricação de cosméticos e bebidas. Sua importância tem aumentado a demanda por pesquisas em
busca de maiores informações a respeito do seu cultivo, pois pouco se sabe sobre as condições
ideais de cultivo e de elementos essências ao bom desenvolvimento das plantas de camu camu.
Por não ser uma espécie domesticada, pouco se sabe sobre as condições ideais para o cultivo do
camu camu, uma vez que há poucos trabalhos de pesquisa sobre essa espécie, principalmente na
área de nutrição. O experimento foi instalado com o objetivo de avaliar o efeito da aplicação de
NPK no crescimento inicial de porta-enxertos de camu camu. O delineamento experimental
utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 5x2 (doses de NPK 0; 0,5; 1,0; 2,0 e
3,0 g/1,5 dm3 e épocas de avaliação 14 e 28 dias) com quatro repetições. Cada repetição foi
composta por cinco plantas (uma em cada saco de polietileno), totalizando 200 plantas, sendo 20
plantas por tratamento. As variáveis avaliadas foram comprimento da parte aérea e raízes (cm),
diâmetro do colo (mm), número de folhas, massa fresca da parte aérea e raízes, massa seca da
parte aérea e raízes. Os resultados foram submetidos à análise de variância e os dados
quantitativos foram submetidos a analise de regressão a 5% de probabilidade. A análise dos
dados revelou influência das doses NPK, sobre a altura e diâmetro das mudas de camu camu. No
entanto não houve interação entre as doses e intervalos de aplicação. As mudas de camu camu
obtiveram maiores valores para altura quando na ausência de aplicação de doses de NPK,
atingindo em média 28 cm. O crescimento das plantas foi afetado pela aplicação das doses mais
altas, causando toxidez ou desequilíbrio nutricional. Entretanto, à medida que aumentaram as
doses foram limitadas a produção da massa fresca e seca do sistema radicular e da parte aérea.
Palavras-chave: Nutrição, Propagação, Crescimento
1
Graduando do curso de agronomia Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências
Agrárias, Campus do Cauamé BR-174, km 12, Monte Cristo, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR,
Brasil.
2
Pesquisadora Bolsista de pós-doutorado - CAPES/PNPD-Embrapa RR, Rodovia BR-174, Km 8
Distrito Industrial. CEP: 69301-970 Boa Vista/RR.
3
Eng. Agrônomo, Pesquisador da Embrapa-RR. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
4
Graduando do curso de agronomia – UERR, Boa Vista-RR.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 10
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA NA EMERGÊNCIA E DESENVOLVIMENTO
INICIAL DE PLÂNTULAS DE ARAÇA-BOI1
Marcela Liege da Silva MOURA*2, Edvan Alves CHAGAS3, Elias Ariel de
MOURA4, Maria Luiza GRIGIO5
O araçá-boi é uma frutífera que apresenta grande potencial de uso devido ao
sabor e aroma agradável de seus frutos, que permite a produção de sucos, sorvetes,
cremes entre outros. Contudo, sua exploração econômica está limitada em função da
elevada presença de dormência de suas sementes devido ao tegumento, que ao secar
torna-se resistente à ruptura pelo embrião. Neste sentido, o presente trabalho teve como
objetivo avaliar a quebra de dormência em sementes de araçá-boi. O delineamento
experimental foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 3, com 4 repetições
de 8 sementes, sendo quatro tratamentos de quebra de dormência: (1) semente intacta
(Testemunha), (2) sementes tratadas com ácido sulfúrico, na concentração de a 98% por
7 minutos, (3) retirada do tegumento no lado oposto à emergência do hipocótilo e (4)
lixamento do lado oposto à emergência do hipocótilo e três substratos diferentes: areia,
serragem e areia + serragem. Foram avaliados a porcentagem de germinação, o índice
de velocidade de emergência (IVE) e o diâmetro do caule, aos 120 dias de cultivo. Os
dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de
Tukey à 5% de probabilidade. Para a variável diâmetro de caule houve interação
significativa entre os fatores estudados. As sementes intactas apresentaram maior
espessura de diâmetro de caule (0,92 cm) quando semeadas em substrato areia não
diferindo estatisticamente do substrato serragem (0,85 cm). As melhores porcentagens
de emergência foram observadas para a testemunha, com 90% das sementes emergidas,
assim como os maiores IVEs, em todos os substratos utilizados, provavelmente devido a
injúrias causadas ao embrião nos tratamentos testados, ocasionando um impedimento à
emergência das plântulas. O alto índice de germinação das sementes pode ser explicado
pelas altas temperaturas, uma vez que a faixa ótima de temperatura para espécies de
regiões tropicais está entre 20 e 35ºC. Concluiu-se que os tratamentos realizados nas
sementes para a quebra de dormência não se apresentaram superiores ao tratamento
testemunha.
Palavras-chave: Eugenia stipitata; Quebra de dormência; Emergência.
Créditos de Financiamento: CNPq e FEMAHR.
1
Parte do trabalho de tese da autora.
Rede Bionorte, Programa de Doutorado em Conservação e Biodiversidade da
Amazônia, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil.
3
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Bolsista Produtividade em
Pesquisa do CNPq, Rodovia BR 174, km 08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301970, Boa Vista-RR.
4
Universidade Federal de Roraima, Departamento de Fruticultura, Rodovia BR 174, km
08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR.
5
Rede Bionorte, Programa de Doutorado em Conservação e Biodiversidade da
Amazônia, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
2
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 11
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ANÁLISE IN SILICO DE PROTEÍNAS DE QUATRO ESPÉCIES DA FAMÍLIA
EUPHORBIACEAE
Rodrigo de Oliveira ALMEIDA1*; Emi Rainildes LORENZETTI2
Devido a grande importância econômica de algumas espécies da família Euphorbiaceae,
trabalhos na área da genômica e proteômica vêm se intensificando. Grande quantidade de
informações estão sendo depositadas nos bancos de dados públicos, como National Center for
Biotechnology Information (NCBI), European Molecular Biology Laboratory (EMBL) e
DNA Data Bank of Japan (DDBJ). Assim, a bioinformática mostra-se como uma ferramenta
indispensável para a análise de grandes volumes de informações. O objetivo foi analisar in
silico as proteínas de quatro espécies da família Euphorbiaceae quanto ao tamanho. Para isso,
sequências proteicas das espécies Hevea brasiliensis (seringueira), Jatropha curcas (pinhão
manso), Manihot esculenta (mandioca) e Ricinus communis (mamona), oriundas do GenBank
foram utilizadas neste trabalho, totalizando 65.719 sequências. O desenvolvimento dos scripts
para a solução de problemas biológicos computacionais foi feito em linguagem de
programação Perl (Pratical Extraction and Report Language), sob a plataforma Linux.
Sequências sob a anotação “hypothetical protein” e “unnamed protein product” foram
retiradas (32.013 e 372, respectivamente), totalizando 32.385 sequências descartadas. Após
este procedimento, as sequências foram separadas de acordo com o número de aminoácidos (a
cada 50 aminoácidos), formando assim 63 grupos distintos (P1a P63). Para as espécies Hevea
brasiliensis, Jatropha curcas e Manihot esculenta, observa-se um maior número de proteínas
sequenciadas com o tamanho de 51 a 400 aminoácidos (601, 503 e 282 sequências,
respectivamente). Para a espécie Ricinus communis, observa-se um maior número de
proteínas sequenciadas com o tamanho de 1 a 1300 aminoácidos (30.512 sequências). Estes
resultados mostram que, para as quatro espécies de Euphorbiaceae analisadas, a maior
quantidade de proteínas sequenciadas se encontram com o tamanho de 51 a 400 aminoácidos.
Palavras-chave: Bioinformática, Perl, Euphorbiaceae.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 12
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ANATOMIA CAULINAR DA Stachytarpheta sellowiana Schauer. (Verbenaceae)
Victor Ventura de SOUZA1*, Renata Flávia CARVALHO¹, Thaiz Rodrigues
TEIXEIRA², Ariana Campos TORTELOTE², Bruna Renata Pimenta TAROCO²,
Aparecida Célia Paula dos SANTOS³.
A anatomia vegetal oferece base para o conhecimento da estrutura interna dos ve-getais,
abordando a organização geral do corpo da planta, os diferentes tipos de células, tecidos e
órgãos vegetativos e reprodutivos. Além disso, sua contribuição à Botânica é notória, uma vez
que fornece embasamento para o estudo pos-terior de farmacologia, sistemática, fisiologia e
ecologia vegetal. Stachytarpheta é um gênero botânico pertencente à família Verbenaceae. Os
indivíduos pertencentes a este grupo são normalmente arbustos ou subarbustos, ramificados,
com corolas muito vistosas e comumente azuis. A espécie Stachytarpheta sellowiana Schauer, típica de cerrados e campos rupestres, ainda é pouco pesquisada. O material botânico foi
coletado na Serra de São José (aproximadamente 21°3' S, 44°6' W), cadeia montanhosa de
quartzito localizada entre os municípios de São João Del- Rei e Santa Cruz de Minas. A
descrição anatômica e a preparação do laminário semipermanente foram feitas por meio de
secções paradérmicas, transversais e longitudinais do caule, ora a mão livre, ora com auxílio
do micrótomo de mesa. O material histológico resultante dos cortes foi submetido à
coloração, e fotomicrografado. O trabalho foi norteado pela observação, identificação e
descrição dessa espécie, abordando a organização geral da planta, os diferentes tipos de
células, tecidos e órgãos. Os resultados evidenciam que o caule, expõe de uma epiderme
densamente coberta por tricomas tectores e glandulares pluricelulares e unisseriados. O
reagente Sudam IV evidencia a presença de um composto lipídico nos tricomas glandulares. É
possível verificar ainda, elementos de vaso em secção longitudinal no caule, corados com
floroglucina ácida. Em secção transversal, o caule apresenta uma epiderme uniestratificada
com células subretangulares, de cutícula espessa, impregnada por cera na parede periclinal
externa. É possível notar o início de crescimento secundário, evidenciando as fibras do
floema, tratadas com floroglucina ácida.
Palavras chaves: Tricomas, Secção,Verbenaceae, Plantas vasculares.
Agência de fomento: CNPq, PIIC/CNPq/UFSJ.
1
Acadêmico(a) Curso de Ciências Biológicas Licenciatura, Universidade Federal dedo
Espirito Santo– UFES – Campus Centro de Ciências Agrárias – Laboratório de Citogenética–
Departamento de Biologia – CCA .Alto Universitário S/N – CX Postal 16 CEP:29.500.000 –
Alegre – ES
2
Acadêmico(a)Curso de Farmácia Universidade Federal de São João Del-Rei – UFSJ –
Campus Centro-Oeste Dona Lindu – Av. Sebastião Gonçalves Coelho, 400, Chanadour,
35501-296, Caixa postal: 110 Divinópolis, MG.
3
Pesquisadora/Orientadora. Universidade Federal de São João Del-Rei, Campus Dom Bosco,
Laboratório de Cultura de Células e Tecidos Vegetais, caixa postal 110, CEP: 36301-16, São
João Del-Rei, MG, Brasil.
* autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 13
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ANATOMIA COMPARADA DO LENHO DE Casearia sylvestris S.W. (Salicaceae)
EM DUAS FISIONOMIAS
Graciene da Silva MOTA1*, Anderson Oliveira SELVATI2, Alessandra de Oliveira
RIBEIRO1, Fábio Akira MORI1
Trabalhos que abordam o estudo comparativo de floras e ou espécies em diferentes
ambientes de regiões temperadas e tropicais têm demonstrado que as variações
ambientais têm reflexos sobremaneira na estrutura anatômica do lenho. A espécie
Casearia sylvestris encontra-se distribuída entre os diferentes domínios fisionômicos,
sendo que suas cascas e folhas têm sido utilizadas principalmente para tratamento antiinflamatório. Devido à importância econômica e a necessidade de se ampliar estudos de
anatomia ecológica do xilema secundário de espécies brasileiras, objetivou-se verificar
se existem influências de condições ambientais nas dimensões das fibras e vasos do
xilema secundário dessa espécie. Foram coletadas amostras na base do tronco de quatro
indivíduos, sendo dois provenientes de uma área de cerrado sensu stricto da Fazenda
Albino localizada no município de Coração de Jesus, norte de Minas Gerais e os outros
dois provenientes de uma área de Mata Atlântica no município de Lavras, sul de Minas
Gerais. Retirou-se corpos de prova a partir da porção mais externa do tronco, distando
aproximadamente 1 cm da região do câmbio vascular. A metodologia aplicada no
trabalho foi aquela tradicionalmente recomendada para estudos em anatomia de madeira
para a análise de fibras e elementos de vaso, sendo que as diferenças entre os dados
anatômicos dos indivíduos para as duas fitofisionomias, comparadas pelo teste ScottKnott (5%) utilizando o pacote computacional SISVAR. As variáveis analisadas foram
significativamente diferentes, sendo que os indivíduos do cerrado apresentaram maior
freqüência de vasos (39.05 mm2), maior frequência de vasos múltiplos (27.73 mm2).
Enquanto, que os indivíduos da Mata Atlântica apresentaram elementos de vaso mais
longos (1161.4 µm), com maior diâmetro (41.28 µm), maior frequência de vasos
solitários (14.23 mm2) e fibras com paredes mais espessas (5,7 µm), com lume maior
(0.18 µm) e mais longas (937.82 µm). Vasos múltiplos conferem uma maior segurança
na condução hidráulica, pois proporciona uma rota alternativa em casos de embolismos,
mais propensos a ocorrer em regiões com estações/clima seco como encontrado para as
plantas do cerrado. Já as características de vasos e fibras encontrados para os indivíduos
de Mata Atlântica confirmam a tendência de que estas são mais frequentes em
ambientes de maior disponibilidade hídrica.
Palavras-Chave: Anatomia ecológica, Restrição hídrica, Xilema secundário.
1
: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de PósGraduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP:
37200-000, Lavras-MG, Brasil.
2
: Biólogo
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 14
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ANATOMIA FOLIAR DO DENDEZEIRO, DO CAIAUÉ E DO HIBRIDO
INTERESPECÍFICO NAS CONDIÇÕES DA AMAZÔNIA
Gilson Sánchez CHIA1*; Maria do Rosário Lobato RODRIGUES2; Ronaldo Ribeiro de
MORAIS2; Maria Gracimar Pacheco de ARAÚJO3
O gênero Elaeis spp. deriva da palavra grega 'elaion', azeite, é uma Monocotiledônea,
pertence a ordem Arecales (Palmales), família Arecaceae (Palmae), tribo Cocoseae
(Cocoinaea), subtribo Elaeidae. Este gênero é composto por três espécies, Elaeis guineensis
Jacq. (Dendezeiro ou Palma de óleo), E. oleifera (Kunth) Cortés (caiaué ou palma americana)
e E. odora. O dendezeiro tem distribuição no continente africano e o caiaué, na América
Tropical Úmida. Ambas possuem 16 pares de cromossomos (2n = 32) e são espécies de maior
interesse econômico dentro do gênero Elaeis, apresentando o hibrido interespecífico (HIE),
obtido pelo cruzamento entre as duas espécies, características de grande interesse como a
resistência ao Amarelecimento Fatal e menor taxa de crescimento do estipe. Apesar da
importância que apresentam as espécies, estudos relacionados ao conhecimento das
características anatômicas das folhas são escassos nas condições do trópico brasileiro. Foi
realizada uma descrição da anatomia dos tecidos foliares, como epiderme e mesófilo, do
dendezeiro, do caiaué e do HIE. Foram selecionadas 10 plantas ao acaso, e de cada planta
foram retirados folíolos dos dois lados da folha e realizado as análises anatômicas. As análises
anatômicas das folhas das espécies E. guineensis e E. oleifera e do HIE apresentaram
características anatômicas similares, sendo que a parte abaxial evidenciaram a presença de
células epidérmicas fundamentais comuns ordinárias e heterodimensionais, ou seja, com
tamanho e forma variada para as três espécies. Os resultados mostraram que os folíolos são
anfihipoestomáticos, o que confere as espécies adaptação para suportar altas incidências de
luz. Ambas as espécies apresentaram limbo foliar com cutícula mais espessa na superfície
adaxial que na abaxial. Em relação à epiderme, ambas são uniestratificadas, sendo a adaxial
uniformemente arranjada, formando um estrato regular, ao passo que na abaxial as células
apresentam tamanhos distintos com a face externa mais proeminente, formando um estrato
irregular, que confere o aspecto rugoso ao tecido. Os estômatos são do tipo tetracítico e o
mesofilo é dorsiventral apresentando cutícula, epiderme, hipoderme, idioblastos, feixes
fibrovasculares, parênquima paliçádico multiestratificado e lacunoso.
Palavras-chave: Arecaceae, Elaeis guineenses, Elaeis oleifera, E. guineenses x E. oleifera.
Créditos de Financiamento: CAPES, FAPEAM, EMBRAPA-AM.
Parte da tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Tropical da Faculdade de Ciências Agrárias – UFAM. Grupo Agropalma S.A. Rod. PA 150,
Km 74 s/n, CEP: 68695-000, Tailândia-PA, Brasil.
2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Amazônia Ocidental, Rod.
AM010, km 29, Zona Rural, Caixa Postal 319, CEP: 69010-970, Manaus-AM, Brasil.
3
: Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de
Biologia, Av. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Bloco E, Campus Setor Sul, Aleixo,
CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil.
* Autor para correspondência: [email protected]
1
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 15
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ANATOMIA E HISTOQUÍMICA DA SEMENTE DE Bactris maraja Mart. (Arecaceae)
Joelma Keith RODRIGUES1*; Maria Sílvia de MENDONÇA2; Daniel Felipe de Oliveira
GENTIL3
Bactris maraja Mart., palmeira conhecida popularmente como marajá, frequente nas margens
de lagos e igarapés Amazônicos, cujos frutos comestíveis são consumidos pelo homem e pela
fauna. Os estudos referentes às estruturas propagativas podem contribuir com informações
que subsidiarão estudos taxonômicos, fisiológicos e ecológicos. O objetivo deste estudo foi
descrever as características anatômicas e histoquímicas da semente. As sementes foram
obtidas de frutos maduros coletados de 25 plantas ocorrentes em floresta de igapó, no
município do Careiro da Várzea, Amazonas. A análise foi feita mediante a identificação e
descrição dos tecidos e células do tegumento, endosperma e embrião. O estudo anatômico foi
feito pelo método de inclusão em resina. Foram aplicados testes histoquímicos para detecção
de compostos fenólicos, pectinas, proteínas, lipídios e amido. O fino tegumento é constituído
de células esclerenquimáticas e taníferas, compreendendo duas epidermes e um tecido
intermediário. Apresenta-se externamente aderido ao endocarpo rígido, formado por células
esclerificadas de paredes espessas. O endosperma é formado por células arredondadas e
oblongas, com lume aparente, paredes espessas, contíguas e sem espaços intercelulares. O
embrião é constituído pela protoderme, meristema fundamental e procâmbio. Neste, distinguise o polo radicular pouco diferenciado e o polo caulinar constituído por três primórdios
foliares. A reserva da semente está armazenada na forma de corpos proteicos e lipídicos no
endosperma e embrião.
Palavras-chave: Semente, Palmeira, Bactris, Marajá.
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM
1: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia Tropical, Caixa Postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM,
Brasil.
2
: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Laboratório de
Botânica Agroflorestal, Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Caixa Postal
3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil.
3
: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Setor de Olericultura,
Caixa Postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 16
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ANATOMIA FOLIAR DA Stachytarpheta sellowiana Schauer. (Verbenaceae)
Victor Ventura de SOUZA1*, Renata Flávia CARVALHO¹, Thaiz Rodrigues
TEIXEIRA², Ariana Campos TORTELOTE², Bruna Renata Pimenta TAROCO².
Aparecida Célia Paula dos SANTOS³,
A Stachytarpheta é um gênero botânico pertencente à família Verbenaceae. Os indivíduos
deste grupo são normalmente ervas ou subarbustos, ramificados, com corolas muito vistosas e
comumente azuis. A espécie Stachytarpheta sellowiana Schauer, entretanto, típica de
cerrados e campos rupestres, ainda é pouco investigada. A anatomia vegetal fornece
importantes contribuições à elucidação de relações ecológicas, taxonômicas e filogenéticas
das plantas vasculares, assim como para a fisiologia das mesmas. Desse modo, o trabalho foi
norteado pela caracterização estrutural da folha. Realizou-se o experimento no Laboratório de
Cultura de Células e Tecidos Vegetais na Universidade Federal de São João Del-Rei, foi feita
a coleta de folhas jovens na Serra de São José, (21 º 03 ' 57,5 '' S e 44 º 06 ' 53,8 ''). A
descrição anatômica e a preparação do laminário (semipermanente e permanente) foram feitos
por meio de secções paradérmicas, transversais e longitudinais, ora manualmente, ora com
auxílio de micrótomo rotativo modelo Leica RM2245. O material histológico resultante dos
cortes foi submetido a reagentes como lugol, sudan IV e azul de metileno. Posteriormente,
foram feitas fotomicrografias com auxílio de câmera digital Moticam 2000 acoplada ao
microscópio óptico. As lâminas permanentes ainda passaram pelo processo de fixação,
desidratação e inclusão em historesina, antes do seccionamento. Os resultados mostram que a
espécie apresenta folhas subcoriáceas, peninérveas, opostas, simples, com margem serreada.
O mesofilo foliar é dorsiventral, ou seja, apresenta parênquima paliçádico na face adaxial e
parênquima esponjoso na face abaxial. Observou-se tricomas tectores e glandulares
uniseriados e pluriseriados, adjunto a uma epiderme com cutícula espessa, o que pode
explicar uma maior resistência, na defesa contra incêndios e perda de água.
Palavras-chaves: Histologia vegetal, Verbenaceae, Plantas vasculares.
Agência de fomento: CNPq, PIIC/CNPq/UFSJ.
1
Acadêmico(a) Curso de Ciências Biológicas Licenciatura, Universidade Federal dedo
Espirito Santo– UFES – Campus Centro de Ciências Agrárias – Laboratório de Citogenética–
Departamento de Biologia – CCA .Alto Universitário S/N – CX Postal 16 CEP:29.500.000 –
Alegre – ES
² Acadêmico(a)Curso de Farmácia Universidade Federal de São João Del-Rei – UFSJ –
Campus Centro-Oeste Dona Lindu – Av. Sebastião Gonçalves Coelho, 400, Chanadour,
35501-296, Caixa postal: 110 Divinópolis, MG.
³ Pesquisadora/Orientadora. Universidade Federal de São João Del-Rei, Campus Dom Bosco,
Laboratório de Cultura de Células e Tecidos Vegetais, caixa postal 110, CEP: 36301-16, São
João Del-Rei, MG, Brasil.
* autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 17
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE BIRIBÁ (Rollinia mucosa - Anonaceae) EM
DIFERENTES AMBIENTES
Deyse Jacqueline da Paixão MALCHER1*, Walnice Maria Oliveira do NASCIMENTO2,
Rozane Franci de Moraes TAVARES1, Nouglas Veloso Barbosa MENDES1
As sementes de biribá são classificadas como ortodoxas podem ter o teor de água reduzido e
armazenadas a baixas temperaturas sem que haja redução na porcentagem de germinação. O
presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar conservação das sementes de Rollinia
mucosa em diferentes ambientes e períodos de armazenamento. Para realização do experimento
foram utilizadas sementes retiradas de frutos colhidos de plantas matrizes estabelecidas na forma de
progênie na área experimental da Embrapa Amazônia Oriental. Após o beneficiamento as sementes
foram secas superficialmente com papel toalha e colocadas para secar em recipiente contendo sílica
gel durante 12 dias. Após a secagem as sementes foram divididas e acondicionadas em recipientes
de plástico e armazenadas em cinco diferentes ambientes: temperatura ambiente (26±2ºC), geladeira
(8±2°C), germinador tipo BOD (10±1ºC), BOD (15±1°C) e em freezer (-10±2ºC). Foram retiradas
amostras no tempo 0, 60 e 180 dias para determinações do teor de água e da porcentagem de
germinação. O teste de germinação foi realizado em ambiente sem o controle da temperatura e
umidade relativa do ar. Utilizando como substrato à mistura esterilizada de areia + serragem na
proporção volumétrica de 1:1:, com 50 sementes por repetição. Concomitantes ao teste de
germinação foram feitas avaliações diárias do número de plântulas emersas para o cálculo do tempo
médio de germinação. Para tanto, foram consideradas contagens até 60 dias após a semeadura. Os
dados foram submetidos à análise da variância, em delineamento inteiramente ao acaso, com quatro
repetições, em esquema fatorial com dois fatores, sendo 3 (períodos de armazenamento) e 5
(ambientes de armazenamento). As médias foram comparadas pelo do teste de Tukey 5% de
probabilidade. A média do teor de água das sementes antes do armazenamento foi de 4,2%.
Entretanto, durante o armazenamento houve acréscimo no teor de água das sementes com a maior
média quando as sementes foram armazenadas em temperatura (26±2ºC), com 7,0% de água. Com
os resultados obtidos pode-se concluir que o armazenamento em freezer e na temperatura (26±2ºC)
é prejudicial para a conservação de sementes de Rollinia mucosa.
Palavras chave: Germinação, Viabilidade, Vigor.
1
Universidade Federal Rural da Amazônia, caixa postal 3, CEP:, Belém, PA, Brasil. 2Embrapa
Amazônia Oriental, Laboratório de Propagação de Plantas, caixa postal 48, CEP 66095-100, Belém,
PA, Brasil
* [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 18
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ASPECTOS FÍSICOS DE PIRENOS E SEMENTES DE Byrsonima crassifolia (L.)
Kunth (Malpighiaceae).
Cylles Zara dos Reis BARBOSA1*, Oscar José SMIDERLE2, Sammy Aquino
PEREIRA3, Larisse Souza de Campos OLIVA4, Maria Silvia de MENDONÇA5, Rodrigo
Schütz RODRIGUES6
Byrsonima crassifolia (L.) Kunth é uma espécie de importância medicinal e econômica, mas
pouco se conhece sobre as características da unidade de propagação. Aspectos físicos do
pireno são utilizados para identificar e diferenciar espécies do mesmo gênero, bem como
avaliar a variabilidade genética de uma mesma espécie, fornecendo informações tanto para o
melhoramento genético como para o processo de germinação, cultivo e conservação das
espécies. O estudo foi realizado com objetivo de avaliar aspectos físicos de pirenos e
sementes de B. crassifolia, uma espécie frequente em áreas de savana, Roraima. Utilizaram-se
100 pirenos extraídos de frutos maduros, obtidos em doze indivíduos, coletados de população
natural, no período de abril a julho de 2012, no Campo Experimental Água Boa, da Embrapa
Roraima, município de Boa Vista, Roraima. Os pirenos foram avaliados quanto ao
comprimento, diâmetro e peso; grau de umidade, peso de mil pirenos, número de sementes e
lóculos por pireno; nas sementes foram determinados o peso, comprimento, largura e
espessura. O comprimento, diâmetro e peso dos pirenos variaram entre 4,09 a 6,38 mm, 4,40
a 6,94 mm e 0,03 a 0,76 g, respectivamente. O grau de umidade e o peso de mil pirenos
variaram entre 11,22 a 11,32%, e 7,124 a 7,710 g, respectivamente. O comprimento, largura,
espessura e peso das sementes variaram de 2,22 a 3,83 mm, 2,10 a 3,14 mm, 1,05 a 2,05 mm
e 0,004 a 0,10 g, respectivamente. A frequência de pireno com zero, uma, duas e três
sementes foram, respectivamente de 0,3, 44, 32 e 21% e a frequência de pireno com dois e
três lóculos foram, respectivamente de 40 e 60%. Os pirenos e sementes de B. crassifolia
apresentaram maior variação nas características biométricas em relação a variável peso.
Palavras-chave: Murici, Caroço, Biometria.
1 1
Bolsista da CAPES, Doutoranda em Agronomia Tropical, Universidade Federal do
Amazonas, caixa postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil.
2
Doutoranda em Agronomia Tropical, Universidade Federal do Amazonas, Manaus-AM,
Brasil.
3
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa Roraima, Boa Vista-RR, Brasil.
4
Graduanda em Agronomia, Universidade Federal de Roraima, Boa Vista-RR, Brasil.
5
Universidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical,
Manaus-AM, Brasil.
6
Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais, Boa
Vista-RR, Brasil.
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 19
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ASPECTOS FÍSICOS DE PIRENOS E SEMENTES DE Byrsonima crassifolia (L.)
Kunth (Malpighiaceae).
Cylles Zara dos Reis BARBOSA1*, Oscar José SMIDERLE2, Sammy Aquino
PEREIRA3, Larisse Souza de Campos OLIVA4, Maria Silvia de MENDONÇA5, Rodrigo
Schütz RODRIGUES6
Byrsonima crassifolia (L.) Kunth é uma espécie de importância medicinal e econômica, mas
pouco se conhece sobre as características da unidade de propagação. Aspectos físicos do
pireno são utilizados para identificar e diferenciar espécies do mesmo gênero, bem como
avaliar a variabilidade genética de uma mesma espécie, fornecendo informações tanto para o
melhoramento genético como para o processo de germinação, cultivo e conservação das
espécies. O estudo foi realizado com objetivo de avaliar aspectos físicos de pirenos e
sementes de B. crassifolia, uma espécie frequente em áreas de savana, Roraima. Utilizaram-se
100 pirenos extraídos de frutos maduros, obtidos em doze indivíduos, coletados de população
natural, no período de abril a julho de 2012, no Campo Experimental Água Boa, da Embrapa
Roraima, município de Boa Vista, Roraima. Os pirenos foram avaliados quanto ao
comprimento, diâmetro e peso; grau de umidade, peso de mil pirenos, número de sementes e
lóculos por pireno; nas sementes foram determinados o peso, comprimento, largura e
espessura. O comprimento, diâmetro e peso dos pirenos variaram entre 4,09 a 6,38 mm, 4,40
a 6,94 mm e 0,03 a 0,76 g, respectivamente. O grau de umidade e o peso de mil pirenos
variaram entre 11,22 a 11,32%, e 7,124 a 7,710 g, respectivamente. O comprimento, largura,
espessura e peso das sementes variaram de 2,22 a 3,83 mm, 2,10 a 3,14 mm, 1,05 a 2,05 mm
e 0,004 a 0,10 g, respectivamente. A frequência de pireno com zero, uma, duas e três
sementes foram, respectivamente de 0,3, 44, 32 e 21% e a frequência de pireno com dois e
três lóculos foram, respectivamente de 40 e 60%. Os pirenos e sementes de Byrsonima
crassifolia apresentaram maior variação nas características biométricas em relação a variável
peso.
Palavras-chave: Murici, Caroço, Biometria.
1
Bolsista da CAPES, Doutoranda em Agronomia Tropical, Universidade Federal do
Amazonas, caixa postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil.
2
Doutoranda em Agronomia Tropical, Universidade Federal do Amazonas, Manaus-AM,
Brasil.
3
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa Roraima, Boa Vista-RR, Brasil.
4
Estagiária da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa Roraima, Boa VistaRR, Brasil.
5
Universidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical,
Manaus-AM, Brasil.
6
Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais, Boa
Vista-RR, Brasil.
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 20
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ATIVIDADE DOS VISITANTES FLORAIS E SISTEMA REPRODUTIVO DE
TROPAEOLUM MAJUS L. - TROPAEOLACEAE
Rosilda Mara MUSSURY1*; Maria Emília Píccolo FRANCO¹; Silvana de Paula Quintão
SCALON²
Tropaeolum majus L. é espécie medicinal com flores vistosas, atraente aos polinizadores e
nesse sentido, objetivou-se conhecer a flutuação populacional, horários de visitação e
interação com fatores climáticos dos insetos polinizadores associados à T. majus durante o
florescimento. Os insetos foram coletados com rede entomológica a cada duas horas, no
período de 7 às 17 horas. Foram coletadas abelhas Apis mellifera Linnaueus, 1758, Trigona
spinipes Fabricius, 1793, Megachile sp., Astylus variegatus Germ. (Melyridae), Thrypidae,
Chloropidae (Diptera) que foi mais abundante nas amostragens. O pico populacional da
maioria dos insetos foi das 9 às 11 horas. As abelhas Apis mellifera, Trigona spinipes,
Leurotrigona sp; Megachile sp e os Chloropidae; Astylus variegatus e Thrypidae destacam-se
como potenciais polinizadores da cultura em razão do comportamento de visita que
apresentaram. Os fatores que provavelmente colaboraram para a atração dos insetos foram às
recompensas pólen e néctar, além do colorido variando do amarelo ao vermelho. O pico
populacional da maioria dos insetos polinizadores da T. majus L. foi da III semana de
florescimento a XII e nos horários de 9 às 13:00 h, correlacionando com a temperatura
ambiente por volta de 20 a 30 °C e umidade relativa do ar entre 60 a 90%, quando também a
concentração de néctar na flor foi elevada. Tropaeolum majus é alógama necessitando dos
agentes polinizadores para a reprodução. Os experimentos de polinização manual por
geitonogamia e xenogamia em T. majus merecem estudos mais aprofundados para determinar
sua real contribuição.
Palavras-chave: Capuchinha, Planta medicinal, insetos polinizadores.
Apoio: FUNDECT, CNPq
1
Programa de Pós Graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Faculdade
de Ciências Biológicas e Ambientais, UFGD, Dourados – MS;²Faculdade de Ciências
Agrárias, UFGD, Dourados-MS.
*Autor para correspondência [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 21
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
AVALIAÇÃO BIOMETRICA DE FRUTOS DE PINHÃO MANSO
Vanessa da Fontoura Custódio MONTEIRO1*, Lucas AMBROSANO2, Antônio Carlos
FRAGA2, Pedro CASTRO NETO2, Douglas Pelegrini VAZ-TOSTES2.
O pinhão manso (Jatropha curcas L.) é uma planta da família Euforbiácea, e vem se
destacando como uma cultura de alto potencial para produção e qualidade de óleo para
produção de biodiesel. Muitos estudos estão sendo direcionados a esta cultura, devido ao fato
se ter pouco conhecimento sobre a mesma. A biometria de frutos constitui um instrumento
importante para detectar a variabilidade genética dentro de populações de uma mesma
espécie, e as relações entre esta variabilidade e os fatores ambientais, como também em
programas de melhoramento genético. O objetivo deste trabalho foi realizar o detalhamento
biométrico dos frutos de pinhão manso. O trabalho foi conduzido utilizando-se do banco de
germoplasma in vivo da UFLA que está instalado no campo experimental de setor de grandes
culturas do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras. Utilizou- se
delineamento inteiramente ao acaso, com três classificações de frutos, verde, maduro e seco,
com dez repetições, sendo cada parcela composta por 10 frutos, avaliados individualmente
quanto à altura, largura e porcentagem do peso das sementes em relação ao fruto. Foi
observado maiores valores de comprimento (34 mm) e largura (28 mm) dos frutos verdes. A
porcentagem do peso das sementes em relação aos frutos foi maior nos frutos secos (63%) e
menor nos frutos verde (27%). Para tamanho de frutos obteve-se frutos verdes como os
maiores seguidos dos maduros e secos e a porcentagem das sementes/fruto maior para os
frutos secos, isto pode ser explicado pelo fato do teor de umidade nos frutos secos ser menor
quando comparados com os frutos verdes e maduros.
Palavras-chave: Jatropha curcas L., Oleaginosa, Biodiesel.
Créditos de financiamento: CNPq, CAPES, FAPEMIG e FINEP.
1
Universidade Federal de Lavras, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP 37200-000,
Lavras-MG, Brasil.
2
Universidade Federal de Lavras, Plataforma de Pesquisas Energéticas da UFLA, Campus
Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 22
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
AVALIAÇÃO DE CRESCIMENTO DE
SUBSTRATOS CASEIROS E COMERCIAL
MUDAS
DE
MAMÃO
EM
Rafael Jorge do PRADO1*; Pâmella Lobo de MATOS2; Wellington Farias
ARAÚJO3
A cultura do mamoeiro produz o ano inteiro, desempenhando, portanto, grande
importância social, pois gera empregos e absorve mão-de-obra durante todo seu
desenvolvimento. O mamoeiro requer a renovação dos pomares a cada 3 (três) anos no
máximo, sendo a aquisição de mudas de qualidade um fator de extrema importância
para o produtor. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento vegetativo de mudas
de mamão com a utilização de substratos caseiros e comercial. O experimento foi
desenvolvido no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima
(CCA/UFRR) no período de novembro de 2012 a janeiro de 2013. Os tratamentos
utilizados foram: T1- 50% Solo + 50% Esterco de gado curtido; T2- 33,3% Solo +
33,3% Casca de arroz carbonizada (CAC) + 33,3% Esterco bovino curtido; T3- 50%
Solo + 50% CAC; T4- 100% Composto orgânico caseiro; T5- 100% Composto
orgânico comercial (OrganoAmazon®); T6- 50% Solo + 50% Húmus de minhoca. O
delineamento experimental utilizado foi DIC com 6 tratamentos e 8 repetições.Foram
avaliados aos 30, 45 e 60 dias após a semeadura as seguintes variáveis: Número de
Folhas Expandidas (NFE), Altura de Planta (AP) medido em centímetros e Diâmetro do
Colo (DC). Os dados foram analisados pelo programa SISVAR, e submetidos ao teste
de média a 5% de probabilidade. Para a variável NFE pôde-se verificar que o stand
inicial dos tratamentos foi muito parecido, porem aos 45 e 60 dias os tratamentos 4, 5 e
6 mostraram-se com os melhores resultados, resultado também encontrado para as
variáveis AP e DC. O tratamento 3 apresentou os piores resultados deste experimento.
Os tratamentos 1 e 2 apesar de conter o esterco bovino que é um material orgânico
utilizado em grades quantidades na agricultura, mostrou que para a cultura em questão
não pode ser utilizado de forma única, mas deve ser associado a outros compostos para
o pleno desenvolvimento das mudas. Conclui-se que a utilização de composto orgânico
proporciona o melhor crescimento vegetativo de mudas de mamão, independente da
época de avaliação.
Palavras-chave: Carica papaya L., Folhas, Compostos orgânicos.
*: Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR) e professor
do Instituto Federal de Roraima (IFRR). Programa de Pós Graduação em Agronomia,
POSAGRO. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000
Boa Vista / RR. E-mail: [email protected]
2
: Formanda no curso de Agronomia da UFRR.
3
: Professor Doutor, associado II ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade
Federal de Roraima (CCA/UFRR).
1
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 23
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
AVALIAÇÃO FITOTÉCNICA DE PLANTAS DE GIRASSOL POTENCIAIS PARA
CULTIVO DE SAFRINHA
Vanessa da Fontoura Custódio MONTEIRO1*, Lucas AMBROSANO2, Antônio Carlos
FRAGA2, Pedro CASTRO NETO2, Douglas Pelegrini VAZ-TOSTES2.
O girassol é uma cultura que se adapta a diferentes condições edafoclimáticas, o que para
cultivo em sistema de safrinha, apresenta características agronômicas importantes, como
maior resistência à seca, ao frio e ao calor. A avaliação fitotécnica pode ser utilizada para
interpretar e quantificar a produção vegetal, mediante às avaliações das alterações no manejo
cultural, em diferentes intervalos de tempo, permitindo acompanhar a dinâmica das plantas.
Objetivou-se, por meio da análise de crescimento, avaliar características fitotécnicas de
plantas de girassol para cultivo em regime de safrinha na região do sul de Minas Gerais. O
trabalho foi realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), em campo experimental do
Departamento de Agricultura (DAG), no período de março a julho/2011, período de
entressafra caracterizado como safrinha, em regime de sequeiro. A área experimental foi
preparada em sistema convencional e a adubação foi feita manualmente, utilizando-se adubo
formulado NPK (8-28-16) mais micronutrientes nas dosagens recomendadas para a cultura.
Foi utilizado espaçamento de 50 cm entre linhas com estandes de 40 mil plantas/ha. O
delineamento utilizado foi o de blocos casualizados, contendo quatro tratamentos constituídos
pela época de avaliação, 30, 60, 90 e 120 dias após a semeadura. Foram avaliadas as seguintes
características: altura de planta, número de nós, número de folhas, diâmetro do caule e
diâmetro de capítulo. Para característica altura de planta foi obtido valor de 1,86 cm. Para o
número de nós obteve-se maior aumento no intervalo dos 30 aos 60 dias. Na característica
diâmetro do caule foi observado crescimento acentuado dos 30 aos 90 dias após a semeadura.
Quanto ao número de folhas, teve pico aos 30 dias e decrescendo até os 120 dias. Na
avaliação de diâmetro de capítulo foi observado valores máximos de 18 cm. Os parâmetros
morfológicos avaliados podem ser indicadores para a avaliação cultural do girassol cultivado
em sistema de safrinha.
Palavras-chave: Helianthus annuus L., Fitotecnia, Oleaginosa.
Créditos de financiamento: CNPq, CAPES, FAPEMIG e FINEP.
1
Universidade Federal de Lavras, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP 37200-000,
Lavras-MG, Brasil.
2
Universidade Federal de Lavras, Plataforma de Pesquisas Energéticas da UFLA, Campus
Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 24
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
AVALIAÇÃO VEGETATIVA DE RABANETE CULTIVADO COM DIFERENTES
DOSES DE BIOFERTILIZANTE.
Hellen Cristine Alves RODRIGUES1*, Digelma Camila Barros ARAUJO1, Thaís
Santiago CASTRO1, Rafael Jorge do PRADO1, Wellington Farias ARAÚJO1 .
O rabanete apesar de não estar entre os cultivos holerícolas mais importantes do Brasil, vem
se destacando no cenário nacional para comercialização, especialmente devido ao seu ciclo
curto e sua rusticidade. Conhecer as características necessárias ao seu cultivo em cada região
são de suma importância para otimizar suas características botânicas, que por ventura irão
influenciar na produção. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento
vegetativo/botânico do rabanete (Raphanus sativus L.) submetido a diferentes doses de
biofertilizante bovino em Boa Vista, Roraima. O experimento foi conduzido em casa de
vegetação no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima
(CCA/UFRR), cultivado em baldes de 7 litros preenchido com Latossolo Vermelho Amarelo,
em sistema inteiramente casualisado 5x6, sendo 5 doses de biofertilizante (0, 20, 40, 60 e
80% de diluição em água, correspondendo aos tratamentos 1,2,3,4 e 5 respectivamente) com 6
repetições. O solo utilizado foi analisado no laboratório da UFRR e corrigido com calcário
dolomítico. O biofertilizante foi produzido em uma proporção de 50% de esterco fresco
(colhido de um rebanho em sistema extensivo de produção) e 50% de água, em ambiente
anaeróbico por 45 dias. As variáveis analisadas foram número de folhas, massa fresca e seca
da parte aérea, diâmetro equatorial e peso de frutos. O programa estatístico utilizado foi o
Assistat 2009. Para as variáveis número de folhas, massa fresca e seca da parteaérea, diâmetro
equatorial e peso de frutos, não houve diferença estatística entre os tratamentos 2,3,4 e 5,
sendo o tratamento 1 o que apresentou os piores resultados, o que já era esperado pois não
houve adição de nenhum nutriente suplementar neste tratamento. Apesar da igualdade
estatística entre os tratamentos, pode-se verificar que os tratamentos 3 e 4 apresentaram os
maiores valores quantitativos, o que nos alerta para futuros experimentos e recomendação de
doses a serem utilizadas. Conclui-se que este trabalho foi inicial para a região de estudo e que
trabalhos mais abrangentes devem ser iniciados, a fim de aferir a melhor dose de
biofertilizante a ser utilizada no cultivo do rabanete.
Palavras – Chave: Raphanus sativus L, Agricultura orgânica, Desenvolvimento.
1
Universidade Federal de Roraima (UFRR), Departamento de Solos e Engenharia
agrícola.Campus Cauamé: BR 174, Km 12.Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista /
RR.
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 25
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
BIOMASS OF TREE SPECIES AS A RESPONSE TO PLANTING DENSITY AND
INTERSPECIFIC COMPETITION
Paulo Sérgio Lima e SILVA*1 , Haroldo Nogueira de PAIVA2, Vianney Reinaldo de
OLIVEIRA1, Patrícia Lianny de Oliveira FERNANDES1, Enielson Bezerra SOARES1
There has been an interest in the recovery of degraded areas in the Caatinga region via tree
planting. Experiments (E1, E2, and E3) were conducted as random blocks, with three, three,
and five replicates, respectively, to evaluate biomass of the above-ground parts of: a)
gliricidia (G) and sabiá (S), as a response to planting density; b) G, S, and neem (N) in
competition; c) G, and S. E1 was conducted as split-plots, with planting densities (400, 600,
800, 1000, and 1200 plants ha-1) in the subplots. E2 consisted of a factorial setup comprising
the following plots: GGG, NGN, SGS, NNN, GNG, SNS, SSS, GSG, NSN (with each letter
representing one row of plants). E3 was conducted having G and S in an agroforestry
experiment. The trees were felled at 54, 42, and 27 months of age, respectively. G was
superior to S for stem and leaf green biomass at the smaller densities, but was inferior for
branch green biomass at most densities. The species did not differ for mean stem dry biomass
and leaf dry biomass, but G showed higher branch dry biomass at most densities. Higher
planting densities increased green and dry biomass of stems, branches, and leaves in S, but
decreased those characteristics in G, with the exception of leaf dry matter, which was not
influenced by density. In E2, the behavior of each species was identical in plots containing the
same species or different species. The highest stem, branch, and leaf green biomass values
were obtained for G, G, and G and N, respectively. The highest stem, branch, and leaf dry
biomass values were obtained for G, S, and N, respectively. In E3, G was highest for stem and
leaf green biomass, and for stem and branch dry biomass. There were no differences between
species for the other biomass values.
Keywords: Azadirachta indica A. Juss, Gliricidia sepium (Jacq) Kunth ex Walp., Mimosa
caesalpiniifolia Benth., growth, Caatinga.
1: Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Departamento de Ciências
vegetais, Campus de Mossoró, caixa postal 137, CEP 59625-900, Mossoró-RN.
2: Universidade Federal de Viçosa (UFV), Departamento de Engenharia Florestal, CEP
36570-000 Viçosa-MG
* Corresponding author: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 26
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
BIOMETRIA DE FRUTOS DE MACAÚBA
Vanessa da Fontoura Custódio MONTEIRO1*, Lucas AMBROSANO2, Antônio Carlos
FRAGA2, Pedro CASTRO NETO2, Douglas Pelegrini VAZ-TOSTES2, Pedro Henrique
Abreu MOURA1
A macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.), da família Arecaceae, é uma
palmeira nativa de florestas tropicais, que se desenvolve bem em solos de cerrado e possui
uma ampla distribuição geográfica. Atualmente esta espécie demonstra ter grande utilidade e
tem despertado grande interesse socioeconômico pelo seu teor de óleo e pode desempenhar
importante papel social ao pequeno trabalhador rural em virtude de sua ocorrência em áreas
brasileiras de baixa expectativa econômica. A biometria dos frutos constitui um instrumento
importante para detectar a variabilidade genética dentro de populações de uma mesma
espécie, e as relações entre esta variabilidade e os fatores ambientais, como também em
programas de melhoramento genético. O objetivo deste trabalho foi realizar o detalhamento
biométrico dos frutos de macaúba em diferentes locais da região de Montes Claros, norte de
Minas Gerais, visando sua utilização como matéria-prima para a produção de biodiesel. O
experimento foi realizado na Universidade Federal de Lavras, na Plataforma de Pesquisas
Energéticas. Os frutos foram coletados em seis localidades diferentes na região de Montes
Claros. Utilizou- se delineamento inteiramente ao acaso, com dez repetições, sendo cada
parcela composta por 10 frutos, avaliados individualmente quanto a altura, largura e massa.
Os frutos de macaúba apresentaram variação de 41 a 48 mm de comprimento, 43 a 49 mm de
largura e massa variando de 31 a 55 g, sendo os menores e maiores valores encontrados
respectivamente. A observação de variações estatísticas de biometria dos frutos analisados
indica uma variabilidade genética na região de Montes Claros/MG possibilitando assim a
identificação de genótipos diferentes que podem ser utilizados em trabalhos de seleção
visando o melhoramento vegetal da macaúba.
Palavras-chave: Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart., Melhoramento, Oleaginosa.
Créditos de financiamento: CNPq, CAPES, FAPEMIG e FINEP.
1
Universidade Federal de Lavras, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP 37200-000,
Lavras-MG, Brasil.
2
Universidade Federal de Lavras, Plataforma de Pesquisas Energéticas da UFLA, Campus
Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 27
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CALOGÊNESE A PARTIR DE ANTERAS DE PLANTAS HERMAFRODITAS DE
Carica papaya L.
Victor Ventura de SOUZA1*, Renata Flávia CARVALHO¹, Ariane Tonetto VIEIRA²,
Wellington Ronildo CLARINDO³.
Carica papaya L. é uma das fruteiras mais cultivadas e consumidas nas regiões tropicais e
subtropicais do mundo. Essa espécie apresenta três tipos sexuais (plantas masculinas,
femininas e hermafroditas), porém os produtores brasileiros cultivam preferencialmente o tipo
hermafrodita. A calogênese in vitro a partir de anteras tem como escopo induzir a formação
de calos friáveis, os quais são os mais propícios ao surgimento de embriões somáticos. Por
meio da cultura de anteras é possível obter plântulas haploides e duplo-haploides, as quais são
homozigotas para todos os loci. Esse fenômeno ocorre porque a duplicação dos cromossomos
ocorre em uma única etapa evitando assim o processo de autofecundação. Nesse contexto, o
presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes combinações de
reguladores de crescimento na indução de calogênese a partir de anteras de plantas
hermafroditas de C. papaya. Botões florais apresentando de 0,5cm a 1cm foram selecionados,
mantidos à 4 ºC por sete dias e desinfestados em fluxo laminar. As anteras foram excisadas e
inoculadas em meio contendo 2,15 g L-1sais ½MS, 30 g L-1 sacarose, 10 m L-1vitaminas MS,
400 mg L-1, L-glutamina, 40 mg L-1 L- cisteína, 2,8 g L-1 de fitagel, o pH ajustado em 5,7 ±
0,1. Além disso, os meios apresentaram diferentes combinações dos reguladores de
crescimento 2,4-diclorofenoxiacético (2,4D), 6-benzilaminopurina (BAP), ácido
naftalenoacético (ANA), a saber: 2 mg L-1de 2,4-D + 1mg L-1 de BAP, 4 mg L-1 de 2,4-D +
2 mg L-1 de BAP, 2 mg L-1 ANA+ 1 mg L-1 de BAP, 4 mg L-1 ANA+ 2 mg L-1 de BAP. A
formação dos calos iniciou-se a partir dos 30 dias de cultivo in vitro. Dentre os meios, a
combinação de 2 mg L-1 ANA + 1 mg L-1 de BAP promoveu o maior percentual de calos
friáveis , sendo 80% de explantes responsivos. A combinação 4 mg L-1 ANA + 2 mg L-1 de
BAP induziu 58%, 2 mg L-1 de 2,4-D + 1 mg L-1 de BAP e 4 mg L-1 de 2,4-D + 2 mg L-1 de
BAP geraram 33% e 15% de calos friáveis, respectivamente. Alguns autores relataram que o
regulador de crescimento 2,4-D, combinado com citocininas, tem sido utilizado em grande
escala na indução de embriogênese somática em C. papaya, pois esta auxina estimula um
aumento de níveis endógenos do hormônio natural, resultando na formação de calos
embriogênicos friáveis. Entretanto, no presente estudo, não foi observado resultados similares
como reportado pelos autores, pois a combinação de reguladores mais responsivo foi de ANA
e BAP.
Palavras chaves: Calos friáveis, Cultura de anteras, Mamão, Regulador de crescimento.
:Acadêmico(a) Curso de Ciências Biológicas Licenciatura; 2:Acadêmico(a) Ciências
Biológicas Bacharelado 3: Pesquisador/Orientador -Universidade Federal dedo Espirito
Santo– UFES – Campus Centro de Ciências Agrárias – Laboratório de Citogenética–
Departamento de Biologia – CCA .Alto Universitário S/N – CX Postal 16 CEP:29.500.000 –
Alegre – ES.
Autor para correspondência: [email protected]
1
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 28
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CALOGÊNESE IN VITRO DE Solanum lycopersicum L. (Solanaceae)
Geovana Poton Arcobeli COLA1*, Wellington Ronildo CLARINDO2
Solanum lycopersicum Mill. é uma planta diploide (2n = 2x = 24 cromossomos) utilizada
como modelo em estudos filogenéticos, abordagens moleculares e morfogênicas. Esta espécie
também engloba acessos de grande importância econômica, que fornecem frutos de tomate
amplamente utilizado na indústria de alimentos. Devido sua importância econômica, técnicas
de micropropagação in vitro estão sendo aplicadas usualmente com o intuito de obter clones.
Porém alterações genéticas podem surgir, principalmente através do cultivo de calos. Logo,
esse trabalho teve como objetivo testar diferentes combinações e concentrações dos
reguladores de crescimento: ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4 – D); picloram e
benzilamino-purina (BAP) na indução de calos e verificar a ocorrência ou não de variação
somaclonal quanto ao nível de ploidia pela citometria de fluxo. Calos foram induzidos a partir
de fragmentos foliares de plantas de S. lycopersicum vindas do campo, inoculadas em quatro
diferentes tratamentos: T1 (500µl BAP + 1000 µl picloram); T2 (1000 µl BAP + 500µl 2,4D); T3 (1000 µl BAP + 500 µl picloram + 500 µl 2,4-D); T4 (1000 µl BAP + 500 µl picloram
+ 250 µl 2,4-D). Após 120 dias foi observada a presença de calos em todos os tratamentos.
Não houve diferença estatística entre os tratamentos. Porém, o T4 obteve uma melhor
resposta de indução (28%) de calos responsivos em relação os demais tratamentos: T1
(21,33%); T2 (12%); T3 (18,6%). Pela análise de citometria de fluxo, foi identificada variação
somaclonal quanto ao nível de ploidia em todos os tratamentos. Os calos foram induzidos a
partir de plantas diploides (2x) do campo. No entanto, após as análises foram identificados os
mesmos níveis de ploidia (2x; 4x; 8x e 16x) dos calos nos diferentes tratamentos. Desta
forma, estes resultados demonstram que os reguladores de crescimento (2,4-D; BAP e
picloram) são indicados pra indução de calogênese em S. lycopersicum. No entanto, alterações
genéticas podem surgir nos calos. Essas por sua vez, podem ser utilizadas como ferramentas
valiosas em estudos melhoramento genético de cultivares desta espécie.
Palavras-chave: Tomate, Calo, Variação Somaclonal.
1
Universidade Federal do Espírito Santo, Programa de Pós-Graduação em Genética e
Melhoramento, CCA, Caixa Postal 16, CEP 29.500-000, Alegre, ES – Brasil;
*autor para correspondência: [email protected]
2
Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Biologia Geral, CCA, Caixa Postal
16, CEP 29.500-000, Alegre, ES – Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 29
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DA ALFACE CV. VERÔNICA SOB
DIFERENTES COBERTURAS DO SOLO
João Luiz Lopes MONTEIRO NETO1*, Auriane da Conceição Dutra da SILVA1,
Pâmela Gomes COSTA1, Dayanna Care Teixeira de SOUSA1, Wellington Farias
ARAÚJO1
A alface (Lactuca sativa L.) é cultivada em todas as regiões brasileiras e é a principal salada
consumida pela população mundial. Sua alta produção é devido as evoluções de cultivares e
dos métodos de cultivo dessa hortaliça. Entre esses métodos, destaca-se a aplicação de tipos
de cobertura de solo. Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito de diferentes coberturas
sobre as variáveis: número de folhas por planta, matéria fresca das folhas, matéria fresca da
raiz, matéria seca das folhas, matéria seca da raiz e diâmetro do caule de plantas de alface
cultivadas em diferentes coberturas. O experimento foi realizado no Centro de Ciências
Agrárias da Universidade Federal de Roraima, Campus Cauamé. O solo utilizado foi o
Latossolo Amarelo. O delineamento experimental empregado foi inteiramente casualizado,
com quatro tratamentos (coberturas): [Brachiaria decumbens (capim braquiária seco); Oryza
sativa L. (casca de arroz); plástico preto e testemunha (sem cobertura)], com sete repetições.
A unidade experimental constou de vasos de polietileno de 5 litros. Foi realizada a adubação
com 9g de calcário, 6,8g de superfosfato triplo (P), 1,4g de cloreto de potássio e 2,2g de uréia.
As mudas utilizadas foram produzidas em bandejas de isopor sob estufa contendo substrato
orgânico. O transplante das mudas foi realizado aos 30 dias após a semeadura, utilizando duas
mudas por vaso, sendo feito o posterior desbaste. Já as coberturas foram instaladas oito dias
após o transplante das mudas. A irrigação foi feita em dias alternados durante todo o ciclo da
cultura. A colheita da alface deu-se aos 30 dias após o transplante, sendo então avaliadas as
variáveis citadas anteriormente. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e
as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. O tratamento com casca de
arroz mostrou ser eficiente para as seguintes variáveis: Nº de folhas/planta (17,33), massa
fresca da folha (158,5 g/planta), massa seca da folha (7,44 g/planta) e diâmetro do caule (4,28
cm). O tratamento com capim seco mostrou ser eficiente nas variáveis: Nº de folhas/planta
(17), massa fresca da raiz (17,50 g/planta) e massa seca da raiz (1,19). O tratamento com
plástico preto não diferiu estatisticamente da testemunha. Para as condições em que foi
desenvolvido o presente trabalho, concluiu-se que as coberturas palha de arroz e capim
braquiária mostraram-se mais eficientes no desenvolvimento das características agronômicas
da alface cv. verônica.
Palavras-chave: Lactuca sativa L., Casca de arroz, Capim braquiária.
1
Universidade Federal de Roraima, Departamento de Solos e Engenharia, Agronomia,
Campus Cauamé, CEP: 69.300-00, Boa Vista – RR, Brasil.
*
autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 30
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DO OVÁRIO DE Erythroxylum deciduum A. St.Hil (ERYTHROXYLACEAE)
Carolinny Fernandes LARA1*, Adriana Tiemi NAKAMURA1, Luciana da SILVA1
Erythroxylaceae é uma das famílias mais bem representada dos cerrados e suas espécies
possuem aplicações farmacológicas e na medicina popular. São facilmente reconhecidas pela
presença de flores alvas heterostílicas e pela coloração avermelhada dos frutos carnosos.
Estudos anatômicos de órgãos reprodutivos de representantes do cerrado são pouco
conhecidos, portanto, o presente trabalho teve por objetivo caracterizar anatomicamente o
ovário de Erythroxylum deciduum A. St.-Hil, visando a auxiliar futuros trabalhos ecológicos,
taxonômicos e filogenéticos. Botões florais de E. deciduum foram coletados em áreas
próximas do Parque Florestal Quedas do Rio Bonito, no município de Lavras, MG, fixados
em Karnovsky, desidratados em série etílica, incluídos em hidroxietilmetacrilato Leica® e
seccionados em micrótomo rotativo. Os cortes produzidos foram corados com azul de
toluidina, montados em resina sintética e registrados em microscópio trinocular acoplado ao
capturador de imagens. O ovário de E. deciduum é súpero, sincárpico, tricarpelar, trilocular e
uniovulado. Apresenta dois lóculos inférteis e apenas um fértil. A epiderme externa é
bisseriada, apresentando conteúdo fenólico e uma cutícula fina. O mesofilo ovariano é
dividido em três regiões: externo, médio e interno. O mesofilo externo é meristemático e
composto por células alongadas radialmente e com conteúdo fenólico. O mesofilo médio
apresenta células com formato isodiamétrico, resultado da divisão celular das células do
mesofilo externo e, mais internamente apresenta idioblastos fenólicos dispersos. Nesta região
também são observados os feixes vasculares. São observados três feixes dorsais, um de cada
carpelo, quatro feixes ventrais, e inúmeros feixes laterais. O mesofilo interno compreende
uma camada de células parenquimáticas em contato com a epiderme interna dos lóculos. As
células são diminutas e apresentam alongamento radial. A epiderme interna é formada por
uma camada de células alongadas tangencialmente, com parede delgada e fina cutícula. No
geral, as características anatômicas do ovário de E. deciduum são comumente observadas nas
espécies de Erythroxylum, sendo variável o número de camadas da epiderme externa e a
morfologia dos lóculos inférteis. Tais variações podem ser importantes na delimitação das
espécies.
Palavras-chave: Cerrado, Anatomia, Ovário.
Financiamento: CNPq e FAPEMIG.
1
:Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Botânica Estrutural, Campus
Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 31
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERIZAÇÃO DE GRÃOS DE PÓLEN DE TRÊS CULTIVARES DE
OLIVEIRA (Olea europaea L.)
Carolina Ruiz ZAMBON1*, Adriana Tiemi NAKAMURA1, Luiz Fernado de Oliveira da
SILVA2 , Rafael PIO3, Adelson Francisco de OLIVEIRA2
Esse trabalho objetiva a descrição de grãos de pólen de oliveira, Olea europaea L., visando
futuros estudos de biologia floral e melhoramento vegetal, nas condições edafoclimáticas
brasileiras. Flores em antese de vários indivíduos de três diferentes cultivares de oliveira:
Arbequina, MGS Mariense (Maria da Fé) e MGS Grap541 (Grappolo 541), foram coletados
na Fazenda Experimental da Epamig em Maria da Fé-MG e imediatamente, foram realizados
os testes para caracterização do status hídrico do pólen, presença de amido e pollenkitt. Para a
caracterização do status hídrico, lâminas temporárias foram montadas com os pólens em dois
meios diferentes: em água destilada e óleo de imersão. Para detecção do tipo de carboidrato
armazenado no grão de pólen e detecção de pollenkitt, foram realizados testes histoquímicos
com Lugol e Sudan III, respectivamente. Todas as imagens foram registradas com capturador
BEL acoplado ao microscópio óptico. Os grãos de pólen maduros, quanto ao status hídrico,
são classificados como ortodoxos. Eles apresentam amido como reserva de carboidrato e
exibem o pollenkitt aderido a sua superfície. Com base nesses resultados, conclui-se que o
pólen de oliveira possui metabolismo baixo, característica que permite maior resistência a
ambientes hostis, com alta temperatura e baixa umidade relativa. A presença do amido, que é
osmoticamente inativo, dificulta a entrada de água por pressão osmótica dentro do pólen
aumentando sua viabilidade no ambiente durante o tempo de exposição. Já a presença de
pollenkitt indica que a polinização desta espécie é do tipo zoofílica.
Palavras Chave: Biologia floral, polinização Pollenkitt, Pólen ortodoxo.
Créditos de financiamento: Fapemig
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em
Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG,
Brasil. *autor para correspondência: [email protected]
2
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
3
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Campus Universitário, caixa postal
176, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 32
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERIZAÇÃO DO GRÃO DE PÓLEN DE Erythroxylum suberosum A. St.-Hil
(Erythroxylaceae)
Carolinny Fernandes LARA1*, Adriana Tiemi NAKAMURA1, Luciana da SILVA1
Estudos sobre a morfologia do grão de pólen têm sido realizados com o intuito de fornecer
embasamento a estudos de biologia floral e ecológicos. O objetivo deste trabalho foi
caracterizar o grão de pólen de Erythroxylum suberosum A. St.-Hil classificando-o quanto ao
status hídrico e verificando a presença do pollenkitt e do tipo de reserva de carboidrato
presente. Flores em antese foram coletadas em indivíduos de Erythroxylum suberosum
ocorrentes em áreas próximas do Parque Florestal Quedas do Rio Bonito, município de
Lavras, região sul de Minas Gerais. Grãos de pólen maduros foram retirados das anteras,
montados em meio aquoso (água destilada) e em óleo de imersão para a classificação quanto
ao status hídrico. Para detecção do pollenkitt e do amido, os pólens foram submetidos a testes
histoquímicos com Sudan III e Lugol, respectivamente. Os resultados foram analisados em
microscópio óptico e as imagens foram registradas com auxílio de capturador BEL acoplado
ao microscópio óptico trinocular. Em óleo de imersão os grãos exibem formato subesferoidal.
Em água, o pólen hidrata e muda seu formato, tornando-se arredondado. Essa mudança de
formato permite classificá-lo como ortodoxo. Quando submetidos a testes histoquímicos os
grãos de pólen exibiram o pollenkitt, que reagiu positivamente ao Sudan III. Quanto ao tipo
de carboidrato de reserva, verificou-se a presença do amido, pela coloração preta azulada
característica exibida pelos amiloplastos na presença do reagente lugol. O pólen ortodoxo
pode ser uma adaptação do grão de pólen ao ambiente cerrado, assim como a presença do
amido, uma vez que esta reserva pode ser convertida em outros tipos de carboidratos,
modificando a pressão de turgor e permitindo, assim, uma maior resistência a ambientes
hostis. Já a presença do pollenkitt evidencia a polinização zoofílica, além de exercer outras
atividades na apresentação do pólen e no seu reconhecimento pelo estigma do pistilo da
mesma espécie.
Palavras-chave: Amido, Pólen ortodoxo, Pollenkitt, Malpighiales.
Financiamento: CNPq e FAPEMIG.
1
:Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Botânica Estrutural, Campus
Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 33
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERIZAÇÃO FENOLÓGICA DE CULTIVARES E SELEÇÕES DE
CASTANEIRO DA SERRA DA MANTIGUEIRA
Paula Nogueira CURI11*, Silvana Catarina Sales BUENO2, Rafael PIO1, João
Pedro Sales BUENO3, Filipe Bittencourt Machado de SOUZA1, Pedro Maranha
PECHE1
O castanheiro pertence à família Fagaceae, gênero Castanea, produz frutos conhecidos
como ouriços que alojam, em seu interior, castanhas de alto valor comercial. O gênero
Castanea apresenta sete espécies das quais destacam-se C. sativa Miller, C. crenata
Siebold & Zucc., C. molissima Blume e C. dentata (Marsh.) Borkh. Tais espécies
receberam denominações de acordo com o local de origem e são conhecidas,
respectivamente, por castanha portuguesa (Portugal), castanha japonesa (Japão e Coréia
do Sul), castanha chinesa (China) e castanha americana (América do Norte). Assim,
nove cultivares (‘Taishowase’, ‘Tiodowase’, ‘Tamatsukuri’, ‘Isumo’, ‘Okuni’,
‘Moriwase’, ‘Kinshu’, ‘Senri’ e ‘Ibuki’) e duas seleções (‘KM-2’ e ‘KM-1’) de
castanheiro híbridos (Castanea crenata x Castanea sativa) foram analisadas em São
Bento do Sapucaí-SP. Foram demarcadas quatro plantas de cada cultivar ou seleção
para as avaliações, distribuídas ao acaso na área de plantio, em julho de 2012. Foi
demarcado o início e o término da colheita, bem como o hábito de frutificação, ou seja,
se os ouriços permaneciam fixos nas plantas apenas liberando as castanhas ou se
desprendiam das plantas. Assim, o delineamento utilizado nas avaliações foi em blocos
ao acaso, com 11 tratamentos (cultivares e seleções de castanheiro), contendo quatro
blocos e 20 frutos por parcela. Os dados apresentados indicam que as cultivares e
seleções diferem quanto à deiscência dos frutos e hábito de frutificação. A colheita das
castanhas concentra-se entre a primeira quinzena de novembro e a segunda quinzena de
abril. Algumas cultivares apresenta reduzido número de castanhas dentro do ouriço, o
que indica falta de cincronia no período de floração.
Termos para Indexação: Castanea crenata x Castanea sativa, Florescimento,
Produção.
Agradecimento: À FAPEMIG pelo apoio financeiro.
1:
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de PósGraduação em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP:
37200-000, Lavras-MG, Brasil.
2:
Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral – CATI, Núcleo de Produção de Mudas de São Bento do
Sapucaí, 12490-000, São Bento do Sapucaí-SP.
3:
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduação em
Agronomia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG,
Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 34
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE FRUTOS E SEMENTES DE Joannesia
princeps Vell. (Euphorbiaceae)
Rômulo André BELTRAME1*, Tatiana Tavares CARRIJO2, José Carlos LOPES1,
Liana Hilda Golin MENGARDA1
A espécie Joannesia princeps Vell. (Euphorbiaceae) distribui-se nas Regiões Norte, Nordeste
e Sudeste do Brasil, predominantemente na Amazônia, Caatinga e Mata Atlântica, e é
popularmente conhecida como cutieira e boleira. Suas sementes possuem em torno de 37% de
óleo, útil para fins industriais e medicinais, sendo potencialmente mais uma alternativa para a
produção de biodiesel. Objetivou-se no presente trabalho estudar aspectos morfológicos de
frutos e sementes de Joannesia princeps. Foram avaliados os atributos qualitativos em relação
à morfologia, sendo a caracterização morfológica embasada na análise de 30 unidades. Em
campo, foram escolhidos frutos maduros, sadios, inteiros e sem deformações, avaliando-se os
seguintes atributos qualitativos em relação à morfologia externa dos frutos: a) coloração na
maturação, b) consistência do pericarpo, c) número de deiscências, d) tipos de indumento, e)
número e posição das sementes. A partir da análise de sementes viáveis, os seguintes atributos
qualitativos foram avaliados: a) coloração, b) textura da superfície da testa, c) forma, d)
posição do hilo, micrópila, rafe e estruturas anexas, quando presentes, e) consistência,
coloração e espessura do endosperma, f) posição, forma e coloração do embrião (cotilédones,
eixo hipocótilo-radícula e plúmula). Os frutos de Joannesia princeps apresentaram exocarpo
deiscente por valvas, mesocarpo lenhoso e duas sementes encerradas por um endocarpo
igualmente lenhoso. Por essa morfologia foram classificados como fruto drupóide do tipo
filotrimídio. O exocarpo lenhoso apresentou coloração verde escura no fruto maduro, com
pontuações cinza e, junto com o mesocarpo lenhoso e de coloração amarelada, apresentou-se
deiscente por quatro valvas. Quando aberto, o endocarpo seco, lenhoso, de coloração
acastanhada. As testas das sementes apresentaram coloração castanha, formato globoso, sendo
o ápice e a base arredondados. A superfície da testa das sementes é endurecida, lisa e glabra.
A cicatriz do hilo é evidente como uma pequena área circular, enquanto a micrópila e a rafe
são inconspícuas. O endosperma alvo e abundante envolve todo o embrião cotiledonar e axial.
Com base nos resultados conclui-se que a morfologia do fruto e da semente descrita neste
trabalho é suficientemente homogênea e, portanto, confiável à caracterização e identificação
da espécie.
Palavras-chave: Cutieira, Espécie florestal, Morfologia.
Agradecimento a CAPES e ao CNPq pela concessão de bolsas.
1
Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Produção Vegetal, Centro de
Ciências Agrárias, CxP 16, CEP: 29500-000, Alegre-ES, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
2
Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Biologia , Centro de Ciências
Agrárias, Alegre-ES, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 35
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
COLEÇÕES
HISTÓRICAS:
PERSPECTIVA
INFORMAÇÕES SOBRE USO DAS PLANTAS
DO
RESGATE
DE
Amanda Roberta CORRADO1*, Letícia Porto MOMESSO2, Paulo Henrique
SILVA2 e Lin Chau MING1.
Com um enfoque diferente da analise de um taxonomista, a proposta deste trabalho é
utilizar uma série histórica de exsicatas como fonte documental, na perspectiva do
resgate de informações sobre o uso de plantas. Para a pesquisa utilizaram-se todas as
exsicatas da família Urticaceae coletadas no Brasil e depositadas no Muséum National
d’Histoire Naturalle de Paris. As informações contidas nas etiquetas foram lidas e
sistematizadas e analisaram-se os dados com no conjunto das informações levantadas
individualmente. As informações sobre uso foram raras, apenas nove registros textuais
apresentaram indicações de usos. As categorias para uso encontradas foram: planta para
fibra, madeira, alimentação e medicinal. Das espécies coletadas, 52% pertencem aos
gêneros Cecropia (21%), Coussapoa (17%), e Urera (14%), gêneros que incluem
espécies com índices de citações de uso na literatura. Sugere-se com essa análise a
probabilidade das informações mais específica sobre cada espécies estarem indicadas
em diferentes documentos produzidos pelos coletores, visto que mesmo com foco na
descrição dos recursos naturais do país, elencaram e abordaram os diferentes aspectos
da relação entre as sociedades e as plantas no passado. Alguns destes materiais podem
estar nos arquivos das bibliotecas dos diferentes herbários e nos indica a necessidade da
valorização destas informações para que possamos, através de uma abordagem histórica,
resgatar também dados sobre os aspectos socioculturais relacionados a cada espécie e
também sobre a história da Botânica no Brasil.
Palavras chaves: Urtciaceae, Etnobotânica histórica, Exsicatas, Arquivo de herbário.1
1
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Câmpus de Botucatu- SP,
Faculdade de Ciências Agronômicas, Laboratório de Plantas Medicinais e Etnobotânica.
*
autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 36
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
COMPARAÇÃO IN SILICO DA COLD SHOCK PROTEIN DE Ricinus communis L.
Rodrigo de Oliveira ALMEIDA1*; Emi Rainildes LORENZETTI2
Com o crescente destaque da família Euphorbiaceae como plantas de interesse econômico, levou a
intensificação de trabalhos na área da genômica e proteômica, dentre estas espécies está a mamona
(Ricinus communis L.). Grande quantidade de informações estão sendo depositadas nos bancos de
dados públicos, como National Center for Biotechnology Information (NCBI), European Molecular
Biology Laboratory (EMBL) e DNA Data Bank of Japan (DDBJ). Neste contexto, a bioinformática
é uma ferramenta indispensável para a análise massal de informações. O objetivo foi analisar in
silico a proteína de resposta ao frio (cold shock protein) de Ricinus communis L. quanto a
similaridade entre si. Sequências proteícas desta espécies oriundas do GenBank foram utilizadas
neste trabalho, totalizando 63.340 sequências. O desenvolvimento dos scripts para a solução de
problemas biológicos computacionais foi feito em linguagem de programação Perl (Pratical
Extraction and Report Language), sob a plataforma Linux. Sequências sob a anotação “hypothetical
protein” e “unnamed protein product” foram retiradas (31.917 e 159, respectivamente) e somente as
sequências contendo a anotação “cold shock protein” foram selecionadas (totalizando dez
sequências). Com o auxílio do programa Seaview, foi realizado o alinhamento das sequências
proteicas, assim como a montagem da árvore filogenética. Os resultados mostram que essas
proteínas formam seis grupos distintos, sendo duas sequências (gi 223546856 e gi 255545420) de
menor similaridade em relação às demais.
Palavras-chave: Bioinformática, Perl, Mamona.
1
Doutorando em Agronomia/Produção Vegetal. Universidade Federal do Paraná, Departamento de
Fitotecnia, Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal, Campus Universitário,
caixa postal 19061, CEP: 80035-050, Curitiba-PR, Brasil.
2: Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais – Campus Rio Pomba, Departamento de Agricultura e
Ambiente, CEP 36180-000, Rio Pomba-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 37
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE FRUTOS DE CAMU-CAMU USANDO
DIFERENTES EMBALAGENS.
Maria Luiza GRIGIO1*, Edvan Alves CHAGAS2, Maria Fernanda DURIGAN2, Ataiza
de Andrade SOUZA3, Cassia Rejane do NASCIMENTO3, Christinny Giselly Bacelar
LIMA4, Wellington Farias ARAÚJO5, Leandro Camargo NEVES5.
O camu-camuzeiro (Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh) é uma espécie frutífera pertencente
à família Myrtaceae. É amplamente reconhecido como o fruto com maior quantidade de
vitamina C, chegando a atingir 6.112 mg de ácido ascórbico por 100 g-1 de polpa. Este
trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o tipo de embalagem que permitem melhor
conservação dos atributos de qualidade do camu-camu. Os frutos foram colhidos no
município de Caroebe, RR e levados para o setor de Fruticultura da Embrapa Roraima, onde
foram higienizados e selecionados pela ausência de danos (22±2 °C e 70±3% de U.R). O
delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com três repetições, em
arranjo fatorial constituido de três tipos de embalagens (sem embalagem, PET e PVC) e
dezesseis dias de armazenamento, sendo os frutos analisados a cada dois dias (3x8), onde
cada repetição era composta por 30 frutos. Os frutos foram avaliados quanto a perda de massa
fresca, pH, teores de sólidos solúveis, acidez titulável, ácido ascórbico, carotenoides,
antocianinas, e clorofilas A e B, assim como se calculou o índice de maturação (SS/AT). De
acordo com os resultados obtidos, para todas as variáveis, as interações testadas apresentaram
efeito significativo pelo teste F a 5% de probabilidade. Não houve ajuste de regressão nos
modelos testados para os pigmentos antocianinas e carotenóides, assim como para a variável
pH. Os atributos de qualidade (SS, AT, pH e a relação SS/AT) foram mantidos por mais
tempo nos frutos armazenados nas bandejas de poliestireno expandido recoberta com filme
PVC, assim como os teores de ácido ascórbico. Os maiores teores de carotenoides foram
observados nos frutos armazenados em bandeja de poliestireno expandido recoberta com
filme PVC. Concluiu-se que para a extração de pigmentos, biocompostos antioxidantes, e
seus atributos de qualidades (SS, AT, pH e SS/AT), assim como os teores de ácido ascórbico
a embalagem que melhor conservou esses compostos foi a bandeja de poliestireno expandido
recoberta com filme de PVC.
Palavras-chave: Myrciaria dubia, Amazônia, Ácido Ascórbico, Pigmentos.
1
*autor para correspondência:
Rede Bionorte, Programa de Doutorado em Conservação e Biodiversidade da Amazônia,
CEP 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil, [email protected].
2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Rodovia BR 174, km 08, C.P. 133,
Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, [email protected],
[email protected].
3
Universidade Federal de Roraima, POSAGRO, Km 12 BR174 s/n°, CEP 69301-970, Boa
Vista/RR. [email protected], [email protected].
4
Embrapa Roraima, Programa de Pós-Doutoramento (CAPES/PNPD), Rodovia BR 174, km
08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, [email protected].
5
Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Km 12 BR174 s/n°, CEP
69301-970, Boa Vista/RR. [email protected], [email protected].
1
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 38
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CONSTRUÇÃO DE UM MANUAL DE PRÁTICAS EM BOTÂNICA
Rodrigo Lopes BORGES1*, Wilson Pereira LIMA JUNIOR1, Edmar da Silva PRADO2,
Albanita de Jesus Rodrigues da SILVA3, Roseane de Lyra SANTIAGO3
Considerando a problemática sobre as aplicações e as dificuldades do modelo tradicional de
ensino, em um período de contestações, a busca por inovações na didática é discutida e
reinventada a cada dia. Tornando um desafio a inovação nas estratégias pedagógicas que
despertem a atenção dos alunos para os diversos conteúdos. Durante o IV Seminário de
Integração de Práticas Docentes com o tema “Formação de Professores” realizado na
Universidade Federal de Roraima em 2011, a proposta da oficina partiu da ex-curadora do
herbário da Universidade Federal de Roraima (UFRR) junto a professora das disciplinas
iniciais de botânica. O trabalho teve como objetivo desenvolver uma ferramenta para aulas de
botânica, para docentes e para os futuros professores no ensino de ciências, mostrando a
importância do trabalho desenvolvido na do herbário/UFRR. A oficina foi dividida em três
partes, primeiramente uma parte teórica ministrada através de aulas expositivas por
estagiários do Herbário da UFRR, abordando aspectos sistemáticos, habitat e a importância
das criptogramas e fanerógamas. A partir das aulas teóricas, deu-se início a parte prática, onde
se realizaram coletas no Campus Paricarana-UFRR, trabalhando o uso do GPS, caracterização
da área, identificação das plantas a serem coletadas, métodos de coleta e o armazenamento
dos exemplares. Logo após as plantas foram levadas ao herbário, algumas foram utilizadas
para a observação de estruturas. A segunda parte foi dedicada para o processo de montagem
de exsicatas. A última parte da oficina foi dedicada à montagem do manual de aulas práticas,
com a utilização de pranchas ilustrativas, livros, fotos e computadores. A montagem dos
manuais foi realizada em grupo utilizando ferramentas computacionais com o auxílio dos
ministrantes da oficina. No decorrer do trabalho, observamos o interesse dos participantes em
cada etapa, levantando inquietações quanto à construção do manual, assim como uma
interação entre o grupo, definindo propostas de design, contexto e aplicações. Ao final,
obtiveram-se resultados satisfatórios para a criação dos manuais, colocando em evidência os
métodos de coleta, identificação e a construção de exsicatas, demonstrando a importância de
novas técnicas de ensino para o aumento do rendimento no processo de aprendizagem no
ensino de botânica.
Palavra-chave: educação, inovação didática, botânica, manual.
Financiamento: Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência/UFRR).
1
Ministrante Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Roraima
Ministrante Mestrado do Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais da Universidade
Federal de Roraima
3
Prof. Dra. e Orientadoras do curso de graduação em Ciências Biológicas da Universidade
Federal de Roraima
*autor para correspondência: [email protected]
2
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 39
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CONTEÚDO DE DNA NUCLEAR DE TRÊS ESPÉCIES DE MYRSINE L.
(Primulaceae)
Renata Flávia de CARVALHO1*; Tatiana Tavares CARRIJO²; Carlos Roberto de
CARVALHO³; Wellington Ronildo CLARINDO²
O gênero Myrsine pertence à subfamília Myrsinoideae que está circunscrita atualmente
à Primulaceae, uma família de angiospermas cosmopolita, que ocupa os mais diversos
ambientes. No Brasil, este gênero está distribuído amplamente na Floresta Atlântica. A
subfamília Myrsinoideae apresenta conflitos na delimitação taxonômica do grupo, a
qual não é bem elucidada. Em virtude desse fato, relações de parentesco dentro do
grupo vêm sendo minuciosamente estudadas. Uma ferramenta que pode contribuir para
ampliar o conhecimento acerca do genoma do gênero Myrsine é a citometria de fluxo,
uma técnica que permite mensurar o conteúdo de DNA nuclear das espécies, gerando
dados relevantes para estudos taxonômicos e evolutivos. Dentro desse contexto, o
trabalho teve como objetivo mensurar o tamanho do genoma nuclear de três espécies:
Myrsine guianensis, Myrsine coriacea e Myrsine umbellata, por meio da citometria de
fluxo. Suspensões nucleares foram obtidas por meio de fragmentos foliares de cada uma
das três espécies de Myrsine e do padrão interno Solanum lycopersicum L. (2C = 2,00
picogramas). Os núcleos foram isolados a partir do procedimento de chopping em
tampão de extração. Este homogeneizado foi filtrado em um microtubo e centrifugado.
Em seguida, o sobrenadante foi descartado e o pellet ressuspendido e incubado em 100
µl do mesmo tampão. Posteriormente, as amostras foram coradas em 1,5 ml de tampão
de coloração, contendo o corante iodeto de propídeo. As suspensões foram analisadas
em citômetro de fluxo gerando histogramas usados para mensurar o tamanho do
genoma nuclear. A metodologia empregada proveu suspensões contendo quantidade
satisfatória de núcleos intactos, isolados e estequiometricamente corados. A análise
citométrica gerou histogramas apresentando picos de núcleos G0/G1 com coeficiente de
variação inferior a 5%, valor considerado adequado para mensuramento do valor 2C
nuclear. Assim, o conteúdo médio do genoma nuclear foi mensurado para Myrsine
guianense que apresentou valor equivalente a 2C = 7,2 picogramas, Myrsine umbellata
2C = 7,2 picogramas e para Myrsine coriacea 2C = 8,22 picogramas. Outros autores
reportaram o valor 2C nuclear para alguns gêneros da família Primulaceae (Cyclamen e
Jacquinia), mas não há relatos para Myrsine. Portanto, os dados apresentados no
presente estudo representam os primeiros para as três espécies do gênero, fornecendo
subsídios para estudos citotaxonômicos do grupo.
Palavras-chave: Myrsine guianense, Myrsine umbellata, Myrsine coriacea, Citometria
de fluxo, Citotaxonomia.
1Universidade Federal do Espírito Santo, Estudante de Graduação em Ciências
Biológicas, Alto Universitário s/nº, Guararema, Cx. postal 16 | Alegre - ES, CEP
29500-000, Brasil.
2: Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Biologia, Professor e
Pesquisador, Alto Universitário, s/nº, Guararema, Cx. postal 16 | Alegre - ES, CEP
29500-000, Brasil.
3: Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Biologia Geral, Professor e
Pesquisador, Av. P H Rolfs, s/n – Campus Universitário, Viçosa – MG, 36570-000
Autor para correspondência: * [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 40
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CONTEÚDO DE α-TOCOFEROL EM ESPÉCIES DE VÁRZEA DA AMAZÔNIA
CENTRAL
Astrid de Oliveira WITTMANN1*, Danielle WALDHOFF2
As florestas de várzea da Amazônia estão inseridas em um gradiente de diferentes níveis de
inundação, que definem habitats desde permanentemente aquáticos, nas cotas mais baixas, até
totalmente terrestres, nas cotas mais altas. A inundação anual média é de 10 m, o que pode
significar uma inundação de 270 dias por ano, conforme a altura de relevo considerada. Sob
tais condições, os organismos produzem compostos para ajudar a suportar condições
ambientais desfavoráveis. Entre estes compostos, um deles é a vitamina E, em condições
ambientais ideais é produzida na planta, mas sua quantidade pode variar em função de
situações estressantes. O α-tocoferol (α-T) é o principal composto da vitamina E considerado
um bioindicador de estresse nas plantas. Levando-se em conta que a inundação pode atuar
como um fator de estresse, neste estudo foi determinado o conteúdo do reservatório de αtocoferol em 19 espécies arbóreas freqüentes em diferentes cotas de inundação das florestas
de várzea, utilizando-se plantas jovens em casa de vegetação sob condições controladas, na
universidade de Kiel, Alemanha. Visando relacionar esse conteúdo às taxas de crescimento
dessas espécies e a sua fenologia foliar (perenifólias ou caducifólias), foram testadas as
seguintes hipóteses: a) espécies no ambiente natural cuja distribuição é em cotas baixas de
inundação, por ficarem maior tempo sob alagamento, apresentam maior conteúdo de vitamina
E do que espécies situadas em cotas mais elevadas, b) Espécies que mantém as folhas em
condições de submersão, têm conteúdo de vitamina E maior do que aquelas que perdem as
folhas durante a inundação. O crescimento mensal em altura foi acompanhado por 210 dias
após a germinação. Foram coletados, para análise em HPLC, cilindros foliares de 1,57 cm2 de
três folhas/indivíduo. De cada espécie foram amostradas nove folhas, com um total de 171
amostras para as 19 espécies. A extração foi feita com o volume de n-Heptano ajustado para
500 µl. O α-T foi a única forma de vitamina E comum a todas as espécies e o conteúdo variou
de 0,1 a 10,7 µg cm-2 nas 19 espécies. Este conteúdo não se mostrou relacionado com a perda
e manutenção de folhas, nem com a posição das espécies no gradiente de inundação (R2 =
0,09), rejeitando-se assim as duas hipóteses. Contudo, pelo teste t houve uma correlação entre
o conteúdo de a taxa de crescimento em altura das espécies (R2 = 0,2). Para a maioria das
espécies, quanto mais lento é o crescimento maior é o conteúdo de α-T.
