LISTÃO – Redação, Linguagens e Matemática
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LISTÃO – Redação, Linguagens e Matemática
Goiânia, _____ de _____________________ de 2015. Aluno(a): _______________________________________________nº:_____ Série: 3º Ano Turma:____ Data de entrega: 17/08/2015 Data de devolução: 02/09/2015 LISTÃO – Redação, Linguagens e Matemática teremos elementos favoráveis para fazer a escolha. Caso contrário, poderemos desistir de assistir ao filme/espetáculo, de ler o livro ou de comprar o CD. Atualmente, vários sites/blogs voltados para a divulgação de obras literárias abrem espaço para que leitores enviem resenhas de livros. Redação TEXTO: 1 - Comum à questão: A Escreva uma resenha sobre um dos livros indicados abaixo como se fosse publicá-la em um site/blog voltado para a divulgação de obras literárias. Assine obrigatoriamente como “Candidato Vestibular/UFSC/2013”. a) AMADO, Jorge. Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 283 p. (1ª edição, 1937) b) ANDRADE, Mário de. Amar, verbo intransitivo: idílio. Rio de Janeiro: Agir, 2008. 181 p. (1ª edição, 1927) PROPOSTA Gráfico: Fontes geradoras de Energia Elétrica no Brasil (Disponível em: www.gritodascinco.com.br. Acesso em 11/12/2012. Adaptado.) A - (UFPE/2013) Em todo texto, predomina uma determinada finalidade comunicativa. Escreva um comentário, no qual você apresente a finalidade comunicativa predominante no texto acima, e pelo menos três características ou recursos da linguagem nele utilizada, em função dessa finalidade. Disponível em: <https://ben.epe.gov.br/downloads/resultados_Pre_BEN_2011.pdt>. [Adaptado] Acesso em: 9 nov. 2012. B - (FPS PE/2013) Leia o texto abaixo. “O que faz da medicina uma profissão respeitável não são as noites em claro nem o conteúdo do juramento que fizemos no dia da formatura, muito menos a aparência sacerdotal que assumimos, mas o compromisso diário com os doentes que nos procuram e com a promoção de medidas para melhorar a saúde das comunidades em que atuamos.” (Drauzio Varella. Excerto de texto disponível em: http:// drauziovarella.com.br/wiki-saude/o-juramento-de-hipocrates. Acesso em 01/11/2012.) Assim como o autor do texto acima, escreva um comentário opinativo no qual você também expresse sua opinião acerca do tema proposto a seguir. O exercício da medicina: compromisso com a ética e com o bem-estar integral do ser humano A geração de energia é uma das grandes preocupações na atualidade. Observe o gráfico, analise algumas fontes geradoras e elabore um texto dissertativo sobre as alternativas para a geração de energia elétrica no Brasil do século XXI. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Inglês 01 - Apresente argumentos que fundamentem o ponto de vista que você defende. Dê um título a seu texto. C - (UFSC/2013) Quando estamos em dúvida sobre assistir a um filme ou espetáculo, ler um livro ou comprar um CD, a leitura de uma resenha pode nos ajudar na decisão. Se o resenhista apresentar informações e opiniões que nos convençam de que é uma boa opção, Rua 18 nº 186 - centro (www.adsoftheworld.com. Adaptado.) fone: (62)3217-6000 www.colegiodecisao.com.br Esse anúncio a) faz uma apologia à prevenção de problemas cardíacos por meio de exercícios físicos. b) aconselha as pessoas a cuidar do coração, fazendo exercícios físicos pelo menos um dia por semana. c) sugere que é preciso cultivar bons relacionamentos, pois um dia podemos precisar. d) faz parte de uma campanha nacional contra a violência doméstica. e) é uma campanha de uma academia de ginástica voltada para mulheres. immediately following cardiac arrest. While the sample size is small, the results were observed in all nine of the rats studied. “This study, performed in animals, is the first dealing with what happens to the neurophysiological state of the dying brain,” lead study author Jimo Borjigin, Ph.D., associate professor of molecular and integrative physiology and associate professor of neurology at the University of Michigan Medical School, said in a statement. “It will form the foundation for future human studies investigating mental experiences occurring in the dying brain, including seeing light during cardiac arrest,” she added. (www.cbsnews.com. Adaptado.) * cardiac arrest: parada cardíaca 02 - 03 - Segundo o texto, 20% das pessoas que sobreviveram a uma parada cardíaca relatam que, durante o ocorrido, a) enxergaram uma luz no fim de um túnel. b) ficaram totalmente inconscientes. c) perderam a visão momentaneamente. d) ficaram com a percepção aguçada. e) tiveram graves alucinações. (www.imdb.com. Adaptado.) De acordo com a sinopse do filme Awake, é correto afirmar que a) ele retrata a luta da mãe do protagonista para descobrir os segredos do filho. b) a jovem esposa do protagonista esconde segredos. c) seus protagonistas são Joby Harold, Hayden Christensen e Jessica Alba. d) o protagonista faz uma cirurgia cardíaca sem o uso de anestesia. e) ele pode ser classificado como um filme do gênero dramático. TEXTO: 1 - Comuns às questões: 3, 4 Near-death experiences may not be imagination Danielle Elliot August 12, 2013 figment of The brain remains conscious after the heart stops beating, according to University of Michigan researchers. It may even function higher in the moments immediately following cardiac arrest* than it does when the body is in a normal state. The finding supports the shared experience of nearly 20 percent of people who have survived cardiac arrest. These survivors report having internal visions and heightened perception, known as near-death experiences, but the scientific reality of the experience has long been debated. In a study published Monday in the Proceedings of the National Academy of Science, the team explains that in a study of nine rats, they observed continued brain activity even after the heart stopped beating and blood flow ceased. Compared to anesthesized and walking states, brain activity and coherence actually increased 04 - De acordo com o texto, é correto afirmar que a) a luz forte vista por muitas pessoas quando estão morrendo já pode ser explicada cientificamente. b) o aumento da atividade cerebral após uma parada cardíaca não ocorreu em todos os ratos usados na pesquisa. c) a luz forte que muitas pessoas veem quando o cérebro está morrendo é ocasionada pelo sangue que ainda circula no corpo. d) a atividade cerebral foi mais alta nos ratos enquanto estavam anestesiados do que após sofrerem uma parada cardíaca. e) o cérebro dos ratos estudados se manteve em atividade mesmo após o coração parar de bater e o sangue parar de circular. TEXTO: 2 - Comuns às questões: 5, 6, 7 Several years ago, an American magazine editor named Jennifer Niesslein decided to iron out all the imperfections in her life. Using only the advice contained in a stack of self-help books, she set about cleaning her home, losing weight, becoming a better partner and parent and generally cultivating a more serene approach to existence. After two years of trying, she found that she was less contented, not more, and started suffering from panic attacks. The Tyranny of Choice, in which this anecdote is recounted, has the outward appearance of a self-help manual. It is written in clear, user-friendly prose, conveniently subdivided every few pages by topic and it’s short enough to be read in one sitting. It resorts to the odd generalisation to keep its argument on track. But that’s where the similarities end. Salecl, a Slovenian sociologist, rubbishes the idea that a set of tips in a book, let alone a whole marketplace of books offering radically conflicting tips, can make us happier, The author casts an eye over the culture that has given rise to self-help books (they existed as early as the 17th century but their time is very much now) and points a finger at the ideology of choice, which, she believes, is at the root of modern discontent, and at the industry that has grown up around it. “The idea of choosing who we want to be and the imperative to ‘become yourself’ have begun to work against us, making us more anxious and more acquisitive rather than giving us more freedom,” she writes. (www.guardian.co.uk) steel rolling-mill, the gasworks, the grey terraces, the pitheads. The bus stopped, and the driver and conductress got out, still absorbed. They had done this journey so often, and seen all its stages. It is a journey, in fact, that in one form or another, we have all made. (www.giarts.org) 05 - Em relação ao livro de Renata Selecl, é correto dizer que a) o assunto é complexo demais para uma linguagem coloquial. b) os tópicos deveriam ocupar menos espaço. c) ele é curto e possível de ser lido em poucas semanas. d) sua escrita é acessível; sua linguagem, clara. e) as poucas páginas permitem compreender todos os tópicos do assunto. 08 - É correto afirmar que, no texto, o narrador a) menciona a festa a que havia ido numa livraria que estava fechada por correntes. b) menciona que o motorista e a cobradora do ônibus olhavamse intensamente. c) descreve a aridez do trajeto do ônibus, em meio à paisagem cinzenta. d) descreve a paisagem que entrevê pelas janelas do ônibus em movimento. e) descreve o trajeto percorrido pelo ônibus desde a catedral até a parte pobre da cidade. 06 - The Tirany of Choice, escrito por Renata Salecl, a) superestima o apoio que os livros de autoajuda podem dar às pessoas que anseiam ser felizes. b) conta repetidamente uma piada narrada num livro de autoajuda que a ajudou muito. c) indica que a raiz do descontentamento relaciona-se à imposição da ilusão de que podemos nos tornar nós mesmos. d) atribui a liberdade das pessoas à aquisição de riquezas e à realização ideal do corpo saudável. e) afirma que a ansiedade provém de dispormos de nossas vidas segundo nossas vontades. 07 - Segundo o texto, Jennifer Niesslein a) seguiu os conselhos dos livros de autoajuda e ficou menos feliz. b) recriou sua vida após ler um livro de anedotas e superou sua infelicidade. c) perdeu peso após dois anos de tentativas e passou, então, a ser muito feliz. d) cultivou um novo modo de vida e tornou-se uma mulher plenamente feliz. e) deixou de ser infeliz quando começou a ler livros de autoajuda. TEXTO: 3 - Comum à questão: 8 Culture is ordinary by Raymond Williams The bus-stop was outside the cathedral. I had been looking at the Mappa Mundi, with its rivers out of Paradise, and at the chained library, where a party of clergymen had gotten in easily, but where I had waited an hour and cajoled a verger before I even saw the chains. Now, across the street, a cinema advertised the Six-Five Special and a cartoon version of Gulliver’s Travels. The bus arrived, with a driver and conductress deeply absorbed in each other. We went out of the city, over the old bridge, and on through the orchards and the green meadows and the fields red under the plough. Ahead were the Black Mountains, and we climbed among them, watching the steep fields end at the grey walls, beyond which the bracken and heather and whin had not yet been driven back. To the east, along the ridge, stood the line of grey Norman castles; to the west, the fortress wall of the mountains. Then, as we still climbed, the rock changed under us. Here, now, was limestone, and the line of the early iron workings along the scarp. The farming valleys, with their scattered white houses, fell away behind. Ahead of us were the narrower valleys: the 09 - Pakistani Student Wins Top European Rights Award By DECLAN WALSH LONDON — Malala Yousafzai, the Pakistani schoolgirl who was shot in the head by the Taliban for her advocacy of girls’ education, was awarded the Sakharov Prize for Freedom of Thought on Thursday by the European Parliament. Ms. Yousafzai, 16, became a global symbol of bravery after she was attacked on her way home from school in the Swat Valley, in northwestern Pakistan, a year ago. She was seen as a contender for the Nobel Peace Prize. Ms. Yousafzai was chosen as the winner of the $65,000 Sakharov Prize by the heads of the political groupings in the 766-member European Parliament. She was a less contentious choice for the prize than another nominee on the short list, Edward J. Snowden, the American intelligence contractor whose revelations about American and British electronic surveillance have angered those governments. “By awarding the Sakharov Prize to Malala Yousafzai, the European Parliament acknowledges the incredible strength of this young woman,” Martin Schulz, the president of the Parliament, said in a statement issued in Strasbourg, France. “Malala bravely stands for the right of all children to be granted a fair education. This right for girls is far too commonly neglected.” After she was shot in October 2012, Ms. Yousafzai was taken to Britain for emergency surgery. She lives with her family in Birmingham, England. She appeared before the United Nations in July, where she delivered an impassioned appeal for children’s right to an education, and has attracted considerable media attention this week, when she published a memoir, gave lengthy interviews to the BBC and ABC News, and was a guest on “The Daily Show.” At public appearances she is often seen alongside her father, Ziauddin, a school headmaster who played a central role in thrusting his daughter into the spotlight from an early age. Though Ms. Yousafzai is being lauded in the West, she is a more controversial figure in Pakistan, where right-wing critics accuse her of pandering to Western culture and political agendas. Few Pakistanis believe it would be safe for her to return home right now, given threats against her life by Taliban militants who regret their failure to kill her. The Sakharov Prize was established in 1988 in honor of the Soviet dissident Andrei Sakharov. Previous winners include Nelson Mandela and Kofi Annan, the former United Nations secretary general. Ms. Yousafzai also captured the imagination of the betting public. Paddy Power, an Irish bookmaker, listed her on Thursday as the second favorite to win the Nobel Peace Prize, behind Denis Mukwege, a Congolese gynecologist who has treated women who were gangraped during the continuing conflict in the Democratic Republic of Congo. A British bookmaker, William Hill, listed her as the favorite, at odds of 4 to 6, leading a field of contenders that includes Mr. Snowden at 20 to 1, and Julian Assange, the founder of WikiLeaks, at 25 to 1. The award on Thursday came six days after Ms. Yousafzai was announced as the winner of the Anna Politkovskaya Award, named for the Russian journalist and critic of the Kremlin who worked to uncover abuses in Chechnya and was fatally shot in her apartment building in 2006. That prize is awarded by a group called Reach All Women in War to a woman who works to promote human rights. Alan Cowell contributed reporting. http://www.nytimes.com/2013/10/11/world/europe/malala-yousafzai-winssakharov-prize.html O objetivo central do texto apresentado é: a) contar a saga de uma jovem tailandesa chamada Malala Yousafzai. b) criticar a negligência das Nações Unidas em relação à causa mulçumana. c) informar a sua influência negativa no ocidente em relação aos direitos humanos. d) apresentar os prêmios conquistados por Malala Yousafzai junto às Nações Unidas. e) mostrar a luta de uma jovem mulçumana em defesa dos direitos de meninas ao estudo. 