LISTÃO – Redação, Linguagens e Matemática

Transcrição

LISTÃO – Redação, Linguagens e Matemática
Goiânia, _____ de _____________________ de 2015.
Aluno(a): _______________________________________________nº:_____ Série: 3º Ano Turma:____
Data de entrega: 17/08/2015
Data de devolução: 02/09/2015
LISTÃO – Redação, Linguagens e Matemática
teremos elementos favoráveis para fazer a escolha.
Caso contrário, poderemos desistir de assistir ao
filme/espetáculo, de ler o livro ou de comprar o CD.
Atualmente, vários sites/blogs voltados para a divulgação
de obras literárias abrem espaço para que leitores
enviem resenhas de livros.
Redação
TEXTO: 1 - Comum à questão: A
Escreva uma resenha sobre um dos livros indicados
abaixo como se fosse publicá-la em um site/blog voltado
para a divulgação de obras literárias. Assine
obrigatoriamente
como
“Candidato
Vestibular/UFSC/2013”.
a) AMADO, Jorge. Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
283 p. (1ª edição, 1937)
b) ANDRADE, Mário de. Amar, verbo intransitivo: idílio. Rio de Janeiro: Agir, 2008.
181 p. (1ª edição, 1927)
PROPOSTA
Gráfico: Fontes geradoras de Energia Elétrica no
Brasil
(Disponível em: www.gritodascinco.com.br. Acesso em 11/12/2012. Adaptado.)
A - (UFPE/2013) Em todo texto, predomina uma
determinada finalidade comunicativa.
Escreva um comentário, no qual você apresente a
finalidade comunicativa predominante no texto acima, e
pelo menos três características ou recursos da
linguagem nele utilizada, em função dessa finalidade.
Disponível em:
<https://ben.epe.gov.br/downloads/resultados_Pre_BEN_2011.pdt>. [Adaptado]
Acesso em: 9 nov. 2012.
B - (FPS PE/2013) Leia o texto abaixo.
“O que faz da medicina uma profissão respeitável não
são as noites em claro nem o conteúdo do juramento
que fizemos no dia da formatura, muito menos a
aparência sacerdotal que assumimos, mas o
compromisso diário com os doentes que nos procuram e
com a promoção de medidas para melhorar a saúde das
comunidades em que atuamos.”
(Drauzio Varella. Excerto de texto disponível em: http://
drauziovarella.com.br/wiki-saude/o-juramento-de-hipocrates. Acesso em 01/11/2012.)
Assim como o autor do texto acima, escreva um
comentário opinativo no qual você também expresse
sua opinião acerca do tema proposto a seguir.
O exercício da medicina: compromisso com a ética e
com o bem-estar integral do ser humano
A geração de energia é uma das grandes preocupações
na atualidade. Observe o gráfico, analise algumas fontes
geradoras e elabore um texto dissertativo sobre as
alternativas para a geração de energia elétrica no Brasil
do século XXI.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Inglês
01 -
Apresente argumentos que fundamentem o ponto de
vista que você defende.
Dê um título a seu texto.
C - (UFSC/2013) Quando estamos em dúvida sobre
assistir a um filme ou espetáculo, ler um livro ou comprar
um CD, a leitura de uma resenha pode nos ajudar na
decisão. Se o resenhista apresentar informações e
opiniões que nos convençam de que é uma boa opção,
Rua 18 nº 186 - centro
(www.adsoftheworld.com. Adaptado.)
fone: (62)3217-6000
www.colegiodecisao.com.br
Esse anúncio
a) faz uma apologia à prevenção de problemas
cardíacos por meio de exercícios físicos.
b) aconselha as pessoas a cuidar do coração, fazendo
exercícios físicos pelo menos um dia por semana.
c) sugere que é preciso cultivar bons relacionamentos,
pois um dia podemos precisar.
d) faz parte de uma campanha nacional contra a
violência doméstica.
e) é uma campanha de uma academia de ginástica
voltada para mulheres.
immediately following cardiac arrest. While the sample
size is small, the results were observed in all nine of the
rats studied.
“This study, performed in animals, is the first dealing with
what happens to the neurophysiological state of the dying
brain,” lead study author Jimo Borjigin, Ph.D., associate
professor of molecular and integrative physiology and
associate professor of neurology at the University of
Michigan Medical School, said in a statement.
“It will form the foundation for future human studies
investigating mental experiences occurring in the dying
brain, including seeing light during cardiac arrest,” she
added. (www.cbsnews.com. Adaptado.)
* cardiac arrest: parada cardíaca
02 -
03 - Segundo o texto, 20% das pessoas que
sobreviveram a uma parada cardíaca relatam que,
durante o ocorrido,
a) enxergaram uma luz no fim de um túnel.
b) ficaram totalmente inconscientes.
c) perderam a visão momentaneamente.
d) ficaram com a percepção aguçada.
e) tiveram graves alucinações.
(www.imdb.com. Adaptado.)
De acordo com a sinopse do filme Awake, é correto
afirmar que
a) ele retrata a luta da mãe do protagonista para
descobrir os segredos do filho.
b) a jovem esposa do protagonista esconde segredos.
c) seus protagonistas são Joby Harold, Hayden
Christensen e Jessica Alba.
d) o protagonista faz uma cirurgia cardíaca sem o uso
de anestesia.
e) ele pode ser classificado como um filme do gênero
dramático.
TEXTO: 1 - Comuns às questões: 3, 4
Near-death experiences may not be
imagination
Danielle Elliot
August 12, 2013
figment
of
The brain remains conscious after the heart stops
beating, according to University of Michigan researchers.
It may even function higher in the moments immediately
following cardiac arrest* than it does when the body is in
a normal state.
The finding supports the shared experience of nearly 20
percent of people who have survived cardiac arrest.
These survivors report having internal visions and
heightened
perception,
known
as
near-death
experiences, but the scientific reality of the experience
has long been debated.
In a study published Monday in the Proceedings of the
National Academy of Science, the team explains that in a
study of nine rats, they observed continued brain activity
even after the heart stopped beating and blood flow
ceased. Compared to anesthesized and walking states,
brain activity and coherence actually increased
04 - De acordo com o texto, é correto afirmar que
a) a luz forte vista por muitas pessoas quando estão
morrendo já pode ser explicada cientificamente.
b) o aumento da atividade cerebral após uma parada
cardíaca não ocorreu em todos os ratos usados na
pesquisa.
c) a luz forte que muitas pessoas veem quando o
cérebro está morrendo é ocasionada pelo sangue que
ainda circula no corpo.
d) a atividade cerebral foi mais alta nos ratos enquanto
estavam anestesiados do que após sofrerem uma
parada cardíaca.
e) o cérebro dos ratos estudados se manteve em
atividade mesmo após o coração parar de bater e o
sangue parar de circular.
TEXTO: 2 - Comuns às questões: 5, 6, 7
Several years ago, an American magazine editor named
Jennifer Niesslein decided to iron out all the
imperfections in her life. Using only the advice contained
in a stack of self-help books, she set about cleaning her
home, losing weight, becoming a better partner and
parent and generally cultivating a more serene approach
to existence. After two years of trying, she found that she
was less contented, not more, and started suffering from
panic attacks.
The Tyranny of Choice, in which this anecdote is
recounted, has the outward appearance of a self-help
manual. It is written in clear, user-friendly prose,
conveniently subdivided every few pages by topic and it’s
short enough to be read in one sitting. It resorts to the
odd generalisation to keep its argument on track. But
that’s where the similarities end. Salecl, a Slovenian
sociologist, rubbishes the idea that a set of tips in a book,
let alone a whole marketplace of books offering radically
conflicting tips, can make us happier, The author casts an
eye over the culture that has given rise to self-help books
(they existed as early as the 17th century but their time is
very much now) and points a finger at the ideology of
choice, which, she believes, is at the root of modern
discontent, and at the industry that has grown up around
it. “The idea of choosing who we want to be and the
imperative to ‘become yourself’ have begun to work
against us, making us more anxious and more acquisitive
rather than giving us more freedom,” she writes.
(www.guardian.co.uk)
steel rolling-mill, the gasworks, the grey terraces, the
pitheads. The bus stopped, and the driver and
conductress got out, still absorbed. They had done this
journey so often, and seen all its stages. It is a journey, in
fact, that in one form or another, we have all made.
(www.giarts.org)
05 - Em relação ao livro de Renata Selecl, é correto dizer
que
a) o assunto é complexo demais para uma linguagem
coloquial.
b) os tópicos deveriam ocupar menos espaço.
c) ele é curto e possível de ser lido em poucas
semanas.
d) sua escrita é acessível; sua linguagem, clara.
e) as poucas páginas permitem compreender todos os
tópicos do assunto.
08 - É correto afirmar que, no texto, o narrador
a) menciona a festa a que havia ido numa livraria que
estava fechada por correntes.
b) menciona que o motorista e a cobradora do ônibus
olhavamse intensamente.
c) descreve a aridez do trajeto do ônibus, em meio à
paisagem cinzenta.
d) descreve a paisagem que entrevê pelas janelas do
ônibus em movimento.
e) descreve o trajeto percorrido pelo ônibus desde a
catedral até a parte pobre da cidade.
06 - The Tirany of Choice, escrito por Renata Salecl,
a) superestima o apoio que os livros de autoajuda
podem dar às pessoas que anseiam ser felizes.
b) conta repetidamente uma piada narrada num livro de
autoajuda que a ajudou muito.
c) indica que a raiz do descontentamento relaciona-se à
imposição da ilusão de que podemos nos tornar nós
mesmos.
d) atribui a liberdade das pessoas à aquisição de
riquezas e à realização ideal do corpo saudável.
e) afirma que a ansiedade provém de dispormos de
nossas vidas segundo nossas vontades.
07 - Segundo o texto, Jennifer Niesslein
a) seguiu os conselhos dos livros de autoajuda e ficou
menos feliz.
b) recriou sua vida após ler um livro de anedotas e
superou sua infelicidade.
c) perdeu peso após dois anos de tentativas e passou,
então, a ser muito feliz.
d) cultivou um novo modo de vida e tornou-se uma
mulher plenamente feliz.
e) deixou de ser infeliz quando começou a ler livros de
autoajuda.
TEXTO: 3 - Comum à questão: 8
Culture is ordinary
by Raymond Williams
The bus-stop was outside the cathedral. I had been
looking at the Mappa Mundi, with its rivers out of
Paradise, and at the chained library, where a party of
clergymen had gotten in easily, but where I had waited
an hour and cajoled a verger before I even saw the
chains. Now, across the street, a cinema advertised the
Six-Five Special and a cartoon version of Gulliver’s
Travels. The bus arrived, with a driver and conductress
deeply absorbed in each other. We went out of the city,
over the old bridge, and on through the orchards and the
green meadows and the fields red under the plough.
Ahead were the Black Mountains, and we climbed among
them, watching the steep fields end at the grey walls,
beyond which the bracken and heather and whin had not
yet been driven back. To the east, along the ridge, stood
the line of grey Norman castles; to the west, the fortress
wall of the mountains. Then, as we still climbed, the rock
changed under us. Here, now, was limestone, and the
line of the early iron workings along the scarp. The
farming valleys, with their scattered white houses, fell
away behind. Ahead of us were the narrower valleys: the
09 - Pakistani Student Wins Top European Rights
Award
By DECLAN WALSH
LONDON — Malala Yousafzai, the Pakistani schoolgirl
who was shot in the head by the Taliban for her
advocacy of girls’ education, was awarded the Sakharov
Prize for Freedom of Thought on Thursday by the
European Parliament.
Ms. Yousafzai, 16, became a global symbol of bravery
after she was attacked on her way home from school in
the Swat Valley, in northwestern Pakistan, a year ago.
She was seen as a contender for the Nobel Peace Prize.
Ms. Yousafzai was chosen as the winner of the $65,000
Sakharov Prize by the heads of the political groupings in
the 766-member European Parliament. She was a less
contentious choice for the prize than another nominee on
the short list, Edward J. Snowden, the American
intelligence contractor whose revelations about American
and British electronic surveillance have angered those
governments.
“By awarding the Sakharov Prize to Malala Yousafzai, the
European Parliament acknowledges the incredible
strength of this young woman,” Martin Schulz, the
president of the Parliament, said in a statement issued in
Strasbourg, France. “Malala bravely stands for the right
of all children to be granted a fair education. This right for
girls is far too commonly neglected.”
After she was shot in October 2012, Ms. Yousafzai was
taken to Britain for emergency surgery. She lives with her
family in Birmingham, England.
She appeared before the United Nations in July, where
she delivered an impassioned appeal for children’s right
to an education, and has attracted considerable media
attention this week, when she published a memoir, gave
lengthy interviews to the BBC and ABC News, and was a
guest on “The Daily Show.”
At public appearances she is often seen alongside her
father, Ziauddin, a school headmaster who played a
central role in thrusting his daughter into the spotlight
from an early age.
Though Ms. Yousafzai is being lauded in the West, she is
a more controversial figure in Pakistan, where right-wing
critics accuse her of pandering to Western culture and
political agendas. Few Pakistanis believe it would be safe
for her to return home right now, given threats against her
life by Taliban militants who regret their failure to kill her.
The Sakharov Prize was established in 1988 in honor of
the Soviet dissident Andrei Sakharov. Previous winners
include Nelson Mandela and Kofi Annan, the former
United Nations secretary general.
Ms. Yousafzai also captured the imagination of the
betting public. Paddy Power, an Irish bookmaker, listed
her on Thursday as the second favorite to win the Nobel
Peace Prize, behind Denis Mukwege, a Congolese
gynecologist who has treated women who were gangraped during the continuing conflict in the Democratic
Republic of Congo. A British bookmaker, William Hill,
listed her as the favorite, at odds of 4 to 6, leading a field
of contenders that includes Mr. Snowden at 20 to 1, and
Julian Assange, the founder of WikiLeaks, at 25 to 1.
The award on Thursday came six days after Ms.
Yousafzai was announced as the winner of the Anna
Politkovskaya Award, named for the Russian journalist
and critic of the Kremlin who worked to uncover abuses
in Chechnya and was fatally shot in her apartment
building in 2006. That prize is awarded by a group called
Reach All Women in War to a woman who works to
promote human rights.
Alan Cowell contributed reporting.
http://www.nytimes.com/2013/10/11/world/europe/malala-yousafzai-winssakharov-prize.html
O objetivo central do texto apresentado é:
a) contar a saga de uma jovem tailandesa chamada
Malala Yousafzai.
b) criticar a negligência das Nações Unidas em relação
à causa mulçumana.
c) informar a sua influência negativa no ocidente em
relação aos direitos humanos.
d) apresentar os prêmios conquistados por Malala
Yousafzai junto às Nações Unidas.
e) mostrar a luta de uma jovem mulçumana em defesa
dos direitos de meninas ao estudo.
10 - Pode-se concluir por meio do desenho que:
d) Mafalda is angry not only with the bureaucracy but
also with the turtle.
e) The turtle’s name is Bureaucracy as a criticism to the
slowness of the official system.
Espanhol
Brasil: Dilma Rousseff despega en sondeos
Un cambio de dirección. En los últimos días dos
sondeos publicados en Brasil confirman una nueva
tendencia en la carrera presidencial para los comicios de
octubre próximo. Por primera vez, la candidata oficial,
Dilma Rousseff, lleva la delantera. Así lo muestra una
encuesta difundida este martes, que da a la ex ministra
de la Presidencia una intención de voto del 40%, por
