Guia das Colleções de Archeologia Classica – 1919

Transcrição

Guia das Colleções de Archeologia Classica – 1919
EX-LIBRIS
M U S E U IMPERIAL
MUSEU
NACIONAL
DO
RIO D E
JANEIRO
( I V SECÇÃO)
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C ü l l e c ç õ e s
H r ^ i e o l a g i a
A.
C l a s s i c s
CIIILDÍiERVAOOR
RIO D E JANEIRO
IMPRENSA
NA CIONAL
1919
MUSEU
NACIONAL
DO
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DE
JANEIRO
( I V SECÇÃO)
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MUSEU IHPERIIU
Diviiio do Docar.oitoçte
Nistórka
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Celui (/ni rappelle à l'existence des choses
goûte toute la félicité de la création.
anéanties,
B. NlBBUUIt
\ 0 som razão disse Hoeckli: as fontes de toda disciplina j o r r a m
profusas da antiguidade : Omnium disciplinaram fontes rr
antiquitatc
scaturiunt.
0 estudo proprio d a antiguidade, ou melhor, do espirito antigo, é o objecto
da archeologia, a qual o vae pesquizando atravez dos monumentos da a r t e , da vida
social e politica, da religião e da pliilosopliia. Ella liga os tempos preliistoricos e
luytliolugicos, as primeiras tentativas de instituições h u m a n a s , —com as épocas históricas mais próximas c fornece, commcntando-o, o material sobre o qual a historia
se f u n d a m e n t a . Dalii resulta que a archeologia nao é uma sciencia única, m a s
um feixe de sciencias: mytltologia, historia das a r t e s e d a s instituições, paleograpliia,
opigraphia, g r a m m a t i c a c o m p a r a d a , numisinatica, etc. Cada \xjvo do mundo oITerece
um campo a b e r t o para os estudos do archcologo, e a archeologia c o m p a r a d a nos
revela que a preliistoria nüo é uma época universalmente contemporânea para as
grandes civilisações de o u t r ' o r a , e sim um período primordial, de onde cada |K>vo
surgiu p a r a a p p a r e c e r na lide d a s competições etlmicas ao lado de outros povos.
ora j á evoluídos, ora decadentes. o u a n d o os Dorios, por exemplo, se a p o d e r a m da
civilisação iiiyceniana, elles emergem d a s t r e v a s «la prehistoria, s u p p l a n t a n d o os
Miuoanos em declínio, na hora mesma em que os Kgypcios. após o b r i l h a n t e Novo
Império, descem para o occaso, e m q u a n t o o inultisecular Império d e Assur p e r d u r a
cm seu apogeu.
\ civilisação, mostrou-o bem F l i n d e r s P e t r i e . segue uma evolução r e g u l a r ,
em cada núcleo h u m a n o , quasi que faial,— e iiidepandente «lo ponto evolutivo cm
que so encontram os núcleos humanos d a visinhança ~<|ual u m a c r e a n ç a vivendo
n'um circul«» do gente edosa, parmanece c r e a n ç a . ainda que imitan lo gestos, tons o
expressões de velhos: — A hereditariedade d mais possante do que o meio.
A esculptura é a manifestação precoce de uma civilisação surgindo d a b a r b a r i a ,
e bem que alguns estádios da evolução normal possam f a l t a r , se não manifestando
|)or avessos ao gênio «la raça considerada, - successivamente a p p a r e c e m e florescem
a pintura,
l i t t e r a t u r a , a iiicclianica, a scieucia. 0 espirito pragniatico. econômico,
domina por lira as virtudes expansivas e creadoras,— a riqueza impera : 6 a véspera
«lo declínio, a manhã da volta á b a r b a r i a n a t a l , fechando o cyclo d a evolução.
O Poder segue a mesma j o r n a d a : autocracia, oligarchia, c d e m o c r a c i a . Vuaudo
esta ultima attiuge o seu ideal de collectivismo social e d e responsabilidade a n o m ma,
a maioria delapida o capital accumulado pelas precedentes gerações; o consumo, o
gòzo é maior então do que a producção, e a civilisação deste núcleo estiola-se,
murcha, a t é desapparecer pela conquista.
l-sta ó a licção que nos aponta o Professor W. M . F l i n d e r s P e t r i e . fornecendo
exemplos tirados da historia e da archeologia.
* *
*
Para esclarecer a passagem «l«>s tempos paleolithicos
q u e pertencem á preliistoria,
aos tempos historicos. «•'• útil cotejar as correspondências e m r e a s g r a n d e s
épocas aeceita* pelos geologos e os períodos archcologicos estabelecidos na Kuropa c
n«» íígypto.
-
(i —
\ Historia «lo Egypto, a mais longa d a humanidade, pode se r e s u m i r a g r a n d e s
traços. Dos divçrsos systemas de elironologia propostos para o seu estudo, <> mais
acceitavel o do Professor II. Ürugsch. que acompanham«« <le mais perto possível. O
Professor H i n d e r s 1'ctrie, baseando-se sobre a evolução d a s formas c e r a m i c a s encout r a d a s nos turiiulos prchistoricos eirypcios. propo/ um modo engenhoso p a r a e s t u d a r a
• •potra predynastica, dividindo-a em fragmentos de GO a mios, chamados Seqncncc <l*i(t-s}
cada divisão correspondendo a uma modificação notável «la industria c e r a m i c a .
'> rei Me na I Ienes dos Gregos) pertence, assim, á « soquei ice d a t e •> 79, c viveu
cerca «le í /50 antes de nossa e r a .
C H R O N O L O G I A EGYPCIA
paiallelo synchronfco com os annaes dos povos antigos
Skounci i » \ i k de Ki,. 1'ktrii:: Começam á «iata 30. E d a d e d e N e g a d a h : esteudc-se
da d a t a 30 (70i»0 á d a t a 80 (4690).
I >ii t íi 4 o
Immigraçào dos H o r - S h a S U ' Kgi/pciox di/nasficos
709tl . \ esphiiiiíe
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PERÍODO
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ARCHAICO
H i e r a k o n p o l i s : iNarmer; o rei Kscorpiào.^*/
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C r e t a : Minoano antigo
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C h a l d é a : R e i s d e S u m e r e Akkad. Cidades de I r , Krida, Agade.
Sargon I (3«00\ Gudéa.
ANTIGO
REINO,
Mempliito (lir
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dynastias)
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As pyramided.
C r e t a : Minoano antigo II.
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Os Amcn-m-hat o User-tesen. ( i j
R e i s d a I a B a b y l o n i a : Hammurabi (-2292;.
Invasão dos Klamitas n a Chaldéa (cerca d e 2285) {Abrthno
«m«V,ni
de Ur para
Kanaan).
C r e t a : Minoano médio II. Primeiros palacios do, Knossos e «lo
Phaestos.
T r o a d a : Destruição de llissarlik II. (2225).
PERÍODO
X I I Ca e
XVI
a
\
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INCERTO
I > y i i . — Os H i k - S h a s u íIh/lisâs) p e n e t r a m n o K#ypto.
D y n . - Apepa II. Os Hebreus se estabelecem no Kgypto.
Jakob e Josapfi .
M e s o p o t a m i a : Surge o reino de Assur.
Creta:
Minoano
medio
III. Segundos palacios »lo
Tradições d>-
Knossosedc
Phaestos.
NOVO
IMPÉRIO.
T h e b a n o (XVIII* a XXVI4
dyii.)
X V I i . í 1 D y n . - 1600. Mimes I expulsa os Hik-Shasu. Os T h u t m e s - a liainlia
Hat-Shep-Suitu - Os Amen-hotep. (1525). 1483 — A » e v o l u ç ã o
religiosa d e Amen-hotep IV. a R a i n h a Tii — 0 culto d o Atén.
Correspondência de Tell-El-Amarna.
C r e t a : Minoano recente II Ruinas do Tliera. Santoni) .
M e s o p o t a m i a : Reiscosseus. Kurigalzu ;1432}.
A s s y r i a : Assuruballit 1461-1431.
XIX
a
D . v n . - 1370. Seti I e os Khetas
liit(ilos)
liam ses II (o Sesoslris
dos
Gregos), Seti II.
Creta:
Minoano recente III
Myceniano
1350 .
A s s y r i a : Tugulti ninib proclama-se t a m b é m rei d a líabylonia. Sua
morto (1290).
P h e n i c i a : F u n d a ç ã o d e Kambó, c e r c a «le 1250. Os Pheaicios porcorrem o Mediterrâneo at«; a s c o l u m n a s d e Mel K a r t (Gibraltar.)
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dyn.)
2000. Os Alitor, os Meiitliu-lielcp.
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FAAÇN.JFDÍ
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Os H e b r e u s
9
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residem no Egypto até ao lim da MX' dyn., quando
sahom: o Exodo.
X X I
> y t i . — 1200. Harases III e a c o n f e d e r a ç ã o dos P o v o s d o m a r — os Hain essides.
G r é c i a : i\ 9 3 - H 84 — G u e r r a d e T r o i a (ilissarlik vi) — H 0 4 . A
I n v a s ã o d o s D o r i o s — Ed a de media
heUcnica.
A s s y r i a : Tiglatphalassar (1130).
P h e n i c i a : Cerca de 1100: — S u p r e m a c i a d e Tyro. F u n d a ç ã o
lítica, d e Gadés (Hespanha), de K a r t h a g o .
H e b r e u s : Os Juizes — Lutas c o n t r a os Philisteus. Samsão.
A AN ARCH IA
ou época
dos
de
Lybios
X . X I - I > . v i i . — 1 0 5 0 . Pascb K h a n u I c II.
H e b r e u s : os Heis— David (1012). F u n d a ç ã o de J e r u s a l é m . Salomão
e H i r a m ,* rei de Tyro.
V
Italia :
Sec. — Civilisação p r o t o - c t r u s c a lienacci I .
X X l i
I > v i i . — 9Ö0. S h e s h a u k h — Osorklion — Os reis s a c e r d o t e s rcpellidos p a r a
X a p a t a {Ethiopia).
O FEO D A LIS MO
H e b r e u s : U Scisma d a s 10 t r i b u s (929).
A s s y r i a : Assu« n a z i r a b a a l IIP (885-SOO) S a l m a n a z a r II o (854).
I s r a e l : Omri, A k h a b e Iezabaal.
J u d a : J o s a p h a t , J o r a m e Athalia.
G r é c i a : Fm S p a r t a : L y c u r g o r S00 O l y m p i a d a s de
(776). A p r i m e i r a g u e r r a d e Messenia 743-723).
R o m a : F u n d a ç ã o d e Roma
de S y r a c u s a (734.)
Assyria:
W
I
V
Coraebus
753). Os Heis. Na Sicilia : f u n d a ç ã o
l í g i a t - p h a l - a s s u r IIIo (734).
I > y i i . — 733. B a k e n r e n f (liocchoris dos t, regos).
A s s y r i a : Apogeu do Império, S h a r u k i u (Surgão IIo . edificador do
palacio d e Khorsabad — T o m a d a d e S a m a r i a .
X X V ' I > y n . — 700. ( E t h i o p i c a ) : P i a u k h — S h a b a k a
Taharqa.
A s i a m e n o r : Cerca d e 700. H o m e r o .
M e d i a : Cerca d e 710, Deiokís. F u n d a ç ã o d e E c b a t a u a .
B a b y l o n i a : S e n n a k h e r i b . S a q u e de Babylonia 689).
A s s y r i a : Assurbenibaal em Xinive.
L y d i a : Gygcs 1a (687). C u n h a g e m d a M o e d a .
G r é c i a : 68ä-668 — S e g u n d a g u e r r a d e Messenia.
-
ÉPOCA
10 -
SAITA
, > V I 1 . _ r,66 Pscmtek (Psammeticos) Os Gregos se estabelecem no Delta.
X V V | J
Naucratis (070) Fundação de Cvrena (648).
A s s y r i a : Cyaxaro, o Medo devasta a Assyria. S a q u e d e
Ninive
•i08).
— Nekao li (012;. V i a g e m d e c i r c u m n a v e g a ç a o d a A f r i c a .
I u d a : Jeremias. Nabukhodorassur t r a n s p o r t a a população judaica
para Babylonia 597). A r r a s a m e n t o «le Jerusalém (58G\ «» capiiveiro. ISzekhiel.
G r é c i a : S o l o n cm \ Hienas (595 .
— Uah-ab-lie {Ápries) (592). Psemtek II (572).
C a r t h a g o : llannon e o P é r i p l o o c c i d e n t a l d a A f r i c a .
P e r s a s : Os Persas dominam a Media - - Cornada d e Mc bata na 549).
Tomada
<lc
Babylonia
(538). Kambyses
II®. Rendição
do
Memphis (525 .
G r é c i a : 561-510 — Pisistrato e os Pisistratides.
*
A
X X V I I
1
DOMINAÇÃO
PÉRSICA
(525-332)
l > y n . — 525. Kambyses. Dario I. 521 . Verxes
0 Egypto
W, .
Satrapia
P a l e s t i n a : Recdificação do tempo de J e r u s a l é m 513 .
í n d i a : Cerca de 5 2 0 - Nascimento de Ç a k y a - M u n i , o fundador
do Buddliismo.
R o m a : A Republica (510): — Populus os nobres . Plebs (a plebe
•93-302). I.utas e n t r e os nobres e a plebe p a r a a e g u a l d a d e politica, social e religiosa — O Tribunato— L e i d a s 1 2 t a b o a s .
Tribunato militar — Consulato - C e n s u r a — P r e t ó r i a - o s Sacerdócios.
G r é c i a : Clistliene (508). A primeira g u e r r a
Mara til on. Segunda g u e r r a
medica
492 »85 .
medica '4S5-V71 , S a l a m i n a . Pla-
teas e Mycale 479. - ( 4 7 1 - 4 4 9 ) . Terceira g u e r r a m e d i c a .
— Artaxerxes II (486). Viagem d e H e r o d o t o ao Egypto 4 i s .
G r é c i a : - 0 s é c u l o d e P e r i c l e s , P h i d i a s - Cimon no E u r y medon (466). Segunda g u e r r a de Messenia (464-455 . G u e r r a do
Peloponneso (431-404).
- Dario Nothos (424 .
-11
-
G r é c i a : l'az d e .Vicias (421). Alcibíades.
Batalha dos Argitiusos
(406) Aegos Potamos (40a). A t y r a n n i a dos T r i n t a . (404-300). / U O J M
Sócrates.
X X X *
I >vil.
Platão
401-400).
Expedição dos Dez-inil.
- 3 7 8 . i \ e k h t - h c r u - h e b t I (Nectanebo
( Nectanebo
Palestina :
II
dos Grego*) e
Xekht-ncb-i
(358).
Nehemias (385). Esdras.
Grécia e Macedónia:
Mantinèa (362,. P r a x i t e l e s e S c o p a s .
Philippe de Macedónia 350-336). A r i s t ó t e l e s . A l e x a n d r e , o
G r a n d e (336-323).
— Dario III, Codonian.
R o m a : (405-272) — As lutas p a r a a conquista da Italia : G u e r r a s
c o n t r a os Sabinos. Latinos, Volsques, Efruscos, Sainnitos, e ()•«
Gregos de P y r r h o em T a r e n t a .
O
EGYPTO
SOB
O
DOMÍNIO
PTOLEMAICO
<332-30)
A l e x a n d r e s u b m e t t e o Egypto (332). F u n d a ç ã o de Alexandria 331 •
30»-2X»> — i
286-246
«»I<<III<MI I Sota-), lilho d e Lago, chefe da Dynastía dos L a g i d e s
— 301 B a t a l h a de Ipsus.
S y r i a 301 : Seleucus funda a dynastia dos Seleucides. F u n d a ç ã o d e
Antiochea.
n o l o m c u I I Phitadelpho) Bibliothcca d e Alexandria. Traducçào da
Bíblia pelos S e p t a n t e . M a n e t h o .
P a r t h i a : Arsaces Io f u n d a nesta província dos Seleucides a d v nastia dos A r s a c i d e s (250-248). Arsaces II, Tiridates 248-214 .
G r é c i a : Invasão dos (îaulezes 2-so. - P y r r h o m o r r e cm 272.
í n d i a : Época do rei Açoka (277-223).
Roma :
As l u t a s p a r a
a conquista do M a r
Mediterrâneo.
264-241 — P r i m e i r a g u e r r a púnica.
A s i a m e n o r : E u m e n e l° f u n d a P o r g a m a .
221-205 — I ' ( O U M I M M I
I V
Pliilopator).
R o m a 210-202,: S e g u n d a g u e r r a púnica — llautiibaal, Scipio.
Batalha de Traziineno (217). <:;ninc< 210 . Vrchimedes em Syr a c u s a (212).
205-181
- I'lolninMi
V
Epiphanio).
R o m a : A c o n q u i s t a d o O r i e n t e . G u e r r a c o n t r a a Macedónia
200.) — Autiocho, o g r a n d e , a m e a ç a o Egypto — i n t e r v e n ç ã o
dos Bomanos (109 . Batalha d e Cynccephalcs (107). G u e r r a
c o n t r a o Império dos Seleucides. Batalha d e Magnesia 190j.
— 12 —
173-117
atolem«»
VII
(Philometor)
P t o l o m e u
V I I I
e
l \ .
R o m a , 172-142 : Segunda g u e r r a c o n t r a a Macedónia — Perseus c
Paulo Emilio. Batalha de Pydna (168). Tomada de Corintho (164).
149-146
Terceira g u e r r a púnica. I n c ê n d i o e r u i n a d e
C a r t h a g o
(146). 105-133 — C o n q u i s t a d o O c c i d e n t e : Viriato 140;. Tomada de Numancia (133). Os G r a c c h o (133).
117-87
Ptolemeii
V.
R o m a , 118-106: G u e r r a c o n t r a J u g u r t h a , rei dos Numidos. 110-Iu2
Guerra dos Tentos c dos Cimbres. 102-86 — Mario c Sylla.
37-51 _ P t o l o m e u
X I (Auleta) - P t o l o m e u
XII o
Ptolomeu
x i i i . R o m a : Pompeu. (65-03 . C o n q u i s t a d a A s i a [Ponto,
Cilicia, Syria, P/ienicia)— Mithridato. O Primoiro T r i u m v i r a t o :
Pompeu, Crasso, Caesar.— a C o n c e n t r a ç ã o d o p o d e r . 58-51
A Conquista das Gallias.
P a r t h o s : Arsaces XIV. Orodes (56-37).
51-48 - P t o l o i i K M i
X I V
Sua i r m ã , a celebre C l e ó p a t r a .
R o m a : Cassar c Pompeu. Batalha do P h a r s a l a
48-45
*Molemeu
45 - P t o l o m e u
48).
X \ .
\ M .
(Coesarion).
R o m a : Caesar dictador p e r p e t u o (45, - Morro assassinado (4*)
0 Segundo Triumvirato (43) — A resisteucia dos republicanos.
Batalhas de Philippes (42) — Antonio e Cleópatra no Egypto —
vida inimitável'' (31). Octávio. Batalha de Actium. Suicídio
de Cleópatra.
ü
EGYPTO
PROVÍNCIA
R o m a : o INIPKRIO.
31 — Augusto.
l*lra
17-37
37-41
41- 4
54-68
—
—
—
-
Tibério.
Calígula.
Cláudio.
Nero.
< 'hris(n
ROMANA
-
13 -
A I'lilMI.IKA
08-69
69-79
ANAKCIIIA
Galba. Otlion. Vitelliu.
Os F l a v i o s . Vespasiano.
79-81 — Tito.
81-96 — Domiciano.
O S ECU 1.0 l)OS
96- 98
98-117
117-138
138-161
161-180
180-192
ANTONINOS
Xerva.
Trajaiio.
Hadriaiio.
\ n t o n i n o . o Pio.
Marco Aurelio.
Com modo.
A AN ARCH IA DO I I I 0
SKCUI.O
EGYPTO
François C h a m p o l l i o n , dito le Jeunc (1701-1831 , nascido oni Figeac, d e p a r a i mento do Lot (yrança),
tornou-se immortal pela
traducção dos hieroglyplios egypcios, dos quaes elle foi o primeiro
que reconstituiu a g r a m m a t i c a .
7\
1 1
A notabilidade mundial deste sábio, q u e assim «TOOU a Egyptologia, justifica o nome dado á Sn la do Museu que contóm
peras archeologicas provindas mormente do lígypto.
*
*
*
Grande p a r t e »la collecção cgypcia do .Museu N a c i o n a l , — e n t r e o u t r a s peças, «inço
múmias com seus caixões antliropomorplios, foi c o m p r a d a em hasta publica por S. M.
o Imperador D. Pedro I ao italiano Fiengo, que improficuamente tinha levado p a r a
a Argentina ião preciosas antiguidades I 8 2 i . Foi no mesmo a n u o em q u e Champollion, pelo seu 1'récis du Systcnic hieroglyphiqw: estabeleceu os princípios firmes que
serviram á i n t e r p r e t a r ã o dos textos e ao conhecimento e x a c t o dos monumentos egypcios. ICsta d a t a por si só j á seria uma g a r a n t i a de authcuticidade, se não falassem
mais c l a r a m e n t e ainda as próprias inscripçOcs pintadas nos objectos.
Diversas o u t r a s peças são donativos foi tos ao Imperador D. P e d r o H - e n t r e
ellas um caixão d a ópoca saita, que lhe foi oflerecido polo Khcdive do Kg.vpto, Isinail. em 1870.
I
Egypto,ou P a i z d e K h e m . e r a dividido cm d u a s regiões: o Sul, ou Egypto
Superior, symbolisado pelo loto, o Kgypto do Norte, ou Itaixo ligypto, symbolisado pelo papyro. Eis porque «• Pliaraoli se chamava S e n h o r d a s d u a s
terras
Uma primeira população b r a n c a , de origem lybica, em relações com a civilisa«;ão m e d i t e r r â n e a , occupava a regiào \ o r l e c Occidental do Egypto desde os tempos
palcolithicos.
Mescladas com cila, e provavelmente repellidas para regiões limitroplies, umas
iribus negroídes — que não e r a m sem analogias com as do typo de G r i m a l d i , residiam também no paiz. Pouco a pouco c e d e r a m o passo, descendo para o Sn!,
p e r a n t e a extensão da raça b r a n c a .
Uma invasão, de proveniência oriental indeterminada, veiu na aurora dos tempos
prcdynasticos, sob forma de vagas successivas, disputar o terreno aos anteriores
donos. Os A n u , fundadores d a s cidades de A n do Norte (llcliopolis) e de A n do Sul
(llmnonlfii:e), seriam os primeiros d'esses invasores. A segunda vaga seria formada
poios H o r i a n o s llor-Sfiesu); com cllcs começam os tempos dynasticos.
h a é|K)ca predynastica, dita também É p o c a d e N e g a d a h . o Museu possuo
uma pequena collecrão de silex lascados, oflerta do Sr. lleyuood \V. Scton Karr,
que contribuiu, pelas suas descobertas, para elucidar a fabricação tão e x t r a o r d i n a r i a
dos anneis egypcios prcdynasticos pulseiras, etc.), feitos de um só fragmento
de silex, ( n
15i4-Jl3
Os e x e m p l a r e s
18
-
expostos foram a c h a d o s n a região do F a y û m , n a s immediaçôes
do celebre l a g o M o e r i s de H e r o d o t o .
\ s . s i í J O u « 1 3 S - typo C h e l l e a n o .
N>
h
— typo M u s t e r i a n o .
Ns. 3 1 4 3 si S i : » » — typo S o l u t r e a n o .
\s! N51Í53 a - , m : m
typo M a g d a l e n i a n o .