10 - Pode-se concluir por meio do desenho que: d) Mafalda is angry not only with the bureaucracy but also with the turtle. e) The turtle’s name is Bureaucracy as a criticism to the slowness of the official system. Espanhol Brasil: Dilma Rousseff despega en sondeos Un cambio de dirección. En los últimos días dos sondeos publicados en Brasil confirman una nueva tendencia en la carrera presidencial para los comicios de octubre próximo. Por primera vez, la candidata oficial, Dilma Rousseff, lleva la delantera. Así lo muestra una encuesta difundida este martes, que da a la ex ministra de la Presidencia una intención de voto del 40%, por encima de su principal rival, el ex gobernador de Sao Paulo, José Serra, quien cosechó un 35% de apoyo. El trabajo de la consultora Vox Populi ratifica lo publicado la semana última por el Instituto Brasileño de Opinión Pública y Estadística (Ibope), que llegó a igual conclusión. De esta forma, Rousseff se coloca como la favorita de las encuestas, posición que hasta hace poco ocupaba el candidato del opositor Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB). En su consulta de marzo pasado, Serra contaba con un 35% de adhesiones, contra un 30% de la candidata del Partido de los Trabajadores (PT). En tanto, en la última encuesta, realizada a mediados de mayo, ambos empataban con el 37% de intención de voto. Fuente: http://www.bbc.co.uk/mundo/america_latina/2010/06/100629_brasil_dilma_lr.shtml 01 - El día de la semana, en portugués, en que fue difundida la encuesta que da a Dilma Rousseff una intención de voto del 40% fue a) terça-feira. b) segunda-feira. c) quarta-feira. d) quinta-feira. e) sexta-feira. 02 - La expresión “despega en sondeos” en el título quiere decir, en portugués, que Dilma Rousseff a) desiste das eleições. b) avança nas eleições. c) despenca nas pesquisas. d) empata nas pesquisas e) dispara nas pesquisas. 03 - En la frase “…confirman una nueva tendencia en la carrera presidencial para los comicios de octubre próximo.” Traduciendo la palabra subrayada para el portugués tenemos a) votos. b) comícios. c) começos. d) eleições. e) enquetes. a) Mafalda is looking for the turtle to play with it. b) Mafalda is mad at the turtle because its name is Bureaucracy. c) Mafalda is tired of waiting for the turtle to show up to talk with it. 04 -“Así lo muestra una encuesta difundida este martes, [….]”. Este período refleja una idea de a) conclusión. b) concesión. c) finalidad. d) proporcionalidad. e) tiempo. e) fisiológico y psicológico 05 - Trasladando a la voz pasiva: “El trabajo de la consultora Vox Populi ratifica lo publicado la semana última, […]”, tenemos: a) Dijo que el trabajo de la consultora Vox Populi ha sido ratificado lo publicado la semana última. b) Dijo que el trabajo de la consultora Vox Populi había ratificado lo publicado la semana última. c) Hubiera dicho que el trabajo de la consultora Vox Populi habría ratificado lo publicado la semana última. d) Habría dicho que el trabajo de la consultora Vox Populi hubiera ratificado lo publicado la semana última. e) Lo publicado la semana última fue ratificado por el trabajo de la consultora Vox Populi. 8 - Señale (V) verdadero o (F) falso, según la interpretación del texto. ( ) Si Midget no hubiese tenido hermana, habría crecido normalmente. ( ) Si la madre de Midget no hubiera privilegiado a su hermana melliza, las características de ambas hermanas serían similares. ( ) Si Midget hubiera mamado del pezón delantero, sería un animal mas fuerte. Lea el Texto 2 y resuelva las cuestiones 6 a 10. LA PASCUA Y LA COMIDA TEXTO 2 “La hiena es un animal extraño y genial” La historia. Tanto en las religiones cristianas como en la judía, la Pascua, el Pésaj, tienen una importancia litúrgica mayúscula. Sus orígenes son diversos, de acuerdo a la religión o civilización de que se trate. Pésaj. Recuerda la salida de los esclavos judíos de Egipto, allá por el año 1250 a.C., y la orden que da Dios a su pueblo es, como casi todo en estas celebraciones, de contenido ritual, y a la vez alimenticio: sacrificar un cordero, pintar con su sangre los dinteles de sus casas, y luego asarlo y comerlo completo, cabeza y entrañas incluidas, acompañados con panes sin levadura. Este pan sin levadura se sigue comiendo como conmemoración, los siete días que preceden a la Pascua. Pascua de Resurrección. Es la que celebramos los cristianos, y que recuerda la resurrección de Jesús, al tercer día de crucificado. Al Domingo de Pascua se llega después de los ayunos y la abstinencia que se realizan durante la Cuaresma, nueva participación de la gastronomía en estos rituales religiosos. Toda la Pasión se desarrolla en el período Pascual de los judíos. Y poco a poco se asocian simbólicamente el sacrificio de los corderos con la muerte de Jesús, que se proclama el Cordero de Dios. Huevo de Pascua. Es uno de los elementos gastronómicos pascuales más universales. Incluso los judíos incorporan los huevos duros a su cena de Pascua, el Séder, para recordar el corazón duro del faraón Ramsés II. También hay que tener en cuenta que con la primavera reaparecen los pájaros, y con éstos sus huevos, que coincidía con las fechas de la Pascua europea. Es en la Edad Media donde se inicia la práctica de regalar los huevos artísticamente pintados. Hay quien dice que la costumbre deriva de la prohibición que estableció la Iglesia Católica a consumir huevos, entre los siglos IX y XVIII. Entonces, se los cocía durante la Cuaresma, se los pintaba para diferenciarlos y así comerlos el Domingo de Pascua. Una costumbre muy alemana, practicada por Maiken Vinelli, es la de esconder huevos en el jardín para que los encuentren los niños. Se piensa que esa costumbre simbolizaba a los niños que se escondieron durante la persecución de Herodes. Conejo de Pascua. Tiene su origen en una leyenda, como el de tantas otras costumbres, particularmente gastronómicas, que dice que en el Santo Sepulcro al enterrar a Cristo quedó Los días de Midget, una hiena macho, son una privación continua. Cuando caza un topi —(Damalliscus Korrigum) una especie de antílope— su hermana de rango superior aparece al instante, le muestra los dientes y le quita la presa. Horas después, con el segundo topi, sucede lo mismo: su rival fraterno, con la panza aún hinchada por la primera cena, se apropia del trabajo ajeno. Midget no puede más que contemplar el banquete con cansancio, hambre y frustración, y mantenerse al margen. No es la primera vez que sufre estos malos tratos. Cuando era un cachorro, esta hermana se erigió como dominante y se apropió de uno de los dos pezones de su madre, colocándose en una posición privilegiada, justo debajo de la cabeza de ella. Eso significaba que la cría recibiría lengüetazos de cariño y la protección de las patas frontales de su progenitora. También tendría acceso a más y mejor leche, ya que el otro cachorro quedaba relegado a las patas traseras de la madre, dónde esta ya escaseaba. Por eso, Midget —enano en inglés— creció mucho más lentamente que su melliza. (Revista Muy Interesante. Argentina, marzo 2010.) 06 - Marque la opción correcta, según la interpretación del texto. a) Las hermanas hienas se llevan bien desde pequeñas gracias a los lengüetazos de cariño y la protección de las patas frontales de su progenitora. b) La hiena macho creció con lengüetazos de cariño y protección de las patas frontales de su madre. c) Midget tuvo su desarrollo de crecimiento lento porque su hermana melliza no le permitía alimentarse. d) Midget no tuvo su desarrollo de crecimiento lento porque su hermana melliza le permitía alimentarse. e) Midget recibió ese nombre por alcanzar las características padrones de las hienas. 7 - Señale la opción correcta. El texto describe a Midget del punto de vista: a) solo fisiológico b) solo psicológico c) solo físico d) físico y psicológico Ahora, marque la opción correcta. a) V – V – F b) F – V – V c) V – V – V d) V – F – V e) V – F – F encerrado un conejo, por lo que presenció la Resurrección, y al salir junto con Jesús, anunció a todos la buena nueva regalando huevos pintados (…). Por Alejandro Maglione Adaptado de: http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1249364. Acceso 02/04/2010. 9 - En este texto sobre la Pascua y la comida, el autor dice que: a) La dureza del Huevo de Pascua durante el Séder recuerda la fortaleza del pueblo judío bajo el dominio de Ramsés II. b) La Pascua cristiana y el Pésaj de los judíos se celebran en la misma época del año y, simbólicamente, se lo asocia a Jesús con el cordero que sacrifican los judíos por orden de Dios. c) El Conejo de Pascua tiene su origen en la leyenda que dice que junto con Jesús se enterró un conejo y que ambos, al resucitar, anunciaron la buena nueva. d) El Pésaj recuerda la salida de los judíos de Egipto y la orden dada por Dios de sacrificar un cordero, comer solo su carne, acompañado con pan sin levadura. e) La costumbre de esconder huevos en el jardín existe desde la época de la persecución de niños por Herodes. 10 - En este texto sobre la Pascua y la comida, la orden que da Dios a su pueblo es, (…): “sacrificar un cordero, pintar con su sangre los dinteles de sus casas, y luego asarlo y comerlo completo, cabeza y entrañas incluidas, (…)”. Si escribimos la orden en destaque que dio Dios a los judíos en estilo directo y en la segunda persona del plural, cuál es la respuesta CORRECTA: a) “Sacrifiquemos un cordero, pintemos con su sangre los dinteles de nuestras casas, y luego asémoslo y comámoslo completo, cabeza y entrañas incluidas,(…)”. b) “Sacrifiquen un cordero, pinten con su sangre los dinteles de sus casas, y luego ásenlo y cómanlo completo, cabeza y entrañas incluidas,(…)”. c) “Sacrificaremos un cordero, pintaremos con su sangre los dinteles de sus casas, y luego lo asaremos y lo comeremos completo, cabeza y entrañas incluidas,(…)”. d) “Sacrificad un cordero, pintemos con su sangre los dinteles de vuestras casas, y luego asadlo y cómanoslo completo, cabeza y entrañas incluidas,(…)”. e) “Sacrificad un cordero, pintad con su sangre los dinteles de vuestras casas, y luego asadlo y comedlo completo, cabeza y entrañas incluidas,(…)”. Gramática TEXTO: 1 - Comum à questão: 11. A lanterna que ilumina a espuma Por Luciano Martins Costa 1 A prática e as teorias da comunicação aplicadas ao jornalismo induzem a acreditar que a atividade da imprensa cuida de organizar o processo de avanço da modernidade, pela classificação e valoração dos fatos novos. Assim, somos levados a aceitar que um acontecimento só se transforma em notícia, ou seja, em conteúdo jornalístico, se representar uma novidade, uma ruptura em relação ao que já existe. 2 Essa acepção vale tanto para uma ocorrência inédita quanto para uma nova interpretação de fatos conhecidos. Portanto, um dos grandes desafios do jornalismo contemporâneo seria a oferta exacerbada de notícias, produzida pela penetração dos meios digitais em todos os cantos do mundo. [...] 3 Seja o observador devoto ou iconoclasta em relação à hipótese de estarmos vivendo uma pósmodernidade, não se pode fugir à evidência de que os processos da História se aceleraram de tal forma que se tornou impossível – ou, pelo menos, improdutivo – catalogar os fatos relevantes pelo método de filtragem arbitrária da imprensa tradicional. 4 Essa é a constatação que precisamos fazer para entender como a imprensa, não apenas aqui no Brasil como em outros países onde sempre foi relevante, vai se encolhendo até se configurar como instrumento de poder de uma fração da sociedade. [...] 5 Como os fatos estão sempre muito à frente dos sistemas da imprensa, o resultado é que seu produto, o jornalismo, deixou de ser o processo de anunciar a novidade e se transforma rapidamente em mero registro de coisas antigas. Daí a queda no número de leitores. 6 Como na frase que deu o título à autobiografia do falecido ministro Roberto Campos, a imprensa funciona agora como uma lanterna na popa do barco: só serve para iluminar a espuma que fica para trás. 7 Num oceano de possibilidades infinitas, a visão conservadora da imprensa genérica serve principalmente à inglória e impossível tarefa de interromper, ou, no mínimo, de desacelerar o ritmo das mudanças. À medida em que se aceleram os processos da modernidade, mais se torna clara essa função de freio social e cultural. 8 A imprensa é reacionária por natureza, mas até o último quarto do século passado podia encenar o papel de vanguarda da modernidade, contra outras instituições, como a religião, que têm a missão de lutar contra o tempo. Tratava-se de manter sob controle o ímpeto natural de mudança que marca o processo civilizatório. 9 Nos anos 1980 e 1990, por exemplo, os jornais brasileiros se destacaram por abrigar debates sobre novos comportamentos que vieram com a liberação social que acompanhou o fim da ditadura. A Folha de S. Paulo, por exemplo, construiu aí sua estratégia vitoriosa de aparecer como portavoz de uma cultura liberal e libertina, contra a sisudez de seus então concorrentes. 10 O caso Folha é, talvez, o mais típico para ilustrar esse movimento. Depois de alcançar tiragens superiores a um milhão de exemplares em circulação diária, o jornal paulista encolheu para menos de um terço desse total. 11 O que explicaria essa queda, que retrata a decadência do sistema da imprensa? COSTA, Luciano Martins. A lanterna que ilumina a espuma. Observatório da Imprensa. ano 18. n. 810. Ago. 2014. Disponível em: < http://www.observatoriodaimprensa. com.br/news/view/a_lanterna_que_ilumina_a_ espuma >. Acesso em: 30 set. 2014 (adaptado). 11 - Com relação aos aspectos linguístico-gramaticais, analise as afirmativas abaixo. I. No primeiro parágrafo, as vírgulas que isolam a expressão “ou seja” são obrigatórias. O mesmo uso se dá com outras expressões explicativas, como “isto é”. II. Com relação à concordância verbal, no trecho “um dos grandes desafios do jornalismo contemporâneo seria a oferta exacerbada de notícias” (parágrafo 2), o verbo grifado poderia estar no plural, concordando com “desafios”. III. O uso do acento grave indicativo de crase, no terceiro parágrafo “Seja o observador devoto ou iconoclasta em relação à hipótese de estarmos vivendo uma pósmodernidade”, seria mantido caso o substantivo “hipótese” fosse substituído por um sinônimo como “cenário”. IV. No final do quinto parágrafo, o uso da expressão grifada “Daí a queda no número de leitores” torna o texto informal, o que não é adequado ao gênero em questão: artigo de opinião. V. O uso do acento grave indicativo de crase, no sétimo parágrafo “a visão conservadora da imprensa genérica serve principalmente à inglória e impossível tarefa de interromper”, se justifica pela fusão da preposição “a”, exigida pela regência do verbo “servir”, e do artigo, determinante do substantivo “tarefa”. Estão corretas apenas as proposições: a) I e II b) II e IV c) I e V d) IV e V e) III e V TEXTO: 2 - Comum à questão: 12 O Poeta da Roça Sou fio das mata, canto da mao grossa, Trabaio na roca, de inverno e de estio. A minha chupana e tapada de barro, So fumo cigarro de paia de mio. Sou poeta das brenha, nao faco o pape De argun menestre, ou errante canto Que veve vagando, com sua viola, Cantando, pachola, a percura de amo. Nao tenho sabenca, pois nunca estudei, Apenas eu sei o meu nome assina. Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre, E o fio do pobre nao pode estuda. Meu verso rastero, singelo e sem graca, Nao entra na praca, no rico salao, Meu verso so entra no campo e na roca Nas pobre paioca, da serra ao sertao. (...) Patativa do Assare 12 - Assinale a alternativa que apresenta o(s) verso(s) do poema em que a preposicao “DE” não estabelece uma relacao de especificacao de materia. I. Trabaio na roca, de inverno e DE estio. II. A minha chupana e tapada DE barro. III. So fumo cigarro DE paia de mio. IV. So fumo cigarro de paia DE mio. a) b) c) d) e) I, II e III, apenas. II e III, apenas. II e IV, apenas. VI, apenas. I, apenas. TEXTO: 3 - Comum à questão: 13 Leia o artigo de opinião a seguir. A Lei Bernardo e o assédio moral na família 1 O caso do menino Bernardo Uglione 1 Boldrini chocou o 2 Brasil. Ainda sem julgamento, a história do homicídio do menino de apenas 11 anos de idade, que tem como 3 principais suspeitos o pai, a madrasta e a assistente social amiga da família, trouxe à tona diversos assuntos, 4 em especial, a convivência familiar. As versões dos acusados são diversas e contraditórias, mas a principal 5 questão reside em torno do tratamento interpessoal dentro da entidade familiar. Nesse tocante, surge preocupação com a situação que muitas famílias 6 vivenciam de tratamento cruel ou degradante, que a Lei Bernardo repudia. 7 A Lei Bernardo, antiga Lei Palmada, eterniza o nome de 8 Bernardo Boldrini. Em vida, o menino chegou a reclamar judicialmente dos maus-tratos sofridos no ambiente familiar, demonstrando que, antes de sua 9 morte física noticiada, Bernardo já estava sofrendo o chamado homicídio da alma, também conhecido como 10 assédio moral. O assédio moral é conduta agressiva que gera a degradação da identidade da vítima 11 assediada, enquanto o agressor sente prazer de hostilizar, humilhar, perseguir e tratar de forma cruel o outro. 12 Justamente essa conduta que o Art. 18-A do ECA, trazido pela Lei Bernardo, disciplina na tentativa de 13 proteger a criança e o adolescente de tais práticas. 14 O assédio moral possui várias denominações pelo 15 mundo, como bullying, mobbing, ijime, harassment, e é caracterizado por condutas violentas, sorrateiras, constantes, que algumas vezes são entendidas como ino16 fensivas, mas se propagam insidiosamente. A figura do assédio moral na família surge exatamente 17 quando o afeto deixa de existir dando espaço à desconsideração da dignidade do outro no dia a dia. 18 Demonstrando, assim, que, embora haja necessidade de afetividade para que surja uma entidade familiar, com 19 o desapare cimento do sentimento de afeto surgem situações de violência, inclusive a psíquica. 20 A gravidade é majorada no âmbito da família, eis que 21 ela é principal responsável pelo desenvolvimento da personalidade de seus membros e do afeto, elemento agregador. 22 A morte da alma do menino Bernardo ainda em vida, resultado de tratamento degradante, diário e sorrateiro, 23 que culminou na morte física, faz refletir sobre a importância da família no desenvolvimento da 24 personalidade de seus membros, de modo a valorizar a existência do afeto para que não haja na entidade 25 familiar a figura do assédio moral. 26 O assédio moral na família, ou psicoterror familiar, deve ser amplamente combatido, principalmente pelo 27 papel exercido pela família de atuar no desenvolvimento da criança e do adolescente, de modo 28 que a integridade psíquica deve ser sempre resguardada, no afeto e no respeito à dignidade da 29 pessoa humana, desde seu nascimento. (Adaptado de: SENGIK, K. B. Jornal de Londrina. 14 set. 2014. Ponto de vista. ano 26. n.7.855. p.2.) 13 - Acerca do texto, considere as afirmativas a seguir. I. A expressão “à tona” no trecho “trouxe à tona diversos assuntos, em especial, a convivência familiar.” diverge do sentido da expressão “à baila” em: “O assédio moral trouxe à baila a importância da afetividade no convívio familiar.” II. A expressão “à tona” equivale às expressões “à superfície” e “à flor”. Além disso, como expressões femininas, há uma contração da preposição “a” com o artigo “a”, resultando na crase. III. A expressão “Nesse tocante” pode ser substituída por “A respeito disso”, sem prejuízo do sentido original. IV. O trecho “que tem como principais suspeitos o pai, a madrasta e a assistente social amiga da família” pode ser reescrito da seguinte forma: “cujos principais suspeitos são o pai, a madrasta e a assistente amiga da família”. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 14 - Considerando a análise de aspectos linguísticos dos trechos abaixo, extraídos da obra “Você Verá”, marque (V) para os comentários verdadeiros e (F) para os falsos. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA. ( ) Em “Acho a astrologia a ciência dos tolos, e, até prova em contrário, não me considero um deles.” Houve um desvio da norma padrão, que prescreve como certa a expressão “até provem o contrário”, em substituição à expressão sublinhada. ( ) Em “Foi um morticínio, uma coisa que ninguém na região nunca vira(...)”, a palavra morticínio significa assassinato em série. ( ) O que aconteceu com o nome do narrador do conto Bem - Stanislaw > Lauro > Lau > Stan-é um fenômeno linguístico semelhante ao ocorrido com o pronome de tratamento Vossa Mercê - Vosmecê > você > cê. ( ) Em “(...) que direito tinha o Bem de se tornar milionário?”, o pronome sublinhado aparece anteposto ao verbo (próclise), uma vez que a preposição o atrai, segundo a norma padrão. ( ) Em “(...) quando a mãe a levava à matinê.” e “(...) pois ainda escutava em mim as risadas”, os pronomes sublinhados são classificados, respectivamente, como oblíquo átono e oblíquo tônico. ( ) Em “Minha mãe sempre dizia: 'Deus protege quem trabalha’”, a regência do verbo proteger não está de acordo com a norma padrão, uma vez que ele é transitivo indireto e, por isso, rege preposição, como em: 'Deus protege a quem trabalha’”. A sequência correta é a) F- F- V- V- V- F b) V- F- F- V- F- V c) F- F- F- V- V- F d) V- V- V- F- F- V e) n.d.a. TEXTO: 4 - Comum à questão: 15 Computador de engolir 1 2 Lembrar-se de tomar o remédio, de fazer exames 3 periódicos, de ter de picar o dedo para medir a glicose 4 do sangue de diabéticos podem em breve transformar5 se em atitudes do passado. É para isso que trabalham 6 cientistas de vários laboratórios pelo mundo, 7 especializados em computadores implantáveis. Uma 8 nova geração desses aparelhos já recebeu a 9 aprovação de órgãos de regulação para que sejam 10 “instalados” em nós. A expectativa é que esse 11 mercado, que cresce rápido, chegue a US$ 24,8 bilhões em 2016. 12 13 Na dianteira desse avanço, está o engenheiro 14 Robert Langer, do MIT. Langer trabalha em um chip 15 que pode substituir as pílulas. Seu aparelho é 16 introduzido sob a pele na região da cintura e pode ser 17 programado remotamente para liberar doses de 18 medicamento em determinados horários. Ou seja, em 19 vez de pedir ao paciente que se lembre de tomar o 20 remédio, o médico pode programar de longe o 21 dispositivo para administrar a droga nos horários e 22 doses apropriados. O chip já foi testado com sucesso 23 em oito mulheres com osteoporose, substituindo 24 injeções diárias do remédio teriparatide. Ao final de 12 25 meses, houve uma melhora na formação óssea delas. 26 “Isso possibilita tratamento individualizado, mais preciso e menos doloroso”, diz Langer. 27 28 Ainda não há previsão para o aparelho chegar ao 29 mercado, mas, quando começar a ser usado, poderá 30 somar-se a outros sensores internos que disparam 31 alertas quando há algo errado. Um deles, em fase de 32 desenvolvimento, tenta medir, em tempo real, o nível 33 de glicose no sangue do diabético. Nesse caso, o 34 paciente obedecerá a uma informação do chip para 35 liberar automaticamente doses de insulina no sangue. 36 É como um painel de automóvel que acende uma luz 37 quando há algo de errado em seu sistema eletrônico, 38 compara o cardiologista americano Eric Topol. “Em 39 breve estarão em nossa corrente sanguínea na forma 40 de nanossensores, do tamanho de um grão de areia, 41 fornecendo uma vigilância contínua do nosso sangue, 42 sendo capazes de detectar a primeira possibilidade de um câncer.” 43 44 Outro mecanismo, aprovado em 2013, é o Argus, a 45 primeira prótese ocular. Ele consiste em um chip com 46 eletrodos, implantado no fundo do olho, que converte 47 imagens de uma microcâmera instalada nos óculos em 48 pulsos elétricos. Os pulsos, enviados a células da 49 retina, produzem imagens para pessoas que perderam 50 a visão. O “olho biônico” é usado em pacientes com 51 retinite pigmentosa, doença que causa degeneração 52 da retina e afeta seriamente a visão de cerca de 1,5 53 milhão de indivíduos no mundo. Apesar de não 54 restaurar por completo a visão, ajuda cegos a voltar a enxergar movimentos e até a ler. 55 56 Todos esses aparelhos implantáveis são 57 descendentes diretos do marca-passo, usado com 58 sucesso pela primeira vez na Suécia, em 1958. A 59 diferença é que hoje eles atingem formas que 60 permitem um nível inédito de integração com o corpo, 61 possibilitando mais funções. Mas alguns obstáculos 62 permanecem: os principais desafios são a 63 compatibilidade, de modo que o corpo não rejeite o 64 implante, e a falta de clareza dos efeitos a longo 65 prazo. Materiais como silício ou ouro podem causar 66 consequências traumáticas: inflamações, cápsulas 67 fibrosas e calcificação ao redor do implante. Isso afeta 68 não só o corpo, mas também o funcionamento do dispositivo e a precisão da leitura das informações. 69 70 Se essas barreiras forem ultrapassadas, a 71 perspectiva é de não apenas oferecer melhores 72 tratamentos, no futuro, mas também incrementar 73 algumas habilidades do nosso corpo. Mas olhos 74 biônicos que dão zoom, nanodispositivos que 75 aumentam a concentração ou melhoram o 76 desempenho físico devem ficar para depois que 77 tivermos implantes em tempo real nos examinando ou liberando remédios em nosso sangue. IKEDA, P. Revista Galileu, n. 276, jul. 2014. p. 57-59. Adaptado. 15 - No trecho do texto “Nesse caso, o paciente obedecerá a uma informação do chip para liberar automaticamente doses de insulina no sangue” (Refs. 32-34) o verbo obedecer exige a presença de uma preposição para introduzir o termo regido. Essa exigência de uma preposição ocorre na forma verbal destacada em a) “Uma nova geração desses aparelhos já recebeu a aprovação de órgãos de regulação para que sejam ‘instalados’ em nós.” (Refs. 7-9) b) “tenta medir, em tempo real, o nível de glicose no sangue do diabético.” (Refs. 31-32) c) “‘sendo capazes de detectar a primeira possibilidade de um câncer.’” (Refs. 41-42) d) “Ele consiste em um chip com eletrodos, implantado no fundo do olho,” (Refs. 44-45) e) “e afeta seriamente a visão de cerca de 1,5 milhão de indivíduos no mundo.” (Refs. 51-52) TEXTO: 5 - Comum à questão: 16 Seis razões para proteger a Terra (Marcelo Gleiser*) tem esse magnetismo e tem uma atmosfera muito rala. 22 Isso faz com que o planeta seja um tanto hostil à vida. 23 5.A água que temos aqui é uma preciosidade; sem ela, 24 não haveria vida. Não sabemos de onde veio essa água toda, se bem que parte dela é oriunda de cometas 25 que se chocaram com a Terra ainda em sua infância. A água é nosso maior tesouro, e precisamos tratar muito 26 bem dela. Esse é o século em que a água se tornará num fator predominante de conflito global. Basta olhar 27 para o planeta e ver a distribuição de água. O que o petróleo fez com a geopolítica do século 20, a água fará com a dos séculos 21 e 22. 28 6.Nossa lua também é essencial. Por ser única e 29 bastante maciça, ela regula e estabiliza o eixo de rotação da Terra, mantendo sua inclinação de 23,5º com 30 a vertical. Pense na Terra como um pião inclinado, girando em torno de si mesmo. Sem a lua, esse eixo de 31 rotação mudaria de ângulo aleatoriamente, e o clima não poderia ser estável. E, sem um clima estável, a vida complexa acaba se tornando inviável. 32 A lista continua, mas estamos sem espaço. De um 33 jeito ou de outro, acho que dá para entender por que precisamos proteger esse planeta. Somos produto dele, 34 das suas condições. Se elas mudam, nossa sobrevivência fica ameaçada. *MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor de “A Ilha do Conhecimento”. Facebook: goo.gl/93dHI. (Disponível em: www1.folha.uol.com.br/colunas /marcelogleiser/2014, acesso em: 15 set. 2014. Adaptado.) 1 Que a Terra é a nossa casa cósmica, todo mundo 2 sabe, se bem que poucos prestam atenção a isso. Nas tribulações do dia a dia, enquanto não há uma crise 3 maior, é fácil esquecer a nossa dependência completa e absoluta do nosso planeta. Afinal, está sempre aqui o 4 chão sob nossos pés, a luz do Sol filtrada pela atmosfera, o azul do céu, o clima agradável e perfeito para que possamos sobreviver nele. 5 Mas, por trás disso tudo, existe um planeta extremamente especial e, sem ele, sem sua estabilidade 6 orbital e climática, não estaríamos aqui. Eis uma lista 7 de razões para protegermos a Terra, um planeta sem igual, ao menos dentro de um raio de centenas de anosluz daqui. 8 1.Nossa atmosfera, rica em oxigênio, permite que seres 9 com um metabolismo mais complexo sobrevivam. É incrível que esse oxigênio todo tenha vindo de bactérias, 10 os únicos habitantes que existiam aqui no planeta durante quase 3 bilhões de anos. Foram elas que 11 “descobriram” a fotossíntese, transformando a composição da atmosfera terrestre. Agradeçam às cianobactérias pelo ar de cada dia. 12 2.Nossa atmosfera, rica em ozônio, filtra a radiação 13 ultravioleta que vem do Sol, que é extremamente nociva à vida. Interessante que esse ozônio é produto da 14 vida e, ao mesmo tempo, permite que ela persista aqui na superfície. 15 3.Nossa atmosfera tem a densidade justa para que 16 seja possível uma enorme diversidade das formas de vida. Se fosse pouco densa, seria difícil voar ou flutuar; se fosse muito densa, seria esmagadora. 17 4.O campo magnético da Terra funciona como um polo 18 atrativo de partículas que vêm do Sol e do espaço. Essa radiação toda seria extremamente prejudicial à 19 vida, caso a Terra não fosse afunilada nos polos. Por exemplo, estamos para receber um bocado de radiação 20 por esses dias, produzida por uma enorme tempestade magnética do Sol. Sem o magnetismo terrestre e nossa 21 atmosfera, estaríamos em maus lençóis. Marte não 16 - Acerca da presença do sinal indicativo de crase, assinale, abaixo, a alternativa INCORRETA, observandose a sua ocorrência no trecho em destaque. a) No trecho “Essa radiação [...] seria [...] prejudicial à vida.” (Ref. 18), substituindo-se o trecho em destaque por “prejudica a vida”, não mais haveria a presença do acento grave. b) Seu uso poderia ser facultativo em “[...] se bem que poucos prestam atenção a isso.” (Ref. 1). c) Em “Agradeçam às cianobactérias pelo ar de cada dia.” (Ref. 11), o complemento do verbo exige, nesse contexto, a presença de uma preposição, além do artigo “a” pluralizado, sendo necessário o acento grave. d) Em “Eis uma lista de razões para protegermos a Terra [...]” (Ref. 6), não se poderia optar pelo uso do sinal indicativo de crase. TEXTO: 6 - Comum à questão: 17 Porta de colégio 1 2 Passando pela porta de um colégio, me veio a 3 sensação nítida de que aquilo era a porta da própria 4 vida. Banal, direis. Mas a sensação era tocante. Por 5 isso, parei, como se precisasse ver melhor o que via e previa. 