Palavras chave: Inundação, vitamina E, Espécies arbóreas.
Financiamento: DAAD/CNPq, Projeto de cooperação bilateral INPA/Max Planck.
1
Universidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica.
Av. General Rodrigo Otavio Jordão Ramos, 3000, Setor Sul, Campus Universitário 69077100, Manaus, AM.
2: Max Planck Institut for Limnology, Plön, Germany.
* [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 41
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE Annona coriacea Mart. (Annonaceae)
Daiane Mugnol DRESCH1*, Silvana de Paula Quintão SCALON1, Tathiana Elisa
MASETTO2
Annona coriaceae é uma espécie frutífera de importância medicinal, amplamente distribuída
no Cerrado brasileiro, cujas sementes apresentam longo período para iniciar o processo
germinativo, indicando a presença de sementes com dormência. Além da dormência outros
fatores como temperatura e o período de armazenamento das sementes influenciam na
emergência e na produção de mudas. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o
crescimento inicial de mudas de A. coriacea, provenientes de sementes armazenadas em
diferentes temperaturas e períodos. As sementes foram processadas e posteriormente
armazenadas em embalagens de polietileno nas temperaturas de -18, 5, 15 e 25°C, durante 0,
30, 60, 90, 120 e 150 dias. Após o armazenamento, as sementes foram imersas em 350 mg L-1
de ácido giberélico por 144 horas. A semeadura foi realizada em sacos plásticos contendo
Latossolo Vermelho + Bioplant®. O crescimento inicial das plântulas foi avaliado por meio da
determinação dos comprimentos da parte aérea e da raiz primária, número de folhas, área
foliar, índice de clorofila e massa seca da parte aérea e da raiz primária. O delineamento foi
inteiramente casualizado em esquema fatorial com quatro repetições de 50 sementes. Os
resultados foram submetidos à análise de variância com o auxílio do software SISVAR. Os
resultados de crescimento de mudas de A. coriacea evidenciaram o efeito positivo da
temperatura de 5°C durante o armazenamento das sementes. Para o comprimento da parte
aérea, as temperaturas de 5 e 25°C possibilitaram os maiores crescimentos (9,23 e 9,48 cm,
respectivamente) no menor tempo de armazenamento (três dias). Para o comprimento da raiz
primária, as temperaturas de 5 e 15°C apresentaram os maiores resultados (16,42 e 16,66 cm,
respectivamente), nos períodos de armazenamento de 36 e 38 dias, respectivamente. Em
relação ao número de folhas e a área foliar, o armazenamento nas diferentes temperaturas e
períodos de armazenamento afetou negativamente o crescimento foliar das plântulas. A
temperatura de 5°C durante o armazenamento favoreceu o acúmulo de biomassa da parte
aérea (0,1494 g) e de raízes (0,6402 g), nos períodos de 35 e três dias de armazenamento,
respectivamente. O armazenamento das sementes de A. coriacea por 30 dias na temperatura
de 5°C e posterior imersão em ácido giberélico (350 mg.L-1 por 144 horas) são eficientes para
superação da dormência das sementes, e consequentemente, favorece o crescimento inicial e
acúmulo de biomassa das mudas.
Palavras-chaves: Cerrado, Giberelina, Temperatura, Armazenamento.
Créditos de financiamento: CAPES.
1
Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de
Pós-graduação em Agronomia, Caixa Postal 533, CEP 79804970, Dourados, MS, Brasil;
*autor para correspondência: [email protected].
2
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco, Departamento de
Ciências Agrárias, Via do Conhecimento, Km 01 Caixa Postal 571, CEP 85503-390, Pato
Branco-PR, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 42
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DENSIDADE DA MADEIRA DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM UMA ÁREA DE
FLORESTA NA AMAZÔNIA SETENTRIONAL
Lilia Cristina Cruz PEREIRA1*, Danilo Boanerges SOUZA2, Carolina Volkmer de
CASTILHO3
A densidade da madeira é definida como a razão entre o peso seco e o volume fresco da
madeira, sendo uma característica importante na definição dos usos comerciais e tecnológicos
da madeira, bem como de atributos ecológicos, como taxas de crescimento relativo e
mortalidade e resistência mecânica ao vento. A densidade da madeira também é um
componente importante das estimativas de biomassa arbórea e estoque de carbono da floresta.
Valores confiáveis de densidade média da madeira são necessários para converter os dados
volumétricos de inventários florestais extensivos em estimativas de biomassa e também
podem ser utilizados na adaptação de modelos alométricos, tornando-os aplicáveis em
diferentes florestas. O objetivo do estudo foi determinar a densidade da madeira do tronco e
do galho das espécies arbóreas mais abundantes em 3 parcelas permanentes do Programa de
Pesquisas em Biodiversidade (PPBio), localizadas no Parque Nacional do Viruá (Caracaraí/
RR). Para a coleta de amostras de madeira do tronco, utilizou-se um trado de Pressler de 0,5
mm de diâmetro. As amostras do galho foram coletadas com auxílio de um podão e tesoura de
poda. Todas as árvores amostradas apresentaram diâmetro a altura do peito entre 10 e 30 cm.
Imediatamente após a coleta, as amostras de madeira foram acondicionadas em uma caixa
térmica contendo gelo. No laboratório, o volume fresco das amostras de madeira foi
determinado pelo método do deslocamento da água. Posteriormente, as amostras foram
colocadas em estufa de ventilação a 103ºC - 105ºC por 72 horas para determinação do peso
seco. No total, foram coletadas amostras de galho de 276 indivíduos, pertencentes a 25
famílias e 79 espécies arbóreas. A densidade da madeira no galho variou de 0,46 a 0,84 g/cm3,
com média de 0,66 g/cm3 (± 0,09). Amostras de madeira do tronco foram coletadas de 170
indivíduos ainda em fase de identificação. A densidade média no tronco foi de 0,71 g/cm3
(±0,15), variando de 0,31 a 0,96 g/cm3. Os resultados indicaram grande variação na densidade
da madeira entre as espécies arbóreas analisadas e que espécies de uma mesma família podem
apresentar valores muito diferentes de densidade da madeira. Espera-se que o banco de dados
em construção possa contribuir para o entendimento das variações intra e interespecíficas da
densidade da madeira e aumentar a precisão das estimativas de biomassa arbórea e estoque de
carbono das florestas da Amazônia Setentrional.
Palavras-chave: Biomassa arbórea, Parcelas permanentes, Parque Nacional do Viruá, PPBio,
Trado de Pressler.
Fontes financiadoras: PIC/UFRR, CNPq Proc. 479364/2011-7
1
Universidade Federal de Roraima, Centro de Estudos da Biodiversidade, Campus Paricarana,
CEP 69304-000, Boa Vista – RR, Brasil.
2: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Pós-graduação em Ciências de Florestas
Tropicais, caixa postal 478, CEP: 69011-970, Manaus-AM, Brasil.
3: Embrapa Roraima, caixa postal 133, CEP: 69301-970, Boa Vista – RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 43
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DESEMPENHO GERMINATIVO
ESTRESSE LUMINOSO
DE
GENÓTIPOS
DE
MAMOEIRO
SOB
Liana Hilda Golin MENGARDA1*, José Carlos LOPES1, Rafael Breda BUFFON1,
Camila Costabeber NUNES1, Paula Aparecida Muniz de LIMA1
Na cultura do mamoeiro é grande a demanda por novas tecnologias visando à melhoria das
técnicas de propagação. Neste sentido, busca-se a identificação de genótipos de melhor
desempenho germinativo e vigor em condição de estresse abiótico. Objetivou-se no presente
trabalho estudar o desempenho germinativo de quatro genótipos de mamoeiro submetidos ao
estresse por elevada e baixa irradiância. Foram utilizadas sementes de mamão (Carica papaya
L.) de quatro genótipos: Caliman 01, THB, Híbrido triplo e Híbrido JS12 x Waimanalo. As
sementes foram submetidas ao teste de emergência em sombreamentos intenso (50% de
sombreamento), moderado (20% sombreamento) e a sol pleno (0% de sombreamento). Foram
avaliados: porcentagem de emergência, índice de velocidade de emergência (IVE), tempo
médio de germinação, e, após 45 dias, as plântulas foram avaliadas quanto ao
desenvolvimento em comprimento e massa. Foi calculada a média das características
germinativas e realizada análise multivariada da divergência genética objetivando identificar a
dissimilaridade entre genótipos, e, assim, o seu desempenho diferencial em relação a todos os
parâmetros avaliados. Sem estresse luminoso e no estresse por baixa irradiância, ou seja, em
20% e 50% de sombreamento, o genótipo Caliman 01 formou um grupo isolado,
apresentando maior média para as características germinativas. Na condição sol pleno foram
formados três grupos: o genótipo THB foi isolado em 1um grupo separado, apresentando
menor média; o genótipo Híbrido JS12 x Waimanalo formou o segundo grupo, apresentando
maior média que o primeiro e o terceiro grupo, este último abrangendo os outros dois
genótipos (Caliman 01 e Híbrido triplo). Com base nos resultados conclui-se que o genótipo
Híbrido JS12 x Waimanalo apresenta melhor desempenho germinativo na condição de
estresse por elevada irradiância, enquanto o Caliman 01 tolera o sombreamento intenso.
Palavras-chave: Carica papaya L., Germinação, Sombreamento, Vigor de sementes.
Agradecimento a CAPES e ao CNPq pela concessão de bolsas.
1
Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Produção Vegetal, Centro de
Ciências Agrárias, CxP 16, CEP: 29500-000, Alegre-ES, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 44
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE CUPUAÇUZEIRO COM DIFERENTES
FERTILIZANTES FOLIARES
Fernando Barreto Diógenes de QUEIROZ1*, Verônica Andrade dos SANTOS2, Edvan
Alves CHAGAS2, Maria da Conceição Rocha ARAÚJO3, Olisson Mesquita de SOUZA
4
, Teresinha Costa Silveira de ALBUQUERQUE2, Diego Lima SOUZA4
O cupuaçuzeiro pode ser encontrado em estado silvestre em várias localidades do Estado de
Roraima, como também, cultivada em quase toda a região amazônica. A fertilização foliar é
uma prática importante e econômica na produção de mudas, devido às menores quantidades
do produto aplicado e um alto índice de absorção dos nutrientes pelas plantas, mas pouco
conhecida pelos produtores regionais. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi verificar a
eficiência de diferentes fertilizantes foliares no desenvolvimento de mudas de cupuaçuzeiro.
O trabalho foi realizado no Setor de Fruticultura da Embrapa Roraima, localizado no
município de Boa Vista. As sementes para formação das mudas foram retiradas de frutos
maduros, sadios provenientes da coleção de genótipos de cupuaçuzeiro do Campo
Experimental da Confiança - Embrapa. A semeadura foi realizada em canteiro tendo como
substrato areia e serragem 1:1, em casa de vegetação. Após emergência as plântulas foram
transplantadas em sacos de polietileno contendo 3 kg de substrato areia e esterco 3:1:1, e
colocadas sobre bancadas em casa de vegetação com irrigações constantes. O delineamento
experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), sendo a testemunha e quatro
diferentes fertilizantes foliares: T1=fertilizante organomineral; T2 = composto por (Ca), Boro
(B), Zinco (Zn), Molibdênio (Mo) e Potássio (K) ; T3= 28% de K2O, P2O% e 21% de B, Mn
e Mo; T4= (N; P2O5; K2O; Ca; Mg; S; B; Co; Fe; Mn; Mo; Si; Zn) e T5 a testemunha sem
fertilizante, com quatro repetições e 5 plantas por repetição. As doses foram aplicadas de
acordo recomendações do fabricante. A cada 30 dias durante seis meses foram avaliadas as
características de: comprimento da parte aérea das plantas, diâmetro do colo e numero de
folhas. Os resultados foram submetidos à análise de variância e regressão polinomial, sendo
as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Os tratamentos em que
foram utilizados os fertilizantes foliares T1= fertilizante organomineral; T3== 28% de K2O,
P2O% e 21% de B, Mn e Mo e T4= N; P2O5; K2O; Ca; Mg; S; B; Co; Fe; Mn; Mo; Si; Zn
foram eficientes no incremento da altura e diâmetro das plantas, os fertilizante utilizados não
influenciaram no número de folhas, no entanto o maior diâmetro foi quando se utilizou o
fertilizante composto por 28% de K2O, P2O% e 21% de B, Mn e Mo. Os fertilizantes
utilizados proporcionaram maior incremento no desenvolvimento de mudas de cupuaçuzeiro.
Palavras-chave: Theobroma grandiflorum; Produção; Mudas de Qualidade.
Apoio financeiro: CNPq/CAPES/UFRR e EMBRAPA-RR
1
Estudante de Engenharia de Produção – Faculdade Catedral. Boa Vista –RR. Email:
[email protected] (*autor para correspondência).
2
Eng. Agrônoma Pesquisadora Bolsista de Pós-doc-CAPES/PNPD-Embrapa RR. E-mail:
[email protected]
2
Eng. Agrônomo, Pesquisador da Embrapa-RR. Bolsista. E-mail: [email protected]
2
Eng. Agrônoma pesquisadora da Embrapa –RR. Email. [email protected]
3
Doutoranda em Biodiversidade e conservação - Rede Bionorte – RR Email:
[email protected]
4
Estudantes do curso de agronomia-UFRR. Emails: [email protected], [email protected].
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 45
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICA HISTOLÓGICA PARA ESTUDO DE CALOS
EMBRIOGÊNICOS DE CUPUAÇUZEIRO
Graziela S. dos S. GUIMARÃES1, Giselle Costa LIMA2, Pamela HARADA3, Regina
QUISEN3*
A aplicação de técnicas biotecnológicas na cultura do cupuaçuzeiro (Theobroma
grandiflorum), tal como a propagação in vitro, permite grandes avanços nos programas de
melhoramento genético desta espécie, principalmente na clonagem de mudas de materiais
selecionados. Entretanto, o entendimento do processo morfogênico desta cultura in vitro ainda
é limitado, principalmente no que diz respeito à compreensão dos estímulos e condições
necessárias para a indução e controle das rotas morfogênicas. O desenvolvimento de estudos
histológicos de estruturas obtidas via cultura de tecidos podem fornecer informações
essenciais para a compreensão da morfogênese in vitro, sejam estas rotas de desenvolvimento
organogênicas ou embriogênicas. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo definir
condições para o preparo de lâminas histológicas permanentes de calos embriogênicos de
cupuaçuzeiro. Para tal, calos embriogênicos de cupuaçuzeiro mantidos in vitro foram
submetidos a diferentes condições de técnicas histológicas. Após fixação em FAA50% por 24
ou 48 horas, pequenas porções de calos embriogênicos foram imersos em séries alcoólicas
crescentes com etanol/butanol ou etanol/xilol e embebidas em parafina em cassetes para
posterior emblocamento ou em recipientes de vidro, sendo neste último caso, acrescida a
parafina aquecida aos poucos em solução de butanol/clorofórmio contendo a amostra. Após
microtomia, as fitas foram imersas em banhos de xilol ou éter de petróleo, hidratados e a
coloração realizada com azul de toluidina ou safranina. A qualidade dos cortes histológicos
obtidos foram bastante contrastantes entre si, demonstrando a necessidade de melhoria no
processo de infiltração e desparafinização. Ainda assim, observou-se que a impregnação lenta
em recipiente de vidro em estufa em parafina aquecida da amostra em solução
butanol/clorofórmio permitiu uma melhor infiltração. Também a sequência de banhos em
xilol foi superior à utilização de éter de petróleo para estas amostras. A sequência
metodológica realizada é a primeira aproximação para cortes histológicos em parafina para
estudos de tecidos calogênicos de cupuaçuzeiro, necessitando ainda de maior detalhamento
deste processo.
Palavras-chave: Theobroma grandiflorum, Lâminas permanentes, Morfogênese in vitro,
Fruteiras tropicais.
Créditos de financiamento: Agências de fomento FAPEAM e CNPq
1
Graduanda em Biologia, Bolsista PAIC/FAPEAM. Uninorte, Rua 10 de Julho, 873. Manaus,
Amazonas.
2
Graduanda em Biologia, Bolsista PIBIC/CNPq. Uninorte, Rua 10 de Julho, 873. Manaus,
Amazonas.
3
Embrapa Amazônia Ocidental, Caixa postal 319, CEP 69010-970, Manaus, Amazonas.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 46
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE ARAÇA-BOI1
Marcela Liege da Silva MOURA*2, Edvan Alves CHAGAS3, Elias Ariel de
MOURA4,Maria Luiza GRIGIO2
O araçá-boi é uma frutífera nativa da Amazônia que vem se destacando cada vez mais pelas
características de sua polpa utilizadas na fabricação de doce, néctar, geleia entre outros. As
sementes de araçá-boi apresentam dormência, devido à impermeabilidade do tegumento e
também devido à presença de inibidores da germinação, dificultando dessa maneira seu
cultivo. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os tratamentos para
quebra de dormência de sementes de araçá-boi. Para isto, as sementes foram submetidas a
quatro tratamentos: semente intacta (Testemunha), - sementes tratadas com ácido sulfúrico
(98%) por 7 minutos, retirada do tegumento no lado oposto à emergência do hipocótilo e
lixamento do lado oposto à emergência do hipocótilo. Em seguida as sementes foram
semeadas em tubetes contendo 3 substratos diferentes: areia, serragem e areia + serragem.
Foram avaliadas as seguintes características: Comprimento de Parte Aérea, Número de Folhas
e Crescimento do Sistema Radicular. O delineamento experimental utilizado foi o
inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x4, com 4 repetições, 8 sementes por
repetição. Aos 120 dias notou-se que para o comprimento da parte aérea, a testemunha
apresentou maior valor (9,17 cm). Resultado semelhante foi apresentado para o número de
folhas, onde a testemunha também apresentou melhor resposta (120 folhas). Para o
comprimento do sistema radicular, os fatores tratamento e substrato apresentaram efeito
significativo, em que testemunha também apresentou maior comprimento (9,07 cm) e o
substrato areia proporcionou melhores condições para o crescimento das raízes (6,56 cm).
Concluiu-se que os tratamentos realizados nas sementes para a quebra de dormência não se
apresentaram superiores ao tratamento testemunha, provavelmente devido a alguma injúria
causada ao embrião, ocasionando um impedimento à emergência das plântulas; e o substrato
areia proporcionou melhor condição para o crescimento do sistema radicular.
Palavras-chave: Eugenia stipitata; Quebra de dormência; Germinação.
Créditos de Financiamento: CNPq e FEMARH.
1
Parte do trabalho de tese da autora.
Rede Bionorte, Programa de Doutorado em Conservação e Biodiversidade da Amazônia,
CEP 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil..
3
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Bolsista Produtividade em
Pesquisa do CNPq, Rodovia BR 174, km 08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301-970,
Boa Vista-RR.
4
Universidade Federal de Roraima, Departamento de Fruticultura, Rodovia BR 174, km 08,
C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR.
*autor para correspondência: [email protected].
2
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 47
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE CULTIVARES DE ABACAXI EM
DIFERENTES SUBSTRATOS
Wellington Farias ARAÚJO1*; Jefferson Bittencourt VENÂNCIO2; Rafael Jorge do
PRADO3; Rafael de Sousa MELO4; Edvan Alves CHAGAS5
O abacaxi é uma fruteira de grande peso comercial no Brasil, sendo consumida por todas as
classes sociais. Para implantação de qualquer cultura a campo é necessário antes a aquisição
ou produção de mudas de qualidade, sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o
desenvolvimento vegetativo de diferentes cultivares de abacaxi em diferentes tipos de
substratos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação localizada na Embrapa
Roraima, O delineamento experimental foi em blocos inteiramente casualizado, com quatro
repetições e quatro plantas por unidade experimental, totalizando 16 plantas por tratamento.
Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 3x3, sendo 3 cultivares de abacaxi
(Pérola; Vitória; Imperial) e 3 substratos (ORG: Organoamazon®, composto orgânico
comercial; SP+E: Sendo SP (composto por solo do lavrado + areia, na proporção 1:1 (v/v)) +
Esterco de carneiro (3:1); SP+C: composto por SP + Casca de Arroz Carbonizada (3:1). Aos
210 dias de aclimatação das mudas, foram avaliados: Número de Folhas (NF), Altura de
Plantas e centímetros (AP), Diâmetro do colo (DC) e Área Foliar (AF). As variáveis foram
submetidas à análise de variância, pelo teste F (p<0,05), e os efeitos dos tratamentos, quando
significativos, foram desdobrados em contrastes médios quanto ao fator substratos e teste
Tukey (p<0,05), quanto ao fator cultivar. Para a variável cultivar, em todos os substratos
testados o pérola apresentou os melhores resultados quanto a área foliar, o que nos leva a crer
que esta é dentre as cultivares testadas, a que melhor aproveita a luz solar. As demais
variáveis apresentaram a mesma tendência, seguidos pelas cultivares vitória e imperial. Para a
variável substrato, foi observado que o composto orgânico comercial apresentou os melhores
resultados, independente da cultivar, seguido por SP+E. O substrato SP+C apresentou os
piores resultados deste trabalho, indicando este não ser um bom substrato para a produção de
mudas. Conclui-se que a cultivar Imperial associado ao substrato Organoamazon®
apresentaram os melhores resultados, sendo indicados para a produção de mudas no estado de
Roraima.
Palavras-chave: Roraima, Adubação, Produção.
1
*: Doutor em Irrigação e Drenagem, professor associado II da Universidade Federal de
Roraima - UFRR, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola. Campus Cauamé: BR 174,
Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. E-mail:
[email protected]
2: Eng. Agrônomo, Mestre em Agronomia (POSAGRO/UFRR)
3: Eng. Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR), professor do IFRR.
4: Graduado em Agronomia UFRR
5: Doutor em Agronomia, pesquisador da Embrapa Roraima.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 48
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE DIFERENTES CULTIVARES DE
ABACAXI EM DIFERENTES SUBSTRATOS
Wellington Farias ARAÚJO1*; Jefferson Bittencourt VENÂNCIO2; Rafael Jorge do
PRADO3; Rafael de Sousa MELO4; Edvan Alves CHAGAS5
O abacaxi é um fruto amplamente consumido em todo o mundo e especialmente no Brasil,
devido ao sabor agradável e grande aceitação. Obter mudas de abacaxizeiro de qualidade é um
fator primordial a ser observado, visando ter boa produção futura. Outro fator a ser observado
é a cultivar, sendo necessário encontrar nas mesmas características boas de desenvolvimento
em cada região de cultivo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo
de mudas de diferentes cultivares de abacaxi em substratos orgânicos. O experimento foi
conduzido em casa de vegetação localizada na Embrapa Roraima, O delineamento
experimental foi em blocos inteiramente casualizado, com quatro repetições e quatro plantas
por unidade experimental, totalizando 16 plantas por tratamento. Os tratamentos foram
dispostos em esquema fatorial 3x3, sendo 3 cultivares de abacaxi (Pérola; Vitória; Imperial) e
3 substratos (ORG: Organoamazon®, composto orgânico comercial; SP: Substrato Padrão,
composto por solo classificado como Latossolo Amarelo, típico do lavrado de Roraima +
areia, na proporção 1:1 (v/v); SP+E+C: composto por SP + esterco de carneiro + casca de
arroz carbonizada (2:1:1 v/v)). Aos 210 dias de aclimatação das mudas, foram avaliados:
Número de Folhas (NF), Altura de Plantas e centímetros (AP), Diâmetro do colo (DC) e Área
Foliar (AF). As variáveis foram submetidas à análise de variância, pelo teste F (p<0,05), e os
efeitos dos tratamentos, quando significativos, foram desdobrados em contrastes médios
quanto ao fator substratos e teste Tukey (p<0,05), quanto ao fator cultivar. Para a variável
cultivar, em todos os substratos testados o pérola apresentou os melhores resultados quanto a
área foliar, mostrando ser a cultivar com melhor aproveitamento fotossintético, seguido pelas
cultivares Vitória e Imperial, a mesma tendência foi observado para as variávis NF, AP e DC.
Quando comparado a qualidade do substrato, foi observado que o composto orgânico
comercial apresentou os melhores resultados, independente da cultivar, seguido pelo
composto SP+E+C. Os piores resultados foram encontrados para o SP, o que já era esperado,
devido a baixa fertilidade natural dos solos da região e devido a areia ser um material inerte.
Conclui-se que a cultivar Imperial apresentou mudas com os melhores resultados em
crescimento vegetativo e quando produzidas em composto orgânico, produz mudas de melhor
qualidade física e fisiológicas.
Palavras-chave: Roraima, Ananas comosus var. comosus., Composto.
1
*: Doutor em Irrigação e Drenagem, professor associado II da Universidade Federal de
Roraima - UFRR, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola. Campus Cauamé: BR 174,
Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. E-mail:
[email protected]
2: Eng. Agrônomo, Mestre em Agronomia (POSAGRO/UFRR)
3: Eng. Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR), professor do IFRR.
4: Graduado em Agronomia UFRR
5: Doutor em Agronomia, pesquisador da Embrapa Roraima.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 49
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE MUDAS DE MAMOEIRO EM
DIFERENTES SUBSTRATOS
Priscila Mayara Rocha LEÃO1*; Wellington Farias ARAÚJO2; Pâmella Lobo de
MATOS3; Rafael Jorge do PRADO4
Para implantação de uma área de cultivo com mamão é indispensável à obtenção de
mudas de qualidade, fazendo-se necessário a utilização de substratos que proporcionem
a cultura, condições que permitam o melhor aproveitamento de seu potencial genético,
facilidade de obtenção e baixo custo. Desta forma um dos entraves da cadeia produtiva
do mamão é a obtenção do material propagativo com características botânicas
adequadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo de mudas
de mamão cultivadas em diferentes substratos. O experimento foi desenvolvido no CCA
da UFRR no período de novembro de 2012 a janeiro de 2013. Os tratamentos utilizados
foram: T1- 50% Solo + 50% Esterco de gado curtido; T2- 33,3% Solo + 33,3% Casca
de arroz carbonizada (CAC) + 33,3% Esterco bovino curtido; T3- 50% Solo + 50%
CAC; T4- 100% Composto orgânico caseiro; T5- 100% Composto orgânico comercial
(OrganoAmazon®); T6- 50% Solo + 50% Húmus de minhoca. O delineamento
experimental utilizado foi DIC com 6 tratamentos e 8 repetições. Foram analisados aos
60 dias após a semeadura, dados referentes à: Altura da planta (AP); Número de folhas
definitivas (NF); Diâmetro do colo (DC); Matéria fresca do caule (MFC); Matéria fresca
das folhas (MFF) e Matéria fresca da raiz (MFR). Os dados foram analisados pelo
programa SISVAR, e submetidos ao teste de média a 5% de probabilidade. Para a
variável MFR os tratamentos 5 e 6 foram superiores a todos os outros mas não diferiram
estatisticamente entre si. Para todas as outras variáveis analisadas os tratamentos 4, 5 e 6
apresentaram os melhores resultados, não diferindo entre si. O tratamento 3 apresentou
os piores resultados estatísticos e quantitativos para todas as variáveis testadas. Concluise que a utilização de húmus de minhoca, assim como composto orgânico comercial ou
produzido pelo produtor apresentam resultados satisfatórios para o desenvolvimento
vegetativo de mudas de mamoeiro, proporcionando características botânicas desejáveis
para a implantação da cultura a campo.
Palavras-chave: Carica Papaya, Composto orgânico, Húmus.
1
1
Estudante de Agronomia da UFRR.
Professor Doutor, associado II ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade
Federal de Roraima (CCA/ UFRR) .
3
Engenheira Agrônoma.
4
Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/ UFRR) e Professor
do Instituto Federal de Roraima (IFRR), Boa Vista-RR.
*Autor para correspondência: [email protected]
2
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 50
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DESINFESTAÇÃO IN VITRO DO ABACAXIZEIRO cv. PÉROLA
Patrícia dos Santos MENDES1*, Deyse Cristina Oliveira da SILVA1, Jeysse Kelly
Carvalho de ANDRADE1, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira COUCEIRO2
O abacaxizeiro é uma planta tropical com características sensoriais que a destaca das demais
frutíferas. A propagação ocorre via assexuada e sexuada, porém suas sementes são inviáveis.
A técnica de micropropagação tem grande potencial para propagação de várias espécies,
incluindo o abacaxizeiro, entretanto as contaminações in vitro são um constante desafio deste
cultivo. O sucesso da micropropagação depende da etapa de desinfestação e do
estabelecimento da cultura em condições assépticas. Diante do exposto o objetivo deste
trabalho foi avaliar e adequar o processo de desinfestação in vitro de gemas de abacaxizeiro
cv. Pérola. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 4,
composto por três concentrações de hipoclorito de sódio (0,5; 1,5 e 2,5 %) e quatro tempos de
exposição (5, 10, 15 e 20 minutos). As avaliações foram realizadas após 45 dias de cultivo, as
variáveis avaliadas foram: porcentagem de gemas contaminadas e porcentagem de
sobrevivência. Os dados foram previamente transformados em (√X+1) e submetidos à analise
de variância com regressão polinomial, foi adotado o nível de 5% de probabilidade. A
concentração 2,5% de hipoclorito de sódio reduziu significativamente a contaminação das
gemas, porém apenas na imersão por 20 minutos. A sobrevivência não foi afetada com o
aumento da concentração de hipoclorito de sódio e tempo de imersão, a concentração de 1,5%
de NaClO por 15 minutos proporcionou as menores taxas de contaminação (10,6%) e maior
sobrevivência (89,1%). Os maiores valores para estabelecimento in vitro foram encontrados
em 1,5% de NaClO por 15 minutos (88,2%) e 2,5% de NaClO por 10 minutos (69,8%). De
acordo com os resultados obtidos concluímos que a concentração de 1,5% por 15 minutos foi
eficaz na desinfestação e estabelecimento de plântulas de abacaxizeiro cv Pérola.
Palavras-chave: Ananas comosus, Abacaxi, Cultura de tecidos.
1Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Agronomia,
EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil.
2: Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa
Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 51
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DESISNFETAÇÃO E ESTABELECIMENTO IN VITRO DE ABACAXIZEIRO
‘VITÓRIA’
Patrícia dos Santos MENDES1*, Deyse Cristina Oliveira da SILVA1, Jeysse Kelly
Carvalho de ANDRADE1, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira COUCEIRO2
O abacaxizeiro e propagado via assexuada e a demanda por mudas de qualidade é crescente.
A micropropagação tem grande potencial para propagação de varias espécies, entretanto
somente poderá ocorrer caso haja sucesso na desinfestação dos explantes. O objetivo deste
trabalho foi avaliar o efeito de hipoclorito de sódio na desinfestação e estabelecimento in vitro
de gemas de abacaxizeiro ‘Vitória’. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado,
em esquema fatorial 4 x 4, composto por quatro concentrações de hipoclorito de sódio (1, 2, 3
e 4 %) e quatro tempos de exposição (5, 10, 15 e 20 minutos). As avaliações foram realizadas
após 45 dias de cultivo, as variáveis avaliadas foram: porcentagem de gemas contaminadas e
porcentagem de sobrevivência. Os dados foram previamente transformados em (√X+1) e
submetidos à analise de variância com regressão polinomial, adotando-se o nível de 5% de
probabilidade. As concentrações de 3 e 4% de hipoclorito reduziram significativamente a
contaminação das gemas, porém apenas nos maiores tempos de imersão (15 e 20 minutos). A
sobrevivência foi afetada com o aumento da concentração de hipoclorito de sódio e tempo de
imersão, a concentração de 3% de NaClO por 20 minutos proporcionou as menores taxas de
contaminação (26,7%) e maior sobrevivência (89,6%). Diante do exposto, concluímos que a
concentração de 3% em 20 minutos foi eficaz na desinfestação e estabelecimento de plântulas
de abacaxizeiro ‘Vitória’.
Palavras-chave: Ananas comosus, Fruticultura, Cultura de tecidos.
1Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Agronomia,
EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil.
2: Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa
Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 52
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE TUBETE PARA A PRODUÇÃO DE PLANTAS
DE CAMU-CAMU EM UCAYALI-PERU
Carlos Abanto RODRIGUEZ1*, Carlos Oliva CRUZ2, Sixto Imán CORREA3, Edvan
Alves CHAGAS4, Gisela Saldaña RIOS5, Veronica Andrade dos SANTOS6
O Camu-Camu arbustivo é um importante antioxidante natural que estimula e incrementa á
capacidade de defesa do organismo devido a sua alta concentração de ácido ascórbico, 2700 a
6000 mg /100g de polpa, além disso contem “Vitamina A, B, fósforo, proteínas, ferro, cálcio
Betacaroteno, Niacina, Riboflavina, Tiamina, niacina e bioflavonoides”. Devido á
importância do cultivo, existe á necessidade de promover baixo o enfoque comercial, o qual
necessita insertar novas tecnologias na produção de mudas. A produção de mudas de fruteiras
sempre foi uma atividade especializada, por tratar-se de um cultivo intensivo, onde se tem que
utilizar critérios técnicos para obter plantas com alta qualidade agronômica, em menor tempo
e baixos custos. As tecnologias de produção em geral foram avançando iniciou-se com a
produção em camas convencionais com dimensões padronizadas, logo melhorou quando se
utilizou sacolas de plástico e depois foi superado pela tecnologia de tubetes. A produção de
mudas de camu-camu, esta em processo de pesquisa por tratar-se de uma espécie em
domesticação. Nesse sentido objetivou-se determinar o volumem de tubete na produção de
mudas de camu-camu, no sitio o Refugio, nos meses de Junho-Setembro do ano 2008.
Utilizaram-se sementes dos acesoes MD-014 y MD-015 do Banco de Germoplasma do INIAIquitos. A instalação foi no viveiro, acondicionado com arcos de tubos galvanizados coberto
com sombrite chromatinet® cor vermelho 50% de luz e a irrigação por microaspersão. Foi
utilizado substrato comercial Premix® Nº6 na germinação. O experimento foi conduzido em
delineamento em blocos ao acaso com arranjo fatorial de 5A x 2B, sendo o fator A (tubetes de
polietileno) com 5 subniveis: a1) Tubete 53 cc; a2) Tubete 115 cc; a3) Tubete 180 cc; a4)
Tubete 280 cc e a5) Tubete 300 cc) e fator B com 2 subniveis: b1) Aceso 14 y b2) aceso 15,
com 3 repetições e 20 tubetes por unidade experimental. As variáveis avaliadas foram altura
(cm) e número de folhas. Fez-se a análise de variância pelo programa computacional SPSS e
o teste Tukey a 5% de probabilidade para à comparação das médias. Segundo os resultados se
encontrou que para os acesos e para a interação não apresentaram diferencias estatísticas
significativas, já para tubetes sim teve, encontrando-se que o modelo 280 cc, melhorou os
melhores resultados para altura com 14,47 cm e número de folhas com 20 unidades, frente ao
modelo 53 que só alcançou 11 cm e 14 unidades respectivamente, isto põe em evidencia que
os tubetes de menor capacidade não são favoráveis para uma eficiente produção de mudas de
camu-camu. Por outro lado a espécie apesar de estar em processo de domesticação tem
resposta rápida ao manejo com tubetes, o qual é indicador da possibilidade de produzir mudas
utilizando este tipo de tecnologia.
Palavras-chave: Myrciaria dubia, tubetes, altura de planta, viveiro, IIAP.
Financiamento: FINCyT, IIAP-Peru
1
Instituto de Investigações da Amazônia Peruana-IIAP ; Universidade Federal de RoraimaPrograma de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal.
2
PHI Peruvian consultores SAC
3
INIA-Iquitos-Peru
4
Embrapa-Roraima-Brasil
5
Universidade Intercultural da Amazônia-Ucayali-Peru.
6
Embrapa Roraima-Brasil
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 53
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DINUCLEOTIDE BLOCKS WITH EIGHT REPEATS ARE FEW IN THE HUGE
GENOME OF THE GUARANA PLANT
Paula Cristina da Silva ANGELO1*, Ana Yamaguishi CIAMPI2, Gilvan Ferreira
SILVA1, Jorge Ivan Rebelo PORTO3, Spartaco ASTOLFI-FILHO4, André Luiz
ATROCH1
RAPD had already been used for diversity analysis of guarana plants [Paullinia cupana
(Kunth) var. sorbilis (Mart.) Ducke] included in Embrapa Western Amazon Guarana
Germplasm Bank and another 27 clonal cultivars used for the breeding program. However,
SSR or microsatellite markers can be more useful for gene flow analyses and the
determination of self pollination rates in open pollination trials among high productive
genotypes because these last markers are codominant. While genomic libraries were being
enriched for microsatellites, the guarana plant that is part of the Sapindaceae family and
native from the Amazon Forest, was confirmed as an allopolyploid with 210 chromosomes.
Anyway, a search for microsatellites was performed in genomic libraries enriched using
biotinilated probes (CA)12, (CT)12, (CA)12+(CT)12 e (TC)14 and paramagnetic beads to capture
Sau3AI and MseI fragments holding dinucleotide repeat blocks. In addition, a data bank of
ESTs from guarana fruits with seeds was screened for repeat blocks using the TROLL
software (Staden package). A huge number - more than twice the number in A. thaliana ESTs
that has a genome 6,000 folds smaller - of very short blocks was found and there was no
significant difference between genomic libraries and the EST data bank. This result is not in
agreement with the hypothesis that microsatellites are rarer in big genomes because they
would be preferentially localized in transcriptionally active regions, which are not so affected
by the action and amplification of transposons and better represented in smaller genomes. But
we considered the polyploidization of the ancestor genomes that followed an interspecific
pollination 1,000 to 2,000 years ago to originate the cultivated sorbilis variety as the cause of
the multiplication of microsatellites already present in those two genomes. As a consequence
there is a myriad of short blocks of repeats (< 5) in the present day cultivars. Intriguingly, the
frequency of blocks with eight or more dinucleotide repeats was very low, what is different
from most plants that present nine repeats of dinucleotides per block in average. This last
result could be explained in part by the inefficiency of the biotinilated probes to hybridize to
blocks holding eight or more repeats in a genome dominated by very short blocks of four or
five repeats. Some of the blocks identified were used as targets for primers to evaluate their
utility to distinguish guarana genotypes.
Key words: Paullinia cupana var. sorbilis, Amazon Forest, Guaraná, SSR.
Financial support: FAPEAM (projeto 924/03) e Embrapa (projeto no. 02.02.4.03.00.00).
1
Pesquisadores Doutores, Embrapa Amazônia Ocidental, Rod. AM 010, km 29, s/no, CP 319.
CEP: 69010-970, Manaus - AM, Brasil.
2
Pesquisadora Doutora, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação
Biológica - PqEB - Av. W5 Norte (final). CP 02372. CEP: 70770-917, Brasília - DF, Brasil.
3
Pesquisador Doutor, INPA/NAPPA-Santarém, Rua 24 de outubro, 3389 - Salé. CEP: 68040010. Santarém - PA, Brasil.
4
Professor Doutor, Programa PPGBIOTEC, Centro de Apoio Multidisciplinar - CAM,
UFAM, Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I. CEP: 69077-000, Manaus - AM,
Brasil.
*[email protected] - autora para correspondência
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 54
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO GNERO BYRSONIMA EM ÁREA DE LAVRADO
DE RORAIMA
Paula Monique Carvalho da SILVA1*, Cristinny Giselly BACELAR², Aline das Graças
SOUZA², Victorio Jacob BASTOS¹
A família Malpighiaceae está representada por 75 gêneros e 1.300 espécies, com distribuição
tropical e subtropical. O gênero Byrsonima possui 160 espécies, com cerca de 70 no Brasil,
onde são importantes componentes da flora do cerrado. Por possuírem flores vistosas, os
frutos é drupáceo e tem a polpa comestível que atraem aves e pelo seu rápido crescimento,
espécies de Byrsonima têm grande potencial ornamental e na recuperação de áreas
degradadas, apresenta como principal característica os nectários extraflorais, dispostos aos
pares nas bases das sépalas. Apresentam folhas simples, opostas, com duas ou mais glândulas
visíveis a olho nu, que se localizam no pecíolo ou na superfície abaxial da lamina foliar.
Quanto aos hábitos de crescimento podem se apresentar de diversas maneiras, podendo serem
ervas, arbustos, arvores. O presente estudo teve como objetivo avaliar como os indivíduos do
gênero Byrsonima se distribui em área de lavrado. A área do estudo pertence ao campo
experimental agua boa, EMBRAPA, localizado à 25 km do município de Boa vista, nas
coordenadas geográficas (2°39'59'' N e 60°50'21'' W) com temperatura media anual de 27,4
C°, clima caracterizado pelo tipo Aw, segundo o sistema de classificação climática de
Koppen. O estudo foi realizado de junho de 2013 à julho de 2013, foram demarcadas 10
parcelas de 20 x 20 (400 m2) totalizando 4.000 m² de área amostrada. Para verificar a
distribuição espacial das espécies foram contabilizados os números de indivíduos de cada
espécie na parcela. A família Malpighiaceae registrou a ocorrência de três espécies, descritas
a seguir com seus respectivos frequência de indivíduos: Byrsonima coccolofobia (74
indivíduos por parcela); Byrsonima verbascifolia (66 indivíduos por parcela) e Byrsonima
crassifolia (45 indivíduos por parcela), sendo uma distribuição aleatória para todos espécies
estudada. As espécies B. coccolofobia e B. crassifolia se concentraram no mesmo ambiente
do lavrado, já B. verbascifolia apresentou abundância em área diferente e isolada das demais
espécies encontradas. Concluímos que duas das espécies avaliadas apresentaram distribuição
homogênea e aleatória nas parcelas, e apenas a espécie Byrsonima crassifólia apresentou
distribuição agregada em ilhas dentro das parcelas avaliadas
Palavras-chave: Byrsonima coccolofobia, Byrsonima crassifolia, Byrsonima verbascifolia,
Malpighiaceae, Espécie nativa.
1
¹Universidade Federal de Roraima-UFRR, Centro de Ciências em Agronomia – CCA,
Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR,
Brasil.
²Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima, Pesquisa em Fruticultura,
BR-174, km 8, Distrito Industrial, Cx. Postal 133, CEP: 69.301-970, Boa Vista-RR, Brasil
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 55
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DIVERSIDADE GENÉTICA DE Spondias mombin L. (Anacardiaceae)
Magna Aragão MAGALHÃES1*, Lucyanna Moura COELHO1, Maria Teresa Gomes
LOPES2, Pedro de Queiroz COSTA NETO3
Spondias mombin L. é uma frutífera pertencente à família Anacardiaceae e tem uma distribuição
geográfica ampla por toda a América Latina, presente em quase todas as ilhas do Caribe, em
alguns países Asiáticos e Africanos. Devido à sua ampla distribuição, os frutos do taperebazeiro
recebem diferentes nomes, tais como: taperebá, cajá, cajá-mirim, cajá-pequeno, yellow mombin,
jobo, entre outros nomes. Os frutos são ricos em vitaminas A, B1, B2 e C, proteínas, lipídios,
cálcio, fósforo e ferro. Apresenta importância econômica e social e é bastante utilizado pela
indústria para confecção de sucos, picolés, sorvetes, geleias e licores. Este estudo teve como
objetivo principal estudar a diversidade genética entre e dentro populações de S. mombin. A
análise foi realizada por meio de marcadores moleculares AFLP (Amplified Fragment Length
Polymorphism) em três populações localizadas na cidade de Manaus, Estado do Amazonas:
Universidade Federal do Amazonas, Vila Buriti e Comissão Executiva do Plano da lavoura
Cacaueira. Para essa análise, foram usadas quatro combinações de oligonucleotídios:
E+AAC/M+CAT, E+AGT/M+CTC, E+AAC/M+CTC, E+AGT/M+CAT. Os oligonucleotídios
revelaram 283 locos polimórficos, variando de 97,2% a 63% entre as populações. O Fst calculado
foi de 0,52, revelando um alto nível de diferenciação genética entres as populações. O resultado
da Análise Molecular de Variância (AMOVA) atribuiu 52,8% e 47,1% da variação entre e dentro
das populações, respectivamente. O dendrograma construído com base nos marcadores AFLP
revelou a formação de dois grupos, mostrando que as populações naturais da Universidade
Federal do Amazonas e Vila Buriti são geneticamente relacionadas. As populações relacionadas
são naturais, enquanto que a da Comissão Executiva do Plano da lavoura Cacaueira é uma
população enriquecida com plantio. Os marcadores moleculares AFLP são eficientes para
detectar diversidade genética em taperebazeiros.
Palavras-chave: Variabilidade genética, Marcador molecular, Anacardiaceae.
1
*autor para correspondência: [email protected]
1. Mestrandas do Programa de Ciências Florestais e Ambientais da Universidade Federal do
Amazonas. Manaus-AM, Brasil; 2. Dra. em Agronomia pela Universidade de São Paulo,
Universidade Federal do Amazonas, Manaus-AM, Brasil; 3. Dr. em Biotecnologia pela
Universidade Federal do Amazonas, Manaus-AM, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 56
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DIVERSIDADE NO USO DE PLANTAS MEDICINAIS EM BOA VISTA, RORAIMA,
BRASIL.
Andréia Cordovil da SILVA1, Karla Santana MORAIS1, Lucianne Braga Oliveira
VILARINHO1
Estudos etnobotânicos caracterizam a interação entre as populações e as plantas medicinais,
que vem sendo estimulada nas últimas décadas, colaborando com a racionalização das
práticas medicinais populares, tanto no comércio quanto nas utilizadas pelas comunidades.
Em Roraima, essas práticas são comuns, pois o estado dispõe de uma grande mistura cultural
proveniente dos migrantes de outros estados que compõe a atual população, com maior
concentração na capital, Boa Vista. A utilização das plantas medicinais em Boa Vista advém
tanto das feiras, quanto dos “quintais” caseiros. Sendo assim, no presente estudo, buscou-se
realizar um levantamento etnobotânico das plantas medicinais utilizadas em Boa Vista,
Roraima. A coleta de dados foi realizada no período de março a maio de 2013, em feiras e
residências, através de entrevistas semi-estruturadas. Cada informante listou livremente as
espécimes utilizadas, provendo informações sobre as espécies, uso terapêutico, forma de
preparo e parte vegetal usada. Das 42 famílias levantadas destacam-se, Laminaceae (11,3%),
Asteraceae (8,1%) e Fabaceae (6,5%). Entre as aplicações terapêuticas ressaltou-se o efeito
calmante com 12%, anti-inflamatório (8%) e antigripal (6%). As demais ações terapêuticas
somam 74%. As partes das plantas mais utilizadas foram folha (46,78%), casca (12,90%), raiz
(4,84%) e flor (4,84%), sendo o modo de preparo mais utilizado a infusão com (60%). O uso
popular e acesso de plantas medicinais servem como base de dados dos efeitos terapêuticos
em humanos sendo de extrema importância para descoberta de futuros fármacos.
Palavras - chave: Estudo etnobotânico, conhecimento tradicional, plantas medicinais.
1
1: Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde,
Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa
Vista – RR, Brasil.
* autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 57
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DOSES DE AIB E TEMPOS DE IMERSÃO NO ENRAIZAMENTO DE CAMUCAMU EM CÂMARA DE SUBIRRIGAÇÃO
Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE1*, Edvan Alves CHAGAS2, Carlos Abanto
RODRIGUEZ1, Christinny Giselly Bacelar LIMA3, Verônica Andrade dos
SANTOS3, Maria da Conceição Rocha ARAÚJO4
O camu-camu (Myrciaria dubia) é uma espécie nativa da região amazônica cujo fruto
possui elevado teor de ácido ascórbico, tendo grande potencial para diversos setores da
indústria. Nesse contexto, torna-se importante o avanço das técnicas de propagação
dessa espécie, principalmente no que se refere à propagação vegetativa. O presente
trabalho teve como objetivo avaliar o enraizamento de estacas herbáceas de camu-camu,
em câmara de subirrigação, submetidas a diferentes doses e tempos de imersão em ácido
indolbutírico (AIB). O material vegetativo utilizado foi coletado da parte apical de
plantas adultas de camu-camu localizadas na região do Lago do Preto, em Boa VistaRR, em fevereiro de 2013. O delineamento experimental utilizado foi em blocos
casualizados, em esquema fatorial 6x4, sendo seis doses de AIB (0, 200, 400, 600, 800 e
1000 mg.L-1) e quatro tempos de imersão (0, 10, 20 e 30 minutos), com três repetições
de 10 estacas. Foram utilizadas estacas herbáceas de 15 cm de comprimento e 3 mm de
diâmetro, contendo um par de folhas cortadas pela metade. As estacas foram colocadas
para enraizar em câmara de subirrigação, cuja base foi constituída por uma camada de
10 cm de brita nº 1; logo acima, outra camada de 10 cm de seixo com diâmetro de 1 a 3
cm; e a última camada possuindo 5 cm de areia fina, que constituiu o substrato para o
enraizamento. Durante o período experimental a temperatura no interior da câmara
oscilou entre 27 e 40 Cº, com uma média de 33 Cº, e umidade relativa de 80 a 95%. Aos
90 dias após a instalação do experimento foram avaliadas as seguintes variáveis:
porcentagem de estacas com presença de calo (%EC), porcentagem de estacas
enraizadas (% EE), número de raízes (NR) e comprimento da maior raiz (CMR). Os
dados foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o software SISVAR.
Houve efeito significativo da interação entre doses e tempos de imersão para a
porcentagem de estacas enraizadas e o número de raízes, não havendo efeito
significativo para a porcentagem de estacas com presença de calo e o comprimento da
maior raiz. A maior porcentagem de enraizamento (66,7%) foi obtida com a dose de 800
mg.L-1 e tempo de imersão de 20 minutos. E o maior número de raízes (6,20) se obteve
com de 600 mg.L-1 e 30 minutos de imersão. Concluímos que a melhor dose de AIB
para o enraizamento de estacas herbáceas de camu-camu em câmara de subirrigação é
de 800 mg.L-1 e tempo de imersão de 20 minutos.
Palavras chave: Myrciaria dubia, Propagação vegetativa, Fitorregulador.
1
Mestrando (a) do Programa de Pós-graduação em Agronomia-UFRR/EMBRAPA-RR.
Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil.
2
Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Caixa Postal 133 - CEP
69301-970. Boa Vista, RR – Brasil. Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq.
3
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Programa de Pós-Doutoramento
(CAPES/PNPD). Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil.
4
Doutoranda Rede Bionorte/ Embrapa- RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa
Vista, RR – Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 58
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO POVO WAPICHANA NA COMUNIDADE MARUPÁ
Gilliard Mafra MACUXI1*, Giseli DEPRÁ1, Mariana Souza da CUNHA1
A partir dos estudos realizados durante o processo de formação no curso de Licenciatura
Intercultural da Universidade Federal de Roraima, tivemos a oportunidade de mapear e refletir
sobre os principais problemas socioambientais enfrentados pela comunidade indígena
Marupá, localizada na Terra Indígena Jacamim, Região Serra da Lua, Município de Bonfim,
estado de Roraima. Por conseguinte, conscientizar a sua população em relação à questão do
uso dos recursos ambientais e da qualidade de vida da comunidade, principalmente no que diz
respeito à utilização de plantas que são utilizadas na medicina tradicional, alimentícia entre
outras formas de uso. A pesquisa foi feita através de questionários e entrevistas com os
moradores da comunidade. A partir do levantamento realizado foram identificadas oito
espécies botânicas, com seus nomes cientifico, nome comum, nome na língua wapichana e
formas de uso respectivamente. São elas, Euterpe deraceae, Mauritia flexuosa, Oenocarpus
bacaba, Oenaocarpus bataua, Maximiliana regia, Manilkara amazonica, Byrsonima
crassifolia, Copaifera Landesdorffi. Aqui registra-se os três mais utilizados: Euterpe
deraceae, Açaí, wab, limpar o sangue, Copaifera landesdorffi, Copaíba, Pinhaukyny,
utilizada como anti-inflamatório e xarope para gripe; Byrsonima crassifolia, Murici, Idin,
contra desordens gastro-intestinais, infecções cutâneas e como agentes anti-fúngicos.
Realizamos também um diagnóstico com a finalidade de identificar os principais problemas,
como, desmatamento desordenado, queimadas aleatórias e poluição causada pelo lixo
doméstico. Diante deste diagnóstico, foram realizadas na escola várias ações em prol do meio
ambiente, dentre elas, palestras educativas, reflorestamento e mutirão de coleta de lixo, com a
finalidade de promover a conscientização dos alunos. Percebemos com isso, que grande parte
da população, inclusive os alunos, tem dificuldade em visualizar e de entender os impactos
ambientais provocados por eles nas atividades que executam no seu cotidiano. As atividades
realizadas na escola indicaram que o principal fator desse processo é a falta de
esclarecimentos quanto às consequências de ações praticadas pela comunidade. Conclui-se,
com essa análise, que ações sociais voltadas para a educação e a orientação da comunidade,
assim como o desenvolvimento de projetos na escola, são fundamentais para que se possa
implementar um programa de educação ambiental e qualidade de vida na escola-comunidade.
Palavras - chave: Plantas medicinais, Óleo de andiroba; Conscientização
1
Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena,
Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000 Boa
Vista-RR, Brasil.
[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 59
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DA ADUBAÇÃO DE COBERTURA COM POTÁSSIO NO CRESCIMENTO
INICIAL DE MUDAS DE PATAUÁ
Williams da Silva MATOS1*, José Beethoven Figueiredo BARBOSA2, Auriane da
Conceição Dutra da SILVA1, Ataiza de Andrade SOUSA3, Cassia Rejane do
NASCIMENTO3
O entendimento da nutrição de mudas e o uso de substratos de cultivo apropriados são
essenciais para definição da recomendação adequada de fertilização. Uma muda de boa
qualidade deve-se apresentar vigorosa, com folhas de tamanho e coloração típicas da espécie
e ainda em bom estado nutricional. O patauá (Oenocarpus bataua Mart.) pertence à família
Arecaceae. É uma palmeira unicaule com numerosas raízes na base, a inflorescência possui de
135 a 350 ráquilas, os frutos apresentam uma forma redondo-ovalada, recobertos por uma
camada cerosa e esbranquiçada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a melhor
dosagem de K2O em adubação de cobertura no crescimento inicial de mudas de Oenocarpus
bataua Mart. O experimento foi instalado a campo, em julho de 2011 no Viveiro de Plantas
Nativas do Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima. As sementes
foram colocadas para germinar em bandejas plásticas contendo areia. Decorridos 60 dias da
germinação, quando as plântulas apresentavam o primeiro par de folhas formado, foram
repicados para saquinhos de polietileno preto (18 x 23 cm) com substrato composto de 1/3 de
subsolo de Latossolo Amarelo, 1/3 de areia e 1/3 de palha de arroz. Utilizou-se o
delineamento de blocos ao acaso com cinco repetições, em esquema fatorial 6 x 1. As
subparcelas foram compostas de seis doses de K2O (0; 10; 20; 30; 40 e 50 mg/dm3). As doses
de K foram parceladas em duas aplicações de cobertura com cloreto de potássio. Os demais
nutrientes foram utilizados conforme análise de solo e tabela de referência da cultura do
dendê. Todos os dados foram submetidos à análise de variância, utilizando-se para o teste F o
nível de 5% de probabilidade. As mudas de patauá que receberam 50 mg/dm3 de K2O
apresentaram os melhores resultados, no que se refere a altura média da parte aérea e diâmetro
médio do colo sendo superior aos demais tratamentos, já as mudas que receberam a dosagem
de 10 mg/dm3 de K2O apresentaram resultados inferiores a todos os outros tratamentos.
Conclui-se então que houve efeito significativo das doses de potássio aplicado em cobertura
sobre as mudas de patauá, nas variáveis: altura média da parte aérea e diâmetro médio do colo
sendo a dosagem de 50 mg/dm3 de K2O recomendada para o crescimento inicial.
Palavras-chave: Oenocarpus bataua Mart., Potássio, Produção de mudas.
Créditos de Financiamento: PET/AGRO
1
Universidade Federal de Roraima, Graduando em Agronomia, Centro de Ciências Agrárias,
Campus do Cauamé, BR 174, KM 12, Monte Cristo, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil.
2
Universidade Federal de Roraima, Eng. Agr., D.Sc., Prof. do Departamento de Fitotecnia,
Centro de Ciências Agrárias, Campus do Cauamé, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil.
3
Mestranda em Agronomia (POSAGRO/UFRR), Centro de Ciências Agrárias, Campus do
Cauamé, BR 174, KM 12, Monte Cristo, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 60
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DA TEMPERATURA NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Oenocarpus
bataua Mart. (Arecaceae)
Lydiane BASTOS 1*, Isolde Dorothea Kossmann FERRAZ ¹
O patauá é uma palmeira de interesse econômico na região amazônica pelo suco (vinho),
produzido da polpa dos frutos e o óleo extraído das sementes. Ocorre em ambientes florestais,
preferencialmente encharcados, tanto em terras baixas como em terras altas. Sua propagação
se dá por sementes, que não toleram desidratação e apresentam germinação baixa e demorada.
O presente trabalho objetivou determinar as temperaturas cardeais de germinação, pois a
temperatura mínima e máxima são de interesse biogeográfico e ecológico e podem elucidar
algumas restrições no estabelecimento da espécie e na temperatura ótima a germinação
apresenta maior percentagem em menor tempo. Os frutos foram coletados no Campus
Universitário da Universidade Federal do Amazonas e após beneficiamento as sementes foram
semeadas em 4 repetições de 25 sementes sobre papel em caixas tipo gerbox. A germinação
foi observada 5 vezes por semana e testada em 9 temperaturas constantes entre 10 e 40 ºC,
utilizando câmaras de germinação com fotoperíodo de 12 horas (P.A.R: 42 µmol·m-2·s-1). As
sementes emitiram botão germinativo em todas as temperaturas testadas, entretanto à 35 ºC
foi obtida a maior porcentagem de germinação (96%) em menor tempo (3,3 dias). A formação
da raiz não foi observada nas temperaturas extremas (10 e 40 ºC), e posteriormente foi
constatada a morte das sementes nestas condições. A maior porcentagem para formação de
raiz ocorreu na temperatura de 30 ºC (96%) no tempo médio de 8 dias. Nas temperaturas de
10, 15, 35 e 40 ºC o desenvolvimento parou após formação de raiz e a formação de bainhas
não foi observada, posteriormente também foi constatada a morte das sementes nestas
condições. Somente nas temperaturas de 20, 25 e 30 ºC o desenvolvimento continuou, sendo
que à 25 ºC ocorreu a maior porcentagem de formação da 1ª bainha (97,3%) em 26,3 dias,
enquanto à 30 ºC foi a maior percentagem de formação da 2ª bainha (96%) em 49,3 dias em
média. Observou-se que a tolerância as temperaturas extremas foi reduzida com o avanço do
desenvolvimento. Baseada no calculo de To = Σ t*p /Σp (onde p é a porcentagem de
germinação à temperatura t) a temperatura de 26,3 ºC pode ser considerada ótima para o
desenvolvimento de O. bataua até formação da 2ª bainha.
Palavras-chave: Temperatura cardeal, Germinabilidade, Palmeiras, Amazônia.
Créditos de financiamentos: CNPq e FAPEAM
1Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Laboratório de Sementes, Programa de
Pós-graduação em Ciências de Florestas Tropicais, Cx. Postal 2223, CEP 69080-971 Manaus
-AM, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 61
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO NO ENRAIZAMENTO ADVENTÍCIO EM
ESTACAS DE CUPUAÇUZEIRO
Regina QUISEN1*, Maria Geralda de SOUZA1, Aparecida das G. C. de SOUZA1
A estaquia é um dos processos mais importantes de propagação vegetativa, sendo que sua
aplicação na multiplicação vegetativa de fruteiras tropicais, tal como o cupuaçuzeiro
(Theobroma grandiflorum), constitui uma ferramenta importante na redução de custos da
produção de mudas e possibilitar a rápida multiplicação de material elite. Neste sentido,
considerando a escassez de informações e a necessidade do desenvolvimento desta técnica
para a produção de mudas clonais de T. grandiflorum, o presente trabalho teve como objetivo
avaliar o efeito do ácido indolbutírico no enraizamento adventício de estacas de cupuaçuzeiro.
O ensaio foi desenvolvido em casa de vegetação climatizada com nebulização intermitente
pertencente à Embrapa Amazônia Ocidental, município de Manaus, Amazonas. Ramos de 20
cm contendo duas a três gemas foram coletados de ramos plagiotrópicos de mudas foram
tratadas em soluções hidroalcóolicas de ácido indolbutírico (AIB) nas concentrações de 0,
2000, 4000, 6000 e 8000 mg L-1. As estacas foram plantadas em tubetes contendo areia
lavada, sendo após 90 dias avaliadas as variáveis porcentagem de sobrevivência e
porcentagem de formação de calos e/ou raiz. A ausência de enraizamento no tratamento
controle sugere a necessidade da aplicação exógena de AIB para a indução radicular. Em
todos os tratamentos ocorreu a formação de calos na base das estacas, inclusive no controle,
sugerindo ser a relação calogênese/enraizamento independente. Com diferença estatística
significativa entre os tratamentos, as porcentagens de enraizamento variaram entre 15% a
32,5%, sendo a maior taxa na concentração de 6000 mg L-1. A elevada índice de
sobrevivência e baixa capacidade de enraizamento obtidos neste ensaio podem indicar a
existência de fatores endógenos do cupuaçuzeiro que dificultam a indução e formação de
raízes. Nas condições em que o experimento foi realizado pode-se concluir que o
cupuaçuzeiro apresenta capacidade de formação de mudas clonais a partir de estacas obtido de
ramos plagiotrópicos, entretanto este processo deve ser otimizado com a investigação de tipo
de estacas, época de coleta, genótipos, substratos e de cofatores do enraizamento adventício,
objetivando alcançar valores economicamente viáveis para a produção de mudas em larga
escala.
Palavras-chave: Theobroma grandiflorum, Propagação vegetativa, Fruteiras tropicais.
1
1: Embrapa Amazônia Ocidental, Caixa postal 319, CEP 69010-970, Manaus, Amazonas.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 62
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DO SUBSTRATO NA EMERGÊNCIA DE ACESSOS DE ARAÇÁ BOI
Ignácio Lund Gabriel da Silva Carmo1, Guilherme Locatelli1, Verônica Andrade dos
Santos2, Edvan Alves Chagas3, Raimundo Cajueiro Leandro4, José Maria Thomaz
Menezes4
O Araçá boi é uma frutífera originária da região oeste da Amazônia e sua distribuição
geográfica compreende o estado brasileiro do Amazonas, leste da Colômbia e Peru, parte da
Bolívia amazônica. Os frutos são comestíveis e bastante apreciados, sendo utilizados no
preparo de doces, sucos e licores. Sua propagação é por sementes, apesar de apresentar
dormência, algumas espécies germinam prontamente quando lhes são dadas condições
ambientais favoráveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar a emergência e desenvolvimento
de diferentes acessos de Araçá-boi em diferentes substratos. As sementes foram obtidas de
frutos maduros oriundos de plantas selecionadas em plantios comerciais de quatro acessos
oriundos do estado da Amazônia, localizados nas seguintes áreas: Araçá-boi (1) – Igarapé
Crajarizinho Latitude: 040 18’ 13,1’’ e longitude: 700 05’ 09” Araçá-boi (2) – Benjamin
Constant latitude: 040 22’ 39,6’’ e longitude: 700 01’ 9,5” Araçá-boi (3) – Benjamin Constant
Latitude: 040 22’ 49,3” e longitude: 700 00’ 20,5” Araçá-boi (4) – Benjamin Constant
Latitude: 040 22’ 41,7” e longitude: 700 00’ 14,2” Araçá-boi (5) – Benjamin Constant
Latitude: 040 24’ 24,3” Longitude: 700 02´ 08”. As sementes foram retiradas dos frutos, por
meio de lavagem em água corrente até a completa eliminação de resíduos da polpa e secas. O
delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso em um arranjo fatorial de 5x2
sendo cinco acessos de Araçá-boi e dois substratos (areia e serragem) totalizando 10
tratamentos, 4 repetições e 18 sementes por parcela. A semeadura foi realizada em tubetes de
15 cm de comprimento e 2,5 cm preenchidos com areia e serragem de acordo com os
tratamentos. A cada cinco dias foi observado a emergência das sementes para todos os
tratamentos. Foi constatado que os substratos não interferiram na emergência das sementes.
Tanto para os substratos areia e serragem os resultados foram semelhantes. A emergência do
araçá boi (5) teve inicio aos 40 dias após semeadura. As sementes dos demais acessos
perderam a viabilidade, mesmo sob condições semelhantes ao acesso Araçá-boi (5).
Palavras-chave: Campomanesia lineatifolia, Germinação, Produção de Mudas.
Apoio financeiro PIBIC-CNPq/CAPES/EMBRAPA-RR
1
Aluno de Graduação da Universidade Federal de Roraima, Departamento de Agronomia,
Centro de Ciências Agrárias, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil. E-mail:
[email protected]; [email protected].
2
Prof.(a) Dr.(a) Colaboradora do Centro de Ciências Agronômicas-CCA /POSAGRO da
UFRR; Pesquisadora Bolsista de Pós-doutorado-CAPES/PNPD-Embrapa RR. orientadora. Email: [email protected].
3
Eng. Agrônomo, Pesquisador da Embrapa-RR. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do
CNPq. E-mail: [email protected].
4
Pesquisador do INPA-Rondônia. E-mail: [email protected]; [email protected]
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 63
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITOS DA ADUBAÇÃO QUÍMICA E ORGÂNICA NO CRESCIMENTO INICIAL
DE SAPOTA
Elaine Cristian Sousa COELHO1*, Kaoru YUYAMA1, Bianca Galúcio PEREIRA1
Resumo - A sapota (Quararibea cordata (Humb. & Bonpl.) Vischer) é um fruto Amazônico
encontrado na região de médio a Alto Solimões, que tem o peso variável entre 373 a 1.088g
com 30,7% a 40,5% de rendimento em polpa. É uma fruta de elevado valor nutricional,
destacando o teor de vitamina A (1612 UI) e proteína (6,92%). Este fruto é bastante saboroso
e um dos poucos que pode ser consumido in natura. As plantas crescem e desenvolvem-se
muito bem em solos de várzea do Rio Solimões, mas praticamente não existem informações
de adubação para formação de mudas, bem como cultivo em terra firme. O presente trabalho
tem como objetivo avaliar diferentes formas de adubação no crescimento de mudas de sapota.
As sementes foram obtidas em Tabatinga, AM., foram semeadas em canteiro utilizando a
serragem como substrato. Após 10 dias 100% germinaram. Foram transplantadas para
saquinho (22 x 18 cm) de polietileno preto quando estavam com três folhas definitivas. O
delineamento experimental foi de blocos casualizadas com 10 tratamentos e 8 repetições. Os
tratamentos foram: calcário dolomítico (5 g); esterco de galinha (50 mL/saco); adubação NPK
(5g de 10-10-10); calcário+esterco; calcário+adubo; esterco+adubo; calcário+esterco+adubo;
calcário+esterco (2x); adubo+esterco (2x); calcário+adubo+ esterco (2x). Foram avaliadas
mensalmente a altura e diâmetro da planta e número de folhas por planta durante seis meses.
Os dados foram submetidas a análise de variância pelo teste F e teste de Tukey. A análise
química do esterco de galinha foi realizada no Laboratório de Solos do EMBRAPA/CPAA,
em Manaus, AM. O esterco de galinha utilizada no experimento mostrou que o teor de
macronutrientes foi muito alto e bom. O resultado indica que a muda de sapota é exigente em
nutrientes, pois o tratamento com adição de maior quantidade de nutrientes por sacos de
mudas teve maior crescimento em altura, como foi o tratamento com adubo+esterco (esterco
dois meses em seguida), diferindo da maioria dos tratamentos, seguida de
calcário+adubo+esterco (esterco dois meses em seguida), não diferiu entre si. O número de
folhas por planta variou de 13 a 18 folhas, com exceção do tratamento com calcário que foi de
10 folhas. O diâmetro do caule também foi menor no tratamento com calcário e maior no
tratamento com adubo+esterco (dois meses em seguida). Conclui-se que para produção de
mudas de sapota é necessário adubação com 5 g de adubo NPK da fórmula (10-10-10) e 100
mL de esterco, parcelada em duas vezes.
Palavras-chave: Quararibea cordata, Crescimento e Adubação.
1
1: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA. Coordenação de Tecnologia e
Inovação - COTI. Av. André Araújo 2936, Aleixo, CEP 69067-375, Caixa Postal 2223,
69080-971, Manaus, AM, Brasil.
Endereço para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 64
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITOS DE AIB E SUBSTRATOS NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE
ESTACAS DE CAMU-CAMU
Carlos Henrique Lima de MATOS1*; Rafael Jorge do PRADO2, Washington Luis
Manduca da SILVA3, Antonia Dianaia Oliveira LOPES2, Ronaldo Moreno
BENEDETTE2, Wellington Farias ARAÚJO4
O camu-camu (Myrciaria dubia) é uma espécie frutífera nativa de porte pequeno comumente
encontrado nas várzeas e cursos dos rios da região amazônica, seus frutos apresentam alto teor
de ácido orgânico, especialmente o ácido ascórbico (vitamina C), que é um dos antioxidantes
mais importantes encontrados na natureza. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de
AIB e diferentes substratos na propagação vegetativa de estacas de camu-camu. O ensaio foi
realizado no período de 15 de abril a 29 de junho de 2012 em casa de vegetação com sistema
de nebulização intermitente no CCA/UFRR, em Boa Vista- RR. As estacas foram coletadas
de ramos provenientes de plantas nativas de camu-camu, localizadas as margens do Rio
Branco, no município de Caracaraí - RR. Prepararam-se as soluções AIB, (50%v/v) na
concentração de 1.000 mg L-1 e a solução com água destilada e álcool 98,2% na concentração
de 50% (v/v), como testemunha. A região basal na altura de 2,5 cm da estaca foi imersa por
um período de um minuto. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado 2 x 4,
sendo os fatores constituídos da presença e ausência do fitorregulador e quatro diferentes
tipos de substratos: areia, casca de arroz carbonizada, serragem e vermiculita, com quatro
repetições, com doze estacas por repetição. Foram avaliados: porcentagem de estacas brotadas
(aos 25, 45 e 75 dias após a instalação do ensaio), número de brotações por estacas,
porcentagem de estacas com presença de calo e porcentagem de estacas vivas. Foi
evidenciando elevada taxa de brotação após 25 dias de instalado o experimento, no entanto,
houve um declínio no número de estacas brotadas com as duas últimas avaliações. Todos os
tratamentos apresentaram estacas vivas no final do período avaliativo, no entanto, em
porcentagens muito baixas. O tratamento 2 apresentou o maior número de estacas vivas, no
entanto, não diferiu estatisticamente dos tratamentos 1 e 3. O tratamento 2 não apresentou
nenhuma estaca com calo, sendo que o tratamento 7 obteve 7,80% de estacas vivas e o maior
número de estacas com calos (4,16%). A aplicação de AIB proporcionou melhores
possibilidades de enraizamento às estacas de camu-camu devido ao maior número de calos,
sendo que os substratos serragem e areia mostraram ser melhores à formação de calos. No
entanto, a vermiculita e casca de arroz carbonizada proporcionaram maior número de estacas
vivas. Novos experimentos devem ser realizados para discutir o efeito destes tratamentos.
Palavras-chave: Myrciaria dúbia, Estacas, Substratos.
1
*: Engenheiro Agrícola e Ambiental, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR). Email: [email protected]
2: Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR).
3: Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agronomia (POSAGRO/UFRR).
4: Doutor em Irrigação e Drenagem, professor associado II da UFRR.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 65
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITOS DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES
MULTIPLICAÇÃO IN VITRO DE ALPÍNIA
DE
BAP E
ÁGAR
NA
Deyse Cristina Oliveira DA SILVA1*, Jeysse Kelly Carvalho DE ANDRADE1, Patrícia
dos Santos MENDES1, Cássia Rejane DO NASCIMENTO1, Luana dos Santos SILVA2,
Marcio Akira COUCEIRO2
A floricultura tropical é considerada uma atividade econômica de grande relevância no
agronegócio internacional e nacional. A família Zingiberaceae compreende mais de 1200
espécies que são nativas de regiões tropicais, e muitas delas são valorizadas como plantas
ornamentais, sendo a Alpinia o maior gênero da família. A maioria das plantas ornamentais
tropicais é propagada vegetativamente, resultando no freqüente acúmulo de patógenos. A
utilização de técnicas de cultura de tecidos com o objetivo de melhorar a rentabilidade das
culturas tem-se apresentado como instrumento importante para a produção de plantas com
elevada qualidade sanitária. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de
diferentes concentrações de BAP e da adição de ágar suplementados ao meio de cultura, sobre
a multiplicação in vitro de Alpinia purpurata. O experimento foi conduzido com plântulas de
alpínia provenientes de três fases de subcultivo em meio MS. O delineamento experimental
utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 5x2, consistindo de cinco
concentrações de BAP (0, 1, 2, 3 e 4 mg L-1) e na ausência e presença de ágar, na quantidade
de 7 g L-1 (meio líquido e meio gelatinoso, respectivamente), com 18 repetições por
tratamento. Aos 45 dias após o cultivo dos explantes foram avaliadas as seguintes variáveis:
porcentagem de sobrevivência, número de brotações, número de folhas e número de raízes.
De acordo com a análise estatística do programa ASSISTAT, com médias obtidas pelo teste de
Tukey a 1% de probabilidade, de forma geral, os melhores resultados foram obtidos sem ágar,
com destaque para o tratamento sem ágar com 3 mg L-1 de BAP. As plântulas cultivadas em
meio de cultura com ágar apresentaram taxa de sobrevivência de 91,7%, enquanto aquelas
cultivadas em meio de cultura sem ágar apresentaram taxa de sobrevivência de 52,8%, devido
a falta de suporte para as plântulas cultivadas em meio de cultura sem ágar. O
desenvolvimento de folhas, raízes e brotos, na presença de ágar, tende a crescer até a
concentração de 3 mg L-1 de BAP e se manter ou cair até a concentração de 4 mg L-1. Na
ausência de ágar, as plântulas mostraram melhor desenvolvimento de folhas e brotos na
concentração de 3 mg L-1 de BAP seguido de plântulas cultivadas na ausência do
fitorregulador. Assim, chega-se a conclusão de que nas condições do experimento, os
melhores resultados foram encontrados em meio de cultura sem ágar e na concentração de
BAP de 3 mg L-1.
Palavras-chave: Alpinia purpurata, Citocinina, Micropropagação, Ornamental.
1
Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia/EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista,
RR – Brasil.
2
Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa
Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 66
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITOS DE DIFERENTES SUBSTRATOS NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DA
ALFACE CV. “RAFAELA-AMERICANA”
Samuel da SILVA1*, João Luiz Lopes MONTEIRO NETO1, Rafael Jorge do PRADO1,
Victor Spies LIMA1, Thiago Henrique de Castro ARAÚJO1, Wellington Farias
ARAÚJO1
A alface (Lactuca sativa L.) é uma das olerícolas mais utilizadas pela população brasileira e
em outras partes do mundo devido ao seu sabor e qualidade nutricional. O tipo do substrato
adequado é um fator importante para germinação e formação de mudas. Objetivou-se com o
presente trabalho, avaliar a porcentagem de germinação e o índice de velocidade de
germinação (IVG) de sementes de alface cv. “Rafaela-Americana” em diferentes tipos de
substratos. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com sete
tratamentos: T1- Composto Orgânico, T2- Húmus, T3- Casca de Arroz Carbonizada (CAC),
T4- Composto Orgânico + CAC, T5- Composto Orgânico + Húmus, T6- Húmus + CAC, T7 Composto Orgânico + CAC + Húmus; com três repetições cada. Os tratamentos foram
distribuídos em três bandejas de 200 células, onde cada repetição foi alocada em 25 células. A
irrigação foi feita duas vezes por dia durante todo o período do experimento. Os dados obtidos
foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de
probabilidade. Os resultados de porcentagem de germinação (%) e do IVG obtidos para os
tratamentos foram respectivamente: T1 – 53,333 e 5,793; T2 – 27,666 e 2,936; T3 – 100,000
e 15,280; T4 – 57,666 e 6,010; T5 – 60,000 e 5,153; T6 – 70,666 e 9,319; T7 – 35,333 e
3,623. Para as condições em que este trabalho foi executado, o substrato Casca de Arroz
Carbonizada (CAC) mostrou-se eficiente na germinação da alface cv. “Rafaela-Americana”.
Por outro lado, os menores resultados, para ambas as variáveis sob estudo, foram obtidos com
a utilização do substrato Húmus.
Palavras-chave: Lactuca sativa L., Casca de arroz carbonizada, Composto orgânico.
1
Universidade Federal de Roraima, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola,
Agronomia, Campus Cauamé, CEP: 69.300-00, Boa Vista – RR, Brasil.
*
autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 67
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITOS DE TRATAMENTOS PRÉ-GERMINATIVOS EM SEMENTES DE
BANDARRA.
Fábio Renato Oliveira MARQUES1*; Camila Andrade SILVA1, Mardem Pacheco
MAGALHÃES1; Fábio Prestes de ALVARENGA1; Alexsandro Lara TEIXEIRA2.
Entre as essências florestais nativas da região norte de potencial para a produção
madeireira destaca-se a bandarra (Schizolobium amazonicum) pelo seu rápido
crescimento e qualidade de madeira. Pertence à família Cesalpinaceae e caracteriza-se
por apresentar rápido crescimento, bem adaptável a várias regiões do país e é
popularmente conhecida como bageiro, fava divina, e paricá. O objetivo do trabalho foi
comparar com literaturas existentes a melhor forma de superação de dormência para
esta espécie. No ensaio foram utilizadas sementes oriundas de Votuporanga – SP. As
sementes foram coletadas de floresta nativa em Julho de 2011, e armazenadas em
ambiente climatizado, no laboratório de Análise de Sementes da FARO (RO). Para o
experimento, foram utilizados três tratamentos. O tratamento 1 representou a
testemunha; no tratamento 2 as sementes foram imersas em água a uma temperatura de
100°C por 2 minutos, e no tratamento 3, as sementes foram submetidas à escarificação
com lixa, na região oposta ao eixo embrionário. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado, com quatro repetições de vinte sementes, por tratamento. Os
experimentos foram instalados em germinador tipo B.O.D a 25ºC. Foi constatado ao
final do experimento que as sementes submetidas à escarificação com lixa obtiveram
maior porcentagem de germinação, com 80% das sementes germinadas. E os outros
dois tratamentos não foram eficientes para promover a superação da dormência, com
porcentagens médias de germinação de 20%. Desta forma, o método de escarificação
com lixa se mostrou eficiente para superação da dormência das sementes de bandarra.
Palavras-chave: Schizolobium amazonicum, dormência, escarificação.
1
Faculdade de Rondônia - FARO. Laboratório de Análise de Sementes. cep: 76815000, Porto Velho - RO, Brasil.
2
Embrapa Rondônia. Pesquisador, cep: 76815-000, Porto Velho - RO
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 68
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITOS DO ANA (ÁCIDO NAFTALENOACÉTICO) NO ENRAIZAMENTO DE
MINIESTACAS DE ACEROLEIRA
Deyse Cristina Oliveira DA SILVA1*, Patrícia dos Santos MENDES1, Francinéia Costa
ZANETTI1, Cássia Rejane DO NASCIMENTO1, Luana dos Santos SILVA2, José Maria
Arcanjo ALVES2
A aceroleira (Malpighia emarginata D.C.) caracteriza-se por ser uma planta selvagem, tendo
seus centros de origem no sul do México, na América Central e na região norte da América do
Sul. A propagação da aceroleira pode ser realizada via sexuada e assexuada, sendo que nas
áreas cultivadas do Brasil emprega-se a forma sexuada por meio de sementes, por ser uma
técnica fácil e econômica para o produtor, porém essa forma de propagação apresenta
características indesejáveis, como a segregação das características da planta mãe e frutos
desuniformes. A miniestaquia surge como alternativa para produção de mudas que assegurem
a manutenção das características genéticas da planta-mãe e a formação de pomares uniformes,
permitindo a obtenção de um grande número de mudas em espaços relativamente pequenos.
Desta forma o objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes concentrações de ANA
no enraizamento de miniestacas de aceroleira. O experimento foi conduzido em casa de
vegetação, com plantas matrizes de 3 anos de idade, que foram podadas três meses antes da
instalação do experimento para induzir novas brotações. Os ramos herbáceos com 5 cm de
comprimento foram cortados e conduzidos ao laboratório. O delineamento adotado foi o
inteiramente casualizado com cinco tratamentos, compostos pelas concentrações de ANA (0;
15; 30; 60 e 90 mg L-1), com quatro repetições e doze miniestacas por repetição. As bases das
miniestacas foram mergulhadas na solução do fitorregulador, por 30 segundos, antes de serem
cultivadas em substrato (vermiculita). As variáveis analisadas após 60 dias de cultivo foram:
porcentagem de miniestacas enraizadas, número médio de raízes e comprimento médio das
raízes. Os dados foram avaliados por análise de regressão. O tratamento com 60 mg L-1 de
ANA, obteve o melhor resultado para porcentagem de miniestacas enraizadas, com 43,75 %,
bem como o maior número médio de raízes (3,3 raizes por miniestaca). As demais
concentrações do fitorregulador apresentaram valores maiores que o da testemunha. Quanto
ao maior comprimento de raízes, o tratamento com 15 mg L-1 de ANA apresentou-se como o
mais eficiente, com raízes chegando a 7,0 cm de comprimento, seguido pelo tratamento com
60 mg L-1 de ANA (5,0 cm de comprimento de raiz). Com isso, conclui-se que a aceroleira
pode ser propagada por miniestacas herbáceas com a utilização de 60 mg L-1 de ANA,
maximizando a produção de mudas devido ao pequeno espaço utilizado e menor quantidade
de estacas.
Palavras-chave: Malpighia emarginata, Fitorregulador de crescimento, Fruticultura.
1
Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia/EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista,
RR – Brasil.
2
Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa
Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 69
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE BACABA SOB DIFERENTES PERIODOS DE
IMERSÃO DA SEMENTE EM ÁGUA
Victorio Jacob BASTOS1*, Paula Monique Carvalho da SILVA2, Djair Alves de
MELO3, Adalgisa Aranha de SOUZA4
A bacaba, Oenocarpus bacaba Mart. família Arecaceae é uma palmeira amazônica com
grande potencial econômico, ecológico e alimentar, constituindo-se em uma espécie passível
de ser incorporada aos sistemas agroflorestais. Tem sido explorada para diferentes usos em
seu ambiente natural, nas florestas de terra firme e ocasionalmente inundadas da Amazônia,
nos estados do Amazonas e Pará. Objetivou-se com este trabalho avaliar o método de imersão
em água em temperatura ambiente (26 ± 10C) como meio de aceleração da emergência de
plântulas de bacaba. O experimento foi instalado no laboratório de semente da Universidade
Federal de Roraima localizado no Campus do Murupu. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado com seis tratamentos e quatro repetições. Cada parcela constou de
30 sementes. Os tratamentos foram compostos por: T1 = tratamento sem imersão; T2 =
imersão em água por 12 horas; T3 = imersão em água por 24 horas; T4 = imersão em água
por 36 horas; T5 = imersão em água por 48 horas; e T6 = imersão em água por 60 horas.
Utilizaram-se copos plásticos com capacidade de 125 ml para imersão das sementes em água.
Posteriormente todas as sementes de todos os tratamentos foram colocadas em sacos plásticos
transparentes, fechados até o vigésimo quinto dia após o ensacamento. Foram avaliadas a
percentagem de emergência e o desenvolvimento da parte aérea e radicular. Não houve
diferença significativa a 5% de probabilidade na germinação, com média de 93,38%.
Observou-se que o início da germinação deu-se aos sete dias do ensacamento em todos os
tratamentos. Houve diferença estatística entre os tratamentos para comprimento da raiz e parte
aérea. O tratamento que apresentou melhor resultado para desenvolvimento de plântulas foi o
T6 (imersão por 60 h). O tratamento controle apresentou menor comprimento da raiz e parte
aérea em relação aos demais. Os tratamentos T3 e T4 não diferiram estatisticamente entre si
para comprimento da parte aérea, sendo T2 inferior a estes. Considerando o maior
desenvolvimento das plântulas (parte aérea e raiz) a imersão das sementes de bacaba em água
a temperatura ambiente (26 ± 10C) por um período entre 48 e 60 horas foi o mais indicado
para promover o maior vigor das plântulas de bacaba.
Palavras-chave: Oenocarpus bacaba, Germinação, Amazonas, Especie nativa, Produção de
mudas.
11
Estudante da Universidade Federal de Roraima, Campus Murupu, Boa Vista- RR
Mestranda em Agronomia POSAGRO-UFRR
3
Professor Adjunto do Instituto Federal de Roraima.
4
Professora Adjunta da Universidade Federal de Roraima.
*Autor para correspondência: [email protected]
2
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 70
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EMERGÊNCIA E DESENVOLVIMENTO INICIAL DAS GERAÇÕES F1 E F2 DO
MAMOEIRO HÍBRIDO CALIMAN 01
Camila Costabeber NUNES1, Liana Hilda Golin MENGARDA1, José Carlos LOPES1,
Rodrigo Sobreira ALEXANDRE2, Paula Aparecida Muniz de LIMA1
Em virtude da demanda por novas cultivares de mamoeiro adaptadas à realidade brasileira,
estudos de melhoramento genético vêm desenvolvendo cultivares híbridas, como o Caliman
01. Em paralelo, são necessários estudos que investiguem os efeitos da segregação híbrida
com relação às diferentes fases do processo produtivo, que vai da germinação das sementes e
produção das mudas até a produção dos frutos e a pós-colheita. Objetivou-se, assim,
investigar a emergência e o desenvolvimento inicial das plantas de mamoeiro cv. Caliman 01,
gerações F1 e F2 (segregante). Sementes dos genótipos F1 e F2 foram semeadas em tubetes
plásticos de seção circular e capacidade de 50 mL, contendo substrato comercial, e mantidos
em casa de vegetação coberta com tela sombrite (poliolefina), com 15% de sombreamento e
temperatura ambiente. As irrigações foram feitas sempre que necessário, de acordo com a
cultura. A partir da observação diária da emergência, foi avaliada a porcentagem de
emergência após 45 dias da semeadura, quando houve a estabilização. Após 75 dias da
semeadura, as variáveis mensuradas foram: altura das plantas, diâmetro do coleto e número de
folhas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste t.
