BHD 40 - Núcleo de Estudos em História Demográfica
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BHD 40 . BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA Ano XIII, no. 40, março de 2006 SUMÁRIO Apresentação Artigos Resumos Notícia Bibliográfica Publicações Recebidas Censo de Demografia Histórica Notícias e Informes ROL - Relação de Trabalhos Publicados file:///C|/Documents and Settings/Administrator/Me.../BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (1 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 Apresentação Há de se ressaltar quanto a este número do BHD a presença de artigos sobre a Argentina, o Brasil e a Venezuela. Ademais, estampamos os resumos de trabalhos apresentados em encontros realizados em distintos quadrantes e chamamentos de comunicações para reuniões a se darem no correr de 2006. Realce especial deve ser emprestado à retomada da publicação da Revista do Arquivo Público Mineiro (MInas Gerais - Brasil) a qual já prestou incomensuráveis serviços aos pesquisadores de nossa formação econômica e social e à qual certamente ficaremos a dever novos estímulos ao desenvolvimento da historiografia brasileira. Esperamos que tão alvissareiras notícias sirvam como um renovado convite a todos os colegas com trabalhos na área de história demográfica a que nos enviem a referência completa de suas publicações e projetos bem como o resumo dessas suas obras e planos de estudos. Artigos file:///C|/Documents and Settings/Administrator/Me.../BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (2 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 SAMUDIO A., Edda O. La cotidianidad esclava en las haciendas del Colegio San Francisco Javier de Mérida. RESUMEN. El estudio sobre los esclavos de las haciendas del colegio San Francisco Javier de Mérida se apoya fundamentalmente en información extraída de escrituras notariales sobre transacciones de distinta índole, de informes y relaciones de superiores de la Orden y del plantel. Asimismo, de datos obtenidos del Libro de Recibo (1749-1767) y del Libro de Consulta (1691-1762). En el trabajo se establece la relación entre comportamiento económico y demanda de mano de obra esclava, circunstancia que definió el tamaño de la comunidad esclava jesuítica y su distribución espacial, ocupacional y de empleo, hechos que se proyectaron, a su vez, en aspectos de su vida material, como vivienda, alimentación, vestuario, compensaciones, castigo y de su existencia espiritual y religiosa, aspectos de la existencia la material espiritual que los jesuitas regularon y que abarcaron desde el demográfico hasta el moral y religioso. . DIMUNZIO, Karina & GARCÍA, Claudia. Indagando en las dolencias de los esclavos: una aproximación a las fuentes para su estudio en la Córdoba tardo colonial. Comunicação apresentada nas II Jornadas de Estudios de la Población y Sociedad en Córdoba y Santa Fé, Organizadas por el Centro de Estudios Avanzados de la Universidad Nacional de Córdoba y por el Centro de Estudios Interdisciplinarios de la Universidad Nacional del Litoral.Córdoba, noviembre de 2004; e nas X Jornadas Interescuelas / Departamentos de Historia.Universidad Nacional de Rosario. Facultad de Humanidades y Artes. Rosario, septiembre de 2005. RESUMEN. La esclavitud en Córdoba ha sido estudiada desde distintos enfoques. Las investigaciones realizadas, en general, han incluido a este grupo dentro de marcos más amplios en la descripción de la sociedad y economía cordobesa, sin abordarlos específicamente. Las primeras investigaciones centradas en la esclavitud en esta región abordaron el problema del comercio de negros. En los últimos años, ha habido una preocupación en profundizar distintas aristas específicas de la esclavitud, desde la perspectiva de la demografía histórica, por ejemplo, analizando a la fecundidad esclava. También se ha investigado sobre la participación de los esclavos en la economía colonial mediante los oficios que ejercían. Otros historiadores indagaron de que manera se cumplían las normas legales que garantizaban los derechos de esclavos y en los mecanismos institucionales y extrainstitucionales de control sobre los esclavos en Córdoba. En otras líneas se están actualmente analizando las distintas estrategias de resistencia que desplegaron los esclavizados en nuestra región. Sin embargo, la temática de las enfermedades y dolencias todavía no ha sido explorada. Por lo tanto, nos proponemos como finalidad, en este trabajo, aproximarnos a distintas fuentes documentales, resguardadas en los archivos de la provincia de Córdoba, que puedan proporcionarnos datos sobre las dolencias padecida por los esclavos durante el período tardo colonial, visualizando sus limitaciones y potencialidades. Intentaremos rescatar file:///C|/Documents and Settings/Administrator/Me.../BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (3 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 documentación, que nos brinde respuestas sobre planteamientos tales como: ¿cuáles eran las enfermedades más comunes de los esclavos, que ideas o concepciones tenía este grupo social acerca de este fenómeno, como eran diagnosticadas o tratadas las distintas dolencias?, entre otros interrogantes. . TRINDADE, Jaelson Bitran. Demografia de povoamento: São Paulo, 1532-1900, um território em construção. Este artigo, ora revisto e ligeiramente ampliado, foi apresentado originalmente no XII Encontro Nacional da ABEP - Associação Brasileira de Estudos Populacionais. Caxambu (MG), 2000, cujos Anais encontram-se no site da ABEP. APRESENTAÇÃO. Reconhecendo que, no Brasil, a demografia histórica ainda não travou uma discussão e/ou diálogo com as abordagens genealógicas o autor explora as virtualidades que poderiam resultar de um trabalho conjunto e/ou da utilização sistemática dos estudos genealógicos mais abrangentes já existentes. Como anota, no panorama da genealogia brasileira existem apenas duas obras de fôlego, abrangendo grandes regiões e largos períodos, ambas relativas à região que constituiu, desde o século XVI até meados do século XIX a antiga Capitania e depois Província de São Paulo. São, a Genealogia Paulistana (S. Paulo, 1903-1905), em 9 volumes, de autoria de Luís Gonzaga da Silva Leme e a Genealogia paranaense, (Curitiba, 1926-1928), em 5 volumes, de autoria de Francisco Negrão. Avançando nas referidas potencialidades lembra o autor que a Genealogia Paulistana permitiria, desde já, ainda que falte uma base empírica suficiente, a colocação de questões a serem pensadas e desenvolvidas num vasto projeto de estudos, a ser paulatinamente implantado, baseado na constituição de "genealogias sociais": um projeto de "demografia de povoamento". A largueza de dados de ordem demográfica que apresenta, envolvendo alguns milhares de indivíduos, ao longo de c. de 370 anos (1532-1902), partindo de 52 troncos fundantes), insinuam situações relativas à estratégias matrimoniais, herança, acesso à propriedade agrária, reprodução de hierarquias sociais, constituição de quadros das elites, fluxos migratórios internos (regional e intercolonial) e externos (transoceânicos) etc. etc. A vantagem do esforço empreendido pelo genealogista Silva Leme está, portanto, em que, estabelecendo-se a crítica pertinente, seu trabalho propicia um ponto de partida para intercâmbios com os projetos de pesquisas e estudos de mesma natureza que estão sendo desenvolvidos em Portugal, com suas "bases de dados". . Resumos file:///C|/Documents and Settings/Administrator/Me.../BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (4 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 ARAÚJO, Maria Lucília Viveiros. Contribuição metodológica para a pesquisa historiográfica com os testamentos. HISTÓRICA - Revista Eletrônica do Arquivo do Estado. São Paulo, Arquivo do Estado de São Paulo, ano 1, n. 6, outubro de 2005. Disponível em: < http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/ >. RESUMO. A autora apresenta os métodos e os procedimentos relacionados ao uso dos testamentos como documentação serial, de forma a subsidiar o aprofundamento dos estudos da família. OGNIBENI, Denise. Charqueadas pelotenses do século XIX: cotidiano, estabilidade e movimento. Porto Alegre, PUCRS, Tese de Doutorado, 2005. RESUMO. O presente trabalho visa analisar uma parcela da sociedade rio-grandense no século XIX, constituída por indivíduos associados em função da atividade charqueadora, na região sul da então Província de São Pedro, às margens do arroio Pelotas, nas terras das antigas sesmarias do Monte Bonito e Pelotas. Nosso foco de análise será este complexo formado pelos diferentes indivíduos que habitavam, trabalhavam e conviviam nos estabelecimentos das margens do arroio Pelotas no decorrer do século XIX. As charqueadas instaladas na costa do Pelotas, permaneceram por quase um século como atividade econômica de destaque na Província, sustentando com sua riqueza várias gerações, muitas vezes sobrevivendo em uma conjuntura econômica e política pouco favorável. Nesta pesquisa buscamos inferir como se davam as relações familiares e sociais, de que se constituía a vida cotidiana de mulheres, homens e seus filhos, seus empregados e compadres, sua tralha doméstica, enfim, penetrar em parte, coletando fragmentos da vida comum, rotineira, destes indivíduos que habitaram e construíram o maior pólo charqueador rio-grandense no século XIX. Trabalhamos com a hipótese de que na sociedade charqueadora pelotense, os industriais da carne salgada, por seu lado, enfrentavam o desafio de manter suas propriedades nas mãos da família, evitando seu desmembramento, o qual os levaria a inviabilização de sua atividade. Para tanto utilizavam suas relações sociais por meio dos laços de compadrio, dos arranjos de casamentos, bem como no controle dos elementos da própria família. Se para os grupos mais abastados, proprietários, era preciso buscar a estabilidade, formando para tanto uma rede familiar organizada em um espaço social restrito, aos indivíduos livres que executavam as mais diversas tarefas nestas propriedades e em torno delas, suas vidas eram marcadas pela mobilidade. file:///C|/Documents and Settings/Administrator/Me.../BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (5 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 RABELL ROMERO, Cecilia Andrea. La población novohispana a la luz de los registros parroquiales (avances y perspectivas de investigación). México, D. F., Instituto de Investigaciones Sociales - Universidad Nacional Autónoma de México, 1990, 94 p., (Cuadernos de Investigación Social, n. 21). RESUMO. Este volumen nos presenta un panorama de las tendencias seculares y de los movimientos a corto plazo de varias poblaciones parroquiales novohispanas. La autora evalúa las fuentes, los métodos y los hallazgos de diversos estudios, y hace un balance de las características demográficas que pueden observarse a partir de los registros de bautizos, matrimonios y defunciones. Aun que hasta ahora se suele plantear que la segunda mitad del siglo XVIII fue de gran crecimiento económico y demográfico, la revisión crítica permite sostener que ese siglo se cierra con tasas de crecimiento poblacional cada vez menores, e incluso negativas, a consecuencia de las intensas crisis de mortalidad que asolaran a la población. REIS, Déborah Oliveira Martins dos. Teres e deveres, o evolver da riqueza em Araxá: a economia de uma localidade mineira com base em inventários post-mortem, 1776-1888. São Paulo, Dissertação de Mestrado, Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, mimeografado, 2005, 249 p. RESUMO. A autora analisa o evolver econômico de Araxá para o período 1776-1888; contempla, especialmente, os níveis e a composição da riqueza que expressam um conjunto de profundas transformações ocorridas em tal lapso temporal, principalmente no respeitante à escravidão. Ao longo da dissertação recorre, em alguns momentos, à lista nominativa de habitantes de 1831-32 e ao censo de 1873, apoiando-se, fundamentalmente, em 346 processos de inventários post-mortem. Dessa amostra foram coligidas informações as quais, sobretudo as referentes aos bens arrolados, contribuíram para o estudo de quadra histórica na qual Araxá se caracterizava, em termos econômicos, pela pecuária e pela produção agrícola de subsistência. ROBICHAUX, David. Dinámica de la población indígena en México ¿Recuperación de la población en el siglo XVIII ? RESUMEN. La pregunta general que inspira el presente trabajo tiene que ver con la naturaleza de los procesos específicos mediante los cuales se produjo la recuperación de la población indígena mexicana después de la catástrofe del siglo XVI. Mi análisis se centrará en el siglo XVIII y, en un intento por sintetizar varias discusiones, comenzaré con una revisión de algunos de los planteamientos que vinculan los procesos demográficos con procesos económicos como precios de alimentos, niveles de vida y pobreza. Con algunos análisis de los datos de dos parroquias del estado mexicano de Tlaxcala y la reconstitución de uno de sus poblados y, a la luz de los hallazgos de otros estudios, plantearé un modelo de un régimen demográfico que explique la dinámica demográfica de este sector de la población del país. Después, pasaré a examinar algunos procesos específicos que se dieron a raíz de las epidemias que asolaron la población bajo estudio. En las conclusiones, propondré que, con nuestro estado actual de file:///C|/Documents and Settings/Administrator/Me.../BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (6 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 conocimientos, habría que replantear algunas de las causalidades económicas propuestas, además de tomar más en cuenta factores biológicos como los anticuerpos o su ausencia entre la población de distinta "calidad" o categoría étnica del México colonial. SOARES, Márcio de Sousa. Dos Sertões de Angola à Planície Goitacá: população, tráfico atlântico e variação da posse de escravos em Campos, c. 1750 - c. 1830. História & Ensino, n. 2, Campos, FAFIC Editora, 2005, p. 23-47. RESUMO. Neste artigo o autor examina o impacto do tráfico atlântico de escravos sobre a população estabelecida nos Campos dos Goitacases durante o processo de montagem e expansão da produção açucareira entre 1750 e 1830. Usando mapeamentos populacionais, inventários post-mortem, registros paroquiais de batismo e passaportes e despachos de escravos como fontes de pesquisa, buscou-se avaliar a variação da posse de escravos ao longo do período e, assim, mensurar os níveis de concentração de riqueza na região. VIEIRA, Martha Victor. Os novos cidadãos brasileiros: naturalização e razão de Estado, 1882-1891. Estudos de História. Franca (SP), Faculdade de História, Direito e Serviço Social da UNESP, vol. 12, n. 1, 2005, p. 191-210. RESUMO. A autora propõe-se a abordar a questão da naturalização de estrangeiros, tomando como parâmetro a legislação, os discursos parlamentares e os relatórios do Ministério do Império, no período de 1882 a 1891, com o intuito de discutir a modificação das normativas jurídicas relativas à concessão de nacionalidade brasileira aos imigrantes radicados no País. Tais modificações indicam que, no contexto de transição da Monarquia para a República, a concepção de cidadania foi repensada pelos atores políticos a fim de atender às novas demandas sociais. COMUNICAÇÕES CONCERNENTES À ÁREA DE DEMOGRAFIA HISTÓRICA APRESENTADAS NO 2o. ENCONTRO ESCRAVIDÃO E LIBERDADE NO BRASIL MERIDIONAL. Porto Alegre, outubro de 2005 (Os resumos de todas as comunicações do encontro encontram-se no Caderno de Resumo do 2o. Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional: Porto Alegre, 26 a 28 de outubro de 2005. São Leopoldo, Oikos Editora, 2005, 80 p.) file:///C|/Documents and Settings/Administrator/Me.../BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (7 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 CUNHA, Maísa Faleiros da. Uma tentativa de reconstituição de famílias escravas. Franca (SP) - Século XIX. RESUMO. Os estudos de cunho histórico-demográfico, especialmente a partir dos anos 1980, trouxeram à tona vivências insuspeitadas, tais como o estabelecimento de laços de parentesco consangüíneo e fictício entre os cativos. Após o reconhecimento da presença da família escrava no passado brasileiro, atualmente, a questão que se tenta responder remete ao maior entendimento das dificuldades e possibilidades de constituição e manutenção destas famílias. A fim de ampliar o conhecimento sobre este tema, nosso estudo focaliza a população escrava em um município no norte paulista (Franca) que se caracteriza por apresentar uma economia voltada para o abastecimento interno em um momento de expansão da agricultura de exportação na Província de São Paulo (século XIX). Procuramos destacar as possibilidades para a reconstituição de famílias escravas a partir de duas fontes documentais: a Lista Nominativa de Habitantes de 1835-1836 e os registros paroquiais (de batismo e casamento relativos a escravos). Ao realizarmos o cruzamento dos registros de batismo ocorridos próximo á data da Lista Nominativa de Habitantes (1835) encontramos o fogo de Francisco Barboza Sandoval, que levou ao batismo Raimundo, Reinaldo, Roza, filhos de um casal de escravos de sua posse. De acordo com a Lista Nominativa, este senhor era proprietária de 12 escravos, dentre eles Francisco e Eufrázia, pais dos três escravinhos. Esta família escrava estava presente no fogo de Francisco Sandoval, mas não houve qualquer menção ao parentesco destes cativos por parte do recenseador. Esperamos apresentar um quadro mais claro sobre a família escrava em um contexto econômico ainda pouco analisado pela historiografia. DE LORENZO, Ricardo. Sobre a insanidade mental entre cativos e libertos (Porto Alegre, século XIX). RESUMO. Partindo da leitura sobre a discussão política e sobre as fontes médico-institucionais, policiais, judiciárias e jornalísticas, procuro cercar o universo de alienados, decreptos e suicidas que circularam pelas ruas e pelas instituições de acolhimento de Porto Alegre durante a segunda metade do século XIX. Meu objeto de estudo se recorta sobre os escravos, africanos ou crioulos, e sobre os negros livres ou libertos nestas condições, ou seja, identificados como insanos pelas diversas autoridades públicas ou pela incipiente medicina. O problema central que apresento refere-se à seguinte indagação: qual a lógica inerente aos comportamentos de cativos e libertos ditos insanos e, por contrapartida, quais as situações e critérios que levavam à classificação desses indivíduos como insanos? Essencialmente, importa-me saber qual era o perfil social e comportamental dos escravos e libertos em questão: qual a sua origem (africana ou crioula), a quem pertenciam ou sob quais condições foram alforriados, quais as suas idades, sexo, situação familiar e laboral? Qual a sua representatividade no universo dos "insanos"? Qual a trajetória desses negros cativos, livres e libertos, anteriormente e já dentro dos mecanismos de exclusão que se acionavam como resposta ás suas manifestações mentais? A perspectiva de análise das formas de controle e tratamento que sofriam sugere indagações sobre como os negros reagiam ou se articulavam em estratégias que lhes permitissem amenizar ou superar esse enquadramento. Há sempre uma nova estratégia ou se reproduz ou potencializa uma prática costumeira criada ou herdada? Pode-se compreender o comportamento considerado anormal dentro de uma lógica própria que se explica pela experiência sócio-cultural dos negros, extrapolando o diagnóstico circunstancial da autoridade, seja pública ou médica, ou mesmo em contraposição a outros grupos sociais que também sofriam o apartamento social por alguma manifestação de insanidade? O que dá especificidade aos negros nesse processo? Há variação de seu comportamento ao longo do tempo? Além disso, um contraponto complementar aos ditos insanos parece-me pertinente, pois se verificamos um modelo de controle social file:///C|/Documents and Settings/Administrator/Me.../BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (8 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 baseado na prevenção ou resposta ao comportamento considerado anômalo - passível de afastamento da relação social cotidiana a partir de uma classificação, geral, de "Insanidade'' -, interessa saber em que grau esse controle prendia-se ao arbítrio da autoridade "de plantão" ou se eram adotados os preceitos médicos que no decorrer do século XIX passaram a ser considerados "científicos". Na análise de a quem cabia recolher esses indivíduos percebidos como fator de perturbação, qual sua visão própria em relação ao problema específico dos cativos e dos libertos e como ela se altera ao longo do período? Quanto isso influi na trajetória dos "enquadrados"? ELIAS, Roger. Famílias escravas em Porto Alegre (1810-1835). Uma história de suas formações. RESUMO. A escravidão é um dos traços mais determinantes da história nacional, e também um dos mais discutidos pelos historiadores. A historiografia dedicada à escravidão no Brasil Imperial tem, há muito, debatido intensamente a condição social do escravo. Porém, esta é uma discussão que está longe de ser encerrada. Desde as afirmações em prol do que se chamou de "democracia racial" nos anos 1930, até as pesquisas sobre as famílias escravas a partir da década de 1980, passando pela idéia de "retificação do escravo", defendida pela chamada Escola Paulista de Sociologia, a dianteira dos debates já oscilou entre extremos opostos. Referindo-se mais diretamente á temática da formação das famílias escravas (foco da presente pesquisa), trabalhos que tiveram por objeto áreas do centro do país dedicadas às plantations de cana-de-açúcar e café revelaram, com base numa extensa base documental, que para tais áreas era recorrente a presença de famílias escravas nos plantéis. Tal constatação ensejou questionamentos diversos, tendo destaque especial o debate sobre o significado dessas famílias para escravos e senhores, ou seja, a existência dessas famílias enquanto estratégia de emancipação dos escravos ou de dominação por parte dos senhores. A presente pesquisa em andamento tem por mote investigar a formação das famílias escravas em Porto Alegre no período 1810-1835. 0 marco temporal pretende permitir a análise da condição das famílias escravas num período dinâmico do município, desde quando este ascende á condição de vila até o cerco farroupilha de 1835. Além disso, estão já presentes no período duas realidades distintas: além da grande zona rural, um pequeno núcleo urbano, limitado à península correspondente à zona central do município, configura um contexto com cenários diversos, de forma a tornar possível, esperamos, conclusões sobre as peculiaridades das famílias escravas nesses dois ambientes. Finalmente, pretende-se chegar a resultados que possibilitem fazer comparações pertinentes com os resultados de pesquisas levadas a cabo no sudeste do país. ENGEMANN, Carlos. Reflexões acerca de alguns elementos constitutivos da sociedade escravista no Brasil. FARINATTI, Luis Augusto Ebling. Nos rodeios, nas roças e em tudo o mais: trabalhadores escravos na Campanha Rio-grandense, (1831-1870). HAMEISTER, Martha Daisson. Famílías rio-grandinas livres e seus escravos através dos registros batismais: unidades oiconômicas (Rio Grande c. 1738-c. 1763). RESUMO. Através do estudo intensivo dos registros batismais, vêm-se trabalhando as relações entre os agentes históricos através do compadrio. Isso possibilitou identificar as relações de compadrio de algumas famílias livres e suas escravarias. Diferente do que é encontrado em estudos sobre compadrio, analisam os estratos sociais em separado, este trabalho pretende, através de alguns casos específicos, file:///C|/Documents and Settings/Administrator/Me.../BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (9 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 apontar as relações tanto da família proprietária de escravos como das famílias de seus escravos, comparando a malha de compadrio desses dois setores sociais que coexistem em uma unidade doméstica. Os resultados apontam, ainda que os compadrios de cada setor tenham características peculiares, padrões coincidentes nos dois estratos. Com isso, buscam-se elementos para repensar o funcionamento destas unidades domésticas que são complexas unidades econômicas hierarquizadas, como toda a sociedade o era, e que continham em seu interior gente de diferentes estatutos sociais. Talvez modifique-se a idéia da abrangência da família setecentista nesta região, incluindo nela um setor muitas vezes dito como "excluído" socialmente, Como decorrência dessa reflexão, há a sugestão para que se repense a própria "economia" da localidade, indo ao encontro da idéia de uma oiconomia, conforme conceituado por Bartolomé Clavero. KUNIOCHI, Márcia Naomi. O perfil social dos escravos em Rio Grande, século XIX. RESUMO. A Cúria Metropolitana do Município de Rio Grande preservou os livros de batismo e óbito dos escravos da região, desde a fundação da cidade, em meados do século XVIII, que estão, inclusive, microfilmados. O livro de batismo apresenta dados sobre: data do batismo, filiação, nação dos pais e padrinhos; por sua vez, os livros de óbitos fornecem informações sobre: data da morte, idade, nação e causa. As informações de nascimento e morte estão vinculadas ao nome do respectivo proprietário. A quantificação das informações coletadas fornece indicadores relevantes para se construir um perfil dos escravos registrados nas paróquias da região. Por meio da sistematização e cruzamento dos dados é passível avaliar as características da população escrava da região, cujos plantéis estavam dispersos, seja nas mãos de proprietários ligados tanto ao meio rural como ao setor urbano, para atender ás necessidades da vila fronteiriça e portuária; sede militar do extremo sul do Brasil e última base mercantil do pais para intermediar o comércio com o Rio da Prata. Para caracterizar melhor a população escrava, uma outra fonte vai retratar com mais clareza as atividades do cativo: as anúncios de compra e venda, coletados de jornal local, de meados do século XIX, que trazem, além da nação e idade do escravo, as profissões exercidas tanto pelo homem como pela mulher cativa. 0 estudo operacionaliza uma metodologia de exploração de tais fontes primárias que nos permitem leituras transversais sobre as relações entre senhores e escravos e contribui desse modo para a historiografia da escravidão no Brasil Meridional, de inúmeras experiências históricas e necessitam de maior visibilidade na historiografia brasileira, ainda focada nos grandes centros econômicos agro-exportadores e de " plantation". Esses dados nos permitem traçar um perfil ainda preliminar do escravo em Rio Grande, no século XIX, identificando características das relações entre senhores e escravos, as condições de vida e trabalho, assim como doenças que mais os acometiam e o nível de opressão e de violência dessas relações. Também leituras sócio-culturais pela reprodução de práticas culturais de seus senhores como o batismo e incorporação de nomes cristãos. NETTO, Fernando Franco. Compadrio e Escravidão em Guarapuava no século XIX. RESUMO. O presente trabalho tem como objetivo conhecer as relações de compadrio dos escravos na região de Guarapuava no período 1810-1888. Área esta de recente povoamento e com características bastante específicas quanto ao processo de ocupação e de desenvolvimento de sua economia, haja vista que sua formação esteve ligada à criação e comercialização de gado e à lavoura de alimentos. As especificidades locais determinaram uma população cativa muito pequena e composta, majoritariamente, por crioulos. Provavelmente, Guarapuava não esteve na rota do tráfico internacional de escravos, como também no pesado tráfico interno. A sociabilidade dos escravos será tema desta pesquisa a partir dos registros de batismos de cativos e de ingênuos, bem como do cruzamento dos dados com os inventários file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (10 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 de alguns proprietários. Apesar de uma população pequena é forte a presença da família escrava em Guarapuava. Os arranjos e laços promovidos pelos escravos demonstram que o compadrio serviu como estratégia para fortalecer as relações da comunidade. O número de padrinhos livres foi predominante em Guarapuava, e mais, com forte participação dos senhores e seus familiares nessa rede de relações. NEVES JÚNIOR, Edson José. Reprodução natural e famílias escravas em Porto Alegre - 1840-1865. RESUMO. A presente comunicação tem por objetivo apresentar pesquisa em desenvolvimento tratando da reprodução natural da escravaria porto-alegrense em meados do século XIX, portanto, trabalho no campo da história demográfica. Procurarei averiguar se a reprodução vegetativa da população escrava desta cidade conseguiu suprir devidamente a demanda exigida pelo mercado e manter o contingente populacional mancípio proporcionalmente idêntico nos períodos pré e pós-tráfico. Tenho também por meta desvendar como essa reprodução se deu, ou seja, quais arranjos familiares foram possíveis dentro da lógica do cativeiro desta região e que tipo de laços de solidariedade esses cativos criaram, através da reprodução de sua família. No período recortado observa-se no Brasil o fim do tráfico, tornando possível averiguar o seu impacto na população cativa porto-alegrense. Bem como, aborda um período anterior à Guerra do Paraguai, uma quadra de relativa paz para a população, tornando as análises demográficas que pretendo realizar mais confiáveis, pois homens, principalmente escravos, não foram convocados para a guerra. As fontes com que trabalho são basicamente duas: registros paroquiais de batismo, casamento e óbitos e inventários post-mortem. OSÓRIO, Helen. Campeiros e domadores escravos da pecuária sulista, sec. XVIII. SANTOS, Sherol dos. A comunidade escrava no litoral norte do Rio Grande do Sul (a freguesia de Santo Antonio da Patrulha - 1773-1810). RESUMO. As relações escravo-senhor sempre geraram controvérsias na historiografia. Mais "conservadores" ou não todos admitem que por mais "severo" que o sistema escravista possa parecer, não podemos excluir o movimento de seus agentes. Nenhuma trajetória, seja ela individual ou de grupo, pode ser analisada a partir de suas normas. Normatizar as atitudes dos indivíduos, fazendo com que eles percam seu caráter de destino individual e passem a ter comportamentos típicos de um determinado grupo, nos impede a tentativa de reconstruir contextos históricos e sociais. Com base nestes pensamentos iniciei este trabalho de pesquisa. Minha intenção era perceber como os primeiros povoadores do Rio Grande estabelecidos na região de Santo António da Patrulha se relacionavam com seus escravos. Este trabalho pretende analisar a comunidade negra (cativa ou não) da região que abrangia a freguesia de Santo António da Patrulha, no período de 1773 a 1810, enfocando o estabelecimento de laços familiares e a constituição de redes de parentesco. Trataremos com destaque as relações que afirmavam através do compadrio, acreditando ser esta uma das principais estratégias utilizadas por estes agentes para se movimentar entre o universo cativo e livre e sedimentar relações de solidariedade, principalmente étnicas. Utilizaremos como fonte primária os registros de batismos desta comunidade, com base nos preceitos teórico-metodológicos da história social, que a nosso ver permite o cruzamento de variáveis qualitativas e uma abordagem do universo cultural dos agentes enfocados. SCHANTZ, Ana Paula Dornelles. E depois da liberdade? Família e sobrevivência econômica de libertos em Porto Alegre e Viamão no final do século XVIII. file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (11 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 RESUMO. Esta pesquisa nasceu da necessidade de se entender o que aconteceu com a população alforriada após sua manumissão, particularmente no que tange á família e à sobrevivência econômica de libertos. Para compreender como os forros se inseriam economicamente na sociedade e como suas famílias eram constituídas, foram estabelecidos os seguintes questionamentos: a) como se davam as relações sociais no interior de suas famílias? b) como sobreviviam? c) com o quê e com quem trabalhavam? d) continuavam atrelados aos seus antigos senhores ou conseguiam estabelecer relações sociais com outros indivíduos, ou talvez com outros setores da sociedade? A pesquisa qualitativa, realizada através de consulta a inventários, testamentos e fontes eclesiásticas, permitiu que fossem obtidas algumas respostas ás questões propostas. Entre elas está a constatação de que os laços familiares não são interrompidos com a manumissão e se prolongam além da liberdade; a constatação de que a autonomia jurídica advinda da alforria corresponde a uma frágil autonomia econômica, que muitas vezes provoca o agregamento de libertos em casas de homens brancos; e a constatação de que os poucos alforriados que dispunham de recursos possuíam escravos. Os resultados da pesquisa indicam que a maioria dos libertos de Viamão e Porto Alegre vivia em condições econômicas limítrofes - entre a autonomia desejada e a realidade econômica vivida, que os atrelava, muitas vezes a outros indivíduos. A vida após a liberdade parece ter sido bastante difícil para esses indivíduos, que encontravam na família não apenas refúgio sentimental mas também proteção econômica e social. SILVA, Denize Aparecida da. Arranjos e laços familiares na comunidade escrava da Freguesia de Nossa Senhora da Graça de São Francisco