Os mais interessantes são os de typo s o l u t r e a n o , pela d e l i c a d e z a d o trabalho, o
mormente porque são testemunhas da l a r g a e x p a n s ã o d ' e s t é typo d e i n d u s t r i a , desde
o Oriente cm geral (Syri>if Ásia menor,
Kgypto)
a t é ao< pai/.es e u r o p e u s . J á n'esta
época havia intercambio e n t r e os paizes e x t r e m o s do M a r i n t e r i o r
(Mediterrâneo)/'/
Ao folar do Egypto o espirito evoca logo a s l e m b r a n ç a s da e m b a l s a m a ç ã o o da
multiplicidade «los deuses.
Quanto á multiplicidade dos deuses, força é r e c o n h e c e r q u e a um e x a m e menos
superficial este polytheismo ó mais a p p a r e n t e d o q u e
r e a l . \ o Egypto, como em
qualquer outro paiz de longa d u r a ç ã o histórica, é p o c a s successivas devem ser consideradas, no decurso de c a d a
u m a das q u a e s a classe d o m i n a n t e impõe a forma
1
IKíssoal de sua r e l i g i o s i d a d e . a origem do povo é a i m a g i n a ç ã o ,
animista, sob o aspecto fctichista, couimum
a
sensibilidade
n a i n f a n c i a dos p o v o s ; é um polyde-
monismo resultanto òo a g r u p a m e n t o d e t r i b u s d i v e r s a s : ha i n t e r c a m b i o d e
c de idéas, com a n a t u r a l tendcncia á h i e r a r c h i s a ç ã o d e s t e s gênios,
daimones
l'ouco a pou«'o,
em centros determinados, espíritos mais reflectidos e l a b o r a m religiões mais pliilosophicas, e c m q u a n t o no c o r r e r dos séculos a s classes s u p e r i o r e s a c c e i t a m cosmogonias
«pie se
vão aperfeiçoando e cren«;as
mais
elevadas,
estas
conservara
fciç<*>es
estreitamente supersticiosas no e l e m e n t o p o p u l a r ; assim é q u e d'uni extremo ao
outro do mesmo paiz, o n um mesmo tempo, todos os m a t i z e s se e n c o n t r a m , dando
a impressão de um abstruso polytheismo.
\s crenças provincianas,
p«»r sua vez,
tcem um cunho local que as distingue n i t i d a m e n t e .
Sem poder fixar qual foi a forma primitiva
«la religiosidade n a r a ç a
egypcia,
antes «pie a theologia tenha organisado um c o r p o d e d o u t r i n a s , r e c o n h e c e m o s e n t r e
tanto a existencía «le crenças r e f e r e n t e s a d i v i n d a d e s e s c u r a s , v a g a s , d e s d e os tempos
mais
remotos. Um D e u s C e u
e
os espíritos
dos p o n t o s c a r d e a e s apparccem
entro as primeiras manifestações escriptas d a s i d é a s cosmogonicas.
Quando a imaginação religiosa
tentou
explicar o m u n d o terrestre
como uma
representação, um d u p l o , do m u n d o divino, celestial, e c o n s i d e r o u os phenomenos
astronomicoscomo a vida real d a s d i v i n d a d e s , — j á , som d u v i d a , o p e n s a m e n t o cgypcio
tinha formulado a concepção zoolatra, — e a t e n d ê n c i a o r g a n i s a d o r a , hierarcIiLsante
«los collegios sacerdotaes foi revestir o d e u s - a s t r o dos a t t r i b u t o s a n i m a e s , como si a
Oi
y t ^ W
-Fr.
/ / y X ^
Oyt/f,.
— 19 —
fornia animal fosse apenas o symbolo perceptível tia manifestarão superior, uma
incarnação.
A presciencia do instineto animal, sempre mysterioso para o homem, foi, cremos,
a origem da zoolatria, e quando aqtiella mesma sabedoria foi descoberta na marcha
regular dos astros o homem, que tinha divinisado o mysterio do animal, passou além,
e attribuiu ao astro o poder excepcional que tinha reconhecido no primeiro. O astro,
porem, era iiiattmgivcl, ainda mais imponente e inexplicável; d'ahi a supremacia c
o poder deste sobre aquelle.
Pareceria logico que o animal fosse desde logo destituído do pi^ostigio anterior, porém é um phenomeno particular a estas.mentalidades primitivas que assim
não aconteça, e que o astro seja considerado como um d u p l o da forma a n i m a l ;
d alii participarem ambos da substancia divina.
0 culto parallelo do astro e do animal, — faces diversas d uma só entidade, particular ao Kgypto - manteve solidamente, para aquclles que não alcançavam tão
subtil inetapliysica, as praticas e os ritos consagrados á forma palpavel, animal, cio
deus, - e os eternisou no culto nacional.
*
*
*
Os mytlios cosmogonicos quo explicam as relações dos deuses <Mitre si, o suas
acções sobre o mundo, são j á obras posteriores dos collcgios saccrdotaes. Um dos
mais antigos foi elaborado pelocollegio de H e l i o p o l i s (On do Sorte . O Mundo em
potencial
- o T ü m , - s u r g i u do abvsmo inicial, do N ü n (massa liquida , e creou,
pela força do V e r b o , o Mundo em acto :
os quatro elementos, S h ü .1 aímósphera , T a f n u t (o Fogo), S e b [a Terra), N ü t o Ceu : - e depois a \ i d O s i r i s
e I s i s o primeiro homem e a j
ira mulher), S e t e N e p h t h y s
o mundo
animal).
Foi assim formada uma enneade ou P a ü t . typo das diversas agremiações divinas
congeneres que se encontram na mythologia egypeia.
\ enneade representa portanto um d e g r a u da m a r c h a para a reducção synthetica dos deuses, para a T r í a d e , onde aqiiellcs "theosophistas" primitivos reconheceram
um principio divino, o T ü m ; um principio elementar ou material, o M u n d o ; um principio animado ou espiritual, a V i d a . Progresso lento do espirito humano em busca
da I nidade e do A b s o l u t o - o qual conheceram também os Kgypcios tão perfeit a m e n t e como os Hebreus, e anteriormente a estes.
\ s principaes tríades s ã o :
P t a h , S e k h e t , N e f e r t u m . ns. r > i .
i i < ; 'Uemphis).
O s i r i s , I s i s , H o r u s , n. l (Eyypto ptolemaico c romano .
A m e n , M a u t . N. : Í Í » , K h o n s u [Thebas.
I i n outro conceito pltilosophico-religioso, elaborado |>elo pensamento ogypcio,
é o do d u a l i s m o . Elie resulta da interpretação dos phenomeiios n a t u r a e s (eclipses,
sole chuva, etc.) e do sentimento da luta perpetua á qual assiste o homem tanto no
Mundo exterior como nos proprios movimentos da consciência, descobrindo no
Mundo uma ordem fatal, uma vordado, M a a t o a rcbellião
audacia e curiosidade,
obscuro iiistiiicto da vida) contra este mesmo im,>erativo su,»erior.
Istc dualismo a|)|>arece cedo na religião do Egypto, o n d e elle se |>ersoiiifica em
R a 0 A p a p , mais u r d e O s i r i s . S e t h . ou T y p h ã O . Nunca, |»oréin. o „ c o n i r a m . . s a h i
i n tlieologia, o triumpho definitivo do Bem, do Scr-Bom. O |)c..samciit0 cgypcio,
„iais p a r e n t e dos nossos racionalistas modernos, considera os t r i u m p h o s d o O s i r i s
como provisorios, - S e t h lonasce sempre, e a e t e r n i d a d e é feito de K h o p i r r u
rcsur'jimentos).
\ evolução religiosa, que indicamos ligeiramente, não progrediu coiitcmiwraiicamentc com a mesma rapidez em todas as regiões do Kgypto. Cada núcleo, devido
a suas condições es|)cciacs, c a r a c t e r etlinico da t r i b u , meio. etc., apresentou conceitos cosmogonicos pessoa cs, e fez do deus local o chefe do I n i v e r s o , c r c a n d o assim
os mythos regionaes.
o doininio supremo de uma das capitacs d u r a n t e um c e r t o periodo alarga, em
paizes taes como o Kgypto, o culto do d e u s d ' aquclle c e n t r o , e a u g m e n t a o numero
dos seus fieis, \ssiin é que devem ser ligados os deuses celebres d a llisiori.i d.»
Ecypto aos centros onde primeiro elles foram reverenciados e d o n d e irradiaram
graças á preponderância d'aquellas capitães.
*
HER
*
*
(Horus).
Lembra a K e r dos Gregos; - o Destino: foi na origem um deus regional na
terra c no ccu. um deus de comarca : H e r - m - K h u IlarmaMiis) ó <> c a n t ã o do horizonte terrestre, antes de ser o deus solar da mesma região, li' um deus predynastico,
anterior a M e n a , o q u e já sustenta, como o fará O s i r i s m a i s t a r d e ) a l u l a contra
S e t (Í4/WI/>). N. Í>.
lílh residia cm K h m u i l , cm D o b u
liu-se de seus attributos.
*
W " , ondo R a , succedendo-lhe, revc>-
¥ ¥
RÃ.
I)3ii, de A n do Norte; foi d u r a n t e a q u i n t a
ligv pto. Seu nome está ligado com o radical urt
contra na formação do nome d c A s - a r [Osiris .
tarde, o deus A m e n associou ao seu o nome de
d j n as tia q u e o seu culto dominou no
eiri » lazer - acção, acto . e sc enNo Impsrio Ihcbauo, muito mais
Ra.
li' um deus solar q u e continua a luta contra S e t , - o deserto, o deus do mal,—
pela inundação animal.
¥
AS AR
¥
¥
(Osiris).
IJcsidi l cm D e d u (fíusiris dos Gregos), a n t e s d e se fixar em A b y d o s , ond •
encontrou o deus funerário K h e n t - a m e i í t , o deus do Occidente, c u j o nome cllc
ligou ao seu próprio e do qual tomou as luneções. ns.
IO.
N. -f«'». O s i r i s sentado, vestido (ia schenti. lnscript;ão: Isis, a dirimi, para que
dè a rida ao duplo.. . » .
De todas as lendas egypcias, a «1c O s i r i s
a mais conhecida, c talvez a mais
interessante, por ter cila servido de vehiculo a o pensamento egypcio no seu longo
curso, evoluindo desde o c u m p r i m e n t o dos d e v e r e s p a r a com os deuses, a t é a o
conceito do Item em si e d a Moral.
O s i r i s foi um deus dos mortos — Quanto a seu mytlio a n t e r i o r , é provável que
tenha tido também uma significação cosmogónica, poiselle se encontra nestas épocas
remotíssimas symbolisado na forma de um pilar, chamado o T a t , o mesmo que e n contrámos e n t r o as mãos de P t a h , ò que se líi estabilidade — T a t (Dedu c lambem
0 nome da própria cidade de B u s i r i s . M e n d e s , uma de suas residencias, chamava-se
P a - B a - n e b - T a t , isto é , Casa da alma do Senhor de Tat.
Que será o T a t ? Alguns voem nelle q u a t r o pilares em perspectiva, allusão ao
conceito dos q u a t r o pontos cardcaes, deuses primitivos, sustentáculos do Cou e
membros d a deusa N o u t . A imagem única, porém, o pilar, reduziu á u n i d a d e a
idéa primitiva, ou synthetisou uma idéa que j á se tinha reduzido á unidade, e leu-se
estabilidade.
0 mytlio de O s i r i s foi primitivamente independente d a s d u a s figuras de I s i s
c d e H o r u s , que só mais t a r d e lhe foram accessoriamente a j u n t a d a s . Devemos
l e m b r a r que ao nascer, na primitiva enneade, O s i r i s representava apenas o primeiro
homem, como I s i s a primeira mulher. Kllc é o Deus c u j o destino mais se assemelha
á vida h u m a n a .
Carece que seu culto começou á gozar de uma c e r t a importancia no
li«'i S e m t i , da primeira d y n a s t i a , um dos successorcs «lo Rei M e n a .
tempo do
O s i r i s , <'omo deus dos mortos, era sobretudo o d e u s d ' u m a esperança fortemente enraizada na alma egypcia — a da liesurreição e d a Vida Eterna, e foi a fé
robusta neste anhelo (pie esta lenda consubstanciou.
Não podemos aqui discutir o modo de formação do mytlio Osiriano, m o s t r a r
como a o redor d'um núcleo primitivo a g r u p a r a m - s e lendas novas, de proveniência
c épocas diversas, constituindo um coujunclo composito. Os traços g e r a e s do mytlio
são os seguintes :
O s i r i s : O Sér bom — Oun-nc/cr
, ora filho de S e v - G a b o u , a T e r r a , c de
N o u i t , a Vacca Ceu. Mie tinha um irmão. S e t Tuphào) — e os dois irmãos c a s a r a m se com as próprias irmãs, I s i s e N e p h t h y s . O s i r i s foi rei «lo Ivgypto meridional,
r fez muito bem ao seu povo, cnsinando-Ihe a a g r i c u l t u r a , e c r c a n d o leis óptimas.
S e t , porém.invejoso do irmão, o desejando apoderar-se do throno, m a t o u - o por trai
<;âo, c depositando o c a d a v e r n um baliú, abandonou-o á correnteza do Xilo. O
1 io levou o cofre f u n e r á r i o a t é a o s p a n t a n o s do Delta, no meio dos papvros, onde nina
acaeia o recebeu e cobriu com seus ramos, cscondendo-o. I s i s , depois do muito
p r o c u r a r , descobriu o corpo do m a r i d o ; mas d u r a n t e uma ausência da viuva, cmq uai i to cila ia s u s c i t a r a vingança 110 espirito de seu lilho H o r u s , c o n t r a S e t , —
este, a c h a n d o o c a d a v e r a b a n d o n a d o , numa noite de caçada, despedaçou-o cm l i
p a r t e s e as semeou a t r a v e z do paiz. Quando I s i s voltou com H o r u s e os filhos
22 —
deste, conseguiram, com a r t e s magicas, e n c a n t a r e s , e n s i n a d a s por T h o t h ,
A n ú b i s , r e u n i r os membros esparsos d o O s i r i s , c r e a n i m a l - o s , levantando
o rei de e n t r e os mortos, c estabelecei ido-o S e n h o r d a A m e n t i , o mundo iuferior.
O s i r i s urgiu e n t ã o seu filho H o r u s á c a s t i g a r S e t , »> q u e d e u l e g a r á celebre
luta e n t r e os dois d e u s e s : Khata-ncler, q u e . s e g u n d o vários egyptologos, symbolisa a
Victoria «los H o r i o s , c o n t r a os A n u
liudge . H o r u s n ã o m a t o u S e t , omasculoii-o
somente, querendo impedir deste modo o mal d e r e p r o d u z i r - s e .
Eis, em resumo, a lenda d e O s i r i s o do S e t .
Já
i>elo exposto 6 fácil compre-
heiuler como tal tliema se prestava a c o m i n e n t a r i ò s , o r a l i f e r a e s , o r a
allegoricos;
foi o que aconteceu.
O s i r i s licou o d e u s por cxcellencia d a .Morte c d a
Resurrciçào.
Geralmente elle é r e p r e s e n t a d o no feitio d e u m a m ú m i a , a c a b e ç a coborta c o m a
coroa b r a n c a do alto ligypto, com d u a s p e n n a s de a v e s t r u z , t e n d o n a s mãos o gancho
o o açoite.
\ associação d e P t a h com O s i r i s c S e k e r em M e m p h i s n u m a tríade deu
logar á crcação d uma nova e n t i d a d e religiosa P t a h - S o k a r - O s i r i s . ou S o k a r i s .
De|K>is da conquista grega os deuses O s i r i s O H a p i s e f u n d i r a m n ' u m só nume,
S e r a p i s . O «leus do H a d é s ( i n f e r n o s gregos), c u j o c u l t o foi instituído por P t o l e m e u I toter).
O s i r i s e r a chamado, á s vezes, o deus sobre o degrau. Este qualificativo l h e veiu
som duvida por ter assumido uma a t t i t u d e «lo «leus P t a h , cm pó s o b r e o s y m b o l o d c
M a a t , a Verdade, a Ordem, a
Justiça.
¥
¥
¥
AST Isis).
E r a irmã «• m u l h e r d e O s i r i s , e pela s u a m a g i a s o u b e o p e r a r a r e s u r r e i ç ã o do
deus. Seu culto, a p a g a d o nos tempos phara«»nicos, loruou-.sc p o p u l a r ua época Sàila.
Introduzido cm R o m a «; nas G a l l i a s no fim dos t e m p o s plolemairos,
o mysticisino
egy peio, requintado e n t ã o pelos Gregos plaloniciunos
no m \ tlio «le I s i s , floresceu com
vida nova no Occideiite, na hora mesma em q u e o C h r i s t i a n i s m o começava a
sc propagar.
X. :*<>. I s i s a m a m m e n t a i i d o
X.
Horus.
i<>. I s i s greco-romana. (Inseripção intraduzível
¥
¥
.
¥
PTAH.
0 d e u s cpOnymo d a primitiva M e m p h i s (<Ua-ka-Vlah . Seu c u l t o e r a liirad«»
industrias metallurgicas, era o d e u s «la classe dos f e r r e i r o s ; é, assim, proxiino
p a r e n t e dos deuses d o fogo (raio ou v u l c ã o ; ? H e p h a i s t o s c «. proprio Z e u s aos
<-regos, J u p i t e r dos Komanos, I a h v e h do S i n a i .
(!)
/tiXri?-
ide/a-f/u^.
HAPI
(Apis).
O culto do touro passa por t e r sido estabelecido no lígypto ao tempo de M e n a .
Tomou, porém, um desenvolvimento progressivo nos últimos tempos do Egypto, na
rpoca IHolcmaica, onde foi assimilado ao culto do H a d e s grego, pela união de H a p i
c«»m O s i r i s Asar-llupi . d o n d e os íl regos fizeram S e r a p i s . A comm u n i d a d e de cultos
do touro em Creta, na Ba by Ion ia etc., explica o credito q u e e n c o n t r o u e n t r e os (í regos,
q u a n d o cllcs a c h a r a m no ligypto a mesma divindade, com um rito multisecular, j á
regularisado. Os Hebreus a n t e s dcllcs foram t a m b é m seduzidos por este culto, q u e
quizoram levar á K a n a a n .
Ns. < 1 4 .
ir>, 5 4
(Época
Ptolcmaica).
A raiz desta p a l a v r a significa andar e abrir;
ella designa dois deuses, o
touro
H a p i c o rio N i l o .
H a p i : e r a c h a m a d o a segunda vida de P t a h . P t a h , como c o n s t r u c t o r , a b r e a
t e r r a p a r a estabelecer os alicerces do edifício; H a p i a b r e também a t e r r a p a r a l a n ç a r
a s e m e n t e d a s messes f u t u r a s ; — a n d a n d o , elle revolve o sólo p a r a e n t e r r a r o g r ã o
que germinará.
H a p i , o Nilo, r e p r e s e n t a v a p a r a este povo as a g u a s primitivas n a sua m a n i festação t e r r e s t r e : aquelle e r a p a r a o paiz a fonte d a vida. como no Ccu, e s t a s foram
o N u , a b y s m o d e onde s u r g i r a m o< deuses.
0 seu nome, como dissemos a c i m a , significa aquelle que anda. Elie e r a r e p r e s e n t a d o como um homem a n d a n d o , de peito feminino, s y m b o l o d a u b e r d a d e , a cabeça
o r n a d a de papyros, com o olho de H o r u s (utelial , p a r a l e m b r a r que s u a s a g u a s
e r a m u m a e m a n a ç ã o d a s a g u a s superiores, das l a g r i m a s de H o r u s . O Deus H a p i
f r e q u e n t e m e n t e leva nas mãos ofíertas d e fruetas, ilorcs, vinho, pão, etc., prodm tos
todos provenientes da fecundidade da t e r r a q u e s u a s a g u a s a n n u a l i n c i i t c r e g a m .
*
*
*
No tempo d a XII' d y n a s t i a j á se manifestava o scepticismo, um scepticismo d e
al^iim iniKlo e p i c u r e a n o , <|uc é o prototypo daquelle do E c c l e s i a s t e s \ s s o c i e d a d e s , e n t r e t a n t o , se r e n o v a m , — o scepticismo n ã o pode c o n s t i t u i r doutrina d e estado
os elementos d e o u t r o s c e n t r o s , de o u t r a s raças mesmo, p e n e t r a m e
se mesclam ao f u n d o da religiosidade nacional, provocando a lluctuação dos mythos.
*
AMEN
*
¥
Amon .
A m e n domina na XVIIIa d y n a s t i a , e de lá quasi a t é ao fim d a H i s t o r i a d o
Kgypto — Ns. I í > < ' T 4 .
Sua residência e r a cm T h e b a s , e foi com o Império T h c b a n o q u e elle chegou ao
apogeu. Seu nome significa o mysterioso e com M a u t , sua esposa, e K h o n s u , seu
filho, f o r m a a tríade
thebana.
Cu
(UiÀ/ott..
(Wfc/lÃ^fA.
-"ái-heuy
frifii*.
-
24
-
.imil do P r i a p o , dos Romanos) ora um dos a n h n a o s consagrados
i S S Í Í T E S 2 *
I
mo
£ » elle tem
do
pôde, talvez,
mo 'de Amen. A m o n . pois, teria tido uma forma animal do adoração
interior á personificação astrolatrica, mais t a r d . a .
o c i r n e i r o é uma outra i n c a r n a ç ã o de A m o n , e esta assas o approxima do
, K n u m com o qual tem estreitas relações n a lenda d a origem do Mundo.
representado, às vezes n a f ô r m a ithyphallica: elle leva e n t ã o o braço
<1 irei tu á altura da cabeça, a mão a b e r t a m a n t e n d o ura látego. Este g « t o , «auto com,,
um doublet de o u t r a divindade, o d e u s M i n de K o p t o s
0 , „ , „ , r i o n o m e , faz delle
1 1 m i i origem recua a t é á prehistoria c q u e ó a n t e r i o r a o próprio H o r u s .
N
TanU, um como outro teem um pennacho feito de d u a s p e n n a s de a v e s t r u z .
A m o n 6 vestido g e r a l m e n t e da sc/,cnti (saia c u r t a ) , com a cabeça coberta
com a corôa vermelha do baixo Kgvpto.
Já no t e m i » dos pharaós mempliitos, á t r i a d e de A m o n r e m a v a em T h e b a s
c tinha assumido um c a r a c t e r solar.
Ora. dos deuses que o tinham precedido nesta c i d a d e , e r a R a , d e u s solar, que
nesta qualidade gozava de maior culto. A m o n tornando-se p r e e m i n e n t e por sua vez,
usou de um processo frequente na theologia de e n t ã o , c do q u a l O s i r i s j á se tinha
aproveitado: agglutinou o nome deste deus a o proprio e foi c h a m a d o A m e n R ã .
N. : * r . A m e n - R ã , sentado — Inscripç&o: Amen eternamente, Senhor de <<(/./.
para ir su-RA XIX* Dyn
F/ isto uma prova de que, apesar do lustro de c a d a d i v i n d a d e regional, os
espíritos estavam preparados para acceitar a fusão, a u n i d a d e essencial dos aspectos
q u e os numos-chcfes representavam nos diversos «iistrictos A m e n era a estabilidade, a substancia suprema, R a (ar) e r a o a c t o
a substancia cm realisação.
T h e b a s não era mais do que uma simples cidade p r o v i n c i a n a . Ilntretauto convém
reparar que o culto do seu deus local e r a b a s t a n t e i m p o r t a n t e , pois q u e soberanos
dos dois Kgyptos como os A m e n e n h a t d a XlINlynastia, n ã o d e s l e n h a v a m seu nume.
ouando, na XVIIIa dyn as tia, as victorias a s s e g u r a r a m á c i d a d e de T h e b a s
a supremacia sobre a nação inteira, A m o n dominou todo o p a n t h c o n cgypcio.