O genótipo da geração F1 apresentou maior porcentagem de emergência (86%), maior altura
(26,7 cm) e maior diâmetro do coleto (5,06 mm) que o genótipo da geração F2, que
apresentou 38% de emergência, altura de 15 cm e diâmetro do coleto de 4,03 mm. O número
de folhas não diferiu estatisticamente entre as gerações do híbrido. Conclui-se, assim, que o
híbrido na geração F2 do mamoeiro Caliman 01 apresenta menor vigor com relação à
emergência e ao desenvolvimento inicial das plântulas.
Palavras-chave: Carica papaya L., Sementes, Vigor híbrido, Segregação.
Créditos de financiamentos: a CAPES e ao CNPq pela concessão de bolsas.
1
Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Produção Vegetal, Centro de
Ciências Agrárias, CxP 16, CEP: 29500-000, Alegre-ES, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
2
Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Agrárias e Biológicas, Centro
Universitário do Norte do Espírito Santo, São Mateus - ES, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 71
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ÁCIDO NAFTALENACÉTICO NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS CAMUCAMU EM CÂMARA DE SUBIRRIGAÇÃO
Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE1*, Carlos Abanto RODRIGUEZ1, Edvan
Alves CHAGAS2, Christinny Giselly Bacelar LIMA3, Verônica Andrade dos
SANTOS3, Maria da Conceição Rocha ARAÚJO4.
O camu-camu (Myrciaria dubia) é uma espécie amazônica que possui elevado potencial
para a indústria por seus frutos apresentarem alto teor de ácido ascórbico. Torna-se
importante o avanço das técnicas de propagação dessa espécie, principalmente com
relação à propagação vegetativa. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o
enraizamento de estacas herbáceas de camu-camu, em câmara de subirrigação,
submetidas a diferentes concentrações e tempos de imersão em ácido naftalenacético
(ANA). O material vegetativo foi coletado da parte apical de ramos ortotrópicos de
plantas adultas de camu-camu localizadas na região do Lago do Preto, em Boa VistaRR, em fevereiro de 2013. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em
esquema fatorial 6x4, sendo seis concentrações de ANA (0, 200, 400, 600, 800 e 1000
mg.L-1) e quatro tempos de imersão (0, 10, 20 e 30 minutos), com três repetições de 10
estacas. Foram utilizadas estacas herbáceas de aproximadamente 15 cm de comprimento
e 3 mm de diâmetro, contendo um par de folhas cortadas pela metade. As estacas foram
colocadas para enraizar em câmara de subirrigação, cuja base foi constituída por uma
camada de 10 cm de brita nº 1; logo acima, outra camada de 10 cm de seixo com
diâmetro de 1 a 3 cm; e a última camada possuindo 5 cm de areia fina, que constituiu o
substrato para o enraizamento. A temperatura no interior da câmara oscilou entre 27 e
40 Cº, com uma média de 33 Cº, e umidade relativa do ar de 80 a 95%. Aos 90 dias
após a instalação do experimento foram avaliadas a porcentagem de estacas com
presença de calo (%EC), porcentagem de estacas enraizadas (%EE), número de raízes
(NR) e comprimento da raiz (CR). Os dados foram submetidos a análise de variância,
utilizando-se o software SISVAR. Verificou-se efeito significativo da interação entre
concentrações e tempos de imersão para a porcentagem de estacas enraizadas, cujo
maior valor (76%) foi obtido com o tratamento controle, sem adição de ANA, apenas
com 30 minutos de imersão em água destilada. Para o comprimento da raiz, houve
efeito da interação entre doses e tempos de imersão, obtendo-se 17,7 cm com 800 mg.L1
por 10 minutos de imersão. Já para o número de raízes e a porcentagem de estacas
com presença de calo não se observou efeito significativo entre os tratamentos. Os
resultados sugerem que se pode obter enraizamento de estacas herbáceas de camu-camu
em câmara de subirrigação sem aplicação de fitohormônios sintéticos.
Palavras chave: Myrciaria dubia, propagação vegetativa, fitorregulador.
Apoio financeiro: CNPq, CAPES, UFRR e EMBRAPA-RR
1
Programa de Pós-graduação em Agronomia-UFRR/EMBRAPA-RR. Caixa Postal 133
- CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil.
2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Caixa Postal 133 - CEP 69301-970.
Boa Vista, RR – Brasil.
3
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Programa de Pós-Doutoramento
(CAPES/PNPD). Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil.
4
Rede Bionorte/ Embrapa- RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR –
Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 72
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE ACEROLEIRA
Patrícia dos Santos MENDES1*, Deyse Cristina Oliveira DA SILVA1, Francinéia
ZANETTI1, Alberto Moura DE CASTRO2, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira
COUCEIRO2
A estaquia é um método de propagação vegetativa viável na produção de mudas de aceroleira
e apresenta vantagem por facilitar a obtenção de propágulos em grande quantidade. A
utilização de estacas garante a precocidade da produção, reprodução das características da
planta mãe e pomar uniforme. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de
diferentes concentrações de ácido naftalenacetico no enraizamento de estacas semi-herbácea
de aceroleira. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado com cinco tratamentos
compostos pelas concentrações da solução de ANA (0; 30; 60; 90 e 180 mg L-1) e doze
repetições. As variáveis analisadas foram: porcentagem de estacas enraizamento,
comprimento médio da maior raiz e número de raízes. Os dados foram submetidos à análise
de variância com regressão polinomial, à 5% de probabilidade, através do programa
estatístico ASSISTAT 7.6. O experimento foi conduzido retirando ápices das brotações de
plantas matrizes de aceroleira utilizando a região logo abaixo da porção herbácea, obtendo
estacas com 5 cm de comprimento. As maiores porcentagem de estacas enraizadas foram
obtidas nos tratamento 30 e 180 mg L-1 de ANA e em concentrações menores as raízes
produzidas foram menores e distribuídas desigualmente na base da estaca. O aumento das
concentrações de auxinas na base das miniestacas proporcionou efeitos significativos na
porcentagem de miniestacas enraizadas no número de raízes produzidas. O maior
comprimento de raiz foi obtido na concentração 90 mg L-1 (7,6 cm), a concentração 180 mg
L-1 apresentou o maior número de raízes (8,6) bem distribuídas na base da estaca. A produção
de raízes adventícias deve ser uniforme em toda base da estaca proporcionando maior
sustentação e contato das raízes com o solo. A solução com 180 mg L-1 de ANA
proporcionou os melhores resultados de enraizamento adventício de estacas semi-herbácea de
aceroleira.
Palavras-chave: Malpighia emarginata, Auxinas, Microestaquia.
1
Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Agronomia,
EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
2
Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa
Vista-RR, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 73
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ENTOMOFAUNA ASSOCIADA
NATIVAS DE RORAIMA
ÀS ESPÉCIES
DO
GÊNERO
Byrsonima,
Paula Monique Carvalho da SILVA1*, Christinny Giselly BACELAR-LIMA ², Aline
das Graças SOUZA², Victorio Jacob BASTOS¹
O murici é um fruto nativo da Amazônia de ocorrência natural do lavrado em Roraima,
apresentando importância econômica para o estado, sendo ainda um produto adquirido de
modo extrativista. Levando em consideração a importância de estudos de componentes da
biodiversidade na região Amazônica, o presente trabalho teve como objetivo estudar a
distribuição da entomofauna associada as espécies do gênero Byrsonima : B. coccolobifolia
(Kunth) e B. verbascifolia (L.) Rich. A área de estudo localiza-se no campo experimental
Agua Boa situado a 25 km da capital Boa vista, ocupando área total de 1.100 hectares de
cerrado com vegetação composta por pastagem nativa, sendo os muricis as principais
unidades arbóreas presentes na região, apresentando 80 indivíduos por espécie, totalizando
assim 160 indivíduos para cada 50 m². Foram realizadas oito coletas, sendo estas por meio
de coleta manual. Para verificar a diversidade dos insetos na área foram utilizados os
seguintes parâmetros: Índice de Riqueza (IR) obtido dividindo-se o número de espécies
encontradas pela área total, Índice de Gleason (Dg), obtido através da seguinte fórmula: Dg
= S/log(N), onde S é o número de espécies obtidas e o N é o número total de indivíduos
amostrados, e Diversidade de Menhinick (Db) obtido através da seguinte fórmula: Dm =
S/√(N), onde S é o número de espécies e N o número de indivíduos coletados. Todos os
índices utilizados foram adaptados para utilização por espécie. Os insetos coletados foram
conservados em álcool 70% e levados ao laboratório para identificação com auxílio de
chaves taxonômicas. As coletas foram realizadas nos meses de maio à julho de 2013
durante o período de frutificação das espécies de murici. Ao longo das oito coletas
realizadas foram encontrados insetos pertencente às espécie Pachycoris torridus, Edessa
sp., Anisoscelis sp., Pelidnota sp., Aconophora flavipes, Pseudococcus citri e Membracis
notulata, sendo as mais abundantes, nas áreas amostradas insetos da ordem Hemiptera
representados sobretudo pelos percevejos e cochonilhas brancas totalizando 83% dos
insetos coletados que por serem fitófagos causam danos às plantas atacadas causando
prejuízos a floração e ao crescimento e maturação dos frutos do muricizeiro.
Palavras-chaves: Byrsonima, Insetos, População, Lavrado.
1
Universidade Federal de Roraima-UFRR, Centro de Ciências em Agronomia – CCA,
Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR,
Brasil.
²Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima, Pesquisa em
Fruticultura, BR-174, km 8, Distrito Industrial, Cx. Postal 133, CEP: 69.301-970, Boa
Vista-RR, Brasil
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 74
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ESTABELECIMENTO IN VITRO DE ABACAXIZEIRO cv. GOLD
Patrícia dos Santos MENDES1*, Deyse Cristina Oliveira da SILVA1, Jeysse Kelly
Carvalho de ANDRADE1, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira COUCEIRO2
A expansão da abacaxicultura em muitos estados brasileiros não está acompanhada das
melhorias das técnicas de produção de mudas. O sistema de micropropagação é uma
alternativa para obtenção de mudas de qualidade garantida. Porém é necessária a obtenção de
protocolos específicos para cada espécie micropropagada, devido à complexidade dos fatores
que influenciam o estabelecimento e multiplicação das plantas in vitro. O presente trabalho
objetivou determinar o tipo de explante de abacaxizeiro cv. Gold para estabelecimento da
cultura in vitro. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado com 3 tratamentos que
consistiram no tio de explante (basal, gema e lateral) das coroas e 20 repetições. Aos 60 dias
após o cultivo foram avaliadas as seguintes variáveis: Porcentagem de sobrevivência
(coloração branca), porcentagem de morte (necrose) e porcentagem de estabelecimento
(coloração verde). Os dados foram submetido a analise de variância e aplicado o teste de
Tukey a 1% de probabilidade com auxilio do programa ASSISTAT 7.6. Para o experimento
foram utilizadas coroas, desinfestadas com álcool 70% por 3 minutos seguido de hipoclorito
de sódio a 2,5 % por 20 minutos. As maiores taxas de sobrevivência foram obtidas da lateral
(80%) e gema (99%) sendo encontrado menores resultados nos explantes do tipo basal, este
resultado ocorre possivelmente por este tipo de explante apresentar células já diferenciadas
em raízes dificultando sua regressão ao estádio meristemático. A maior porcentagem de
estabelecimento foi obtida com gemas (98%) e lateral (40%), os resultados obtidos
apresentam que células mais jovens possuem maior potencial pra estabelecimento in vitro.
Conclui-se nas condições deste experimento, que o estabelecimento de abacaxizeiro cv. Gold
é obtido com explantes tipo gema.
Palavras-chave: Ananas comosus, Cultura de tecidos, Fruticultura.
1
Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, EMBRAPARR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil.
2: Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa
Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 75
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ESTABELECIMENTO IN VITRO DE ABACAXIZEIRO cv. VITÓRIA
Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE1*, Patrícia dos Santos MENDES1, Deyse
Cristina Oliveira da SILVA1, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira
COUCEIRO2
O Brasil ocupa a segunda posição mundial na produção de abacaxis, ficando atrás
apenas das Filipinas. A micropropagação tem grande potencial para propagação de
varias espécies, possibilitando a multiplicação do em grande escala e menor tempo de
produção de mudas em pequeno espaço físico; entretanto a micropropagação somente
poderá ocorrer caso haja sucesso na desinfestação dos explantes e estabelecimento do
cultivo in vitro. O objetivo deste trabalho foi avaliar o processo de desinfestação in vitro
de gemas de abacaxizeiro cv. Vitória. O delineamento adotado foi o inteiramente
casualizado, em esquema fatorial 4 x 4, composto por quatro concentrações de
hipoclorito de sódio (0,25; 0,5; 1,0 e 2,0%) e quatro tempos de exposição (5, 10, 15 e 20
minutos) e 12 repetições. As avaliações foram realizadas após 45 dias de cultivo, as
variáveis avaliadas foram: porcentagem de gemas contaminadas, porcentagem de
sobrevivência e estabelecimento in vitro. Os dados foram previamente transformados
em (√X+1) e submetidos a analise de variância com regressão polinomial, foi adotado o
nível de 5% de probabilidade. As concentrações de 0,25 e 0,5% de hipoclorito de sódio
independente do tempo de imersão apresentaram os maiores percentuais de gemas
contaminadas (60 e 44%, respectivamente). A sobrevivência não foi afetada com o
aumento da concentração de hipoclorito de sódio e tempo de imersão, visto que em
todos os tratamentos as gemas sem contaminações não necrosaram. A concentração de
2,0% de NaClO em 20 minutos proporcionou as menores porcentagens de
contaminação (25,7%) e maior de estabelecimento (72,2%), sendo eficaz na
desinfestação e estabelecimento de plântulas de abacaxizeiro cv. Vitória.
Palavras-chave: Ananas comosus, auxina, micropropagação.
Crédito de Financiamento: CNPq, CAPES, UFRR e EMBRAPA-RR
1
Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Agronomia,
EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil.
2: Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa
Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 76
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ESTRUTURA INTERNA DE FOLHAS DE Panicum aquaticum Poir. EXPOSTAS A
ELEMENTOS TÓXICOS
Marinês Ferreira PIRES1, Evaristo Mauro de CASTRO1, Cynthia de OLIVEIRA2,
Fabricio José PEREIRA1, Ana Carolina Oliveira DUARTE1
Ambientes aquáticos contaminados com elementos tóxicos como arsênio, cádmio e
chumbo podem ser recuperados por meio de técnicas como a fitorremediação. Na
aplicação dessa técnica, é fundamental a identificação de espécies vegetais tolerantes e os
mecanismos estruturais envolvidos. Desse modo, o objetivo deste estudo foi analisar as
modificações estruturais dos tecidos foliares da macrófita Panicum aquaticum em
diferentes concentrações de cádmio, chumbo e arsênio. Plantas foram coletadas e
propagadas em solução nutritiva em casa de vegetação até obtenção de gerações clonais
isentas de fonte endógena de arsênio, cádmio e chumbo. Em seguida, foram montados 3
experimentos: com concentrações crescentes de arsênio (0; 0,25; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 mg L1
), de cádmio (0,0; 0,4; 0,8; 1,6; 3,2 e 6,4 mg L-1) e de chumbo (0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 8,0
mg L-1). O delineamento foi inteiramente casualizado com seis tratamentos e cinco
repetições em cada experimento. Após 30 dias de período experimental amostras de folhas
foram coletadas e fixadas em FAA70%, armazenadas em etanol 70% e submetidas às
microtécnicas usuais em anatomia vegetal. Observou-se para o arsênio, um aumento da
espessura da epiderme na face abaxial, do limbo e do parênquima clorofiliano nas menores
concentrações, seguido por redução nas maiores. A epiderme na face adaxial foi afetada
apenas na concentração de 1,0 mg L-1 e a cutícula exibiu maiores valores apenas na maior
concentração. Houve uma redução nas espessuras do limbo e do parênquima clorofiliano
na presença de cádmio. Enquanto que a epiderme foliar e a cutícula não foram afetadas. No
caso do chumbo, apenas a epiderme foi afetada, com maiores valores na face abaxial a 0,5
mg L-1 e redução na face adaxial em maiores concentrações. Modificações nos tecidos
foliares estão relacionadas às trocas gasosas e a disponibilidade de CO2 para a fotossíntese.
Assim a redução no limbo foliar, provavelmente, em decorrência da redução do
parênquima clorofiliano pode ter influenciado as reações fotossintéticas nas plantas
expostas a elevadas concentrações de arsênio e cádmio. As trocas gasosas também podem
ter sido afetadas pelas modificações da epiderme e cutícula no caso do arsênio e chumbo.
Portanto, o arsênio demonstra maior efeito de toxicidade, considerando as características
avaliadas que podem ter relação no crescimento e sobrevivência das plantas.
Palavras-chave: Anatomia Foliar, Elementos tóxicos, Tolerância, Macrófitas.
Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES e CNPq
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação
em Botânica Aplicada, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP 37200-000 Lavras MG, Brasil.
2
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciências do Solo, Campus
Universitário, Caixa Postal 3037, CEP 37200-000 Lavras - MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 77
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ESTUDO ETNOBOTÂNICO DO GÊNERO CAPSICUM EM RORAIMA
Herundino Ribeiro do Nascimento FILHO1*, Luis Felipe ALMEIDA1, Lucianne Braga
Oliveira VILARINHO1
Roraima está localizado no extremo norte do Brasil, possui uma riqueza de ecossistemas que
vão desde áreas florestadas a não florestadas (savanas), propiciando assim uma grande riqueza
de diversidade de espécies vegetais. Além disso, o Estado de Roraima possui uma população
indígena de várias etnias, distribuídos em 32 terras indígenas totalizando 46% do território
estadual. O Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena apresenta um quadro de 620
alunos regularmente matriculados, de oito etnias (Macuxi, Wapichana, Taurepang, Wai-Wai,
Ingaricó, Y’ecuana, Patamona, Yanomami). Esse Instituto, atualmente tem três cursos
(Licenciatura Intercultural; Gestão Territorial Indígena; Gestão Coletiva de Saúde Indígena),
os quais vêm suscitando o desenvolvimento de projetos e propostas de trabalhos, que
envolvem a pesquisa, o ensino e a extensão em ações voltadas ao registro e valorização do
conhecimento tradicional, relativos ao uso sustentável da biodiversidade local. As
observações populares sobre o uso e a eficácia de plantas nutracêuticas por exemplo,
contribuem de forma relevante para a divulgação das virtudes terapêuticas dos vegetais,
prescritos com freqüência pelos efeitos medicinais e nutricionais que produzem. O grupo de
pesquisa “Pimentas do gênero Capsicum” vem utilizando pesquisas etnobotânicas como
ferrramenta de registro e catalogação das pimentas amazônicas, visando o uso sustentável
desse recurso genético e promovendo ações que garantam a manutenção da variabilidade
genética. Esse projeto vem sendo desenvolvido na casa de vegetação do Instituto Insikiran,
em que um banco de germoplasma vivo de pimentas encontra-se em fase de implementação,
que favorecerá ações de ensino, pesquisa e extensão alinhados com os PPPs dos cursos desse
Instituto.
Palavras - chave: Recursos genéticos, Etnobotânica, produção vegetal
1
Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena.
Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa
Vista – RR, Brasil.
* autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 78
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ESTUDO ETNOBOTÂNICO
UIRAMUTÃ/RORAIMA
NAS
COMUNIDADES
INDÍGENAS
DO
Jocivania da Silva OLIVEIRA1*
No Brasil o uso de plantas medicinais com fins terapêuticos é anterior ao início da
colonização. Em ritos espirituais os pajés utilizavam as plantas na cura e prevenção de
doenças. Na Amazônia brasileira a retomada da utilização das plantas medicinais está
sendo agregado tanto a valorização do saber tradicional quanto ao conhecimento
científico de suas ações terapêuticas. Atualmente, o uso de plantas medicinais encontrase disseminado não apenas nas zonas rurais, elas são, também, intensamente utilizadas
no meio urbano, complementando os medicamentos convencionais. Em Roraima, os
povos indígenas, de diferentes regiões utilizam e cultivam plantas medicinais para cura
e prevenção de certas doenças e não dependem somente dos postos de saúde. Para o
conhecimento e fortalecimento da prática constante do uso dessas plantas foi feito um
levantamento do uso de algumas plantas na região de Uiramutã, sendo identificado o
nome científico, popular e o nome na língua indígena macuxi, e as formas de uso das
espécies mais freqüentes nas comunidades. A partir do levantamento realizado foram
identificadas várias famílias botânicas, das quais 5 delas estão sendo apresentadas.
Família Fabaceae, espécie Hymenaea courbaril L., nome comum, jatobá, nome em
macuxi mîirî ye’, essa planta é utilizada como antiflamatório, as entrecascas são
utilizados em forma de chá no combate a diarréia. Família Fabaceae, nome científico
Ateleia glazioveana Baill., nome comum, timbó da serra, nome em macuxi yai ye’, é
usado como agente antibacteriano, na forma de “embochechos” contra a cárie dentária.
Dilleniaceae, Curatella Americana, nome comum caimbé, nome em macuxi
kura’tikiye’, utilizada como analgésico e anti- inflamatório, entrecascas utilizadas sob a
forma de chá e também tintura para fazer curativo. Myrtaceae, Psidium guineense Pers.,
araçá-do-campo, kanon ye’, frutos verdes são utilizado sob a forma de chá infusões no
tratamento da diarréia. Chenopodiaceae, Chenopodium ambrosioide L., mastruz,
matruxe ye’, anti-inflamatório, anti-térmico, anti-verminose, folhas e raízes são
utilizado sob a forma chá, cataplasma, e xaropes. Este resultado mostra o quanto o povo
indígena macuxi pratica freqüentemente o uso de plantas medicinais que são
importantes para a biodiversidade e para as populações indígenas que vivem e utilizam
desses recursos naturais.
Palavras-chave:
indígenas.
Plantas
medicinais,
Conhecimento
tradicional,
Comunidades
1
Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena,
Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa Vista – RR,
Brasil.
*[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 79
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EXTRAÇÃO DE DNA TOTAL DE PLANTAS AMAZÔNICAS PELO PROTOCOLO
CTAB MODIFICADO
Ismael Alexandre da Silva NASCIMENTO1*, Wilson Pereira LIMA JUNIOR1, Raissa
Maria Sampaio de PAIVA2, Danilo Faustino RICARTE1, Fabiana GRANJA3
A região amazônica apresenta uma grande biodiversidade vegetal que exige diferentes
estratégias para a realização de trabalhos taxonômicos e filogenéticos. No Estado de Roraima
temos uma vegetação muito comum, chamada de Savana Roraimense ou Lavrado. Para a
realização desses estudos, há necessidade de obter material genético de boa qualidade assim, o
objetivo desse trabalho é obter boas qualidades na extração do DNA das plantas típicas do
lavrado roraimense como a Xylopia aromatica (Lam.) Mart. e Clitoria racemosa G. Don. a
partir de adaptações no protocolo do CTAB modificado por nosso laboratório. De acordo com
o protocolo utilizou-se 0,3 g de tecido foliar congelado o qual foi macerado em um almofariz
congelado, até obter um pó fino onde foi adicionado 3 ml do tampão CTAB acrescido de βmercaptoetanol pré-aquecido a 65ºC, até a homogeneização por completo. Adicionou-se
Proteinase K (50µg/ml) e incubou-se a 55ºC por oito horas. Após utilizarmos o clorofórmio:
álcool-isoamílico, adicionamos RNAse (100µg/ml) e incubou-se por 30 minutos em banhomaria a 37ºC. Para a precipitação utilizou-se isopropanol gelado, onde foi observado a
formação de um precipitado. Lavou-se o precipitado com etanol 70% gelado e com posterior
secagem. Diluiu-se o precipitado em água deionizada e autoclavada e armazenou-se em
freezer -20 ºC. Até o momento da realização de uma eletroforese em gel de agarose à 0,8%
corada com Gel Red para a análise da qualidade do DNA, comparando as amostras extraídas
com amostras da Nymphaea rudgeana G. Mey. As principais diferenças no protocolo são a
utilização de RNAse a qual vem mantendo o DNA livre de RNA, e a utilização da proteinase
K, a qual facilitou a ruptura/lise das paredes celulares com a finalidade de liberar mais
facilmente os componentes citoplasmáticos, melhorando assim a qualidade final do material
obtido. As análises demonstraram que o protocolo, ainda precisa de adaptações pois as plantas
apresentam diferentes composições químicas, o que dificulta o obtenção de um DNA de boa
qualidade devido ao co-isolamento de polissacarídeos, substâncias fenólicas e compostos
secundários. A qualidade das extrações estão diretamente relacionados com a qualidade dos
processos aos quais são submetidos, cabendo a busca por parte dos pesquisadores de melhores
adaptações dos protocolos de acordo com o material utilizado.
Palavra-chaves: Xylopia aromatica, Genética, Roraima.
Financiamento: Universidade Federal de Roraima (UFRR)
1
Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Roraima
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais da Universidade Federal de
Roraima
3
Orientadora e Prof. Dra. do curso de graduação em Ciências Biológicas da Universidade
Federal de Roraima
*autor para correspondência: [email protected]
2
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 80
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
FENOLOGIA REPRODUTIVA DA FORMA SILVESTRE DA MANDIOCA EM UM
AMBIENTE NATURAL DE RONDÔNIA
Rafael Jorge do PRADO1*; Romário Herman BOLDT2; Gilda Santos MULLEN3;
Poliana Perrut de LIMA4; Wellington Farias ARAÚJO5
A mandioca é uma cultura amplamente difundida em todo o mundo, porém sua espécie
ancestral é pouco conhecida (Manihot Sculenta subsp. flabelifollia). Ao longo do processo
evolutivo e de domesticação das espécies, a flabelifollia é encontrada em populações muito
pequenas e em pontos muito específicos da Amazônia brasileira (seu ponto de origem e
dispersão). O objetivo deste trabalho foi avaliar a fenologia reprodutiva (flores e frutos) de
uma população de plantas de flabelifollia no município de Rolim de Moura – RO. Uma
população de 50 plantas localizadas a 7 quilômetros de Rolim de Moura (sentido à Pimenta
Bueno) foram selecionadas para a avaliação do presente projeto no período de 06 de maio de
2009 a 19 de abril de 2010. Devido a forma robusta e dificuldade de adentrar na mata, foi
adotado um questionário e avaliações fenológicas a cada quinze dias, que constavam da
quantidade de flores (sem flores, poucas flores, quantidade intermediária e muitas flores)
assim como a presença de frutos (frutos ausentes, frutos iniciais, frutos grandes e frutos
secos/deiscentes). Variáveis climáticas foram adquiridas na estação metereológica da UNIR,
Campus de Rolim de Moura. A média da umidade relativa do ar esteve entre 60% em agosto
de 2009 e 93% em janeiro de 2010. As temperaturas mensais oscilaram entre 24ºC em junho a
30ºC em agosto de 2009. Foi observado que em maio de 2009 quando o estudo foi iniciado, as
plantas apresentavam pouca quantidade de flores e muitos frutos na categoria inicial e
grandes. Os frutos começaram a secar a partir do mês de junho (>50%) e se tornaram ausentes
nas plantas de forma gradativa ate o mês de outubro (devido a deiscência das sementes). Os
meses de outubro, novembro e parte de dezembro (mês de início das chuvas em Rondônia)
pode-se observar que as plantas passaram por um período de dormência fisiológica, devido a
características próprias de manutenção da espécie devido a ausência de água. A partir do mês
de dezembro foi observado o inicio do florescimento das plantas, obtendo índice maior de
50% de plantas floridas no mês de janeiro, onde se deu inicio à frutificação, que se estendeu
ate o fim das avaliações em abril de 2010. Trabalhos como este são extremamente
necessários, pois conhecer a fenologia de plantas silvestres é extremamente importante para o
processo de manutenção de espécies nativas, coleta de sementes e melhoramento genético
através de um banco de germoplasma natural.
Palavras-chave: Germoplasma, Domesticação, Silvestre.
1
*: Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR) e professor do
Instituto Federal de Roraima (IFRR). Programa de Pós Graduação em Agronomia,
POSAGRO. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa
Vista / RR. E-mail: [email protected]
2: Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia pela UFAC.
3: Doutora em Agronomia, professora associada III do departamento de Agronomia da UNIR.
4: Engenheira Agrônoma, mestranda em Agricultura no Trópico Úmido pelo INPA.
5: Doutor em Agronomia, professor associado II da UFRR.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 81
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
FENOLOGIA VEGETATIVA DA FORMA SILVESTRE DA MANDIOCA EM
AMBIENTE NATURAL
Rafael Jorge do PRADO1*; Romário Herman BOLDT2; Gilda Santos MULLEN3;
Poliana Perrut de LIMA4; Wellington Farias ARAÚJO5
A utilização das formas silvestres de plantas cultivadas é extremamente necessária para a
manutenção da biodiversidade e variabilidade genética. A Manihot Sculenta subsp.
flabelifollia é a forma silvestre da mandioca e pode ser encontrada em toda a região
amazônica, especialmente no estado de Rondônia às margens de estradas, ambiente que
ocorre a incidência de luz e propicia o desenvolvimento destas plantas. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a fenologia vegetativa (folhas e crescimento vegetativo) de uma população
de plantas de flabelifollia no município de Rolim de Moura – RO. Uma população de 50
plantas localizadas a 7 quilômetros de Rolim de Moura (sentido à Pimenta Bueno) foram
selecionadas para a avaliação do presente projeto no período de 06 de maio de 2009 a 19 de
abril de 2010. Devido a forma robusta e dificuldade de adentrar na mata, foi adotado um
questionário e avaliações fenológicas a cada quinze dias, que constavam da quantidade de
folhas (muitas folhas, poucas folhas e folhas ausentes), emissão de ramos laterais, assim como
a presença de folhas secas (Muitas folhas secas, poucas folhas secas e folhas secas ausentes).
Variáveis climáticas foram adquiridas na estação metereológica da UNIR, Campus de Rolim
de Moura. A média da umidade relativa do ar esteve entre 60% em agosto de 2009 e 93% em
janeiro de 2010. As temperaturas mensais oscilaram entre 24ºC em junho a 30ºC em agosto de
2009. No início das avaliações 100% das plantas apresentavam folhas verdes e bem formadas.
No final do mês de junho as plantas iniciaram o processo de morte e secamento das folhas,
estando na categoria “poucas folhas secas”, sendo que no período de julho ate o inicio de
novembro as plantas ficaram sem folhas verdes, sendo este o período considerado como
descanço fisiológico para a espécie, devido especialmente a estiagem no estado, forma que a
mesma encontrou para de manter no ambiente na ausência de água. A partir de novembro as
primeiras folhas jovens começaram a surgir, se mantendo verdes e vigorosas ate o final de
março, sendo que na ultima avaliação em abril de 2010 mais de 70% das plantas
apresentavam poucas folhas e mais de 50% apresentavam folhas secas. Trabalhos como este
são extremamente necessários, pois conhecer a fenologia de plantas silvestres é extremamente
importante para o processo de manutenção de espécies nativas e melhoramento de espécies
cultivadas.
Palavras-chave: Germoplasma, Domesticação, Silvestre.
1
*: Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR) e professor do
Instituto Federal de Roraima (IFRR). Programa de Pós Graduação em Agronomia,
POSAGRO. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa
Vista / RR. E-mail: [email protected]
2: Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia pela UFAC.
3: Doutora em Agronomia, professora associada III do departamento de Agronomia da UNIR.
4: Engenheira Agrônoma, mestranda em Agricultura no Trópico Úmido pelo INPA.
5: Doutor em Agronomia, professor associado II da UFRR.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 82
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
FERTILIZAÇÃO NITROGENADA NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE
CUPUAÇUZEIRO
Tênnyson Costa EVANVELISTA1*, Teresinha Costa de ALBUQUERQUE2, Edvan Alves
CHAGAS2, Aline das Graças SOUZA3
O cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Shum.) é uma frutífera da região
Amazônica que apresenta possibilidade de se tornar uma opção de negócio devido às
características encontradas na polpa dos frutos como sabor agradável e aroma atrativo e de
grande aceitação pelo consumidor. Atualmente, grande parte das informações utilizadas para o
cultivo do cupuaçu é baseada em trabalhos realizados com o cacaueiro (Theobroma cacao),
devido à proximidade taxonômica destas culturas. Alguns estudos têm demonstrado que o
nitrogênio é um dos nutrientes mais absorvido pelas plantas de cupuaçu e também o que é
exportado em maior quantidade pelos frutos, em torno de 5,7 kg t-1. O presente trabalho teve por
objetivo estudar o efeito de diferentes níveis de nitrogênio na formação de mudas de cupuaçu. O
experimento foi conduzido na Embrapa Roraima, em Boa Vista (RR). As mudas, com uma única
haste com aproximadamente 8 cm de altura, foram transplantadas para sacolas plásticas de 1 L
contendo substrato, que havia sido previamente fertilizado com fósforo e potássio. O
delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro tratamentos e quatro
repetições, utilizando-se 4 plantas por parcela. Como tratamentos foram testados quatro doses de
nitrogênio (N) T1 = 0 g; T2 = 0,15 g; T3 = 0,30 g; e T4 = 0,60 g. Quando as plantas
apresentavam em torno de 25 cm de altura e 3 a 4 folhas foi realizada a aplicação dos
tratamentos. O N foi suprido na forma de solução de uréia de acordo com o tratamento
especificado, utilizando-se 100 mL de solução por planta. Após 150 dias da aplicação dos
tratamentos, foram realizadas as avaliações de altura das mudas (cm), número de folhas, massa da
matéria fresca e seca (g) das folhas e do ramo, em separado, e das raízes. Os resultados foram
submetidos à análise de variância, ficando demonstrado que a fertilização nitrogenada não causou
efeito sobre o crescimento das mudas do cupuaçuzeiro, podendo-se inferir que as reservas
apresentadas pelas sementes conseguem nutrir as plantas durante o período em que as mudas
foram avaliadas.
Palavras-chave: Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Shum., propagação, nutrição
mineral.
Agradecimento: Ao CNPq e EMBRAPA-RR pelo apoio financeiro.
1
FARES, Bolsista CNPq, Embrapa Roraima, BR 174, Distrito Industrial, CP 133, 69301-970 Boa Vista, RR, Brasil. *E-mail: [email protected]
2
Embrapa Roraima, BR 174, Distrito Industrial, CP 133, 69301-970 - Boa Vista, RR, Brasil.
3
Pós doutoranda Embrapa/UFRR. Embrapa Roraima, BR 174, Distrito Industrial, CP 133,
69301-970 - Boa Vista, RR, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 83
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
FERTIRRIGAÇÃO EM PLANTAS DE CAMU-CAMU EM SOLOS DE CERRADO
Diego Lima SILVA1*,Carlos Abanto RODRIGUEZ2,Edvan Alves CHAGAS3,Teresinha
Costa Silveira de ALBUQUERQUE3, Aline das Graças SOUZA3, Jeysse Kelly Carvalho
de ANDRADE4, Marcos Wanderley da SILVA4
O camu-camu (Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh) é uma fruteira amazônica, que cresce na
margem dos rios e lagos de toda a bacia Amazônica. O seu habitat varia desde solos férteis da
várzea do Peru, onde há influência direta dos sedimentos dos Andes, até solos de areia
quartzosa das margens do Rio Negro. O camu-camu tem despertado grande interesse em
alguns países pelo alto conteúdo de ácido ascórbico, que varia de 845 a 6.100 mg em 100 g de
polpa. Em vista do potencial socioeconômico e nutricional desta fruta, existem boas
perspectivas para o desenvolvimento do camu-camu em terra firme no Estado de Roraima. No
entanto, por ser uma espécie nativa e pouco explorada, praticamente não existem tecnologias
de manejo para o desenvolvimento do cultivo em áreas comerciais, sendo inexistentes
recomendações de adubação. Nesse sentido objetivou-se determinar o efeito da aplicação de
doses de nitrogênio aplicadas por meio da técnica de fertirrigação por gotejamento, no
crescimento inicial de plantas de camu-camu em condições de campo. O experimento foi
instalado com mudas oriundas do banco de germoplasma de camu-camu do INPA em janeiro
de 2013 no campo experimental Agua Boa. O delineamento experimental foiem blocos ao
acaso com cinco tratamentos (0; 40; 80; 120; 160 kg de N ha-1) oito repetições e sete plantas
por unidade experimental. As variáveis avaliadas foram altura (cm) e número de brotos por
planta. Os resultados obtidos nos sete meses de avaliação foram submetidos à análise de
regressão (prob.<0,05), utilizando o programa computacional SISVAR. Verificou-se
influência significativa das doses para altura de planta (cm) e número de brotos encontrandose um valor máximo de 90 cm com dose 120 kg de N ha-1 o qual foi estatisticamente superior
a dose 0 kg de N ha-1 apresentando um valor de 71 cm de altura. Para o número de brotos, a
dose que se destacou foi 80 kg de N ha-1 alcançando um valor de 23 brotos o qual foi superior
à dose 0 kg de N ha-1que só obteve 12 brotos. Desse modo, pode-se inferir que o uso de N em
fertirrigação é efetivo para o crescimento inicial de plantas de camu-camu em condições de
cerrado no estado de Roraima.
Palavras-chave: Myrciaria dubia, Cerrado, Irrigação, Nitrogênio.
Financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e
Embrapa Roraima.
1
Estudante do curso de agronomia- Universidade Federal de Roraima - Centro de Ciências
Agrárias, Campus Cauamé
2
Estudante do Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Produção VegetalUniversidade
Federal de Roraima.
3
Embrapa-Roraima.
4
Estudante do Programa de Pós-Graduação em Agronomia- Universidade Federal de
Roraima.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 84
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
FITOSSOCIOLOGIA DE PLANTAS INFESTANTES EM ÁREA DE LAVRADO DE
RORAIMA
Yara Tereza Gonçalves CARDOSO1*, José de Anchieta Alves de ALBUQUERQUE1,
Kelen Mendes ALMEIDA1, Thaís Santiago CASTRO1, Thatyele Sousa dos SANTOS1,
Davair Lopes TEIXEIRA JUNIOR1
Na região Norte é raro os estudos das comunidades vegetais do ponto de vista florístico e
estrutural. Os levantamentos fitossociológicos em área de cultivos são de grande importância
para que se obtenha o conhecimento sobre as populações de plantas daninhas quanto aos
parâmetros de frequência, abundância e da biologia das espécies encontradas, que, analisados
em conjunto, indicarão as medidas de controle mais adequadas a utilizar. Objetivou-se com
este trabalho realizar o levantamento fitossociológico de plantas infestantes em área de savana
natural. O trabalho foi realizado no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de
Roraima- CCA/UFRR, município de Boa Vista/RR. A área utilizada para as coletas consistia
em um latossolo amarelo, com precipitação média anual de 1.678 mm, umidade relativa do ar
de 70% e a temperatura entre 20 a 38oC, sendo a média anual de 27,4oC. Para as coletas das
plantas espontâneas foi utilizado um quadrado de ferro com dimensões de 0,50 x 0,50 m
(0,25m2), lançado aleatoriamente 2 vezes em cada repetição, totalizando 24 amostras. Após as
coletas as espécies foram levadas para o laboratório de Plantas Daninhas- CCA/UFRR,
procedendo-se a contagem e identificação segundo a espécie botânica, nome popular e
família. A partir dos resultados, determinaram-se os parâmetros fitossociológicos: frequência,
densidade, abundância, frequência relativa, densidade relativa, abundância relativa, índice de
valor de importância. Foram encontradas 16 espécies distribuídas em 16 gêneros e 7 famílias
botânicas, sendo a espécie Trachypogon plumosus (Capim-fura-bucho) que apresentou o
maior índices de plantas por hectare 63333,33. Essa espécie apresentou os maiores valores na
maioria dos parâmetros fitossociológicos avaliados, destacando-se o índice de valor de
importância, que foi de 62,01.
Palavras-chave: Trachypogon plumosus, Cerrado, Plantas infestantes.
1
Universidade Federal de Roraima, Departamento de Fitotecnia e Departamento de Solos e
Engenharia Agrícola. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300000 Boa Vista / RR.
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 85
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
FORMAÇÃO DE MUDAS DE CAMU CAMU UTILIZANDO ENXERTIA PRECOCE
Verônica Andrade dos SANTOS1, Joanice Silvestre de SOUZA2, Edvan Alves
CHAGAS3, Maria da Conceição da Rocha ARAÚJO4, Williams da Silva MATOS5*,
Eumilene Costa BARBOSA2, Diego Lima SILVA5
O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh, Myrtaceae) é uma frutífera nativa
encontrada nas margens inundáveis dos rios e lagos da Bacia Amazônica. Os frutos
apresentam alto potencial de aproveitamento, pois são fonte natural de vitamina C. Apesar de
sua propagação ser basicamente por semente, a formação de mudas pode ser obtida também
vegetativamente, sendo muitas, as vantagens da propagação vegetativa, como o aumento na
produtividade, maior uniformidade, precocidade, redução de doenças e reprodução de todas as
características do material selecionado. Dentre os métodos de propagação vegetativa, destacase a enxertia. Sendo assim o objetivo do presente trabalho foi desenvolver uma técnica de
antecipação de formação de mudas de camu-camu com uso de enxertia precoce. As enxertias
foram realizadas no setor de fruticultura da Embrapa-RR. Foram selecionadas para formação
dos porta - enxertos mudas de diferentes diâmetros provenientes de sementes de frutos de uma
população natural do município do Cantá, semeadas em canteiro e depois transplantadas para
sacos plásticos com capacidade de 3kg de solo. Para a copa foram coletados ramos
provenientes de plantas adultas, produtivas e sadias, localizadas nas margens do rio Cauamé
em Boa Vista – RR, logo após selecionou-se os garfos de acordo com os diâmetros dos porta
enxertos utilizados. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado,
composto por fatorial de 4x2, ou seja, quatro diâmetros de enxertia (3; 4; 6 e 8 mm de
diâmetros ) e dois tipos de enxertia, utilizando-se o método de garfagem em fenda cheia e o
inglês simples, com quatro repetições e 8 plantas por parcela. Após serem feitas as enxertias
os enxertos foram cobertos com sacos plásticos transparentes para manter a umidade e em
seguida colocados em casa de vegetação com irrigação constante, aos 20 dias após a enxertia
retirou-se as fitas de enxertia e fez-se a avaliação da porcentagem de pegamento. Aos 30, 60,
90 e 120 dias foram avaliados as características de altura (cm) e diâmetro (mm) das plantas. A
enxertia do tipo garfagem em fenda cheia proporciona maior pegamento, as mudas de camucamu podem ser enxertadas com 8 mm de diâmetro. Já os diâmetros menores utilizados não
apresentam eficiência na tentativa de antecipação da enxertia.
Palavras–chave: Myrciaria dúbia (H.B.K.) McVaugh, Propagação vegetativa, Produção de
mudas.
Apoio financeiro: CNPq/CAPES/EMBRAPA/UFRR
1
Pesquisadora Bolsista de pós-doutorado - CAPES/PNPD-Embrapa RR, Rodovia BR-174,
Km 8 Distrito Industrial. CEP: 69301-970 Boa Vista/RR.
2
Estudante do curso de agronomia UERR, bolsista PIBITI-CNPq.
3
Eng. Agrônomo, Pesquisador da Embrapa-RR. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do
CNPq.
4
Doutoranda em Biodiversidade e conservação - Rede Bionorte – RR.
5
Universidade Federal de Roraima, Graduando do curso de Agronomia, Centro de Ciências
Agrárias, Campus do Cauamé, BR 174, KM 12, Monte Cristo, CEP: 69300-000, Boa VistaRR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 86
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
GERMINAÇÃO IN VITRO E ACLIMATIZAÇÃO DE MUDAS DE MACAMBIRA
(BROMELIACEAE)
Franciane dos SANTOS1, Mariana de Souza SANTOS2, Thays Saynara Alves
MENEZES3, Maria de Fátima Arrigoni-BLANK4*, Arie Fitzgerald BLANK4, Ana Paula
do Nascimento PRATA5, Moacir PASQUAL6
A macambira (Bromelia laciniosa Martius ex Schultes f.) é uma planta ornamental da família
Bromeliaceae, de ocorrência nas áreas secas do Nordeste, desde a Bahia até o Piauí. Este
trabalho teve como objetivo estudar a germinação in vitro da macambira e a aclimatização das
mudas. Para o ensaio de germinação, foram utilizados cinco tratamentos dispostos em
delineamento inteiramente casualizado, com 100, 75, 50, 25 e 0% (água e ágar) dos sais do
meio MS, com 10 repetições e 10 sementes cada. Todos os tratamentos foram acrescidos de 7
g.L-1 de ágar e 30 g.L-1 de sacarose e pH ajustado para 5,8. A germinação das sementes foi
avaliada diariamente, sendo estimada a porcentagem de germinação e o índice de velocidade
de germinação (IVG). O ensaio de aclimatização foi implantado em delineamento de blocos
casualizados com cinco repetições e cinco plantas por repetição. Foram avaliadas cinco
combinações de substratos: pó de coco: húmus de minhoca (2: 1); pó de coco: húmus de
minhoca: areia (1: 1: 1), (2: 1: 1) e (2: 2: 1), e vermiculita: húmus de minhoca (2: 1). Todos os
substratos foram acrescidos de 1 g.L-1 de calcário dolomítico. Os dados foram submetidos à
análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Não
houve diferença significativa entre as concentrações de sais MS quanto à porcentagem de
germinação, com média geral de 93%. Quanto ao IVG, os tratamentos 0%, 25% e 50% de sais
MS apresentaram os melhores resultados com índices variando entre 0,60 e 0,62. Na
aclimatização das mudas, para as variáveis, número de folhas e de raízes e massa seca de
parte aérea, com médias gerais 5,44, 4,52 e 127,64 mg, respectivamente, não houve diferença
significativa entre os substratos estudados. Para a variável comprimento da maior raiz os
substratos pó de coco: húmus de minhoca (2: 1) e pó de coco: húmus de minhoca: areia (2: 1:
1) e (2: 2: 1) apresentaram as maiores médias (6,23; 6,86 e 6,30 cm) e para massa seca de
raízes os substratos pó de coco: húmus de minhoca: areia (1: 1: 1) e (2: 2: 1) proporcionaram
os melhores resultados (130,16 e 98,12 cm). Com base nos resultados obtidos conclui-se que
a germinação in vitro de B. laciniosa pode ser realizada em meio contendo apenas água e ágar
e a para a aclimatização de mudas produzidas in vitro deve-se utilizar o substrato pó de coco:
húmus de minhoca: areia (2: 2: 1).
Palavras-chave: Bromelia laciniosa Martius ex Schultes f., Meio MS, Pó de coco.
Créditos de financiamentos: Capes, CNPq, FAPEMIG
1
Universidade Federal de Sergipe, graduanda em Engenharia Florestal, Campus Universitário,
CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
2
Universidade Federal de Sergipe, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas.
3
Universidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Biotecnologia de Recursos Naturais.
4
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Agronômica, Campus
Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
5
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Biologia.
6
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 87
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
IDENTIFICAÇÃO
DE
ETNOBOTÂNICAS.
ESPÉCIES
A
PARTIR
DE
COLETAS
Bernardo TOMCHINSKY1*, Lin Chau MING1, Ari de Freitas HIDALGO2,
Valdely Ferreira KINUPP3.
A dificuldade de identificar espécies de plantas a partir de coletas
etnobotânicas sempre foi limitante para o desenvolvimento desta área do
conhecimento e já foi relatado por outros autores. O curto período de execução destes
trabalhos, a variação no período de florescimento entre espécies e ao longo do ano,
assim como a coleta de algumas espécies de acesso difícil ou cultivadas através de
propagação vegetativa limitam a coleta de exsicatas férteis, requisitadas pela grande
maioria dos herbários para a identificação e incorporação das plantas. A estes se soma
a dificuldade que neste tipo de trabalho parte-se do conhecimento de populações
tradicionais que possuem um sistema de classificação próprio e diferente do
acadêmico. O objetivo deste trabalho foi avaliar as limitações da identificação
botânica realizada a partir de coletas do trabalho etnobotânico “Plantas antimaláricas
utilizadas na região de Bracelos, AM”. Foram realizadas 55 entrevistas semiestruturadas em sete diferentes comunidades da região de Barcelos/ AM. As plantas
indicadas para o tratamento da malária foram coletadas e armazenadas através do
método molhado, com a imersão das amostras em álcool e posterior secagem no
herbário EAFM – IFAM. As espécies foram identificadas pelo curador deste herbário.
Das 120 plantas indicadas para o tratamento da malária e de seus males associados
que foram coletadas durante dois períodos do ano apenas 40 % continham estruturas
reprodutivas. Foram coletadas 26 espécies cultivadas através de propagação
vegetativa e uma espécie monocárpica que floresce após mais de 20 anos de período
vegetativo. Foram recolhidas cinco amostras de vegetais como raízes, pedaços de
casca e resinas de plantas. Ocorreu a coleta equivocada de plantas quando a indicação
de uso foi feita por um colaborador e a coleta da planta foi realizada por outro. Doze
plantas não foram identificadas em nível de espécie e duas espécies não foram
identificadas em nível de gênero. Conclui-se que pesquisas etnobotânicas de campo
necessitam de métodos específicos para a análise de suas coletas e nem sempre é
possível obter exsicatas férteis para a identificação destas plantas. Métodos modernos
baseados na análise fitoquímica, DNA, fotografias ou arquitetura foliar podem
auxiliar na superação destes problemas, porém a existência de poucos herbários ou
especialistas que aceitem em suas coleções materiais estéril, amostras de plantas ou
amostras etnobotânicas ainda são o principal fator limitante para a identificação de
espécies vegetais em trabalhos etnobotânicos.
Palavras-chave: Herbário, Etnobotânica, Coleções vegetais, Botânica de campo
Financiamento: CNPq e FAPESP
11
FCA/UNESP, Fazenda Lageado, Departamento de Horticultura, CEP: 18.610-307.
Botucatu/SP; 2FCA/UFAM, Câmpus Universitário. Cep: 69077-000 – Manaus/ AM;
3
IFAM/CMZL, Herbário EAFM,– Manaus,AM
*[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 88
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO TRADICIONAL NO USO DE PLANTAS
QUE CURAM
Odivilson da SILVA1*, Daniel Adalberto da SILVA1, Mariana Souza da CUNHA1
As plantas vêm sendo utilizadas com finalidades terapêuticas há milhares de anos. Seu uso na
medicina popular foi propagado oralmente de geração em geração. O conhecimento sobre o
uso de plantas para fins medicinais na comunidade Pedra Preta não advém somente do contato
que essas populações tem com o ambiente como também da passagem oral desse
conhecimento de geração em geração. Porém, o processo de aculturação, onde as novas
gerações buscam os meios modernos de comunicação, tem acarretado a perda desta tão
valiosa transmissão oral. Outro fator que se soma a esta perda cultural é a destruição do
habitat natural em que estão inseridas estas sociedades. O presente estudo foi realizado na
Comunidade Pedra Preta, região das Serras, Terra Indígena Raposa Serra do Sol, Município
de Uiramutã/RR. A proposta teve como objetivo pedagogicamente discutir, conhecer,
valorizar e divulgar a importância do conhecimento tradicional no uso das plantas medicinais
que curam as doenças mais comum da comunidade. Os métodos utilizados para atingir os
objetivos da proposta foi a pesquisa-ação, por meio de instrumentos aplicados na reunião
comunitária, visita domiciliar, como questionário, entrevistas, fotos e observação. Com os
estudantes do 8º ano foi realizado estudos de literaturas sobre plantas medicinais, realização
de oficinas de desenhos e produção textual, pesquisa de campo para registrar e conhecer as
plantas e seminário para despertar a importância e a valorização do uso de plantas medicinais.
Identificou-se que a comunidade de Pedra Preta, mesmo reconhecendo o uso de plantas
nativas local, ainda não havia iniciativa de incorporar os conhecimentos na vida cotidiana e os
moradores que interagiram na pesquisa demonstraram o desejo de ensinar e valorizar os
conhecimentos sobre o uso de plantas. Registramos também as plantas mais usadas e
conhecidas popularmente para o tratamento da gripe, a alfavaca, Xi’pinye/apusin café-bravo,
Karaasaiye’ imbaúba, Kamanye’ salva do campo, Kiyawiye’ e vassourinha, Tu’tumaiye’ e
para o tratamento da diarreia foram araçazeiro, Kanoye’ barba-de-bode, Maturai, maniva,
Kîseye’ maruai, Maruwai e mirixi, Puruye’. Nessa abordagem procurou-se facilitar a
aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural na construção de conhecimentos.
Portanto, esse trabalho se propôs a desenvolver o interesse dos estudantes pela importância do
conhecimento tradicional no uso de plantas que curam inserindo noções básicas de saúde e
doenças.
Palavras-chave: Medicina tradicional, Povos indígenas, Educação, Plantas medicinais
Apoio: Pibid, Capes, UFRR
1
Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena,
Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000 Boa
Vista-RR, Brasil.
*[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 89
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
INDICADORES FINANCEIROS DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS EM
RORAIMA
Marcos WANDERLEY DA SILVA1*, Marcelo Francia ARCO-VERDE2, Carlos Abanto
RODRIGUEZ3, Ruy Guilherme CORREIA4, Francisco Cemilto da Silva MACIEL5,
Ricardo Manuel Bardales LOZANO6, Antônia Dianaia Oliveira LOPES7.
O desflorestamento da Amazônia tem contribuído substancialmente para o crescimento das
mudanças climáticas e a sociedade sensibilizada tem desencadeado um processo de
mobilização que visa conter suas causas e desenvolver medidas mitigadoras que venham
contribuir com a redução dos impactos ambientais e sociais. Os sistemas agroflorestais
(SAFs) surgem como uma opção viável entre os sistemas de produção sustentáveis existentes,
com o principal objetivo de contribuir para a segurança alimentar e o bem-estar social e
econômico dos produtores rurais, entretanto os estudos existentes têm enfatizado a relevância
de suas funções biofísicas e deixado às questões socioeconômicas. Nesse contexto objetivouse analisar a viabilidade financeira de sistemas agroflorestais em Roraima. O estudo foi
desenvolvido a partir de um levantamento de dados secundários de modelos de sistemas
agroflorestais (SAFs) disponibilizados pelos centros da Embrapa, universidades e
organizações não governamentais, as culturas e variáveis de produção utilizadas por espécies
foram: feijao-Caupi (peso dos grãos), mandioca (peso das raízes), milho (peso dos grãos),
banana (peso do cacho), cupuaçu (peso da polpa do fruto) e andiroba (peso do fruto e volume
total de madeira). Para o cálculo dos indicadores econômicos utilizou-se a planilha eletrônica
“Amazon SAF”–Excel. Para proceder a análise dos indicadores realizou-se o fluxo de caixa
para uma hectare de SAF. A análise foi realizada para um período de 20 anos. A metodologia
utilizada para a realização da análise dos indicadores de viabilidade financeira considerou as
atividades de mão-de-obra e os insumos requeridos nas diversas fases de implantação e
manutenção do sistema. Segundo os resultados o cupuaçu demandou a maior quantidade de
mão-de-obra devido ao tempo de permanência no sistema, quantidade de plantas e tratos
culturais. Verificou-se que na relação custos e receitas obteve-se um resultado maior nas
receitas em todos os componentes, principalmente na andiroba e cupuaçu. Nos componentes
ingá e gliricídia não apresentam receitas, todavia desempenham suas funções como
adubadoras. A banana e a mandioca obtiveram os melhores resultados econômicos nos
primeiros anos do projeto. Nesse sentido o modelo de SAFs avaliado apresenta viabilidade
financeira pelo Valor Presente Líquido, pela Taxa Interna de Retorno e Razão
Benefício/Custo para o município de Caroebe.
Palavras-chave: iLPF, SAFs, Amazon SAF, Caroebe.
1
Universidade Federal de Roraima- Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Produção
Vegetal.
2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Florestas.
3
Instituto de Investigações da Amazônia Peruana-IIAP; Universidade Federal de RoraimaPrograma de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal.
4
Instituto Federal de Roraima- IFRR.
5
Palmaplan Agroindustrial Ltda.
6
Doutorando Rede Bionorte.
7
Universidade Federal de Roraima- Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Produção
Vegetal.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 90
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
INDUÇÃO DE CALOS A PARTIR DE EXPLANTES FOLIARES DE mamoeiro
Thais Lazarino MACIEL1*; Adésio FERREIRA2, Wellington Ronildo
CLARINDO2
O mamoeiro (Carica papaya L.) é uma frutífera de importância econômica em vários
países. Tendo em vista os problemas gerados pela propagação seminal da espécie, faz-se
necessário o uso de técnicas de cultura in vitro. Nesse contexto, a embriogênese
somática indireta, envolvendo uma etapa de calogênese, permite a propagação clonal e
massal de genótipos elite. O objetivo deste estudo foi induzir a calogênese a partir de
folhas de plantas masculinas, femininas e hermafroditas do mamoeiro. Fragmentos
foliares foram desinfestados e inoculados em meio de cultura ½MS, contendo cinco
diferentes concentrações de ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D), 1, 2, 3, 4 e 5 mg L-1.
Cinco explantes foliares foram inoculados em cada placa de Petri, sendo a face adaxial
em contato com o meio. O experimento foi montado em delineamento inteiramente
casualizado, com nove repetições para cada concentração de 2,4-D. Todos os dados
foram avaliados por meio da análise de variância (ANOVA), teste de Duncan a 5 % de
probabilidade e análise de regressão. A partir do protocolo de desinfestação empregado,
o percentual máximo de contaminação foi de 15,6%. Considerando este índice, folhas
jovens representam uma fonte adequada de explante de plantas adultas do mamoeiro
para indução de embriogênese somática. Após 15 dias, calos foram induzidos em todos
os meios de cultivo. Em geral, os calos apresentaram coloração esbranquiçada e foram
iniciados na porção da nervura. Esse aspecto morfológico sugere que estes são friáveis.
Além disso, a ocorrência dos calos na porção da nervura evidencia que a competência
embriogênica se limita a essa área. Com base na análise estatística, o número de
explantes responsivos mensurado para cada um dos meios de cultura não diferiu
significativamente. Independente da concentração, o 2,4-D possibilitou a indução de
calogênese. De acordo com esse resultado, sugere-se que para indução de calos friáveis,
a partir de explantes foliares dos três tipos sexuais da espécie, se utilize menores
concentrações da auxina sintética 2,4-D. Nesse contexto, verifica-se que folhas dos três
sexos das plantas do mamoeiro foram adequadas quanto à capacidade de formação de
calos. Os resultados obtidos nesse estudo podem contribuir para o aperfeiçoamento de
protocolos para as técnicas in vitro de cultivo do mamoeiro.
Palavras–chave: Ácido 2,4-diclorofenoxiacético, Calogênese, Mamoeiro.
1
Universidade Federal do Espírito Santo, Estudante de Graduação em Ciências
Biológicas, Alto Universitário s/nº, Guararema, Cx. postal 16 | Alegre - ES, CEP
29500-000, Brasil.
2:
Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Biologia, Professor e
Pesquisador, Alto Universitário, s/nº, Guararema, Cx. postal 16 | Alegre - ES, CEP
29500-000, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected].
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 91
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
INFLUÊNCIA DA RADIAÇÃO E ESPAÇAMENTO DE PLANTIO NOS TEORES DE
DE ANTOCIANINAS EM FRAMBOESAS
Paula Nogueira CURI1*, Matteus Heberth Ribeiro do VALLE2, Lucas Pinto
BOTELHO2, Rodrigo Vieira BALBI2, Glênia Ferreira GUIMARÃES², Assis Francisco
FERREIRA2
As framboesas são apreciadas por sua delicadeza, aroma, cor e sabor inigualável. Inserida no
rol das pequenas frutas, apresentam propriedades funcionais que despertam o interesse do
consumidor e torna seu cultivo uma excelente opção para a agricultura familiar. Este trabalho
teve como objetivo avaliar o teor de antocianina em frutos de framboeseiras ‘Batum’,
comparando plantas cultivadas em dois espaçamentos (0,5 m e 1,0 m entre plantas) sendo 3,0
m entre linhas, e sob diferentes níveis de radiação em framboeseiras cobertas sobre o dossel
da plantas com um plástico leitoso de 150 mµ de espessura e plantas á céu aberto. O
experimento foi realizado no pomar da Universidade Federal de Lavras, em Lavras-MG, em
janeiro de 2013. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 2
x 2, sendo o primeiro fator, os dois espaçamentos e o segundo fator, o uso ou não da cobertura
plástica influenciando assim nos diferentes níveis de radiação solar, com seis blocos e 10
plantas por parcela. A radiação fotossinteticamente ativa (RFA, 400-700nm) foi medida no
dia da coleta dos frutos para as análises, através de sensores providos de cinco células
fotovoltaicas, os sensores foram conectados a dataloggers Campbell CR21X com leituras a
cada 30 seg. e médias armazenadas a cada 30 min. Após a colheita, as framboesas foram
levadas para o Laboratório de Pós-Colheita do Departamento de Ciências dos Alimentos da
UFLA onde se procedeu à seleção quanto à uniformidade de cor e ausência de injúrias
mecânicas ou fisiológicas. No dia da colheita os frutos frescos foram submetidos às análises
de antocianinas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas
pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Não houve diferença na quantidade de
antocianinas nas framboesas produzidas nos dois espaçamentos. Já framboesas que estavam
cobertas a quantidade de antocianinas foi maior, quando comparada as plantas descobertas.
Como o aumento da quantidade de antocianinas é influenciado sobre condições de estresse
acredita-se que a cobertura plástica, por registrar menor radiação tenha influenciado no
aumento da síntese de antocianinas.
Palavras-chave: Rubus idaeus L., Plasticultura, qualidade.
Créditos de financiamentos: FAPEMIG e CNPq.
1:
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de PósGraduação em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200000, Lavras-MG, Brasil.
2:
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduação em Agronomia,
Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*
autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 92
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
INFLUÊNCIA DE COBERTURA
FENOLÓGICO DE FISÁLIS
PLÁSTICA
NO
COMPORTAMENTO
Pedro Henrique Abreu MOURA1*, Rafael PIO1, Paula Nogueira CURI1, Rodrigo Vieira
BALBI2, Assis Francisco FERREIRA2, Pedro Augusto de Oliveira SILVA2
A fisális (Physalis peruviana L.) é considerada uma fruta fina, de grande valor nutritivo e
econômico. Pertencente à família Solanaceae, essa pequena fruta é originária da Amazônia e
dos Andes, possuindo variedades cultivadas na América, Europa e Ásia. No Brasil é popular
no norte e nordeste, mas devido a sua fácil adaptação a diversas condições edafoclimáticas, os
plantios se expandiram para a região sul do país, São Paulo e recentemente têm chegado ao
sul de Minas Gerais. O conhecimento fenológico permite um maior detalhamento na
descrição do ciclo das culturas, possibilitando incrementos produtivos e produção de frutos de
qualidade, porém a fenologia pode variar de acordo com as condições do local de cultivo. A
adoção de cobertura plástica nas linhas de plantio é uma técnica muito utilizada na produção
de uvas, para evitar o excesso de precipitação sobre as plantas e com isso manter a qualidade
das frutas. Visando a utilização desta técnica no cultivo da fisális, o objetivo deste trabalho foi
avaliar a influência da cobertura plástica no seu comportamento fenológico, quanto ao
desenvolvimento dos botões florais a frutos maduros, em comparação às plantas cultivadas a
céu aberto. O experimento foi realizado no pomar da Universidade Federal de Lavras
(UFLA). A cidade de Lavras está localizada no sul de Minas Gerais e possui clima do tipo
Cwb (tropical de altitude), com inverno seco e verão chuvoso, segundo a classificação de
Köeppen. Foram utilizadas duas linhas de plantio com 60 plantas de 6 meses de idade. Uma
linha com plantio a céu aberto e outra coberta com plástico leitoso de 150 µm de espessura, a
uma largura de 1,4 m e a 40 cm acima da extremidade das hastes das plantas. Foram
marcados 36 botões florais em cada uma das duas linhas de plantio e o desenvolvimento
acompanhado com marcação do período em dias, do início do crescimento do botão floral,
passando pela abertura da flor até a colheita do fruto no ponto de maturidade, determinado
pela coloração do capúleo. Após apuração dos dados quantitativos, concluiu-se que a
utilização da cobertura plástica sobre as plantas não influenciou no comportamento
fenológico da fisális, sendo de 45 dias o período de crescimento do botão floral à colheita do
fruto maduro. O resultado é positivo, visto que a utilização da cobertura plástica com intuito
de manter a qualidade dos frutos não influenciou no comportamento fenológico da fisális.
Palavras-chave: Physalis peruviana L., Plasticultura, Fenologia, Small fruits.
Créditos de financiamentos: FAPEMIG e CNPq.
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000,
Lavras-MG, Brasil.
2
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduação em Agronomia,
Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*
autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 93
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
INIBIÇÃO DA Α-GLUCOSIDASE POR EXTRATOS DE Byrsonima garcibarrigae
CUATREC. (Malpighiaceae)
Tallita Marques MACHADO1*, Lucileno José Araújo de LIMA1, Emerson Silva LIMA1,
Fernanda GUILHON-SIMPLICIO1
Byrsonima garcibarrigae é uma espécie arbórea com prevalência no estado do Amazonas
(Brasil), tendo potencial farmacológico e constituição química ainda muito pouco conhecida.
Este trabalho teve como objetivo investigar o potencial antidiabético desta espécie via
inibição da enzima α-glucosidase in vitro. As cascas do caule foram secas em estufa de ar
circulante a 45°C, moídas em moinho de facas e extraídas por maceração em ultrassom com
os solventes hexano, acetato de etila e metanol, sequencialmente. A partir dos extratos secos
fez-se o teste de inibição da α-glucosidase obtida da Saccharomyces cerevisiae (EC.3.2.1.20)
em uma microplaca de 96 poços.O sistema contendo os extratos na concentração de 100
µg.mL-1 e a enzima foi incubado a 37°C por 30 minutos em pH 6,8. Quercetina foi utilizada
como controle positivo. O percentual de inibição foi calculado em função do controle
negativo (DMSO). A concentração inibitória a 50% (CI50) foi calculada por meio do
programa Origin®. O percentual de inibição da α-glucosidase in vitro dos extratos hexano,
acetato de etila e metanol foi de 74,9±1,5, 92,1±0,4 e 96,8±0,3, respectivamente, e a CI50 (X ±
s µg.mL-1) de 3,53 ± 0, 80, 3,21±2,05 e 1,09 ± 0,32, respectivamente. A quercetina apresentou
o percentual de inibição de 114,1 ± 4,2 e o CI50 de 2,89 ± 0,18. Todos os extratos de B.
garcibarrigae inibiram de modo significativo a enzima α-glucosidase, entretanto, o extrato
metanol foi o que apresentou maior inibição e menor CI50. A inibição da α-glucosidase pode
estar relacionada com a presença de compostos fenólicos. Em trabalhos anteriores mostramos
que o extrato metanol possui grande teor de compostos fenólicos, 61,43%, sendo a maioria
taninos e flavonoides, além de expressiva atividade antioxidante. Devido à característica
estrutural comum a todos os compostos fenólicos, que é a presença de anéis hidroxilados, eles
têm a capacidade de complexar proteínas e atuar com antioxidantes, sequestrando os radicais
presentes nos receptores da enzima impedindo que se liguem ao seu substrato. Assim, eles
podem inativar a α-glucosidase e impedir que a glicose seja clivada. Logo, o extrato
metanólico de Byrsonima garcibarrigae pode ser indicado como promissora fonte de
substâncias biologicamente ativas, sendo necessários novos ensaios a fim de avaliar se as
respostas encontradas in vitro são compatíveis in vivo.
Palavras-chaves: Inibição enzimática, α-glucosidase, Byrsonima garcibarrigae
Agradecimentos: FAPEAM, UFAM e PET-FARMÁCIA.
1
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Rua Alexandre
Amorim, 330, Aparecida, CEP: 69010-300, Manaus-AM, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 94
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
INVENTÁRIO DAS ESPÉCIES ARBÓREAS UTILIZADAS NA ARBORIZAÇÃO
DAS PRAÇAS DE MANAUS/AM.
Yêda Maria Boaventura Corrêa ARRUDA1*, Dilma Carolina Albuquerque LIMA2,
Aline Jôsy Jeronimo da ROCHA3
A praça é um tipo de área verde, cuja principal função é lazer e recreação, por isso nesse
espaço a vegetação é implantada e oferecida infraestrutura adequada. O objetivo do trabalho
foi inventariar e mensurar as espécies arbóreas plantadas em 24 praças, localizadas em seis
zonas, da cidade de Manaus. O inventário das árvores (≥ 10 cm de diâmetro a altura do peito
– DAP) foi realizado pelo censo total; foram mensurados o diâmetro do tronco, a altura total e
o diâmetro de copa. Foram inventariados 518 espécimes, sendo 18 não identificadas. Os
indivíduos arbóreos estão distribuídos em 16 famílias botânicas, 31 gêneros e 38 espécies. As
famílias mais abundantes foram Anacardiaceae (111 espécimes), Leguminosae-papilionoideae
(110 espécimes) e Chrysobalanaceae (100 espécimes); as famílias Apocynaceae e
Bombacaceae foram as de menor abundância, ambas com uma espécime. Registrou-se um
maior número de espécies exóticas (n = 22; 259 espécimes) em relação às espécies nativas da
vegetação brasileira (n = 6; 184 espécimes) e nativas do bioma amazônico (n = 10; 51
espécimes). Houve uma grande variação no diâmetro e na altura total dos indivíduos
inventariados nas 24 praças de Manaus. As espécies que contribuíram mais para o
sombreamento nas praças, considerando a área de copa, foram Licania tomentosa (oiti), com
10.711,3 m2, e Ficus elastica (fícus marrom), com 4.274,5 m2. Observou-se que não há um
planejamento para o plantio das espécies arbóreas nas praças da cidade de Manaus.
Palavras-chave: Arborização Urbana, Diversidade, Botânica Aplicada.
1
Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de
Biologia, Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I, CEP 69077-000, Manaus-AM,
Brasil.
2
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia
Florestal, Manaus-AM, Brasil.
3
Universidade do Estado do Amazonas, Escola Superior de Tecnologia, Curso de Engenharia
Florestal, Manaus-AM, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 95
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
INVENTÁRIO DE PLANTAS USADAS COMO ALIMENTO POR LEPIDOPTERA
EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA
Williane Gomes do NASCIMENTO1; Tiara Tamar Peres BASILIO¹,2*; Ewerton Calixto
da SILVA¹; Rebeca Medeiros Rodrigues de BRITO¹; Raphael Valério MEDEIROS¹;
Adriana Monteiro de ALMEIDA¹,3
O presente trabalho tem como finalidade realizar um inventário de espécies de plantas usadas
como alimento por Lepidoptera. Com este inventário é possível entender a distribuição das
espécies de plantas hospedeiras no tempo e no espaço, e assim fazer uma caracterização da
área de estudo através de sua vegetação. O estudo foi desenvolvido na Mata do Jiqui, um
fragmento remanescente de Mata Atlântica com 80 ha, localizado em Parnamirim, Rio Grande
do Norte (5°55’48”S e 35°11’06”W). A área de estudo foi amostrada mensalmente de
fevereiro de 2008 a junho de 2013. O fragmento foi divido em três ambientes distintos: borda
- área de borda entre o ambiente de mata e uma plantação experimental de coqueiros, centro ambiente de interior de mata, e margem - área de mata ciliar ao longo do rio Pitimbu. Em
cada ambiente foi delimitado um transecto permanente de 500m de comprimento dividido em
seções de 25m. A cada coleta mensal foram sorteadas quatro seções totalizando 100m de
comprimento por 2m de largura em cada ambiente. Todas as lagartas encontradas foram
amostradas junto com as plantas hospedeiras que foram utilizadas para alimentação até as
lagartas passarem para a fase de pupa. As exsicatas das plantas hospedeiras foram
posteriormente identificadas. Das 622 amostras coletadas foram identificadas 424 amostras,
divididas em 25 famílias botânicas. Dentre as plantas hospedeiras a família mais abundante é
Fabaceae, com 88 amostras (21%), seguida por Dilleniaceae (15%), Rubiaceae (14%) e
Myrtaceae (11%) com 65, 49 e 48 amostras respectivamente. As famílias que só ocorreram na
borda foram Malvaceae e Solanaceae, enquanto a família Erythroxylaceae só foi observada
no centro. As famílias que apresentam maior abundância na área de margem do rio são
Anacardiaceae, Dilleniaceae e Myrtaceae. Da mesma forma as famílias Bignoniaceae,
Fabaceae, Malpighiaceae, Sapindaceae e Poaceae foram mais abundantes na borda. No
centro prevaleceram as famílias Rubiaceae e Polygonaceae. Doliocarpus sp. é a hospedeira
mais utilizada pelas lagartas (10%), seguido pelas espécies Eugenia hirta (8%), Cordieira
myrciifolia (8%), Bauhinia cheilanta (6%) e Senna macranthera (6%). A Mata do Jiqui
apresenta ambientes com características e diversidade de espécies botânicas distintas. Apesar
de ser um fragmento urbano podemos inferir que está em um bom estado de conservação,
portanto é de extrema importância conservá-lo.
PALAVRAS-CHAVE: Hospedeiras, Lepidóptero, Mata do Jiqui.
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Laboratório de Ecologia e Conservação da
Biodiversidade, CEP 59072 – 970, Natal/RN, Brasil.
2
*autor para correspondência: [email protected]
3
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Botânica, Ecologia e
Zoologia, Centro de Biociências, CEP 59072 – 970, Natal/RN, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 96
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
JOGO PEDAGÓGICO PASSA OU REPASSA DO REINO PLANTAE
Clediane Gomes DE SOUZA1*; Andressa Raquel Stroschein SGANZERLA2; Paula
Karoline Da Cruz DE ALMEIDA3; Silvana Tulio FORTES4.
O lúdico auxilia no desenvolvimento da cooperação, da socialização e das relações afetivas, de
modo a contribuir para a construção do conhecimento e os jogos pedagógicos vêm ganhando
força como ferramenta lúdica na medida em que desenvolvem níveis diferentes de experiência
pessoal e social, enriquecem a personalidade e a criatividade e possibilitam a construção da
autoconfiança dos alunos. Nosso desafio foi produzir um jogo original com abordagem dos
conteúdos de botânica, ou seja, do Reino Plantae tratados no tema estruturador diversidade da
vida, geralmente no 2º ano do ensino médio. A elaboração do material didático lúdico envolveu a
análise do conteúdo em livros didáticos do ensino médio, pesquisa em artigos, revistas e sítios
virtuais, livros de botânica para ensino de graduação, além de conhecimento do acervo de jogos
do Laboratório de Ensino de Biologia (LabenBio) da Universidade Federal de Roraima UFRR).
Desta forma, inspirado no jogo “BIOTA, O jogo da biodiversidade” de Simone Gregório, Simone
Oku, Helena Pacca e Ligia Carvalhal, da Universidade de São Paulo, foi elaborado o jogo
PASSA OU REPASSA DO REINO PLANTAE abordando características morfológicas,
importância ecológica e econômica de Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas. O
jogo é composto por 30 cartas no tamanho 12x15cm, impressas a laser colorido em papel 180g.
Cada carta refere-se a uma planta específica e contém 10 dicas, cuja leitura conduz o jogador a
desvendar a planta correspondente, além de uma ilustração obtida digitalmente a partir de
desenhos ou fotografias originais, nome científico e nome vulgar. Para jogar são necessários pelo
menos três participantes ou no máximo quatro grupos, sendo essencial um mediador que sorteia
uma cartela onde as dicas serão lidas na seqüência de 1 a 10. Para auxiliar a “identificação” da
planta os jogadores poderão contar com o auxilio do glossário que acompanha o jogo, o qual
contém 155 termos relacionados à botânica. Este jogo poderá ser utilizado durante o
desenvolvimento de atividades no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID) da UFRR, bem como dos estágios de regência nas escolas da educação básica
de Boa Vista, Roraima.
Palavras-chave: aprendizagem, jogo educativo, botânica.1
1. Acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – UFRR;
* autor para correspondência: [email protected];
2. Acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – UFRR;
3. Acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – UFRR;
4. Doutora em Micologia; Coordenadora do Laboratório de Ensino de Biologia da Universidade
Federal de Roraima. Laboratório de Micologia. Av. Capitão Ene Garcez, 2413, CBio, Sala 11,
Aeroporto, 69304000, Boa Vista, RR – Brasil; [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 97
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
LEVANTAMENTO
RORAIMA
BOTÂNICO
NA
COMUNIDADE
CACHOEIRINHA
EM
Edilene da Silva HENRIQUE1*, Mariana Souza da CUNHA1, Jocivânia de OLIVEIRA1,
Elias João da SILVA1
Atualmente, a maioria dos povos indígenas não praticam mais as atividades de coleta, pois
convivem em grupos de pessoas, chamadas de comunidades, onde realizam o plantio das
espécies que servem na medicina tradicional entre outras atividades. Na comunidade
Cachoeirinha existem plantas que servem para diversas utilidades, como remédios caseiros,
alimentação, construção de casas, cercas para curral e lenhas para cozinhar os alimentos. O
levantamento sobre as plantas foi realizado através de pesquisa de campo na área da
comunidade Cachoeirinha, município de Pacaraima-RR. As plantas mais freqüentes neste
ambiente foram identificadas por nome científico, popular, na língua macuxi e as formas de
uso de cada uma respectivamente. A partir deste levantamento foram identificadas várias
famílias botânicas, sendo as mais expressivas, Myrtaceae, Arecaceae, Malpighiaceae e
Sapindaceae. Os indivíduos mais representativos foram: Byrsonima crassifolia
(Malpighiaceae), mirixi do campo, mîrîpî, utilizado na alimentação através de suco, remédios
caseiros contra diarréia causada por vermes, proteção dos dentes contra cáries e como lenha;
Mirixi de galega (Malphigiaceae), mîreiye, é utilizado na alimentação através de suco,
remédios caseiros contra diarréia causada por comidas e lenhas; Bowdichia virgilioides
(Fabaceae), paricarana, urîmure´, é utilizado como remédio caseiro contra micose, sarna e é
excelente para lenha; Hymenaea courbaril (Fabaceae), jatobá, mîire, serve para alimentos, as
madeiras são excelentes para fazer cercados, curral e para tirar tábuas; Genipa americana
(Rubiaceae), jenipapo, Ruku, suco serve para anemia, lenha e madeira para construção de
casa; Spondias monbim (Anacardiaceae), taperebá, mo´pe, serve como alimentação e suco;
Myrciaria paraensis(Myrtaceae), caçari, nome não identificado na língua macuxi; Psidium
guianeense (Myrtaceae), araçá, kanon, serve de alimento e lenha; Syagrus cearensis
(Arecaceae), coco babão, nome na língua não identificado, serve somente de alimento;
Melanoxilon brauna (Sapindaceae), maria preta, nome na língua macuxi não identificado,
serve para alimento, remédio, banho para curar certas doenças como feitiço e pessoas de luto.
Os resultados mostram que o ambiente da comunidade é um ecossistema importante para a
manutenção da biodiversidade, por isso devemos preservar para as futuras gerações que corre
o risco de não conhecer mais esses recursos.
Palavras-chave: Plantas nativas, Alimentação, Comunidade cachoeirinha, língua macuxi
Apoio: Pibid, Capes, UFRR
1
Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena,
Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000 Boa
Vista-RR, Brasil.
*[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 98
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
LEVANTAMENTO DA DIVERSIDADE E IMPORTÂNCIA DO USO DAS PIMENTAS
EM RORAIMA
Karla Santana MORAIS1, Andréia Cordovil da SILVA1, Lucianne Braga Oliveira
VILARINHO1*
Desde os povos antigos até os dias atuais as pimentas do gênero Capsicum são usadas
mundialmente, consideradas uma das mais importantes especiarias, tornaram-se
indispensáveis na culinária de algumas culturas. Além de realçar sabor e proporcionar
picância a diversos pratos, também apresentam utilidades na medicina tradicional humana,
confirmando sua importância para a saúde, uma vez que é uma boa fonte de vitamina A e C.
As espécies mais consumidas no Brasil são: Capsicum baccatum e Capsicum chinense. Em
Roraima, as espécies mais consumidas por indígenas e não indígenas são as Capsicum
chinense e Capsicum frutescens. As formas de uso das pimentas em Roraima são muito
variadas. Do ponto de vista cultural as pimentas podem assumir diferentes formas simbólicas,
refletidas diretamente em sua forma de uso. Além disso, o emprego medical da planta em
Roraima é muito forte. A grande maioria é proveniente das culturas indígenas, sendo muito
bem aceita pelas populações migrantes que se adaptam muito facilmente aos gostos e sabores
das pimentas regionais. Embora haja distinções na forma de uso das pimentas pelos indígenas
e não-indígenas ambos se aproveitam quase que exclusivamente para uso alimentar. Na
Amazônia brasileira, o cultivo de pimentas do gênero Capsicum pode ser uma importante
fonte alternativa de geração de divisas para as populações agrícolas (indígenas e não
indígenas) da região. Isto porque há um rico potencial regional muito pouco conhecido e /ou
explorado de forma organizada, embora se admita que o Brasil e, principalmente a Amazônia,
seja um importante centro secundário de espécies domesticadas. Características agronômicas
e variações ambientais interferem diretamente na produção de metabólitos secundários. O
projeto de pesquisa “Capsicum da Amazônia: valores culturais, econômicos e nutricionais”,
vem desenvolvendo atividades laboratoriais de identificação e caracterização dos metabólitos
secundários, influenciados pelas condições ambientais de cultivo desse gênero no Estado de
Roraima.
Palavras - chave: Amazônia, Capsicum, medicinal, cultura, indígenas.
1
Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde,
Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa
Vista – RR, Brasil.
* autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 99
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE BROMÉLIAS
OCORRENTES NO ESTADO DE SERGIPE.
Sylvia Dantas VIEIRA1*, Franciane dos SANTOS1, Renata Silva MANN2, Luciane
Vilela RESENDE3, Allívia Rouse Carregosa RABBANI4, Maria de Fátima ARRIGONIBLANK5, Arie Fitzgerald BLANK6.
Este trabalho foi realizado com o objetivo de caracterizar através do marcador molecular
ISSR algumas bromélias ocorrentes no Estado de Sergipe. Para a realização da coleta dos
indivíduos foram elaboradas expedições para diversos municípios do Estado de Sergipe
(Itabaiana, Simão Dias, Frei Paulo, Poço Redondo), em todos os locais foi realizado o
mapeamento como auxílio de um GPS. Os acessos foram codificados e foram usados para
criar um Banco Ativo de Germoplasma em casa de vegetação no Departamento de Engenharia
Agronômica (DEA) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Para a extração de DNA foi
utilizado o protocolo Doyle & Doyle e o preparo das amostras e as análises moleculares
foram realizadas no Laboratório Central de Sementes da Universidade Federal de Lavras –
UFLA. Foram utilizados 11 primers, o volume total da reação foi de 12 µL contendo DNA,
iniciadores, água ultrapura esterilizada, tampão para PCR, DNTP e enzima. Em seguida o
material foi amplificado e foi feita a eletroforese a 100 v por 2 horas e 30 minutos em gel de
agarose 1,5% e visualizado. O perfil eletroforético de cada gel foi transformado em uma
matriz binária, sendo a presença do fragmento representada por 1 e ausência representada por
0. A matriz de similaridade do coeficiente de Jaccard foi obtida a partir do programa XLSTAT
e o dendrograma foi construído utilizando o método do grupo com média aritmética não
ponderada (UPGMA). O dendrograma mostrou a formação de vários grupos entre os acessos
do BAG, sendo que alguns grupos foram formados apenas com acessos coletados no mesmo
município, Itabaiana (BRO-094, BRO-073, BRO-065, BRO-068, BRO-072, BRO-076, BRO078, BRO-97), como também houve agrupamentos, no qual os acessos (BRO-036, BRO-016,
BRO-017, BRO-049, BRO-110) foram coletados em municípios diferentes, mas pertence à
mesma subfamília (Bromelioideae). Conclui-se que o marcador ISSR é eficiente na
caracterização molecular dos acessos de bromélia e que existe alta diversidade genética entre
os acessos do Banco Ativo de Germoplasma de Bromélia.
Palavras-chave: ISSR, Bromeliaceae, Banco Ativo de Germoplasma.
1*
Universidade Federal de Sergipe, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas,
Campus Universitário, Av. Marechal Rondon, s/n – 49100.00 – São Cristóvão-SE, Brasil.
1
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Florestal.
2
Universidade Federal de Sergipe, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas.
3
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Fitotecnia, CampusUniversitário, - 37200-000 - Lavras-MG, Brasil.
4
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Agronomia, Programa de Pós-Graduação
em Agroecossistemas, Campus Universitário, Av. Marechal Rondon, s/n – 49100.00 – São
Cristóvão-SE, Brasil.
5
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Agronomia, Programa de Pós-Graduação
em Agroecossistemas, Campus Universitário, Av. Marechal Rondon, s/n – 49100.00 – São
Cristóvão-SE, Brasil.
6
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Agronomia, Programa de Pós-Graduação
em Agroecossistemas, Campus Universitário, Av. Marechal Rondon, s/n – 49100.00 – São
Cristóvão-SE, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional100
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO E DEVOLUÇÃO DE CONHECIMENTO
NO MUNICÍPIO DE ALEGRE-ES.
Thais Lazarino MACIEL1, Vivian França MAINARDI¹, Amélia Carlos TULER2,
Wagner Miranda BARBOSA3, Nina Claudia Barboza da SILVA4.
Grande parte da população nos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil, utiliza
as plantas medicinais para tratamento de diversas doenças, contudo muito desse
conhecimento vem sendo perdido ao longo do tempo. A transmissão oral desse
conhecimento é muitas vezes a única maneira de registro desse saber. A etnobotânica
surgiu como ciência no final do século XIX, podendo ser definida como o estudo das
sociedades humanas, passadas e presentes, e todos os tipos de inter-relações com as
plantas. Além de contribuir para o conhecimento científico das espécies vegetais, o
estudo etnobotânico deve ter como foco, também, a devolução das informações
fornecidas pelos informantes para sua própria comunidade. Nesse contexto, os projetos
de extensão, constituem-se processos educativos, culturais, científicos e tecnológicos,
articulando ensino e pesquisa de forma indissociável e que viabiliza a relação
transformadora entre a universidade e a sociedade. Dessa forma, o trabalho teve como
objetivo divulgar informações para promoção de saúde e o uso seguro de plantas
medicinais através de atividades de extensão nas Estratégias de Saúde da Família.
Utilizando dados de um levantamento etnobotânico realizado anteriormente no
município de Alegre-ES foram propostas atividades para conscientização do uso seguro
de plantas medicinais pelos moradores. A “Hora do chá”, direcionada a mulheres jovens
e idosas, de todas as classes sociais, foi desenvolvida através de rodas de conversa,
levando de maneira simples aos participantes informações sobre uso seguro das plantas
medicinais, identificação correta de espécies, indicações terapêuticas além de possíveis
efeitos tóxicos. Participaram do evento 86 pessoas; em todos os encontros foram
utilizados recursos audiovisuais, teatros e amostras de plantas que estimularam a
discussão e troca de informações, valorizando o saber popular. As atividades realizadas
proporcionaram maior interação da comunidade com as espécies medicinais, através da
divulgação de conhecimentos científicos, contribuindo para a melhoria da qualidade de
vida da população e valorizando a cultura local.