do Sul/SC (1845-1888). RESUMO. As pesquisas sabre a família escrava apontam para a idéia de que nos grandes plantéis havia maior possibilidade de constituição dos laços familiares, principalmente no que diz respeito às famílias legítimas. E ainda que pela manutenção da família escrava era possível estabelecer uma situação de paz no cativeiro. Por outro lado é colocado que a família escrava poderia significar uma forma de desestabilizar as relações comunitárias, pois na busca de negociar com o senhor, o escravo acabava colocando seus interesses pessoais em detrimento do grupo. Porém se pensarmos em laços familiares mais amplos, aqueles que envolviam parentesco consangüíneo e espiritual, então pode-se pensar que a comunidade escrava possivelmente tinha vantagens com esta organização. O estudo sobre a freguesia Nossa Senhora da Graça buscou analisar as relações sociais nos plantéis para responder sobre a organização, manutenção e estratégias da família escrava, no período de 1845 a 1888. As características da escravidão na referida freguesia apontam para plantéis relativamente pequenos e com escravos na sua maioria crioulos. Para a realização do trabalho foram lidos Registros de Batismo e Processos de Inventários, foram analisadas as informações e também foi feito cruzamento dos dados apresentados na respectiva documentação. Ao longo do período abarcado pela pesquisa foi observada a trajetória de determinadas famílias. Outra preocupação foi a de conhecer a organização de grandes famílias, (casais e mulheres que batizaram cinco ou mais filhos), bem como as estratégias para continuidade das famílias diante de situações de perigo como nos processos de inventários. Pode-se pensar que os arranjos de parentesco provavelmente ampliavam as redes de solidariedade e, conseqüentemente, minimizavam os percalços da vida em cativeiro na freguesia estudada; muito embora constituir uma família e mantê-la, ao que parece, não tenha sido uma tarefa fácil para os cativos. Portanto os escravos precisavam construir mecanismos para burlar os obstáculos que a condição no cativeiro lhes impunha. Daí prefere-se acreditar que a organização da família escrava tinha um sentido que envolvia interesses e desejos tanto dos escravos como dos senhores. file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (12 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 XAVIER, Regina Célia Lima. Deslindando a história sobre a escravidão no Rio Grande do Sul. COMUNICAÇÕES CONCERNENTES À ÁREA DE DEMOGRAFIA HISTÓRICA APRESENTADAS NO XV SIMPÓSIO DE HISTÓRIA: ETNIA, GÊNERO E PODER Vitória, novembro de 2005 (Os resumos de todas as comunicações encontram-se em CD-ROM elaborado pelas instituições patrocinadoras do Simpósio) CARVALHO, Enaile Flauzina. Laços de solidariedade: redes de convivência social em Vitória de 1790/1816. RESUMO. A presente pesquisa desenvolveu-se com base em fontes cartoriais principalmente do século XVIII que, quando analisadas, acabaram por inserir o Espírito Santo no contexto produtivo colonial da época. No trabalho de pesquisa efetuou-se a digitalização e a coleta dos dados quantificáveis existentes em inventários post-mortem e testamentos depositados na 1a. Vara de Órfãos de Vitória, o que possibilitou a identificação da existência de circulação de mercadorias além de permitir o dimensionamento da riqueza da classe proprietária, bem como a identificação de suas fontes de renda. Devido ao grau de descrições dos bens nos inventários, muitas vezes somados com informações contidas em testamentos, tornou-se possível uma melhor análise sobre a escravaria desses proprietários. Os inventários contêm informações sobre o padrão econômico das famílias capixabas, como também prestam uma valiosa descrição acerca das escravarias, o que permitiu definir a origem, a faixa etária, a profissão, o ciclo familiar e a cor dos escravos existentes na Capitania capixaba entre 1790 e 1816. Após dois anos de pesquisa e com a análise dos dados empíricos, uma nova leitura da história do Espírito Santo vem sendo construída, no propósito de questionar a tese da "barreira verde" empregada por historiadores tradicionais para comprovar a estagnação econômica da Capitania/Província até meados do século XIX, convencidos de que a situação só se modificou com o advento do café. Em face das informações obtidas é factível propor a identificação de redes familiares que exerciam uma grande influencia econômica, política e social na Villa de Victoria. Nesta comunicação são expostos alguns dados coligidos e analisados através da leitura das fontes, principalmente os relacionados com os cativos e as redes familiares. CONDE, Bruno Santos. Além dos limites espirituais: os escravos e seus padrinhos em Vitória (1867-1871). RESUMO. O presente trabalho tem como objetivo apresentar alguns aspectos da escravidão em Vitória no século XIX. Mais especificamente, busca-se discorrer sobre as relações de compadrio envolvendo file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (13 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 escravos no período compreendido entre 1867 e 1871, últimos anos antes da Lei do Ventre Livre. O esforço aqui é no sentido de decifrar a forma, ou a intensidade, com que essas relações entre padrinhos e afilhados se infiltravam no social, moldando e sendo moldadas pelo cotidiano. De qualquer forma, o fato é que o sacramento batismal caracterizava uma soma da significação religiosa cristã com a teia social do cenário em questão. Subsidiando a apresentação aqui proposta, têm-se como fontes os registros paroquiais da Igreja católica do Espírito Santo, bem como publicações relacionadas ao tema e ao período. A pesquisa que deu origem a esta exposição ainda está em andamento e tem como opção metodológica o enfoque sobre a dinâmica local em sua especificidade, mas sem perder de vista o âmbito mais geral. É com essa postura que se ambiciona lançar novas luzes sobre interessantes aspectos da história do Espírito Santo no século XIX. EL-KAREH, Almir Chaiban. Meninos vagabundos e meninas prostitutas: o trabalho infantil livre e compulsório na Corte do Império do Brasil. RESUMO. Com a chegada numerosa de imigrantes europeus, a partir dos anos 1850, o mercado de trabalho carioca sofreu profundas modificações no que concerne aos regimes de trabalho. Se no âmbito da casa o trabalho infantil continuou sendo majoritariamente escravo, de ambos os sexos, percebe-se que, com a entrada numerosa de imigrantes, ele tendeu a se feminizar e a se desqualificar. Entretanto, o espaço público, do comércio e das oficinas artesanais, foi muito rapidamente tomado por meninos livres, em geral mais qualificados, acentuando sua tendência a se masculinizar. Porém, ainda que a participação de menores, nacionais e estrangeiros de ambos os sexos, fosse muito grande, o mercado de trabalho urbano carioca não foi capaz de absorvê-los em sua totalidade e as autoridades policiais e da justiça tiveram de buscar soluções para um fenômeno social relativamente novo, mas que tendia a se agravar com a miséria: o dos meninos livres vagabundos e das meninas livres que se prostituíam. FERRAZ, Liz de Oliveira Motta. As Faces de Eva: os papéis da mulher no século XIX. RESUMO. Este artigo propõe refletir sobre os vários papéis da mulher no século XIX e a dicotomia dos sexos nas construções sociais do universo feminino no período da primeira fase da revolução industrial, dentro de um quadro capitalista e patriarcal. Analisa a formação da classe proletária e suas reivindicações com o objetivo de enfocar a participação feminina, apontando mudanças e conseqüências no bojo dessa conjuntura. GIL, Antonio Carlos Amador. Modernidade, culturalismo e mestiçagem na historiografia do México. RESUMO. O debate historiográfico no México é profundamente marcado pelo tema da mestiçagem, ao contrário de outras histórias latino-americanas. Pretendemos, neste trabalho, discutir como se estruturou a idéia de um México mestiço e os embates historiográficos com os que consideravam que os "índios" deveriam ser excluídos da história. IOTTI, Luiza. A política imigratória brasileira e sua legislação - 1822-1914. RESUMO. A política imigratória brasileira, no período de 1822 a 1914, atravessou diferentes momentos, conforme os interesses dos grupos que estiveram no poder. O objetivo dessa comunicação é analisar cada um desses períodos, tendo como principal fonte a legislação produzida sobre o assunto. file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (14 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 LAGE, Lana. Penitentes e solicitantes: gênero, etnia e poder no Brasil Colonial. RESUMO. Através das denúncias reunidas nos Cadernos dos Solicitantes do Tribunal da Inquisição de Lisboa, foi possível verificar que 425 clérigos foram acusados por proferirem "palavras amatórias" para as penitentes na ocasião da confissão, no Brasil Colonial. O fato de essas mulheres, incluindo negras e índias, terem denunciado seus confessores já indica uma atitude de resistência, numa sociedade bastante desfavorável à condição feminina. O exame dessa documentação permite verificar maiores detalhes das relações de gênero nessa época e -- o que particularmente nos interessa nessa comunicação -, as estratégias de defesa diante de um delito que hoje seria qualificado como assédio sexual. MARTINS, Bárbara Canedo Ruiz. Mulheres e ofícios: olhares brancos sobre os serviços domésticos na cidade do Rio de Janeiro no séc. XIX. RESUMO. A autora efetua uma investigação sobre amas-de-leite, relações de gênero e mercado de trabalho no Rio de Janeiro escravista do século XIX. Acompanhando perspectivas teóricas metodológicas mais recentes nos estudos sobre escravidão no Brasil levanta questões a respeito de imagens construídas num cenário escravista urbano. Através das narrativas de viajantes estrangeiros busca compreender as diferenças e similitudes entre as atividades domésticas, desempenhadas por algumas figuras femininas. Pensa ainda no impacto deste discurso sobre a sociedade e suas conexões com outras falas, como aquelas dos médicos sanitaristas do final do século XIX. Representações, símbolos e significados diversos sobre as práticas das amas-de-leite, o papel social desempenhado, o cotidiano da ocupação pretendem ser identificadas, assim como as classificações sócio-raciais processadas diante das relações senhor-escravo. No desdobramento de tais questões propõe, ainda, a análise sobre as imbricações entre os espaços de dentro e de fora da casa (ambiente mais íntimo). Como poderiam desenhar-se no cotidiano: divisões e hierarquias. E como estavam situadas as mulheres e suas ocupações em tais relações específicas de poder. O recorte temporal corresponde ao período 1808-1881, marcos esses baseados na passagem pelo Brasil dos viajantes coletados e analisados. MOREIRA, Vânia Maria Losada. A formação do povo brasileiro: a contribuição de Caio Prado. RESUMO. Formação do Brasil Contemporâneo é, indubitavelmente, uma das principais obras de Caio Prado Júnior e uma referência na historiografia brasileira. Nessa comunicação analisaremos como o autor avalia o processo de integração social/assimilação do índio, bem como o processo de formação do povo brasileiro, a partir de uma massa populacional pluriétnica. MOTT, Maria Lucia. Parteiras x parteiras: negociação e confronto. RESUMO. Historiadores que trabalham a História da Assistência ao Parto no Brasil ainda hoje têm dificuldade de enfrentar dois velhos chavões: o das parteiras como mulheres ignorantes e, seu oposto, o das parteiras como mulheres sábias, vítimas do poder médico masculino. O primeiro tem como referencial a história da medicina tradicional, escrita por médicos, que dá especial destaque aos progressos técnicos da Medicina, vistos como resultado do empenho, conhecimento e genialidade e alguns de seus pares. Os trabalhos desses estudiosos revelam a crença na superioridade da Obstetrícia científica, enfatizam os benefícios trazidos para as parturientes e recém-nascidos com o advento do parto hospitalar e das diferentes técnicas cirúrgicas, descartam a contribuição das mulheres nesse campo de file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (15 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 conhecimento, colocando médicos e parteiras em campos opostos. A partir desse tipo de estudos criou-se uma imagem bastante cristalizada e divulgada das parteiras do passado, como sendo mulheres ignorantes, analfabetas, sujas, sem conhecimento das regras básicas de assepsia, responsáveis pela alta taxa de mortalidade da mãe e de crianças. Já o segundo chavão, desenvolve-se a partir na década de 1960, período em que surgem escritos influenciados tanto pelo feminismo, como pelos escritos de Foucault. Estes últimos, apesar de valorizarem o conhecimento das mulheres, também têm uma visão única de parteira, qualificadas como "mulheres sábias", cujas práticas e técnicas estavam em consonância com as necessidades e desejos das parturientes, estabelecendo com elas uma relação de solidariedade e respeito. A perseguição das parteiras seria resultado do crescente poder dos médicos, desejosos de dominar os corpos das mulheres, bem como esse campo profissional. Minha proposta para a mesa redonda é trazer para debate uma terceira via de interpretação com base na análise de denúncias contra parteiras feitas por parturientes e seus familiares, bem como por outras parteiras na imprensa nos séculos XIX e início do XX. Antecedendo as professoras, as enfermeiras e as profissionais liberais (médicas, advogadas, etc.), as parteiras podem ser consideradas senão o primeiro grupo profissional feminino, um dos primeiros a enfrentar as exigências do mercado de trabalho capitalista. Muitas entre elas tiveram de desenvolver estratégias para se impor enquanto profissionais e obter a fidelidade e reconhecimento da clientela. Mesmo que para isso tivessem de denunciar suas colegas de profissão e/ou adotar tratamento e discurso similares aos dos médicos. A análise desses embates cotidianos, conforme documentado pelos jornais, possibilita perceber o poder em espaços freqüentemente ignorados pelas análises que privilegiam, ou tomam como referência primordial, os discursos médicos. SONEGHETI JR, Adélio. A imagem da mulher no projeto de nação de José de Alencar: um estudo de gênero das obras Lucíola, Diva e Senhora. RESUMO. O período após a Independência do Brasil é marcado pela discussão referente a um projeto de nação. Muitos intelectuais da época debruçaram-se sobre o assunto, que teve as mais variadas vertentes. Entre eles encontra-se José Martiniano de Alencar Junior, filho do padre e senador liberal José Martiniano de Alencar, político influente durante o período regencial. Alencar, advogado por opção, mas jornalista e literato por paixão, discute várias vertentes em sua visão de como deveria ser construído o nacionalismo brasileiro. Entre elas está o modelo de mulher, que ele constrói em suas obras literárias Lucíola, Diva e Senhora. Influenciado pelas ideais da Revolução Francesa, absorvidas pelas leituras de Rousseau, Balzac, Chateaubriand entre outros, José de Alencar estruturou sua ótica sobre o papel feminino com base no conservadorismo patriarcal, visão esta que foi reforçada pelo estudo dos clássicos franceses. Desse modo, ele constrói a imagem da mulher, nas suas três obras, tendo como fio condutor o patriarcalismo demonstrando para o seu leitor a semelhança comportamental em suas três personagem principais, Lúcia, Emília e Aurélia, mesmo sendo elas pessoas totalmente diferentes. SOUZA, Alinaldo Faria de. Desmistificando estereótipos: a "ousadia" das mulheres segundo os processos criminais na província do Espírito Santo (1831-1889). RESUMO. O objetivo da pesquisa é analisar o comportamento das mulheres na Província do Espírito Santo do século XIX, a fim de verificar se elas aceitavam de forma passiva a imposição de padrões comportamentais pré-estabelecidos pela sociedade da época. A investigação pretende desvendar, de um lado a insubordinação contra a dominação masculina e, de outro, a quebra de expectativa em relação ao ideal de docilidade e submissão. E é esse universo de contradições entre o poder patriarcal e a submissão file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (16 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 feminina que se pretende percorrer. Para tanto, serão analisados os inquéritos policiais e processos criminais existentes no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, que poderão comprovar a existência de mulheres que transgrediram a legislação penal, por adotarem comportamentOs inadequados para os padrões exigidos pelo poder patriarcal da época. Assim, poderemos avaliar o contexto histórico no qual viveram essas mulheres e a sua postura diante da situação de acusada e vítima, bem como a solução dada pela sociedade aos desvios detectados. Notícia Bibliográfica CORTÉS LÓPEZ, José Luis. Los orígenes de la esclavitud negra en España. Madrid, Librería DERSA, 2004, 112 p., (Ediciones "Voz de los sin voz", Sección Historia - 432). APRESENTAÇÃO. La existencia de una verdadera esclavitud en las sociedades cristianas medievales es algo que se ha ido pasando por alto, por diversos motivos, hasta el punto de constituir, según un experto medievalista, una "grave laguna en la Historia medieval". Tal vez prejuicios morales y religiosos o una visión simplista de la evolución histórica de la economía, nos han hecho pararnos solamente en la consideración de los "siervos de la gleba" para olvidarmos de la existencia de verdaderos esclavos. [...] Como veremos a lo largo de la exposición, la mayoría de las publicaciones españolas son trabajos limitados en el espacio y en el tiempo, pero que tienen el mérito incuestionable de ser los pioneros en una parcela que aún está por descubrir. En algunos casos, como el relacionado con la esclavitud en las Islas Canarias, el tema es ya suficientemente conocido; también la cuestión morisca ha sido frecuentemente abordada, pero la incidencia del mundo negro en la Península está aún por estudiar. Ordinariamente los trabajos sobre la esclavitud han englobado a todos los esclavos por igual: orientales, moros, canarios, negros..., y hay que señalar, de antemano, que la existencia jurídica del negro y su mundo sociolaboral eran distintos a los de los demás esclavos. La intención de este pequeño trabajo es abrir una posibilidad concreta de estudio en este campo y señalar los numerosos horizontes que pueden seguirse en su investigación. La imperfección que supone el enfrentarse, por primera vez, a un problema mal conocido puede verse compensada por el interés que pueda suscitar en futuros investigadores este tema casi inédito de nuestra Historia. Nosotros mismos seguiremos volcados en esta apasionante perspectiva. (Do capítulo introdutório da obra). file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (17 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 GRINBERG, Keila (organizadora). Os judeus no Brasil: inquisição, imigração e identidade. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005, 473 p. RESUMO. Coletânea na qual se efetua um painel histórico da presença judaica no Brasil. O livro divide-se em duas seções: Inquisição, judeus e cristãos-novos no Brasil colonial e Imigração e identidade judaica no Brasil contemporâneo. Publicações Recebidas Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, ano XLI, julho-dezembro de 2005, 152p. Com este primoroso lançamento retoma-se, sob a Superintendência de nosso colega Renato Pinto Venâncio, a publicação da sempre reverenciada Revista do APM a qual teve sua difusão suspensa em 1995. Este volume vai dedicado à Coleção Casa dos Contos fonte documental inspiradora de várias gerações de pesquisadores da história de Minas às quais se deve uma vasta bibliografia na qual encontram-se dissertações, teses, artigos, ensaios e livros. Como avançado, a edição contou com superior tratamento gráfico e traz um valioso dossiê calcado na aludida documentação. Os colegas interessados em adquirir um exemplar devem dirigir-se diretamente ao Arquivo Público Mineiro, Av. João Pinheiro, 372, CEP 30130-180, Belo Horizonte, MG (Brasil) - fone: (31) 3269-1167 - [email protected]. file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (18 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 Tal lançamento viu-se coroado com a elaboração da um conjunto de cinco CD-ROMs que integram a Coleção Mineirama sob o título Revista do Archivo Publico Mineiro. Neles encontram-se digitalizados todos os números publicados da Revista do APM; de seu lançamento, em 1896, até seu penúltimo exemplar, de 1995. É a seguinte a identificação completa deste precioso material de pesquisa: Revista do Arquivo Público Mineiro [recurso eletrônico] - ano I, n. 1 (jan./mar. 1896) - 1995. Dados eletrônicos Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históricos e Culturais / Arquivo Público Mineiro, 2005, 5 CD-ROM. Os interessados na aquisição da coleção devem dirigir-se diretamente ao endereço anotado acima. ACTAS DEL VI CONGRESO INTERNACIONAL DE ETNOHISTORIA Sob os auspícios da Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires transcorreu na capital Argentina, entre 22 e 25 de novembro de 2005, o VI Congreso Internacional de Etnohistória. Integraram-no os quatro simpósios específicos abaixo detalhados pelos organizadores do encontro e denominados, respectivamente: Política, autoridade e poder; Sociedade, população e economia; Tradições orais, narrativa e simbolismo; Etnicidade, identidade e memória. As comunicações foram reunidas em CD-ROM. I. Política, autoridad y poder. Este simposio reunirá temáticas afines a las relaciones entre la sociedad y las diversas formaciones estatales desde el período de los desarrollos de los grandes imperios prehispánicos y durante la dominación hispánica hasta la república temprana (siglos XV-XIX). Dentro del campo se incluyen también aportes que permitan reflexionar sobre los movimientos sociales en el espacio americano, tanto los relacionados con procesos de resistencia, rebelión o movimientos socio-religiosos de base milenarista en contextos coloniales (centrales o de frontera) como aquellos que se inscriben en los procesos políticos que configuraron el carácter de las formaciones estatales del siglo XIX. II. Sociedad, población y economía. Este simposio está orientado al debate y a la reflexión sobre tres dimensiones centrales. Uno de ellos se relaciona con los procesos de construcción y transformación social vistos desde el análisis de grupos socioétnicos, castas, estamentos, elites, nobleza, burócratas, funcionarios, comerciantes, clero, terratenientes, etc. Otro se refiere a la problemática demográfica y su incidencia en los estudios de población, mestizaje o miscigenación, parentesco y familia. Finalmente, los procesos económicos que estructuran las relaciones de trabajo, producción y circulación de bienes y dinero al interior del espacio americano y en relación con el contexto internacional. III. Tradiciones orales, narrativa y simbolismo. Se propone analizar concepciones sobre tiempo, espacio y memoria, sistemas de simbolización y ritual en las tradiciones orales como las narrativas o mitos, file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (19 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 iconografía, ceremonias y otras expresiones de la conducta simbólica y sus vínculos con la historia y la cultura de las sociedades nativas en situaciones de frontera o bien ya incorporadas en las formaciones estatales colonial y republicana. Se incluirán en este simposio aquellos trabajos que problematicen diversas expresiones artísticas, tales como la pintura mural, los retratos, los libros, la escultura, la arquitectura, la música, ya sea en el espacio religioso como en el privado de las elites y de los sectores populares. IV. Etnicidad, identidad y memoria. Se propone abordar tanto los problemas de identidad étnica y social y los mecanismos de construcción de esas identidades y etnicidades como las dificultades que ofrecen las fuentes y la bibliografía cuando interpretan y crean identidades. Vinculado a esto los problemas de relaciones interétnicas en distintos contextos espacio-temporales, políticos y socioculturales. Censo de Demografia Histórica Maria Cristina Coutinho Robert Boechat UEMG/FAFILE Carangola Rua Marechal Deodoro 906/201 Centro 36015-460 Juiz de Fora MG Mestranda em História pela Universidade Severino Sombra/RJ E-mail - [email protected] Linha de Pesquisa - Região e Trabalho Notícias e Informes NÚCLEO DA ANPUH CONVIDA file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (20 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 Realizar-se-á em São João Del Rei, de 10 a 15 de julho de 2006, na UFSJ - Campus Santo Antônio, o XV ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA da ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA - NÚCLEO MINAS GERAIS (ANPUH - MG). Para mais informações . As professoras Lana Lage da Gama Lima (UENF/Campos dos Goytacazes/ Secretaria de Segurança Pública/RJ/ UFF) e Maria Beatriz Nader (Universidade Federal do Espírito Santo/ Campus de Goiabeiras) convidam os colegas a participar do Simpósio Temático (39) "Gênero, Violência e Segurança Pública", que terá lugar no Seminário Internacional Fazendo Gênero 7 - Gênero e Preconceitos, a se realizar de 28 a 30 de agosto de 2006, em Florianópolis, Santa Catarina. Para mais . informações ROL - Relação de Trabalhos Publicados OUTROS TRABALHOS INCORPORADOS AO ROL SAMARA, Eni de Mesquita. Família, mulheres e povoamento. São Paulo, século XVII. Bauru (SP), Edusc, 2003, 102 p. file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (21 of 22) [12/2/2006 20:40:53] BHD 40 APRESENTAÇÃO. Segundo palavras da autora, seu objetivo foi estudar "as famílias e as mulheres nos primeiros séculos da colonização do Brasil, enfatizando especialmente a sua participação no povoamento do interior, na estruturação do poder local e na circulação da riqueza". Para tanto, apóia-se em fontes inéditas tais como inventários, testamentos, atas da câmara, ofícios diversos e censos populacionais, para "reconstruir conexões entre o público e o privado, de modo que as histórias das famílias e das mulheres não aparecessem como um adendo à própria História de São Paulo no século XVII ou um suplemento ao que já era conhecido". O livro foi estruturado em duas partes. A primeira está dividida em quatro capítulos e trata da historiografia atinente ao patriarcalismo escravocrata, à organização das famílias de elite e à estruturação do poder local. A segunda parte, também dividida em outros quatro capítulos, apresenta o tema da mulher, relacionando-o à esfera do poder público através do exame de processos de transmissão de herança e do povoamento da São Paulo seiscentista. (Transcrição de trecho de resenha de autoria de Dora Isabel Paiva da Costa). file:///C|/Documents and Settings/Administrator/M...BRNUEDE-Historia_Demografica/bhds/bhd40/bhd40.htm (22 of 22) [12/2/2006 20:40:53] La cotidianidad esclava en las haciendas del Colegio San Francisco Javier de Mérida Edda O. Samudio A. Profesora Titular de la Universidad de Los Andes Mérida, Venezuela [[email protected], [email protected]] Resumen El estudio sobre los esclavos de las haciendas del colegio San Francisco Javier de Mérida se apoya fundamentalmente en información extraída de escrituras notariales sobre transacciones de distinta índole, de informes y relaciones de superiores de la Orden y del plantel. Asimismo, de datos obtenidos del Libro de Recibo (1749-1767) y del Libro de Consulta (1691–1762). En el trabajo se establece la relación entre comportamiento económico y demanda de mano de obra esclava, circunstancia que definió el tamaño de la comunidad esclava jesuítica y su distribución espacial, ocupacional y de empleo, hechos que se proyectaron, a su vez, en aspectos de su vida material, como vivienda, alimentación, vestuario, compensaciones, castigo y de su existencia espiritual y religiosa, aspectos de la existencia la material espiritual que los jesuitas regularon y que abarcaron desde el demográfico hasta el moral y religioso. Palabras clave: Haciendas, esclavos, religión, trabajadores, población, demografía The daily slave life in the country properties of the School San Francisco Javier from Merida Abstract This study of the slaves of the estates of the College of San Francisco de Mérida is based upon diverse documentation including: various notarial records, reports of members and higher authorities in the Order, as well as data obtained from the receipt (1749-1767) and (1691-1762) account books. It demonstrates the relationship between economic performance and the demand for slave labour which determined the size of the Jesuit slave community and their spatial, and occupational distribution. These elements also affected their material lifestyles including housing, food, clothing, pay, punishment, and their spiritual existence. The Jesuits regulated all aspects of their lives, from the demographic to the moral and religious. Words key: Ranch, slaves, religion, workers, population, demography Introducción La esclavitud, forma de sujeción rigurosa del hombre en su condición de mercancía, llevó al ser humano a ser objeto de propiedad de otros y, como tal, trocado, vendido o subastado1. Esta conmovedora institución de la historia de la humanidad, tan generalizada el planeta tierra, fue conocida por las sociedades primitivas y desde la antigüedad estuvo presente en el Cercano Oriente (Sumerios), en Egipto, Grecia y Roma; no obstante, con diferentes niveles de desarrollo, es posible encontrarla en sociedades más cercanas. Esta institución se mantiene en las sociedades cristianas del medievo2, fruto de una mentalidad formada sobre la base de la lectura de obras clásicas como la de Diógenes, Aristóteles y Justiniano, a la vez que del escenario propicio para el funcionamiento de los mercados, tan generalizados en aquel período. De esa manera, su aprobación racional la hizo un acto justificable y, por lo tanto normal, circunstancia que definiría su posterior desenvolvimiento histórico. Este negocio esclavista fue desplazándose de la geografía Mediterránea3 a la Atlántica y se extendió al Pacífico americano, involucrando a pueblos de distintos continentes. Respecto a España, es importante recordar que su mentalidad esclavista se vigorizó con la larga lucha de reconquista de su territorio ante los invasores islámicos. Estuvo directamente vinculada al problema de la fe y dirigida particularmente a los sarracenos. En ese sentido, cautiverio y rescate justificaban plenamente la esclavitud, manera normal de admitirla en la Edad Media que, en el caso de España, quedó expresa en Las Siete Partidas, cuerpo legislativo del siglo XIII, patrocinado por Alfonso el Sabio y considerado por algunos estudiosos como representante de la visión católica de la esclavitud. Esta obra que resumía elementos fundamentales del Derecho Romano y Canónico reconocía a la guerra, el nacimiento, la venta como medios validos de esclavitud y concedía al amo poder absoluto sobre el esclavo, tal como la ley de la antigua Roma3. Ya para entonces, en los mercados peninsulares, con la ocupación de las islas de Cabo Verde por los portugueses, a la población esclava oriental, musulmana y canaria se sumaba la africana, cuyo comercio se incrementó progresivamente4. Este, además se vio favorecido por comportamientos propios de la incipiente economía capitalista, tales como las fluctuaciones negativas de los precios que afectaron el del esclavo y motivaron el incremento de los salarios de los trabajadores libres, hechos que con la colonización de los territorios americanos hicieron de la trata negra, no sólo una actividad económica altamente remunerable, sino elemento fundamental del intercambio triangular posterior, clave en la acumulación capitalista europea. A principio de la Edad Moderna la esclavitud blanca perdía importancia, mientras la productiva esclavitud africana adquiría creciente significación. Así, quedaba atrás aquella esclavitud de índole doméstica y sedentaria de las sociedades cristianas medievales, en tanto que la mano de obra barata y segura del esclavo negro fue enrolada en el proceso productivo, principalmente en la explotación de las minas y en el trabajo agrícola, esencialmente en la plantaciones5. El esclavo de origen africano constituyó factor fundamental de producción en las haciendas de caña de azúcar y, posteriormente, en las de cultivos nativos, como el cacao, el tabaco y finalmente el algodón. Junto a trabajadores de otras etnias ocupó espacios en el medio urbano, tanto en la vida civil como en la religiosa, ocupándose de las actividades domésticas y artesanales. Por cierto, esa relación esclavo-plantación de caña de azúcar, condujo tempranamente a un significativo contingente de esclavos africanos hacia tierras brasileñas, no obstante haber sido las tierras insulares caribeñas las que en el continente, recibieron los primeros esclavos negros6. Pero, esa relación esclavoplantación de caña dulce no era una experiencia nueva, pues se mantuvo en el Mediterráneo durante la Baja Edad Media y se acentuó luego en la dieciseisava centuria con el sistema de plantaciones desarrollado fundamentalmente con el brazo esclavo negro, en los territorios insulares la costa atlántica africana, en las islas de Madeira, Canarias y Santo Tomé, ocupada por ibéricos7. En el ámbito americano, la temprana prohibición de introducir moros, judíos y nuevos conversos a las islas del Caribe, permitiendo la de esclavos negros y otros que estuviesen en manos de cristianos desde su nacimiento, así como la de esclavizar canarios