6 7 Primeiro há uma diferença de clima entre aquele 8 bando de adolescentes espalhados pela calçada, 9 sentados sobre carros, em torno de carrocinhas de 10 doces e refrigerantes, e aqueles que transitam pela 11 rua. Não é só o uniforme. Não é só a idade. É toda 12 uma atmosfera, como se estivessem ainda dentro de 13 uma redoma ou aquário, numa bolha, resguardados do mundo. 14 15 Talvez não estejam. Vários já sofreram a pancada da 16 separação dos pais. Aprenderam que a vida é também 17 um exercício de separação. Um ou outro já transou droga, e com isso deve ter se sentido 20 (equivocadamente) muito adulto. Mas há uma 21 sensação de pureza angelical misturada com 22 palpitação sexual, que se exibe nos gestos sedutores dos adolescentes. 18 19 protetores de ouvido. Até filmes de qualidade, como O Senhor dos Anéis, tentam destruir nossos ouvidos junto com os inimigos dos heróis. As novas tecnologias de som são incríveis, sem dúvida, mas parecem brinquedo em mão de criança. Por que tão alto? 23 dentro de Ir a um restaurante com música ao vivo é um risco. Não se consegue conversar, a comida fica até sem graça. Qual é a ideia da música alta em um lugar aonde você foi para comer e bater papo? Onde estarão esses meninos e meninas dez ou vinte anos? 25 24 26 Aquele ali, moreno, de cabelos longos corridos, que 27 parece gostar de esporte, vai se interessar pela 28 informática ou economia; aquela de cabelos louros e 29 crespos vai ser dona de boutique; aquela morena de 30 cabelos lisos quer ser médica; a gorduchinha vai 31 32 acabar casando com um gerente de multinacional; 33 aquela esguia, meio bailarina, achará um diplomata. 34 Algumas estudarão Letras, se casarão, largarão tudo e 35 passarão parte do dia levando filhos à praia e à praça 36 e pegando-os de novo à tardinha no colégio. [...] 37 38 Estou olhando aquele bando de adolescentes com 39 evidente ternura. Pudesse passava a mão nos seus 40 cabelos e contava-lhes as últimas histórias da 41 carochinha antes que o lobo feroz as assaltasse na 42 esquina. Pudesse lhes diria daqui: aproveitem 43 enquanto estão no aquário e na redoma, enquanto 44 estão na porta da vida e do colégio. O destino também 45 passa por aí. E a gente pode às vezes modificá-lo. SANT’ANNA, Affonso Romano de. Affonso Romano de Sant’Anna: seleção e prefácio de Letícia Malard. Coleção Melhores Crônicas. p. 64-66. 17 - Atente para o que se diz a respeito da preposição de que entra na composição do título da crônica: “Porta de colégio”. I. A preposição de, sozinha, sem contração, como é usada nesse título, generaliza o substantivo, no caso do texto, colégio. II. A contração da preposição de com o pronome demonstrativo aquele, que resultaria em daquele, manteria inalterado o sentido do título. III. A introdução, no título do texto, do artigo definido o, que resultaria em do, alteraria o sentido do título. Está correto o que se diz apenas em a) I. b) I e III. c) II e III. d) II. e) n.d.a. TEXTO: 7 - Comum à questão: 18 Decibéis Um poeta paulista disse-me, numa esquina movimentada, que o homem moderno havia perdido o prazer do silêncio. Já se passaram mais de trinta anos. A coisa só piorou. A capacidade que as pessoas das grandes cidades possuem de produzir e suportar barulho é espantosa. Já repararam como as pessoas falam alto, berram umas com as outras nas novelas hoje em dia? Precisava ser assim? E os anúncios da televisão? A gente tem de abaixar o volume na hora do comercial e levantar de novo quando o programa recomeça. O cinema – já notaram como ficou barulhento? Você quase tem de assistir a esses filmes apocalípticos com São muitos os ruídos que desafiam o humor citadino. Buzinas de automóvel, eis uma falta de civilidade já antiga. Motocicletas pipocantes e seu bi-bi-bi são mais recentes, irritam motoristas e pedestres. Helicópteros, depois que viraram transporte urbano e cabine de reportagem, perturbam. Caminhões de lixo noturnos trituram o silêncio. Mesma coisa com o bate-estaca do novo lançamento imobiliário. Termina essa fase da obra, ai que alívio, e então chegam as serras elétricas. Com tudo isso se revezando ou se somando, acho que vou passar uma semana no mato. Estou precisando ouvir o silêncio. (Ivan Angelo. Veja SP, 08.11.2006. Adaptado.) 18 - No trecho – Você quase tem de assistir a esses filmes apocalípticos com protetores de ouvido. –, observa-se que o verbo assistir, com o sentido de ver, presenciar, rege a preposição a. Pensando no emprego das preposições, assinale a alternativa correta de acordo com a norma-padrão. a) Estes geólogos vêm dedicando-se da análise de amostras vulcânicas. b) Corrupto como era, ele visava apenas a seus interesses escusos. c) Sugerimos com que ela tirasse férias o mais breve possível. d) Desconfiou em que o haviam preterido na escolha do cargo. e) Os pais consentiram para a viagem da filha à Alemanha. TEXTO: 8 - Comum à questão: 19 Condições de saúde e inovações nas políticas de saúde no Brasil: o caminho a percorrer Participação social 1 2 Intensa participação social foi a “pedra fundamental” 3 do SUS desde a sua origem, com a articulação de 4 movimentos sociais, nos anos 1970 e 1980, que 5 resultou na reforma do setor de saúde. A participação social na saúde foi institucionalizada pela Constituição 6 de 1988 e, posteriormente, regulamentada pela 7 Legislação dos anos 1990, que estabeleceu conselhos 8 e conferências de saúde nos três níveis de governo: o 9 Brasil possui atualmente um conselho nacional, 27 10 conselhos estaduais e mais de 5.500 conselhos 11 municipais de saúde. Essas organizações são 12 instâncias permanentes, responsáveis pela formulação 13 de estratégias de saúde, pelo controle da prática de políticas e pela análise de planos, programas e relatórios 14 de gestão submetidos à sua apreciação pelos 15 respectivos níveis de governo. Há forte interação entre 16 conselhos, gestores e formuladores de políticas, 17 estabelecendo um processo decisório complexo e 18 inovador. Todos os conselhos são compostos por 19 representantes de usuários (50%), de trabalhadores 20 do setor de saúde (25%), dos gestores e provedores 21 de serviços de saúde (25%). As conferências têm lugar 22 a cada quatro anos, nos três níveis de governo, cada uma delas com um número expressivo de 23 representantes, com a mesma distribuição 24 proporcional dos conselhos. O objetivo das 25 conferências é avaliar a situação de saúde e propor 26 diretrizes para as políticas, contribuindo assim para a inclusão de temas importantes na agenda pública. Entre 27 28 outros mecanismos democráticos, o orçamento participativo, adotado por vários estados e municípios, é 29 também uma inovação. Cesar G. Victora et al. Veja Online, 09/05/2011. Adaptado. 19 - A preposição “com” (Ref. 2) estabelece, no contexto, relação de a) causa. b) correspondência. c) identidade. d) finalidade. e) consequência. TEXTO: 9 - Comum à questão: 20 Ensino superior e os serviços de saúde no Brasil 1 2 Até meados do século XX, não existia sistema de 3 saúde no Brasil. Pacientes ricos eram tratados em instituições privadas, pagando diretamente suas 4 despesas; e os trabalhadores tinham acesso a clínicas 5 e hospitais dos sindicatos. Nas áreas urbanas, os 6 pobres precisavam procurar ajuda nas superlotadas 7 instituições filantrópicas ou públicas que aceitavam 8 indivíduos em estado de indigência. Nas áreas rurais, 9 camponeses e meeiros tinham de confiar em 10 curandeiros ou cuidadores leigos não treinados para 11 suas necessidades de saúde. No auge da redemocratização do país, a Constituição de 1988 12 declarou que a saúde era um direito do cidadão e um 13 dever do Estado. Posteriormente, foi organizado o 14 Sistema Único de Saúde, ou SUS, com os princípios 15 da universalidade, integralidade assistencial, 16 promoção da saúde e participação da comunidade, 17 com fundos públicos para prestação de cuidados de 18 saúde gratuitos para os cidadãos brasileiros. 19 20 O SUS tem duas linhas principais de atuação: o Programa Saúde da Família, que presta cuidados 21 primários de saúde em 5.295 municípios; e uma rede 22 de clínicas e hospitais públicos ou contratados pelo 23 SUS, que presta atendimento secundário e terciário 24 em todo o país. Junto com intervenções de saúde 25 pública, que começaram na década de 1970 e que, 26 mais recentemente, implementaram políticas sociais 27 relacionadas ao emprego e à transferência condicional 28 de renda, considera-se que foi positivo o impacto do SUS depois de vinte anos. 29 30 Nas últimas três décadas, a mortalidade infantil diminuiu em cerca de 6,3% ao ano e a expectativa de 31 vida aumentou em 10,6 anos. A mortalidade por 32 doenças infecciosas diminuiu de 23% do total de 33 óbitos em 1970 para menos de 4% em 2007. Apesar 34 de tais conquistas, é preciso que sejam reconhecidos 35 os sérios problemas que envolvem a igualdade de 36 oportunidades, qualidade e eficiência. Insuficiência de 37 investimentos, corrupção e a má gestão decorrente da 38 burocracia governamental estão entre esses 39 problemas. O principal determinante da baixa 40 qualidade dos cuidados prestados pela rede SUS é a limitação dos recursos humanos, a qual, no entanto, é de 41 ordem qualitativa, não quantitativa. (...) Naomar Almeida-Filho. www.abc.org.br. 09/05/2011. Adaptado. 20 - Em cada uma de suas ocorrências, no final do primeiro parágrafo, a preposição sublinhada em “com os princípios” (Ref. 14) e “com fundos” (Ref. 16) poderia ser substituída, de modo adequado, respectivamente, por: a) sobre; regido por. b) segundo; dotado de. c) dados; sob. d) entre; por. e) ante; regulado por. TEXTO: 10 - Comum à questão: 21 O resgate do cocô Há três mil anos, quando um chinês ia jantar na casa de um amigo, ele obrigatoriamente tinha que ir até o quintal desse amigo e fazer um “número dois” por lá mesmo. É que a etiqueta da época dizia que era feio comer na casa de alguém e não “devolver os nutrientes”. Faz tanto sentido que, atualmente, o arquiteto William Mc Donough e o químico Michel Braungart trabalham para trazer essa ideia de volta à moda, desenvolvendo e divulgando modos de produção circular, em que os resíduos – inclusive o cocô – são usados para criar novos produtos tão bons quanto os originais. Baseados na proposta de Mc Donough e Braungart, pesquisadores do mundo inteiro têm procurado maneiras de aproveitar o nosso “número dois” de cada dia. Na cidade de Didcot, na Inglaterra, um projeto piloto já permite que 200 famílias aqueçam suas casas com biometano fabricado a partir de seu próprio cocô. Além de poupar o meio ambiente, eles economizam dinheiro. Uma ideia que cheira bem. (Superinteressante, agosto de 2013. Adaptado) 21 - Entre os muitos empregos que a preposição de pode ter, um deles é indicar finalidade, como na seguinte passagem do texto: a) ... quando um chinês ia jantar na casa de um amigo... b) É que a etiqueta da época dizia que... c) ... para trazer essa ideia de volta à moda... d) ... maneiras de aproveitar o nosso “número dois”... e) ... fabricado a partir de seu próprio cocô. TEXTO: 11 - Comum à questão: 22 As razões da revolta As manifestações das ruas trouxeram pelo menos uma certeza: o jovem brasileiro, com seu poder de articulação pelas redes sociais, mudou. De uma forma de protestar à distância, com certa dose de descaso e “chacota” contra as instituições (de que sempre se percebeu apartado), ele se mobilizou com rapidez, invadiu o espaço público e reagiu contra o que não concorda. O estopim foram o aumento do ônibus e a reação truculenta da polícia. Na esteira do protesto inicial, vieram as demandas concretas: a péssima qualidade do transporte, a corrupção, os conchavos políticos, as incongruências entre o investimento em saúde e educação e as fortunas gastas com estádios e futebol, enfim, o abismo entre o Brasil que se vende para o mundo e a nação real, com sua violência, trânsito e serviços precários. Muitos críticos cobraram falta de foco dos jovens e dificuldade de controle das massas que saíram às ruas. Isso deu, dizem os críticos, espaço para grupos mais radicais e bandidos, que causaram violência. Mas será que houve falta de foco? Embora as queixas sejam muitas e variadas, alguns padrões em comum podem ser identificados. Trata-se, em primeiro lugar, de um movimento mais horizontal, sem liderança clara. Alguns grupos, como o Movimento Passe Livre (MPL), logo apareceram. Mesmo dentro deles, não parece haver voz única. Boa parte das manifestações se dá “por contágio”. Mesmo o jovem inicialmente acomodado se sente “tocado” pela onda de protestos e decide sair à rua, para participar do momento histórico. A insatisfação crônica com o status do país se transformou de forma rápida, talvez pela capilaridade das redes sociais, numa indignação ativa, potente geradora de força de mobilização. [...] Os políticos correram para achar uma explicação e tentar dar respostas (algo que não andam acostumados a fazer). Algumas demandas foram rapidamente atendidas. É simplista, porém, justificar o que aconteceu com o fato de o jovem não se sentir representado. Além da crise de representatividade política, que não é queixa só do jovem, faltam a perspectiva de um país melhor – mais justiça, melhores condições de transporte, saúde e educação – e uma percepção menos ufanista e mais real do Brasil. O desafio dos jovens é manter a força do movimento, num momento em que os governos atendem parcialmente a algumas demandas. Os políticos deveriam perceber que o desafio é usar essa força para mudar o país naquilo que ele tem de pior. Têm de limpar as feridas para facilitar a cicatrização. Não adianta dourar indefinidamente a pílula, na espera de um Brasil que nunca chega. (Jorge Bouer, Época, 08 jul. 2013.) 