arte en españa
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P TURESPAÑA Madrid Madrid Espanha Espanha MINISTERIO DE INDUSTRIA,TURISMO Y COMERCIO S U M Á R I O Introdução 1 Itinerários pela cidade 8 Arte e cultura 34 Itinerários pela comunidade 38 Lazer e espectáculos 46 Três Cidades Património a uma hora de Madrid 52 Dados de interesse 56 Introdução O TERRITÓRIO Majestosa e galante, a Porta de Alcalá, desenhada pelo arquitecto Sabatini no Século das Luzes, não só é o símbolo de Madrid que se abre de par em par perante o mundo, mas também constitui a mais genuína Porta de Espanha para milhões de visitantes de todo o planeta. Irlanda Reino Unido Dublin Londres Paris França Mar Cantábrico Portugal Madrid Lisboa ESPANHA Oceano Atlântico Mar Mediterrâneo Ceuta Melilla Capa: Cibeles e Puerta de Alcalá 4ª de capa: San Lorenzo de El Escorial Publicado por: © Turespaña Secretaría de Estado de Turismo Texto: Carlos Aganzo / César Hernández Versão Portuguesa: H. Antunes Ferreira Impressão: GRAFOFFSET, S.L. D.L. M-26119-2009 NIPO: 704-09-329-8 Fotografías: Arquivo Turespaña Impresso em Espanha Ministerio de Industria, Turismo y Comercio Grafismo: P&L MARÍN 3ª edição Cinco milhões e meio de pessoas vivem na Comunidade de Madrid, das quais cerca de três milhões na capital. Esta Comunidade está situada mesmo no centro geográfico da Península, e limita-se a Norte pelas terras de Castela e Leão que se estendem pelo Norte até à Cordilheira Cantábrica e pelo Oeste até ao vizinho Portugal. Pelo Sul e o Este, abre-se às planuras de Castela-La Mancha, que conduzem o viajante até às praias do Mediterrâneo. Situada a 646 metros sobre o nível do mar, na Meseta castelhana, Madrid tem no aeroporto de Barajas um dos pontos de encontro mais frequentados por 49 milhões de turistas que todos os anos chegam a Espanha. Sobre a “amêndoa central” da cidade articula-se uma complexa rede ferroviária e de estradas que levam de uma forma cada vez mais rápida a qualquer local do país, assim como aos vizinhos França e Portugal, ou à fronteira marítima com o Norte de África. Rodeada por montanhas e paisagens impressionantes, a região madrilena tem um clima continental suave: Primaveras espectaculares, Verões quentes, Outonos longos, suaves e brilhantes e Invernos não demasiado frios, mas com neve nos cumes próximos, como complemento de lazer e diversões. Puerta de Alcalá HISTÓRIA E PATRIMÓNIO ARTÍSTICO A moderna comunidade que hoje o viajante encontra tem atrás de si uma história relevante que é, sem dúvida, um dos principais motivos para a visita. Madrid, a capital, conheceu povoamentos muito remotos nas margens do rio Manzanares, mas a sua fundação como cidade não tem lugar até à chegada no século IX, de Mohamed I, quinto emir omeia de Córdova. Testemunho daquela época de conquista e esplendor da Espanha muçulmana, existe ainda um resto da muralha árabe, convertida hoje num centro que proporciona, no Verão, zarzuela, teatro e espectáculos ao ar livre. Foi o rei Afonso VI, dois séculos mais tarde, que viria a ganhar a praça para o reino de Castela, tornando-se desde então, com o seu alcácer desaparecido à frente, como um dos bastiões da linha dos reinos cristãos face aos muçulmanos. Em 1110 a fortaleza resiste valorosamente ao cerco doa almorávidas e em 1202 Afonso VIII outorga o Foral de Madrid, com o qual se constitui a “Comunidade de Cidade e Terra”. Em Madrid vivem-se as intrigas pelo reino de Castela, primeiro a favor de Juana la Beltraneja e, depois, de Isabel a Católica: por aqui passam os Comuneiros (partidários contra os carlistas) em tempos de Carlos I da Espanha e V da Alemanha, e aqui se instala a Corte em 1561 com Felipe II, convertendo-se a cidade, simultaneamente, na capital de um império onde nunca o sol se punha: o centro do então mundo “civilizado”. Duas dinastias principais, os Austrias e os Bourbons –que chegam até ao actual João Carlos I–, vivem os seus momentos de luzes e de sombras numa Madrid capital, uma “velha povoação” convertida pelo passar dos anos em cidade real e ilustre. Da autoria dos Austrias é possível visitar hoje a Madrid da Praça Maior ou do Retiro; dos Bourbons, pode admirar-se o Palácio Real, o Museu do Prado, a Cibeles ou a Porta de Alcalá, onde deixou a sua marca o ilustrado Carlos III, chamado “o melhor Presidente da Câmara de Madrid”. E tantas ruas e avenidas carregadas de história. E tantas e tão belas igrejas, sob a tutela da Catedral da Almudena e a igreja de San (Santo) Isidro, testemunho de uma cidade que também foi durante séculos um espelho de espiritualidade para os reinos cristãos. De Madrid, cidade de reis, partem também os caminhos que levam aos Sítios Reais: palácios, palacetes ou pavilhões que os monarcas fizeram construir em locais de sonho e que mantêm intacta a sua grandeza na actualidade. O Mosteiro do Escorial, a poucos quilómetros de Madrid no caminho real até Ávila é, sem dúvida, a verdadeira jóia da coroa; é um monumento impressionante, encravado na montanha, de onde Felipe II dominava o seu mundo inabarcável. Mais galante, Palácio de Aranjuez esplendor a partir dos finais do século XV, com a fundação da Universidade, até ao século XVII. Berço de Cervantes, o universal autor do Dom Quixote, é uma cidade universitária que deu alguns dos mais altos exemplos da cultura espanhola de todos os tempos, e pertence desde há pouco ao selecto grupo das Cidades Patrimónios da Humanidade, declaradas como tal pela Unesco. É uma justa recompensa ao esforço desta cidade por ter recuperado a sua enorme riqueza patrimonial nos últimos anos. Andando pela província, não se podem deixar de ver algumas jóias como as praças maiores de Chinchón ou de Colmenar de Oreja, ou as inumeráveis povoações madrilenas que, espalhados pela montanha, continuam a manter intacto o seu encanto serrano a pesar da proximidade da capital. encostado às delícias românticas da ribeira do Tejo, o Palácio de Aranjuez pauta o esplendor e o refinamento de uma Corte espanhola que, pela sua prosápia, sempre foi uma referência na Europa. Edificado sobre os prédios de um amplo território de caça nas imediações da capital, o Palácio do Pardo foi o centro do poder na Espanha de Franco e hoje, além de um monumento visitado por milhares de turistas, é utilizado como residência para ilustres mandatários estrangeiros, próximo do Palácio da Zarzuela, onde vive o Rei Dom João Carlos I, e do Palácio da Moncloa, residência do Presidente do Governo. Uma escapada à parte merece, sem dúvida, Alcalá de Henares, cidade que viveu o seu máximo PATRIMÓNIO NATURAL Se Madrid, a cidade, é o centro indiscutível administrativo e de negócios da Espanha, com o seu núcleo principal em Azca, em volta da Castelhana, e a sua cintura industrial ao Sul, não é menos certo que Madrid, a região, é um verdadeiro paraíso ecológico, com impressionantes zonas naturais, e com uma agricultura pujante que nos últimos anos desenvolveu vários La Pedriza 4 Lagoa de Peñalara inumeráveis e o que oferecem – caminhada por trilhos, montanhismo, percursos de bicicleta, a cavalo... – é muito variado. O anfiteatro e a Lagoa de Peñalara têm a beleza tranquila da alta montanha; o ar puríssimo e o verde competem com as formas caprichosas das pedras e os brilhos das águas. O mesmo sucede no local de La Pedriza, onde nos arredores do rio Manzanares se descobrem alguns rincões de sonho. Para os amantes das árvores, o Hayedo (Faial) de Montejo, tal como o Vale de la Fuenfría ou a Mata de la Herrería, proporcionam todos os Outonos uma impressionante sinfonia de cores. O que é difícil é entender Madrid Cidade e Corte sem lembrar as zonas naturais que a rodeiam. produtos gastronómicos com a sua determinação de origem. Se Madrid é a capital institucional onde se encontra o Parlamento, o Governo e o Rei, não é menos certo que a cidade é a capital mais verde da Europa, com os dois pulmões magníficos que são os Jardins do Bom Retiro e a Casa de Campo, como arranque para uma longa lista de parques e jardins... A um tiro de pedra dos grandes monumentos e das populosas avenidas urbanas, a comunidade de Madrid proporciona paisagens privilegiadas que, com uma protecção cada vez maior, converteram esta região espanhola numa das mais ecológicas da Europa. As rotas verdes pela comunidade são 5 o seu museu vivo na Praça Maior. Paralelamente ao Teatro Real ou ao Auditório Nacional, por onde passam os melhores espectáculos líricos e as melhores orquestras do Mundo, em Madrid há um sem número de locais de música ao vivo, onde o jazz, o folk e os blues, para não falar do flamenco, alternam para proporcionar a melodia nocturna de uma cidade que vive nos festivais de Outono, entre outros, o seu esplendor cultural absoluto, com a música e o teatro como protagonistas principais. Pelas mesmas ruas por onde andaram Cervantes e Quevedo, circulam hoje os mais importantes escritores de língua espanhola do momento, que se podem encontrar em algum café ou num acto cultural... MADRID ESSENCIAL Através de diferentes percursos, e sempre com o estímulo da proximidade de tabernas, restaurantes, cafés e tertúlias, dos muitos que ainda por lá existem, Madrid é uma cidade que permite admirar o esplendor do seu passado sem esquecer as comodidades do presente. Madrid é a sua história, certamente, mas sobretudo Madrid é hoje, nos princípios do século XXI, uma cidade viva e intensa. Uma cidade buliçosa, cenário constante da arte e da cultura de todo o Mundo. Ao lado do “Passeio da Arte”, do Museu do Prado ao Rainha Sofia, passando pelo Thyssen-Bornemisza, onde se encontram das melhores colecções do Mundo, os pintores de rua têm também Ainda por cima de isso tudo, dos seus monumentos, dos seus jardins, da sua cultura, o encanto principal de Madrid está, sobretudo, na própria Madrid, quer dizer, na cidade e nas suas gentes. Inúmeros testemunhos da Madrid castiça, dos seus locais de vizinhos, das suas estampas de água, caramelos e aguardentes, convivem com uma urbe fácil de transitar pelas suas grandes avenidas, os seus bulevares e os seus centros comerciais. As festas do patrono Santo Isidro, um santo lavrador, que de acordo com Gómez de la Serna, “convida a rosquinhas (doces)” pelo mês de Maio, são a melhor oportunidade para descobrir a Madrid castiça, incluindo a sua famosa feira tauromáquica. Festas de Santo Isidro É uma cidade que não descansa nem de noite nem de dia. Uma cidade onde se fala e ri. Onde se vive depressa, mas sempre procurando um instante de convívio, de conversas, de expansão... O carácter aberto e comunicativo das suas gentes é o melhor cartão de apresentação de uma cidade cosmopolita onde ninguém é estrangeiro e onde se tem a sensação, pouco depois de andar nas suas ruas, de lá ter vivido toda a sua vida, ou ter encontrado aqui o seu lugar no Mundo. De Madrid, diz o ditado, “ao céu”. E replica o castiço: e um “buraquinho para o ver”. “Chulos e manolas” (habitantes típicos da capital), eles de “parpusa” – a boina tradicional madrilena – e adornadas elas com um cravo aberto no cabelo, protagonizam uma festa matizada e de multidões em redor da ermida e do enorme largo de Santo Isidro, onde se instalam verbenas, vendedores ambulantes e barracas de comes e bebes, com o sabor popular de outros tempos. Esplanada em Madrid Madrid é uma cidade de explanadas no Verão e de tascas e ricas comidas no Inverno. 