Palavras-chave: Etnobotânica, Extensão, Hora do chá, Plantas medicinais.
1 1:Universidade Federal do Espírito Santo, Estudante de Graduação em Ciências
Biológicas, Alto Universitário s/nº, Guararema, Cx. postal 16| Alegre- ES, CEP 29500000, Brasil.
2: Programa de Pós-Graduação em Botânica, Escola Nacional de Botânica Tropical,
Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rua Pacheco Leão, 2020,
22460-036, Horto, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
3: Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Farmácia e Nutrição,
Professor e Pesquisador, Alto Universitário s/nº, Guararema, Cx. postal 16| Alegre- ES,
CEP 29500-000, Brasil.
4: Depto de Produtos Naturais e Alimentos, Professora e Pesquisadora, Faculdade de
Farmácia, UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil.
*autor pra correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional101
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
MICROSSATÉLITES
GUARANAZEIRO
PARA
DISTINGUIR
CULTIVARES
CLONAIS
DE
Paula Cristina da Silva ANGELO1*, Ana Yamaguishi CIAMPI2, Gilvan Ferreira
SILVA1, Jorge Ivan Rebelo PORTO3, Spartaco ASTOLFI-FILHO4, André Luiz
ATROCH1
Marcadores moleculares do tipo SSR (simple sequence repeats) ou microssatélites apresentam
segregação codominante. Ou seja, nos organismos diplóides os dois alelos presentes em cada
locus no estado de heterozigose podem ser observados. Nos indivíduos poliplóides, quanto
maior o número de informações sobre o grau de ploidia em cada locus mais úteis podem ser
os marcadores. Alopoliplóides podem apresentar grau de ploidia diferente para locus
diferentes, em presença ou não de cromossomas homeólogos, por exemplo. O guaranazeiro
[Paullinia cupana (Kunth) var. sorbilis (Mart.) Ducke] é um alopoliplóide com 210
cromossomas nas células somáticas. No entanto, ainda que não se saiba qual a dose de cada
um deles, um número grande de alelos por locus pode ser útil quando se pretende adicionar
características descritivas a genótipos selecionados. O objetivo deste trabalho foi genotipar
cultivares clonais de guaranazeiro recomendadas para plantio no Amazonas e distingui-las
umas das outras através da presença ou ausência de alelos de microssatélites. Foram
identificados, testados e validados 10 loci de microssatélites presentes em bibliotecas
genômicas de fragmentos de Sau3A1 e MseI enriquecidas utilizando sondas biotiniladas
(CA)12, (CT)12, (CA)12+(CT)12 e (TC)14 ou no banco de ESTs de frutos do guaranazeiro com
sementes (https://helix.biomol.unb.br/GR/). As genotipagens foram realizadas em
sequenciadores, utilizando primer tails marcados com fluoróforos. Quinze cultivares clonais
foram genotipadas. Em razão da complexidade dos padrões de alelos - cinco ou mais por
locus por indivíduo - as genotipagens foram replicadas três vezes. Desconsiderando a
dose/intensidade de cada alelo/pico, a presença de um pico em um cromatograma foi
designada com o número 1 e a ausência do pico com o mesmo número de bases, em outro
cromatograma, foi designada com 0. O número médio de picos diferindo dos vizinhos por
uma ou no mínimo duas bases foi 7,9 ou 6,7, respectivamente. Picos que se repetiram em pelo
menos duas das réplicas foram utilizados para geração de matrizes de diversidade e
agrupamento das cultivares pelo método do vizinho mais próximo, depois de empregadas
2000 permutas de bootstrap. Clados com porcentagem de representatividade alta reuniram
cultivares mais difíceis de desagrupar. Para distinguí-las será, então, necessário utilizar um
maior número de locus e/ou outras características. Dois alelos exclusivos, L14215 e L20230,
foram identificados.
Palavras-chave: Paullinia cupana var. sorbilis, Floresta Amazônica, SSR, Diversidade,
Poliploidia.
Financiamento: FAPEAM (projeto 924/03) e Embrapa (projeto no. 02.02.4.03.00.00)
1
Pesquisadores Doutores, Embrapa Amazônia Ocidental, Rod. AM 010, km 29, s/no, CP 319.
CEP: 69010-970, Manaus - AM, Brasil.
2
Pesquisadora Doutora, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação
Biológica - PqEB - Av. W5 Norte (final). CP 02372. CEP: 70770-917, Brasília - DF, Brasil.
3
Pesquisador Doutor, INPA/NAPPA-Santarém, Rua 24 de outubro, 3389 - Salé. CEP: 68040010. Santarém - PA, Brasil.
4
Professor Doutor, Programa PPGBIOTEC, Centro de Apoio Multidisciplinar - CAM,
UFAM, Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I. CEP: 69077-000, Manaus - AM,
Brasil.*[email protected] - autora para correspondência
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional102
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA DE PLANTAS ESPONTÂNEAS EM ÁREA DE
LAVRADO EM RORAIMA
Daiany Souza dos SANTOS1*, José de Anchieta Alves de ALBUQUERQUE2, Kelen
Mendes ALMEIDA1, Thaís Santiago CASTRO1, Thatyele Sousa dos SANTOS1,
Davair Lopes TEIXEIRA JUNIOR3
A identificação das espécies espontâneas a serem controladas em áreas agrícolas
constitui um dos princípios para se determinar o melhor método ou combinação de
métodos de controle para atingir as espécies em maior densidade ou as mais indesejadas
nestas áreas. Objetivou-se com este trabalho avaliar as características morfológicas de
plantas espontâneas em área de savana natural. O trabalho foi realizado no Centro de
Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima- CCA/UFRR, município de Boa
Vista/RR. A área utilizada para as coletas consistia em um LATOSSOLO AMARELO,
com precipitação média anual de 1.678 mm, umidade relativa do ar de 70% e a
temperatura entre 20 a 38oC, sendo a média anual de 27,4oC. Para as coletas das plantas
espontâneas foi utilizado um quadrado de ferro com dimensões de 0,50 x 0,50 m
(0,25m2), lançado aleatoriamente 2 vezes em cada repetição, totalizando 24 amostras.
Após as coletas, as espécies contidas no interior do quadrado foram levadas para o
laboratório de Plantas Daninhas- CCA/UFRR, onde foram contabilizadas e identificadas
segundo o nome científico, nome popular, família, classe botânica, tipo de propagação,
ciclo de vida e hábito de crescimento das plantas daninhas. Foram encontradas 16
espécies distribuídas em 16 gêneros e 7 famílias botânicas. A espécie com maior
população foi o Trachypogon plumosus (63333,33 plantas ha-1). As famílias com maior
ocorrência foram as Poaceae e Fabaceae. Dentre as espécies, 62,5% pertencem à classe
botânica das eudicotiledôneas, e 97,75% se propagam por sementes.
Palavras-chave: Trachypogon plumosus (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Nees, Cerrado,
Plantas daninhas, Sistemática Vegetal.
1
Estudantes de Agronomia da Universidade Federal de Roraima. Campus. Cauamé: BR
174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR.
2
Professor Doutor do Curso de Agronomia da Universidade Federal de Roraima,
Departamento de Fitotecnia. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo.
CEP: 69300-000 Boa Vista / RR.
3
Mestrando do Curso de Agronomia em Produção Vegetal da Universidade Federal de
Roraima (POSAGRO). Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP:
69300-000 Boa Vista / RR.
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional103
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS INFESTANTES APÓS COLHEITA DA SOJA
NA SAVANA DE RORAIMA
Thatyele Sousa dos SANTOS1*, José de Anchieta Alves de ALBUQUERQUE1,
Thaís Santiago CASTRO1, Giofan Erasmo Cruz MANDULÃO1, Marcos Oliveira
EVANGELISTA1 e Valdinar Ferreira de MELO1
A falta do conhecimento das características morfológicas de plantas infestantes tem
contribuído para um manejo inadequado, com número excessivo de limpas durante o
ciclo das culturas e consequente elevação do custo de produção. A competição com
plantas daninhas é um dos fatores que mais afeta o desenvolvimento e a produtividade
da cultura da soja. Objetivou-se com este trabalho identificar as plantas infestantes após
colheita da soja na savana roraimense. O trabalho foi realizado no Centro de Ciências
Agrárias da Universidade Federal de Roraima- CCA/UFRR, município de Boa
Vista/RR. O plantio da soja foi realizado no mês de março de 2012 utilizando o
delineamento experimental em blocos casualizados com 16 parcelas experimentais,
sendo cada parcela com área de 3 x 15 m (45 m 2) distribuídos em 4 blocos. Para as
amostragens das plantas infestantes foi utilizado um quadrado de ferro soldado com
dimensões de 0,50 x 0,50 m, lançado aleatoriamente 8 vezes nas parcelas da cultura da
soja. Após a colheita da cultura foi realizado as coletas das invasoras. As plantas
coletadas foram cortadas rente ao solo, separadas e levadas ao laboratório de plantas
daninhas- CCA/UFRR para posterior identificação das espécies. As características
estudadas foram: nome científico, nome popular, família, classe botânica, tipo de
propagação, ciclo de vida e hábito de crescimento das plantas daninhas. A composição
da comunidade de plantas infestantes na área levantada foi considerada heterogênea,
pois apresentou 27 espécies distribuídas em 12 famílias botânicas. O gênero Ipomoea
foi o que apresentou o maior número de espécies. A família com maior ocorrência foi a
Poaceae. O tipo de propagação predominante obteve-se por sementes.
Palavras-chave: Glycine max, Cerrado, Morfologia, Plantas infestantes.
1
Universidade Federal de Roraima, Departamento de Fitotecnia e Departamento de
Solos e Engenharia Agrícola. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo.
CEP: 69300-000 Boa Vista / RR.
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional104
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
NITROGÊNIO E TEORES DE PIGMENTOS CLOROPLASTÍDICOS EM Piper
aduncum L.
Rodolfo da Silva OLIVEIRA1*, Arnon Afonso de Souza CARDOSO1, José Zilton Lopes
SANTOS1, Francisco Célio Maia CHAVES2, Carlos Alberto Franco TUCCI1, Matheus
da Silva FERREIRA1
O presente estudo objetivou verificar a influência do fornecimento de diferentes formas e
doses de nitrogênio (N) nos teores de pigmentos cloroplastídicos em Piper aduncum L
(Piperaceae). O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado em
esquema fatorial (2 x 6 + 1) com três repetições. Cada unidade experimental foi composta por
uma planta, acondicionada em vasos de polietileno com capacidade de 5,0 dm3. O estudo foi
conduzido em casa de vegetação, utilizando-se como substrato uma amostra de Latossolo
Amarelo Distrófico típico, com 1,2 dag kg-1 de matéria orgânica. Os tratamentos foram
constituídos por duas formas de N (nítrica e amoniacal), seis doses (0, 100, 200, 300, 400 e
500 mg dm-3 de N) e um tratamento adicional, composto por 300 mg dm-3 de N, metade na
forma nítrica e o restante na forma amoniacal. As fontes utilizadas foram o nitrato de
potássio, sulfato de amônio e nitrato de amônio, respectivamente. Aos 150 dias após o
transplantio, foram coletadas quatro folhas da parte mediana da planta, dos quais foram
retirados discos de 1 cm de diâmetro, com massa aproximada de 0,1 g. Os discos foram
macerados juntamente com 10 mL de acetona 80% (v/v) e em seguida foram determinados os
teores de clorofila a, b e carotenóides em espectrofotômetro (Micronal B582) nos seguintes
comprimentos de onda: 480, 645 e 663 nm. Os resultados foram submetidos à análise de
variância e teste de médias (Tukey, 5%). Modelos de regressão foram ajustados para os teores
de pigmentos como variáveis dependentes das doses de N. As diferentes formas de N não
afetaram os teores de pigmentos cloroplástidicos, entretanto, houve influência positiva do
fornecimento de doses crescentes de N nos teores de clorofila a, b e carotenóides, ajustandose ao modelo linear. O teor de clorofila a é aproximadamente 2,6 vezes maior que teor o de
clorofila b na ausência de N e na presença N apresenta incrementos cerca de 2,7 e 30,6 vezes
maior que os teores de clorofila b e carotenóides, respectivamente. As plantas cultivadas sem
aplicação de N apresentaram clorose generalizada. A ausência da aplicação de N limita a
produção de pigmentos cloroplastídicos em P. aduncum, havendo potencial de aumento dos
teores de clorofila a, b e carotenóides com o fornecimento de doses superiores a 500 mg dm-3
de N.
Palavras-chave: Clorofila a, Clorofila b, Carotenóides, Nitrato, Amônio.
Créditos de financiamento: CNPq e UFAM.
1
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Setor Sul, CEP:
69077-000, Manaus-AM, Brasil.
2: Embrapa Amazônia Ocidental, Rodovia AM-010, Km 29, Zona Rural, CEP: 69010-970,
Manaus-AM, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional105
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
O COMÉRCIO DE FRUTOS DE TUCUMÃ (Astrocaryum aculeatum G. Mey) NAS
FEIRAS DE MANAUS-AM, BRASIL
Adriano Amir DIDONET1*; Isolde Dorothea Kossmann FERRAZ2
Considerando a importância regional dos frutos de tucumã (Astrocaryum aculeatum G.
Mey.) e o potencial de expansão do mercado, o presente trabalho teve como objetivo
avaliar aspectos da comercialização dos frutos desta palmeira e sua polpa em feiras e
mercados de Manaus. Durante um ano foram levantadas as procedências dos frutos,
estimada a quantidade mensal comercializada nos mercados, bem como registrada a
variação sazonal dos preços. Os dados de procedência, quantidade, preço, e outras
informações relacionadas foram obtidos através da aplicação mensal de um questionário
semi-estruturado aos comerciantes em seis feiras e mercados. O preço real desse
produto e sua evolução histórica desde 1995 foram obtidos por comparação com
estudos anteriores. Entre maio de 2011 e abril 2012, os frutos foram provenientes de 20
diferentes localidades a uma distância de até mil km de Manaus. Os locais mais citados
foram os municípios de Itacoatiara, Terra Santa, Rio Preto da Eva, Autazes e a bacia do
Rio Madeira. A alternância das procedências garantiu o abastecimento contínuo ao
longo do ano. Entretanto uma redução do número de procedências e da quantidade de
frutos comercializados foi verificada entre setembro e novembro. A sazonalidade da
oferta foi refletida nos preços dos frutos e da polpa. Durante os 12 meses foram
comercializadas um total de 367,8 toneladas de frutos, com 30,7 toneladas de média
mensal. Cerca da metade (53%) desta quantia foi comercializada apenas a polpa,
descascada durante a jornada de trabalho dos feirantes. Neste estudo e até que foi
possível obter informações, o tucumã foi sempre um dos frutos mais caros dos
mercados de Manaus. Entre 1995 e 2012 apresentaram aumento considerável os valores
reais da saca, com cerca de 41 kg, (230%), da dúzia de frutos (316%) e da polpa
(253%). Esse estudo indica que o mercado de tucumã continua em expansão e
aparentemente a demanda é maior do que a oferta e há necessidade de aumento da
produção.
PALAVRAS-CHAVE: Amazônia central; produto florestal não madeireiro; palmeira;
mercado; feira livre.
Créditos de financiamento: CNPq, CAPES.
1Bolsista/Projeto REDEBIO do INPA/CBIO, Cx. Postal 2223, CEP 69080-971,
Manaus-AM, Brasil.
2 Pesquisadora do INPA/CBIO, Cx. Postal 2223, CEP 69080-971, Manaus-AM, Brasil.
*Autor para correspondência: [email protected]
Os resultados fazem parte da dissertação de mestrado do primeiro autor no INPA-PPGCFT.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional106
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
O MARACUJÁ-MELÃO: UMA NOVA ALTERNATIVA DE CULTIVO PARA FINS
ORNAMENTAIS
Daniel Antonio Villamil MONTERO*1, Laura Maria Molina MELETTI2, Márcia Ortiz
MARQUES2, Lin Chau MING1
Passiflora quadrangularis L. é uma espécie originária do neotrópico, conhecida no Brasil
como maracujá-melão devido ao tamanho e formato dos seus frutos. Tem sido amplamente
disseminada nas regiões tropicais do mundo onde é produzida em pequena escala para
comercialização dos frutos, o que ocorre bem próximo às regiões de cultivo, em função da
dificuldade de conservação pós-colheita. As plantas são trepadeiras bastante vigorosas, com
flores abundantes, grandes e perfumadas, o que amplia o seu valor ornamental e o torna
particularmente interessante para caramanchões e cercas-vivas. O uso efetivo de passifloras no
mercado de plantas ornamentais depende de estudos da fenologia floral. Neste trabalho foram
estudadas algumas características da fenologia floral e o perfume das flores de P.
quadrangularis, sob cultivo protegido. São apresentados os dados relativos ao período de
floração, picos de florescimento e intensidade relativa das flores sob cultivo protegido, bem
como algumas características do perfume floral. Conclui-se que a espécie representa uma nova
alternativa de cultivo para fins ornamentais, por apresentar múltiplas flores em antese
simultânea, abundantes, grandes, fragrantes e coloridas, com longo período de floração no
ano, alem de frutos comestíveis, folhas exuberantes e medicinais que oferecem amplo
sombreamento para áreas externas de lazer e/ou outras plantas cultivadas.
Palavras Chave: Passiflora quadrangularis L., Passifloraceae, fenologia, ornamental,
fragrância floral.
Desenvolvido graças á bolsa de mestrado concedida pelo programa PEC-PG/CNPq – Brasil.
1
Universidade Estadual Paulista “Julio Mesquita Filho” (UNESP), Faculdade de Ciências
Agrárias, Departamento de Horticultura, Programa de Pós-Graduação em agronomia
(Horticultura), Campus de Botucatu. Caixa Postal 237, CEP 18610-307, Botucatu-SP, Brasil.
2
Instituto Agronômico de Campinas (IAC), caixa posta 28, CEP 13012-970, Campinas-SP,
Brasil.
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional107
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
O PLANTIO DO BURITI NA COMUNIDADE SUCUBA NO CURRÍCULO DA
ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA RIACHUELO
Elineude Brasil PINHO1*, Gracilene da SILVA1, Jocivânia de OLIVEIRA1, Mariana
CUNHA1
A educação indígena diferenciada é uma antiga reivindicação das sociedades indígenas e
sugere a escola como um espaço de construção de relações sociais fundamentadas na
interculturalidade e na autonomia política. A educação ambiental, por sua vez, também tem
sua gênese nas reivindicações dos movimentos sociais e, na atualidade, caracteriza-se como
proposta político-pedagógica referendada por teóricos, educadores, administradores e diversas
organizações. Diante disso devemos trabalhar a conservação e conscientização ambiental em
nossas comunidades, principalmente no que diz respeito ao uso dos recursos naturais que está
ligado diretamente a sobrevivência dos povos indígenas e suas formas de conhecimento, pois
nós indígenas indígenas retiramos a parte essencial de nosso sustento e também a
manutenção da nossa cultura diretamente do ambiente que vivemos. O trabalho teve como
proposta a construção do currículo das ciências da natureza a partir de uma metodologia
inovadora e interdisciplinar. Como proposta de atividade foram desenvolvidas oficinas sobre
o reflorestamento do buriti, sua importância e utilização de modo a promover a
conscientização dos alunos e da comunidade Indígena Sucuba. Os alunos também
desenvolveram, juntamente com a comunidade, o cultivo do buriti em lagos da região. Diante
disso, a pesquisa permitiu conhecer a palmeira quanto ao nome popular, nome na língua
indígena e cientifico, família botânica e sua origem, sua utilização na alimentação, artesanato
e construções. Considerando a importância da planta com as atividades da comunidade foi
possível refletir sobre sua importância, suas características quanto aos, frutos, palha, seu
cultivo em lagos, e sua escassez devido a queimadas e à retirada indiscriminada das folhas. O
buriti pertence a família botânica Arecaceae, Mauritia flexuosa, conhecido na língua macuxi
como Kuwai. Esta espécie é muito utilizada na cobertura das casas da comunidade, seu caule
quando jovem chamado de caranã é muito utilizado para fazer portas, peneiras, rolha para
tampar garrafas vazias e também como boia chamado de camurim. Assim como seus frutos
são ingeridos in natura, o vinho é base da alimentação do meu povo, além de outros
subprodutos que são mais encontrados na cidade como, picolé, sorvetes, compotas e doces.
Em geral precisamos trabalhar essa conscientização incluindo no currículo da escola para que
possamos ter um melhor resultado e preservar essa espécie de suma importância para as
comunidades indígenas.
Palavras-chave: Palmeira, Buriti, Escola, Comunidade Sucuba, Conhecimento tradicional
1 1
Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena,
Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000 Boa
Vista-RR, Brasil. *[email protected]: Pibid, Capes, UFRR
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional108
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
OCORRÊNCIA DE ORQUÍDEAS NA REGIÃO DO PLATÔ DA SERRA DO
TEPEQUÉM, RR
Maria Verônica Lima da SILVA11*, Jane Maria Franco de OLIVEIRA2, Juliano Lopes
dos SANTOS1
A família Orchidaceae encontra-se representada por mais de 20 mil espécies estimando-se que
cerca de 30% deste universo ocorra no Brasil. Na Amazônia espécies desta família botânica
encontram-se dispersos nas mais diferentes formações vegetais e de ambientes que compõem
esta região, estimando-se que neste cenário sejam encontradas aproximadamente, 15% das
espécies conhecidas para o Brasil. Roraima, à semelhança de outras regiões da Amazônia,
apresenta em seu território diversos condicionantes ambientais, estimando-se que nessas
formações ecossistêmicas ocorram cerca de 700 espécies da família Orchidaceae, sendo
apenas 200 identificadas e catalogadas. A importância do conhecimento da flora, ocorrente
em determinado local, fundamenta-se no avanço do conhecimento sobre a biodiversidade
local, permitindo a partir das informações geradas uma série de inferências, como o
estabelecimento de estratégias para a conservação e preservação das espécies ali existentes.
Este trabalho tem como objetivo relatar a ocorrência de espécies da família Orchidaceae
encontradas na região do platô da Serra do Tepequém, localizada no município de Amajarí,
em Roraima. Para a consecução deste objetivo realizaram-se viagens de campo, percorrendose trechos de reconhecida ocorrência dessas espécies neste local. Quando constatada a
presença das espécies coletaram-se informações do tipo de crescimento (rupestre, terrestre e
epífito), registro de suas imagens por meio de câmera fotográfica. A identificação dos
genótipos teve como base referências bibliográficas especializadas. Os resultados obtidos
apontam os seguintes gêneros ocorrentes no local deste estudo: Epidendrum, Sobralia,
Catasetum, Epistephium, Encyclia, Scaphyglottis, Polystachia, Hexisea, Encyclia e
Bulbophyllum. Os gêneros Epidendrum, Sobralia, Epistephium, Encyclia e Catasetum foram
encontrados com hábito terrestre e/ou ruprestre, enquanto que os Hexisea, Scaphyglottis e
Bulbophyllum foram localizados em condições de crescimento epífito.
Palavras-chave: Orchidaceae, Levantamento, Amazônia Setentrional.
1
Faculdade Cathedral, Avenida Luis Canuto Chaves, 293 - Caçari Boa Vista - RR, 69307053. Fone (95) 2121-3460.
² Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, Distrito Industrial,Boa Vista, RR. CEP 69301970. Fone: (95) 4009-7100 - Fax: (95) 4009-7102
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional109
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
OCORRÊNCIA DO FUNGO PIRIFORMOSPORA INDICA EM ESPÉCIES
FRUTÍFERAS DE DOIS SAF´S NO AMAZONAS
Ingrid Cândido de Oliveira BARBOSA1*, Lucinaia Bentes NOGUEIRA2, Luiz
Antonio de OLIVEIRA3, Francisco Wesen MOREIRA4
As relações entre microrganismos do solo e raízes das plantas superiores são muito
importantes do ponto de vista ecológico e econômico. Em Sistemas Agroflorestais
(SAFs), essas interações são muito complexas, uma vez que os sistemas radiculares das
espécies podem se entrelaçarem e se influenciarem mutuamente. Atualmente outro tipo
de microrganismo benéfico à planta tem recebido atenção do meio cientifico: são os
chamados endofíticos, dentre eles, o Piriformospora indica (Hymenomycetes,
Basidiomycota), fungo de raízes, fitopromotor de crescimento, além de outras vantagens
como a de conferir maior produção e resistência vegetal a estresses abióticos e bióticos.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de P. indica no sistema radicular de
espécies frutíferas de dois Sistemas Agroflorestais no Amazonas no período seco e
chuvoso da região. As coletas foram realizadas em dois Sistemas Agroflorestais no
município de Presidente Figueiredo nos meses de agosto 2012 (época seca) e março
2013 (época chuvosa). No SAF 1 foram coletadas as seguintes espécies: maracujá,
cupuaçu, banana, açaí e laranja. No SAF 2 as espécies coletadas foram: açaí, banana,
cupuaçu, rambutã e goiaba. Para a observação do fungo, o material radicular foi
coletado, lavado cuidadosamente com água corrente, em seguida o material foi
seccionado em fragmentos de aproximadamente 1 cm, e montados em lâminas, sendo
observados em microscópio de fluorescência Nikkon (Eclipse E200). A determinação
da percentagem de colonização de raízes por P. indica, apresentou grau de colonização
variável nas culturas nos dois SAFs estudados, evidenciando que há interação com as
espécies estudadas com esta espécie de fungo. No SAF 1, no período seco esse fungo
apresentou baixas ocorrências nas raízes das plantas, variando de 0,36%
(maracujazeiros) a 1,32% (cupuaçuzeiros), indicando que houve pouca contribuição do
fungo com a nutrição das plantas, caso essa simbiose seja positiva. Nos período chuvoso
os cupuaçuzeiros e as laranjeiras apresentaram maiores percentagens de colonização,
indicando uma maior contribuição do fungo para a planta. No SAF 2 durante o período
seco, a cultura do açaí foi a que apresentou a maior ocorrência desse fungo em suas
raízes, com média de 3,76%, seguida pela goiabeira com 3,32%, enquanto que nas
bananeiras foi de 1,28% e cupuaçuzeiros 0,12%.
Palavras-chave: Euterpe oleracea Mart., Musa sp., Theobroma grandiflorum Schum.,
Fungo endofítico, Aspectos nutricionais.
1
1: Instituto Federal do Amazonas – IFAM , Campus Manaus centro, CEP: 69020-120,
Manaus-AM, Brasil. 2: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, aluna de
mestrado, Programa de Pós-Graduação Agricultura no Trópico Úmido, C. Postal 2223,
69080-971, Manaus-Am, Brasil. 3: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia –
INPA, Pesquisador Doutor do Instituto de Pesquisas da Amazônia, bolsista do CNPq e
Professor de PG do INPA, UFAM e UEA, C. Postal 2223, 69080-971, Manaus-Am,
Brasil. 4: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, Pesquisador do
Instituto de Pesquisas da Amazônia, C. Postal 2223, 69080-971, Manaus-Am, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional110
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
OCORRÊNCIA DE POLIEMBRIONIA EM SEMENTES DE ANDIROBINHA
Isolde Dorothea Kossmann FERRAZ1*, Manoela Meyersiek JARDIM2, Semirian
Campos AMOÊDO1, Débora Najara de Souza FERREIRA1, José Luis Campana
CAMARGO1
Na região de Manaus ocorrem pelo menos duas espécies do gênero Carapa. Apesar de já ter
sido descrito que uma delas, (Carapa procera D.C.), pode emitir mais do que uma plântula
por semente, este fenômeno nunca foi quantificado. A germinação das sementes de andiroba é
hipógea, criptocotiledonar com reservas nos cotilédones, que formam uma massa de reserva
única. O objetivo do estudo foi a avaliação da expressão da poliembrionia em sementes de
Carapa procera através do desenvolvimento de plântulas por semente. O processo de
germinação de 100 sementes de Carapa procera, coletadas de várias matrizes na região de
Manaus foi acompanhado no viveiro do INPA (Manaus). A semeadura ocorreu em caixas
plásticas (55 x 25 x 15cm) a 3 cm de profundidade em substrato de vermiculita de granulação
média. A emergência das plântulas acima do substrato foi acompanhada diariamente pelo
período de 55 dias. Ao final do experimento, as sementes foram desenterradas e
contabilizadas as não germinadas e quantificadas as plântulas verdes. As médias das variáveis
foram comparadas através de análises de variâncias simples (Teste Tukey 5%). A taxa de
germinação foi de 75%. Destes, 30% emitiram uma única plântula, 50% apresentaram duas,
15% três, 4% quatro e 1% cinco plântulas. Verificou-se que as plântulas eram completas,
apresentando todas as estruturas essenciais para o desenvolvimento normal, e foram
conectadas à semente e às reservas pelos pecíolos cotiledonares. Uma anomalia, expressa pela
albinia, foi observada em 10,2% das plântulas. Devido à ausência de clorofila, o
desenvolvimento destas plântulas terminou após a formação de várias folhas com
esgotamento das reservas contidas nas sementes. O tempo médio de germinação para a
primeira plântula foi de 15,9 dias. O tempo entre a primeira e a última germinação da mesma
semente aumentou com o número de plântulas, e demorou em média sete dias e chegando até
40 dias. Verificou-se uma alta ocorrência de poliembrionia nesta espécie. O longo período
entre a primeira e última emergência de uma plântula da mesma semente pode conferir
vantagem no estabelecimento em ambiente com alta predação das plântulas.
Palavras-chave: Poliembrionia, Carapa, Andiroba
Financiamento: FAPEAM, CAPES
1
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Cx. Postal 2223 - CEP 69080-971, ManausAM, Brasil.
2
Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, Mario Ypiranga Monteiro, 3280 – CEP
69050 – 030, Manaus – AM, Brasil
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional111
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ORQUÍDEAS OCORRENTES EM ÁREA DE CAMPINA, NO MUNICÍPIO DE
CARACARAÍ, REGIÃO SUL DE RORAIMA
Juliano Lopes dos SANTOS11*, Jane Maria Franco de OLIVEIRA2, Maria Verônica
Lima da SILVA1
A família Orchidaceae é considerada como a mais antiga entre as plantas ornamentais
utilizadas pelo homem, sendo o grupo com maior número de espécies entre as angiospermas.
O Estado de Roraima encontra-se constituído por um mosaico de ecossistemas que encaixam
as famílias botânicas distribuídas pelas diferentes regiões do estado, onde a família
Orchidaceae encontra-se representada por, aproximadamente, 700 espécies. Este trabalho tem
como objetivo realizar o levantamento de gêneros de orquídeas em uma área de campina no
município de Caracaraí, RR, contribuindo para o avanço do conhecimento da biodiversidade
da flora orquidófila no Estado. Foram realizadas viagens ao local mencionado, percorrendo-se
trechos aleatorizados e, na medida em que eram avistadas as espécies focadas neste estudo,
procedeu-se os registros das mesmas por meio de câmera fotográfica profissional, para
posterior identificação dos mesmos com o auxílio de bibliografia especializada e por consulta
a especialista neste tipo de análise. Os resultados mostraram que foram identificados, os
seguintes gêneros de orquídeas: Cattleya, Campilocentrum, Aspasia, Epidendrum, Oncidium,
Maxillaria, Notylia, Catasetum e Caularthron. Esses gêneros são de ocorrência de comum em
área de capina na região amazônica, demonstrados em outros trabalhos.
Palavras-chave: Orchidaceae, Levantamento, Amazônia Setentrional.
1
Faculdade Cathedral, Avenida Luis Canuto Chaves, 293 - Caçari Boa Vista - RR, 69307053. Fone (95) 2121-3460.
² Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, Distrito Industrial,Boa Vista, RR. CEP 69301970. Fone: (95) 4009-7100 - Fax: (95) 4009-7102
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional112
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PLANTAS DE MÚLTIPLOS USOS NO PROJETO DE ASSENTAMENTO
TARUMÃ – MIRIM, AMAZONAS, BRASIL
Guilherme Oliveira FREITAS1, Reinaldo Corrêa COSTA¹
Identificar através de levantamento etnobotânico, plantas de múltiplos usos no Projeto
de Assentamento Tarumã – Mirim. As informações foram coletadas com trabalhos de
campo periodicamente entre os anos de 2010 a 2013 através de entrevistas de
questionários abertos. O Tarumã – Mirim foi idealizado no ano de 1992, mas os
assentados só tiveram posse da terra no ano de 1997, devido aos problemas de
regularização fundiária e política perante o INCRA e o Governo do Estado do
Amazonas. O uso de plantas de múltiplos usos é feito por moradores de comunidades
agrícolas, os quais compõem uma relação dinâmica com a natureza e encontram nestas
plantas in natura diversos recursos como a comercialização (em feiras ou pontos de
venda na cidade de Manaus), domesticação (espécies utilizadas para a ornamentação de
jardins e abastecimento de floriculturas), alimentação (plantas alimentícias utilizadas em
forma de tempero ou como recurso alternativo alimentício) e plantas de propriedades
medicinais (visto que não há postos de saúde e nem atendimento público em todas as
comunidades). As plantas com maiores frequências a serem utilizadas no Assentamento
Tarumã – Mirim foram a Corama (Bryophyllum pinnatum) com incidência de 30%,
Limão (Citrus limon) com incidência de 19%, Boldo Liso (Vernonia condensata Baker)
com incidência de 16%, Capim Santo (Cymbopogon citratus), Carapanaúba
(Aspidosperma nitidum Benth), Jatobá (Hymenaea courbaril L.) com incidência de
14%, Alfavaca (Ocimum basilicum L.), Arruda (Ruta graveolens L.), Elixir Paregórico
(Ocimum selloi Benth), Hortelãnzinho (Mentha piperita L.) e a Mangarataia (Zingiber
officinale Roscoe) com incidência de 9%, porém estes números têm diminuído para
algumas espécies como o Noni (Morinda citrifolia), que estão sendo substituídos por
outras plantas que não são mais encontradas nos mercados de Manaus.
Palavras-Chaves:
Biodiversidade.
Etnobotânica,
Plantas
de
Múltiplos
Usos,
Tarumã-Mirim,
1
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, Coordenação de Sociedade,
Ambiente e Saúde – CSAS, Laboratório de Estudos Sociais – LAES, CEP: 69067-375,
Manaus – AM, Brasil.
*autores para a correspondência: [email protected]; [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional113
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
POTENCIAL ORNAMENTAL DE ARACEAE JUSS.
Rina Fátima M. de OLIVEIRA1*, Maria de Lourdes da Costa SOARES2, Valdely
Ferreira KINUPP3, Mariana Vitória IRUME2.
A Amazônia possui uma extensa biodiversidade de plantas com potencial ornamental, o que
traz inúmeras possibilidades no mercado de paisagismo, de jardinagem e na decoração de
ambientes. Nesse contexto, destaca-se a família Araceae, subcosmopolita, representada por
109 gêneros, e aproximadamente, 2.823 espécies concentradas, predominantemente, em
regiões tropicais. No Brasil, está distribuída em todos os domínios fitogeográficos. O objetivo
deste trabalho foi divulgar algumas espécies de Araceae potencialmente ornamentais, nativas
da região amazônica, trabalho este, realizado no projeto de mestrado “Aspectos etnobotânicos
e taxonômicos de Araceae Juss. na comunidade Santa Maria, baixo Rio Negro – AM”, As
espécies identificadas espécies com potencial ornamental foram: Anthurium atropurpureum
R.E. Schult. & Maguire, A. bonplandii Bunting, Anthurium eminens Schott, A. gracile
(Rudge) Schott, A. pentaphyllum (Aubl.) G. Don, Caladium bicolor (Aiton) Vent., C. bicolor
var. rubicundum Engl., Monstera obliqua Miq., Montrichardia arborescens (L.) Schott,
Philodendron asplundii Croat & M.L.Soares, P. barrosoanum G.S.Bunting, P. billietiae
Croat, P. brevispathum Schott, P. distantilobum K.Krause, P. fragrantissimum (Hook.)
G.Don, P. goeldii G.M.Barroso, P. hastatum K.Koch & Sello, P. linnaei Kunth, P.
megalophyllum Schott, P. ornatum Schott, P. pedatum (Hook.) Kunth, P. platypodum
Gleason, P. pulchrum G.M.Barroso, P. rudgeanum Schott, P. solimoesense A.C.Sm., P.
surinamense (Miq.) Engl., P. tortum M.L.Soares & Mayo, P. wittianum Engl., Rhodospatha
oblongata Poepp., R. venosa Gleason e Urospatha sagittifolia (Rudge) Schott. As espécies
catalogadas foram apresentadas aos moradores da comunidade, sugerindo as mesmas como
potenciais usos ornamentais, devido à beleza de suas folhagens. A sugestão proposta aos
comunitários foi a de cultivar as novas espécies juntamente com as plantas tradicionais, de
forma a agregar valor paisagístico e a incentivar a descoberta de novas espécies.
Palavras-chave: Botânica econômica, Paisagismo, Região amazônica.
1
1: Professora de Biologia da rede estadual de ensino do Estado do Amazonas (SEDUC). Rua
Waldomiro Lustoza, 350 - Japiim II - CEP: 69076-830, Manaus, AM, Brasil.
2: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Avenida André Araújo 2936, Bairro
Aleixo, CEP.: 69060-001, Manaus-AM, Brasil.
3: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, Campus Manaus-Zona
Leste (IFAM-CMZL) Avenida Cosme Ferreira, 8.045, São José Operário, CEP.: 69085-015,
Manaus-AM, Brasil.
* autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional114
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PRÉ-TRATAMENTOS GERMINATIVOS EM SEMENTES DE AÇAÍ
Ezequiel de Souza QUEIROZ1, Hyanameyka Evangelista de LIMA2*, Lucinete Lima da
SILVA1; Oscar José SMIDERLE2, Edvan Alves CHAGAS2, Ezequias
Souza QUEIROZ3
Sementes de açaí normalmente apresentam dormência física, devido à dureza de seu
endocarpo que impede a embebição de água. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi
avaliar diferentes métodos para quebra da dormência em sementes de açaí. Para tal, frutos de
açaí foram coletados em plantas cultivadas na sede da Embrapa Roraima, despolpados e em
seguida as sementes foram submetidas à quatro métodos de quebra de dormência, sendo
posteriormente semeadas em areia grossa. Adotou-se o DIC com cinco tratamentos e cinco
repetições, sendo cada repetição uma bandeja onde semeou-se 50 sementes. Os tratamentos
foram: T1=sementes não tratadas; T2= sementes submersas em água quente à 800C, por 2
horas até a água ficar em temperatura ambiente; T3= sementes submersas em água quente à
1000C, por 2 horas até a água ficar em temperatura ambiente; T4= sementes submetidas à
escarificação mecânica durante 4 minutos em lata de alumínio perfurada no fundo e nas
laterais; T5= sementes submersas em 20 L de água contendo 500 g de soda cáustica tipo
escama, homogeneizadas durante 5 minutos com auxílio de uma estaca de madeira e mantidas
em repouso na solução durante 2 horas com posterior lavagem em água corrente. Aos 30 dias
após a semeadura, avaliou-se a percentagem de plântulas emergidas, comprimento da parte
aérea das plântulas, comprimento da folha, comprimento da raiz e massa seca. Os dados
foram submetidos ao teste de normalidade e homogeneidade e em seguida submetidos à
ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey (α = 5%) utilizando-se o programa SAS
versão 9.0. O percentual de plântulas emergidas foi de 8.00, 13.20, 1.60, 54.40 e 0.00 para os
tratamentos 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente. Houve diferença (p>0,05) significativa pelo teste
de Tukey entre todos os tratamentos. Não houve emergência de plântulas quando as sementes
foram submetidas ao T5, demonstrando que o tratamento com solução de soda cáustica
inviabiliza as sementes. Não houve diferença estatística para a variável comprimento da parte
aérea entre os tratamentos 1, 2, 3 e 4, porém estes diferiram significativamente do T5. As
plântulas submetidas à escarificação mecânica (T4) apresentaram maior comprimento de
folha, maior comprimento de raiz e maior massa seca de plântulas, diferindo
significativamente dos demais tratamentos. Assim, para obter maior germinação de sementes
e desenvolvimento inicial de plântulas sugere-se que as sementes de açaí sejam submetidas à
escarificação mecânica após o despolpamento.
Palavras-chave: Euterpe oleracea Mart., Quebra de dormência, Componentes de produção.
1
Universidade Estadual de Roraima - UERR, Curso de agronomia, Campus de Alto Alegre,
CEP: 69350-000, Alto Alegre-RR, Brasil;
2
Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, CEP: 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil;
3
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará-IFPA, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional115
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PREPARO DE LÂMINAS PERMANENTES DE CALOS ORGANOGÊNICOS DE
CASTANHEIRA-DO-BRASIL
Giselle Costa LIMA1, Graziela S. dos S. GUIMARÃES2, Pamela HARADA3, Regina
QUISEN3*
O uso da técnica de cultura de tecidos vegetais para a castanheira-do-brasil (Bertholetia
excelsa H.B.) pode ser considerada como alternativa a sua multiplicação, bem como uma
ferramenta de clonagem. Esta técnica visa à maximização da qualidade e uniformidade da
muda, contribuindo assim para a produção de mudas da espécie e viabilizar a sua
aplicabilidade comercial. Dentro deste contexto, o uso de técnicas histológicas baseadas em
mudanças anatômicas e histoquímicas tem contribuído significativamente para o
entendimento dos efeitos do cultivo in vitro, visto que fornecem informações essenciais que
levam a compreensão dos processos de desenvolvimento in vivo e in vitro de células, tecidos e
órgãos que podem não ser evidentes superficialmente. Neste sentido, este trabalho foi
desenvolvido com o objetivo de comparar diferentes condições de preparo de lâminas
histológicas permanentes de calos organogênicos de castanheira-do-brasil. Os ensaios foram
realizados no Laboratório de Cultura de Tecidos de Plantas da Embrapa Amazônia Ocidental,
Manaus, Amazonas. Para tal, porções de calos organogênicos obtidos a partir de explantes
foliares de B. excelsa mantidos em condições in vitro foram fixados em FAA50% por 24 ou
80 horas, sendo transferidos para banhos em série alcoólica crescente de etanol/butanol ou
etanol/xilol, em diferentes concentrações e tempos de imersão. As amostras foram infiltradas
em parafina em cassete e emblocadas ou em recipientes de vidro, sendo neste caso, acrescida
a parafina aquecida aos poucos em solução de butanol/clorofórmio contendo a amostra. As
fitas obtidas na microtomia foram submetidas a banhos de xilol/etanol ou éter de
petróleo/etanol para então serem coradas em azul de toluidina ou safranina. A partir dos
resultados obtidos pode-se concluir que a utilização do butanol na desidratação, assim como
do éter na hidratação das amostras foram mais eficientes na preparação de cortes histológicos
de calos induzidos a partir de explantes foliares de castanheira. A sequência metodológica
com etapas mais lentas, com maior tempo de infiltração e em recipiente de vidro, coloração
em safranina foi superior as demais, influenciando na qualidade do corte obtido. A otimização
de algumas etapas, principalmente na infiltração, podem melhorar a qualidade dos cortes, e
facilitar a identificação de estruturas celulares em calos organogênicos desta espécie de
importância econômica e ecológica para a região.
Palavras-chave: Bertholetia excelsa H.B., Histologia, Morfogênese in vitro, Espécies
arbóreas tropicais.
Créditos de Financiamento: Agências de fomento CNPq e FAPEAM
1
Graduanda em Biologia, Bolsista PIBIC/CNPq. Uninorte, Rua 10 de Julho, 873. Manaus,
Amazonas.
2
Graduanda em Biologia, Bolsista PAIC/FAPEAM. Uninorte, Rua 10 de Julho, 873. Manaus,
Amazonas.
3
Embrapa Amazônia Ocidental, Caixa postal 319, CEP 69010-970, Manaus, Amazonas.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional116
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PRODUÇÃO AGROECOLOGICA DE MORANGUEIRO
Bruna Santana MORAIS1, Aline Das Graças de SOUZA2, Ademária Aparecida de
SOUZA3, Christinny Giselly Bacelar LIMA2, Olisson Mesquita de SOUZA1, Paulo
Washington de oliveira SERRA4, Diego Lima SILVA1
O morangueiro (Fragaria x ananassa Duch.) é uma planta pertencente à família das Rosáceas,
que possui espécies frutíferas de interesse econômico. A produção de morango produzido
sustentavelmente vem ganhando espaço nas gôndolas de supermercados, uma vez que o
consumidor está procurando alimentos mais saudáveis e menos agressivos ao meio ambiente. O
objetivo desse trabalho foi avaliar a produção, qualidade de fruto e concentração de acúmulos de
nutrientes pelas mudas do morangueiro cultivar Oso Grande usando misturas de Trichoderma
ssp, Neem, Vertimec ®. O experimento foi realizado em canteiros, ambiente desprotegido de
túnel baixo e cobertos apenas com plástico de polietileno preto para evitar plantas daninhas entre
as plantas e contaminação dos frutos de morango. O preparo do solo constou de levantamento de
canteiros com dimensões de 1,20 m de largura e 0,30 m de altura, preparados com
aproximadamente 60 dias antes do transplante das mudas. A irrigação utilizada foi do tipo
gotejamento com orifícios espaçados de 30 centímetros, o que possibilitou o molhamento das
plantas e o emprego das misturas de Trichoderma ssp, Neem e Vertimec ® na fertirrigação
orgânica em cobertura. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com 5 tratamentos e 5
repetições, 4 parcelas totalizando 100 mudas. Os tratamentos: T1- (100%) Trichoderma ssp 0,99
mL + (0,00%) Neem 0,0 mL T2- (75%) Trichoderma ssp 0,75 mL + (25%) Neem 0,99 mL T3(50%) Trichoderma ssp 0,49 mL + (50%) Neem 1,99 mL T4- (25%) Trichoderma ssp 0,24 mL +
(75%) Neem 3,00 mL T5- (0,0%) Trichoderma ssp e (100%) Neem 3,99 mL. As características
agronômicas avaliadas foram: produção estimada total em kg/ha, produção total de frutos por
parcela incluindo os frutos comerciais mais os frutos não comerciais e danificados. Os frutos
danificados caracterizaram-se por serem não-comerciais, o que abrange os refugos e aqueles
atacados por pragas e doenças. Os tratamentos T2 e T4 foram os quais apresentaram melhores
resultados para todas as variáveis em estudos e os acúmulos de nutrientes para todos os
tratamentos seguem uma ordem decrescente N>K>Ca>P>S>Mg quando utilizada a cultivar Oso
Grande.
Palavras - chave: Nutrição, Propagação, Crescimento, Fragaria x ananassa Duch.
1
Acadêmico do curso de graduação em Agronomia da UFRR, bolsista PIBIC-CNPq. E-mail:
[email protected]; [email protected], [email protected]
2
Professora, Doutora do Centro de Ciências Agrárias da UFRR-POSAGRO, Pesquisadora
Bolsista de Pós doutorado – Embrapa Roraima – PNPD/CAPES, Email:
[email protected]; [email protected]
3
Professora
adjunta
do
Centro
de
Ciências
exatas
da
UFAL,
Email:
[email protected]
4
Acadêmico do curso de Agronegócio da Faculdade Estácio Atual. E-mail:
[email protected]
*Autor de correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional117
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PRODUÇÃO DE FRUTOS DE MORANGO COM
CONTAMINAÇÃO AO HOMEM E MEIO AMBIENTE
MENOR
RISCO
DE
Bruna Santana MORAIS1, Aline Das Graças de SOUZA2, Ademária Aparecida de SOUZA3,
Christinny Giselly Bacelar LIMA2, Olisson Mesquita de SOUZA1, Paulo Washington de oliveira
SERRA4, Diego Lima SILVA1
A produção de morango (Fragaria x ananassa Duch.) produzido sustentavelmente vem
ganhando espaço nas gôndolas de supermercados, uma vez que o consumidor está procurando
alimentos mais saudáveis e menos agressivos ao meio ambiente. Produtores de morango
orgânicos tem utilizados produtos de base ecológica, Óleo de Nim e Trichodermas ssp por ser de
fácil obtenção, baixo custo de produção e principalmente menos problemático com aplicação ou
pulverização. No entanto, pouco se conhece da eficiência desses produtos para a cultura do
morangueiro e nesse sentido o presente trabalho teve como objetivo avaliar a produção,
qualidade de fruto e concentração de acúmulos de nutrientes pelas mudas do morangueiro
cultivar Oso Grande usando misturas de Trichoderma ssp, Neem, Vertimec ® e Ecofisher. O
experimento foi realizado em canteiros, ambiente desprotegido de túnel baixo e cobertos apenas
com plástico de polietileno preto para evitar plantas daninhas entre as plantas e contaminação
dos frutos de morango. O preparo do solo constou de levantamento de canteiros com dimensões
de 1,20 m de largura e 0,30 m de altura, preparados com aproximadamente 60 dias antes do
transplante das mudas. A irrigação utilizada foi do tipo gotejamento com orifícios espaçados de
30 centímetros, o que possibilitou o molhamento das plantas e o emprego da fertirrigação
orgânica em cobertura. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com 7 tratamentos e 5
repetições, 6 parcelas. Os tratamentos: T1-Vertimec® 0,75 mL (3,0 lts/ha) T2- Vertimec® 1,24
mL (5,0 lts/ha) T3- Testemunha (sem aplicação) T4- (100%) Trichoderma ssp 0,99 mL + (100%)
Neem 3,99 mL T15- (75%) Trichoderma ssp 0,75 mL + (75%) Neem 3,00 mL T6- (25%)
Trichoderma ssp 0,49 mL + (25%) Neem 0,99 mL T7- (100%) Ecofisher 19,99 mL. As
características agronômicas avaliadas foram: produção estimada total em kg/ha, produção total
de frutos por parcela incluindo os frutos comerciais mais os frutos não comerciais e danificados.
Os frutos danificados caracterizaram-se por serem não-comerciais, o que abrange os refugos e
aqueles atacados por pragas e doenças. Os tratamentos T7 e T5 foram os quais apresentaram
melhores resultados para todas as variáveis em estudos e os acúmulos de nutrientes para todos os
tratamentos seguem uma 12 ordem decrescente N>K>P> Ca>S>Mg quando utilizada a cultivar
Oso Grande.
Palavras - chave: Nutrição, Propagação, Crescimento; Fragaria x ananassa Duch.
11
Acadêmico do curso de graduação em Agronomia da UFRR, bolsista PIBIC-CNPq.
Professora, Doutora do Centro de Ciências Agrárias da UFRR-POSAGRO, Pesquisadora
Bolsista de Pós doutorado – Embrapa Roraima – PNPD/CAPES, Email:
[email protected]; [email protected]
3
Professora
adjunta
do
Centro
de
Ciências
exatas
da
UFAL,
Email:
[email protected]
4
Acadêmico do curso de Agronegócio da Faculdade Estácio Atual. E-mail:
[email protected]
*Autor de correspondência: [email protected]
2
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional118
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PRODUÇÃO DE MUDAS
DIFERENTES SUBSTRATOS
1
DE
ALFACE
‘RAFAELA-AMERICANA’
EM
João Luiz Lopes MONTEIRO NETO1*, Auriane da Conceição Dutra da SILVA1,
Samuel da SILVA1, Pâmela Gomes COSTA1, Dayanna Care Teixeira de SOUSA1,
Wellington Farias ARAÚJO1
A alface (Lactuca sativa L.) é uma das hortaliças folhosas mais consumidas no Brasil. Uma
das etapas mais importantes do seu sistema produtivo é a produção de mudas, pois dela
depende o desempenho final das plantas nos canteiros de produção. O grande
desenvolvimento da produtividade de mudas de hortaliças tem-se baseado em pesquisas de
melhores fontes e combinações de substratos, em virtude de ser um dos fatores de maior
influência, especialmente nas fases de germinação e emergência. O presente trabalho
objetivou testar o efeito de diferentes tipos de substrato na produção de mudas de alface cv.
Rafaela-Americana. O experimento foi realizado no Centro de Ciências Agrárias da
Universidade Federal de Roraima, Campus Cauamé. O delineamento experimental utilizado
foi inteiramente casualizado, com sete tratamentos (substratos): [T1 – Composto Orgânico
(CO); T2 – Húmus; T3 – Casca de Arroz Carbonizada (CAC); T4 – CO + CAC; T5 – CO +
Húmus; T6 – Húmus + CAC; T7 – CO + Húmus + CAC], com três repetições. Os tratamentos
foram distribuídos em três bandejas de 200 células, onde cada repetição foi alocada em 25
células. A irrigação foi feita duas vezes por dia durante todo o período do experimento. As
mudas utilizadas para análise foram coletadas 10 dias após a completa germinação das
sementes, onde as variáveis analisadas foram: altura da planta, número de folhas por planta,
comprimento da radícula, matéria fresca das folhas e da raiz, matéria seca das folhas e da raiz.
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste
Tukey a 5% de probabilidade. O substrato “Composto Orgânico” proporcionou maior altura
de plantas (14,5 cm). A maior produção de matéria seca das folhas e raízes foi obtida com os
substratos “Composto Orgânico + Casca de Arroz Carbonizada” (1008 mg/planta) e
“Composto Orgânico + Casca de Arroz Carbonizada + Húmus” (6,053 mg/planta). Por outro
lado, a menor produção de matéria seca das folhas e das raízes foi obtida com o uso do
substrato “Casca de Arroz Carbonizada”, respectivamente, 257,3 mg/planta e 1,7 mg/planta.
Para as condições em que foi desenvolvido o presente trabalho, conclui-se que o substrato
“Composto Orgânico” mostrou-se eficiente para seis das sete variáveis analisadas, indicando
ser uma opção técnica viável à produção de mudas da alface cv. Rafaela-Americana.
Palavras-chave: Lactuca sativa L., Composto orgânico, Casca de arroz carbonizada.
1
1: Universidade Federal de Roraima, Departamento de Solos e Engenharia, Agronomia,
Campus Cauamé, CEP: 69.300-00, Boa Vista – RR, Brasil.
*
autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional119
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PRODUÇÃO DE MUDAS DE CHERIMOIA EM DIFERENTES SUBSTRATOS
Railin Rodrigues de OLIVEIRA1*, Pollyana Cardoso CHAGAS2, Sara Thiele Moreira
SOBRAL1, Edvan Alves CHAGAS3, Roberto Tadashi SAKAZAKI4, Marcela Liege da
SILVA5
No Estado de Roraima é elevada a dificuldade de se encontrar substratos comerciais para uso
na produção de mudas frutíferas. Os poucos encontrados no comércio possuem preços que
são inviáveis economicamente, devido o elevado custo. Por outro lado, é abundante a
disponibilidade de algumas matérias primas que poderiam se converter em excelentes opções
de substrato para as espécies de fruteiras. Neste sentido, objetivou-se avaliar o efeito do uso
de diferentes misturas de matéria-prima, na forma de substratos, na produção de mudas de
cherimoia. O experimento foi conduzido no Setor de Fruticultura da Escola Agrotécnica,
Campus Murupu/UFRR. Plântulas de Cherimoia obtidas de sementes, medindo
aproximadamente 15 cm foram transplantadas para sacolas de mudas (15 x 26 cm) contendo
diferentes substratos (1 – substrato padrão-SP: solo + areia, na proporção de 1:1; 2 - substrato
comercial, Organoamazon; 3 – SP + 75% de esterco; 4 – SP + 50% esterco; 5 – SP + 25%
esterco; 6 – SP + 75% de casca de arroz carbonizada (CAC); 7 – SP + 50% de CAC; 8 – SP +
25% de CAC e; 9 – SP + 25% esterco + 25% de CAC. Avaliou-se o efeito do substrato após
180 dias do transplantio. Os experimentos foram instalados em delineamento inteiramente
casualizado, com quatro repetições e 5 plantas por repetição. Os resultados foram submetidos
à análise de variância através do programa computacional Sistema para Análise de Variância SISVAR e as médias submetidas ao teste de Tukey. Verificou-se que maior desenvolvimento
de mudas de cherimoia é obtido utilizando-se substrato comercial (Organoamazon®) e
substrato padrão (3 partes de solo+ 1 de areia), acrescido de 75% de esterco.
Palavras-chave: Annona, Fruticultura, Propagação, Matéria-prima
Apoio financeiro: CNPq/CAPES/UFRR e EMBRAPA-RR
1
Apoio financeiro PIBIC/CNPq
Acadêmico do Curso de Agronomia da Universidade Federal de Roraima
* autor para correspondência. . E-mail: [email protected]
2
Eng. Agr., D.Sc., Prof. da Escola Agrotécnica da UFRR. E-mail: [email protected]
3
Eng. Agr., D.Sc., Pesquisador da Embrapa Roraima. Bolsista de Produtividade em Pesquisa
do CNPq. E-mail: [email protected]
4
Mestrando do Curso de Pós-Graduação em Agronomia da UFRR, Bolsista CAPES. E-mail:
[email protected]
5
Doutoranda do Curso de Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte. Email:
[email protected]
1
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional120
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PRODUÇÃO DE MUDAS DE Khaya ivorensis A. Chev (Meliaceae) COM SOLUÇÃO
NUTRITIVA
Oscar José SMIDERLE1, Edvan Alves CHAGAS1, Aline das Graças SOUZA2, Marcia
de Souza ALVES3, Paulo Renato FAGUNDES3, Diego Lima SILVA4, Christinny Giselly
BACELAR-LIMA2
O mogno de origem africana vem tornando uma espécie de grande importância na Região
Amazônica, em virtude do seu alto valor econômico, a sua facilidade de produção de mudas e
ao rápido crescimento, promovendo a recuperação de áreas alteradas. Sendo assim, faz-se
necessário, avaliar o crescimento e desenvolvimento das mudas e determinar o equilíbrio
nutricional do mogno africano Khaya ivorensis. Trinta dias após a emergência, as plantas com
média de 15 cm de altura, foram transplantadas para vasos plásticos de 14L (duas
mudas/vaso), os vasos receberam uma fina camada de seixo, para melhor drenagem e,
completados com o substrato ORG: Organoamazon®, As plantas receberam uma rega de
solução nutritiva ((0,8 g de Maxsol/L), (0,5 g de Nitrato de Cálcio/L) e (0,1 g de Ferro/L))
semanal e durante as duas últimas semanas do terceiro mês cada vaso passou a receber duas
regas semanalmente de solução nutritiva. No período entre o quarto e o quinto mês a
concentração dos nutrientes da solução foi aumentada para 1,2 g/L (Maxsol), 0,9 g/L (Nitrato
de Cálcio) e 0,1g/L (Ferro). E, no sexto mês a solução foi concentrada em 1,3g de Maxsol/L,
1,0 g de Nitrato de Cálcio/L e 0,1g de Ferro/L. O delineamento experimental utilizado foi o
inteiramente casualizado, composto por 11 tratamentos (referente ao número de semana) e 3
repetições de 18 plântulas cada (uma em cada tubete), totalizando 54 mudas. Assim, foram
coletados semanalmente, por 11 semanas, os dados referentes à altura (régua milimetrada),
tomados do colo ao ápice das mudas e ao diâmetro do caule (paquímetro), tomados a 10 cm
do colo da muda. de mogno africano (K. ivorensis). As plantas de mogno africano (K.
ivorensis) apresentaram rápido e vigoroso crescimento vegetativo, atingiram, em média, 118
cm de altura e 13,88 mm de diâmetro, aos 140 dias. Verificou-se aumento médio de 76,93 cm
de altura e 7,97 mm diâmetro com incremento médio mensal de 15,39 cm de altura e 1,59 mm
de diâmetro. A aplicação de solução nutritiva foi apropriada ao desenvolvimento e
crescimento de mudas de mogno africano (K. ivorensis), permitindo a comercialização já aos
90 dias com porte adequado para transplantio no campo.
Palavras-chave: Mogno-africano, Crescimento, Espécie florestal
Apoio financeiro PIBIC/CNPq
11
Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
Professora, Doutora do Centro de Ciências Agrárias da UFRR-POSAGRO, Pesquisadora
Bolsista de Pós doutorado – Embrapa Roraima – PNPD/CAPES
3
Acadêmico do curso de pós graduação em Agronomia da UFRR, bolsista-CNPq
4
Acadêmico do curso de graduação em Agronomia da UFRR, bolsista PIBIC-CNPq
*Autor de correspondência: [email protected]
2
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional121
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MAMÃO EM DIFERENTES TIPOS DE
SUBSTRATOS ORGÂNICOS
Dalvina Santana AROUCHE1*; Pâmella Lobo de MATOS1 Rafael Jorge do
PRADO1;Wellington Farias ARAÚJO1
O mamoeiro (Caricapapaya L.) é uma planta típica de regiões tropicais e subtropicais
obtendo elevada importância na fruticultura mundial, possuindo considerável produção
em larga escala em vários países. O Brasil ocupa a terceira colocação nas exportações
mundiais de mamão, exercendo a cultura grande importância na balança comercial
brasileira. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo de mudas
de mamão através de análises destrutivas, cultivadas em diferentes substratos orgânicos.
O experimento foi desenvolvido no Centro de Ciências Agrárias da Universidade
Federal de Roraima (CCA/UFRR) no período de novembro de 2012 a janeiro de 2013.
Os tratamentos utilizados foram: T1- 50% Solo + 50% Esterco de gado curtido; T233,3% Solo + 33,3% Casca de arroz carbonizada (CAC) + 33,3% Esterco bovino
curtido; T3- 50% Solo + 50% CAC; T4- 100% Composto orgânico caseiro; T5- 100%
Composto orgânico comercial (OrganoAmazon®); T6- 50% Solo + 50% Húmus de
minhoca. O delineamento experimental utilizado foi DIC com 6 tratamentos e 8
repetições. Após 60 dias de cultivo, foram avaliados: Matéria seca do caule (MSC);
Matéria Seca das folhas (MSF); Matéria Seca da raiz (MSR); Clorofila A e Clorofila B.
Os dados foram analisados pelo programa SISVAR, e submetidos ao teste de média a
5% de probabilidade. Para a variável MSR os tratamentos 5 e 6 não diferiram
estatisticamente e foram superiores a todos os demais. Para as demais variáveis
analisadas os tratamentos 4, 5 e 6 não diferiram entre si e foram superiores aos demais.
O tratamento 3 apresentou valores extremamente baixos para todas as variáveis,
indicando que o CAC não deve ser utilizado de forma individual como condicionador
do solo, e sim associado a outros materiais vegetais. Conclui-se que a utilização de
composto orgânico, seja ele comercial ou caseiro proporcionou os melhores resultados
vegetativos para a produção de mudas de mamão, assim como maiores teores de
clorofila, o que possibilita maiores taxas fotossintéticas, crescimento e produção.
Palavras-chave: Caricapapaya L., desenvolvimento vegetativo, Agricultura orgânica.
1
1:Universidade Federal de Roraima, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola.
Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista /
RR.
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional122
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MOGNO-AFRICANO POR ENXERTIA EM VIVEIRO
Paulo Renato de Oliveira FAGUNDES1, Marcia de Souza ALVES1, Edvan Alves
CHAGAS2; Oscar José SMIDERLE2*, Aline das Graças de SOUZA3, Verônica Andrade
dos SANTOS3, Christinny Giselly BACELAR-LIMA3
O mogno africano (Khaya ivorensis A. Chev (Meliaceae) vem se tornando uma espécie de
grande valor e importância no Brasil e na região Amazônica devido à ampla aceitação no
mercado internacional, a semelhança do mogno brasileiro (Swietenia macroplhyla King), e
devido também à resistência que apresenta ao ataque da broca das meliáceas causada pelo
microlepidóptero Hypsipyla grandella Zeller que atinge o mogno brasileiro. No entanto, o
alto preço das sementes e a rápida perda de viabilidade das mesmas dificultam e tornam
elevada a produção de mogno africano. Sendo assim, meios alternativos de se propagar esta
espécie são necessários. Dessa forma, objetivou-se nesse estudo avaliar quatro tipos de
enxertia visando a produção de mudas. Plantas de Khaya ivorensis com nove meses de idade e
acondicionadas em vasos plásticos de 14 L (duas plantas por vaso) com substrato
Organoamazon®, mantidas em viveiro telado com sombrite 50% e regadas com solução
nutritiva até o estabelecimento do experimento, foram submetidas a quatro tipos de enxertia:
Fenda Cheia (FC), Fenda Lateral (FL), Inglês Complicado (IC) e Borbulhia em placa (BR).
Foram utilizados como cavaleiros enxertos de um indivíduo adulto com 20 anos da mesma
espécie. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC) com quatro
tratamentos e três repetições, compostas de quatro plantas, totalizando 48 plantas. Trinta dias
após a montagem do experimento foi avaliado o percentual de pegamento (%P) e os valores
obtidos foram transformados em raiz quadrada de (x+1). As brotações resultantes nas
enxertias foram vigorosas chegando a comprimentos entre 17 cm e 27 cm. Dessa forma, nas
condições em que o experimento foi conduzido, a enxertia do tipo Fenda Lateral (FL) foi a
que apresentou o maior sucesso (16,67%) na propagação de mogno africano (Khaya
ivorensis), sendo esta a mais apropriada para propagação assexuada da espécie. Contudo,
novos estudos devem ser realizados visando melhor ajustar e ampliar o percentual de
pegamento para a espécie.
Palavras-chave: Khaya ivorensis, Propagação assexuada, Produção de mudas, Silvicultura
Apoio financeiro PIBIC/CNPq
1 1
Mestrando do Curso de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Federal de
Roraima em parceria com a Embrapa Roraima - POSAGRO.
2
Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima.
3
Bolsista Pós-Doc da Embrapa Roraima/UFRR.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional123
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PRODUÇÃO VEGETATIVA
AMAZÔNIA CENTRAL
DE
CAMU-CAMU
EM
TERRA
FIRME
NA
Elaine Cristian de Sousa COELHO*; Kaoru YUYAMA1
Resumo - O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh, Myrtaceae) é uma planta
nativa da região Amazônica com grande potencial para desenvolvimento da fruticultura
regional, com ênfase nas áreas de alimentos, fármacos, cosméticos entre outros. Sendo uma
fruteira pouco conhecida, praticamente não existe tecnologia de cultivo, principalmente, para
produção de mudas. O objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento de mudas de
camu-camu repicadas em dois tipos de solos, com e sem utilização de esterco de galinha
curtido, associado a diferentes doses de nitrato de cálcio. O delineamento experimental foi em
blocos casualizados, com quatro repetições, seguindo esquema fatorial 2x2x4. Os fatores
foram: solo (Latossolo e Argissolo), esterco de galinha (sem e com esterco, na proporção de
1:3 de solo) e quatro concentrações de nitrato de cálcio hidratado (0, 10, 20 e 30 ml de
Ca(NO3)2H2O) por saco de mudas. O resultado da análise quanto aos tipos de solo revelou
maior teor de P e K no Argissolo (10 e 44mg/kg-1, respectivamente) e em relação ao
Latossolo (0,46 e 17mg/kg-1), sendo que o Argissolo é mais ácido (pH 3,84 e 4,32) do que o
Latossolo (pH 4,39 e 4,73) em KCl e H2O. Quando foi adicionado 1/4 do volume de esterco
de galinha poedeira para 3/4 de solo, os teores aumentaram em ambos solos, sendo mais
significativos os teores de K (1215 e 1384mg/kg-1) e P (128 e 140mg/kg-1). O pH do
Argissolo tornou-se básico e de Latossolo próximo a neutro. Com os resultados obtidos podese concluir que o uso de esterco em mudas de camu-camu em sua fase inicial de
desenvolvimento foi prejudicial, tanto no Latossolo como no Argissolo tanto em altura das
plantas como em diâmetro e número de folhas. Este fato pode ter ocorrido devido ao excesso
de nutrientes e elevada mudança de pH, que devido a pequena parte vegetativa formada, ainda
com plântulas de 8 a 10 cm de altura e 7 a 10 pares de folhas no momento do transplante, que
não conseguiram absorver os nutrientes. Quanto ao uso de nitrato de cálcio, a concentração de
150 ppm de N + 214 ppm de Ca, proporcionou o melhor crescimento das mudas em Argissolo
diferenciando, significativamente, da testemunha. Sendo assim, obteve-se maior crescimento
vegetativo das mudas de camu-camu transplantadas em Argissolo sem utilização do esterco e
com nitrato de cálcio, porém, há necessidade de estudo complementar com utilização de doses
parceladas de esterco de galinha e outras dosagens de adubação química, na produção de
mudas de camu-camu.
Palavras-chave: Myrciaria dubia, Produção de mudas, Esterco e Fertilizante.
1
Pesquisador, Dr., Instituto Nacional de Pesquisas do Amazonas – INPA. Av. André Araújo
2936, Aleixo. Cep.: 69060-001 e-mail: [email protected].
*
autor para correspondência: [email protected] .
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional124
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PRODUTIVIDADES DE FRUTOS DE CULTIVARES DE MELÃO IRRIGADAS NA
SAVANA DE RORAIMA
Ignácio Lund Gabriel da Silva CARMO1*, Alexandre Prado da SILVA2, Willams da
Silva MATOS1, Roberto Dantas de MEDEIROS3, Aloísio Alcântara VILARINHO3,
Carlos Abanto RODRIGUEZ4
Em Roraima, a cultura do melão, surge como uma das alternativas de exploração agrícola
para as áreas de cerrado e de mata, onde, essas áreas apresentam grande potencial agrícola
para a produção, visto que as condições agroclimáticas (solo, temperatura, intensidade de luz
e disponibilidade de água) são favoráveis ao desenvolvimento da planta e à qualidade dos
frutos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o rendimento de frutos de cultivares de melão
cultivado em área de cerrado no Estado de Roraima. O experimento foi conduzido, no período
de dezembro de 2012 a fevereiro de 2013, no campo experimental da Embrapa Roraima. O
delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro repetições e
cinco tratamentos, os quais se constituíram das cultivares de melão: 1- Valenciano Amarelo, 2
- Juazeiro Pele de Sapo, 3 - Harper Cantaloupe, 4 – Ashira Amarelo e 5 – Gália, semeadas no
espaçamento de 0,5m x 3,5 m em parcelas de 3,5 m x 6,0 m. A adubação constou de 50 kg ha1 de P₂O₅ + 100 kg ha-1 de K₂O + 130 kg ha-1 de N. As variáveis analisadas foram: a)
Número de frutos por ha (NFh), b) massa média por fruto em kg (MM) e c) produtividade de
frutos em kg ha-1 (PROD). As medias foram submetidas à análise de variância e comparadas
pelo teste de Tukey (P < 0,05). Houve diferenças entre as cultivares para todas as variáveis. O
número de frutos variou de 7.142 a 20.142 frutos ha-1, destacando-se as cultivares Galia e
Cantalupe que produziram as médias de 20.142 e 18.142 frutos ha-1, respectivamente. Quanto
à massa média de frutos (kg fruto-1) as cultivares Valenciano Amarelo e Pele de Sapo
proporcionaram as maiores médias (1,85 e 2,17 kg) seguida das medias (1,28 e 1,27 kg fruto1
) obtidas nas cultivares Haper Cantalupe e Ashira Amarelo que foram estatisticamente iguais
e superiores à média (0,56 kg) obtida com a cultivar Gália. Com relação à produtividade de
frutos destacou-se a cultivar Haper Cantaloupe cuja média de 23.885 kg ha-1de fruto foi igual
à média (1873 kg ha-1) obtida com a cultivar Pele de Sapo e superior às médias obtidas com as
demais cultivares. Assim, considerando os valores da massa por fruto (1,28 kg) que atende a
demanda do consumidor e a produtividade média de frutos (23.885 kg ha-1) obtida com a
cultivar Haper Cantalupe, conclui-se que esta cultivar apresenta grande potencial para o
cultivo irrigado na Savana do Estado de Roraima.
Palavras-chave: Cucumis melo L., Produtividade, Adubação, Solos de Cerrado.
Financiamento: CNPq/Embrapa-RR (Centro de Pesquisa Agroflorestal de Roraima)
1
Aluno de Graduação da Universidade Federal de Roraima, Departamento de Agronomia,
Centro de Ciências Agrárias, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil.
2
Aluno de graduação da Faculdade de Ensino Superior, Departamento de Agronomia, CEP:
69300-000, Boa Vista-RR, Brasil.
3
Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA-CPAFRR):
Rodovia BR-174, Km 8 Distrito Industrial. CEP: 69301-970 Boa Vista/RR.
4
Aluno de pós-graduação em Agronomia – POSAGRO/UFRR, BR 174, Km 12. Bairro
Monte Cristo. CEP: 69300-000, Boa Vista, RR.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional125
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PROPAGAÇÃO DE Pleonotoma jasminifolia Kunth Miers (Bignoniaceae) POR
MINIESTACAS
Vera Maria Vasconcelos CAVALCANTE1*, Marcelo Victor de Souza OLIVEIRA²,
Franciene Dias RIBEIRO², Fabiana Viana de ALMEIDA², Eva Maria Alves Cavalcanti
ATROCH³, Eduardo Ossamu NAGAO³.
A espécie Pleonotoma jasminifolia (Bignoniaceae) apresenta características ornamentais devido
às suas estruturas vegetativas, especialmente em relação às folhas. A propagação vegetativa
facilita a multiplicação de uma planta a partir de seus tecidos, e é a maneira mais prática, rápida e
segura de se obter uma nova planta com características idênticas à do vegetal que a originou.
Sendo assim, avaliou-se o potencial de propagação em Pleonotoma jasminifolia por miniestaca, a
fim de contribuir com informações consistentes para a produção de mudas em larga escala. O
ensaio foi realizado no viveiro de plantas do Departamento de Biologia da Universidade Federal
do Amazonas - UFAM Minicampus, Setor Sul. As miniestacas foram obtidas a partir de ramos
vegetais colhidas no campus universitário e padronizadas com tamanho de 15 cm de
comprimento com dois pares de gemas. Para estimular o enraizamento, os segmentos foram
submetidos a duas concentrações de ácido indolbutírico (AIB): 0,5 g.L-¹ e 1,0 g.L-¹ , mais o
controle durante 5 minutos, após este procedimento foram plantados em tubetes 50 cm, contendo
uma mistura de terra preta e areia, e postos no viveiro de plantas, juntamente com tratamento
controle com acompanhamento e irrigação diária. O delineamento experimental foi inteiramente
casualisado com 4 repetições e comparados pelo teste de tukey a 5%. As avaliações foram
realizadas após 60 dias, analisando as seguintes variáveis: Capacidade de enraizamento, número
de brotações e taxa de sobrevivência. Após a analise estatística verificou-se que todos os
tratamentos propiciaram enraizamento, destacando o tratamento com 1,0 g.L-1 que apresentou o
maior número de raízes por indivíduo.
Palavras - chave: Pleonotoma jasminifolia, Miniestaca, Produção de mudas.
1
Aluna de graduação em Ciências Biológica - Centro Universitário do Norte, UNINORTE, Av.
Joaquim Nabuco, 1097, Manaus - AM, Brasil.
2Alunos de graduação de Agronomia – Universidade Federal do Amazonas, UFAM, Av.
General Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Manaus - AM, Brasil.
3 Professores da Universidade Federal do Amazonas, UFAM, Av. General Rodrigo Octávio
Jordão Ramos, 3000 Manaus - AM, Brasil. [email protected].
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional126
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DE SEMENTES E CASCAS DE CAMUCAMU, Myrciaria dubia H.B.K (McVaugh)
Gabriel Oliveira de SOUZA1*, Chanderlei de Castro TAVARES1, Carolina
Queiroz VALENTIM1, Janayna Freitas de Araújo LIBÓRIO1, Pierre Alexandre
dos SANTOS2, Ádley Antonini Neves de LIMA1
O camu-camu (Myrciaria dubia, Myrtaceae) é natural de áreas alagáveis da Amazônia,
conhecido pelo alto teor de vitamina C dos seus frutos e atividade antioxidante descrita
em estudos recentes. Realizou-se a prospecção em diferentes órgãos de M. dubia, de
forma a direcionar os estudos com esta planta. Os frutos de M. dubia foram coletados do
cultivo da Embrapa, rodovia AM 010, km 29, estrada Manaus-Itacoatiara. Foram
escolhidas e separadas as cascas e as sementes, por se tratarem de resíduos dos frutos,
que são normalmente desprezados. As cascas e sementes foram submetidas à secagem
em estufa de circulação de ar forçado a 40 °C por 5 dias, trituradas em moinho de facas
e o pó acondicionado em recipientes opacos, à t.a. Foram produzidas soluções extrativas
hidroetanólicas e aquosas. A partir das soluções extrativas hidroetanólicas foram
realizadas prospecções para alcaloides, ácidos orgânicos, fenóis, cumarinas,
antraquinonas, esteróis e triterpenos. A partir das soluções aquosas foram realizadas as
prospecções para heterosídeos antociânicos, heterosídeos saponínicos, heterosídeos
cianogenéticos, gomas taninos, mucilagens, aminogrupos, ácidos voláteis e fixos. A
prospecção química indicou a presença de alcaloides, ácidos orgânicos, fenóis,
heterosídeos flavônicos, esteróis e triterpenos, heterosídeos antociânicos, taninos e
aminogrupos, ácidos voláteis e fixos nos extratos de cascas e sementes. Para o extrato
das cascas, ainda foram positivos os testes para heterosídeos antociânicos, heterosídeos
saponínicos, heterosídeos cianogenéticos, gomas taninos, mucilagens, aminogrupos,
ácidos voláteis e fixos. A sugestão da presença de determinados grupos químicos na
prospecção indica algumas atividades farmacológicas possíveis. Por sua vez, o achado
de flavonoides, poderia indicar propriedades antibacteriana, antiviral além da
antioxidante já descrita para a espécie.A prospecção fitoquímica realizada é
fundamental para o direcionamento de futuros trabalhos com a espécie, em razão do
mínimo número de estudos químicos com os resíduos de Myrciaria dubia. Os achados
da prospecção fitoquímica sugerem amplo potencial farmacológico, bem como um
promissor antioxidante, tornando esta espécie promissora para ser estudada e aplicada
pela indústria Farmacêutica e Cosmética, o que poderia minimizar o impacto ambiental
causado pelo descarte deste resíduo.
Palavras chaves: Triagem, detecção e metabólitos secundários.
Agradecimentos: FAPEAM, CNPq, PET-Farmácia.
1
1: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Rua
Comendador Alexandre Amorim, 330, Manaus-AM, 69010-300, Brasil.
2: Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia, Laboratório de Pesquisa em
Produtos Naturais, Av. Universitária, esq. com 1ª Avenida, Setor Universitário,
Goiânia-GO, 74605-220, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional127
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
QUALIDADE DE FRUTOS DE CULTIVARES DE MELÃO CULTIVADOS NO
CERRADO DE RORAIMA
Ignácio Lund Gabriel da Silva CARMO1*, Alexandre Prado da SILVA2, Carlos Abanto
RODRIGUEZ3, Roberto Dantas de MEDEIROS4, Aloísio Alcântara VILARINHO4
O consumo de melão está relacionado à qualidade do fruto exigida pelos consumidores. Esta
qualidade esta relacionada aos teores de Sólidos Solúveis Totais (SST) responsável pelo sabor
do mensurado fruto em oBrix. É um fator tradicionalmente usado para assegurar a qualidade
do melão. Assim frutos com o SST (ºBrix) inferiores a 9 % não são aceitos no mercado, ou
seja, não são comercializáveis. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a
qualidade de frutos de cinco cultivares de melão de variedades inodorus e reticulatus
cultivados em área de cerrado no Estado de Roraima. O experimento foi conduzido, no
período de dezembro de 2012 a fevereiro de 2013, no Campo Experimental da Sede da
Embrapa Roraima, Boa Vista, RR. O delineamento experimental utilizado foi em blocos
casualizados com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos de
cinco cultivares de melão, 1- Valenciano Amarelo, 2 - Juazeiro Pele de Sapo, 3 - Harper
Cantaloupe, 4 – Ashira Amarelo e 5 – Gália, semeadas em parcelas de 3,5 m x 6,0m. A
adubação foi feita de acordo com as recomendações da análise de solo, a qual constou de 50
kg.ha-1 de P₂O₅ + 100 kg.ha-1 de K₂O + 130 kg.ha-1 de N. Avaliou-se os teores de sólidos
solúveis totais e o pH dos fruto. As médias das variáveis foram submetidos a análise de
variância com aplicação do teste F a 5% e comparadas pelo Teste de Tukey a 5%. Houve
diferenças nos teores de sólidos solúveis totais e pH dos frutos entre as cultivares. As
cultivares Haper Cantaloupe e Ashira Amarelo produziram frutos com 13,37 e 12,62 oBrix,
respectivamente, as quais não diferem entre si e foram superiores as médias obtidas nas
demais cultivares. Quanto ao pH, a cultivar Cantaloupe foi a que apresentou o maior valor
6,87, similar a média (6,25) obtida na cultivar Gália as quais foram superiores aos valores
observados nas demais cultivares. Conclui-se que a Cultivar Harper Cantaloupe produz frutos
com qualidade que atende a demanda do consumidor, podendo ser uma alternativa viável para
o cultivo no Cerrado de Roraima.
Palavras-chave: Cucumis melo L., Sólidos Solúveis Totais, Ph, Solos de Cerrado.
Financiamento: CNPq/Embrapa-RR (Centro de Pesquisa Agroflorestal de Roraima)
1
Aluno de Graduação da Universidade Federal de Roraima, Departamento de Agronomia,
Centro de Ciências Agrárias, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil.
2
Aluno de graduação da Faculdade de Ensino Superior, Departamento de Agronomia, CEP:
69300-000, Boa Vista-RR, Brasil.
3
Aluno de pós-graduação em Agronomia – POSAGRO/UFRR, BR 174, Km 12. Bairro
Monte Cristo. CEP: 69300-000, Boa Vista, RR.
4
Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA-CPAFRR):
Rodovia BR-174, Km 8 Distrito Industrial. CEP: 69301-970 Boa Vista/RR.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional128
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
RESPOSTA DE CASTANHA-DO-BRASIL À ADUBAÇÃO FOSFATADA
Janer Jadson Santos de SOUZA1, Karine Dias BATISTA1*, Cássia Ângela PEDROZO1
O uso indiscriminado de castanheiras-do-brasil (Bertholletia excelsa) nativas tem ocasionado
a quase extinção da espécie. Surge, a partir de então, a necessidade do estabelecimento de
plantios de castanhas-do-brasil com o intuito de manter a produção de castanhas e a renda de
milhares de trabalhadores. Entretanto, informações sobre o manejo da adubação da espécie
são incipientes. Diante do exposto, objetivou-se no presente estudo verificar a resposta de
castanheiras-do-brasil à adubação fosfatada no estado de Roraima. O estudo foi conduzido em
monocultivo estabelecido há seis anos, no Campo Experimental Serra da Prata, pertencente à
Embrapa Roraima e localizado no município de Mucajaí-RR. O experimento foi conduzido
em blocos casualizados com quatro repetições e quatro tratamentos. Cada parcela foi
composta por 15 plantas com espaçamento de 3 m entre plantas e de 4 metros entre fileiras. A
parcela útil foi constituída pelas três plantas centrais. Em maio de 2013 e antes da imposição
dos tratamentos realizou-se a medição do diâmetro na altura do peito (DAP) e da altura total
das árvores (ATA). Logo em seguida, foram aplicados 400 kg/ha de calcário em superfície.
Após o período de reação do calcário com o solo, realizou-se a adubação: 100 g/planta de
nitrogênio e 90 g/planta de K2O parcelados em três vezes e 30 g/planta de FTE BR12. O
fósforo foi aplicado em quatro concentrações (0, 30, 60 e 120 g/planta de P2O5) na forma de
superfosfato simples, em uma única aplicação, perfazendo os quatro tratamentos. Dois meses
após o início do experimento, mediu-se novamente o DAP e a ATA. Os dados foram
submetidos à análise de variância pelo Teste F a 5%. De acordo com a análise de variância
não houve diferença significativa entre os tratamentos. As concentrações de fósforo avaliadas
não influenciaram o crescimento das árvores tanto em relação ao DAP quanto a ATA.Uma
provável explicação para este resultado é o tempo de condução do experimento ter sido
insuficiente para a observação da resposta das plantas à adubação. Uma vez que há poucos
relatos na literatura sobre a influência dos nutrientes no crescimento de castanha-do-brasil, o
presente estudo traz informações que podem sera base de várias outras pesquisas de adubação
fosfatada em castanheira-do-brasil.
Palavras-chave: Bertholletia excelsa, Fósforo, Altura da árvore, Diâmetro da árvore.
1
Embrapa Roraima, Rodovia BR 174, Km 8, Bairro Distrito Industrial, caixa postal 133, Boa
Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional129
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
SUSTENTABILIDADE E IMPACTOS AMBIENTAIS NA COMUNIDADE MORRO
EM RORAIMA
Juarecildo Martins LEVEL1, Giseli DEPRÁ1, Mariana Souza da CUNHA1
Como defensores do meio ambiente, nós povos indígenas procuramos novas formas de
sobrevivência, mas enfrentamos vários entraves, especialmente no que diz respeito aos
recursos naturais. O significado de território indígena tem uma perspectiva mais ampla,
porque os valores culturais estão intimamente relacionados às terras. Garantir a conservação
dos ambientes naturais significa a garantia da sobrevivência do nosso povo. O presente
trabalho teve o objetivo de identificar o que impactou o ecossistema da comunidade indígena
Morro, localizada ao norte do Estado de Roraima, município de Uiramutã. O clima da região
é úmido, com uma composição florística formada por savana estépica, buritizais e uma
pequena área de floresta tropical com árvores de grande e médio porte, por serras com árvores
arbustos. Para fazer o diagnóstico ambiental, foram desenvolvidas práticas pedagógicas de
pesquisa de campo com alunos do Ensino Médio da escola Estadual Indígena Santa
Terezinha. Dessas atividades resultou a identificação de diversas espécies, sendo que as mais
utilizadas pelos moradores são aquelas com finalidade para construção e cobertura de casas. O
registro ficou organizado com sua utilidade, nome popular, nome na língua Macuxi e nome
científico. Para construção de casas: Pau rainha, Kaatan ye’, Centrolobium paraense; Pau
roxo, Paurarai ye’, Peltogyne pubescens; Maçaranduba, Pîîrî, Manilkara SP; Cedro, kupe’ye,
Cedrela odorata. Para cobertura: Buriti, Kuwai ye’, Mauritia flexuosa. Observou-se que o
meio ambiente da comunidade sofre principalmente por causa das erosões causadas pelas
queimadas, construções de roças, de estradas e pelo desmatamento desordenado. A erosão
causa assoreamento nos igarapés, acarretando o desaparecimento de algumas espécies de
animais e de pássaros. O desmatamento, por sua vez, é responsável pela diminuição da
madeira e da palha, muito utilizada pela comunidade. O ecossistema é fundamental para a
vida dos seres vivos como um todo, mas sobre tudo para a comunidade que busca sua
sobrevivência usando a natureza como seu único meio de sustento e que de forma
inconsciente o destrói parte da biodiversidade animal e vegetal. Mas a comunidade tem
tomado consciência e delimitado uma área reservada de matas, que serve para reprodução de
animais e aves. Assim como também tem desenvolvido projetos de produção de mudas para o
reflorestamento que funciona em conjunto entre a escola e comunidade, com a função de
atender as demandas existentes.
