A Contribuição do Building Information Modeling para a

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A Contribuição do Building Information Modeling para a
A Contribuição do Building Information Modeling para a Gestão de Projetos
Julho 2014
A Contribuição do Building Information Modeling para a Gestão de
Projetos
Edilson da Costa Tavares Junior - [email protected]
MBA Gestão de Projetos em Engenharias e Arquitetura
Instituto de Pós-graduação e Graduação - IPOG
Recife, PE, 06/12/2013
Resumo
A crescente demanda por projetos consistentes e com informações mais coordenadas e
precisas é uma realidade nos empreendimentos nacionais e internacionais. Nesse cenário, a
adoção do Building Information Modeling e toda a revisão do método projetual, incluindo a
interoperabilidade entre diferentes sistemas e profissionais de outras disciplinas –
arquitetura, instalações, estrutura, etc., torna-se indispensável e irreversível. O levantamento
dos dados para esse artigo desenvolveu-se através de pesquisa bibliográfica e levantamento
exploratório de informações e recursos em sites de experts no assunto e revistas
especializadas. O resultado apresenta a evolução dos softwares CAD (Computer Aided
Design) para uma nova plataforma, que engloba, além da geometria tridimensional, um
banco de dados dos elementos construtivos e fornece uma gama de informações úteis, não
apenas na fase de projeto, mas durante o ciclo de vida da edificação. Essa funcionalidade,
aliada a um levantamento preciso de materiais e documentação consistente, auxiliará o
gestor de projetos numa série de tomadas de decisões dentro da cadeia produtiva. O artigo
apresenta um breve estudo sobre as capacidades da tecnologia BIM (Building Information
Modeling) e sua contribuição para a Gestão de Projetos.
Palavras-chave: Gestão de Projetos. Building Information Modeling. Sistemas Colaborativos.
1. Introdução
O setor da construção civil segue no caminho contrário ao de outros setores, a exemplo do
automobilístico, e investe pouco na implantação de tecnologia. A utilização do Building
Information Modeling foi percebida há bem pouco tempo nas construtoras, sua utilização é
mais notada nos escritórios de arquitetura, porém apenas como software de desenho,
subutilizando a ferramenta. A falta de planejamento traduzida em barreiras culturais e
resistência em investimentos de tempo e recursos contribuem para a pouca difusão do BIM
nas empresas. Cada vez mais é necessário projetar e construir com maior qualidade, reduzir o
desperdício e cumprir os prazos, o planejamento aliado a uma tecnologia que permita antever
as interferências entre as interfaces de projetos de disciplinas diferentes, na qual os
profissionais passem mais tempo projetando e menos tempo desenhando, em que as vistas
(plantas, cortes, fachadas, etc) estejam dinamicamente interligadas e uma modificação
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repercuta em todas as outras vistas do projeto e tabelas, dentre outras várias possibilidades, é
uma alternativa atrativa diante das novas configurações do mercado da construção. Torna-se,
portanto uma via de mão única para a evolução na maneira de projetar e entregar os projetos
como um produto mais elaborado e melhor acabado.
Segundo Manzione (2011:1), o empresário brasileiro ainda não se deu conta das vantagens da
adoção da tecnologia: "Ele precisa entender que o BIM pode proporcionar mais lucros, pois
permite desenvolver novos processos de trabalho que possibilitam a simulação de alternativas,
a avaliação imediata dos custos e a redução do tempo de projeto".
O apanhado de boas práticas para a Gestão de Projetos, PMBOK (2008) (Project
Management Book of Knowledge) que se apresenta como um guia, fornecendo a base da
metodologia para a gestão definida pelo PMI (Project Management Institute) em conjunto
com o BIM (Building Information Modeling) que utiliza o conceito de compartilhamento e
interoperabilidade, onde todos os envolvidos no projeto trabalham de forma conjunta sobre
um mesmo modelo tridimensional parametrizado e constantemente alimentado com
informações que podem influenciar tomadas de decisões, apresenta-se como uma resposta
para a colaboração entre projetos e potencializa os resultados positivos durante o ciclo de vida
de um empreendimento.
No entender de Dornelas (2012), é importante que se busque maneiras de conduzir o processo
de forma integrada para se alcançar a plena utilização da tecnologia a favor da melhoria na
gestão dos empreendimentos. Uma vez garantido um ambiente ideal para essa nova maneira
de projetar, muitos benefícios podem ser adquiridos no processo, tais como:

análise, simulação e extração de dados do modelo;

estudos preliminares e conceito de viabilidade;

melhor visualização e compreensão do escopo;

eliminação de ineficiências e redundâncias;

detecção de interferências (clash detection);

compatibilização de especialidade (arquitetura, estrutura, instalações, etc.);

antecipação de problemas;

maior segurança na tomada de decisões;

facilidade de modificações;

escolha do melhor método construtivo;

quantificação automática de insumos e custos;
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
redução dos desperdícios e da variabilidade das estimativas de custos:

simulação de desempenho energético e de sustentabilidade;

aumento da qualidade e redução de tempo e custo da construção;

propostas mais coerentes com as solicitações do cliente e

exploração de alternativas de forma rápida e segura.
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2. Building Information Modeling
2.1. Conceito
Para Eastman et al.. (2013:13) o BIM é "uma tecnologia de modelagem e um conjunto
associado de processos para produzir, comunicar e analisar modelos de construção".
Em uma definição mais completa Campbell (2006) apud Eastman et al.. (2013:13) afirma que
sua companhia pensa no BIM como uma simulação inteligente de arquitetura e que para que
haja uma implantação integrada, essa simulação deve exibir seis características principais:

digital;

espacial (tridimensional);

mensurável (quantificável, dimensionavel e consultável);

abrangente (incorporando e comunicando a intenção de projeto, o desempenho da
construção, a construtibilidade e incluir aspectos sequenciais e financeiros de meios e
métodos);

acessível (a toda a equipe do empreendimento e ao proprietário por meio de uma interface
interoperável e intuitiva), e

durável (utilizável durante todas as fases de vida de uma edificação.
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Figura 01 - Ciclo de vida do BIM na cadeia produtiva da AEC
Fonte: http://www.neuralenergy.info/2009/06/building-information-modeling.html
O BIM é um processo baseado em modelos digitais, compartihados, integrados e
interoperáveis denominados Building Information Models, sendo assim, o Building
Information Modeling pode ser definido como um processo que permita a gestão da
informação, enquanto o Building Information Model é o conjunto de modelos compartilhados,
digitais, tridimensionais e semanticamente ricos, que formam a espinha dorsal do projeto.
(Manzione, 2011).
Para Nederveen, Beheshti e Gielingh (2010) apud Manzione (2013), o BIM é um modelo de
informação sobre um edifício que poussui informação completa e suficiente para dar suporte
aos processos do ciclo de vida do edifício, como ilustrado na FIGURA 02. Modelo este que
comporta informações sobre o edifício e seus componentes e contém informações sobre
características dos elementos construtivos como funções, forma, materiais e processos.
Nos sistemas CAD (Computer Aided Design) tradicionais a geometria é baseada em vetores e
coordenadas, similar ao processo de desenho nas pranchetas, em que são desenhadas (em
desenhos isolados) representações em duas dimensões dos elementos construtivos e todas as
informações são textos facilmente editáveis. Há sempre o risco de inconsistências e alterações
que implicam em retrabalho e diversas modificações manuais. No BIM a geometria é
fundamentada em modelos tridimensionais paramétricos com as informações atreladas.
Trabalha-se diretamente com os elementos construtivos de diferentes disciplinas (paredes,
janelas, tesouras, instalações, etc) em um modelo único e qualquer alteração, realizada em
qualquer vista, repercute automaticamente nas outras vistas do projeto e quantitativos.
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Eastman (2013:94) diz que “o fundamento do BIM é um modelo coordenado e rico em
informações, que permite a prototipagem virtual, análises e a construção virtual de um
projeto”.
Para Sacks (2012) apud Manzione (2013:41), "a tecnologia é interessante, excitante e possui
muitas capacidades, mas seu objetivo principal é criar situações em que os profissionais
possam colaborar uns com os outros da melhor forma possível. E, se isso não for alcançado,
teremos feito muito pouco".
Figura 02 - Ciclo de vida do edifício e o BIM
Fonte: Manzione (2013)
2.2. Colaboração
Melhado (1994) apud Manzione (2013) disserta a respeito da crescente complexidade das
edificações exige um número cada vez maior de projetistas e consultores, forçando o setor da
construção a produzir novas conformações técnicas que possibilitem o trabalho colaborativo,
pois as práticas atuais já não respondem às demandas do mercado.
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Figura 03 - Interoperabilidade
Fonte: Revista Au, edição 208 - Julho/2011
A colaboração entre as disciplinas e profissionais é um ponto chave para o sucesso de um
projeto baseado em BIM (Figura 04), deve-se entender o modelo como um todo e não mais
como desenhos isolados, as informações devem ser compartilhadas constantemente e
envolver o cliente, caso contrário adotar-se-á o processo atual de contratações de projetos
isolados e entregas individuais e assim subutlizar a tecnologia. Kalay (1998) apud Manzione
(2013) conceitua colaboração como um acordo entre os envolvidos para compartilhar suas
habilidades em processos e atingir os objetivos do projeto como um todo.
Leicht (2009) apud Manzione (2013) pontua que há três elementos que definem colaboração:

é um processo;

envolve a interação entre duas ou mais pessoas, e

é preciso trabalhar em conjunto para alcançar um objetivo comum.
Segundo Manzione (2011), atualmente, utiliza-se o sistema "baseado em entregas", no qual os
profissionais de projeto são contratados individualmente e entregam seus projetos isolados,
em CAD e dependem de uma sequência (arquitetura - estrutura - elétrica - hidráulica especiais). Esse processo gera muitas inconsistências e retrabalho, resultando em desperdício
de tempo e recursos. Recursos estes que nem sempre o cliente está disposto a dispender.
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O compartilhamento de informações é fundamental para o BIM. Para que haja a troca dessas
informações entre diferentes softwares e equipes de projeto existe o IFC (Industry Foundation
Class), que nada mais é que um formato de arquivo para permitir intercambialidade de dados.
Eastman et al. (2013) explica que o IFC foi desenvolvido para o intercambio de um grande
conjunto de representações de dados da construção entre programas na área de AEC
(Architecture, Engineering and Construction), como mostra a Figura 03. É um modelo de
dados de tradução, que não pertence a fabricantes de aplicativos e disponível livremente.
Padronizando as informações compartilhadas. As grandes empresas de informática pensam de
forma contrária: desejam um formato proprietário, onde apenas um software seria o padrão.
Essa alternativa revela-se perigosa, pois as empresas ficariam presas a preços, atualizações e
um único formato de arquivos.
O IFC ainda não exporta totalmente os dados de projeto e geometrias, porém é preciso
observar se as informações perdidas durante o processo de criação do arquivo são relevantes.
É um formato de interoperabilidade que ainda não está completo, mas que está em constante
aperfeiçoamento.
Figura 04 - Conceito de modelo compartilhado
Fonte: Manzione (2013)
2.3. Implantação
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"A adoção de sistemas BIM no mercado da construção civil será gradual e em um primeiro
momento coexistirá com os desenhos gerados por softwares CAD em duas dimensões e
modelos em três dimensões" (BERNSTEIN, 2004 apud COELHO, 2009:3).
Manzione relata que:
O surgimento dos sistemas BIM mostra que um novo paradigma para o trabalho colaborativo
precisa ser criado. Porém, em um estágio inicial, observado ainda no Brasil, percebe-se que as
equipes de projeto continuam a trabalhar de maneira individual e com trocas de informações
somente nos momentos de eventos-chave de compatibilização. Na prática continua-se
trabalhando de forma convencional, sem o aproveitamento dos benefícios possíveis da
tecnologia BIM. (MANZIONE, 2013).
A transição do CAD para o BIM será menos impactante por conta da informatização que já é
uma realidade nos escritórios e empresas, diferente de quando se migrou da prancheta para o
computador. Porém o BIM exige uma quebra de paradigmas, modificando a forma de
trabalhar, onde as fases preliminares requerem mais tempo para alimentação das informações
do modelo e menos tempo para o projeto executivo e detalhamento. Contudo, o BIM não
pode ser encarado apenas como uma evolução do CAD, pois modifica o processo projetual, as
organizações e procedimentos de negócios das empresas. Nos escritórios e empresas que
passaram a utilizar essa tecnologia existem equipes desenvolvendo projetos em BIM e CAD,
isso prolonga o tempo de aprendizado, já que a primeira conseqüência da adoção da
tecnologia é uma sensível queda da produtividade. Há empresas que terceirizam esse
processo, porém, é uma alternativa pontual que não resolve o problema. Para que haja
eficiência, a terceirização deve ser acompanhada, oque exige o domínio do processo
demandado pelo BIM.
A oferta de bibliotecas de componentes construtivos para utlização nos aplicativos de projeto
por parte da indústria de AEC (Architecture, Engineering and Construction) ainda é muito
escassa, é preciso um investimento maior para que nos projetos estejam os produtos