y las medidas protectoras del aborigen, favorecedoras de la libertad política del indígena, no sólo propiciaron el incremento de africanos en los mercados peninsulares, sino el privilegio de la esclavitud negra en el continente. Se recuerda que el tráfico negrero que en un principio, controlaron los portugueses8, pero que lo disputaron además, traficantes holandeses, franceses, ingleses y españoles9. Por su parte, España manejó el negocio esclavo a través del régimen de Licencias que fue sustituido por el de Asientos10. En América, la esclavitud negra no planteó los problemas de conciencia que suscitó la de la población indígena, cuyo sometimiento y explotación fue abiertamente discutida por funcionarios, religiosos y juristas en los primeros tiempos coloniales. No obstante, haber surgido críticas a la violación de los derechos humanos en el siglo XVII en Inglaterra y en las colonias anglosajones de norteamericana fue solamente a finales del siglo XVIII, cuando los movimientos antiesclavistas lograron bajo el estímulo de sus primeras victorias en esos países y en Francia, obviamente, al amparo de la Ilustración y el Liberalismo. Cabe recordar que en París se fundó en 1788 la Sociedad amigos de los negreros, la que propugnaba no sólo la liquidación del comercio esclavo, sino la eliminación del sistema. Sin embargo, las colonias de los países europeos tuvieron que esperar algunas décadas para la abolición de la esclavitud. Por su parte, la política borbónica orientada a obtener el logro de los máximos rendimientos económicos en sus territorios de ultramar, declaró la libertad del comercio esclavo en 1789, año en que también se aplica el Código Negro Carolino que formó parte de la Instrucción sobre educación, trato y ocupación en los dominios españoles. Posiblemente, el cambio que se dio en el aspecto legal, en cuanto al tratamiento y educación de los esclavos en las Indias y Filipinas, tuvo en parte la misma motivación. En mayo de 1789, se ordenó, entre otras cosas, no dar libertad a los esclavos ancianos, enfermos e inválidos, para garantizar la protección de sus vidas. También se mandó a ocupar preferentemente los esclavos en las labores relacionadas con la agricultura, se prohibió las amputaciones, castigos mayores de veinticinco azotes y uso de objetos que les hicieran daño, en casos no graves. Se fijó penas para los amos y se señaló enjuiciamiento por maltrato11. En la práctica, aquellas disposiciones corrieron la misma suerte que muchas de las que se dieron para los indígenas, a pesar de que para entonces se dice que hubo un protector de esclavos. La comprensión de la nueva realidad geosocial americana llevó a los jesuitas a introducir importantes aspectos de modernidad en la administración de la institución y de sus bienes, los que se fundamentaron en la idea clara del papel que tenía el hecho económico en el logro de su autonomía financiera y en la satisfacción de sus fines educativos y espirituales, para lo cual concedieron al acto económico una connotación moral de carácter práctico. Para los ignacianos, las actividades económicas estuvieron al servicio de Dios por constituir medios para procurar los recursos materiales que garantizaban el logro de los objetivos máximos de la Orden, equiparándolas en ese sentido a las espirituales y religiosas. De esa manera, en la conducción de los complejos económicos se conjugaban permanentemente la pauta económica y la ética jesuítica12. De hecho, para los jesuitas el acto económico, manejado con racionalidad estuvo vinculado a la satisfacción de sus más caros propósitos. Por ello, no sorprende que los paladines de la libertad de los aborígenes en el Brasil compartieran con las autoridades oficiales la opinión de la necesidad de una abundante mano de obra, satisfecha en función de la población esclava negra. Sin embargo, se conoce que el jesuita Miguel García, al llegar al Brasil por el año de 1580, le desagradó constatar que hasta el colegio de la Compañía de Jesús de Bahía contaba con negros esclavizados ilegalmente, circunstancia que motivó su repudio y le creo adversarios que junto a Gonzalo Leite, lograron su regreso a Europa13. Por cierto, los colegios de la Compañía de Jesús, que han sido considerados los más grandes propietarios de esclavos en la América española14, conformaron sus conjuntos de unidades de producción, sobre la base del criterio de complementariedad económica, a su cierto carácter autárquico15, en lo cual se incluyó a la población esclava. Los colegios jesuíticos tuvieron muy pocas posibilidades de acceso a la mano de obra indígena, en razón de que la legislación indiana prohibió otorgar encomiendas y repartimientos a las órdenes religiosas; además, en el beneficio de la caña de azúcar estaba vedada la ocupación de los indígenas aunque fuese en forma voluntaria. Recuérdese que en 1595 se dispuso no utilizar indígenas “forzados o voluntarios” en “ingenio, trapiches de azúcar, ni otra cosa semejante” indicándose que en ellos se emplearan “negros u otro genero de servicio”. En esta medida se insistió en 160116, por considerarse producto de una larga experiencia, perniciosa a la salud de los aborígenes y por generar “otros inconvenientes. No obstante se permitió que los “naturales” trabajaran en el corte y acarreo de la caña. Nuevamente, en 1621 se repetía la prohibición de utilizar los indígenas en las tareas de trapiches17. Las Ordenanzas de Mérida de 1620 también prohibían la utilización del indígena en los ingenios, por considerar que el trabajo en los trapiches había sido excesivo y dañino a la salud de los nativos y consumido muchas vidas; asimismo, acorde con las Reales Cédulas se permitió que plantaran, cortaran y trasladaran la caña dulce en mulas a los trapiches, pagándose lo que mensualmente estaba Ordenanzas. Una dispuesto en las propias experiencia similar se tuvo en Mérida con los indígenas que los encomenderos llevaban a sus estancias cacaoteras, por lo que se determinó que no se sirvieran de un solo indígena en esas labores y se ordenó utilizar negros esclavos, tal como lo hacían otros propietarios de estancias en la zona. El examen de la información documental de Mérida revela que el proceso de sustitución de la mano de obra indígena por la esclava en Mérida fue demorado; todavía en las últimas décadas del siglo XVII se encuentran expedientes judiciales que atestiguan las obligaciones laborales que se imponían a los “naturales” en las estancias de cacao y en los trapiches, donde cumplían actividades especificas en el beneficio de la caña dulce. Pero, si la esclavitud constituyó uno de los factores esenciales en el desarrollo de una economía en la que el bajo nivel tecnológico demandaba una importante incorporación de fuerza humana en busca de maximizar los beneficios18, para los colegios jesuitas con una economía cañera o cacaotera, ésta fue un elemento primordial. En esa realidad estuvo inserta el colegio de Mérida que centró su atención en una economía basaba preferentemente en la agricultura de la caña de azúcar y el cacao. Por ello, no sorprende que los padres del Colegio San Francisco Javier se desempeñaran abiertamente como cualquier vecino en los procedimientos de adquisición de esclavos y concurrieran al mercado a trocarlos, comprarlos y venderlos, aún en la década de su expulsión y, además, desarrollaran una actitud particular con relación a la humanidad esclava. En el caso del colegio de Mérida esa población estuvo destinada fundamentalmente al trabajo en las plantaciones y a beneficiar el fruto. Desde los últimos años del siglo XVI, los colegios de Nueva España y, posteriormente, de Brasil tuvieron autorización de sembrar caña de azúcar con fines comerciales. Esclavos negros procedentes de distintas zonas del África Occidental19 llegaron a Venezuela en el temprano siglo XVI, en tanto que a Mérida20 ese hecho ocurre a partir de la segunda mitad de esa centuria, pues su fundación data de 1558. En cuanto al colegio jesuita emeritense, la primera adquisición de esclavos tuvo lugar con la donación fundacional, en la que el colegio recibió tierras aptas para el cultivo de trigo y de cacao. En esta últimas se incluyeron seis mil árboles de ese fruto y ocho esclavos angolas para su beneficio21, dos mujeres y seis hombres, a quienes se valoró en trescientos cincuenta pesos cada uno o sea que totalizaban dos mil ochocientos pesos22; precio que seguramente se pagaba en Mérida, pues se aseguraba que los esclavos Angolas y los Congos eran los menos estimados de los africanos que llegaban a Cartagena23, donde se vendían corrientemente a ciento cincuenta ducados24. Una descripción coetánea que corresponde al padre Alonso de Sandoval 25 reseña que los Angolas que arribaban a la importante ciudad portuaria de las Indias eran “los de menor valor y menor suerte, los más inútiles y... los más expuestos a enfermedades’’26. Por cierto, que a la Iglesia Católica se le imputa no haber cuestionado la validez de la esclavitud27, por su parte, a los jesuitas, Alonso de Sandoval y el apóstol de los esclavos, Pedro Claver, considerados los exponentes más importantes de la defensa del esclavo en Cartagena y su provincia28, se les recrimina haberse ocupado más de la salvación del alma que de enfrentar el problema de la esclavitud con el calor y la perseverancia que lo hicieron los teólogos indigenistas en la defensa del indio29. Si para la provincia de Venezuela el siglo XVIII30se ha considerado la centuria del cacao, el siglo XVII lo fue para Mérida, a pesar de la importancia que tuvo el tabaco en algunas de esas décadas y que la producción cacaotera inició su descenso en forma apresurada ya en los años setenta de ese periodo, debido a una serie de factores que contribuyeron al deterioro de las unidades productivas en las tierras cálidas y bajas del sur del Lago de Maracaibo, situación que se ha expuesto en otros trabajos31. Sin lugar a dudas, los esclavos tuvieron un papel protagónico en la expansión del cultivo del cacao en territorios merideños, al igual que en la provincia de Venezuela; asimismo, fueron factor esencial en el desarrollo de la economía cañera. A mediados del siglo XVII, las doscientos ocho ‘’estancias de cacao y trapiche’’ registradas en el denominado ‘’padrón’’ de estancias de las vertientes de los llanos del sur del Lago marabino las que se distribuían entre los valles de Cuellar de la Isla, la Arenosa, de Mojaján, la Sabana, Bobures, Chimomo, Capaz y Mocotén32, evidencian la importancia que había alcanzado la actividad cacaotera en Mérida y el predominio de una población laboral esclava en aquellas tierras tropicales que formaron parte del escenario geográfico merideño. Esos valles formaban parte de la jurisdicción de Mérida y Gibraltar, esta última ciudad portuaria sufragánea de la primera. Por supuesto, las estancias que los jesuitas tuvieron en aquellas tierras fueron registradas en el referido catastro. Si el esclavo desempeñó un rol substancial en las actividades de explotación económica en el medio rural, hay que reconocer que desde muy temprano cumplió en el escenario urbano, como trabajador doméstico, hecho que permitió a capitanes de las huestes conquistadoras y fundadoras llevarlos en sus hazañas. Hay evidencias de lo insustituible que se hizo la mano de obra esclava en el desempeño de algunos oficios, los cuales llevaron a cabo tanto en ambientes civiles como religiosos. Además, ser amo de esclavos concedía prestigio en la sociedad colonial. Aunque, la población esclava ha sido motivo de importantes estudios de carácter general33, como de otros en los que se analizan aspectos referentes a cuestiones sociales, demográficas, económicas34e institucionales, tales como la trata, los asientos y licencias, la manumisión y la abolición y que algunos historiadores se han dedicado a conocer seriamente la presencia esclava y su proyección en un país de América Hispana35, los de una mayor rigurosidad científica y que ofrezcan nuevas orientaciones metodológicas son relativamente recientes. Sin embargo, son escasos los trabajos, tal como lo es en Venezuela destinados a examinar particularmente el material documental36 sobre los esclavos de haciendas tanto laicas37, como de instituciones religiosas38. La situación expuesta es explicable, si aceptamos que la información para una investigación de esta naturaleza es frecuentemente inexistente y, además, de difícil localización. A ello se suma que la información que se logra consultar limita el estudio de los esclavos, pues ella ha sido producida por sus amos o individuos vinculados a ellos. Como en otras regiones de América Hispana, en Venezuela, la fuerza laboral esclava constituyó el soporte de las actividades económicas desarrolladas por los jesuitas en sus complejos socioeconómicos. Los dos colegios ignacianos establecidos en el actual territorio venezolano fundamentaron su existencia en una serie de actividades, tanto urbanas como rurales. No obstante, fueron las rurales y, particularmente, las que se desarrollaron en sus haciendas de plantaciones cacaoteras las que proporcionaron los mayores ingresos a las instituciones educativas de la Compañía de Jesús, mientras las de caña de azúcar siguieron en orden de importancia. Lo expuesto lleva a plantear que si bien un importante número de esclavos formó parte de las donaciones de propiedades rústicas, otro sector fue adquirido por los padres mediante transacciones comerciales y en función de las nuevas necesidades de esa mano de obra. En ese sentido, es posible establecer una relación entre comportamiento económico y demanda de mano de obra esclava, circunstancias que se reflejaron en el tamaño de la comunidad esclava jesuítica y consecuentemente en su distribución espacial, ocupacional y de empleo, hechos que se proyectaron, a su vez, en aspectos de su vida material, como vivienda, alimentación, vestuario, compensaciones, castigo y de su existencia espiritual y religiosa, todo lo cual permite conocer facetas de la vida cotidiana de la comunidad que constituyó el soporte de las actividades agrocomerciales que definieron en buena medida la existencia y desenvolvimiento de una institución religiosa educativa que tuvo una notable figuración en la sociedad colonial. El estudio sobre los esclavos del colegio San Francisco Javier de Mérida y de manera particular los de sus haciendas, se apoya fundamentalmente en información extraída de escrituras notariales sobre transacciones de distinta índole, de informes y relaciones de superiores de la Orden y del plantel. Asimismo, de datos obtenidos del Libro de Recibo de marzo de 1749 a junio de 1767 y del Libro de Consultas que abarca un período de setenta años, desde febrero de 1691 hasta enero de 1762. Este último resume los temas de las reuniones periódicas de los padres consultores y se trata de una copia del original que transcribió escrupulosamente, incluyendo las notas marginales de don Tulio, el padre jesuita José Barrena, en junio de 1937, sin embargo, la valiosa información que ofrece sobre los esclavos es de carácter cualitativo. Esta circunstancia lleva a insistir en que el trabajo se centra en el estudio del comportamiento de algunos aspectos de la existencia de comunidad esclava de las haciendas del colegio emeritense, el que estuvo estrechamente vinculado al desenvolvimiento económico de sus unidades de producción, específicamente aquellas productoras de cacao y caña de azúcar. Amos religiosos y trabajadores esclavos Ya en 1558, año en que se fundó Mérida, la población aborigen de la Nueva Granada, experimentaba los estragos de la explotación minera y la consecuente y progresiva demanda e introducción de esclavos negros, sobre el supuesto que uno sólo de ellos producía el trabajo de tres indios juntos, idea que se generalizó en el siglo XVIII y que llevó a considerar que la trata y, consecuentemente, el ingreso de una población esclava numerosa sería el remedio para la economía neogranadina, cuya actividad fundamental fue la minera. No obstante, la intensificación de la presencia del esclavo en la economía de La Nueva Granada se ha relacionado con la progresiva disminución de la población nativa y la expansión de la colonización agrícola. Mérida no contó con minas de oro, plata ni esmeraldas, como otros territorios neogranadinos, por lo que su economía descansó primordialmente en la actividad agrícola, en la que el indígena jugó un papel esencial en el siglo XVI, mientras en el XVII, recayó el trabajo del agro en el aborigen y el esclavo. Sin embargo, en el siglo XVIII y primera década del XIX, el trabajo del campo correspondió a la población indígena, significativamente reducida, a una esclava no cuantiosa y a un importante sector libre, mestizado. No obstante, en el caso del colegio de Mérida fue, particularmente, el brazo esclavo el que hizo posible por más de un siglo el desarrollo de las actividades económicas