A m o n - R ã , tem, na historia espiritual do Kgvpto, um papel m u i t o proeminente,
por ser elle quem deu precisamente a formula mais c l a r a , x m a i s completa, c ao
mesmo tempo a mais antiga na historia d a s religiões, da u n i d a d e divina - d o
Monotheismo. ^
Depois d c uma breve revolução religiosa, de que f a l a r e m o s a d i a n t e — (a heresia
d«»* A m e n h o t e p I I I e I V cm favor de A t e n ( — H a r m h a b i r e s t a u r o u <> culto de
A m o n , c sua supremacia foi incon teste d u r a n t e os Itamossides, isto é, d u r a n t e a
XXI* dynastia.
K' nesta ópoca que podemos reconhecer o a u t h e n t i c o inonotlieisino n a concepção
religiosa dos Summos-Sacerdotes de A m o n .
«De toda eternidade o Deus se gerou a si proprio, — diziam elles, — e creou-se
« no seio da massa liquida sem forma. Era elle um s e r perfeito, d o t a d o de sci« encia e intelligencia seguras. » (Masper o)
Oi /òucüjt'
W.fàfrt'.
ffacò.
«O Um único, aqucUe que ei is te por essencia, o único que vive em
o único gerador no L'eu e na Terra que não tenha sido gerado . »
substancia,
Único cm essencia, elle não 6 único em pessoa. Não necessita s a h i r de si proprio
p a r a t o r n a r - s e f e c u n d o ; possue no proprio seio a matei ia de s u a croação, é
e o n j u n e t a m e n t e o pae, a m ã e , e o li lho d e Deus. Geradas por Deus, sem s a h i r de
Deus, aquellas t r è s pessôas são Deus em Deus, o longe d e dividir a unidade d a Natureza divina, concorrem todas as très p a r a s u a infinita perfeição (Maspero).
Essas idóas foram o apanagio exclusivo dum n u m e r o rèstricto do doutores o d e
philosophos; não p e n e t r a r a m na massa do povo (Maspero).
¥
¥
¥
ATEN.
A revolução q u e estabeleceu o dominio e p h e m e r o do culto d e A t e n ainda hoje
é um dos acontecimentos mais singulares da historia religiosa do Egyplo, e n ã o
u n i c a m e n t e do Egypto, mas de todo o mundo a n t i g o .
Suas r a i z e s s e a c h a m no proprio liarem de A m e n h o t e p I I I o . Não foi u m a evolução lenta e f a t a l m e n t e p r e p a r a d a , foi a obra de uma influencia pessoal, a d a r a i n h a
T i l Ta ia), osposa d e A m e n h o t e p I I I o , mulher do espirito superior, c u j a s origens
ainda permanecem, em p a r t e , enigmaticas.
Mariette julgava-a de estirpe semítica, porém seu
parecem, ao c o n t r a r i o , lilial-a á r a ç a egypcia, a i n d a q u e
Ella exerceu, e n t r e t a n t o , império certo sobre o pharaoh,
í e i n a d o este instituirá em K a r n a k uma festa cm honra
nome e os de seus pais
fosse de origem vulgar.
e j á no iOv a n n o d o seu
ao deus A t e n .
liste A t e n n ã o e r a um deus novo. Em relação provável com os
Hor-shasu,
os introduetores d a mctallurgia c as regiões donde provinham,
tinha achado agasalho nos velhos s a n e t u a r i o s de H e l i o p o l i s ; e si considerarmos q u e um dos irmãos
da r a i n h a T i l e r a vidente-mór neste mesmo templo, q u e o collegio sacerdotal desta
cidade, muito mais antigo do que o de A m o n em T h e b a s , tinha ciúmes deste
ultimo, por causa d e sua prosperidade, desde a r u i n a d e M e m p h i s , - podemos suspeitar q u e o collegio d e H e l i o p o l i s , c o m p r o h c n d e n d o a s i t u a ç ã o humilhada dos
p h a r a ó s p e r a n t e o a s c e n d e n t e a m e a ç a d o r dos sacerdotes d e A m o n , achou na
influencia da rainha T i l , fortalecida por encantos pessoaes, um meio poderoso para
t e n t a r uma reacção c o n t r a o collegio de T h e b a s .
A m e n h o t e p I I I ' restabeleceu A t e n e seu filho A m e n h o t e p I V a , q u e nasceu
de T ï ï , e q u e sollreu a direcção intelligente desta ultima e do meio que a cercava
e s t r e i t a m e n t e , cresceu p a r a d a r á q u e l l a r e f o r m a o c a r a c t e r a b s o l u t a m e n t e original
q u e ella revestiu.
A t e n , segundo a d o u t r i n a pessoal «lo novo P h a r a o h , é o calor e m a n a n d o do
disco solar, é a irradiação, fonte d e v i d a universal, — a dispersão do foco c e n t r a l ,
fecunda para tudo o q u e existe no Mundo, a n i m a d o e inanimado. Os hyrauos
compostos pelo soberano em pessoa, reivindicam esta compreliensão d o deus renovado,
pois que, assim acccito, A t e n é um deus n o v o ; e nisso a revolução é a obra absol u t a m e n t e pessoal do P h a r a o h , q u e foi t r a t a d a como h e r e j e .
(ti
Cfuldt.
/rdujtr-.ota/k?/.
-
-
Nesta reverencia de uma sorte d e vitalismo s o b e r a n o
Amenhotep
formulava
um culto que em nada ficava exclusivo ao povo egypcio, e p o d e m o s e n t ã o , pela pi imoira vez na Historia, ver um Deus q u e n à o é e s t r e i t a m e n t e n a c i o n a l , — mas antes
um convite p a r a a união cultual d e povos d e
raças diversas,
e s t r a n h o s uns aos
outros, inimigos a t é : — um projecto de v e r d a d e i r a c o m m u n h f t o universal.
O culto de A t e n e r a , portanto, u m a revolução religiosa q u e n ã o c a r e c i a de ma gestade e uma como que veneração da Força poderosa q u e d i r i g e toda a Natureza.
Considerando-o, porém, d e m a i s perto, — e r a u m a revolução, p o r assim
dizer,
realista, — racionalista. O reformador p a r e c e disposto á e l i m i n a r o inysticismo do*
cultos anteriores, e d a r ás aspirações da a l m a h u m a n a um escopo mais acccitavcl á
razão, mais tangível. Em vez de abysmar-se n u m a theologia c o m p l i c a d a c abstracta.
«'• o poder, o calor solar q u e o liei a g r a d e c e d e s u a s m e r c ê s , sensíveis na agricultura,
na fecundidade das plantas, e dossAres, n a luz c no c a l o r vital. A p r e c e
não mais
6 acto de fé e de religião, vem a ser como q u e um simples a c t o de g r a t i d ã o .
Semelhante revolução num meio tal
pois •• m culto descendo p a r a
levava
comsigo s u a s e n t e n ç a
um domínio r e l a t i v a m e n t e
de m o r t e ;
prosaico, e repellindo as
tentadoras es|>eculaçòos, nem por isso g a n h a v a na
alVeição nem na intelligencia «lo
povo, — o qual tão longe se achava d a singclla
comprehensào
realista
inystica subtileza dos altos philosophes a m m o n e a n o s : S t a h l é t ã o
quanto S ã o T h o m a z d e A q u i n o .
pouco
Estes conceitos s ã o u n i c a m e n t e
cômoda
popular
de letrados
O c u l t o de A t e n , portanto, não podia fazer v i n g a r s u a s r a í z e s b e m profundamente
na alma egypcia
porque não dava de si p a r a as mil c o m b i n a ç õ e s
supersticiosas,
fotichistas, que acompanhavam a fé nos outros d e u s e s n a c i o n a e s .
1'illc durou t a n t o q u a n t o A m e n h o t e p I V mesmo, — c os s a c e r d o t e s d e A m o n ,
depois da morte «lo real hereje, r e a s s u m i r a m em pouco t e m p o o domínio religioso
e politico.
Os deuses que acima descrevemos e r a m , na o r i g e m , espíritos, gênios se incarnando
p a r a a mentalidade primitiva, n u m a forma a n i m a d a . Elles t o m a r a m , nos simulacros
que os representavam, ora uma f o r m a h u m a n a anthroponiorptia),
o r a u m a forma
animal zoomorpha), ora uma forma mixta, q u e p a r t i c i p a d a s d u a s . Era a consequência da mentalidade totemista: — o a n i m a l sendo o «lo c a n t ã o a o qual pertencia
a tribu, esta o reconhecia como pae. como g u i a e c o m o d e u s p r o t e c t o r . <) anthropomorphismo sen«lo o molde da imaginação h u m a n a q u a n d o d e s p o n t a , d ahi as mctainurplioses reciprocas e n t r e o animal c o homem d e c o r r i a m
animista:
n a t u r a l m e n t e neste período
P t a h se incarna n u m a a r v o r e , <|ue, estylisada, se t o r n a u m pilar, - um dos
quatro pilares do mundo - o T a t , que foi o a m u l e t o c o n s a g r a d o a este deus. N. r > l .
H o r u s é um gavião ( e tombem o é R à ), p r o v a v e l m e n t e p o r q u e , s u r g i n d o com
a manhã, repclle na sua f r e n t e todas a s cstrcllas, c o m o b a n d o s d e pássaros que
se acobertam na e s c u r i d ã o ; mas si se c o m p a r a r a sua vida d i u r n a á vida humana,
»
q u a n d o nasce, será e n t ã o nina c r e a n c a - H o r - p - k r o d llarpokrales,
dos
cm
pé, o d e d i n h o á bocea, ou s e n t a d o n u m a flor d e lótus. Ns.
A
A
Gregos)
A
Outros deuses numerosos ainda leve o Kgypto, dos quaos os priucipaes aqui representados são:
o Dous B è s , o protector do s o m n o 9 e mais provavolmeiite a i n d a protector r gênio
do próprio leito (X. I D O S ) , ás vezes pintado n a s i n c i i s - l u a s p a r a d e s c a n ç a r a
cabeça d e quem d o r m e . X.
A Deusa B a s t , Neusa
zoo mor/A a X. 4 I t .
de
B u b a s t i s , antluopoinorplia.
Xs. l í » 7 r > ,
A n p u (Anúbis), o coiiductor dos mortos ao tribunal d e Osi ris, corresponde
lleriués psychopoinpo dos llcllenos. X. 4 7 .
T e h u t i I Thollr.
o deus
da
Seioncia.
dos escribas,
inventor da
e
ao
escriptura.
S e b c k , o crocodilo. X. r ; « .
A
A
A
I t o d o s os deuses faziam e s t a t u e t a s votivas, do p e d r a , d e bronze, de terra
e s m a l t a d a , etc. q u e e r a m ofForocidas nos sanetuarios, ora p a r a implorar protecção e
beneficieis da divindade, o r a , como os a c t u a e s ©x-votos d e c e r a , p a r a a g r a d e c e r os
w
1
lavores concedidos. Xs.
>
r>:t.
II
I \NTO ás cerimonias f u n e r a r i a s , a p a r t e principal e r a a embaisamação.
Anteriormente, porém, á descoberta desta formula de eternisaçao o corpo e r a dobrado na posição dicta fœtal,
e
mantido por laços, tal como se vô n a s sepulturas
precotombimasdo C h i l e (Sala llumboldt),ns. M I : Í : > , W I : $ < Î . M I : { 7 )
e em numerosos outros povos primitivos. Vredynastico
também
e r a o costume d a exhumação, passado c e r t o tempo do descarn a m e n t o dos ossos e inhumação secundaria ; - e, emfim, o uso
da incineração,
listas praticas diversas, embora representando
modalidades evolutivas, estádios da mentalidade h u m a n a em formação, foram
adoptadas |>or tribus, elemento* de fundos v á r i o s ; oty|>o culminante desta evolução,
o typo propriamente pharaonico, é a embalsam ação.
0 cadáver esvasiado das vísceras, lavado i n t e r n a m e n t e com vinho de palma,
forrado com aromatos, e r a depositado d u r a n t e 70 dias num banho d e n a t r o n (Carbonato do sódio), a o fim do que o envolviam cuidadosamente de a t a d u r a s (n.
e o deitavam n u m caixão cujo valor e riqueza variava conforme a posição social do
d e f u n e t o . Ns. r > : * o . r ; : î i etc.
A a r t e d e embalsamador attingiu a perfeição sómente no período thebano.
As embalsamaçocs mais simples e r a m p r a t i c a d a s com asphalto, t o r n a n d o - s e a
l>el!e escura c quebradiça. X. K í I . Cabeça mumificada
homem. (/í' digno de nota
o arrasamento dos dentesf outrora mencionado por L u i l d } gu indo comparava-o com o
dos craneos de L a g ô a S a n t a . X.
cabeça mumificada — mulher. X. I T ' ? * ,
idem — homem.
*
*
*
Os mais ricos sarcophagos são de porphyro. diorite, g r a n i t o ou calcareo,
com hieroglyphos e scenas religiosas. Os outros são de madeira de cedro,
com p i n t u r a s e inscripçòcs.
Os sarcophagos do Antigo Império e r a m r e c t a n g u l a r e s o a decoração
a a r c h i t e c t u r a da época ; nos cantos, q u a t r o pilares mais altos do que
g e r a l m e n t e semi-cylindrica.
J á n a XIa dynastia fizeram esquifes de múmias desenhando a forma
A.
gravados
cobertos
lembrava
a tampa,
humana.
-
30 -
Na XII* dvnastia, entretanto, continuam a i n d a as c a i x a s rectangulares,
ondo
„.toriôr.nonto está representado tudo «le q u e necessita o d e f u n e t o : a r m a s , alimentos,
roupas, perfumes, etc.
.
f
a
D e d i c a XVII dynastia apparecem caixas c m f o n n a d o múmia, envolvida.
com azas (são os
os ataúdes rishi), r e p r e s e n t a ç ã o allegorica d a protecção da deusa
I s i s - V forma r e c t a n g u l a r a n t i g a , agora no Novo Império, é excepcional. .Mas a riqueza dos sarcopliagos
anthropoïdes c r e s c e ; uns lia d e diorite, na XIX* «lvnastia, com o d e f u n e t o d e i t a d o , cuida iosimenleesculpido na tampa, c no fim do Novo Império as pinturas
de scenas religiosas e d e figuras myst : cas cobrem
littcralmente a caixa d e m a d e i r a .
N. r i j i * » e r;%í<>. A t a ú d e d a múmia de Hora
(XX* (bjnasli i).
Lemos os títulos: Chefe dos sacerdotes de \mcii-ltt,
Hei dos Deuses, escriba real, real parente, proposto à
ST da divina T u a t de Ameri ;— HORA —o iniciado imaxroou).
Ns.
e r_>: $ 1 . T a m p a e fundo do ataúde
de Seterl- Amcncm Sa Ast, d a iniciada,— filha de JVder
Ankh Khonsu. (X/X* à XV* dgu.)
No fundo d a t a m p a a Deusa do Ceu, N u t , protege
o cadaver. A psychostasia,
ou j u l g a m e n t o da alma
p e r a n t e o t r i b u n a l de O s í r i s está representada na
p a r t e superior.
m
A ultima caixa i n t e r n a , — g e r a l m e n t e são tres
— é feita de uma c a r t o n a g e m p i n t a d a , col»erta ile
figuras symbolicas, — a d o r n a d a com o collar oskh
n.
— ou com os q u a t r o gênios da A m e n t i
(os filhos dc Horus e d o i n s e r i p ç ò e s :
N.
C a r t o n a g e m de m ú m i a . Inscripção
encimada pela Deusa M a u t ( a b u t r e ) e acompanhada
dos q u a t r o gênios d a Amenti ; Orarão aOsirit Khcnt —
Amentt Deus grande, Senhor dc Abydos, para que elle
dè as palavras ao filho dc Sctoui-a, o iniciado.
F r e q u e n t e m e n t e uma m a s c a r a d o u r a d a cobre a
lace Múmia no a t a ú d e n . r > : t< > - Tampa n.
A múmia de mulher aqui depositada não p e r t e n c e a o esquife. A inscripção pintada. t i n t o no fundo como na tampa, nos fornece a s e g u i n t e i n d i c a ç ã o :
lical offerta ao Divino Horus das duas terras, Mestre dc Resplendor,
appareccndo
sobre o horizonte, para que elle dè milhares dc cousas boas ao duplo do Osíris, SacerN.
M
dote de
AMEN, O
diário,
em seu grande
P a S i t - f o s h e r , O iniciado,
templo,
fdho do proplieta
Provém d e H u t — Dobou [Apoltinopolis
(XIX a XX* di/n.
de Amen,
de Amen de
Magna
como
segundo
guardião,
Tliebas.
dos Gregos),
a, lidln
moderna.
\ . \ i : s < > . A t a ú d e de m a d e i r a d e uma c r e a n ç a menina):
BASTIT?
Inscrição nacabeceira :
esposa ( d o n a d e c a s a ) A S T - K O S I I E I . faz a o/fcrla para
apaziguar o seu atração (de sua filha).— Fim do novo
Império;.
Com a época da d c c a d c n c i a e os t e m p o s Sai tos, a o r n a m e n t a ç ã o é mais p r o f u s a ;
a face, p i n t a d a de cores n a t u r a e s , approxima-se mais d e um r e t r a t o v e r d a d e i r o .
\ . . " i i í í í . U a u d e fechado com m ú m i a . Iiiscripção: lleal offerta a Osi ris Khenl
Aincnt, Deus grande, Senhor de Abydos, paru proteger a cantora da Capella de Amen
S I I A - M - A M K N - S U - XXVP-X XVII* Dy nas tias .
lista peça foi algum t e m p o c o n s i d e r a d a como falsa, sem razão, e n t r e t a n t o .
I)c|K>is de identificada, foi reconhecida f o r m a l m e n t e pelo S r . Conselheiro B a r ã o
Homem d e Mello, como t e n d o sido ollerecida pelo Khedivc do lígypto, Ismad, a o Imp e r a d o r I». P e d r o IIo, q u a n d o de sua viagem a o Kgypto om 1870. I). P e d r o a
g u a r d a v a , e m pé, no seu g a b i n e t e .
*
*
*
Na época Saita o basalto preto e r a g e r a l m e n t e preferido p a r a a c u b a e x t e r n a ,
lia t e n d ê n c i a s p a r a a volta a o a r c h a i s m o d a VI' d y n a s t i a e r e a p p a r e c e m a s f o r m a s «los
s a r c o p h a g o s antigos, q u a d r a n g u l a r e s , com os pilares c a n t o e i r o s . Sobre estes colu n a v a m os q u a t r o gaviões,
p r o t e c t o r e s do Osíris (ns. - X , l o ? > ) .
*
*
*
As e n t r a n h a s r e t i r a d a s do c a d a v e r e r a m postas cm q u a t r o vasos, os
canopos,
q u e depositavam n u m c o f r e , ou ao lado d o s a r c o p h a g o . listes vasos toem como t a m p a s
a s cabeças esculpidas dos qua tro filhos de Horus, os Gênios dos q u a t r o |>ontos c a r d e a o s :
N. 161
H a p i com s e m b l a n t e de cyiiocephalo, A m s e t d e rosto h u m a n o , T u a m a u t f com
focinho d e c h a c a l , K e b s e n u f <-om cabeça d«; gavião.
Us ns. 1 I r i , i r > l > . i « ; i ,
pertenccm á época
ptolemuica.
— 32 —
A cm balsa inação não ora exclusiva m e n t e applicada aos homens, os egvjH-ir*
• •• - _VV
usavam do mesmo processo de conservação também
sesso de conservação também p a r a os a n i m a e s diversos que
veneravam : assim com
, os gatos em B u b a s t i s : ns.
-com
os crocodilos no r a y ü m , onde e r a a d o r a d o o Deus S e b e k : ...
ibis, dedicado ao Deus T h o t h . n. « 1 1 , com os cães, os cy.iocephalos, eic.
III
OS
USHABTIU
S KGYPCIOS a c r e d i t a n d o que na vida da A m e n t , do além-tumulo,
o homen cultivaria os campos d ' A a r u (ou Campos de labor ,
campos fecundíssimos, — os abastados, que na vida terrestre possuíam t o r r a s e as m a n d a v a m lavrar, e n c a r r e g a r a m também da
lavoura posthuina tropas de jornaleiros q u e s i o os « u s h a b t i u »>.
\ a XIIa dynastia a inscripção t r a ç a d a nestes consta apenas
dos nomes e títulos do defuncto.
J á , no Médio Império, porém, se e n c o n t r a m isoladamente com a inscripção do
VI® Caj it. do L i v r o d o s M o r t o s , respondendo á chamada á lavoura. Ns.
No Novo Império ellcs sào a r m a d o s com a e n x a d a c um sacco de semente«.
Ns.
:$<><>, 1 1 .
o
N. 1 0 < > . Ushebti, do auditor
iniciado.
de justiça
do sancCuario ilc Isis. — h a k - s - m a u t , —
N.
Ushebti de t e r r a e s m a l t a d a azul - Inscripção: a Osiiis, dona de
casa, Cantora de Amen, A S T - N - R E X (X/X Dyn.)
N. I H : 5 . Ushebti de pedra calcarea — Inscripção: Adoração á Ra-llarmachis,
para que o acompanhe U B - R É XXII* á XXVa Dyn.)
1524-91S
3
-
ai
—
h o s d o a KVII» dviiastia multiplicam-se os t u m u l o s ,
u m
c i.a é p o c a Salta
aspecto de sanctidade, c são o r n a d o s da b a r b a d o O s i r i s ,
iKM-tcnce. Ns.
toma.,,
que só aos Deuses
:*««>,
Ns. ' - » 1 1 .
S W L . e t c . Ushebtiu da defunctu ANPU-SRR,
filha lie NETKRIT.
N. 14 > i . I"shebti d e t e r r a e s m a l t a d a v e r d e
Inscripçfto: Palavra
resplendente do Osiris, Chancelier do rei do liaixo Koypto AOUWA, filho
de \ST, para implorar o Horus das 2 regiões.
Ns * > 0 2 .
ííSl.
r s h e b t i u d e t e r r a esmaltada verde. — Inscripçüo: Palavra do Osiris IAM. filho de kiton.
*
*
*
Com a c r e n ç a n u m a s a n c ç à o m o r a l , n u m j u l g a m e n t o «lo deluneto
pelo tribunal osiriano, c r e n ç a q u e tomou feição definitiva no Me«lio
Império — nasceu também p a r a o Kgypcio a t e n t a t i v a d e illudir o
juiz supremo, g r a ç a s a u m falso t e s t e m u n h o . Este é o escaravelho
x. o
d e c o r a ç ã o q u e depositavam <*)bre o peito d o c a d a v e r , debaixo das
a t a d u r a s , desde o Novo Império. l'lle devia t e s t e m u n h a r , p e r a n t e os f í juizes
no tribunal da p s y c h o s t a s i a , d a p u r i d a d e do d e f u n c t o . \ s . l i 3 , i r > : ; ,
K t O c
í TO.
/
4
O DUPLO
<|ue caracterisava a morte p a r a os lígypcios sondo a decomposição
do c a d á v e r , elles pensavam que, fugindo a esta, o corpo era
sempre capaz de se a n i m a r n o v a m e n t e : dalii os processos
<lc conservação. E o q u e a n i m a o corpo, lhe dá a actividade,
a vida, é a força vital individual — o d u p l o . O D u p l o não
é a sombra do individuo - é como que a idéa platoniciana da
personalidade physica, isto ó, o typo particular de cada homem,
las porque, aiim de conservar este modelo exacto, que deve presidir ás incarnações
posthumas, o egypcio o representava no tumulo sob forma de estatueta, p a r a que
a substancia material do dcfuucto pudesse revestir sua a p p a r e n c i a individual na
hora de sahirao dia. E r r a d a m e n t e se fez deste duplo a alma do morto. Ms. Í O O .
IO. \ i o o .
N. í >•*-». Estatueta de duplo de uma mulher. Ella tem na ca bel leira o vaso conico,
derramaáor de unguento — (XVI11* dynastia).
