3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO

Transcrição

3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
3.0
DESCRIÇÃO DO PROJECTO
3.1
Introdução
A actividade de prospecção de hidrocarbonetos (gás e petróleo) em Cabo Delgado e,
especificamente, nos distritos de Mocímboa da Praia e Palma não é nova. Actividades de
prospecção de hidrocarbonetos terão ocorrido naqueles distritos na década de 80 conduzida
por Franceses e Americanos. A ARTUMAS interpretou dados sísmicos colhidos naquela época.
É com base nessa informação que a empresa acredita na possibilidade de encontrar
hidrocarbonetos naquela Bacia.
A Bacia do Rovuma é equiparada a algumas grandes bacias de petróleo do Mundo, tais como,
a do Delta do Níger, Delta de Mahakam e do Golfo do México (ARTUMAS, 2006). Contudo, a
ARTUMAS ainda necessita de informação de melhor precisão para determinar com certeza a
disponibilidade e potencial da capacidade da Bacia do Rovuma em hidrocarbonetos.
Por isso, a ARTUMAS pretende realizar a prospecção no Bloco usando diferentes métodos de
pesquisa para conferir maior rigor aos dados. Com efeito, a prospecção sísmica e por
perfuração serão os métodos a usar para certificar a ocorrência ou não de quantidades
comercialmente viáveis de hidrocarbonetos no Bloco Terrestre da Bacia do Rovuma.
A ARTUMAS já tem mapeado o traçado das linhas sísmicas do tipo 2D. Contudo, ainda não
estão identificados os locais onde serão efectuados os trabalhos de pesquisa 3D e os furos de
prospecção.
3.2
Localização geográfica e administrativa da Concessão
O Bloco Terrestre da Bacia do Rovuma concessionado a ARTUMAS pelo Governo
Moçambicano tem uma extensão superficial de 15.000 km2, cujos vértices são definidos pelas
coordenadas apresentadas na Tabela 3-1.
Tabela 3-1. Coordenadas geográficas (decimais) dos vértices que delimitam o BlocoTerrestre
da Bacia do Rovuma
Vértice
A
B
C
D
X
40.50
39.50
39.50
40.50
Y
-10.41
-11.00
-12.00
-12.00
A área de concessionada à ARTUMAS Inc, no âmbito do projecto de exploração de petróleo e
gás na Bacia do Rovuma, situa-se na parte terrestre do Norte da Província de Cabo Delgado
(Figura 3-1).
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-1
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
Figura 3-1. Localização da Área de Estudo
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-2
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
Esta área abrange os Distritos de Palma, Mocímboa da Praia, Macomia, Nangade e parte do
Distrito de Mueda (vide Figura 3-2).
Figura 1-2. Localização geográfica e administrativa da área de estudo
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-3
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
Porém, o presente estudo concentra-se sobre a área onde decorrerão as actividades do
projecto que se circunscreve a regiões específicas dos seguintes distritos:




3.3
Distrito de Palma, abrangendo os Postos Administrativos de Quionga, Palma-Sede,
Olumbi e Pundanhar;
Distrito de Mocímboa da Praia, abrangendo os Postos Administrativos de Mocímboa da
Praia-Sede, Diaca, M’Bau e ainda a área administrativa pertencente ao Município de
Mocímboa da Praia;
Distrito de Macomia, abrangendo os Postos Administrativos de Quiterajo e Mucojo; e
Distrito de Nangade, abrangendo os Postos Administrativos de M’Tamba e Nangade.
Localização geográfica e Administrativa das linhas de prospecção Sísmica
Foram inicialmente propostas 25 linhas de prospecção sísmica com uma extensão total de
974,944km (Tabela 3-2). No decorrer do estudo essas linhas foram sendo reajustadas no seu
traçado e no comprimento total (vide carta em Anexo 1). No final, preve-se a possibilidade de
se abranger um total de 32 linhas numa extensão total de 1449 km para a prospecção 2D.
Destes, somente os potenciais 1000 km serão seleccionados para serem alvos da prospecção
2D.
Tabela 3-2. Coordenadas das linhas sísmicas mapeadas para a prospecção 2D.
