Visão Geral

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Visão Geral
Concreto Protendido
Pontes : Tabuleiro Celular
Prof. Eduardo C. S. Thomaz
Notas de aula
Pontes construídas em balanços sucessivos
Primeira Ponte de Concreto Armado, em balanços sucessivos, no mundo.
Eng. Emilio Baumgart –1930
Ponte sobre o Rio do Peixe – Santa Catarina / Rio Grande do Sul.
Fase de construção : Quase fechando o vão central
Figura 1 - Ponte pronta.
Vão central = 68m ; Comprimento Total =120m
Ver descrição detalhada na página sobre o
Eng. Emilio Baumgart.
Seção transversal
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Notas de aula
Tabuleiro Celular
Pontes em concreto protendido, construídas em balanços sucessivos.
140m
53m
53m
Figura 2a - Ponte sobre o rio Tocantins em Estreito
Rodovia Belém-Brasília – Divisa Maranhão / Goiás
Vão central = 140m , o maior vão do mundo na época - 1960 / 1961
Projeto e construção:
Dr. Eng. Sérgio Marques de Souza.
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Notas de aula
Fig 2b
A grande profundidade do rio Tocantins nessa seção impedia o escoramento direto.
Foi usado o método dos balanços sucessivos, utilizado pela primeira vez por Emilio Baumgart
na ponte sobre o rio do Peixe/ SC em 1930.
Projeto e construção: Dr. Eng. Sérgio Marques de Souza.
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Notas de aula
Figura 2c - Seção transversal
Rodovia Belém-Brasília – Divisa Maranhão / Goiás
Vão central = 140m , o maior vão do mundo na época - 1960 / 1961
Projeto e construção:
Dr. Eng. Sérgio Marques de Souza.
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Notas de aula
Tabuleiro Celular
Pontes em concreto protendido, construídas em balanços sucessivos
Fig. 3 Ponte sobre o Rio Pelotas - Vão central 189 m
Divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina - 1966/1967
Projeto e construção:
Dr. Eng. Sérgio Marques de Souza.
Seção transversal
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Notas de aula
Ponte sobre o Rio Pelotas - Vão central L =189m.
Na ocasião era o 2º maior vão do mundo.
O maior vão era o da ponte de Bendorf com 208m ( ver fig. 11 ).
Contra-peso
de terra
Tirante
250m
175m
Tirante
h viga = 11m
h viga = 3,2m
N.A.máx.
h laje = 1,2m
h laje = 0,12m
30m
189m
tirantes
Basalto
30m
tirantes
Rio Grande do Sul
flecha (t = ∞)
Santa Catarina
Fig. 4- Ponte sobre o Rio Pelotas - Fase de execução – 1966/1967
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Notas de aula
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Fig.5 - Ponte sobre o Rio Pelotas – Fase final de execução – 1967
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Notas de aula
Fig. 6 - Foto em 2011, com a ponte “afogada” pelas águas represadas do rio Pelotas.
Uma barragem a jusante da ponte elevou o nível das águas.
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Notas de aula
Fase final da execução
Treliças
Contorno
da seção
transversal

 (t)




(t


)


flecha ( t )  flecha ( t  )  
Cabos
Fig. 7 – Pouco antes das duas metades da ponte se encontrarem no meio do vão central- – 1967
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Notas de aula
Tabuleiro Celular : Pontes construídas em balanços sucessivos.
Flecha lenta no meio do vão.
Flecha lenta no meio do vão
550
Flecha lenta no meio do vão (mm)
(+ / - ) 30mm
500
flecha (t = ∞)
450
400
350

 (t)




(t


)