X. 3 8 . Estatueta de duplo de uma mulher - Inscripção : A-MKR 'filha) de TIIOTII,
de .NBTERir, Sacerdotisa de Thoth Meri? (Elhiopia XXVa
dynastia).
X.
Estatueta de um duplo (madeira) — Inscripção: . . . Osíris . . . para. . .
NKTKRTT,
senhor.
.Muito mais c o h e r e n t e com a moderna concepção da alma e r a o B ã . a l m a ,
espirito, sob a forma de ave com cabeça h u m a n a , q u e a p p a r e c e primeiro nas pyramides da V* dynastia. Xs.
I <"> o l o s .
IV
AMULETOS
E
ESCARAVELHOS
UVM do d u p l o , dos u s h a b t i u . «las inscripçõcs propiciadoras, os parentes
do de fu neto não descuravam de a r m a r ainda sua múmia de um arsenal de
a m u l e t o s , cada um tendo a sua cüicacia própria e a sua col loca cão determinada em tal ou qual p a r t e do corpo, (iomo não proteger o morto contra os
malelicios, se j á em vida taes talismans eram de uso constante ?
A
\ collecção do Museu contém
muitos daquelles objectos, como collares com
e s c a r a v e l h o s d e p e i t o n. i r ; i . com a m u l e t o s o s i r i a n o s
iis.r>n»,:>:í i ,
X. 113
ou com g é n i o s d a
ns. I I O ,
A m e n t i (ns. «»«».
.*;:>;;,
/• dj/nasiia
— e
pulseiras
113}.
Entre outros, ainda lia: o nó d'' Isis. T h e t . cominum desde a \ \ 1111 dynastia.que
liga a vida ao corpo (11. - 5í > i . — o coração a b . symbolo da consciência (n l ~ i .
o pilai T a t . que chamavam out r ora o nilometro: é a imagem de O s i r i s descambando,
na e t e r n i d a d e , do seu combate contra o mal : symbolo também da estabilidade
ns. í i r » , l l < » . - o sccpíro d<: papgro, u a d z , m a n t e n d o a força n.
o olho dc Horus, U t c h a t n. í l i í ] , - o m e n a t , symbolo phallico, como o fascinam
dos Latinos, tão commum e n t r o os objectos pompeianose que p e r d u r a hoje e n t r e nós.
a figa contra os feitiços); — as d u a s plumas d Isis e Sophthys, S h u i , que são
-
38
-
O, „pros divinos (ns. - 1 * 1 , 4 » « ) , - o disco solar d Hor-em-khu (//ar««*/* do%
Crenos) (o
-«égide
dc Sekhet, posterior ao fim do Novo Império (n. n r ,
" ' o gato, destructor dos animacs nocivos, que symbolicamcntc representa
aquello que apaga as impurezas (n. i r > r ) .
ESCARAVELHOS
E
\ I K K os amuletos, logar dc d e s t a q u e m e r e c e o escaravelho:
da resumirão,
imagem do d e u s
Khepera. o c r o a d o r d o Mundo, onde as exis-
tências e t e r n a m e n t e se succedem (ns. 4 0 8 ,
lambem serviam os escaravelhos como sinêtes.
a
,,uo precede a XII dynastia
\\\* á \ I \
I r : 5 .
Desde o fim d o periodo incerto
são e n c o n t r a d o s c o m o s i n e t e s r e a e s ou de personagem
ofliciaes. a que o pharaoh concedia
1
Kheper, syrubolo
e s t e f a v o r . E u m a d K i n e ç ã o frequente da
a
dynastia. Depois da XVIII d y n a s t i a os titulos nelles inscriptossão g.-ral-
mente de oilicios reliziosos:
\ . u m . Cartucho real de Thutmès III
XVIII' d y n .
Xein todos os escaravelhos com o n o i n c d c T h u t m è s III (Thouli^nôs,
filho dc Tliotj
|)ertcncem ao reina lo «leste p h a r a o h ; m u i t o s séculos a p ó s a i n d a , c particularmente
na XIXa o na XXVIa dvnastias e na época P t o l e m a i c a , o s e g y p c i o s g r a v a v a m nos escaravelhos o Sulen-bát,
titulo do p r í n c i p e :
Men-Kheper-Rà. seja em homenagem
áqucllo g r a n d e conquistador, seja s i m p l e s m e n t e por
n o m e : / desírucíivel incarnarão dc liã.
N. I S : Í . Cartucho real dc Thutmès
causa
d o sentido
mysticodo
III, e o n o m e Amen-User-Ra.
N. ISO
\.
Escaravelho «íommeinorativo das campanhas dc Thutmès III, 11
Vsia : Men Kheper-Ra, Senhor de Menti (nomados do Sinai).
N.
M>. Servidor do culto de T h u t m è s I I I , e prindpe - com •> cartucho
real de Thutmès.
v
» Amen-Sit, com a divisa: Seja cu (fronde eternamente.
N. i r « ; Terhaq. Lembrando o n o m e bíblico Tirhaqah, do pharaoh l a harqa Provavelmente de origem asiatica. (Começo do VII® sec. antes «le •
N. 1 7 7 ' . Nusu-Rà, o iniciado. Novo Império.
\ . . I 7 H . Nefer-iu. As boas ilhas (os campos dc Aaru)
Idem .
a
Ns. I r u O 4 N 1 . ftpoca dos Hik-Shasu (XV a XVII' <Jyn -
— ;*9 —
N. i m o . N e f e r - H e r .
S.
A m e n - i - R ã , Xeb. (Novo Império .
N. - i x - i - . U - s e : N e f e r K h o p e s . . . h e s .
N. - i ^ c » . lê-se: N e m . . . Escaravelho de um a n ã o de p h a r a o h ?
N. < 1 8 « . K h e r - n - n u t e r u . A barca dos Deuses.
N. I N 7 . Face de leão, cstylisada— ou do Deus B é s ? (Época dos H i k - S h a s u ?)
N. I ÍSNÍ. A ã ,
princcza.
S. ?l:t:t.
G r a n d e escaravelho com cabeça de c a r n e i r o Amon d e : U s e r M a a t
R a , pronome do pharaoh P i a n k h - m e r i A m e n , de N a p a t a , com a inscripção: A
divina Maut, cada dia. Senhora do Efpjpto inteiro.
Posterior á conquista «lo N o r t e :
a
o
XXIII dyn. - VIII sec. a n t e s de Chr.)
N. 1 7 9 3 . N e b .
X. 4 0 4 . Sinete com figuras de fantasia. (XVII a d v n . ?
IV
V
AS
ESTELAS
FUNERARIAS
o
fundo d a s capellas funerarias, g e r a l m e n t e em face ao ft eusSol que se levanta, um lagedo de pedra calcaiea se erige, em
feitio de porta, como q u e defendendo a e n t r a d a do ultimo
recesso onde o defuneto opera o mysterio do suas resurreiçdes :
é a estela. As inscripções nella contidas são formulas magicas
que, pronunciadas e x a c t a m e n t e segundo os ensinamentos d a liturgia — (isto
cantadas escrupulosamente todas as palavras, com a cantilena ritual determinada),—
ovocam os duplos das offertas ahi representadas e fazem-nos passar no mundo da
Amenti, lio mundo dos mortos, p a r a alimentar o defuneto, dono do tumulo.
Além d a s formulas, são inscriptos o nome, filiação e oilicios do morto — que
também teem a virtude magica de completar c e t e r n i s a r sua personalidade.
l ' a r a q u e o milagre se effectue, todo t r a n s e u n t e 6 convidado á repetir a formula
g r a v a d a n a estela :
« O' vós que viveis nesta terra e passaes perto deste tumulo de
todos:
padres leitores, sacerdotes, escribas, burgueses,
• se amais Ap-uat, vosso Itens venerado, dizei : O Hei faz a oblação de milhares rte pães, de cerveja, bois,
gansos.
vestes, olibano, óleo, para o duplo de
, filho da dama
o iniciado. Sc quereis
ficar, em vida. no gozo dos vossos cargos na casa do Hei, trazei as vossas offertas ã
mesa de libações de Khent-Amenti, para que elle não seja surdo aos gemidos
dos
supplicantes. •> (Estela do intendente Iu-nefer, do Palacio de Usertesen III —
XII* d'jn. \ \ « 4 - 1 0 ) .
— 42 —
x contribuição fornecida pelas esteias ao conhecimento da vida egypcia foi co„. . F J | a 5 oircrcccram apontamentos para a nomenclatura dos oíílcios da admit i r ã o real c sacerdotal que completaram os dados dos sarcophagos e outros
,US l
( ^ i e n t o s __ t a n t 0 como numerosos nomos proprios, ora obscuros, ora já conhecidos
'"celebres fixando a 6|>oca exacta cm que viveram tacs personagens. Chronologia,
i,i tor a philoíogia, thcologia, todas as scicncias tiram provei* destes documentos,
os q u a c s sAo como que memorias syntheticas dos defunetos. Hefletem, ao mais, a
evolução geral da arte.
*
*
*
Um círyptoloiro do Fircnza t e n d o pedido cm 1004 — pelo i n t e r m e d i á r i o do Conto
de A r c o - V a l l é . Ministro p l e n i p o t e n c i á r i o d a
\ l l e m a n h a , a o fallecido Director.
J . B. de Lacerda— «is p l i o t o g r a p h i a s d a s e s t e i a s «i., Museu, ellas foram
illustre Dr.
executadas. Uma t r a d u c ç ü o r e s u m i d a
veio, cm
1010, d e
IJerlim, feita pelo Sr.
H Grapow. Foi esta mesma collcccionadn a g o r a s o b r e a s p e d r a s originaes, ás vez
modificada, que serviu p a r a a c a t a l o g a ç ã o .
\ s alteias do Museu dividem-se em t r e s series : I o . Médio I m p é r i o — 2°. Novo Império — 3 o . Épocas posteriores.
As mais interessantes em c a d a serie sAo as s e g u i n t e s :
MÉDIO IMPÉRIO :
X. M m >
— I. Estela d o Prefeito
doSanctuario
N. S 4 3 0
— II. Estela em forma «ie p u ra. - «lo Mordomo
Saha. Príncipe
\. S 4 S I
III. Estela d e
\. M
IV. Estela d e R e s u , Príncipe
x. m
d e U s e r t e s e n III — I u n e f e r .
dos Dez do
hml-iro
tlo Palacio
Meri.
Sul.
eConde dr dietrieto,
Chancetter.
— v . Estela o f l f e r e c i d a e m c o m i n u m p a r a d i v e r s o s m e m b r o s d e uma
mesma
yens.
N. r j l ü c » — v i u . Estela do Ameni.
\. & i \ * r —
Estela do intendente
N.
Khent-kheti-hetep. Na parte superior o
d e f u n e t o cm Osíris, c o m o n um s e r d a b .
1 \ M > — XI. Estela do Capitão dos guardas M e n t h u - S e k e r , filho da dama
Senebtisi.
N. \ M : * o — XII. Estela d e
Sehetep-ab-Ré. príncipe
archaico, l e m b r a n d o a V» d y n .
v.
-
I:ÍI
Antigo I m p c r i o j . Época dos
ICstylo
Ilili-Shasu!
Seneb-f, filho d e Ren-Seneb.
x v . l o t e i a d e Seked Ishem Ré
-
N.
— XVI. Hyinno a Osiris
N. » 4 3 5
D.-z do Sul
XIII. Estela d o escriba
N. S d i í í í
i : í l
dos
XVII. Estela d e
Khent
Ament,
sob os auspícios d c lia e
Ur-hap R e n f S e n e b ,
intendente
Atam.
do ca*o dos
S barcos — (Iteinado d e A m e n e i n h a t III).
N.
1 3 6
-
XVIII. Estela d o Conselheiro
e escriba
Aker e da d a m a Anni.
XIX. Estela d e An-khu. Intendente
da Cidade
do Sul. P a e n t i - n ,
filho de
N. « 4 3 ?
-
dos
celeiros.
/o —
— 4.5
NOVO I M P K R I O :
X.
- i. listei a do Tena.
X. ^ 4 . ' 5 í ) — II. Estela de M e r i - P t a h , porta
X.
11
X.
1
X.
estandarte.
— IV. Estela d e H u i , escriba da mesa das
bebidas.
— V. Estela de a d o r a ç ã o á Osiris do Slieik
Reja.
í 14
— VII. Estela do escriba
X.
Amen-m-apt.
l i r > — VIII. Estela d o escriba Meri-Ameil.
X.
1 4 6
— l \ . E s t e h d e um funccionario
do T/tesouro.
Uisi,
e de seu
filho
Amen-m-apt.
X. â
I 17
— X. Estela do verificador
do Thesouro real I r .
N. & 1 I S — XI. Estela da d a m a A p a .
X.
lí>
- VII. Estela d e Bak-n-Amen — (Época precedendo o reinado
Amcnhotcp /V, /» metade da XVIII•» d;//f.)
dc
E u m a d a s esteias mais preciosas da collccção. 0 nome do defuneto
foi c u i d a d o s a m e n t e m a r t e l a d o em todos os l o g a r e s o n d e elle a p r e s e n t a a
transcripçAo do vocábulo Amen (Bak-n-Amen),
como se pódo ver em
cima da t e r c e i r a coluinna d e h i e r o g l y p h o s á esquerda, no alto, e e m baixo
da q u a r t a coluinna, á esquerda, no registo inferior — Ora, esta perseguição a t é no nome do proprio Deus de Tliobas foi o r d e n a d a pelo Pharaoh
Khu-n-Aten
\menhotep IV). \ estela acha-se, assim, p e r f e i t a m e n t e
designada como t e n d o sido mutilada n o reinado do rei-hereje, — de
1475 a n t e s d e Chr. em d e a n t e , — isto é, quasi trezentos a n n o s a n t a s da
•picrra dc Troja.
x. \ M ; ; I
\.
\r i r ; - »
\ . m i?'>i>
X.
K>1
— x i v . Estela do na"rda
do empo
Neb-Nefer.
x v . Estela d e um casal, olferccida pelos seus lillios
Tura e Inai.
XXII. Sem inscripeào • Próxima a o reinado d e Amenhotep
IV.
XXIV. Estela d e Si Assa, intendente doa manados de Amen.
éroCAS POSIEIUORKS:
X. \ í i < i 3
I. Estela dc
Djed-anher-f-ankh, l i l h o d e Her-pa-krod, tíde. pro
pheta chefe dos sacerdotes
\.
X.
Época Salta.)
Her em-Khu Baixa Época .
1 \*. I leui ;i Rã, sem iuscripção (Idem).
V. Idem á Sebek
(Idem.
i «*» i — III. Proscynema á
X. %í I I I
do templo de O siris.
I
ESTATUETAS
Air
VUlli as estatuas feitas á imigem de um rei ou de uma personagem
E
i m p o r t a n t e , lia, além dos « d u p l o » , as que re,
cebeni um culto nos sanetuarios do mesmo rei,
c u m 0 s0 ,ossem
o J ^ r
divindades v e r d a d e i r a s ; — estatuas
jír
que participam da vida actual e figuram como
antepassados vivos n a s procissões, n a admissão nos sanetuarios
das e s t a t u a s de seus proprios descendentes. Ha o u t r a s a i n d a que
figuram cm sanetuarios provincianos, dependentes da capital, •
ou mesmo em l a r e i r a s particulares. Assim se encontram os
príncipes e os deuses, os g r a n d e s sacerdotes e personagens
eminentes.
\ . H L Estatueta de bronze do rei Men-kheper-Ra, Io proplieta de Amon, cm Thebas. (XXIa dyn. . Os hieroglyphos foram
gravados c incrustados com lio de ouro, que existe ainda em
p a r t e . As qualidades d e execução são notáveis, infelizmente faltam
os braços, que e r a m articulados, e os pés.
V
Estatueta de madeira da celebre Dama Takushit.
Ueccbeu culto e figurou em ceremonias. T a k u s h i t era sacerdotisa
do culto dc Amon de Tlicbas e filha de sacerdote. Viveu provavelmente num templo do Delta (liubustis ?), donde provém a
celebre e famosa réplica de bronze, do Museu dc Athenas. E' obra
da época saita (fim <ia XXV*
dinastia).
N. W
St
—
V.
Da mesma época
preseutandoa deusa Neb-t-Hait
está de joelhos, os braços e r a m
cabeça tinha o hieroglypho de seu
w
—
s a l t a r u m a delicada e s t a t u e t a <|(.
[Sepluinjs, i r m ã d o Isis e espora . i / ô "
1,1,1
articulados e deviam ser lidados \
aza$
nome.
* N*
•
/
9.
Dama
I 178 f fs-
Takiishit.
0
G R É C I A , I T A L I A , etc.
VASOS
ANTIGOS
('.KR A MICA, uma d a s p r i m e i r a s industrias a p p a r e c i d a s nas i r i b u s
h u m a n a s , e r a g e r a l m e n t e e x e c u t a d a pelas m u l h e r e s ; porém n a s
«'•poças históricas e n a s sociedades constituídas da Grécia e d e
Koma, excluindo os utensílios d e cosinha e caseiros, a cerâmica era
t r a b a l h o d e homens, e mesmo de especialistas, alguns dos q u a e s
deixaram
nomes c c l e b r o s : Epiktetos, Duris, Nicosthenes,
Amasis, etc.
Os primeiros vasos foram feitos á mão, e m a r t e l a n d o a massa, ou superpondo e
ligando e n t r e si chinguiços d e b a r r o época <le llalstatl,
Troja).
P a r a c o m b a t e r a porosidade, q u a n d o ainda n ã o sabiam c >zer sufHcientcmen t e a
argilla, e r a usado o polimento. Vasos </«• Kamarés <• >U- Io* palacnos «/- Créta,)
Mas,depois de a p e r f e i ç o a d a a cozedura, m u i t o tempo aiuda os vasos d o uso domestico
foram simplesmente expostos á acção d o s o l : são os õma «los Gregos, os cruda
opera dos Latinos ns. 1 U M . I R » i r > . K M M», - P o m p e i a .
O Museu n ã o possuo n a d a infelizmente da maravilhosa civilisação c r e t e n s e para
t e s t e m u n h a r q u ã o longo tempo a n t e s da época g r e g a no sólo hellcno floresceu uma
a r t e phantasiosa e expressiva, ora estylisada c preciosa, ora n a t u r a l i s t a e l e m b r a n d o
-
48 -
, (Ç1 (..rypcia do Tcll el A m a r n a , com a qual esteve em relação,- | ) 0 i s
L ' C c o n t e m p o r a u e a do ultimo periodo minoano (Minoano recente II - m
a
ant
: f ^ i a s t o dos Dorios acabou com a C r e t a antiga, e a dvilisaçáo teve que
recomeçar na Grécia merecendo estes tempos o nome de Edade media hellenica, w
época do preparação, de assimilação c desabrocha mento.
x cera mica manifesta-se, então, pelo eslylo geométrico e pelos vaso, do Dtpylon
mica aos quaes succede no IV século o estglo asialico, dito connthio. São vasos
com cintas de animaes de fôrmas heraldicas,- imitação de tapeçarias
lydias e orientaes c de vasos de metal que Mileto exportava então para o mundo
egeu. No VIIo século encontram-se semelhantes cm Locres, em Naucratis, etc.
d
e
c
o
r
a
d
o
s
N. 1 i s í ) ,
cenoclio .
*
* *
No VIo século os vasos são de fundo avermelhado,
pretas,
attingindo esta fabricação o apogeu
na
d a còr do b a r r o , com
figuras
m e t a d e do século seguinte. As
mulheres são pintadas em branco e ha toques d e roxo, d o mesmo tom q u e se ubserva
nos vasos corinthios, applicados para c o m p l e t a r o d e s e n h o (Ns. 1 4 ^ 2 8 ,
1 131,
L4:iO,
1439, X450).
liste processo durou muito tempo ainda dc|>ois d e t e r a p p a r c c i d o um estylo novo,
de figuras v e r m e l h a s sobre fundo preto {tis. l i o o .
que supplantou
I I K Í J
o estylo a n t e r i o r e continuou d u r a n t e , o IV
o
I S N , i i «>;;.
século o o r* quarto do
111° século.
No V" século,
Athenas, em consequência d o seu cominercio de azeite e de vinho,
monopolisou quasi todo o mercado dos vasos, e x p o r t a n d o p a r a a Italia e a Sicilia : o
que lá não e r a importação da
Attica, e r a i m i t a ç ã o d e seus produetos.
Alguns destes vasos são e n t ã o muito c u i d a d o s : c o b e r t a p r e t a e brilhante, o que
(az suppòr a applicação de um verniz incolor a n t e s da c o z e d u r a .
A maior parte dos nossos e x e m p l a r e s d e s t a serie são d o Vo século.
O n. i : $ í > 9 6 do começo, assim como os ns. i i i ? . i r ; \ í í > , lembrando a
escola de
EpiktetOS.
N. i i
Scena de p a l e s t r a : i pedolribas
(preceptores dos gymnasios) enm
ephebo ensaiando o salto.
»
**
N'o IV século, e n t r e os assumptos t r a t a d o s nos vasos, f r e q u e n t e s são as scenas da
vida quotidiana.
N. 14<>9. Os epaulios,
ou olVertas das amigas á recem-casada. na manhã
seguinte das núpcias.
Quanto aos vasos de g r a n d e c a p a c i d a d e , são f r e q u e n t e m e n t e d e fabricação mais
com mu m. Na Grande Grécia italia meridional) e x e c u t a r a m - s e muitos destes, nos
quaes o desenho ora imperfeito Ns. i r > s r > .
.
A
preta,
outras
grega.
ceramica etrusca o dos t e r r a m a r e s da Emilia é feita de uma massa
o bucchero nero. Mgumas formas lembram a cora mica do Perú : as
correspondem ás formas communs da ceramica
Os vasos otruscos vão do VIIa a o IIIo século,
<«fif -
No Va século havia um c e n t r o d e fabricação em
Vulci. Muitos vasos foram e n c o n t r a d o s em Chiusi,
embora t e n h a m sido achados outros fóra d a Italia,
Grécia
"i Rhodes.
,
Esta cerâmica parece ser u m a imitação dos vasos m. '
de bronze. Os primeiros fabricados a n t e s do bucchero
> h f y^jffiffij-flMKlR
nero, e r a m de um pardo quasi preto, lustrados ao \ \ \ . j ê
• ^ME
polidor e f r e q u e n t e m e n t e incisos com traços geomctricôs ou pontos, fingindo a technica do bronze, — e
' lí^f
v |
esta decoração se perpetuou nos primeiros vasos do
^fc
V.T
hnrcheio
>">•> V . I H » S
I 1 7 1 1 lí> I).
• l j ' U U f • W , .>
Os mais r e c e n t e s e os etrusco-campanianos
^
tceiii figuras em relevo, ás vezes moldadas separa^SMS&MafiMrií^
d a m e n t e e depois applicadas ao corpo do vaso (N.
Em Bari, os vasos pretos foram decorados de
scenas e ornatos á imitação do estylo grego, mas cm
vez de r e s e r v a r o fundo n a t u r a l do b a r r o , as figuras eram
por rima do fundo preto (Ns.
í3lOí>].
15^1—918
«li 1 lUv
pintadas em vermelho
t
II
Os vasos antigos, gregos e romanos, podem sor classificados pelas f ó n n a s «pio
rcves e m . f o r m a s cm relação com o uso ao «piai e r a m destinados. Mas a identificação
exacta da f ô r m a com o n o m e é t a r e f a hoje ainda ditticillima por causa d a s divergências e n t r e os a u t o r e s antigos.
Os vasos q u e sorviam p a r a t r a n s p o r t e dos líquidos ou conservação de cereaes.
sementes, e t c . , e r a m as a m p h o r a s \ s maiores exigiam dois p o r t a d o r e s : - geralmente n ã o sessis, fincavam-se pela ponta na t e r r a do celeiro, da adega. - ou so
collocavam sobre uma tripeça incilega
n. ir»i>l); o u t r a s podiam s e t e r em pé.
como os ns.
ir>30.
ir;i:$.