encargadas de generar los beneficios que aseguraron la permanencia y proyección de la institución educativa. Un hecho revelador, de acuerdo a las cifras que ofrece Germán Colmenares, es que para 1767, los 346 esclavos del colegio de Mérida, representarían el 21% de los esclavos de los jesuitas en la Nueva Granada y la Audiencia de Quito. Y, en cuanto al total de los esclavos de las haciendas productoras de cacao en la Nueva Granada, las haciendas de cacao del plantel merideño tendrían el 39 % de esos esclavos, mientras las de caña de azúcar alcanzarían el 32% de la población esclava de las haciendas neogranadinas productoras de caña de azúcar. Se recuerda que para entonces, Mérida, ciudad de la provincia de Maracaibo, estuvo bajo la jurisdicción del Nuevo Reino de Granada hasta 1777, cuando la provincia fue anexada a la Capitanía General de Venezuela. En las tierras llanas y bajas de la depresión sur-oriental de la cuenca del Lago de Maracaibo, los jesuitas tuvieron las dos más importantes propiedades rústicas dedicadas a la explotación cacaotera, La Ceiba y La Sabana, las que se desarrollaron con el trabajo esclavo, proporcionándole los mayores ingresos al plantel. circunstancia pone en evidencia que Esta la notoria concentración de esclavos en las unidades de producción cacaoteras y de caña de azúcar en el valle medio del río Chama, estuvo estrechamente relacionada con la importancia comercial de su producción, lo que obviamente, las hizo las haciendas más rentables. Este hecho, sin lugar a dudas, incidió en la dotación, tanto material como humana, de los ambientes urbanos, en los que se desarrollaban sus funciones educativas y religiosas, pues ellas se desenvolvieron y proyectaron acorde al estado económico de su complejo hacendístico. Como se ha expuesto, es obvio que la expansión de las actividades agrícolas del colegio no constituyó un suceso aislado que dependió unilateralmente de la eficiente administración de los jesuitas; también ello fue posible gracias a la conjunción de factores ecológicos y económicos, al contar con tierras y climas adecuados para el cultivo de la caña y del cacao y con la participación del esclavo negro y mestizado. Además, fue decisiva la proximidad de las haciendas cacaoteras a los puertos a través de los cuales se realizaban las relaciones comerciales con el exterior. De hecho, se insiste en señalar que todo factor que perturbó las condiciones ecológicas y económicas de ese complejo ciudad-campo, determinó alteraciones paralelas en las funciones y rendimiento de la empresa jesuítica. En consecuencia, no es fortuito afirmar que la economía del colegio fue, de alguna manera, expresión de la economía merideña. En efecto, los factores, tanto humanos como naturales que alteraron la economía de la región repercutieron inevitablemente en el complejo jesuítico; así, la ciudad y su área rural, el colegio y sus haciendas, experimentaron efectos similares sobre su economía, ya de expansión o de crisis, con las respectivas consecuencias en los aspectos educativos, religiosos, cultural y social de la vida de La Mérida de ese entonces. La población esclava Desafortunadamente, no se tuvo la suerte de disponer, como en otros territorios coloniales, de registros de bautismo, defunción y matrimonio de los templos del colegio y los de las haciendas jesuitas. Consecuentemente, los datos demográficos que se manejan tan sólo permiten ofrecer una visión general del comportamiento demográfico de la comunidad esclava de las haciendas jesuíticas, comparando su tamaño en un período de ocho décadas. Se hace referencia en forma somera a la distribución de sexo y edad, pautada por la política demográfica llevada a cabo por los padres de la Compañía, la que será igualmente comentada. Asimismo, esa información hace posible analizar la distribución espacial de los esclavos del colegio merideño, la que se correspondía con los criterios económicos que manejaron los religiosos, tal como el de concentrar una fuerza laboral apta en las zonas donde se desarrollaban las actividades económicas más rentables que para el plantel de Mérida fueron de índole agrocomercial. Comportamiento y política demográfica El comportamiento demográfico de la comunidad esclava de los jesuitas en Mérida se pone de manifiesto al comparar los casi tres centenares y medio de años que llegó a tener esta institución para el momento de la expulsión, en 1767 con los ocho esclavos negros que formaron parte de los bienes fundacionales del colegio en 1629. Indudablemente, los religiosos de la Compañía de Jesús en Mérida, en casi ciento treinta y nueve años de existencia, habían incrementado el número de esclavos poco más de cuarenta y tres veces, respecto a su población original. La población esclava de las haciendas en el período de ochenta y tres años que se registró en las cinco visitas señaladas entre 1684 y 1759, como la del inventario de 1767 permitió la realización de una tabla sintética (Tabla 1) de los totales de la población de las unidades de producción jesuíticas. Tabla 1 POBLACION ESCLAVA DE LAS HACIENDAS DEL COLEGIO DE MERIDA 1684-1767 HACIENDA 1684 1749 1752 1756 1759 1767 La Ceiba 54 82 94 98 104 138 Las Tapias 34 64 72 95 80 108 La Sabana 23 71 76 70 79 74 Paguey - 43 42 48 46 26 - - - - - La Arenosa 17 San Jacinto - 17 14 - 8 Santa Mónica - - - - 7 - Cacutes - - - 1 - - 128 277 298 324 346 Total 312* - *No Están incluidos los cuatro esclavos que en esa visita fueron registrados en el tejar y la calera. En esta Tabla es fácilmente observable que la población esclava de La Ceiba, La Sabana y Las Tapias creció durante ese lapso de tiempo, mientras Paguey, disminuyó el 40% de sus esclavos, en las casi dos décadas que perteneció al colegio, tal como o muestra el Gráfico 1. Por su parte, La Sabana y Las Tapias habían más que triplicado su mano de obra esclava, en tanto La Ceiba logró duplicar algo más el número de sus esclavos respecto al de 1684. Sin embargo, se advierte que esta última mantuvo un incremento sostenido de la mano de obra esclava, circunstancia que no se dio en Las Tapias y La Sabana (Fig. 1) que experimentaron altibajos, los que se manifiestan en los registros de17 56, en el caso de Sabana y de Las Tapias en 1759, años en que confrontaron una serie de vicisitudes que explican la pérdida de esclavos que se aprecian en varios de los registros, motivo de análisis en otro trabajo. FIG.1. POBLACION ESCLAVA DE LAS UNIDADES DE PRODUCCION DEL COLEGIO DE MERIDA. 1684-1767. 350 300 250 P O 200 B L 150 A C I 100 O N 50 0 1684 La Ceiba Las Tapias La Sabana Paguey La Arenosa San Jacinto Sta. Mónica Cacutes Total 1749 1752 1756 1759 1767 AÑOS Las cinco visitas del Colegio de Mérida y el inventario de 1767 que se realizaron con intervalos que oscilaron entre tres y cuatro años y, el último de ocho años, proporcionan una clara visión de la población esclava de las haciendas de 1684 a 1767. Para 1684, el plantel, ya afectado por la serie de factores humanos y naturales que ocasionaron el retroceso de la economía merideña de entonces, las haciendas jesuíticas tenían 128 esclavos distribuidos en cuatro de sus cinco unidades de producción, destacándose La Ceiba que mantenía el 40% de esa población. Sumada la población de La Ceiba, la de La Sabana y la Arenosa, situadas todas en tierras lacustres, la mano de obra de las haciendas cacaoteras alcanzaron a retener el 73 % de los esclavos en 1684, la máxima representación en los ochenta y tres años, en los que mantuvieron el predominio de esclavos. No obstante, los esclavos de Las Tapias que fueron ocupados primordialmente en la actividad cañera y superaron numéricamente a los de la Arenosa en 1684 y a los de La Sabana en esas ocho décadas fue adquirida en 1639, cuando el Cabildo merideño hizo donación a los religiosos de aquellas veinticinco cuadras que eran de los propios de la ciudad. Sesenta y cinco años más tarde, en 1749, el complejo económico jesuítico se había ampliado con la adquisición de las haciendas San Jacinto (1737), Cacutes (1712,1716 y 1720) y Paguey que fue donada en 1748, un año antes de la visita y, además, la comunidad esclava había aumentado 2.16 veces, respecto a su población de 1684, aunque de aquellas, sólo Paguey y San Jacinto contaron con mano de obra esclava. El incremento de los esclavos en ese periodo de dieciocho años estuvo distribuido en un 51% en La Ceiba, un 41% en Las Tapias y La Sabana un 5%. Es evidente que fue La Ceiba la que concentró la mayoría de los esclavos, seguida por Las Tapias, La Sabana y, en último lugar, Paguey que, por el contrario, disminuyó significativamente la mano de obra sujeta a esclavitud. Paguey, donada en 1748, poco antes, de que empezaran a desmejorar las condiciones económicas del Colegio, acusó en los últimos años del plantel una reducción del número de esclavos a causa, sobre todo, de fugas y de continuas ventas. De la población inicial de 43 esclavos "grandes, pequeños y viejos" a Paguey le quedaban tan sólo 26 en 1767. En el Libro de Recibo de 1749 quedaron los registros de venta de esclavos cimarrones39 y otros, cambiados por mulas o simplemente declarados como vendidos; se conoce que el producto de algunas de esas ventas fue destinado a la adquisición de nuevos esclavos. Se recuerda que los jesuitas trataban de deshacerse de los esclavos que eran motivo de quebrantos y no experimentaban cambios positivos en su conducta, tal como los aficionados a la bebida, los indolentes, los altivos y aquellos que tenían poco juicio; además trataban de salir de los que se resistían a casarse con individuos como ellos, sin personalidad jurídica. Los padres mostraron una clara tendencia a deshacerse con carácter urgente de las esclavas que motivaban riñas40 y pleitos, de los esclavos mal genio y falta de juicio41, rebeldes, fugitivos42, hechiceros o yerbateros o con otros malos hábitos, quienes resultan difíciles de manejar, a lo cual en el caso de Paguey se añadía lo distante que estaba de Mérida y lo difícil que resultaba comunicarse con ella. En el Libro de Recibo del plantel quedaron consignados ingresos por concepto de venta de varios esclavos de Paguey, los que constan como huidos y fugitivos43. Un ejemplo de lo expuesto se dio con motivo de la aprobación de venta de un esclavo cocinero en una de las Consultas, la que resume algunas de las razones que motivaban a los jesuitas a deshacerse de estos trabajadores. Se afirmaba que además del daño que al esclavo había causado en un ojo el calor de la cocina, con el riesgo de perder el otro, haciéndole inútil para cualquier oficio, estaba disgustado con los religiosos, por lo que había nuevo amo; también, había pretendido casarse con una de afuera, lo que de acuerdo a los religiosos, aunque el esclavo lo hubiera realizado con una del colegio, no era hábil para otro trabajo. Y, como si fuera poco, le señalaban de inquieto y "bellaco", pues salía algunas tardes y se quedaba en la calle toda la noche. Los padres que habían tratado de corregir al esclavo sin éxito alguno, castigándole en varias ocasiones, decidieron su venta ante el riesgo de que dañara a los demás. Indudablemente, las transacciones jurídicas sobre esclavos en las que estuvieron involucrados los religiosos, por si solas no satisfacen la explicación del crecimiento de esa población en las haciendas jesuíticas, por lo que y a pesar de la limitación de no contar con los registros vitales, se considera que hubo aporte de esclavos como resultado del incremento biológico, consecuencia de la evidente política demográfica jesuítica que tendía a promover y proteger los enlaces matrimoniales, lo que debió reflejarse no sólo en el fortalecimiento de la esclavonía, sino en los nacimientos intracomunitarios y de los que desafortunadamente no tenemos registros. Se sugiere que las ventas de esclavos y la mortalidad de su población debieron ser contrarrestada por el crecimiento natural, al igual que en el caso peruano, estudiado por Macera, quien igualmente lo atribuye al estímulo que los jesuitas dieron a la vida conyugal y, por tanto, a la procreación. Las situaciones expuestas permiten aceptar la factibilidad de los supuestos planteados y la imposibilidad de evaluar la incidencia de la natalidad esclava en el aumento de la población. No obstante, cabe señalar que en el incremento de la población esclava de las haciendas del plantel hubo la participación de diferentes fuentes, una debidamente programada, la correspondiente a la compra y, otra de carácter relativamente espontáneo atribuida a donaciones. Estas, de acuerdo a los datos obtenidos revelan haber sido las que más incrementaron el número de esclavos. Los esclavos donados, aproximadamente en número de 91, representaron el 62%, en tanto que los obtenidos por compra correspondieron al 38% del total de la mano de obra esclava que recibió el plantel jesuítico, por donación y compra. El 86% de los esclavos donados provino de La Ceiba y Paguey, representando el 53% del total de la mano de obra esclava, comprada y donada. Los veinticuatro compromisos legales de compra-venta estudiados fueron más numerosos que los de donaciones, los que no llegaron a la docena; sin embargo, a lo largo de un siglo y casi cuatro décadas, el número de esclavos que ingresaron a propiedad de los jesuitas por la primera modalidad, alcanzando los cincuenta y cinco esclavos más o menos, fue bastante inferior a la mano de obra esclava donada al plantel de la Compañía de Jesús. Los tratos de compra-venta llevados a acabo por los jesuitas revelan que en las diez décadas en que se produjeron esas negociaciones sobresale la de los años treinta del siglo XVIII, en la que se obtuvieron el 41% de los esclavos obtenidos en esa forma. En las compras de esclavos realizadas por el Colegio de 1645 a 1767, fácilmente se aprecia la presencia de una población joven y el predominio del sexo masculino. De los esclavos cuyo sexo fue identificado, un 42% correspondió a varones, mientras las mujeres representaron 25 %, aunque hubo un 33% cuyo sexo no estuvo identificado. Además, se advierte que la edad de los esclavos comprados osciló entre uno y cuarenta años, mientras la de las mujeres fluctuó entre los tres y los treinta años. Respecto a la distribución etárea, se puede observar que la mayoría de los varones, en un 57%, estaban en edades comprendidas entre los 30 y 20 años, un 32% no sobrepasaba lo diez años y, tan sólo un 11% llegaba a los 40 años. En cuanto a las mujeres, el 92% se encontraba entre los 30 y 15 años o sea en plena capacidad reproductiva; una sola esclava de tres años, representaba el 7.6 de las compradas. Con relación al costo de los esclavos se aprecia un visible descenso en el siglo XVIII, conducta que de manera general tuvieron los precios en la región. En cuanto a las características étnicas de los esclavos, hubo un peso importante del elemento negroide de origen africano en las primeras décadas de existencia del plantel, situación que contrasta con la población esclava de la institución en sus últimos quinquenios, en los que sus esclavos fueron mayoritariamente mulatos o afromestizos criollos o sea nacidos en la tierra, situación que compartían otras unidades de producción y la propia ciudad. Este hecho es perfectamente lógico y comprensible, pues como lo ha señalado Rolando Mellafe, en América, el esclavo negro tendía a perder sus caracteres negroides a partir de la segunda o tercera generación y como lo señala el mismo historiador. Sin lugar a dudas, ese proceso de mestización del negro constituyó un relevante factor decadencia de la esclavitud negra en la América Hispana. De igual forma, el Colegio de Mérida permutó esclavos y participó como vendedor en el mercado interno de esclavos, aunque fue en menor proporción que como comprador. En las diecinueve transacciones comerciales que tuvieron como motivo de la venta de veinticuatro esclavos se aprecia el predominio de mujeres (60%) y el incremento de esas operaciones a partir de la quinta década del siglo XVIII. El señalado e innegable manejo de la población esclava por parte de los jesuitas, a través de la promoción del casamiento y protección de la familia, no sólo buscaba resguardar la integridad de la comunidad esclava, sino favorecer la natalidad intracomunitaria. Tras estos objetivos los religiosos trataron de mantener el equilibrio de los sexos que estuvo dirigido a propiciar el matrimonio entre sus esclavos, manteniendo una proporción de hombres y mujeres que daba la posibilidad cierta de encontrar la pareja en el seno de la comunidad. Esa medida quedó expuesta en las instrucciones para el manejo de las haciendas peruanas al ordenarse que "... se procurara que haya tanto negros como negras por que los solteros puedan tomar estado y evitar ofensas a Dios y que se casen con indios o libres". Por cierto, desde la primera mitad del siglo XVI, se promulgaron leyes que coartaban la libertad matrimonial