300
flecha ( t )  flecha ( t  )  
250
200
150
100
50
0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
Tempo t (anos)
Fig. 8 - Ponte Rio Pelotas : Medições de flechas no meio do vão ao longo do tempo.
A variação da flecha, durante o dia, se deve ao aquecimento da laje superior do
tabuleiro, pelo sol. Quando a laje superior é aquecida, a flecha no meio do vão aumenta.
Quando, no fim do dia, a laje resfria, a flecha no meio do vão diminui.
A variação da flecha, ao longo do tempo, segue uma curva afim com a variação da
fluência do concreto comprimido,  (t ) , prevista pela norma NBR 6118, no Anexo A,
item A.2.2.3.
A previsão da flecha lenta (t = ∞), na fase do projeto, foi de 600mm. A flecha lenta
observada foi de 490mm. Ver [16] e [15].
As medições confirmam a regra empírica : “Após um ano, temos a metade da flecha
lenta final.”
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Notas de aula
Tabuleiro Celular
Pontes construídas em balanços sucessivos.
 Fig. 9 - Auto-estrada alemã perto de Münster.
 Concreto Leve - Vão=85m
 Firma : Dyckerhoff & Widmann 1967
Fig. 10 – Detalhes
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Notas de aula
Ponte Bendorf – Alemanha - Vão = 208m
Ponte em balanços sucessivos com tabuleiro celular.
Firma : Dyckerhoff & Widmann - 1963
Contrapeso
Contrapeso
Sendo o vão lateral muito pequeno, foi necessário colocar contrapesos.
Fig 11 - Balanços sucessivos concretados no local
Ponte d´ Oleron – França – Vão = 79m
Ponte em balanços sucessivos com tabuleiro celular.
Firma : Campenon Bernard -1966
Fig. 12 - Segmentos pré-moldados
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Notas de aula
Tabuleiro Celular em concreto protendido
Pré-dimensionamento baseado nas dimensões de obras existentes.
Contrapeso,
se necessário
h pilar
h vão
L
≈ 0,6 L a 0,8L
≈ 0,6 L a 0,8L
Vista Lateral
Figura 13

Algumas obras têm um vão lateral muito pequeno, até mesmo igual a 0,30 L. Nesses casos, é
necessário usar contrapesos sobre os apoios extremos para evitar o levantamento desses apoios.

Quando os contrapesos não são suficientes, usam-se tirantes, para ancorar o tabuleiro na infraestrutura.
B
h bal.
h
bw
bw
h inf.
b
b inf.
Seção Transversal
Figura 14
b
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Notas de aula
Pilares bipartidos
≈ 0,6 L a 0,8 L
L
≈ 0,6 L a 0,8L
Vista Lateral
Figura 15

Um sistema estrutural muito usado é a ponte protendida contínua, com os pilares bipartidos.

Esse pilares bipartidos têm boa estabilidade para resistir aos momentos fletores.

Permitem, ao mesmo tempo, o encurtamento longitudinal da ponte no vão central.

Esse encurtamento ocorre por causa da retração e da deformação lenta do concreto devida à
protensão.

Com esse tipo de pilar, as variações de temperatura no tabuleiro da ponte não causam grandes
esforços nas fundações.

Exemplo de obra com pilares bipartidos :