Número de
ordem
1
1
2
2
3
3
4
4
5
5
6
6
7
7
8
8
9
9
10
10
11
11
12
Número da
linha
MZ07-00
MZ07-00
MZ07-01
MZ07-01
MZ07-02
MZ07-02
MZ07-03
MZ07-03
MZ07-04
MZ07-04
MZ07-05
MZ07-05
MZ07-06
MZ07-06
MZ07-07
MZ07-07
MZ07-08
MZ07-08
MZ07-09
MZ07-09
MZ07-10
MZ07-10
MZ07-11
Comprimento
(Km)
32.39
32.39
41.08
41.08
26.21
26.21
151.16
151.16
45.26
45.26
79.21
79.21
55.81
55.81
80.35
80.35
37.59
37.59
76.56
76.56
66.86
66.86
89.14
Coordenadas
X1
Y1
619131.20 8708414.66
651515.04 8707874.93
632683.15 8821598.88
632517.73 8780527.22
633344.56 8690140.00
659527.94 8691288.00
638345.81 8825580.77
649529.43 8675020.75
612248.33 8741105.55
656546.93 8731813.61
648667.55 8749120.48
643376.80 8828150.86
598609.51 8719559.62
654328.99 8722650.63
647766.69 8829419.35
651153.80 8749144.83
617881.58 8760674.75
655472.00 8760146.73
650529.37 8831412.51
655516.22 8755016.74
595383.65 8766842.65
662235.19 8765654.26
650657.87 8848224.75
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
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3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
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15
16
16
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17
17
17
18
18
19
19
20
20
21
21
22
22
23
23
24
24
25
25
26
26
27
27
28
28
29
29
29
29
MZ07-11
MZ07-12
MZ07-12
MZ07-13
MZ07-13
MZ07-14
MZ07-14
MZ07-15
MZ07-15
MZ07-17A
MZ07-17A
MZ07-17B
MZ07-17B
MZ07-17C
MZ07-17C
MZ07-18
MZ07-18
MZ07-20
MZ07-20
MZ07-22
MZ07-22
MZ07-24
MZ07-24
MZ07-26
MZ07-26
MZ07-28
MZ07-28
MZ07-30
MZ07-30
MZ07-32
MZ07-32
MZ07-34
MZ07-34
MZ07-36
MZ07-36
MZ07-40
MZ07-40
MZ07-42A
MZ07-42A
MZ07-42B
MZ07-42B
89.14
39.06
39.06
43.67
43.67
64.96
64.96
59.10
59.10
15.23
15.23
10.95
10.95
8.46
8.46
42.79
42.79
32.10
32.10
36.53
36.53
52.94
52.94
31.59
31.59
35.99
35.99
49.71
49.71
53.73
53.73
40.33
40.33
38.81
38.81
36.45
36.45
22.20
22.20
7.60
7.60
658693.71
630847.10
669893.09
656735.24
663515.64
598265.94
663227.03
662583.69
663713.01
668325.06
668096.71
667962.18
667798.04
667589.62
667462.80
620135.39
662877.80
638504.79
670491.32
639145.29
675335.41
620379.22
672681.12
637723.50
668731.53
628705.12
663879.69
619957.31
668743.26
625256.25
678305.90
632029.54
671949.75
633144.18
671680.42
636611.93
672919.33
643746.06
660644.73
662390.53
667780.04
8759739.61
8780967.44
8779978.19
8816510.31
8773367.71
8784480.53
8784884.96
8828296.00
8769246.86
8830325.39
8815092.20
8806117.59
8795167.37
8781263.05
8772802.93
8787405.55
8789154.22
8793701.62
8796425.65
8795986.93
8800930.84
8795045.65
8803260.04
8799497.00
8805546.89
8804245.27
8811801.00
8806139.36
8815667.56
8810747.44
8819234.02
8816070.04
8821812.39
8820516.62
8825115.93
8824098.58
8827291.44
8816988.43
8831381.75
8833119.69
8838484.92
A distribuição das linhas sísmicas ao nível dos postos administrativos e distritos é irregular
(Figura 3-3). Cerca de 80% das linhas sísmicas propostas localizar-se-ão nos Postos
Administrativos de Quionga, Palma e Olumbi no distrito de Palma. O Distrito de Mocímboa da
Praia é abrangido por 9 linhas sísmicas, com maior concentração na parte Nordeste. O Distrito
de Nangade é abrangido por secções das linhas 10 e 14, na parte Leste dos Postos
Administrativos de M’tamba e Nangade, respectivamente. O Distrito de Macomia é abrangido
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
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3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
por duas linhas sísmicas (linha 2 e 3) que atingem os Postos Administrativos de Quiterajo e
Mucojo. A linha 3 atinge o Posto Administrativo de Mucojo.
Figura 3-3 Localização das linhas sísmicas em relação aos Distritos e Postos Administrativos.
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-6
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
3.4
DESCRIÇÃO DAS ETAPAS E ACTIVIDADES PREVISTAS NO PROJECTO
A ARTUMAS irá desenvolver as suas actividades em locais demarcados usando técnicas de
prospecção sísmica 2D, 3D e perfuração exploratória numa sequência determinada conforme
se ilustra na Tabela 3-3.