\ data
iiombro da
da
vindima, o typo do vinho, o nome do dono, e r a m
inscriptos
no
amphora.
\ . i r » 7 <>, com o n o m e do dono: POPIDIUS
Pompeia.
Segundo a f o r m a , reconhece-se a proveniência d a s amphoras. os centros principaes da fabricação, sendo Rhodes V.
7 ) , - Cnida N. ! ? > • « ,
Thasos
\. í : ; r i > .
Mas o n o m e d e amphora
dimensões, é um nome gcncrico,
n ã o é exclusivo deste typo de vaso d e g r a n d e s
que; era applicado a todo vaso com d u a s azas, como a
kalpis (n. i r ; : ; r ) . o stamnos. etc. (Ns. i i . o 8 , 1 1 0 i , ir>^s> e i."> t : s .
e os do bronze. Ns. l O S » ,
l O ? 3 r > J etc.
Nas lestas em h o n r a á Athenê 1'oliada - as Panatheneas — u m a s a m p h o r a s
com p i n t u r a s allegoricas e inscripções, cheias do azeite das oliveiras s a g r a d a s , e r a m
oflerccidas aos vencedores d a s lutas: são as amphoras
panathenaicas.
As provisões g u a r d a v a m - s e a i n d a em outros vasos d e c o r t a c a p a c i d a d e :
pithos
— dolium. que são p i p a s ; o cadus. servindo também como u r n a p a r a recolher os
sufTragios dos juizes.
Faziam olficio do j a r r o s : as hydrias e suas v a r i e d a d e s — o lagynos dagivaa)
verdadeira moringa (N. I .">:»:» i, - a oenochoé, especial p a r a o vinho, na f a b r i c a ç ã o
«las q u a e s os Rhodianos se distinguiam — a bocca tem a fôrma de trevo (Ns. i 1 4 4 ,
— 52 —
i i ir;
i U r .
, 17 ^«frascos,
i ir>H, i
131>*=>), -
1 0 Í 3 3 c 1 6 J W , bronzo, Pompeia
a o l p é (Ns
130es,
o p r o c h o o s de gar-
galo elegante, alongado (n. i s s r s o ) . q u e sào o u t r o s nomes d a c e n o c h o é . o a s c o s
i , ,
i
i
t
a
ç
ã
o
estylisada dos primitivos odres, é o u t r a sorte a i n d a d e j a r r o
i:>i»<>
fôrma perdurou
- '/«r/««
- )•
0
(lc
muito, e s e m e l h a n t e s f o r a m
(ns. 1 4 1 3 ,
bronze, é e t r u s c o , porém a
e n c o n t r a d o s em
Olbia
(Narboneza)
— (i° $ee ant. Chr.).
Os vinhos gregos sondo muito fortes, n ã o se bebiam p u r o s , m a s t e m p e r a d o s com
d u a s ou mais p a r t e s d*agua, e a mistura so fazia nos g r a n d e s c r a t e r o s . As fôrmas
destes o r a m muito variadas. São conhecidos os n o m e s d e c r a t e r o s argios,
laconios
lesbios. corinthios,
(yrrhemos, sem ser e n t r e t a n t o possível distiiiguil-os e x a c t a m e n t e
pelas fôrmas. Dos dois typos principaes, o d e a z a s e m v o l u t a s é o mais antig>.
Estes vasos e r a m t a m b é m applicados na o r n a m e n t a ç ã o d a s s a l a s e «los jardins
\Ts. i
iz>ia.
i r ; i i r > s r ,
ir>&8y\
Para o mesmo lim serviam os h o l k h i o n s N. i r » . " » e , e t r u s c o .
Ghiusí . e os
o
k e l e b é s (Ns. i r » m i > , l 5 J » o . V Scc.) d o n d e o vinho e r a t i r a d o com o c y a t h o
Ns. I 3 i ) < ( , l : * ! > T , I I I H . I I O » ) p a r a s e r d i s t r i b u í d o n a s t a ç a s dos convivas.
Vo c y a t h o a r m a d o de longo cabo c o r r e s p o n d i a m o s i m p u l u m dos latinos,
a
t r u l l a • Ns. ia i í>, l « r ; o .
Pompeia).
Nos séculos primitivos os Gregos serviam-se d e c o r n o s d e bois p a r a b e b e r , —
dahi o k e r a s c o r h y t o n . que são a estylisação a r t í s t i c a deste u t e n s í l i o :
m a s as
fôrmas d e vasos p a r a beber multiplicaram-se e x t r a o r d i n a r i a m e n t e , s e g u n d o os logares
c as épocas, e as principaes são: a c y l i x Ns. I ! « > « » , i : » í ) J J , 1 1 1 ^ , I 1 7 / ,
I I l \ 5 , l ( í O r > \ q u e no VIo Scc., em Athenas, é u m a l a ç a p r o f u n d a sobre um pé
plevado, e q u e os Gregos cla Cyrenaiea a p e r f e i ç o a r a m : — o c a n t h a r o s (<> vaso de
Baccho)-(
Ns. i i o i . i m j ? . 1 4 1 1 . l i : * . - * : - „ s c y p h o s (Ns i i : ; i
I i r » ? í , vaso dos centauros e «le Hercules;
• o h o l m o s Ns. 1
1 I OI), o
c o t h o n . o c a r c h e s i o n , o mastos o os vasos m e n o r e s ain la, e m p r e g a d o s (juando o
vinho se bebia puro: o c o t y l o s Ns. 1 H % í . I i r > í í , n ; o i ) c o c o t y l i s c o s . a
p l e m o k h o é (o p o c u l u m dos Latinos), etc.
Havia nos antigos fôrmas c o n s a g r a d a s p a r a os sacrifícios, p a r a os mysterios e
vasos votivos: a n c l a b r i s , s p o n d o k h o e , l e p a s t e (o p r a e f e r i c u l u m dos Latinos), o
g u t t u s . q u e e r a um a m b u l a , e a p a t e r a (patena moderna d o culto), que é a
p h i a l e d o s G r e g o s Ns. 1 3 « i s , 1 3 « 3 , 1 3 3 5 , l . V í r i , - c m b r o n z e : Í O O O ,
Í O O I , - c m vidro: 1 6 9 9 I 7 o o ) ; o t h y m i a t e r i o n thuribulo
Ns.
1 0 0 3
Pompeia).
Os minusculos vasinhos «le b a r r o ns. K í T O , 1 4 0 » , 1 4 6 3 ,
1461,
I ! < * : > , não são brinquedos, m a s sim vasos c o n s a g r a d o s aos deuses n a s lareiras particulares, especialmente na Italia.
Os l e c y t h o s , tão celebres na fabricação a t h e n i e n s e e q u e m o d e l a r a m também
elegantes na Apúlia,
e r a m reservados p a r a os oleos c p e r f u m e s — e p a r a uso
f ú n e b r e ; depositavam-nos nos tumulos (Ns. 1 3 í > l ,
1 4 3 0 ) . A' mesma
classe, para
perfumes, unguentos,
etc.,
p e r t e n c e m os vasos
ditos a m p u l l » , que
— 53
-
arybalis (Ns. i 1 : 3 : 5 . u x r » 0 ) , bombylos \ s . 1
i i : í 7 . «»
alabastron ms. 1 * 5 : ; .
Egypu». lecythosaryballiscos \"s. 1: *** 1,
I 3 Í M > . U O O ) , pyxis Ns. i : 3 \ 5 i > ,
d e b a r r o , Pompeia,—
lvï i
•áo: o»
Bgijpto).
Numerosos e x e m p l a r e s d e g u t t u s de vidro encontram-se nus túmulos, que ser
viam p a r a p e r f u m >s, — são os vasos ditos e r r a d a m e n t e l a c r y m a t o r i o s (Ns. l<V7 < >,
14 >7 I. K J / S , 1<»7 7 \ l t j / H , Pompeia y porque a lenda corria que a s carpi
(leiras, nos fuiicraes, recolhiam s u a s l a g r i m a s nestes vasos.
Emfim. p a r a os usos domésticos, numerosos vasos ainda respondiam aos misteres
• lu banho, da cozinha, etc. Lebes (l<> • <> bacia, cujo tvpo ó o vaso da hipode,
- «>
lebes gamikos p a r a a q u e c e r a a g u a do banho da noiva, — e o loutrophoros
p a r a transport al-a ; as lekánes : o chernibion (aquimanile dos Romanos
para
laxar a> mãos n a s refeições u » 2 í > ; .
o podanipter, (pollubrum, pelvis
dos li manos) p a r a lavar os i>ós ( I 4 > : t i ; — o ahenum (N. H M E * ) , » alveus
N>. i r > : w , i < » £ * : 3 , 1 4 5 : 3 1, H ; : * r > ; , o cacabus (N. i<*> 1 » , a chytra
v. 1 : 3 7 «*. etc., i : î v 5 7 . i o í < » . 1 0 11 .
M t a m b é m os utensílios de bronze aqui expostos e provindos d e Pompeia : l o p a s
l<> 1
p a r a cosiuliar o p e i x e ; - s a r t a g o (fritrideira (1< » 1 7 , etc., «»s pratos
do b a r r o , p a t i n a us. i r ; \ ï o , i r » 7
i<;<>7 , p a t e l l a , l a n x , etc.
|Ma
DO
VIDRO
I
l AN'DO foi c o m m u m i n e n t e empregado o processo de soprar o
vidro no III' See. ant. Chr. . os vasos e r a m leitos mais f r e
<iuentemeiite desta materia o, j á no tempo de Plinio Io Sec.
de nossa era) as taças d«* vidro tinham substituído o cylix de.
ouro e d e p r a t a . ns. l ( > 9 7 , I ? O I — Cymbion .
Km
Pompeia
os
oleariae, g u t ti (Ns.
vasos de
17
óleos e
perfumes : Ampullae
. os aryballos, phiales etc. são
commuminente d e vidro.
\. i ? o o . P y x i s tripodo. imitação d e malachite.
Ns. l / O S . I 7 < > : $ . 1 ? O I , de vidro moldado, com applicaçOes de azas de
vidro (Italia — éra
chrisíà).
Na Sardenha, em T h a r r o s . encontram-se nos tumulos vasos d e vidro muito
tino, que são provavelmente de exportação phcnicia. 0 n u m e r o 1 ( > 9 7 . offerecido
pelo Conselheiro Lopes Netto, pertence ao g r u p o dos vasos de vidro soprados num
molde. Esta fabricação foi a d o p t a d a na Phenicia, na época
hellcnistica.
V irisação dos vidros antigos não é voluntária, mas devida á acção chimica prolongada dos t e r r e n o s e d a s aguas.
*
*
*
As jóias egypcias, além d a s p e d r a s preciosas, eram f r e q u e n t e m e n t e feitas com
adornos esmaltados ou de vidro. 0 esmalte ogypoio, impropriamente c h a m a d o porcellann ou faienee, tem |X»r base t e r r a c a l c a r e a , ou t e r r a de Gebelein, «l Assuan,
Ptc revestida de espesso verniz vitroso. Encontra-se desde os começos da historia
*;D a • . - a verdadeira porcellana de kaolin, entrou,.to não era desconhecida dos
&
como o mostram uns ushebtiu do tempo de T h n t m e s IV.
.mo ao vidro, muito tempo foi ollc considerado corno invenção phenicia,
os verdadeiros creadores do vidro foram os Egypcios. que o fabricaram desde
mui remota antiguidade (IV milenário ant. chr.) Os Phenicios. quando obtiveram
direito do residencia em Memphis c outras cidades, aprenderam por sua vez a
industria, depois de ter sido exclusivamente intermediários.
u s fpascos, amuletos, pérolas, etc. de massa vítrea, ou de vidros coloridos
com desenhos vários e artísticos, encontrados em |>oiitos diversos do Mediterrâneo, c
que foram tão longo tempo chamados plicnicios, são incontestavelmente de fabricação cgypcia. Ao tempo das XVIIP e XIX* dynastias, collares, pulseiras, feitos de
pérolas, de vidros polychromos, eram cominuns na classe média do povo cgypcio; •
serviam também pérolas redondas ou cónicas, ás vezos não furadas, como adornos
funerários para as múmias.
II
O ii. « H O , é uma pérola de vidro, ofícrecida pelo l)r. von Ihering, provinda
de Linha g r a n d e ( P r o v i n d a do Mo Grande do Sul), oiide foi e n c o n t r a d a , j u n t o
com o u t r a , n u m a u r n a f u n o r a r i a considerada como muito antiga, Esta pérola é
una Ioga a o u t r a s d e mesmo typo o da mesma natureza, publicadas p o r H . Schoolc r a f t e e n c o n t r a d a s na America do Norte, onde anteriormente, em 1817, já semelhantes pérolas tinham sido a c h a d a s em tu mulos indios Missouri). Km 1S88, uma pérola
do mesmo typo, depois de descoberta no México, foi apresentada ao 7° Congresso
doa Amcricanistas,
onde o Dr. Tischler, discutindo-lhe a proveniência, sustentou
sua origem veneziana, sua fabricação no 15° século e introduoçáo contemporânea
das primeiras descobertas hespanholas.
(
1
N. 211Ô
De 1888 para cá, porém, as exeavações no EgyptO provaram até que g r á o de
perfeição attingiu a fabricação do vidro neste paiz, onde na antiguidade compunham amphoridias de vidros de còr, muito mais delicadas e complexas do que
«• presente objecto. E* necessário p o n d e r a r tampem que. se a classe média egypcia.
como mais t a r d e o povo dr> occidente, se contentava com adereços de pérolas
miudinhas, - de missanga — seria pouco logico aos ávidos conquistadores hespanhées,
terem otlerecido ás populações, por elles consideradas corno pagãs — pérolas tão
—
-
58
grossas e valiosas como esta, n u m a época onde cm Venezia, segundo o mesmo
Dr T i s c h l e r cilas eram feitas por amor c imitação as
anliguidadet.
' Esta pérola deixa, portanto, ainda a b e r t o o problema de sua proveniência, e
diftlcil é estabelecer se de i n t r o d u ç ã o plienicia, ou simplesmente n o r m a n d a , antes
do século 12» da nossa é r a .
E' possivel que estas pérolas tenham servido d e manguito
a r c o d e fibulas. co>»° m de Corneto, ou d e
de baixa época.
*
*
pingente
para
ornamentar o
de c e r t a s »bulas romanas
*
Hoje ainda em Hebron e Alep fabricam vidro d e a p p a r e n c i a antiga, onde a
soda e a potassa sào substituídas, como o u t r ' o r a . pelo s a l i t r e de Phenicia. misturado
com a areia do rio Belus Xahr-llitu :
L Í I u r u .
LI>*-I<>. I Í > Í M > — vasos de c a r a c t e r antigo provindos da
Palestina vidro moldado .
Xs.
X. l i >
fórma
de g u t t u s duplo.
X. l í >•*-<?
\ aso com applicação de azas de vi Iro.
Esta fabricação data do V século de nossa é r a .
\'en la Itamousch .
FIGURINAS
DE
BARRO
COZIDO
S FIUIII5I.\AS de barro cozido, t a n t o como as e s t a t u e t a s de
m a d e i r a , p e d r a c a l e a r e a , metal, etc., não r e p r e s e n t a m na origem
obras de a r t e p r o p r i a m e n t e ditas, não são a consequência de
uma prcoccupação esilietica.
P a r a os Gregos e llomanos, como o vimos p a r a os ligypeios.
;» ligurina tem um lim d e t e r m i n a d o , religioso ou f u n e r á r i o . V. o svmbolo, a substancia lisaçáo de u m a c r e n ç a , de u m a e s p e r a n ç a , taes os ushabtiu. as estatuetas
de divindades já descriptos.
Sérvio em os seus c o m m e n t a r i o s a Virgilio diz: «nos sacrifícios,
todo
objccto que se não podia ter cm substancia, era representado,
e a ficção tomava o
togar absoluto da realidade » : - Isto c. realizava a substancia, a essencia m a t e r i a l ,
pelo mesmo processo q u e o d a s oHcrtas pintadas nas esteias cgypcias.
Iv notável, portanto, esta cominunidade d e raciocínio e n t r e povos d a romota antiguidade.
Quando morria um homem, Gregos e llomanos acreditando que numa vida nova
clle continuasse invisível em redor dos vivos, favoravcl ou nocivo, conforme os
deveres q u e se lhe r e n d i a m , - ofTereciam-lhe refeições, libações, sacrilicios, invocavam-n-o, imploravam sua assistência, e consagravam nas l a r e i r a s : efligies, esta-
I
— eo —
tuetas dos hcroes, das divindades especialmente protectores, dos raànes, e os objectos
do culto funerário: vasos, lampadas, imagens dos a n i m a c s dos sacrifícios, ctc.
Por motivos analogos, os fieis depositavam
nos templos dos Deuses diversos
estatuetas consagradas, oilertas, ex-votos, c t c .
Dalii a origem d a s innumeraveis
figurinas dc bronze, m á r m o r e , t e r r a cotta, m a d e i r a , e t c . , q u e
possuem os .Museus
do mundo inteiro.
Entre as obras desta n a t u r e z a , destacam-se pela
as estatuetas de T a n a g r a {Beócia cujos e x e m p l a r e s
anl. Chr. S&o d c t e r r a cotta, d e l i c a d a m e n t e p i n t a d a s .
no ii. I O I I o penteado em gomos de melão, d e origem
*
*
sua g r a ç a frágil c preciosa
mais finos d a t a m do IVo Scc.
Ns. Í O O O , l O l O . Nota-se
beócia).
*
Da G r é c i a provém e g u a l m e n t e os bustos d e b a r r o cozido q u e se depositavam
nos tumulos e que representavam D e m e t e r H e r c y n a {Orcina, dos Romanos) e
P e r s e p h o n e - C o r ê , sua filha. E r a a d e u s a da vida d e a l é m - t u m u l o ; seu culto symbolisava a esperança na beatitude dos defunctos.
O busto se depositava sobre o solo c parecia como q u e r e s u r g i u d o do O r c u s , ou
residencia dos mortos, prompto a t r a z e r , seguindo a d i v i n d a d e , o d e f u n c t o á luz
meridiana (Ns. I 7 0 í > , 1 7 1 1 , 1 7 1 3 , I 7 i : í , 1 7 3 1 , . .
V P e r s e p h o n e da Beócia (a P r a x i d i k é ) e r a r e p r e s e n t a d a por uma simples
cabeça cm alto relevo (Ns. 1 7 1 0 . 1 7 1 7 ) .
Muito analogas a estas ultimas, e r a m as cabeças c o b e r t a s de véu, que depositavam nos tliesouros dos templos, a titulo d e e x - v o t o . (X. N 3 3 .
Corintha,
ou Pireu ?)
*
*
*
Estatuetas de orantes de D e m e t e r a c o m p a n h a v a m
t u m u l o ' N s . 1<H(>, I O 1 7 , l o i i » . etc. .
também
o defuncto no
Da G r é c i a , introduziram em R o m a no culto d e C e r è s Demeter
o sacrifício
da porca prtecidanea ou pnescntanca,
immolada em h o n r a aos d e f u n c i o s no momento
da colheita c com o sangue da qual purificavam a c a s a . I m a g e n s deste animal faziam
de barro cozido também c consagravam-nas nos templos. (Ns. 1 7 : t l ,
17:te).
*
*
*
Do mesmo género que o culto d c D e m e t e r (r,é-metcr) é o de G a i a . - a deusa
Terra, mac e n u t r i s do género h u m a n o (kourotroplios). - Ella é g e r a l m e n t e figurada
com duas creanças, uma cornucopia, um boi, etc. Kncontra-sc todavia, também
sentada, immovel, os joelhos unidos, como no n . 1 6 1 3 , o r i u n d o d e Cypra.
—
Gl
\ a A s i a m e n o r o na G r a n d e G r é c i a Cahbria, Tarento, etc.) as estatuetas
são um pouco posteriores. F r e q u e n t e m e n t e estampadas cm dous moídos diversos e
dej)Ois reunidos. As mais grosseiras são feitas á mão.
De C y p r a provêm ;is figurinas estampadas com janella posterior, e revestimento
do giz branco, de estylo pseudo egypcio, porém de fabricação phenicia. (X. l< >l%í.
IV* Século).
X. K H 4 . E r o s fúnebre ou P o t h o s , apoiado á um facho (Cyrenaica).
X. l O I 2 * . Provém da M e g a r i d e (Pagee, sobre o golpho de Cor in lha ?).
\ C y r e n a i c a , colonia g r e g a na A f r i c a , forneceu ainda :
0 n. 17 3 r » . G ê n i o aptero s e n t a d o sobre um cão de M e l i t e .
0 n.
1:17%
imitação de u m a boneca articulada (nevrospata),
sorte de
amuleto que participava d a s virtudes p r o t e c t o r a s das aiora (imagens
suspensas,
oscillator ias).
S.
I73Ô
1 7 : ; ? . li-urina p e r t e n c e n t e ao cyclo de D e m e t e r e que representa
T r o p h o n i o s creança, ou I a k k h o s . Vcha-sc f r e q u e n t e m e n t e n a C y r e n a i c a e
ein T a r s e .
Muito mais interessante é a estatueta, infelizmente q u e b r a d a , N. L? : 5 H . g r e g a ,
em marinorc, revestida de uma bclla patina loura, e «pie parece ser uma A p h r o d i t e .
\ technica um pouco frusta e os cabellos de penteado archaico, lembram o
começo do IV" século c a influencia dos g r a n d e s mestres d a escola de P h i d i a s .
V cabeça n. I ?
l é do mesmo século, porém um pouco posterior.
Merece toda a aUeiiçáo o f r a g m e n t o de cabeça n. I 7 \ í ( * . cm b a r r o cozido,
que pelas suas pri-porções e feições se levela como uma cópia posterior de u m a
estatua bellissima da escola d e P r a x i t e l e s . So ponto de vista csthetico, é c e r t a mente a peça mais bclla da collecção.
X.
vida
17":«>,
sem cabeça
nem
braços,
era f u n e r a r i a
e segurava
o c a l a t h o s contendo os presentes olVerecidos ao defuneto.
sem ou-
—
62
-
i r % î r - figura cômica, r o m a n a , da ój>oca d c Augusto ou do Nero
(/• Século de nossa era) — Talvez uma c a r i c a t u r a deste ultimo. 'Provém d u m vaso
do cabeças em relevo?).
X. l N < n . grotesco: escravo negro com a cabeça coberta do / ileus (Personagem
de comedia?
—(Romano,.
V
II
ESTATUETAS
DE
BRONZE
maior p a r t o destas ligurinas sào bronzes votivos, o f e r e c i d o s cm sanctuarios
diversos ; a rudeza da technica n ã o <5 sempre prova da relativa antiguidade, mas antes, d a condirão modesta dos oiïertantes, quo se dirigiam a
fabricas locaes, de infuna cathegoria.
A
\ . i s ' i o , Figura de bronze, analoga ás e n c o n t r a d a s na S a r d e n h a e que
representam g u e r r e i r o s (heroe — ou deus da guerra ?) ; — différente e n t r e t a n t o dos
a d i a d o s de Teti - (\ll'See.
ant. Chr.*)
Muitos desses bronzes attribuidos á S a r d e n h a foram fabricados «>iu Cesarea da
Cappadoeia. e os falsos são numerosos !. . .
A
A
*
\ . !>•< 1 í> Poseidon (Neptuno) com um tridente
falta), c o tribon,
manto
dorico c u r t o . Vi" Sec. anl. Chr.
X. i N i r i . Bronze votivo de atlileta. 17' Sec.
X. I N I « . Idem de atlileta. VI' Sec.
X. 1 8 1 7 . Idem de atlileta (pancratiaste* . estylo
Myron. V*Sec.