Palavras - chave: Comunidade, Impacto Ambientais, Preservação
1
1Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena,
Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000 Boa
Vista-RR, Brasil.
*[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional130
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
TELAS DE SOMBREAMENTO NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE
AÇAÍZEIRO
Olisson Mesquita de SOUZA1*, Verônica Andrade dos SANTOS2, Hyanameyka
Evangelista de LIMA2, Edvan Alves CHAGAS2, Chrystinny Giselly Bacelar LIMA2,
Aline das Graças SOUZA2, Teresinha Costa Silveira de ALBUQUERQUE2.
O açaizeiro, tem se destacado economicamente pelo potencial mercadológico de seus
produtos representados principalmente pelo palmito e pela polpa extraída do fruto, sendo um
dos fatores de grande importância na implantação do cultivo mudas de qualidade. Novas
tecnologias na produção de mudas estão sendo utilizadas entre elas as diferentes cores de telas
de sombreamento com objetivo de proteger as plantas da alta radiação solar. A região Norte
apresenta longo período e alta incidência de luminosidade, sendo necessários estudos
aprofundados com novas tecnologias que possa favorecer a desenvolvimento de mudas, entre
as tecnologias para melhorar o cultivo estão às telas coloridas e refletoras com funções
específicas na sua utilização. O objetivo do trabalho foi estudar o desenvolvimento de mudas
de Açaí sob diferentes telas de sombreamento. O trabalho foi desenvolvido no setor de
fruticultura da Embrapa/RR. Sementes de Açaí cultivar BRS Pará foram semeadas em
canteiros, após emergência as plântulas foram colocas em sacos de polietileno com
capacidade para 3 kg de substrato composto por solo, areia e composto orgânico. Foram
colocadas dez plantas em oito tipos de telas de cores diferentes (branca, azul, vermelha, cinza,
prata, preta com 50% de luminosidade, preta com 25 % de luminosidade e preta com 75% de
luminosidade), formando um delineamento estatístico inteiramente casualizado, com oito
tratamentos e dez repetições. A cada quinze dias foram avaliadas as características da altura
das mudas (cm), diâmetro do colo da planta (mm) e número de folhas. Os resultados foram
submetidos à análise de variância e, quando ocorreu significância, as médias foram
comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância utilizando o programa estatístico
SISVAR®. De acordo com os resultados obtidos houve diferença significativa para as
diferentes telas utilizadas para a característica altura, as plantas localizadas no ambiente com
50% de luminosidade e vermelha apresentaram menor altura e ocorreu maior
desenvolvimento no ambiente de tela branca e com 25% de sombreamento. O número de
folhas foi superior nos ambientes com telas de cor cinza, branca e sombreamento de 25%. Já
para a característica do diâmetro as telas cinza, branca e prata proporcionaram maior
espessura do diâmetro. As diferentes telas de sombreamento influenciaram no
desenvolvimento das mudas, sendo o ambiente coberto com tela na cor branca proporcionou
maior desenvolvimento para as mudas do Açaizeiro.
Palavras-chave: Euterpe oleracea Mart, Açaí, luminosidade.
Apoio financeiro: CNPq/CAPES/EMBRAPA/RR
1
Estudante do curso de agronomia-UFRR. Email: *autor para correspondência:
[email protected]
2
Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, S/N, Boa Vista- RR, CEP: 69301-970, Boa
Vista-RR, Brasil; *autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional131
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
TEOR DE ÁGUA E ARMAZENAMENTO DE DIÁSPOROS DE Maximiliana maripa
(Aublet) Drude (ARECACEAE).
Mahedy Araujo Bastos PASSOS1*, Kaoru YUYAMA2, Otoniel Ribeiro DUARTE3
Maximiliana maripa é uma palmeira com elevado potencial produtivo para óleo sendo
considerada uma espécie promissora para a produção na indústria alimentícia, farmacêutica,
cosmética e de biodiesel. Entretanto, seu cultivo na região amazônica é inexistente. A unidade
de propagação do inajá é o diásporo, o qual é constituído pelo endocarpo e semente, razão
pela qual se torna importante conhecer a capacidade de conservação da espécie, além de
permitir um manejo mais adequado de germoplasma. As pesquisas relacionadas com
tecnologia de sementes de arecaceae no Brasil são muito escassas e muitas de suas espécies
apresentam sérios problemas com relação à conservação e a germinação das mesmas. Este
trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito do armazenamento no teor de água das sementes
de inajá e na manutenção da qualidade das mesmas. O experimento foi executado no
Laboratório de Resíduos e no viveiro de plantas da Embrapa Roraima. Foram utilizados frutos
coletados de um inajazal situado na Estação experimental serra da Prata pertencente a
Embrapa-RR localizada no município de Mucajaí. Uma parte do lote dos frutos foi
despolpada e em seguida seus diásporos submetidos aos testes usuais de teor de água e ao
plantio imediato. O restante foi acondicionado em sacos de polietileno e armazenado em
câmara fria durante 15, 30, 60, 90 e 120 dias. Após cada período de armazenamento eram
realizados os procedimentos estabelecidos. O teor de água inicial dos diásporos não
armazenados foi de 12%. Após o armazenamento os teores foram respectivamente, 12,7%
para 15 dias, 14% para 30 dias, 15,55% para 60 dias, 18,33% para 90 e 19,77% de umidade
para 120 dias de armazenamento, demonstrando que os diásporos absorveram umidade em
ambiente de câmara fria (18° C). A porcentagem germinativa revelou valores surpreendentes
para o plantio imediato que ficou em torno de quase 100%, caindo drasticamente para os
diásporos armazenados. Em quinze dias de armazenamento, obteve-se 11,25% de percentual
germinativo. Para os diásporos com 30 dias de armazenamento 6,25%; com 60 dias 1,25%,
com 90 dias 12,5% e 7,5% de porcentagem germinativa para os diásporos plantados com 120
dias de armazenamento. Percebeu-se que dos diásporos armazenados o lote com 90 dias de
armazenamento foi o que obteve maior pico germinativo e o lote de 30 dias de
armazenamento o menor sucesso reprodutivo. O aumento da umidade e o tempo de
armazenamento parecem ter produzido efeitos imediatos sobre a germinação e o vigor das
sementes de Maximiliana maripa. No entanto tais resultados não nos permite fazer
associações sobre o favorecimento da conservação das sementes de inajá em câmara fria.
Apesar da maioria das palmeiras serem consideradas recalcitrantes o comportamento de
Maximiliana maripa tem revelado valores completamente opostos e demandam ampliação do
conhecimento sobre os fatores que interferem na sua conservação.
Palavras-chave: Inajá, Tecnologia de sementes, Conservação, Palmeiras.
1
1: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Programa de Pós-Graduação em Botânica,
CP 2223, CEP: 69080-971, Manaus, Amazonas, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional132
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
USO DE FERTILIZANTE VIA FOLIAR NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE MUDAS
DE CUPUAÇUZEIRO
Elias Ariel de MOURA1, Verônica Andrade dos SANTOS2, Edvan Alves CHAGAS3,
Marcela Liege da SILVA4, Teresinha Costa Silveira de ALBUQUERQUE5, Pollyana Cardoso
CHAGAS6
O cupuaçuzeiro é uma das principais frutíferas nativas da Amazônia, seus frutos são bem
apreciados pelas características de sabor e aroma da polpa. Condições propícias para a produção de
mudas colaboram para o aumento da homogeneidade, sanidade e redução da mortalidade do plantio
em campo. O desenvolvimento de mudas é influenciado por vários fatores, dentre estes está o
suprimento de nutrientes. A adubação foliar é uma prática econômica devido às menores
quantidades de produto aplicado e um alto índice de absorção dos nutrientes pelas plantas. Neste
contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da nutrição via foliar em dois intervalos de
aplicação no crescimento inicial de mudas de cupuaçuzeiro. O delineamento experimental utilizado
foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial de 5 x 2, sendo cinco doses (0, 1, 2, 4, e 6 ml L1
) do fertilizante foliar composto por ( 28% de K2O, P2O% e 21% de B, Mn e Mo) e dois
intervalos de aplicações (7 e 14 dias), totalizando dez tratamentos, quatro repetições e cinco plantas
por repetição. As variáveis avaliadas foram comprimento da parte aérea (cm), diâmetro do caule
(mm), e número de folhas. Os resultados foram submetidos à análise de variância, sendo os dados
quantitativos submetidos à análise de regressão, ao nível de 5% de probabilidade. De acordo com os
resultados obtidos houve interação significativa para todas as variáveis analisadas. Concluiu-se que
para o desenvolvimento inicial das mudas de cupuaçuzeiro pode ser utilizada a concentração de 4
ml L-1 do fertilizante foliar com intervalos de 7 dias de aplicação.
Palavras - chave: Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Shum.), Nutrição, Propagação
Créditos de Financiamento: PIBIC-CNPq e CAPES.
11
Discente do Curso de Agronomia (CCA/UFRR), Boa Vista-RR. bolsista PIBITI-CNPq.
Eng.Agrônoma, Pesquisadora Pós-Doc da Embrapa/UFRR, Bolsista CAPES/PNPD.
3
Pesquisador da Embrapa Roraima. Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq.
4
Doutoranda do Curso de Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte UFRR/Embrapa
Roraima.
5
Pesquisador da Embrapa Roraima. Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq.
6
Profa. na Escola Agrotécnina/UFRR.
*autor para correspondência: [email protected].
2
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional133
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
VALORIZANDO AS PRATICAS CULTURAIS DO CULTIVO INDIGENA NAS HORTAS
ESCOLARES
Aldenicia Cadete de LIMA1, Aurea Lucia Melo Oliveira CORREA, Makdenison Santos de
ALMEIDA, Iana Oliveira de SOUZA, Zenaide Peres de SOUSA.
Considerando a importância da valorização dos conhecimentos, saberes e práticas tradicionais
indígenas, este projeto apresentou-se como oportunidade para potencializar o aprendizado dos
alunos e despertar o interesse para uma alimentação saudável, por meio da implementação da horta
na Escola Estadual Índio Hermínio Paulino. Teve como objetivo integrar as práticas agrícolas
indígenas aos ambientes de aprendizagem da escola, garantindo sustentavelmente o complemento e
melhoria da merenda escolar, promovendo a interação entre educadores, educandos e a comunidade.
Foi um desafio para a educação escolar indígena diferenciada proposta na atualidade, visto que
estabeleceu conexões do que se aprende na escola com os conhecimentos empíricos tradicionais
presentes na comunidade São Pedro, localizada na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em
Roraima. Utilizou como metodologia a pesquisa ação com observação participante e teve a
interdisciplinaridade como proposta pedagógica, buscando promover pesquisas que ressaltassem o
poder nutricional dos alimentos presentes na merenda escolar, sensibilizar para a mudança dos
hábitos alimentares e salientando a importância da qualidade de vida da comunidade em geral. O
respeito e valorização da cultura de cada povo constituíram-se como fatores na socialização desses
saberes, produzidos pelos grupos sociais na construção de suas formas de viver, na organização,
produção e relação com o meio. O projeto intitulado A valorização das práticas culturais de cultivo
indígena nas hortas escolares e produção de hortaliças para merenda escolar possibilitou aos
alunos uma alimentação mais saudável, a adoção de práticas de cultivo sustentáveis e a valorização
dos saberes tradicionais indígenas.
Palavras-chave: Alimentação saudável, Respeito cultural, Socialização
1
Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, Campus de
Paricarana, AV. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto,CEP: 69310-000, Boa Vista-RR,
Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional134
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
VARIAÇÃO DE CORES EM SEMENTES DE LINHAGENS DE GERGELIM
CULTIVADO EM RORAIMA
Dalhas Nascimento de SOUSA1, Izabelle Maia SANTIAGO1, Larisse Campos OLIVA1,
Oscar José SMIDERLE2*, Juliana Maria Espindola LIMA3, Aline das Graças de SOUZA4
O gergelim (Sesamum indicum L.) pertencente à família Pedaliaceae é a mais antiga oleaginosa
conhecida. A utilização das sementes de gergelim em nível industrial envolve a fabricação de
vários produtos para fins alimentares e medicinais, sendo que as sementes possuem em média
49% de óleo, praticamente todo usado na alimentação humana. O trabalho foi realizado com o
objetivo de determinar variação na coloração das sementes e a relação com tamanho e
germinação em seis linhagens de gergelim cultivadas em Boa Vista, Roraima. O experimento foi
conduzido no Laboratório de Análise de Sementes (LAS), sendo que as seis linhagens de
gergelim indeiscentes (G2, G5, G8, G9, G10 e G13) foram cultivadas no campo experimental
água boa, pertencente a Embrapa Roraima em 2012. O delineamento experimental utilizado foi o
inteiramente casualizado em esquema fatorial de 6 x 4, sendo seis linhagens e quatro cores, 2
repetições. Após a colheita e trilha no campo, as sementes foram levadas ao LAS onde foram
limpas e selecionadas em peneiras. Para avaliar a variação de coloração foram amostradas seis (6)
g para cada linhagem e separadas manualmente em quatro cores (branca, amarela, cinza e
marrom). Realizada a separação, quantificou-se as sementes obtidas para cada cor tanto por
pesagem quanto pela contagem do número de sementes, sendo os dados expressos em
percentagem. Com os valores obtidos estabeleceu-se a massa de mil sementes além de realizado o
teste de germinação no laboratório. Quanto ao resultado da germinação verificou-se nas sementes
das seis linhagens de coloração cinza, média (80%) inferior em relação as demais. As médias
gerais obtidas nas sementes das seis linhagens (sem considerar coloração) não diferiram
significativamente, variando de 83 a 93%. No vigor obtido na primeira contagem de germinação
sementes da linhagem G10 foram menos vigorosas que as demais. As maiores percentagens de
amostras quanto ao peso foram verificadas na coloração marrom para as linhagens G5, G10 e
G13, para quantidade de sementes na coloração cinza foram verificadas as maiores percentagens
nas linhagens G2, G8, G10 e G13, enquanto as maiores massas de mil sementes foram obtidas
para sementes de coloração marrom para as linhagens G5, G8, G9 e G13, respectivamente com
3,25 g, 3,18 g, 3,28 g e 2,93 g. Não verifica-se correlação direta entre tamanho e qualidade
fisiológica das sementes e tegumentos de coloração cinza indicam sementes de menor qualidade.
Palavras - chave: Sesamum indicum, Linhagens, Germinação
Apoio financeiro PIBIC-CNPq
1
Acadêmicas de Agronomia e Biologia da UFRR. Bolsistas PIBIC-CNPq. e-mail:
[email protected]; [email protected]; [email protected]
2
Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Rod. BR 174 KM 08 –
Distrito industrial. CP133. CEP 69301-970. e-mail: [email protected].
3
Doutoranda de fitotecnia UFLA, Bolsista CNPq. e-mail: [email protected]
4
Professora POSAGRO, Pesquisadora DSc. Bolsista de Pós doutorado – Embrapa Roraima –
PNPD/UFRR/CAPES, e-mail: [email protected]
*Autor de correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional135
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
WEED CONTROL IN CORN AND WEED SAMPLE SIZE FOR GROWTH
EVALUATIONS
Leonardo Barreto TAVELLA1, Paulo Sérgio Lima e SILVA*1, Vianney Reinaldo de
OLIVEIRA1, Patrícia Lianny de Oliveira FERNANDES1, Roberto Pequeno de Sousa1
The objectives of this study were to evaluate baby corn yield, green corn yield, and grain
yield in corn cultivar BM 3061, with weed control achieved via a combination of hoeing and
intercropping with gliricidia, and determine how sample size influences weed growth
evaluation accuracy. A randomized block design with ten replicates was used. The cultivar
was submitted to the following treatments: A = hoeings at 20 and 40 days after corn sowing
(DACS), B = hoeing at 20 DACS + gliricidia seeding after hoeing, C = gliricidia seeding
together with corn seeding + hoeing at 40 DACS, D = gliricidia seeding together with corn
seeding, and E = no hoeing. Gliricidia was sown at a density of 30 viable seeds m-2. After
harvesting the mature ears, the area of each plot was divided into eight sampling units
measuring 1.2 m2 each to evaluate weed growth (above-ground dry biomass). Treatment A
provided the highest baby corn, green corn, and grain yields. Treatment B did not differ from
treatment A with respect to the yield values for the three products, and was equivalent to
treatment C for green corn yield, but was superior to C with regard to baby corn weight and
grain yield. Treatments D and E provided similar yields and were inferior to the other
treatments. Therefore, treatment B is a promising one. The relation between coefficient of
experimental variation (CV) and sample size (S) to evaluate growth of the above-ground part
of the weeds was given by the equation CV = 37.57 S-0.15, i.e., CV decreased as S increased.
The optimal sample size indicated by this equation was 4.3 m2.
Keywords: Zea mays L., Gliricidia sepium[Gliricidia sepium (Jacq.) Steud.], Integrated
control, Intercropping, Corn yield.
1: Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Departamento de Ciências
vegetais, Campus de Mossoró, caixa postal 137, CEP 59625-900, Mossoró-RN, Brazil.
* Corresponding author: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional136
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
UTILIZAÇÃO DA FARINHA DA CASCA DA PUPUNHA (Bactris gasipaes Kunth,
Arecaceae) NA ELABORAÇÃO DE TORRADAS
Bruno Raphael Gomes de Sá LEITÃO1, Jaime Paiva Lopes AGUIAR1, Francisca das
Chagas do Amaral SOUZA1*
A pupunha (Bactris gasipaes Kunth) é uma espécie de fruto tropical, pertencente à
família das Arecaceae. A composição físico-química da pupunha mostra que ela é rica em
nutrientes tais como proteína, fibra, carboidratos, minerais e gordura. Porém sua casca é
desperdiçada, tornando-se um resíduo rico em fibras e carotenoides. Para um melhor
aproveitamento deste resíduo, o presente trabalho teve como objetivo adicionar a farinha de
casca da pupunha no processamento de fabricação de torradas, visando à obtenção de um
produto com alto valor nutricional. Os frutos da pupunha foram adquiridos, no estágio de
maturação comercial, na Feira da Manaus Moderna, e processados. Após a recepção os frutos
foram selecionados, lavados, sanitizados em solução clorada a 2%, por 30 minutos,
enxaguados e cozidos. Retirou-se a casca manualmente e esta foi submetida à secagem em
estufa com circulação de ar a 60°C até peso constante, pulverizados em moinho elétrico e
envasados em embalagem de polietileno. As analises físico-químicas realizadas de acordo
com a metodologia descrita pelo I. A. L, 2008 foram o teor de umidade onde foi obtido por
dessecação do material em estufa com circulação de ar, a 105ºC até peso constante, o teor de
lipídio foi determinado de acordo com o método de Soxhlet, o resíduo extraído foi levado à
estufa a 105ºC por cerca de uma hora, resfriado em dessecador e pesado até atingir peso
constante, o teor de proteína foi determinado a partir da matéria seca, onde amostra sofreu
processos de digestão, destilação e titulação, de acordo com o método de Kjeldahl e a
determinação de cinza foi realizado em mufla 550ºC até obtenção de cinzas, em seguida foi
resfriada em dessecador até temperatura ambiente e pesada. Os resultados da análises físicoquimica foram: umidade 4,45%, lipídeos 13,15%, proteínas 13,09%, cinzas 1,63% e
carboidratos 67,43%. Quando comparado a outro produto como o pão enriquecido com a
farinha da casca da pupunha, as análises foram similares aos obtidos das análises da farinha
da casca da pupunha, com baixo teor de umidade e alto teor proteico, lipídico, de cinzas e de
carboidratos. Comprovou-se, ao final, que a torrada enriquecida a partir da farinha da casca da
pupunha apresenta-se como alternativa para otimização do aproveitamento na elaboração de
produtos de panificação, com grande potencial de produção e utilização, agregando valor
sobre este produto ainda pouco explorado pelas industriais envolvidas neste setor.
Palavra-chave: Bactris gasipaes Kunth, Pupunha, Resíduos, Tecnologia.
Financiamento: CNPq, FAPEAM
1
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia- INPA, Coordenação de Sociedade, Ambiente e
Saúde, Laboratório de Nutrição, Avenida André Araújo, 2936, Aleixo, CEP 69060-001, Manaus
AM, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional137
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
TESTE DE COMPRIMENTO DE PLÂNTULA NA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL
FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE CRAMBE
Daiane Mugnol DRESCH1*, Silvana de Paula Quintão SCALON1, Tathiana Elisa
MASETTO2
A utilização de testes de vigor possibilita estimar o potencial de emergência de plântulas em
campo ou durante o período de armazenamento, e consequentemente, obter maiores
rendimentos na produção de diversas culturas. Dentre os testes, o comprimento de plântulas
pode fornecer informações complementares aos obtidos no teste padrão de germinação, de
modo a detectar diferenças significativas no potencial fisiológico de diferentes lotes de
sementes. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi verificar a possibilidade de utilização do
teste de comprimento de plântulas como um método de vigor para classificar lotes de
sementes de crambe. O potencial fisiológico de quatro lotes de sementes de crambe (Cultivar
MS-Brilhante) foi avaliado por meio do teste padrão de germinação realizado em laboratório e
pela emergência em campo. O experimento foi realizado em 2012, sendo os lotes 1 e 2
provenientes da safra 2011 e os lotes 3 e 4 da safra 2010. Para a avaliação do comprimento
das plântulas (parte aérea, raízes e total) foram realizadas semeaduras em caixa do tipo gerbox
e em rolo de papel Germitest®, ambos contendo 10 e 50 sementes cada. Para o teste de
germinação e emergência de campo o delineamento foi inteiramente casualizado e para o teste
de comprimento de plântulas foi inteiramente casualizado em esquema fatorial quatro lotes x
quatro formas de semeadura (gerbox/10, gerbox/50, rolo/10 e rolo/50 sementes) ambos com
quatro repetições cada. As médias de ambos os testes foram submetidas à análise de variância
e havendo diferença significativa foram comparadas pelo teste de Tukey com o auxílio do
software SISVAR. Os lotes 1, 2, 3 e 4 apresentaram potencias fisiológicos distintos para a
germinação (80,5; 82,5; 27,0 e 7,5%, respectivamente) e para emergência em campo (69,0;
74,0; 38,0 e 5,0%, respectivamente), indicando que os lotes 1 e 2 apresentaram maiores níveis
de vigor quando comparados com os lotes 3 e 4. A avaliação do comprimento da parte aérea e
total de plântulas provenientes da semeadura em caixa do tipo gerbox contendo 10 e 50
sementes e em rolo de papel Germitest® com 50 sementes não permitiram a estratificação dos
lotes em diferentes níveis, como os observados nos testes de germinação e emergência em
campo. Entretanto, a avaliação do comprimento da raiz primária associado com a utilização
do rolo de papel Germitest® contendo 10 sementes possibilita a identificação de lotes com
diferentes níveis de vigor.
Palavras-chaves: Crambe abyssinica, Germinação, Vigor.
Créditos de financiamento: CAPES.
1
Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de Pós-graduação em
Agronomia, Caixa Postal 533, CEP 79804970, Dourados-MS, Brasil.
2
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco, Departamento de Ciências Agrárias, Via
do Conhecimento, Km 01 Caixa Postal 571, CEP 85503-390, Pato Branco-PR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional138
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DA TEMPERATURA NA GERMINAÇÃO EM SEMENTES DE Alibertia
edulis (Rich) A. Rich. ex DC. (Rubiaceae)
Danieli Pieretti NUNES1*, Silvana de Paula Quintão SCALON1, Thaliny BONAMIGO1
O marmelo (Alibertia edulis (Rich) A. Rich. ex DC.), espécie nativa no Cerrado é muito
frequente também na região amazônica. Possui características medicinal e alimentícia sendo
as folhas utilizadas no tratamento de afecções da pele sob a forma de compressa, banho e
cataplasma e os frutos são utilizados para fazer geléia, compotas e sucos. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a ecofisiologia da germinação de sementes de marmelo sob diferentes
temperaturas e condições de iluminação. O experimento foi realizado no Laboratório de
Fisiologia Vegetal da UFGD. Foram avaliadas quatro temperaturas (15, 20, 25 e 30°C) e duas
condições de iluminação (presença e ausência de luz). A semeadura ocorreu em placas de
petri, sob duas folhas de papel germitest®, as placas foram colocadas em B.O.D com luz
branca constante e para a ausência de luz as placas foram envolvidas em papel alumínio.
Após 40 dias foi avaliada porcentagem de germinação, índice de velocidade de germinação,
comprimento da parte aérea e da raiz e massa seca da parte aérea e da raiz. O delineamento foi
o inteiramente casualizado em esquema fatorial com 4 (temperaturas) X 2 (condição de
iluminação) com quatro repetições de 25 sementes. Os dados foram submetidos à análise de
variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade utilizando o
programa computacional SANEST. As sementes mostraram-se indiferentes a luz com
comportamento tipicamente de fotoblastismo neutro. Não houve germinação a 15°C sendo
que a 25°C foi observada maior porcentagem e índice de velocidade de germinação e
comprimento de parte aérea de plântulas.
Palavras-Chave: Marmelo, Cerrado, Fotoblastia
Créditos de Financiamento: CAPES
1
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Programa de Pós-Graduação em
Agronomia, Rodovia Dourados-Ithaum, Cidade universitária, CEP: 79804-970, DouradosMS, Brasil. *[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional139
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DIAGNÓSTICO DE CULTIVOS DE BANANAS NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE
FIGUEIREDO, AMAZONAS, SAFRA 2012.
Maricleide Maia SAID1* Luiz Antonio de OLIVEIRA2
A região Norte participa com 11,70% da produção brasileira de bananas em mais de 70 mil
hectares de área colhida e produção que ultrapassa 814 mil toneladas. Contudo, a
produtividade média ainda é muito baixa, com apenas de 11,51 t/ha. No mesmo período o
Estado do Amazonas produziu 79.000 toneladas de bananas com produtividade de 11,78 t/ha.
O município de Presidente Figueiredo, distante 105 km da capital Manaus é um grande
produtor de bananas no Estado e as principais cultivares plantadas são: Thap Maeo, Caipira,
Pacovã, FHIA 18 e Prata Ken. Um estudo realizado no Município avaliou a produção de
bananas na safra de 2012, entrevistando 15 produtores distribuídos nos ramais do Canoas e do
Paulista, localizados, respectivamente, nos quilômetros 127 e 180 da rodovia BR – 174 e ao
longo da estrada AM – 240. As 15 propriedades somavam área total de 1.563ha, dos quais
60,5ha são cultivados com bananais. As 58.350 bananeiras plantadas produziam 82.600 quilos
de bananas por mês. A média de área total das propriedades e área cultivada com bananeiras,
distribuição de plantas por propriedade e bananeiras em fase de produção de frutos são de
104,2 ha e 4,0 ha, 1.202 e 3.890, respectivamente. Cada propriedade tem em média 4.376
plantas, com produção média de 5.507 quilos de bananas por mês. A distribuição das plantas
foram dispostas em fileiras simples de 3 x 3 m com densidade fora dos padrões recomendados
que é de 1.111 pl/ha. A análise geral apresenta um total de 18.036 plantas, dispostas nos 60,5
hectares cultivados com banana nas propriedades em estudo, o que significa a média de 1.202
bananeiras/ha cultivados. Se fossem aplicadas indicações mais eficientes de produtividade,
com espaçamentos de 4 x 2 x 2 m e densidade 1.667 plantas, na mesma área plantada,
estariam cultivadas mais de 100.000 plantas, em detrimento das 65.652 existentes,
melhorando a eficiência de uso do solo em 34%, e a média de bananeiras por propriedade
saltaria de 4.377 para mais de 6.600 por propriedade. A produção média de banana nos 60,5
hectares analisados na safra de 2012 foi da ordem de 991 toneladas/ano, com média de 16,5
t/ha/ano. Os dados apontam para um baixo aproveitamento da capacidade produtiva dos solos,
visto que, o total de área cultivada, em relação à distribuição de plantas e a produtividade,
apresentou um aproveitamento de apenas 6,6%, se comparada com a produtividade
recomendada.
Palavras chave: Musa spp., agricultura familiar, latossolo, Amazônia.
Créditos de financiamento: CNPq.
1
Doutoranda do curso de PG em Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas, Av.
Gen. Rodrigo Otávio Jordão Ramos, 3000, Mini Campus – Bloco M – Aleixo, CEP: 69.077000, Manaus, AM, Brasil.
2
Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA C.Postal 2223, CEP
69080-971, Manaus, Amazonas, bolsista do CNPq e Professor de PG do INPA, UFAM e
UEA.
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional140
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE FRUTOS DE
DIFERENTES TEMPERATURAS DE ARMAZENAMENTO.
CAMU-CAMU
SOB
Maria Luiza GRIGIO1*, Maria Fernanda DURIGAN2, Edvan Alves CHAGAS2, Érika
FUJITA3, Christinny Giselly Bacelar LIMA3, Leonara Lima de VASCONCELOS4,
Wellington Farias ARAÚJO4, Leandro Camargo NEVES4.
O camu-camuzeiro (Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh) é uma espécie frutífera pertencente
à família Myrtaceae. Apresenta grande potencial econômico, por se tratar do fruto com maior
quantidade de vitamina C, chegando a atingir 6.112 mg de ácido ascórbico por 100 g-1 de
polpa. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a temperatura de armazenamento
que permite melhor conservação dos atributos de qualidade do camu-camu. Os frutos foram
colhidos no município de Caroebe, RR e levados para o setor de Fruticultura da Embrapa
Roraima, onde foram higienizados e selecionados pela ausência de danos (22±2 °C e 70±3%
de U.R). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com três
repetições, em arranjo fatorial constituido de três diferentes temperaturas de armazenamento
(ambiente a 22±2 °C, 15 °C e 20 °C) e dezesseis dias de armazenamento, sendo os frutos
analisados a cada dois dias (3x8), onde cada repetição era composta por 30 frutos. Os frutos
foram avaliados quanto a perda de massa fresca, pH, teores de sólidos solúveis, acidez
titulável, ácido ascórbico, carotenoides, antocianinas, e clorofilas A e B, assim como se
calculou o índice de maturação (SS/AT). De acordo com os resultados obtidos, para todas as
variáveis, as interações testadas apresentaram efeito significativo pelo teste F a 5% de
probabilidade. Com relação aos pigmentos avaliados, não foram detectados teores de clorofila
B nos frutos, durante todo o período de armazenamento.Não houve ajuste de regressão nos
modelos testados para os pigmentos antocianinas e carotenóides, assim como para as
variáveis acidez e índice de maturação, Os pigmentos, clorofila A e antocianinas,
apresentaram maiores conteúdos quando armazenados a 15 °C, pois esta temperatura foi a que
melhor conservou os teores desses biocompostos funcionais, assim como os atributos de
qualidades (SS, AT, pH e SS/AT) e os teores de ácido ascórbico. Concluiu-se a temperatura
de armazenamento que melhor conservou os atributos qualitativos dos frutos de camu-camu,
assim como os pigmentos e os biocompostos antioxidantes, foi a temperatura de 15 °C.
Palavras-chave: Myrciaria dubia, Amazônia, Ácido Ascórbico, Armazenamento refrigerado,
Pigmentos.
1
*autor para correspondência:
Rede Bionorte, Programa de Doutorado em Conservação e Biodiversidade da Amazônia,
CEP 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil, [email protected].
2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Rodovia BR 174, km 08, C.P. 133,
Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, [email protected],
[email protected].
3
Embrapa Roraima, Programa de Pós-Doutoramento (CAPES/PNPD), Rodovia BR 174, km
08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, [email protected],
[email protected].
4
Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Km 12 BR174 s/n°, CEP
69301-970, Boa Vista/RR. [email protected], [email protected],
[email protected].
1
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional141
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
AVALIAÇAO DA PROLIFERAÇÃO DE FUNGOS EM SEMENTES DE
COPAIBA E TACHI SOB DIFERENTES TRATAMENTOS
Paula Monique Carvalho da SILVA1*, José Beethoven Barbosa FIGUEIREDO²,
Jeferson Fernandes NASCIMENTO³, Victorio Jacob BASTOS4.
A deterioração de sementes por fungos é um dos fatores promotores da redução do
índice de germinação em espécies florestais, comprometendo o armazenamento e a
propagação dessas essências. Este trabalho teve como objetivo verificar a incidência de
fungos nas sementes de Triplaris surinamensis - POLYGONACEAE (Tachi) e
Copaifera langsdorfii - FABACEAE (Copaíba). O experimento foi conduzido em
laboratório de fitopatologia. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado
fatorial 2X5(espécie x métodos de esterilização) com quatro repetições composta por 25
sementes. Os métodos de esterilização foram: T1-Testemunha, T2-Desinfestação por
imersão em água à 50°C, T3-Desinfestação com hipoclorito à 2%, T4-Desinfestação
com óleo de Neem à 1% e T5-Aplicação de fungicida CAPTANA. As sementes tratadas
foram postas sobre papel germi-test, dispostos em Gerbox (250 ml) de Poliestireno
Cristal, ambos esterilizados, posteriormente umedecidos com água deionizada e
vedados com filme plástico PVC. O experimento foi conduzido em câmara de fluxo
laminar. Aos sete dias de incubação as sementes foram submetidas a análise de
infestação e identificação das colônia de fungos. Em análise realizada em microscópio
eletrônico foram identificados os gêneros: Aspergillus, Penicillun, Fusariun, Rhizopus e
Alternaria. Os gêneros Fusariun e Aspergillus foram identificados em ambas às
essências florestais. As sementes de copaíba mesmo submetidas aos tratamentos
apresentaram infestação por Fusariun entre 5% nas sementes submetidas ao fungicida
comercial e 50% nas submetidas ao tratamento com hipoclorito já as sementes de tachi
apresentaram maior infestação na testemunha com 30% sendo que os demais
tratamentos apresentaram valores próximos a 15%. O gênero Aspergillus foi
identificado nas sementes de copaíba apenas na testemunha com incidência de 17,5% e
nas sementes de tachi, identificou-se este gênero na testemunha e imersão em água com
incidência de 11%, os demais tratamentos apresentaram controle satisfatório para ambas
espécies. Para a copaíba ainda houve infestação por Rhizopus com percentual de 77%
para as sementes submetidas ao hipoclorito e 90% para o tratamento de imersão em
água, não ocorrendo infestação no tratamento com o uso de fungicida. Para as sementes
de tachi houve infestação ainda por Aspegillus e Alternaria somente na testemunha com
percentual de 17,5% e 10% respectivamente. O tratamento com fungicida para ambas as
espécies florestais apresentou melhor resultado no controle dos fungos.
Palavras-chaves: Triplaris surinamensis, Copaifera langsdorfii, Espécies Amazônicas,
Desinfestação, Silvicultura.
1
Mestranda em Agronomia pelo programa de pós-graduação da UFRR
²: Professor Adjunto/dpto. de fitotecnia - CCA, Universidade Federal de Roraima
³: Estudante da Universidade Federal de Roraima, Campus Murupu, Boa Vista- RR
* Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional142
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
SISTEMA AGROFLORESTAL EM CAIÇARA NA COMUNIDADE INDÍGENA
URUCURI, MUNICÍPIO DE AMAJARÍ/RORAIMA.
Ana Rose Souza da SILVEIRA1*, Rachel Camargo PINHO1, Lucianne B.O
VILARINHO1
Roraima está localizado no extremo norte do Brasil, possui ecossistemas de fisionomia
florestal 73%, savanas (lavrado) 17% e campinas e campinaranas10%. Os problemas
ecológicos mais sérios identificados em Roraima são: O uso do fogo, a baixa
diversidade e o uso intensivo de insumos. Em Maio de 2013 foi implantado um Sistema
Agroflorestal (SAF) em caiçara na comunidade Indígena Urucuri, localizada no
município de Amajarí, a 90 km da capital de Boa Vista/RR. As ações desenvolvidas
buscam a implantação e desenvolvimento de tecnologias para a recuperação de áreas
abandonadas e/ou degradadas, por meio do uso de sistemas agroflorestais. O objetivo do
experimento foi demonstrar a importância que o SAF tem nas áreas de caiçaras, como
local onde se consegue incrementar a diversidade de espécies cultivadas, gerando renda
por meio da produção de culturas anuais como a mandioca concomitante à
implementação de pequenas florestas no lavrado com espécies madeiraveis, bem como
incentivar os moradores a implantar o SAF em suas propriedades, principalmente em
caiçara, onde se espera um enriquecimento da diversidade de flora e fauna. Arranjos
produtivos com frutífera, madeiráveis e espécies anuais estão em processo de
implementação na referida comunidade indígena onde o manejo adequado das áreas de
caiçara poderão incrementar a renda dos agricultores indígenas bem como a melhoria
das condições ambientais pormeio de adoção de práticas de cultivo sustentáveis.
Palavra-chave: Experimentos em caiçara, SAF.
1
Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de formação Superior Indígena,
Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000,
Boa Vista – RR, Brasil. *[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional143
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
SAIS DO MEIO MS E TEMPERATURA NA CONSERVAÇÃO IN VITRO DE
Polystachya estrellensis (Orchidaceae)
Mariana Souza SANTOS1, Thays Saynara Alves MENEZES2, Franciane dos SANTOS3,
Maria de Fátima Arrigoni-BLANK4*, Arie Fitzgerald BLANK4, Ana Paula do
Nascimento PRATA5, Moacir PASQUAL6
Pertencente à subfamília Epidendroideae, Polystachya estrellensis é uma orquídea epífita
nativa das Américas tropical e subtropical, caracterizada por suas pequenas e numerosas
flores dispostas em espiga e de coloração amarelo-esverdeada. O objetivo do presente
trabalho foi avaliar o efeito da concentração salina e da temperatura na conservação sob
crescimento lento de P. estrellensis. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente
casualizado em esquema fatorial 4x2, sendo quatro concentrações de sais do meio MS (100,
75, 50 e 25%), e duas temperaturas (18 e 25ºC) com seis repetições, sendo cada parcela
representada por cinco tubos de ensaio contendo uma plântula. Aos 90 dias foi avaliada a
sobrevivência (%), presença de raiz (%), coloração e altura das plantas. As médias foram
submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade e
regressão polinomial para concentração de sais. Para sobrevivência e coloração das plantas
não houve diferenças significativas entre os tratamentos, sendo a média geral de
sobrevivência 95,42% e a coloração predominantemente verde, com poucas folhas
apresentando sinais de senescência. A presença de raiz nas plantas foi influenciada apenas
pela temperatura, havendo maior porcentagem de enraizamento a 25ºC (90%). A interação
entre sais e temperatura foi significativa sobre a altura das plantas, quando utilizado 50 ou
75% dos sais, houve menor crescimento sob a temperatura de 18ºC, condição que manteve a
altura próxima a inicial. Conclui-se a partir do exposto que plantas de P. estrellensis podem
ser conservadas pelo período mínimo de 90 dias à 18ºC utilizando-se 25% dos sais do meio
MS.
Palavras-chave: Orquídea nativa, Crescimento lento, Concentração salina.
Créditos de financiamentos: Capes, CNPq, FAPEMIG
1
Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Agroecossistemas, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
2
Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Biotecnologia de Recursos Naturais, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão SE, Brasil.
3
Universidade Federal de Sergipe, graduanda em Engenharia Florestal, Campus Universitário,
CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
4
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Agronômica, Campus
Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
5
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Biologia, Campus Universitário, CEP:
49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
6
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional144
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE CULTIVO DE FABACEAE PARA ADUBAÇÃO
VERDE EM SOLO DA AMAZÔNIA OCIDENTAL
Adilson Rodrigues DANTAS1*, Luiz Augusto Gomes de SOUZA1
As pesquisas de campo são fundamentais para obtenção de informações mais aprofundadas
que permitam estabelecer o potencial de cultivo de espécies não domesticadas da flora
amazônica contribuindo, desta forma, para conservação e preservação da biodiversidade
vegetal. Neste sentido, foi conduzido um estudo experimental em solo Latossolo Amarelo da
Amazônia Ocidental na Estação Experimental de Fruticultura Tropical do INPA, no km 41 da
rodovia BR-174, para avaliar o potencial de cultivo de sete espécies de Fabaceae amazônicas
no emprego como plantas para Adubação Verde em sistemas de produção agrícolas. As
espécies pesquisadas foram: Calopogonium mucunoides, Canavalia brasiliensis, Centrosema
plumieri, Clitoria falcata var. falcata, Dioclea guianensis, Mucuna pruriens e Vigna
lasiocarpa, todas pertencentes a sub-família Faboideae. As mudas foram produzidas pelo
método tradicional, que consiste nas fases sementeira-viveiro. 20 dias antes do plantio das
espécies e, após o preparo da área, foi feito uma adubação mineral para correção do solo em
cada parcela. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com sete tratamentos
e três repetições de seis plantas e cada espécie foi um tratamento. Cada parcela foi constituída
por 18 m2, e a área total do bloco 480 m2. Com exceção de Mucuna pruriens, todas as
espécies receberam tratamento para superação de dormência. Duas avaliações foram
realizadas (16ª e 24ª semanas) após o plantio, onde se avaliou o comprimento da rama,
diâmetro do colo e biomassa das plantas, determinando-se a biomassa da parte aérea fresca e
estimando-se o total da biomassa produzida por hectare. Na 16ª semana C. plumieri e C.
falcata var. falcata, produziram 1,02 e 0,91 t/há-1 respectivamente de biomassa. Na 24ª
semana, C. brasiliensis, C. plumieri, D. guinanesis e C. falcata var. falcata, produziram 1,27,
1,01, 0,99 e 0,98 t/há-1, respectivamente. Portanto, os indicadores agronômicos (germinação,
sobrevivência, crescimento, desenvolvimento e fixação de N2) destas espécies, permitiram
selecioná-las como espécies potenciais para adubação verde, cuja produção de biomassa da
parte aérea fresca na 24ª semana após o plantio foi estimada entorno de um t/ha-1, o que foi
alcançado por M. pruriens na 16ª semana após o plantio em solo Latossolo Amarelo. C.
mucunoides e V. lasiocarpa foram as espécies com menor potencial de desenvolvimento e
adaptação ao solo pesquisado.
Palavras-chave: Fabaceae, Biodiversidade, Agricultura Sustentável, Agroecologia.
1
: CSAS/INPA, Av. André Araújo, 2936 – Petrópolis, CEP 69037-375, Manaus-AM, Brasil
* [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional145
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PRODUÇÃO DE ARTESANATOS INDÍGENAS COM SEMENTES NA
ESCOLA INDIGENA EDINILSON LIMA CAVALCANTE/RR
Leonícia Cadete FELIPE1*, Edlamar Menezes da Costa, Kellyane CRUZ, Leoníria
Cruz CADETE
Este projeto de artesanato indígena com sementes visou resgatar e valorizar os saberes,
costumes e tradições da cultura dos alunos, professores da Escola Indígena Ednilson
Lima Cavalcante e moradores da comunidade Indígena Tabalascada, localizada na
Região da Serra da lua no estado de Roraima, que hoje vem se modificando com a
influência de outras culturas, mudando o jeito de viver, de se vestir e enfeitar-se. A
escola foi fundamental para o desenvolvimento deste projeto intitulado “Produção de
artesanatos indígenas com sementes na Escola Indígena Ednilson Lima
Cavalcante/RR”, no qual foi contextualizado com a especificidade da comunidade. Teve
como objetivo geral de motivar e sensibilizar os alunos para utilização desses artefatos
no cotidiano escolar por meio das práticas culturais que envolvessem a confecção das
indumentárias e adereços para apresentações culturais. No desenvolvimento deste
projeto percebeu-se que na comunidade os saberes culturais estão se perdendo, por não
está sendo repassados para as crianças e jovens. Portanto com o apoio dos pais e
moradores da comunidade buscamos alternativas que estimulassem os alunos a
valorizar na prática as confecções dos artesanatos com sementes naturais, fortalecendo a
importância da arte como cultura na escola e comunidade. Para alcançar o objetivo deste
projeto utilizamos a metodologia de pesquisa ação levando em consideração a pesquisa
participativa na coleta, no selecionamento das sementes e na confecção dos artesanatos.
Convidamos os pais e pessoas idosas da comunidade também para colaborar na
execução deste projeto na hora da retirada de fibras, de outros vegetais, como: buritis,
arumã, cipó, bambu e outros. Promovemos gincanas entre alunos para coletar maior
quantidade e qualidade de sementes. Para finalizar este projeto fizermos uma exposição
no malocão da comunidade dos trabalhos desenvolvidos mostrando que é possível levar
o conhecimento cultural a todos.
Palavras-chave: Conhecimento cultural, Sementes, Práticas culturais.
1
Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena,
Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413, Bairro Aeroporto, Cep: 69310-00, Boa Vista-RR,
Brasil.*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional146
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ABORDAGEM DO TEMA BOTÂNICA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS
ESCOLAS DE CONCEIÇÃO DO RIO VERDE – MG
Pedro Henrique Abreu MOURA1 *, Paulyene Vieira NOGUEIRA2, Glênia Ferreira
GUIMARAES3, Cynthia Natally de ASSIS3, Júlia Flório Pires de ANDRADE3,
Franciely Maria Pereira de RESENDE3
A temática botânica é um importante instrumento de aprendizagem para o nosso cotidiano,
influenciando diretamente na educação ambiental, que comporá mecanismos para a
construção de jovens e adultos mais críticos e responsáveis com o meio ambiente. Coligando
as duas áreas, podemos observar que conhecendo as plantas, a sua estrutura e funcionamento,
podemos contribuir para que haja mais respeito, cuidado e preservação ao ambiente natural ao
qual estamos inseridos. A educação ambiental é um tema transversal inserido nos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) em 1997 no qual, normalmente, é constatado dentro das aulas
de botânica para uma melhor compreensão e adequação dos alunos a este tema. Com isto,
objetivou-se com este trabalho investigar a abordagem da Botânica e do tema transversal
Meio Ambiente nas escolas de Conceição do Rio Verde – MG e, abordando esta demanda em
suas aulas rotineiras. Para realização deste trabalho utilizamos uma metodologia mista de
coleta de dados. Foi feito o levantamento junto a Secretaria Municipal de Educação do
número e localização de escolas no município; e entrevista com diretores e professores sobre
as aulas de botânica e trabalho desenvolvidos em educação ambiental. De acordo com a
pesquisa realizada na SE, o município conta com seis escolas (públicas e privadas, urbanas e
rurais) que foram denominadas de A a F. Segundo dados dos diretores e professores, somente
as escolas A e B possuíam trabalhos com educação ambiental, como projetos da escola e,
todas as escolas abordam o tema Botânica, inferindo que quatro escolas ( B, C, D, E) afirmam
que o tema não é o mais atraente da disciplina de Biologia, tanto para alunos quanto para
professores, caracterizando assim uma dificuldade nesta abordagem e, principalmente, na
aprendizagem. Concluímos que é necessária maior ênfase no ensino destes dois temas, uma
vez que são temas de extrema importância para uma melhor relação com o meio ambiente e
formação de indivíduos capacitados para o cuidado com a natureza, diminuindo a distância
entre as pessoas, principalmente os jovens, com o ambiente e a natureza ao qual estão
inseridos.
Palavras-chave: Transversalidade, Educação Ambiental, PCN.
Créditos de financiamentos: FAPEMIG.
1:
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000,
Lavras-MG, Brasil.
2:
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação
em Botânica Aplicada, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, LavrasMG, Brasil.
3:
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduação em Agronomia,
Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*
autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional147
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
POTENCIALIDADE ECONÔMICA DE 100.000 m2 DE FLORESTA ENTRE OS
INTERFLÚVIOS MADEIRA/PURUS/SOLIMÕES, AMAZONAS – BRASIL.
Luiz de Souza COELHO1*; Juan David REVILLA Cardenas1; Jean-Louis
GUILLAUMET2; Diógenes de Andrade LIMA FILHO1, Luiz Carlos de Matos
BONATES1; Emanuelle de Sousa FARIAS3.
Os inventários foram realizados entre os interflúvios Madeira/Purus/Solimões nos municípios
de Apuí, Coari, Careiro Castanho e Lábrea no Amazonas e Candeias do Jamari em Rondônia,
sendo 20.000 m2 de floresta de terra firme em cada localidade. Registrou-se e identificou-se
todos os indivíduos com diâmetro altura do peito maior ou igual a 10 cm e buscou-se
informações bibliográficas sobre o uso e aplicabilidade de cada uma das espécies vegetais.
Nas análises dos 100.000 m2 de floresta, foram inventariados 6.371 indivíduos, distribuídos
em 74 famílias, 271 gêneros e 796 espécies dos quais 72 % destes indivíduos apresentaram
potencialidade econômica no uso e aplicabilidade nas seguintes áreas: fitoterápica,
fitocosmética, em ritos religiosos, construção civil, marcenaria, alimentícios e em tinturaria. A
área de estudo que apresentou o maior número de indivíduos com potencialidade foi Lábrea
(91 %) seguido por Careiro Castanho (72 %), Candeias do Jamarí (70 %), Apuí (68 %) e
Coari (60 %). Três palmeiras destacaram-se entre as cinco espécies com maior abundância:
Orbignya phalerata (Babaçu), Oenocarpus bataua (Patauá) e Euterpe precatoria (Açaí da
mata). Autores abordam que as palmeiras estão entre os recursos vegetais mais úteis para o
homem amazônico, incluindo os povos indígenas, que delas obtém grande partes de seu
sustento e moradia além de múltiplos objetos que satisfazem suas necessidades materiais. A
aplicabilidade na construção civil foi que apresentou o maior número de espécies (430)
seguida da fitoterápica (151), carpintaria (118), alimentícios (71), fitocosmética (48),
artesanato (41), ritos religiosos (5) e tinturaria (4). Evidenciou-se que as famílias Annonaceae,
Apocynaceae, Arecaceae, Burseraceae, Chrysobalanaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae,
Lauraceae, Lecythidaceae, Malvaceae, Moraceae, Myristicaceae, Sapotaceae, Urticaceae e
Vochysiaceae são as mais representativas na potencialidade econômica das espécies vegetais.
Os estudos demonstram significativos êxitos para a economia botânica das regiões estudadas,
e esta poderá ajudar a dinamizar as atividades produtivas de espécies regionais com valor
econômico para biocosméticos, biofármacos e alimentos, estimular o associativismo e o
cooperativismo de produtores rurais, contribuindo para o trabalho organizado, solidário e
desenvolvimento de sólidas cadeias produtivas.
Palavras-chaves: Botânica econômica, Potencialidade econômica, Botânica aplicada.
Crédito de Financiamentos: MCTI/MMA/INPA/ELN/PETROBRÁS.
1: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Biodiversidade, Laboratório
de Inventário Florístico e Botânica Econômica, Av. André Araújo, 2936, CEP 69060-001,
Aleixo, Manaus-AM, Brasil.
2: Muséum National d’Histoire Naturelle de Paris, 16 Rue Buffon, 75005. Paris, França.
3: Universidade Federal do Amazonas, Departamento de Pós-Graduação em Saúde,
Sociedade e Endemias na Amazônia. Av. Rodrigo Otávio, 3000 - Coroado, Manaus - AM,
Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional148
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
POTENCIALIDADE ECONÔMICA DE 100.000 m2 DE FLORESTA ENTRE OS
INTERFLÚVIOS MADEIRA/PURUS/SOLIMÕES, AMAZONAS – BRASIL.
Luiz de Souza COELHO1*; Juan David REVILLA Cardenas1; Jean-Louis
GUILLAUMET2; Diógenes de Andrade LIMA FILHO1, Luiz Carlos de Matos
BONATES1; Emanuelle de Sousa FARIAS3.
Os inventários foram realizados entre os interflúvios Madeira/Purus/Solimões nos municípios
de Apuí, Coari, Careiro Castanho e Lábrea no Amazonas e Candeias do Jamari em Rondônia,
sendo 20.000 m2 de floresta de terra firme em cada localidade. Registrou-se e identificou-se
todos os indivíduos com diâmetro altura do peito maior ou igual a 10 cm e buscou-se
informações bibliográficas sobre o uso e aplicabilidade de cada uma das espécies vegetais.
Nas análises dos 100.000 m2 de floresta, foram inventariados 6.371 indivíduos, distribuídos
em 74 famílias, 271 gêneros e 796 espécies dos quais 72 % destes indivíduos apresentaram
potencialidade econômica no uso e aplicabilidade nas seguintes áreas: fitoterápica,
fitocosmética, em ritos religiosos, construção civil, marcenaria, alimentícios e em tinturaria. A
área de estudo que apresentou o maior número de indivíduos com potencialidade foi Lábrea
(91 %) seguido por Careiro Castanho (72 %), Candeias do Jamarí (70 %), Apuí (68 %) e
Coari (60 %). Três palmeiras destacaram-se entre as cinco espécies com maior abundância:
Orbignya phalerata (Babaçu), Oenocarpus bataua (Patauá) e Euterpe precatoria (Açaí da
mata). Autores abordam que as palmeiras estão entre os recursos vegetais mais úteis para o
homem amazônico, incluindo os povos indígenas, que delas obtém grande partes de seu
sustento e moradia além de múltiplos objetos que satisfazem suas necessidades materiais. A
aplicabilidade na construção civil foi que apresentou o maior número de espécies (430)
seguida da fitoterápica (151), carpintaria (118), alimentícios (71), fitocosmética (48),
artesanato (41), ritos religiosos (5) e tinturaria (4). Evidenciou-se que as famílias Annonaceae,
Apocynaceae, Arecaceae, Burseraceae, Chrysobalanaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae,
Lauraceae, Lecythidaceae, Malvaceae, Moraceae, Myristicaceae, Sapotaceae, Urticaceae e
Vochysiaceae são as mais representativas na potencialidade econômica das espécies vegetais.
Os estudos demonstram significativos êxitos para a economia botânica das regiões estudadas,
e esta poderá ajudar a dinamizar as atividades produtivas de espécies regionais com valor
econômico para biocosméticos, biofármacos e alimentos, estimular o associativismo e o
cooperativismo de produtores rurais, contribuindo para o trabalho organizado, solidário e
desenvolvimento de sólidas cadeias produtivas.
Palavras-chaves: Botânica econômica, Potencialidade econômica, Botânica aplicada.
Créditos de Financiamentos: MCTI/MMA/INPA/ELN/PETROBRÁS.
1: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Biodiversidade, Laboratório
de Inventário Florístico e Botânica Econômica, Av. André Araújo, 2936, CEP 69060-001,
Aleixo, Manaus-AM, Brasil.
2: Muséum National d’Histoire Naturelle de Paris, 16 Rue Buffon, 75005. Paris, França.
3: Universidade Federal do Amazonas, Departamento de Pós-Graduação em Saúde,
Sociedade e Endemias na Amazônia. Av. Rodrigo Otávio, 3000 - Coroado, Manaus - AM,
Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional149
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ALTERAÇÕES NO CONTEÚDO DE CLOROFILA DE Physalis peruviana L.
(Solanaceae) SOBRE DIFERENTES INTENSIDADES DE LUZ
Carolina Ruiz ZAMBON1*, Flávio Gabriel BIANCHINI2, Daniel Fernandes da SILVA1,
Pedro Henrique Assis SOUSA3, Lucas Pinto BOTELHO3, Maraisa Helen TADEU2
O objetivo deste trabalho foi verificar a concentração de clorofolia em Physalis peruviana L.
em diferentes regimes de luz, em campo, em viveiro com 70% de sombreamento e em câmara
de nebulização. O delineamento adotado foi em blocos ao acaso com três tratamentos e 4
repetições, sendo 10 plantas por parcela. As avaliações de clorofilas foram efetuadas em
plantas da mesma idade em todos os tratamentos, sendo as avaliações efetuadas no mês de
agosto de 2013 em três folhas por planta, em cada repetição, tendo utilizado sempre a folha do
terço médio das plantas. Para análise foi utilizado o medidor portátil clorofilometro, modelo
Spad (502). As leituras foram feitas em apenas um lado da nervura, aproximadamente no
centro e a 0,6 mm da margem da lâmina da folha. Segundo o teste de Tukey a 5 % de
probabilidade houve diferença significativa entre o teor de clorofila dos tratamentos. Sendo
que os fisális em campo aberto apresentaram maior concentração 49 mg m-2, já os fisális do
viveiro apresentaram 46 mg m-2, enquanto que os fisális localizados em Câmera de
nebulização apresentaram menor teor de clorofila 27,5 mg m-2. Pode-se observar ao longo do
experimento que além da diferença significativa no teor de clorofila entre os diferentes
tratamentos o tamanho das plantas entre os mesmos variou muito. As plantas em campo
apresentaram o maior tamanho médio com 40cm altura por 2cm de espessura do tronco,
seguidas dos fisális em viveiro com uma média de 10 cm de altura por 1,2 de espessura, e por
último as da câmara de nebulização, com 7 cm de altura por 0,6 de espessura, resultado este
indo de encontro com os níveis de clorofila. O que sugere que quanto menor a concentração
de clorofila, menor é a síntese de fotoassimilados e menor será o desenvolvimento da planta.
Conclui-se que Physalis peruviana L. responde diretamente a concentração de luz dos
ambientes sendo que as plantas que apresentaram os maiores níveis de clorofila foram as
encontradas em campo.
Palavras Chave: Botânica aplicada, Desenvolvimento vegetal, Fotossíntese.
Créditos de financiamento: Fapemig
1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação
em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, LavrasMG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected]. *autor para
correspondência: [email protected]
2 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil
3 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduando em Agronomia,
Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional150
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CRESCIMENTO INICIAL DE Dalbergia miscolobium Benth. SOB DIFERENTES
NÍVEIS DE RADIAÇÃO E DISPONIBILIDADE HÍDRICA
Ane Marcela das Chagas MENDONÇA1, Nayara Cristina de MELO1*, Hugo Rafael
Bentzen SANTOS1, Marcelo RODRIGUES1, Nátali SILVA1, João Paulo Rodrigues
Alves Delfino BARBOSA1
O Jacarandá-do-cerrado (Dalbergia miscolobium Benth.) da família Fabaceae, é considerado
uma das espécies nativas com ampla distribuição no Domínio Cerrado. Esse tipo de formação
caracteriza-se por menor disponibilidade de água no solo e maior irradiância. É possível que o
padrão de crescimento dessa espécie seja influenciado pelos níveis de água, quantidade e
qualidade da radiação. Objetivou-se avaliar o crescimento inicial de D. miscolobium em
função da interação entre diferentes níveis de radiação e disponibilidade hídrica. Para isso,
indivíduos com dois meses de idade e mantidos em citropotes com substrato areia lavada,
foram cultivados em casa de vegetação com diferentes tipos de cobertura: Pleno Sol (PS)
coberto com um plástico transparente, Sombrite 50 % (S) e Insufilme® (I). Em cada ambiente,
foram induzidos três regimes hídricos: 100 % da capacidade de campo (CC), 70 % CC e 30 %
CC, compondo um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x3. Durante
o período experimental de seis meses, foram realizadas avaliações biométricas semanais das
plantas: altura, diâmetro do caule e número de folhas. Utilizaram-se valores médios para
calcular o incremento de altura e diâmetro do caule. Para monitorar a temperatura e umidade
relativa do ar em cada ambiente, utilizou-se um termohigrômetro Extech Instruments modelo
RHT10. Os dados normalizados foram submetidos à análise de variância e os valores médios
foram comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. As médias da temperatura e
umidade relativa do ar no ambiente PS foram 28,8 °C e 62,2 %; no S foram de 25,4 °C e 69,2
%; enquanto que no I as médias foram 25,8 °C e 68,1 % respectivamente. Não houve
diferença para os valores de incremento, sendo observados, 0,124 m.semana-1 e 0,00015
m.semana-1 para altura e diâmetro do caule. Ao comparar o número de folhas entre os
ambientes, verificou-se que para disponibilidade hídrica de 30% CC, a menor média foi do
ambiente de PS, enquanto o maior valor foi no ambiente S, de modo que a emissão foliar pode
ter sido afetada pela menor quantidade de água associada à maior irradiância e temperatura
em PS. O padrão inverso foi encontrado para o tratamento de 100% CC, onde a maior média
foi observada no PS e a menor no S, sendo que nesse ambiente a emissão de folhas pode ter
sido afetada pela condição de hipoxia definida por este regime hídrico, associado a menores
valores de irradiância e temperatura.
Palavras-chave: Cerrado, Estresse hídrico, Hipoxia, Sombreamento.
Agradecimentos: FAPEMIG/CAPES
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Laboratório de Ecofisiologia e
Funcionamento de Ecossistemas, Campus Universitário, Caixa-postal 3037, CEP 37200-000,
Lavras-MG, Brasil
* autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional151
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
FENOLOGIA E VISITANTES FLORAIS DE Heliconia acuminata L. C. Rich
(HELICONIACEAE) NO JARDIM BOTÂNICO DE MANAUS
Dariene de Lima SANTOS1*; Mário Henrique FERNANDEZ2; Fernanda de Almeida
MEIRELLES2
A fenologia é reconhecida como uma das importantes linhas da pesquisa ecológica, seu
estudo permite a obtenção de informações sobre período de crescimento, período de
reprodução e disponibilidade de recursos para polinizadores e dispersores. Heliconia
acuminata é uma espécie nativa da região amazônica, comum no sub-bosque das florestas e
apesar do seu potencial ornamental e importância ecológica, existem poucos estudos
relacionados à sua biologia reprodutiva. O presente trabalho teve por objetivos caracterizar a
fenologia e identificar os visitantes florais de H. acuminata. O estudo foi realizado no Jardim
Botânico Adolpho Ducke em Manaus, no período de Novembro de 2012 a Junho de 2013. A
fenologia foi avaliada mensalmente em 36 indivíduos, através da observação de três
parâmetros: produção de folhas novas, brotos e floração. Para as análises foi aplicado o índice
de atividade. Para a identificação dos visitantes florais foram realizadas observações diretas,
uma vez por semana, por um período de seis horas em cada indivíduo e feito o registro
fotográfico para posterior identificação. A produção de folhas novas teve maior pico durante o
mês de Maio com índice de atividade de 83%, a produção de brotos foi mais intensa durante o
mês de Janeiro com 38%. A floração se limitou aos meses de Fevereiro e Março com maior
índice de atividade durante o mês de Fevereiro com 25% dos indivíduos florindo. As
inflorescências levam de 25 a 30 dias para abrir todas as brácteas e chegam a senescência em
aproximadamente 45 dias. As flores receberam frequentes visitas do beija-flor Phaethornis
ruber, houve apenas um registro de uma abelha Trigona sp. que coletava pólen nas flores.
Besouros da família Chrysomelidae, sub-família Cassidinae foram frequentemente
encontrados nas inflorescências, utilizando-as como abrigo e local para acasalamento ou
realizando herbivoria nos tecidos das brácteas. H. acuminata apresentou um curto período de
floração, com duração de apenas dois meses, na qual 25% (N=36) dos indivíduos emitiram
inflorescências. O beija-flor P. ruber foi o visitante mais frequente, sendo este considerado
seu polinizador potencial, a abelha Trigona sp. pode ser considerada um visitante floral
irregular e os besouros Chrysomelidae apesar de serem freqüentemente encontrados nas
brácteas de H. acuminata, não estão ligados a polinização utilizando-se de outros recursos
ofertados pela planta.
Palavras-chave: Floração, Beija-flor, Helicônia, Polinização.
1
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Dinâmica Ambiental, Av.
André Araújo, 1786, Aleixo, Caixa-postal 478, CEP: 69083-911, Manaus-AM, Brasil.
2
Museu da Amazônia, Coordenação Técnica de Botânica e Ed. Ambiental, Rua EG, 11,
Aleixo, CEP: 69060-060, Manaus-AM, Brasil.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional152
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CRESCIMENTO DE EXPLANTES DE ABACAXIZEIRO NA PRESENÇA E
AUSÊNCIA DE FILTRO E COM VENTILAÇÃO FORÇADA
Victorio Jacob BASTOS1*, Marcio Akira COUCEIRO 2 , Adalgisa Aranha de
SOUZA2,Paula Monique Carvalho da SILVA3, Djair Alves de MELO 4
A micropropagação apresenta-se como uma alternativa para a produção em grande escala de
mudas de abacaxizeiros Ananas sativus (Bromeliáceas) sadias das cultivares comerciais
susceptíveis à fusariose. A micropropagação proporciona a multiplicação de novos genótipos
produzidos em programas de melhoramento genético reduzindo o tempo de lançamento de
novas cultivares. O objetivo deste trabalho é avaliar o crescimento de explantes de
abacaxizeiro CV Pérola durante o período in vitro na presença e ausência de filtro com e sem
a utilização de ventilação forçada. As plântulas utilizadas foram extraídas de plantas
previamente estabelecidas in vitro, e estas foram inoculadas em meio de cultivo Murashige e
Skoog suplementado com 30 gL-1 de sacarose, solidificado com 7 gL-1 de ágar, com 1 mg L-1
de BAP, 0,25 mg L-1 de ANA, sendo os frascos submetidos a três condições de ventilação:
T1: Frasco sem filtro (controle), T2: Frasco com filtros em prateleiras sem ventiladores e T3:
Frascos com filtro em prateleiras com ventiladores. O pH foi ajustado em 5,8 e
posteriormente os fracos foram conduzidos para autoclavagem a 120°C, durante 15 minutos.
Após a inoculação em câmara de fluxo laminar, o material foi mantido em sala de
crescimento à temperatura controlada de 25oC. Após 45 dias os explantes foram retirados dos
fracos para avaliações do comprimento da parte aérea e da raiz, número de folhas, massa
fresca e massa seca. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado
em esquema fatorial 3x9. Os dados obtidos foram submetidos à ANAVA e as médias
comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Observou-se que o maior crescimento
da massa da raiz e parte aérea foi observado com emprego de T1. As plantas cultivadas em
sistema de ventilação natural apresentaram maior comprimento de parte aérea, maior número
de folhas e raiz, resposta diretamente relacionada com cultivos fotoautróficos. Para a variável
comprimento de raiz o T2 foi superior. O T3 foi inferior a todos os tratamentos em todas as
variáveis estudadas. De acordo com os dados encontrados, indica-se a utilização de filtros e
ventilação forçada para micropropagação de abacaxi CV. Pérola por induzir o melhor
desenvolvimento das plântulas.
Palavras-chave: Ananas sativus, Amazônia, Anatomia vegetal, Cultura de tecidos,
Micropropagação.
1
Créditos de financiamento: CNPq/UFRR
Estudante da Universidade Federal de Roraima, Campus Murupu, Boa Vista- RR
2
Professor Adjunto da Universidade Federal de Roraima.
3
Mestranda do Curso de Agronomia (POSAGRO-UFRR)
4
Professor Adjunto do Instituto Federal de Roraima.
*autor para correspondência: [email protected]
1
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional153
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ANÁLISE QUÍMICA E TÓXICA DE Miconia rubiginosa (Bompl.) DC. OCORRENTE
EM ÁREA DE SAVANA, RORAIMA.
Thaylanna Cavalcante CORREIA1*, Priscilla Rarimmy Lopes PEREIRA1, Andréia
Nascimento da CONCEIÇÃO1, Dayse Pereira SANT’ANA1, Ramoni Mafra de LIMA1,
Luiz Alberto PESSONI2, Albanita de Jesus Rodrigues da SILVA3
A utilização de plantas com fins medicinais, para tratamento, cura e prevenção de doenças, é
uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. Baseando-se nesses
conhecimentos, muitas pesquisas estão voltadas em analisar o potencial farmacológico de
plantas nativas da Amazônia. O gênero Miconia apresenta várias ações para os estudos
etnobotânicos tais como: efeito cicatrizante, antidesintérico, antiespasmódico, antivitiligo. A
presente pesquisa tem como objetivos identificar metabólicos secundários da classe de
terpenos e avaliar a atividade toxicológica do extrato de Miconia rubiginosa (Bompl.) DC.
Para a análise fitoquímica, foi realizada a coleta das partes aéreas de M. rubiginosa, no campo
experimental Água Boa (Embrapa-Roraima), no módulo do Programa de Pesquisa em
Biodiversidade (PPBio). As partes aéreas, secas e moídas, foram submetidas ao processo de
extração química para a obtenção do subextrato diclorometânico. Posteriormente, foi
realizada à cromatografia em gel e os eluatos foram processados em cromatografia gasosa
(acoplada ao massa). Parte do material foi submetido à extração por maceração até a obtenção
do extrato bruto etanólico para a avaliação toxicológica frente à Artemia salina Leach. A
incubação dos ovos foram monitorados sob ás condições de oxigenação, temperatura e pH,
durante 48 h para a eclosão dos mesmos. Foram preparados tubos de ensaio contendo o
extrato bruto etanólico nas concentrações de 20, 100, 200, 500 e 1000 µg/ml. Após a eclosão
dos ovos, foram adicionados 10 náuplios em cada tubo de ensaio conforme as concentrações
determinadas anteriormente. Após 24 h, realizou-se a contagem de náuplios sobreviventes em
cada tubo e com esse resultado foi calculada a taxa de mortalidade e a dose letal média. Com
relação aos resultados da análise química foram identificadas as moléculas β-Amirina, βSitosterol, Ácido octadecanoico metil éster e Octano,2,6,6,-trimetil. Quanto à ação tóxica do
extrato bruto etanólico, este apresentou concentração significativa com valor da dose letal
média de 63µg/ml, pois com base nas análises da taxa de mortalidade de náuplios se pode
afirmar que esta planta apresenta efeitos tóxicos, conforme a quantidade e tipo de organismo a
consumir a mesma, uma vez que os extratos são considerados ativos, quando a dose capaz de
matar 50% das larvas for inferior 1000µg/ml. Portanto a contribuição da presente pesquisa é
relevante para o encaminhamento em estudos farmacológicos.
Palavras-chave: Melastomataceae, Cromatografia, Terpenos.
Fomento: Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal de Roraima.
1
Universidade Federal de Roraima, Centro de Estudos da Biodiversidade, Campus Paricarana,
Laboratório de Substâncias Bioativas, Sala 215, CEP: 69304-000, Boa Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
2
Prof. Dr. em Genética e Melhoramento, associado I do Centro de Estudos da Biodiversidade
da Universidade Federal de Roraima, colaborador.
3
Profa. Dra. em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, Laboratório de Substâncias
Bioativas, Centro de Estudos da Biodiversidade, Universidade Federal de Roraima,
orientadora.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional154
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
MODIFICAÇÕES NAS BARREIRAS APOPLÁSTICAS RADICULARES DE
Panicum aquaticum Poir. EM RESPOSTA A ELEMENTOS TÓXICOS
Marinês Ferreira PIRES1, Evaristo Mauro de CASTRO1, Fabricio José PEREIRA1,
Cynthia de OLIVEIRA2, Elícia Trindade ALVES3
Entre os diversos poluentes dos ecossistemas aquáticos, os elementos tóxicos como
cádmio, chumbo e arsênio estão entre os mais preocupantes. A fim de recuperar corpos
hídricos contaminados, a fitorremediação surge como alternativa viável. Para isso,
compreender os mecanismos adotados por possíveis espécies tolerantes é fundamental.
Nesse sentido, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar as modificações
estruturais nas barreiras apoplásticas das raízes da macrófita Panicum aquaticum em
diferentes concentrações de cádmio, chumbo e arsênio. Plantas foram coletadas e
propagadas em solução nutritiva em casa de vegetação até obtenção de gerações clonais
isentas de fonte endógena de cádmio, chumbo e arsênio. Em seguida, foram montados 3
experimentos: com concentrações crescentes de cádmio (0,0; 0,4; 0,8; 1,6; 3,2 e 6,4 mg L1
), de chumbo (0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 8,0 mg L-1) e de arsênio (0; 0,25; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0
mg L-1). O delineamento foi inteiramente casualizado com seis tratamentos e cinco
repetições em cada experimento. Após 30 dias de período experimental amostras de raízes
foram coletadas e fixadas em FAA70%, armazenadas em etanol 70% e submetidas às
microtécnicas usuais em anatomia vegetal. O cádmio promoveu aumento da espessura da
epiderme, endoderme e exoderme nas maiores concentrações. A presença do chumbo
provocou maior espessura da exoderme e endoderme, enquanto a epiderme não foi afetada.
Com arsênio a espessura da epiderme foi reduzida nas concentrações intermediárias,
enquanto as espessuras da endoderme e exoderme foram reduzidas na presença do
metaloide. As barreiras apoplásticas constituem uma característica importante na tolerância
aos elementos tóxicos, desempenhando papel no controle da absorção e transporte destas
substâncias. Podendo assim ser afetadas em condições de estresse. As modificações
apresentadas por P. aquaticum na presença de cádmio e chumbo podem indicar
mecanismos favoráveis à tolerância, diminuindo a translocação desses metais. Por outro
lado, para o arsênio a redução dessas barreiras pode representar maior translocação do
metaloide, sendo uma característica pouco desejável para espécies tolerantes. Portanto, nas
concentrações testadas a espécie demonstrou maior tolerância apenas ao cádmio e chumbo,
considerando as características avaliadas.
Palavras-chave: Macrófitas, Tolerância, Anatomia Vegetal, Elementos tóxicos.
Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES e CNPq
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação
em Botânica Aplicada, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP 37200-000 Lavras MG, Brasil.
2
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciências do Solo, Campus
Universitário, Caixa Postal 3037, CEP 37200-000 Lavras - MG, Brasil.
3
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Fitopatologia, Programa de PósGraduação em Fitopatologia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP 37200-000
Lavras - MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional155
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
POTENCIAL DOS RESÍDUOS GERADOS NA EXTRAÇAO DAS SEMENTES DA
Bertholletia excelsa H.B.K. COMO SUBSTRATO ORGÂNICO.
Dierson Henrique Rodrigues MACIEL1*, Rita de Cássia Pompeu de SOUSA2, Mac
Wesley de Menezes FERREIRA1*, Oscar José SMIDERLE2 , Edvan Alves CHAGAS2,
Verônica Andrade dos SANTOS2
A Castanha-do-Brasil é uma espécie arbórea encontrada na região amazônica. Produz frutos,
um ouriço, composto por uma casca que o reveste medindo em média 1,00 cm, uma parte
compacta com aproximadamente 1,50 cm de forma oca contendo castanhas. Estas depois de
quebradas liberam amêndoas que tem potencial para alimentação humana, apresentando
combinação de vitamina E e selênio. No estado de Roraima, a coleta dos frutos é realizada de
forma extrativista. Os resíduos gerados são descartados e amontoados no próprio local de
coleta. Em outros estados, na região Norte, somente o ouriço vem sendo utilizado para
produção de artesanatos. Já as cascas que revestem o ouriço não são utilizadas, sendo
ambiente propício para desenvolvimento do fungo Arpergiillus flavus, que produz uma toxina
com efeitos cancerígenos. O objetivo nesse trabalho foi qualificar e quantificar os resíduos
gerados na extração das sementes de frutos da Castanha-do-Brasil, originados de pesquisa na
Embrapa Roraima, com vistas a sua utilização como matéria-prima para substratos. Foram
selecionados 25,40 kg de resíduos para avaliação e processamento de novo produto no
laboratório de resíduos da Embrapa Roraima. Estes foram desinfectados por meio de imersão
em solução contendo 500 mL de água sanitária múltiplo uso e 300 litros de água oriunda de
reaproveitamento, a temperatura de 35,5° C, por 2 horas para retirada de uma amostra, 2,5 kg,
em torno de 8%, somente de cascas. Para avaliação comparativa do grau de dificuldade de
extração das cascas foi pesado 1 kg de amostra do ouriço seco. Estas foram levadas a estufa
de circulação de ar a 55° C ± 5° C por 48 horas para obtenção da matéria pré-seca. Após, 10
% deste quantitativo foi moído para obtenção de uma amostra de substrato e realização de
análises do pH e teor de água, em triplicata. O restante dos resíduos, após 48 h, foi separado
manualmente e pesados para obtenção do percentual de rendimento do produto. Os resultados
obtidos quanto ao rendimento dos resíduos imersos em água foram de 68,54 % de ouriço e
31,46% de cascas. Obteve-se de matéria pré-seca, para as duas amostras de cascas, 41,37% no
material lavado e 27,88% em material seco. O pH foi de 6,8 e o teor de água de 50,16%. Para
processamento e obtenção do substrato, verificou-se que a extração das cascas é facilitada
quando deixadas de molho na água por 48 horas. Após secagem natural e trituração são
obtidos em torno de 30 % de substrato orgânico, co-produto que pode ser utilizado.
Palavras-chave: Castanha do Brasil, ouriço, resíduos.
Apoio financeiro: CNPq/CAPES/UFRR e EMBRAPA-RR
1
Universidade Federal de Roraima-UFRR, Centro de Ciências em Agronomia – CCA,
Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR,
Brasil.
2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima, Pesquisa em Fruticultura,
BR-174, km 8, Distrito Industrial, Cx. Postal 133, CEP: 69.301-970, Boa Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional156
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE RABANETE EM CULTIVO
SEQUENCIAL COM DIFERENTES DOSES DE BIOFERTILIZANTE BOVINO
Digelma Camila Barros ARAUJO1*, Hellen Cristine Alves RODRIGUES¹, Rafael Jorge
do PRADO1, Wellington Farias ARAÚJO1
O rabanete (Raphanus sativus L.) é uma Brassicaceae de porte reduzido e que, nas cultivares
de maior aceitação, produz raízes globulares, de coloração escarlate-brilhante e polpa branca.
Pode ser usada como cultura intercalar entre outras de ciclo mais longo, pois, além de ser
relativamente rústica, apresenta ciclo muito curto com retorno rápido. Desse modo se faz
importante sua caracterização vegetativa e botânica, visando o melhor aproveitamento da
cultura na região estudada. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo
do rabanete (R. sativus L.) em cultivo sequencial, utilizando diferentes doses de biofertilizante
bovino em Boa Vista, Roraima. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Centro
de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima (CCA/UFRR), cultivado em baldes
de 7 litros preenchido com Latossolo Vermelho Amarelo, em sistema inteiramente
casualisado 5x6, sendo 5 doses de biofertilizante (0, 20, 40, 60 e 80% de diluição em água,
correspondendo aos tratamentos 1, 2, 3, 4 e 5 respectivamente) com 6 repetições. O solo
utilizado foi analisado no laboratório da UFRR e corrigido com calcário dolomítico. O
biofertilizante foi produzido em uma proporção de 50% de esterco fresco (colhido de um
rebanho em sistema extensivo de produção) e 50% de água, em ambiente anaeróbico por 45
dias. As variáveis analisadas foram número de folhas, massa fresca e seca da parte aérea,
diâmetro equatorial e peso de frutos. O programa estatístico utilizado foi o Assistat 2009. Para
as variáveis, número de folhas, massa fresca e seca da parte aérea, diâmetro equatorial e peso
de frutos, não houve diferença estatística entre os tratamentos 3, 4 e 5, sendo o tratamento 1 o
que apresentou os piores resultados, o que já era esperado, pois não houve adição de nenhuma
fonte de nutrientes neste tratamento. Apesar da igualdade estatística entre os tratamentos,
pode-se verificar que os tratamentos 4 e 5 apresentaram os maiores valores quantitativos, o
que nos permite obter fundamentos para futuros experimentos e recomendação de doses a
serem utilizadas. Conclui-se que este trabalho contribuiu para a aferição da melhor dose de
biofertilizante a ser utilizada no cultivo do rabanete, fornecendo uma base para que trabalhos
mais abrangentes possam ser realizados.
Palavras – Chave: Raphanus sativus L., Plantio subsequente, Produção.
1
1: Universidade Federal de Roraima (UFRR), Departamento de Solos e Engenharia
agrícola.Campus Cauamé: BR 174, Km 12.Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista /
RR.
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional157
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DISCRIMINAÇÃO DE ESPÉCIES DE Capsicum spp. COM A UTILIZAÇÃO DA
ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO PRÓXIMO
Silfran Rogerio Marialva ALVES1, Maisa Gomes MOURA1, Maria Teresa Gomes
LOPES1 ⃰, Willian Silva BARROS2, Graciela Inêz Bolzon de MUNIZ3, Silvana
NISGOSKI3
As pimentas são todas as espécies e variedades do gênero Capsicum com frutos geralmente
menores que os pimentões, com diferentes formatos, frequentemente de paladar pungente,
embora existam pimentas doces. O Brasil é um importante centro de diversidade para o
gênero Capsicum, por abrigar, tanto espécies domesticadas, quanto semidomesticadas e
silvestre. Esse gênero compreende 31 espécies reconhecidas, algumas com variedades
comerciais. Identificar plantas em germoplasma selvagem é um grande desafio e
recentemente a espectroscopia de folhas no infravermelho próximo tem se apresentado uma
técnica com surpreendente potencial para auxiliar na taxonomia de plantas e diferenciação de
espécies aproximadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial da técnica
espectroscopia foliar no infravermelho próximo para discriminar espécies do gênero
Capsicum. Foram analisadas folhas secas e inteiras de 54 acessos de 4 espécies da coleção de
acessos da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas. As leituras
espectrais foram realizadas pelos valores de absorbância entre os comprimentos de onda
9995,07 a 3996,48 cm-¹ no infravermelho próximo com auxílio do equipamento
espectrofotômetro Rapid Content Analyzer-Near Infrared da FOS. Cada leitura espectral foi
realizada em tempo médio de 60 segundos para leituras de 2 em 2 nanômetros para as
amostras de espécies: 47 acessos de Capsicum chinense, 4 de Capsicum annuum, 1 de
Capsicum baccatum e 2 de Capsicum frutescens. Foram coletadas seis leituras espectrais por
indivíduo em folhas das plantas. Foi realizada análise Discriminante de Fisher por meio do
sistema computacional GENES. A matriz de dados utilizada na análise foi composta por 500
variáveis (bandas espectrais) para as espécies. Na diferenciação e caracterização das espécies
foi realizada a análise discriminante, as variáveis analisadas referentes às amostras de folhas
Capsicum spp. permitiram a separação de 4 grupos a partir de suas assinaturas espectrais
correspondendo a cada uma das espécies, utilizando as 500 variáveis que correspondem aos
comprimentos de onda. A maior distância media foi verificada entre os grupos 1 e 4 (6,494), e
a menor, entre os grupos 2 e 3 (0,026). Foi possível observar que é possível distinguir
espécies dos gêneros Capsicum utilizando a técnica espectroscopia foliar no infravermelho
próximo.
Palavras chave: Infravermelho próximo, Análise discriminante, Pimentas, Classificação
taxonômica.
1
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia Tropical, Campus Universitário, Setor Sul, Av. Gal. Rodrigo
Otavio 3000, CEP: 37200-000, Manaus-AM, Brasil.
2
Universidade Federal de Pelotas, Instituto de Física e Matemática, Departamento de
Matemática e Estatística, Campus Universitário, s/nº. Capão do Leão-RS, Brasil.
3
Universidade Federal do Paraná, Departamento de Engenharia e Tecnologia Floresta–SCA,
Av. Pref. Lothário Meissner, 900. CEP: 80210-170 - Jardim Botânico - Curitiba-PR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional158
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERIZAÇÃO MORFOANATÔMICA E HISTOQUÍMICA DE Campomanesia
adamantium (Cambess.) O. Berg (Myrtaceae) APÓS O ARMAZENAMENTO
Daiane Mugnol DRESCH1*, Silvana de Paula Quintão SCALON1, Tathiana Elisa
MASETTO2, Rosilda Mara MUSSURY3, Graziela Martins dos SANTOS3
A conservação da viabilidade das sementes durante o armazenamento são imprescindíveis
para a produção de mudas. Consequentemente, os estudos anatômicos associados com os
métodos histoquímicos podem contribuir para o identificação de substâncias e compostos que
acumulam nos órgãos de reservas, como mecanismos adaptativos a condições adversas de
armazenamento. Este trabalho visou à caracterização morfoanatômica e histoquímica de
Campomanesia adamantium, provenientes do armazenamento de sementes em diferentes
teores de água. Os frutos foram processados e as sementes submetidas à secagem lenta nos
teores de água de 21,5; 15,3 e 10,2% e posteriormente submetidas ao armazenamento em
câmara fria e seca (16 ± 1ºC) durante 30 dias. A avaliação da taxa de sobrevivência das
plântulas foi realizada durante quarenta e dois dias, sendo computadas as percentagens de
sobrevivência da parte aérea e raiz primária das plântulas normais e anormais. As observações
anatômicas e os testes histoquímicos foram realizados utilizando-se amostras fixadas e não
fixadas da região mediana dos xilopódios das plântulas normais e anormais. Na
morfoanatomia das plântulas normais foram observados cotilédones expandidos, hipocótilo,
xilopódio e raiz primária bem definida e para as plântulas anormais, cotilédones expandidos,
hipocótilo e xilopódio (nos teores de água 21,5 e 15,3%) e hipocótilo e raiz primária (no teor
de água de 10,2%). Em ambas as plântulas foram observados xilopódios com epiderme em
camada única, córtex formado por células de colênquima e parênquima, cilindro vascular
composto pelos feixes vasculares e a medula. As plântulas provenientes das sementes
armazenadas nos três teores de água apresentaram baixa taxa de sobrevivência das raízes
primárias (37 a 3%), quando comparadas com a taxa sobrevivência da parte aérea (89 a 8%).
A dessecação e o armazenamento das sementes prejudicaram a formação das plântulas,
impedindo o desenvolvimento normal das estruturas de raiz e parte aérea. Os xilopódios das
plântulas normais e anormais apresentaram reações positivas para o amido e substâncias
lipofílicas. Os compostos fenólicos e os frutanos reagiram positivamente, especialmente nas
células parenquimáticas do xilopódio de plântulas anormais e negativamente nas normais. Os
efeitos deletérios da secagem associados com o armazenamento provocam o aparecimento de
compostos fenólicos e frutanos em plântulas anormais de C. adamantium.
Palavras-chaves: Cerrado, Guavira, Conservação, Teor de água.
Créditos de financiamento: CAPES.
1
Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de
Pós-graduação em Agronomia, Cx. Postal 533, CEP 79804970, Dourados, MS, Brasil; *autor
para correspondência: [email protected].
2
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco, Departamento de
Ciências Agrárias, Via do Conhecimento, Km 01 Caixa Postal 571, CEP 85503-390, Pato
Branco-PR, Brasil.