encima de su principal rival, el ex gobernador de Sao
Paulo, José Serra, quien cosechó un 35% de apoyo.
El trabajo de la consultora Vox Populi ratifica lo
publicado la semana última por el Instituto Brasileño de
Opinión Pública y Estadística (Ibope), que llegó a igual
conclusión. De esta forma, Rousseff se coloca como la
favorita de las encuestas, posición que hasta hace poco
ocupaba el candidato del opositor Partido de la Social
Democracia Brasileña (PSDB). En su consulta de marzo
pasado, Serra contaba con un 35% de adhesiones,
contra un 30% de la candidata del Partido de los
Trabajadores (PT). En tanto, en la última encuesta,
realizada a mediados de mayo, ambos empataban con el
37% de intención de voto.
Fuente: http://www.bbc.co.uk/mundo/america_latina/2010/06/100629_brasil_dilma_lr.shtml
01 - El día de la semana, en portugués, en que fue
difundida la encuesta que da a Dilma
Rousseff una intención de voto del 40% fue
a) terça-feira.
b) segunda-feira.
c) quarta-feira.
d) quinta-feira.
e) sexta-feira.
02 - La expresión “despega en sondeos” en el título
quiere decir, en portugués, que Dilma
Rousseff
a) desiste das eleições.
b) avança nas eleições.
c) despenca nas pesquisas.
d) empata nas pesquisas
e) dispara nas pesquisas.
03 - En la frase “…confirman una nueva tendencia en la
carrera presidencial para los comicios de octubre
próximo.” Traduciendo la palabra subrayada para el
portugués tenemos
a) votos.
b) comícios.
c) começos.
d) eleições.
e) enquetes.
a) Mafalda is looking for the turtle to play with it.
b) Mafalda is mad at the turtle because its name is
Bureaucracy.
c) Mafalda is tired of waiting for the turtle to show up to
talk with it.
04 -“Así lo muestra una encuesta difundida este martes,
[….]”. Este período refleja
una idea de
a) conclusión.
b) concesión.
c) finalidad.
d) proporcionalidad.
e) tiempo.
e) fisiológico y psicológico
05 - Trasladando a la voz pasiva: “El trabajo de la
consultora Vox Populi ratifica lo publicado
la semana última, […]”, tenemos:
a) Dijo que el trabajo de la consultora Vox Populi ha sido
ratificado lo publicado la semana
última.
b) Dijo que el trabajo de la consultora Vox Populi había
ratificado lo publicado la semana última.
c) Hubiera dicho que el trabajo de la consultora Vox
Populi habría ratificado lo publicado la
semana última.
d) Habría dicho que el trabajo de la consultora Vox
Populi hubiera ratificado lo publicado la
semana última.
e) Lo publicado la semana última fue ratificado por el
trabajo de la consultora Vox Populi.
8 - Señale (V) verdadero o (F) falso, según la
interpretación del texto.
( ) Si Midget no hubiese tenido hermana, habría crecido
normalmente.
( ) Si la madre de Midget no hubiera privilegiado a su
hermana melliza, las características de
ambas hermanas serían similares.
( ) Si Midget hubiera mamado del pezón delantero, sería
un animal mas fuerte.
Lea el Texto 2 y resuelva las cuestiones 6 a 10.
LA PASCUA Y LA COMIDA
TEXTO 2
“La hiena es un animal extraño y genial”
La historia. Tanto en las religiones cristianas como en la
judía, la Pascua, el Pésaj, tienen una importancia
litúrgica mayúscula. Sus orígenes son diversos, de
acuerdo a la religión o civilización de que se trate.
Pésaj. Recuerda la salida de los esclavos judíos de
Egipto, allá por el año 1250 a.C., y la orden que da Dios
a su pueblo es, como casi todo en estas celebraciones,
de contenido ritual, y a la vez alimenticio: sacrificar un
cordero, pintar con su sangre los dinteles de sus casas, y
luego asarlo y comerlo completo, cabeza y entrañas
incluidas, acompañados con panes sin levadura. Este
pan sin levadura se sigue comiendo como
conmemoración, los siete días que preceden a la
Pascua.
Pascua de Resurrección. Es la que celebramos los
cristianos, y que recuerda la resurrección de Jesús, al
tercer día de crucificado. Al Domingo de Pascua se llega
después de los ayunos y la abstinencia que se realizan
durante la Cuaresma, nueva participación de la
gastronomía en estos rituales religiosos. Toda la Pasión
se desarrolla en el período Pascual de los judíos. Y poco
a poco se asocian simbólicamente el sacrificio de los
corderos con la muerte de Jesús, que se proclama el
Cordero de Dios.
Huevo de Pascua. Es uno de los elementos
gastronómicos pascuales más universales. Incluso los
judíos incorporan los huevos duros a su cena de Pascua,
el Séder, para recordar el corazón duro del faraón
Ramsés II.
También hay que tener en cuenta que con la primavera
reaparecen los pájaros, y con éstos sus huevos, que
coincidía con las fechas de la Pascua europea. Es en la
Edad Media donde se inicia la práctica de regalar los
huevos artísticamente pintados. Hay quien dice que la
costumbre deriva de la prohibición que estableció la
Iglesia Católica a consumir huevos, entre los siglos IX y
XVIII. Entonces, se los cocía durante la Cuaresma, se los
pintaba para diferenciarlos y así comerlos el Domingo de
Pascua.
Una costumbre muy alemana, practicada por Maiken
Vinelli, es la de esconder huevos en el jardín para que
los encuentren los niños. Se piensa que esa costumbre
simbolizaba a los niños que se escondieron durante la
persecución de Herodes. Conejo de Pascua. Tiene su
origen en una leyenda, como el de tantas otras
costumbres, particularmente gastronómicas, que dice
que en el Santo Sepulcro al enterrar a Cristo quedó
Los días de Midget, una hiena macho, son una privación
continua. Cuando caza un topi —(Damalliscus Korrigum)
una especie de antílope— su hermana de rango superior
aparece al instante, le muestra los dientes y le quita la
presa. Horas después, con el segundo topi, sucede lo
mismo: su rival fraterno, con la panza aún hinchada por
la primera cena, se apropia del trabajo ajeno. Midget no
puede más que contemplar el banquete con cansancio,
hambre y frustración, y mantenerse al margen. No es la
primera vez que sufre estos malos tratos. Cuando era un
cachorro, esta hermana se erigió como dominante y se
apropió de uno de los dos pezones de su madre,
colocándose en una posición privilegiada, justo debajo
de la cabeza de ella. Eso significaba que la cría recibiría
lengüetazos de cariño y la protección de las patas
frontales de su progenitora. También tendría acceso a
más y mejor leche, ya que el otro cachorro quedaba
relegado a las patas traseras de la
madre, dónde esta ya escaseaba.
Por eso, Midget —enano en inglés— creció mucho más
lentamente que su melliza.
(Revista Muy Interesante. Argentina, marzo 2010.)
06 - Marque la opción correcta, según la interpretación
del texto.
a) Las hermanas hienas se llevan bien desde pequeñas
gracias a los lengüetazos de cariño y la protección de las
patas frontales de su progenitora.
b) La hiena macho creció con lengüetazos de cariño y
protección de las patas frontales de su madre.
c) Midget tuvo su desarrollo de crecimiento lento porque
su hermana melliza no le permitía alimentarse.
d) Midget no tuvo su desarrollo de crecimiento lento
porque su hermana melliza le permitía alimentarse.
e) Midget recibió ese nombre por alcanzar las
características padrones de las hienas.
7 - Señale la opción correcta. El texto describe a Midget
del punto de vista:
a) solo fisiológico
b) solo psicológico
c) solo físico
d) físico y psicológico
Ahora, marque la opción correcta.
a) V – V – F
b) F – V – V
c) V – V – V
d) V – F – V
e) V – F – F
encerrado un conejo, por lo que presenció la
Resurrección, y al salir junto con Jesús, anunció a todos
la buena nueva regalando huevos pintados (…).
Por Alejandro Maglione Adaptado de: http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1249364.
Acceso 02/04/2010.
9 - En este texto sobre la Pascua y la comida, el autor
dice que:
a) La dureza del Huevo de Pascua durante el Séder
recuerda la fortaleza del pueblo judío bajo
el dominio de Ramsés II.
b) La Pascua cristiana y el Pésaj de los judíos se
celebran en la misma época del año y,
simbólicamente, se lo asocia a Jesús con el cordero que
sacrifican los judíos por orden de
Dios.
c) El Conejo de Pascua tiene su origen en la leyenda que
dice que junto con Jesús se enterró un conejo y que
ambos, al resucitar, anunciaron la buena nueva.
d) El Pésaj recuerda la salida de los judíos de Egipto y la
orden dada por Dios de sacrificar un
cordero, comer solo su carne, acompañado con pan sin
levadura.
e) La costumbre de esconder huevos en el jardín existe
desde la época de la persecución de
niños por Herodes.
10 - En este texto sobre la Pascua y la comida, la orden
que da Dios a su pueblo es, (…):
“sacrificar un cordero, pintar con su sangre los dinteles
de sus casas, y luego asarlo y
comerlo completo, cabeza y entrañas incluidas, (…)”. Si
escribimos la orden en destaque
que dio Dios a los judíos en estilo directo y en la
segunda persona del plural, cuál es la
respuesta CORRECTA:
a) “Sacrifiquemos un cordero, pintemos con su sangre
los dinteles de nuestras casas, y luego
asémoslo y comámoslo completo, cabeza y entrañas
incluidas,(…)”.
b) “Sacrifiquen un cordero, pinten con su sangre los
dinteles de sus casas, y luego ásenlo y
cómanlo completo, cabeza y entrañas incluidas,(…)”.
c) “Sacrificaremos un cordero, pintaremos con su sangre
los dinteles de sus casas, y luego lo
asaremos y lo comeremos completo, cabeza y entrañas
incluidas,(…)”.
d) “Sacrificad un cordero, pintemos con su sangre los
dinteles de vuestras casas, y luego asadlo y cómanoslo
completo, cabeza y entrañas incluidas,(…)”.
e) “Sacrificad un cordero, pintad con su sangre los
dinteles de vuestras casas, y luego asadlo y
comedlo completo, cabeza y entrañas incluidas,(…)”.
Gramática
TEXTO: 1 - Comum à questão: 11.
A lanterna que ilumina a espuma
Por Luciano Martins Costa
1 A prática e as teorias da comunicação aplicadas ao
jornalismo induzem a acreditar que a atividade da
imprensa cuida de organizar o processo de avanço da
modernidade, pela classificação e valoração dos fatos
novos. Assim, somos levados a aceitar que um
acontecimento só se transforma em notícia, ou seja, em
conteúdo jornalístico, se representar uma novidade, uma
ruptura em relação ao que já existe.
2 Essa acepção vale tanto para uma ocorrência inédita
quanto para uma nova interpretação de fatos
conhecidos. Portanto, um dos grandes desafios do
jornalismo contemporâneo seria a oferta exacerbada de
notícias, produzida pela penetração dos meios digitais
em todos os cantos do mundo. [...]
3 Seja o observador devoto ou iconoclasta em relação à
hipótese de estarmos vivendo uma pósmodernidade, não
se pode fugir à evidência de que os processos da
História se aceleraram de tal forma que se tornou
impossível – ou, pelo menos, improdutivo – catalogar os
fatos relevantes pelo método de filtragem arbitrária da
imprensa tradicional.
4 Essa é a constatação que precisamos fazer para
entender como a imprensa, não apenas aqui no Brasil
como em outros países onde sempre foi relevante, vai se
encolhendo até se configurar como instrumento de poder
de uma fração da sociedade. [...]
5 Como os fatos estão sempre muito à frente dos
sistemas da imprensa, o resultado é que seu produto, o
jornalismo, deixou de ser o processo de anunciar a
novidade e se transforma rapidamente em mero registro
de coisas antigas. Daí a queda no número de leitores.
6 Como na frase que deu o título à autobiografia do
falecido ministro Roberto Campos, a imprensa funciona
agora como uma lanterna na popa do barco: só serve
para iluminar a espuma que fica para trás.
7 Num oceano de possibilidades infinitas, a visão
conservadora da imprensa genérica serve principalmente
à inglória e impossível tarefa de interromper, ou, no
mínimo, de desacelerar o ritmo das mudanças. À medida
em que se aceleram os processos da modernidade, mais
se torna clara essa função de freio social e cultural.
8 A imprensa é reacionária por natureza, mas até o
último quarto do século passado podia encenar o papel
de vanguarda da modernidade, contra outras
instituições, como a religião, que têm a missão de lutar
contra o tempo. Tratava-se de manter sob controle o
ímpeto natural de mudança que marca o processo
civilizatório.
9 Nos anos 1980 e 1990, por exemplo, os jornais
brasileiros se destacaram por abrigar debates sobre
novos comportamentos que vieram com a liberação
social que acompanhou o fim da ditadura. A Folha de S.
Paulo, por exemplo, construiu aí sua estratégia vitoriosa
de aparecer como portavoz de uma cultura liberal e
libertina, contra a sisudez de seus então concorrentes.
10 O caso Folha é, talvez, o mais típico para ilustrar esse
movimento. Depois de alcançar tiragens superiores a um
milhão de exemplares em circulação diária, o jornal
paulista encolheu para menos de um terço desse total.
11 O que explicaria essa queda, que retrata a
decadência do sistema da imprensa?
COSTA, Luciano Martins. A lanterna que ilumina a espuma. Observatório da Imprensa.
ano 18. n. 810. Ago. 2014. Disponível em: < http://www.observatoriodaimprensa.
com.br/news/view/a_lanterna_que_ilumina_a_
espuma >. Acesso em: 30 set. 2014 (adaptado).
11 - Com relação aos aspectos linguístico-gramaticais,
analise as afirmativas abaixo.
I. No primeiro parágrafo, as vírgulas que isolam a
expressão “ou seja” são obrigatórias. O mesmo uso se
dá com outras expressões explicativas, como “isto é”.
II. Com relação à concordância verbal, no trecho “um
dos grandes desafios do jornalismo contemporâneo seria
a oferta exacerbada de notícias” (parágrafo 2), o verbo
grifado poderia estar no plural, concordando com
“desafios”.
III. O uso do acento grave indicativo de crase, no terceiro
parágrafo “Seja o observador devoto ou iconoclasta em
relação à hipótese de estarmos vivendo uma pósmodernidade”, seria mantido caso o substantivo
“hipótese” fosse substituído por um sinônimo como
“cenário”.
IV. No final do quinto parágrafo, o uso da expressão
grifada “Daí a queda no número de leitores” torna o texto
informal, o que não é adequado ao gênero em questão:
artigo de opinião.
V. O uso do acento grave indicativo de crase, no sétimo
parágrafo “a visão conservadora da imprensa genérica
serve principalmente à inglória e impossível tarefa de
interromper”, se justifica pela fusão da preposição “a”,
exigida pela regência do verbo “servir”, e do artigo,
determinante do substantivo “tarefa”.
Estão corretas apenas as proposições:
a) I e II
b) II e IV
c) I e V
d) IV e V
e) III e V
TEXTO: 2 - Comum à questão: 12
O Poeta da Roça
Sou fio das mata, canto da mao grossa,
Trabaio na roca, de inverno e de estio.
A minha chupana e tapada de barro,
So fumo cigarro de paia de mio.
Sou poeta das brenha, nao faco o pape
De argun menestre, ou errante canto
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, a percura de amo.
Nao tenho sabenca, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assina.
Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,
E o fio do pobre nao pode estuda.
Meu verso rastero, singelo e sem graca,
Nao entra na praca, no rico salao,
Meu verso so entra no campo e na roca
Nas pobre paioca, da serra ao sertao.
(...)
Patativa do Assare
12 - Assinale a alternativa que apresenta o(s) verso(s) do
poema em que a preposicao “DE” não estabelece uma
relacao de especificacao de materia.
I. Trabaio na roca, de inverno e DE estio.
II. A minha chupana e tapada DE barro.
III. So fumo cigarro DE paia de mio.
IV. So fumo cigarro de paia DE mio.
a)
b)
c)
d)
e)
I, II e III, apenas.
II e III, apenas.
II e IV, apenas.
VI, apenas.
I, apenas.
TEXTO: 3 - Comum à questão: 13
Leia o artigo de opinião a seguir.
A Lei Bernardo e o assédio moral na família
1
O caso do menino Bernardo Uglione 1 Boldrini chocou o
2
Brasil. Ainda sem julgamento, a história do homicídio do
menino de apenas 11 anos de idade, que tem como
3
principais suspeitos o pai, a madrasta e a assistente
social amiga da família, trouxe à tona diversos assuntos,
4
em especial, a convivência familiar. As versões dos
acusados são diversas e contraditórias, mas a principal
5
questão reside em torno do tratamento interpessoal
dentro da entidade familiar. Nesse tocante, surge
preocupação com a situação que muitas famílias