corretamente especificados. É um esforço que deve ser realizado em conjunto, pois
modificará a forma de contratação e colaboração dos projetos. Entidades como CAU
(Conselho de Arquitetura e Urbanismo), AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de
Arquitetura), ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural),
ABRASIP (Associação Brasileira de Sistemas Prediais), SINDUNSCON (Sindicato da
Construção) e SECOVI (Sindicato da Habitação), deveriam participar desse debate com o
intuito de incentivar a cadeia produtiva na criação desses componentes. A participação do
Governo é fundamental para a difusão da utilização do BIM, programas como o PAC
(Programa de Aceleração do Crescimento) e Minha Casa Minha Vida poderiam ter a
exigência de entrega do projeto e do modelo em arquivos BIM. Na atualidade a disciplina
quem tem menos investimentos e, por conseqüência, maior dificuldade de se obter
componentes é a de instalações, também conhecida como MEP (Mechanical, Electrical and
Plumbing). Um dos motivos é a complexidade da modelagem das tubulações e equipamentos,
pois é preciso conhecer o dimensionamento, materiais, espessuras, classes, etc. Tudo isso
contribui para a correta especificação dentro do modelo. O fato da deficiência num elo da
cadeia de projeto é preocupante por ser a que recebe as menores remunerações.
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Com a implantação dessa nova plataforma as empresas passarão a incluir no seu cotidiano,
além do avanço tecnológico, nomenclaturas e processos que não estão acostumadas. São
exemplos: O IFC (Industry Foundation Class), que é o formato de interoperabilidade entre
softwares e disciplinas diferentes e o Master Format, que é um método de classificação norte
americano para os elementos construtivos - não existe iniciativa similar no Brasil, será preciso
um esforço da indústria para entender como o BIM funciona e como uma biblioteca de
componentes parametrizados com um banco de dados incorporado pode auxiliar na correta
especificação dos produtos.
Kymmel (2008) apud Dornelas (2012:4) afirma que “a conformação da equipe influenciará
diretamente nos resultados finais obtidos, tornando-se essencial um efetivo gerenciamento dos
recursos humanos a fim de se obter um resultado satisfatório com o uso da ferramenta”.
Portanto é preciso que haja o gerenciamento do processo; do treinamento a medição dos
resultados para garantir a correta implantação da plataforma, vide Figura 05. É uma atividade
que exige tempo e dedicação por conta da complexidade da construção civil.
De acordo com Delatorre (2011), a implantação da tecnologia deve envolver:

definição da estratégia de acordo com o perfil da empresa;

apoio da alta diretoria;

análise da maneira que o BIM pode agregar valor à empresa;

definição de metas claras e objetivas;

alinhamento com a visão organizacional;

definição do escopo;

definição do programa de necessidades;

definição dos requisitos das equipes e usuários chave;

programação de treinamentos;

avaliação constante de processos e ferramentas;

planejamento do projeto em etapas claras;

medição através de indicadores claros e

processo de melhoria contínua e busca por otimização.
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Figura 05 - Modelo de implantação do BIM
Fonte: Revista Au, edição 208 - Julho/2011
Para Eastman et al. (2013:133), “proprietários podem entregar o máximo valor para suas
organizações ao construir lideranças e conhecimentos internos, ao selecionar prestadores de
serviços com experiência e know-how em projetos BIM, ao educar a rede de prestadores de
serviços e ao modificar os requisitos contratuais”.
O BIM agiliza a entrega de edifícios com maior qualidade e desempenho, facilita a
colaboração entre os envolvidos no projeto, diminuindo o retrabalho e as correções na obra,
otimizando as entregas, tornando-as mais eficientes e confiáveis, reduzindo o tempo e o custo
do empreendimento.
Eastman et al. (2013), afirma que são vantagens para o empreendedor que utiliza o BIM:

aumento do valor do edifício: com as simulações de eficiência energética pode-se antever
problemas futuros e melhorar o desempenho do edifício;

redução de cronograma: utiliza-se o modelo para coordenar e pré-fabricar partes do
projeto, reduzindo a fabricação no canteiro;

estimativas de custo confiáveis e precisas: quantitativos automáticos gerados pela
geometria e que podem ser alterados facilmente e em tempo real;
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
conformidade com o programa: análises constantes em relação ao programa de
necessidades, legislação e escopo;

instalações: antever os sistemas prediais (Figura 06) e os acabamentos, e

gerenciamento e manutenção: com o modelo as-built, há uma base de dados para
manutenções e modificações futuras.
Figura 06 - Projeto de instalações, com distribuição dos dutos de ar condicionado e bandejas elétricas, com
detecção de eventuais interferências das instalações com as estruturas. Do edifício 112 Barcelona, na
Espanha, projeto de Idom Acxt
Fonte: Revista Au, edição 208 - Julho/2011
Para que o BIM seja corretamente utilizado devem ocorrer mudanças na forma de contratação
dos prestadores de serviços, na abordagem em relação aos projetos e modificação no processo
de entregas. De acordo com Laurenzo (2005) apud Eastman et al. (2013:94), "os processos de
produção enxutos e a modelagem digital revolucionaram as indústrias aeroespacial e de
manufatura".
Em relação a os sistemas CAD 2D atuais, que apresentam análises de forma independente dos
desenhos de forma repetitiva, enfadonha e propensa a falhas o BIM apresenta a
funcionalidade de associar informações do projeto com processos de negócios, orçamento,
previsão de vendas e operação do edifício. A Figura 07 demonstra a comparação dos esforços
na geração de documentação entre o processo atual de desenhos e documentação
independentes e a eficiência da integração modelo-dados do BIM.
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Figura 07 - Comparativo da documentação tradicional e documentação em BIM
Fonte: Adaptado de Eastman et al. (2013)
Jackson (2002) apud Eastman et al. (2013) assegura que os empreendedores passaram muito
tempo preocupados apenas com custos, cronogramas e qualidade. Isso fez com que deixassem
de ser agentes transformadores e influenciadores na indústria da construção. Contudo, as
oscilações do mercado estão modificando a visão desses empresários e algumas características
do BIM servem como impulsionadores e motivam a mudança de paradigma:

confiabilidade de custos e gestão: por ser facilmente alimentável, o BIM proporciona
quantitativos e estimativas mais confiáveis;

gestão do cronograma: a redução do tempo de lançamento de um empreendimento pode
ser auxiliada pelo uso de modelos paramétricos para coordenação tridimensional, préfabricação, planejamento e modificações na obra;
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
complexidade da infraestrutura: o uso de um modelo tridimensional que integra todos os
sistemas prediais, estrutura e arquitetura proporciona maior qualidade na execução,
facilidade de manutenção, conformidade com a legislação e normas e redução de conflitos
entre as equipes e entre os prestadores de serviços;

sustentabilidade: redução do consumo de energia por meio da análise de eficiência
energética e aumento da produtividade operacional futura, utilizando a simulação do
comportameno da edificação no decorrer do tempo (Figura 08);

mão de obra e comunicação: aumenta a eficiência da mão de obra pela pré-fabricação e
planejamento do trabalho em campo, supera barreiras de linguagem através de modelos
tridimensionais interativos e instrui com mais rapidez novas equipes que entram no
projeto;

avaliação do projeto: análise de conformidade com o programa de necessidades, gestão do
escopo, maior feedback dos interessados após visualização da simulação tridimensional
do edifício, obter alternativas de design rapidamente e simulação da operação das
instalações, e