Tabela 3-3. Sequência esquemática das etapas e actividades de prospecção propostas na
área de estudo
Fases
Mobilização
Funcionamento/operação
Desmantelamento
Duração
(meses)
Etapas
Desembargue e
transporte
de
material
e
equipamento
Detecção e remoção de
minas e outros engenhos
explosivos
Abertura
de
linhas
sísmicas
Estabelecimento / Recolha e registo de
Construção
de dados sísmicos
acampamentos
Remoção
do
equipamento,
reabilitação
e
encerramento das
linhas sísmicas e
locais
de
acampamentos
7
Desembargue e Abertura de picadas para
transporte
da acesso aos locais de
Plataforma
de perfuração
Perfuração
e Abertura de quatro (04)
outro
poços
equipamento
Remoção
do
equipamento,
reabilitação
e
encerramento das
áreas de perfuração
e acampamentos
Prospecção
sísmica 2D
e 3D
Abertura
de Testagem dos Furos
acampamentos
para
os
trabalhadores
4
Perfuração
exploratória
Para cada uma das principais actividades mencionadas a ARTUMAS irá sub-contratar operador
credenciado que levará a cabo as acções da sua respectiva competência. Cada uma das
actividades acima apresentada será a seguir discutida detalhadamente.
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-7
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
3.4.1
ETAPA DE PROSPECÇÃO SÍSMICA 2D
A prospecção sísmica é usada para identificar estruturas geológicas associadas à ocorrência
de hidrocarbonetos.
3.4.1.1 Fase 1: Mobilização
A fase de mobilização da presente etapa envolverá as seguintes actividades:
–
desembargue e transporte do equipamento; e
–
estabelecimento / construção de acampamentos.
a) Desembargue e transporte do equipamento de prospecção sísmica
O equipamento a ser usado na prospecção sísmica será transportado em barcos até ser
desembarcado ou no cais de Palma ou no Porto de Mocímboa da Praia. A partir deste ponto, o
equipamento será transportado em camiões até ao local das operações.
b) Estabelecimento/ construção de acampamentos
Para albergar a mão–de–obra expatriada serão estabelecidos acampamentos temporários
(satélites) perto das zonas de trabalho. Os acampamentos de trabalho incluirão dormitórios,
cozinhas e refeitórios, duches e latrinas e armazéns para o equipamento. Será necessário um
pequeno armazém perto de cada acampamento para guardar explosivos.
3.4.1.2 Fase 2: Funcionamento / operação
A fase de funcionamento/ operações compreenderá as seguintes actividades:
–
–
–
Detecção e remoção de minas e engenhos explosivos ao longo das linhas sísmicas;
Abertura de linhas sísmicas; e
Recolha e registo de dados sísmicos
a) Detecção e remoção de minas e engenhos explosivos ao longo do traçado das linhas
sísmicas
Os distritos abrangidos pelo traçado das linhas sísmicas foram afectados pela guerra de
libertação nacional e/ou pelo último conflito armado. Numa avaliação de âmbito nacional, não
foram detectadas minas em locais visitados por equipes de desminagem. Apesar disso, é
importante reconhecer que nem todas as zonas foram visitadas por essas equipes. Até prova
em contrário, um trabalho de levantamento deverá ser conduzido para confirmar a ocorrência
ou não de minas e/ou outros engenhos explosivos.
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-8
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
A ARTUMAS responsabiliza-se em contratar uma empresa especializada para proceder a
avaliação da situação de minas nos locais onde esta vai trabalhar, isto é, ao longo do traçado
das linhas de prospecção sísmica bem assim como áreas a usar para acampamentos. A
empresa de desminagem a contratar irá proceder à detecção e remoção das minas e outros
engenhos explosivos nesses locais de trabalho relacionados com o Projecto.
A remoção dos engenhos explosivos identificados será feita em coordenação com a autoridade
competente (o Instituto Nacional de Desminagem - IND). Caso haja necessidade, a detonação
dos engenhos explosivos identificados será feita sob autorização escrita desta entidade, a qual
será responsável para verificar se as condições para o efeito estão ou não criadas.
A actividade de desminagem implicará corte manual da vegetação numa largura de 3 metros
ao longo do traçado das linhas para permitir a passagem de peões envolvidos na detecção dos
engenhos e de veículos de apoio em caso de emergência.
b) Abertura de linhas sísmicas
Os geólogos da ARTUMAS propuseram já um traçado para as linhas sísmicas, devendo a
decisão final sobre o traçado destas ser feita após a aprovação das recomendações do
presente estudo. Os traçados aprovados das linhas sísmicas serão desmatados e abertas
picadas com largura de cerca de 7m para permitir o acesso de camiões pequenos e veículos
com tracção.