6
vivenciam de tratamento cruel ou degradante, que a Lei
Bernardo repudia.
7
A Lei Bernardo, antiga Lei Palmada, eterniza o nome de
8
Bernardo Boldrini. Em vida, o menino chegou a
reclamar judicialmente dos maus-tratos sofridos no
ambiente familiar, demonstrando que, antes de sua
9
morte física noticiada, Bernardo já estava sofrendo o
chamado homicídio da alma, também conhecido como
10
assédio
moral. O assédio moral é conduta agressiva
que gera a degradação da identidade da vítima
11
assediada,
enquanto o agressor sente prazer de
hostilizar, humilhar, perseguir e tratar de forma cruel o
outro.
12
Justamente essa conduta que o Art. 18-A do ECA,
trazido pela Lei Bernardo, disciplina na tentativa de
13
proteger a criança e o adolescente de tais práticas.
14
O assédio moral possui várias denominações pelo
15
mundo, como bullying, mobbing, ijime, harassment, e é
caracterizado por condutas violentas, sorrateiras,
constantes, que algumas vezes são entendidas como
ino16 fensivas, mas se propagam insidiosamente. A
figura do assédio moral na família surge exatamente
17
quando
o afeto deixa de existir dando espaço à
desconsideração da dignidade do outro no dia a dia.
18
Demonstrando, assim, que, embora haja necessidade
de afetividade para que surja uma entidade familiar, com
19
o desapare cimento do sentimento de afeto surgem
situações de violência, inclusive a psíquica.
20
A gravidade é majorada no âmbito da família, eis que
21
ela é principal responsável pelo desenvolvimento da
personalidade de seus membros e do afeto, elemento
agregador.
22
A morte da alma do menino Bernardo ainda em vida,
resultado de tratamento degradante, diário e sorrateiro,
23
que culminou na morte física, faz refletir sobre a
importância da família no desenvolvimento da
24
personalidade de seus membros, de modo a valorizar
a existência do afeto para que não haja na entidade
25
familiar a figura do assédio moral.
26
O assédio moral na família, ou psicoterror familiar,
deve ser amplamente combatido, principalmente pelo
27
papel
exercido pela família de atuar no
desenvolvimento da criança e do adolescente, de modo
28
que a integridade
psíquica deve ser sempre
resguardada, no afeto e no respeito à dignidade da
29
pessoa humana, desde seu nascimento.
(Adaptado de: SENGIK, K. B. Jornal de Londrina. 14 set. 2014.
Ponto de vista. ano 26. n.7.855. p.2.)
13 - Acerca do texto, considere as afirmativas a seguir.
I. A expressão “à tona” no trecho “trouxe à tona
diversos assuntos, em especial, a convivência familiar.”
diverge do sentido da expressão “à baila” em: “O assédio
moral trouxe à baila a importância da afetividade no
convívio familiar.”
II. A expressão “à tona” equivale às expressões “à
superfície” e “à flor”. Além disso, como expressões
femininas, há uma contração da preposição “a” com o
artigo “a”, resultando na crase.
III. A expressão “Nesse tocante” pode ser substituída por
“A respeito disso”, sem prejuízo do sentido original.
IV. O trecho “que tem como principais suspeitos o pai, a
madrasta e a assistente social amiga da família” pode
ser reescrito da seguinte forma: “cujos principais
suspeitos são o pai, a madrasta e a assistente amiga da
família”.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
14 - Considerando a análise de aspectos linguísticos dos
trechos abaixo, extraídos da obra “Você Verá”, marque
(V) para os comentários verdadeiros e (F) para os falsos.
Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a
sequência CORRETA.
( )
Em “Acho a astrologia a ciência dos tolos, e, até
prova em contrário, não me considero um deles.” Houve
um desvio da norma padrão, que prescreve como certa a
expressão “até provem o contrário”, em substituição à
expressão sublinhada.
( )
Em “Foi um morticínio, uma coisa que ninguém
na região nunca vira(...)”, a palavra morticínio significa
assassinato em série.
( )
O que aconteceu com o nome do narrador do
conto Bem - Stanislaw > Lauro > Lau > Stan-é um
fenômeno linguístico semelhante ao ocorrido com o
pronome de tratamento Vossa Mercê - Vosmecê > você
> cê.
( )
Em “(...) que direito tinha o Bem de se tornar
milionário?”, o pronome sublinhado aparece anteposto
ao verbo (próclise), uma vez que a preposição o atrai,
segundo a norma padrão.
( )
Em “(...) quando a mãe a levava à matinê.” e “(...)
pois ainda escutava em mim as risadas”, os pronomes
sublinhados são classificados, respectivamente, como
oblíquo átono e oblíquo tônico.
( )
Em “Minha mãe sempre dizia: 'Deus protege
quem trabalha’”, a regência do verbo proteger não está
de acordo com a norma padrão, uma vez que ele é
transitivo indireto e, por isso, rege preposição, como em:
'Deus protege a quem trabalha’”.
A sequência correta é
a) F- F- V- V- V- F
b) V- F- F- V- F- V
c) F- F- F- V- V- F
d) V- V- V- F- F- V
e) n.d.a.
TEXTO: 4 - Comum à questão: 15
Computador de engolir
1
2
Lembrar-se de tomar o remédio, de fazer exames
3
periódicos, de ter de picar o dedo para medir a glicose
4
do sangue de diabéticos podem em breve transformar5
se em atitudes do passado. É para isso que trabalham
6
cientistas de vários laboratórios
pelo mundo,
7
especializados em computadores implantáveis. Uma
8
nova geração desses aparelhos já
recebeu a
9
aprovação de órgãos de regulação para que sejam
10
“instalados” em nós. A expectativa é que
esse
11
mercado, que cresce rápido, chegue a US$ 24,8
bilhões em 2016.
12
13
Na dianteira desse avanço, está o engenheiro
14
Robert Langer, do MIT. Langer trabalha em um
chip
15
que pode substituir as pílulas. Seu aparelho é
16
introduzido sob a pele na região da cintura e pode ser
17
programado remotamente para liberar doses de
18
medicamento em determinados horários. Ou seja,
em
19
vez de pedir ao paciente que se lembre de tomar
o
20
remédio, o médico pode programar de longe o
21
dispositivo para administrar a droga nos horários e
22
doses apropriados. O chip já foi testado com sucesso
23
em oito mulheres com osteoporose, substituindo
24
injeções diárias do remédio teriparatide. Ao final de 12
25
meses, houve uma melhora na formação óssea delas.
26
“Isso possibilita tratamento individualizado,
mais
preciso e menos doloroso”, diz Langer.
27
28
Ainda não há previsão para o aparelho chegar ao
29
mercado, mas, quando começar a ser usado, poderá
30
somar-se a outros sensores internos que disparam
31
alertas quando há algo errado. Um deles, em fase de
32
desenvolvimento, tenta medir, em tempo real, o
nível
33
de glicose no sangue do diabético. Nesse caso,
o
34
paciente obedecerá a uma informação do chip para
35
liberar automaticamente doses de insulina no sangue.
36
É como um painel de automóvel que acende uma luz
37
quando há algo de errado em seu sistema eletrônico,
38
compara o cardiologista americano Eric Topol. “Em
39
breve estarão em nossa corrente sanguínea na forma
40
de nanossensores, do tamanho de um grão de areia,
41
fornecendo uma vigilância contínua do nosso sangue,
42
sendo capazes de detectar a primeira possibilidade de
um câncer.”
43
44
Outro mecanismo, aprovado em 2013, é o Argus, a
45
primeira prótese ocular. Ele consiste em um chip com
46
eletrodos, implantado no fundo do olho, que
converte
47
imagens de uma microcâmera instalada nos óculos em
48
pulsos elétricos. Os pulsos, enviados a
células da
49
retina, produzem imagens para pessoas que perderam
50
a visão. O “olho biônico” é usado em
pacientes com
51
retinite pigmentosa, doença que causa
degeneração
52
da retina e afeta seriamente a visão de
cerca de 1,5
53
milhão de indivíduos no mundo. Apesar
de não
54
restaurar por completo a visão, ajuda cegos a voltar a
enxergar movimentos e até a ler.
55
56
Todos esses aparelhos implantáveis são
57
descendentes diretos do marca-passo, usado com
58
sucesso pela primeira vez na Suécia, em 1958.
A
59
diferença é que hoje eles atingem formas que
60
permitem um nível inédito de integração com o corpo,
61
possibilitando mais funções. Mas alguns
obstáculos
62
permanecem: os principais desafios são
a
63
compatibilidade, de modo que o corpo não rejeite
o
64
implante, e a falta de clareza dos efeitos a longo
65
prazo. Materiais como silício ou ouro podem causar
66
consequências traumáticas: inflamações, cápsulas
67
fibrosas e calcificação ao redor do implante. Isso afeta
68
não só o corpo, mas também o funcionamento
do
dispositivo e a precisão da leitura das informações.
69
70
Se essas barreiras forem ultrapassadas, a
71
perspectiva é de não apenas oferecer melhores
72
tratamentos, no futuro, mas também incrementar
73
algumas habilidades do nosso corpo. Mas
olhos
74
biônicos que dão zoom, nanodispositivos
que
75
aumentam a concentração ou melhoram o
76
desempenho físico devem ficar para depois que
77
tivermos implantes em tempo real nos examinando ou
liberando remédios em nosso sangue.
IKEDA, P. Revista Galileu, n. 276, jul. 2014. p. 57-59. Adaptado.
15 - No trecho do texto “Nesse caso, o paciente
obedecerá a uma informação do chip para liberar
automaticamente doses de insulina no sangue” (Refs.
32-34) o verbo obedecer exige a presença de uma
preposição para introduzir o termo regido.
Essa exigência de uma preposição ocorre na forma
verbal destacada em
a) “Uma nova geração desses aparelhos já recebeu a
aprovação de órgãos de regulação para que sejam
‘instalados’ em nós.” (Refs. 7-9)
b) “tenta medir, em tempo real, o nível de glicose no
sangue do diabético.” (Refs. 31-32)
c) “‘sendo capazes de detectar a primeira possibilidade
de um câncer.’” (Refs. 41-42)
d) “Ele consiste em um chip com eletrodos, implantado
no fundo do olho,” (Refs. 44-45)
e) “e afeta seriamente a visão de cerca de 1,5 milhão de
indivíduos no mundo.” (Refs. 51-52)
TEXTO: 5 - Comum à questão: 16
Seis razões para proteger a Terra
(Marcelo Gleiser*)
tem esse magnetismo e tem uma atmosfera muito rala.
22
Isso faz com que o planeta seja um tanto hostil à vida.
23
5.A água que temos aqui é uma preciosidade; sem ela,
24
não haveria vida. Não sabemos de onde veio
essa
água toda, se bem que parte dela é oriunda de cometas
25
que se chocaram com a Terra ainda em sua infância.
A água é nosso maior tesouro, e precisamos tratar muito
26
bem dela. Esse é o século em que a água se tornará
num fator predominante de conflito global. Basta olhar
27
para o planeta e ver a distribuição de
água. O que o
petróleo fez com a geopolítica do século 20, a água fará
com a dos séculos 21 e 22.
28
6.Nossa lua também é essencial. Por ser única e
29
bastante maciça, ela regula e estabiliza o eixo de
rotação da Terra, mantendo sua inclinação de 23,5º com
30
a vertical. Pense na Terra como um pião inclinado,
girando em torno de si mesmo. Sem a lua, esse eixo de
31
rotação mudaria de ângulo aleatoriamente, e o clima
não poderia ser estável. E, sem um clima estável, a vida
complexa acaba se tornando inviável.
32
A lista continua, mas estamos sem espaço. De um
33
jeito ou de outro, acho que dá para entender por
que
precisamos proteger esse planeta. Somos produto dele,
34
das suas condições. Se elas mudam, nossa
sobrevivência fica ameaçada.
*MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA),
e autor de “A Ilha do Conhecimento”. Facebook: goo.gl/93dHI. (Disponível em:
www1.folha.uol.com.br/colunas
/marcelogleiser/2014, acesso em: 15 set. 2014. Adaptado.)
1
Que a Terra é a nossa casa cósmica, todo mundo
2
sabe, se bem que poucos prestam atenção a isso. Nas
tribulações do dia a dia, enquanto não há uma crise
3
maior, é fácil esquecer a nossa dependência completa
e absoluta do nosso planeta. Afinal, está sempre aqui o
4
chão sob nossos pés, a luz do Sol filtrada
pela
atmosfera, o azul do céu, o clima agradável e perfeito
para que possamos sobreviver nele.
5
Mas, por trás disso tudo, existe um planeta
extremamente especial e, sem ele, sem sua estabilidade
6
orbital e climática, não estaríamos aqui. Eis uma lista
7
de razões para protegermos a Terra, um planeta sem
igual, ao menos dentro de um raio de centenas de anosluz daqui.
8
1.Nossa atmosfera, rica em oxigênio, permite que seres
9
com um metabolismo mais complexo sobrevivam. É
incrível que esse oxigênio todo tenha vindo de bactérias,
10
os únicos habitantes que existiam
aqui no planeta
durante quase 3 bilhões de anos. Foram elas que
11
“descobriram” a fotossíntese,
transformando a
composição da atmosfera terrestre. Agradeçam às
cianobactérias pelo ar de cada dia.
12
2.Nossa atmosfera, rica em ozônio, filtra a radiação
13
ultravioleta que vem do Sol, que é extremamente
nociva à vida. Interessante que esse ozônio é produto da
14
vida e, ao mesmo tempo, permite que ela persista aqui
na superfície.
15
3.Nossa atmosfera tem a densidade justa para que
16
seja possível uma enorme diversidade das formas
de
vida. Se fosse pouco densa, seria difícil voar ou flutuar;
se fosse muito densa, seria esmagadora.
17
4.O campo magnético da Terra funciona como um polo
18
atrativo de partículas que vêm do Sol e do
espaço.
Essa radiação toda seria extremamente prejudicial à
19
vida, caso a Terra não fosse afunilada nos polos. Por
exemplo, estamos para receber um bocado de radiação
20
por esses dias, produzida por uma enorme tempestade
magnética do Sol. Sem o magnetismo terrestre e nossa
21
atmosfera, estaríamos em maus lençóis.
Marte não
16 - Acerca da presença do sinal indicativo de crase,
assinale, abaixo, a alternativa INCORRETA, observandose a sua ocorrência no trecho em destaque.
a) No trecho “Essa radiação [...] seria [...] prejudicial à
vida.” (Ref. 18), substituindo-se o trecho em destaque
por “prejudica a vida”, não mais haveria a presença do
acento grave.
b) Seu uso poderia ser facultativo em “[...] se bem que
poucos prestam atenção a isso.” (Ref. 1).
c) Em “Agradeçam às cianobactérias pelo ar de cada
dia.” (Ref. 11), o complemento do verbo exige, nesse
contexto, a presença de uma preposição, além do artigo
“a” pluralizado, sendo necessário o acento grave.
d) Em “Eis uma lista de razões para protegermos a
Terra [...]” (Ref. 6), não se poderia optar pelo uso do sinal
indicativo de crase.
TEXTO: 6 - Comum à questão: 17
Porta de colégio
1
2
Passando pela porta de um colégio, me veio
a
3
sensação nítida de que aquilo era a porta da própria
4
vida. Banal, direis. Mas a sensação era tocante. Por
5
isso, parei, como se precisasse ver melhor o que via e
previa.
6
7
Primeiro há uma diferença de clima entre
aquele
8
bando de adolescentes espalhados pela
calçada,
9
sentados sobre carros, em torno de
carrocinhas de
10
doces e refrigerantes, e aqueles
que transitam pela
11
rua. Não é só o uniforme.
Não é só a idade. É toda
12
uma atmosfera, como se estivessem ainda dentro de
13
uma redoma ou aquário, numa bolha, resguardados do
mundo.
14
15
Talvez não estejam. Vários já sofreram a pancada da
16
separação dos pais. Aprenderam que a vida é também
17
um exercício de
separação. Um ou outro já transou
droga, e
com isso deve ter se sentido
20
(equivocadamente) muito adulto. Mas há uma
21
sensação de pureza angelical misturada com
22
palpitação sexual, que se exibe nos gestos sedutores
dos adolescentes.
18
19
protetores de ouvido. Até filmes de qualidade, como O
Senhor dos Anéis, tentam destruir nossos ouvidos junto
com os inimigos dos heróis. As novas tecnologias de
som são incríveis, sem dúvida, mas parecem brinquedo
em mão de criança. Por que tão alto?
23
dentro de
Ir a um restaurante com música ao vivo é um risco. Não
se consegue conversar, a comida fica até sem graça.
Qual é a ideia da música alta em um lugar aonde você foi
para comer e bater papo?
Onde estarão esses meninos e meninas
dez ou vinte anos?
25
24
26
Aquele ali, moreno, de cabelos longos corridos, que
27
parece gostar de esporte, vai se
interessar pela
28
informática ou economia;
aquela de cabelos louros e
29
crespos vai ser dona
de boutique; aquela morena de
30
cabelos lisos
quer ser médica; a gorduchinha vai
31
32
acabar
casando com um gerente de multinacional;
33
aquela esguia, meio bailarina, achará um
diplomata.
34
Algumas estudarão Letras, se casarão, largarão tudo e
35
passarão parte do dia levando filhos à praia e à praça
36