X. 1 8 1 « . H e r a k l e s (Hercules),
de
com a maça e a |)elle
o
de leão, um a r c o na mâo esquerda. V
X. 1 S 1 3 . Zeus 'Jupiter),
com
Sec.
o raio
na
mão—
Olympia ?). V» See.
A * *
X.
Bronze votivo para um genius loci, com
a patera ; — bel la patina verde — um annel de suspensão, —
\rcliaico: metade do Vi' Sec.
S. 7
Cabo de u m a p a t e r a de bronze. Bellisimo em
desenho e em proporções, mas falho d e fundição, c grosseiramente retocado. Representa um H e r a k l e s com a polle de leão na cabeça e sobre os hombros.
Encontra-se f r e q u e n t e m e n t e o mesmo modelo mas com o typo de Apollo. (V* Sec.).
—
«4
-
1 H 1 N . H e r a ? — Bronze votivo. Ktrusco: anterior
Os ns. 1 8 1 4 , 1 8 S r
os liomanos
assemelhavam
d o grego
Sec.
são provavelmente r e p r e s e n t a ç õ e s de Minerva,
a Athenê,
í|lu
m a s q u e d e v e s e r distinguida como uma
divindade de origem diversa (Etrusco: Meneroa
u
ao VI0
q u e V o s s i o a p p r o x i m a com razào
1
menos' -— vis animi, — e q u e l e m b r a Amen
egypcio, e Min)
Vo Sc>•
Também são b r o n z e s v o t i v o s os ns. 1 8 8 1 , 1 8 « : « , 1 8 3 2 * , 1 8 3 8 ,
e r e p r e s e n t a m sacerdotes e s a c e r d o t i s a s com p a t e r a s n a m ã o . Provavelmente
originários das visinhanças de A t e s t e (Este moderna, na Italia .
periodo EugaiieoAtestino — Época da invasão critica do Sorte (IV* Sec.)
Da mesma proveniência, m a s do periodo p r e c e d e n t e ou é p o c a v e n e t a (das sepulturas
à incineração),
é on. S O O : i .
Folha de bronze r e c o r t a d a em forma de
cava Ho, com círculos gravados, o q u 3 provém de u m a
fibula
(V* Sec.). Exemplares a na logos foram e n c o n t r a d o s na G a l l i a
Os ns.
lidades diversas (genii
são b r o n z e s
locorum).
e m fôrma do
broche
oriental.
v o t i v o s ( m u l h e r e s , aos gênios de loca-
S. 1 8 l O . H e l i o s e r a p i s confusão d a s d u a s divindades llclios e Serapis
numa só figura. — Bronze votivo: o Deus e s t e n d e o b r a ç o direito, e com a mão
esquerda sustenta um crocodilo.
S° Ser. dcp. de Chr.)
Provém, sem d u v i d a , d e
Alexandria
('.» OH
LAMPADAS
ANTIGAS
Lychnos dos <;regos, lychnus, lucerna dos itomanos
A nos tempos quaternários, quando eram habitadas as g r u t a s
(Altamira, hordognc, etc.), época estimada em 10.000 annos
a n t e s dos antigos monumentos do Kgypto e da Chaldea, as
lampadas e r a m conhecidas: e r a m então feitas de p e d r a .
De pedra também eram as g r a n d e s lampadas
mycenianas,
analogas ás egijpcias, com dois pavios, alimentadas com azeite
ou g o r d u r a e dispostas sobre um pé, como se fossem candelabros.
As lampadas egypcias communs, dc uso vulgar c que adoptaram os Phenicios, Carthaginenses, Cypriotas e os povos da Syria, eram feitas de conchas
largas, ou de barro cozido, imitando as mesmas. Tinham um ou dois bicos
rostra nos llomanos).
i ? > s í > . Lampada em feitio de concha (Syria .
Os Gregos, antes do adoptarem o uso das lampadas, serviam-se de archotes e,
como os costumes antigos p e r d u r a m longo tempo nos ritos tradicionaos, apesar dos
progressos acceitos na vida commura, - os archotes figuraram ainda muito tardiamente nas ceremonias religiosas, e nas scenas figuradas nos vasos e pinturas de
caracter ritual (prothesis, núpcias, lampadophorias,
etc.).
15«í-91íí
(n
.
cj?'.a.
á w .
5
-
66
* * *
P a r a as l a m p a d a s a n t i g a s ' e m p r e g a r a m , além d a t e r r a c o t i a , o a l a b a s t r o , o vidro,
o chumbo, o bronze e mesmo o a m b a r .
As lampadas decoradas com figuras, e m b l e m a s , e t c . , e r a m compostas do dois
moldes: a metade inferior, a concha, — e a tampa, isto ó. a p a r t e superior,—como
se pó lo n o t a r no n. 1 7 5 5 . A fôrma da p a r t e s u p e r i o r e r a objecto de commercio,
assim é que lucernai de proveniências diversas a p r e s e n t a m a mesma decoração.
\ s torcidas e r a m feitas dc fibras vegetaes: papijro, rícino, etc.
Além do uso caseiro, as l a m p a d a s e r a m dispostas nos s a n c t u a r i o s , nas lareiras
particulares, c o azeite, consumindo-se, servia como oflerta do mesmo modo quo
o incenso. Eram depositadas também nos temblos como ex-voto, e nos túmulos.
*
*
*
Os typos mais antigos, depois da f ô r m a em concha, são os d a s l a m p a d a s gregas
cylindricas, ou d a s redondas, sem azas,— de rostro a l o n g a d o — ás vezes revestidasde
verniz preto.
Xs. 1 / 7 h , 1 7 H O , i / H i , lichnoi gregos, primitivos.
X.
lychnos grego, - forma de t r a n s i ç ã o .
As fôrmas populares, executadas pelos proprios donos e n ã o compradas, são dc
d e t e r m i n a ç ã o chronologica muito incerta. 'Xs. i í > 1 1 , 1 0 - - 1 3 ) .
As lampadas olTerecidas em ex-votos nos s a n c t u a r i e s conservam a fôrma ritual
quasi que p r i m i t i v a :
X. i o r > 3 , lychnos, dedicado a Hekate.
X. 1 7 J - * \ í , lucerna votiva, — tem no f u n d o a inscripção: VEST A.
Xs. 1 7 7 . " ; , I 7 7 í > . com d u a s c a b e ç a s d e cysnes - l u c e r n a s votivas a Venus
(IP Sec. ant. Chr.)
AAA
\ a Italia Meridional, na Africa do Norte, e n c o n t r a m - s e no r Sec. ant.
Chr. as lampadas de recipiente c i r c u l a r , com o r o s t r o a l a r g a d o n a extremidade e
ás vezes u m a saliência l a t e r a l : síio as l a m p a d a s delphiniformes: \ s . i
1 7 ? > 1, 1 0 0 5 .
As lucernae judaicas da época r o m a n a c o n s e r v a r a m o typo d a s lampadas
delphiniformes,
mesmo sem a z a : Xs. 1 7 1 > o ,
*
Acredita-se que os Romanos
*
I7í>\r
*
não c o n h e c e r a m a lucerna a n t e s de 300 (ant.
As primeiras e r a m de origem campaneana,
(X. 1 0 0 7 ) .
- e offerocem u m a
Chr.).
fôrma de transição
— 67
*
Depois d a é r a
christà
*
*
as l u c e r n a e romanas
sào frequentemente redondas,
sem aza:
\ s . 1 7 N 7 , i r r r (I o S<?c. de/>. Cfcr.)
\ . 1 4 > : ; i , decorada com palmas, — [christà ..
X. 1 7 I O . l u c e r n a pensilis do bronze.
\ . i r i : s. l u c e r n a r o m a n a , com um Eros. Fôrma de transirão do Io ao 2°Sec. .
X. I 7 r » r , l u c e r n a p e n s i l i s em fôrma de mascara cômica, com a inseri peão
DEO. MAX [imo]. (Pompeia). — OlVerccida j>elo Jornal do Commcrcio.
v
X.
I7Ù7
\.
Forma d e transição (do Io ao
S. M. Dom Pedro II.
Sec. . - Pompeia
olVorecida por
A fôrma que segue, no 2 Século, também é de recipiente redondo, com uma aza
em a u n e i ; o rostro vae se e n c u r t a n d o :
X. i r > O v 5 . com o nome CIUSPVIAS.
X. i r > 5 1 , com o nome MYflO.
\. 17 4i í , com uma figura em pé (Eros ou Diomjsos). Oilbrecida por S. M.
Dom Pedro II.
X. i T « > < ; . com uma reproducção do g r u p o das tres graças do typoda pintura do
llemdanum),
e a inscripção: Q. MEU. PVD. (encontrada a t é hoje s<» na Sardenha}.
— OfTerecida pelo Jornal do Commereio.
Xs. i 7 4 » o . 1 7 0 K . com a inseri pç.ão AMOIt.
1 ? ' « « > , todas as tres com
mascara de t h e a t r o .
Xs. i r : > : ç , i r ? : ; , com a letra H.
Xs 1 7 4 ( » , 1 7 i r , — b i l y c h n i s , — n . 1 7 i fc — i d e m — d e
Xs. 1 7 1 1 . 1 7 1
l u c e r n a e de bronze.
bronze.
-
68
*
*
—
*
Apparecem depois as lampadas de baixa-época, g e r a l m e n t e ditas Christas
— d e corpo prolongado ató ao rostro, c q u e não tem aza ou, em log-ar desta i
botão pontudo.
em
Xs. I 7 ? > í i ,
i r 2 > r > , com c a c h o d e uvas.
Xs. i r r o ,
177
deante).
X. i r : > 8 (Africa
1.
I T 7 H , 1 0 0 « ,
Septem
christà.
S»
$tV„/„
rional).
X. 1 7 < í l , com ura Cavallo e s t a m p a d o
A
(Uaiia
Carthaqo).
Judea chrUtã fornece typos a n a l o g o s :
Xs. i r s : $ . í r s d , í r s : i r * < > , n > 1 4 , i t > : ; i ( W a
X. l í >."*>:$ (Inscripeão Hlegiuel).
Ha também analogia com os modelos a r a b e s :
Xs. i r e i (Siloé) — 1 0 4 3 , 1 0 5 0 ( V m t o Hamousch).
* *
/í«m1<,w,CÂ
*
Lanterna
E n t r e os Romanos a luz e r a fornecida por uma lucerna de barro
ou de bronze, ou por um archote pequeno, posto n u m a c a i x a com a r m a ç ã o d«- bronze.
Vs paredes e r a m feitas d e corno translúcido, d e p a n n o oleado e mais t a r d e d e vidro.
D u r a n t e muito tempo os Carthaginenses p a s s a r a m por f a b r i c a r as lanternas
com a maior perfeição. Os primeiros Gregos a s c h a m a v a m lamptêr X. 1 4 1 5 ?
Pompeia).
*
*
As lucernae e r a m postas f r e q u e n t e m e n t e sobre pés ou t r i p e ç a s nas mesas.
X. 1 N 0 6 , pé de uma tripode p a r a l a m p a d a (etrusco).
Dahi a origem dos candelabros. Duas cidades: Tarente, na Grande Grécia
Palia c Egina, n a Grécia, cclebrisaram-se pela perfeição dos c a n d e l a b r o s .
O n. \ i o - - l « . achado em Pompeia, p a r e c e provir d e Tarente. Illuminavain
estes o triclinium. ou <ala do j a n t a r . — 0 n. H
d e proporções modestas,
punha-se n a propria mesa.
UTENSÍLIOS
DE
TOUCADOR
NTUIí os objectos do bronze da collecção, boa p a r t e pertence
a utensílios d e toucador e adorno.
Convém m e n c i o n a r em primeira linha as fibulas ficelas),
a i n d a q u e possua mol-as em pequena quantidade e de typos
pouco variados. 0 interesse d a s fibulas 6 considerável em
arclieologia, porque o evoluir d e suas formas p e r m i t t e , quando e n c o n t r a d a s nas
excavaçOes, t e s t e m u n h a r as migrações dos povos, e lixar as épocas, quasi com
a mesma s e g u r a n ç a q u e o p e r m i t t e m as moedas. Vs fibulas, e n t r e t a n t o , precederam
estas.
A Fibula peroné grega), ou fivela, parece de origem européa c occidental ;
não e r a conhecida no Oriente a n t e s da influencia grega, e com sua fôrma mais
simples, que é a do nosso allinete d e s e g u r a n ç a , a p p a r e c e somente no fim do
period> myccniano, isto é. no XIlPscc. antes de nossa era. A fibula a l arco scmplice,
com ou sem linhas geomctricas g r a v a d a s 110 arco, representa j á uma primeira
evolução:
IS >10. Época veneta (3o periodo euganeo-atestiuo), a n t e r i o r á
Certosa de Bolonha (VP Sec. ant de Chr.)
O 11. i í > r » 7 ortercce um typo de transiçã » que faz prever a fibula italica, do
\s.
lí>0«,
typo a navicclla,
011
a
sanguesuga,
tal como
vemos nos ns. 1
l>-»o\£,
VI • e Vo Src.).
As vezes, o p é d a fibula, isto é . a chapa de segurança, se prolonga muito além
da ponta do alfinete (ns.
i l > 11), o q u e serve de passagem p a r a o typo provindo da Italia Septentrional, onde o arco diminue o comprimento da corda em
relação a o pé, c q u e será a fibula à bâtonnets, e os typos riquíssimos d a Certosa.
IV'o Scc.).
I H 0 3 , 1 8 0 1. I 8 0 r >
70
Os
desenvolveram
Romanos
esta f ô r m a , a p o r f e i ç o a r a i u - n a e substituíram pela
a r t i c u l a ç ã o na cabeça do alfinete o a n t i g o s y s t e m a
de
mola em
annel. 0
typo
romano provinciano offerece um modelo cr „ciforme :
\ . i í m >í •
- Sul da Italia — d o u r a d o .
*
na
*
*
Outras formas muito v a r i a d a s d e libulas existem a i n d a , Em H a l s t a t t (Áustria ,
Hungria.
n a s nécropoles Celto-illyricas. são f r e q u e n t e s a s f ô r m a s á spiras.
N.
1939
ou em discos duplos — o r i u n d a s dos valles d o I s t e r Danúbio : — X.
ha mesma origem e época são os colchetes com spiras o correntes
c i!-<<.
, e os broches, n. H » i o .
So IVo Século os
ií>:çi>.
\'s. i > s í > 7 ,
broches s u p p l a n t a r a m as fibulaseeram feitos sob a fôrma de
c h a p a s g r a v a d a s , esmaltadas, com p e d r a s , etc., ou sob a f o r m a tio r o d a s , rosetas, c m z t s
g a m m a d a s , figuras diversas d c a n i m a e s , m e d a l h a s , ns.
Os ns. I 8 : i 3 c 1 S 7 « ; são de f e r r o {Época da
i N s o . I Í > : Í 7 , IÍ>:;>-S.
Tenu,.
\ s li velas ns. I i » s l . 11 > M : ; fechavam c i n t a s (cingulum
ti *
ou
baltes).
*
P a r a r e t e r ou l e v a n t a r a chlamyde, a túnica, o pallium etc. usavam de
fivelas de pies tão, sem alfinete c feitas, á s vozes, de c h u m b o , como no exemplar
n. i «.»-%<;.
*
A
A
ESPELHOS :
Kátoptron dos Gregos. Homero n ã o fala d e e s p e l h o s ; elles são d« origem
ogypcia. Eram feitos de um disco d e bronze polido. I ma tíguriiia,
mente, permittia mantcl-os em pé n a s m e s i n h a s d e toilette.
X. i s ^ í .
Século).
Uma
mulher
d e m u l h e r , geral-
l e m b r a n d o a s 'cary a tida s d o ErccIUciôn.
lire^».
No IV' Século o cabo n ã o p e r m i t t e mais tel-os cm pé, é preciso mante-los com
as mãos, elles são consoi vados em caixas ou estojos bellissimos.
Frequentemente
tectoras.
as m u l h e r e s c o n s a g r a v a m
espelhos a s u a s divindades pro-
—
-
71
Os espelhos sao, o r a decorados com relevos, ora g r a v a d o s ; estes últimos s*o mais
raros.
N. i w r r ; . Cabo de espelho com cabeça de cavallo e m r e m a t e . Um segundo
espelho completo, ti. I a p r e s e n t a calx> i d ê n t i c o , — n o reverso u m a scena
g r a v a d a , de bello e s t y l o ; dois h o m e n s sentados conversando [Grego, IW Sec.).
N. K i 8 7 . Muito curioso, — com um perfd gravado, sem duvida pelo proprio
d o n o ; — o desenho, i n c o r r e c t o pelas proporções, conserva e n t r e t a n t o os c a r a c t e r e s
do typo grego —com a iris de faco, num olho de perfil, o que lembra a technica dos
vasos a figuras
vermelhas.
li' simplesmente imperícia
de a m a d o r , e n ã o estylo da
época ( P r o v a v e l m e n t e do
IP século).
Não temos indicação d a
proveniência — e passa por
ter vindo
ie P o m p e i a ;
— convém l e m b r a r , e n t r e t a n t o , que muitos objectos
achados n a s r u i n a s desta
S
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V^âi
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V
V^V
cidade italo-grega n ã o e r a m
c o n t e m p o r â n e o s dos t e r r e motos, mas sim j á d e muito
&
líá^
W
anteriores.
•
Gregos (lavam o
nome d e belonê a todo
Os
N
gênero d e agulha e aos alfinetes «Ie c a b e ç a ,
1ÔS7
acus (crinalis, comàtoria, »los La-
toDs). O acus discriminalis s e r v i a p a r a r e p a r t i r os cabcllos.
\S.
Í S K . - Í , I 8 8 I . U>R»I>, I S M > O — acus crinalis.
Alguns destes alfinetes e r a m
veneno. Segundo
òcos c podiam c o n t e r perfume, ás vezes mesiuo,
Dion Cássio, um s e m e l h a n t e alfinete q u e Cleópatra sempre le
vava no p e n t e a d o tcr-lhe-ia servido p a r a se d a r a morte. Apesar da lenda da cobra,
esta versão é mais verosímil.
II
ANNEIS,
ARMAS
etc.
N
\ 0 p a r e c e t e r e m os Gregos u s a d o anneis a n t e s do VI* século. A mais
a n t i g a m e n ç ã o feita a um aimcl grego é a de Herodoto a respeito d e
Polycrates, t y r a n n o d e Sumos.
No tempo da lie publica, em Roma, o aunei de ouro (anulus) era privilegio da
aristocracia. Os t r i u m p h a d o r e s usavam o a u n e i de ferro, e t a m b é m de f e r r o era o
aunei ollerecido pelos noivos. Va época do Hadriano. porém, sómente aos escravos
e r a prohibido o uso do a n n e l d e ouro.
Quando d a 2 l guerra púnica s e r v i a m - s e d e anneis com sinete para sellaimissivas — e no Império, sob Claudio, o sinete foi g r a v a d o no proprio annel d'où ro massiço.
Os ns. L í > 1 3 , U ) 1 7 , l í > l í > , 1 S > 3 1 , l í ) í Í 4 . l í > 4 0 . l í > 1 7 , etc,
provém d e Pompeia.
V. i o o < L , p r e p a r a d o p a r a sinete.
N. 1 1 > 3 3 . g r a v a d o com o nome BOAM II ?) .11 M l (boantius Junius), do dono.
\ impressão sabia invertida
(Pompeia).
\s. 1 8 0 1 , LNÍ)r>,
cofres
Pompeia).
I Í Ç
I, IÍ)ÍÍ:>,
*
*
anneis com chave, p a r a fechar
*
Vs. I Í > O : Í . IÍ>«> 1 , Peribrachionia (pulseiras),
que pela forma .lo serIsente e r a m t a m b é m c h a m a d o s ophis. São e g u a l m c n t e ditas helices, as pulseiras
de spiras como as d e ns. 1 * M > 1 , 1 0 0 3 . Os Latinos davam á pulseira o nome d e
armilla (ns.
i s o o.
Brachiale, torques brachialis ou spinter,
e r a m a s q u e levavam no b r a ç o (o. 186:5).
t o m a r a m o uso d o torques
brachialis corno premio militar (•calOeus ou galbeus). Na época Imperial, a s armillae
constituíam, con» as p h a l e r a s e os torques, as distincçOes honorificas concedidas
aos centuriões, baixas patentes, e soldados rasos.
l oi dos
Sabinos, som d u v i d a , q u e os Romanos
Os IH.
'i(M I,
3 0 I 5
silo s t r i g i l e s — [raspadeiras
de
suor)
Pompeia).
O escravo Iraclador, depois do banho, p r a t i c a v a fricções e raspava o suor,
elTectuando assim verdadeira massagem vibratória <|ue e n t r e t i n h a a elasticidade
dos museu los. As melhores strigiles provinham de Pergama. Houve t a m b é m strigiles
do. vidro.
*
*
*
\ s phaleras foram na origem ornatos p a r a cavallos. Cerca do l'- Scc. torna
rj»m-se condecorações m i l i t a r e s : applicavain-se no balteus ou faixa, «• primitiva
mente eram
reservadas
aos cavalleiros. Os ns.
l^rJO.
l*c;i
são do mesmo typo, |»orém de épocas diversas. Cabeça de Gorgona).
X . I S 17 •
O ii. 1 H 1 7 não pareça ter sido applicado como p h a l e r a . <> tvpo, e n t r e t a n t o ,
é o inesmo — a face da Gorgona
reproducção d«*, modelo hellewshco
///• século).
*
*
*
O capacete, k r á n o s dos Gregos, chamava-se em latim cassis (baixo latim:
cassicum, donde provém o francez casque - G a l e a e r a o c a p a c e t e primitivo feito
de pellc.
N. 14
capacete votivo de hjpo corinthio. Dos dous lados, as paragnatides, para proteger as faces, formam uma peça só com a c a l o t a . Lembra o c a p a c e t e
«ia deusa Athena [Minerva), Vi' ao V* século.
N. ^ O I H . F r a g m e n t o d e gladius com a bainha
Ms.
^ O l ^ .
2 a edade do
ferro).
Pontas de lanças.
Ns. i*íí>:Í.
I *>:*:$. chaves de bronze, c o n s i d e r a d a s como tendo
servido p a r a a r m a r o arco (?)
Ns. l N r i . Glans — Rala d a/anda
chumbo). Arma de origem ibroica.
—
/;>
—
X. %500<
Glans - Hala de funda (chumbo) com a inscripçâo: L. A. CAIA I-.
KVLVIA. CUA.M. I»AN. g r a v a d a cm leiras cursivas: - Injuria dirigida pelos sold a d o s cesarianos c o n t r a L. Antonius, irmão de Antonio, e contra Fúlvia, mulher
deste. (Guerra de P e r u s a . 40 ant. Clir.) - Figura no Corp. lasc. lat. I. n. 684. (As balas de f u n d a falsificadas, com inscripçòes, sào frequentíssimas).
Ill
OBJECTOS
DIVERSOS
C
A M P A I N H A S (Pompeia) — Xs. K t o o , L 0 6 ) , u w w . I O O N clc.
C o d ó n em grego. —- t i t i n n a b u l u m , c a m p a n a em latim).
Kram u s a d a s como amuletos protectores c o n t r a a jettatura : assim serviam
suspensas ao pescoço dos a n i m a e s . Nas ccremonias religiosas, bachicas, cabiricas.
e r a costume a g i t a r c a m p a i n h a s , — p a r a conduzir os criminosos ao supplicio, d u r a n t e
o< eclipses, c p a r a a n n u n c i a r as refeições, c h a m a r os escravos, etc.
*
\'s. K J 7 í > ,
Ss.
*
*
K 5 W O . E s p o r a s r o m a n a s (caltuu provindas d e Pompeia.
i « r > i . i ^ r > < > . i 8 : > r , i n o o , 1 8 < j i . C l a v a , ponta d e
maça, feira d c b r o n z e ou d e forro, com saliências;
do* Harbaros, limitrophes «lo Império (Pompeia).