3
Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais,
Programa de Pós-graduação em Biologia Geral (Bioprospeção), Cx. Postal 533, CEP
79804970, Dourados, MS, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional159
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
TROCAS GASOSAS DE Vochysia thyrsoidea Pohl. (Vochysiaceae) EM DIFERENTES
ÁREAS DE CERRADO SUJEITAS À QUEIMADA
Vanessa da Fontoura Custódio MONTEIRO1*, Marcelo RODRIGUES1, Hugo Rafael
Bentzen SANTOS1, Ane Marcela das Chagas MENDONÇA1, Felipe FABRÍCIO1, João
Paulo Rodrigues Alves Delfino BARBOSA1
O Cerrado possui fitofisionomias distintas que abrigam grande diversidade florística. Dentre
as espécies de flora existentes neste Domínio, Vochysia thyrsoidea (Vochysiaceae) destaca-se
por ser típica de Cerrado stricto sensu. Sabe-se que a ocorrência de queimadas é comum no
Cerrado brasileiro, seja natural ou por ação antrópica. Nesse contexto, muitas espécies
desenvolveram estratégias adaptativas de sobrevivência após os processos de queimadas.
Objetivou-se avaliar a dinâmica sazonal das trocas gasosas em indivíduos jovens de V.
thyrsoidea presentes em dois fragmentos de cerrado stricto sensu no sul de Minas Gerais:
Parque Ecológico Quedas do Rio Bonito, Lavras-MG (área 1) e Reserva Biológica UnilavrasBoqueirão, Ingaí-MG (área 2). Os dois fragmentos sofreram queimadas no ano de 2011,
porém os indivíduos selecionados na área 1 estão localizados em local mais afetado, com
vestígios aparentes de fogo. As avaliações mensais de trocas gasosas foram realizadas em dias
claros, entre 9h e 10:30h, com auxílio de um analisador portátil de CO2 a infravermelho
(IRGA LCA-4) no verão (fevereiro e março) e no outono (abril e junho) de 2013. Utilizou-se
uma folha madura do segundo nó no sentido ápice-base de 30 indivíduos em cada avaliação.
Comparou-se a condutância estomática (gs), transpiração (E) e fotossíntese líquida (A) através
do teste t e do teste não-paramétrico Mann-Whitney entre as duas áreas. Os valores de A só
apresentaram diferença significativa no verão (p<0,001), sendo maiores para a área 1 com
média de 15,04 µmol m-2s-1. Os valores de gs também apresentaram diferença significativa
nos meses de fevereiro (U=255,000 p=0,004) e março (U=156,500 p<0,001), no qual a maior
média nesses meses foi também na área 1 (0,15 mol m-2s-1). Em relação à transpiração, os
valores foram maiores no verão em ambos os fragmentos. Somente os valores de março foram
estatisticamente diferentes entre as áreas, com média de 12,72 mmol m-2s-1 (SD 0,907) para a
área 1 e 0,66 mmol m-2s-1 (SD 0,639) para a área 2. Notou-se diferença significativa dos
parâmetros fotossintéticos analisados entre verão e outono de cada fragmento, exceto para
transpiração na Reserva Biológica Unilavras-Boqueirão. Na área 1, os parâmetros
fotossintéticos foram maiores no verão, enquanto que na área 2 foram no outono. Os
resultados mostram que V. thyrsoidea pode ter diferentes padrões de trocas gasosas no
Cerrado stricto sensu, de acordo com a estação e à influência de queimadas.
Palavras-chave: Cerrado stricto sensu, Fotossíntese líquida, Condutância estomática,
Transpiração.
Créditos de financiamento: CAPES e FAPEMIG.
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Laboratório de Ecofisiologia
Vegetal e Funcionamento de Ecossistemas, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP
37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional160
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
MORFOANATOMIA CAULINAR DE Physalis L. (Solanaceae) COMO SUBSÍDIO
PARA ADAPTAÇÃO E EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA NO PARANÁ
Ana Carolina Oliveira DUARTE1*, Daniel Fernandes da SILVA1, Rosali Constantino
STRASSBURG2, Fabíola VILLA3, Juliana Costa Bueno SANTOS1, Danimar Dalla
ROSA3
As muitas espécies pertencentes ao gênero Physalis L. (Solanaceae) vêm ganhando cada vez
mais destaque por suas propriedades medicinais e nutracêuticas. Entre elas destacam-se
Physalis peruviana L., Physalis pubescens L. e Physalis angulata L., por serem de fácil
cultivo e possuírem sabor característico. Pouco se sabe sobre as necessidades e condições
ideais para o seu cultivo, sendo fundamental um estudo morfoanatômico, que viabilize melhor
distinção entre as espécies além de inferir, através da estrutura anatômica encontrada, o tipo
de ambiente propício ao desenvolvimento da planta. Diante do exposto, objetivou-se com o
presente trabalho analisar morfoanatomicamente o caule de Physalis peruviana, Physalis
pubescens e Physalis angulata, buscando caracteres que possam diagnosticar uma possível
condição adaptativa favorável das espécies à região oeste do Paraná. Plantas das três espécies
foram cultivadas em telado pertencente à Unioeste, Campus de Marechal Cândido Rondon.
Ao atingirem idade reprodutiva os caules foram processados segundo técnicas descritas na
literatura para estudos botânicos. A organografia do caule de Physalis evidenciou
características comuns entre as espécies, sendo o caule do tipo aéreo, herbáceo, clorofilado e
simpodialmente ramificado, diferindo em suas angulações menos proeminentes em P.
peruviana. Outras características anatômicas comuns são epiderme monoestratificada,
colênquima angular, feixe condutor bicolateral e presença de tricomas, embora haja variação
na conformação celular dessas estruturas. A pilosidade em P. angulata foi menor. Além de
tricomas tectores unicelulares encontrados nas três espécies, P. peruviana e P. pubescens
ainda apresentaram tricomas tectores bicelulares. Verificou-se também a ocorrência de
tricomas glandulares capitados curtos em P. pubescens. P. pubescens e P. peruviana
apresentaram colênquima contínuo ao logo do caule, já em P. angulata este colênquima é
espaçado. Também o parênquima cortical de P. peruviana apresentou-se com 3-4 camadas,
contra 4-5 nas demais espécies. As células do parênquima medular são mais espaçadas entre
si em P. pubescens. As três espécies apresentam caracteres mesomórficos e estruturas
adaptativas a temperaturas elevadas e combate a herbivoria, como elevado número de
tricomas e células grandes, com vacúolos que podem armazenar quantidades significativas de
água e contribuir com o seu cultivo na região oeste do Paraná, embora mais estudos em outras
áreas sejam necessários.
Palavras-chave: Fisális, Morfologia vegetal, Anatomia caulinar, Cultivo econômico.
Agradecimentos: FAPEMIG
1Universidade Federal de Lavras (UFLA), Departamento de Biologia, Programa de Pósgraduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000,
Lavras – MG, Brasil. *Autor para correspondência: [email protected]
2:Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus Cascavel, Centro de
Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Rua Universitária 2069, Jardim Universitário, CEP:
85819-110, Cascavel – PR, Brasil.
3: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus Marechal Cândido
Rondon, Centro de Ciências Agrárias (CCA), caixa posta 91. Rua Pernambuco, 1777, Centro,
CEP: 85960-000, Marechal Cândido Rondon – PR, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional161
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ESTRATÉGIAS PARA MANEJO DA MURCHA DE ESCLERÓCIO (Sclerotium
rolfsii Sacc) EM Capsicum annun L. (Solanaceae);
João Vitor Camargo SOARES1; Jânia Lília da Silva BENTES1*; Amanda Rebeca
da Costa e SILVA1
A murcha de esclerócio, causada pelo fungo Sclerotium rolfsii é uma doença de difícil
controle, ocasionando elevadas perdas em cultivos de pimentão no Estado do
Amazonas. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de Silicato de potássio (Si),
Glifosato (Gliz) e do extrato aquoso de urtiga (Ext) no manejo da doença em casa de
vegetação. Os produtos foram avaliados nas cultivares Nathalie e Tibérius, nas doses de:
Si 15,0 e 24,0 g/L-1, Gliz 4,0 mL/L-1 e Extrato de urtiga 10%, 20% e 50%. O
delineamento experimental foi inteiramente casualisado, em fatorial 2x3x3 (duas
cultivares, três produtos e três doses), com cinco repetições, constituída por uma planta
cada. As testemunhas foram plantas não tratadas com os produtos. As plantas foram
cultivadas em casa de vegetação em sacos contendo substrato esterilizado. A aplicação
dos produtos foi feita aos 33 dias após a semeadura e 48 horas depois foi feita a
inoculação fungo, usando discos de meio de cultura contendo a colônia do patógeno
diretamente no caule da planta próximo ao solo. A avaliação foi realizada durante 30
dias, quantificando a incidência da doença e o desenvolvimento dos sintomas. Os dados
obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de
Tukey ao nível de 5% de probabilidade utilizando o programa ASSISTAT 7.6 Beta e
calculado o índice de infecção de Mackinney. O extrato de urtiga, silicato de potássio e
o glifosato não foram eficientes em controlar a murcha e esclerócio em casa de
vegetação, porém foi observada a redução dos sintomas da doença, indicando o
potencial destes produtos para serem utilizados em programas de manejo da doença,
como auxiliar para incremento da produção vegetal.
Palavras-chave: Manejo, Pimentão, Doença.
1
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de
Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Av. Rodrigo Otávio, 6200 Coroado, 69077000, Manaus –AM. *autor para correspondência: [email protected].
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional162
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS E TESTE DE VIABILIDADE POLÍNICA EM
Coffea arabica L. (Rubiaceae) VARIEDADE CATUCAÍ;
Juliana HIPÓLITO1*, Caren Queiroz SOUZA1, Blandina Felipe VIANA1
Dentre os diferentes métodos para o teste da viabilidade de grãos de pólen está o uso de
corantes, germinação in vivo, in vitro e o percentual de frutificação efetiva. O conhecimento
dessa viabilidade em diferentes fases da vida da planta pode trazer subsídios para o manejo da
cultura, adicionando informações que são essenciais para programas de melhoramento
genético e entendimento das relações de requerimentos de polinização da cultura e
dependência a vetores polinizadores. Diante disso, o presente trabalho buscou testar diferentes
métodos de avaliação de viabilidade polínica, com as flores de Coffea arabica variedade
Catucai. Foram coletadas anteras em todas as fases de vida da flor, desde a sua abertura até
seu envelhecimento. Para o método de coloração, foi utilizado o corante vermelho neutro 1%
em anteras intactas e em que os polens foram mortos com álcool 96% e fogo, todas as lâminas
apresentaram todos os pólens corados igualmente. Para o método de germinação in vitro,
primeiramente foi utilizada a sacarose em diferentes proporções (10%, 22%, 40%, 42%, 49%,
60%) e adição de ácido bórico, sendo o maior percentual de formação de tubo polínico de
16% na concentração de 42% de sacarose; e posteriormente utilizou-se a mesma solução de
42% de sacarose para o teste da viabilidade polínica em anteras de diferentes idades,
revelando que os polens somente estão viáveis no segundo dia de vida das flores. No método
de germinação in vivo, foi feita a observação da germinação de pólen nos estigmas em
microscópio de epifluorescência, sendo previamente realizada a transferência de grãos de
pólen para estigmas de polinização manual cruzada e de autogamia. Neste último teste,
observamos que amostras de polinização cruzada têm maior percentual de germinação
comparado a autogamia, mas a quantificação no número de grãos de pólen que está nos
estigmas e o número daqueles que forma tubos polínicos se torna mais complicada, não tendo
sido realizada. Os dados aqui apresentados demonstram que o método de coloração com
vermelho neutro superestimou a porcentagem de pólen viável corando polens não mais
viáveis ou mortos, não sendo um bom método de análise. Os métodos in vitro e in vivo
apresentaram para o café, maior fidelidade às respostas sobre a viabilidade polínica da
espécie, e oferecem informações complementares sobre a o número total de polens que
formam tubos nas anteras e sobre a interação destes com o estigma, respectivamente.
Palavras-chave: Pólen; Café; Polinização.
não informado endereço.
*Autor para correspondência: [email protected]
1
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional163
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERÍSTICAS DE PLÂNTULAS DE Alibertia edulis (Rich) A. Rich. ex DC.
(Rubiaceae) APÓS ARMAZENAMENTO
Danieli Pieretti NUNES1*, Silvana de Paula Quintão SCALON1, Rosilda Mara
MUSSURY2
O Cerrado vem sendo degradado pelas ações humanas, tornando-se necessário estudo sobre
suas espécies e sua propagação. O marmelo (Alibertia edulis (Rich) A. Rich. ex DC.), espécie
nativa no Cerrado e muito frequente também na região amazônica, é uma fruteira que possui
sementes achatadas, pequenas, pardo-amareladas, quando torrada é usada para substituir o
café e o fruto e as folhas podem ainda ser fornecidas ao gado como fonte de alimento. As
condições de armazenamento influenciam na viabilidade das sementes e no vigor das plantas,
sendo que a manutenção dessas características durante o armazenamento depende de vários
fatores. O objetivo deste trabalho foi avaliar a conservação das sementes de marmelo em
diferentes embalagens e temperaturas. As sementes foram acondicionado em embalagem de
papel alumínio, plástico e vidro, mantidas em câmaras reguladas nas temperaturas de 5 e 10ºC
durante 7 e 21 dias. Antes do armazenamento (tempo zero) e nos dias de retirada do
armazenamento determinou-se o teor de água das sementes e em seguida foi realizada a
semeadura, que foi realizada em bandeja de isopor com 128 células utilizando o substrato da
marca Bioplant® e acondicionadas em casa de sombra com 70% de sombreamento. Foram
avaliados o índice de clorofila, diâmetro do colo e aérea foliar. O delineamento experimental
foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 3 x 2 (embalagem x época de
semeadura x temperaturas de armazenamento), com quatro repetições de 25 sementes cada.
Os dados foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o programa estatístico
SANEST. Para todas as características avaliadas a maior conservação das sementes foi
quando elas não foram armazenadas. Entretanto, se o armazenamento for necessário, as
sementes devem ser mantidas em embalagens de alumínio a 5ºC ou em vidro a 5 e 10oC,
proporcionando mudas mais vigorosas.
Palavras-Chave: Marmelo, Cerrado, Conservação de sementes.
Créditos de Financiamento: CAPES
1
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Programa de Pós-Graduação em
Agronomia, Rodovia Dourados-Ithaum, Cidade Universitária, CEP: 79804-970, DouradosMS, Brasil. *[email protected]
2
Programa de Pós-graduação em Biologia Geral e Bioprospecção, UFGD
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional164
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
REGULADORES OSMÓTICOS E TEMPERATURA NA CONSERVAÇÃO IN VITRO
DE Epidendrum secundum Jacq. (Orchidaceae)
Franciane dos SANTOS1, Mariana de Souza SANTOS2, Thays Saynara Alves
MENEZES3, Maria de Fátima Arrigoni-BLANK4*, Arie Fitzgerald BLANK4, Ana Paula
do Nascimento PRATA5, Moacir PASQUAL6
As orquídeas pertencem à família Orchidaceae, apresentam ampla distribuição, tendo
ocorrência em todos continentes com maior diversidade na região tropical. A Epidendrum
secundum é uma espécie terrestre que vive em barrancos e cerrados, possui pseudobulbos
alongados de crescimento. Esse trabalho tem como objetivo de avaliar efeito de reguladores
osmóticos e temperatura na conservação sob o crescimento lento de E. secundum. Para isso, o
delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado esquema fatorial 3x2,
sendo três combinações de fontes de carbono e reguladores osmóticos (20 g.L-1 de sacarose;
10 g.L-1 de sacarose + 5g.L-1 de manitol; 10 g.L-1 de sacarose + 5g.L-1 de sorbitol) e duas
temperaturas (18 e 25ºC), em meio MS com seis repetições, sendo cada parcela representada
por cinco tubos contendo uma plântula. Aos 180 dias de cultivo foi avaliada a sobrevivência
(%), presença de raiz (%), coloração e altura das plantas. As médias foram submetidas à
análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A utilização de
reguladores osmóticos e temperatura proporcionou interação significativa: para as variáveis
sobrevivência, coloração, presença de raiz e altura de brotações. Notou-se, que a
sobrevivência das plântulas aos 180 dias de conservação foi superior quando da utilização de
sacarose e sacarose + manitol, a temperatura de 25°C foi superior, proporcionando a
sobrevivência de 97,0%. A presença de raiz nas plantas em conservação foi influenciada
apenas pela temperatura de 25ºC, havendo maior percentual de enraizamento de (76,94%).
Para coloração de folhas à temperatura 25ºC, as plantas apresentaram; coloração verde
intenso, já para a temperatura 18 ºC, percebeu-se o inicio de secamento, em 25ºC não houve
diferenças significativas para fontes de carbono e regularores osmóticos em 18 ºC a sacarose,
sacarose+manitol apresentaram menor média quando comparadas a sacarose e sorbitol. Para
altura das brotações a temperatura de 18 ºC, manteve as plântulas em seu estado inicial, não
houve interação com os diferentes reguladores osmóticos, em temperatura de 25ºC apresentou
diferenças quando acresidos, sacarose e sacarose + sorbitol. Conclui-se que plantas de E.
secundum podem ser conservadas pelo período mínimo de 180 dias à 18ºC utilizando
sacarose e sacarose + sorbitol.
Palavras-chave: Crescimento lento, concentração salina, temperatura
Créditos de financiamentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG
Universidade Federal de Sergipe, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão SE, Brasil.
2
Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão - SE, Brasil.
3
Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão - SE, Brasil.
4
Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão - SE, Brasil.
5
Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão - SE, Brasil.
6
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Fitotecnia, Campus Universitário, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
1
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional165
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DOS TRATAMENTOS IN VITRO E DE SUBSTRATOS
ACLIMATAÇÃO Brassavola tuberculata Hook. (ORCHIDACEAE)
NA
Geovana Poton Arcobeli COLA1*, Liana Golin MENGARDA2
As orquídeas do gênero Brassavola, assim como a maioria das Orchidaceaes, apresentam
restrições quanto à propagação natural e protocolos de estabelecimento in vitro são pouco
conhecidos. Técnicas de cultivo in vitro para produção de plantas ornamentais constituem
uma aplicação altamente promissora. Porém, a etapa de aclimatação geralmente é uma fase
crítica, onde a planta passa do estado heterotrófico para autotrófico, além de lidar com a
desidratação. A partir de um protocolo pré-estabelecido de multiplicação in vitro de B.
tuberculata, no qual foram testadas diferentes concentrações de ANA e BAP na multiplicação
e enraizamento, objetivou-se avaliar diferentes substratos e o efeito dos tratamentos anteriores
na aclimatação. Plântulas provenientes do tratamento controle foram retiradas do meio MS e
transferidas para potes contendo os diferentes substratos: S1 (Plantmax e vermiculita (1:1));
S2 (Plantmax e areia (1:1)) e S3 (pó de xaxim), permanecendo por 15 dias cobertos por sacos
plásticos em sala de crescimento, com temperatura (25ºC ± 2°C) e fotoperíodo (16h)
controlados. Após esse período, as plântulas foram transferidas para casa de vegetação.
Posteriormente, foi avaliado o efeito de diferentes tratamentos anteriores: controle, T1 (2,5
µM ANA + 5 µM BAP) e T2 (5 µM ANA + 0 µM BAP) na aclimatação utilizando substrato
Plantmax e areia (1:1). Aos 90 e 60 dias, respectivamente, foram avaliados número de folhas,
comprimento da maior folha e taxa de sobrevivência das plântulas. Com relação aos
diferentes substratos, não houve diferença estatística para todos os parâmetros avaliados.
Entre os tratamentos, o número de folhas provenientes do controle (2,70 cm) e do T2 (3,35
cm), foram estatisticamente iguais pelo teste de Tukey, ao nível 5% de significância, e
maiores em relação ao T1 (1,12 cm). O mesmo foi observado para taxa de sobrevivência das
plântulas (Controle = 70%; T1 = 50% e T2 = 95%). Para o parâmetro comprimento da maior
folha, T2 apresentou maior média (2,38 cm), diferindo dos demais tratamentos. Assim,
verifica-se que os diferentes substratos utilizados não interferem no processo de aclimatação
de B. tuberculata. As plântulas provenientes da concentração 5 µM ANA + 0 µM BAP
apresentam melhor desenvolvimento durante a aclimatação.
Palavras-chave: Orquídea, Propagação in vitro, Estabelecimento ex vitro.
1
Universidade Federal do Espírito Santo, Programa de Pós-Graduação em Genética e
Melhoramento, CCA, Caixa Postal 16, CEP 29.500-000, Alegre, ES – Brasil;
*autor para correspondência: [email protected]
2
Universidade Federal do Espírito Santo, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal,
CCA, Caixa Postal 16, CEP 29.500-000, Alegre, ES – Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional166
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
QUALIDADE DE FRUTOS DE CAMU-CAMU Myrciaria dubia K. (Myrtaceae)
SUBMETIDOS A INJÚRIAS MECÂNICAS POR COMPRESSÃO E IMPACTO
Larihssa D. WEBER1, Maria Fernanda B. DURIGAN2, Christinny G. B. LIMA3,
Edvan Alves CHAGAS4
O camu-camuzeiro (Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh) é uma espécie da família
Myrtaceae, encontrada por toda região amazônica e é abundante no Estado de Roraima.
Atualmente conhecido por possuir a maior quantidade de vitamina C, evidenciando seu
alto potencial econômico. Objetivou-se com esse trabalho avaliar a qualidade dos frutos
de camu-camu submetidos a injúrias mecânicas por impacto e compressão, visando
adaptações para colheita, armazenamento, embalagem, transporte e conservação dos
frutos. Os camu-camus colhidos no município de Mucajaí, em Roraima, foram levados
até os laboratórios da Embrapa Roraima, selecionados e uniformizados quanto ao ponto
de colheita “de vez”, ou seja, com mais de 70% da casca escura. Os tratamentos
aplicados foram: Controle, contendo frutos intactos, Impacto 30 ou 60 cm; onde os
frutos foram submetidos a uma queda controlada de uma altura de 30 ou 60 cm; e
Compressão 100g ou 200g, onde os frutos foram mantidos sob um peso constante de
100 ou 200g por um período de 30 horas. Após os tratamentos, os frutos foram
armazenados sob condições ambiente de laboratório (20+3°C e 70+5% UR) por 8 dias e
avaliados a cada 2 quanto a vida útil, perda de massa fresca e aparência externa numa
escala de 1 a 5, onde a nota 5 foi atribuída aos frutos considerados excelentes, 4 aos
frutos bons, 3 os considerados “no limite para venda”, 2 para “ruins para venda porém
bons para o consumo”, e nota 1 para os frutos ruins. Observou que os frutos intactos do
tratamento controle mantiveram a aparência considerada aceitável para venda, nota 3,
por até 4 dias (89% dos frutos) e nota 5, com frutos excelentes por até 2 dias (97% dos
frutos). Os frutos do tratamento Compressão 200g, no 4º dia de armazenamento, 86%
do lote recebeu nota 2, enquanto, 53% e 47% frutos do tratamento Compressão 100g,
receberam notas 4 e 5. Estes tratamentos perderam até 3% da massa fresca por dia. Os
frutos do tratamento Impacto 60 cm receberam, logo no 2º dia de armazenamento, nota
3 para 81% do lote, perdendo até 5% de sua massa fresca por dia, enquanto o tratamento
Impacto 30 cm, nesse mesmo dia, apenas 46% receberam essa nota. Assim, conclui-se
que os frutos de camu-camu são sensíveis as injúrias mecânicas aqui testadas, devendo
estas ser evitadas ao máximo para que a vida útil dos frutos consiga ir além de 8 dias.
Essas injúrias, principalmente por impacto a 60 cm, diminuíram a vida útil,
prejudicaram a aparência dos frutos e contribuíram para grandes perdas de massa fresca.
Palavras-Chave: Vitamina C, Armazenamento, Amazônia.
1
Graduanda da Universidade Federal de Roraima – Bolsista na Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária – Roraima – Boa Vista
2
Pesquisadora Pós-Colheita e Industrialização - Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária – Roraima – Boa Vista.
3
Pesquisadora bolsista de Pós-Doutorado do Programa PNPD/CAPES- Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Roraima – Boa Vista.
4
Pesquisador – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Roraima – Boa Vista.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional167
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
VIABILIDADE CELULAR EM CALOS DE Byrsonima verbascifolia (L.) DC.
(Malpighiaceae) UTILIZANDO MÉTODO DE DUPLA COLORAÇÃO
Raquel Bezerra CHIAVEGATTO1*, Mayra Gonçalves MARÇAL2, Vânia Helena
TECHIO1, Ana Hortência Fonsêca CASTRO3
O murici-cascudo (Byrsonima verbascifolia) é uma espécie com potencial medicinal
encontrada no Cerrado, utilizada pela população local devido as suas propriedades
cicatrizante e anti-inflamatória, que é conferida pela presença de tanino em sua casca. Por
apresentar baixa taxa de germinação, a cultura de tecidos é uma técnica utilizada para a
propagação dessa espécie. Através da viabilidade celular é possível selecionar células com
maior capacidade embriogênica, permitindo determinar o melhor momento para se iniciar
uma suspensão celular de modo a otimizar a produção de metabólitos secundários in vitro. A
viabilidade celular é determinada pela porcentagem de células vivas e mortas, com base em
uma amostra celular total, utilizando-se como parâmetros a atividade enzimática, teor de
ácido nucléico, integridade e o potencial da membrana. Quando dois ou mais testes são
utilizados simultaneamente, combinando um teste que é positivo para um parâmetro e um
negativo para outro, há uma maior confiança na interpretação dos resultados. O objetivo deste
estudo foi avaliar a viabilidade celular dos calos de B. verbascifolia a fim de conhecer o
momento ideal para seleção de células com maior capacidade embriogênica. Amostras de
calos, com 0,4 g de matéria fresca foram homogeneizadas em 4 mL de solução de manitol
0,6M e CaCl2 0,03M, por 15 minutos, a 6000 rpm, em temperatura de 27±2ºC. Na ausência de
luz, essas amostras foram filtradas em peneiras com malha de 200µm, retirando-se 940µL da
suspensão e adicionando-se 40µL de uma solução de diacetato de fluoresceína e 20µL de
iodeto de propídio em microtubo. Após 5 minutos, procedeu-se a contagem de células viáveis
com fluorescência verde e células inviáveis com fluorescência vermelha, em microscópio de
fluorescência. O período de coleta foi a partir do 20° dia da inoculação até o 120°, em
intervalo de 10 dias. O delineamento foi inteiramente casualizado, com 5 repetições por
período de coleta. A maior porcentagem de células vivas apresentando fluorescência verde
ocorreu aos 20 dias de cultivo dos calos (86%). Até o 100° dia após a inoculação,
observaram-se as maiores porcentagem de células viáveis com características embriogênicas.
A partir do 110° dia, o número de células vivas diminuiu até o último dia de incubação,
atingindo 33%. Esses resultados demonstraram que a época ideal para a transferência de
células com potencial embriogênico nessa espécie, sem a perda de viabilidade celular, não
deve ultrapassar o 100° dia.
Palavras-chave: Cerrado, Embriogênese somática, Metabólitos secundários, Murici-cascudo
Créditos de financiamento: CAPES, FAPEMIG
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em
Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000 Lavras-MG,
Brasil.
2
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Laboratório de Citogenética,
Campus Universitário, caixa-postal: 3037, CEP: 37200-000 Lavras- MG – Brasil.
3
Universidade Federal de São João Del-Rei, Campus Centro-Oeste D. Lindu, Programa de
Pós-Graduação em Biotecnologia, CEP: 35501-296, Divinópolis-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional168
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE Plutella
xylostella L. (Lepidoptera: Plutellidae)
Irys Fernanda Santana COUTO1; Rosilda Mara MUSSURY²*; Mateus Fuchs LEAL³;
Anelise Samara Nazari FORMAGIO³; Fabricio Fagundes PEREIRA²; Silvana de Paula
Quintão SCALON³
Plutella xylostella L. é considerada a principal praga do cultivo das Brassicaceae. Para o seu
controle muitos agricultores optam pelo uso de inseticidas químicos, contudo o uso desses
produtos, de forma indiscriminada, têm causado danos ao ecossistema e contribui para o
surgimento de populações resistentes. Uma alternativa para atenuar esses problemas é a
utilização de substâncias com propriedades deterrentes extraídas de plantas. O objetivo deste
trabalho foi avaliar o índice de preferência alimentar de P. xylostella em plantas tratadas com
extrato aquoso de Annona coriacea Mart. (Annonaceae), Duguetia furfuracea (St. Hil.) Benth
e Hook. F. (Annonaceae), Schinus terebinthifolius Raddi. (Anacardiaceae) e Trichilia silvatica
C. DC. (Meliaceae). Em placa de Petri foram colocados quatro pedaços de folha de couve
manteiga (4 cm²) distribuídos em forma cruzada e equidistantes, sendo dois deles tratados
com extratos e dois com água destilada (testemunha). Os extratos foram armazenados em
refrigerador e testados nos tempos 0, 7, 14 e 21 dias. Foi avaliado o consumo foliar e o índice
de preferência. O experimento foi conduzido com base no delineamento experimental
inteiramente casualizado com cinco repetições, sendo cada repetição formada por 10
subamostras, de onde foi obtido o valor médio. As medias foram comparadas pelo teste Tukey
a 5% de probabilidade. Os tratamentos com os extratos de D. furfuracea e A. coriacea com 0
dias de armazenamento foram considerados fagoestimulantes, e entre 7 e 21 dias de
armazenamento ambos extratos apresentaram efeito fagodeterrente. Contudo, não foi
observada diferença significativa para o índice de preferência alimentar ao longo do tempo de
utilização dos extratos de A. coriacea. Os tratamentos com S. terebinthifolius e T. silvatica
apresentaram atividade fagodeterrente de 0 a 21 dias de armazenamento, sendo que ambos
tiveram seu pico de fagodeterrencia entre 7 e 14 dias. O extrato que apresentou a maior
atividade fagodeterrente foi de T. silvatica, entre 7 e 14 dias de armazenamento. Portanto, o
extrato aquoso torna-se mais eficaz, quanto a fagodeterrencia, quando armazenados durante
certo período de tempo, contudo o tempo de armazenamento ideal pode variar entre as
espécies vegetais.
Palavras-chave: Inseticidas botânicos, Traça-das-crucíferas, Índice de preferência.
Apoio: Capes, UFGD
1
Mestranda em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Faculdade de Ciências
Biológicas e Ambientais, UFGD, Dourados – MS; ²Docente do Programa de Pós Graduação
em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Faculdade de Ciências Biológicas e
Ambientais, UFGD, Dourados – MS;³Faculdade de Ciências Agrárias, UFGD, Dourados-MS.
*Autor para correspondência [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional169
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
QUALIDADE
DE
CASTANHA-DO-BRASIL
Bertholletia excelsa
H.
(Lecythidaceae) CULTIVADAS EM DIFERENTES ÁREAS DO ESTADO DE
RORAIMA
Larihssa D. WEBER1, Maria Fernanda B. DURIGAN2, Adamor B. MOTA¹, Elen
K. L. Da COSTA3, Rosimeire A. TEIXEIRA³
A castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa, H. B. K.) é uma árvore de grande porte
que ocorre naturalmente em toda a Amazônia Legal, sendo a amêndoa um produto de
elevada importância econômica, social e preservacionista para os estados Rondônia,
Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Mato Grosso. O sistema tradicional de coleta
e armazenamento compromete seriamente a sua qualidade, favorecendo a incidência de
agentes contaminantes, principalmente fungos. Roraima aparece na estatística oficial da
produção extrativista a partir de 1945 e sua produção é considerada pequena, com média
de 899,5 toneladas, correspondente a menos de 3% da produção brasileira. Assim,
objetivou-se avaliar caracteristicas de qualidade da castanha-do-brasil de três diferentes
produtores roraimenses, visando obter informações básicas sobre a produção e
qualidade dos frutos, castanhas e amêndoas. Os frutos, ou ouriços, foram coletados nos
municípios de Caracaraí (MVV e JL) e São João da Baliza (JF), transportados para os
laboratórios da Embrapa Roraima, onde foram analisados, assim como suas castanhas e
amêndoas. As castanhas foram avaliadas secas e, após um período de 72 h submersas
em água para facilitar a abertura e minimizar injúrias mecânicas nas amêndoas, foram
abertas para análise das mesmas. Os resultados mostraram que os frutos da regiao JF
continham ouriços mais pesados (média de 1.104,28 mg), porém menor quantidade de
sementes, com média de 16 castanhas por ouriço. Os frutos da região JL também foram
considerados pesados (média de 885,44 mg) e continham o maior numero de castanhas,
chegando a 21 por ouriço (média de 18 castanhas/ouriço), evidenciando que, embora o
fruto seja pesado, suas castanhas e amêndoas são pequenas (média de peso das
amêndoas = 3.941 mg). Já os frutos da região MVV, possuem ouriços mais leves (média
de 676,28 mg) e com menor quantidade de castanhas/fruto, chegando a 10 por ouriço
(média de 15). Além disso, os frutos dessa região continham o maior índice de
castanhas consideradas ruins, como ocas, podres e/ou deterioradas, principalmente por
fungos. Assim, esses resultados evidenciam que nestes três produtores do Estado há
produtos de qualidade, porém que ainda demandam atenção. Conclui-se finalmente que,
para os produtos testados, o peso dos ouriços não está diretamente associado ao numero
e/ou tamanho e/ou qualidade das castanhas e/ou das amêndoas, principal interesse da
produção, demandando maiores cuidados por parte dos compradores e produtores.
Palavras-chave: Ouriço, sementes, amêndoas.
1
Graduando da Universidade Federal de Roraima – Bolsista na Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária – Roraima – Boa Vista.
2
Pesquisadora Pós-Colheita e Industrialização - Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária – Roraima – Boa Vista.
3
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Roraima – Boa vista
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional170
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
TERPENOS IDENTIFICADOS EM FOLHAS DE Eschweilera tenuifolia O.B.M.
(LECYTHIDACEAE) COLETADA EM MAUÉS-AM
Gabriel Oliveira de SOUZA1*, Marcos Henrique Rodrigues GURGEL1, Chanderlei de
Castro TAVARES 1, Fernanda GUILHON-SIMPLICIO1, Pierre Alexandre dos
SANTOS2
Eschweilera tenuifolia, árvore da família Lecythidaceae A. Rich., ocorre nos estados do
Amazonas, Pará e Roraima, onde é conhecida como “macacarecuia”. A espécie possui um
escasso acervo de estudos registrados, sendo assim, esta pesquisa foi realizada com o objetivo
de se identificar metabólitos secundários em suas folhas, para acrescentar informações
químicas ao conhecimento científico sobre a espécie. O material foi coletado no município de
Maués no dia 26 de fevereiro de 2012, às 10 horas. As folhas foram estabilizadas em estufa de
ar circulante a 45ºC, moídas e então pesadas, obtendo-se 1200 g de amostra. O pó foi então
submetido à extração por maceração exaustiva a frio em banho de ultrassom durante 15
minutos, com hexano e metanol. Os solventes foram evaporados obtendo-se 35 g de extrato
hexânico e 150,4 g de extrato metanólico. A análise por cromatografia de camada delgada
utilizando o revelador anisaldeído sulfúrico indicou a presença de substâncias terpênicas em
ambos os extratos. O extrato metanólico foi então particionado com hexano, acetato de etila e
butanol. A fase acetato de etila foi fracionada em coluna de sílica gel 60 com solventes de
polaridade crescente usando éter de petróleo a metanol puro. As frações foram separadas e
reunidas por cromatografia de camada delgada. A fração 51 apresentou manchas
características de substâncias terpênicas. Dessa forma, cerca de 10 mg do extrato hexânico e
da fração 51 foram submetidos a análise em cromatógrafo a gás (QP-2010, Shimadzu),
equipado com coluna capilar DB-5MS (30 mm x 0,25 mm x 0,25 µm) acoplado a
espectrometrômetro de massas, com detector de ionização por impacto eletrônico (70 eV), e
separador por quadrupolo, com variação na temperatura da coluna de 6,3 ºC·min-1 (de 100 a
290 ºC), 250 ºC de temperatura do injetor, 280 ºC de temperatura do detector e fluxo de hélio
1,2 mL/min. A partir da comparação dos espectros obtidos e aqueles presentes na biblioteca
do aparelho, foi possível identificar o acetato de α-amirina e o monoterpeno loliolide,
considerando um índice de similaridade acima de 90%, em ambas amostras. Os resultados
mostram que as folhas apresentam substâncias com potencial anti-inflamatório e
antibacteriano. Portanto, este trabalho contribui para a caracterização química dessa espécie,
ainda pouco conhecida, além de sugerir abordagens para futuras investigações sobre o
potencial farmacológico da mesma.
Palavras chaves: cromatografia gasosa, espectrometria de massas, substâncias terpênicas
Agradecimentos: FAPEAM, CAPES, PET-FARMÁCIA.
1
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, rua Comendador
Alexandre Amorim, 69010-300, Brasil.
2:
Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia, Praça Universitária, Setor leste
universitário, 74605220, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional171
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
AVALIAÇÃO DE MEIOS DE CULTURA E MÉTODOS DE DESINFESTAÇÃO DE
Senna sp. (Fabaceae - Caesalpinioideae)
Aurora Maria Rosa de OLIVEIRA1*, Sabrina Schumacker ZANCA2, Cristine Luciana
de Souza RESCAROLLI3, Weison Lima da SILVA4, Eva Maria Alves Cavalcanti
ATROCH5
O gênero Senna compreende aproximadamente 350 espécies distribuídas pelo mundo,
incluindo arbustos, árvores, ervas e cipós, colonizando com sucesso uma ampla gama de
habitats. Espécies deste gênero apresentam atividades anti-inflamatórias, analgésica
periférica, laxativa, anestésica, antimicrobial e, inibidora da acetilcolinesterase, com potencial
para tratamento da doença de Alzheimer. Assim, há muito apelo pela a propagação de
espécies desse gênero, porém há um grande problema na cultura de tecidos vegetais, a
contaminação de explantes. A condição de sanidade da planta matriz é de grande importância.
Assim é de fundamental importância a elaboração de protocolos que visam reduzir o índice de
contaminação. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi testar métodos de desinfestação de
explantes desse gênero. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Cultura de
Tecidos Vegetais da UFAM. Os explantes dos tratamentos T1 a T3 foram extraídos de folhas
de plantas de viveiro, e dos tratamentos T4 a T6 foram de folhas de campo, e então
submetidos a diferentes tratamentos para desinfestação, tendo em comum a imersão dos
explantes em álcool etílico 70% (1 minuto): T1- os explantes foram imersos em solução de
hipoclorito de sódio 1,5% (5 minutos); T2- os explantes foram imersos em solução de
hipoclorito de sódio 1,5% (10 minutos); T3- os explantes foram imersos em fungicida (Priori
1%) (1 hora) antes da imersão em álcool etílico, posteriormente em solução de hipoclorito de
sódio 1,5% (10 minutos); T4 a T6- tiveram o mesmo tratamento de T1 a T3, com o diferencial
do hipoclorito de sódio estar a 2%. Posterior ao tratamento de assepsia os explantes foram
inoculados em meio MS com pH 5,7 e solidificante agar 7 g.L-1, sendo metade dos explantes
de cada tratamento inoculado em meio contendo 30 g.L-1 de sacarose, e a outra metade em
meio sem sacarose. Após cinco semanas foram avaliadas as taxas contaminação, considerando
a presença ou a ausência de contaminantes no meio de cultura. Apenas o tratamento T3 não
apresentou contaminação, todos os outros tratamentos tiveram 100% de contaminação por
fungos. Demonstrando que o uso de fungicida sistêmico na assepsia em laboratório é eficaz
em plantas de viveiro, o mesmo não ocorreu em plantas vindas do campo. Assim, a qualidade
fitossanitária prévia é importante para o estabelecimento in vitro. A aplicação de produtos de
ação sistêmica e de contato em matrizes pode proporcionar maior controle sanitário dos
explantes.
Palavras-chave: Amazônia, Assepsia, Contaminação, Cultura de tecidos, Planta ornamental
nativa.
1 Bolsista CAPES - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, CEP 69080-971, Manaus,
AM, Brasil. * Autor para correspondência: [email protected]
2 Aluna do Programa de Pós Graduação em Ciências Biológicas (Botânica - Mestrado),
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, CEP 69080-971, Manaus, AM, Brasil
3 Bolsista DTI-C, Programa de Ciência e Tecnologia para o Agronegócio, Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia, CEP 69080-971, Manaus, AM, Brasil
4 Aluno do Programa de Pós Graduação em Biotecnologia, Universidade Federal do
Amazonas, CEP 69000-000, Manaus, AM, Brasil
5 Professora adjunta na Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas,
Departamento de Biologia, CEP 69000-000, Manaus, AM, Brasil
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional172
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
SELEÇÃO DE ESTIRPES DE RIZÓBIOS PARA PALHETEIRA- Clitoria fairchildiana
H. (Fabaceae) NA AMAZÔNIA CENTRAL
Naiana Marinho de SOUZA1*, Luiz Augusto Gomes de SOUZA¹
RESUMO – A palheteira (Clitoria fairchildiana Howard) é uma leguminosa arbórea que tem
se destacado para cultivo em sistemas agroflorestais nos solos de terra firme da Amazônia,
caracterizados por sua acidez elevada e baixa fertilidade natural. O objetivo desta pesquisa foi
avaliar o efeito da inoculação de estirpes de rizóbios em mudas conduzidas em viveiro nos
solos Argissolo Vermelho Amarelo e Latossolo Amarelo. Sementes de palheteira foram
semeadas em areia e transplantadas para recipientes com capacidade de 2 kg de solo. Foram
consideradas as seguintes formas de suprimento de nitrogênio: plantas sem inoculação e sem
adubação nitrogenada, plantas fertilizadas com N-mineral (na forma de ureia) e a inoculação
individual das estirpes da Coleção de rizóbios do INPA: 938, 941, 943, 944, 945, 949, 950 e
959. As estirpes foram inoculadas em suspensão líquida, 5 mL aplicados na base do colo de
mudas transplantadas. As plantas foram acompanhadas mensalmente em crescimento e
avaliadas aos três meses de enviveiramento. Foi determinada a biomassa de folhas, caule e
raízes das plantas após a secagem em estufa a 65º por 72 h e também o número, biomassa e
peso específico dos nódulos. Determinou-se a concentração de N-foliar pelo método de
Kjelhdal e o N-total acumulado. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado,
com arranjo fatorial 2 x 10, (2 solos e 10 formas de suprimento de N), com 10 repetições. A
palheteira mostrou adaptação às duas condições de solo da terra firme pesquisadas, entretanto,
as medidas de crescimento e de desenvolvimento foram favorecidas em solo Latossolo
Amarelo comparado ao Argissolo Vermelho Amarelo, e o número, biomassa de nódulos secos
e concentração de N-foliar foram maiores em solo Argissolo que no Latossolo. O
fornecimento de N na forma de N-mineral inibiu a formação de nódulos, desfavorecendo o
processo simbiótico. Por outro lado, a inoculação da palheteira com as estirpes de rizóbios
943, 944, 945 e 949 favoreceram o desenvolvimento das plantas e proporcionaram elevados
teores de N nas folhas, e foram identificadas como as de maior potencial para uso como
inoculante desta espécie nos solos de terra firme pesquisados.
Palavras-chave: Biotecnologia, Recuperação de Áreas Degradadas, Simbiose RhizobiaFabaceae.
1
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, Av. André Araújo, 2936, Aleixo.
69060-001, Manaus, AM.
*
autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional173
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DO SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES Senna occidentalis L.
Link. (Fabaceae) EM CONDIÇÕES CONTROLADAS
Adinã de Oliveira MATOS1*, Luiz Augusto Gomes de SOUZA2
O substrato adequado à germinação de sementes deve apresentar propriedades físicas,
químicas e biológicas favoráveis ao processo. A manjerioba (Senna occidentalis) é uma
leguminosa herbácea pioneira e colonizadora de áreas secundárias, de interesse medicinal, que
vem sendo testada também como planta para suplementação alimentar de abelhas sem ferrão.
Foi conduzido um experimento em placas de Petri com sementes de manjerioba procedentes
do município de Amajari, Rondônia, para selecionar o substrato adequado de semeadura. Os
seguintes materiais foram testados: papel toalha, pó de cupuaçu, carvão, paú, areia, casca de
arroz, esterco bovino e serragem. Antecedendo a semeadura todos os materiais foram
peneirados e autoclavados. As sementes de manjerioba foram escarificadas com H2SO4 por 5
minutos e em seguida distribuídas nos substratos que foram umedecidos com 10 mL de água
destilada. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, com oito
tratamentos e quatro repetições de 20 sementes. A taxa de germinação e Índice de Velocidade
de Emergência foram as variáveis utilizadas para interpretação dos resultados. Após a análise
de variância, o teste de Tukey foi adotado para comparação das médias. As sementes de
manjerioba germinaram a partir dos 2 dias após a semeadura e o ensaio foi acompanhado por
16 dias. O período germinativo se estendeu entre 2 e 9 dias. Os substratos papel toalha, pó de
cupuaçu, paú, areia e casca de arroz mostraram-se adequados para a semeadura de Senna
occidentalis e promoveram sua germinação em níveis iguais ou superiores a 85% de sementes
germinadas. O emprego de esterco bovino, serragem de madeira e carvão foram inadequados
e não favoreceram a germinação de sementes desta espécie. As evidências para o efeito
adverso destes substratos foram: para o esterco a presença de fitopatógenos, para a serragem a
presença de metabólitos secundários como taninos e polifenóis e para o carvão a acidificação
do substrato.
Palavras-chave: Agronomia, Produção de mudas, Fabaceae.
Apoio financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas-FAPEAM.
1
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação Sociedade Ambiente e Saúde,
Programa de Pós-Graduação em Agricultura no Trópico Úmido, INPA, Av. André Araújo
2936, Petrópolis, CEP: 69037-375, Manaus-AM, Brasil. E-mail: [email protected].
2:Coordenação Sociedade Ambiente e Saúde, CSAS- INPA, Manaus-AM, E-mail:
[email protected].
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional174
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
MORFOMETRIA DE CACHOS DO INAJAZEIRO Maximiliana maripa
(Arecaceae) DE RORAIMA EM DIFERENTES ESTÁGIOS
Mart.
Marcelo Ribeiro da SILVA1*, Otoniel Ribeiro DUARTE2, Rita de Cássia Pompeu de
SOUSA3, Helder Santos do VALE1, Mahedy Araujo Bastos PASSOS3
O inajá (Maximiliana maripa Mart.) é uma palmeira encontrada em toda a região amazônica,
apresentando potencial produtivo para a alimentação humana, animal e a extração de óleos por
parte de seus frutos e amêndoas. Seus cachos são considerados grandes quando comparados com
de outras palmeiras, possuindo centenas de frutos sobrepostos que concentram em suas sementes
amêndoas rica em óleo. O objetivo deste trabalho foi determinar a morfometria do inajá em
partes do cacho: frutos, sementes e amêndoas para obtenção do potencial produtivo em diferentes
estágios de maturação. Duas amostras de cachos foram coletados em maciços naturais em
diferentes estágios de maturação no período chuvoso (25/04/2013) na vicinal tronco de
Tamandaré, munícipio de Mucajaí – RR, com a latitude 02° 35’15,7” N e longitude 60° 57’ 23,8”
W. Realizou-se a pesagem de dois cachos, um meio-maduro (A) e outro verde (B), mensurou-se
o comprimento e o diâmetro dos mesmos. Em seguida, foram selecionados 10 % dos frutos
contidos em cada cacho. Estes foram pesados, quantificados e despolpados manualmente. Dos
frutos despolpados retirou-se 1 kg para serem quebrados em prensa mecânica extraindo-se as
amêndoas. Os resultados encontrados foram respectivamente, para o cacho A, 74,5 kg e para o B,
70,3 kg. Com relação aos 10 % dos frutos, o cacho A apresentou um total de 553 sementes,
apresentando 4,75 kg e o B, 392 sementes, com 3,70 kg. Os pesos das amêndoas foram de 249,49
g e 193,52 g. A diferença encontrada nos cachos avaliados foram de 22 %. O peso dos frutos
totais com relação às sementes de cada cacho é de 67,86 % (A) e 52,86 % (B), verificando uma
diferença de 15 %. Já as amêndoas 5,26 % (A) e 5,14 % (B) com diferença 0,12 %.
Palavras-chave: Inajá, Frutos, Sementes, Amêndoas.
Créditos de financiamento: FUNARBE; FINEP/DESENVOLV. INOV.
1
Graduando do curso de Agronomia, Universidade Federal de Roraima Departamento de
Agronomia, Centro de Ciências Agrárias, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil.
2
Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA-CPAFRR):
Rodovia BR-174, Km 8 Distrito Industrial. CEP: 69301-970 Boa Vista/RR.
3
Doutoranda Rede Bionorte. Embrapa Roraima, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista,
RR – Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional175
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
POTENCIAL ALELOPÁTICO DE ÓLEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE DE
TIRIRICA
Gabriela Granghelli GONÇALVES1*, Lin Chau MING1, Amanda Roberta CORRADO1,
Ana Carolina Granghelli SISTI1, Lucas PASSINI1, Marcelo ALMEIDA1
A tiririca (Cyperus rotundus L.) apresenta difícil controle, principalmente na agricultura
orgânica, devido a sua forma propagação e rápido desenvolvimento. Os óleos essenciais
apresentam inúmeras propriedades, dentre elas a ação alelopática. Essa propriedade pode ser
utilizada na agricultura para o controle de plantas ruderais, sendo uma alternativa ao uso de
herbicidas sintéticos. O objetivo do trabalho foi verificar o potencial alelopático de óleos
essenciais em tiririca. Foram testados os óleos essenciais de lavanda (Lavandula officinalis L.),
limão siciliano (Citrus x limon (L.) Burm. f.), capim limão brasileiro (Elionurus latiflorus (Nees
ex Steud.) Hack.), alecrim (Rosmarinus officinalis L.), salvia (Salvia officinalis L.), laranja
(Citrus x sinensi (L.) Osbeck), eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K.D. Hill & L.A.S.
Johnson), capim limão (Andropogon citratus DC. ex Nees) e água destilada como testemunha. Os
bulbos de tiririca foram coletados na área experimental da Fazenda Lageado (UNESP) em
Botucatu, os mesmos foram lavados em água corrente, cortado as raízes e folhas e padronizado o
tamanho. Para realização do experimento os bulbos foram colocados em caixas de acrílico (11 x
11 x 3 cm), com substrato comercial e adicionado 80 ml de óleo essencial a 1% de concentração.
O experimento foi conduzido em estufa de germinação na temperatura de 25ºC com fotoperíodo
de 12 horas durante 30 dias. Os parâmetros avaliados foram massa seca do bulbo, massa seca da
folha, altura e número de brotações. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado,
sendo nove tratamentos com oito repetições de cinco bulbos cada. Os dados foram submetidos a
análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de significância p<0,05.
Os resultados demonstraram que óleos essenciais de capim limão brasileiro, capim limão e sálvia
obtiveram um maior controle do desenvolvimento da tiririca para os parâmetros avaliados, menos
para massa seca do bulbo que não apresentou diferenças estatísticas. Com relação ao NB os óleos
essenciais de capim brasileiro, capim limão e sálvia, obtiveram os melhores controles com média
de 0,5, 1,0 e 1,25 respectivamente, quando comparado à testemunha com média 4,0. Com base
nos resultados concluímos que os óleos essenciais de capim limão, capim limão brasileiro e
sálvia apresentam um elevado potencial de para controle da tiririca, sendo uma para agricultura
orgânica.
Palavras-chave: Cyperus rotundus L., controle alternativo, metabolitos secundário.
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
1
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Horticultura –
Laboratório de Plantas Medicinais, CEP: 18.610-307 , Botucatu-SP, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional176
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE Bactris maraja Mart.
(Arecaceae): CONSIDERAÇÕES MORFOANATÔMICAS
Joelma Keith RODRIGUES1*; Maria Sílvia de MENDONÇA2; Daniel Felipe de Oliveira
GENTIL3; Manoel Roberto VIANA2
Bactris maraja Mart. é uma palmeira frequente na Amazônia, ocorre às margens de cursos
d’água, predominantemente em florestas de terra firme. Os frutos comestíveis são um recurso
alimentar da fauna silvestre e povos amazônicos. Foi feita a caracterização morfológica do
desenvolvimento germinativo e plantular, bem como a caracterização anatômica da plântula.
O desenvolvimento plantular foi avaliado semanalmente, através de coletas amostrais das
diferentes fases. O estudo anatômico foi realizado conforme técnicas usuais de microscopia de
luz. A germinação das sementes é do tipo adjacente ligulada, criptocotiledonar e hipógea.
Teve início aos 152 dias após a semeadura, com a emersão do pecíolo cotiledonar e formação
do botão germinativo aos 160 dias. A imersão da primeira bainha ocorreu aos 193 dias. A
protrusão da raiz primária ocorreu aos 197 dias. A emergência acima do substrato deu-se com
a formação da segunda bainha aos 219 dias. A completa expansão do eofilo ocorreu aos 250
dias, apresentando limbo bífido de coloração verde e margem espinulosa. O desenvolvimento
plantular encerrou-se com o esgotamento das reservas do haustório aos 273 dias. O eofilo
apresenta epiderme uniestratificada formada por células fusiformes em vista frontal e
levemente papiliformes em secção transversal, estômatos tetracíticos, tricomas tectores
multicelulares, uni e multisseriados com base bisseriada, mesofilo homogêneo, constituído de
células parenquimáticas e compactas, e feixes vasculares colaterais. A raiz apresenta epiderme
espessa, revestida por fina cutícula, córtex esclerenquimático e parenquimático com canais de
ar em formação, endoderme conspícua, cilindro vascular oco com medula esclerenquimática;
A raiz é poliarca com xilema primário exarco.
Palavras-chave: Morfologia, Anatomia, Palmeira, Arecaceae, Bactris.
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM
1: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia Tropical, Caixa Postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM,
Brasil.
2: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Laboratório de
Botânica Agroflorestal, Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Caixa Postal
3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil.
3: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Setor de Olericultura,
Caixa Postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional177
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA NA ACLIMATIZAÇÃO DE Acrocomia intumescens
(Jacq) Lodd. ex Mart. (Arecaceae) OBTIDAS DA GERMINAÇÂO IN VITRO DE
EMBRIÕES;
José Jackson Pereira da SILVA1*, Robson Antonio de SOUZA1, Ana Carolina Lemos da
TRINDADE2, Laureen Michelle HOULLOU1
A espécie arbórea Acrocomia intumescens, uma palmeira arborescente perene, frutífera, é
popularmente conhecida como macaúba ou macaíba, ou ainda macaíba-barriguda. Planta
endêmica dos estados de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará, é
comumente encontrada nos três últimos estados, na Mata Atlântica (Zona da Mata como
nos brejos de altitude). É bastante utilizada na indústria de cosmético, alimentícios, medicinal,
entre outros. Entretanto, sua capacidade mais promissora e que mais se destaca é de produção
de óleo vegetal. Embora produza sementes abundantemente, esta espécie apresenta difícil
germinação (mais de 500 dias), o que dificulta a produção de mudas. Esse trabalho teve como
objetivo avaliar a melhor condição para a aclimatização de mudas obtidas da germinação in
vitro de embriões de A. intumescens. O experimento foi desenvolvido no telado da Coopavil –
Cooperativa de Produção Agropecuária do Engenho Patrimônio. Foram utilizadas plantas
produzidas in vitro (7,0 e 13,0 cm de altura) produzidas no Laboratório de Pesquisa Aplicada
a Biofábrica (LAPAB), do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE).
Foram realizados dois tratamentos: T1 – Plantas aclimatizadas sem câmera úmida e T2 –
Plantas aclimatizadas (em garrafas tipo pet de 1L, formando uma câmara úmida). As garrafas
foram mantidas com tampas e retiradas após trinta dias, mantendo a parte superior da garrafa
por mais trinta dias. O substrato utilizado nos dois tratamentos foi Carolina (200g). O
delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, constituído por 12 repetições.
Após 60 dias foi avaliado quanto ao número de folha, altura e sobrevivência das plantas. O
tratamento T1 apresentou percentual de sobrevivência 77%, médias da altura e número de
folhas de 11,67 e 2,25 cm, respectivamente. O tratamento T2 apresentou médias da altura das
plantas em 12,87cm e número de folhas 2,83cm, quanto ao percentual de sobrevivência foi
observado 100% de estabelecimento das plantas. Desta forma, a utilização de plantas com
mais de 7,0 cm de altura se mostrou satisfatório para o estabelecimento in vivo. A utilização
de câmara úmida é recomendável por garantir um maior percentual de sobrevivência das
plantas obtidas in vitro.
Palavras-chave: Macaíba; Oleaginosa perene; Germinação in vitro
Créditos de financiamentos – CETENE
1
Laboratório de Pesquisa Aplicada à Biofábrica – LAPAB, Centro de Tecnologia
Estratégicas do Nordeste – CETENE, CEP – 50740-540, Recife-PE, Brasil.
2: Universidade de Pernambuco, Recife-PE.
*José Jackson Pereira da Silva: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional178
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
TESTE DE INDUÇÃO DE BROTAÇÃO EM ESTACAS DE FOLHA DE
Alternanthera brasiliana (L.) O. Kunt. (Amaranthaceae) E Justicia acuminatissima
(Miq.) Bremek (Acanthaceae).
Marcelo Victor de Souza OLIVEIRA1, Vera Maria Vasconcelos CAVALCANTE2,
Fabiana Viana de ALMEIDA², Eva Maria Alves Cavalcanti ATROCH³, Eduardo
Ossamu NAGAO3.
Alternanthera brasiliana (L.) O. Kunt e Justicia Acuminatissima (Miq.) Bremek são
espécies ornamentais e medicinais, que se propagam facilmente por estaquia, enraízam
de forma espontânea e contínua tanto na base da estaca de ramo quanto na estaca de
folha, sejam elas inteiras ou fragmentadas, independentemente do tipo de substrato
utilizado. No entanto, apesar do sucesso de enraizamento das folhas, foi constatado que
as duas espécies foram incapazes de regenerar brotações aéreas a partir da folha. Por
isso desenvolveu-se um experimento com o objetivo de utilizar diferentes reguladores
de crescimento e concentrações para estimular a indução da formação de brotações a
partir das folhas. O experimento foi conduzido no viveiro do Instituto de Ciências
Biológicas da Universidade Federal do Amazonas. As folhas foram coletadas na área do
Campus Universitário e cada espécie foi submetida aos seguintes tratamentos:
testemunha, ANA 0,3 mg.L-1, BAP 1 e 3 mg.L-1, Cinetina 1 e 3 mg/l, BAP + ANA 1 e 3
mg.L-1, Cinetina + ANA 1 e 3 mg.L-1 e plantas em caixas plásticas contendo areia
estéril. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições, e as
médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Após 30 dias foi
realizada a avaliação do experimento, no entanto, nenhuma brotação foi observada nas
estacas de folha de ambas as espécies. No caso de J. acuminatissima a testemunha teve
melhores resultados do que os demais tratamentos quando relacionado a ganho foliar e
volume de raiz produzida. Tais resultados demonstram que nenhuma das concentrações
utilizadas é eficiente para a indução de brotações em estacas de folhas de A. brasiliana e
J. acuminatissima.
Palavras-chave: Propagação vegetativa, estacas de folha, indução por hormônios.
1Aluno de graduação de Agronomia – Universidade Federal do Amazonas, UFAM, Av.
General Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Manaus - AM, Brasil.
(2) Alunas de graduação de Ciências Biológicas - Centro Universitário do Norte,
UNINORTE, Av. Joaquim Nabuco, 1097, Manaus - AM, Brasil.
(3) Professores da Universidade Federal do Amazonas, UFAM, Av. General Rodrigo
Octávio Jordão Ramos, 3000 Manaus - AM, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional179
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DETERMINAÇÃO DO CONTEÚDO FENÓLICO DE DIFERENTES EXTRATOS
FOLIARES DE Ipomoea batatas (L.) Lam. (Convolvulaceae)
Ilsamar M. SOARES1*; Poliana G. MARSON-ASCÊNCIO2; Sérgio D. ASCÊNCIO22.
A batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.) é uma Convolvulaceae cultivada principalmente para
a obtenção de raízes tuberosas, passíveis de serem utilizadas tanto como alimento, quanto como
matéria-prima da produção de etanol. Possui também alto teor de fitoquímicos potencialmente
bioativos, tais como compostos fenólicos, substâncias capazes de prevenir várias doenças,
principalmente as decorrente da oxidação de moléculas biológicas. Como distintos trabalhos
enfatizam a síntese de múltiplos compostos na estrutura foliar de I. batatas, este trabalho teve
como objetivo determinar o conteúdo fenólico em extrato bruto e em diferentes subfrações de
folhas de uma variedade de I. batatas desenvolvida por melhoramento genético para produção
industrial de etanol. Para tanto, coletaram-se folhas de um clone industrial mantido no banco de
germoplasma do Laboratório de Sistemas de Produção de Energia a Partir de Fontes Renováveis
da Universidade Federal do Tocantins com registro no Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento, nomeada Bárbara (nº 22595). As folhas foram secas em estufa a 50° C e
reduzidas a pó, do qual obteve-se o extrato bruto por refluxo em aparelho de Soxhlet utilizando
etanol 70% como solvente. Do extrato liofilizado dissolvido em etanol 50% obteve-se diferentes
subfrações extrativas por uma sequência de partição líquido-líquido (1:1) com os seguintes
solventes: hexano, clorofórmio, acetato de etila, butanol e água. Determinou-se o conteúdo
fenólico no resíduo seco das diferentes subfrações e do extrato bruto pelo método FolinCiocalteu, o qual foi expresso como miligramas equivalentes de ácido tânico por grama de
extrato seco (mg EAT/g). A maior concentração de fenóis totais foi observada na subfração
acetato de etila (224,528 mg EAT/g) e a menor na subfração hexano (45,53 mg EAT/g) as
subfrações clorofórmio, butanol, água e o extrato bruto apresentaram os valores intermediários
(200,82; 203,24; 186,31; 100.19 mg EAT/g respectivamente), sendo que as subfrações
clorofórmio e butanol foram estatisticamente iguais pelo teste de Tukey (p < 0,01). A variação no
teor de compostos fenólicos entre as diferentes frações extrativas corroboram dados da literatura
para extratos botânicos. A comparação entre os teores obtidos no presente trabalho e dados da
espécie, permitiu verificar que os compostos fenólicos encontram-se em altas concentrações na
estrutura foliar da planta estudada. Os resultados obtidos demonstram grande potencial de
aproveitamento destas partes da planta que poderá ser estabelecido mediante a continuidade das
pesquisas por outras técnicas.
Palavras-chave: Ipomoea batatas; Convolvulaceae; Compostos fenólicos, Fitoquímicos.
Apoio: CNPq; UFT.
1
Universidade Federal do Tocantins, Laboratório de Pesquisas em Produtos Naturais, Curso de
Medicina. Campus Universitário de Palmas CEP: 77020-210, Palmas-TO, Brasil.
2
Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Agroenergia, Curso de
Medicina, Laboratório de Pesquisas em Produtos Naturais, Campus Universitário de Palmas,
CEP: 77020-210, Palmas-TO, Brasil.
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional180
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PODA DE CONDUÇÃO EM PLANTAS DE
(Bertholletia excelsa Humb.& Bonpl., Lecythidaceae)
CASTANHEIRA-DO-BRASIL
Teresinha Costa Silveira ALBUQUERQUE1*; Tênnyson Costa EVANGELISTA2;
Antonio Antero Ribeiro de ALBUQUERQUE NETO3
A poda é utilizada tanto para dar forma à copa de fruteiras, como fator de condicionamento do
crescimento das plantas, estabelecendo formação adequada de ramos pela emissão de fluxos
vegetativos mais sincronizados e de forma mais harmoniosa. O experimento foi instalado em
26/09/2011, em pomar de castanheiras do brasil estabelecido no Campo Experimental do
Serra da Prata, pertencente a Embrapa Roraima. O clima da região é Aw de acordo com a
classificação de Köppen, sendo uma região de floresta de transição. O pomar é oriundo de
mudas de pé-franco e as plantas foram classificadas em pequenas, médias e grandes, por
apresentarem uma desuniformidade natural em tamanho e vigor. Realizou-se a poda do tipo
líder central de todas as plantas, deixando-se ramos em tamanho escalonado, definindo-se, a
priori - varas mais compridas e com maior número de gemas localizavam-se no terço inferior
das plantas; as varas de tamanho médio e com número médio de gemas, no terço médio; e as
varas de tamanho pequeno e com número menor de gemas, no terço superior. As plantas
foram avaliadas quanto ao número de varas deixadas pela poda e número de gemas em cada
vara e após a brotação foram contadas as gemas brotadas, estabelecendo-se a percentagem de
brotação em cada terço das plantas, conforme o comprimento das varas. Os dados foram
trabalhados de forma descritiva estabelecendo-se faixas do número de varas deixadas em cada
planta, avaliando-se o percentual de brotação no terço inferior, mediano e superior das
plantas. Os resultados obtidos permitiram inferir que a brotação das plantas independe do
tamanho das mesmas, sendo que as varas de maior comprimento e número de gemas,
localizadas na base das plantas, apresentaram sempre o menor índice de brotação variando de
5,92% a 9,02% (plantas de porte grande); de 6,22% a 11,37% (plantas de porte médio); e de
6,20% a 11,10% (plantas de porte pequeno). As varas de menor comprimento apresentaram
sempre um índice elevado de brotação natural, atingindo 47,36% nas varas do ápice de
plantas de tamanho médio e com mais de 30 varas. O índice de brotação obtido nas plantas foi
adequado, visto não haver sido aplicado nenhum indutor de brotação, demonstrando que as
plantas de castanheira apresentam resposta positiva à poda de condução, embora as varas
apresentem uma elevada dominância apical. Recomendam-se maiores estudos sobre a poda de
condução de plantas de castanheira do brasil, para que seja possível o manejo de plantas com
menor porte.
Palavras-chave: Manejo cultura, Tamanho de copa, Fluxos vegetativos.
1
Embrapa Roraima, BR 174, Distrito Industrial, CP 133, 69301-970 - Boa Vista, RR, Brasil.
E-mail: [email protected]
2
FARES, Bolsista CNPq, Embrapa Roraima, BR 174, Distrito Industrial, CP 133, 69301-970
- Boa Vista, RR,
Brasil.
3
UFAM/BIONORTE, UFRR/POSAGRO, Embrapa Roraima, BR 174, Distrito Industrial, CP
133, 69301-970 Boa Vista, RR, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional181
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
REDUÇÃO DE SAIS E TEMPERATURA NA CONSERVAÇÃO IN VITRO DE
Encyclia dichroma (Lindl.) Schltr (Orchidaceae)
Thays Saynara Alves MENEZES1, Mariana de Souza SANTOS2, Franciane dos
SANTOS3, Maria de Fátima Arrigoni-BLANK4*, Arie Fitzgerald BLANK4, Moacir
PASQUAL5
As orquídeas são as mais diversas dentre todas as famílias de angiospermas, agrupada em
cinco subfamílias, dispersa por todo o mundo e com maior diversidade na região tropical,
destacando-se como importante planta ornamental. Encyclia dichroma (Lindl.) Schltr. é uma
espécie epífita que habita na beira de rios, formando vigorosas colônias de plantas. O objetivo
do presente trabalho foi avaliar o efeito da concentração salina e da temperatura na
conservação in vitro de E. dichroma. Para isto, o delineamento experimental utilizado foi o
inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x2, sendo quatro concentrações de sais do
meio MS (25, 50, 75 e 100%), e duas temperaturas (18 e 25ºC). O experimento foi realizado
com seis repetições, sendo cada parcela representada por cinco tubos contendo uma plântula.
Aos 180 dias foi avaliada a sobrevivência (%), presença de raiz (%), coloração e altura das
plantas, as médias foram submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey
a 5% de probabilidade e regressão polinomial para concentração de sais. Aos 180 dias de
conservação, as plântulas apresentaram uma média de 85% de sobrevivência, cuja tendência
foi de redução à medida que a concentração dos sais do MS foi aumentando. Nestas mesmas
condições, 98% das plântulas induziram raízes. Para a coloração das folhas quando utilizado
25 e 50% dos sais, as plantas apresentavam coloração verde intenso na temperatura de 25ºC.
Quanto à altura das plantas, foi observado que quando utilizado 25% dos sais e temperatura
de 18ºC, esta permaneceu igual à altura inicial. Portanto, plantas de E. dichroma podem ser
conservadas pelo período mínimo de 180 dias à 18ºC, utilizando-se 25% dos sais do meio
MS.
Palavras-chave: Crescimento lento, Sais do MS, Temperatura
Créditos de financiamentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG
1
Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Biotecnologia de Recursos Naturais, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão SE, Brasil.
2
Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Agroecossistemas, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
3
Universidade Federal de Sergipe, graduanda em Engenharia Florestal, Campus Universitário,
CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
4
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Agronômica, Campus
Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
5
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Fitotecnia, Campus Universitário, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional182
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
MODIFICAÇÕES ESTOMÁTICAS DE Miconia sellowiana (DC.)
(Melastomataceae) EM DIFERENTES ALTITUDES EM MINAS GERAIS
Naudin
Juliana Costa Bueno SANTOS1*, Katiúscia Freire de SOUZA2, Patrícia Vieira
POMPEU3, Marco Aurélio Leite FONTES4, Evaristo Mauro de CASTRO5
Família Melastomataceae compreende aproximadamente 4000 espécies, distribuídas
principalmente nas regiões tropicais. No Brasil, ocorre na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata
Atlântica e Pampa. Muitas espécies são usadas na ornamentação de ruas, parques e praças
públicas, por serem plantas com flores atrativas, tolerantes a luminosidade direta. Miconia
sellowiana (DC) Naudin é uma planta pioneira, heliófita facultativa, que ocorre geralmente
em altitudes de 1000 a 2000 m, e raramente ao nivel do mar. O objetivo deste trabalho foi
avaliar modificações nas características estomáticas nas folhas de Miconia sellowiana no
Complexo da Serra da Mantiqueira em Minas Gerais. Foram coletadas cinco folhas
completamente expandidas de indivíduos de M. sellowiana presentes em três altitudes
distintas: 1500 metros, 1700 metros e 1900 metros acima do nível do mar. Estas foram fixadas
e feitas seções paradérmicas conforme técnicas usuais em Anatomia Vegetal. As lâminas
foram fotografadas em microscópio óptico acoplado à câmera digital e analisadas no software
UTHSCSA-Imagetool. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com três
tratamentos e cinco repetições, sendo avaliados cinco campos por repetição. Em M.
sellowiana os estômatos são do tipo paracítico. A altitude promoveu uma redução na
densidade estomática, onde as maiores médias foram encontradas em 1500 metros (1079
estômatos.mm2) com índice estomático de 19%, sendo que em 1900 metros esta média de
densidade foi de cerca de 789 estômatos.mm2, com 11% de índice estomático. Ocorreu
também um aumento nos diâmetros polar e equatorial dos estômatos, com a elevação da
altitude demonstrando, portanto, um aumento no tamanho dos estômatos.
Palavras-chave: Altitude, Anatomia ecológica, Estômatos.
Créditos de financiamento: CNPq, CAPES , FAPEMIG pelo apoio financeiro.
1
Doutoranda, Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de PósGraduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000,
Lavras-MG, Brasil.
*Contato: [email protected]
2
Mestranda, Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de PósGraduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000,
Lavras-MG, Brasil.
3
Doutoranda, Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciências Florestais,
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Campus Universitário, caixa postal
3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
4
Professor, Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciências Florestais, Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP:
37200-000, Lavras-MG, Brasil.
5
Professor, Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de PósGraduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000,
Lavras-MG, Brasil
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional183
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ASPECTOS NUTRICIONAIS E MICORRÍZICOS DO CAMUCAMUZEIRO (Myrciaria
dubia(H.B.K.) McVaugh) EM UM LATOSSOLO DA AMAZÔNIA CENTRAL
Thana ESASHIKA1*, Luiz Antonio de OLIVEIRA2 e Francisco Wesen MOREIRA3
A baixa fertilidade da maioria dos solos amazônicos aliada à falta de recursos da maioria dos
pequenos agricultores da região influem diretamente no desenvolvimento e na sustentabilidade
da agricultura regional. Para isso, uma das estratégias é maximizar o uso de microrganismos
benéficos do solo, como os fungos micorrízicos arbusculares (FMA), os quais são capazes de
aumentar o sítio de absorção de água e nutrientes pelas plantas hospedeiras. Desse modo,
informações sobre a microbiologia do solo e a resposta do camucamuzeiro a diferentes
tratamentos de adubação podem contribuir para incrementar a produção dessa frutífera de grande
potencial para a agricultura amazônica. Foram avaliados os efeitos da adubação na nutrição e na
colonização por FMA do camucamuzeiro cultivados em um latossolo amarelo localizado na
Comunidade Rural do Brasileirinho, periferia de Manaus. Em condições de campo, avaliou-se os
teores foliares dos macro e micronutrientes, as taxas de colonização micorrízica e o número de
esporos na rizosfera em três épocas de coleta. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados
em esquema de parcela subdividida 3 x 10, onde, no camucamuzeiro, as parcelas representaram
três épocas de coleta e dez tratamentos consistidos de adubação química, orgânica e foliar.
Houve variações nos teores foliares dos camucamuzeiros nos diferentes tratamentos, com
exceção dos teores do N e Mn. As plantas que receberam adubação orgânica apresentaram as
maiores médias de Ca, Mg, P e K. Os micronutrientes Fe, Mn e Zn foram favorecidos pela
aplicação de adubo foliar, exceto os teores de Mn, que não apresentaram variações significativas.
Nos camucamuzeiros, o tratamento com adubação orgânica foi o mais adequado, pois
proporcionou os maiores teores de Ca, Mg e K. Para os nutrientes P, Fe, Zn e Mn, os tratamentos
com adubo foliar mostraram-se eficientes. Com isso, pode-se concluir que não houve um
benefício eficaz da simbiose planta-fungo. Em ambas as culturas, a adubação e a alta
concentração de fósforo no solo podem ter influenciado, de forma negativa, na colonização das
raízes pelos fungos. Além disso, a adubação orgânica, em geral, proporcionou os melhores
resultados para os macronutrientes e a adubação foliar para os micronutrientes.
Palavras-chaves: Frutíferas Amazônicas, Adubação Foliar, Fungos Micorrízicos Arbusculares
(FMA).
1
Doutoranda, Universidade Federal do Amazonas, [email protected]; (2)
Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA C.Postal 478, 69011-970,
Manaus, Amazonas, bolsista do CNPq e Professor de PG do INPA, UFAM e UEA
[email protected]; (3) Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
C.Postal 478, Manaus, AM, CEP 69011-970 [email protected] ;
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional184
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
IDENTIFICAÇÃO DE TERPENOS DE X. aromatica ( Lam.) Mart. (Annonaceae)
Andréia Nascimento da CONCEIÇÃO1*, Priscilla Rarimmy Lopes PEREIRA1, Ramoni
Mafra de LIMA1, Dayse Pereira SANT’ANA1, Thaylanna Cavalcante CORREIA1,
Habdel Nasser Rocha da COSTA2, Albanita de Jesus Rodrigues da SILVA3
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. é uma espécie conhecida popularmente como “pimenta de
macaco”, pertencente ao gênero Xylopia e a Família Annonaceae. A espécie é uma árvore
nativa de savana e de fácil reconhecimento, com altura que varia de 2 a 8 metros, possui
vários constituintes químicos, incluindo óleos essenciais, alcaloides, flavonoides e ácidos
graxos insaturados, no entanto, poucos são os estudos realizados até o momento sobre a classe
terpênica. O objetivo deste trabalho é indentificar os terpenos desta espécie. O material
botânico foi coletado no Campo Experimental Água Boa (Embrapa/ Roraima). Foram
realizados Cromatografia Clássica em coluna de sílica gel em diferentes solventes e
Cromatografia em camada delgada comparativa, para o monitoramento e isolamento dos
constituintes químicos do extrato hexânico das partes aéreas de X. aromatica (Lam.) Mart. As
frações obtidas da Cromatografia Clássica foram analisadas pelo Cromatógrafo Gasoso
acoplado ao Espectrômetro de Massa para a obtenção dos terpenoides. Assim, com a
investigação fitoquímica desta espécie pôde-se obter cinco tipos de terpenoides, sendo estas as
seguintes substâncias: óxido de cariofileno, espatulenol, 1β,6α-diidroxi-4(15)-eudesmeno, 19Di-turolosol e 9,12-O-ctadecadien-1-ol. A substância do tipo diterpeno 19-Di turolosol é
inédita, bem como o composto volátil 9,12- Octadecadien-1-ol para a espécie X. aromatica
em área de savana no estado de Roraima. Portanto, a identificação destas substâncias
contribui para o conhecimento da fitoquímica dos compostos secundários potencializado por
planta ocorrente em área de savana do estado de Roraima.
Palavras-chave: Terpenoides, Fitoquímica, Pimenta- de- macaco.
Fomento: Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal de Roraima.
1 1
Universidade Federal de Roraima, Centro de Estudos da Biodiversidade, Campus
Paricarana, Laboratório de Substâncias Bioativas, Sala 215, CEP: 69304-000, Boa Vista-RR,
Brasil. *autor para correspondência: [email protected]
2
Prof. Dr. Associado ao Departamento de Química da Universidade Federal de Roraima,
colaborador.
3
Profa. Dra. Associada ao Centro de Estudos da Biodiversidade da Universidade Federal de Roraima,
orientadora.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional185
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
INDIVIDUAL SIZE VARIATION OF Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
(Araucariaceae) IN FIELD AND FOREST
Willian VIEIRA1*, Giovani Festa PALUDO1, Roberta Inácia DUARTE1,2, Adelar
MANTOVANI3, Maurício Sedrez dos REIS1,2
Temporal variation in diameter at breast height (dbh) and height for Araucaria angustifolia in
natural forests is poorly understood when considering all developmental stages, but especially
in the case of small individuals or regeneration. Thus, the aim of this work was to describe the
annual variation in individual’s size in two natural populations of A. angustifolia over time, as
well as to verify that individuals senescence is related to annual variation in size based on
annual rates of change in observed size, and verify how long it takes for an individual to reach
1.5 m in height. We monitored the changes in individual’s size in two populations. The first
site was located in a field landscape and measured during 2 years. The second site was located
in a forest landscape measured during 5 years. From the measurements, a median rate of
variation in size was established using a regression calculated for each individual.
Regressions were established between height and time for individuals with a height ≤ 1.5 m,
and with dbh and time for those with a height > 1.5 m. As a result the rate of change in
median dbh was 0.36 cm.year-1 in the field location and 0.14 cm.year-1 in the forest location.
As for the small individuals in the forest location the median annual change in height was
0.04 m.year-1 and the field location was 0.02 m.year-1. Individuals who died during the survey
had lower rates of change in size when compared to individuals who did not die. Based on
growth rates, a newly germinated individual in the field location may take up to 19.4 years on
average to reach 1.5 m in height and up to 30.0 years in the forest location. Therefore, the
annual variation in size can provide indications on the fate of individuals and although the
small individuals in the field have lower rates of change in height they reach 1.5 m in height
before the forest due to higher rates of growth in greater developmental stages. This result
indicates that between the two studied sites, small individuals in the field location have
greater potential to reach adulthood. These are characteristics not previously studied in detail
for the behavior of A. angustifolia, a critically endangered species, and these results have
implications both for conservation and management in both types of environments.
Keywords: Brazilian-pine, Development, Growth, Araucaria Forest.
Acknowledgments: CNPq, CAPES and FAPESC for providing scholarships and financing.
1
Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Fitotecnia, Núcleo de Pesquisas
em Florestas Tropicais, caixa postal 476, CEP: 88034-001, Florianópolis-SC, Brasil.
2: Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Fitotecnia, Programa de Pósgraduação em Recursos Genéticos Vegetais, caixa postal 476, CEP: 88034-001,
Florianópolis-SC, Brasil.
3: Universidade do Estado de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Florestal, Grupo
de Pesquisa Uso e Conservação de Recursos Florestais, CEP: 88520-000, Lages-SC, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional186
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ASPECTOS NUTRICIONAIS E MICORRÍZICOS DA ACEROLEIRA (Malphigia
punicifolia L.) EM UM LATOSSOLO DA AMAZÔNIA CENTRAL
Thana ESASHIKA1, Luiz Antonio de OLIVEIRA2 e Francisco Wesen MOREIRA3
Nos solos de baixa fertilidade da terra firme da Amazônia, a deficiência de nutrientes limita a
produtividade das plantas, afetando economicamente os produtores rurais regionais. Uma das
espécies cultivada por esses produtores é a aceroleira. Para isso, uma das estratégias é maximizar
o uso de microrganismos benéficos do solo, como os fungos micorrízicos arbusculares (FMA),
os quais são capazes de aumentar o sítio de absorção de água e nutrientes pelas plantas
hospedeiras. Assim, informações sobre a microbiologia do solo e a resposta da aceroleira a
diferentes tratamentos de adubação podem contribuir para incrementar a produção dessa
frutífera. Foram avaliados o efeito da adubação na nutrição e a colonização por FMA da
aceroleira cultivados em latossolo amarelo localizado na Comunidade Rural do Brasileirinho,
periferia de Manaus. Avaliou-se os teores foliares dos macro e micronutrientes, as taxas de
colonização micorrízica e o número de esporos na rizosfera em três épocas de coleta. Utilizou-se
esquema experimental em subparcelas 3 x 9. Houve variações significativas nos teores foliares
das aceroleiras nos diferentes tratamentos. As plantas que receberam adubação química
apresentaram os maiores teores de Ca, Mg, K, P e N. As plantas que receberam adubação foliar
apresentaram os maiores teores de Fe, Mn e Zn. Esse fato comprova o favorecimento na
absorção dos micronutrientes através da maior eficácia do adubo foliar. Os tratamentos com
adubação química ou orgânica proporcionaram os maiores teores de Ca, Mg, K, P e N. A
utilização do adubo orgânico é mais econômica por ser um insumo barato e viável para o
pequeno agricultor. O adubo foliar se mostrou efetivo para os micronutrientes, comprovando ser
uma alternativa rápida, econômica e de fácil aplicação. A associação radicular com fungos
micorrízicos mostrou correlações positivas com os teores foliares de alguns nutrientes, porém, a
taxa de correlação apresentou-se muito baixa. A adubação orgânica, em geral, proporcionou os
melhores resultados para os macronutrientes e a adubação foliar para os micronutrientes.
Palavras-chaves: Frutíferas Amazônicas, Nutrição de Plantas, Fungos Micorrízicos
Arbusculares (FMA).
Financiado com recurso do CNPq
1
Doutoranda, Universidade Federal do Amazonas, [email protected]; (2)
Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA C.Postal 2223, CEP 69080971, Manaus, Amazonas, bolsista do CNPq e Professor de PG do INPA, UFAM e UEA
[email protected]; (3) Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
C.Postal 2223, Manaus, AM, CEP 69080-971 [email protected] ;
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional187
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERIZAÇÃO DO RESÍDUO DA COMERCIALIZAÇÃO DO TUCUMÃ
(Astrocaryum aculeatum G. Mey.) EM FEIRAS DE MANAUS, AM.
Adriano Amir DIDONET1*; Isolde Dorothea Kossmann FERRAZ2; Rosemar
ANTONIASSI3; Adelia Ferreira de FARIA-MACHADO4
Um importante mercado se estabeleceu em torno do tucumã (Astrocaryum aculeatum G. Mey)
na Amazônia Central. A polpa dos frutos desta palmeira é muito apreciada em Manaus, sendo
utilizada, entre outras receitas, como recheio do sanduíche popular “x-caboquinho”. Após a
retirada da polpa, as demais partes dos frutos são descartadas, gerando um elevado custo de
oportunidade. Esse estudo teve como objetivo realizar o diagnóstico quantitativo e qualitativo
do resíduo produzido pela comercialização do tucumã em feiras e mercados de Manaus,
durante 12 meses. A quantidade de polpa aproveitável e as partes atualmente descartadas
foram determinadas gravimetricamente de frutos de 11 procedências além da determinação do
teor de óleo das sementes segundo os métodos oficiais da AOCS (2009). Entre maio de 2011 e
abril de 2012 estimou-se a quantidade de resíduo gerado, a sazonalidade da produção e a
acessibilidade desse resíduo, por questionários mensais aplicados aos comerciantes nesses
locais. Somente 12% da massa seca dos frutos foram aproveitados. As demais partes foram
descartadas. O resíduo foi composto principalmente (70%) pelo pirênio (caroço), que por sua
vez é constituído pelo endocarpo lenhoso e muito resistente (61%) e a semente oleaginosa
(39%). Em um ano foram produzidas um total de 286 toneladas de resíduo, com média mensal
de 22,5 (±5,5) toneladas. A sazonalidade da oferta dos frutos reduziu somente durante o mês
de outubro a quantidade de resíduo gerado nas feiras. O teor de óleo das sementes foi de
36,1(±5,4)% em base úmida. Desta forma foram descartadas no ano avaliado
aproximadamente 34,1 toneladas de óleo de tucumã com média mensal de 2,7 toneladas. Mais
da metade (53%) do resíduo apresentou descarte acumulado e de fácil acesso nas feiras,
classificado como resíduo de limpeza urbana. A quantidade mensal do resíduo de tucumã
produzido nas feiras de Manaus, seu valor como insumo e a facilidade de acesso indicam a
possibilidade de um aproveitamento diferenciado com ganho econômico, social e ambiental
para a cadeia produtiva do tucumã.
PALAVRAS-CHAVE: Óleo vegetal, Palmeira, Amazônia, Resíduo sólido.
Créditos de financiamento: CNPq, CAPES.
1
Bolsista/Projeto REDEBIO do INPA/CBIO, Cx. Postal 2223, CEP 69080-971, Manaus-AM,
Brasil.
2
Dra. Pesquisadora do INPA/CBIO, Cx. Postal 2223, CEP 69080-971, Manaus-AM, Brasil.
3
Dra. Pesquisadora da Embrapa/Centro Nacional de Pesquisa de Tecnologia Agroindustrial de
Alimentos, Laboratório de Óleos Vegetais, CEP 23020470, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
4
Dra. Pesquisadora da Embrapa/Centro Nacional de Pesquisa de Tecnologia Agroindustrial de
Alimentos, Laboratório de Oleos Vegetais, CEP 23020470, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
* Autor para correspondência: [email protected].
* Os resultados fazem parte da dissertação de mestrado do primeiro autor no INPA-PPGCFT.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional188
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ESTUDO FÍSICO – QUÍMICO DOS ÓLEOS DE ANDIROBA (Carapa guianensis
Aublet.) COMERCIALIZADOS EM BOA VISTA – RR.