6 7 Calle Las Fuente s Ca lle Hi ler as dad ores Bor lle sta o e P Plaza San Miguel LE Call Calle Zaragoza de ent o Palacio de Calle Lechuga Santa Cruz O itinerário leva-nos até ao conjunto urbano de Puerta Cerrada. Aqui terminava, sobre o antigo barranco que hoje é ocupado pela rua de Segovia, o traçado da Madrid medieval. cio Nun Ba ja afa l del Gr Calle endro Alm alle C Ca va Calle e ll Ca de Sa n Plaza Granado illa nd Plaza de do La Paja Re Pedro ía Mo rer Calle Prín cipe de Anglon a Cost. C Calle Ca lle 1 Praça Maior 2 Mercado de São Miguel 3 Arco de Cuchilleros 4 Basílica de São Miguel 5 Convento das Jerónimas do Corpus Christi 6 Praça da Villa 7 Torre dos Lujanes 8 Casa de Cisneros 9 Casa da Villa 10 Palácio de Abrantes 11 Palácio dos Duques de Uceda ou Palácio de los Consejos Praça Maior Jerónima e Call pción ce Con Toledo e all CALLE s Jardines de Las Vistillas Plaza Puerta Cerrada Segovia Calle Duque de Rivas Plaza S del Cordón acram Plaza Cruz Verde Plaza Provincia Calle sa Pa Plaza Conde de Barajas Calle Cuchillero la lle Segovia al s CAL Viaducto Calle Alamillo Aren MAYOR o Plaza Biombo Ca Calle e Ca Nicolás Plaza Herradorres ag C. T ravie sa C. D de N uque ájera San nti Call Calle Calle Sa Indepe ndenci a lle alinata lle nión La U BAILÉN Ca Plaza Santiago C a sc Calle E Calle Muralla Nove portas abrem esta praça levantada sobre a sua arcaria, prenhe de lojas e veladores, onde os pintores de rua dão a pauta da Madrid boémia e esfuziante que se desenvolve à sua volta. Pela rua de Ciudad Rodrigo chega-se ao airoso Mercado de São Miguel (2), e baixando pelo antigo fosso de São Miguel atinge-se o Arco de Cuchileros (3), de cujas escadas exteriores o pequeno púlpito e as Covas de Luis Candelas falam daquela Madrid romântica dos séculos XVIII e XIX, em que os reis se cruzavam por estas ruas com peraltas e bandoleiros. tía Amnis PALACIO Factor Mercado secular e cenário “teatral” da vida de Madrid, onde tiveram lugar autos de fé, pregões, corridas de toiros e festas, a Praça Maior (1) pode ser o ponto de reunião e de partida para empreender qualquer itinerário pela cidade. “Pátio das Espanhas” como a definiu o escritor Gómez de la Serna, dela disse Alexandre Dumas pai que tinha “a abóbada mais bela e melhor pintada” de quantos teatros tinha conhecido: o céu de Madrid. A Praça Maior foi inaugurada em 1620 e, Plaza de la Armería lle Da Praça Maior à Catedral da Almudena Plaza Ramales Ca Itinerários pela cidade desde então, constitui o símbolo por excelência da Madrid dos Austrias, com os belos frescos da Casa de la Panaderia e a estátua equestre de Felipe III como aspectos mais salientes. Calle 12 Convento do Santíssimo Sacramento 13 Parque del Emir Mohamed I 14 Catedral da Almudena Co leg iata Praça da Villa Catedral da Almudena da arte mudéjar do século XV em Madrid, esteve preso o rei francês Francisco I, depois de ter sido derrotado em Pavia pelo imperador Carlos V; na sede da que foi uma antiga hemeroteca municipal está hoje instalada a Academia de Ciências Morais e Políticas. Unidas por uma estreita passagem elevada, a Casa de Cisneros (8) e a Casa da Villa (9) balizam a praça. Por San Justo chegamos aos pés da original fachada curva da basílica de São Miguel (4). A rua de Puñonrostro leva à praça do Conde de Miranda, onde se encontra o convento de clausura das Jerónimas do Corpus Christi (5), mais conhecidas como as Carboneras, em cuja capela maior existe uma esplêndida “ceia” de Vicente Carducho. Por intermédio da roda giratória da sua porta podem comprar-se uns doces deliciosos. Pela Rua Maior abaixo, à direita levanta-se o Palácio de Abrantes (10), sede do Instituto Italiano de Cultura, Dali, a curva da rua do Codo dá para a outra “praça maior” de Madrid, a Praça da Villa (6), em cujo centro a estátua de Don Álvaro de Bazán, grande almirante de Felipe II, continua a presidir à vida pública da capital. Na Torre dos Lujanes (7), o edifício civil mais antigo da cidade e um raro exemplar Casa de Cisneros 10 Atravessando a rua de Bailén, Madrid quase se debruça sobre o Manzanares, do Parque del Emir Mohamed I (13). Ali encontramos restos da Muralha Árabe de Maherit, a cidade que foi fundada pelo quinto emir omeia de Córdova, e local actual de realização de espectáculos ao ar livre no Verão. Em frente ao parque encontra-se o acesso à cripta neo gótica da Catedral da Almudena (14), projectada pelo Marquês de Cubas em 1879; sobre ela, o resto do templo que foi concluído por Fernando Chueca Goitia, nos finais do século XX: uma catedral absolutamente contemporânea que se ergue sobre o solar mais primitivo da história de Madrid. do século XVII, que foi a embaixada da Itália e, durante a guerra civil espanhola, quartel dos batalhões italianos das Brigadas Internacionais. No lado oposto, o Palácio dos Duques de Uceda ou Palácio de los Consejos (11), acolhe hoje a Capitania Geral de Madrid; o edifício foi erigido pelo valido de Felipe III, Cristóbal Gómez de Sandoval, filho do Duque de Lerma, que foi quem juntou ao palácio o convento do Santíssimo Sacramento (12), com o intenção de criar um conjunto que rivalizasse com o formado pelo Alcácer e o convento da Encarnación de los Reyes. Em frente à igreja, um monumento recorda as vítimas do atentado contra o rei Afonso XIII, neste mesmo lugar, a 31 de Maio de 1906. 11 CALLE 15 16 17 18 Diante do palácio, no outro extremo da praça, encontra-se o Teatro Real (17), ressuscitado como teatro lírico em 1997, onde se recuperou hoje o esplendor da ópera vivido em tempos de Isabel II, no século XIX. No lado norte da praça, situa-se o Real Mosteiro de la Encarnación (18), complemento religioso do Palácio Real. 19 20 21 22 23 24 25 Hil Bor Calle dad ore s Ca Zaraglle oza Plaza Provincia Palacio de Santa Cruz Calle del Ba rco Sa lud de Correos Call eB olsa Palácio Real Praça do Oriente Teatro Real Real Mosteiro de la Encarnación Senado Palácio do Marquês de Grimaldi Convento das Reparadoras Praça de Isabel II Mosteiro das Descalzas Reales Igreja de São Ginés Puerta del Sol O relicário onde em cada dia 27 de Julho acontece o “milagre” da liquefacção do sangue de San Pantaleón, é, sem dúvida, o seu lugar mais popular, mas a portaria, o Salão dos Reis e o claustro, além das 13 era s era Co lle Ca Plaza Conde de Barajas Tet uá n los de st. nto Ca lle Ángeles Sa nto Cu es ta me s sta Antigua Casa Po Carretas cra MAYOR Calle Sa SOL SOL lle Ca Plaza Mayor e nal en lle sa la Pa Ca Plaza de San Miguel os E CALLPlaza de Ayuntamiento la Villa de Calle Catedral de la Almudena Plaza Herradores Call Are Plaza del Carmen rm Ca Plaza de la Armería i ad e alinata rg Ve lle Ca Plaza PALACIO Ramales Ca lle Sa nti ag o Plaza Biombo Plaza de las Descalzas c Pre Call C. Esc Jardines Lepanto ÓPERA da Plaza de San Martín l ta de rie a ar VÍA a Ab BAILÉN go PlazaCalle Jacometrezo CALLAO GRAN minSanto Domingo Plaza Calle del Callao Do lle Ar DesCalle eng año lle Ca e d lle Ca Jardines Cabo Noval Tu Ca A Ca intín lle VÍ lle Ca eras n Ve Calle San Qu N e Call Iglesia de s San Martín co s de Mo nt Bo le l Ca RA Call e os la Jardines de Sabatini G Si lv a nit ga Le SANTO DOMINGO San Calle Ber nar do e Call Plaza Armada Española o ent om j elo N SA eF Call Palácio Real E Factor Com o objectivo de manter uma certa distância entre os reis e as possíveis algazarras populares, foi o irmão de Napoleão, o impopular José I Bonaparte que encomendou o projecto da Praça do Oriente (16). Sobre esboços de Velázquez, que teve a sua casa nesta praça antes da mesma ser reconstruída, foi realizado o rosto da estátua equestre de Felipe IV que preside ao conjunto; na sua execução participou nada menos que Galileu Galilei, que estudou o equilíbrio do cavalo levantado sobre as patas traseiras. CU E AD ST E NT CE I V e Call O Palácio Real (15) de Madrid é o ponto de partida deste percurso. Construído sobre o antigo Alcácer dos Austrias, arrasado em 1734 por um incêndio, combina o seu estilo barroco com a tradição das residências reais espanholas. A escadaria, o Salão do Trono, o Salão das Colunas, a Capela Real, os tapetes ou as pinturas de Mengs, Goya ou Lucas têm o seu complemento, no exterior, com a visita aos Jardins de Sabatini, aos do Campo do Moro e à Praça da Armeria, ou com o espectáculo do render da Guarda Real na porta principal do palácio. O edifício foi desenhado por Filippo Juvara, Juan Bautista Sacchetti e Francisco Sabatini para Felipe V e Fernando VI, os quais não chegaram a ocupá-lo; daqui, sim, reinaram, sem dúvida, Carlos III, Carlos IV, Fernando VII, Isabel II, Afonso XII e Afonso XIII. lle Ca za ia Arr Do Palácio Real à Puerta del Sol (Porta do Sol) eR Call Ca Cal da le rs o Praça do Oriente. Teatro Real Real Mosteiro de la Encarnación colecções de pintura –com obras de Ribera, Carreño Miranda ou Antonio Pereda– e de escultura –com o “Cristo jacente” ou o “Cristo atada à coluna”, de Gregorio Fernández –, têm um extraordinário valor. Centro de Estudos Políticos e Constitucionais. Detrás da Encarnación, e edificado sobre um antigo convento de agostinhos, encontramos o Senado (19) ou Câmara Alta do Parlamento espanhol; nele destacam-se o Salão das Sessões e a Biblioteca. À sua esquerda, o antigo Palácio do Marquês de Grimaldi (20), obra de Sabatini, é hoje o Mosteiro das Descalzas Reales Porta do Sol Através da rua Torija, onde se encontra o convento das Reparadoras (21) –obra de 1782, assinada por Ventura Rodríguez e pensada para acolher o Tribunal da Santa Inquisição– , descemos até à Praça de Isabel II (22) para encontrar uma nova fachada do Teatro Real. Pouco depois, chegamos ao mosteiro das Descalzas Reales (23), outra das jóias religiosas da Coroa espanhola. Fundado no século XVI, o mosteiro é quase uma pequena “crónica da Senado Europa” sob o poder dos Austrias; as capelas que rodeiam o claustro, a espectacular Escada Real, a varanda de onde se assoma a família de Felipe IV ou o Salão das Tapeçarias são demonstrações deste ambiente raro e recolhido onde Tomás Luis de Victoria compôs algumas das suas peças mais sublimes como maestro da Capela Real. permanente da Madrid romântica. A última parte da rua leva ao eterno coração palpitante de Madrid, quilómetro zero das estradas espanholas: a Puerta del Sol (Porta do Sol) (25). Uma moderna estátua equestre de Carlos III fica em frente da antiga Casa de Correos, actual sede da Comunidade de Madrid e protagonista de diversos episódios da história recente da cidade. Após atravessar a rua Arenal, o itinerário passa pela popular igreja de São Ginés (24), reconstruída sucessivamente nos séculos XVII e XIX sobre um antigo templo medieval, incendiado em duas ocasiões. A igreja contém um magnífico Greco, e, no seu exterior, a Passagem de San Ginés, que, com a sua chocolataria e os seus alfarrabistas, é um marco PALÁCIO REAL Rua Bailén Metro: Ópera. www.patrimonionacional.es 15 afa l Mo re r ía O ED lle a uil a An C Tabe alle rnilla s TO L Ca LE CA L Ca ro S es red ino Cas So Pa el Mira el e d pa Am Palom a l s de ol Call DE TOLE D EMBAJADORES O P Glorieta de Embajadores 26 Igreja de Santo Isidro poço milagroso onde o santo salvou o seu filho de morrer afogado, e guarda uma interessante colecção de restos paleontólogos e arqueológicos de Madrid. p ié ete e rer let mb Plaza bu Tri La Corrala lle Ca Ro Calle es dor baja Em DA Calle de RON de lle va Ág La lle lle Ca són Me Ca lle CALLE Ca lle e as Plaza Campillo Mundo Nuevo Curtidores Po de n nto e od s da nero Calle Car iches C. Arn Glorieta Puerta de Toledo Calle Cabeza Calle Calvario z zále Gon elo Juan Calle CO es PUERTA TOLEDO HA Calle e Plaza de Call ienda Cascorro om Enc los San Car lle Ca des a b Plaza A lle nta Ca Oso Cabestreros Sa l de Plaza Vara del Rey EMBAJADORES la zue CIS rial Impe rc Me l e Call rgan e A AN FR o ad e ue d Duq ATO C Plaza Tirso Calle Magdalena de Molina Alba Ca Calatrava iata TIRSO DE MOLINA Ribera gel Án Call N SA VÍA VIA de leg da Humilladero lle o GO jó Calle Ca GRAN las lle Ca de SE C Co LLE Calle ja Ba Alta va va Plaza Ca Ca San Carros Plaza Pedro Humilladero Plaza co Cebada ncis Fra n a LATINA eS ll a Ru C io lle Gr Plaza de lla La Paja Calle BAILÉN IA OV SEG A Plaza Puerta Cerrada Ca i nd sar Ro lle Ca De sc ar RO ga ND s A Pase Igreja de Santo Isidro o do Calle n. No número 2 da Praça de San Andrés, sobre o Palácio dos Condes de Paredes, onde viveu como criado o santo lavrador, encontramos hoje o Museu de Santo Isidro (29), que conserva o CA ent Segovia Re de Muito próximo fica uma das escassas imagens que persistem da Madrid medieval, a igreja de São Pedro el Viejo o el Real (27), edificada por mando de De São Pedro desembocamos na Praça da Paja, onde se encontra a Capela do Bispo (28), exemplar quase único da transição do gótico para o renascimento, erguida em 1518 por Francisco Vargas e Inés de Carvajal. lle Ca Cuesta Da Madrid mais “castiça”, na igreja de Santo Isidro (26), parte esta rota que segue os passos do santo patrono dos madrilenos. O retábulo da Sagrada Família, de Sebastián Herrera, e a capela de Jesús del Gran Poder são algumas das coisas excelentes desta igreja desenhada por Pedro Sánchez à semelhança de Il Gesú de Roma, cuja primeira pedra foi colocada por Felipe IV. Jardines de Las Vistillas RO ND Da igreja de Santo Isidro à Ponte de Toledo Afonso XI sobre a antiga Mesquita da Mouraria. A sua velha torre mudéjar foi reedificada no século XIV. Calle Calle D oc Cortezotor C Relaalle tore s ram Segovia Ca de R lle Cond oma e none s Sac Calle 27 Igreja de São Pedro el Viejo o el Real 28 Capela do Bispo 29 Museu de Santo Isidro 30 São Francisco el Grande 31 Porta de Toledo 32 Ponte de Toledo Capela do Bispo Dali, descendo pela Carrera de São Francisco, o itinerário conduz até São Francisco el Grande (30). A igreja, de dimensões catredalícias, começou a construir-se em 1761 sobre um convento franciscano, pelo qual, segundo a lenda, passou o santo povorello de Assis. Sabatini terminou em 1776 o projecto inicial do frade arquitecto Francisco Cabezas, que tinha algumas dificuldades com a cúpula – a quarta maior do Mundo –. Nesta belíssima igreja exibe-se uma importante colecção de pinturas, com o “San Bernardino” de Goya como expoente. A Gran Via de São Francisco chega até à Porta de Toledo (31), projectada por José Bonaparte. Na mesma praça, o antigo Mercado Central do Porta de Toledo San Francisco el Grande Peixe é hoje o Centro comercial e cultural Mercado Puerta de Toledo. Em direcção ao Manzanares, a rua de Toledo desce, majestosa, até à monumental Ponte de Toledo (32). No centro desta obra, construída por Pedro Ribera no século XVIII, Santo Isidro e sua esposa, Santa Maria de la Cabeza, convidam a continuar o caminho, ao outro lado do rio, até ao largo e a ermida do santo. Museu do Prado