*
V.
*
*
l i » . A n t y x . o r n a t o d c bronze (caberá </'• Miiwn.a , applicado n a borda
da caixa »los c a r r o s , ou na e x t r e m i d a d e d a lança
*
N.
corrente
- a r m a olTensiva cuja origem vem
*
(Pompeia).
*
P r o s t o m i s . Cabresto de cavallo: fechava-se sob o mento com uma
[psellion),
q u e se
lixava nos dous atineis de cada lado, onde também se
prendia o freio.
* * A
\s. 1
li>00,
p a r a c o m e r ovos ou
l o r i H . São colheres
tnolluscos, o cabo e r a
romanas, l i g u l a . " u a n d o servia
pontudo o a ligula
c o c h l e a r . Os (iregos a d o p t a r a m dos Itomanos o uso da ligula.
chamava-se e n t ã o
I
-
78
*
*
-
*
CHAVES
iigy poios, Gregos, Romanos, todos os povos antigos fechavam s u a s p o r t a s como os
modernos, o r a com t r a n c a s , ora l a c r a n d o com o sinete a s p o r i a s o l a m p a s dos moveis
e recessos, — ora com fechaduras de chave. Assim, na Odyssca
c h a v o
Penelope a b r e com
o deposito onde se a c h a o a r c o do m a r i d o . Os Romanos t a m b é m usaram de
fechaduras d e b r o n z e o u de f e r r o (N. l O O Ä ) , onde c h a v e s d e feitios muito
vários
se a d a p t a v a m .
Xs. i í > : 5 0 , l l > : 3 l , l o y < l
ferro).
Os cofres tinham chaves menores q u e e r a m , á s vezes, f u n d i d a s cm anneis: —
Xs. I i > r < > , n > : n .
lí>:3r»,
(Pompeia).
*
*
*
AS ROMANO.
Xs. I 7 í ) I , I 7 í » : > , 1 / í M i , 1 7 1 ) 7 , l ? í » v 1 T Í > 1 > .
Depois d e iSO ant. Chr. foram c r i a d a s a s p r i m e i r a s moedas romanas: as.
semis, triens, etc. - \ n t e r i o n n c n t c conheciam s o m e n t e o aes r u d e q u e substituiu
a s trocas cm natureza (bois, ovelhas, etc.). Estas b a r r a s levavam moldadas cm relevo
a ligura d e um animal bos, su.<), o q u e explica a etymologia da p a l a v r a pecunia.
(pecus, gado).
,
As primeiras moedas foram moldadas — e mais t a r d e cunhadas.
O As libralis pesava uma libra romana
200 grs.) Xa face: J a n u s bifrons
- n s . i ? Í» i ,
No reverso: a proa de um ntvi> (ratis — ns. i ~ Í M > .
*
»033,
^034,
*
Signum
*
f l g u l i . M a r c a .ir
-i..mi>ta. <> nome
SKCl XDINUS, está g r a v a d o de tal modo q u e a impressão sahia invertida (Pompeia .
*
X.
M >. Tessera. Senha de circo
Xa face — O CoCyscu.
*
*
osso . Xo verso a i n d i c a r ã o do logar : W I.
Ns. 1 8 0 ? > , D*M»O,
!»-«>&. Tesserae. Dados d e osso, de seis faces
astragalos de d u a s faces planas. Gs Latinos c h a m a v a m os primeiros tesseraae
os sec ii ii los tali. Os a regos- «i.'siiriia vain o joiro : joiio d;. Cubeia.
O melhor lance e r a o triplico 0: lanec real, Basilicos bolos — ou j a c t u s
Venereus. O pcior e r a o tríplice 1: lance do cão, evon : - nos romanos : canis
ou damnosa canicula.
-
71) -
*
*
*
Ns. % Í O O : Í e S O O L , Amuletos do b r o n z e : cavallos. com um a u n e i p a r a
suspensão (Cu li o Solar
Prcliixlorico europeu .
\s. IÍ>Í>^Í a I Í M > 0 .
tod«» o preliistorico e u r o p e u
Touros duplos de bronze (Amuleto*).
[Etrusco).
Pertencem a
PINTURAS
DE
POMPEIA
OMPEIA o Herculanum passaram dos Vclasgos o Osques aoEiras cos,
que se tinham apoderado de toda a região dos
Campos Phlegreus. - Os Samnites possuiram-nas depois,
q u a n d o d o m i n a r a m na Campania VI Scc.
- e as abandon a r a m por sua vez aos Itomanos
em 270 a n t . Chr. Sylla, em 80, fez de
Pompeia Colónia militar (Colónia Vcncria Cornelia): e no tempo de Nero a
população tendo crescido consideravelmente, a cidade tomou desenvolvi m e n t e pio
porcional.
Houve dous t e r r e m o t o s , o primeiro cm «»3 dc nossa é r a , o segundo em 70.
*
*
*
\ ã o se e n c o n t r a m p i n t u r a s em encavslica
n a s paredes : o
r a ç ã o feita a a g u a s o b r e o revestimento ainda fresco da
fresco é urna deco-
parede, p r e p a r a d a com
cal, areia e tijolo pisado, cacos de vasos ou m á r m o r e cm pó.
Como a p i n t u r a d e v e s e r e x e c u t a d a com g r a n d e rapidez o sem facilidade de
retoques, o a r t i s t a d e v e ser muito a d e s t r a d o e as p i n t u r a s de Pompeia, delineadas
com liberdade m a g i s t r a l , mostram
imaginavam
com q u e facilidade os decoradores pompeianos
a s composições c combinavam
os
motivos.
A maior p a r t e delles não
usava c a r t õ e s e os f r a g m e n t o s q u e aqui temos revelam uma technica cheia de
fantasia e de s e n t i m e n t o delicado do elleito, da manc.ta, como dizem os artistas
modernos.
TSET-918
6
I
— 82 —
*
*
*
A t e m p e r a c processo de p i n t u r a com pincel, no qual as cores misturadas
con. uma substancia que as une, as liga (ovo, leite, succo d e figueira, sarcocolla,
e t c . \ silo applicadas sobre revestimento de giz ou de n a t u r e z a analoga ao
descripto acima.
As pinturas do P o m p e i a foram em p a r t e executadas com estes dous processos
combinados: esboço a fresco, acabamento a t e m p e r a .
*
*
*
E n t r e t a n t o a mais commum foi a pintura sobre estuquo. A parede sempre
preparada da mesma forma, a decoração era e n t ã o t r a ç a d a e o fundo de tom uniforme, preto, vermelho, etc., pintado a pim-cl com c e r a púnica o oloos resinosos,
reservava os motivos, como se fazia na pintura de vasos d e fundo preto.
*
*
*
lia quatro epocas no estylo pompeiano :
/• época: Samnito-grega IPSec.
80 anl. Chr.) Pintura a fresco, imitaç&o
do mármores.
2X época: Pintura a tempera - Imitação de columnas, dividindo os painéis —
motivos gregos e egypcios.
:>* época -. Estylo do candelabro
assim c h a m a d o porque as columnas
tomam a forma da candelabros. - Acaba com o t e r r e m o t o do a n n o 03.
Va época : H a ópoca que deixou o maior n u m e r o de spccimens, porque foram
neste estylo r e s t a u r a d a s t o i a s as villas que a catastroplie do a n n o 63 tinha destruído. A architcctura d e fantasia, os bordados de arabescos deixam livre campo á
imaginação dos a r t i s t a s . - O segundo terremoto, de 70. não parmittiu a ulterior
evolução do estylo Pompeiano nestas c i d a d e s ;
mas o estylo decorativo
alexandrino, já interpretado pelos Homanos, tinha fornecido o estylo augusteano, e a pintura Pompeiana, foi ainda o inspirador da a r t e christa
primitiva [Pinturas das catacumbas}.
*
*
*
ms motivos que possuímos eram fragmentos d e p a r e d e s c devem s e r d e poueo
anteriores ã ruína da cidade (Pertencem á í» época, p o r t a n t o , .
Elles foram oflerecidos por S. M. D. Pedro II, em 1857, ao Museu. Um
delles e n t r e t a n t o , um pouco a n t e r i o r (I8A8\ é presente do Sr. José Firmino
Marques.
— 83
Ns. Ö 1 8 1 ,
campos, etc.
\s. Í Í 1 H Í 5 ,
íilwví.
Friso
de
-
assumptos
decorativos
marinhos.
Ilippo-
a i N í } . Ornatos architeclonicus, ramos, aves, «te.
Figura decorativa. — Musa?
Ns. S 4 0 : > ,
Dous pequenos painéis (vaso e ave).
ESCRIPTURAS
ANTIGAS
I
\ s t r i b u s h u m a n a s onde o evoluir da civilisação foi espontâneo,
e n ã o influenciado por tribus visinhas, a escriptura apparoccu
na origem sob forma d«; p i c t o g r a p h i a :
6 a representação
ingênua
dos objectos, donde nasce o h i e r o g l y p h i s m o
f i g u r a t i v o . •Sob esta forma encontram-se
escripturas no E g y p t o
Pcrimlo
nrchaico . na C r e t a (ja no \ \ \ Sec.), na M e s o p o t a m i a s u m e r i a n a . etc.
Com a repetição dessas figuras, cópias, e simplificações estabelece-se naturalmente a estylisação
d a s mesmas, o epie conduz ao h i e r a t i s m o .
*
*
*
Mas a e s c r i p t u r a não se limita
figuração das cousas, dos objectos ; na
linguagem, «• essencial sendo a transmissão d a s idéas. o i d e o g r a p h i s m o se realiza
graças aos tropos yraphicos, i s t o é . ao s y m b o l i s m o : c a q u i ainda o h i e r o g l y p h i s m o
e o h i e r a t i s m o convém, figurando a parte pelo todo (synerdoche,. o instrumento
pela acção (inetonymia), etc.
*
*
*
.Não fòra ainda dado o ultimo passo. Os h i e r o g l y p h o s
figurativos
e os
i d e o g r a m m a s , p e n u i t t e m a a d a p t a ç ã o do processo, a applicação dos mesmos signaos
a linguas d i v e r s a s : cada um dos vários povos que délies se servem, leem-nos com
suas proprias p a l a v r a s : o signo da coroa, que lemos: « corôa » e que res|»ondc
cu
S-ffy-
2. y/n'y*^
rU
perfeitamente ao sentido expresso, e r a lido <« enti»
pelos Egypcios, com a inesma
significação, - ou idco{jrapl<icamenle,
com o sentido de « rei do líairo Egypto •>.
\ssim d a mesma forma serviram os cuneiformes p a r a t r a n s c r e v e r línguas de
povos diiíercntes: Babylonios, Assyrios, Persas.
%
*
*
*
Mas um progresso e r a necessário — q u e pennittisse t r a n s c r e v e r os próprios
sons da língua. E foi este progresso realisado com a c r e a ç ã o do Syllabismo pelos
Egypcios, limitando a leitura do liicroglyplio figurativo á p r i m e i r a syllaba da
p a l a v r a : Sn, tirado de Sutcn, — en, tirado de enti, etc. . . Este processo é o
acrologismo (termo creado por F. Lenormant), q u e é proprio aos bieroglyplios
egypcios, designados como syllabicos — e aos c a r a c t e r e s cuneiformes que não
foram além.
Ora, este progresso foi realisado em tempos excessivamente antigos, |H>ÍS que em
1000 a n t . Chr., t a n t o no Egypto como n a Chaldea, a proporção dos simples
ideoyrammas n a escriptura j á e r a muito r e s t r i c t a , o que prova u m a longa evolução
anterior.
*
*
*
O q u e distingue as palavras umas d a s o u t r a s , não são t a n t o os sons d a s consoantes
como a natureza e collocação das vogaes. Os Egypcios não figuravam esta»
ultimas; polo s e n t i i o d a sentença reconheciam a vocalisação do cada palavra
figurada e evitavam, além disso, as confusões, com o uso dos
determinativos,
acompanhando os homonymos (ou melhor os homographos). Assim: Sutcn, significava : rei, cargo de a u t o r i d a d e , a p l a n t a do linho, a fazenda de byssus, coroa
r e a l ; — e r a fácil porém distinguir o sentido actual, pelos d e t e r m i n a t i v o s respectivos:
um rei sentado, um braço a r m a d o d c insígnia, um r a m o de tres flores, um tio
de linho, u m a corôa.
O q u e «Jalil r e s u l t a é que o syllabismo egypcio tinha de vez creado o
alphabetismo. na forma de consonnantismo.
*
*
*
\ precedente exposição fornece-nos base para |>òr em d u v i d a a tradicional
attribuição ao Phenicio Kadmusda invenção d o a l p h a b e t o . Sc K a d m u s fòr Phenicio,
a t r a d i ç ã o está cm falta : ha muitos motivos poréui p a r a a c r e d i t a r q u e Kadmus 'como
tantos outros) é u m a personagem syinbolica, — um « doublet •» d e Adamus, Atum
primeiro homem).
<> alphabetismo é, portanto, m u i t o mais antigo do q u e os Phenicios na bacia
do Mediterrâneo: — q u a n d o estes lá c h e g a r a m , n ã o
possuíam escriptura o
menos ainda a l p h a b e t o ; se n ã o fosse assim, teriam nsado a e s c r i p t u r a cunei-
— 87
-
forme, esta mosma c s c r i p t u r a f o r m a d a n a Chaldea, pelos invasores semitas sobro
base dos hieroglyphos
sumerianos.
Ora, a mais antiga inscripçao pheniciu
conhecida 6 do V> Sec. a n t . Chr.: a do cálix do Deus Liban, quando Hiram c r ,
a
rei de Tyro.
*
*
*
Admittiu-sè o u t r ' o r a , q u e os Cananeus, n a época do seu duminio no Egypto
fieis l' istorcs), t i n h a m escolhido a l g u n s signos hieráticos do antigo Reino, t r a d u zindo á phonetica d e s u a p r o p r i a lingua c que, do volta & Cananea,
eáriptura
teria sido a origem dos alphabctos aramaico, palmyriano, hebraico, etc. E n t r e t a n t o
v.iomos que "> Egypcios e n t r e t i n h a m relaçdes estreitas com a Syria, j á no teni|»o
da XII4 dyn. \: l>eni provável q u e a escriptura egypcia, mesmo hieratiça, fosse destes
povos alliados e n t ã o conhecida ; mas é quasi certo que não era por elles adoptada,
l>oi« que. muito mais t a r d e , na época da XVIII» d y n . , o babyloniano cuneiforme
era ainda a lingua escripta n a Palestina, como o mostrara as c a r t a s de Tell elA m a r n a . — q u a n d o escribas i n t e r p r e t e s o r a m especialmente addidos a s chancellarias
egypeias dos Amenhotep III e IV para traduzir a correspondência official dos
propostos do P h a r a o h n a s cidades svrias.
*
Os Phenicios, nesta
porém
nào
eram
navegantes
*
*
época, j á estavam estabelecidos na costa m e d i t e r r â n e a .
ainda.
A sua
actividade
desenvolveu-se somente
em
consequência de s u a submissão aos Thutmes. e consecutiva alliança. depois d a s
batalhas do Mageddo. Qodshu e Gargamish
\ Viu* dyn.).
\ dynastia seguinte ia l u t a r contra os «Povos do M a r » e, quando a confo
«ieração foi dispersada, rompida, os Philisteus ou Pelesheta que delia laziain parlo
foram estabelecidos pelo Ramsés III na costa «la Syria. listes Philisteus,
oriundos de Creta, traziam comsigo u m a escriptura mediterrânea, linear, que estava
em uso na ilha. lia quem sustente hoje «pie os Phenicios receberam «lesie^
Philisteus, os elementos do alphabeto. que teriam propagado em seguida. Accei
taiido-o para as suas t r a n s a c ç õ e s commerciaes, elles o foram propagando nospaizes
mediterrâneos onde t r a f i c a v a m . As linguas diversas que o recebiam limitavam-se,
para sua t r a d u c ç ã o graphica, aos grupos de signos que satisfaziam o próprio
phonetismo.
E n t r e t a n t o a i n d a ahi se objectou q u e Cypra possuia um alphabeto syllabico do
origem cretense,
muito a n t e r i o r ao phcnicio,
— que foi em seguida adaptado á liugua
grega o contra o q u a l a influencia phenicia lutou incflicazmento, pois esta graphia
perdurou a t é aos tempos clássicos, no III 0 Sec. a n t . Christo.
A mesma observação pé Jo ser applicada ás ilhas de Meios e do Thera. onde a
escriptura hieratica
minoana
do ultimo periodo (classe A. 'le Arth. Evans; se
encontra bem a n t e s do I V Sec. - quando se acreditou que os Phenicios tivessem
iniciado nesta ilha a propagação ao inundo grego do seu pretenso alphabeto.
C/l
tf:
f
.
/ . %///.
.
ft-<jo)
— 88
*
*
*
Uma outra c o r r e n t e a i n d a lia que, c o m p a r a n d o e n t r e si os signacs
encontrados
nos vasos prehistoricos eggpcios, os alphabetos lineares creio-egeanos,
as marcas das
ceramicas d e Kahun e Gurob, os symbolos gravados ou pintados na C a r i a r na
Hespanha, - constatou a profunda analogia de todos estes systcmas c ligou-os aos
signos semelhantes da época neolithica, esparsosdesdo o Norte da Africa á s regiões
do sud-oeste da França — c o m p r e h e n d e n d o os seixos pintados
azilianos, as
inscripçõcs em ossos d a Madeleine, das gruías de Gourdan. etc. remos aqui uma
escriptura linear prodigiosamente antiga (pio teria sido p r o p a g a d a pelas populações
Itjbicas neolithica< aos povos do littoral mediterrâneo,
aos Cretenses e por estes a
outros ainda, li' dessa escriptura q u e se f o r m a r a m as grapliias e u r o p é a s posteriores
c a constancia desses signaes é t à o p a t e n t e q u e os alphabetos latinos a c t u a e s se
servem destes svm bolos, sem notável a l t e r a ç ã o . r , /
Seriamos novamente levados á conclusão q u e os Phenicios não c r e a r a m o
alphabeto, mas receberam-no q u e r dos Philisteus, como vimos acima, q u e r dos
povos mediterrâneos, com os quaes e n t r a r a m em contacto, e o a d a p t a r a m ás
sua> próprias necessidades de n u m e r a ç ã o e d e plionetica. 1!' possível, então, q u e
o tivessem disposto de forma mais pratica p a r a os ü n s q u e t i n h a m em vista e
que, commerciantes práticos, pelas continuas transacções com os povos que visitavam, h a j a m contribuído para c e r t a uniformizarão : m a s ahi p a r e c e ter-se limitado
a sua influencia.
C')
faúruM
*fi£k
j k / f c ( f a y . tocÁÚ&a . e / y Z .
T-féJ
II
D
O alphabeto q u e ... Phenicios tinham formado para escrever a própria
língua d e r i v a r a m : os diversos alphabeto& phenicios, até ao neo-punico
da é|H>ca r o m a n a ,
o samaritano, que * estiolou,
o aramaico, donde,
proveio o hebraico quadrado. i>te tomou feição conhecida somente nas vesperas
da e r a christà : os pontos-vojaes
foram addidos pelos Massoretos. críticos tradicionalistas, no v S e c . d e nossa é r a , - e a vocalisação foi completada somente cerca do
i r See. 0 a r a m a i c o forneceu ainda o palmyriano. o nabateu, o syriaco
e o arabe.
\s. \ 5 I \ S « .
\ M \ Í Í > . Hebraico quadrado. Fragmentos d» Torah traçados
sohre ròlo d e pellcs.
\ . \ í i < ; i . Inscripçào arabe. Sobre ta boa de madeira.
.*
*
*
Militaria em lavor do papel organisador dos Phenicios o lacto que as primeiras
incripções gregas se escreviam da direita para a esquerda, como os textos semíticos,
- não se sabendo quando a direcção foi mudada ; ella se transformou primeiro em
boustrophedon, isto é, a l t e r n a d a m e n t e da direita p a r a esquerda e da esquerda para
direita — e finalmente adoptou o sentido actual. Os Phenicios não devem ler iniluido
na csc ri pi ura grega antes do See. I \ ô : e já no VII® Sec. os mercenários gregos do
IMiaraoh Psammetico deixaram em Abu-Simbel uma inscripçào cm sentido normal.
Os alphabotos ionico e attico não variedades do de Thera ; tinham 23 letras :
depois appareceu um alphabeto de 20 letras, que constituo d u a s variedades: o
corcyreu. dorico-chalcidico, e o argio c eleo-arcadio.
lim i0:* a n t . Chr. a orihographia e o alphabeto ionios foram adoptados em
Athenas c t o r n a r a m - s e commuiis a toda a Grécia.
90
AAA
0 alphabeto etrusco proveiu do alphab'eto eoleo-dorico transformado, c foi a
fonte dos alphabetos ombriano, sabellico, osque, euganeo e rhetico.
A
4
•
No tempo dos Reis (Sérvio Tullio, os Tarquinio») os Latinos conheciam a escriptura ; o alphabeto vindo da Grécia, passou por Cumes e a Sicilia, e e r a quasi
idêntico ao alphabeto chalcidico. Na origem tinha 21 letras e o< traços diflferentes
das letras e r a m isolados.
AAA
A leitura dos hieroglyphos egypcios foi descoberta por Champollion le
jeune. g r a ç a s á Pedra de Rosette, achada em 1709, pelo Sr. Boussard, francez.
official de artilharia, lira um texto bilingue, repetido em três e s c r i p t u r a s di Aferentes: grega, hieroglyphica e demotica. Champollion que conhecia perfeita
mente a lingua COpta,— ou dos egypcios chrislãos
conseguiu d e c i f r a r o valor
dos signaes e lei-os,
depois das t e n t a t i v a s incompletas do inglez Th. Young'.
Em 1822 tinha resolvido o problema e publicou em 1821 a primeira explicação
do Systema hieroglyphico
Depois da batalha de Canope e d a s capitulações do Cairo e d " Me.candria. o
general Menou esforçou-se em conservar para á França as collecçòes da Historia
Natural e de Antiguidades colligidas pela com missão do sábios que acompanhou
Napoleão I, inas o general Hutchinson mostrou-se inflexível e não permittiu ao-*
arch jologos o artistas conservarem o fructo dos seus trabalhos. Todas as collecçOes
do manuscriptos antigos e de antiguidades foram r e m e t t i d a s aos Inglozes e, e n t r e
cilas, a celebre Pedra de Rosette, qu *. foi i m m e d i a t a i n e n t e m a n d a d a p a r a Londres
com outros «espólios de guerra ». (E. P. XVHkins. The Yfns. .bum.
Philad. 1013.
O texto de Rosette, como se podia d e p a r a r d a t r a n s c r i p ç ã o g r e g a , continha
o nome proprio Ptolemeu, que a n a k s a d o . permittiu estabelecer algumas letras o
com ellas t e n t a r a decifração de outros nomes proprios. Desta forma se foi estabelecendo um alphabeto hypothetico que a experiencia corrigiu, m o r m e n t e quando o
texto grego traduzido em coptico por Champollion deixou p a t e n t e a analogia d»diversas palavras com aquellas do ogypcio antigo, que tinham sido estabelecida»
g r a ç a s ao alphabeto hypothetico.
A egyptologia tornara-se sciencia franceza e, como o escreveu J a m e s Darmesteter: tome quem quizer o monopolio de explorar o Egypto de agora e de
despojar os f j l l a h s , o Egypto com os seus iO séculos ó tia F r a n ç a , pelo génio de
Champollion e de Mariette. pela sciencia de Maspero V.
*
91
—
*
*
O sueco A k e r b l a d tinha, por sii. vez, estudado o texto demotico da mesma
iuscripç&o - e conseguiu estabelecer também um primeiro alphabeto demotico. onde
a maior p a r t e dos signos foi mais t a r d e reconhecida exacta.