e pegando-os de novo à tardinha no colégio. [...]
37
38
Estou olhando aquele bando de adolescentes
com
39
evidente ternura. Pudesse passava a mão
nos seus
40
cabelos e contava-lhes as últimas
histórias da
41
carochinha antes que o lobo feroz
as assaltasse na
42
esquina. Pudesse lhes diria
daqui: aproveitem
43
enquanto estão no aquário e
na redoma, enquanto
44
estão na porta da vida e do colégio. O destino também
45
passa por aí. E a gente pode às vezes modificá-lo.
SANT’ANNA, Affonso Romano de. Affonso Romano de Sant’Anna:
seleção e prefácio de Letícia Malard. Coleção Melhores Crônicas. p. 64-66.
17 - Atente para o que se diz a respeito da preposição
de que entra na composição do título da crônica: “Porta
de colégio”.
I. A preposição de, sozinha, sem contração, como é
usada nesse título, generaliza o substantivo, no caso do
texto, colégio.
II. A contração da preposição de com o pronome
demonstrativo aquele, que resultaria em daquele,
manteria inalterado o sentido do título.
III. A introdução, no título do texto, do artigo definido o,
que resultaria em do, alteraria o sentido do título.
Está correto o que se diz apenas em
a) I.
b) I e III.
c) II e III.
d) II.
e) n.d.a.
TEXTO: 7 - Comum à questão: 18
Decibéis
Um
poeta
paulista
disse-me,
numa
esquina
movimentada, que o homem moderno havia perdido o
prazer do silêncio. Já se passaram mais de trinta anos. A
coisa só piorou.
A capacidade que as pessoas das grandes cidades
possuem de produzir e suportar barulho é espantosa.
Já repararam como as pessoas falam alto, berram umas
com as outras nas novelas hoje em dia? Precisava ser
assim? E os anúncios da televisão? A gente tem de
abaixar o volume na hora do comercial e levantar de
novo quando o programa recomeça.
O cinema – já notaram como ficou barulhento? Você
quase tem de assistir a esses filmes apocalípticos com
São muitos os ruídos que desafiam o humor citadino.
Buzinas de automóvel, eis uma falta de civilidade já
antiga. Motocicletas pipocantes e seu bi-bi-bi são mais
recentes, irritam motoristas e pedestres. Helicópteros,
depois que viraram transporte urbano e cabine de
reportagem, perturbam. Caminhões de lixo noturnos
trituram o silêncio. Mesma coisa com o bate-estaca do
novo lançamento imobiliário. Termina essa fase da obra,
ai que alívio, e então chegam as serras elétricas.
Com tudo isso se revezando ou se somando, acho que
vou passar uma semana no mato. Estou precisando
ouvir o silêncio.
(Ivan Angelo. Veja SP, 08.11.2006. Adaptado.)
18 - No trecho – Você quase tem de assistir a esses
filmes apocalípticos com protetores de ouvido. –,
observa-se que o verbo assistir, com o sentido de ver,
presenciar, rege a preposição a. Pensando no emprego
das preposições, assinale a alternativa correta de acordo
com a norma-padrão.
a) Estes geólogos vêm dedicando-se da análise de
amostras vulcânicas.
b) Corrupto como era, ele visava apenas a seus
interesses escusos.
c) Sugerimos com que ela tirasse férias o mais breve
possível.
d) Desconfiou em que o haviam preterido na escolha do
cargo.
e) Os pais consentiram para a viagem da filha à
Alemanha.
TEXTO: 8 - Comum à questão: 19
Condições de saúde e inovações nas políticas de
saúde no Brasil: o caminho a percorrer
Participação social
1
2
Intensa participação social foi a “pedra fundamental”
3
do SUS desde a sua origem, com a articulação de
4
movimentos sociais, nos anos 1970 e 1980,
que
5
resultou na reforma do setor de saúde. A participação
social na saúde foi institucionalizada pela Constituição
6
de
1988 e, posteriormente, regulamentada pela
7
Legislação dos anos 1990, que estabeleceu conselhos
8
e conferências de saúde nos três níveis de governo: o
9
Brasil possui atualmente
um conselho nacional, 27
10
conselhos estaduais e mais de
5.500 conselhos
11
municipais de saúde. Essas organizações
são
12
instâncias permanentes, responsáveis pela formulação
13
de estratégias de saúde, pelo controle da prática de
políticas e pela análise de planos, programas e relatórios
14
de
gestão submetidos à sua apreciação pelos
15
respectivos níveis de governo. Há forte interação entre
16
conselhos, gestores e
formuladores de políticas,
17
estabelecendo um processo
decisório complexo e
18
inovador. Todos os conselhos são
compostos por
19
representantes de usuários (50%), de
trabalhadores
20
do setor de saúde (25%), dos gestores e
provedores
21
de serviços de saúde (25%). As conferências têm lugar
22
a cada quatro anos, nos três níveis de governo, cada
uma delas com um número expressivo de
23
representantes,
com a mesma distribuição
24
proporcional dos conselhos. O
objetivo das
25
conferências é avaliar a situação de saúde e
propor
26
diretrizes para as políticas, contribuindo assim para
a
inclusão de temas importantes na agenda pública. Entre
27
28
outros mecanismos democráticos, o orçamento
participativo, adotado por vários estados e municípios, é
29
também uma inovação.
Cesar G. Victora et al. Veja Online, 09/05/2011. Adaptado.
19 - A preposição “com” (Ref. 2) estabelece, no contexto,
relação de
a) causa.
b) correspondência.
c) identidade.
d) finalidade.
e) consequência.
TEXTO: 9 - Comum à questão: 20
Ensino superior e os serviços de saúde no Brasil
1
2
Até meados do século XX, não existia sistema de
3
saúde no Brasil. Pacientes ricos eram tratados em
instituições privadas, pagando diretamente suas
4
despesas; e os trabalhadores tinham acesso a clínicas
5
e hospitais dos
sindicatos. Nas áreas urbanas, os
6
pobres precisavam
procurar ajuda nas superlotadas
7
instituições filantrópicas
ou públicas que aceitavam
8
indivíduos em estado de indigência. Nas áreas rurais,
9
camponeses e meeiros tinham
de confiar em
10
curandeiros ou cuidadores leigos não
treinados para
11
suas necessidades de saúde. No auge da
redemocratização do país, a Constituição de 1988
12
declarou que a saúde era um direito do cidadão e um
13
dever do
Estado. Posteriormente, foi organizado o
14
Sistema Único de
Saúde, ou SUS, com os princípios
15
da universalidade,
integralidade assistencial,
16
promoção da saúde e
participação da comunidade,
17
com fundos públicos para
prestação de cuidados de
18
saúde gratuitos para os cidadãos brasileiros.
19
20
O SUS tem duas linhas principais de atuação: o
Programa Saúde da Família, que presta cuidados
21
primários de saúde em 5.295 municípios; e uma rede
22
de clínicas e
hospitais públicos ou contratados pelo
23
SUS, que presta
atendimento secundário e terciário
24
em todo o país. Junto
com intervenções de saúde
25
pública, que começaram na
década de 1970 e que,
26
mais recentemente, implementaram
políticas sociais
27
relacionadas ao emprego e à transferência condicional
28
de renda, considera-se que foi positivo o
impacto do
SUS depois de vinte anos.
29
30
Nas últimas três décadas, a mortalidade infantil
diminuiu em cerca de 6,3% ao ano e a expectativa de
31
vida
aumentou em 10,6 anos. A mortalidade por
32
doenças
infecciosas diminuiu de 23% do total de
33
óbitos em 1970
para menos de 4% em 2007. Apesar
34
de tais conquistas, é preciso que sejam reconhecidos
35
os sérios problemas que
envolvem a igualdade de
36
oportunidades, qualidade e eficiência. Insuficiência de
37
investimentos, corrupção e a má gestão decorrente da
38
burocracia governamental estão
entre esses
39
problemas. O principal determinante da baixa
40
qualidade dos cuidados prestados pela rede SUS é a
limitação dos recursos humanos, a qual, no entanto, é de
41
ordem qualitativa, não quantitativa. (...)
Naomar Almeida-Filho. www.abc.org.br. 09/05/2011. Adaptado.
20 - Em cada uma de suas ocorrências, no final do
primeiro parágrafo, a preposição sublinhada em “com os
princípios” (Ref. 14) e “com fundos” (Ref. 16) poderia ser
substituída, de modo adequado, respectivamente, por:
a) sobre; regido por.
b) segundo; dotado de.
c) dados; sob.
d) entre; por.
e) ante; regulado por.
TEXTO: 10 - Comum à questão: 21
O resgate do cocô
Há três mil anos, quando um chinês ia jantar na casa de
um amigo, ele obrigatoriamente tinha que ir até o quintal
desse amigo e fazer um “número dois” por lá mesmo. É
que a etiqueta da época dizia que era feio comer na casa
de alguém e não “devolver os nutrientes”. Faz tanto
sentido que, atualmente, o arquiteto William Mc Donough
e o químico Michel Braungart trabalham para trazer essa
ideia de volta à moda, desenvolvendo e divulgando
modos de produção circular, em que os resíduos –
inclusive o cocô – são usados para criar novos produtos
tão bons quanto os originais.
Baseados na proposta de Mc Donough e Braungart,
pesquisadores do mundo inteiro têm procurado maneiras
de aproveitar o nosso “número dois” de cada dia. Na
cidade de Didcot, na Inglaterra, um projeto piloto já
permite que 200 famílias aqueçam suas casas com
biometano fabricado a partir de seu próprio cocô. Além
de poupar o meio ambiente, eles economizam dinheiro.
Uma ideia que cheira bem.
(Superinteressante, agosto de 2013. Adaptado)
21 - Entre os muitos empregos que a preposição de
pode ter, um deles é indicar finalidade, como na seguinte
passagem do texto:
a) ... quando um chinês ia jantar na casa de um amigo...
b) É que a etiqueta da época dizia que...
c) ... para trazer essa ideia de volta à moda...
d) ... maneiras de aproveitar o nosso “número dois”...
e) ... fabricado a partir de seu próprio cocô.
TEXTO: 11 - Comum à questão: 22
As razões da revolta
As manifestações das ruas trouxeram pelo menos uma
certeza: o jovem brasileiro, com seu poder de articulação
pelas redes sociais, mudou. De uma forma de protestar à
distância, com certa dose de descaso e “chacota” contra
as instituições (de que sempre se percebeu apartado),
ele se mobilizou com rapidez, invadiu o espaço público e
reagiu contra o que não concorda.
O estopim foram o aumento do ônibus e a reação
truculenta da polícia. Na esteira do protesto inicial,
vieram as demandas concretas: a péssima qualidade do
transporte, a corrupção, os conchavos políticos, as
incongruências entre o investimento em saúde e
educação e as fortunas gastas com estádios e futebol,
enfim, o abismo entre o Brasil que se vende para o
mundo e a nação real, com sua violência, trânsito e
serviços precários.
Muitos críticos cobraram falta de foco dos jovens e
dificuldade de controle das massas que saíram às ruas.
Isso deu, dizem os críticos, espaço para grupos mais
radicais e bandidos, que causaram violência. Mas será
que houve falta de foco?
Embora as queixas sejam muitas e variadas, alguns
padrões em comum podem ser identificados. Trata-se,
em primeiro lugar, de um movimento mais horizontal,
sem liderança clara. Alguns grupos, como o Movimento
Passe Livre (MPL), logo apareceram. Mesmo dentro
deles, não parece haver voz única. Boa parte das
manifestações se dá “por contágio”. Mesmo o jovem
inicialmente acomodado se sente “tocado” pela onda de
protestos e decide sair à rua, para participar do momento
histórico. A insatisfação crônica com o status do país se
transformou de forma rápida, talvez pela capilaridade das
redes sociais, numa indignação ativa, potente geradora
de força de mobilização. [...]
Os políticos correram para achar uma explicação e tentar
dar respostas (algo que não andam acostumados a
fazer). Algumas demandas foram rapidamente atendidas.
É simplista, porém, justificar o que aconteceu com o fato
de o jovem não se sentir representado. Além da crise de
representatividade política, que não é queixa só do
jovem, faltam a perspectiva de um país melhor – mais
justiça, melhores condições de transporte, saúde e
educação – e uma percepção menos ufanista e mais real
do Brasil.
O desafio dos jovens é manter a força do movimento,
num momento em que os governos atendem
parcialmente a algumas demandas. Os políticos
deveriam perceber que o desafio é usar essa força para
mudar o país naquilo que ele tem de pior. Têm de limpar
as feridas para facilitar a cicatrização. Não adianta
dourar indefinidamente a pílula, na espera de um Brasil
que nunca chega.
(Jorge Bouer, Época, 08 jul. 2013.)
22 - “É simplista, porém, justificar o que aconteceu com o
fato de o jovem não se sentir representado.”
Observe que Jorge Bouer escreveu “de o jovem” e não
“do jovem”. Diferentemente do que acontece na fala, a
escrita não aceita a contração da preposição com um
artigo em certos casos. Em qual das sentenças abaixo a
contração é VETADA na escrita culta?
a) O delegado interrogou o agressor por horas para
tentar entender as razões [de+o] sujeito.
b) No momento [de+o] invasor entrar no palco, o diretor
segurou-o e pediu aos seguranças para prendê-lo.
c) Todos se assustaram com o aparecimento daquele
monstro, principalmente com a cara [de+o] bicho.
d) À maneira [de+o] pai, o filho agiu com absoluta ética.
e) A atuação [de+o] Daniel no jogo foi impecável.
TEXTO: 12 - Comum à questão: 23
CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NAS
ESCOLAS
Desde 2008, uma lei tornou obrigatório o ensino da
História e Cultura Afro-brasileira e Indígena no sistema
de ensino do Brasil. A norma, de número 11.645/2008,
inclui o trabalho de conteúdos referentes às
contribuições dessas duas culturas na formação da
sociedade brasileira. Em Santa Maria, essa lei é aplicada
através de um projeto de oficinas de arte-educação nas
áreas de dança, teatro e música chamado “Somos Todos
Um Para Uma Cultura de Paz”, realizado pela
organização Oca Brasil, além do trabalho regular das
escolas na inclusão desses temas em seus currículos.
Conforme relata a professora e antropóloga Maria Rita
Py Dutra, coordenadora pedagógica da Oca Brasil, essa
regulamentação aponta para a necessidade de se dar
visibilidade aos feitos relacionados ao povo negro e
indígena, bem como para a importância do convívio
respeitoso com pessoas de diferentes grupos étnicos e a
eliminação do discurso racista, tanto em livros didáticos,
quanto no convívio diário na escola ou sala de aula.
Maria Rita conta que esse direcionamento contrasta com
a forma como era tratado o ensino dessas culturas antes
de sua obrigatoriedade: “O ensino da História e Cultura
Indígena era voltado para um índio idealizado, que vivia
na taba, caçando e pescando, totalmente deslocado da
situação atual do índio brasileiro. No que diz respeito aos
afro-brasileiros, ocorria duas situações: ou sua presença
era negada, através da invisibilidade (não se falava
nele), ou quando se falava, era para reforçar os
estereótipos existentes no imaginário social da
sociedade brasileira, associados à inferioridade”..
Deste modo, a professora e antropóloga explica que a lei
está ajudando a se pensar estratégias de mudanças na
abordagem, mas que não se pode negar a resistência e
falta de subsídios para o trabalho com essa temática. Por
outro lado, é possível notar que alunos de ascendência
indígena e afro-brasileira passam a se ver com mais
segurança e autoestima, orgulhosos de suas origens.
Ao abordar a atuação do Projeto “Somos Todos Um Para
Uma Cultura de Paz”, que realiza suas oficinas com
aproximadamente 150 crianças de escolas públicas de
Santa Maria desde março, Maria Rita comenta que a
iniciativa está sendo bem recebida nas escolas por onde
passa: “A Oca trabalha com arte-educação e já tem
acúmulo na área da educação das relações étnicoraciais. Os alunos são levados a cantar, tocar, construir
instrumentos. É um novo paradigma, eles adoram”.
(...)
Disponível em: http://www.arazao.com.br. Acesso em: 24ago.2013.
23 - O uso formal da língua requer, entre outros
cuidados, o respeito às normas de concordância e de
regência verbal e nominal, além do emprego adequado
do acento indicativo de crase. Considerando isso e
tomando por base o texto, avalie os comentários a
seguir.
I. No primeiro parágrafo, em “A norma (...) inclui o
trabalho de conteúdos referentes às contribuições
dessas duas culturas”, o acento indicativo de crase
permaneceria adequado, caso o termo sublinhado
estivesse no singular.
II. No terceiro parágrafo, em “No que diz respeito aos
afro-brasileiros, ocorria duas situações”, a forma verbal
em destaque deveria estar no plural, para concordar com