pinturas, esculturas, tapeçarias e objectos artísticos, do século XIII até aos finais do século XX. O Passeio da Arte e a Carrera de São Jerónimo A uns metros do Thyssen fica o Congresso dos Deputados (34), uma construção do século XIX de Narciso Pascual e Colomer, de claras ressonâncias renascentistas. O Museu Thyssen-Bornemisza (33), de onde parte um intenso itinerário através das artes plásticas, reúne nos seus três andares uma pinacoteca seleccionada e estável que se enriquece por um intenso trabalho de intercâmbio com os principais museus do Mundo, na forma de exposições temporárias. Conservando intacta a fachada neo clássica do antigo Palácio de Villahermosa, o arquitecto Rafael Moneo transformou em 1992 o edifício num museu moderno que encerra uma das colecções privadas mais importantes do planeta, com mais de 800 Atravessando a Praça das Cortes, e seguindo pela rua do Prado, chega-se ao casarão do Ateneo de Madrid (35), local habitual de acontecimentos Museu Thyssen-Bornemisza 19 Prim Infa ntas Rein a Red de V ÍA San Luis Caballero de G racia Calle Jardines e e Call Dr. Cor tezo C. R elato res e la o ado Calle María Av e t ue uq Fo Delicias ISAB EL Murcia ro va Ál Paseo z de Calle TA ATOCHA-RENFE én VA DA RON FA N M A CI LEN P DEASE LA O S CA TA BE . M ZA ª t rve Se el IN A CH ATO DA RON lle C ncia Vale o par Am es es dor gu O Do Ca de red baja Mi SE a alle e ue d Duq án Fern Plaza del Emperador Carlos V P A l ctor lle Pa Em lle be de Arg umos eo Pas C. Claudio Moyano ATOCHA Isa Dr .P iga Ca de C. Ca PASEO Ca l Ca le B lle ue n Ca Zu avis lle r t Sa ita a litr e Calle l de són C. Congresso dos Deputados ALFONSO XII lle Ca Me EMBAJADORES ina ent Paseo de Arg Calle Espalter Calle Fucar piés Lava lle Ca te Parque de El Retiro Calle Felipe IV Pr Call Plaza de Lavapiés Call e ule b Tri o JERÓNIMOS DEL LLE r éjic Plaza de Calle Antonio Maura la Lealtad Lope Vega de las e Sa Huert nta a s Mar ía Plaza Calle Magdalena Antón Martín Moratín Calle de Calle Cabeza ANTÓN MARTÍN Calle Gobern Calle Calvario ador Calle AT es Almad c S e OC an én C. Tres P Ild efo HA C. San ns Carlos o Sa nta mb eM Montalbán Calle Cervantes CA te ere Av .d Call de LAVAPIÉS LÁ ALCA Calle Valenzuela Bolsa Voltando à Praça de Cánovas del Castillo, a que preside a fonte de Neptuno (39) com o seu carro marinho, segue-se a Praça da Lealtad onde se pode ver o monumento aos caídos, o qual é flanqueado pelo edifício clássico da Bolsa e o elegante hotel Ritz, construído em 1910. Perto fica a Real Academia Espanhola (40) e a belíssima igreja de São Jerónimo el Real (41), cenário habitual de destacados acontecimentos da história da monarquia espanhola dos Bourbons. nda RETIRO CALLE Call Zorril Calle Jeró nim el e d Villanueva Calle Conde de Ara Calle Moreto Plaza de Santa Ana os CORTES Echegaray Ca uz Cr Calle lle la C. Príncipe Calle Carretas de let RECOLETOS Museo Naval PRADO en rm Ca SEVILLA SOL co lle S Olo alus zag tian o a Calle Madra Calle de los zo San Re Ca BANCO DE ESPAÑA CA Carrera lle DE LLE SOL Calle RECOLETOS Ca CALLE S ERRANO Calle PAS EO D e Call Mo nte ra Almirante ER Marcos ECO LET OS Calle Fuen carra Ca l lle de Call Ho e r ta lez de a Pe lay o Barco Valverde San GRAN VÍA Plaza del Carmen Calle e ño GRAN Calle Piamonte to Figu eroa Call enga So a CHUECA gus Call Calle Calle Au Barquillo Des vin e Calle San Antonio de los Alemanes Gra Call Puerta de Atocha 33 Museu Thyssen-Bornemisza 38 Igreja de Jesús de Medinaceli 34 Congresso dos Deputados 39 Fonte de Neptuno 35 Ateneo de Madrid 40 Real Academia Espanhola 36 Casa Museu de Lope de Vega 41 Igreja de São Jerónimo el Real 37 Igreja e convento das Trinitarias 42 Museu do Prado 43 Jardim Botânico 44 Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia 20 ez Núñ Herdeira das colecções reais, a pinacoteca do Museu do Prado (42), que funciona como tal desde 1818, não tem comparação no Mundo. Instalada num edifício de Juan de Villanueva, construído em 1785 com o objectivo de se converter em Museu das Ciências Naturais, a colecção do Prado, que se estende já até a Los Jerónimos para poder dar saída aos seus imensos pertences, reúne as melhores obras de Goya, Velásquez, Murillo, Ribera ou Zurbarán, mas além disso é única pelas suas obras flamengas e italianas, herança do período do império espanhol na Europa. As três portas principais do Museu são guardadas por enormes estátuas de Goya, Velásquez e Murillo. culturais e que possui uma grande biblioteca e uma interessante galeria de retratos. Muito próximo, apanhando a rua León e descendo pela de Cervantes até ao número 11, está a Casa Museu de Lope de Vega (36). Também próximos encontram-se a igreja e convento das Trinitarias (37), do século XVII, onde está enterrado Cervantes. O itinerário continua pela Praça de Jesus e a rua de Duque de Medinaceli, onde está a igreja de Jesús de Medinaceli (38), de grande tradição e devoção entre os madrilenos. Diante das Cortes, o hotel Palace, obra dos princípios do século XX, mantém o “glamour” dos grandes hotéis europeus, com os seus porteiros de libré. 21 antigo hospital, o centro combina os seus apelativos ascensores de desenho vanguardista com o traçado neo clássico do edifício, convertendo-se, assim, no signo da modernidade madrilena. A obra universal de Picasso “Guernica” é, sem dúvida, uma das peças mais visitadas do museu. Na Praça de Murillo, e como complemento do que supostamente devia ser o Museu das Ciências Naturais, o Jardim Botânico (43) é um espaço carregado de romantismo que reúne uma interessante variedade de espécies vegetais. Numa lateral ao Botânico, a Encosta de Moyano é um local habitual de livreiros antiquários. Debruçado sobre a Glorieta (Praça importante) de Carlos V, mas com a entrada pela rua de Santa Isabel, o Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofía (44) completa este percurso artístico, guardando uma esplêndida colecção de arte contemporânea, além de proporcionar inúmeras exposições temporárias. Construído no local de um Palácio de Cristal. Parque do Retiro AS TRÊS GRANDES PINACOTECAS MUSEU DO PRADO Passeio do Prado, s/n Metro: Banco de España ou Atocha www.museoprado.mcu.es Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia MUSEU NACIONAL CENTRO DE ARTE RAINHA SOFÍA Rua Santa Isabel, 52 Metro: Atocha http://www.museoreinasofia.mcu.es MUSEU THYSSEN-BORNEMISZA Passeio do Prado, 8 Metro: Banco de España www.museothyssen.org 22 Descendo a rua de Alcalá, situa-se no seu quarteirão da esquerda a igreja das Calatravas (46), do século XVII, com uma bela cúpula e um retábulo maior que é uma obra póstuma de Churriguera. No final deste tramo, e como paradigma de tudo o que o rodeia, o edifício Metrópolis, construído entre 1905 e 1911 para La Unión y el Fénix, divide a rua de Alcalá da Gran Via. Neste cruzamento de ruas também se podem encontrar a igreja de São José (47), o Ministério da Educação e o Círculo de Belas Artes (48), obra de Antonio Palacios considerada o exemplo máximo madrileno da “arte deco”, espectacularmente rematada pela torre e a estátua da Palas Atenea, de Vasallo. Da rua de Alcalá aos Jardins do Bom Retiro À volta da Real Academia de Belas Artes de São Fernando (45), ao começar a rua de Alcalá, encontra o visitante uma das zonas mais monumentais de Madrid, com grandes e artísticos edifícios sedes de bancos ou empresas importantes. Fundada em 1744, a Academia instalou-se na sua actual sede, num antigo palácio projectado por Churriguera, em 1773. Na sua soberba pinacoteca destaca-se a obra de Goya, além de uma valiosíssima colecção de mais de 15 000 desenhos, de Rafael até Picasso passando por Rubens, Tiépolo, Velásquez ou Rodin. 23 PAS EO D PRADO o entina Paseo de Arg Castelló Calle Parque de El Retiro Pº de DEL dor ATOCHA be l PASEO o Isa z Vene Ecua Ca l Ca le B lle ue n Ca Zu avis lle r t Sa ita a litr e Bo P ador ns nta Balboa o e as éjic Calle Espalter Calle AT Almad én n I OC HA lde fo Sa Sa de Núñez Calle eM del es c C. Tres Pe de Coello Lagasca ia liv Av .d ALFONSO XII Call Calle Fucar ría RETIRO Calle Felipe IV Calle Cervantes lle Ave M a PRÍNCIPE DE VERGARA nda JERÓNIMOS Calle Ca Calle Villanueva Calle Conde de Ara o Pase e Call Pra del Lope Vega de las e Sa Huert nta as Marí a Plaza oratín Magdalena Antón Martín Calle de M Cabeza ANTÓN MARTÍN Calle Gobern Calvario LLE RECOLETOS Juan uela do de CA Jorge CALLE o Bolsa Plaza de Calle Antonio Maura la Lealtad Calle Moreto e a Montalbán Museo Naval Hermosilla GOYA CORTES Echegaray C. Príncipe Call Calle Plaza de Santa Ana Zorrill Calle Jeró nim San Calle Calle ECO LET OS ER Ca lle Call e l Barquillo carra de de Fu e n Madra Calle de los zo SEVILLA Carrera CALLE BANCO DE ESPAÑA Calle LE SERRANO CALLE Ho rta lez a Pe lay o Calle de DE VELÁZQUEZ Plaza de Colón JUSTICIA a n Call Santa Brígid e Belé Plaza de Palacio Farma las Salesas de Justicia cia Fern H. C and orté C o VI alle s Calle Gra Piamonte Call Calle e vin a Au Calle Almirante gus RECOLETOS to CHUECA Ca Figueroa lle Calle Re Prim Call co e let os San Ca Marcos lle Call S e Olo alus zag tian Call Infa o a e ntas Rein GRAN a Á Caba ALCAL llero V de G racia ÍA C. Jardines C. Valenzuela CAL Calle CALLE COLÓN de NO Arg en so la ral. C astañ os lle lle Ca VA Plaza de la Villa de París Ca lle Ca S NO C. G e Call a an GÉ SER R A ía ej E qu TRIBUNAL C. Alc Galianalá o LL Le Claudio M Bar Calle CA Plaza Santa Bárbara C .S e ta teo rica .T Ma er es celó lle Ca e de qu o Du C. Claudio Moyano Plaza del Emperador Carlos V 45 Real Academia de Belas Artes de São Fernando án Fern Glorieta del ez Angel Caido Núñ e Pas Autêntico centro simbólico de Madrid, a Praça de Cibeles tem em seu redor edifícios tão notáveis como o Quartel General do Exército (49), no Palácio de Buenavista, de 1769; o Banco de Espanha (50) construído com critérios renascentistas no século XIX; o Palácio das Comunicações (51), de Otamendi y Palacios, dos princípios do século XX, e o antigo Palácio de Linares, edifício neo barroco dos finais do século XIX, onde hoje está instalada a Casa da América (52). A fonte de Cibeles (53), projectada por Ventura Rodríguez e realizada por Roberto Michel e Francisco Gutiérrez, representa a mãe Terra. Francisco Sabatini de 1778, lembra Carlos III como “o melhor presidente da câmara de Madrid”. Continuando pela rua de Afonso XII, eis que estamos ao lado dos Jardins do Retiro. O Casarão do Bom Retiro (55) será ponto de referência antes de se entrar para visitar estes jardins reais que foram criados por Felipe IV. A grande estufa do Palácio de Cristal (56), o pavilhão do Palácio de Velásquez (57), os Jardins de Cecilio Rodríguez, o lago artificial – presidido pela elevada estátua de Afonso XII – ou qualquer dos seus caminhos, onde nos surgem pássaros ou esquilos, levam o viajante para longe dos ruídos da grande cidade, para um mundo bucólico que constitui um verdadeiro pulmão verde na anatomia urbana de Madrid. Alinhada com a Cibeles, num percurso que de noite adquire a grandiosidade de uma cenografia mágica, a Porta de Alcalá (54), obra de 49 Quartel General do Exército 50 Banco de Espanha 46 Igreja das Calatravas 51 Palácio das Comunicações 47 Igreja de São José 52 Casa da América 48 Ministério da Educação e Círculo de Belas Artes 53 Fonte de Cibeles 54 Porta de Alcalá 55 Jardins do Retiro. Casarão do Bom Retiro 56 Palácio de Cristal 57 Palácio de Velásquez 24 Fonte de Cibeles Monumento a Alfonso XII. Retiro 25 Lu ch an a C. a lez rta lo C. Alta San Pab Valverde de Calle os Ho S. Anfrés lo Pa b ra de San Antonio de los Alemanes Co rre S Ba Calle Co nd e Calle er a M ad ja al le isa Ca lle a lv Si Farmacia H. C orté s l os o anit ent loj Re na C Lu an Barco SAN lle teo Ma n Sa Fuencarra Ca San Plácido Bar TRIBUNAL lle Ca Plaza de San Ildefonso de z Pe N Fom TE RA Leg Ca so CALLE ist ar Lu lle sú e .J l C Reyes lle Ca da r lle Ca G C. Ca Ca A lle Ca VÍ A sc D de Iglesia de esenga ño Tu San Martín Calle CALLAO Jardines GRAN VÍA C. R Plaza de CUESTA la SAN eina o GRAN B de Sabatini Santo Domingo Red de VÍA lle Calle Plaza a C San Luis Ca del Callao ba Jardines de G llero racia Cabo Noval Calle Jardines Plaza del Carmen Plaza Plaza Plaza de de Oriente de Isabel II las Descalzas Call Campo ra Jardines e ALÁ ga ÓPERA r del Moro ALC Lepanto . Ve Aren SEVILLA C al E L Plaza de Puerta CAL PALACIO SOL la Armería del Sol Sa Carrera San Jerónim o nti Plaza ag R O Y o Herradores A M SOL Plaza de z Antigua Casa u SanMiguel Cr de Correos E la CALL de le l Call e Plaza de Ca Sac Palacio de Bolsa Santa Ana Parque de Atenas Call ram e d ento Santa Cruz e la s H de Segov Calle n Jerónima uert epció CA ia as Conc LLE cio n u Ca N ll . e A C Jardines de Plaza de Co TO le gia La Paja CH Las Vistillas ta illa A ja Plaza Tirso Calle Magdalena nd Ba lta TIRSO do de Molina va va A DE MOLINA e a a R C C za SANTO DOMINGO lle N CE VI Ca PRÍNCIPE PÍO rria Calle nte ra Ca e Call n os iad e rm Ca c Pre Mo lle ta BAILÉN a rie Ar de ad Ab le l Ca res elato tezo C. R CALLE Dr. Cor IA RO ND AS EG OV 59 Edifício da Telefónica 60 