Para o efeito será usado um bulldozer com lagarta, equipada com um GPS (Global Positioning
System) para que se possa determinar a localização correcta das linhas. Em casos específicos,
e, em particular, em situações de maior sensibilidade ecológica, o bulldozer será substituído
por corte manual para reduzir os danos ambientais da operação.
A ARTUMAS não prevê a construção de novas pontes definitivas para atravessar cursos de
água. Os cursos de água serão atravessados directamente pelos veículos, recorrendo-se às
pontes existentes para travessia. Caso a situação no terreno assim o exija, pontões provisórios
(aguaductos) serão instalados para atravessar cursos de água, devendo ser imediatamente
removidos após a travessia. Para reduzir os impactos negativos sobre riachos e outros cursos
de água não permanentes, os trabalhos deverão ocorrer na estação seca.
c) Recolha e registo de dados sísmicos
A prospecção sísmica baseia-se nas diferentes propriedades reflectoras das ondas sonoras
para vários estratos rochosos por baixo da superfície terrestre. Uma fonte de energia transmite
um impulso de energia acústica para o solo que viaja como uma onda no interior da terra. Em
todos estratos geológicos diferentes, uma parte de energia é transmitida para as camadas mais
profundas da terra, sendo a restante reflectida para a superfície. Os receptores colocados na
superfície, chamados geofones ou sismómetros, são responsáveis para a captação da energia.
Esta energia é captada sob forma de sinais eléctricos, os quais são transmitidos por cabos
especiais dispostos em linhas rectas para um computador onde são amplificados, filtrados e
preparados para interpretação.
No caso deste projecto, cargas contidas de explosivos serão usadas na maior parte das
situações. Em casos particulares onde não existam situações de sensibilidade ecológicas
particular as fontes de energia consistirão em vibradores a serem transportados por camiões
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-9
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
chamados vibroseis e emitirão vibrações em intervalos de aproximadamente 40 metros. Estas
vibrações serão emitidas a superfície e sub-superfície do terreno através do impacto no solo de
uma força de até 50.000 libras. Cada vibrador emitirá ondas sonoras com uma frequência
compreendida entre 3 Hz e 80 Hz.
O método de explosivos requer a abertura de covas estreitas e pouco profundas abaixo da
superfície do solo onde serão colocadas as cargas de explosivos. Estas cavidades devem ter
uma profundidade de 15 metros, apenas 4 centímetros de diâmetro e serão abertas a cada 50
metros ao longo da linha sísmica. Estas cavidades serão carregadas com pequenas cargas de
dinamite, geralmente até 5,5 a 10 libras. Todo o solo e cascalho são devolvidos ao buraco
perfurado para conterem a energia da explosão. Os explosivos de alta frequência têm a
vantagem de produzir mais vibração que ruído, daí o efeito da explosão é mais sentido que
ouvida. A explosão ocorre dentro da cavidade e, regra geral, não há deflagração de materiais
acima do nível do solo.
O equipamento de levantamento sísmico é disposto ao longo da linha para receber dados
sísmicos após ser sincronizado com a detonação dos explosivos nos buracos. Os dados
sísmicos são, por fim, registados e enviados para processamento.
Os receptores, designados por geofones, serão colocados no solo ao longo das linhas
sísmicas, a intervalos de 20 metros, por elementos da equipe caminhando ao longo dos trilhos
desmatados. Os receptores dos geofones serão ligados à área da fonte através de cabos
colocados à superfície do solo (Figura 3-4).
Figura 3-4. Esquema do uso controlado de explosivos na prospecção sísmica
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-10
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
Para registar e processar os sinais transmitidos pelos geofones serão utilizados camiões de
registo sísmico, equipados com computadores a bordo. As zonas húmidas intransponíveis
serão excluídas do processo de levantamento.
3.4.1.3 Fase 3: Desmantelamento
As actividades de desmantelamento consistirão na remoção do equipamento, encerramento
das linhas sísmicas, locais de acampamentos e reabilitação das áreas.
Após as actividades de funcionamento proceder-se-á a remoção dos equipamentos e infraestruturas, encerramento de linhas sísmicas abertas bem como a reabilitação das áreas
afectadas.
Todo equipamento e infra-estrutura erguida e/ou instalada no âmbito das actividades de
prospecção sísmica deverá ser removido para permitir a reabilitação das áreas afectadas.
Somente as infra-estruturas julgadas pertinentes para o desenvolvimento distrital e da província
serão mantidas. Com efeito, é importante que as autoridades locais, distritais e provinciais
possam tomar decisões com respeito a manutenção ou não destas infra-estruturas antes da
fase de desmantelamento. Contudo, é responsabilidade do investidor fechar as faixas usadas
assim que se considere terminada a necessidade do seu uso pelo proponente de modo a que
se possa efectuar a sua reabilitação.