o termo sujeito ‘duas situações’.
III. Ainda no terceiro parágrafo, em “No que diz respeito
aos afro-brasileiros, (...) sua presença era negada,
através da invisibilidade (não se falava nele)”, o pronome
retoma o termo ‘respeito’, portanto, o singular está
adequado.
IV. No último parágrafo, em “(...) a iniciativa está sendo
bem recebida nas escolas por onde passa”, há uma
infração às normas de regência, já que o pronome ‘onde’
não deve ser antecedido por preposição.
V. Também no parágrafo final, em “Os alunos são
levados a cantar, tocar, construir instrumentos”, não
existe crase, pois, nesse caso, tem-se apenas a
preposição ‘a’, exigida pelo nome ‘levados’, logo, não
ocorre fusão.
Estão corretos, apenas:
a) I, II e V
b) I, III e IV
c) II, IV e V
d) II e V
e) III e IV
TEXTO: 13 - Comum à questão: 24
1
2
Para avaliarmos o significado contemporâneo da
indústria cultural e dos meios de comunicação de massa
3
4
que a produzem, convém lembrarmos, brevemente, o
5
que se convencionou chamar de a condição
pós6
moderna, isto é, a existência social e cultural sob a
economia neoliberal.
7
8
A dimensão econômica e social da nova forma do
9
capital é inseparável de uma transformação sem
10
precedentes na experiência do espaço e do tempo,
11
designada por David Harvey como a “compressão
12
espaço-temporal”. A fragmentação e a globalização da
13
produção econômica engendram dois fenômenos
14
contrários e simultâneos: de um lado, a fragmentação
15
e dispersão espacial e temporal e, de outro, sob os
16
efeitos das tecnologias eletrônicas e de informação, a
17
compressão do espaço — tudo se passa aqui, sem
distâncias, diferenças nem fronteiras — e a compressão
18
do tempo — tudo se passa agora, sem passado e sem
19
futuro. Em outras palavras, fragmentação e dispersão
20
21
do espaço e do tempo condicionam sua reunificação
22
sob um espaço indiferenciado (um espaço plano de
23
imagens fugazes) e um tempo efêmero desprovido de
24
profundidade. A profundidade do tempo e seu poder
diferenciador desaparecem sob o poder do instantâneo.
25
Por seu turno, a profundidade de campo, que define o
26
espaço da percepção, desaparece sob o poder de
27
uma
localidade sem lugar e das tecnologias de
28
sobrevoo.
Vivemos sob o signo da telepresença e da
29
teleobservação, que impossibilitam diferenciar entre a
30
aparência e o sentido, o virtual e o real, pois tudo nos
31
32
é imediatamente dado sob a forma da transparência
temporal e espacial das aparências, apresentadas como
33
evidências.
34
35
Volátil e efêmera, hoje nossa experiência
36
desconhece qualquer sentido de continuidade e se
37
esgota num presente sentido como instante fugaz. Ao
38
perdermos a diferenciação temporal, não só rumamos
39
para o que Virilio chama de “memória imediata”, ou
40
ausência da profundidade do passado, mas também
41
perdemos a profundidade do futuro como possibilidade
inscrita na ação humana enquanto poder para
42
determinar
o indeterminado e para ultrapassar
43
situações dadas,
compreendendo e transformando o
44
sentido delas. Em outras palavras, perdemos o sentido
45
da cultura como ação histórica.
Chauí, Marilena. Cultura e democracia. Crítica y emancipación:
Revista latinoamericana de Ciencias Sociales. Disponível em:<http://
bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/secret/CyE/cye3S2a.pdf>. Acesso em: 19 out. 2013.
Adaptado.
24 - Quanto aos elementos linguísticos que garantem a
progressão das ideias do texto, está correta na
alternativa
a) O pronome “a”, em “que a produzem” (Ref. 3) retoma,
por meio de uma referência anafórica, a expressão
“comunicação de massa” (Ref. 2), revelando a sua
dependência em relação à indústria cultural.
b) A preposição “por” (Ref. 10) pode se substituída por
perante,
sem
prejuízo
semântico
para
a
sequencialização textual.
c) As expressões “de um lado” (Ref. 13) e “de outro”
(Ref. 14) estabelecem um paralelismo entre situações
que se excluem.
d) “Por seu turno” (Ref. 25) garante a progressão
temática das ideias, introduzindo uma comparação por
contraste.
e) O conector “mas também” (Ref. 39) permite a
sequência das ideias através do acréscimo de um
elemento que se soma a aspectos considerados
negativos.
25 - Leia o texto a seguir, extraído da primeira página de
um jornal.
INFÂNCIA
Lotados, conselhos sofrem para atender população
Londrina tem hoje apenas três conselhos tutelares para
atender uma população com mais de 500 mil habitantes.
Estrutura aquém da recomendada pelo Conselho
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que
prevê pelo menos um centro de apoio para cada 100 mil
pessoas. Com demanda acima da capacidade, os
conselheiros se desdobram para evitar que os
processos, denúncias e investigações se acumulem.
“Não temos condições de fazer um trabalho de
prevenção”, afirma o conselheiro Amaury Plath.
(Jornal de Londrina. 22 maio 2013.)
Com base na leitura do texto, considere as afirmativas a
seguir.
I. Na manchete, a palavra “lotados” refere-se a
conselhos, uma especificação do estado em que se
encontram.
II. A forma verbal “acumulem”, empregada no modo
subjuntivo, pode ser substituída pelo indicativo, sem
comprometer o respeito à norma culta.
III. A preposição “para”, em suas três ocorrências no
texto, inicia orações subordinadas adverbiais finais.
IV. O trecho “Estrutura aquém da recomendada pelo
Conselho Nacional dos Direitos da Criança...” pode ser
substituído por “Estrutura abaixo da recomendada pelo
Conselho Nacional dos Direitos da Criança...”.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
TEXTO: 14 - Comum à questão: 26
No mar de dúvidas
1
Há duas maneiras de aprender qualquer coisa: uma,
2
leve, suave, com informações corretas mas superficiais,
que, pela incompletude da lição, não indo aos assuntos a
3
ela correlatos, acaba sendo insuficiente para permitir a
fixação da aprendizagem. É um método que pode
4
agradar, e até divertir o leitor menos exigente; mas não
lhe garante o sucesso do conhecimento.
5
A segunda maneira é aquela que procura dar um
6
passo à frente da resposta breve e imediata: estabelece
relações entre a dúvida apresentada e outros assuntos
7
afins, de modo que, aprofundando um pouco mais a
lição, amplia o conhecimento e garante sua
8
permanência, porque não se contenta em ficar na
superfície dos problemas e das dúvidas.
9
Falamos em superfície, e a palavra nos sugere agora
10
uma comparação entre as duas maneiras de aprender
das quais vimos tratando. A primeira ensina a pessoa, no
11
mar de dúvidas, a manter-se à superfície; não afunda,
mas não sai do lugar. A segunda, além de permitir à
12
pessoa permanecer à superfície, ensina-lhe a dar
braçadas, ir mais além. Assim, pela primeira maneira, a
13
pessoa boia; pela segunda, nadando, avança e chega
a seu destino.
Evanildo Bechara, Na ponta da língua. Adaptado.
26 - De acordo com a norma-padrão, se o verbo
sublinhado no trecho “das quais vimos tratando” for
substituído por um sinônimo, também será necessário o
uso de uma preposição antes de “as quais”, se o
sinônimo for
a) abordando.
b) discorrendo.
c) desenvolvendo.
d) analisando.
e) examinando.
TEXTO: 15 - Comum à questão: 27
"Acocorada junto às pedras que serviam de trempe, a
saia de ramagens entalada entre as coxas, sinhá Vitória
soprava o fogo. Uma nuvem de cinza voou dos tições e
cobriu-lhe a cara, a fumaça inundou-lhe os olhos, o
rosário de contas brancas e azuis desprendeu-se do
cabeção e bateu na panela. Sinhá Vitória limpou as
lágrimas com as costas das mãos, encarquilhou as
pálpebras, meteu o rosário no seio e continuou a soprar
com vontade, enchendo muito as bochechas.
Labaredas lamberam as achas de angico, esmoreceram,
tornaram a levantar-se e espalharam-se entre as pedras.
Sinhá Vitória aprumou o espinhaço e agitou o abano.
Uma chuva de faíscas mergulhou num banho luminoso a
cachorra Baleia, que se enroscava no calor e cochilava
embalada pelas emanações da comida.
Sentindo a deslocação do ar e a crepitação dos
gravetos, Baleia despertou, retirou-se prudentemente,
receosa de sapecar o pêlo, e ficou observando
maravilhada as estrelinhas vermelhas que se apagavam
antes de tocar o chão. Aprovou com um movimento a
cauda aquele fenômeno e desejou expressar a sua
admiração à dona. Chegou-se a ela em saltos curtos,
ofegando, ergueu-se a ela em saltos curtos, ofegando,
ergueu-se nas pernas traseiras, imitando gente. Mas
sinhá Vitória não queria saber de elogios.
- Arreda!
Deu um pontapé na cachorra, que se afastou humilhada
e com sentimentos de revolucionários.
(RAMOS, Graciliano, Vidas Secas, Rio, São Paulo: Record, 1999, p.39)
27 - Analise as justificativas para o uso ou omissão do
acento grave indicativo de crase nos excertos do texto.
I. Em “Acocorada junto às pedras que serviam de
trempe”, a crase é obrigatória com locuções prepositivas
terminadas na preposição “a” seguidas de substantivo
feminino.
II. Em “Acocorada junto às pedras que serviam de
trempe”, a crase está errada, pois a única regência
correta seria “junto de”, logo, a expressão ficaria “juntos
das pedras”.
III. No trecho “Aprovou com um movimento a cauda”, há
necessidade de crase em “à cauda”, tendo vista que o
verbo aprovar exige preposição “a” neste caso.
IV. Embora haja a preposição “a” no excerto “Chegou-se
a ela em saltos curtos”, não há crase pelo fato de não
podermos inserir o artigo feminino “a” diante do pronome
“ela”.
V. No trecho, “desejou expressar a sua admiração à
dona”, utilizou-se a crase devido à regência do verbo
“expressar”.
As proposições em que o uso ou a omissão do acento
indicativo de crase está de acordo com a norma culta
são, apenas:
a) I, II e III
b) II, III e V
c) III e IV
d) I, III e V
e) I, IV e V
TEXTO: 16 - Comum à questão: 28
Álbum de colégio
1
2
Um antigo colega criou e organizou um site sobre
3
nossos anos de colégio, que já vão longe. Visitei ontem
4
as páginas virtuais de uma experiência real, vivida
longamente numa velha escola, sólida tanto na
5
construção como no ensino. A pesquisa do meu colega
6
é bastante rica: documenta com detalhes pessoas e
7
espaços
que nos foram muito familiares. Detive-me
8
logo na sequência dos professores, como se de novo
estivesse 9 a ouvir suas vozes e a ver seus gestos,
projetados 10 do tablado em que ficava a mesa, junto ao
11 quadro-negro.
12
13
Dona Alzira, de matemática. Óculos grossos, de aro
14
escuro, contrastando com a pele clara. Paciente,
repetia o que fosse necessário de uma lição de álgebra
15
ou geometria. Eu me divertia com as palavras novas,
16
17
que logo transformava em apelidos dos colegas:
Maria Clara ficou sendo a Hipotenusa, por ser comprida
18
19
e magra, e o Zé Roberto passou a ser Cateto, por
conta do nariz comprido. As palavras prestam-se a
20
associações
estranhas, talvez arbitrárias. O frequente
21
vestido de folhas vermelhas de Dona Alzira me parecia
22
23
bandeira vistosa das minhas dificuldades com as
equações e os teoremas.
24
25
33
34
Dava-me melhor em Português. Não tanto com a
26
Gramática das regras severas e nomenclatura difícil,
27
mas com os textos bonitos que nos levavam para fora
28
da escola, na viagem da imaginação. Descobri com
29
seu Alex, professor grandalhão de voz grave e dicção
30
perfeita, o encantamento de versos ou frases em prosa
31
ditos com muita expressão, valorizados em cada
32
sílaba. E me iniciei em alguns autores que acabaram
ficando, como Fernando Pessoa.
A História, ao que me lembro, dividia-se em Geral,
35
da América e do Brasil. Tive mais de um professor, o
mais entusiasmado e entusiasmante era o seu Euclides,
36
quase nunca imparcial, admirador dos gregos, não
37
tanto
dos romanos, capaz de descrever as viagens
38
marítimas dos portugueses e espanhóis como se fosse
39
um tripulante.
Não deixava de admirar Napoleão,
40
acentuando a incomensurável diferença entre o tio e o
41
105
sobrinho. Na
História do Brasil, enfatizava as
42
insurreições populares e censurava o Estado Novo.
biblioteca tinha algumas preciosidades
do século XIX,
106
encadernadas e dispostas
nas prateleiras mais altas.
43
107
44
Clicando aqui e ali (quem diria que havíamos de
conhecer e usar esse tal de computador?) chego a
45
outros
mestres, a outras aulas inesquecíveis. As
46
meninas
torciam o nariz nas de Química: o professor
47
fazianos
usar o laboratório e praticar reações (com
48
sulfato?
com sulfeto?) que não cheiravam nada bem.
49
As mais frágeis simulavam desmaios... Havia as salas50
ambiente,
destinadas e aparelhadas para disciplinas
51
específicas. Na de Geografia, grandes mapas, projetor
52
53
de slides, maquetes e figuras em alto relevo; na de
Biologia, acreditem: um esqueleto completo, de verdade,
54
55
apelidado de Toninho (dizia-se que de um indigente,
56
morto há várias décadas); na de Física, armários com
57
instrumentos que lembravam ilustrações de
Da Vinci.
58
O professor Geraldo não era exatamente uma grande
59
vocação de pedagogo: com ele a Física ficava
mais
60
difícil do que já é. Dividia o curso em três
partes:
61
Cinemática, Estática e Dinâmica, mas não sobrava
62
quase nada de nenhuma. Como ficava ao lado da sala
63
de Música, distraía-nos o piano de Dona Mariinha, que
64
punha seus alunos para cantar peças do
folclore
65
nacional, das cirandas e emboladas do nordeste
às
danças gauchescas.
66
67
E havia, é claro, os pátios de recreio, movimentados
68
nos intervalos. A moralidade da época recomendava
69
dois pátios: um para os meninos, outro para as
meninas. As turmas eram mistas, mas o convívio evitado
70
71
tanto quanto possível. Regulava-se o comprimento
das
saias,
que
algumas
colegas
enrolavam
72
sorrateiramente na cintura. Afinal, a moda era a míni...
73
74
Discos recém-lançados de Roberto Carlos e dos
Beatles animavam o intervalo maior, colocados na vitrola
75
77
reivindicada e conseguida pelo centro estudantil.76
78
Volta e meia aparecia um jornalzinho dos estudantes,
de corpo editorial instável e de vida curta.
79
Como esquecer, ainda, as figuras dos nossos
80
inspetores
de alunos? Seu Alípio, baixinho e bravo,
81
vociferando por nada; dona Gladyr, apelidada de Arco82
íris
por conta das roupas multicoloridas; dona
83
Gervásia, a
mais velha funcionária da escola,
84
contadora de
“causos”; Albertina, moça vigilante e de
85
poucas palavras,
encarregada do portão de entrada
86
das meninas.
Na cantina, os três irmãos proprietários
87
(“os três mosqueteiros
ou os três patetas?”,
88
brincávamos) atendiam
a todos com desenvoltura e
89
bom humor. E, por todo lado, as criaturas mais antigas
90
e veneráveis: os flamboyants copados, os plátanos, as
91
duas figueiras.
Provavelmente ainda todas vivas,
florescendo.
92
93
De clique em clique armou-se na tela do monitor, em
94
grande angular, a imagem da preciosa e velha
95
biblioteca da escola. Sim, tinha bibliotecária: uma
senhora idosa e prestativa, sempre perfumada, rigorosa
96
97
na disciplina: dona Augusta, de hábitos e gosto
98
conservadores. Na “sua” biblioteca não entrava “esse
tal de Sartre, francês ateu e comunista que
99
desencaminha
a juventude”. Recomendava-nos
100
Coelho
Netto e Olavo Bilac, Machado de Assis e
101
Euclides da
Cunha, e parava por aí: nenhum
102
entusiasmo pelos
modernos. Mas lá estavam
103
Bandeira, Drummond,
Clarice, Graciliano, Guimarães
104
Rosa, que íamos descobrindo
aos poucos. A
Ah, a educação física... Luxos dos luxos: um ginásio
de esportes, com boa quadra e pequena
109
arquibancada,
e um campo gramado de futebol, com
110
traves
oficiais e rede, instalada apenas nos jogos
111
importantes.
Lembro-me quando a seleção da escola
112
recebeu
o time do Seminário Presbiteriano, uns
113
jovens educadíssimos,
diante dos quais parecíamos
114
uns trogloditas.
Pois nos deram uma goleada, com
115
todo o respeito.
Nosso comentário ressentido: − Mas
116
também esses
caras vivem concentrados...
108
117
118
Velha escola. Por ironia, a tecnologia moderna
me
119
leva ao passado e materializa reminiscências que
120
pareciam condenadas à pura e desmaiada memória.
Ao som das músicas daquela época, as jovens colegas
121
122
continuam moças e bonitas, e os rapazes ensaiam