Praça de Espanha 61 Igreja de São Marcos 62 Templo de Debod 63 Museu Cerralbo 64 Palácio de Liria 65 Quartel do Conde Duque 27 Echegaray Toledo 58 Oratório do Caballero de Gracia desviarmo-nos uns metros até à igreja barroca de São Marcos (61), obra de Ventura Rodríguez. O monumento a Cervantes e ao Quixote fica no centro desta praça aberta que representa um ar fresco perante a Madrid mais urbana, e aproxima-nos dos Jardins de Ferraz, prelúdio do Parque do Oeste, Calle Calle sa Pa Avenida da Gran Via Calle Príncipe Calle Carretas e la C. d Os últimos quarteirões levam até à Praça de Espanha (60), para a qual dão duas grandes construções: o Edifício Espanha e a Torre de Madrid, do alto dos quais se podem ter vistas impressionantes da cidade. Antes de se entrar na Praça de Espanha, merece a pena s Calle celó lle Ca de PLAZA DE ESPAÑA a lV UNIVERSIDAD de Parque de la Montaña Ferrer San to lle ro Calle Teso STA Larra o Vicente Espíritu Palma rruca Chu in e la Calle rd e Call na A a ros He er ad er Divin o San Calle NOVICIADO ZA Glorieta la Malasaña de Bilbao SA GA Pasto r C. Daoiz Plaza Dos de Mayo C. Velard de Calle BILBAO RRAN C. Manue Calle Calle Montserrat Noviciado nB ES lle do na Marce de Plaza de las Comendadoras Calle Sa BERNAR DO Du qu e lca lá es de A z Ca lle INC los Pr Ca Cru Amaniel o Sa n M ig Fe ue rn Ven l an tura da Ro Ca dríg lle uez Má rtir ta de PR tor Tu Ev San VENTURA RODRÍGUEZ lle Glorieta Ruiz Jiménez CA Calle de z rra Fe Ca lle A LA r cto Ví e e ll Ca c an Fr y Re o isc SAN BERNARDO AGUILER Calle ll Ca lle Ca DE rtín Ma a tan in Qu ALBERTO o rnand C. Fe ojas de R e e Bu Call e E Su n ARGÜELLES LL c ll Ca Através da Gran Via, nascida no século XX, este itinerário leva a um dos centros de lazer mais importantes da cidade, à volta do qual existem cinemas, teatros, bares, restaurantes e grandes armazéns. Logo que começa vai deixando à direita e à esquerda grandes edifícios. Em frente ao Museu Chicote, local de reunião histórico da Madrid boémia de Ava Gardner e Orson Welles, no quarteirão da esquerda, encontra-se o Oratório do Caballero de Gracia (58), na rua do mesmo nome, um elegante edifício neo clássico dos finais do século XVIII, obra de Juan de Villanueva. lle Ca CA e lle Ca ll Ca Da Gran Via ao Quartel do Duque Conde Mais adiante, o edifício da Telefónica (59), obra do norte-americano Weeks, de 1929, foi o primeiro arranha-céus de Madrid, e fecha a Rede de San Luis, que antecipa um novo tramo da Gran Via até à Praça do Callao. Ali, os anúncios dos cinemas surgem em edifícios nobres, como o Palácio da Imprensa, influenciado pela Escola de Chicago, ou o edifício Carrión, onde fica o cinema Capitol, ambos dos princípios do século XX. o es Quartel do Conde Duque tem o seu nome, através da qual se volta à rua da Princesa, onde o itinerário conduz até ao Palácio de Liria (64), obra assinada por ele em 1780 e residência madrilena dos Duques de Alba. Por trás do palácio, o Quartel do Conde Duque (65), que possui um belo pórtico barroco, deixou de ser quartel para albergar o Museu Municipal de Arte Contemporânea, a Hemeroteca Municipal, o Arquivo Histórico Municipal, várias salas de exposições e outras dependências municipais, além de ceder o seu pátio, no Verão, para concertos e espectáculos nocturnos. e do Templo de Debod (62) – trazido pedra por pedra do Egipto –, um miradouro privilegiado sobre a expansão de Madrid. Do outro lado de Ferraz, o Museu Cerralbo (63), num palacete do século XIX, contém importantes exemplos de arte e mobiliário. O grande arquitecto Ventura Rodríguez vem de novo ao encontro do viajante na rua que Igreja de São Marcos Monumento a Cervantes e ao Quixote. Praça de Espanha 28 Arg en so la l. Ca staño s GÉ NO VA COLÓN Plaza de la Villa de París Plaza de Colón JUSTICIA NO lle Ca Plaza de San Ildefonso lle a n Sa C. Alc Galianalá o E C. G ra Ma LL Ca SAN C. Alta San Pab lo BER NAR DO ue Du q de Co n a er na nd Ro dríg uez uis aF Ven tura Ca lle L TRIBUNAL Ferrer San to e ll Calle Orfilia CA Plaza Santa Bárbara C .S ta .T er es lle Ca Va el teo ica ro Calle Teso UNIVERSIDAD er Vicente Espíritu qu o lle Ca Palma Bar Le in la San Calle celó ía rd e ej na C. Velard Plaza Alonso Martínez M ros He SA CE er r arra C. L nB Amaniel IN PR los Noviciado Sa Pasto de Calle LE r lle o de Calle NOVICIADO Ca Divin C. Daoiz 69 SER R A PAS E e Ca lle Call CALLE de de OD ER ECO LET OS lo Barco Valverde Pa b Calle Barquillo Calle l C al le Co rre de ra Fuencara z Pe os o anit ent Leg Fom C. lle loj Ca Re lle Ca CALLE Ho rta lez a Pe lay o ra d ad e s M lle Ca sú e .J Calle n Call Santa Brígida e Belé Plaza de Palacio Farma las Salesas de Justicia cia l C Fern Parque de PLAZA DE e Re l H l yes . Co and ESPAÑA la Montaña rtés Ca o VI Ca Plaza lle Calle n Gra de España Ca San Plácido Piamonte Call G Sa Calle e vin lle RA a a j Ca Au Lu N Calle Ba Almirante gus RECOLETOS lle na to CHUECA Ca Ca San Antonio de Figueroa lle da los Alemanes Calle Re rso Prim Call co e let a os lv E i S s a VÍ T n o S Ca c Marcos N SANTO A s D lle e Iglesia de ese E C d DOMINGO S n a C gaño lle Olo alus Tu San Martín Calle VI zag tian Infa CALLAO SAN Jardines o GRAN VÍA Calle a Plaza de la ntas GRAN Bo de Sabatini Santo Domingo Rein lle a Calle Plaza a Red de C V del Callao Á ÍA Jardines San Luis Caballero ALCAL de G Cabo Noval racia Calle Calle Jardines Plaza del Valenzuela BANCO DE Carmen Plaza Plaza DE ESPAÑA Plaza de de Oriente Isabel II Calle Montalbán las Descalzas a Call ar e Madra rg ÓPERA Museo Naval e Calle de los zo V LLE Aren A . C C SEVILLA al Plaza de PALACIO Zorril SOL Bolsa JERÓNIMOS la Armería la Sa Carrera Calle San nti Plaza Plaza de Calle Antonio Maura ag R Jeró O Y o Herradores A M nim la Lealtad SOL o Plaza de Antigua Casa uz CORTES SanMiguel Cr de Correos E a L l L A C do de Calle Felipe IV Pra lle Call del e Plaza de Ca alle C Sac B Palacio de Santa Ana olsa ram Calle Cervantes ent Santa Cruz o Calle de za rria Calle a ad Ab ra nte PRADO Mo e DEL Call O PASE BAILÉN CALLE 71 Museu Arqueológico Nacional 67 Museu Romântico 72 Museu da América 68 Praça do Dois de Maio 73 Ponte de Segóvia 69 Jardins do Descobrimento 74 Santo António da Florida Da Porta de Alcalá até praticamente María de Molina, em redor da rua de Serrano, as 70 Biblioteca Nacional Praça de Colón suas paralelas e perpendiculares, estende-se o elegante Bairro de Salamanca, projectado pelo Marquês de Salamanca no século XIX. Lojas de moda e de móveis, galerias de arte, cafés e bares situam-se neste bairro de edifícios nobres e amplas avenidas, e onde se encontram os Jardins do Descobrimento (69), na Praça de Colón, em frente ao esplêndido conjunto constituído pela Biblioteca Nacional (70) e o Museu Arqueológico Nacional (71). 31 ALFONSO XII Echegaray C. Príncipe Calle Calle Carretas 66 Museu Municipal A PRAÇA DE COLÓN (COLOMBO) E O BAIRRO DE SALAMANCA CALLE en rm Ca dos cia Pre Segovi a de s Pa e la C. d Calle lle ta rie Ar Ca de lle Ca Bairro de Salamanca VENTURA RODRÍGUEZ A lle Ca O rectângulo formado pelas ruas Fuencarral, Carranza e San Bernardo com as traseiras da Gran Via constitui praticamente o bairro onde se verificou a célebre “movida” (movimento) espanhola dos anos 80 do século XX, e que continua a ser um dos locais preferidos do ambiente nocturno de Madrid. As igrejas de São Plácido, São Martín e Santo Antonio de los Alemanes, o Museu Municipal (66) e os Jardins do Arquitecto Ribera, com o seu prolongamento até ao Museu Romântico (67) e o Museu do Teatro, distribuem-se à volta da Praça do Dois de Maio (68), onde se recorda a gesta dos insurrectos contra a invasão napoleónica em 1808. to Tu A MADRID DE MALASAÑA E O DOIS DE MAIO L CA de Outros locais com interesse R rtín Ma ey Plaza de las Comendadoras Calle rruca Chu co cis an Fr O FAROL DE MONCLOA E O MUSEU DA AMÉRICA Na zona da Cidade Universitária, à entrada de Madrid por Noroeste, o bairro de Moncloa combina uma zona de expansão e de grandes jardins – do Parque do Oeste até à Dehesa de la Villa (Defesa da Cidade) – com uma colorido ambiente universitário. Do Farol de Moncloa, junto ao Museu da América (72), as vistas são extraordinárias e dão a dimensão de Madrid como capital “verde” da Europa. O Arco do Triunfo e o herreriano Quartel General del Ejercito del Aire (da Força Aérea) são locais arquitectónicos com interesse num distrito dominado pelos estudantes. DA PONTE DE SEGÓVIA A SANTO ANTÓNIO DA FLORIDA A Ponte de Segóvia (73) é a mais antiga da cidade sobre o Manzanares. Obra de Juan de Herrera dos finais do século XVI, proporciona a melhor vista do Palácio Real e da Catedral da Almudena. Subindo o curso do rio, por parques e arvoredos, chegamos ao bairro de Santo António da Florida (74), em que se destacam as suas capelas gémeas, que albergam os restos de Goya e exibem os seus frescos espectaculares. MADRID LITERÁRIA Madrid é uma cidade onde é difícil encontrar um local que não tenha a sua própria referência literária, dos grandes símbolos como a Biblioteca Nacional ou a Real Academia Espanhola, até foros culturais como o Círculo de Belas Artes, o Ateneo, o Centro Cultural de la Villa (da Cidade) ou as sempre irrequietas dependências universitárias. A história aí está para o comprovar. O Século de Oiro das letras espanholas está presente no chamado bairro dos literatos, entre as praças Cánovas del Castillo e de Carlos V. Por aqui, perto da Casa de Lope de Vega ou do convento das Trinitarias, deambularam Góngora, Quevedo ou Tirso de Molina. Próximo, na Praça de Santa Ana, a estátua de Calderón contempla o Teatro Español, em cuja fachada se recordam alguns dos dramaturgos mais ilustres, e onde estavam o Corral de la Pacheca e o Café del Príncipe, local de encontro da Peña (Associação) el Parnasillo, símbolo da Madrid literária do século XIX, e que integrava Larra, Espronceda, Ventura de la Vega ou Mesonero Romanos. A Madrid de Benito Pérez Galdós ainda persiste nos arredores da Praça Maior, do mesmo modo que na Porta do Sol ainda é possível ver cenas que parecem tiradas das “Luces de Bohemia” de Valle-Inclán. No seu livro “La sagrada cripta del Pombo” Ramón Gómez de la Serna exalta este café que se encontrava na rua Carretas, e que foi durante muito tempo paradigma dos cafés madrilenos, verdadeiros círculos de discussão e de poder, alguns dos quais como o Comercial, na Praça de Bilbau, ou o Gijón, em Recoletos, continuam hoje com a sua tradição tertuliana. Café Gijón general na Residência de Estudantes da rua Pinar, onde se conserva a marca de Juan Ramón Jiménez e de Pablo Neruda, mas sobretudo do grupo de Lorca, Alberti, Dámaso Alonso, Gerardo Diego, Vicente Aleixandre, Luis Buñuel ou Salvador Dali. Disseminadas pela cidade encontram-se esculturas que recordam escritores de todas as épocas e de todos os lugares da Espanha, que fizeram de Madrid, por uma vez, o seu centro literário. Como norma geral os museus abrem das terças-feiras aos sábados com horários de manhã e de tarde, aos domingos e feriados só de manhã, e encerram às segundas-feiras. Para uma informação mais pormenorizada os visitantes devem dirigir-se aos postos de informação turística. Ponte de Segóvia Os escritores da Geração de 98 –Azorín, Baroja, Unamuno, Machado ou Valle-Inclán– passaram o testemunho nesta cidade aos da Geração de 27, que tiveram o seu quartel 33 Arte e cultura Museus e centros de arte Ermida de Santo António da Florida Capela em que está enterrado o insigne pintor espanhol Francisco de Goya, e cuja cúpula é obra do próprio artista. Glorieta de la Florida, 5 Metro: Príncipe Pío Museu da América Arqueologia e etnografia americanas, da pré história até à actualidade. Valiosa colecção de arte pré colombiana. Avenida de los Reyes Católicos, 6 Metro: Moncloa Museu Sorolla Casa-Museu que acolhe a obra de Joaquín Sorolla e colecções de arte que o pintor reuniu ao longo da sua vida. Rua General Martínez Campos, 37 Metro: Iglesia Museu Arqueológico Nacional Valiosas peças arqueológicas de toda a Espanha, bem como numismática e cerâmica. Rua Serrano, 13 Metro: Serrano ou Colón Real Academia de Belas Artes de São Fernando Contém uma das melhores colecções de pintura da escola espanhola dos séculos XVI a XIX. Desenhos. Peças de escultura e porcelana. Rua Alcalá, 13. Metro: Sol Museu da Cera Personagens em cera de todas as épocas, com recriação dos ambientes. Praça de Colón Metro: Colón Mosteiro das Descalzas Reales Colecção de quadros, tapeçarias, imagens religiosas, relíquias. Praça de las Descalzas Reales, 3 Metro: Sol Real Mosteiro de la Encarnación Pintura e escultura dos séculos XVI a XVII. Praça de la Encarnación, 1 Metro: Ópera Museu das Ciências Naturais Exposição permanente de ciências naturais. Passeio da Castellana, 84 Metro: Nuevos Ministerios Museu Municipal Museu Municipal Situado num antigo hospício construído por Pedro de Ribera, é um bom exemplo da arquitectura civil barroca. Diversas colecções de estampas, pinturas, desenhos, porcelanas, moedas, medalhas ou fotografias, relacionadas com Madrid. Rua Fuencarral, 78 Metro: Tribunal 