Fig.16- Tabuleiro unicelular. Ponte Brasil – Argentina, sobre o rio Iguaçu.
Vãos : 130m - 220m -130m
Largura do tabuleiro : 16,5m
Projeto : Figueiredo Ferraz – ETEL
Construção : Sobrenco – Supercemento - 1985
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Notas de aula
Outros sistemas estruturais já foram usados nas pontes com tabuleiro celular.
Sistemas estruturais com tabuleiros contínuos
Figura 17 a
Figura 17 b
Figura 17 c
Figura 17 d
Figura 17 e
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Notas de aula
Sistemas estruturais com tabuleiros articulados.
Esses sistemas estruturais são pouco usados hoje em dia. A flechas devidas à deformação
lenta do concreto ( fluência) são muito grandes. As pontes ficam com problemas.
Figura 18a
Figura 18 b
Figura 18 c
Figura 18 d
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Notas de aula
Ponte sobre o Lago de Brasilia
Vãos : 100m + 200 m + 100m = 400m comprimento total
Figura 19a – Ponte em concreto protendido + Vão Gerber de aço.
Foto: Ver [18] - Roger Pamponet da Fonseca
 Projeto Arquitetônico : Oscar Niemeyer – 1967
 Projeto Estrutural com Rótula Central : Eng. Sergio Marques de Souza 1970
Figura 19b
 Modificação posterior para Estrutura com um Vão Gerber central em aço,
quando parte da estrutura de concreto protendido já estava executada :
Eng. J.C de Figueiredo Ferraz - 1971.
Figura 19c
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Notas de aula
Vista aérea da ponte sobre o lago de Brasília
Figura 20
Ponte com Vãos de : 100m + 200 m + 100m = 400m comprimento total
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Notas de aula
Seção transversal
 São muito usadas as seções com 2 vigas.
 As vigas podem estar em planos inclinados ou em planos verticais.
Figura 21 a
 As seções com 3 vigas são de execução difícil e são pouco usadas nas pontes e nos
viadutos.
Figura 21 b
 Em pontes e viadutos, com grande largura, são usadas seções transversais com 4 vigas
agrupadas de vários modos.
Figura 21c
 Outras tipos de seção transversal já foram usadas. Hoje em dia, não são mais usadas.
Figura 21d
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Notas de aula
Altura da viga sobre o pilar.
Concretos com : ( 24 MPa ≤ fck ≤ 30 MPa )
Pontes em concreto protendido
Tabuleiro Celular : Vigas com altura variável
12
11
10
9
h pilar (m)
8
7
6
5
4
h
3
2
1
0
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Vão (m)
h pilar
h vão
≈ 0,6 L a 0,8L
L
Figura 22
≈ 0,6 L a 0,8L
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Notas de aula
Altura da viga sobre o pilar.
Concretos com : ( 24 MPa ≤ fck ≤ 40 MPa )
Pontes em concreto protendido
Tabuleiro Celular : Vigas com altura variável
Altura da viga sobre o pilar
12
11
SETRA
L ( m)
L ( m)
L ( m)
hp 

a
L ( m)
16
18
14 
45
10
h da viga sobre o pilar (m)
9
fck=26 MPa
8
7
6
fck=30MPa
5
4
3
2
fck =40MPa
1
0
0
20
40
60
80
100 120 140 160 180 200 220
Vão (m)
h viga sobre o pilar (m)
Guyon - h mín. fck = 40MPa
Guyon - h mín. fck = 30MPa
Guyon - h mín. fck = 26MPa
altura média observada
Figura 23
h

L
Segundo Guyon [1] , a altura mínima da viga sobre o apoio vale:
 L ( m) 


100
(
m
)
75(m)  c(t / m 3 )



;
γc = peso específico =2,5t/m3
1,50
2
fck (t / m )
 L ( m) 