123
seus flertes... Palavras antigas. Mas está tudo
lá: no
124
site do colégio, aberto à participação de moços
e
125
velhos, história organizada de uma década perdida
no
126
século XX. Lembrei-me agora de uma cena do filme
127
Sociedade dos poetas mortos. O professor leva
128
seus corados alunos a um saguão da escola, onde
129
estão fotos amareladas de alunos de outrora, que já
130
nem estão neste mundo. Aos moços atentos àquelas
131
imagens pergunta o professor: − Sabe o que dizem
esses jovens das fotos? Dizem: carpe diem, em latim.
132
Ou: aproveita bem o dia que passa.
(Rinaldo Antero da Cruz, inédito)
28 - Abaixo apresentam-se comentários sobre o que se
tem nos dois últimos parágrafos do texto. O único que
NÃO tem fundamento é:
a) (Ref. 113) A palavra Pois introduz informação que
contraria a expectativa criada pela distinção feita, na
frase anterior, entre os jovens do Seminário e os alunos
do colégio.
b) (Refs. 114 e 115) É exemplo de discurso indireto livre
a seguinte transposição do discurso direto presente no
texto: Nós, com ressentimento, comentamos que
"Também esses caras vivem concentra dos!"
c) (Ref. 116) Quando emprega a expressão Por ironia, o
autor dá relevo aos contrastes que são expostos na
sequência da frase.
d) (Refs. 126 e 127) A relação de oposição entre seus
corados alunos e fotos amareladas de alunos de outrora
sugere correspondência que fortalece o sen tido do que
supostamente dizem os jovens das fotos.
e) (Ref 128 e 129) Em Aos moços atentos àquelas
imagens pergunta o professor, apresentam-se dois
complementos, um verbal, outro nominal, introduzidos
ambos por meio de preposição.
Literatura
29 - (ITA SP/2000)
Miguilim espremia os olhos. Drelina e a Chica riam.
Tomezinho tinha ido se esconder.
- Este nosso rapazinho tem a vista curta. Espera aí,
Miguilim...
E o senhor tirava os óculos e punha-os em Miguilim, com
todo o jeito.
- Olha, agora!
Miguilim olhou. Nem não podia acreditar! Tudo era uma
claridade, tudo novo e lindo e diferente, as coisas, as
árvores, as caras das pessoas. Via os grãozinhos de
areia, a pele da terra, as pedrinhas menores, as
formiguinhas passeando no chão de uma distância. E
tonteava. Aqui, ali, meu Deus, tanta coisa, tudo... O
senhor tinha retirado dele os óculos, e Miguilim ainda
apontava, falava, contava tudo como era, como tinha
visto. Mãe esteve assim assustada; mas o senhor dizia
que aquilo era do modo mesmo, só que Miguilim também
carecia de usar óculos, dali por diante.
(João Guimarães Rosa. MANUELZÃO E MIGUILIM.)
Considere as seguintes afirmações sobre o trecho acima:
I. Na narrativa, transparece o universo infantil, captado
pela ótica da criança.
II. Há o uso de recursos linguísticos, como ritmo, rima e
figuras de linguagem, que desfazem as fronteiras entre
prosa e poesia.
III. A narrativa reporta ao mundo rústico do sertão pela
ótica de um narrador externo à comunidade.
Está(ão) condizente(s) com o trecho:
a) apenas I.
b) apenas II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
30 - (PUC SP/2000)
Antes de sair de casa
aprendi a ladainha
das vilas que vou passar
na minha longa descida.
Sei que há muitas vilas grandes,
cidades que elas são ditas;
sei que há simples arruados,
sei que há vilas pequeninas,
todas formando um rosário
cujas contas fossem vilas,
todas formando um rosário
de que a estrada fosse a linha.
Devo rezar tal rosário
até o mar onde termina,
saltando de conta em conta,
passando de vila em vila.
Vejo agora: não é fácil
seguir essa ladainha;
entre uma conta e outra conta,
entre uma e outra ave-maria,
há certas paragens brancas,
de planta e bicho vazias,
vazias até de donos,
e onde o pé se descaminha.
Não desejo emaranhar
o fio de minha linha
nem que se enrede no pêlo
hirsuto desta caatinga.
Pensei que seguindo o rio
eu jamais me perderia:
ele é o caminho mais certo,
de todos o melhor guia.
Mas como segui-lo agora
que interrompeu a descida?
Vejo que o Capibaribe,
como os rios lá de cima,
é tão pobre que nem sempre
pode cumprir sua sina
e no verão também corta,
com pernas que não
caminham.
Tenho de saber agora
qual a verdadeira via
entre essas que escancaradas
frente a mim se multiplicam.
Mas não vejo almas aqui,
nem almas mortas nem vivas;
ouço somente à distância
o que parece cantoria.
Será novena de santo,
será algum mês-de-maria;
quem sabe até se uma festa ou
uma dança não seria?
(Melo Neto, J. Cabral de. MORTE E VIDA SEVERINA. R. Janeiro: Ed. Sabiá,
1967.)
Do trecho em questão, que integra o poema MORTE E
VIDA SEVERINA, de João Cabral de Melo Neto, pode-se
afirmar que
a) revela convicção religiosa, justificada pela presença
das palavras ladainha, rosário, ave-maria.
b) utiliza a palavra rosário como metáfora para
representar a sequência de lugares por onde o retirante
deve passar em sua caminhada.
c) expressa-se em linguagem figurada, o que dificulta ao
leitor o entendimento do texto.
d) indica que o retirante se perdeu no emaranhado dos
caminhos porque abandonou deliberadamente o curso
do rio, seu guia natural.
e) apresenta linguagem simples dominada pela
objetividade
da
informação
e
desprovida
de
características poéticas.
31 - (UFSM RS/2000)
"Era uma velha sequinha que, doce e obstinada, não
parecia compreender que estava só no mundo. Os olhos
lacrimejavam sempre, as mãos repousavam sobre o
vestido preto e opaco, velho documento de sua vida. No
tecido já endurecido encontravam-se pequenas crostas
de pão coladas pela baba que lhe ressurgia agora em
lembrança do berço."
Clarice Lispector
Pelo fragmento citado, percebe-se que, na obra de
Clarice Lispector,
a) as personagens estão constantemente chorando a
perda de um ente querido.
b) o menor abandonado é objeto de paixão e
solidariedade.
c) o estilo naturalista é marcado pelas referências à
decomposição da matéria.
d) as personagens, envolvidas em seu próprio mundo,
estranham ou ignoram o mundo circundante.
e) as mulheres, em geral, aspiram a entrar no mercado
de trabalho.
32 - (UFRGS/2000) Em relação aos contos de Clarice
Lispector, analise os itens abaixo.
I.
Denúncia da violência na cidade moderna,
privilegiando a visão externa aos acontecimentos e a sua
avaliação.
II. Preocupação em revelar a realidade social, apontando
maneiras de sobrepor-se aos obstáculos que impedem a
ascensão social.
III. Narrativa intimista, preocupada em revelar o interior
das personagens, que se encontram frequentemente em
processo de autoconhecimento.
Quais deles predominam nos contos da autora?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
TEXTO: 12 - Comum à questão: 33
Duas da tarde, Nelsinho viu a fulana descer do ônibus.
Na esquina o tal Múcio, com quem trocou olhares. Entrou
no cinema, o sujeito atrás.
Apagada a luz, sentaram-se na última fila, a conversar
em voz baixa. De sua cadeira Nelsinho não os podia
ouvir. Certo que não prestavam atenção ao filme. No
meio da sessão, Múcio levantou-se e saiu.
O herói pediu licença, sentou-se ao lado, precisava falar
com ela.
- Está louco? Sabe que sou casada.
Por ele não fazia diferença.
- Olhe que chamo o guarda.
- Aí, safadinha, pensa que não vi?
- Não tem nada com minha vida.
- Eu não. Teu marido pode ter.
- Se disser alguma coisa, conto que me perseguiu.
- Isso é velho. De você eu sei coisas do arco-da-velha.
Ofendida, Odete ergueu-se e, subindo a escada, foi para
o balcão. Minutos depois, o rapaz surgiu ao lado.
- Como é? Posso falar com você? Sabia que teu marido
tem amante? Sabia que eles se encontram à noite?
Ainda não sabe, não é? Já vi os dois juntinhos em tantos
lugares. Sei que ele pouco demora em casa. Trata você
aos gritos quando lhe pede dinheiro. Foi seduzido por
essa tipa. Me dói o coração ver você desprezada. É a
única de quem gostei na vida. Tire a máscara dessa
sem-vergonha. Também é casada. Mãe de filhos, quem
sabe do teu marido... O homem dela viaja muito. Na sua
ausência, ela se mostra o que é: uma sirigaita. Pode que
aconteça uma tragédia quando o marido volte e alguém
conte. É bobagem brigar com o teu. Sabe como são os
homens. São fracos – não resistem a um palminho de
cara bonita. Cuidado com essa aventureira, que se
entrega a ele de olho fechado. Quer um conselho,
Odete? Olhe, você dê o desprezo. Faça com ele o
mesmo que lhe faz.
Sem responder, a bela foi para a plateia, seguida de
Nelsinho. Ameaçou contar ao marido assim que
chegasse. Ora, se falasse qualquer coisa, não a
surpreendera com outro? Odete saiu furiosa, esqueceu
até a sombrinha. Em casa, descreveu o incidente à sua
velha mãe:
- Não se pode ir sozinha ao cinema.
Aconselhada pela velha a nada revelar ao marido. Muito
nervoso, alguma desgraça. Odete insistia, olhos
sonhadores, na loucura do rapaz. Intrigá-la com o marido
não era vingança de um doente de paixão?
Àquela hora o nosso herói telefonava para o marido:
- Boa tarde, seu Artur. Como foi de viagem? Viajar é bom
– quando a mulher fica em casa.
- Que história é essa? Quem está falando? Não estou
entendendo.
- Aqui é um amigo. O nome não interessa. O caso é tão
delicado. Não sei o que diga. Por onde comece. O
marido viaja, a mulher fica de namoro. O senhor merece
essa falseta? Vou contar o que sei... A sua mulher... Ela
tem um amante!
- Canalha! Dou um tiro na boca. Você prova, seu patife?
Então, diga. Quem é que anda com minha mulher?
- Um tal doutor Múcio.
No súbito silêncio, e antes que o palavrão explodisse,
Nelsinho desligou. Da folha branca alisou as rugas.
Grande sorriso até o fim da carta, em letra de forma, com
a mão esquerda:
Dr. Múcio
Grande filho da mãe
Previno-te cuidado! Cuidado!
De hoje em diante vou te perseguir
Já não fiz asneira porque não quis manchar o meu nome
De hoje em diante farei meus pensamentos
Já considerei tua mulher e teus filhos
Mas como você é covarde só merece uma bala na
cabeça
E te previno pense bem na tua mulher e teus filhos
E outros inocentes que andam sofrendo no mundo por
tua causa
Covarde sem-vergonha descarado
Pense no futuro do teu lar porque tua vida é curta
Se continuar tirando a honra das mulheres casadas
Você também é casado e anda corneando os maridos
Não é só com a minha tem muitas outras
Não pense que eu sou um covarde como você
Tenho coragem para tirar teu miolo fora
Talvez você não alcance o Ano Novo
Farei uma limpeza em Curitiba
Eu só desejo a vingança
Derramarei o sangue deste desgraçado na rua
Cuide do teu pelo
É o último aviso.
(TREVISAN, Dalton. Último aviso. In: O vampiro de Curitiba. Rio de Janeiro:
Record, 2003. p. 30-33.)
33 - (UEL PR/2006/2ª Fase) Com base no conto “Último
aviso” e no conjunto de contos de “O vampiro de
Curitiba”, considere as afirmativas a seguir.
I. A presença de Nelsinho é ostensiva neste conto e em
outros, na condição de uma personagem que circula pela
cidade em busca de se aproveitar de mulheres.
II. O uso de uma linguagem agressiva aparece neste
conto e em outros como demonstração de relações
interpessoais marcadas pela deterioração dos afetos.
III. A narração de cenas com tonalidades eróticas é um
recurso que neste conto não aparece com o mesmo
detalhamento como em outros contos em que há
referências a seios desnudos e beijos ardentes em
episódios com a participação de Nelsinho.
IV. A violência prometida neste conto, através da ameaça
de morte a tiros presente na carta, concretiza-se em
outros contos quando o protagonista assume a condição
de justiceiro, assassinando mulheres e homens rivais.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.
TEXTO: 13 - Comum às questões: 34, 35.
Texto 2
FADO TROPICAL
Chico Buarque e Ruy Guerra
Oh, musa do meu fado
Oh, minha mãe gentil
Te deixo consternado
No primeiro abril
Mas não sê tão ingrata
5
Não esquece quem te amou
E em tua densa mata
Se perdeu e se encontrou
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
10
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
"Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano
Uma boa dose de lirismo
(além da sífilis, é claro)
15
Mesmo quando as minhas mãos estão
Ocupadas em torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha aos olhos e
sinceramente chora..."
Com avencas na caatinga
20
Alecrins no canavial
Licores na moringa
Um vinho tropical
E a linda mulata
Com rendas do Alentejo
25
De quem numa bravata
Arrebato um beijo (...)
Sardinhas, mandioca
Num suave azulejo
E o rio Amazonas
30
Que corre Trás-os-Montes
E numa pororoca
Deságua no Tejo (...)
Revista Cult, março de 2000, p. 39.
34 - (UEM PR/2006/Julho) De acordo com o texto 2, é
possível inferir que o locutor
I. é genuinamente brasileiro.
II. estabelece tempo e espaço.
III. se mostra propenso à promiscuidade.
IV. assimila o sincretismo racial.
V. experimenta contradições.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I, II e III.
b) apenas I, II e IV.
c) apenas II, III, IV e V.
d) apenas III, IV e V.
e) todas.
35 - (UEM PR/2006/Julho) Comparando-se o conteúdo
do texto 2 com seu título "Fado tropical", não se pode
inferir que
a) o destino do Brasil ainda não se cumpriu.
b) o Brasil sofre de um complexo de inferioridade frente
à nação portuguesa.
c) há uma proposta de intercâmbio étnico entre
portugueses e brasileiros.
d) há uma contradição entre as culturas portuguesa e
brasileira.
e) há um desejo de que ocorra uma europeização do
Brasil.
36 - (FURG RS/2006/1ª Fase) As horas nuas, romance
de Lygia Fagundes Telles, tem como protagonista:
a) Rahul, o misterioso gato que guarda a memória de
vidas passadas.
b) Ananta Medrado, a analista que revela gosto pelos
rótulos.
c) regório, o discreto professor.
d) Diogo, o amante de jazz.
e) Rosa Ambrósio, a atriz decadente.
37 - (FURG RS/2006/1ª Fase)
Leia o fragmento
seguinte e assinale a alternativa correta:
Cidade de clima suave, esta a maior mentira dos
viajantes estrangeiros. Verões tórridos e abafados, suor
escorrendo mesmo que se esteja sem mover um
músculo, verões em que nem as moscas se animam a
bater asas, preferindo caminhar dolentemente sobre os
restos de comida do almoço domingueiro, pouco
movendo as patas para não se escaldarem ainda mais.
Sonolência e preguiça, o comércio funcionando com as
portas encostadas na meia sombra, cachorros com as
línguas de fora buscando alguma laje ou tampo de
cisterna, gatos dormindo ao comprido, ignorando o
mundo.
a) O fragmento traz a descrição da cidade do Rio de
Janeiro, presente em Senhora, de José de Alencar.
b) A passagem transcrita contempla a descrição da
cidade de Porto Alegre, presente em Cães da Província,
de Luiz Antonio de Assis Brasil.
c) O fragmento contém a descrição de uma cidade
nordestina, referida em Vidas secas, de Graciliano
Ramos.
d) O fragmento transcrito traz a descrição de uma
cidade do interior gaúcho, referida em Sem rumo, de
Cyro Martins.
e) A passagem transcrita traz a descrição da cidade de
São Paulo, segundo a ótica do narrador de Macunaíma,
de Mário de Andrade.
38 - (FURG RS/2006/1ª Fase) Simões Lopes Neto, com
Casos do Romualdo,
a) reafirma o mito do gaúcho campeiro e guerreiro, tal
como é concebido no plano do regionalismo literário
sulino.
b) focaliza a figura do campeiro sul- riograndense que,
havendo migrado para a cidade, acaba por marginalizarse.
c) inaugura uma nova fase do regionalismo literário sulrio-grandense, marcada pela utilização de uma
linguagem rebuscada e artificial.
d) promove a relativização do mito do gaúcho, através
dos casos narrados por Romualdo, gaúcho tagarela e
fanfarrão.
e) desenvolve um conjunto de contos, em que um
narrador em terceira pessoa relata suas aventuras pelo
território sulrio- grandense.
39 - (UNIFAP AP/2006/1ª Fase)
Sobre o conto
Liberdade, de Paulo Ronaldo Almeida, assinale a
alternativa correta:
a) É narrado em 3ª pessoa e o narrador não participa da
história como personagem.
b) O personagem principal é um pescador que relata as
suas experiências vividas no mar.
c) O enredo principal é uma denúncia contra a situação
que oprime o homem do campo na Amazônia.
d) Tem como cenário a floresta amazônica e faz
numerosas referências à fauna e à flora.
e) Apresenta narrativa de caráter intimista onde o