34 Museu Sorolla Fundação Juan March Instituição privada criada em 1955 pelo financeiro Juan March e concebida como um moderno centro cultural. Rua Castelló, 77 Metro: Núñez de Balboa Salas de exposições Biblioteca Nacional Fundada por Felipe V em 1712, foi durante o século XIX que nela se recebeu a maioria dos livros antigos e valiosos que possui. Organiza exposições, ciclos de conferências e apresentação de livros. Passeio de Recoletos, 20 Metro: Colón Música clássica Auditório Nacional de Música Obra do arquitecto José Maria Garcia de Paredes, é a sede da Orquestra e Coro Nacionais de Espanha. Rua Príncipe de Vergara, 146 Metro: Cruz del Rayo Círculo de Belas Artes Obra de Antonio Palacios declarada monumento nacional. É dedicada à programação de exposições e actos culturais ao mais alto nível. Rua Alcalá, 42 Metro: Sevilla ou Banco de España Teatro Lírico Nacional da Zarzuela Construído no século XIX sob o impulso de compositores como Barbieri, Gaztambide e Arrieta, é o teatro de referência de 35 zarzuelas e outras propostas do género lírico espanhol. Rua Jovellanos, 45 Metro: Banco de España Existem também inúmeros locais nocturnos: “tablaos” (de flamenco) ou restaurantes com espectáculo que proporcionam diariamente música ao vivo; salas de concertos, de festas, e locais de baile com orquestra. Em Madrid celebram-se todos os anos um Festival de Jazz e um Festival de Flamenco. Teatro Monumental Sede da Orquestra da Radio Televisão Espanhola (RTVE). Rua Atocha, 65 Metro: Antón Martín Teatro Real Recuperado como teatro da ópera de Madrid desde 1997, resume com a sua programação de óperas, recitais, concertos, zarzuela e espectáculos de dança, a ampla proposta cultural madrilena. Praça do Oriente Metro: Ópera Teatros Belas Artes Rua Marquês de Casa Riera, 2 Metro: Banco de España Calderón Rua Atocha, 18. Metro: Sol Centro Cultural de la Villa (da Vila) Praça de Colón. Metro: Colón Locais nocturnos de música ao vivo Español Rua Príncipe, 25. Metro: Sol Bar Café Clamores Jazz Referência obrigatória para as mais importantes bandas de jazz e, esporadicamente, “cantautores” (autores-cantores) e grupos de blues. Rua Albuquerque, 14 Infanta Isabel Rua Barquillo, 24 Metro: Chueca Teatro Español Como acontecimentos especiais têm lugar na cidade um qualificado Festival do Outono, um Festival de Teatro Alternativo e um Festival de Dança. Durante o Verão decorrem diversos espectáculos ao ar livre no âmbito do ciclo Los Veranos de la Villa (os Verões da Vila). passam filmes em cinemas na zona da Praça de Espanha. A Filmoteca Nacional, no Cinema Doré (rua de Santa Isabel, 3; Metro Antón Martín) programa ciclos em versão original, com filmes legendados ou dobrados. O cinema em 3D Imax Madrid também existe (Parque Tierno Galván; Metro Méndez Álvaro). Os anúncios dos filmes, horários e salas em que passam podem ser consultados nas secções diárias dos jornais de maior tiragem, os quais, além disso, publicam às sextas-feiras os seus suplementos de lazer. Existem também publicações especializadas que informam sobre todos os espectáculos que acontecem em cada semana em Madrid. Cinemas Teatro Clásico Companhia Nacional de Teatro Clássico. Rua Príncipe, 14. Metro: Sevilla Casa Patas Convite indiscutível das noites flamencas ao vivo. Rua Cañizares, 10 Teatro María Guerrero Centro Dramático Nacional. Rua Tamayo y Baus, 4 Metro: Banco de España, Chueca e Colón Café Central Um dos templos de jazz da capital. Praça del Ángel, 10 36 As duas zonas principais de cinemas de Madrid distribuem-se à volta da Gran Via (Metro Callao y Plaza de España) e da rua de Fuencarral (Metro Bilbao), ainda que existam muitos cinemas noutras zonas e nos arredores da cidade. Em versão original legendada 37 Itinerários pela comunidade Mosteiro de São Lourenço de El Escorial, La Herreria e Vale dos Caídos Situado a Noroeste de Madrid, a 50 quilómetros pela A-6, o Mosteiro de São Lourenço de El Escorial representa o exemplo mais puro do coração castelhano que dava aso ao reinado de Felipe II. O estilo desta obra monumental, iniciada por Juan Bautista de Toledo e terminada por Juan de Herrera em 1563, marcará poderosamente muitas outras edificações dos Austrias espanhóis. Ao esplendor dos seus catorze pátios, mil portas e duas mil janelas há que somar, aliás, a sua função como Panteão dos Reis de Espanha, desde Carlos I até aos nossos dias. Mosteiro de São Lourenço de El Escorial A fachada principal, situada a Oeste, consta de três portais. O mais importante deles, coroado por um frontão com a figura de San Lorenzo e o escudo real de Felipe II, dá acesso ao Pátio dos Reis, que se abre sobre a espectacular porta da basílica, onde David e Salomão, no centro, presidem ao cortejo dos seis reis da Judeia, que se debruçam sobre o pátio. De planta grega com três naves, a basílica tem uma cúpula de 92 metros, construída similarmente à de São Pedro do Vaticano, frescos de Lucas Jordán e Lucas Cambiasso, um magnífico retábulo de Juan de Herrera e os oratórios reais, com os monumentos sepulcrais de Felipe II e Carlos I. O claustro e o Pátio dos Evangelistas fazem a comunicação entre a basílica e o mosteiro. Aqui, são de destacar a escadaria principal, obra de Gian Battista Castello –com frescos na abóbada de Lucas Jordán–, a sacristia e as salas capitulares, onde existem pinturas de Tiziano, El Greco, Ribera, Velásquez e Tintoretto. Na zona palaciana surpreende o contraste entre a austeridade das habitações de Felipe II –com importantes retratos de Sánchez Coello e Pantoja de la Cruz– e o luxo do palácio dos Bourbons Carlos III e Carlos IV – ornamentado por esplêndidas tapeçarias de Goya, Bayeu e Castillo. A Sala do Trono, a Biblioteca e a câmara onde morreu o rei Felipe II, em Setembro de 1598, completam o percurso por este conjunto monumental. para Carlos V e para o infante Dom Gabriel. A Cadeira de Felipe II e a Mata de La Herreria dão um contraponto paisagístico a uma povoação de longa tradição cultural, com mercado, cafés e artesanato próprio, onde todos os Verões os cursos da Universidade Complutense aproximam os conhecimentos universais aos estudantes pela mão dos seus protagonistas directos. De regresso a Madrid, ainda resta a oportunidade de fazer o contraste entre este sonho imperial de Felipe II com aquele outro do general Franco na Espanha do século XX: o Vale dos Caídos. Nos arredores de El Escorial podemos ainda visitar a Casinha do Príncipe e a Casinha do Infante, construídas por Juan de Villanueva respectivamente 39 O Real Sítio de Aranjuez e as Praças Maiores de Chinchón e Colmenar de Oreja duas alas do actual Palácio Real, sobre os restos do aposento de Felipe II, assolado por um incêndio em 1655. Carlos IV culminou a obra com o Jardim do Príncipe e a Casa do Lavrador. Em Real Sítio de Aranjuez (declarado Paisagem Cultural Património da Humanidade), a 47 quilómetros ao Sul da capital, pela A-4 e junto ao rio Tejo, num local onde já faziam as suas “escapadas” os Reis Católicos, Isabel e Fernando, Juan de Herrera ergueu para Felipe II o Aposento Real e o Jardim Botânico, aproveitando a bondade climatérica da várzea. No século XVIII, e para agradecer o apoio da povoação à sua causa na Guerra da Sucessão, o Bourbon Felipe V trouxe para Aranjuez o centro da corte, e o seu filho Carlos III terminou as A escadaria, o Salão do Trono, o Gabinete Chinês e o Gabinete Árabe são alguns dos principais centros de interesse deste sumptuoso palácio que se debruça, da sua fachada oriental, ao Jardim do Relvado, culminado pela Fonte de Hércules, dos finais do século XVIII, e do qual se acede ao Jardim da Ilha, onde plantas, estátuas e repuxos compõem um ambiente carregado de magia e de sugestões. Villanueva desenhou para Carlos IV o Jardim do Príncipe, anexo, sobre a horta de Fernando VI, onde se situam o Museu das Faluas Jardins de Aranjuez 40 –testemunho do sonho dos reis espanhóis de fazer comunicar o centro de Espanha com o oceano– e a caprichosa Casa do Lavrador. De Madrid, e seguindo a via férrea do século XIX, o Comboio do Morango conduz-nos, de Maio a Outubro, até Aranjuez numa viagem amena que dura pouco menos de uma hora. Para quem utilizar a estrada, a rota continua até à albufeira conhecida como Mar de Ontígola, com o seu caminho ecológico e o seu observatório de aves, muito próximo do Castelo de Oreja, onde a ordem militar de Santiago teve o seu primeiro convento. Pousada de Chinchón Na povoação ainda se devem visitar a igreja da Assunção, erguida entre os séculos XVI e XVII –com um Goya que testemunha as longas temporadas que o pintor aqui passou acompanhando o seu irmão, capelão desta igreja–, o convento de San Agustín –hoje pousada de turismo– ou o castelo. Depois de passar por Villaconejos, terra de ricos melões, que têm o seu próprio museu, e desviandose, se se quiser, para dar um passeio ecológico pela Lagoa de San Juan, o itinerário leva até Chinchón, “praça, castelo e estalagem”, onde se destaca a sua belíssima Praça Maior do século XVI, em que foram rodados filmes tais como “A volta ao Mundo em 80 dias” ou “As badaladas da meia noite”: 234 varandas ou “claridades” que dão para este espaço que foi mercado e cenário de autos sacramentais e desgarradas de canções populares e que continua a ser arena tauromáquica e local de diversos espectáculos. As videiras que balizam o trajecto a partir de Chinchón dão aviso prévio que em Colmenar de Oreja, além das suas casas do século XVIII, o museu de Ulpiano Checa ou do templo fortaleza de Santa Maria a Maior, do século XVI, há excelentes adegas. A jóia da localidade é, sem dúvida, a belíssima Praça Maior, construída nesta pedra local que foi utilizada em outros monumentos madrilenos, como o Palácio de Aranjuez ou a Catedral da Almudena. É uma típica praça castelhana, de dois andares e de magníficas proporções. 41 Povoação ibera –Iplacea–, cidade romana –Complutum–, Alcalá recebe o seu nome da denominação árabe –Al-Kala enHar, o castelo. Afonso VII reconquista a cidade em 1129 e Sancho IV funda nela, em 1293, os Estudos Gerais, que são o germe da futura Universidade. O primeiro curso académico da Universidade de Cisneros tem lugar em 1508: a instituição dependerá directamente do rei, terá o seu foro, a sua polícia e a sua prisão, e por ela passarão, em anos sucessivos, Calderón, Quevedo, Lope, San Juan de la Cruz, San Ignacio de Loyola ou Jovellanos. Uma trajectória brilhante que se viu truncada Alcalá de Henares Declarada Património da Humanidade em 1998, Alcalá de Henares, situada a 33 quilómetros de Madrid pela A-2, exibe ainda hoje em todo o seu esplendor o seu rico passado como modelo de cidade universitária do Renascimento. O berço de Cervantes, que conserva a memória do universal autor do “Quixote” na sua casa museu do século XVI, é também a cidade de Nebrija, o autor da primeira gramática castelhana e, sobretudo, o produto de um sonho renovador do humanismo cristão do Cardeal Cisneros. Fachada da Universidade de Alcalá de Henares em 1836, quando a Universidade é mudada para Madrid, de onde não regressará até 1968, coincidindo com a declaração do centro da cidade como Conjunto Histórico Artístico. com a sua fachada renascentista, obra de Covarrubias; vários lanços da antiga muralha, ou os conventos da Madre de Deus e de São Bernardo. Um conjunto que permite recuperar, no meio da cidade moderna e buliçosa, o encanto e a magia de uma das referências universais do Renascimento. O colégio de Santo Ildefonso, construído por Rodrigo Gil de Hontañon entre 1541 e 1553, é um esplêndido exemplo do plateresco e o primeiro emblema desta Universidade. Nele, podemos admirar o Pátio de Santo Tomás e o Pátio Trilingue, o Salão Nobre e a magnífica Cátedra universitária. Na Capela de Santo Ildefonso encontram-se os monumentos funerários de Cisneros e de Nebrija, e o imponente sepulcro do primeiro. O Colégio Máximo dos jesuítas, o Colégio de São Francisco de Paula ou o edifício do Carmen Calzado formam, entre outros, o imponente conjunto dos centros universitários, onde se encontram hoje diversas faculdades. O Palácio e os Montes de El Pardo Praticamente anexada hoje à urbe, o “bairro” de El Pardo faz parte da história da Espanha do século XX, já que durante mais de 40 anos, do Palácio do Pardo o general Franco regeu os destinos do país. No meio desta magnífica mata de azinheiros, a mais extensa da Europa, povoada por javalis, veados e todo o tipo de aves, ergue-se, além disso, o Palácio da Zarzuela, residência habitual dos reis de Espanha. Mas, apesar da sua importância, Alcalá de Henares não é apenas a sua Universidade. Na cidade complutense brilham também com luz própria a Catedral Magistral de São Justo – onde se veneram os restos mortais dos mártires Justo e Pastor –, reedificada por Cisneros no século XVI e com um belo portal entre o gótico tardio e o plateresco; o Palácio Arcebispal, 42 Vários clubes recreativos e numerosos restaurantes – onde se servem excelentes carnes e pratos de caça – marcam a rota por estes montes que foram local de caça tradicional dos reis de