3.4.1.4 Calendário e mão-de-obra da prospecção sísmica
Cerca de 300 trabalhadores (entre nacionais e expatriados) estarão envolvidos no programa
sísmico. Grande parte de trabalhadores nacionais será contratada localmente. As
necessidades previstas de pessoal são apresentadas na Tabela 3-4.
Tabela 3-4. Necessidade de mão-de-obra para a operação sísmica
Especialidade
Gestor
Gestor Assistente
Gestor de Segurança
Departamento de pesquisa
Reparação de cabos
Outras reparações
Equipas de disparo
Mecânicos de perfuração
Equipas de perfuração (4)
 Equipa 1
 Equipa 2
 Equipa 3
 Equipa 4
Equipa de registo da dianteira
Equipa de registo da retaguarda
Total
Quantidade
Nacional Expatriado
0
1
0
1
4
1
20
3
8
1
6
2
12
1
4
2
25
25
25
25
50
50
254
1
1
1
1
1
1
18
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-11
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
Todas as equipas serão contratadas e receberão formação nas tarefas específicas antes do
início das operações. Todos os trabalhadores receberão formação em saúde e segurança para
além de instruções sobre o uso adequado de equipamento de protecção pessoal como, por
exemplo, calçado, roupa, protecção para os olhos e ouvidos, luvas e capacetes.
A ARTUMAS propõe-se a completar o programa de prospecção sísmica em 200 dias.
3.4.2
ETAPA DE PROSPECÇÃO SÍSMICA 3D
3.4.2.1 Fase de Mobilização
O equipamento a ser usado durante a etapa de prospecção sísmica 3D será mobilizado na
mesma altura de que o da prospecção 2D. Por isso, todas as componentes da fase de
mobilização 2D aplicam-se para a fase de mobilização 3D.
3.4.2.2 Fase de Operação
A prospecção sísmica 3D é em termos de operação similar à 2D sendo a primeira uma
actividade mais intensiva que a segunda. Na prospecção 3D requer que mais área superficial
seja limpa para o registo, sendo o espaçamento das linhas mais estreito de cerca de 100m e as
linhas de registo são colocadas a ângulos de 90 graus das linhas de fonte. Esta limpeza de
uma grelha de linhas de fonte e linhas de recepção (leitura) resulta no aumento do apoio
logístico, em termos de equipamento, num desbravamento aumentado da terra, e numa
perturbação superficial adicional. A prospecção sísmica 3D é realizada sobre uma área limitada
onde é necessário que as estruturas abaixo da superfície da terra sejam melhor definidas e não
apenas localizadas.
3.4.2.3 Fase de Desmantelamento
A fase de desmantelamento da prospecção 2D é aplicável para a prospecção 3D.
3.4.2.4 Calendário e Mão – de – obra para prospecção
Toda a mão-de-obra usada durante a fase de prospecção sísmica 2D será repetitivamente (em
quantidade) usada para a fase 3D.
A etapa de prospecção sísmica 3D decorrerá após a identificação exacta dos locais
apropriados a ser determinada pela prospecção 2D.
3.4.3
ETAPA DE PERFURAÇÃO EXPLORATÓRIA
A ARTUMAS planeia um programa de perfuração de quatro poços na concessão do Bloco
Terrestre da Bacia do Rovuma cujo o início está previsto para Junho de 2009. O processo
consistirá de seguintes actividades:
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-12
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO








Selecção do sítio de perfuração;
Construção / reabilitação das vias de acesso;
Construção do sítio de localização do poço;
Perfuração de água;
Desembarque da plataforma de perfuração;
Operações de perfuração;
Testagem; e
Desmantelamento.
3.4.3.1 Fase 1: Mobilização da plataforma e outro equipamento de perfuração
A fase de mobilização da etapa de perfuração consistirá das seguintes actividades:
–
–
–
desembargue e transporte da plataforma de perfuração e outro equipamento;
selecção do sítio de perfuração; e
abertura de acampamentos para os trabalhadores.
a) Desembargue e transporte da plataforma de perfuração e outro equipamento
A mobilização da plataforma de perfuração, dos equipamentos de apoio e da logística para os
acampamentos será feita antes e depois do processo de perfuração. A empresa responsável
pela perfuração irá mobilizar a plataforma de perfuração designada “Nabors 221” e o
equipamento de apoio actualmente em operação na Tanzânia. Assim, as lições aprendidas
com a perfuração dos poços da Tanzânia podem ser utilizadas para melhorar o desempenho
da perfuração na área de estudo.