Andréia Cordovil da SILVA1, Luiz Antônio Mendonça Alves da COSTA1, Lucianne
Braga Oliveira VILARINHO1*
Boa Vista, capital do Estado de Roraima, possui uma vegetação de savana, com fisionomia de
cerrado, onde encontramos a espécie oleaginosa Carapa guianensis Aublet., uma árvore
amazônica, típica de várzeas e ilhas, pertencente à família botânica Meliaceae. O óleo obtido
das amêndoas possui propriedades antiinflamatórias, cicatrizantes, antisséptica, regeneradora,
hidratante, antiparasítica, emoliente, inseticida, protetora solar, e pode ser usado para
iluminação, adubação, combustível e na indústria farmacêutica homeopática, contra a diabetes
e o reumatismo. Este trabalho caracterizou os óleos de andiroba comercializados na cidade de
Boa Vista, por meio de análises físico-químicas: índice de saponificação, umidade, acidez e
variações graxas, pelo método de cromatografia gasosa associada a espectrometria de massas
(CG – EM). Das nove amostras avaliadas para o índice de acidez (IA) de óleos comestíveis,
apenas três amostras ficaram acima dos 2% permitidos para IA de óleos vegetais no Brasil;
quanto ao índice de umidade todas as amostras apresentaram valores abaixo de 1%,
compatível com o padrão utilizado para a produção de biodiesel. Os valores de índice de
saponificação (IS) foi em média de 162 a 178 mg KOH.g-1 de óleo, inferior ao padrão
brasileiro de IS para óleos comestíveis, o que nos permite considerar que o óleo de andiroba
não possui fins alimentícios. As análises cromatográficas revelaram variações de picos dos
constituintes característicos do óleo de andiroba, com predominância dos ácidos oléico e
palmítico. Porém duas amostras apresentaram discrepância quanto às proporções dos
constituintes, sendo semelhantes aos picos cromatográficos característico dos óleos de soja e
milho, o que nos sugere adulterações. Os resultados apresentados corroboram para a criação
de parâmetros seguros, especificamente para o óleo de andiroba no Brasil, pois o mesmo é
utilizado popularmente por comunidades tradicionais na produção de remédios e outros fins.
Palavras - chave: Plantas medicinais; óleo de andiroba; comercialização.
1: Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais,
Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa
Vista – RR, Brasil.
* autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional189
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE QUIABO-DE-METRO (Trichosanthes
cucumerina L.) (Cucurbitaceae) EM DIFERENTES TEMPERATURAS
Lorena de Souza SILVA1*, Daniel Felipe de Oliveira GENTIL1
As hortaliças representam um componente essencial na alimentação humana, constituindo-se
na principal fonte de vitaminas e sais minerais, podendo contribuir decisivamente para
amenizar o desequilíbrio nutricional das populações. Uma espécie que concorre positivamente
para o atendimento dessas necessidades é a Trichosanthes cucumerina, uma espécie
pertencente à família das Cucurbitáceas, conhecida popularmente como quiabo-de-metro e
considerada uma hortaliça tradicional. O fruto de T. cucumerina produz em média 30 a 35
sementes. No entanto, a espécie parece ter problemas quanto à germinação. A germinação é
influenciada por fatores ambientais, como temperatura, os quais podem ser otimizados, a fim
de elevar a porcentagem, a velocidade e a uniformidade do processo. Diante disso, o trabalho
teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes temperaturas sobre a germinação de
sementes de T. cucumerina. O experimento foi instalado em delineamento inteiramente
casualizado, em ensaio fatorial 3 (temperaturas de germinação) x 7 (lotes de sementes), com
quatro repetições de 50 sementes cada. As temperaturas de germinação testadas foram 20°C,
25°C e 30°C. Foram utilizados 7 lotes da coleção do Setor de Olericultura da Universidade
Federal do Amazonas. O teste de germinação foi avaliado a cada três dias, iniciando aos cinco
dias e finalizando aos 14 dias após a semeadura. A porcentagem de germinação correspondeu
à proporção do número de sementes que produziu plântulas classificadas como normais. No
encerramento do experimento, foram computadas as plântulas anormais e as sementes não
germinadas. Os dados foram expressos em porcentagens. A partir das contagens de plântulas
normais, foi calculado o índice de velocidade de germinação. A análise conjunta das variáveis
respostas evidenciou que a temperatura de 30°C, dentre as temperaturas testadas, foi a mais
favorável a germinação de T. cucumerina. Além disso, os lotes 7 e 5 apresentaram qualidade
fisiológica superior em relação aos demais, por mostrarem melhor desempenho nas três
temperaturas testadas. A temperatura de 30°C favoreceu o processo germinativo das sementes
de T. cucumerina, resultando em maior porcentagem e taxa de germinação das sementes da
espécie.
Palavras-chave: Poder germinativo, Qualidade fisiológica, Hortaliça tradicional.
Financiamento de Bolsa de PIBIC: FAPEAM.
1
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Setor de Olericultura,
Av. Gal. Rodrigo O. J. Ramos, n. 3000, Coroado I, CEP. 69077-000, Manaus, AM, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional190
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ASSEPSIA E REGENERAÇÃO in vitro DE SEGMENTOS NODAIS DE BREU
BRANCO (Protium Spruceanum) (Benth.) Engl.
Lucyanna Moura COELHO1*, Hélio Leonardo Moura BRANDÃO2, Paulo de Tarso
Barbosa SAMPAIO3, Maria Teresa Gomes LOPES4
O Breu Branco é uma árvore que chega a atingir quatorze metros de altura e é uma espécie
que se encontra em intenso processo de inserção no mercado de cosméticos, fitoterápicos e
fitofármacos. Porém é limitado o número de pesquisas que visam estabelecer protocolos
alternativos de propagação de Breu Branco. A cultura de tecidos vegetais é uma técnica
promissora para a preservação de fontes vegetais e propagação comercial de plantas,
reproduzidas em menor tempo, em grandes quantidades e com propriedades genéticas
idênticas as do exemplar original. O objetivo deste estudo foi desenvolver um protocolo de
assepsia e regeneração in vitro de segmentos nodais de Breu Branco inoculados em meio de
cultura WPM (Wood Plant Meium) com diferentes concentrações de reguladores de
crescimento. Protocolos de assepsia compostos por Derosal®, ampicilina e clorafenicol
foram testados no estabelecimento in vitro dos explantes, após 30 dias os melhores resultados
foram obtidos com a aplicação de Derosal® (5 ml.L-1) e clorafenicol (500 mg.L-1), que juntos
possibilitaram o estabelecimento de 95% dos explantes. Na regeneração, os explantes já
esterilizados foram submetidos a um experimento de indução de broto e raiz em meio WPM
acrescido de 30 g.L-1 de sacarose e 4,2 g.L-1 de ágar, suplementado com Ácido
naftaleniacético (ANA), Ácido Indolacético (AIA), Ácido Indolbutírico (AIB) e Ácido 2,4diclorofenoxiacético (2,4-D) (0,0; 1,5; 3,0 e 4,5 mg.L-1, respectivamente) em delineamento
inteiramente casualizado, totalizando 13 tratamentos e 15 repetições cada. Após 90 dias os
resultados mostraram que a aplicação exógena de reguladores de crescimento é fundamental
para a indução da regeneração nos explantes de Breu Branco. Os meios de cultura contendo
3,0 mg.L-1 de AIA promoveram 95% de regeneração dos explantes com média de 2,06 de
raízes/explante e 2,4 brotos/explante como melhores resultados.
Palavras-chave: Cultura de tecidos, Reguladores de crescimento, Protocolo de assepsia.
Agradecimentos: CNPq
1
Mestranda do Programa de Ciências Florestais e Ambientais da Universidade Federal do
Amazonas. Manaus-AM, Brasil; 2. Dr. em Biotecnologia pela Universidade Federal do
Amazonas, Engenheiro Florestal do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Manaus-AM,
Brasil; 3. Dr. em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná, Pesquisador do
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus-AM, Brasil; 4. Dra. em Agronomia
pela Universidade de São Paulo, Professora Associada da Universidade Federal do
Amazonas, Manaus-AM, Brasil.
* autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional191
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
REGULADORES OSMÓTICOS E TEMPERATURA NA CONSERVAÇÃO IN VITRO
DE Encyclia dichroma Schltr (Lindl.) (Orchidaceae).
Mariana Souza SANTOS1, Thays Saynara Alves MENEZES2, Franciane dos SANTOS3,
Maria de Fátima Arrigoni-BLANK4*, Arie Fitzgerald BLANK4, Ana Paula do
Nascimento PRATA5, Moacir PASQUAL6
Encyclia é um gênero neotropical com cerca de 240 espécies das quais 57 ocorrem em
território brasileiro. E. dichroma é uma espécie epífita, nativa do Brasil e Suriname que cresce
em afloramentos rochosos ou árvores à beira de rios. O objetivo deste trabalho é avaliar o
efeito dos reguladores osmóticos sacarose, manitol e sorbitol e da temperatura na conservação
in vitro de E. dichroma. O trabalho foi realizado no Laboratório de Cultura de Tecidos e
Melhoramento Vegetal do Departamento de Engenharia Agronômica da Universidade Federal
de Sergipe. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado e o
experimento composto de seis tratamentos dispostos em DIC em esquema fatorial 3x2, sendo
três fontes de carbono e reguladores osmóticos (20 g.L-1 de sacarose; 10 g.L-1 de sacarose + 5
g.L-1 de manitol; 10 g.L-1 de sacarose + 5g.L-1 de sorbitol) e duas temperaturas (18 e 25ºC). O
meio utilizado foi o MS com cinco repetições, sendo cada parcela representada por quatro
frascos contendo quatro plântulas. Aos 90 e 180 dias foi avaliada a sobrevivência (%),
presença de raiz (%), coloração e altura das plantas, as médias foram submetidas à análise de
variância e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Aos 90 dias, plantas
conservadas a 18ºC em meio contendo sacarose e sorbitol apresentavam altura idêntica a
inicial e aos 180 dias as taxas de crescimento permaneceram baixas, mantendo-se as plantas
com altura próxima a inicial em todas as condições aplicadas. A média geral de sobrevivência
caiu de 80,7% (90 dias) para 64,15% (180 dias). Com 90 dias de conservação, as plantas
apresentavam coloração verde intenso, com pequenos sinais de senescência, processo que
alcançou aproximadamente 25% de folhas mortas aos 180 dias. Sendo assim, pode-se concluir
que com taxas de sobrevivência de aproximadamente 65%, é possível conservar E. dichroma
por 180 dias a 25ºC em meio MS com 20g.L-1 de sacarose.
Palavras-chave: Orquídea nativa, Crescimento lento, Reguladores osmóticos.
Créditos de financiamentos: Capes, CNPq, FAPEMIG
1
Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Agroecossistemas, Campus Universitário, caixa postal 353, CEP: 49100-000, São Cristóvão SE, Brasil.
2
Universidade Federal de Sergipe, Campus Universitário, São Cristóvão - SE, Brasil.
3
Universidade Federal de Sergipe, graduanda em Engenharia Florestal, Campus Universitário,
CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
4
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Agronômica, Campus
Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
5
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Biologia, Campus Universitário, CEP:
49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
6
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional192
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
LEVANTAMENTO BIOGEOGRÁFICO DE OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO
DE CAMU-CAMU NO ESTADO DE RORAIMA-RR
Jaqueline Oliveira VILENA1*, Edvan Alves CHAGAS2, Maria Isabel Garcia
RIBEIRO1, Bruna Santana Morais1, Jhon Klyton Benício ALVES1, Christinny
Giselly Bacelar LIMA3, Ricardo Manuel Lozano BARDALES4, Maria da
Conceição da Rocha ARAÚJO5.
O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh) é uma espécie frutífera nativa das
várzeas e cursos dos rios da região amazônica, pertencente à família Myrtaceae,
conhecido também como caçari ou araçá d'água, dependendo da região. De ocorrência
no Peru, Brasil, Venezuela e Colômbia, mas especialmente abundante na Amazônia
peruana. Esta espécie possui alto potencial econômico pelo elevado conteúdo de
vitamina C encontrado em seu fruto além de altos níveis de cálcio e outros minerais de
importância bioquímica. O estado de Roraima não se diferencia das outras regiões
amazônicas, sendo que são encontradas as margens de seus rios e lagos uma riqueza de
populações dessa fruteira. Contudo, é difícil se obter informações catalogadas e
registradas na literatura a respeito da ocorrência e distribuição geográfica dessa fruteira
no Estado. Visto que esses fatores são de suma importância para o direcionamento de
outras atividades que visam conhecer as características fisiológicas dessa espécie,
objetivou-se realizar o levantamento biogeográfico de populações de camu-camu
encontradas no estado de Roraima. O trabalho foi realizado no período de 2009 a 2012,
inicialmente foram feitas consultas a pesquisadores da área de biodiversidade,
produtores rurais, população ribeirinhas, moradores e por componentes da colônia de
pescadores a cada localidade visitada em seguida foram realizadas visitas aos locais
para se confirmar e presença da espécie e georreferenciar a população. O acesso aos
locais ocorreu de duas formas: Nas áreas alagadas, sem acesso em via terrestre, as
expedições foram fluviais, com auxilio de um barco; e onde o acesso terrestre foi
possível foram por rodovias. O georreferenciamento da população foi realizado todas as
vezes que se confirmava a ocorrência da fruteira na localidade visitada. Os dados de
georreferenciação foram tomados através do GPS Garmim® e processados com auxilio
do software de análise espacial DIVA-GIS, versão 7.5 para a criação do mapa de
localização das populações de camu-camu em Roraima.O levantamento biogeográfico
confirmou a grande ocorrência de camu-camu e facilitará futuros estudos sobre a
espécie no estado de Roraima.
Palavras-chave: Amazônia, Myrciaria dubia, Fruteira Nativa, Georreferenciamento.
Auxílio Financeiro: CNPq, CAPES e UFRR
1
Acadêmico do Curso de Agronomia, Centro de Ciências Agrárias, Campus do
Cauamé/ UFRR. Bolsista de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq/UFRR) e estagiário
Embrapa Roraima.
2
Engº. Agrônomo, D.Sc., Prof. do POSAGRO (CCA/UFRR) e Pesquisador da Embrapa
Roraima,. Bolsista Produtividade em Pesquisa CNPq.
3
Pesquisadora da Embrapa-RR, Programa de Pós-Doutoramento (CAPES/PNPD).
4
Estudante do curso de mestrado da UFRR.Email: [email protected]
5
Doutoranda do do Curso de Biodiversidade e Biotecnologia UFRR/Embrapa.
* Autora para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional193
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
VESPAS DA FAMÍLIA AGAONIDAE (HYMENOPTERA: CHALCIDOIDEA)
ASSOCIADAS A CINCO ESPÉCIES DO GÊNERO Ficus L. (MORACEAE) NA
ÁREA URBANA DE MANAUS/AM.
Raquel Ribeiro de Souza CASTRO1*; Alinne Costa Cavalcante REZENDE1; Otilene
Santos MATTOS2
O gênero Ficus L. (Moraceae) interage em diferentes níveis com diversos grupos de
organismos e estabelece relações de competição, predação e mutualismo. Na relação
mutualística, vespas específicas da família Agaonidae promovem a polinização das flores,
enquanto outras vespas podem afetar negativamente a produção de frutos e o número de
vespas dispersoras de pólen. O presente trabalho teve como objetivo verificar a diversidade de
insetos associados a duas espécies do gênero Ficus, e avaliar a especificidade existente entre
vespas e seus hospedeiros na área urbana de Manaus/AM. Nos 300 sicônios que foram
coletados de duas espécies de Ficus foi identificado um total de 40 morfo-espécies de vespasde-figo pertencentes a nove gêneros, sendo dois de polinizadores e sete de não-polinizadores.
As morfo-espécies de vespas-de-figo amostradas nesse trabalho foram identificadas por
caracteres morfológicos de visualização simples. As espécies de Pegoscapus foram as mais
difíceis de identificar, pois os caracteres de diferenciação como: sensilas, formato da cabeça e
comprimento do ovipositor são difíceis de visualizar. Foram observadas de 3 a 30 espécies de
vespas nas duas espécies de figueiras estudadas ( F. citrifolia e F. mathewsii). Foi verificado a
especificidade das espécies de vespas-de-figo quanto a seus hospedeiros os gêneros Idarnes,
Aepocerus, Eurytoma Anidarnes e Physothorax foram observados em todos os hospedeiros
da seção Americana. O gênero Idarnes foi o que apresentou o maior número de morfoespécies na espécie de F. citrifolia. Na espécie de Ficus mathewsii o gênero com maior
número de morfo-espécies foi o gênero Aepocerus com também sete morfo-espécies. As duas
espécie de figueiras tiveram o mesmo número de gêneros associados a seus sicônios um total
de sete. O resultado desse trabalho pode auxiliar no entendimento da diversidade e
distribuição de insetos associados à sicônios de figueiras na região do Novo Mundo. Também
será útil para novos estudos ecológicos referentes a essa comunidade de vespas associadas aos
hospedeiros da área urbana de Manaus/Am.
Palavras-chave: Interação mutualística, Diversidade, Especificidade
1
Alunas de mestrado acadêmico do curso de Biologia Urbana da Universidade Nilton Lins –
UNINILTONLINS 2Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Av. Professor Nilton
Lins,3259 –Parque das laranjeiras Manaus-Am 92 3643- 2022 www.uniniltonlins.com.br
*autor para correspondencia: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional194
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ASPECTOS FÍSICOS DE SEMENTES DE Jatropha gossypiifolia L. e Jatropha
podagrica Hook.(Euphorbiaceae), BOA VISTA-RR.
Sammy Aquino PEREIRA1*; Cylles Zara dos Reis BARBOSA2; Célia Regina Simonetti
BARBALHO3; Maria Silvia de MENDONÇA4
RESUMO: As espécies Jatropha gossypiifolia L. e Jatropha podagrica Hook. destacam-se
pelo seu uso terapêutico e ornamental, mas com poucas pesquisas sobre as características
físicas de sua unidade de dispersão. Os aspectos físicos de sementes são utilizados para
identificar e diferenciar espécies do mesmo gênero, bem como avaliar características
importantes para a germinação, comercialização e armazenamento. O estudo foi realizado
com objetivo de avaliar os aspectos físicos das sementes de J. gossypiifolia e J. podagrica
ocorrentes em área urbana no Município de Boa Vista, Roraima. Foram coletadas sementes de
10 indivíduos, na época de deiscência do fruto, no período de julho a dezembro de 2011.
Foram avaliadas 100 sementes, para cada espécie, quanto aos aspectos de comprimento,
largura e espessura com auxílio de paquímetro digital (precisão de 0,1 mm) e peso; grau de
umidade, peso de mil sementes e número de sementes por quilo. O comprimento, largura,
espessura e peso das sementes para J. gossypiifolia variou de 6,43 a 8,55 mm, 3,97 a 5,03
mm, 2,66 a 3,67 mm e 0,013 a 0,077 g, respectivamente. O grau de umidade, o peso de mil
sementes e nº de sementes por quilo para esta espécie foi 9,8%, 64,06g e 15.611 sementes/kg,
respectivamente. Para J. podagrica o comprimento, largura, espessura e peso das sementes
variou de 9,71 a 12,47 mm, 5,23 a 6,58 mm, 3,03 a 4,96 mm e 0,020 a 0,181 g,
respectivamente. O grau de umidade, o peso de mil sementes e nº de sementes por quilo para
esta espécie foi 7,5%, 148,5g, 6.734 sementes/kg, respectivamente. A frequência para os
parâmetros de comprimento, largura, espessura e peso apresentaram pequenas variações
apenas no comprimento e no peso para cada espécie. Foi observado que J. gossypiifolia e J.
podagrica apresentam características físicas bem distintas uma da outra, sendo possível
utilizar estes aspectos para identificar as espécies dentro do gênero Jatropha.
Palavras-chave: Pião roxo, Batata do inferno, Jatrofa, Biometria.
1
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Universidade Federal
do Amazonas-UFAM, Av Gov. Danilo de Matos Areosa, 690 - Distrito Industrial, CEP:
69075-351, Manaus- AM, Brasil
2
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Universidade Federal
do Amazonas-UFAM, Manaus- AM, Brasil
3
Co-orientadora, Professora do Instituto de Ciências Humanas e Letras, da Universidade
Federal do Amazonas-UFAM, Manaus- AM, Brasil
4
Orientadora, Professora Titular da Faculdade de Ciências Agrárias, da Universidade Federal
do Amazonas-UFAM, Manaus- AM, Brasil
*autor para correspondência:[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional195
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
VARIAÇÃO FENOTÍPICA EM FRUTOS DE VARIEDADES LOCAIS DE ABÓBORA
Cucurbita moschata Duchesne (Cucurbitaceae)
Lúcia Helena Pinheiro MARTINS1*, Hiroshi NODA2, Maria Teresa Gomes LOPES3,
Ayrton Luiz Urizzi MARTINS3, Sandra do Nascimento NODA3, Antonia Ivanilce
Castro da SILVA4
Na agricultura familiar no estado do Amazonas, a abóbora/jerimum Cucurbita moschata
Duchesne é uma hortaliça-fruto importante na alimentação regional devido sua composição
em vitaminas e sais minerais, em especial vitaminas A e C. Esta espécie apresenta uma ampla
variação morfológica de seus frutos. Os agricultores realizam a própria seleção de plantas e
frutos com a finalidade de coleta de sementes para o cultivo do ano seguinte. Com o objetivo
de caracterizar a variabilidade morfológica de frutos foram coletadas amostras estratificadas
em cinco áreas de produção nos municípios de Benjamin Constant e Iranduba, Amazonas. A
caracterização das procedências foi estimada por meio dos dados obtidos em sete
frutos/procedência, totalizando 56 frutos. Empregou-se a lista de descritores para caracteres
quali-quantitativos adotados para espécies do gênero Cucurbita. As características utilizadas
foram: forma do fruto; saliência do fruto; textura da casca; comprimento longitudinal do
fruto; comprimento transversal; peso do fruto; espessura da polpa; diâmetro da cavidade
interna; e sólidos solúveis totais. A forma do fruto foi classificada como as mais frequentes os
tipos alongado, globular, mas com ocorrência do elíptico, bloco, cordiforme e achatado.
Frutos apresentando saliências (costelas) ou não, leves ou acentuadas, em número de 5 a 13 e
textura do epicarpo lisa, levemente a rugosa. Os frutos foram divididos em Tipo Caboclo e de
Leite. Quanto ao peso do fruto, a subamostra Iranduba/Abóbora Caboclo Pequeno apresentou
o menor valor médio 1,36 kg e a subamostra Iranduba/Abóbora de Leite Grande, o maior
valor médio de 7,54 kg. A subamostra Novo Lugar/Caboclo apresentou o menor valor médio
para a espessura da polpa 2,2 cm e Iranduba/Abóbora de Leite 5,0 cm, o maior valor médio.
Os valores médios para sólidos solúveis totais foram 4,6o Brix para a subamostra
Iranduba/Abóbora Caboclo e o maior valor médio para o tipo São Luiz/Caboclo 8,1º Brix. A
variação morfológica encontrada para frutos de Abóbora pode indicar uma seleção continuada
pelos agricultores familiares resultando em variedades locais melhor adaptadas às condições
ambientais de cultivo, além de representarem importante fonte de variabilidade genética.
Palavras-chave: Recursos Genéticos, Agricultura Familiar, Botânica Aplicada
Financiamento: Capes/Bolsa de Doutorado
1
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Doutoranda do
Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical. Av. Gal. Rodrigo Octávio, 6200,
Coroado I, CEP:69077-000.
2: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA. Manaus, Amazonas.
3. Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Manaus, Amazonas.
4: Universidade Federal do Amazonas, Instituto Natureza e Cultura. Benjamin Constant,
Amazonas.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional196
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS NA SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DA
Mac Wesley de Menezes FERREIRA1*, Rita de Cássia Pompeu de SOUSA2 , Linaura
Mendes Sousa1 ,Oscar José SMIDERLE2 , Edvan Alves CHAGAS2, Christinny Giselly
BACELAR –LIMA2
A fruta camu-camu (Myrciaria dubia (Kunth.) McVaugh, Myrtaceae) é mundialmente
conhecida por seu elevado teor de vitamina C (2780 mg/100 g de polpa) e antocianinas.
Devido a este potencial nutricional, o interesse no cultivo dessa espécie vem aumentando
acentuadamente nos tempos atuais. Estudos para desenvolver a cultura de forma sustentável
fora do seu ambiente natural vêm sendo realizados no Estado de Roraima. Levando-se em
consideração que todo e qualquer vegetal é formado, fundamentalmente, por substâncias
orgânicas e com intuito de aproveitar os resíduos gerados em laboratório após a seleção e
avaliação da qualidade de sementes de frutos de camu-camuzeiro de experimentos com a
domesticação da espécie, objetivou-se neste trabalho realizar caracterização física e química
de amostras das sementes que seriam descartadas. No laboratório de resíduos da Embrapa
Roraima foi realizado o processamento (moagem) e análise (teor de água, sólidos totais
solúveis, pH e índice de acidez) em triplicata dessas sementes, com duas amostras,
denominadas A e B, seguindo-se normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Os resultados
mostraram que o teor de água nas amostras A e B apresentaram média de 5,67 % e 5,45 %,
respectivamente, com percentuais de Sólidos Totais Solúveis de 94,33% em A e 94,5 % em
B, não havendo diferença significativa entre as amostras. Já os valores obtidos para o pH das
amostras A (7,60) e B (6,75) mostraram-se significativamente diferentes. O índice médio de
acidez encontrado foi de 0,02g/100g de ácido cítrico. Assim, conclui-se que é possível o
aproveitamento dos resíduos gerados na avaliação da qualidade de sementes. Embora que em
pequenas quantidade, a gestão e manejo dos resíduos gerados em laboratório como um coproduto constituem fontes para o desenvolvimento de novas tecnologias com possibilidade de
uso na agricultura de pequeno porte.
Palavras-chave: Caçarí, Tegumento, Laboratório, recursos naturais
Apoio financeiro: CNPq/CAPES/UFRR e EMBRAPA-RR
1 1
Universidade Federal de Roraima-UFRR, Centro de Ciências em Agronomia – CCA,
Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR,
Brasil.
2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima, Pesquisa em Fruticultura,
BR-174, km 8, Distrito Industrial, Cx. Postal 133, CEP: 69.301-970, Boa Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional197
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
UTILIZAÇÃO DE BENZILAMINOPURINA E ÁCIDO NAFTALENACÉTICO NA
MULTIPLICAÇÃO DE ABACAXIZEIRO ORNAMENTAL
Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE1*, Patrícia dos Santos MENDES1, Deyse Cristina
Oliveira da SILVA1, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira COUCEIRO2
O mercado consumidor de plantas e flores ornamentais tanto no Brasil quanto no exterior, e
principalmente das espécies tropicais, vem crescendo e se diversificando a cada ano. As
variedades de abacaxizeiro ornamentais comercializadas são atrativas por serem rústicas de
beleza notavelmente exótica para muitos países. A propagação normalmente utilizada ocorre
pela retirada de partes diferentes da própria planta em campo. A micropropagação apresenta
vantagens para produção de mudas de varias espécies em relação aos métodos convencionais,
possibilitando a multiplicação em grande escala e menor tempo de produção de mudas em
pequeno espaço físico. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de benzilaminopurina
(BAP) e ácido naftalenacético (ANA) na multiplicação in vitro do abacaxizeiro ornamental.
Os explantes utilizados foram provenientes de três subcultivos em meio MS líquido. O
delineamento adotado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 3, composto
por três concentrações de BAP (0; 0,25 e 0,5 mg L-1) e três concentrações de ANA (0; 0,12 e
0,26 mg L-1) e 9 repetições. As avaliações foram realizadas após 45 dias de cultivo, as
variáveis avaliadas foram: número médio de brotações e massa fresca das brotações. Os dados
foram previamente transformados em (√X+1) e submetidos a analise de variância com
regressão polinomial, adotando-se o nível de 1% de probabilidade. A interação BAP x ANA
apresentou efeito significativo para número de brotações e massa das brotações. A
combinação de 0,25 mg L-1 de BAP + 0,12 mg L-1 de ANA proporcionou os maiores números
de brotações (8,9) e maior massa fresca (4,8) obtidos. As combinações de 0,25 mg L-1 de BAP
+ 0 mg L-1 de ANA e 0,5 mg L-1 de BAP + 0,26 mg L-1 de ANA não diferiram
significativamente do tratamento sem adição de reguladores de crescimento e apresentaram os
menores valores tanto para número de brotações (2,1 e 2,8) quanto para massa fresca das
brotações (1,3 e 1,9 g). Com base nos dados obtidos, conclui-se que a multiplicação de
abacaxizeiro ornamental in vitro é viável com a suplementação no meio de cultura líquido de
0,25 mg L-1 de BAP + 0,12 mg L-1 de ANA.
Palavras-chave: Ananas comosus var bracteatus, cultura de tecidos, fitorreguladores.
Crédito de Financiamento: CNPq, CAPES, UFRR e EMBRAPA-RR
1
Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Agronomia,
EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil.
2
Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa VistaRR, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional198
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
UTILIZAÇÃO DA SINCRONIZAÇÃO, INCERTEZA, TEMPO, HOMOGENEIDADE E
VELOCIDADE
DE
GERMINAÇÃO
EM
SEMENTES
DE
TOMATE
OSMOCONDICIONADAS
Túlio Silva LARA1, Jean Marcel Sousa LIRA1, Amauri Alves de ALVARENGA1
O osmocondicionamento de sementes de tomate é uma técnica bastante utilizada e difundida
entre as companhias comercializadoras de sementes. Para avaliar o desempenho destas sementes
as variáveis mais utilizadas são a porcentagem de germinação (G%), índice de velocidade de
germinação (IVG) e métodos que avaliem vigor das sementes. Neste trabalho buscamos avaliar
as sementes de tomate osmocondicionadas com as variáveis: tempo médio de germinação (t),
taxa média de germinação (v), coeficiente de variação do tempo médio de germinação (Cvt),
incerteza (U), sincronia (Z) e germinabilidade (G%), mesmo que porcentagem de germinação,
com intuito de obtermos diferentes inferências em relação às variáveis usuais. Para isso, foram
utilizadas sementes de tomate (Lycopersicon esculentum Mill.) cv. Santa Clara, adquiridas
através da ISLA Co. Ltd. As sementes foram osmocondicionadas em solução de polietilenoglicol
(PEG 6000) em 50 mM, KNO3 (220 mM) e PEG + KNO3 em aeração contínuo, 15 ° C à luz
constante durante seis dias. As sementes condicionadas foram depois lavadas duas vezes com
água destilada e secas a 25 ° C até atingir umidade inicial (7,0%) para realização dos testes de
germinação. Foram utilizadas cinquenta sementes por placa de Petri, totalizando quatro placas
por tratamento. As placas de Petri foram umedecidas com água destilada e colocadas em
germinador a 20-30 ° C e fotoperíodo de 12 horas. A germinação das sementes foi registada
diariamente por 13 dias. Uma semente foi considerada germinada quando houve a protrusão da
radícula. No final foram avaliadas as variáveis acima citadas. Observamos que a germinabilidade
não foi afetada por nenhuma das soluções testadas (p<0,05), enquanto o tempo médio para
protrusão da radícula foi reduzido nas sementes osmocondicionadas em KNO3. Para a velocidade
foi observado maior rapidez também nas sementes em KNO3 e os baixos valores de U e Z
indicam certa sincronização, porém demonstrando que duas sementes poderiam germinar uma de
cada vez. Contudo, a utilização destas variáveis é importante para uma melhor caracterização de
lotes de sementes e resposta de tratamentos frente ao processo de germinação.
Palavras-chave: Lycopersicon esculentum Mill., Variáveis, Protrusão, KNO3.
Créditos de Financiamento: FAPEMIG, CAPES e CNPq
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em
Fisiologia Vegetal, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP 37200-000 Lavras - MG,
Brasil.
* [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional199
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
TROCAS GASOSAS EM MUDAS DE Caryocar brasiliense Cambess (Caryocaceae)
SOB DÉFICIT HÍDRICO E REIDRATAÇÃO
Flávia Mitsuko KODAMA1; Silvana de Paula Quintão SCALON2*; Daiane Mugnol
DRESCH2; Rosilda Mara MUSSURY1
O déficit hídrico pode reduzir o desenvolvimento das plantas ao desencadear respostas como
o fechamento estomático com redução na taxa de fotossíntese, o que reduz a perda de água
por transpiração. O pequi (Caryocar brasiliense Cambess.), espécie nativa no Cerrado é fonte
de vitaminas e utilizado na culinária regional. Suas sementes também fornecem óleo que,
devido às suas propriedades aromáticas, é usado na fabricação de licores. A madeira é de
ótima qualidade bastante resistente e com elevado poder calorífico, usada na fabricação de
carvão siderúrgico e nas construções civil, rural e naval, na fabricação de mourões e pilões,
esteio de curral e produção moveleira. Devido a gama de utilização, o pequi encontra-se na
lista de espécie protegida, sendo proibido o corte e comercialização de sua madeira em todo o
território nacional, entretanto, resultados de pesquisa envolvendo aspectos fisiológicos do
pequi são escassos. Objetivou-se na presente pesquisa avaliar as trocas gasosas das mudas sob
deficiência hídrica e o potencial de recuperação após a reidratação. Foram utilizadas mudas
com 20 meses de idade e as coletas dos dados foram realizadas aos 7, 10, 12, 14, 16, 18, 20,
23 e 31 dias após a suspensão da irrigação e quando a taxa fotossintética alcançou valores
próximos de zero, houve a retomada da irrigação. As mudas controle foram mantidas a 70%
da capacidade de retenção de água. Foram avaliadas a taxa fotossintética, concentração
interna de carbono, taxa transpiratória, condutância estomática, eficiência no uso da água e
eficiência instantânea de carboxilação. Todas as características de trocas gasosas reduziram
com a suspensão da irrigação. As mudas demoraram apenas 12 dias para que a taxa
fotossintética chegasse próxima a zero, restabelecendo o equilíbrio 11 dias após a retomada da
irrigação, exceto para a concentração interna de CO2 e condutância estomática. A diminuição
da condutância estomática e a queda mais rápida da taxa de transpiração e da fotossíntese
indicam a existência de mecanismos de aclimatação em pequi, no sentido de diminuir as
perdas de água, sob condição de estresse hídrico moderado. A redução da condutância
estomática e a manutenção da concentração interna de CO2 elevada até a retomada da
irrigação, sugere que outros fatores atuam reduzindo a fotossíntese como por exemplo, a
redução da ativação e da atividade da Rubisco carboxilase, que pode ser avaliada pela redução
na eficiência instantânea de carboxilação.
Palavras-chave: Cerrado, Estresse, Frutífera nativa, Pequi
Créditos de financiamentos: CAPES
1 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais,
Programa de Pós-Graduação em Biologia Geral e Bioprospecção, Rodovia Dourados Itahum,
Km 12, caixa postal 533, CEP: 79804970, Dourados-MS, Brasil.
2 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de
Pós-Graduação em Produção Vegetal, caixa postal 533, CEP: 79804970, Dourados-MS,
Brasil. *autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional200
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
TROCAS GASOSAS E FOTOSSÍNTESE EM MUDAS DE Hancornia speciosa Gomes
(Apocinaceae ) SOB DÉFICIT HÍDRICO E REIDRATAÇÃO
Flávia Mitsuko KODAMA1; Silvana de Paula Quintão SCALON2*; Daiane Mugnol
DRESCH2; Rosilda Mara MUSSURY1
A perda do turgor nas folhas devido ao déficit hídrico, provoca o fechamento estomático
gerando decréscimos na assimilação do CO2 com consequente redução da fotossíntese e no
rendimento quântico do fotossistema II. Os programas de implantação, recomposição e
revitalização de áreas nativas de Cerrado somente terão sucesso quando os fatores que alteram
a sobrevivência e o desenvolvimento inicial das mudas forem conhecidos. A mangaba
(Hancornia speciosa Gomes), espécie nativa no Cerrado, além da importância como frutífera
para consumo in natura, é um fruto de boa digestibilidade e alto valor nutricional, utilizada na
fabricação de refrescos, sorvetes, doces, xaropes e no preparo de vinho e vinagre. São
escassas as informações sobre a ecofisiologia da produção de mudas dessa espécie.
Objetivou-se avaliar neste trabalho as trocas gasosas das mudas sob deficiência hídrica e o
potencial de recuperação após a reidratação. Foram utilizadas mudas com 12 meses de idade e
as coletas dos dados foram realizadas aos 7, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 23, 31, 33, 35, 37, 42, 44,
46, 48 dias após a suspensão da irrigação e quando a taxa fotossintética alcançou valores
próximos de zero, houve a retomada da irrigação. As mudas controle foram mantidas a 70%
da capacidade de retenção de água. Foram avaliadas a taxa fotossintética, concentração
interna de carbono, taxa transpiratória, condutância estomática, eficiência no uso da água e
eficiência instantânea de carboxilação. Verificou-se decréscimo no potencial nas trocas
gasosas quando a irrigação foi interrompida por mais de 20 dias. A diminuição da
condutância estomática e a queda mais rápida da taxa de transpiração e da fotossíntese,
indicam a existência de mecanismos de aclimatação em mangaba, no sentido de diminuir as
perdas de água, quando sob condição de estresse hídrico moderado. Entretanto, acredita-se
que a redução da ativação e da atividade da Rubisco carboxilase, avaliada pela redução na
eficiência instantânea de carboxilação, possa ser a causa da redução da atividade
fotossintética, uma vez que, embora a condutância estomática tenha reduzido houve
manutenção da concentração interna de CO2. As mudas de H. speciosa demoraram 42 dias
para que a taxa fotossintética chegasse próxima a zero e restabeleceram o equilíbrio
metabólico após 5 dias da reidratação.
Palavras-chave: Cerrado, Estresse, Fruta do cerrado, Mangaba.
Créditos de financiamento: CAPES
1 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais,
Programa de Pós-Graduação em Biologia Geral e Bioprospecção, Rodovia Dourados Itahum,
Km 12, caixa postal 533, CEP: 79804970, Dourados-MS, Brasil.
2 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de
Pós-Graduação em Produção Vegetal, caixa postal 533, CEP: 79804970, Dourados-MS,
Brasil. *autor para correspondência: [email protected] endereço de e-mail
address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vêlo.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional201
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
TEMPO DE EXPOSIÇÃO EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE
HIPOCLORITO NA DESINFESTAÇÃO IN VITRO DE ABACAXIZEIRO ‘PÉROLA’
Deyse Cristina Oliveira DA SILVA1*, Patrícia dos Santos MENDES1, Jeysse Kelly
Carvalho DE ANDRADE1, Luana dos Santos SILVA2, Wellington Farias ARAUJO2,
Marcio Akira COUCEIRO2
O abacaxizeiro, originário da América do Sul, é uma planta rústica com ampla aceitação pelo
mercado consumidor de seus frutos, tanto para consumo in natura, quanto para a
industrialização. O Brasil possui inúmeras áreas plantadas com abacaxi, de pequenos a
grandes produtores, sendo que essas áreas crescem a cada ano, e consequentemente a
produtividade da cultura tem um incremento. Esse constante crescimento é devido, à
incorporação de novas técnicas que ajudam a suprir, por exemplo, a necessidade da aquisição
de mudas de qualidade, que por sua vez pode reduzir em 40% a incidência de pragas e
doenças. A micropropagação surge como uma dessas técnicas, que tem um grande potencial
para propagação de várias espécies, garantindo a fitossanidade requerida. Entretanto, a
micropropagação não pode ser bem sucedida, caso não haja a desinfestação dos explantes.
Objetivou-se avaliar e adequar o processo de desinfestação in vitro com hipoclorito de sódio
em abacaxizeiro cv. Pérola. O delineamento adotado, para o experimento, foi o inteiramente
casualizado, em esquema fatorial 4 x 4, composto por quatro concentrações de hipoclorito de
sódio (1, 2, 3 e 4 %) e quatro tempos de exposição (5, 10, 15 e 20 minutos). As avaliações
foram realizadas após 45 dias de cultivo, onde foram analisadas as seguintes variáveis:
porcentagem de gemas contaminadas, porcentagem de sobrevivência e estabelecimento in
vitro. Os dados foram previamente transformados (√X+1) e submetidos a analise de variância
com regressão polinomial, foi adotado o nível de 5% de probabilidade. A concentração 4% de
hipoclorito de sódio reduziu, significativamente, a contaminação das gemas, porém apenas
nos maiores tempos de imersão (15 e 20 minutos). A sobrevivência foi afetada com o
aumento da concentração de hipoclorito de sódio e tempo de imersão. A concentração de 2%
de NaClO em 15 minutos proporcionou as menores taxas de contaminação (16,9%) e maior
sobrevivência (79,6%). Diante do exposto, conclui-se que a concentração de 2% em 15
minutos foi eficaz na desinfestação e estabelecimento de plântulas de abacaxizeiro cv. Pérola.
Palavras-chave: Ananas comosus, Cultura de tecidos, Fruticultura.
1
Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia/EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista,
RR – Brasil.
2
Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa Vista,
RR – Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional202
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
SECAGEM DE PIRÊNIOS E EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS EM MURUCIZEIRO
(Byrsonima crassifolia (L.) H.B.K. - Malpighiacea).
Rozane Franci de Moraes TAVARES1*, Walnice Maria Oliveira do NASCIMENTO2,
Deyse Jacqueline da Paixão MALCHER¹, Nouglas Veloso Barbosa MENDES1.
A unidade de propagação do murucizeiro (Byrsonima crassifólia) é o pirênio (caroço), que
contém de uma a três sementes localizadas em lóculos isolados pelas paredes do endocarpo.
As sementes de muruci assim que são retiradas dos frutos apresentam, normalmente,
germinação baixa e com acentuada desuniformidade. Essas características de germinação são
decorrentes do fato de que as sementes estão envolvidas por espesso endocarpo de
consistência córnea, que oferece resistência ao crescimento do embrião. Este trabalho teve
como objetivo verificar a influência da secagem dos pirênios sobre a emergência de plântulas
de B. crassifólia. Foram utilizados pirênios de sete clones: Guataçara-1, Cristo, Maracanã-2,
Igarpé Açu, Açu, muruci doce e São José. Os caroços devidamente limpos e desprovidos de
resíduos de polpa foram acondicionados em sacos de papel tipo kraft e submetidos à secagem,
durante vinte dias, em ambiente com temperatura de 25±3 °C e umidade relativa do ar de
48±5%. Esse procedimento possibilitou a redução do teor de água para níveis entre 7,8 e
11,4%. Após a secagem foram retiradas amostras para determinação da emergência de
plântulas pelo teste de germinação conduzido em condição de ambiente natural de Belém
(umidade relativa de 85% e temperatura média anual de 26°C), com os pirênios semeados em
substrato constituído da mistura de areia com pó de serragem, na proporção volumétrica de
1:1. O número de plântulas emersas em cada parcela foi anotado diariamente, para fins de
estimativa do tempo médio de germinação. Consideraram-se as seguintes características na
avaliação dos tratamentos: porcentagem de emergência aos 60 dias após a semeadura e o
tempo médio de germinação. Os dados foram submetidos à análise da variância, em
delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições de 50 sementes cada. As
médias foram comparadas pelo do teste de Tukey 5% de probabilidade. O clone Açu
apresentou o menor tempo médio de germinação (29,1 dias), entretanto, não houve diferença
significativa entre as médias dos outros clones. Conclui-se que, a secagem dos pirênios
favorece a emergência de plântulas nos clones Igarapé Açu, São José e muruci doce, com
respectivamente, 73,5% e 62,5% de plântulas emersas.
Palavras chave: Semente, Germinação, Vigor.
1Universidade Federal Rural da Amazônia, CEP: 66.077-901, Belém, PA, Brasil.
2 Embrapa Amazônia Oriental, Laboratório de Propagação de Plantas, caixa postal 48, CEP
66095-100, Belém, PA, Brasil.
[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional203
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
RESÍDUOS DE MARACUJÁ-DO-MATO (Passiflora cincinnata Mast, Passifloraceae)
UTILIZADO NA ELABORAÇÃO DE BARRAS DE CEREAIS
Bruno Raphael Gomes de Sá LEITÃO1, Jaime Paiva Lopes AGUIAR1, Francisca das
Chagas do Amaral SOUZA1*
O maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata Mast), da família Passifloraceae, é bastante
utilizado na alimentação humana. A valorização desse fruto associado a produtos a base de
cereais pode contribuir para agregar sua importância ao desenvolvimento de novas
tecnologias, promovendo o reaproveitamento dos resíduos para minimizar o desperdício e o
não aproveitamento das partes não consumíveis, para a elaboração de novos produtos
naturais. O objetivo deste trabalho foi elaborar e avaliar nutricionalmente a barra de cereal
enriquecida com sementes e farinha das cascas do maracujá-do-mato. Para a elaboração das
barras de cereais, foi utilizada uma receita base. Das barras elaboradas, foram realizadas
análises da composição físico-química (umidade, lipídeos, proteínas, cinzas, fibras),
estimativa de carboidratos totais e determinação de valor calórico. Foram realizadas análises e
sensorial. Constatou-se que a umidade encontrada na barra de cereal elaborada foi baixa, com
um valor de 6,72%. A barra de cereal elaborada neste estudo apresenta baixos teores de
lipídeos totais (3,82%). A porcentagem de proteínas encontrada na barra de cereal elaborada
foi baixo (0,65%). O valor de cinzas encontrado para o produto elaborado foi alto,
apresentando 1,73%. A determinação de fibra encontrada foi alta, com valores de 10,77
g/100g de fibras totais, 8,38 g/100g de fibras insolúveis e 2,39 g/100g de fibras solúveis. O
valor calórico das barras de cereais elaboradas foi de 339,62 Kcal/100g, indicando que as
barras possuem baixos teores energéticos. Foram encontrados valores de 23,00 NMP/g para
Coliformes totais, 0,0 NMP/g para Coliformes fecais e ausência de Salmonella sp. A análise
sensorial foi realizada por um grupo de 30 pessoas, onde cada uma provou duas amostras,
sendo uma das amostras industrializada (A) e a outra elaborada (B). Foram analisadas
características como aparência, textura, sabor e aspectos gerais. Os provadores também
responderam sobre a intenção de compra e índice de aceitação. A média geral desses
atributos, comparando as amostras A e B, mostra que a barra B apresenta melhores resultados
quanto à aceitação. Quanto a intenção de compra 83% respondeu que certamente compraria a
barra B. A média de aceitação da amostra A foi menor (7%) que a média de aceitação da
amostra B (93%). Comprovou-se, ao final, que o reaproveitamento dos resíduos do maracujádo-mato apresenta-se como alternativa para a elaboração da barra de cereal.
Palavra-chave: Passiflora cincinnata, Maracujá-do-mato, Resíduos.
Financiamento: CNPq, FAPEAM
1
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia- INPA, Coordenação de Sociedade, Ambiente e
Saúde, Laboratório de Nutrição, Avenida André Araújo, 2936, Aleixo, CEP 69060-001, Manaus
AM, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional204
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
REDUÇÃO DE SAIS E TEMPERATURA NA CONSERVAÇÃO IN VITRO DE
Epidendrum secundum Jacq (Orchidaceae)
Thays Saynara Alves MENEZES1, Mariana de Souza SANTOS2, Franciane dos
SANTOS3, Maria de Fátima Arrigoni-BLANK4*, Arie Fitzgerald BLANK4, Moacir
PASQUAL5
As orquídeas são conhecidas pela beleza, exuberância e cores de suas flores e por essa razão
representam uma das ornamentais mais cobiçadas. Epidendrum secundum Jacq., é uma
espécie de orquídea de habitat terrestre e rupícola. Apresenta floração durante todo o ano, o
que, facilita sua identificação no campo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da
concentração salina e da temperatura na conservação in vitro de E. secundum. Para isto, o
delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x2,
sendo quatro concentrações de sais do meio MS (25, 50, 75 e 100%), e duas temperaturas (18
e 25ºC). O experimento foi realizado com seis repetições, sendo cada parcela representada por
cinco tubos contendo uma plântula. Aos 180 dias foi avaliada a sobrevivência (%), presença
de raiz (%), coloração e altura das plantas, as médias foram submetidas à análise de variância
e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade e regressão polinomial para
concentração de sais. Aos 180 dias de conservação in vitro, as variáveis sobrevivência e
enraizamento não apresentaram diferenças significativas, sendo a média geral de 95% de
sobrevivência e enraizamento. Para a coloração das folhas quando utilizado 25% dos sais, a
coloração indicou folhas verdes, para ambas as temperaturas de 18 e 25ºC. Quanto à altura
das plantas, foi observado que quando utilizado 25% dos sais e temperatura de 18ºC, esta
permaneceu igual à altura inicial. Entretanto plantas de E. secundum Jacq. podem ser
conservadas pelo período mínimo de 180 dias à 18ºC utilizando-se 25% dos sais do meio MS.
Palavras-chave: Crescimento lento, Sais do MS, Temperatura
Créditos de financiamentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG
1
Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Biotecnologia de Recursos Naturais, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão SE, Brasil.
2
Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Agroecossistemas, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
3
Universidade Federal de Sergipe, graduanda em Engenharia Florestal, Campus Universitário,
CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
4
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Agronômica, Campus
Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil.
5
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Fitotecnia, Campus Universitário, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional205
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
RADIAÇÃO SOLAR E FOTOSSÍNTESE EM FRAMBOESEIRAS ‘BATUM’
SOB COBERTURA PLÁSTICA E EM DIFERENTES DENSIDADES
Paula Nogueira CURI1*, Rafael PIO1, Pedro Henrique Abreu MOURA1, Lucas Pinto
BOTELHO2, Matteus Heberth Ribeiro do VALLE2, Bianca Elis Cruz SILVA2
As framboeseiras pertencem a família das rosáceas e atualmente o interesse pelo cultivo desta
pequena fruta tem crescido no Brasil, principalmente em regiões subtropicais. O trabalho foi
realizado no Setor de Fruticultura do Departamento de Agricultura (DAG) da Universidade
Federal de Lavras (UFLA), no município de Lavras, MG, no período de dezembro de 2012 a
janeiro de 2013. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a disponibilidade de luz e a taxa
fotossintética em framboesas sem cobertura ou cobertas sobre o dossel com cobertura plástica
e em diferentes densidades. O delineamento adotado foi em blocos ao acaso, em esquema
fatorial 2 x 2, sendo o primeiro fator os diferentes espaçamentos entre plantas (0,50 e 0,25 m)
e o segundo fator o uso ou não da cobertura sobre o dossel das plantas, com seis blocos e 10
plantas por parcela. A intensidade da radiação global (µmol. m-2.s-1) foi medida na primavera
e no verão, através de piranômetros acoplados a um datalogger (Li-1400 LiCor). Em plena
produção foram realizadas medições pontuais, utilizando-se de um sistema portátil para
medições de taxa fotossintética, (IRGA) portátil, marca Li-Cor, modelo LI-6400 XT. As
avaliações foram efetuadas em três folhas por repetição, tendo-se utilizado sempre a folha do
terço médio das plantas, não sombreada por outras folhas. A cobertura plástica reduziu o
suprimento às plantas de radiações ultravioleta (UV), azul, verde, vermelho, vermelho
distante e total (300-750 nm), já para os diferentes espaçamentos não houve diferença
significativa. Segundo o teste de Tukey a 5% de probabilidade, as plantas cobertas
apresentaram maior taxa fotossintética em relação às plantas descobertas, mas o espaçamento
não influenciou neste aspecto.
Palavras-chave: Rubus idaeus L., Plasticultura, Taxa fotossintética.
Créditos de financiamentos: FAPEMIG e CNPq.
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000,
Lavras-MG, Brasil.
2:
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduação em Agronomia,
Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional206
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
QUALIDADE FISIOLÓGICA DE
SEMENTES DE Acacia
PROVENIENTES DE ARVORES COM DEZ ANOS DE IDADE
mangium
Pollyana Priscila Schuertz PAULINO¹*, Daniel Luiz OLIVEIRA² Oscar José
SMIDERLE³ Rita de Cássia Pompeu de SOUSA³
Acacia mangium Willd. é uma espécie arbórea pertencente à família botânica Fabaceae,
subfamília Mimosoideae, conhecida popularmente por acácia australiana. É uma espécie
pioneira, com crescimento rápido e de porte variável, podendo alcançar até 30 m de altura.
Objetivou-se com este trabalho determinar a qualidade fisiológica de sementes de A.
mangium, provenientes de árvores com dez anos de idade. Foram coletadas sementes de
árvores localizadas em plantio comercial formando dez lotes. Após a coleta as sementes
foram beneficiadas no Laboratório de Analise de Sementes da Embrapa Roraima. Em
seguida, foi determinada a massa de 1000 sementes. O teste de germinação foi conduzido
com quatro repetições de 50 sementes, semeadas sobre substrato de papel, mantidas em
recipientes gerbox, no interior de câmara de germinação a 25°C. A superação da dormência
tegumentar foi obtida com a imersão das sementes, por um minuto, em água aquecida a
100°C. As avaliações da germinação foram diárias e o experimento foi conduzido no
delineamento inteiramente casualizado, com médias de porcentagem de germinação e de
plântulas normais comparadas pelo teste de Tukey. A massa de 1000 sementes variou de
7,596g (lote 6) a 9,611g (lote 7). A porcentagem de germinação média foi de 66,5% a 92,0
%. Sementes de A. mangium com maior massa tenderam apresentar maior porcentagem de
germinação. O percentual de plântulas normais obtidas no final do teste variou de 21% a
78%, sendo que em seis lotes destes a porcentagem foi superior a 50%. Não á relação entre
o percentual de plântulas normais e o de germinação. Sementes de A. mangium dos dez
lotes apresentam variação significativa na qualidade fisiológica.
Palavras-chave: Germinação, Dormência, Espécie florestal, Roraima.1
1
Faculdade Cathedral, Av. Luis Canuto Chaves, 293, Caçari Boa Vista - RR, 952121-3460
²Universidade Federal de Roraima, Campus Paricarana, Av. Cap. Ene Garcez, 2413 Boa
Vista - RR, 69304-000 (95) 3621-3100
³Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, Distrito Industrial, Boa Vista, RR - Brasil CEP 69301-970 ,Fone: (95) 4009-7100 - Fax: (95) 4009-7102
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional207
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PRODUÇÃO E QUALIDADE DE FRUTOS DE CUPUAÇUZEIROS TOLERANTES A
VASSOURA DE BRUXA CULTIVADOS EM SAF’s
Hyanameyka Evangelista de LIMA1*; Verônica Andrade dos SANTOS1; Edvan Alves
CHAGAS1; Jawade Bandeira ISMAEL FILHO2, Carlos Abanto RODRIGUEZ3, Jeysse
Kelly Carvalho de ANDRADE3, Darcilene Pereira da SILVA4
Nos últimos anos, a ocorrência da doença vassoura de bruxa do cupuaçuzeiro, causada pelo
fungo Moniliophthora perniciosa, impuseram um decréscimo na produtividade da cultura do
cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum) em Roraima. O emprego de variedades resistentes e
de alta produtividade é a alternativa mais recomendada para se manejar esta doença.
Entretanto, até o momento não há materiais recomendados para Roraima. Diante disso, o
objetivo deste trabalho foi avaliar a produção e qualidade dos frutos de genótipos de
cupuaçuzeiros selecionados como tolerantes à vassoura de bruxa em condições de campo
naturalmente infestado por M. perniciosa que estão sob avaliação pela Embrapa Roraima.
Para tal, no período de dezembro de 2012 a maio de 2013, plantas de cinco genótipos de
cupuaçuzeiro (Cod. 74, 79, 245, 248 e 292) selecionados como tolerantes à vassoura de bruxa
e um genótipo (Cod. 73) selecionado como suscetível à doença, cultivados em sistema
agroflorestal (SAF’s), com 17 anos de idade, instalado no campo experimental do Confiança
da Embrapa Roraima, no município de Cantá/RR, foram monitoradas quanto à produção de
frutos. Os frutos de cada planta foram coletados separadamente e transportados ao laboratório
de análises de alimentos da Embrapa Roraima, onde se avaliou o peso do fruto (g), diâmetro e
altura do fruto (cm), número e peso de sementes (g), peso da casca (g) e porcentagem de
polpa (%). Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e
quatro repetições de cinco frutos. Os dados foram submetidos à ANOVA e as médias
comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os genótipos de cupuaçuzeiro
identificados com o código 73, 74, 79, 245, 248 e 292, produziram 20, 35, 23, 20, 25 e 21
frutos por planta, respectivamente, sendo a produção do genótipo 74 de 10 a 15 frutos de
cupuaçu a mais do que os demais genótipos. A variável peso de casca foi a única que não
apresentou diferença significativa entre os genótipos avaliados. Para as outras variáveis
avaliadas, o genótipo 74 foi o mais promissor, pois apresentou os maiores valores, enquanto o
genótipo 73 apresentou os menores valores, exceto para a variável diâmetro de fruto, no qual
não houve diferença significativa entre os genótipos 73 e 74. Diante disso, recomenda-se a
utilização do genótipo 74 em programas de melhoramento genético do cupuaçuzeiro, visando
o lançamento de cultivar resistente à vassoura de bruxa e com alta produtividade adaptada
para as condições de Roraima.
Palavras-chave: Moniliophthora perniciosa, Qualidade pós-colheita, Resistência de planta à
doença.
Apoio financeiro: IACTI/CNPq, 014/2013
1
Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, S/N, Boa Vista- RR, CEP: 69301-970, Boa
Vista-RR, Brasil; 2: Faculdade Cathedral, Curso de Ciências Biológicas, Av. Luís Canuto
Chaves, 293 – Caçari, CEP 69.307-053, Boa Vista- RR, Brasil; 3: Estudantes de Pós
graduação UFRR Boa Vista- RR, Brasil; 4: Eng. agrônoma, MSc. Agricultura no Trópico
úmido (AJU/INPA). *autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional208
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
POTENCIAL ALELOPÁTICO DE Petiveria alliaceae L. (Phytolaccaceae) NA
GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Lactuca sativa L. (Asteraceae)
1
Susana Braz MOTA1*, Hellen Cristina Rezende de LIMA1, Camila Seabra
RODRIGUES1, Carolina Gomes SARMENTO1, Eduardo Ossamu NAGAO1.
A alelopatia tem sido definida como qualquer efeito benéfico ou prejudicial, de uma planta
sobre outra planta, mediante produção de compostos químicos que são liberados no ambiente.
Essas substâncias podem afetar o crescimento, prejudicar o desenvolvimento normal e até
mesmo inibir a germinação das sementes de outras espécies vegetais. Nesse sentido, a
alelopatia pode se tornar uma importante ferramenta na agricultura atuando no controle de
determinadas espécies indesejáveis propiciando um manejo mais adequado, com vistas a
aumentar a produtividade e a persistência agrícola. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi
identificar efeitos alelopáticos de diferentes concentrações de extratos de Petiveria alliaceae
L. na germinação e morfometria das plântulas de Lactuca sativa L. (alface). Foram realizados
testes a partir de cinco concentrações do extrato da planta P. alliaceae L. (0%, 25%, 50%,
75% e 100%), verificando o efeito alelopático na semente indicadora. Foram levados em
consideração os parâmetros de porcentagem de germinação, e comprimento do hipocótilo, da
raiz e da planta total. Os resultados indicaram que houve uma ação alelopática promovida
pelo extrato aquoso de P. alliaceae L. em sementes de alface em todos os parâmetros de todas
as concentrações, com ênfase maior na concentração de 100%. Além disso, foram observadas
alterações nas características das plântulas como a queima do hipocótilo e uma inibição de
germinação de até 66 vezes em relação ao controle, sugerindo que a P. alliaceae L. possui
alto potencial alelopático.
Palavras-chave: alelopatia, manejo, agricultura.
Financiamento: FAPEAM
1
Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Campus Universitário,
Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I, cep: 69077-000.
Autor para correspondência: *[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional209
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PERFILHAMENTO E FLORAÇÃO DE ESPÉCIES DE HELICONIACEAE NO
JARDIM BOTÂNICO ADOLPHO DUCKE DE MANAUS
Dariene de Lima SANTOS1*; Rita de Cássia Guimarães MESQUITA1; Mário Henrique
FERNANDEZ2
A floricultura tropical é uma atividade crescente no Brasil, sendo adequada como cultura
alternativa para geração de renda a pequenos produtores. Entre as flores tropicais, as
helicônias possuem excepcional potencial de comercialização, apresentando perspectivas
promissoras como flores de corte e plantas para paisagismo, e apesar de seu potencial
ornamental, ainda existem poucos estudos sobre sua biologia reprodutiva. O presente estudo
teve por objetivo estimar a emissão de perfilhos, a floração e determinar a longevidade das
inflorescências de Heliconia rostrata e Heliconia stricta, para obtenção de informações
relacionadas à sua produtividade. Este trabalho foi desenvolvido no Jardim Botânico Adolpho
Ducke de Manaus (JBADM), na coleção viva de Heliconiaceae, das quais duas espécies - H.
rostrata e H. stricta - foram estudadas entre Setembro de 2010 e Setembro de 2012. Foram
registrados mensalmente o tamanho da touceira, emissão de perfilhos e floração. Por
observações diretas e contagem das estruturas, calculamos as médias de cada parâmetro. Para
determinação da longevidade, dez inflorescências de cada espécie foram identificadas com
fitas plásticas e acompanhadas desde a sua emissão até a senescência. O JBADM possui duas
touceiras de H. rostrata com média de 60 talos/touceira. A emissão de perfilhos ocorreu com
maior intensidade de Dezembro a Janeiro, com média mensal de 11 perfilhos/touceira. Sua
floração ocorreu durante todo o período observado, a produção média mensal variou de 5 a 17
inflorescências e a produção anual chegou a 80 inflorescências por touceira, com pico em
Outubro persistindo até Abril. Suas inflorescências chegam a senescência em
aproximadamente três meses. H. stricta apresenta duas touceiras na coleção, com média de 50
talos/touceira. A emissão de perfilhos teve pico entre Setembro e Dezembro, com média
mensal de 10 perfilhos/touceira. A floração ocorre de Janeiro a Junho, a produção média
mensal variou de 2 a 12 inflorescências e a produção anual chegou a 50 inflorescências, com
longevidade de quatro meses. A partir dos resultados podemos considerar que as duas
espécies apresentam potencial para o cultivo e comercialização, considerando sua produção
de inflorescências, a alta durabilidade das mesmas, e a frequência de emissão de perfilhos,
facilitando o estabelecimento de novas touceiras em condições de cultivo. Estas
características podem conferir um bom resultado quando utilizadas em jardins e no
paisagismo.
Palavras-chave: Heliconia rostrata, Heliconia stricta, Perfilhos, Produtividade.
Fomento: CNPq
1
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Dinâmica Ambiental, Av.
André Araújo, 1786, Aleixo, Caixa-postal 478, CEP: 69083-911, Manaus-AM, Brasil.
2
Museu da Amazônia, Coordenação Técnica de Botânica e Ed. Ambiental, Rua EG, 11,
Aleixo, CEP: 69060-060, Manaus-AM, Brasil.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional210
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
LEVANTAMENTO DAS PLANTAS UTILIZADAS NA INICIAÇÃO DENTRO
DO CANDOMBLÉ NO MUNICIPIO DE PORTO VELHO
Fábio Renato Oliveira MARQUES1,Hércules Carvalho BORGES2
O trabalho teve como objetivo traçar informações sobre a morfologia e a utilização das
plantas dentro do culto de iniciação na matriz afro-brasileira o candomblé. Foi
desenvolvido com bases em entrevistas com preenchimento de questionários e
informações próprias e participações dentro do culto de iniciação do candomblé
seguindo um roteiro de datas festivas no período de março de 2009 a novembro de
2010, em terreiros na zona leste, zona oeste, sul e norte no Município de Porto VelhoRO. Os dados obtidos foram tabelados em quadros no qual estão as informações sobre
as morfologia e identificação das plantas como nome popular, nome cientifico, família,
hábito, dados litúrgicos e escrita em yorubá e parte utilizada por meios de bibliografias
especializadas. Com os resultados coletados obteve-se um total de 21 espécies
distribuídas em 18 famílias. Entre as famílias destacamos: Araceae, Piperaceae e
Zingiberaceae com 10% os outros 70 % ficaram divididos com as demais em igual
quantidade. As partes mais utilizadas são as folhas com 80%, flores com 7%, raiz com
4%, caule com 2% e sementes com 7%. A tradição da pesquisa antropológica em
religiões afro-brasileiras nos revela o envolvimento dos pesquisadores com o universo
mágico-religioso investigado, mantendo-se assim um elo para que essa cultura não
acabe. No qual um terço da população brasileira segue e mantem suas raízes no
candomblé .
Palavras-Chave: plantas; iniciação;afro-brasileira; candomblé.
1
Autor do Artigo e Pós Graduando do Curso de Pós Graduação Latu Senso em Gestão,
Pericia e Auditória Ambiental pela Faculdade de Rondônia – FARO
2
Professor Orientador Mestre do Curso de Pós Graduação Latu Senso em Gestão,
Pericia e Auditória Ambiental pela Faculdade de Rondônia – FARO
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional211
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
PAPEL DAS ESPÉCIES FLORESTAIS DA FAMÍLIA Fabaceae NAS ATIVIDADES
PRODUTIVAS SUSTENTÁVEIS DO SUL DO AMAZONAS.
Raylton dos Santos PEREIRA1*, Gabriel Cardoso CARRERO², Marcelo Jacaúna do
AMARAL³, Maria Rosalba da Costa BILBY4, Angela Maria da Silva MENDES5.
Apuí é o terceiro município com maior área desmatada acumulada do estado do Amazonas e o
11º mais desmatado no biênio 2009/2010 em toda a Amazônia. A família Fabaceae possui
distribuição cosmopolita e apresenta cerca de 650 gêneros e 19000 espécies, considerada uma
das maiores famílias botânicas de Angiosperma. No Brasil, existe registro de 200 gêneros e
2700 espécies, sendo a maior família em número de espécies do país. A família Fabaceae tem
grande importância nos ecossistemas naturais brasileiros e destacam-se seus usos, como:
alimentação humana e fauna, adubação verde, ornamentais, fármacos e madeireiros O
Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) desenvolve
projetos em Apuí como objetivo fortalecer a gestão e capacitação ambiental da população
para o desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis. As atividades desenvolvidas na
região sul do Amazonas necessitam de plantas da família Fabaceae, que por sua plasticidade e
capacidade de fixação de nitrogênio, são essenciais na composição de sistemas agroflorestais,
em reflorestamentos e no enriquecimento da regeneração natural. O objetivo desse trabalho
foi identificar as espécies florestais de interesse ecológico pertencentes à família Fabaceae
encontradas na região Sul do Amazonas. A coleta do material botânico foi realizada em março
de 2012 a janeiro de 2013 em 19 Áreas de Coleta de Sementes cadastradas por um viveiro
registrado no RENASEM no município de Apuí. Todo material coletado foi depositado no
Herbário da Universidade Federal do Amazonas. A identificação taxonômica e morfológica
das espécies foi realizada com auxílio de literatura especializada, como: sites e livros de
botânica aplicada, bem como através de comparação com materiais disponíveis no acervo do
herbário. Das 44 amostras coletadas até o presente 21 delas pertencentes à família Fabaceae.
Foram identificados cerca de seis gêneros diferentes. Destes, destaca-se como o mais
representativo em número de espécie o gênero Parkia, seguido de Hymenaea e Copaifera,
além de Stryphnodendron, Dipteryx e Dimorphandra. Além da grande riqueza de espécies
entre aquelas de interesse econômico e ecológico, conclui-se que as espécies da família
Fabaceae se desenvolvem bem também em áreas degradadas, sendo ideais para serem
incluídas em atividades produtivas sustentáveis.
Palavras-chave: Apuí, Áreas Degradadas, Área de Coleta de Sementes, Exsicatas,
Taxonomia, Educação Ambiental, Idesam.
Pesquisa financiado pelo Fundo Vale
1
Universidade Federal do Amazonas, Departamento de Ciências Florestais, Graduando em
Engenharia Florestal, Campus Universitário, 3000, CEP:69080-005, Manaus –AM, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
2:Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Coordenador do
Programa de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais.
3: Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Técnico Agrícola e
coletor de sementes do Viveiro Santa Luzia
4: Universidade Federal do Amazonas, Departamento de Ciências Biológicas, Curadora do
Herbário da Universidade Federal do Amazonas.
5: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciência Agrárias, Pesquisadora do
Centro de Sementes Nativas do Amazonas da Universidade Federal do Amazonas.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional212
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DE USO FREQUENTE NA CIDADE
DE BOA VISTA, RORAIMA.
Karla Santana MORAIS 1, Andréia Cordovil da SILVA1, Aloisio Alcantara
VILARINHO2, Lucianne Braga Oliveira VILARINHO1
Por meio de um formulário de entrevistas semi-estruturadas foi feito um estudo etnobotânico
das plantas medicinais de uso mais frequente na cidade de Boa Vista-RR, com o objetivo de
identificar quais são e como são utilizadas tais plantas pela população. Os resultados indicam
que a maioria dos entrevistados (60%) utilizam as plantas medicinais porque são mais fáceis
de serem adquiridas e mais baratas que os medicamentos industrializados. A busca por
medicamentos mais baratos se confunde com algumas indicações de nomes de medicamentos
conhecidos como: penicilina, melhoral, anador, insulina, vick, entre outros, batizados como
nome popular de algumas plantas. Isso acaba aumentando o risco de acidentes ou intoxicação
na população que a usa de forma errada. Outro agravante é a inconsistência dos nomes
comuns de plantas, o que acarreta divergências em suas propriedades farmacêuticas,
aumentando ainda mais os riscos do uso. Dentre os entrevistados, 80% acreditam que algumas
plantas podem fazer mal à saúde e 20% disseram que não acreditam nessa possibilidade.
Quanto à toxidade, foi perguntado aos entrevistados se conhecem ou sabem identificar as
plantas tóxicas. 20% responderam que sim, e que a toxidade da planta se deve a quantidade e
intensidade de vezes que este “medicamento” foi utilizado. Entretanto, a maioria (80%) não
sabe identificar se a planta é tóxica. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),
através da resolução RDC nº 17, de 24 de fevereiro de 2000, permite o registro e, portanto, a
produção e comércio de medicamentos fitoterápicos tradicionais elaborados a partir de plantas
medicinais baseadas no uso da tradição popular. Entretanto, para tas a eficácia dessas plantas
medicinais deve ter sido validada em trabalhos científicos e não devem apresentar toxidade
conhecida. Conclui-se que é necessário um maior investimento na elucidação dos
componentes químicos das plantas bem como a melhor compreensão dos efeitos ambientais
na produção de tais componentes. Nesse sentido iniciou-se na UFRR a partir do programa de
mestrado em saúde coletiva a identificação e obtenção de extratos de plantas medicinais de
uso freqüente pelos moradores da cidade de Boa Vista. Estes passaram por uma análise
química onde se busca maior orientação da população no que diz respeito aos aspectos
toxicológicos do uso indiscriminado de plantas.
Palavras - chave: Estudo etnobotânico, toxicologia de plantas.
1
: Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde,
Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa
Vista – RR, Brasil.
2
Embrapa Roraima. Roraima, RR - Brasil. e-mail: [email protected]
* autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional213
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
LEVANTAMENTO FLORÍSTICO E OBTENÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO DE
MACRÓFITAS AQUÁTICAS DAS GRADES DO PPBIO – RORAIMA
Raíssa Maria Sampaio de PAIVA1*, Aline Gondim de FREITAS2, Danilo Faustino
RICARTE3, Andressa Raquel Stroschein SGANZERLA3, Fabiana GRANJA4, Lucilia
Dias PACOBAHYBA4
Vários trabalhos no Brasil e no mundo revelaram a importância das macrófitas aquáticas para
a conservação dos corpos de água. Em Roraima, embora ocorram na maioria dos ambientes
aquáticos extensas áreas cobertas por macrófitas, que desempenham papel central na ciclagem
de nutrientes e na importância dos recursos hídricos, pesquisas sobre esta comunidade do
ponto de vista botânico e genético, ainda são escassas. O objetivo deste trabalho foi
determinar a composição florística dos ambientes aquáticos nas áreas de estudo do Programa
de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), além de realizar extrações de DNA de várias
macrófitas, visando a criação de um banco deste material genético. As coletas foram
realizadas em seis ambientes tanto lênticos como lóticos. O material fértil foi coletado,
herborizado e incorporado ao herbário da UFRR. Para a extração do DNA foram coletadas
folhas jovens dos gêneros de Eichhornia, Ludwigia, Montrichardia, Nymphaea, Nymphoides
e Salvinia, as mesmas foram lavadas e transportadas em isopor contendo gelo até o
Laboratório de Biologia Molecular da UFRR sendo armazenadas em freezer -70ºC até a
realização das extrações. O protocolo utilizado foi o CTAB modificado, seguido por uma
eletroforese em gel de agarose à 0,8% corada com Gel Red para a análise da qualidade do
DNA. Uma comparação para determinar o melhor tipo de extração foi realizada através do Kit
Nucleon Phytopure. No levantamento florístico foram identificadas 60 espécies, distribuídas
em 43 gêneros e 27 famílias. Entre as formas de vida 61,8% são anfíbias, 11,6% submersas
fixas e flutuantes fixas, 10% emergentes e 5% outras. O índice de Jaccard apontou que as
áreas de savana apresentam entre si 29% de similaridade. A família mais representativa foi
Cyperaceae (9), seguida por Lentibulariaceae (5) e Fabaceae (4). Em relação à extração,
concluímos que o método CTAB após algumas modificações mostrou-se bastante eficiente
para obtenção de DNA em boa quantidade e qualidade.
Palavras-chave: DNA, Macrófitas, Roraima.
Apoio financeiro: CNPq (575661/2008-9)
1
: Universidade Federal de Roraima, Programa de Mestrado em Recursos Naturais, Av. Cap.
Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil.
* autor para correspondência: [email protected]
2
: Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, Av.
Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil.
3
: Universidade Federal de Roraima, Aluno de Bacharelado em Ciências Biológicas, Av. Cap.
Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil.
4
: Universidade Federal de Roraima, Professora Dr.ª do Centro de Estudos da Biodiversidade
– CBio, Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000, Boa Vista – RR,
Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional214
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
LEVANTAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS EM AGROSSISTEMAS DA
COMUNIDADE DO MACURANY, ÁREA PERIURBANA DE PARINTINS, AM
Jucimara Gonçalves dos SANTOS1*, Naimy Farias de CASTRO2, Luiz Augusto Gomes
de SOUZA3, Adinã de Oliveira MATOS1
O emprego de plantas com princípios ativos medicamentosos por comunidades tradicionais,
especialmente em locais remotos como a Amazônia, tem sido a base para a pesquisa de novos
fitoterápicos. Este trabalho teve como objetivo, realizar o levantamento etnobotânico de
plantas medicinais e suas múltiplas aplicações, derivadas do conhecimento popular na região
do baixo Amazonas, comunidade do Macurany, zona periurbana de Parintins, AM. Foram
selecionadas aleatoriamente para a pesquisa, vinte propriedades caracterizadas pela
agricultura familiar, efetuando-se o levantamento de plantas empregadas na profilaxia das
doenças mais comuns nestas comunidades. Para tal foram aplicados questionários
semiestruturados com perguntas abertas e fechadas, entrevista, conversa informal, observação
direta e registros fotográficos, percorrendo as áreas ocupadas nos limites com a floresta
primária de seu entorno. O estudo consistiu por vivência direta da realidade no ambiente
pesquisado. Nos agrossistemas visitados foram listadas 72 espécies de plantas. As plantas
identificadas foram encontradas em todos os arredores das unidades familiares, onde são
plantadas de forma aleatória em recipientes como vasilhas, balcões ou diretamente no solo.
As famílias botânicas mais abundante foram Asteraceae (9 espécies), Lamiaceae (8 espécies)
e Fabaceae (5 espécies). As mulheres são as detentoras do conhecimento sobre as plantas
medicinais. As partes da planta mais utilizadas pelas famílias pesquisadas são: folhas 82 %,
frutos 7 %, sementes 4 %, raízes 4 %, cascas 2 % e flores 1 %. As espécies mais frequentes
foram a coirama (Kalanchoe calycinum, Crassulaceae – empregada contra tosse, erisipela,
infecções gástricas), arruda (Ruta graveolens, Rutaceae – empregada como anti-inflamatório,
dores e doenças em geral) e amor-crescido (Portulaca pilosa, Portulacaceae – empregada
como cicatrizante, para problemas oculares e do coração). O conhecimento das famílias da
comunidade do Macurany sobre as plantas medicinais seguem padrões de comunidades
tradicionais, pois esse conhecimento está alicerçado as pessoas mais idosas, especialmente as
mulheres.
Palavras-chave: Levantamento Etnobotânico, Plantas Medicinais, Uso e conhecimento
tradicional.
1
Mestrando do curso de Agricultura no Trópico Úmido/INPA, Av. André Araújo 2936,
Petrópolis, CEP: 69037-375, Manaus-AM, Brasil.
² Universidade do Estado do Amazonas, Parintins-AM, Brasil.
³ Coordenação Sociedade Ambiente e Saúde, CSAS- INPA, Manaus-AM, Brasil.
*Autor para correspondência: [email protected].
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional215
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
INFLUÊNCIA DE PROCESSOS DE ESCARIFICAÇÃO NA EMBEBIÇÃO E
GERMINAÇÃO DE TENTO AMARELO – Ormosia excelsa (Fabaceae)
Vanine Leandro da SILVA1, Jessica da Costa SOARES 1, Jose Emilio1, Eduardo
Osamu NAGAO 2, Eva Maria Alves Cavalcante ATROCH 2
Dentre os principais fatores que dificultam a produção de mudas em viveiro e as
iniciativas de recuperação de áreas degradadas, destacam-se a dormência física ou
fisiológica das sementes de algumas espécies e a falta de informação sobre a
germinação e os substratos mais adequados ao estabelecimento das plântulas. O
presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da escarificação e diferentes
ambientes na embebição e germinação de sementes de tento amarelo (Ormosia excelsa).
Foram utilizados os seguintes tratamentos: com e sem desponte na área distal em
relação ao local de protrusão da radícula com imersão em água fervente ou em água
com temperatura natural por 24 horas e colocadas para germinar em dois ambientes
(germinadores em temperatura a 30°C e em casa de vegetação). As avaliações foram
realizadas diariamente e consideradas germinadas quando emitido a radícula e os efeitos
dos tratamentos foram avaliados através da porcentagem de germinação e índice de
velocidade de germinação. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente
casualizado com quatro repetições e as médias foram comparadas pelo teste de tukey a
1% de probabilidade. Não houve diferença significativa entre os tratamentos em todas
as variáveis. Mesmo com a presença de um tegumento rígido esta não impediu o
processo de embebição e germinação das sementes de tento amarelo.
Palavras chave: tento amarelo, germinação, escarificação, embebição.
1
graduandos de Ciências Biológicas – Centro Universitário do Norte, UNINORTE, Av.
Joaquim Nabuco, 1097, Manaus – AM, Brasil. [email protected] (2)
Professores da Universidade Federal do Amazonas, UFAM, Av. General Rodrigo
Octávio Jordão Ramos, 3000 Manaus – AM, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional216
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
INFLUÊNCIA DE TELAS COM DIFERENTES CORES E MALHAS SOBRE A
PRODUÇÃO DE MUDAS DE CUPUAÇUZEIRO
Hyanameyka Evangelista de LIMA1*; Verônica Andrade dos SANTOS1; Olisson
Mesquita de SOUZA2, Darcilene Pereira da SILVA3, Shirllen Brito FERNANDES4,
Edvan Alves CHAGAS1, Teresinha Costa Silveira de ALBUQUERQUE1
A eficiência no crescimento da planta pode estar relacionada à habilidade de adaptação das
mudas as condições de radiação solar do ambiente. Atualmente, novas tecnologias têm sido
adotadas na produção de mudas, como a utilização de telas de sombreamento em diferentes
malhas e cores com objetivo de atenuar a radiação solar. Diante disso, o objetivo no presente
trabalho foi avaliar a influência de telas de sombreamento em diferentes malhas e cores sobre
a produção de mudas de cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Willd. Ex Spreng.) K.
Schum). O experimento foi realizado nos meses de março a julho de 2013, em ambientes
telados instalados na sede da Embrapa Roraima, em Boa Vista (RR). O clima da região é Aw
de acordo com a classificação de Köppen, sendo uma região de cerrado. Sementes de cupuaçu
cultivar BRS Carimbó foram semeadas em canteiros e 15 dias após a emergência as plântulas
foram colocas em sacos de polietileno com capacidade para 3 kg de substrato composto por
solo, areia e composto orgânico. Posteriormente, as mudas foram transferidas para oito tipos
de telados de cores e malhas diferentes, sendo colocadas dez mudas em cada telado. Adotouse o delineamento inteiramente casualizado, com oito tratamentos e 10 repetições, sendo cada
repetição constituída por uma planta. Consideraram-se como tratamentos os oito ambientes de
telas de sombreamento, sendo: T1= tela branca 50%, T2= tela vermelha 50%, T3= tela prata
50%, T4=tela azul 50%, T5= tela cinza 50%, T6= tela preta de 25%, T7= tela preta de 50% e
T8= tela preta de 70%. Aos 105 dias foram avaliados: altura da parte aérea, número de folhas
por planta e diâmetro do coleto. Os dados das variáveis avaliadas foram submetidos à
ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. O
efeito do tratamento foi significativo para todas as variáveis dendrométricas avaliadas. Para
altura de parte aérea, não houve diferença entre o os tratamentos T5 (20,54 cm) e T8 (19,55
cm) que apresentaram os maiores valores, mas estes diferiram dos demais tratamentos
(T1=15,01cm; T2=15,34 cm; T3=16,06 cm; T4=16,36 cm; T6=17,17 cm e T7=18,06 cm).
Para as variáveis diâmetro do coleto e número de folhas, o tratamento T5 apresentou os
maiores valores (6,88 folhas e 5,21mm, respectivamente). As diferentes telas de
sombreamento influenciaram no desenvolvimento das mudas, sendo o ambiente coberto com
tela de cor cinza com malha 50% o que proporcionou melhor desenvolvimento das mudas de
cupuaçuzeiro.
Palavras-chave: Theobroma grandiflorum, Atenuação da radiação solar, Produção de mudas,
Telas de sombreamento.
Apoio financeiro: IACTI/CNPq, 014/2013.
1
Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, S/N, Boa Vista- RR, CEP: 69301-970, Boa
Vista-RR, Brasil;
2
Estudante do curso de Agronomia - UFRR;
3
Eng. Agrônoma, MSc. Agricultura no Trópico úmido (AJU/INPA);
4
Faculdade Cathedral, Curso de Ciências Biológicas, Av. Luís Canuto Chaves, 293 – Caçari,
CEP 69.307-053, Boa Vista- RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional217
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
INFLUÊNCIA DE COBERTURA PLÁSTICA E ESPAÇAMENTO DE PLANTIO NOS
TEORES FOLIARES DE CLOROFILA EM FISÁLIS
Pedro Henrique Abreu MOURA1*, Paula Nogueira CURI1, Filipe Bittencourt Machado
de SOUZA1, Paulyene Vieira NOGUEIRA2, Matteus Heberth Ribeiro do VALLE3,
Pedro Henrique Assis SOUSA3
A fisális (Physalis peruviana L.) é uma “pequena fruta” da família Solanaceae, originária da
Amazônia e dos Andes. No Brasil, é considerada uma fruta exótica, com alto potencial
produtivo e de fácil adaptação a diversas condições edafoclimáticas, podendo ser cultivada de
norte a sul do país. As clorofilas são pigmentos responsáveis pela captura de energia da
radiação, estando diretamente relacionadas com a eficiência fotossintética das plantas. A
utilização de cobertura plástica sobre o cultivo de algumas espécies frutíferas é uma técnica
que objetiva manter a qualidade dos frutos por evitar o excesso de precipitação sobre a copa; e
a redução de espaçamento de plantio tem como finalidade aumentar a produtividade. O
objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de clorofila em folhas de fisális, comparando plantas
cultivadas em dois espaçamentos (0,5 m e 1,0 m entre plantas) sendo 3,0 m entre linhas, sob
cobertura plástica e a céu aberto. O experimento foi realizado no pomar da Universidade
Federal de Lavras, em Lavras-MG. A região possui clima do tipo Cwb (tropical de altitude),
com inverno seco e verão chuvoso, segundo a classificação de Köeppen. O delineamento
experimental foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 2, sendo o primeiro fator, os
dois espaçamentos e o segundo fator, o uso ou não da cobertura plástica sobre a copa das
fisális, com seis blocos e 10 plantas por parcela. Na cobertura foi utilizado um plástico leitoso
de 150 µm de espessura, a uma largura de 1,4 m e a 40 cm acima da extremidade das hastes.
As avaliações do teor clorofila foram efetuadas em três folhas por bloco, utilizando sempre a
folha do terço médio não sombreada por outras folhas. Foi utilizado o medidor portátil de
clorofila, modelo SPAD-502. As leituras foram feitas aproximadamente no centro das folhas,
em apenas um lado da nervura. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias
comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5 % de probabilidade. Após a análise observou-se
que não houve diferença significativa nos teores de clorofila para a interação entre os dois
fatores e também para os fatores analisados separadamente. Pelos resultados deste trabalho, a
utilização da cobertura plástica com intuito de aumentar a qualidade dos frutos e a redução do
espaçamento entre plantas visando uma maior produtividade, não afetou no teor de clorofila
das folhas da fisális.
Palavras-chave: Physalis peruviana L., Eficiência fotossintética, SPAD-502, Small fruits.
Créditos de financiamentos: FAPEMIG e CNPq.
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000,
Lavras-MG, Brasil.
2:
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação
em Botânica Aplicada, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, LavrasMG, Brasil.
3:
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduação em Agronomia,
Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
*
autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional218
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
IDENTIFICAÇÃO DE AGENTES POLINIZADORES NA PRODUÇÃO DE CAMUCAMU EM UCAYALI-PERU
Jaquelice Pereira GUERRA1*, Emilio Pezo GARCIA2, Carlos Abanto RODRIGUEZ3,
Maria da Conceição da Rocha ARAÚJO4, Gisela Saldaña RÍOS5, Fernando Barreto
Diógenes de QUEIROZ6, Marcos WANDERLEY DA SILVA7
O camu-camuzeiro “Myrciaria dubia (Kunht) Mc Vaugh” é uma espécie frutífera pertencente
à família Myrtaceae. Possui grande potencial econômico, por se tratar do fruto com maior
quantidade de vitamina C, chegando a atingir ate 6.112 mg de ácido ascórbico por 100 g-1 de
polpa, sendo superior a acerola que até então era considerada a fruta com maior concentração
de vitamina C. No entanto, atualmente ainda existem pomares com baixo rendimento de
frutos por hectare devido a fatores que ainda não são solucionados, um deles, provavelmente,
seja o baixo percentual de polinização, devido à ausência dos principais agentes polinizadores
ocasionados por problemas antrópicos, ou até mesmo por desconhecimento das principais
espécies envolvidas na polinização do camu-camuzeiro. Devido a este fator objetivou-se
identificar os principais agentes polinizadores no camu-camuzeiro, visando maior incremento
na produção do camu-camu na região de Ucayali. O trabalho foi desenvolvido na chácara
Aníbal Sinarahua, localizado na vila San Juan distrito de Yarinacocha, Ucayali-Peru,
localizada entre as coordenadas UTM: 543588:90810998 e altitude de 152 m. Foi realizado o
levantamento da ocorrência das principais espécies a cada 15 dias, durante o período de 7
meses (janeiro a julho/2011), em uma área total de 7500 m2. A pesquisa foi realizada em duas
etapas: a primeira consistiu no estudo da fenologia reprodutiva e o registro e coleta dos
polinizadores; na segunda etapa foi realizada a identificação dos insetos no laboratório da
SENASA/Peru. De acordo com os resultados, foi observado que as espécies de insetos mais
importantes na polinização do camu-camuzeiro são as abelhas associadas à família Apidae,
cujos gêneros e espécies são: Apis mellifera, Trigona sp. e Xylocopa sp., Também foi
observado que existe influência positiva dos agentes polinizadores, aumentando em 2,35% a
produção do camu-camuzeiro. Nesse sentido pode-se concluir que a polinização do camucamuzeiro ocorre por alogamia, portanto, recomenda-se realizar criação e liberação de
abelhas, dos gêneros identificados, para incrementar a produção de camu-camu em solos
inundáveis.