Espanha. Carlos I e Felipe II foram assíduos moradores do Pavilhão de Enrique el Doliente, 43 Santa Maria del Castillo e a praça de armas, reconvertida em arena tauromáquica, são complementadas pelas próprias vistas que a cidade proporciona, cingida pelo rio, e com um surpreendente Museu Picasso, onde são exibidas 60 peças do artista, que foram coleccionadas pelo seu amigo e vizinho desta localidade, Eugenio Arias. Palácio do Pardo erguido em 1405, e que Juan de Mora converteu no actual palácio para Felipe III, após um incêndio que destruiu a antiga edificação. As pinturas murais de Bayeu e Maella ou as ricas tapeçarias da Real Fábrica vestem este palácio de proporções equilibradas, onde morreu o rei Afonso XII, e que actualmente recebe diversas entidades estrangeiras que visitam oficialmente a Espanha. O Vale do Lozoya e o Mosteiro de El Paular A Lagoa Grande ou a Lagoa dos Pássaros, ambas de origem glaciar, situam-se na origem de um vale generoso onde a natureza se combina com a história, numa das zonas mais singulares da Comunidade de Madrid. O itinerário pelo vale de Lozoya, rio que dá água a beber à capital da Espanha há mais de um século e meio, começa, no entanto, pelo final, quer dizer, pela localidade de Buitrago, no caminho de Madrid para Burgos, onde se encontram as raízes desta provável povoação celta, que teve o seu período de maior esplendor no século XV, vinculada ao senhorio dos Mendoza. A visita ao recinto amuralhado medieval, que inclui a Torre do Relógio, a igreja de A protectora talha do Cristo jacente de Gregorio Fernández, na ermida do Santo Cristo, é um dos marcos inevitáveis da visita aos Montes de El Pardo. O bairro que se assoma ao rio Manzanares, é um pequeno casario do qual partem os diferentes caminhos até aos locais de merendas, até ao Palácio da Quinta ou até ao próprio coração da mata. 44 De Buitrago, antes de seguir caminho, e se se dispõe de tempo, vale a pena ir até ao magnífico Faial de Montejo –em Montejo de la Sierra– e à zona do Alto Jarama, dominada por povoações de estampa serrana e belas albufeiras; se tal não acontecer, o itinerário continua por Villavieja del Lozoya, a aldeia de São Mamede –que inclui, a uma hora de passeio, uma esplêndida queda de água de vinte metros de altura–, Navarredonda e Gargantilla del Lozoya, até se chegar ao cruzamento com a estrada M-604. Daqui deve Mosteiro de El Paular continuar-se até Rascafría, passando por Lozoya, com as suas casas brasonadas e a sua igreja do século XVI, junto à albufeira de La Pinilla. Deixando à esquerda Alameda del Valle e Otreruelo del Valle, o viajante chega até á bela localidade serrana de Rascafría que é o ponto de partida de numerosas excursões pelos arredores, já que a povoação se situa ao pé dos cumes mais altos da Comunidade: Peñalara –2 482 metros– e Cabezas del Hierro – 2 383 metros–. Daqui podemos continuar até ao cimo de Navacerrada ou fechar o círculo regressando por Miraflores e Canencia, mas antes é imprescindível a visita ao Mosteiro de El Paular, fundado por Juan I, no qual sobressaem o pórtico plateresco, o claustro do século XVI, a porta da igreja, obra de Juan Guas e o seu retábulo; o belo palácio que lhe está junto, de Enrique III, é hoje um hotel. Lazer e espectáculos Gastronomia Madrid tem sido, há muitos séculos, terra de bons manjares. A nova cozinha da capital soube integrar no seu menu pratos tipicamente madrilenos juntamente com as receitas mais trabalhadas, nacionais ou internacionais. Entre os primeiros destacaremos dois: os “callos” (a dobrada) e o cozido madrileno, uma saborosa panela de grão de bico e verduras, enriquecida com carnes e enchidos diversos, que requer um verdadeiro rito para o seu consumo. Outros, como o pargo no forno ou o bacalhau às mais diversas maneiras competem com as costeletas ou os lombos, ou com as castelhanas sopas de alho. Uma boa maneira de se conhecer a gastronomia madrilena é percorrer alguns dos inúmeros bares que proliferam na cidade e na Região e onde se servem as famosas “tapas” e “raciones” (pratinhos) das mais diversas especialidades. “Ir de tapas”, isto é percorrendo os bares à procura de especialidades gastronómicas, é um hábito inveterado dos madrilenos que acompanham as mesmas quer com cerveja quer com os vinhos da Comunidade de Madrid ou de qualquer outra procedência. A “tortilha de batatas”, os enchidos, os curtidos e todo o tipo de guisados são completados com tapas muito típicas, tais como as tripinhas e a galinha frita, a orelha de porco ou os “humildes” cogumelos. Merecem menção especial os doces, muitas vezes típicos de determinadas festas anuais. Comer ao pequeno almoço “churros” e “porras” (farturas pequenas e grandes) é coisa que se pode fazer em qualquer estação do ano, mas no Natal abundam o torrão e o maçapão; na Semana Santa as rabanadas e os ossos de santo; na festa de Santo Isidro, os barquilhos e as rosquinhas “prontas e loucas”, e, de preferência no Inverno, as deliciosas filhoses de vento. Em Madrid é fácil encontrar-se as especialidades de qualquer parte da rica geografia gastronómica do país. Não é em vão que os madrilenos pensam comer o melhor peixe e o melhor marisco do país, além das carnes mais seleccionadas. Além disso, alguns dos melhores restaurantes da capital são especialistas em cozinha basca, galega, asturiana ou andaluza. chapelarias ou de objectos religiosos situam-se ao redor da Praça Maior, onde as compras têm ainda o sabor de antigamente. O mesmo acontece com o mercado de rua por excelência de Madrid, o popular Rastro dos domingos pela manhã (à volta de Tirso de Molina, Cascorro e La Latina, até Embajadores) onde tudo se compra, se vende ou se troca ao ar livre, e nas múltiplas lojas à volta. Para além desta oferta nacional, hoje em dia torna-se imprescindível acrescentar a variedade e a qualidade de restaurantes de cozinha internacional que têm proliferado na capital, desde os chineses até aos árabes passando pelos europeus e latino americanos. Compras Os grandes armazéns e os super mercados especializados em discos, livros e vídeos situam-se à volta da Porta do Sol, na Princesa, na Rua Goya ou no Passeio da Castelhana, assim como nas grandes áreas comerciais da periferia da capital. No Bairro de Salamanca, à volta de Salesas e Chueca estão os estabelecimentos mais selectos de moda, jóias, calçado, móveis e inúmeras lojas de recordações e presentes. Madrid é, além disso, um bom sítio para comprar arte e antiguidades. O bairro de Salamanca ou a rua Barquillo, além dos arredores do Centro Rainha Sofia, são locais onde se sucedem as galerias, que são um espelho fiel da importância da arte espanhola, da antiga e da actual, em todo o Mundo. Os modernos “supermercados” da arte permitem adquirir obras de autores jovens e pujantes, mas também de valores consolidados. Também pelo bairro de Salamanca, no Mercado da Porta de Toledo ou nas lojas estáveis do Rastro existe uma excelente oferta de antiguidades. A numismática e a filatelia têm o seu “quartel general” à volta da Praça Maior, onde todos os domingos decorre Se se procurar bem, na área do centro histórico de Madrid, ainda se encontram imensas lojas tradicionais que souberam manter-se ao longo dos anos e mesmo de séculos, e que hoje têm uma clientela que garante a sua continuidade. Lojas de alpargatas, cordoarias, 47 uma feira sob as arcadas. Os amantes dos livros contam com vários encontros anuais na Feira do Livro –no Retiro, nos finais de Maio ou princípios de Junho– ou na Feira do Livro Antigo e de Ocasião –em Recoletos, nos princípios de Maio–, mas também têm à sua disposição grandes e especializadas livrarias, espalhadas por toda a cidade, que convivem com livreiros antiquários que vendem nas suas lojas verdadeiros tesouros para os bibliófilos. A noite A vida nocturna é um dos sinais da identidade de uma cidade que não descansa e que enlaça de modo natural os costumes dos noctívagos com os dos madrugadores. Se em Madrid se come tarde (as 14.30 são horas de começar a almoçar), o jantar em restaurantes demora com frequência até à meia noite, e a partir daí a cidade convida a desfrutar das suas inúmeras propostas nocturnas, com lugares abertos até à madrugada. Independentemente dos Esplanada no Passeio de Recoletos cinemas, salões de festas ou dos diversos espectáculos, o ambiente nocturno desenvolve-se nos bares de copos, que se concentram à volta de várias zonas da cidade. A rua Huertas, prolongando-se até à Praça de Santa Ana, é uma das mais concorridas, e o mesmo acontece na zona de Alonso Martínez, Bilbao e a Praça de Santa Bárbara, que ligam praticamente ao núcleo de Malasaña, em volta da Praça do Dois de Maio. Os bairros de Moncloa e Argüelles reúnem um público universitário, mais juvenil, e em vários pontos da Castelhana, Recoletos e no Passeio do Prado encontram-se lugares de moda que, no Verão, se complementam com as esplanadas concorridas, que já se converteram num símbolo do Estio madrileno. Nestas alturas também, o Passeio do Pintor Rosales converte-se num desfile de esplanadas e locais de recreio onde só falta a brisa do mar, substituída pela frescura da vegetação do Parque do Oeste. Por isso se pode dizer que o maior espectáculo da noite madrilena decorre nas ruas. Com excepção do Inverno, o bom tempo permite que os madrilenos saiam para a rua à menor ocasião, em trânsito de um bar para outro, entre o jantar e um concerto ou entre um encontro e outro local em moda. As festas da Comunidade, centradas à volta do Dois de Maio, antecipam as verbenas e os espectáculos dedicados ao patrono da cidade, Santo Isidro, a 15 de Maio, que congrega em romaria milhares de pessoas ao largo e à ermida do santo, acompanhada da feira tauromáquica mais importante do Mundo; realejos, rosquinhas, “chulos” e “manolas” dão forma variegada a uma festa de grande sabor castiço. A música pressupõe, nestes casos, uma oferta rica e variada. Bem “enlatada” como dizem os entendidos, com locais especializados em estilos diferentes, bem ao vivo, com clubes de rock, de autores-cantores ou de jazz. No Santo António, a 13 de Junho, e em redor da ermida de Santo Antonio da Florida, junto ao Manzanares, as moças casadoiras seguem a tradição das modistas, colocando treze alfinetes na pia baptismal na esperança dos favores do santo. Festas O Natal tem em Madrid um sabor especial, com o característico mercado da época na Praça Maior, a celebração no Ano Novo na Porta do Sol, o bulício das compras e a caprichosa iluminação que durante esta altura do ano converte a cidade num fantástico espectáculo de luzes. No mesmo local decorre a 6 de Janeiro a tradicional Cabalgata de los Reyes (Cavalgada dos Reis). Em pleno Agosto, a Madrid castiça volta a sair para as ruas nas festas de São Cayetano, São Lorenzo e da Virgem de la Paloma, com procissões, verbenas e esplanadas cheias de público, as quais permanecem abertas até altas horas da madrugada. O Carnaval madrileno foi ganhando com o passar dos anos em participação e nos assistentes e hoje constitui uma festa muito popular, em que se destacam a imaginação dos disfarces e os inúmeros acontecimentos programados. Na Comunidade de Madrid também se celebram festas de grande tradição e duração, como a Paixão de Chinchón, a Romaria da Virgem de Gracia, em São Lourenço de El Escorial, ou o histórico motim de Aranjuez. 