Escriptura hieroglyphica:
Vejam as esteias: Xs. % í l l o .
e outras; - a
Ns.
e r»\í<5, do a t a ú d e do sacerdote Hora.
tampa o a c u b a :
Escriptura hieratica:
0
S Ï M , do a t a ú d e de Netert -
Vejam a tampa o a c u b a : Xs.
Amenem
S a A s t . e a p a r t o i n t e r n a da mesma tampa.
X. Ã O H l » . Inscripção sobre cartonagem <ie múmia.
Traducção P. 30.)
\'s. \ M 1 7 , 3 1 1 H . F r a g m e n t o s de papyro, com Escriptura demotica.
*
*
*
Os cuneiformes, assim chamados porque a* syllabas, os determinativos, etc.
-âo representados por c a r a c t e r e s cm forma de cunhas, -- foram estudados disde
1765 por Niebuhr ; m a s Grotefend, em 1802, foi quem primeiro descobriu parte
do alphabeto dos cuneiformes
persas. - fornecidos |>elas inscripçõcs de Persepolis.
Burnouf rectificou-o a i n d a , e os trabalhos de H Rawlinson completaram tilo
felizmente os estudos anteriores, que Oppert encontrou apenas ligeiras correcções
a fazer nos resultados j á obtidos.
Os cuneiformes derivavam de um sy*tema hicrogUjhico anterior, e do qual
exemplares foram e n c o n t r a d o s em cylindros
cm Susa, e em taboinhas
tijolinlios proto-elamitas. Representavam na Mesopotamia o mesmo papel que as
escripturas hierática e liicroglyhici
egypcias : o de consignar a n n a e s h is to ricos,
tradições e textos religiosos ou apontamentos scientiticos.— Verdadeiras biblio
thecas existiam 11a Babylonia e na Assyria compostas «le milhares de tijolinhos
de barro assim g r a v a d o s . Bibliothecas d Assurbanibaal. de Nabonide).
Eram t a m b é m de uso mais c o m m u m os cuneiformes e serviam para a correspondência (Correspondência de Tell el Amarna. j á citada , para a redacçAo das
leis Codigo de H a m m u r a b i ) ou dos contractos particulares vendas, casamentos,
e t c / . P a r a e v i t a r as f r a u d e s nos c o n t r a c t o s , os Chaldeus imaginaram revestir o
tijolo g r a v a d o com capa de b a r r o , onde as disposições constantes da acta recoberta e r a m repetidas ipsis verbis ; em caso de contestação ou duvida, quebrava-se
o involucro c o tijolinho primitivo dirimia a questão.
Escriptura cuneiforne:
\s. - j i r i , \ í i r \ r .
\ M 7 i Babylonia — 2-* mcta«le «lo3" mill«-
nario a n t . Clir. Dynaslia d- U r ?)
X.
Rei
Dungi
d
Ur. — 2250
a n t . Clir.
X. v i l T « >. Tijolinlio com redacção de um contracto.
^ —
•
N. 2179
X.
7 i > . I d e m — c o m « capa dc garantia
».
(Venda
Ilamouscli).
As indicações foram fornecidas pelo /;. /'. tlcncdiclino,
Archcologia, do Convento de Sion — Jerusalém .
*
*
Professor
de
*
Xa Cappadocia, os Hittitos ou Hetheus Khctas do? Egypcios
usavam
ainda no tempo dos Ramessides W hyn.
de uma e s c r i p t u r a hieroglyphica,
que ainda não foi explicada, apesar dos esforços de Sayce, Conder, Jensen,
etc. O único monumento bilingue (Assyrio c Uctlieu e n c o n t r a d o , - o sinete d c
Tarkundimme, rei de Tarsa V/f® Sec. ant. dir.
sendo d e m a s i a d a m e n t e
curto, não permittiu estabelecer concordâncias satisfactorias p a r a uma decifração
methodica.
*
*
*
*
Em Creta a mesma successãose observa : o Uicrofjlyphismo primitivo «los sinetes
transforma-se cm escriptura
linear em placas d c argil la (lUcavaçòcs de A. Evans
cm Knossos, 1'JOO).
Infelizmente nenhum
pretação «lestes signaes.
resultado positivo foi a i n d a
alcançado para
a
inter-
Esta escriptura q u e
B e ó c i a , influiu lambem
sobre barro, g r a v a d a s cm
posterior, explicado pelos
e r a conhecida fora d e Creta. .>IM Meios, Thera
um Cypra, onde foram achadas á Enkomi inserir
c a r a c t e r e s q u e s à o lonuas primitivas do Syl loba rio c;/p,
trabalhos d e G. Smith, S. Birch, Moriz Schmidt.
•
H
•
O
VESTUÁRIO
ANTIGO
1'ALyi liII que seja a |>osição social fio homem, seja mesmo
o rei.
f r e q u e n t e m e n t e o Egypcio é representado apenas
coberto com um saiote, da cinta aos joelhos á schenti - o que
distingue o soberano é a insígnia que leva na cabeça: capacete,
corda do alto ou baixo EgyptO, rabelleira postiça, etc., geral
m e n t e ornados com a serpente real, o uraeus.
0 Pharaoh usa também na frente do saiote uma espccie
de aient.il
t r i a n g u l a r V H l , bordado ás vezes com uraei.
I m dos a t t r i b u t o s mais curiosos do t r a j o real é a cauda,
ora provinda d»:
um animal, ora imitada em couro.
As mulheres e r a m c o b e r t a s com túnica mais ou menos longa, descendo ás
vezes até aos tornozelos, e sustentada sob o peito por largos suspensórios.
\ roupa e r a feita de linho, a lã sendo proscripta das vestimentas:
X. U ><>:$. F r a g m e n t o de tecido de linho.
No Novo Império a moda foi mais exigente. Duas túnicas linissimas sã«»
frequentemente vestidas, — a exterior mais larga, cuidadosamente pregueada com
dobras r e g u l a r e s e m a n g a s cahindo até aos cotovellos. (N.
*
As cabelleiras magestosas mostram renques de madeixas, ora trançadas, ora
frisadas, q u e as m u l h e r e s a d o r n a m ainda com uma lita, uma tlor de lótus, ou o vaso
de unguento (XVIII* dyn."}. Xs.
v i 1<1*>.
Vs jóias e r a m usadas em profusão : brincos, collares, anneis. pulseiras, braceletes,
periscelides, etc. As u n h a s d a s mãos c das pés eram tingidas de henné ; • os olhoadumbrado3 com um traço de Kohol nas palpebras, pareciam maiores, ficando assim
protegidos c o n t r a a violenta r e v e r b e r a ç ã o do sol.
—
*
106
*
-
*
Gregos c h a m a v a m hypoblemata as r o u p a s vestidas d i r e c t a m e n t e sobre o
corpo, como o Khiton,— túnica — ora c u r t a a t é a o joelho (de typo dorio), o r a longa
a t é aos c a l c a n h a r e s , Khiton poderes - (de typo ionico) — c u s a d a s com ou sem
Os
mangas curtas.
Mantido com u m a cinta, o Khiton q u a n d o r c c a h i a por cima d e s t a , escond e n d o * , f o r m a v a ura Eolpos, c perraiCtia assim r e d u z i r o c o m p r i m e n t o & a l t u r a
do- joelhos, d a n d o a illusào «1c d u a s túnicas c u r t a s , d e s i g u a e s e s u p e r p o s t a s .
o cainponez, o o p e r á r i o , o l a v r a d o r usavam a exomide (Khiton curto)
presa
por uma fibuta ou um nó sobre o h o m b r o e s q u e r d o e d e s c o b r i n d o o b r a ç o e o llanco
direitos.
\ s m u l h e r e s vestiam um Khiton longo, u m a vez e meia a a l t u r a do corpo. de
modo q u e o excesso se d o b r a v a ao uivei dos h o m b r o s o descia a t é a c i n t a , como se
fòra u m a peça s u p p l e m e n t ä r , o diploidion.
Como manto tece usavam o himation por c i m a do Khiton -(X.-. I < » Í > Í > .
l i i IO),que os homens, aliás, levavam ás vezes d i r e c t a m e n t e sobre o c o r p o sem Kldlon.
Os Dorios. em vez de himation, vestiam o tribonion d«' proporções mais modestas. í.x. ÍWVÍ^.)
A
Chlamyde era um tribonion de guerra e de viagem, passado sobre o hombro
esquerdo,
cobrindo o mesmo lado, e lixado 110 hombro direito por uma fibuta ou
peroné. As duas pontas eram chamadas as azas.
*
X *
Autes q u e adoptassem o uso «la túnica d e b a i x o da toga. os antigos Romanos
cingiam o cinctus ou campestre [perizôma dos Gregos , a n á l o g o á schenti ogyix-ia.
A t ú n i c a tinha a p p r o x i m a d a m e n t e a f o r m a d e camisa : foi c u r t a na origem
c o l o b i u m . cahindo a t é a p a n t o r r i l h a ) : - e q u a n d o d e s c e n d o m a i s t a r d e a t é
aos pés, foi dita « t a l a r i s t ú n i c a U m a c i n t a - c i n c t u r a . z o n a - aperta- a
X. 1 7 : 5 9 ) . G e r a l m e n t e sem m a n g a s , e s t a s e n t r e t a n t o foram u s a d a s desde
o tempo de C o m m o d o (manuteata, manicata .
As túnicas f o r a m tambein o r n a m e n t a d a s com fímbrias fimbriae — e com listas
do p u r p u r a : q u a n d o largas, e r a m laticlavi (para os Senadores) — e q u a n d o estreitas.
— angusticlavi para a ordem equestre).
\ toga e r a o t r a j e nacional dos Romanos. Recortada n u m vasto r e t a l h o «1c lã
b r a n c a , de forma o v a l a r , o g r a n d e eixo tinha t r e s vezes a a l t u r a d o h o m e m , o pequeno
— d u a s . Dobrava-se no c o m p r i m e n t o , d e modo tal q u e os dois bordos c u r v o s n ã o s»>
superpiizessem. <> r o m a n o vestia a toga d e i x a n d o caliir d o h o m b r o e s q u e r d o sobre a
f r e n t e do mesmo la.lo a t é ao pé uma d a s e x t r e m i d a d e s do g r a n d e d i â m e t r o : — pelas
costas descia o rasto a t r a v e s s a n d o o dorso a .tiracollo, do h o m b r o e s q u e r d o ao flanco
direito, por baixo d o b r a ç o d o mesmo lado (a beira d o b r a d a f o r m a n d o o balteus;)
— d o flanco a toga completava o tiracollo, s u b i n d o d e novo ao h o m b r o e s q u e r d o ,
descrevendo, p o r é m , uma c u r v a lassa, elegante, constituindo o sinus; do hombro
esquerdo a a m p l i d ã o da toga p a n n e j a v a o braço, relevada pelo a i i t e - b r a ç o e cal.ia
artisticamente disposta sobre a m e t a d e esquerda do dorso. Nas d u a s pontas uma
borla assaz pesada, m a n t i n h a p e n d e n t e s as longas dobras verticaes.
Dispôr a toga com e l e g a n c i a e r a uma a r t e s u p r e m a e havia escravos especialmente a d e s t r a d o s em p r e p a r a r a s d o b r a s e revestir o amo da toga.
I louvo o u t r o s m o d o s d,- vestir a toga. Servius Tullius. q u a n d o a toga e r a
ainda usada na g u e r r a , introduziu o cinctus gabinus, onde, cm vez d o
«sinus»,
a parte d a toga q u e s a b i a na f r e n t e do lado direito formava cinta, deixando livres
os dois braços.
A moda archaica e r a mais simples - o retalho, muito menos amplo, era disposto
segundo a mesma d i r e c ç ã o que a d a toga, porém som formar sinus, e passando |>cla
frente do corpo, da axilla d i r e i t a ao hombro esquerdo n. IÍSIO .
A toga u s a v a - s e g e r a l m e n t e por cima da túnica: e r a b r a n c a e os rapazes
,,u(> usavam toga com lista d e p u r p u r a (toga praetexta) d e i x a v a m - n a na
edade do 15 a n n o s pela toga alba (toga virilis).
A chlamyde foi a d o p t a d a lambem pelos Romanos na época de Sylla, — porém
não tardou em s e r r e l e g a d a ao palco. Parecia-se com o m a n t o militar: o
sagum.
0 pallium
e r a g r e g o , e foi introduzido em Roma quando no Império o uso
exclusivo da toga foi a b a n d o n a d o . Vestia-se de modo analogo a esta, ou como
capa, presa e n t ã o no h o m b r o ou no peito com uma fibula.
A
palia
e r a p a r a as m u l h e r e s o vestido correspondente á toga
As mulheres vestiam a S t o l a por cima da
túnica
{tanici
masculina.
intima): cila ia a t é aos
pés, e e r a a m p l a , a b e r t a no busto, dos dois lados c m a n t i d a nos horabros com fibulas.
Apertavam-na com d u a s chitas,
da
Stola
que cabiam
orla inferior
uma sob o seio, o u t r a no cós, escondida pelas dobras
elegantemente
por
cima delia. l'in
burdado guarnecia a
instita).
N. i s o r . F r a g m e n t o d e e s t a t u e t a de um Imperador ou dc um g e n e r a l .
A c o u r a ç a ( K h a l c o k h i t o n ) e s t á d e c o r a d a com dupla orla de lambrcquims,
que são de origem c t r u s c a . 0 C i n c t o r i u m em redor do corpo (distinetivo dos officiaes
superiores . Debaixo d a c o u r a ç a u m a túnica curta s u b a r m a l e .
Molde tirado em
galvanoplastia;.
*
*
*
PENTEADO.
N.
capronae. (/° Scc.
Os ca bel los
de nossa
finamente
frisados em
redor da
testa formam
as
era).
N. 1 7 V 5 í > . Os p o e t a s c h a m a v a m esta disposição « o r b i s » - 0 d i a d e m a d e
ca bel los e r a feito t a m b é m d c cachos superpostos (Época dos F l a v i u s , fim do
1o Sec. dc nossa éra .
1521-91$
N. 1738.
Os ca boi los são ondulados e sua disposição é um efleito da a r t e .
Homero d a v a ás deusas assim p e n t e a d a s o epitheto dc « kalliplókamos » com
cabellos em lindos cachos. (VIIo c VI* Sec. anl. de Chr.
X. 1013.
Os cabellos estão reunidos em nó sobre o vertex, á moda arcliaica —
como devia ser o krobylo. (Usado ainda nos Vo e Vr Ser., p ira as
divindades\
X.
Os cabellos cortados mais c u r t o s do que na ópoca dos Apollos
archaicos e mantidos com uma vitta. 1" moda do fim do VSec.
ephebos.
X.
Os cabellos dispostos a o
liombros dc cada lado, como a s Korés «lo
— particular aos
alto da cabeça deixam-se
Erechteion V" e IVo Sec.
caliir dos
Ns.
PaRS.
Ns.
1'ags.
1
19
2
27
4
7
9
14
16
30
31
30
37
38
39
40
41
42
31
34
20
33
35
22
20
21
24
35
19
20
24
27
69
70
72
74
75
80
81
82
84
88
98
100
10 1
105
108
110
11 2
11 3
117
122
12 4
12 5
14 5
14 6
15 3
15 4
15 5
157
27
27
23
23
63
27
45,95
20
27
' 19
35, 95
35
34
31
35
37
37
34
38
53
53
53
31
19
43
27
44
45
46
47
51
52
23
23
22
27
19,26
27
53
54
56
58
66
27
23
27
27
37
37
34
38
Pags.
Ns.
1 AI
31
421
1AJ
29
422
38
31
9<)
442
447
464
45
35
33
53
468
469
470
471
33
33
35
34
34
34
34
34
473
474
476
477
478
479
480
481
34
33
34
53
32
31
482
483
484
485
486
487
32
32
32
35
32
33
488
489
490
516
525
526
33
33
33
33
33
527
528
529
530
531
34
33
34
38
37
532
533
534
535
1322
37
1323
Ns.
Pags.
IVi
1 Aft
1 AO
179
17K
181
IMA
IQS
lOA
900
909
90S
900
914
91*S
991
999
22Q
234
236
237
241
243
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247
256
262
263
264
265
266
281
360
%9
392
394
415
38
38
38
38
39
39
38
39
39
39
39
38
38
37
30,91
30,91
29
30.91
30
30
29. 30. 91
31
39
37
37
52
52
— 101 Ns.
Pags.
1325
1327
52
53
1329
53
1339
34
137 0
137 1
52
52
:
Ns.
1461...
1462...
1463...
1464...
1465...
1466...
1467..,
137 6
137 7
1384
53
52
53
1390
52
139 1
1395
I39G
139 7
52
52
52
52
139 8
52
1399
1400
1404
48,53
48,53
52
1489..
1409
141 2
48
52
1495..
141 3
141 4
52
52
1518..
1526..
1418
1428
52
48,52
1430
143 1
1433
1436
1437
48
48
53
53
48,53
1529..
1530..
1543..
1438
52
1439
1442
48, 52
52
144 4
51
144 5
52
144 7
48,52
1448
1450
52
48,53
145 1
145 2
52
52
!
145 3
145 8
52
52
145 9
52
1468...
1469..
1471..
1474..
1477..
1483..
1484..
1488..
1491..
1494..
1516..
1545..
1554..
1555..
1556.
1557..
1558..
1559.
1562.
1567.
1575.
1576.
1577.
1578.
1579.
1585.
1586.
1587.
Paus.
52
52
52
52
52
52
52
51
52
49
52
52
52
48
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51
49
48
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52
53
48,51
51
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47
67
51
49, 52
51
52
52
67
53
53
51
51
51
51
48
48
52
— 102
Ns.
1588
1589
1590
159 1
1593
1596
1598
1604
160 5
1606....
1607....
1609....
1610....
1611....
1612....
1613....
1614....
1615....
1616....
1617....
1619...
1622....
1623....
1624....
1625....
1627....
1629....
1631....
1632....
1633....
1634....
1635....
1641...,
1644...
1645...
1646—
1647...
1648..,
1649...
1650...
1651...
1652...
l'ans.
52
52
52
51
52
52
49
52
52
47
53
60,96
60,96
60
61
60,98
61
61
60
60
60
51
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53
53
53
53
53
53
53
53
52
52
67
66
Ns.
1653...
1655...
1656...
1657...
1658...
1660...
1667...
1667...
1668..,
1670..
1671..
1672..
1677..
1678..
1679..
1680..
1681..
1687..
1688..
1690..
1691..
1692..
1693..
1697..
1699..
1700..
1701..
1702..
1703..
1704..
1705.
1706.
1707.
1709.
1711.
1712.
1715.
1716.
1717.
1721.
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INDICE
DAS
ILLUSTRACÇÕES
Pags
Cornija egypcia, com o e s c a r a v e l h o sacro
•
o
0 gavião d e H o r u s
Naus-templos p r e d y n a s t i c a s , s o b r e e s t a c a s
6
Os ramos da p a l m e i r a d o D e u s T h o t h , para marcação dos annos humanos,
a chave da vida 110 c e n t r o e o s hieroglyphos d o periodo Set (30 annos;
7
Os milhões de a n n o s , a E t e r n i d a d e
13
Ornatos d e tijolos e s m a l t a d o s (Tell cl Yahudi)
15
Espelho egypciOfc.com a D e u s a Maati (a Verdade) formando cabo
15
Avestruzes f o r m a n d o m o t i v o d e c o r a t i v o (Vasos predynasticos)
17
Flores e b o t õ e s d e
27
lótus
Letra Q. O nó s a g r a d o . Marfim d e Knossos (Creta)
Pyramidc de
t u m u l o — p e r m i t t i n d o ao defunto a vista do sol
29
nascente,
e do p o e n t e
Os d i v e r s o s e l e m e n t o s
32
d a p e r s o n a l i d a d e humana : Khat, (corpo
material)
— Ka, ( d u p l o ) — Ab, (coração) — Sekem, (força vital), — Khu, (o espirito divino, luminoso),
Ba, (a alma), — Srit. (a sombra)
Letra O, com a c h a v e d e vida
Letra O, com o s y m b o l o d o Ka (duplo)
A ave
33
33
^
35
Annel-sinete, com e s c a r a v e l h o
O Disco a l a d o , q u e e n c i m a f r e q u e n t e m e n t e a s esteias funerarias — com a
i n s c r i p ç à o : « O Rei faz o sacrifício»
Letra N, com uma s p h y n g c a n d r o c e p h a l e
81
—
108
Pags.
Mesa de offertas, em pedra calcarca. com as offertas esculpidas. Era depositada na capella do tumulo em frente á estela
Cabeça e estatua d e s b a s t a d a s , p r o m p t a s para
43
ser appllcadas á retrato e
a duplo, (Época Saíta)
45
Letra E, com figura de duplo s e n t a d o
45
Sistro, instrumento de musica, e m p r e g a d o nas cerimonias religiosas
46
Motivo decorativo cretense (provem de um v a s o de Palaikastro)
47
Letra A. — Amphoridio de alabastro
47
Decoração de vaso Minoano. (Brit. Mus.) (Minoano recente I.)
49
Rhyton, provindo de C y p r a . (Enkômi)
53
Motivo decorativo tirado de v a s o s cgypcios, de vidro (XVIII' dynastia)
55
Letra Q, com lagynos de vidro. (Syria, 4 século de nossa era)
55
Motivo decorativo, feito de terra e s m a l t a d a . (Egypto)
50
l ? ibula d ' a r c o , com manguito feito de uma pérola de vidro (Reconstituição
hypothctica)
Fibula
com
57
pingente (Roma) ( T i r a d o de « Saglio e D a r c m b e r g
antiquites G r e c q u e s
. Dre d e s
et Romaincs)
58
Cornija de pedestal (Romano)
59
ídolo myceniano, de barro cozido (Divindade domestica) (Candia Muscum)
59
Cabeça de l e ã o . — G a r g u l a de mármore (Romana)
62
Boréas correndo. (Bronze grego archaíco)
64
Lampada myceniana de
gypso p u r p u r e o ; — na fumaça : motivos
deco-
rativos frequentes s o b r e vasos de Creta
05
Letra J. — Lampada de pedra, achada na gruta d c La Moiithe
(Dordogne)
— época Magdaleneana
-
05
Lanterna romana. (Pompeia)
(3«
Colher para perfumes. (Egypto) (Museu de New York)
69
Letra E. — Pote para Kóhol, feito dc marfim. (Egypto)
69
Acus crinalis (Egypto)
71
Disco dc bronze, servindo para campana ( P o m p e i a )
75
Reverso de um
didracluna de Athenas (a coruja da
Deusa) (VI" Sec.
ant. Chr.)
Fresco P o m p e i a n o representando uma lareira e o s gênios da casa
79
81
-
109
—
Pan*
Letra P. — Prato para triturar e p r e p a r a r tintas (Pompeia)
81
Motivos p o m p e i a n o s : Hippocampo e Dclphini
83
Inscripçào a r a b e : os melhores t e m p o s sào a prima juventude e a a u r o r a . . .
85
Letra N.— Sinete de marfim achado em llaghia T r i a d a (Creta)
85
Inscripçào de Rochebertier, gravura s o b r e um osso de ave, (Época da renna
— gruta d o
11
Placard
França) (L'anthropologie. 1904. P. 165.)
89
Palheta de escriba egypcio, e tinteiro
93
C o s t u m e s egypcios. (Osiris — Pharaoh ; mulheres e homens)
95
Letra Q— Estatueta de faience, a Deusa a o s s e r p e n t e s (Knossos, em Creta
1800-1600 ant. Chr.)
»
95
P e n t e a d o de mulher, (tirado de um fresco de Knossos — Creta)
98
Volumina (Livros em rolos) e c a p s a para guardal-os
99
Tinteiro e c a l a m u s egypcios, com a declaração final : Felizmente
pelo officio
ilo
escriba
versado
nas
cscriptiiras,
(acabado)
0 escriba C/iildc...
109
RIO Di: JANKIKO
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