22 - “É simplista, porém, justificar o que aconteceu com o fato de o jovem não se sentir representado.” Observe que Jorge Bouer escreveu “de o jovem” e não “do jovem”. Diferentemente do que acontece na fala, a escrita não aceita a contração da preposição com um artigo em certos casos. Em qual das sentenças abaixo a contração é VETADA na escrita culta? a) O delegado interrogou o agressor por horas para tentar entender as razões [de+o] sujeito. b) No momento [de+o] invasor entrar no palco, o diretor segurou-o e pediu aos seguranças para prendê-lo. c) Todos se assustaram com o aparecimento daquele monstro, principalmente com a cara [de+o] bicho. d) À maneira [de+o] pai, o filho agiu com absoluta ética. e) A atuação [de+o] Daniel no jogo foi impecável. TEXTO: 12 - Comum à questão: 23 CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NAS ESCOLAS Desde 2008, uma lei tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena no sistema de ensino do Brasil. A norma, de número 11.645/2008, inclui o trabalho de conteúdos referentes às contribuições dessas duas culturas na formação da sociedade brasileira. Em Santa Maria, essa lei é aplicada através de um projeto de oficinas de arte-educação nas áreas de dança, teatro e música chamado “Somos Todos Um Para Uma Cultura de Paz”, realizado pela organização Oca Brasil, além do trabalho regular das escolas na inclusão desses temas em seus currículos. Conforme relata a professora e antropóloga Maria Rita Py Dutra, coordenadora pedagógica da Oca Brasil, essa regulamentação aponta para a necessidade de se dar visibilidade aos feitos relacionados ao povo negro e indígena, bem como para a importância do convívio respeitoso com pessoas de diferentes grupos étnicos e a eliminação do discurso racista, tanto em livros didáticos, quanto no convívio diário na escola ou sala de aula. Maria Rita conta que esse direcionamento contrasta com a forma como era tratado o ensino dessas culturas antes de sua obrigatoriedade: “O ensino da História e Cultura Indígena era voltado para um índio idealizado, que vivia na taba, caçando e pescando, totalmente deslocado da situação atual do índio brasileiro. No que diz respeito aos afro-brasileiros, ocorria duas situações: ou sua presença era negada, através da invisibilidade (não se falava nele), ou quando se falava, era para reforçar os estereótipos existentes no imaginário social da sociedade brasileira, associados à inferioridade”.. Deste modo, a professora e antropóloga explica que a lei está ajudando a se pensar estratégias de mudanças na abordagem, mas que não se pode negar a resistência e falta de subsídios para o trabalho com essa temática. Por outro lado, é possível notar que alunos de ascendência indígena e afro-brasileira passam a se ver com mais segurança e autoestima, orgulhosos de suas origens. Ao abordar a atuação do Projeto “Somos Todos Um Para Uma Cultura de Paz”, que realiza suas oficinas com aproximadamente 150 crianças de escolas públicas de Santa Maria desde março, Maria Rita comenta que a iniciativa está sendo bem recebida nas escolas por onde passa: “A Oca trabalha com arte-educação e já tem acúmulo na área da educação das relações étnicoraciais. Os alunos são levados a cantar, tocar, construir instrumentos. É um novo paradigma, eles adoram”. (...) Disponível em: http://www.arazao.com.br. Acesso em: 24ago.2013. 23 - O uso formal da língua requer, entre outros cuidados, o respeito às normas de concordância e de regência verbal e nominal, além do emprego adequado do acento indicativo de crase. Considerando isso e tomando por base o texto, avalie os comentários a seguir. I. No primeiro parágrafo, em “A norma (...) inclui o trabalho de conteúdos referentes às contribuições dessas duas culturas”, o acento indicativo de crase permaneceria adequado, caso o termo sublinhado estivesse no singular. II. No terceiro parágrafo, em “No que diz respeito aos afro-brasileiros, ocorria duas situações”, a forma verbal em destaque deveria estar no plural, para concordar com o termo sujeito ‘duas situações’. III. Ainda no terceiro parágrafo, em “No que diz respeito aos afro-brasileiros, (...) sua presença era negada, através da invisibilidade (não se falava nele)”, o pronome retoma o termo ‘respeito’, portanto, o singular está adequado. IV. No último parágrafo, em “(...) a iniciativa está sendo bem recebida nas escolas por onde passa”, há uma infração às normas de regência, já que o pronome ‘onde’ não deve ser antecedido por preposição. V. Também no parágrafo final, em “Os alunos são levados a cantar, tocar, construir instrumentos”, não existe crase, pois, nesse caso, tem-se apenas a preposição ‘a’, exigida pelo nome ‘levados’, logo, não ocorre fusão. Estão corretos, apenas: a) I, II e V b) I, III e IV c) II, IV e V d) II e V e) III e IV TEXTO: 13 - Comum à questão: 24 1 2 Para avaliarmos o significado contemporâneo da indústria cultural e dos meios de comunicação de massa 3 4 que a produzem, convém lembrarmos, brevemente, o 5 que se convencionou chamar de a condição pós6 moderna, isto é, a existência social e cultural sob a economia neoliberal. 7 8 A dimensão econômica e social da nova forma do 9 capital é inseparável de uma transformação sem 10 precedentes na experiência do espaço e do tempo, 11 designada por David Harvey como a “compressão 12 espaço-temporal”. A fragmentação e a globalização da 13 produção econômica engendram dois fenômenos 14 contrários e simultâneos: de um lado, a fragmentação 15 e dispersão espacial e temporal e, de outro, sob os 16 efeitos das tecnologias eletrônicas e de informação, a 17 compressão do espaço — tudo se passa aqui, sem distâncias, diferenças nem fronteiras — e a compressão 18 do tempo — tudo se passa agora, sem passado e sem 19 futuro. Em outras palavras, fragmentação e dispersão 20 21 do espaço e do tempo condicionam sua reunificação 22 sob um espaço indiferenciado (um espaço plano de 23 imagens fugazes) e um tempo efêmero desprovido de 24 profundidade. A profundidade do tempo e seu poder diferenciador desaparecem sob o poder do instantâneo. 25 Por seu turno, a profundidade de campo, que define o 26 espaço da percepção, desaparece sob o poder de 27 uma localidade sem lugar e das tecnologias de 28 sobrevoo. Vivemos sob o signo da telepresença e da 29 teleobservação, que impossibilitam diferenciar entre a 30 aparência e o sentido, o virtual e o real, pois tudo nos 31 32 é imediatamente dado sob a forma da transparência temporal e espacial das aparências, apresentadas como 33 evidências. 34 35 Volátil e efêmera, hoje nossa experiência 36 desconhece qualquer sentido de continuidade e se 37 esgota num presente sentido como instante fugaz. Ao 38 perdermos a diferenciação temporal, não só rumamos 39 para o que Virilio chama de “memória imediata”, ou 40 ausência da profundidade do passado, mas também 41 perdemos a profundidade do futuro como possibilidade inscrita na ação humana enquanto poder para 42 determinar o indeterminado e para ultrapassar 43 situações dadas, compreendendo e transformando o 44 sentido delas. Em outras palavras, perdemos o sentido 45 da cultura como ação histórica. Chauí, Marilena. Cultura e democracia. Crítica y emancipación: Revista latinoamericana de Ciencias Sociales. Disponível em:<http:// bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/secret/CyE/cye3S2a.pdf>. Acesso em: 19 out. 2013. Adaptado. 24 - Quanto aos elementos linguísticos que garantem a progressão das ideias do texto, está correta na alternativa a) O pronome “a”, em “que a produzem” (Ref. 3) retoma, por meio de uma referência anafórica, a expressão “comunicação de massa” (Ref. 2), revelando a sua dependência em relação à indústria cultural. b) A preposição “por” (Ref. 10) pode se substituída por perante, sem prejuízo semântico para a sequencialização textual. c) As expressões “de um lado” (Ref. 13) e “de outro” (Ref. 14) estabelecem um paralelismo entre situações que se excluem. d) “Por seu turno” (Ref. 25) garante a progressão temática das ideias, introduzindo uma comparação por contraste. e) O conector “mas também” (Ref. 39) permite a sequência das ideias através do acréscimo de um elemento que se soma a aspectos considerados negativos. 25 - Leia o texto a seguir, extraído da primeira página de um jornal. INFÂNCIA Lotados, conselhos sofrem para atender população Londrina tem hoje apenas três conselhos tutelares para atender uma população com mais de 500 mil habitantes. Estrutura aquém da recomendada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que prevê pelo menos um centro de apoio para cada 100 mil pessoas. Com demanda acima da capacidade, os conselheiros se desdobram para evitar que os processos, denúncias e investigações se acumulem. “Não temos condições de fazer um trabalho de prevenção”, afirma o conselheiro Amaury Plath. (Jornal de Londrina. 22 maio 2013.) Com base na leitura do texto, considere as afirmativas a seguir. I. Na manchete, a palavra “lotados” refere-se a conselhos, uma especificação do estado em que se encontram. II. A forma verbal “acumulem”, empregada no modo subjuntivo, pode ser substituída pelo indicativo, sem comprometer o respeito à norma culta. III. A preposição “para”, em suas três ocorrências no texto, inicia orações subordinadas adverbiais finais. IV. O trecho “Estrutura aquém da recomendada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança...” pode ser substituído por “Estrutura abaixo da recomendada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança...”. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. TEXTO: 14 - Comum à questão: 26 No mar de dúvidas 1 Há duas maneiras de aprender qualquer coisa: uma, 2 leve, suave, com informações corretas mas superficiais, que, pela incompletude da lição, não indo aos assuntos a 3 ela correlatos, acaba sendo insuficiente para permitir a fixação da aprendizagem. É um método que pode 4 agradar, e até divertir o leitor menos exigente; mas não lhe garante o sucesso do conhecimento. 5 A segunda maneira é aquela que procura dar um 6 passo à frente da resposta breve e imediata: estabelece relações entre a dúvida apresentada e outros assuntos 7 afins, de modo que, aprofundando um pouco mais a lição, amplia o conhecimento e garante sua 8 permanência, porque não se contenta em ficar na superfície dos problemas e das dúvidas. 9 Falamos em superfície, e a palavra nos sugere agora 10 uma comparação entre as duas maneiras de aprender das quais vimos tratando. A primeira ensina a pessoa, no 11 mar de dúvidas, a manter-se à superfície; não afunda, mas não sai do lugar. A segunda, além de permitir à 12 pessoa permanecer à superfície, ensina-lhe a dar braçadas, ir mais além. Assim, pela primeira maneira, a 13 pessoa boia; pela segunda, nadando, avança e chega a seu destino. Evanildo Bechara, Na ponta da língua. Adaptado. 26 - De acordo com a norma-padrão, se o verbo sublinhado no trecho “das quais vimos tratando” for substituído por um sinônimo, também será necessário o uso de uma preposição antes de “as quais”, se o sinônimo for a) abordando. b) discorrendo. c) desenvolvendo. d) analisando. e) examinando. TEXTO: 15 - Comum à questão: 27 "Acocorada junto às pedras que serviam de trempe, a saia de ramagens entalada entre as coxas, sinhá Vitória soprava o fogo. Uma nuvem de cinza voou dos tições e cobriu-lhe a cara, a fumaça inundou-lhe os olhos, o rosário de contas brancas e azuis desprendeu-se do cabeção e bateu na panela. Sinhá Vitória limpou as lágrimas com as costas das mãos, encarquilhou as pálpebras, meteu o rosário no seio e continuou a soprar com vontade, enchendo muito as bochechas. Labaredas lamberam as achas de angico, esmoreceram, tornaram a levantar-se e espalharam-se entre as pedras. Sinhá Vitória aprumou o espinhaço e agitou o abano. Uma chuva de faíscas mergulhou num banho luminoso a cachorra Baleia, que se enroscava no calor e cochilava embalada pelas emanações da comida. Sentindo a deslocação do ar e a crepitação dos gravetos, Baleia despertou, retirou-se prudentemente, receosa de sapecar o pêlo, e ficou observando maravilhada as estrelinhas vermelhas que se apagavam antes de tocar o chão. Aprovou com um movimento a cauda aquele fenômeno e desejou expressar a sua admiração à dona. Chegou-se a ela em saltos curtos, ofegando, ergueu-se a ela em saltos curtos, ofegando, ergueu-se nas pernas traseiras, imitando gente. Mas sinhá Vitória não queria saber de elogios. - Arreda! Deu um pontapé na cachorra, que se afastou humilhada e com sentimentos de revolucionários. (RAMOS, Graciliano, Vidas Secas, Rio, São Paulo: Record, 1999, p.39) 27 - Analise as justificativas para o uso ou omissão do acento grave indicativo de crase nos excertos do texto. I. Em “Acocorada junto às pedras que serviam de trempe”, a crase é obrigatória com locuções prepositivas terminadas na preposição “a” seguidas de substantivo feminino. II. Em “Acocorada junto às pedras que serviam de trempe”, a crase está errada, pois a única regência correta seria “junto de”, logo, a expressão ficaria “juntos das pedras”. III. No trecho “Aprovou com um movimento a cauda”, há necessidade de crase em “à cauda”, tendo vista que o verbo aprovar exige preposição “a” neste caso. IV. Embora haja a preposição “a” no excerto “Chegou-se a ela em saltos curtos”, não há crase pelo fato de não podermos inserir o artigo feminino “a” diante do pronome “ela”. V. No trecho, “desejou expressar a sua admiração à dona”, utilizou-se a crase devido à regência do verbo “expressar”. As proposições em que o uso ou a omissão do acento indicativo de crase está de acordo com a norma culta são, apenas: a) I, II e III b) II, III e V c) III e IV d) I, III e V e) I, IV e V TEXTO: 16 - Comum à questão: 28 Álbum de colégio 1 2 Um antigo colega criou e organizou um site sobre 3 nossos anos de colégio, que já vão longe. Visitei ontem 4 as páginas virtuais de uma experiência real, vivida longamente numa velha escola, sólida tanto na 5 construção como no ensino. A pesquisa do meu colega 6 é bastante rica: documenta com detalhes pessoas e 7 espaços que nos foram muito familiares. Detive-me 8 logo na sequência dos professores, como se de novo estivesse 9 a ouvir suas vozes e a ver seus gestos, projetados 10 do tablado em que ficava a mesa, junto ao 11 quadro-negro. 12 13 Dona Alzira, de matemática. Óculos grossos, de aro 14 escuro, contrastando com a pele clara. Paciente, repetia o que fosse necessário de uma lição de álgebra 15 ou geometria. Eu me divertia com as palavras novas, 16 17 que logo transformava em apelidos dos colegas: Maria Clara ficou sendo a Hipotenusa, por ser comprida 18 19 e magra, e o Zé Roberto passou a ser Cateto, por conta do nariz comprido. As palavras prestam-se a 20 associações estranhas, talvez arbitrárias. O frequente 21 vestido de folhas vermelhas de Dona Alzira me parecia 22 23 bandeira vistosa das minhas dificuldades com as equações e os teoremas. 24 25 33 34 Dava-me melhor em Português. Não tanto com a 26 Gramática das regras severas e nomenclatura difícil, 27 mas com os textos bonitos que nos levavam para fora 28 da escola, na viagem da imaginação. Descobri com 29 seu Alex, professor grandalhão de voz grave e dicção 30 perfeita, o encantamento de versos ou frases em prosa 31 ditos com muita expressão, valorizados em cada 32 sílaba. E me iniciei em alguns autores que acabaram ficando, como Fernando Pessoa. A História, ao que me lembro, dividia-se em Geral, 35 da América e do Brasil. Tive mais de um professor, o mais entusiasmado e entusiasmante era o seu Euclides, 36 quase nunca imparcial, admirador dos gregos, não 37 tanto dos romanos, capaz de descrever as viagens 38 marítimas dos portugueses e espanhóis como se fosse 39 um tripulante. Não deixava de admirar Napoleão, 40 acentuando a incomensurável diferença entre o tio e o 41 105 sobrinho. Na História do Brasil, enfatizava as 42 insurreições populares e censurava o Estado Novo. biblioteca tinha algumas preciosidades do século XIX, 106 encadernadas e dispostas nas prateleiras mais altas. 