Palavras-Chave: Myrciaria dubia, Apidae, Polinização, Abelhas, Peru.
Financiamento: IIAP-Peru
1
Universidade Federal de Roraima.
Universidade Nacional de Ucayali-Peru.
3
Instituto de Investigações da Amazônia Peruana-IIAP; Universidade Federal de RoraimaPrograma de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal.
4
Embrapa Roraima.
5
Universidade Intercultural da Amazônia-Ucayali-Peru.
6
Embrapa Roraima.
7
Universidade Federal de Roraima- Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Produção
Vegetal.
2
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional219
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA DE SEMENTES DE MARACUJÁ-ROXO
SUBMETIDAS À ESCARIFICAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA
Khétrin Silva MACIEL1*, José Carlos LOPES1, Paula Aparecida Muniz de LIMA1,
Camila Costabeber NUNES1, Liana Hilda Golin MENGARDA1
A reprodução do maracujazeiro é feita principalmente por meio de sementes. A germinação
de algumas espécies de maracujazeiros é lenta e desuniforme, ocasionada por fatores de
natureza variada, como sementes obtidas de plantas não selecionadas, presença de substâncias
fitorreguladoras e sementes com tegumento impermeável. Objetivou-se no presente trabalho
estudar a germinação e emergência de sementes de maracujá-roxo submetidas à escarificação
física e química. O trabalho foi conduzido em laboratório e em casa de vegetação no campus
do Centro de Ciências Agrárias (CCA-UFES) em Alegre - ES utilizando-se sementes de
maracujá-roxo (Passiflora edulis Sims.). Foi utilizado o delineamento inteiramente
casualizado, com quatro repetições de 25 sementes. Após a extração manual, as sementes
foram submetidas aos seguintes tratamentos: escarificação física, feita manualmente com lixa
d´água nº 120; escarificação química, feita com ácido giberélico (GA3) na concentração de
500 mg L-1, com embebição por 24 horas, e testemunha, sementes intactas. Em laboratório, as
sementes foram distribuídas em rolos de papel germitest, umedecido com água destilada, na
proporção de 2,5 vezes a massa do papel seco, mantidos em câmara de germinação tipo BOD,
regulada à temperatura alternada de 20-30 ºC e fotoperíodo de 12 horas. Em casa de
vegetação, a semeadura foi feita em tubetes utilizando-se substrato comercial. Foram
avaliados: germinação, índice de velocidade de germinação, emergência e índice de
velocidade de emergência. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias dos
tratamentos comparadas pelo teste Tukey, em nível de 5% de probabilidade A escarificação
física possibilitou maior germinação e índice de velocidade de germinação. Nas sementes
submetidas à escarificação química esses valores foram inferiores ao da testemunha. Na
avaliação da emergência e índice de velocidade de emergência em casa de vegetação, não
houve diferença significativa entre os tratamentos, cujos valores foram maiores que o da
testemunha. Com base nos resultados conclui-se que a escarificação física possibilita maior
germinação rolo de papel e que a escarificação física e a química promovem maior
emergência das sementes, e não diferem entre si.
Palavras-chave: Passiflora edulis Sims.,Vigor de sementes, Dormência, Tegumento.
Agradecimento a CAPES e ao CNPq pela concessão de bolsas.
1
Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Produção Vegetal, Centro de
Ciências Agrárias, CxP 16, CEP: 29500-000, Alegre-ES, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional220
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE CAMU-CAMU PROVENIENTES DE FRUTOS
EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO
Carlos Abanto RODRIGUEZ1*, Fernando Nacimento PONCE2, Edvan Alves
CHAGAS3, Gisela Saldaña RIOS4, Fernando Barreto Diógenes de QUIEROZ5, Roberto
Tadashi SAKAZAKI6
A cultura de camu-camu “Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh” está em plena expansão nos
países de Peru, Brasil e Bolívia. Destaca-se por ser uma espécie nativa da Amazônia, e por ser
fonte de antioxidantes, devido a sua alta concentração de ácido ascórbico, contendendo cerca
de 6000 mg /100g de polpa, por isso atualmente representa o recurso da agrobiodiversidade
amazônica com maiores perspectivas no mercado nacional e internacional. Este trabalho se
propôs avaliar o potencial de germinação de sementes de camu-camu procedentes de frutos
em diferentes estádios de maturação e o desenvolvimento inicial de mudas em diferentes
substratos, no setor do viveiro florestal do Instituto de Investigações da Amazônia Peruana
(IIAP) – sede –Ucayali. Foram utilizados frutos de camu-camu em 4 estádios de maturação de
uma plantação adulta localizada no município de San Pablo de Tushmo no distrito de
Yarinacocha, em julho do 2010. O delineamento utilizado foi Inteiramente Casualizado, em
esquema fatorial 4A x 2B, sendo o fator A: estádios de maturação com 4 subniveis : a) verde,
b) de vez, c) maduro e d) maturação avançada e o fator B com 2 subniveis: a) serragem
descomposto e b) areia fina, dispostos em 3 repetições e 20 sementes por unidade
experimental. A germinação foi a os 26 dias, produto de um descenso da temperatura ate 13⁰
C, o qual atrasou a germinação, já que normalmente isto ocorre a os 18 dias. As variáveis
avaliadas foram porcentagem de germinação, altura de plantas (cm) e número de folhas em
um período de 76 dias. Fez-se a análise de variância realizada pelo programa computacional
SISVAR e teste Tukey á 5% de probabilidade para comparação de médias. A melhor
porcentagem de germinação de sementes de camu-camu, aos 76 dias se obteve com o estado
de maturação de vez e em serragem descomposto que alcançou um 94 %, no entanto a menor
porcentagem se obteve com o estado verde em areia fina com um valor igual a 36%. Em
relação à altura (cm) e número de folhas alcançaram os melhores resultados com o tratamento
serragem descomposto no estado maduro com uma media de 11,3 cm e 14 unidades frente a
um 7,2 cm e 9 unidades no estado verde e substrato areia respectivamente. Nesse sentido se
pode afirmar que o substrato serragem descomposto e os estádios de maturação de vez e
maduro proporcionaram os melhores resultados para as três variáveis em estudo.
Palavras-chave: Myrciaria dubia, sementes, substratos, IIAP.
Financiamento: IIAP-Peru
1
Instituto de Investigações da Amazônia Peruana-IIAP ; Universidade Federal de RoraimaPrograma de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal.
2
Universidade Nacional de Ucayali-Peru.
3
Embrapa Roraima.
4
Universidade Intercultural da Amazônia-Ucayali-Peru.
5
Embrapa Roraima.
6
Universidade Federal de Roraima- Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Produção
Vegetal.
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional221
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ESTUDO COMPARATIVO DA BIOMETRIA DE SEMENTES DE CAMU-CAMU
COLETADAS EM DIFERENTES REGIÕES DE RORAIMA
Christinny Giselly BACELAR-LIMA1, Edvan Alves CHAGAS1, Olisson Mesquita de
SOUZA 2, Oscar José SMIDERLE1, Jhon Klyton Benicio ALVES2, Aline das Graças
SOUZA1
Myrciaria dubia (Kunt) McVaugh, conhecida por camu-camu, encontra-se naturalmente em
áreas alagáveis da Amazônia. Seus frutos são bagas, com uma a três sementes, dispersadas
por hidrocoria ou zoocoria e que apresentam alto teor de ácido ascórbico e antocianinas,
propriedades aproveitadas na indústria alimentícia, farmacológica e cosmética. Embora
reconhecida a importância nutricional, sabe-se que o camu-camu ainda passa por
domesticação, com populações desconhecidas e ainda não estudadas na Amazônia brasileira.
Objetivou-se neste trabalho a caracterização biométrica de sementes de camu-camu de
populações do norte (Rio Urubú, Bonfim) e do sul (Rio Anauá, Rorainópolis) de Roraima. O
experimento foi conduzido no Laboratório de Análise de Sementes da Embrapa Roraima.
Frutos fisiologicamente maduros foram coletados e despolpados mecanicamente. Em seguida
as sementes foram lavadas em água corrente e tratadas com hipoclorito de sódio (1%) por 15
minutos. Após secagem a temperatura ambiente, avaliou-se o comprimento, largura e
espessura das sementes com utilização de paquímetro digital (mm) e a quantificação da massa
individual em balança de precisão (g). Nos parâmetros analisados, a população do Rio Anauá
apresentou as maiores sementes, com médias de massa de 1,46 g, tamanho de 19,38 mm x
15,16 mm (comprimento x largura) e espessura de 6,19 mm; a maior massa média das
sementes do Rio Urubu foi de 0,79 g, com dimensões de 16,09 mm x 12,18 mm
(comprimento x largura) e espessura de 5,44 mm. A diferença média entre o tamanho das
sementes dos dois ambientes variou de 1 a 3 mm entre as populações. Provavelmente, os
fatores ambientais e genéticos das sementes influenciam nas medidas biométricas verificadas.
Palavras-chave: Myrciaria dubia, Myrtaceae, Várzea, Antocianina, Dispersão.
1
Apoio financeiro CNPq, CAPES, EMBRAPA-RR e UFRR
Universidade Federal de Roraima-UFRR, Centro de Ciências em Agronomia – CCA,
Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR,
Brasil.
2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima, Pesquisa em Fruticultura,
BR-174, km 8, Distrito Industrial, Cx. Postal 133, CEP: 69.301-970, Boa Vista-RR, Brasil.
*Endereço para correspondência: [email protected]
1
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional222
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ESTIMATIVA DE PARÂMETROS GENÉTICOS DE CARACTERES
GERMINAÇÃO DE SEMENTES EM Capsicum chinense (Jacq.)
DE
Silfran Rogerio Marialva ALVES1, Aline Santiago VILANOVA1, Maria Teresa Gomes
LOPES1 ⃰, Lucifrancy Vilagelim COSTA1 Liliane dos Santos OLIVEIRA1 Januário
Macedo VIANA JUNIOR1.
Capsicum chinense (Jacq.) é espécie de pimenteira que necessita de seleção para permitir a
exploração comercial da cultura, principalmente quanto à qualidade das sementes, pois
populações com germinação rápida e uniforme das sementes são desejáveis na formação de
mudas. Os objetivos do presente trabalho foram estimar parâmetros genéticos com base em
caracteres de desempenho germinativo e inferir sobre a variabilidade genética de C. chinense.
Foram avaliados 30 acessos de C. chinense da coleção de pimenteiras da Faculdade de
Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas. A parcela experimental foi
constituída de 25 sementes em 4 repetições. As sementes foram dispostas em caixas plásticas
‘‘gerbox’’ sobre 2 folhas de papel germitest umedecidas com água destilada. As caixas
plásticas ficaram mantidas em câmara de germinação, em temperatura média de 28ºC, sendo
as avaliações realizadas 7 e 14 dias. Foram avaliados vigor, índice de velocidade de
germinação e tempo médio de germinação. Os resultados foram submetidos à análise de
variância e foram estimados parâmetros genéticos utilizando-se o aplicativo computacional
Genes. Foi observada diferenças significativas entre os 30 acessos estudados e para todos os
caracteres estudados, a 1% de probabilidade, pelo teste F, indicando que existe variabilidade
genética entre os genótipos estudados. Os resultados de vigor variaram de 3 a 94%, índice de
velocidade de germinação de 0,25 a 8,26 e tempo médio de germinação de 4,5 a 10,3 dias. A
herdabilidade no sentido amplo (h2) para todos os caracteres foi superior 70%, indicando a
possibilidade de sucesso na seleção para os caracteres estudados.
Palavras chave: Germoplasma, Pimentas, Herdabilidade.
1
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia Tropical, Campus Universitário, Setor Sul, Av. Gal. Rodrigo
Otavio 3000, CEP: 37200-000, Manaus-AM, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional223
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
1
ENSAIO DA METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DA PARTIÇÃO DE
MATERIA FRESCA DE INAJÁ EM DIFERENTES GENÓTIPOS
Helder Santos do VALE ¹*, Otoniel Ribeiro DUARTE², Pollyana Priscila Schuertz
PAULINO ³, Rita de Cássia Pompeu de SOUSA4, Marcelo Ribeiro da SILVA5,
Antônio Antero Ribeiro de Albuquerque NETO6
O inajá (Maximiliana maripa) é uma palmeira que chega a medir até 20 metros de
altura. Produz ótimo palmito e frutos com polpa suculenta e comestível de onde
juntamente com as amêndoas se extrai um óleo amarelo, com grande potencial para a
indústria cosmética, alimentícia e de biocombustíveis. Nesse trabalho objetivou-se
avaliar a partição de matéria fresca dos frutos entre perianto, casca e polpa e semente de
inajá em diferentes genótipos. Foram coletados cachos de dois genótipos, um com
frutos verdes (casca verde) e outra com frutos considerados meio-maduros (casca
amarela-esverdeada). O material foi coletado no início da época das chuvas em Roraima
no município de Mucajaí. No laboratório de Resíduos da Embrapa Roraima os cachos
foram pesados em balança digital, tipo gancho, modelo Kern. Destes foram extraídos e
pesados 10% dos frutos os quais foram separados e pesados periantos, casca, polpa e
sementes em balança de precisão digital 0,001 g. O cacho dos frutos de casca amarelaesverdeada obteve um valor total de 74,5 kg, comprimento de 95,4 cm e diâmetro de 35
cm. Já o cacho verde, teve um peso total de 70 kg, comprimento de 92 cm e o diâmetro
de 32 cm. Dos 10% dos frutos extraídos do cacho meio-maduro, a porcentagem de
polpa e casca foram 7,8571 %, sementes 67,857% e perianto 11,428%. Genótipo dos
frutos de casca verde, a porcentagem da polpa e casca foram 10%, semente 52,857 % e
perianto 10,714%. A diferença de polpa e casca por frutos meio-maduros em relação
aos verdes foi de 2,1426%. Essa diferença é em função da variabilidade genética e o uso
dessa metodologia propicia uma boa resposta na identificação de plantas com diferentes
níveis de partição dos componentes do fruto. Tendo em vista que busca-se selecionar
plantas com grande produtividade de óleo bruto que está presente nas amêndoas das
sementes.
Palavras-chave: Maximiliana maripa, inajá, partição de matéria fresca, metodologia.
Créditos de financiamento: FUNARBE/FINEP/DESENVOL.INOV
1
,5 Universidade Federal de Roraima Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte
Cristo. Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413.
²,4,6 Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, Distrito Industrial,Boa Vista, RR. CEP
69301-970. Fone: (95) 4009-7100 - Fax: (95) 4009-7102
3
Faculdade Cathedral, Avenida Luis Canuto Chaves, 293 - Caçari Boa Vista - RR,
69307-053. Fone (95) 2121-3460.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional224
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DO DANO MECÂNICO NA PRODUÇÃO DE PROTEÍNAS DE DEFESA EM
FOLHAS DE CIGANINHA (Bignoniaceae)
Aurora Maria Rosa de OLIVEIRA1*, Josimara Nolasco RONDON2, Cézar da Silva
BEZERRA3, Alan Fredy ERIKSSON4, Maria Rita MARQUES5
Adenocalymma peregrinum (Miers) L.G.Lohmann, popularmente conhecida como
“ciganinha”, é uma Bignoniaceae arbustiva nativa do Cerrado brasileiro. Em seu ambiente
natural está restrita a clareiras, em áreas desmatadas formam uma rede de caules subterrâneos,
que pode ocupar áreas de tamanhos variáveis, tornando muito difícil delimitar um indivíduo,
o que dificulta ainda mais o seu manejo, dificultando a pastagem de bovinos por competir
com espécies forrageiras. O objetivo deste estudo foi medir a taxa de crescimento, produção
de proteínas solúveis totais e a atividade das enzimas β-1,3-glucanase, peroxidase, PAL em
folhas de indivíduos podados e não podados de A. peregrinum de duas áreas no Mato Grosso
do Sul tomadas pela espécie (nos municípios de Campo Grande e Rochedo), para avaliar o
impacto de danos mecânicos sobre a síntese de proteínas de defesa. Foram preparados
extratos de folhas recém-coletadas e acondicionados a -18°C. Para avaliar a proteína total foi
utilizado o método Bradford, a atividade peroxidásica foi determinada segundo Pütter, a
atividade fenilalanina amônia-liásica (PAL) foi determinada de acordo com o método descrito
por Prusky, a atividade β-1,3-glucanásica foi determinada pelo método de Miller. Para a
analise dos dados utilizou-se o teste de variância ANOVA, o teste t student com nível de
significância de 0,05 e o teste não paramétrico de Mann-Whitney. As análises estatísticas
foram realizadas com o pacote estatístico Systat® versão 11.0. As taxas de crescimento foram
maiores nas amostras submetidas à poda mecânica quando comparadas com plantas intactas,
demonstrando a aceleração de processos fisiológicos para a recomposição do material vegetal.
Em alguns períodos após a poda, teor de proteínas solúveis e atividade da peroxidase foram
maiores nas folhas de indivíduos podados. Sugere-se que as variações observadas na atividade
das peroxidases de folhas de indivíduos podados pode ser uma resposta à poda mecânica e
resultado da participação das mesmas nos processos de crescimento. A atividade das enzimas
β-1,3-glucanase e PAL foram semelhantes entre indivíduos podados e não podados, indicando
que a poda mecânica não é indutora destes processos de defesa nesta espécie. As informações
obtidas neste trabalho sugerem que A. peregrinum é uma espécie resistente à injúria mecânica,
uma vez que não houve, aparentemente, um recrutamento de grandes quantidades de proteínas
e enzimas para disparo dos processos de defesa.
Palavras-chave: Adenocalymma peregrinum, Memora peregrina, Cerrado, Ciganinha,
Peroxidases.
Financiamento: CAPES e FUNDECT pela bolsa concedida e pelo auxílio financeiro.
1: Bolsista CAPES - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, CEP 69080-971, Manaus,
AM, Brasil
2:Universidade Católica Dom Bosco, CEP 79117-900, Campo Grande, MS, Brasil
3:Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CEP 13083-970, Campinas, SP,
Brasil
4: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
CEP 79070-900, Campo Grande, MS, Brasil
5:Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
CEP 79070-900, Campo Grande, MS, Brasil
* Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional225
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DO ÓLEO ESSENCIAL DE PIPERACEAE SOBRE Moniliophthora
perniciosa (Sthael) Aime Phillips-Mora. DO CUPUAÇUZEIRO
Maria Santino da SILVA1*, Maria Geralda de SOUZA2, Olívia Cordeiro de
ALMEIDA3, Aparecia Claret Souza2, Francisco Célio Chaves2, Marcelo Róseo
OLIVEIRA2
O cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum Willd. Ex Spreng.), espécie nativa da região
Amazônica é considerado uma das fruteiras mais importantes economicamente. Entretanto
a doença vassoura-de-bruxa, causada pelo fungo M. perniciosa, constitui um dos principais
problemas para a expansão da cultura na região. Visando a investigação de compostos
bioativos com potencial para o controle da doença, o objetivo deste trabalho foi avaliar o
efeito do óleo essencial de Piper callosum sobre o crescimento micelial de M. perniciosa
vitro. O material vegetal de P. callosum foi coletado no Campo Experimental e
encaminhado para o Laboratório de Plantas Medicinais da Embrapa Amazônia Ocidental
para a extração do óleo essencial por processo de hidrodestilação em aparelho de
Clevenger. O experimento foi instalado no Laboratório de Fitopatologia, utilizando-se os
tratamentos constituídos do óleo essencial nas concentrações prospectivas de 0; 0,25; 0,5;
0,75 e 1µL/mL, incorporadas ao meio de BDA fundente e vertidos em placa de Petri. Após
o resfriamento do meio de cultura, foi depositado no centro de cada placa, um disco (5 mm)
do micélio do fungo. A avaliação foi feita durante 11 dias, período em que o crescimento
micelial ocupou a totalidade da área da placa (90 mm) do tratamento testemunha. O
delineamento foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições. Os
resultados obtidos durante o período de avaliação demonstraram que o óleo essencial de P.
callosum apresentou 100% de inibição do crescimento micelial, a partir da concentração de
0,5µL/mL. Estes dados preliminares comprovam a necessidade da continuidade de estudos
in vitro para se estabelecer a efetividade do efeito inibitório e possivelmente fungicida nas
diferentes concentrações utilizadas.
Palavras-chave: Piper callosum, Theobroma grandiflorum, Controle alternativo, Vassourade-bruxa.
Fonte Financiadora- FAPEAM
1
CPAA - EMBRAPA (Rod. Am 010 Km 29 Manaus - AM), 2 UNINORTE - Centro
Universitário do Norte (Rua Dez de Julho, 873 - Centro Manaus- Am), 3 CEPLAC Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Rua Maceió, 460, AdrianópolisManaus, AM)
*autor para correspondência:[email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional226
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE FÓSFORO NAS TROCAS
GASOSAS DE Eleocharis sellowiana Kunth (CYPERACEAE)
Gabriel Resende Naves SILVA1*, Fabricio José PEREIRA1, Márcio Paulo PEREIRA1,
Luiz Carlos de Almeida RODRIGUES1, Ana Carolina FERREIRA1, Evaristo Mauro de
CASTRO1
O fósforo é um dos principais elementos causadores de eutrofização nos ecossistemas
aquáticos, e assim, afetando diretamente os recursos hídricos do planeta. Buscando mitigar
este problema, estudos com macrófitas acumuladoras de nutrientes vêm sendo cada vez mais
realizados além desses estudos auxiliarem no entendimento do crescimento dessas populações
em ambientes eutrofizados por fósforo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi verificar o
efeito de diferentes concentrações de fósforo nas características de trocas gasosas em
Eleocharis sellowiana. Foram coletadas plantas de E. sellowiana e propagadas em solução
nutritiva em casa de vegetação. Clones foram transferidos para bandejas plásticas com
capacidade de 7 litros contendo vermiculita e 5 L de solução nutritiva de Hoagland e Arnon
modificada com concentrações crescentes de fósforo: 0; 0,2; 0,4 (concentração padrão); 0,6 e
0,8 mM durante 30 dias. Ao final desse período, foram realizadas as avaliações de trocas
gasosas no colmo das plantas através de um analisador de trocas gasosas por infravermelho
modelo Li-Cor LI-6400XT, sendo avaliadas: taxa fotossintética líquida, a condutância
estomática, a taxa transpiratória, o carbono interno e a relação entre carbono interno e externo.
O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com cinco tratamentos e seis
repetições, e os dados submetidos à análise de variância e ao teste de Scott-Knott (p<0,05). A
taxa fotossintética líquida não apresentou diferenças em função das concentrações de fósforo
(Fc=0,4 e p=0,8) com média geral de 44,07 µmol CO2.m-2.s-1, bem como a condutância
estomática (Fc=1,7 e p=0,17) e média de 0,71 µmol H2O.m-2.s-1. A taxa transpiratória não foi
modificada pelo fósforo (Fc=1,3 e p=0,28) e apresentou média equivalente a 6,53 mmol H2O
m-2.s-1. O carbono interno também não modificado (Fc=0,9 e p=0,43) e demonstrou média de
179,82 µmol e o mesmo percebe-se na relação entre carbono interno e externo (Fc=0,97 e
p=0,44) a média foi equivalente a 0,44. Em baixas concentrações de fósforo, a espécie pode
estar utilizando suas reservas de nutrientes para suprir sua carência e em altas concentrações
desse elemento a espécie pode acumular e alocar o excesso de fósforo sem evidências de
toxicidade do elemento. Portanto, a espécie E. sellowiana não modifica as trocas gasosas
mesmo com carência ou excesso de fósforo por um período de 30 dias, evidenciando uma
grande amplitude de tolerância.
Palavras-chave: Fotossíntese, Macrófitas aquáticas, Eutrofização, Macronutrientes, Botânica
Aplicada.
Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES e CNPq.
1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação
em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, LavrasMG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional227
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DAS PODAS DE FRUTIFICAÇÃO NA PRODUTIVIDADE DE CAMUCAMU EM SOLOS INUNDÁVEIS DE YARINACOCHA, UCAYALI-PERÚ
Carlos Abanto RODRIGUEZ*1, Mario Pinedo PANDURO2, Edvan Alves CHAGAS3,
Maria da Conceição Rocha de ARAÚJO4, Gisela Saldaña RÍOS5, Ricardo Manuel
Bardales LOZANO6
Uma das maiores tendências do mundo moderno é a orientação ao consumo de produtos com
alto valor nutritivo e vitamínico. Uma das espécies nativas da Amazônia de maior importância
é o camu-camu, o qual se destaca por ser uma importante fonte de agentes antioxidantes,
devido a sua alta concentração de ácido ascórbico, atingindo cerca de 6000 mg /100g de
polpa. Em 1997 o Ministério da Agricultura, o Instituto Nacional de Investigação Agrária
(INIA), e o Instituto de Investigações da Amazônia Peruana (IIAP), instalaram 5.349 ha de
camu-camu nas regiões de Loreto, Ucayali e San Martín, em nível de pequenos produtores.
Atualmente, encontra-se aproximadamente, produção de 400 ha em Loreto e 350 ha em
Ucayali. Estas plantações com mais de 14 anos de idade estão apresentando problemas de
produção, a qual vem diminuindo gradativamente por falta de manejo agronômico adequado.
Neste sentido objetivou-se determinar o efeito das podas de frutificação e/ou produção no
comportamento produtivo das plantas adultas de camu-camu. O trabalho foi executado na
chácara Fernando Murayari localizado em Yarinacocha, Ucayali-Peru. O experimento foi
instalado em blocos ao acaso, com 4 tratamentos composto por três repetições de 16 plantas
cada. Os tratamentos foram T0 - sem poda (testemunha); T1 - desfolhação manual sem poda;
T2 - desfolhação manual com poda; T3 – desfolhação com Dormex® com poda. As variáveis
avaliadas foram: número e tamanho de brotos (cm), número de botões florais, número de
frutos pequenos, número frutos em ponto de colheita e produção (tha-1). O experimento foi
avaliado pó um período de 7 meses. Os dados obtidos foram submetidos à análise de
variância, ao nível de 5% de probabilidade, as análises foram realizadas pelo programa
computacional SISVAR. De acordo com os resultados observados, verificou-se que o T2 foi
estatisticamente superior aos demais tratamentos, o qual demonstrou maior capacidade de
produção de botões florais com média de 11.135, sendo superior ao T0, o qual obteve
produção de apenas 5.236 botões florais. Para as variáveis, número de frutos pequenos, frutos
em ponto de colheita e produtividade (tha-1) o T2 também se mostrou superior aos demais
tratamentos, apresentando 7.867, 1.862 e 19.7 respectivamente. Portanto, conclui-se que a
poda de frutificação mais adequada para esta região, é a poda combinada com a desfolhação
manual, a qual apresentou melhor comportamento produtivo e maiores índices de frutificação
para a cultura do camu-camu.
Palavras Chave: Myrciaria dubia, Poda de frutificação, Desfolhação, IIAP.
Financiamento: IIAP-Peru.
1
Instituto de Investigações da Amazônia Peruana-IIAP; Universidade Federal de RoraimaPrograma de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal.
2
Instituto de Investigações da Amazônia Peruana-IIAP.
3
Embrapa Roraima.
4
Doutorando-Rede Bionorte.
5
Universidade Intercultural da Amazônia-Ucayali-Peru.
6
Doutorando-Rede Bionorte
*Autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional228
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DA TEMPERATURA E TRATAMENTOS PRÉ GERMINATIVOS NA
GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE JUERANA BRANCA
Fábio Renato Oliveira MARQUES1*; Camila Andrade SILVA1, Rodrigo Oliveira
ROCHA1; Airton Campos BAPTISTA1; Alexsandro Lara TEIXEIRA2.
A espécie Stryphnodendron pulcherrimum, pertence a família Fabaceae e é conhecida como
juerana branca. O objetivo da pesquisa foi avaliar a germinação de sementes de juerana
branca. Para isto, as sementes foram submetidas a quatro tipos de tratamentos pré
germinativos, testados a temperatura de 25°C e 30°C. As temperaturas foram controladas em
germinador tipo BOD, em ambiente sem fornecimento de radiação. Os experimentos foram
realizados no Laboratório de Análise de Sementes da FARO – RO. Os tratamentos foram:
imersão em ácido sulfúrico por 15 minutos (T1); imersão em água a 80ºC por 5 minutos (T2);
imersão em água a 80°C por 10 minutos (T3); e testemunha (T4). O delineamento
experimental foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x4, sendo duas
temperaturas e quatro tratamentos pré germinativos, sendo estes distribuídos em três
repetições de 20 sementes cada. Para a desinfestação das sementes, estas foram imersas em
água sanitária a 2%, por um período de tempo de 5 minutos. Em seguida, foram lavadas em
água destilada. Para comportar os tratamentos, foram utilizadas caixas “gerbox” e como
substrato, papel “germitest”, umedecido com água destilada, com peso 2,5 vezes o peso do
papel seco. As avaliações foram realizadas até 28ª dia após a implantação dos experimentos,
com avaliação dos parâmetros: Primeira contagem da germinação, no 14º dia após a
instalação do experimento; Porcentagem total de germinação, no 28º dia; Matéria seca de
plântulas e Comprimento da raiz primária. O tratamento com ácido sulfúrico a 25ºC (T1)
obteve resultado expressivo com 45% de sementes germinadas, na primeira contagem de
germinação. As testemunhas, para ambas as temperaturas, tiveram resultados estatísticos
semelhantes aos obtidos com os tratamentos com água quente, sendo que o tratamento 25ºC
T4 resultou em 1,67% sementes germinadas. Para germinação total, os tratamentos com ácido
sulfúrico (T1) para as duas temperaturas (25º e 30ºC) mantiveram bom desempenho. O
tratamento 1 à 25ºC se sobressaiu com 10% a mais que o realizado à 30ºC. As testemunhas
apresentaram, até o final do experimento, baixo índice de germinação. Constatou-se que à
temperatura de 25ºC, o tratamento com ácido sulfúrico proporcionou maiores valores de
massa seca e comprimento de raiz primária. Desta forma, o tratamento pré germinativo mais
indicado para germinação de sementes de juerana branca é a imersão em ácido sulfúrico por
15 minutos à 25ºC.
Palavras-chave: Stryphnodendron pulcherrimum, espécie florestal, dormência.
1
Faculdade de Rondônia - FARO. Laboratório de Análise de Sementes. cep: 76815-000,
Porto Velho - RO, Brasil.
2
Embrapa Rondônia. Pesquisador, cep: 76815-000, Porto Velho - RO
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional229
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
EFEITO DA PREDAÇÃO POR INVERTEBRADOS NA GERMINAÇÃO DE
SEMENTES DE ANDIROBA (Carapa guianensis Aubl.: Meliaceae)
Juciane Casaes de SOUZA1*, Carolina Volkmer de
CASTILHO2
A andiroba é uma espécie arbórea com grande potencial de exploração não-madeireira na
Amazônia. O óleo extraído de suas sementes tem demanda internacional e é utilizado na
indústria de cosméticos e na medicina popular. As sementes de andiroba são muito atacadas
por insetos, destacando-se a larva do lepidóptero Hypsipyla ferrealis, que consome o
endosperma das sementes comprometendo a viabilidade das mesmas. Ao diminuir o número
de propágulos disponíveis para germinação, a predação de sementes pode limitar o
recrutamento de plantas e influenciar a distribuição espacial dos adultos. Uma vez que as
sementes de andiroba são um importante recurso explorado por populações tradicionais da
Amazônia, estratégias de manejo da espécie devem incluir as diferentes fontes de perda de
sementes nos sistemas naturais, para garantir a sustentabilidade da exploração. O objetivo
deste trabalho foi quantificar a porcentagem de germinação, velocidade de germinação e a
viabilidade de plântulas originadas a partir de sementes de andiroba predadas por
invertebrados. As sementes de andiroba foram coletadas em uma área de floresta natural
localizada no sul do estado de Roraima. Para análise de germinação, foram coletadas cerca de
30 sementes de 8 árvores produtivas. As sementes foram separadas em dois grupos (predadas
e não-predadas), pesadas e semeadas em areia lavada com iluminação indireta (sombrite de
30%). Diariamente as sementes foram avaliadas para determinação da porcentagem e
velocidade de germinação nos diferentes grupos. Após 4 meses, as plântulas germinadas
foram coletadas, medidas e secas em estufa para determinação do peso seco. Foi utilizado o
teste t de Student para comparação das médias entre os grupos de sementes. Observou-se
diferença significativa entre a porcentagem de germinação das sementes predadas e nãopredadas (t=-4,88, df=14, P<0,0001). A taxa média de germinação de sementes predadas foi
de 51,83 ± 24,86% e das sementes não-predadas foi de 95,9 ± 5,7%. O índice de velocidade
de germinação foi de 1,7 e 3,1 sementes/dia para o grupo das sementes predadas e não
predadas, respectivamente. Não houve diferença significativa entre a razão raiz/parte aérea de
plântulas originadas de sementes predadas x não-predadas (t=0,332, df=14, P=0,744). A
predação por invertebrados reduziu a taxa e a velocidade de germinação das sementes de
andiroba. Todavia, as sementes predadas não perderam totalmente a viabilidade e
conseguiram originar plântulas viáveis.
Palavras-chave: Plântulas, Hypsipyla ferrealis,Velocidade de germinação, Roraima
.
Fontes financiadoras: Embrapa/Projeto Kamukaia
1
Universidade Federal de Roraima, Departamento de Química, Campus Paricarana, CEP
:69304-000, Boa Vista – RR, Brasil.
2: Embrapa Roraima, caixa postal 133, CEP: 69301-970, Boa Vista – RR, Brasil.
* autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional230
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DESENVOLVIMENTO DA ANTERA E DO GRÃO DE PÓLEN DE TRÊS
DIFERENTES CULTIVARES DE OLIVEIRA
Carolina Ruiz ZAMBON1 , Adriana Tiemi NAKAMURA1, Luiz Fernado de Oliveira da
SILVA2 , Rafael PIO3, Adelson Francisco de OLIVEIRA2
O objetivo desse trabalho foi investigar o desenvolvimento de antera e do grão de pólen de
três diferentes cultivares de oliveira Olea europaea L., cultivadas no Brasil. Flores de
distintos indivíduos de três diferentes cultivares de oliveira: Arbequina, MGS Mariense
(Maria da Fé) e MGS Grap541 (Grappolo 541), em diferentes estágios de desenvolvimento,
foram coletados na Fazenda Experimental da Epamig em Maria da Fé-MG. O material foi
fixado em Karnovsky, desidratado em série etílica e incluído em hidroxietilmetacrilato
Leica®. Após a inclusão, cortes em secções longitudinais e transversais foram realizados em
micrótomo rotativo manual com espessura de 5 µm e coradas em Schiff-PAS-Toluidina. As
lâminas confeccionadas foram montadas em resina sintética. A anatomia da antera e a
morfologia do grão de pólen das três cultivares estudadas apresentam características
semelhantes entre si. As cultivares apresentam: anteras bitecas e tetrasporangiadas;
desenvolvimento da parede da antera do tipo dicotiledôneo; cinco camadas parietais;
epiderme unisseriada, o endotécio fibroso com espessamento em espiral; duas camadas
médias efêmeras; e tapete glandular. A microsporogênese é simultânea e as tétrades
produzidas são tetraédricas. Os grãos de pólen possuem formato esférico e são dispersos em
mônades, no estágio bicelular. Durante as análises observou-se sincronia na diferenciação dos
dois estames, em todas as cultivares; e sincronicidade na maturação das anteras na mesma
flor. Já ao longo da inflorescência, a maturação das anteras ocorre de maneira não
concomitante, que é o esperado para o tipo de inflorescência, paniculada, que a espécie
apresenta. Os caracteres descritos nesse estudo são condizentes com outros trabalhos descritos
para a mesma espécie, apesar das condições climáticas, cultivares e situações geográficas
distintas das respectivas regiões.
Palavras Chave: Microsporogênese, microgametogênese, anatomia floral, Botânica aplicada,
Olea europaea L.
Créditos de financiamento: Fapemig
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em
Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG,
Brasil. *autor para correspondência: [email protected]
2 Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Campus Universitário, caixa postal
176, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
3 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional231
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
DEFINIÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO IN SITU E EX
SITU DE Anacardium occidentale L. (ANACARDIACEAE)
Mariana Pires de Campos TELLES1*, Leciane Karita de OLIVEIRA2; Luana Martins
CARVALHO1, Lázaro José CHAVES3, Ronaldo Veloso NAVES3; José Alexandre
Felizola DINIZ-FILHO4
Os marcadores genéticos aliados às técnicas de otimização podem auxiliar na definição de
áreas prioritárias para conservação (in situ) e coleta de material biológico (ex situ – coleções
de germoplasma), indicando soluções possíveis para representação máxima da variabilidade
genética com base em medidas de complementaridade. O presente estudo teve por objetivo
definir o menor número de áreas (subpopulações) que permite preservar a variabilidade
genética total, a partir das informações de marcadores microssatélites, para o ecótipo do
Cerrado de Anacardium occidentale L. (cajuzinho-do-cerrado). Além disso, o trabalho teve
por objetivo avaliar em quais áreas amostras deve-se coletar para complementar a
variabilidade genética preservada na coleção de germoplasma de cajuzinho-do-cerrado,
mantida pela Escola de Agronomia da UFG. Para tanto, 583 indivíduos distribuídos em 20
subpopulações naturais e 538 indivíduos da coleção de germoplasma foram avaliados para 12
marcadores microssatélites. A representatividade e o nível de insubstituibilidade de cada
subpopulação foram obtidos a partir das informações genéticas, comparando-se o número de
alelos, por meio de uma análise de complementaridade. O número de alelos nas
subpopulações foi 119, variando entre 15 e 36. Foram observados valores consideráveis de
diversidade (He = 0,75), índice de fixação intrapopulacional (FIS = 0,20) e estrutura genética
populacional (FST = 0,07). Com base no total de alelos, uma solução possível permitiu
determinar quatro subpopulações prioritárias, capazes de preservar 100% dos alelos
existentes. Uma das soluções, por exemplo, as subpopulações localizadas nos municípios de
Niquelândia-Go, Mimoso-Go, Silvânia-Go e Jaraguá-Go contêm, respectivamente, 80%,
13%, 5% e 2% do total de alelos. Dos 119 alelos existentes nas subpopulações naturais, 47
não estão representados na coleção de germoplasma. Sendo assim, uma das soluções possível,
11 subpopulações foram indicadas para realização de coleta de germoplasma (sementes), a
fim de complementar a variabilidade genética encontrada nas subpopulações naturais de
cajuzinho-do-cerrado. Embora a utilização dos métodos de complementaridade para dados
genéticos ainda não seja amplamente difundida, os resultados mostrados aqui indicam que
trata-se de uma abordagem útil do ponto de vista metodológico, possibilitando o
aprimoramento da definição quantitativa, mais abrangente e equilibrada, de metas de
conservação in situ e ex situ dos recursos genéticos.
Palavras-chave: Caju-do-Cerrado, Complementaridade, Marcadores microssatélites.
Apoio financeiro: CNPq (proc. 472717/2011-1) e FAPEG/AUX PESQ CH 005/2012.
1
1: Universidade Federal de Goiás, Departamento de Biologia Geral, Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas,
Campus Universitário, caixa postal 131, CEP: 74001-970, Goiânia-GO, Brasil.
2: Doutoranda, Universidade Federal de Goiás, Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas.
3: Universidade Federal de Goiás, Escola de Agronomia, Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, Campus
Universitário, caixa postal 131, CEP: 74001-970, Goiânia-GO, Brasil.
1: Universidade Federal de Goiás, Departamento de Ecologia, Campus Universitário, caixa postal 131, CEP: 74001-970, Goiânia-GO, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional232
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CONCENTAÇÕES DE URÉIA E INTERVALO DE APLICAÇÃO
FORMAÇÃO DE PORTA - ENXERTOS DE CAMUCAMUZEIRO
PARA
Fernando Barreto Diógenes de QUEIROZ1*, Edvan Alves CHAGAS2, Verônica
Andrade dos SANTOS2, Nilma Brito de QUEIROZ4, Carlos Abanto RODRIGUEZ3,
Maria Isabel Garcia RIBEIRO4, Jaqueline de Oliveira VILENA4
Alguns setores industriais tem aumentado o interesse nos frutos de camu camu devido o alto
teor de vitamina C , motivos para se buscar informações a respeito dessa espécie, pouco se
sabe sobre os teores de elementos minerais necessários ao bom desenvolvimento de portaenxertos. Apesar de sua propagação ser em sua maioria de forma seminífera, a enxertia se faz
necessário, pois propagar plantas com alta produtividade e altos teores de vitamina C é um
dos objetivos da propagação vegetativa, no entanto é necessário porta-enxertos em condições
nutricionais adequadas. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi verificar o efeito de
concentrações de uréia e intervalos de aplicação na formação de porta-enxertos de
camucamuzeiro. O trabalho foi desenvolvido no Setor de Fruticultura da Embrapa Roraima,
Boa Vista. As sementes para formação dos porta-enxertos foram retiradas de frutos de
populações naturais localizadas nas margens do lago do Preto, em Boa Vista. As sementes
foram colocadas para emergência em canteiro com substrato areia e serragem. Após
emergência as plântulas foram transplantadas para sacos de polietileno contendo 3 kg de solo
e areia na proporção de 3:1, e colocadas sobre bancadas em casa de vegetação. O
delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), com cinco
concentrações de Uréia (0; 0,16; 0,31; 0,47 e 0,93 g/1,5 dm3) em cobertura e dois períodos de
aplicação (14 e 28 dias), quatro repetições e cinco plantas por parcela. Aos seis meses foram
avaliados: Altura (cm), diâmetro do colo (mm), número de folhas e massa seca das raízes e
parte aérea (g). Os resultados foram submetidos à análise de variância e regressão pelo
programa SISVAR®. De acordo com os resultados obtidos, houve diferenças estatísticas em
relação às diferentes concentrações utilizadas no desenvolvimento de porta-enxertos de
camucamuzeiro, para a característica do diâmetro do caule as doses 16 e 47g foram
semelhantes à testemunha com 5,37 mm de espessura, os porta-enxertos alcançaram maior
altura 37 cm com a concentração de 16 g g/1,5 dm3. Houve interação entre as doses e
intervalos de aplicação, o maior numero de folhas foi observado quando a aplicação foi
realizada aos 28 dias, com 15,90 folhas por plantas, enquanto que o intervalo de aplicação de
7 dias proporcionou apenas 9,7 folhas por plantas. A dose de 16g influenciou no maior
desenvolvimento dos porta-enxertos de camucamuzeiro. O intervalo mais adequado para
aplicação do produto foi aos 28 dias.
Palavras chaves: Myrciaria dubia , fruta nativa, nitrogênio.
Apoio financeiro: CNPq/CAPES/UFRR e EMBRAPA-RR
1
Estudante de Engenharia de Produção – Faculdade Catedral, Boa Vista –RR.
Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, S/N, CEP: 69301-970, Boa Vista-RR.
3
Eng. Florestal, mestrando da UFRR, Boa Vista- RR.
4
Estudante do curso de agronomia/UERR campus Alto Alegre/RR.
5
Estudantes do curso de agronomia UFRR/bolsistas PIBIC/CNPq, Boa Vista/RR.
*autor para correspondência: email: [email protected]
2
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional233
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
FUNGOS MICORRÍZICOS EM ESPÉCIES FRUTÍFERAS DE DOIS SAF´S NO
AMAZONAS.
Ingrid Cândido de Oliveira BARBOSA1*, Luiz Antonio de OLIVEIRA2, Francisco
Wesen MOREIRA3, Lucinaia Bentes NOGUEIRA4
A maioria dos solos de terra firme na Amazônia apresenta acidez elevada e deficiência
generalizada de nutrientes. Porém, os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) aumentam a
capacidade da planta de absorver nutrientes do solo e água favorecendo sua nutrição. O
objetivo deste trabalho foi avaliar a interação micorrízica no sistema radicular de três espécies
de dois Sistemas Agroflorestais (SAF’s) da região Amazônica, bem como verificar a
existência de correlações entre as colonizações micorrízicas e os teores de macro e
micronutrientes em épocas distintas. As coletas foram realizadas em dois SAF’s na
comunidade de Presidente Figueiredo, em Latossolo amarelo, nos meses de agosto (época
seca) e março (época chuvosa), onde foram coletadas as seguintes espécies: açaí (Euterpe
oleracea Mart.), banana (Musa sp.) e cupuaçu (Theobroma grandiflorum Schum). Foram
coletadas raízes e folhas para a avaliação da colonização micorrízica e determinações de
teores de macro e micronutrientes nas folhas. Coletaram-se, também, amostras de solo para
avaliar seus níveis de fertilidade em cada época de amostragem. No total foram analizadas
cinco repetições 250 repetições de cada espécie. A Colonização radicular total por fungos
micorrízicos arbusculares oriundas do SAF 1 na época seca variou de 29,25% no açaí, 23,0%
na banana e 13,5% no cupuaçu. Durante a época chuvosa o mesmo SAF apresentou
colonização radicular de 12,4% no açaí, 60,4% na banana e 24,8% no cupuaçu. A
colonização radicular no período seco das espécies do SAF 2 foi de 5,5% no açaí , 46,5% na
banana e 24,8% no cupuaçu. Já na época de chuva observou-se uma colonização de 4,8% no
açaí e 78% na banana e cupuaçu. As hifas e vesículas predominaram nas raízes de todas as
espécies, ocorrendo diferenças significativas durante as diferentes épocas. Variações quanto à
emissão de novas raízes nos meses de amostragem poderiam explicar essas diferenças, uma
vez que os fungos micorrízicos colonizam as raízes mais finas e novas do sistema radicular da
planta. O Fe presente no solo rizosférico, em ambos os SAF, foi o elemento que mais
influenciou as relações nutrientes-micorrizas nas espécies estudadas. Os nutrientes foliares
que mais se relacionaram com os fungos micorrízicos foram os teores de cálcio e potássio no
SAF 1 e, cálcio, potássio e magnésio no SAF2.
Palavras-chave: Euterpe oleracea Mart., Musa sp., Theobroma grandiflorum Schum.,
Associação micorrízica, Aspectos nutricionais.
Fomento: FAPEAM, CAPES e CNPq
1
Instituto Federal do Amazonas – IFAM , Bolsista do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia, Graduanda em Ciências Biológicas, Campus Manaus centro, CEP: 69020-120,
Manaus-AM, Brasil. 2: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, Pesquisador
Doutor do Instituto de Pesquisas da Amazônia, bolsista do CNPq e Professor de PG do INPA,
UFAM e UEA, C. Postal 2223, 69080-971, Manaus-Am, Brasil. 3: Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia – INPA, Pesquisador do Instituto de Pesquisas da Amazônia, C.
Postal 2223, 69080-971, Manaus-Am, Brasil. 4: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
– INPA, aluna de mestrado, Programa de Pós-Graduação Agricultura no Trópico Úmido, C.
Postal 2223, 69080-971, Manaus-Am, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional234
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
COMPARAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS FOLIARES DE
Psychotria vellosiana NA BORDA E INTERIOR DE FRAGMENTOS FLORESTAIS
Nayara Cristina de MELO1*; Marcelo POLO2
A fragmentação florestal é a principal consequência da formação de bordas, que podem
apresentar condições ambientais diferentes das encontradas no interior das florestas como
maior luminosidade e maiores temperaturas. O objetivo do trabalho foi avaliar possíveis
diferenças morfológicas entre folhas de Psychotria vellosiana presentes na borda e no interior
de dois fragmentos localizados na Fazenda Usina Monte Alegre (21˚21’S; 46˚17’W) e na
Pousada do Porto (21˚ 25’S; 46˚ 07’W), próximos ao município de Alfenas-MG. Em cada
fragmento foram instaladas quatro parcelas de borda e quatro de interior dentro das quais
foram amostrados 40 indivíduos. Foram coletadas duas folhas completamente expandidas do
2° e 3° nó abaixo do ápice caulinar de todos os indivíduos encontrados em todas as parcelas.
A área foliar foi determinada com o auxílio do programa Image-Tool. Para a obtenção da
massa seca, as folhas foram pesadas em uma balança de precisão (determinando a massa
fresca), colocadas em estufa a 60ºC por 48h e pesadas novamente. Foi calculada a massa
foliar específica (MFE), área foliar específica (AFE) e o teor de água (TA). Os dados foram
submetidos à análise de variância (ANAVA) e as médias comparadas pelo teste de ScottKnott a 5% de significância. Para o fragmento da Usina Monte Alegre a análise de variância
mostrou que os valores de área foliar, área foliar específica, teor de água e massa foliar
específica não diferiram significativamente entre folhas de borda e interior. Enquanto as
folhas de interior apresentaram menores massa fresca e seca em relação às folhas da borda, o
que pode ser considerada uma estratégia para maior captação de luz que se propaga no interior
dos fragmentos. Para o fragmento localizado na Pousada do Porto não houve diferença
significativa para os valores de massa seca, massa fresca, teor de água, área foliar e massa
foliar específica. Apenas a área foliar específica foi significativamente maior nas folhas de
borda em relação às folhas de indivíduos presentes no interior do fragmento. A área foliar
específica é um indicativo da espessura da folha, ou seja, pode ser uma adaptação da espécie a
um ambiente de maior luminosidade que pode ter ocorrido na borda deste fragmento.
Palavras–chave: Psychotria, Fragmentação, Morfologia foliar
Agradecimentos: FAPEMIG / CAPES
1
1Universidade Federal de Lavras- Departamento de Biologia- Setor de Fisiologia Vegetal;
Lavras-MG CEP:37200-000
2Universidade Federal de Alfenas- Instituto de Ciências da Natureza; Alfenas-MG, CEP:
37130-000
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional235
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DE SEMENTES DE MOGNO AFRICANO OBTIDAS
NUM PLANTIO EM BOA VISTA, RORAIMA
Maria da Conceição Rocha ARAÚJO1, Bruna, Santana MORAES1, Christinny Giselly
BACELAR-LIMA2, Aline das Graças SOUZA2, Oscar José SMIDERLE2, Edvan Alves
CHAGAS2, Adamor Barbosa MOTA-FILHO1
A Khaya ivorensis A. Chev (Meliaceae) é uma árvore de madeira nobre, introduzida no Brasil
como espécie alternativa devido à proibição legal da exploração e comercialização do mognobrasileiro, além da suscetibilidade que esta apresenta ao ataque de pragas. A madeira do
mogno-africano tem alto valor comercial pela durabilidade e beleza. Apesar da importância
comercial desta espécie para o aproveitamento da madeira, ainda são escassos os trabalhos
que permitam maior conhecimento sobre a morfologia e biologia de sementes para aplicação
de técnicas que viabilizem a formação de bancos seminíferos na produção de mudas de
mogno. Assim, este trabalho, se propôs caracterizar de forma descritiva os caracteres
morfológicos das sementes de K. ivorensis obtidas de um plantio em Roraima. As sementes
utilizadas para esta caracterização foram coletadas diretamente do solo após dispersão natural
dos frutos e levadas ao laboratório de análise de sementes da Embrapa Roraima. Avaliaram-se
o comprimento, largura e espessura das sementes com auxílio de paquímetro digital e a massa
individual das sementes em balança de precisão. A variabilidade obtida nas medidas
biométricas de sementes de K. ivorensis, é justificada por se tratar de uma espécie florestal
exótica em crescimento em ambiente que apresenta diferentes microclimas o que pode
favorecer ou não o desempenho de espécies não nativas como o mogno africano. As sementes
avaliadas apresentaram em média 21,650 mm ± 2,193 de comprimento, 34,47 mm ± 3,246 de
largura 2,49 mm ± 0,521de espessura, e ocupando volume de 1.865,3 mm3 com massa
individual das sementes de 0,302 g ± 0,096, desconsiderando a forma real. Indicativo da
necessidade de ampliar estudos detalhados para determinar melhor manejo, visando o
desenvolvimento de acordo com a finalidade para sua exploração e obtenção de sementes
uniformes. O conhecimento da biometria das sementes permite planejar o espaço necessário
para a conservação das sementes até a utilização na propagação e produção de novas mudas.
Palavras-chave: Meliaceae, Madeira, Espécie florestal, Biometria, Banco de germoplasma.
Apoio financeiro: CNPq, CAPES, Embrapa Roraima e UFRR
1
Universidade Federal de Roraima-UFRR, Centro de Ciências em Agronomia – CCA,
Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR,
Brasil.
2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima, Pesquisa em Fruticultura,
BR-174, km 8, Distrito Industrial, Cx. Postal 133, CEP: 69.301-970, Boa Vista-RR, Brasil.
*Endereço para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional236
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERIZAÇÃO E VIABILIDADE POLÍNICA ENTRE DIFERENTES
CULTIVARES DE OLIVEIRAS (Olea europaea L.) EXISTENTES EM MINAS
GERAIS
Carolina Ruiz ZAMBON1*, Luiz Fernando de Oliveira da SILVA2, Assis Francisco
Ferreira3, Flávio Gabriel BIANCHINI4, Bianca Elis Cruz SILVA3, Pedro Augusto de
Oliveira SILVA3
O objetivo deste trabalho foi avaliar o número de grãos de pólen por flor e germinação de
grãos de pólen de seis diferentes cultivares de oliveira (Arbequina, MGS ASC322, MGS
GRAP541, MGS GRAP561, MGS MARIENSE e Picual). Para caracterização foram
coletadas cinco flores de cada cultivar, contado o número de anteras de cada flor e retirados
duas anteras, sendo cada conjunto armazenado em Epperdorfs com uma solução de 1.000 µL
de ácido láctico. Após 48 horas realizou-se a contagem do pólen em uma amostra de (1,5 µL)
dessa solução. Para avaliação da germinação o pólen foi germinado in vitro, em meio de
cultura específico contendo 5 g L-1 de Agar, 1,27 mM de Ca(NO3)2. 4H2O, 0,87 mM de
MgSO4 . 7H2O, 0,99 mM de KNO3 e 1,62 mM H3BO a pH 7,0, com concentração de sacarose
de 100 g L-1 , pH 7, aguardando 16 horas para a contagem. Para quantificação do pólen por
antera multiplicou-se a média do número de grãos de pólen de cada amostra pelo volume de
ácido láctico (1.000 µl) e dividiu-se este valor pelo produto entre o volume de ácido láctico da
amostra (10 µl) e o número de anteras de cada tubo (5), para cálculo do pólen por flor
multiplicou-se a média de grãos de pólen por antera pelo número médio de anteras por flor.
No experimento de germinação foi utilizado quatro repetições, sendo cada repetição um
quadrante da placa de Petri e cada repetição foi constituída por cinco campos de visão. Em
todos os experimentos o delineamento experimental foi inteiramente casualizado. Os dados
submetidos à análise de variância, sendo as médias qualitativas avaliadas pelo teste de
comparação de médias Scott & Knott. Durante a avaliação do experimento a cultivar MGS
GRAP541 foi a que apresentou a maior quantidade de grãos de pólen por flor, seguida das
cultivares MGS MARIENSE, Arbequina, Picual, MGS GRAP561 e MGS ASC322. No
experimento de germinação a cultivar MGS GRAP541 foi a que apresentou a maior
quantidade de grãos de pólen por flor, seguida das cultivares MGS MARIENSE, Arbequina,
Picual, MGS GRAP561 e MGS ASC322. Sendo assim conclui-se que com exceção das
cultivares MGS GRAP541 e MGS MARIENSE, as demais produzem pólen com boa
capacidade germinativa podendo ser recomendado como cultivares polinizadoras.
Palavras Chave: Botânica aplicada, Olivicultura, Melhoramento genético.
Créditos de financiamento: Fapemig
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em
Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG,
Brasil. *autor para correspondência: [email protected]. *autor para
correspondência: [email protected]
2 Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Campus Universitário, caixa postal
176, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
3 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduando em Agronomia,
Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil.
4 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional237
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERIZAÇÃO DE ATRIBUTOS FÍSICOS DE FRUTOS DE DIFERENTES
CULTIVARES E SELEÇÕES DE CASTANHEIRO
Pedro Henrique Abreu MOURA1 *, Silvana Catarina Sales BUENO2, Rafael PIO1, João
Pedro Sales BUENO1, Filipe Bittencourt Machado de SOUZA1, Pedro Maranha
PECHE1
O castanheiro pertence à família Fagaceae, gênero Castanea e produz frutos conhecidos como
nozes, que alojam em seu interior, castanhas de alto valor comercial. As castanhas contém
pouca gordura, proteína de alta qualidade (3% da massa total) e são livres de glúten. Também
possuem em sua composição, quantidades razoáveis de vitamina C e potássio, baixo teor de
sódio e cerca de 45 % de amido, além de conter ácidos graxos, que podem variar entre as
espécies e até mesmo entre diferentes cultivares da mesma espécie. Sendo assim, nove
cultivares (‘Taishowase’, ‘Tiodowase’, ‘Tamatsukuri’, ‘Isumo’, ‘Okuni’, ‘Moriwase’,
‘Kinshu’, ‘Senri’ e ‘Ibuki’) e duas seleções (‘KM-2’ e ‘KM-1’) de castanheiros híbridos
(Castanea crenata x Castanea sativa) foram analisadas em São Bento do Sapucaí-SP. Os
parâmetros físicos avaliados foram: massa total da noz contento as castanhas, diâmetro
longitudinal (DL) e diâmetro transversal (DT) da noz e castanha, espessura da porção
mediana das castanhas, relação DL/DT, classificação do formato das castanhas, número total
de castanhas por noz, número médio de castanhas polinizadas e não polinizadas e massa total
e média das castanhas por noz. O delineamento utilizado nas avaliações foi em blocos ao
acaso, com 11 tratamentos (cultivares e seleções de castanheiro), contendo quatro blocos e 20
frutos por parcela. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas
pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. Quanto a biometria dos frutos, a
cultivar Tamatsukuri apresentou maior massa total da noz. Quanto as dimensões das
castanhas, não houve diferença entre os diâmetros e a espessura, no entanto, constatou-se
diferença estatística na relação DL/DT. As cultivares Taishowase, Tiodowase, Kinshu e a
seleção KM-2 apresentaram maiores quantidades de castanhas polinizadas, ao passo que
Isumo, Okuni, Moriwase, Senri e Ibuki apresentaram maiores números de castanhas não
polinizadas. Algumas cultivares apresentaram reduzido número de castanhas dentro da noz,
porém com castanhas de maiores massas, o que indica falta de sincronia no período de
floração.
Palavras-chave: Castanea crenata, Castanea sativa, Qualidade pós-colheita, Produção.
Créditos de financiamentos: FAPEMIG.
1:
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação
em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000,
Lavras-MG, Brasil.
2:
Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral – CATI, Núcleo de Produção de Mudas de São Bento do
Sapucaí, Caixa Postal 22, CEP: 12490-000, São Bento do Sapucaí-SP, Brasil.
*
autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional238
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERIZAÇÃO DA DIVERSIDADE E ESTRUTURA GENÉTICA EM
DIFERENTES GERAÇÕES EM Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
(Araucariaceae)
Roberta Inácia DUARTE1,2*, Caroline CRISTOFOLINI1,2, Willian VIEIRA1, Glauco
SCHÜSSLER1,2, Juliano Zago da SILVA1,2, Adelar MANTOVANI3, Maurício Sedrez
dos REIS1,2
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze é uma espécie nativa do sul do Brasil que se encontra
sob ameaça de extinção, em função das pressões antrópicas relacionadas à exploração
madeireira, à expansão das fronteiras agrícolas e à degradação dos ambientes naturais.
Estudos que envolvam a caracterização da diversidade e da estrutura genética em populações
naturais têm o potencial de fornecer subsídios para conservação da espécie. Nesse contexto,
esse trabalho tem como objetivo caracterizar a diversidade e a estrutura genética em diferentes
gerações em populações de A. angustifolia, visando dar suporte para a elaboração de
estratégias e modelos de conservação e uso da espécie. Foram caracterizados 96 indivíduos
jovens (altura ≤ 3,0 m) e 96 indivíduos adultos (Diâmetro a Altura do Peito ≥ 20 cm) em uma
população da espécie (Campo Belo do Sul- SC), com o uso de cinco marcadores
microssatélites. Foram estimadas as frequências alélicas, os índices de diversidade (número
total de alelos, número médio de alelos efetivos, heterozigozidade observada,
heterozigosidade esperada e índice de fixação) e as estatísticas F de Wright. Foram feitos os
testes de desequilíbrio de ligação e de presença de alelos nulos. Para os cinco locos nos 192
indivíduos foram identificados 53 alelos, indicando alto polimorfismo. A heterozigosidade
esperada foi de 0,619 (adultos) e 0,582 (jovens) e heterozigosidade observada de 0,555
(adultos) e 0,484 (jovens), o que evidencia perda de diversidade da geração de adultos para a
de jovens. As estimativas de Fst (0,001; IC= 0,002- 0,008 a 95%) indicaram inexistência de
diferenciação genética entre as gerações. Em relação à dinâmica do índice de fixação entre
gerações, o Fis foi de 0,104 para os adultos e 0,170 para os jovens, indicando presença de
aumento no potencial de perda de diversidade na população. Os resultados de redução de
diversidade mostram comprometimento da população e refletem a importância da elaboração
de estratégias de conservação e uso da espécie, especialmente aquelas que possam favorecer
fluxo gênico, e em longo prazo possam garantir continuidade da expressão de seu potencial
evolutivo e conservação das populações remanescentes.
Palavras-chave: Pinheiro-brasileiro, Conservação, Diversidade genética, Marcadores
microssatélites.
Agradecimento ao CNPq, CAPES e FAPESC pela concessão das bolsas e financiamento.
1
Universidade Federal de Santa Catarina, Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais, caixa
postal 476, CEP: 88034-001, Florianópolis-SC, Brasil.
2: Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Fitotecnia, Programa de PósGraduação em Recursos Genéticos Vegetais, caixa postal 476, CEP: 88034-001,
Florianópolis-SC, Brasil.
3: Universidade do Estado de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Florestal, Grupo
de Pesquisa Uso e Conservação de Recursos Florestais, CEP:88.520-000, Lages-SC, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional239
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
CARACTERÍSTICAS DO CRESCIMENTO DE CALOS INDUZIDOS
SEGMENTOS FOLIARES Byrsonima verbascifolia (L.) DC. (Malpighiaceae)
EM
Raquel Bezerra CHIAVEGATTO1*, Mayra Gonçalves MARÇAL2, Vânia Helena
TECHIO1, Ana Hortência Fonsêca CASTRO3
Byrsonima verbascifolia, conhecida popularmente por murici-cascudo, é uma espécie do
Cerrado pertencente à família Malpighiaceae, que apresenta propriedades antioxidante e
cicatrizante. Devido à presença de um pirênio indeiscente e de um tegumento extremamente
lignificado B. verbascifolia tem baixa taxa de germinação e a cultura de tecidos é uma técnica
utilizada para a sua propagação. Na embriogênese somática as células somáticas passam por
um processo de desdiferenciação originando uma massa celular denominada calo. O objetivo
desse estudo foi induzir a formação de calos e determinar a curva de crescimento, a fim de
fornecer informações sobre o momento ideal para seleção de células com maior capacidade
embriogênica. Os calos foram induzidos a partir de explantes foliares obtidos de plântulas
com 40 dias de idade, provenientes de embriões germinados in vitro. Segmentos foliares de
aproximadamente 0,25 cm2 de área foram inoculados em tubos de ensaio contendo meio MS,
suplementado com 30 g L-1 de sacarose e acrescidos de 1 mg L-1 de 2,4-D e 1 mg L-1 de BAP.
Os calos foram mantidos na ausência de luz. A curva de crescimento de calos foi obtida a
partir de pesagens do material inoculado fresco e seco, a partir do 10° dia da inoculação, até
ser atingida a fase de declínio, em intervalos de 10 dias. O delineamento experimental
utilizado foi inteiramente casualizado, sendo cada pesagem composta pela média de 12 tubos,
cada tubo contendo um explante. Foram obtidos calos friáveis, cuja curva de crescimento
apresentou cinco fases distintas, lag, exponencial, linear, estacionária e declínio, representada
pela equação de regressão y = 0,2196x - 0,1909. Na curva de crescimento do murici-cascudo,
a fase lag ocorre até o 20° dia após a inoculação; a fase exponencial estendeu-se do 20° ao
50° dias; havendo um declínio entre o 50° ao 60° dia de cultivo. Entre 60° ao 70° dias houve
intensa divisão celular. A fase linear foi observada entre o 70° e o 90° dias e entre o 90° ao
100°dias ocorreu a fase estacionária, com tendência de acúmulo de metabólitos secundários.
A partir do 100° dia, a cultura entrou na fase de declínio, na qual se observa baixa taxa de
nutrientes, secagem do agar e acúmulo de substâncias tóxicas. O conhecimento da curva de
crescimento possibilita gerar subsídios para a seleção de células com maior capacidade
embriogênica. O subcultivo de calos de Byrsonima verbascifolia, poderá ocorrer aos 100 dias,
quando ocorre desaceleração no seu crescimento.
Palavras-chave: Cerrado, Embriogênese somática, Metabólitos secundários, Murici-cascudo.
Créditos de financiamento: CAPES, FAPEMIG.
1
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em
Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000 Lavras-MG,
Brasil.
2
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Laboratório de Citogenética,
Campus Universitário, caixa-postal: 3037, CEP: 37200-000 Lavras- MG – Brasil.
3
Universidade Federal de São João Del-Rei, Campus Centro-Oeste D. Lindu, Programa de
Pós-Graduação em Biotecnologia, CEP: 35501-296, Divinópolis-MG, Brasil.
* autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional240
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS ESTOMÁTICAS DE DIFERENTES
FOLÍOLOS DE Tabebuia roseo-alba (RIDL.) SAND. (BIGNONIACEAE)
Gabriel Resende Naves SILVA1*, Marinês Ferreira PIRES1, Katiúscia Freire de
SOUZA1, Luciana da SILVA1, Fabricio José PEREIRA1
A avaliação das características anatômicas de folhas compostas trifolioladas, como as
encontradas em Tabebuia roseo-alba, torna-se difícil em decorrência de possíveis variações
estruturais entre os folíolos. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi verificar possíveis
modificações nas características estomáticas dos folíolos de T. roseo-alba e a sua relação com
a amostragem dessas características nas folhas. Foram coletadas folhas completamente
expandidas na parte mais externa da copa de 3 plantas de T. roseo-alba sendo amostradas uma
folha para cada ponto cardeal em três diferentes alturas da copa (ápice, meio, base),
totalizando 12 folhas por indivíduo. As amostras foram fixadas e armazenadas em etanol 70%
sendo, posteriormente, realizadas impressões da epiderme foliar utilizando adesivo à base de
éster de cianoacrilato. O adesivo foi aplicado na superfície abaxial de cada folíolo e seco em
estufa por 20 minutos, em seguida a película foi retirada e montada em lâmina e lamínula com
glicerol 50%. As lâminas foram fotografadas utilizando microscópio trinocular com sistema
de captura de imagens. As análises foram realizadas em software de análise de imagens
UTHSCSA-Imagetool sendo avaliadas: a densidade, diâmetros polar e equatorial e
funcionalidade dos estômatos. Foram produzidas uma lâmina por folíolo e avaliado um
campo por lâmina para cada característica. O delineamento foi inteiramente casualizado com
três tratamentos e 36 repetições com parcela experimental de um folíolo. Os dados foram
submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott para
p<0,05. Não ocorreram modificações significativas para o diâmetro polar (Fc=0,4 e p=0,64)
com média de 25,64 µm, bem como para o diâmetro equatorial (Fc=1,7 e p=0,18)
demonstrando média de 20,84 µm em função dos diferentes folíolos. A funcionalidade
estomática também não apresenta diferença entre os folíolos (Fc=1,02 e p=0,36) sendo a
média equivalente a 1,24. A densidade estomática não foi modificada pelos diferentes folíolos
(Fc=0,9 e p=0,39) com média de 170 estômatos por mm2. Os resultados demonstram que não
há diferenças para as características estomáticas entre os folíolos de folhas trifolioladas de T.
roseo-alba podendo-se amostrá-los aleatoriamente para avaliações anatômicas. Portanto, as
características estomáticas de folhas compostas de T. roseo-alba não são influenciadas pelos
diferentes folíolos.
Palavras-chave: Anatomia foliar,
quantitativa, Botânica aplicada.
Plasticidade
morfológica,
Epiderme,
Anatomia
Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES e CNPq.
1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação
em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, LavrasMG, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional241
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
POSSIBILIDADE DE ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE DIFERENTES
ESPÉCIES FLORESTAIS AMAZÔNICAS DE INTERESSE ECONÔMICO
Isolde Dorothea Kossmann Ferraz1*; Geângelo Petene CALVI1; Izis Aniê de Paiva
CÂNCIO²; Valdiek da Silva MENEZES²; Fernanda Barbosa BARROS2; Suzana Helen
da Silva MEDEIROS2
O armazenamento de sementes a longo prazo depende de algumas características fisiológicas,
das quais, a tolerância ao dessecamento é a mais importante. Este trabalho visa classificar
para fins de armazenamento, as sementes de vinte espécies florestais em tolerantes ou
sensíveis ao dessecamento. A seleção das espécies foi baseada no seu potencial econômico na
região amazônica, seja por produtos madeireiros ou produtos florestais não-madeireiros. As
espécies selecionadas foram: Amanoa gracillima, Bombacopsis nervosa, Couma ultilis,
Couratari longipedicellata, Dulacia guianensis, Enterolobium schomburgkii, Eschweilera
romeu-cardosoi, Eugenia
longiracemosa, Geissospermum urceolatum, Glycydendrum
amazonicum, Inga cinnamomea, Maquira sclerophylla, Micropholis cylindrocarpa, Ocotea
aff. cujumary, Ocotea cinera, Pouteria minima, Pouteria torta, Protium gallosum, Protium
nitidifolium e Swartzia tessmannii. Após a coleta de frutos e sementes, o beneficiamento foi
realizado manualmente conforme o tipo de fruto; e o lote foi dividido em três tratamentos. No
primeiro, sementes recém beneficiadas foram semeadas no viveiro em caixas plásticas
contendo vermiculita. No segundo, foram mantidas em câmara a 15 ºC em sacos de plástico
com vermiculita seca em igual proporção à massa das sementes. No terceiro tratamento, as
sementes foram dessecadas sobre ventilador e sílica gel a 25 ºC até teor de água abaixo de
10%. O segundo e terceiro tratamento foram semeados ao mesmo tempo, nas condições do
primeiro. Em cada tratamento o teor de água foi determinado antes da semeadura em estufa a
105 ºC. A análise foi descritiva e, sementes que germinaram no primeiro e segundo
tratamento foram consideradas recalcitrantes e ortodoxas as que germinaram após a secagem.
Sementes de seis espécies apresentaram germinação após o dessecamento e podem ser
classificadas como tolerantes ao dessecamento (ortodoxas): Amanoa gracillima, Bombacopsis
nervosa, Couma utilis, Couratari longipedicellata, Enterolobium schomburgkii e
Glycydendrum amazonicum. As sementes das demais 14 espécies apresentaram somente
germinação antes do dessecamento e no segundo tratamento e podem ser classificadas como
sensíveis ao dessecamento (recalcitrantes). Desta forma, somente 30% das espécies estudas
possuem possibilidade de armazenamento a longo prazo. Este trabalho reforça os resultados já
conhecidos da alta participação das sementes recalcitrantes em regiões tropicais e acrescenta
espécies até então não classificadas.
Palavras chaves: Semente ortodoxa, Semente recalcitrante, Germinação, Armazenamento.
Apoio financeiro do CNPq, CAPES e FAPEAM
1
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, Coordenação de Biodiversidade,
Programa de Pós-Graduação em Ciências de Florestas Tropicais, Caixa Postal 2223, CEP:
69080-9710, Manaus-AM, Brasil.
2
Graduando Engenharia Florestal, Universidade Federal do Amazonas, Bolsista
PIBIC/INPA/FAPEAM
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional242
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ARQUIVO X: QUIMERA GÊNICA TRANSCRITA EM PLANTA DO CLADO X DA
FAMÍLIA SAPINDACEAE, O GUARANAZEIRO
Paula Cristina da Silva ANGELO1*, Ana Yamaguishi CIAMPI2, Gilvan Ferreira SILVA1,
Jorge Ivan Rebelo PORTO3, Spartaco ASTOLFI-FILHO4, André Luiz ATROCH1
O guaranazeiro [Paullinia cupana (Kunth) var. sorbilis (Mart.) Ducke] tem 210 cromossomas
e é um alopoliplóide, incluído no clado X/tribo Paulliniae, da família Sapindaceae. Dez loci
de microssatélites foram testados e validados quanto à amplificação, polimorfismo e
reprodutibilidade para a distinção de cultivares desta espécie. Um destes loci, o GRN07,
comporta um bloco de repetições (TA)16 surpreendentemente inserido entre duas ORFs, no
contig 660 do banco de ESTs de frutos com sementes do guaranazeiro
(https://helix.biomol.unb.br/GR/). A primeira das duas ORFs codifica um polipeptídeo
deduzido com 180 aminoácidos e é homóloga a MOTHER OF FLOWERING LOCUS T AND
TFL1 (MFT) em Fragaria vesca, com E-value igual a 2 x 10-89. O transcrito deste MFT é
completo: tem região 5’ não traduzida (5’-UTR), quatro possíveis exons, motivos
conservados e aminoácidos essenciais para a atividade da proteína preservados em posições
comparáveis às do homólogo em Arabidopsis thaliana. A proteína mft é um fator de
transcrição expresso em sementes que pode interferir com o tempo necessário para a
germinação. Na região 3’-UTR de MFT está o bloco de repetições (TA). Esta região não
traduzida funde-se, em algum ponto, com um intron do gene FLOWERING LOCUS T (FT OU
FLT), porque a segunda ORF do mesmo contig 660 codifica um peptídeo deduzido com 80
aminoácidos e é homólogoa ao quarto e último exon do gene FT em A. thaliana (E-value = 9 x
10-40). Ft faz parte do complexo de transcrição que integra os fatores determinantes do tempo
necessário para o florescimento. Em A. thaliana, o primeiro e o quarto exons do MFT e do
FT, respectivamente, apresentam mais de 50% de nucleotídeos idênticos em sentidos de
leitura contrários e os genes estão, ambos, localizados no cromossoma 1. A identidade, além
de elementos repetitivos presentes nos exons e introns e de motivos conservados na região
traduzida parecem ter sido preservados no guaranazeiro, porque a primeira (MFT) e a segunda
(FT) ORFs têm 27% de identidade. Isto pode ter contribuído para um alinhamento defectivo
entre dois dos muitos cromossomas homólogos e/ou homeólogos em que estão localizados os
genes MFT e FT no guaranazeiro. A recombinação desigual entre os dois genes, com a perda
dos sites de splicing pode ter causado a formação da quimera em que parte do intron de FT foi
preservada no transcrito maduro quimérico representado no contig 660.
Palavras-chave: Paullinia
Florescimento, Germinação.
cupana
var.
sorbilis,
Floresta
Amazônica,
Guaraná,
Financiamento: FAPEAM (projeto 924/03) e Embrapa (projeto no. 02.02.4.03.00.00).
1
Pesquisadores Doutores, Embrapa Amazônia Ocidental, Rod. AM 010, km 29, s/no, CP 319.
CEP: 69010-970, Manaus - AM, Brasil.
2
Pesquisadora Doutora, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação
Biológica - PqEB - Av. W5 Norte (final). CP 02372. CEP: 70770-917, Brasília - DF, Brasil.
3
Pesquisador Doutor, INPA/NAPPA-Santarém, Rua 24 de outubro, 3389 - Salé. CEP: 68040010. Santarém - PA, Brasil.
4
Professor Doutor, Programa PPGBIOTEC, Centro de Apoio Multidisciplinar - CAM,
UFAM, Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I. CEP: 69077-000, Manaus - AM,
Brasil.
*[email protected] - autora para correspondência
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional243
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ANÁLISE FITOQUÍMICA DOS EXTRATOS CLOROFÓRMICO E ACETATO DE
ETILA DE Rhynchanthera grandiflora (AUBL.) DC. (Melastomataceae)
Ramoni Mafra de LIMA1*, Dayse Pereira SANT’ANA1, Thaylanna Cavalcante
CORREIA1, Priscilla Rarimmy Lopes PEREIRA1, Andréia Nascimento da
CONCEIÇÃO1, Habdel Nasser Rocha da COSTA2, Marcos José Salgado VITAL3,
Albanita de Jesus Rodrigues da SILVA4
Os produtos naturais são formas alternativas extremamente viáveis, uma vez que sempre
foram importantes para o conhecimento de novas drogas, sendo assim tal projeto tem como
objetivo realizar a análise fitoquímica de partes aéreas de Rhynchanthera grandiflora (Aubl.)
DC, pertencente à família Melastomataceae, com o fim de extrair substâncias de média
polaridade, utilizando o método clássico cromatográfico em coluna e identificar os
metabólitos secundários empregando-se o método Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
acoplada a Espectrômetro de Massas. As populações de R. grandiflora foram demarcadas
aleatoriamente com auxílio de GPS, as amostras foram coletadas, dentro da área experimental
do PPBio (Projeto de Pesquisa em Biodiversidade) situado no Campus Cauamé, em Boa
Vista, Roraima. Após as coletas houve a higienização do material em água corrente, secagem
e pesagem. Após tais procedimentos o material botânico foi triturado, submetido ao processo
de maceração com etanol, passando por um período de dez dias. Foi realizado o processo de
screening fitoquímico, particionados com solventes orgânicos em polaridade crescente.
Quanto ao processo cromatográfico em coluna, utilizou-se como fase estacionária sílica gel
60-7734 (partículas como 0, 063-0,2 mm; 70-230 mesh), tendo como suporte colunas de vidro
cilíndricas, com dimensões variando conforme a quantidade de amostra a ser cromatografada.
O monitoramento das frações foi realizado em cromatografia de camada delgada comparativa
(CCDC); sendo utilizadas placas de vidro com dimensões de 5 x 20, 20 x 20 cm, preparadas
em suspensão de sílica gel PF254 7749, em água. As substâncias foram evidenciadas em
processo de radiação ultravioleta, sob o comprimento de onda de 254 a 366 nm. As fases
clorofórmica e acetato de etila foram submetidas à avaliação química referentes à presença de
compostos orgânicos pelo método de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Foi detectado
o perfil fitoquímico de R. grandiflora, evidenciando flavonóis, sendo mais freqüente a
ocorrência de flavonóides glicosilados; ainda foram identificados os registros de taninos e
terpenos; não foi evidenciado alcalóides; o que confirma as características quimiotaxonômicas
da família Melastomateceae. Foram evidenciadas substâncias como catequina, trímero de
catequina, miricetina – 3 –(-O- galoil) – hexose).
Palavras-chave: Produtos naturais, Cromatografia, Flavonóides.
Fomento: Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal de Roraima.
1
Universidade Federal de Roraima, Centro de Estudos da Biodiversidade, Campus Paricarana,
Laboratório de Substâncias Bioativas, Sala 215, CEP: 69304-000, Boa Vista-RR, Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
2
Prof. Dr. Associado do Departamendo de Química da Universidade Federal de Roraima,
colaborador.
3
Prof. Dr. Associado ao Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais da Universidade
Federal de Roraima, colaborador.
4
Profra. Dra. Associada ao Centro de Estudos da Biodiversidade da Universidade Federal de
Roraima, orientadora.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional244
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ANÁLISE DO MICROAMBIENTE E PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DE
POPULAÇÕES
DE
Rhynchanthera
grandiflora
(AUBL.)
DC.
(MELASTOMATACEAE)
Dayse Pereira SANT’ANA1*, Ramoni Mafra de LIMA1, Thaylanna Cavalcante
CORREIA1, Andréia Nascimento da CONCEIÇÃO1, Priscilla Rarimmy Lopes
PEREIRA1, Abdel Nasser Rocha da COSTA2, Albanita de Jesus Rodrigues da SILVA3
Os metabólitos secundários produzidos pelas plantas constituem o resultado das variações
ambientais e são vistos como uma importante ferramenta evolutiva. Registros da literatura
indicam que as populações respondem às influências externas tais como interações de pragas,
nutrientes, pH do solo, índice pluviométrico, temperatura e ritmo circadiano. A família
Melastomataceae possui distribuição pantropical e as espécies do gênero Rhynchanthera
(AUBL.) DC. são encontradas nos trópicos, principalmente em ambientes palustres. O
objetivo deste estudo foi observar a interferência dos fatores ambientais em relação aos
metabólitos secundários, bem como a análise física do solo de populações de R. grandiflora.
Foram realizadas coletas, tomadas dos dados do microclima quanto à temperatura e umidade
do ar, radiação UV, medição da temperatura do solo e coleta do mesmo para análise do pH,
umidade atual, porosidade e densidade do solo e da partícula, durante o período seco e
chuvoso. As coletas foram realizadas no Campus do Cauamé e no PARNA VIRUÁ (Parque
Nacional do Viruá). Com base na análise dos dados do PARNA VIRUÁ, observou-se que o
pH do solo apresentou médias de 4,47 no período chuvoso caracterizando um solo fortemente
ácido, a umidade do ar foi de 71,2% (chuvoso) e 66% (seco), a radiação UV foi de 1220 Lux
(chuvoso) e 1710 Lux (seco) que correspondem as expectativas em relação aos períodos de
coleta. Para as coletas realizadas no Campus Cauamé o pH do solo apresentou médias de 4,99
no período chuvoso e 5,00 no período seco caracterizando um solo também fortemente ácido,
a umidade do ar apresentou valores de 75% (chuvoso) e 44% (seco), a radiação UV foi de
1809 lux (chuvoso) e 1265 lux (seco). Após o acompanhamento dos dados ambientais foram
realizados testes de prospecção fitoquímica para flavonóides, taninos e
esteróides/triterpenoides a partir do extrato bruto etanólico, segundo Matos (1997) com
modificações. Os resultados indicam que tanto em período seco quanto chuvoso os
flavonóides são intensamente produzidos nos dois locais de coleta, os taninos mais
representativos são os hidrolisáveis, mas há presença de taninos condensados, porém mais
fracamente. Quanto aos esteróides os resultados foram negativos para os dois períodos só
estando presentes os triterpenoides e de maneira fracamente positivos em período seco e
somente em indivíduos coletados no Cauamé.
Palavras-chave: Microclima, Compostos secundários, Savana.
Créditos de financiamento: Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal de
Roraima
1
Universidade Federal de Roraima, Centro de Estudos da Biodiversidade, Campus Paricarana,
CEP: 69304-000, Boa Vista-RR, Brasil.
*
autor para correspondência: [email protected]
2
Prof. Dr. da Universidade Federal de Roraima, Departamento de Química.
3
Prof.(a) Dr.(a) em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, Laboratório de Substâncias
Bioativas, Centro de Estudos da Biodiversidade,Universidade Federal de Roraima.
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional245
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.
ANÁLISE DE CLOROFILAS EM PLANTAS DE ALPÍNIA MICROPROPAGADAS
SOB DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE BAP E ÁGAR
Deyse Cristina Oliveira DA SILVA1*, Jeysse Kelly Carvalho DE ANDRADE1, Patrícia
dos Santos MENDES1, Cássia Rejane DO NASCIMENTO1, Luana dos Santos SILVA2,
Marcio Akira COUCEIRO2
A demanda, cada vez maior, dos consumidores por novas plantas ornamentais pode ser
satisfeita, em parte, pelo mercado de plantas tropicais. Dentre estas plantas destaca-se a
alpínia [Alpinia purpurata K. Schum (Zingiberaceae)] que está sendo bastante cultivada no
Brasil, em virtude de sua capacidade de produção de flores. A espécie é convencionalmente
propagada vegetativamente, por técnicas que utilizam segmentos de rizomas, porém, a
multiplicação em larga escala por meio de estacas é muito lenta. Por esta razão, a
micropropagação in vitro deve ser considerada para a espécie. A clorofila é um importante
pigmento encontrado em concentrações elevadas em cloroplastos, o que a torna vital para a
eficiência fotossintética das plantas. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo
avaliar os efeitos de diferentes doses de BAP e da adição de ágar suplementados ao meio de
cultura na quantidade de clorofila a e b em plantas de alpínia micropropagadas. O
experimento foi conduzido com plântulas de alpínia provenientes da quarta fase de subcultivo
em meio MS, suplementado com 30 g L-1 de sacarose e 100 mg L-1 de inositol. O
delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 5X2,
consistindo de cinco concentrações de BAP (0, 1, 2, 3 e 4 mg L-1) e na ausência e presença de
ágar, na quantidade de 7 g L-1 (meio líquido e meio gelatinoso, respectivamente). Para cada
tratamento foram utilizadas 18 repetições, sendo cada unidade experimental constituída por
um frasco, com 30 ml de meio de cultura (meio MS, sem adição de fitorreguladores), com três
plântulas. A análise estatística foi realizada através do programa ASSISTAT, com médias
obtidas pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade. Após 45 dias de cultivo, as plântulas
foram retiradas dos frascos e com o auxílio de um Medidor Eletrônico do Teor de Clorofila
(Falker) foi medido o teor de clorofila das plântulas e com esses dados, foi constatado que a
adição de ágar ao meio de cultura não ocasionou diferenças significativas no teor de clorofila
a e b das plantas de alpínia, sendo que os maiores teores de clorofila a e b ocorreram com o
tratamento testemunha, seguido da concentração de 3 mg L-1 de BAP. Desta forma, pode-se
concluir que a adição de BAP ao meio de cultura, bem como a diferença entre os meios que
continham ou não ágar, não incrementaram, em quantidade, os teores de clorofila a e b das
plântulas de alpínia.
Palavras-chave: Alpinia purpurata, Clorofilometro, in vitro, Micropropagação.
1
Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia/EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista,
RR – Brasil.
2
Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa
Vista, RR – Brasil.
*autor para correspondência: [email protected]
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional246
de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.

Documentos relacionados