personagem-narrador relata suas aventuras em busca da
liberdade.
40 - (UFAC/2006/1ª Fase)
Considerado marco do
teatro brasileiro contemporâneo, Nélson Rodrigues
trouxe aos palcos brasileiros não apenas inovações
cênicas, como também temáticas. Considerando Álbum
de família – uma das obras primas desse autor,
assinale a alternativa que se relaciona corretamente com
a obra.
a) Focaliza um ambiente extremamente moralizante.
b) Tem como foco central o embate entre homens e
mulheres.
c) Evidencia uma crítica a valores familiares construídos
sobre falsos alicerces.
d) Do ponto de vista temático, destaca aspectos sociais
gerados por desajustes econômicos.
e) Todas as suas personagens são estereótipos.
a) político – Incidente em Antares – Mês de cães
danados – Os tambores silenciosos
b) histórico – O tempo e o vento – A estranha nação de
Rafael Mendes – Tempo de solidão
c) memorialista – Solo de clarineta – A orelha de Van
Gogh – Camilo Mortágua
d) histórico – O senhor embaixador – Centauro no jardim
– Tempo de guerra
e) autobiográfico – Solo de clarineta – A estranha nação
de Rafael Mendes – Rosas do Brasil
41 - (UCS RS/2006/Janeiro) Com relação a obras da
literatura brasileira, assinale a alternativa correta.
a) Guimarães Rosa, em Grande sertão: veredas, vale-se
do cenário rural para ambientar uma trama entre uma
jovem urbana e um rude capanga de seu pai.
b) No “Continente 1”, parte inicial de O tempo e o vento,
de Érico Veríssimo, o narrador apresenta conflitos na
cidade de Rio Pardo, cidade berço dos portugueses no
Rio Grande do Sul.
c) Machado de Assis, em Dom Casmurro, vale-se de um
narrador em terceira pessoa para contar as peripécias de
um carioca depois de morto.
d) José de Alencar, em Senhora, conta as desventuras
de uma jovem que, por se prostituir para manter a
família, não tem direito ao matrimônio.
e) Na obra Uma mulher vestida de sol, de Ariano
Suassuna, evidencia-se que a justiça tem papel omisso
na sociedade; o que rege as disputas é a força do mais
violento.
44 - (UCS RS/2006/Janeiro) Analise a veracidade (V)
ou falsidade (F) das proposições abaixo sobre a obra Na
noite do ventre, o diamante, de Moacyr Scliar.
( ) O modo de narrar rompe com a cronologia da
história, pois a narrativa começa ambientando os fatos
no século XX e depois retrocede ao XVII.
( ) A trama sofre deslocamento espacial, acontecendo
ora no Brasil, ora na Rússia, ora na Europa.
( ) A relação entre Gregório e David, em alguns
aspectos, lembra a história bíblica de Caim e Abel.
42 - (EFOA MG/2006/Janeiro)
Leia o fragmento
abaixo, extraído do conto “Uma carta”, de Sérgio
Sant’Anna:
Esta carta então apócrifa, egoísta, orgulhosa, que se
quer uma essência das cartas, utópica e abstrata como
uma melodia vermelha, entoada por uma mulher que
talvez nem seja engenheira, talvez a louca em trajes
fétidos no pátio do asilo e que se chama Jussara, mas
assina Beatriz como que se veste de princesa para um
amante inventado; que inventa ainda uma cachoeira,
uma casa, uma cidade e até seu prefeito; esta louca que
talvez nem seja mulher, mas um homem solitário em seu
quarto acanhado e que constrói para si uma amante
louca em nome de quem remete a si mesmo ou ao léu
uma carta que tenha a duração escrita de uma noite.
(SANT’ANNA, Sérgio. “Uma carta”. In: O monstro. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p.
35.)
É CORRETO afirmar que esta passagem enfatiza:
a) a condição socioeconômica da remetente da carta.
b) o caráter documental da carta.
c) as verdadeiras identidades da remetente e do
destinatário da carta.
d) a oralidade da linguagem utilizada para escrever a
carta.
e) a ficcionalidade da carta.
43 - (UCS RS/2006/Janeiro)
Na década de 70, Érico
Veríssimo instaura uma vertente na literatura gaúcha.
Trata-se do romance _______________. O escritor
inaugura o ciclo com o texto _______________, o qual é
sucedido pela publicação de _______________, de
Moacyr Scliar e _______________, de Josué
Guimarães.
Assinale a alternativa que preenche
respectivamente as lacunas acima.
correta
e
Assinale a alternativa que preenche corretamente os
parênteses, de cima para baixo.
a) VFV
b) FVF
c) VV V
d) FVV
e) VFF
45 - (UFPel RS/2006/Janeiro)
O trecho a seguir faz
parte de um conto de Dalton Trevisan – escritor brasileiro
que inúmeras vezes retratou em seus textos as tensas
relações entre o ser humano e a sociedade.
[…]
“– Vá-se embora – respondeu docemente a velha.
– Desapareça da minha vista. Você mais o dente de
ouro.
De dia o rádio ligado a todo o volume. À noite, a gritaria
furiosa das lunáticas. Sentadinha na cama, distraise a
velha a espiar uma nesga de céu. Com paciência,
amansa uma mosca das grandes, que vem comer na sua
mão arrepiada de cócegas. Há três dias afeiçoada à
velhinha, não foge a mosca por entre as grades da
janela.”
TREVISAN, Dalton. “Clínica de repouso”. In: LADEIRA, Julieta de Godoy (org.).
Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Ática, 1994.
A partir do todo do conto e de seus conhecimentos, é
correto afirmar que a afeição entre dona Candinha e a
mosca caracteriza-se como
a) uma comparação com as relações da velhinha para
com seus familiares, uma vez que o genro discordava do
tratamento que sua mulher dava à mãe.
b) uma metáfora da relação estabelecida entre a velha e
uma enfermeira, a qual, durante o dia, a cobria de
atenções que minimizavam a solidão sentida pelo
abandono da filha.
c) uma ironia, pois, ainda que nutrisse sentimentos de
piedade e amor pela mãe, Maria decidiu interná-la, em
razão do estranho comportamento apresentado.
d) um contraste sarcástico com as relações pessoais
existentes no texto, principalmente quanto ao descaso
da filha para com a velhinha.
e) uma imagem construída da solidão humana, feita
através do contraste entre o desespero tanto da filha
quanto do genro e o descaso da velha em relação a eles.
Arte
46 - (UPE) A cultura européia conviveu com muitas
mudanças nas primeiras décadas do século XX.
Concepções estéticas clássicas foram questionadas por
artistas, como Picasso, Salvador Dali, Marcel Duchamp e
tantos outros.
O que faz parte do movimento cultural das primeiras
décadas do século XX? Marque a alternativa incorreta
a) O surrealismo que procurava explorar a imaginação e
teve seu primeiro manifesto divulgado em 1924.
b) O dadaísmo que teve em Duchamp e Max Ernst
expressões importantes.
c) As obras de escritores, como James Joyce e Marcel
Proust com contribuições marcantes na literatura.
d) As composições de Debussy, Schoenberg, Ravel,
Stravinsky, que renovaram a chamada música erudita.
e) O cubismo que teve em Henri Matisse e Cézanne
suas grandes expressões na pintura.
47 - (UFU MG) Considere as alternativas a seguir e
marque a INCORRETA.
a) A Grande Guerra (1914-1918) foi, até então, o maior
conflito mundial, envolvendo quase todas as nações da
Europa. Porém, antes da guerra, essas nações eram
aliadas e não havia rivalidades políticas e econômicas
entre as grandes potências, o que contribui para que o
período fosse entendido por muitos, mesmo entre os
críticos mais ativos, como auge da sociedade liberal.
b) Vários movimentos artísticos contestaram a crença
inabalável nos avanços da ciência ou criticavam
ironicamente as supostas conquistas da civilização
ocidental. Tais movimentos – ou vanguardas – foram
marcados pela grave consideração acerca das questões
de seu tempo e, mesmo sendo plurais, as vanguardas
tematizaram o mundo a que pertenciam.
c) Movimentos como o dadaísmo, o futurismo, o
surrealismo, o expressionismo, entre outras vanguardas
existentes em várias partes do mundo no início do século
XX, inclusive no Brasil, lideraram protestos contra a
sociedade liberal e o ritmo mecanizado da vida moderna
no âmbito das artes, com amplas repercussões.
d) Vanguardas artísticas contemporâneas existiram pelo
menos desde a passagem do século XIX para o XX,
sobretudo na Europa, e também na América e Brasil.
Sob o impacto da “era dos cataclismos” que marcou as
décadas
iniciais
do
século
XX,
movimentos
genericamente chamados “modernos” ampliaram sua
crítica e inovação, rompendo com estéticas e valores
tradicionais.
e) nda.
48 - (UEL PR) Leia o texto a seguir:
Os burgueses consideravam o dadaísta um monstro
dissoluto, um canalha revolucionário, um bárbaro
asiático, conspirando contra suas campanhas, suas
contas bancárias, seu código de honra.
(HANS, A. A garrafa umbilical. In: ADES, D. O Dada e o Surrealismo. São Paulo:
Labor do Brasil, s/d. p. 3.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o
Dadaísmo, é correto afirmar que os dadaístas
a) apoiavam a sociedade capitalista e sua moral
burguesa, e não as responsabilizavam pelos horrores da
guerra.
b) voltavam-se para a produção de uma arte absurda,
pois, na forma de provocações, manifestavam seu apoio
e contentamento com a guerra.
c) consideravam que construir uma arte educativa e
espiritualista era uma forma de se contrapor ao
materialismo e ao cientificismo do mundo moderno.
d) criticavam a arte ilógica, absurda, valorizando a
racionalidade na criação artística.
e) pregavam o fim da arte tradicional, pois entendiam
que esta expressava os valores estéticos e ideológicos
de quem detinha o poder.
49 - (UNIFOR CE) Considere a figura.
A pintura de Picasso está inserida dentro de um contexto
da produção cultural do século XX fortemente marcada:
a) pelo surrealismo das imagens, cuja preocupação
estava restrita ao ponto de vista do autor sobre a própria
arte.
b) pelo distanciamento dos pintores da realidade política
e social e pelo sentimento individualista da sociedade
capitalista.
c) pela renovação profunda da maneira de expressar
artisticamente a realidade social, engendrando uma nova
cultura caracterizada pela interrogação, indignação e
revolta.
d) pela despreocupação em transmitir uma mensagem
social ou moral, reforçando os valores individualistas e
burgueses do pintor.
e) pela necessidade ao autor retratar fielmente as
percepções do mundo natural, sem qualquer intervenção
de ordem intelectual ou política.
50 - (ENEM) Os transgênicos vêm ocupando parte da
imprensa com opiniões ora favoráveis ora desfavoráveis.
Um organismo ao receber material genético de outra
espécie, ou modificado da mesma espécie, passa a
apresentar novas características. Assim, por exemplo, já
temos bactérias fabricando hormônios humanos, algodão
colorido e cabras que produzem fatores de coagulação
sangüínea humana.
O belga René Magritte (1896 – 1967), um dos pintores
surrealistas mais importantes, deixou obras enigmáticas.
Caso você fosse escolher uma ilustração para um artigo
sobre os transgênicos, qual das obras de Magritte,
abaixo, estaria mais de acordo com esse tema tão
polêmico?
a)
b)
c)
d)
clássico na URSS e o fechamento das Orquestras
Sinfônicas na Tchecoslováquia.
e) n.d.a.
52 - (UEL PR) Leia o texto a seguir.
As origens do surrealismo nas artes visuais estão no
movimento Dadá e nas obras de De Chirico e Marc
Chagall. Esses artistas já realizavam um arranjo
irracional de objetos, em uma ausência de lógica que
caracteriza as imagens oníricas, abrindo caminho para
os domínios do inconsciente. Com a colaboração dos
dadaístas, Hans Arp e Max Ernst, Breton propôs, com
base na psicanálise, um método de criação poética
espontâneo, denominado “automatismo psíquico”. Tal
método pretendia acessar diretamente as imagens
simbólicas do inconsciente, independente de qualquer
preocupação estética ou moral, sem o “filtro” da razão e
da lógica. Além de Ernst e Arp, se destaca o trabalho de
Joan Miró, com poéticas mais intuitivas que racionais.
Alguns artistas, como Buñuel, Dali, Magritte, Giacometti,
tiveram relação com o movimento surrealista. Artistas
brasileiras, como a escultora Maria Martins e a pintora
Tarsila do Amaral (na sua fase antropofágica), tiveram
influência marcante desse movimento.
(Adaptado de: HERBERT, R. História da Pintura Moderna.
São Paulo: Círculo do Livro S.A., s/d. p.23-143.)
e)
51 - (UFU MG) “A essência do realismo socialista reside
na fidelidade à verdade da vida, por mais penosa que
possa ser, e na totalidade expressa em imagens
artísticas concebidas de um ponto de vista comunista.
Os princípios ideológicos e estéticos fundamentais do
realismo socialista são os seguintes: devotamento à
ideologia comunista, colocar sua atividade a serviço do
povo e do espírito do Partido, ligar-se estreitamente às
lutas das massas trabalhadoras, humanismo socialista e
internacionalista, otimismo histórico, recusa do
formalismo e do subjetivismo, bem como do primitivismo
naturalista.”
Dicionário Filosófico. Moscou, 1967.
De acordo com o trecho acima e, considerando o
contexto cultural dos países socialistas durante o período
da “Guerra Fria”, marque a alternativa correta.
a) O realismo socialista rivalizou com as chamadas
vanguardas européias do início do século XX, como, por
exemplo, Surrealismo, o Abstracionismo e o Cubismo,
correntes estéticas que sofreram censura por parte do
regime stalinista.
b) Durante a Guerra Fria, enquanto as potências
capitalistas desenvolveram uma estética a serviço de sua
propaganda ideológica, o mundo socialista optou por
uma arte realista sem apelo propagandístico e destituída
de marcas ideológicas.
c) O “otimismo histórico” estética socialista russa na década de 1960, destinada tão somente a
retratar as “utopias” revolucionárias, sem qualquer
relação com a “crua” realidade social.
d) A patrulha ideológica das artes nos países do bloco
socialista ocasionou o declínio estético do Leste
Europeu. Exemplos disso foram: a proibição do ballet
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema,
assinale a alternativa que apresenta, correta e
respectivamente, as imagens das obras de um precursor
do surrealismo, de um surrealista europeu e de um
artista brasileiro surrealista.
53 - (UEL PR) As origens da Arte Moderna estão
relacionadas com o trabalho inovador de vários artistas
que atuaram até o século XIX. Podem-se relacionar
alguns precursores com os movimentos da Arte
Moderna: Manet e o Impressionismo, Van Gogh e o
Expressionismo, Cézanne e o Cubismo, Gauguin e o
Fovismo e Bosch e o Surrealismo.
Com base nos conhecimentos sobre os antecedentes da
Arte Moderna, relacione as obras dos artistas
mencionados com as dos respectivos movimentos.
(III)
c)
(IV)
d)
(V)
e)
Assinale a alternativa que contém a associação correta.
a) I-A, II-C, III-E, IV-B, V-D.
b) I-A, II-D, III-B, IV-C, V-E.
c) I-C, II-B, III-A, IV-E, V-D.
d) I-C, II-D, III-E, IV-A, V-B.
e) I-D, II-C, III-A, IV-B, V-E.
54 - (UEG GO) Observe a imagem e leia o fragmento de
texto a seguir.
(I)
a)
DALI, Salvador. As três idades – velhice, adolescência e infância, 1940. Disponível em
<http://thedali.org/exhibits/highlights/old_age_adolescence_and_infancy.php>. Acesso em: 18
mar. 2013.
Campos Sales tinha sido escravo da família Campos
Sales – contava. Ganhou sua liberdade, sua alforria de
negro cativo, vestindo a farda de soldado brasileiro e
pelejando, com valentia, nos esteros do Paraguai.
Mostrava suas velhas cicatrizes. Pontaços de lanças
inimigas.
(II)
b)
CORALINA, Cora. Estórias da casa velha da ponte. São Paulo: Global, 1985. p. 15.
Comparando-se a imagem com o trecho do conto
“Campo Sales”, verifica-se que na contística coraliniana
destaca-se
a) o lirismo
b) o mistério
c) a linearidade
d) a ambiguidade
e) n.d.a.
55 - (UDESC SC) As produções artísticas e culturais,
sobretudo no período entre as duas Grandes Guerras
Mundiais, evidenciaram novas formas de expressão. Os
movimentos artísticos e culturais relacionados à Arte
Moderna se opunham à tradição e às formas clássicas e,
com isso, marcaram o surgimento de uma arte mais
politizada.
Analise as obras abaixo.
I.
completas. Mantendo o mesmo volume da embalagem, a
sua área lateral precisa ser aumentada. Porém, por
restrições de custo do material utilizado, este aumento
da área lateral não deve ultrapassar 25%. Sejam r e h o
raio e a altura da embalagem original, e R e H o raio e a
altura da embalagem alterada. Nessas condições
podemos afirmar que:
R
r
R
b)
r
R
c)
r
R
d)
r
a)
3
H 16