43 107 44 Clicando aqui e ali (quem diria que havíamos de conhecer e usar esse tal de computador?) chego a 45 outros mestres, a outras aulas inesquecíveis. As 46 meninas torciam o nariz nas de Química: o professor 47 fazianos usar o laboratório e praticar reações (com 48 sulfato? com sulfeto?) que não cheiravam nada bem. 49 As mais frágeis simulavam desmaios... Havia as salas50 ambiente, destinadas e aparelhadas para disciplinas 51 específicas. Na de Geografia, grandes mapas, projetor 52 53 de slides, maquetes e figuras em alto relevo; na de Biologia, acreditem: um esqueleto completo, de verdade, 54 55 apelidado de Toninho (dizia-se que de um indigente, 56 morto há várias décadas); na de Física, armários com 57 instrumentos que lembravam ilustrações de Da Vinci. 58 O professor Geraldo não era exatamente uma grande 59 vocação de pedagogo: com ele a Física ficava mais 60 difícil do que já é. Dividia o curso em três partes: 61 Cinemática, Estática e Dinâmica, mas não sobrava 62 quase nada de nenhuma. Como ficava ao lado da sala 63 de Música, distraía-nos o piano de Dona Mariinha, que 64 punha seus alunos para cantar peças do folclore 65 nacional, das cirandas e emboladas do nordeste às danças gauchescas. 66 67 E havia, é claro, os pátios de recreio, movimentados 68 nos intervalos. A moralidade da época recomendava 69 dois pátios: um para os meninos, outro para as meninas. As turmas eram mistas, mas o convívio evitado 70 71 tanto quanto possível. Regulava-se o comprimento das saias, que algumas colegas enrolavam 72 sorrateiramente na cintura. Afinal, a moda era a míni... 73 74 Discos recém-lançados de Roberto Carlos e dos Beatles animavam o intervalo maior, colocados na vitrola 75 77 reivindicada e conseguida pelo centro estudantil.76 78 Volta e meia aparecia um jornalzinho dos estudantes, de corpo editorial instável e de vida curta. 79 Como esquecer, ainda, as figuras dos nossos 80 inspetores de alunos? Seu Alípio, baixinho e bravo, 81 vociferando por nada; dona Gladyr, apelidada de Arco82 íris por conta das roupas multicoloridas; dona 83 Gervásia, a mais velha funcionária da escola, 84 contadora de “causos”; Albertina, moça vigilante e de 85 poucas palavras, encarregada do portão de entrada 86 das meninas. Na cantina, os três irmãos proprietários 87 (“os três mosqueteiros ou os três patetas?”, 88 brincávamos) atendiam a todos com desenvoltura e 89 bom humor. E, por todo lado, as criaturas mais antigas 90 e veneráveis: os flamboyants copados, os plátanos, as 91 duas figueiras. Provavelmente ainda todas vivas, florescendo. 92 93 De clique em clique armou-se na tela do monitor, em 94 grande angular, a imagem da preciosa e velha 95 biblioteca da escola. Sim, tinha bibliotecária: uma senhora idosa e prestativa, sempre perfumada, rigorosa 96 97 na disciplina: dona Augusta, de hábitos e gosto 98 conservadores. Na “sua” biblioteca não entrava “esse tal de Sartre, francês ateu e comunista que 99 desencaminha a juventude”. Recomendava-nos 100 Coelho Netto e Olavo Bilac, Machado de Assis e 101 Euclides da Cunha, e parava por aí: nenhum 102 entusiasmo pelos modernos. Mas lá estavam 103 Bandeira, Drummond, Clarice, Graciliano, Guimarães 104 Rosa, que íamos descobrindo aos poucos. A Ah, a educação física... Luxos dos luxos: um ginásio de esportes, com boa quadra e pequena 109 arquibancada, e um campo gramado de futebol, com 110 traves oficiais e rede, instalada apenas nos jogos 111 importantes. Lembro-me quando a seleção da escola 112 recebeu o time do Seminário Presbiteriano, uns 113 jovens educadíssimos, diante dos quais parecíamos 114 uns trogloditas. Pois nos deram uma goleada, com 115 todo o respeito. Nosso comentário ressentido: − Mas 116 também esses caras vivem concentrados... 108 117 118 Velha escola. Por ironia, a tecnologia moderna me 119 leva ao passado e materializa reminiscências que 120 pareciam condenadas à pura e desmaiada memória. Ao som das músicas daquela época, as jovens colegas 121 122 continuam moças e bonitas, e os rapazes ensaiam 123 seus flertes... Palavras antigas. Mas está tudo lá: no 124 site do colégio, aberto à participação de moços e 125 velhos, história organizada de uma década perdida no 126 século XX. Lembrei-me agora de uma cena do filme 127 Sociedade dos poetas mortos. O professor leva 128 seus corados alunos a um saguão da escola, onde 129 estão fotos amareladas de alunos de outrora, que já 130 nem estão neste mundo. Aos moços atentos àquelas 131 imagens pergunta o professor: − Sabe o que dizem esses jovens das fotos? Dizem: carpe diem, em latim. 132 Ou: aproveita bem o dia que passa. (Rinaldo Antero da Cruz, inédito) 28 - Abaixo apresentam-se comentários sobre o que se tem nos dois últimos parágrafos do texto. O único que NÃO tem fundamento é: a) (Ref. 113) A palavra Pois introduz informação que contraria a expectativa criada pela distinção feita, na frase anterior, entre os jovens do Seminário e os alunos do colégio. b) (Refs. 114 e 115) É exemplo de discurso indireto livre a seguinte transposição do discurso direto presente no texto: Nós, com ressentimento, comentamos que "Também esses caras vivem concentra dos!" c) (Ref. 116) Quando emprega a expressão Por ironia, o autor dá relevo aos contrastes que são expostos na sequência da frase. d) (Refs. 126 e 127) A relação de oposição entre seus corados alunos e fotos amareladas de alunos de outrora sugere correspondência que fortalece o sen tido do que supostamente dizem os jovens das fotos. e) (Ref 128 e 129) Em Aos moços atentos àquelas imagens pergunta o professor, apresentam-se dois complementos, um verbal, outro nominal, introduzidos ambos por meio de preposição. Literatura 29 - (ITA SP/2000) Miguilim espremia os olhos. Drelina e a Chica riam. Tomezinho tinha ido se esconder. - Este nosso rapazinho tem a vista curta. Espera aí, Miguilim... E o senhor tirava os óculos e punha-os em Miguilim, com todo o jeito. - Olha, agora! Miguilim olhou. Nem não podia acreditar! Tudo era uma claridade, tudo novo e lindo e diferente, as coisas, as árvores, as caras das pessoas. Via os grãozinhos de areia, a pele da terra, as pedrinhas menores, as formiguinhas passeando no chão de uma distância. E tonteava. Aqui, ali, meu Deus, tanta coisa, tudo... O senhor tinha retirado dele os óculos, e Miguilim ainda apontava, falava, contava tudo como era, como tinha visto. Mãe esteve assim assustada; mas o senhor dizia que aquilo era do modo mesmo, só que Miguilim também carecia de usar óculos, dali por diante. (João Guimarães Rosa. MANUELZÃO E MIGUILIM.) Considere as seguintes afirmações sobre o trecho acima: I. Na narrativa, transparece o universo infantil, captado pela ótica da criança. II. Há o uso de recursos linguísticos, como ritmo, rima e figuras de linguagem, que desfazem as fronteiras entre prosa e poesia. III. A narrativa reporta ao mundo rústico do sertão pela ótica de um narrador externo à comunidade. Está(ão) condizente(s) com o trecho: a) apenas I. b) apenas II. c) I e II. d) I e III. e) II e III. 30 - (PUC SP/2000) Antes de sair de casa aprendi a ladainha das vilas que vou passar na minha longa descida. Sei que há muitas vilas grandes, cidades que elas são ditas; sei que há simples arruados, sei que há vilas pequeninas, todas formando um rosário cujas contas fossem vilas, todas formando um rosário de que a estrada fosse a linha. Devo rezar tal rosário até o mar onde termina, saltando de conta em conta, passando de vila em vila. Vejo agora: não é fácil seguir essa ladainha; entre uma conta e outra conta, entre uma e outra ave-maria, há certas paragens brancas, de planta e bicho vazias, vazias até de donos, e onde o pé se descaminha. Não desejo emaranhar o fio de minha linha nem que se enrede no pêlo hirsuto desta caatinga. Pensei que seguindo o rio eu jamais me perderia: ele é o caminho mais certo, de todos o melhor guia. Mas como segui-lo agora que interrompeu a descida? Vejo que o Capibaribe, como os rios lá de cima, é tão pobre que nem sempre pode cumprir sua sina e no verão também corta, com pernas que não caminham. Tenho de saber agora qual a verdadeira via entre essas que escancaradas frente a mim se multiplicam. Mas não vejo almas aqui, nem almas mortas nem vivas; ouço somente à distância o que parece cantoria. Será novena de santo, será algum mês-de-maria; quem sabe até se uma festa ou uma dança não seria? (Melo Neto, J. Cabral de. MORTE E VIDA SEVERINA. R. Janeiro: Ed. Sabiá, 1967.) Do trecho em questão, que integra o poema MORTE E VIDA SEVERINA, de João Cabral de Melo Neto, pode-se afirmar que a) revela convicção religiosa, justificada pela presença das palavras ladainha, rosário, ave-maria. b) utiliza a palavra rosário como metáfora para representar a sequência de lugares por onde o retirante deve passar em sua caminhada. c) expressa-se em linguagem figurada, o que dificulta ao leitor o entendimento do texto. d) indica que o retirante se perdeu no emaranhado dos caminhos porque abandonou deliberadamente o curso do rio, seu guia natural. e) apresenta linguagem simples dominada pela objetividade da informação e desprovida de características poéticas. 31 - (UFSM RS/2000) "Era uma velha sequinha que, doce e obstinada, não parecia compreender que estava só no mundo. Os olhos lacrimejavam sempre, as mãos repousavam sobre o vestido preto e opaco, velho documento de sua vida. No tecido já endurecido encontravam-se pequenas crostas de pão coladas pela baba que lhe ressurgia agora em lembrança do berço." Clarice Lispector Pelo fragmento citado, percebe-se que, na obra de Clarice Lispector, a) as personagens estão constantemente chorando a perda de um ente querido. b) o menor abandonado é objeto de paixão e solidariedade. c) o estilo naturalista é marcado pelas referências à decomposição da matéria. d) as personagens, envolvidas em seu próprio mundo, estranham ou ignoram o mundo circundante. e) as mulheres, em geral, aspiram a entrar no mercado de trabalho. 32 - (UFRGS/2000) Em relação aos contos de Clarice Lispector, analise os itens abaixo. I. Denúncia da violência na cidade moderna, privilegiando a visão externa aos acontecimentos e a sua avaliação. II. Preocupação em revelar a realidade social, apontando maneiras de sobrepor-se aos obstáculos que impedem a ascensão social. III. Narrativa intimista, preocupada em revelar o interior das personagens, que se encontram frequentemente em processo de autoconhecimento. Quais deles predominam nos contos da autora? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III. TEXTO: 12 - Comum à questão: 33 Duas da tarde, Nelsinho viu a fulana descer do ônibus. Na esquina o tal Múcio, com quem trocou olhares. Entrou no cinema, o sujeito atrás. Apagada a luz, sentaram-se na última fila, a conversar em voz baixa. De sua cadeira Nelsinho não os podia ouvir. Certo que não prestavam atenção ao filme. No meio da sessão, Múcio levantou-se e saiu. O herói pediu licença, sentou-se ao lado, precisava falar com ela. - Está louco? Sabe que sou casada. Por ele não fazia diferença. - Olhe que chamo o guarda. - Aí, safadinha, pensa que não vi? - Não tem nada com minha vida. - Eu não. Teu marido pode ter. - Se disser alguma coisa, conto que me perseguiu. - Isso é velho. De você eu sei coisas do arco-da-velha. Ofendida, Odete ergueu-se e, subindo a escada, foi para o balcão. Minutos depois, o rapaz surgiu ao lado. - Como é? Posso falar com você? Sabia que teu marido tem amante? Sabia que eles se encontram à noite? Ainda não sabe, não é? Já vi os dois juntinhos em tantos lugares. Sei que ele pouco demora em casa. Trata você aos gritos quando lhe pede dinheiro. Foi seduzido por essa tipa. Me dói o coração ver você desprezada. É a única de quem gostei na vida. Tire a máscara dessa sem-vergonha. Também é casada. Mãe de filhos, quem sabe do teu marido... O homem dela viaja muito. Na sua ausência, ela se mostra o que é: uma sirigaita. Pode que aconteça uma tragédia quando o marido volte e alguém conte. É bobagem brigar com o teu. Sabe como são os homens. São fracos – não resistem a um palminho de cara bonita. Cuidado com essa aventureira, que se entrega a ele de olho fechado. Quer um conselho, Odete? Olhe, você dê o desprezo. Faça com ele o mesmo que lhe faz. Sem responder, a bela foi para a plateia, seguida de Nelsinho. Ameaçou contar ao marido assim que chegasse. Ora, se falasse qualquer coisa, não a surpreendera com outro? Odete saiu furiosa, esqueceu até a sombrinha. Em casa, descreveu o incidente à sua velha mãe: - Não se pode ir sozinha ao cinema. Aconselhada pela velha a nada revelar ao marido. Muito nervoso, alguma desgraça. Odete insistia, olhos sonhadores, na loucura do rapaz. Intrigá-la com o marido não era vingança de um doente de paixão? Àquela hora o nosso herói telefonava para o marido: - Boa tarde, seu Artur. Como foi de viagem? Viajar é bom – quando a mulher fica em casa. - Que história é essa? Quem está falando? Não estou entendendo. - Aqui é um amigo. O nome não interessa. O caso é tão delicado. Não sei o que diga. Por onde comece. O marido viaja, a mulher fica de namoro. O senhor merece essa falseta? Vou contar o que sei... A sua mulher... Ela tem um amante! - Canalha! Dou um tiro na boca. Você prova, seu patife? Então, diga. Quem é que anda com minha mulher? - Um tal doutor Múcio. No súbito silêncio, e antes que o palavrão explodisse, Nelsinho desligou. Da folha branca alisou as rugas. Grande sorriso até o fim da carta, em letra de forma, com a mão esquerda: Dr. Múcio Grande filho da mãe Previno-te cuidado! Cuidado! De hoje em diante vou te perseguir Já não fiz asneira porque não quis manchar o meu nome De hoje em diante farei meus pensamentos Já considerei tua mulher e teus filhos Mas como você é covarde só merece uma bala na cabeça E te previno pense bem na tua mulher e teus filhos E outros inocentes que andam sofrendo no mundo por tua causa Covarde sem-vergonha descarado Pense no futuro do teu lar porque tua vida é curta Se continuar tirando a honra das mulheres casadas Você também é casado e anda corneando os maridos Não é só com a minha tem muitas outras Não pense que eu sou um covarde como você Tenho coragem para tirar teu miolo fora Talvez você não alcance o Ano Novo Farei uma limpeza em Curitiba Eu só desejo a vingança Derramarei o sangue deste desgraçado na rua Cuide do teu pelo É o último aviso. (TREVISAN, Dalton. Último aviso. In: O vampiro de Curitiba. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 30-33.) 33 - (UEL PR/2006/2ª Fase) Com base no conto “Último aviso” e no conjunto de contos de “O vampiro de Curitiba”, considere as afirmativas a seguir. I. A presença de Nelsinho é ostensiva neste conto e em outros, na condição de uma personagem que circula pela cidade em busca de se aproveitar de mulheres. II. O uso de uma linguagem agressiva aparece neste conto e em outros como demonstração de relações interpessoais marcadas pela deterioração dos afetos. III. A narração de cenas com tonalidades eróticas é um recurso que neste conto não aparece com o mesmo detalhamento como em outros contos em que há referências a seios desnudos e beijos ardentes em episódios com a participação de Nelsinho. IV. A violência prometida neste conto, através da ameaça de morte a tiros presente na carta, concretiza-se em outros contos quando o protagonista assume a condição de justiceiro, assassinando mulheres e homens rivais. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. TEXTO: 13 - Comum às questões: 34, 35. Texto 2 FADO TROPICAL Chico Buarque e Ruy Guerra Oh, musa do meu fado Oh, minha mãe gentil Te deixo consternado No primeiro abril Mas não sê tão ingrata 5 Não esquece quem te amou E em tua densa mata Se perdeu e se encontrou Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal 10 Ainda vai tornar-se um imenso Portugal "Sabe, no fundo eu sou um sentimental Todos nós herdamos no sangue lusitano Uma boa dose de lirismo (além da sífilis, é claro) 15 Mesmo quando as minhas mãos estão Ocupadas em torturar, esganar, trucidar Meu coração fecha aos olhos e sinceramente chora..." Com avencas na caatinga 20 Alecrins no canavial Licores na moringa Um vinho tropical E a linda mulata Com rendas do Alentejo 25 De quem numa bravata Arrebato um beijo (...) Sardinhas, mandioca Num suave azulejo E o rio Amazonas 30 Que corre Trás-os-Montes E numa pororoca Deságua no Tejo (...) Revista Cult, março de 2000, p. 39. 34 - (UEM PR/2006/Julho) De acordo com o texto 2, é possível inferir que o locutor I. é genuinamente brasileiro. II. estabelece tempo e espaço. III. se mostra propenso à promiscuidade. IV. assimila o sincretismo racial. V. experimenta contradições. Está(ão) correta(s) a) apenas I, II e III. b) apenas I, II e IV. c) apenas II, III, IV e V. d) apenas III, IV e V. e) todas. 35 - (UEM PR/2006/Julho) Comparando-se o conteúdo do texto 2 com seu título "Fado tropical", não se pode inferir que a) o destino do Brasil ainda não se cumpriu. b) o Brasil sofre de um complexo de inferioridade frente à nação portuguesa. c) há uma proposta de intercâmbio étnico entre portugueses e brasileiros. d) há uma contradição entre as culturas portuguesa e brasileira. e) há um desejo de que ocorra uma europeização do Brasil. 36 - (FURG RS/2006/1ª Fase) As horas nuas, romance de Lygia Fagundes Telles, tem como protagonista: a) Rahul, o misterioso gato que guarda a memória de vidas passadas. b) Ananta Medrado, a analista que revela gosto pelos rótulos. c) regório, o discreto professor. d) Diogo, o amante de jazz. e) Rosa Ambrósio, a atriz decadente. 37 - (FURG RS/2006/1ª Fase) Leia o fragmento seguinte e assinale a alternativa correta: Cidade de clima suave, esta a maior mentira dos viajantes estrangeiros. Verões tórridos e abafados, suor escorrendo mesmo que se esteja sem mover um músculo, verões em que nem as moscas se animam a bater asas, preferindo caminhar dolentemente sobre os restos de comida do almoço domingueiro, pouco movendo as patas para não se escaldarem ainda mais. Sonolência e preguiça, o comércio funcionando com as portas encostadas na meia sombra, cachorros com as línguas de fora buscando alguma laje ou tampo de cisterna, gatos dormindo ao comprido, ignorando o mundo. a) O fragmento traz a descrição da cidade do Rio de Janeiro, presente em Senhora, de José de Alencar. b) A passagem transcrita contempla a descrição da cidade de Porto Alegre, presente em Cães da Província, de Luiz Antonio de Assis Brasil. c) O fragmento contém a descrição de uma cidade nordestina, referida em Vidas secas, de Graciliano Ramos. d) O fragmento transcrito traz a descrição de uma cidade do interior gaúcho, referida em Sem rumo, de Cyro Martins. e) A passagem transcrita traz a descrição da cidade de São Paulo, segundo a ótica do narrador de Macunaíma, de Mário de Andrade. 38 - (FURG RS/2006/1ª Fase) Simões Lopes Neto, com Casos do Romualdo, a) reafirma o mito do gaúcho campeiro e guerreiro, tal como é concebido no plano do regionalismo literário sulino. b) focaliza a figura do campeiro sul- riograndense que, havendo migrado para a cidade, acaba por marginalizarse. c) inaugura uma nova fase do regionalismo literário sulrio-grandense, marcada pela utilização de uma linguagem rebuscada e artificial. d) promove a relativização do mito do gaúcho, através dos casos narrados por Romualdo, gaúcho tagarela e fanfarrão. e) desenvolve um conjunto de contos, em que um narrador em terceira pessoa relata suas aventuras pelo território sulrio- grandense. 39 - (UNIFAP AP/2006/1ª Fase) Sobre o conto Liberdade, de Paulo Ronaldo Almeida, assinale a alternativa correta: a) É narrado em 3ª pessoa e o narrador não participa da história como personagem. b) O personagem principal é um pescador que relata as suas experiências vividas no mar. c) O enredo principal é uma denúncia contra a situação que oprime o homem do campo na Amazônia. d) Tem como cenário a floresta amazônica e faz numerosas referências à fauna e à flora. e) Apresenta narrativa de caráter intimista onde o personagem-narrador relata suas aventuras em busca da liberdade. 40 - (UFAC/2006/1ª Fase) Considerado marco do teatro brasileiro contemporâneo, Nélson Rodrigues trouxe aos palcos brasileiros não apenas inovações cênicas, como também temáticas. Considerando Álbum de família – uma das obras primas desse autor, assinale a alternativa que se relaciona corretamente com a obra. a) Focaliza um ambiente extremamente moralizante. b) Tem como foco central o embate entre homens e mulheres. c) Evidencia uma crítica a valores familiares construídos sobre falsos alicerces. d) Do ponto de vista temático, destaca aspectos sociais gerados por desajustes econômicos. e) Todas as suas personagens são estereótipos. a) político – Incidente em Antares – Mês de cães danados – Os tambores silenciosos b) histórico – O tempo e o vento – A estranha nação de Rafael Mendes – Tempo de solidão c) memorialista – Solo de clarineta – A orelha de Van Gogh – Camilo Mortágua d) histórico – O senhor embaixador – Centauro no jardim – Tempo de guerra e) autobiográfico – Solo de clarineta – A estranha nação de Rafael Mendes – Rosas do Brasil 41 - (UCS RS/2006/Janeiro) Com relação a obras da literatura brasileira, assinale a alternativa correta. a) Guimarães Rosa, em Grande sertão: veredas, vale-se do cenário rural para ambientar uma trama entre uma jovem urbana e um rude capanga de seu pai. b) No “Continente 1”, parte inicial de O tempo e o vento, de Érico Veríssimo, o narrador apresenta conflitos na cidade de Rio Pardo, cidade berço dos portugueses no Rio Grande do Sul. c) Machado de Assis, em Dom Casmurro, vale-se de um narrador em terceira pessoa para contar as peripécias de um carioca depois de morto. d) José de Alencar, em Senhora, conta as desventuras de uma jovem que, por se prostituir para manter a família, não tem direito ao matrimônio. e) Na obra Uma mulher vestida de sol, de Ariano Suassuna, evidencia-se que a justiça tem papel omisso na sociedade; o que rege as disputas é a força do mais violento. 44 - (UCS RS/2006/Janeiro) Analise a veracidade (V) ou falsidade (F) das proposições abaixo sobre a obra Na noite do ventre, o diamante, de Moacyr Scliar. ( ) O modo de narrar rompe com a cronologia da história, pois a narrativa começa ambientando os fatos no século XX e depois retrocede ao XVII. ( ) A trama sofre deslocamento espacial, acontecendo ora no Brasil, ora na Rússia, ora na Europa. ( ) A relação entre Gregório e David, em alguns aspectos, lembra a história bíblica de Caim e Abel. 42 - (EFOA MG/2006/Janeiro) Leia o fragmento abaixo, extraído do conto “Uma carta”, de Sérgio Sant’Anna: Esta carta então apócrifa, egoísta, orgulhosa, que se quer uma essência das cartas, utópica e abstrata como uma melodia vermelha, entoada por uma mulher que talvez nem seja engenheira, talvez a louca em trajes fétidos no pátio do asilo e que se chama Jussara, mas assina Beatriz como que se veste de princesa para um amante inventado; que inventa ainda uma cachoeira, uma casa, uma cidade e até seu prefeito; esta louca que talvez nem seja mulher, mas um homem solitário em seu quarto acanhado e que constrói para si uma amante louca em nome de quem remete a si mesmo ou ao léu uma carta que tenha a duração escrita de uma noite. (SANT’ANNA, Sérgio. “Uma carta”. In: O monstro. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 35.) É CORRETO afirmar que esta passagem enfatiza: a) a condição socioeconômica da remetente da carta. b) o caráter documental da carta. c) as verdadeiras identidades da remetente e do destinatário da carta. d) a oralidade da linguagem utilizada para escrever a carta. e) a ficcionalidade da carta. 43 - (UCS RS/2006/Janeiro) Na década de 70, Érico Veríssimo instaura uma vertente na literatura gaúcha. Trata-se do romance _______________. O escritor inaugura o ciclo com o texto _______________, o qual é sucedido pela publicação de _______________, de Moacyr Scliar e _______________, de Josué Guimarães. Assinale a alternativa que preenche respectivamente as lacunas acima. correta e Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo. a) VFV b) FVF c) VV V d) FVV e) VFF 45 - (UFPel RS/2006/Janeiro) O trecho a seguir faz parte de um conto de Dalton Trevisan – escritor brasileiro que inúmeras vezes retratou em seus textos as tensas relações entre o ser humano e a sociedade. […] “– Vá-se embora – respondeu docemente a velha. – Desapareça da minha vista. Você mais o dente de ouro. De dia o rádio ligado a todo o volume. À noite, a gritaria furiosa das lunáticas. Sentadinha na cama, distraise a velha a espiar uma nesga de céu. Com paciência, amansa uma mosca das grandes, que vem comer na sua mão arrepiada de cócegas. Há três dias afeiçoada à velhinha, não foge a mosca por entre as grades da janela.” TREVISAN, Dalton. “Clínica de repouso”. In: LADEIRA, Julieta de Godoy (org.). Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Ática, 1994. A partir do todo do conto e de seus conhecimentos, é correto afirmar que a afeição entre dona Candinha e a mosca caracteriza-se como a) uma comparação com as relações da velhinha para com seus familiares, uma vez que o genro discordava do tratamento que sua mulher dava à mãe. b) uma metáfora da relação estabelecida entre a velha e uma enfermeira, a qual, durante o dia, a cobria de atenções que minimizavam a solidão sentida pelo abandono da filha. c) uma ironia, pois, ainda que nutrisse sentimentos de piedade e amor pela mãe, Maria decidiu interná-la, em razão do estranho comportamento apresentado. d) um contraste sarcástico com as relações pessoais existentes no texto, principalmente quanto ao descaso da filha para com a velhinha. e) uma imagem construída da solidão humana, feita através do contraste entre o desespero tanto da filha quanto do genro e o descaso da velha em relação a eles. Arte 46 - (UPE) A cultura européia conviveu com muitas mudanças nas primeiras décadas do século XX. Concepções estéticas clássicas foram questionadas por artistas, como Picasso, Salvador Dali, Marcel Duchamp e tantos outros. O que faz parte do movimento cultural das primeiras décadas do século XX? Marque a alternativa incorreta a) O surrealismo que procurava explorar a imaginação e teve seu primeiro manifesto divulgado em 1924. b) O dadaísmo que teve em Duchamp e Max Ernst expressões importantes. c) As obras de escritores, como James Joyce e Marcel Proust com contribuições marcantes na literatura. d) As composições de Debussy, Schoenberg, Ravel, Stravinsky, que renovaram a chamada música erudita. e) O cubismo que teve em Henri Matisse e Cézanne suas grandes expressões na pintura. 47 - (UFU MG) Considere as alternativas a seguir e marque a INCORRETA. a) A Grande Guerra (1914-1918) foi, até então, o maior conflito mundial, envolvendo quase todas as nações da Europa. Porém, antes da guerra, essas nações eram aliadas e não havia rivalidades políticas e econômicas entre as grandes potências, o que contribui para que o período fosse entendido por muitos, mesmo entre os críticos mais ativos, como auge da sociedade liberal. b) Vários movimentos artísticos contestaram a crença inabalável nos avanços da ciência ou criticavam ironicamente as supostas conquistas da civilização ocidental. Tais movimentos – ou vanguardas – foram marcados pela grave consideração acerca das questões de seu tempo e, mesmo sendo plurais, as vanguardas tematizaram o mundo a que pertenciam. c) Movimentos como o dadaísmo, o futurismo, o surrealismo, o expressionismo, entre outras vanguardas existentes em várias partes do mundo no início do século XX, inclusive no Brasil, lideraram protestos contra a sociedade liberal e o ritmo mecanizado da vida moderna no âmbito das artes, com amplas repercussões. d) Vanguardas artísticas contemporâneas existiram pelo menos desde a passagem do século XIX para o XX, sobretudo na Europa, e também na América e Brasil. Sob o impacto da “era dos cataclismos” que marcou as décadas iniciais do século XX, movimentos genericamente chamados “modernos” ampliaram sua crítica e inovação, rompendo com estéticas e valores tradicionais. e) nda. 48 - (UEL PR) Leia o texto a seguir: Os burgueses consideravam o dadaísta um monstro dissoluto, um canalha revolucionário, um bárbaro asiático, conspirando contra suas campanhas, suas contas bancárias, seu código de honra. (HANS, A. A garrafa umbilical. In: ADES, D. O Dada e o Surrealismo. São Paulo: Labor do Brasil, s/d. p. 3.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Dadaísmo, é correto afirmar que os dadaístas a) apoiavam a sociedade capitalista e sua moral burguesa, e não as responsabilizavam pelos horrores da guerra. b) voltavam-se para a produção de uma arte absurda, pois, na forma de provocações, manifestavam seu apoio e contentamento com a guerra. c) consideravam que construir uma arte educativa e espiritualista era uma forma de se contrapor ao materialismo e ao cientificismo do mundo moderno. d) criticavam a arte ilógica, absurda, valorizando a racionalidade na criação artística. e) pregavam o fim da arte tradicional, pois entendiam que esta expressava os valores estéticos e ideológicos de quem detinha o poder. 49 - (UNIFOR CE) Considere a figura. A pintura de Picasso está inserida dentro de um contexto da produção cultural do século XX fortemente marcada: a) pelo surrealismo das imagens, cuja preocupação estava restrita ao ponto de vista do autor sobre a própria arte. b) pelo distanciamento dos pintores da realidade política e social e pelo sentimento individualista da sociedade capitalista. c) pela renovação profunda da maneira de expressar artisticamente a realidade social, engendrando uma nova cultura caracterizada pela interrogação, indignação e revolta. d) pela despreocupação em transmitir uma mensagem social ou moral, reforçando os valores individualistas e burgueses do pintor. e) pela necessidade ao autor retratar fielmente as percepções do mundo natural, sem qualquer intervenção de ordem intelectual ou política. 