A partir da Tanzânia, o
equipamento
deverá
ser
transportado num barco, via
marítima, equipado com rampas
de descarga que irá atracar ou
no cais de Palma ou no Porto
de Mocímboa da Praia para
descarga. De forma a evitar
interferência com corais ou
mangais, a plataforma e outro
equipamento
deverá
ser
descarregado num porto já
existente.
A
descarga
do
equipamento no cais de Palma
minimiza impactos ambientais
significativos, visto tratar-se de
áreas profundamente alteradas
e preparadas para recepção de
barcos de pesca e de carga
(Foto).
Vista lateral do cais de Palma
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-13
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
Todo o equipamento deverá, depois de carregado, ser transportado em camiões sem taipal a
partir da entrada inicial para o local de perfuração. O equipamento mais pesado a ser
transportado será a plataforma de perfuração dos poços. Por isso, há necessidade de boas
vias de acesso (estradas) até aos locais de perfuração.
A estrada de acesso ao Porto de Palma é estreita e assente sobre declives íngremes o que
impõe a necessidade de obras de melhoria. A melhoria da estrada poderá interferir com
machambas e algumas habitações. Alternativamente, deverá ser usado o Porto da Mocímboa
da Praia, o qual apresenta-se melhor acondicionado e com vias de acesso bastante
melhoradas para o transporte de equipamento desta natureza. Actualmente, o Porto é usado
para o embargue de toros de madeira. A utilização do porto de Mocímboa da Praia permitiria,
por sua vez, o início dos trabalhos neste distrito em direcção à Palma.
O equipamento de perfuração será estabelecido numa área definida de 200 x 200m. Esta área
será devidamente identificada e isolada para reduzir a expansão dos impactos ambientais
negativos das actividades. Todo o movimento de trabalhadores e outras actividades pertinentes
serão efectuados nesta área. Prevê-se que sejam necessárias 150 viagens para completar a
mudança de um furo para outro.
b) Selecção do sítio de perfuração
A escolha do sítio de perfuração dependerá da informação obtida da interpretação dos dados
de prospecção sísmica em conjugação com os aspectos seguintes:
Constrangimentos a considerar na escolha do sítio





Proximidade à infra-estruturas sócio-económicas tais como igrejas, escolas, casas,
serviços (além da agricultura), áreas de recreação, cemitérios, e qualquer outra infraestrutura de importância cultural ou sensível.
Ambientes sensíveis tais como floresta adulta, ou habitats protegidos tais como
mangais;
Áreas baixas propensas a inundações;
Áreas de alto potencial turístico;
O sentido dos ventos em relação a residências das populações locais;
Oportunidades para a escolha do sítio



Área cujo proprietário manifesta de forma voluntária a possibilidade de estabelecer um
acordo com ARTUMAS;
Áreas de fácil acesso (existente);
Áreas com potencial de encontrar água disponível
Detalhes sobre os constrangimentos e oportunidades com relação a escolha do sítio serão
fornecidas na adenda a este EIA.
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-14
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
c) Abertura de acampamentos para os trabalhadores
De modo a garantir um ciclo de perfuração contínuo de 24 horas é necessário estabelecer um
acampamento junto à plataforma. Essa localização próxima assegura também a minimização
de perturbação do trânsito e efectivação de um programa de segurança e resposta de
emergência eficaz durante o processo de perfuração.
Um total de 24 unidades portáteis erguidas em estruturas de apoio especialmente concebidas
para o efeito será instalado para acampamento dos trabalhadores.
O acampamento incluirá as unidades seguintes:











12 unidades de acomodação com acomodação para aproximadamente 45-80
trabalhadores
1 casa para o Guarda;
1 armazém para comida;
1 cozinha/Sala de Refeições;
1 lavandaria;
1 unidade para lavabos
1 unidade de tratamento de águas residuais;
1 unidade de osmose reversa para a produção de água potável;
2 unidades para escritórios;
2 armazéns para suprimentos incluindo combustíveis e lubrificantes; e
1 unidade geradora de energia eléctrica com motor a diesel e sistema de
atenuação de som para cobrir as necessidades do acampamento.
Após a conclusão da perfuração, todo o acampamento será desmontado.
3.4.3.2 Fase 2: Funcionamento/ operação da perfuração
A fase de funcionamento / operação da presente etapa consistirá das seguintes actividades:
– Abertura de picadas de acesso;
– Abertura de poços/ perfuração; e
– Testagem dos furos.
a) Abertura de picadas de acesso aos locais de perfuração
Uma vez decidido sítio de perfuração, as picadas do porto a esse local serão analisadas para
assegurar que o equipamento seja transportado ao local. Os locais de perfuração serão
identificados após a exploração sísmica. Sempre que necessário as picadas serão reabilitadas
para assegurar o transporte de equipamento volumoso e pesado. Se o local de perfuração não
for acessível através das estradas/picadas existentes ou linhas sísmicas, novas estradas serão
abertas. As áreas de cruzamento com os rios, pontes entre outros serão reabilitadas onde for
necessário para facilitar o transporte do equipamento ao local de perfuração. Precauções serão
tomadas no transporte de equipamento em áreas habitacionais.