1  0,70  
 100(m) 
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Notas de aula
Pontes em concreto protendido
Tabuleiro celular com altura variável
Razão ( h pilar / h vão )
6.00
Razão ( h pilar / h vão)
5.00
4.00
3.00
SETRA
2.00
1.00
0.00
0
20
40
60
80 100 120 140 160 180 200 220 240
vão (m)
h pilar
h vão
≈ 0,6 L a 0,8L
L
≈ 0,6 L a 0,8L
Figura 24
Concretos com : ( 24 MPa ≤ fck ≤ 35 MPa )
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Notas de aula
Viadutos urbanos em concreto protendido, com altura constante.
Tabuleiro tipo celular
Altura constante
6
altura h ( m )
5
4
3
2
h
1
0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90 100 110 120 130 140
vão L ( m )
h
≈ 0,6 L a 0,8L
L
≈ 0,6 L a 0,8L
Figura 25
Concretos com : ( 24 MPa ≤ fck ≤ 35 MPa )
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Notas de aula
Ponte Rio Niterói - 1974
Projeto : Antonio Alves de Noronha Engenharia
80m
80m
Altura da viga = 4,70 m
Largura do tabuleiro = 12,60 m
dentes
dentes
Comprimento da aduela = 4,80 m
Largura 6,86 m
Fig. 26 - Ponte Rio Niterói
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Notas de aula
Ponte sobre o Rio São Francisco – Bom Jesus da Lapa – BAHIA
Projeto : Projconsult
Construção : Construtora Queiroz Galvão S.A. Ano : 1990
Cabos
para içamento
Aduelas pré-moldadas
Balanços executados com Aduelas Pré-moldadas
Dentes de encaixe entre as aduelas.
Os dentes melhoram a transmissão
de forças cortantes
Estocagem das aduelas pré-moldadas
Figuras 27 - Fabricação , Estocagem e Transporte das aduelas pré-moldadas.
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Notas de aula
Ponte sobre o Rio São Francisco
Projeto : Projconsult. 1990
Cabos para içamento
Aduela pré-moldada
Flutuante
Transporte fluvial, Içamento e Montagem das aduelas pré-moldadas
Figura 28 - Ponte pronta
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Notas de aula
Comparação entre as alturas das vigas
Pontes em Concreto Protendido - Tabuleiro Tipo Celular
Altura constante x Altura variável
12
11
Altura Variável
h pilar = L / 18
h = Altura da Viga do Tabuleiro (m)
10
9
8
Altura constante
h=L/23
7
Concretos com fck ≤ 30MPa
6
5
4
h
3
2
1
0
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
L = Vão da ponte (m)
h pilar
≈ 0,6 L a 0,8L
L
≈ 0,6 L a 0,8L
h
≈ 0,6 L a 0,8L
L
Figura 29
≈ 0,6 L a 0,8L
220
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Notas de aula
Altura ( h bal.) da laje em balanço
Altura (h bal. ) da laje em balanço (m)
0.7
0.6
0.5
0.4
0.35
0.35
0.3
mínimo
0.2
0.1
0.0
0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
6.0
Comprimento (b) do Balanço da laje (m)
h bal.
h
bw
h inf.
b
b inf.
b
Seção Transversal
Figura 30
Concretos com : ( 25 MPa ≤ fck ≤ 35 MPa )
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Notas de aula
Largura e Espessura da laje inferior, na seção sobre o pilar.
Tabuleiro celular
2
Laje inferior de compressão sobre o apoio no pilar (m /m)
( b inf. * h inf. / B )
1.0
área da laje inferior ( m2 ) / largura do
tabuleiro (m)
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220
Vão da Ponte L (m)
B
h bal.
h
bw
bw
h inf.
b
b inf. ≈ 0,40 B a 0,65 B
Seção Transversal
Figura 31
Concretos com : ( 25 MPa ≤ fck ≤ 35 MPa )
b
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30 / 42
Notas de aula
Área total das vigas sobre os apoios
( 2 . b w ) x ( h pilar) / B
área total das vigas (m2 ) / largura do
tabuleiro (m)
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
bw
B
0.3
h pilar
0.2
0.1
0
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220
vão (m)
B
h bal.
bw
h pilar
bw
h inf.
b
b inf.
b
Seção Transversal
Figura 32
Concretos com : ( 25 MPa ≤ fck ≤ 35 MPa )
240
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Notas de aula
Tabuleiro celular com 2 vigas - Concreto Protendido
Espessura média ( m3/m2)
1,5
1,4
1,3
1,2
1,0
3
2
espesura média (m = m /m )
1,1
0,9
0,8
0,7
0,6
espessura média (m3,/m2)
0,5
M.E. FAZLY
0,4
C. MENN
0,3
Esp. Média
S.E.T.R.A.
Esp. Mínima
0,2
Esp. Máxima
0,1
0,0
0
20
40
60
80 100 120 140 160 180 200 220
vão (m)
Figura 33 - Estimativa da quantidade de concreto:
( 25 MPa ≤ fck ≤ 45 MPa )
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Notas de aula
Espessura média do tabuleiro (m=m3/m2)
1.8
espessura equivalente (m)
1.6
1.4
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
altura das vigas do tabuleiro (m)
Concretos com : ( 25MPa ≤ fck ≤ 45 MPa )
Figura 34
2
Quantidade de aço comum CA50 ( kg/m )
B=9m
90
B=15m
80
B=21m
Aço ( kg/m2)
70
60
50
B
40
30
20
H
10
0
0
1
2
3
4
5
6
altura da viga
7
8
9
10
H (m)
Figura 35 Estimativa da quantidade de aço CA40 ou CA50
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Notas de aula
Pontes em concreto protendido.
Tabuleiro celular com 2 vigas
Quantidade de armadura de aço de protensão.
Armadura de aço de protensão das vigas (kg/m2 de tabuleiro)
Valores ajustados para Aço com fy =1700 MPa
40
35
30
taxa kg/m2 de tabuleiro
25
20
15
10
5
0
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
Vão L (m)
Aço ajustado para CP 190 com fy=1700MPa ; taxa ( kg/m2)
taxa CP fy =1700MPa
limite superior 90%
limite inferior 10%
Projeto mais recente
Figura 36 Para concretos com : ( 25 MPa ≤ fck ≤ 35 MPa )
Os dados das diferentes obras foram ajustados para um aço com fy = 1700 MPa , usado a expressão :
(MPa) 
 fy
qualquer