del negro, las que fueron recogidas en la Recopilación de las Leyes de Indias de 1680. Esas Reales Cédulas ordenaban que se diligenciara el matrimonio entre negros, advirtiéndose, además que el sacramento no otorgaba a los esclavos libertad alguna, aunque sus amos lo quisieran44. Los jesuitas aplicaron una serie de medidas que favorecían las uniones entre sus esclavos. Una de éstas fue la de mantener los futuros cónyuges en la misma unidad de producción y no trasladar a uno de ellos, aunque en ese sentido hubiese un compromiso previo45. Asimismo, aprobaban la mudanza de un esclavo, cuando la pareja estaba separada y tenía intención de matrimoniarse. Al igual, previa consulta al Principal, aprobaban la comutación de un esclavo del colegio o de otro dueño, cuando había matrimonio de por medio46. También llevaron adelante algunas compras de esclavos, cuando se necesitó formar parejas47 y fueron propensos a su venta cuando se resistían a casarse o no había esperanza de procreación48. Los padres no aprobaban el amancebamiento, práctica ampliamente difundida en la época que atentaba contra la moral cristiana y los casamientos con mujeres libres, pues los hijos de hecho lograban condición jurídica. Los registros de población esclava de las haciendas muestran que los jesuitas propiciaron la (endogamia étnica) vida conyugal intracomunitaria; en primer término entre los esclavos del colegio49 y, luego, facilitaran las uniones cuando se trataba de un esclavo ajeno, actitud que como se ha señalado era una mezcla de sentimientos cristianos y razones económicas. Un caso que muestra la forma en que los jesuitas propiciaron el matrimonio entre sus esclavos, lo protagonizaron dos "esclavitos" del colegio que querían casarse con dos "esclavitas" que los padres habían comprado para la misión de Los Llanos, las que a pesar de haber sido reclamadas por el Procurador de la Misión, resolvieron dejarlas en el colegio. En otros ocasiones, cuando un o una esclava quería casarse con un esclavo o esclava foráneo, los religiosos solicitaban licencia al Provincial para conmutar uno o una de la institución por la que quería casarse o bien buscaban la forma de adquirirla. En una ocasión, los padres del colegio reconocían que un buen esclavo de Las Tapias estaba "desatinado" por una esclava ajena y para no perderlo consideraron que era preciso darle gusto y procedieron a su compra. En opinión de Macera ese comportamiento de los jesuitas tuvo una explicación demográfica, por pretender "...favorecer las uniones y aumentar los puedan tomar estado y evitar ofensas a Dios y el que se casen con indios o libres" nacimientos" y, de carácter moral, al tratar de que "...haya tantos negros como negras para que los solteros. De hecho, los padres de San Ignacio preferían mudar o vender al esclavo que era renuente al matrimonio, tal como se hizo con un esclavo de Las Tapias a quien tildaban de “...natural altivo y resistente en no casarse, y se resolvió que se vendiese y se comprase otro en que no hubiese estos quebrantos...”; pero, no encontraban comprador por lo que la medida quedaría pendiente50. Y se apresuraban a salir del esclavo que había tenido el atrevimiento de casarse sin pedir licencia a sus amos y decidieron la venta de una viuda que no quería casarse, además de motivar riñas y pleitos con las otras esclavas y estar acostumbrada al trabajo de servir en la ciudad, pues se enfermaba frecuentemente en los cañaverales; comportamiento que bien pudo ser un rechazo al trabajo en la hacienda51. A pesar de lo expuesto, los esclavos de Paguey estrategias de resistencia a las formas de represión, fueron capaces de desarrollar comportamiento que debió constituir una preocupación más para los religiosos. Aquellos, seguramente conscientes de lo que había significado y significaba la esclavitud en su humanidad, expresaron claramente su rechazo a casarse con mujeres de su condición, manifestando que preferían la muerte a matrimoniarse con esclavas. De hecho, en 175652, en Paguey habían trece solteros y ninguno quería unirse a esclava, a pesar de que habían siete solteras adultas y cinco muchachas, por el contrario, se aseguraba que vivían los más de ellos amancebados en forma escandalosa con mujeres libres, situación que se tornó más preocupante porque uno de ellos mantenía relaciones con la hija de una hechicera libre, a quien todos le temían. La decisión no se hizo esperar, en el mismo año 1756, en Consulta se trataba una carta del Padre Provincial en la que aprobaba la venta de los esclavos solteros de Paguey y todos los que hubiere necesidad53. De cualquier manera, si los jesuitas no lograron impedir las uniones de sus esclavos con libres, tampoco consiguieron que todos los solteros y viudos contrajeran matrimonio. Por ejemplo, de los 107 esclavos que tenía Las Tapias para el momento de la expulsión, el 21% de esos adultos estaban sin pareja; el 64% de ellos eran mujeres, mientras el 36% eran hombres. Se debe hacer notar que en aquella representación femenina predominaban las viudas y en cuanto a los hombres, una gran mayoría eran solteros. No obstante, es interesante señalar que se mantenía una distribución proporcional respecto al sexo, pues a pesar del predominio de mujeres en Las Tapias, la diferencia no sobrepasaba el 9 % y la población de niños, que aún estaban bajo la tutela de los padres con un 49% del total de la población esclava, era significativa. Distribución espacial Los datos sobre la población esclava de las unidades de producción fueron conocidos a través de la información de las visitas que con cierta periodicidad llevaron a cabo los Provinciales o sus representantes a los domicilios de su provincia. Dado que la actividad económica de los ignacianos en Mérida fue particularmente de carácter agrícola, la mano de obra esclava del colegio se concentró en las unidades de producción destinas especialmente a esa actividad, una de las cuales, Las Tapias, estaba dedicada al cultivo de la caña dulce que se procesaba en el trapiche. Consecuentemente, ese hecho permite advertir una correlación entre la distribución geográfica de los cultivos y la de la población esclava, circunstancia que hace evidente la concentración de la fuerza laboral en las haciendas más rentables o sea con plantaciones. Estas, en primer término, estuvieron situadas en zonas aptas para el cultivo del cacao y, en segundo lugar, en aquellas destinadas al de caña de azúcar (Fig.1). En efecto, en los seis registros que se conocen de la población esclava, entre 1684 y 1767, es fácil observar que fue en las tierras bajas, cálidas, húmedas e insalubres de paisajes de cacahuales del sur y sur oriente del lago de Maracaibo, donde se concentró mayoritariamente la población esclava jesuítica. Esta varió de 94 esclavos (73.4%), repartidos en La Ceiba, La Sabana y La Arenosa en 1684 a 212 esclavos (61.2%) que mantenían las dos primeras, en el momento de la expulsión. Además, se aprecia que este 61%, estuvo distribuido entre La Ceiba (40 %) y La Sabana (21%). Evidentemente, la cercanía de la primera al puerto que recibió su nombre y estar en tierras menos accesible a los Motilones, fueron factores que favorecieron el desarrollo de sus actividades agrícolas y la estabilidad de su población. La observación de las figuras 1 y 3 permite reconocer la relación que hubo entre la distribución espacial de la población esclava y las áreas de producción. De esa manera, es obvio que la mayor concentración de población esclava se dio en las haciendas de mayor rentabilidad, la que lograron los jesuitas en el núcleo hacendístico cacaotero, cuya producción se comerciaba preferentemente en los puertos de Gibraltar, Maracaibo, Cartagena y Veracruz, aunque también se despacharon remesas a la metrópoli. Se insiste en que de ese núcleo fue La Ceiba la que proporcionó al plantel los mayores ingresos (Fig.3). En el valle medio del Chama, en el que predominó un paisaje de cañaverales y trapiches hasta hace algunas décadas y que tuvo entre sus primeros actores los esclavos del Colegio San Francisco Javier, los padres jesuitas mantuvieron otra parte de su población esclava. Esta seguía en importancia cuantitativa a la que habitaba en las tierras lacustres, lugar que igualmente mantuvieron los beneficios de sus haciendas dentro de las rentas de la institución (Fig.3). La otra hacienda jesuítica que contó con un contingente de mano de obra estable fue Paguey, unidad de producción que fue donada por un acomodado vecino de Barinas en 1748, dedicada predominantemente a la explotación ganadera y situada en la jurisdicción de Barinas; sin embargo, se hace notar que mientras la población esclava de La Ceiba, La Sabana y Las Tapias creció durante el periodo que estuvieron en propiedad de los religiosos, Paguey, perdió el 40 % de sus esclavos, en las dos décadas que estuvo en manos de los jesuitas, situación que se produjo en los últimos años (Fig.2). Este comportamiento se explica si se considera lo difícil que resultaba a los padres del colegio manejar unos esclavos que se les señalaba como rebeldes, fugitivos, con malos hábitos, a lo cual se añadía lo distante que estaba Paguey de Mérida y lo difícil que resultaba comunicarse con ella. Por cierto, en el único Libro de Recibo del plantel que se conserva se consignó información relativa a ingresos por concepto de venta de algunos de los esclavos de Paguey, los que constaban como huidos y fugitivos. FIG. 2 DISTRIBUCION DE LA POBLACION ESCLAVA DEL COLEGIO DE MERIDA POR ZONAS. 1684-1767 250 POBLACION 200 150 SUR DEL LAGO LLANOS 100 VALLE DEL CHAMA 50 0 1684 1749 1752 1756 1759 1767 AÑOS FIG.3 VALOR DE LA PRODUCCION PRIMORDIAL DE LA CEIBA, LAS TAPIAS Y PAGUEY POR PERIODO. 17491767 9.000,00 8.000,00 7.000,00 V 6.000,00 AL 5.000,00 O 4.000,00 R 3.000,00 2.000,00 1.000,00 0,00 La Ceiba Las Tapias Paguey 17491752 17531756 17571759 17601763 17641766 PERIODO La distribución espacial de los esclavos del colegio refleja el peso de las actividades económicas en la economía del plantel merideño, relación que “seguramente” tuvo carácter intraregional. Para 1767, año de la extradición de los religiosos, conforme se estableció, el 61.2 % de los esclavos estaban en las haciendas cacaoteras, mientras el 31.2%, correspondió a los cañaverales y el 7.5 % a la ganadería, actividad económica de la que se ocuparon los religiosos a partir de la segunda mitad del siglo XVIII, cuando les fue donada Paguey. A pesar de que la distribución espacial de la población esclava no se vio afectada por desplazamientos de esclavos entre las zonas hacendísticas jesuíticas, la que habitaba en el área cacaotera si experimentó alteraciones temporales, con el traslado de esclavos de una unidad de producción a otra, comportamiento que se refleja en la población del período 1752-1756 y se puede observar en el Gráfico 2. Esa situación se atribuye fundamentalmente a la política de defensa que llevaron los jesuitas en esa zona, la que motivó el traslado de los esclavos de La Sabana a los Marañones, hecho que afectó la producción cacaotera, al extremo que en la Consulta de marzo de 1756 se explicaba que La Sabana era la hacienda de cacahual más provechosa del colegio, pues producía anualmente dos mil pesos libres de todo costo y desde que los negros se mudaron a los Marañones, todo se traducía en egresos54. Sin lugar a dudas, los jesuitas del colegio emeritense al igual que los propietarios de las haciendas peruanas55 se opusieron a los traslados de sus esclavos, lo que en el caso del colegio San Francisco obedecía a una orden superior56. Esta medida quedó clara y particularmente manifiesta al tratarse de unidades de producción que se encontraban en escenarios naturales distintos; sin embargo, cuando se recurrió a ella, fue más una forma de castigo o un medio distanciador, como solución a problemas personales entre esclavos, quienes se resistían a una mudanza. No obstante, los padres movilizaron esclavos enfermos, cuando por necesidad de salud consideraron necesario un cambio de clima57 o por razones no comprendidas en la prohibición, tal como fue la de reforzar la población esclava ante las hostilidades de los Motilones58. El trabajo esclavo No fue un hecho particular la importancia económica que tuvieron los esclavos en las haciendas jesuíticas de vid y caña del Perú59, también ellos fueron esenciales en las unidades de producción cañera y cacaotera del colegio de Mérida, circunstancia que llevó a los religiosos a definir no sólo normas de carácter demográfico y trabajo, sino de alimentación, morales y religiosas, en el trato, castigo y retribuciones, las que parecen haber generado cierta fidelidad del esclavo, comportamiento que de hecho favorecía su rendimiento60. La normativa que debían observar personalmente y respecto a sus trabajadores fueron conocidas por los administradores, quienes debían cumplirla. La necesidad de garantizar beneficios de las haciendas orientó la política de racionalización del trabajo esclavo que caracterizó a los ignacianos. Es reveladora la Consulta en la que se reconocía que en Las Tapias había más de cincuenta piezas de esclavos, los más de ello útiles, pero de acuerdo a la exposición, ocupados en la poca caña que había en esa hacienda, donde aseguraban no había posibilidad de tener más suertes de caña en que ocupar toda su población esclava. Por cierto, en esta ocasión se demostraba la semiproductividad de la población estableciendo una relación esclavotrapiche, se afirmaba que para mantener cualquier trapiche bastaba catorce, y a lo más diez y seis piezas de esclavos, lo que seguramente y a pesar de las circunstancias especiales que rodearon a las haciendas cacaoteras trataron de aplicar en ellas, en las que se manejaba un esclavo por cada mil árboles de cacao frutales. Por ello y en aras de la conveniencia del colegio, propusieron y aprobaron, sin abandonar Las Tapias, arreglar de nuevo la hacienda de Santa Catharina, y repartir los esclavos en ambas unidades de producción 61. La trascendencia del trabajo esclavo en las haciendas del colegio, obliga al análisis de algunos de sus aspectos trascendentes. Se insiste en indicar que en Mérida, los jesuitas fueron amos de esclavos a partir de su establecimiento formal en la ciudad o sea que ese hecho estuvo directa y originalmente asociado a la primera unidad de producción de cacao del colegio, la que data de su fundación, pues un pequeño número de esclavos africanos formó parte de los bienes fundacionales. Así, con la dotación de la estancia en la Sabana de Gibraltar, que contaba con seis mil árboles, repartidos entre árboles recién sembrados y en plena producción, los jesuitas recibieron ocho esclavos angolas para el trabajo agrícola. La mano de obra esclava adquirió importancia particular en las haciendas productoras de cacao y caña de azúcar, lo cual explica que las necesidades de producción en sus diferentes propiedades motivaran el requerimiento de mayor mano de obra esclava. Esto, por cierto, estuvo supeditado a las condiciones financieras del colegio, que a su vez dependieron de los beneficios de la comercialización de su producción cacaotera y, en menor importancia, de la venta de panela, miel y azúcar. Los esclavos tuvieron a su cargo una gran diversidad de actividades, directamente relacionadas con el cultivo de la tierra, el cuidado de las plantaciones y el trapiche. También con el transporte, la construcción, la artesanía y el servicio 62 doméstico ; en éste, una eficiente cocinera y casera de buenas costumbres satisfacía una gran necesidad de los religiosos. En cuanto a la ganadería, no obstante haber formado parte de las actividades económicas del colegio, demandó menos trabajadores en el manejo y cuidado de los rebaños que mantenían en las propiedades cercanas a la ciudad. Así, en la Casa de Teja de Cacutes, en el valle alto del río Chama, los jesuitas mantenían un "esclavito", quien cuidaba 100 reses y 113 ovejas. En el caso de la extensa y lejana hacienda de Pagüey, los esclavos pudieron cumplir actividades agrícolas además de las ganaderas, la pesca y otras de carácter artesanal.. esta multiplicidad de funciones cumplidas por los esclavos se debió a que las haciendas desarrollaron actividades productivas complementarias a la de producción de cacao, caña y ganado. Igual diversidad laboral se encontró en Las Tapias, donde los esclavos fueron ocupados en el cultivo y corte de la caña de azúcar, el trapiche, la fragua, carpintería, en la siembra y cosecha de algunas verduras y algodón, así como en el hilado y tejido del mismo; en la preparación de conservas, en la elaboración de alfombras y tapetes y en otras labores destinadas a optimizar la hacienda, tales como el levantamiento de cercas y el mantenimiento de las acequias. Además, se destinaron cuatro esclavos de Las Tapias a la atención temporal del tejar y la calera del colegio, quienes se dedicaban a fabricar tejas y