49 internacional das tendências da arte contemporânea, do mesmo modo que o é, no seu campo, o SIMO TCI, a Feira Internacional de Informática, Multimedia e Comunicações, que acontece em Novembro. Mas a variedade é enorme, abarcando mais de 70 feiras de quase todos os sectores do tecido económico e social das sociedades ocidentais. O Instituto das Feiras de Madrid (IFEMA) tem a seu cargo o calendário e a coordenação de todos estes encontros sectoriais. O parque Juan Carlos I, junto do recinto, merece por si só uma visita pormenorizada. Feiras A condição de Madrid como capital de Espanha converteu-a em local tradicional de feiras e congressos nacionais e internacionais, que lhe conferem uma intensa actividade ao longo de todo o ano. O Parque de Feiras Juan Carlos I é um espaço ocupado pelos recintos das feiras, modernos edifícios de escritórios e o Palácio Municipal dos Congressos, bem como por dois hotéis e um grande parque urbano natural e está estrategicamente situado e ligado com a Rede do Metro e por isso é de acesso fácil, tanto a partir do Aeroporto Internacional de Barajas como do grande nó ferroviário de Chamartín. Na Casa de Campo, alguns restaurantes regionais e diversos pavilhões relembram o que foi o antigo recinto de feiras de Madrid, no qual ainda hoje decorrem algumas delas. PARQUE DE FEIRAS JUAN CARLOS I (IFEMA) Metro Campo de las Naciones www.ifema.es Desportos Madrid é uma cidade com importantes eventos desportivos, especialmente futebolísticos. Os três estádios mais conhecidos da capital, o Santiago Bernabéu –sede do Real Madrid, nove vezes campeão da Europa–, o Vicente Calderón –do Atlético de Madrid– e o Teresa Rivero –do Rayo Vallecano– proporcionam em cada fim de semana verdadeiros espectáculos de massas. No Parque, a Feira Internacional de Turismo (FITUR), nos princípios do ano, é um dos maiores mostruários do turismo mundial. A realização da ARCO, em Fevereiro, é também um marco Parque de Feiras Juan Carlos I 50 A Maratona Popular de Madrid ou a São Silvestre de Vallecas são igualmente corridas que contam com enormes assistências, do mesmo modo que a etapa final de cada edição da Volta Ciclista à Espanha. reprodução e educação; um “safari” (Safari Madrid) e um Parque de Atracções com mais de 40 atracções para todos os gostos, que, além disso, no Verão, organiza concertos no seu auditório. A região conta com cerca de uma centena de instalações ao ar livre, mais de cem clubes de ténis e mais de uma vintena de campos de golfe, além de inúmeros recintos polidesportivos municipais. A neve também conta com importantes instalações na Comunidade. A menos de uma hora de carro encontram-se as estações de Valdesquí –em Cotos, com 22 quilómetros de pistas– , e de Navacerrada, com dez quilómetros. No que respeita aos parques temáticos, o Faunia é um parque biológico da natureza, no qual se combinam fauna, flora e tecnologia da última geração, respeitando o meio ambiente, o que permite a “reprodução” de diferentes ambientes naturais; o Movie World Warner Bros, um dos parques temáticos mais espectaculares do Mundo e o maior da Europa, reproduz o mundo do cinema da Warner com múltiplas atracções, nos seus 250 hectares de terreno situados na localidade de San Martín de la Vega, de fácil acesso por estrada e ferroviário (RENFE). Parques temáticos e outros Para completar o que tem para oferecer quanto ao lazer, Madrid conta com três parques aquáticos (Aquasur, Aquamadrid e Aquópolis); com o Zoo Aquário, um dos parques zoológicos mais importantes do Mundo, tanto pelo número de espécies animais como pelo seu constante trabalho de investigação, conservação, Campo de golfe PARQUES REUNIDOS Parque de Atracções, Zoo Aquário, Aquapólis… www.parquesreunidos.com FAUNIA (Parque Biológico de Madrid) www.faunia.es MOVIE WORLD. WARNER BROS www.warnerbrospark.com Três Cidades Património a uma hora de Madrid A cerca de uma hora de Madrid por comboio ou por estrada, Ávila e Segóvia, na Comunidade de Castela e Leão, e Toledo, na de Castela-La Mancha, são três jóias histórico-artísticas universais, declaradas pela Unesco Cidades Património da Humanidade. ÁVILA Cingida pela sua muralha, Ávila surpreende pela sua beleza medieval. Possivelmente um castro celta, comprovada cidade romana, Ávila converteu-se numa fortaleza inexpugnável nos tempos da Reconquista. A sua Catedral, começada no século XII, e cujo Zimbório está perfeitamente integrado na estrutura defensiva da Muralhas. Ávila muralha, guarda verdadeiros tesouros. A saber, o retábulo do altar maior –com obras de Pedro Berruguete– ,a nave de Fruchel e as talhas por trás do coro e do sepulcro de Alonso Fernández de Madrigal, “O Queimado”, de Vasco de la Zarza, bem como o seu Museu da Catedral. Fora das nove portas da muralha, algumas delas, como as do Alcácer ou de Alcácer. Segóvia SEGÓVIA São Vicente, verdadeiras obras primas da arquitectura defensiva, encontramos as igrejas românicas de São Vicente, São Pedro, São Esteban e São Andrés, que são completadas com o impressionante Mosteiro de Santo Tomás, recordação perpétua dos Reis Católicos e do seu malogrado herdeiro, o Príncipe Dom Juan. Os Palácios dos Velada, Verdugo, Serrano, Águila ou Torreón de los Gusmanes mostram o poder da cidade nos séculos XV e XVI, e no mosteiro da Encarnación, bem como nos conventos de São José e de La Santa milhões de pessoas vêm de todo o Mundo para seguir as pegadas de Santa Teresa e de São Juan de la Cruz. Sob os auspícios do seu Aqueduto romano, que marca a cidade de uma forma indiscutível, Segóvia conta com outros monumentos únicos, como a sua Catedral –gótica, erguida sobre a catedral velha, incendiada por acolher os Comuneiros– e o seu Alcácer, majestosamente debruçado sobre os rios Eresma e Clamores, residência real desde o século XIII que, apesar da sua avantajada dimensão e localização, sempre teve uso mais palaciano que defensivo. Cidade de bem passear e melhor manjar, Segóvia possui uma boa quantidade de casa 53 observada nas mesquitas de Bab al Mardum e das Tornerias, enquanto que a dos judeus permanece no bairro da judiaria e nas sinagogas do Tránsito e de Santa Maria la Blanca. nobres e igrejas valiosas como as de São Andrés, São Martín ou São Juan de los Caballeros, ou ainda o esplêndido templo românico de São Esteban, com a sua torre campanário, em cujo átrio têm lugar solenes celebrações litúrgicas. A sua Praça Maior é um contínuo buliçoso centro de reunião, a partir do qual o viajante se pode “perder” para calcorrear ruas de sabor antigo. Vista da Cidade de Toledo Próxima da cidade, na vizinha Serra de Guadarrama, encontramos o Palácio de La Granja, onde Felipe V quis estabelecer a sua particular corte à moda de Versalhes. Tão importantes como o palácio são os seus jardins, obra de Sachetti, que têm nas suas fontes um espectáculo constante. TOLEDO Toledo é, por antonomásia, a cidade da convivência medieval das Três Culturas: a cristã, a muçulmana e a judaica. As suas torres, muralhas e portas, como a de Bisagra, dão conta de uma cidade guerreira que também tem o privilégio de acolher a catedral primaz da Espanha, uma das mais belas catedrais góticas do país, iniciada no século XIII por Fernando III o Sento sobre o que fora uma mesquita maior dos muçulmanos. Junto a San Juan de los Reyes, espectacular edifício erguido pelos Reis Catolicos, o Museu de Santa Cruz, situado no antigo hospital do mesmo nome, do século XV, Aqueduto Romano. Segóvia 54 proporciona uma mostra magnífica da riqueza cultural da Toledo cristã. A marca muçulmana pode ser Catedral de Toledo Conventos e palácios, além do Hospital de Tavera, a Casa Museu de El Greco e o seu impressionante “O Enterro do Conde de Orgaz”, em São Tomé, ou o Alcácer, onde o Museu do Exército recorda a defesa da cidade durante a guerra civil espanhola, fazem de Toledo uma cidade monumental de visita imprescindível. DADOS DE INTERESSE Indicativo telefónico internacional % 34 INFORMAÇÃO TURÍSTICA TURESPAÑA www.spain.info POSTOS DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA MADRID CAPITAL % 902 100 007 - 915 881 636 www.turismomadrid.es www.munimadrid.es Praça Maior, 3 Duque de Medinaceli, 2 Estação de Chamartín Vestíbulo Central, Porta 14-16 Estação de Atocha Vestíbulo dos Arredores Aeroporto de Barajas Terminal T1 / T4 MADRID COMUNIDADE www.madrid.org Alcalá de Henares Azinhaga de Santa Maria % 918 892 694 Praça da los Santos Niños % 918 810 634 Aranjuez Praça de San Antonio, 9 % 918 910 427 Chinchón Praça Maior, 6 % 918 935 323 San Lorenzo de El Escorial Grimaldi, 2 % 918 905 313 Ávila Pedro Dávila, 4 % 920 211 387 Segóvia Praça Maior, 10 % 921 460 334 Toledo Porta de Bisagra % 925 220 843 PARADORES DE TURISMO (POUSADAS) Central de Reservas Requena, 3. 28013 Madrid % 902 547 979 ) 902 525 432 www.parador.es Parador de Ávila Marqués Canales de Chozas, 2 % 920 211 340 ) 920 226 166 Parador de Chinchón Calle de los Huertos, 1 % 918 940 836 ) 918 940 908 Parador de Segóvia Estrada de Valladolid % 921 443 737 ) 921 437 362 Hostería de Alcalá de Henares Colegios, 3 % 918 880 330 ) 918 880 527 Parador de Toledo Cerro del Emperador % 925 221 850 ) 925 225 166 TELEFONES ÚTEIS Emergências % 112 Urgências de Saúde % 061 Guarda Civil % 062 Polícia Nacional % 091 Polícia Municipal % 092 Informação Municipal ao Cidadão % 010 Informação da Comunidade ao Cidadão % 012 Correios e Telégrafos % 902 197 197 www.correos.es TRANSPORTES Transportes urbanos: existe um passe de transportes urbanos (Metro-Bus), válido para 10 percursos. Pode adquirir-se no Metro, tabacarias e quiosques da Empresa Municipal de Transportes. www.madridcard.com Informação internacional % 902 243 202 www.adif.es ADIF (Caminhos de ferro) Informações e vendas telefónicas % 902 432 343 Trânsito Informações sobre as estradas % 900 123 505 www.dgt.es AENA (Aeroportos Espanhóis e Navegação Aérea) % 902 404 704 www.aena.es DELEGAÇÕES ESPANHOLAS DE TURISMO NO ESTRANGEIRO BRASIL. São Paulo Escritório Espanhol de Turismo Rua Zequinha de Abreu, 78 Cep 01250 SÃO PAULO % 5511/36 75 20 00 ) 5511/38 72 07 33 www.spain.info/br e-mail: [email protected] PORTUGAL. Lisboa Delegaçao Oficial do Turismo Espanhol Av. Sidónio Pais, 28 - 3º dto. 1050 - 215 LISBOA % 351 21/ 315 30 92 ) 351 21/ 354 03 32 www.spain.info/pt e-mail: [email protected] EMBAIXADAS EM MADRID Brasil Fernando El Santo, 6 % 917 020 689 ) 917 004 660 Portugal Pinar, 1 % 917 824 960 ) 917 824 972 BURGOS 142 km Sepúlveda Olmedo Cantalejo Cerezo de Abajo Ce Navalmanzano Nava de la Asunción ga 601 V I a O A d a A 403 L A Rí o Ta j T S Barraco I Embalse de San Juan S El Tiemblo Burgohondo 1955 Rozas de Puerto Real Brunete Mejorada Alcorcón Villaviciosa de Odón Leganés Móstoles Chapinería Pelayos de la Presa Aldea del Fresno MADRID del Campo Loeches R-3 Arganda del Rey Getafe R-5 Pastrana Nuevo Baztán Villar del Olmo Río Gu ad arr am a Sotillo de la Adrada Fuensalida Talavera de la Reina O L Torrijos El Carpio de Tajo E D 403 Añover de Tajo Bargas Castillejo Aranjuez Ocaña N 400 Villatobas R TOLEDO Yepes ío AP-36 301 r do go 401 Polán Tarancón Villarrubia de Santiago 400 La Puebla de Montalbán Embalse de Castrejón R-4 AP-41 O Al San Bartolomé Alcaudete de las Abiertas de la Jara T CU E N C A de Oreja RÍO A-42 A-40 Layos Almonacid de Toledo La Guardia SEVILLA 459 km 0 10 20 30 Km CARTOGRAFÍA: GCAR, S.L. Cardenal Silíceo, 35 Tel. 914 167 341 - 28002 MADRID - AÑO 2005 [email protected] ALBACETE 151 km VALENCIA 271 km BADAJOZ 285 km de Cazalegas 1180 O J TA CUENCA 80 km 403 Orusco Fuenlabrada Cadalso de Navalcarnero Perales Pinto San Martín los Vidrios Villa del Prado de Tajuña e de la Vega h Cenicientos Griñón Parla rc Méntrida Almorox be Villarejo de Morata Al Valmojado Batres Salvanés de Tajuña Valdemoro Escalona A-5 El Real de A-3 Ciempozuelos Illescas San Vicente Chinchón o Rí Esquivias Fuentidueña Santa Cruz Villaconejos Camarena A-4 del Retamar Colmenar de Tajo Embalse Maqueda Buendía Mondéjar VALENCIA 121 km Piedralaves San Martín de Valdeiglesias de Ardoz Henares Boadilla del Monte Navas del Rey CUENCA 86 km E a I uñ V R GUADALAJA R A Valdihuela 1531 ÁVILA T Hen ares Voltoya Adaja SALAMANCA 97 km Hernansancho de El Atazar Cervera de Buitrago Lozoyuela Monasterio de El Berrueco El Paular La Cabrera VALDESQUI 110 Fuentelahiguera Bustarviejo 603 de Albatages N Torrelaguna Miraflores PARQUE NATURAL de la Sierra Cabanillas CUMBRE,CIRCO Y AP-61 Navalafuente LAGUNA DE PEÑALARA Embalse de E Navacerrada Villacastín Pedrezuela Soto Yunquera 1860 Manzanares El Molar del Real Brihuega de Henares el Real AP-6 C NAVACERRADA A -1 San Agustín Torija Cercedilla de Guadalix 320 El Espinar Alto del León Navacerrada Colmenar 1511 Fuente el Saz Guadarrama Viejo San Lorenzo de Jarama A GUADALAJARA 607 de El Escorial Valdeolmos Collado A-2 Peguerinos San Sebastián Algete Villalba M Cobeña Daganzo Azuqueca El Escorial Galapagar A-6 El Pardo de los Reyes de Arriba R-2 de Henares 320 Embalse de Las Matas Alcobendas Ajalvir Valmayor Las Rozas Robledo de Chavela Valdemorillo Sacedón Majadahonda Valdemaqueda Villanueva de la Cañada Torrejón Alcalá de Cebreros Pozuelo de Alarcón San Ildefonso o la Granja AP-51 PLASENCIA 156 km ra er Lozoya S i Rascafría SEGOVIA ZARAGOZA 234 km Río Río Navafría 1760 Adanero Colmenar de la Sierra Horcajo de Montejo de la Sierra u la Sierra Buitrago G Gargantilla e del Lozoya del Lozoya Valdesotos d Embalse L a sm Santa María la Real de Nieva Somosierra La Acebeda m G Majaelrayo LA PINILLA 1404 ra E Ere S Somosierra Pedraza 964 Arévalo Lobo 2273 Turégano Río Río A-6 Auto estrada Via rápida Estrada nacional Estrada da Rede básica 1ª classe Estrada da Rede básica 2ª classe Estrada local Caminho de ferro Comboio de alta velocidade Pousada Hospedaria Santuário – Mosteiro Parque Natural Golfe Esqui Porto desportivo Parque de campismo Aeroporto Património da Humanidade 110 Navas de Oro Ataquines Á Riaza Río ar A CORUÑA 495 km VALLADOLID 43 km M- 3 M- 40 M a n z ana M-45 1 0 1 2 3 4 Km GETAFE M-409 FUENLABRADA 1 km res 30 TOLEDO 71 km CÁDIZ 663 km A-4 10 km SAN MARTÍN DE LA VEGA 12 km CONSEJERÍA DE OBRAS PÚBLICAS, URBANISMO Y TRANSPORTES Comunidad de Madrid Enero 2005 Enero 2005 Hospital de Fuenlabrada Loranca MetroSur Parque Europa Fuenlabrada Central Parque de los Estado Conservatorio Arroyo Culebro El Casar Juan de la Cierva Getafe Central Casa del Reloj Severo Ochoa El Bercial Los Espartales El Carrascal Julin Besteiro San Nicasio Alonso de Mendoza Metro Concha Espina 8 Nuevos Ministerios Francos Rodrguez Tetun Cuzco Estrecho Santiago Bernabu Alvarado 2 Cuatro Caminos Ros Rosas Alonso Cano Canal Canillas Mar de Cristal Duque de Pastrana Po XII 1 Plaza de Castilla Colombia Valdeacederas Peagrande 10 Fuencarral Begoa Chamartn Ventilla 9 Herrera Oria Arganda del Rey 