Taxa 
 Taxa fy  qualquer   


 fy 1700MPa
1700(MPa)






A taxa de aço de protensão é maior para as pontes com altura menor.
Concreto Protendido
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34 / 42
Notas de aula
SETRA - Design guide – Prestressed concrete bridges built using the cantilever
method
http://www.setra.equipement.gouv.fr/IMG/pdf/US_F0308A_Prestressed_concrete_bridges.pdf
3
Aço de Protensão longitudinal = 40 to 50 Kg/m de concreto
Aço de Protensão transversal da laje = 5 to 7 Kg/m² de laje
Aço da Armadura não protendida :
– Sem protensão transversal na laje = 130 to 170 Kg/m3 (*)
– Com protensão transversal da laje =: 110 to 130 Kg/m3 (*)
No caso de superestrutura pré-fabricada a taxa de armadura de aço comum ( fy = 400 MPa a 500 MPa ) é
um pouco maior, pois as espessuras de concreto são menores do que nas estruturas concretadas no local.
SETRA – Services d´études tecniques des routes et autorroutes
http://www.setra.equipement.gouv.fr/IMG/pdf/pcbridges_cantilevermethod.pdf
Philippe Vion – Emmanuel Bouchon – Prestressed Concrete Bridges built by the cantilever
method - Design and Stability during Erection – New Delhi – fib Symposium on Segmental
construction in concrete
Posição dos cabos superiores
Figura 37
Concreto Protendido
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Notas de aula
Posição dos cabos superiores
Corte transversal
Elevação
Planta
Figura 38
35 / 42
Concreto Protendido
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Notas de aula
SETRA – Services d´Études Tecniques des Routes et Autorroutes
http://www.setra.equipement.gouv.fr/IMG/pdf/pcbridges_cantilevermethod.pdf
Posição dos cabos inferiores
Vãos centrais
Vãos laterais
Ancoragem dos cabos inferiores
Figura 39
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Concreto Protendido
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Exemplo: Estimar as dimensões de uma ponte com os seguintes dados básicos:




Tabuleiro celular em concreto protendido.
Altura variável
Um vão central de L =100m
Uma largura total do tabuleiro B = 13,6m