gerenciamento de informação: retroalimentação fácil e ágil da base de dados,
gerenciamento de ativos de facilidades e avaliação dos impactos de manutenção ou
alteração.
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Figura 08 - Simulação no Ecotect do grau de insolação e sombreamento para escola municipal em Badalona,
Espanha. Projeto da Idom ACXT
Fonte: Revista Au, edição 208 - Julho/2011
A utilização do BIM isoladamente não rende resultados. O BIM é um conjunto de processos
de trabalho que precisam ser apoiados pela equipe de projetos, pela gerência e
empreendedores. São pontos consideráveis na adoção do BIM:

realização de um projeto piloto com prazo curto, equipe treinada e objetivo claro;

realização de exercícios práticos durante o projeto;

manutenção do foco em objetivos e negócios específicos;

estabelecimento de indicadores de desempenho e acompanhar a evolução, e

participação do empreendedor.
3. Building Information Modeling e a Gestão de Projetos
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3.1. Gestão de Projetos
O Guia PMBOK (2008) assevera que a gestão de projetos é a aplicação de conhecimentos,
habilidades, ferramentas e técnicas durante um projeto para atender a os seus requisitos.
Basicamente segue o ciclo PDCA (Plan, Do, Check and Act) (FIGURA 09). Sua aplicação é
realizada através de quarenta e dois processos distribuídos em seis grupos:

iniciação: é o termo de abertura do projeto - documento que autoriza o início do trabalho;

planejamento: é o desenvolvimento do plano de gerenciamento do projeto - documento
que contempla todas as áreas do conhecimento do PMBOK (2008) e controla tudo o que
acontece no decorrer do projeto;

execução: garantir a correta execução do trabalho e que o projeto reflita exatamente as
expectativas dos interessados;

monitoramento e controle: monitorar todas as atividades, das mais simples até as mais
complexas para identificar possíveis problemas. Uma vez encontrados esses problemas,
consultar os interessados para entender sua natureza, tentar resolvê-lo e atualizar o plano
de gerenciamento afim de evitar a mesma situação no futuro; e

encerramento: última etapa do projeto. Deve-se ter tudo documentado para que as lições
aprendidas em um projeto orientem os passos em um novo.
Figura 09 - Ciclo PDCA
Fonte: http://certificacaoiso.com.br/pdca-sabe-e/
3.2. Gestão da Integração e o BIM
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No que concerne a gestão de processos de projetos, Ballard e Korkela (1998) apud Manzione
(2013) endossam que nas práticas atuais o planejamento e o controle são substituídos pelo
caos e improvisações, causando falhas de comunicação, geração de documentos
inconsistentes, falta de informação, alocação insuficiente de recursos, ausência de
coordenação entre as disciplinas e consequentemente erros nas tomadas de decisões.
Dornelas (2012) ressalva que todas as áreas do conhecimento do PMBOK (2008) estão
relacionadas entre si através dos processos de integração. Como o BIM utiliza conceito
similar de colaboaração e trabalho compartilhado, os dois podem se ajudar mutuamente. A
Gestão da Integração pode contribuir com o sucesso de um empreendimento baseado nessa
tecnologia, pois pode aprimorar a coordenação de todos os processos e mobilizar os
envolvidos para o uso da ferramenta. Por outro lado, o BIM possibilita maior eficiência por se
tratar de um modelo compartilhado, fruto da colaboração e diversas equipes.
Seguindo o raciocínio dos cinco grupos do PDCA, na ótica do Gerenciamento da Integração
segundo o PMBOK (2008), cria-se uma relação com o Bulding Information Modeling para
aprimorar os processos e otimizar a execução da obra, para constituir o sucesso de um
empreendimento. Dornelas (2012) desenvolveu um quadro que ilustra a proposta colaborativa
de relação entre o Gerenciamento da Integração e o ambiente BIM:
Gestão da Integração
BIM
ESCOPO
Definição
Requisitos
EAP
Verificação
Controle
Visualização 3D
Facilidade de modificações
Estudos preliminares
Representações realísticas
Verificação de normas e requisitos
Especificações
TEMPO
Definição
Sequenciamento
Cronograma
Recursos
Duração
Controle
Exploração de alternativas com segurança e
rapidez
Trabalho simultâneo dos envolvidos
Elaboração do cronograma através das
informações extraídas do modelo
Documentação automática (desenhos,
relatórios, tabelas, etc)
Simulação da execução da obra
CUSTO
Estimativa
Orçamento
Controle
Estudos de viabilidade
Quantificação automática de custos
Redução de desperdício
Redução de variabilidade de custos
Estimativas mais seguras
Construção enxuta
QUALIDADE
Planejamento
Garantia
Controle
Análises:
o estruturais
o eficiência energética
o sustentabilidade
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o conforto térmico
Planejamento e correção da produção
Compatibilização dos projetos
Definição do processo construtivo
Proposta condizente com as expectativas do
cliente
Documentação e detalhamento precisos
Eliminação de ineficiências e redundâncias
RH
Planejamento
Mobilização
Desenvolvimento
Gerenciamento
Patrocinador
BIM Manager
Arquiteto
Engenheiro
Construtor
Especialistas
Cliente
COMUNICAÇÃO
Identificação das partes interessadas
Planejamento
Distribuição de informações
Gerenciamento das expectativas
Reporte de desempenho
Ambiente colaborativo
Interoperabilidade
Coordenação espacial
Tecnologia móvel no canteiro de obras
Facilidade na troca de informações
RISCOS
Planejamento do gerenciamento
Identificação
Análise qualitativa
Análise quantitativa
Respostas
Monitoramento e controle
Detecção automática de interferências
Antecipação de problemas
Segurança na tomada de decisões
Simulações
AQUISIÇÕES
Planejamento
Condução
Administração
Encerramento
Quantificação automática de insumos
Gestão dos suprimentos
Tabela 01: Inter-relação entre o Gerenciamento da Integração e o BIM
Fonte: Dornelas (2012)
Com o incremento na utilização do BIM as empresas estão criando o cargo de Gerente BIM
(BIM Manager). Barison e Santos (2010) apud Manzione (2013), relatam que as empresas
precisam de um novo profissional que atenda as exigências do trabalho com essa nova
tecnologia e que sua principal função será gerenciar as pessoas na implementação e/ou
manutenção dela.
Para o Building and Construction Authority (2012) apud Manzione (2013), as
responsabilidades do BIM Manager são:

Estabelecer e acordar um plano de execução BIM, garantindo o seu cumprimento e
melhoria contínua, e também praticar todas e quaisquer responsabilidades ou funções,
conforme exigidas no Plano de Execução BIM;
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
A Contribuição do Building Information Modeling para a Gestão de Projetos
Julho 2014

Criar, apagar, modificar e manter os direitos de acesso adequados para os usuários, para
evitar perda de dados ou danos durante a troca de arquivos, manutenção e arquivamento;

Definir o ponto de origem do modelo, sistema de coordenadas e unidades de medida;

Definir o nome do modelo;

Facilitar a coordenação do modelo promovendo reuniões, incluindo análises de
interferências e emissão de relatórios periódicos de compatibilização;

Dar a solução para o armazenamento do modelo;

Controlar a nomenclatura das versões do modelo;

Controlar os direitos de acesso dos usuários;

Agregar o modelo, tornando-o disponível para visualização;

Receber novos modelos, coordenar a troca de modelos, validar os arquivos, liberando-os
para os demais projetistas, em acordo com os protocolos aplicáveis do plano de execução
do BIM, mantendo uma cópia de segurança de cada arquivo recebido;

Tomar as precauções necessárias para garantir que não ocorram problemas de
interoperabilidade, providenciando, para isso, os requisitos necessários de hardware,
software, licenças, formato de arquivos e necessidades de espaços de trabalho
colaborativos;

Determinar as convenções a serem seguidas para o processo de revisão dos modelos BIM;

Estabelecer um protocolo de segurança de dados para prevenir a ocorrência de dados
corrompidos, vírus, mau uso de dados ou danos deliberados pelos membros da equipe de
projetos e outros;

Responsabilidade pelos backups regulares dos dados dos servidores de modelo;

Processamento de rotinas para garantir a segurança do modelo de dados;

Atualizar os aplicativos para impedir vulnerabilidades documentadas pelos fabricantes de
software no modelo;

Estabelecer e manter a proteção de dados através de mecanismos de encriptação de dados;

Documentar e relatar qualquer incidente relacionado com o modelo;

