clque aqui - Grupo de Desenvolvimento

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E STA D O D E M I N A S
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S Á B A D O ,
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D E
J U N H O
D E
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ECONOMIA
❚ FEITO À MÃO
Temporada brasileira na Macy’s força segunda remessa e abre as portas de outras grandes
redes para o artesanato mineiro, que espera negociar R$ 4 milhões no exterior este ano
Minas nas prateleiras do mundo
EULER JUNIOR/EM/D.A PRESS - 24/6/09
MARTA VIEIRA
Tigelas e panelas de pedra-sabão produzidas no interior de
Minas Gerais, além de objetos decorativos em madeira esculpidos
na capital, predominam nos pedidos da segunda remessa do artesanato brasileiro à cadeia varejista norte-americana Macy’s,
dentro da temporada em homenagem ao país prevista até 15 de
julho. A renovação do estoque,
em plena produção nas oficinas
de Minas Gerais e de Pernambuco, mostra o sucesso da exposição inédita da arte popular típica
do Brasil na rede de lojas, que começa a abrir oportunidades surpreendentes em outros magazines. Agora são as gigantes TJMaxx, dona das marcas Home Goods, Home Sense e Winners, e a janopesa Seven & I, holding da Sogo e Seibu, que desejam as criativas peças artesanais.
A equipe do departamento de
compras da TJMaxx bateu o
martelo nas negociações e entrou na fase de escolha dos produtos junto ao Instituto Centro
Cape, braço do Mãos de Minas,
maior central de cooperativas de
artesãos do estado. O interesse
da empresa é oferecer a clientes
dos Estados Unidos e Europa artesanato em madeira, fibra vegetal, cerâmica, papel marchê, e capim-dourado, conta a presidente do Instituto Centro Cape e da
Associação Brasileira de Exportação de Artesanato (Abexa), Tânia
Machado. “Na Macy’s, o artesa-
JACKSON ROMANELLI/EM/D.A PRESS - 20/4/10
O QUE NOS INTERESSA
Mais emprego
e qualidade
Produção de Eduardo Eleutério já é cinco vezes maior que a inicial
Para Dionísia Gomes, exportação valoriza o trabalho do artesão
nato foi o único segmento da
produção brasileira que precisou
repor os estoques. A rede nos
deu uma visibilidade enorme no
exterior”, afirma.
Como meta inicial de contrato, a rede TJMaxx, de decoração e
utensílios domésticos, admitiu a
possibilidade de compras no valor de US$ 1 milhão, depois de enviar seus representantes ao Brasil
para conhecer o trabalho das oficinas e ateliês. Segundo Malu
Drumond, coordenadora da área
de exportação do Instituto Centro Cape, os primeiros embar-
vendas antigo que Eleutério
abriu nos Estados Unidos, as exportações mais recentes ajudaram a levar a produção a um ritmo cinco vezes superior ao do
início da oficina dele em Belo Horizonte, nove anos atrás.
A dificuldade do artesão, de
acordo com Eleutério, está na falta de capital de giro para investir
no aumento da produção e assim
ter condições de atender clientela maior no mercado interno e no
exterior. Concorda com ele a artesã Dionísia José Gomes, mestre na
arte de confeccionar panelas e ob-
ques deverão sair do Brasil no
ano que vem. Os contatos com a
Seven & I estão apenas na etapa
inicial, com o mérito de que foi a
rede que tomou a decisão de procurar a Abexa e o Centro Cape.
Envolvido na produção para
de objetos de madeira para a rede Macy’s, o artesão Eduardo
Eleutério Albuquerque considerou a experiência um vasto
aprendizado para conquistar
clientes no exterior. “Expor lá fora significa valorização do nosso
produto, inclusive, como design”,
diz. Combinadas a um canal de
jetos de pedra-sabão em Santa Rita de Ouro Preto, distrito da cidade histórica da Região Central de
Minas. “Exportar valoriza o trabalho da gente”, afirma Dionísia.
A Abexa tem pretensões ambiciosas para as exportações de
artesanato do Brasil neste ano.
Tânia Machado observa que a
expectativa para o artesanato de
Minas, despachado pelo Instituto Centro Cape, é dobrar os negócios no exterior, chegando a
uma cifra de US$ 4 milhões. A
estimativa inclui o contrato com
a Macy’s ao redor de US$ 600 mil
A cultura das exportações ainda
é manca no Brasil, embora
represente avanços para as
empresas em qualidade e
inovação, dois fatores essenciais
que fazem parte da vida de
qualquer empreendedor
acostumado à disputa de
mercado no exterior. O país
também ganha com os
benefícios da exportação, seja
em geração de empregos e
renda, seja na melhora da
produção, influenciada pelas
exigências dos clientes
estrangeiros. Os brasileiros, no
entanto, engatinham, tendo em
vista a participação do país de
apenas 1,6% do comércio
internacional em 2011,
conforme levantamento da
Associação de Comércio
Exterior do Brasil (AEB).
em vendas nas lojas de Nova
York, Miami e São Francisco. O
universo de produtos expostos
na rede deverá atingir 1,7 mil peças. Nas negociações com a Seven & i, ainda é cedo para projeções, mas há forte promessa de
ingresso na cadeia de lojas, presente em 16 países.

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