Concretos com fck ≈ 30MPa
SOLUÇÃO:
1. Altura da viga sobre o pilar : Figura 22 : Entre 4,7m a 6,5 m .
 Usar h pilar = 6,5m
2. Altura no meio do vão: Figura 24 : h pilar / h vão = ( 1,9 a 3,9 ):
h vão = h pilar / ( 2,9 a 3,9 ) = 3,4m a 1,7m
 Usar h vão = h pilar / 2,6 ; h vão =2,5m
h pilar =6,5m
h vão =2,5m
60m
100m
60m
Figura 40
3. Área total das almas das vigas no apoio sobre os pilares: Figura 32: (2bw. h )/B=0,22 a
0,42
Com B=13,6m obtemos: ( 2 × bw) × h pilar = 2,99m2 a 5,71m2
Com hpilar =6,5m obtemos: ( 2× bw ) = 0,46m a 0.88m logo : bw = 0,23m a 0,44m
Usar : bw = 0,40m
 No meio do vão usar a espessura mínima ≈ 0,20m
4. Largura da laje inferior na seção sobre o pilar. b inf. = 0,40 B a 0,65 B = 5,5m a 8,8m
 Usar b inf. = 0,50 B = 6,8m
5. Espessura da laje inferior na seção do apoio: Figura 31 : ( b inf. · h inf.) / B = 0,38 a 0,53
Com B=13,6m e b inf.=6,8m obtemos: h inf. = 0,76m a 1,06m
 Usar h inf = 0,90m
 No meio do vão usar a espessura mínima ≈ 0,15m
6. Espessura da laje em balanço : Com o comprimento b = 3,10m, obtemos na Figura 30:
h bal. = 0,45m > h bal. mínima = 0,35m
 Usar h bal. = 45cm
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Pré-dimensionamento das Seções transversais
B =13,6m
h bal. =0,45m
h =6,5m
h inf.=0,9m
bw =0,4m
b =3,1m
b=3,1m
0,3m
b inf.=6,8m
0,3m
Seção transversal sobre o pilar
Figura 41
B =13,6m
h = 2,50m
bw
h bal.=0,45m
bw = 0,20 m
h inf.=0,15m
b=3,1m
b inf.=6,8m
0,30m
b=3,1m
0,30m
Seção transversal no meio do vão
Figura 42
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Compatibilizando as seções “pilar” e “meio do vão”.
 A largura da laje inferior varia ao longo da ponte para que seja
mantida a inclinação da face lateral. ( Varia de 6,8m a 7,2m)
13,6m
0,15m
0,45m
0,15m
0,2m
7,2m
Meio
do vão
0,4m
2,5m
6,5m
0,90 m
Sobre o pilar
3,1m
0,3
3,1m
6,8m
0,3
Figura 43

Essas dimensões estimadas servem apenas para um estudo inicial da obra, inclusive
para uma avaliação das fundações.

É evidente que as dimensões dependerão da resistência do concreto que será usado
na obra.