Transferir incondicionalmente para o seu eventual sucessor todas as informações
necessárias para a continuidade do trabalho.
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A Contribuição do Building Information Modeling para a Gestão de Projetos
Julho 2014
Esse novo profissional é muito útil quando existem grandes projetos, em que utilizem muitos
modelos e sub-modelos, porém deve ser subordinado ao Gerente de Projeto, pois este detem o
conhecimento técnico e organizacional do processo de projeto. O ideal seria a capacitação de
todos os envolvidos: gestores, coordenadores, técnicos, etc., com o intuito de criação de
núcleos de BIM dentro da empresa, afim de que, ao ficarem mais experientes, passem a
utilizar configurações e recursos mais avançados. Manzione (2013) destaca que não é
necessário criar uma nova profissão, mas sim o aperfeiçoamento de um profissional, como o
coordenador de projetos, já que diversas atribuições do BIM Manager estão dentro das suas
funções, tais como: promover reuniões entre a equipe de projeto; emitir relatórios periódicos
de compatibilização; coordenar a troca de modelos; validar os arquivos, liberando-os para os
demais projetistas; definir o ponto de origem do modelo, sistema de coordenadas e unidades
de medida; etc.
4. Conclusão
A ausência de planejamento leva as empresas a apenas utilizar a compatibilização de projetos
e o levantamento de quantitativos. É necessário que sejam aproveitadas as diversas
funcionalidades da tecnologia, tais como: modelo virtual do edifício, realidade aumentada,
opções de design para um mesmo projeto, análise estrutural e de eficiência energética, etc.
A curto prazo o uso do BIM será obrigatório nas empresas de projeto e construção, a redução
de inconsistências e retrabalho reduzirão o tempo de projeto e de obra, gerando economia que
será rapidamente percebida pelos investidores. A informação alcançará níveis maiores e
proporcionará maior controle e precisão dos projetos. Os escritórios e empresas de projetos
que já adotaram o BIM estão agregando vantagem competitiva ao oferecerem a os seus
clientes uma tecnologia que permita um entendimento maior dos projetos, entregando no
prazo e reduzindo despesas.
A utilização do BIM em conjunto com o Gerenciamento da integração será de fundamental
importância para a indústria de AEC. O conceito de trabalho colaborativo, interoperabilidade
e compartilhamento de informações de um e o conjunto de boas práticas e processos de outro,
contribuirão para a evolução da Gestão de Projetos de Engenharias e Arquitetura.
Referências
EASTMAN, Chuck et al. Manual de BIM: Um Guia de Modelagem da Informação da
Construção para Arquitetos, Engenheiros, Gerentes, Construtores e Incorporadores.
Bookman, 2013. 483p.
MANZIONE, Leonardo. Desafios do BIM. Revista Téchne - Edição 196 - Julho/2013.
Disponível em http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/196/artigo294034-1.aspx. Acesso
em 21/09/2013.
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014
A Contribuição do Building Information Modeling para a Gestão de Projetos
Julho 2014
MANZIONE, Leonardo. Seria o Gerente BIM um Agente Necessário? - Agosto/2013.
Disponível em http://www.coordenar.com.br/seria-o-gerente-de-bim-um-agente-necessario/.
Acesso em 21/09/2013.
MANZIONE, Leonardo. Proposição de uma estrutura conceitual para a gestão do
processo de projeto colaborativo com o uso do BIM. 2013. 353 p. Tese (Doutorado) Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo.
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (USA). Um Guia de Conhecimento em
Gerenciamento de Projetos: Guia PMBOK. 4 ed. Pennsylvania. 2008. 337p.
DORNELAS, Ramon Lima. A tecnologia BIM e o Gerenciamento da Integração: Uma
Proposta Colaborativa. 2012. Artigo (Especialização em Gestão de Projetos de Engenharia)
- Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Minas Gerais.
DELATORRE, Joyce. BIM na prática: Como Uma Empresa Construtora Pode Fazer
Uso da Tecnologia BIM. In: Autodesk University. 2011. São Paulo.
COELHO, S. Novaes, C. Modelagem de Informações para Construção (BIM) e
Ambientes Colaborativos Para Gestão de Projetos da Construção Civil. 2009. Artigo
(Programa de Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil) - Universidade Federal de
São Carlos. São Paulo.
GREENE, Jennifer and STELLMAN, Andrew. Use a Cabeça! PMP. Tradução da 2 ed. Alta
Books. 2010. 794p.
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