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-15
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
b) Abertura de poços/ perfuração
Uma área temporária de 200 x 200m será necessária durante a perfuração exploratória de
cada um dos quatro poços. As dimensões exactas do sítio serão conhecidas após a
contratação da plataforma. Furos de reserva serão abertos e se necessário seladas com
plásticos. Uma área pequena onde será localizada a cabeça do furo será aberta e reforçada
com ou toros grandes de madeira ou betão. Caso seja possível, será instalado um tubo no local
do furo.
Nota: Caso o furo tenha resultados positivos, a área permanente será reduzida para cerca de
50 x 50m. Caso os resultados sejam negativos, o furo será fechado de acordo com padrões
internacionais ou locais.
Equipamento de perfuração
O equipamento especializado para a perfuração de poços incluirá o seguinte:

Plataforma de perfuração eléctrica a diesel capaz de perfurar até 5000 metros de
profundidade. Normalmente, uma tríplice de motor com 1500 cavalos com pelo menos
duas bombas de fluídos. A plataforma inclui todo o equipamento de perfuração
associado incluindo as bombas de lamas, acessórios, equipamento de alta manutenção,
peças sobressalentes, motores, geradores, unidade SCR, equipamento anti-dispersores
e outro equipamento para controlar a pressão, unidade de acumulação, suporte da
bomba de perfuração, tanques de contenção para as lamas e para os resíduos sólidos,
tanques de combustível, tanques de água, equipamento para o tratamento do cascalho,
incluindo batedores e centrifugadoras. A plataforma estará também equipada com os
seguintes componentes:
 Uma unidade de corte de lamas para recolher amostras da lama da
perfuração, monitorar a pressão dos poços, nível e composição do gás e
para recolher e analisar amostras geológicas;
 Um laboratório para analisar, de forma continua, as propriedades dos fluidos
de perfuração de forma a assegurar condições eficazes e seguras para a
perfuração;
 Uma unidade eléctrica de corte da linha para avaliar as características do
reservatório e as do poço ;
 Uma unidade de controle com uma bomba de alta pressão capaz de intervir
no caso necessário de emergência;
 Uma unidade de perfuração direccional equipada com uma unidade de
medição em perfuração (MWD) para controlar o percurso do poço;
 Cabeça do furo e tubos de encapsulamento de várias dimensões.
O equipamento pesado para a construção/instalação consistirá principalmente de maquinaria
para movimentar terras, incluindo:
 1 escavadora e 1 camião de carga;
 1 misturadora de cimento e 2 gruas móveis;
 1 empilhadora
 1 buldozer caterpilar tipo D8 ou D10;e
 1 camião com bomba de vácuo ;
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-16
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
Detalhes técnicos da perfuração
A perfuração será perpendicular à
superfície do solo e será mantida
usando medidas convencionais de
plataformas de perfuração terrestre.
Estas medidas incluem mobilização
da plataforma ao sítio de perfuração,
perfuração do furo, actividades de
testagem,
desmantelamento
da
plataforma e transporte para o local de
perfuração seguinte, limpeza e
reabilitação do sítio.
A perfuração é
uma actividade
tecnicamente sofisticada, a qual
requer pessoal especializado e
experiente. Um role de procedimentos
para a gestão dos aspectos de saúde,
segurança
e
ambientais
serão
implementados
em
todas
as
actividades.
Figura 3-5. Esquema dos equipamentos usados na
perfuração
Como prática padrão, todos os novos furos serão construídos e equipados com material novo
de acordo com padrões internacionalmente aceites, o qual garante uma vida útil do furo de
mais de 30 anos.
Os poços serão perfurados usando fluidos concebidos para minimizar o desgaste da broca de
perfuração e maximizar a penetração mantendo a estabilidade do furo. Todos fluidos de
perfuração e pedaços do material da rocha serão tratados de acordo com padrões e práticas
internacionalmente aceites visando a minimização de qualquer impacto no ambiente.
Todos os materiais perigosos e produtos químicos serão armazenados de acordo com a
legislação local e formulários de Segurança de Material (“Material Safety Data Sheets”, MSDS)
específicos. Um plano específico de gestão de lixo será concebido para cada local.
A perfuração de cada poço será de aproximadamente de 04 meses e decorrerá de forma
contínua ao longo de 24 horas e 7 dias por semana.