e
4
h
9
9
H 4


e
16
h 3
4
H 25


e
5
h 16
16
H 5


e
25
h 4

e) n.d.a.
57 - Uma piscina circular com profundidade uniforme de
1 m foi construída em uma residência, tangenciando uma
região quadrada ABCD, conforme mostrado nas figuras.
Salvador Dali
Disponível: http://www.virtualdali.com/31PersistenceOfMemory.html
II.
Pablo Picasso
Disponível: http://www.abcgallery.com/P/picasso/picasso36.html
III.
Sabendo que a medida do segmento AO é igual a 4 m, é
correto afirmar que o volume da água contida nessa
3
piscina, quando totalmente cheia, é, em m , igual a
a) 6 2 
b)
c)
d)
e)
4 2
16
8
8 2
58 - Em um projeto de construção um cano de concreto
para drenagem de efluentes de uma indústria fez-se uma
planta na escala 1:40. Nessa planta o cano foi
representado com um comprimento total de 20cm. Os
diâmetros interior e exterior são 1,3 cm e 1,5cm,
respectivamente.
O volume, em litros, de concreto necessário para a
fabricação desse tubo é:
Considere  = 3.
Leonardo da Vinci
Disponível: www.louvre.fr
IV.
Tarsila do Amaral
Disponível: http://www.tarsiladoamaral.com.br
Assinale a alternativa que contém aquela(s) que
representa(m) a Arte Moderna do período abordado.
a) Somente a obra I.
b) Somente as obras II e III.
c) Somente as obras I, II e IV.
d) Somente as obras II, III e IV.
e) Todas as obras.
Matemática
56 - A embalagem de certo produto alimentício, em
formato de cilindro circular, será alterada para acomodar
um novo rótulo com informações nutricionais mais
a) 328,8 L
b) 2150,4 L
c) 537,6 L
d) 1324,48 L
e) N.D.A.
59 - Uma empresa que constrói tanques para tratamento
de efluentes industriais deseja fabricar um tanque sem
tampa no formato de cilindro circular reto equilátero que
3
tenha capacidade para 432 m . O material para o fundo
2
do tanque custa R$ 5,00 o m e para a lateral R$ 2,00.
Determine quanto custará o material para produção
deste tanque.5
a) R$ 468
b) R$ 4321
c) R$ 424
d) R$ 1468
e) N.D.A.
60 - A figura apresenta a vista superior de uma piscina e
suas dimensões internas.
Considerando que a profundidade da piscina é constante
e igual a 1,2 m, a capacidade da piscina é, em litros,
Adote:  = 3
a)
b)
c)
d)
e)
23 400.
25 200.
28 800.
36 000.
38 500.
61 - A traqueia de uma determinada pessoa, em
repouso, pode ser considerada como sendo um tubo
cilíndrico com 10 cm de comprimento e 2 cm de
diâmetro, conforme ilustram as figuras 1 e 2.
62 - Um cilindro circular reto de raio da base igual a 4 cm
contém água até uma certa altura. Um objeto é colocado
no seu interior, ficando totalmente submerso. Se o nível
da água no cilindro subiu 3 cm, podemos afirmar que o
volume desse objeto é de, aproximadamente:
3
a) 174 cm
3
b) 146 cm
3
c) 162 cm
3
d) 183 cm
3
e) 151 cm
63 - O volume de sangue do corpo humano, em litros,
corresponde em média a 7% de sua massa corporal, em
quilogramas. Por exemplo, uma pessoa com 70 kg de
massa corporal possui, em média, 4,9 litros de sangue.
Considerando   3,14, dentre as alternativas
apresentadas, a altura, em cm, do menor recipiente na
forma de um cilindro circular reto, com raio de base igual
a 10 cm, no qual caberia todo o sangue de um indivíduo
com massa corporal igual a 82 kg é
a) 18,5 cm.
b) 20,0 cm.
c) 19,0 cm.
d) 19,5 cm.
e) 18,0 cm.
64 - O proprietário de um posto de combustível quer
aumentar o volume de um de seus tanques, que possui
formato cilíndrico, em 50%. Contudo, ele pode aumentar
o raio da base do tanque em, no máximo, 10%. Tendo
em vista a situação apresentada, o aumento mínimo na
altura do tanque que o proprietário pode fazer é,
aproximadamente, de:
a) 30%
b) 24%
c) 20%
d) 14%
e) n.d.a.
65 - Uma lata cilíndrica, como mostra a figura abaixo,
deve ter uma capacidade (volume) de
24 centímetros cúbicos. O preço do
material usado para o fundo e a tampa
da lata é de 3 reais por centímetros
quadrados e o preço do material
usado para o lado da lata é de 2 reais
por centímetros quadrados.
Então o custo do material necessário
para construir uma lata em função do
raio é:
2
a) 6(r +
Quando essa pessoa tosse, a traqueia sofre uma
contração, ocorrendo a redução do diâmetro, o que faz
com que a área lateral da traqueia passe a medir 16
2
cm . Sabendo que o comprimento da traqueia não sofre
alteração durante a tosse, pode-se concluir, então, que,
durante a contração, o raio inicial da traqueia (quando a
pessoa está em repouso), sofre uma redução de
a) 20%.
b) 25%.
c) 35%.
d) 30%.
e) 40%.
2
b) 6(r +
2
c) 4(r +
2
d) 4(r –
2
e) 4(r +
8
)
r
16
)
r
8
)
r
8
)
r
32
)
r
66 - Um cilindro circular reto de base contida em um
plano  foi seccionado por um plano , formando 30°
com , gerando um tronco de cilindro. Sabe-se que BD e
CE são, respectivamente, eixo maior da elipse de centro
P contida em , e raio da circunferência de centro Q
contida em . Os pontos A, B, P e D são colineares e
estão em , e os pontos A, C, Q e E são colineares e
estão em .
Sendo BC = 1 m e CQ = 3 m, o menor caminho pela
superfície lateral do tronco ligando os pontos C e D
mede, em metros,
a) 3 1  3 2
b) 3 3
9  3 2
e)
9
71 - (UEG GO/2014) Uma pedra lançada do alto de um
prédio de 8 metros percorre uma trajetória descrita pela
2
equação h(t)= –2t + 8t, onde t é o tempo medido em
segundos e h(t) é a altura da pedra no instante t. Do
momento em que a pedra é lançada até o instante em
que ela toca o chão se passaram
a) 2 segundos
b) 6 segundos
c) 4 segundos
d) 8 segundos
e) n.d.a.
72 - (IBMEC SP/2012) Considerando x uma variável real
positiva, a equação
c) 3 1   2
d)
quantos dias no mínimo essa colmeia atingirá uma
população de 64.000 abelhas?
a) 9
b) 10
c) 12
d) 13
e) 14
xx
2
67 - Uma coluna de sustentação de determinada ponte é
um cilindro circular reto. Sabendo-se que na maquete
que representa essa ponte, construída na escala 1:100,
a base da coluna possui 2 cm de diâmetro e 9 cm de
3
altura, o volume, em m de concreto utilizado na coluna,
é:
Use  = 3,14
a) 2,826
b) 28,26
c) 282,6
d) 2826
e) n.d.a.
(PUC
3 n 3  3.3 n 1
3.3 n  2
a) 3 n 1 
b) –3
n
c) 3
x
possui três raízes, que nomearemos a, b e c. Nessas
2
2
2
condições, o valor da expressão a + b + c é
a) 20.
b) 21.
c) 27.
d) 34.
e) 35.
73 - (UDESC SC/2012) Se x é solução da equação 3
x
x
+ 9 = 6, então x é igual a:
4x – 1
2
2
1
b)
4
1
c)
2
x
d) 1
e) 27
74 - (ESPM SP/2011) O valor de y no sistema
5x  y

5
(0,2)
é igual a:

2xy

2
(0,5)
a)–5/2
-
6 x 9
a)
68 - (ESPM SP/2015) A soma das raízes da equação 4
5
x+2
+2 =32
é igual a:
a) 5
b) 3
c) 8
d) 12
e) 7
69
2
SP/2014)
Simplificando
a
expressão
, obtém-se:
1
9
b)2/7
c)–2/5
d)3/5
valor de (2b – a) é dado por:
n+2
a)0
26
27
16
e)
9
d)
b)1
c)–1
d)–2
e)2
76 - (MACK SP/2010) O valor de x na equação
70 - (UNIFOR CE/2014) Após um estudo em uma
colmeia de abelha, verificou-se que no instante t = 0 o
número de abelhas era 1000 e que o crecimento
populacional da colmeia é dada pela função f, onde f é
2t
definida por f ( t )  1000 (2) 3 em que t é o tempo decorrido
em dias. Supondo que não haja mortes na colmeia, em
e)3/7
1

ab

 4
16
75 - (IBMEC RJ/2011) No sistema 
,o
3
2 a  2  2 b 1 
2

 3


 9 


a)
b)
c)
d)
e)
2 x 2

1
é
27
tal que 2 < x < 3.
negativo.
tal que 0 < x < 1.
múltiplo de 2.
3.
x
77 - (UNIMONTES MG/2010) Se 4 – 4
x
(2x) é igual a
a)
x–1
= 24, então
5
.
2
b) 25 5 .
c) 5 5 .
d) 125.
e) n.d.a.
78 - (FGV /2009) Sendo x e y números reais tais que
4x
2
xy
8 e
9xy
35 y
 243 , então x.y é igual a
a) −4.
b)
12
.
5
c) 4.
d) 6.
e) 12.
79 - (UNIMONTES MG/2008) Considere a função
f : R  R , definida por f (x)  2 x  2 x . O valor da
expressão  f (2)  f (2) f (0) é
a)17.
b)0.
c)1.
d)8.
e) n.d.a.
80 - Considere todos os possíveis telefones celulares,
com números de 8 algarismos e primeiro algarismo 9.
Mantido o primeiro algarismo 9, se os telefones
passarem a ter 9 algarismos, haverá um aumento de
7
a) 10 números telefônicos.
8
b) 10 números telefônicos.
7
c) 910 números telefônicos.
8
d) 910 números telefônicos.
9
e) 910 números telefônicos.
81 - De quantas maneiras podem ser distribuídas 12
canetas iguais em 2 estojos iguais?
a)8
b)6
c)5
d)7
e) n.d.a.
82 - Um estádio de futebol é composto por n cadeiras
numeradas. De quantas maneiras diferentes os sete
primeiros torcedores que chegarem para assistir a um
jogo de futebol nesse estádio podem escolher seus
lugares?
a) An,7
b) n
c) A7,7
c) 210
d) 40.320
e) 35
85 - Dentre os cinco poliedros regulares, dois serão
escolhidos para enfeitar uma estante. O número de
escolhas é:
a) 5
b) 6
c) 10
d) 15
e) 20
86 - Com os algarismos significativos, quantos números
pares de três algarismos, sem repetição, se podem
formar?
a) 224
b) 168
c) 252
d) 288
e) n.d.a.
87 - O número de anagramas da palavra GREVE é:
a) 120
b) 60
c) 20
d) 40
e) 30
88 - Na sala de visitas de uma residência o teto foi
rebaixado com gesso e foram colocadas 10 lâmpadas de
cores diferentes. Por medida de economia, são acesas
de 6 a 8 dessas lâmpadas simultaneamente. O número
de maneiras que as lâmpadas podem ser acesas é:
a)210.
b)330.
c)66.
d)255
e)375.
89 - Um saque de R$ 300,00 é feito em um caixa
eletrônico que possui notas de R$ 10,00 e R$ 50,00. O
número de maneiras diferentes que esse valor pode ser
disponibilizado é
a) 30
b) 6
2
c) C300

300 299
2
2
d) A300
 300 299
e) 7
90 - Um sitiante, para fazer uma horta, cercou o terreno e
o dividiu em nove partes (canteiros) iguais, conforme o
desenho.
7n
n 1
e) n(n  7)
d)
83 – Quantos são os inteiros positivos, menores que
1000, que têm seus dígitos pertencentes ao conjunto {1,
2, 3}?
a)15
b)23
c)28
d)39
e)42
84 - O número de anagramas de quatro letras,
começando com a letra G, que pode ser formado com a
palavra PORTUGAL é:
a) 70
b) 1.680
Ele plantou em apenas 5 dos 9 canteiros, sendo que, em
três, ele plantou cenoura e, em dois, beterraba. De
quantas maneiras diferentes esse sitiante pôde fazer
esses canteiros?
a) 378
b) 9072
c) 1260
d) 99
e) n.d.a.