O cálculo estrutural pode confirmar ou não as dimensões estimadas.
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Quantidade de materiais – Estimativas aproximadas :
2
Área do Tabuleiro = ( 60m + 100m + 60m) x 13,6m = 2992 m ≈ 3000 m2
Concreto :
Para um vão de 100m, a espessura média segundo a Figura 33 pode ser estimada em 80cm , na
faixa de 70cm a 90cm.
2
Volume de concreto ≈ Área do Tabuleiro x espessura média = 3000m x 0,8m ≈ 2400 m
= ( 2100m3 a 2700 m3 ) .
3
=
Aço comum:
Na Figura 35, no apoio, com altura da viga = 6,5m e largura do tabuleiro = 13,6m obtemos a taxa
de 75 kg/m2.
No meio do vão, e nos apoios extremos, com altura da viga = 2,5m e largura do tabuleiro = 13,6m
obtemos a taxa de 52 kg/m2.
Um valor médio para a superestrutura seria = ( 75 + 52 ) / 2 = 63,5 kg/m2 ≈ 65 kg/m2
O total de aço CA50 seria = 3000 m2 × 65 kg/m2 ≈ 195 ton
Segundo o SETRA o valor mínimo a considerar é de 130kg/m3 de concreto = 2400 m3 ×130 kg/m3
≈ 312 ton
Aço de Protensão :
Na Figura 36 , aço de protensão CP 190 RB , com fy =1700 MPa ≈ 50 kg/m2
Total = 3000 m2 × 50 kg/m2 ≈ 150 ton.
Segundo o SETRA o valor mínimo a considerar é de 40kg/m3 de concreto = 2400 m3 ×40 kg/m3 ≈
96 ton
 Observa-se que as estimativas de quantidades de aço, comum ou de protensão, têm
dispersão muito grande.
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Referências :
1- Yves Guyon – Constructions en Béton Précontraint - Volumes 1 e 2 - Classes. États Limites –
Cours CHEBAP - Eyrolles 1966
2- Fritz Leonhardt – Construções de Concreto – Volume 1 a 6 - Editora Interciência 1979
3- Eduardo Thomaz – Levantamento de dimensões de pontes com vigas pré-moldadas protendidas e
de pontes com tabuleiro celular– 1975
4- Walter Podolny, Jr – Federal Highway Administration, U.S. Department of Transportation –
Concrete cable-stayed bridges and the feasibility of standardization of segmental bridges in the
United States of America. FIP 90 – Hamburg 1990
5- Kulka. F. , Thoman, S.J. and Lin, T.Y. , “ Feasibility of Standard Sections for Segmental
Prestressed Concrete Box Girder Bridges” - Report FHWA/RD -82 / 024 ( citado em [4]).
6- Jörg Schlaich – The design of Structural concrete – IABSE Workshop – New delhi 1993
7- Fernando Uchoa Cavalcanti e Flávio Mota Monteiro – Adaptação de Projetos de Obras de Arte
Especiais da Ferrovia do Aço. – Empresa de Engenharia Ferroviária – 1982
8- Kupfer Hebert – Tests on Prestressing Shear Reinforcement – Spannbetonbau in der
Bundesrepublick Deutshland – 1983 -1986 - FIP 10th Congress - New-Delhi 1986.
9- Eduardo Thomaz – Notas de aula de Concreto Protendido - Pontes com vigas pré-moldadas
protendidas e pontes com tabuleiro celular – IME – 2002 – RJ
10- Festschrift Rüsch – Stahlbetonbau – Bericht aus Forschung und Praxis - Editora Wilhelm Ernst &
Sohn – Berlin – 1969
11- Walter Pfeil – Ponte Rio Niterói – Processos executivos. 1975
12- Diaz, Ernani : The technique of glueing precast elements of the Rio-Niteroi bridge. Matériaux et
Constructions , Nr. 43 , Jan. / Febr. 1975 , S. 43-50
13- Noronha, A.A. und Muller, J. : Les tabliers en béton précontraint préfabrique du pont Rio-Niteroi
au Brésil . Travaux , Dez. 1974, S. 52-59.
14- Kupfer Hebert – Segmentäre Spannbetonträger im Brückenbau - Deutscher Ausschuss für
Stahlbeton – Heft 311 – Berlin - 1980
15- Walter Pfeil - Concreto Protendido – Métodos construtivos - Perdas de protensão – 3ª edição
Editora Didática e Científica Ltda -1991
o
16- 10 B.E.C - 10o Batalhão de Engenharia e de Construção – E.B - Lajes / S.C. - Nivelamento do
tabuleiro da ponte sobre o rio Pelotas. Acompanhamento anual – 1992.
17- Projconsult – A ponte sobre o rio São Francisco - Bom Jesus da Lapa – BAHIA–Relatório
descritivo do projeto e da obra. – 1990
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Notas de aula
18- Roger Pamponet da Fonseca , José Manoel Morales Sánches – A razão da Leveza da Ponte de
Niemeyer em Brasília - Congresso III - ABPE – 21 Abril 2010- Rio de Janeiro
19- Menn, C. (1990). Prestressed Concrete Bridges.- Birkhäuser Verlag, Basel, Switzerland.
20- S.E.T.R.A. (2007). Prestressed Concrete Bridges built by cantilever method – Design and
Stability during Erection www.setra.equipement.gouv.fr/IMG/doc/pap6_22-vion.doc
(30.08.2009)
21- M. Ebrahim Fazly - Entwurf und Bemessung einer Extradosed-Brücke unter Verwendung von
ultra-hochfestem Beton - Technische Universität Hamburg-Harburg - Institut für Baustatik und
Stahlbau Oktober 2009
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