Toda a perfuração na perpendicular será efectivada usando motores do tipo “downhole mud”,
tecnologia actualizada de perfuração direccional, equipamento de pesquisa e equipamento
apropriado para atingir reservatórios requeridos. Procedimentos de controle dos poços e
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
3-17
3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
práticas de perfuração serão observados para minimizar os riscos de perdas dos poços. Os
aspectos ambientais e de segurança merecerão alta prioridade durante a execução de todas as
operações de perfurações.
Esforços serão feitos para minimizar derrames de efluentes e optimizar a eficiência dos fluidos
de perfuração para reduzir os volumes de lixos. Esta acção incluirá a separação de lama dos
xistos, seguida de uma placa de evaporação para reduzir o volume dos fluidos. No processo de
desidratação, a água pode ser reciclada e o volume de lixo seco pode ser processado e
depositado na superfície, usado nas estradas, ou como adubos nas áreas agrícolas.
Um dos melhores métodos de reciclagem do material é a sua reinjecção no solo.
O processo de encapsulação em cimento da abertura do poço empregará todos procedimentos
e técnicas (em observância das normas internacionalmente em vigor) com vista a usar volumes
correctos de cimento e eliminar lixo na superfície.
Membranas ou placas de poluição serão usadas sob todos objectos de equipamento lubrificado
para evitar a possibilidade de poluentes escaparem para o chão. Membranas impermeáveis
serão usadas a volta dos tangues de armazenamento para prevenir derrames acidentais de
líquidos baseados em hidrocarbonetos tais como diesel, óleo hidráulico, etc. Todo material
derramado será recolhido e transportado para o local apropriado ou incinerado.
c) Testagem dos Furos
Os poços serão submetidos a testes para determinar com certeza a dimensão das reservas de
hidrocarbonetos. A variação do nível de fluxo padrão e acumulação de pressão será seguida
através de registos da pressão e técnicas que envolvem explosão ao longo de um período de
três a sete dias. Por razões de segurança e de acordo com as práticas padrão, a testagem
ocorrerá longe do poço e de outras potenciais fontes de ignição. Em seguida, o poço é fechado
e a pressão pode então aumentar.
3.4.3.3 Fase 3: Desmantelamento da fase de perfuração
As actividades de desmantelamento consistirão de remoção do equipamento, reabilitação e
encerramento das áreas de perfuração e dos acampamentos
O processo de desmantelamento ocorrerá de forma diferente conforme os resultados da
prospecção. Em casos de resultados negativos (isto é, não confirmadas reservas de
hidrocarbonetos comercialmente interessantes) o poço será encerrado a longo prazo.
Em casos de resultados positivos, ou seja, se confirme existência de reservas de
hidrocarbonetos, o poço será encerrado provisoriamente. Depois da exploração, que
geralmente dura cerca de 15 anos, os poços serão encerrados e, nessa altura, procedimentos
ajustados serão colocados em prática.
No caso de encerramento a ser efectuado após a fase de prospecção, ele envolverá a
encapsulação em cimento da abertura do poço (em observância das normas
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
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3.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO
internacionalmente em vigor) e a remoção do equipamento de perfuração e estruturas de
apoio.
Todas as vias de acesso e linhas sísmicas usadas durante o processo de perfuração (incluindo
os espaços abertos para as áreas de acampamentos) deverão, em princípio, ser fechadas.
Salvo em casos de algumas julgadas pertinentes pelas autoridades locais, ai será debatido
caso a caso com os diferentes intervenientes no processo.
3.4.3.4 Calendário e mão-de-obra da etapa de perfuração
Prevê-se que o número de trabalhadores necessários para a perfuração dos poços novos seja
o seguinte:
 1 Gestor de Perfuração (expatriado);
 4 Supervisores de Perfuração para uma cobertura de 24 horas (todos expatriados).
 2 supervisores seniores diurnos da perfuração responsáveis pela execução da
perfuração e por completar o programa. Dois supervisores nocturnos da perfuração
que apoiam os supervisores seniores diurnos da perfuração. Recomenda-se uma
rotação de 4 semanas de trabalho e 4 semanas de descanso para cada grupo de
supervisores de forma a manter a eficácia;
 2 supervisores da plataforma com uma rotação de 4 semanas de trabalho e 4
semanas de descanso no acampamento para fornecer apoio técnico, operacional e
logístico;
 80 trabalhadores especializados para a plataforma de perfuração (mistura de
expatriados e Moçambicanos); incluindo todo o pessoal de serviço especializado
normalmente necessário e todo o pessoal do empreiteiro.
 10 a 20 elementos do pessoal de apoio (motoristas, catering, lavandaria, segurança,
etc.).
Prospecção Sísmica de Hidrocarbonetos no Bloco Terrestre (onshore) da Bacia do Rovuma – EIA
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