9 Manuela Malasaa 2 40 M- Pradillo N LEGANÉS Parque Oeste Villaverde Alcorcn Central M -5 0 A-42 M-421 M42 5 R-5 M Hospital de Mstoles 5 -4 M-40 Mstoles Central Villa de Vallecas Legans Central A VALENCIA 352 km Campamento Puerta del Sur 12 10 A-3 Universidad Rey Juan Carlos M Planetario Carabanchel Esperanza Arturo Soria Avda. de la Paz 5 Canillejas Cruz del Alfonso XIII Repblica Rayo Prosperidad Argentina Gregorio Torre Arias Ciudad Universitaria Parque de las Avenidas Cartagena Maran Barrio de la Suanzes Diego Islas Avda. de Amrica 3 Moncloa Concepcin Quevedo Iglesia de Len Filipinas Ventas 2 Ciudad Lineal Rubn San Bernardo 7 Las Musas Bilbao Daro Nez Pueblo Nuevo Ventura El Carmen Quintana de Balboa Rodrguez Argelles 4 Lista Noviciado San Blas Ascao Coln Velzquez Manuel Garca Simancas Becerra Tribunal Plaza de Espaa Noblejas Serrano Alonso Goya OÕDonnell Gran Va Prncipe Prncipe Po R Chueca Martnez Santo Callao Ibiza de Vergara Sevilla Domingo Sinz de Baranda Retiro Puerta Tirso de Banco Lago del çngel Vinateros Molina de Espaa îpera R Alto de Antn Martn La Latina Sol Pavones Estrella Extremadura Viclvaro Atocha Lavapis Casa de Campo 5 Artilleros Batn Lucero Puerta de Toledo Atocha Renfe Conde de Casal Embajadores Valdebernardo San Cipriano Acacias Laguna Colonia Jardn Menndez Pirmides Campamento Palos de la Pelayo Puerta de Arganda Puente de Vallecas Marqus de Vadillo Frontera Carpetana Urgel Pacfico Empalme Nueva Numancia Delicias Alto del Arenal Eugenia Portazgo Sierra de Cuatro Aluche de Montijo Oporto 6 Mndez Buenos Aires Rivas Urbanizaciones Guadalupe 11 Plaza Elptica Vientos Miguel Hernndez çlvaro Carabanchel Vista Opael Parque Rivas Vaciamadrid Villa de Vallecas Usera Alegre Legazpi 3 Lisboa Abrantes 1 Congosto La Poveda Joaqun Vilumbrales Pan Bendito 11 Valdebernardo Antonio Machado Vicálvaro 0 -3 Barrio del Pilar 40 R-3 Moratalaz Lacoma Avda. Ilustracin Vergara de Príncipe del Parque de El Retiro A A-3 34 km El Batán A-5 Calle e Call Pitis 7 Vía Pº St a. Mª de la Cabeza 30 de M- M- Casa de Campo A-2 lá Alca Valdezarza 1 A- Castella na la Calle 00 M de Mu rillo -5 Pº Re coletos 03 -5 Paseo Bravo de Ciudad Universitaria M Parque Juan Carlos I Hortaleza Metropolitano Guzmn 6 el Bueno Aeropuerto Campo de las Naciones Barajas 8 San Lorenzo 7 60 M- 40 M- Si ne sio LA CORUÑA 609 km Aravaca M-508 M-50 8 km de A BARCELONA 621 km Calle Parque del Oeste BADAJOZ 401 km 4 Parque de Santa Mara A GUADALAJARA 51 km A-6 M-11 Recintos Feriales 31 60 La Zarzuela M- Posto de informações turísticas Correios Hospital Estacionamento Polícia Estação de autocarros Estação de caminho de ferro Comboio de Alta Velocidade (AVE) Estação dos arredores Estação do Metro 40 SINAIS CONVENCIONAIS M- Itinerário IV Nueva terminal Aeropuerto M-11 Río Museu Thyssen-Bornemisza Congresso dos Deputados Ateneo de Madrid Casa Museu de Lope de Vega Igreja e Convento das Trinitarias Igreja de Jesus de Medinaceli Fonte de Neptuno Real Academia Espanhola Igreja de São Jerónimo el Real Museu do Prado Jardim Botânico Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia Fuencarral 0 M-3 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. R-2 A-4 Igreja de Santo Isidro Igreja de São Pedro el Viejo o el Real Capela do Bispo Museu de Santo Isidro Igreja de São Francisco el Grande Porta de Toledo Ponte de Toledo La Moraleja Oria n ra ació rre He Ilustr l a la ern d r Av. Ca de M-30 Av. ado Delg M-411 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. Museu Municipal Museu Romântico Praça do Dois de Maio Jardins do Descobrimento Biblioteca Nacional Museu Arqueológico Nacional Museu da América Ponte de Segóvia Santo António da Florida M-110 M Monte de El Pardo El Pardo n ra G Itinerário III A-1 03 -6 s 66. 67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. 74. Itinerário VII ALCOBENDAS re Palácio Real Praça do Oriente Teatro Real Real Mosteiro de la Encarnación Senado Palácio do Marquês de Grimaldi Convento das Reparadoras Praça de Isabel II Mosteiro das Descalzas Reales Igreja de São Ginés Puerta del Sol MADRID Itinerário VI Oratório do Caballero de Gracia Edifício Telefónica Praça de Espanha Igreja de São Marcos Templo de Debod Museu Cerralbo Palácio de Liria Quartel do Conde Duque 16 na 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. SAN SEBASTIÁN A BURGOS 237 km DE LOS REYES M-6 za 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. Itinerário II A COLMENAR VIEJO 31 km Valdelatas Man 12. 13. 14. Itinerário V 45. Real Academia de Belas Artes de São Fernando 46. Igreja das Calatravas 47. Igreja de São José 48. Círculo das Belas Artes 49. Quartel General do Exército 50. Banco de Espanha 51. Palácio das Comunicações 52. Casa da América 53. Fonte de Cibeles 54. Porta de Alcalá 55. Casarão do Bom Retiro 56. Palácio de Cristal 57. Palácio de Velásquez Río 6. 7. 8. 9. 10. 11. Itinerário I Praça Maior Mercado de São Miguel Arco de Cuchilleros Basílica de São Miguel Convento das Jerónimas do Corpus Christi Praça da Villa Torre dos Lujanes Casa de Cisneros Casa da Villa Palácio de Abrantes Palácio dos Duques de Uceda ou Palácio de los Consejos Convento do Santíssimo Sacramento Parque del Emir Mohamed I Catedral da Almudena A-5 31 km 1. 2. 3. 4. 5. A CORUÑA 609 km Montesa Alcántara Calle Peñalver Porlier Pardiñas Díaz CALLE PRÍNCIPE DE VERGARA Balboa Calle de General Hermosilla LÁ CA AL Calle Núñez General de de de PASEO Castelló Lagasca Coello SERRA NO LA DE VELÁZQUEZ CAST ELLAN A Al m ag ro so la l. Ca staño s S. Anfrés Ca lle en Arg na ch a Lu lle Ca San Pab lo C. Alta SAN Calle Co nd e DO ue Du q rtir Sa n M ig F ue lle er Ven na l nd tura a Ro Ca dríg lle uez Má Lu isa Ev ar ist o Ca lle Cruz Ayala Conde Maiquez Calle Calle de Calle Calle PRADO Y a Ca lle s lle Ca Fo u Ca qu lle et Jua nd e nio Urbieta B Av e nid a gos Ma ME NÉ ND EZ PASEO Ca l Ca le B lle ue n Ca Zu avis lle r t Sa ita a litr e Re ye María Av e Calle a o Na rcis las Ca lle de ST A. rcio me Co C. s Paseo ún ag n ro eó va Ál eL ah EO Se rr A NID DE A RÍ MA z is d Lu oS as ore jad PA S AV E A LA Ca Delicias CA BE Z rve t Se el Mi gu a An TO L ED O lle CA LL E a Palom DO DEL tezo elato res C. R Dr. Cor CALLE TOL E de y én M Fra n rdi E A-3 C. rna ba Em illa rg Va Erc de CÁDIZ 663 Km VALENCIA 352 Km ncia aro Be rtín l ure La TOLEDO 71 Km lle Ca Vale C. Ma lle Ca lle Ca lle Ca lle Ca Olmos l ria Impe CAL L Lope YO PELA ra nte Mo e Call BAILÉN OV IA SEG ND A RO os Mela ncó lic Rueda Calle de Calle CALLE PAS E Calle CALLE S OD ER ECO de Calle Claudio C. G ra Ca lle de Call e Ca lle Calle LET O lo Barco Valverde Pa b Calle Co rre de ra C al le CALLE Ho rta lez a Pe lay o a er ad M Ca Puer to del Virgen Linneo los ez Paseo nán Núñ Calle de Fer de s p Am de es dor de Duque lle re Pa baja Paseo R-3 Paseo or ls 69 d Ecua Casa LISTA la de del Santo LISTA SALAMANCA o Pablo MADRID de Pase Calle Calle Gasset Ca del Plaza de Colón ALFONSO XII le l de de a Ramón Calle Calle Moreto l Ca lle Em Errmita Don SERRANO Calle Fucar piés ed COLÓN Echegaray Lava són de Curtidores la Calle y Plaza Marqués de Salamanca CALLE Calle C. Príncipe Calle Carretas Ca Me de Paseo de VA Plaza de la Villa de París Barquillo en dos cia rm Ca lle Ca lle Ca Ribera zuela n Arga CO CIS dinas Paseo NO Calle lle a s Pa Humilladero AN FR úlv lle Ca Plaza de San Ildefonso Fuencarra l PARQUE DE ATRACCIONES ZOO GÉ Ortega a ad Ab Pre e la C. d A-5 l Va Ca de ta rie Ar S. Se p E José A-2 C. Alc Galianalá o NÚÑEZ DE BALBOA Calle Calle lle Ca BADAJOZ 401 Km Calle Orfilia LL a n Sa Calle Fernando El Santo CA Plaza Santa Bárbara C .S ta .T er es lle l de z Pe os o anit ent Leg Fom lle loj Ca Re ÍA N V GRA Calle Para MANZANARES Parque de la Cuña Verde de Latina o lle Ca Pase Parque de Caramuel Ma Zurbarán ALMAGRO Plaza Alonso Martínez 21 RÍO nguela Dña. Bere teo TRIBUNAL Calle Ca o UNIVERSIDAD lle Ca za rria A lle Ca a id or Fl PUERTA DEL ÁNGEL lle Ca Marqués de Riscal ZARAGOZA 325 Km San to le ro Calle Teso Ba ica er qu Le in C. s PUERTA DEL ÁNGEL Paseo de a ur Extremad Ferrer ló rce ía rd la ina ar M n Ave Palma AST A ej la Vicente Espíritu SAG A-1 Caracas ALONSO MARTÍNEZ M e y Re de al rtug Po de ida r Calle na ros He o se eto Pa nic A lle Casa de Campo Pasto C. Velard Larra San Calle rruca Chu o de Calle Amaniel SA CE er Divin LLE Calle CALLE GOYA GOYA GOYA JUSTICIA ta Brígida n a n C S Calle alle Belé DE ús Plaza de Palacio s e Farma de las Salesas de Justicia cia l C. J Avenida Felipe II Calle Fern PLAZA DE H. C lle Reyes and ESPAÑA Parque de orté o VI Jorge Ca s Calle Ca la Montaña San Plácido lle n E Gra Ca Piamonte Call Juan G LL Sa Calle e vin lle RA RECOLETOS a ja CA Ca Au Lu N Calle Calle Ba Almirante gus RECOLETOS lle Villanueva na CHUECA Du que to Ca Ca San Antonio de de Sesto Figueroa lle da PRÍNCIPE DE los Alemanes Calle Re rso Prim Call Calle Conde de Ara VERGARA co e nda let a DE v o l E s San VÍ E os Si O’DONNELL Ca Marcos NT SANTO A CALL sc D lle RETIRO PRÍNCIPE PÍO Call de Iglesia de esenga DOMINGO S CE e Olo alus ño Tu San Martín Calle VI zag tian Infa Glorieta de CALLAO o Jardines GRAN VÍA Calle a Plaza de CUESTA la SAN Calle ntas GRAN San Vicente Bo Doctor de Sabatini Santo Domingo Rein Castelo lle a Calle Plaza a ia Red de C V del Callao IBIZA v i Á Í C L l A Av o LCA San Luis aballero A . B Calle de de G Menorca o racia Mé se Calle Calle Jardines jico Plaza del Pa Valenzuela Puente BANCO DE Carmen DE ESPAÑA del Rey IBIZA Plaza de Calle Calle Montalbán las Descalzas de Ibiza Call Campo raÓPERA a e rg de los Madraz del Moro Museo Naval lle E e Ca L o V L Aren A . C C SEVILLA al Plaza de PALACIO Zorril SOL Bolsa JERÓNIMOS la Armería Calle Alcald la Sa Carrera Calle e Sainz de entina San Parque de nti Plaza Paseo de Arg Baranda Plaza de Calle Antonio Maura ag Jeró El Retiro o Herradores MAYOR nim la Lealtad SOL o Plaza de Antigua Casa ela ubre u ct uz z O e r CORTES de SanMiguel Ven C de Correos Doce o de E la Calle Pase CALL do de Calle Felipe IV Pra le l l Call e e d e Plaza de Ca Call Sac Palacio de Bolsa Santa Ana Parque de Atenas ram Calle Cervantes ent NIÑO Santa Cruz o Call de Segov e Calle n Jerónima JESÚS Calle epció ia c n Lope o de Vega C de C AL Ca Call las LE lle e Sa Huert Plaza de Jardines de Co nta zanares oj as leg Mar La Paja Bar Calle Man Pío iata Las Vistillas ía Samaría Calle Espalter Plaza ín at ja Plaza Tirso lla or Ca i M a lle Magdalena Antón Martín TIRSO d B a de Molina Calle de on DE MOLINA va a Alt Moreno Nieto d a C av Calle Cabeza ANTÓN Re a Plaza C e Alb guay MARTÍN Calle Gobern ue d l Uru Calle Calvario ador Humilladero Duq o de de Nazaret n Pase a Glorieta Calle S o e a s Plaza de LATINA A ll Fósforo d e A T lmadé c Sa del Ca ncisc ien C. Tres Pe n n I OC nvenida om ez Angel Caido Ru Cascorro Fra c ñ e i ú H n l da de N E C. San fon A rnán gel e Fe so Carlos Án Sa ue d lle nta Duq e o Ca Pizarra e s Call A n t o . Pa C. Claudio Moyano Sta ATOCHA C. LAVAPIÉS Isa EMBAJADORES Ca be Plaza del lle C. l RO Emperador Dr ND Co Poeta Calle Plaza de .P Esteban nd Carlos V A te as iga e ero V e ill Lavapiés P rn d C r e a g alle as o de AS re Calle C b d R e Argum om Calle E e Ca S l SE t o sa O le rta So GO u ge ib Plaza Mariano r r VIA l T to na e PUERTA oc I D de Cavia AV N D A. DEL TOLEDO F Mira e A A ll A a H IN MEDITER C N T o C IS N O in T R Calle s RÁNEO C A AT Ca Glorieta DA EINA IMPERIAL del Puerta de Toledo RO ISABEL O R lle RON rrabia NDA ATOCHA-RENFE PASE es Ca uente n A F I A o D lle VEN E T Ca NC nt EMBAJADORES IDA OLED Po ALE O A V Mármol CIU C. Calle D OND o A R los Ca Santa an Murcia Puerta de Atocha D Elc Glorieta sild Plaza DE MENÉNDEZ stián a de Embajadores Vizcaya Seba C. S Francisco BA PELAYO an de Puente de Morano P s RC de 0 100 200 300 400 500 m ia Isid PALOS ac lle Paseo as c EL a San Isidro o A C ro d eo ON eS DE MOGUER Do las evil A ATOCHA cto la e PALOS DE CARTOGRAFÍA: GCAR, S.L. Cardenal Silíceo, 35 r d de LA FRONTERA ACACIAS Vall Tel. 914167341 - 28002 MADRID - AÑO 2005 eo s la ejo Plaza Frontera Pas Palo Estadio Cal [email protected] le e Ortega y ACACIAS Áncora Call Vicente Calderón Munilla Nájera A-42 A-4 l de Ca a er ad Pr nB Calle de Noviciado Sa Glorieta C. Manue la Malasaña de Bilbao CA C. Daoiz NOVICIADO lle ZA Calle Calle Montserrat BILBAO RRAN Calle lle Marc de de IN PR los o se Pa Ca enado Plaza de las Comendadoras Calle Ca Glorieta Ruiz Jiménez CA BERNAR lca lá de A es z VENTURA RODRÍGUEZ tor Tu z rra Fe lle Cru Calle les R Ca ta c an Fr ey o isc de lle Ca A San LA sa r cto Ví Ro Ca AGUILER CIA GRA A EN ANT C. S e DE lle a tan in Qu SAN BERNARDO ias rrub Cova Calle ilvela el S anu eM Call ndo Ferna Calle Rojas de LE Call fox Pala L CA en Bu Rosaleda Plaza de San Antonio de la Florida so Plaza Conde Valle de Suchil ALBERTO ARGÜELLES S rtín Ma r o éric f Tele CALLE e uc lle Ca nto Pi lle Ca ens rqu l Ma e C. d l mo de Ca lle eo de Parque de la Bombilla e és d Ca s Pa lle Ca uijo Urq BURGOS 237 Km e Call a Alt de A-6 lle Ca o se Pa no a mir
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