50 - (ENEM) Os transgênicos vêm ocupando parte da imprensa com opiniões ora favoráveis ora desfavoráveis. Um organismo ao receber material genético de outra espécie, ou modificado da mesma espécie, passa a apresentar novas características. Assim, por exemplo, já temos bactérias fabricando hormônios humanos, algodão colorido e cabras que produzem fatores de coagulação sangüínea humana. O belga René Magritte (1896 – 1967), um dos pintores surrealistas mais importantes, deixou obras enigmáticas. Caso você fosse escolher uma ilustração para um artigo sobre os transgênicos, qual das obras de Magritte, abaixo, estaria mais de acordo com esse tema tão polêmico? a) b) c) d) clássico na URSS e o fechamento das Orquestras Sinfônicas na Tchecoslováquia. e) n.d.a. 52 - (UEL PR) Leia o texto a seguir. As origens do surrealismo nas artes visuais estão no movimento Dadá e nas obras de De Chirico e Marc Chagall. Esses artistas já realizavam um arranjo irracional de objetos, em uma ausência de lógica que caracteriza as imagens oníricas, abrindo caminho para os domínios do inconsciente. Com a colaboração dos dadaístas, Hans Arp e Max Ernst, Breton propôs, com base na psicanálise, um método de criação poética espontâneo, denominado “automatismo psíquico”. Tal método pretendia acessar diretamente as imagens simbólicas do inconsciente, independente de qualquer preocupação estética ou moral, sem o “filtro” da razão e da lógica. Além de Ernst e Arp, se destaca o trabalho de Joan Miró, com poéticas mais intuitivas que racionais. Alguns artistas, como Buñuel, Dali, Magritte, Giacometti, tiveram relação com o movimento surrealista. Artistas brasileiras, como a escultora Maria Martins e a pintora Tarsila do Amaral (na sua fase antropofágica), tiveram influência marcante desse movimento. (Adaptado de: HERBERT, R. História da Pintura Moderna. São Paulo: Círculo do Livro S.A., s/d. p.23-143.) e) 51 - (UFU MG) “A essência do realismo socialista reside na fidelidade à verdade da vida, por mais penosa que possa ser, e na totalidade expressa em imagens artísticas concebidas de um ponto de vista comunista. Os princípios ideológicos e estéticos fundamentais do realismo socialista são os seguintes: devotamento à ideologia comunista, colocar sua atividade a serviço do povo e do espírito do Partido, ligar-se estreitamente às lutas das massas trabalhadoras, humanismo socialista e internacionalista, otimismo histórico, recusa do formalismo e do subjetivismo, bem como do primitivismo naturalista.” Dicionário Filosófico. Moscou, 1967. De acordo com o trecho acima e, considerando o contexto cultural dos países socialistas durante o período da “Guerra Fria”, marque a alternativa correta. a) O realismo socialista rivalizou com as chamadas vanguardas européias do início do século XX, como, por exemplo, Surrealismo, o Abstracionismo e o Cubismo, correntes estéticas que sofreram censura por parte do regime stalinista. b) Durante a Guerra Fria, enquanto as potências capitalistas desenvolveram uma estética a serviço de sua propaganda ideológica, o mundo socialista optou por uma arte realista sem apelo propagandístico e destituída de marcas ideológicas. c) O “otimismo histórico” estética socialista russa na década de 1960, destinada tão somente a retratar as “utopias” revolucionárias, sem qualquer relação com a “crua” realidade social. d) A patrulha ideológica das artes nos países do bloco socialista ocasionou o declínio estético do Leste Europeu. Exemplos disso foram: a proibição do ballet Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, as imagens das obras de um precursor do surrealismo, de um surrealista europeu e de um artista brasileiro surrealista. 53 - (UEL PR) As origens da Arte Moderna estão relacionadas com o trabalho inovador de vários artistas que atuaram até o século XIX. Podem-se relacionar alguns precursores com os movimentos da Arte Moderna: Manet e o Impressionismo, Van Gogh e o Expressionismo, Cézanne e o Cubismo, Gauguin e o Fovismo e Bosch e o Surrealismo. Com base nos conhecimentos sobre os antecedentes da Arte Moderna, relacione as obras dos artistas mencionados com as dos respectivos movimentos. (III) c) (IV) d) (V) e) Assinale a alternativa que contém a associação correta. a) I-A, II-C, III-E, IV-B, V-D. b) I-A, II-D, III-B, IV-C, V-E. c) I-C, II-B, III-A, IV-E, V-D. d) I-C, II-D, III-E, IV-A, V-B. e) I-D, II-C, III-A, IV-B, V-E. 54 - (UEG GO) Observe a imagem e leia o fragmento de texto a seguir. (I) a) DALI, Salvador. As três idades – velhice, adolescência e infância, 1940. Disponível em <http://thedali.org/exhibits/highlights/old_age_adolescence_and_infancy.php>. Acesso em: 18 mar. 2013. Campos Sales tinha sido escravo da família Campos Sales – contava. Ganhou sua liberdade, sua alforria de negro cativo, vestindo a farda de soldado brasileiro e pelejando, com valentia, nos esteros do Paraguai. Mostrava suas velhas cicatrizes. Pontaços de lanças inimigas. (II) b) CORALINA, Cora. Estórias da casa velha da ponte. São Paulo: Global, 1985. p. 15. Comparando-se a imagem com o trecho do conto “Campo Sales”, verifica-se que na contística coraliniana destaca-se a) o lirismo b) o mistério c) a linearidade d) a ambiguidade e) n.d.a. 55 - (UDESC SC) As produções artísticas e culturais, sobretudo no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais, evidenciaram novas formas de expressão. Os movimentos artísticos e culturais relacionados à Arte Moderna se opunham à tradição e às formas clássicas e, com isso, marcaram o surgimento de uma arte mais politizada. Analise as obras abaixo. I. completas. Mantendo o mesmo volume da embalagem, a sua área lateral precisa ser aumentada. Porém, por restrições de custo do material utilizado, este aumento da área lateral não deve ultrapassar 25%. Sejam r e h o raio e a altura da embalagem original, e R e H o raio e a altura da embalagem alterada. Nessas condições podemos afirmar que: R r R b) r R c) r R d) r a) 3 H 16 e 4 h 9 9 H 4 e 16 h 3 4 H 25 e 5 h 16 16 H 5 e 25 h 4 e) n.d.a. 57 - Uma piscina circular com profundidade uniforme de 1 m foi construída em uma residência, tangenciando uma região quadrada ABCD, conforme mostrado nas figuras. Salvador Dali Disponível: http://www.virtualdali.com/31PersistenceOfMemory.html II. Pablo Picasso Disponível: http://www.abcgallery.com/P/picasso/picasso36.html III. Sabendo que a medida do segmento AO é igual a 4 m, é correto afirmar que o volume da água contida nessa 3 piscina, quando totalmente cheia, é, em m , igual a a) 6 2 b) c) d) e) 4 2 16 8 8 2 58 - Em um projeto de construção um cano de concreto para drenagem de efluentes de uma indústria fez-se uma planta na escala 1:40. Nessa planta o cano foi representado com um comprimento total de 20cm. Os diâmetros interior e exterior são 1,3 cm e 1,5cm, respectivamente. O volume, em litros, de concreto necessário para a fabricação desse tubo é: Considere = 3. Leonardo da Vinci Disponível: www.louvre.fr IV. Tarsila do Amaral Disponível: http://www.tarsiladoamaral.com.br Assinale a alternativa que contém aquela(s) que representa(m) a Arte Moderna do período abordado. a) Somente a obra I. b) Somente as obras II e III. c) Somente as obras I, II e IV. d) Somente as obras II, III e IV. e) Todas as obras. Matemática 56 - A embalagem de certo produto alimentício, em formato de cilindro circular, será alterada para acomodar um novo rótulo com informações nutricionais mais a) 328,8 L b) 2150,4 L c) 537,6 L d) 1324,48 L e) N.D.A. 59 - Uma empresa que constrói tanques para tratamento de efluentes industriais deseja fabricar um tanque sem tampa no formato de cilindro circular reto equilátero que 3 tenha capacidade para 432 m . O material para o fundo 2 do tanque custa R$ 5,00 o m e para a lateral R$ 2,00. Determine quanto custará o material para produção deste tanque.5 a) R$ 468 b) R$ 4321 c) R$ 424 d) R$ 1468 e) N.D.A. 60 - A figura apresenta a vista superior de uma piscina e suas dimensões internas. Considerando que a profundidade da piscina é constante e igual a 1,2 m, a capacidade da piscina é, em litros, Adote: = 3 a) b) c) d) e) 23 400. 25 200. 28 800. 36 000. 38 500. 61 - A traqueia de uma determinada pessoa, em repouso, pode ser considerada como sendo um tubo cilíndrico com 10 cm de comprimento e 2 cm de diâmetro, conforme ilustram as figuras 1 e 2. 62 - Um cilindro circular reto de raio da base igual a 4 cm contém água até uma certa altura. Um objeto é colocado no seu interior, ficando totalmente submerso. Se o nível da água no cilindro subiu 3 cm, podemos afirmar que o volume desse objeto é de, aproximadamente: 3 a) 174 cm 3 b) 146 cm 3 c) 162 cm 3 d) 183 cm 3 e) 151 cm 63 - O volume de sangue do corpo humano, em litros, corresponde em média a 7% de sua massa corporal, em quilogramas. Por exemplo, uma pessoa com 70 kg de massa corporal possui, em média, 4,9 litros de sangue. Considerando 3,14, dentre as alternativas apresentadas, a altura, em cm, do menor recipiente na forma de um cilindro circular reto, com raio de base igual a 10 cm, no qual caberia todo o sangue de um indivíduo com massa corporal igual a 82 kg é a) 18,5 cm. b) 20,0 cm. c) 19,0 cm. d) 19,5 cm. e) 18,0 cm. 64 - O proprietário de um posto de combustível quer aumentar o volume de um de seus tanques, que possui formato cilíndrico, em 50%. Contudo, ele pode aumentar o raio da base do tanque em, no máximo, 10%. Tendo em vista a situação apresentada, o aumento mínimo na altura do tanque que o proprietário pode fazer é, aproximadamente, de: a) 30% b) 24% c) 20% d) 14% e) n.d.a. 65 - Uma lata cilíndrica, como mostra a figura abaixo, deve ter uma capacidade (volume) de 24 centímetros cúbicos. O preço do material usado para o fundo e a tampa da lata é de 3 reais por centímetros quadrados e o preço do material usado para o lado da lata é de 2 reais por centímetros quadrados. Então o custo do material necessário para construir uma lata em função do raio é: 2 a) 6(r + Quando essa pessoa tosse, a traqueia sofre uma contração, ocorrendo a redução do diâmetro, o que faz com que a área lateral da traqueia passe a medir 16 2 cm . Sabendo que o comprimento da traqueia não sofre alteração durante a tosse, pode-se concluir, então, que, durante a contração, o raio inicial da traqueia (quando a pessoa está em repouso), sofre uma redução de a) 20%. b) 25%. c) 35%. d) 30%. e) 40%. 2 b) 6(r + 2 c) 4(r + 2 d) 4(r – 2 e) 4(r + 8 ) r 16 ) r 8 ) r 8 ) r 32 ) r 66 - Um cilindro circular reto de base contida em um plano foi seccionado por um plano , formando 30° com , gerando um tronco de cilindro. Sabe-se que BD e CE são, respectivamente, eixo maior da elipse de centro P contida em , e raio da circunferência de centro Q contida em . Os pontos A, B, P e D são colineares e estão em , e os pontos A, C, Q e E são colineares e estão em . Sendo BC = 1 m e CQ = 3 m, o menor caminho pela superfície lateral do tronco ligando os pontos C e D mede, em metros, a) 3 1 3 2 b) 3 3 9 3 2 e) 9 71 - (UEG GO/2014) Uma pedra lançada do alto de um prédio de 8 metros percorre uma trajetória descrita pela 2 equação h(t)= –2t + 8t, onde t é o tempo medido em segundos e h(t) é a altura da pedra no instante t. Do momento em que a pedra é lançada até o instante em que ela toca o chão se passaram a) 2 segundos b) 6 segundos c) 4 segundos d) 8 segundos e) n.d.a. 72 - (IBMEC SP/2012) Considerando x uma variável real positiva, a equação c) 3 1 2 d) quantos dias no mínimo essa colmeia atingirá uma população de 64.000 abelhas? a) 9 b) 10 c) 12 d) 13 e) 14 xx 2 67 - Uma coluna de sustentação de determinada ponte é um cilindro circular reto. Sabendo-se que na maquete que representa essa ponte, construída na escala 1:100, a base da coluna possui 2 cm de diâmetro e 9 cm de 3 altura, o volume, em m de concreto utilizado na coluna, é: Use = 3,14 a) 2,826 b) 28,26 c) 282,6 d) 2826 e) n.d.a. (PUC 3 n 3 3.3 n 1 3.3 n 2 a) 3 n 1 b) –3 n c) 3 x possui três raízes, que nomearemos a, b e c. Nessas 2 2 2 condições, o valor da expressão a + b + c é a) 20. b) 21. c) 27. d) 34. e) 35. 73 - (UDESC SC/2012) Se x é solução da equação 3 x x + 9 = 6, então x é igual a: 4x – 1 2 2 1 b) 4 1 c) 2 x d) 1 e) 27 74 - (ESPM SP/2011) O valor de y no sistema 5x y 5 (0,2) é igual a: 2xy 2 (0,5) a)–5/2 - 6 x 9 a) 68 - (ESPM SP/2015) A soma das raízes da equação 4 5 x+2 +2 =32 é igual a: a) 5 b) 3 c) 8 d) 12 e) 7 69 2 SP/2014) Simplificando a expressão , obtém-se: 1 9 b)2/7 c)–2/5 d)3/5 valor de (2b – a) é dado por: n+2 a)0 26 27 16 e) 9 d) b)1 c)–1 d)–2 e)2 76 - (MACK SP/2010) O valor de x na equação 70 - (UNIFOR CE/2014) Após um estudo em uma colmeia de abelha, verificou-se que no instante t = 0 o número de abelhas era 1000 e que o crecimento populacional da colmeia é dada pela função f, onde f é 2t definida por f ( t ) 1000 (2) 3 em que t é o tempo decorrido em dias. Supondo que não haja mortes na colmeia, em e)3/7 1 ab 4 16 75 - (IBMEC RJ/2011) No sistema ,o 3 2 a 2 2 b 1 2 3 9 a) b) c) d) e) 2 x 2 1 é 27 tal que 2 < x < 3. negativo. tal que 0 < x < 1. múltiplo de 2. 3. x 77 - (UNIMONTES MG/2010) Se 4 – 4 x (2x) é igual a a) x–1 = 24, então 5 . 2 b) 25 5 . c) 5 5 . d) 125. e) n.d.a. 78 - (FGV /2009) Sendo x e y números reais tais que 4x 2 xy 8 e 9xy 35 y 243 , então x.y é igual a a) −4. b) 12 . 5 c) 4. d) 6. e) 12. 79 - (UNIMONTES MG/2008) Considere a função f : R R , definida por f (x) 2 x 2 x . O valor da expressão f (2) f (2) f (0) é a)17. b)0. c)1. d)8. e) n.d.a. 80 - Considere todos os possíveis telefones celulares, com números de 8 algarismos e primeiro algarismo 9. Mantido o primeiro algarismo 9, se os telefones passarem a ter 9 algarismos, haverá um aumento de 7 a) 10 números telefônicos. 8 b) 10 números telefônicos. 7 c) 910 números telefônicos. 8 d) 910 números telefônicos. 9 e) 910 números telefônicos. 81 - De quantas maneiras podem ser distribuídas 12 canetas iguais em 2 estojos iguais? a)8 b)6 c)5 d)7 e) n.d.a. 82 - Um estádio de futebol é composto por n cadeiras numeradas. De quantas maneiras diferentes os sete primeiros torcedores que chegarem para assistir a um jogo de futebol nesse estádio podem escolher seus lugares? a) An,7 b) n c) A7,7 c) 210 d) 40.320 e) 35 85 - Dentre os cinco poliedros regulares, dois serão escolhidos para enfeitar uma estante. O número de escolhas é: a) 5 b) 6 c) 10 d) 15 e) 20 86 - Com os algarismos significativos, quantos números pares de três algarismos, sem repetição, se podem formar? a) 224 b) 168 c) 252 d) 288 e) n.d.a. 87 - O número de anagramas da palavra GREVE é: a) 120 b) 60 c) 20 d) 40 e) 30 88 - Na sala de visitas de uma residência o teto foi rebaixado com gesso e foram colocadas 10 lâmpadas de cores diferentes. Por medida de economia, são acesas de 6 a 8 dessas lâmpadas simultaneamente. O número de maneiras que as lâmpadas podem ser acesas é: a)210. b)330. c)66. d)255 e)375. 89 - Um saque de R$ 300,00 é feito em um caixa eletrônico que possui notas de R$ 10,00 e R$ 50,00. O número de maneiras diferentes que esse valor pode ser disponibilizado é a) 30 b) 6 2 c) C300 300 299 2 2 d) A300 300 299 e) 7 90 - Um sitiante, para fazer uma horta, cercou o terreno e o dividiu em nove partes (canteiros) iguais, conforme o desenho. 7n n 1 e) n(n 7) d) 83 – Quantos são os inteiros positivos, menores que 1000, que têm seus dígitos pertencentes ao conjunto {1, 2, 3}? a)15 b)23 c)28 d)39 e)42 84 - O número de anagramas de quatro letras, começando com a letra G, que pode ser formado com a palavra PORTUGAL é: a) 70 b) 1.680 Ele plantou em apenas 5 dos 9 canteiros, sendo que, em três, ele plantou cenoura e, em dois, beterraba. De quantas maneiras diferentes esse sitiante pôde fazer esses canteiros? a) 378 b) 9072 c) 1260 d) 99 e) n.d.a.