ladrillos y a "quemar cal". Los esclavos de las haciendas del Colegio de Mérida fueron también utilizados en faenas no comunes como la "mudanza" de unidades de producción. Uno de esos casos fue el traslado de aperos y otros bienes de La Sabana a las tierras de Los Marañones, en el sector de La Trinidad. Este cambio se consideró beneficioso porque servía de resguardo a los Marañones y, de esa manera, ambas podían defenderse de los indios motilones que tenían azotada aquella zona. Ciertamente, fue una táctica de los jesuitas mantener esclavos en haciendas con riesgo de ser atacadas por indígenas rebeldes, como el medio más poderoso para auyentarlos63. Además, sobre los esclavos de La Sabana recayó la instalación de La Trinidad, que de acuerdo a la relación de la visita de 1752 comprendía "... la ranchería, con 17 casas y su capilla dedicada a San Francisco de Borja". Además, en 14 meses esos esclavos habían plantado 500 árboles de cacao, 5.600 matas de plátano y un tablón de plátano recién sembrado. Finalmente, los trabajos de instalación concluyeron cuando se vendió La Trinidad a la Residencia de Maracaibo en mayo de 1756 y los esclavos se reinstalaron nuevamente en La Sabana. La organización de la mano de obra esclava se basó en las "cuadrillas" con su respectivo capitán, quien se encontraba bajo el control y autoridad del mayordomo y se encargaba de que los esclavos cumplieran sus tareas. Por cierto, los Administradores contaron con la ayuda de los mayordomos, quienes a través de los capitanes controlaban las cuadrillas y vigilaban que se cumpliera el trabajo y la jornada laboral. Los esclavos aptos para esos oficios debieron ser bien cotizados y pretendidos entre los hacendados de la región, por lo que los jesuitas no perdieron oportunidad cuando se les ofrecía uno de ellos, sobre todo a un buen precio64. En las haciendas de trapiche, como Las Tapias y la Trinidad, los trabajos empezaban al amanecer y culminaban normalmente al atardecer, aunque hubo épocas en que la zafra obligaba a prolongar la molienda toda la noche. En esas unidades de producción hubo esclavos que se ocuparon en labores que no necesitaban destreza manual, como las que se realizaban en el sector de las pailas, donde debían ser expertos en la cocción del jugo. Pero, también contaron con esclavos artesanos que realizaban los trabajos de carpintería y herrería necesarios para mantener en pleno funcionamiento el trapiche. Para esas y otras labores artesanales dispusieron de un taller de carpintería y de la fragua. Además, el Colegio de Mérida utilizó, de manera particular, la mano de obra diestra de los esclavos tejeros y tejedores. En algunos casos, los sábados los dedicaban al cultivo de sus conucos con instrumentos de trabajo que les facilitaron los jesuitas, lo cual les permitía complementar su manutención, disminuir gastos y, posiblemente como lo plantea Macera, retribuir servicios especiales65 o bien, para que no se estuvieran ociosos66. En otros, los esclavos salían a trabajar fuera de la hacienda dado los costos significativos de mantenimiento67. Quienes tuvieron esta necesidad, casi siempre retornaron a la hacienda después de su jornada extra de trabajo, lo cual puede atribuirse a que generalmente no recibieron mejor trato que en las haciendas de sus amos, los jesuitas. Las consultas proporcionan ejemplos que revelan que los jesuitas atrajeron esclavos que habían fugado de otras haciendas, inclusive de otras órdenes y hasta de un palenque cercano a las de Gibraltar. Una situación que llama la atención y no resulta fácil explicar es que los religiosos de San Ignacio permitieran mantener dentro de la hacienda a una persona libre y mujer, quien tenía sus propios cultivos, circunstancia que si se atribuyera a un acto retributivo, bien pudo ser la compensación a un buen comportamiento en su periodo de esclavitud. Se trató de la mulata Paula, quien tenía dos hijos grandes, todos libres, usufructuaba un pedazo de tierra y usaba los bueyes, el trapiche y moledores de la hacienda. No obstante, en la Consulta de abril de 1722, ante los inconvenientes que traía el tener esta gente “dentro de casa”, los padres resolvieron que se intimara a Paula a salir luego que lograra lo que tenía sembrado68. La documentación de las haciendas muestra que la utilización de la mano de obra esclava, por parte de los jesuitas, fue debidamente planificada y tuvo características muy especiales, entre otras, la de mantener disponible una población útil, organizada en función de sus actividades productivas, el cumplimiento sistemático de un horario de la jornada diaria y la distribución especializada del trabajo. Los padres de la Compañía de Jesús tuvieron una clara tendencia a mantener muchachos esclavos para el servicio en la casa; los que apenas dejaban la niñez les consideraban plenamente aptos para efectuar los trabajos de un peón, circunstancia que explica que no se mantuvieran en las tareas domésticas, nada productivas y se enviaran a la hacienda cercana. Así, para la atención de la refectoría se encargó en un período a un "negrito" esclavo, quien al crecer, por el "bastante cuerpo" que tenía y porque pasaba ocioso y jugando en el mucho tiempo que le sobraba, se envió a Las Tapias; los padres de la Compañía de Jesús tuvieron permanentemente presente que la ociosidad era madre de vicios, que estar desocupado se traducía en tiempo para el ocio. Aquel esclavo fue remplazado por un muchachito de "buen natural" también de Las Tapias, al que le tocó servir y estudiar. De esa manera, ser "grande" para servir en el colegio, se tradujo en la incorporación de brazos a las actividades económicas de Las Tapias y en el arribo de un nuevo "negrito o mulatillo" a la casa de los jesuitas; seguramente se trató del "negrito" más despierto, tal como lo advertían los religiosos, pues debía estar muy atento a las alhajas, porque se perdían servilletas y cuchillos. A ellos, como al resto de los sirvientes esclavos, los padres les proporcionaban ropa, calzado y los cuidados médicos, en caso de enfermedad. Se debe hacer notar que la población que cumplió una diversidad de labores en la casa y en el plantel fue casi exclusivamente varonil, circunstancia muy distinta en las propiedades rurales, en cuyos ambientes si bien hubo un indiscutible predomino del trabajador esclavo, en éstos se mantenían una relativa proporción en la distribución respecto al sexo. Vida espiritual y religiosa. En lo que a los jesuitas se refiere, la documentación sobre sus haciendas revela que mantuvieron una gran preocupación por las condiciones materiales y espirituales de sus esclavos, a quienes consideraban parte integral y fundamental para hacer producir las tierras. Los religiosos cuidaron que sus esclavos tuvieran doctrina, asistieran a la eucaristía y cumplieran con los otros mandamientos de la Iglesia. La misión jesuitica de defender y dilatar la fe y ayudar a las almas en la vida y doctrina cristiana comprendió también a su población esclava, la que llevaron a cabo a través de medios y estrategias diversas. Por ello no sorprende que al no contar con un religioso que se dedicara a la catequesis en sus unidades de producción, en las que mantuvieron capillas, aceptaran que los esclavos de La Sabana asistieran y se confesaran en la ciudad puerto de Gibraltar, mientras los de La Ceiba fueran atendidos con dificultad por el cura de los Pueblos de la Laguna, situación que les preocupaba, pues conocían que los párvulos, en peligro de morir, permanecían largo tiempo sin bautismo y los adultos morían sin confesión. Esto hizo que en consulta se determinara informar al Padre Provincial con el fin de que atendiera un sacerdote en las haciendas69. Ciertamente, a los jesuitas la asistencia religiosa a los esclavos de algunas haciendas ocasionaba desembolsos, como en el caso de La Ceiba que se hizo mediante un compromiso con el cura de los pueblos de la Laguna, para la administración espiritual de su población trabajadora; en las cuentas del año 1683 quedaron los asientos del cobro de la doctrina de esa hacienda. También los jesuitas pagaron una suma determinada al cura de La Sabana por la atención religiosa que daban a los esclavos, sin embargo, hubo un momento en que fueron acosados por el ordinario que les exigía garantizar la congrua del cura del lugar con el pago de diez reales anuales por cada negro o por cada” cabeza”, sin tomar en cuenta los que murieran70. Aunque, en otra oportunidad, la falta de sacerdote no motivaba ningún tipo de gasto, ni problema, tal como ocurrió en Las Tapias, la que por la proximidad a la ciudad, permitía que los esclavos fueran a la ciudad y escucharan misa en la iglesia del colegio; los padres tuvieron especial cuidado en que estos esclavos asistieran a la eucaristía el día de San Ignacio, día en que proporcionaban una res a los trabajadores para las celebraciones. Los jesuitas se preocuparon igualmente de trasmitir sus vivencias religiosas a sus trabajadores, circunstancia que explica que ante una catástrofe natural apelaran con sus esclavos a la voluntad divina a la que atribuían su origen. Así, para que se detuviera la violenta “entrada “ del río Torondoy a un sector de La Sabana, donde había una arboleda nueva, que no podía tener otro corte, se encomendaba con toda particularidad a Dios y se ordenó al hermano a que mandara todas las noches a los negros a rezar un Padre Nuestro y un Ave María a San Francisco Javier y otro a San Francisco de Borja patrón de aquella hacienda71. Obviamente, la vida espiritual cristiana de los esclavos del plantel inquietó constantemente a los jesuitas. El Rector y los consultores insistían frecuentemente en que los esclavos que vivían en el colegio atendieran la eucaristía, rezaran diariamente y recibieran la doctrina. De manera particular, los padres de la Compañía de Jesús mostraron verdadero cuidado por la formación religiosa de sus sirvientes; se recuerda que los jesuitas tuvieron particular celo en educar a los niños y, parte esencial de ello, fue la instrucción en la fe cristiana. En una de las Consultas de 1697, se encargó a uno de los padres enseñarle a los esclavitos la doctrina cristiana y, en ocasiones en que no se cumplía con ella, se determinó que el religioso que les debía enseñar la doctrina a los "negritos" y muchachos de casa, lo hiciera todos los sábados al anochecer, media hora antes de cenar y, un Hermano los pusiera diariamente a rezar de memoria las oraciones y decir los mandamientos. La preocupación jesuítica por la instrucción religiosa fue tal que el propio Rector aseguraba que él llamaba a los "negritos" a su aposento y rezaba con ellos, aclarando que sabían muy bien las oraciones y el catecismo. A pesar de labor catequizadora de los ignacianos, el alma africana estuvo presente en ritos y ceremonias de algunos esclavos del colegio de Mérida, circunstancia que revela la existencia de un legado espiritual africano que seguramente cumplió un rol esencial en la sobrevivencia de su población y de la cultura africana en el medio americano72. Ciertamente, esas “huellas de africanía”73, que de acuerdo a la mentalidad cristiana de la época fueron consideradas “brujería” y como tal, vinculadas al demonio, son concebidas por espirituales los estudiosos del tema como manifestaciones de origen africano, mediante la cual los esclavos expresaban su 74 humanidad , cuya permanencia constituyó “... un arma simbólica para luchar contra el régimen de terror esclavista y soporte para reconstruir nuevas memorias históricoculturales al crear estrategias de adaptación a la cultura y los entornos específicos del mundo” 75. La verdad es que aquel sistema cruel de cautiverio no llegó a liquidar el alma africana. Algunos de aquellos legados y fragmentos de memoria africana de los esclavos del colegio merideño y la forma en que los padres jesuitas, como hacendados, respondieron a ellos e interpretaron y aplicaron las disposiciones indianas han sido posible percibirlas a través de la información del Libro de Consultas. Recuérdese que aquella reglamentación que reguló la vida y el trabajo de los africanos cautivos fue motivo de la propia interpretación de cristianos, religiosos y seglares, comerciantes, mineros, hacendados o misioneros, la que motivó diversas formas de represión esclavista76. En las haciendas de Las Tapias, Pagüey y, particularmente en las cacaoteras de La Ceiba y La Sabana, los jesuitas mantuvieron una población esclava concentrada que habitaba en rancherías no distantes de la capilla y de la casa de los religiosos. Sin embargo, los entornos específicos que aquellos ocupaban permiten advertir una diferenciación con relación al grado de permanencia de legados africanos, la que se reflejó en la manifestación de prácticas y ritos curativos; así, en las unidades de producción cercanas a la ciudad o ubicadas en el ámbito suburbano como Las Tapias, lo que posibilitó la frecuente interacción con otras étnias; con la población libre, situación que preocupaba a los religiosos y que bien pudo afectar la permanencia cultural africana, pues la acción recordatoria de la comunidad esclava de Las Tapias, de acuerdo a las consultorías jesuíticas, fue menos evidente que en las haciendas lacustres, en algunos momentos, verdadero dolor de cabeza de los padres del colegio. Por el contrario, en haciendas cacaoteras como La Ceiba y La Sabana, la vecindad de otras unidades de producción esclavistas, la vinculación al puerto urbano de Gibraltar, importante mercado de esclavos, particularmente en los siglos XVI y, sobre todo, en el XVII y la existencia de cumbes en las zonas montañosas próximas, debió favorecer la relación interétnica, circunstancia que debió propiciar la permanencia de legados de africanía en aquellos ambientes tropicales, algunos de los cuales, se practicaban en forma abierta y más frecuente. Un legado africano que se manifestó entre los esclavos de las haciendas fue el de conocimientos medicinales que utilizaban con propósitos curativos, del cuerpo y del alma, lo que hizo de algunos de ellos, conocidos y temidos yerbateros o curanderos, aunque no hay mención a las plantas utilizadas. Las consultas del dos de abril de 1698 y la de diciembre de 1701 revelan el temor que los hermanos jesuitas tenían a la compañía de estos esclavos yerbateros, no solo por las muertes que habían ocasionado, sino también porque el propio hermano que los cuidaba tuvo que buscar cura al ser tocado con los venenos. Es posible que la temeridad fuese intencionalmente creada por el mismo esclavo, como mecanismo de autodefensa de su patrimonio cultural, un instrumento de resistencia ante el cristianismo y un arma protectora de aquel aterrador sistema esclavista. La práctica yerbatera de aquellos esclavos fue tenida por mal peor y la influencia que ejercían en la población que laboraba en las unidades producción debió ser advertida por los religiosos, quienes los calificaban además de muy revoltosos e inquietadores de los demás. De acuerdo a los padres, la fama de estos yerbateros se había difundido en toda la provincia, por lo que no se encontraba quien los comprara aun por precio muy bajo, pues su mala reputación se había divulgado en toda la jurisdicción. Por ello, los consultores resolvieron que se pusieren en la barra de Maracaibo a ganar jornal, asegurándose de que estuvieran prisioneros para que no se fugaran77. También, entre las esclavas de las haciendas jesuíticas hubo las que practicaron los encantos y yerbaterías, a quienes se atribuyen igualmente varias muertes. Esto motivó “tenerlas sustanciada causa de declaradas yerbateras” y llevó a los jesuitas, ante la presión de la Justicia a buscar apuradamente su venta, pues tenían perder las esclavas totalmente, de no embarcarlas o “quitarlas de la vista”. La venta de éstas resultaba igualmente difícil, pues se aseguraba que eran mujeres desprestigiadas, por lo que los jesuitas aprobaron su envío en la fragata que marchaba a Nueva España, el que debió contar con la autorización del padre Provincial. La mirada acusadora del Santo Oficio que asediaba las prácticas curativas y mágicas de los esclavizados, juzgadas comúnmente de paganas y diabólicas, debió motivar que la justicia exigiera a los padres embarcar las dos negras yerbateras o quitarlas de la vista, so riesgo de perderlas, pues sobre ellas pesaba “sustanciada causa” de yerbateras y causantes de muertes. A la preocupación anterior, los jesuitas sumaron la del aviso del gobernador de Maracaibo, quien les hizo conocer que no podía mantener en la barra otros tres negros del colegio, por ser igualmente yerbateros y por los muchos alborotos que ocasionaban. Sin embargo, los padres observaban el peligro de la tardanza de la autorización, por lo que aprobaron que mientras tanto el hermano buscara algún modo de esconderlos, teniéndolos presos y a buen recaudo, donde no les fuera fácil usar de sus malas artes. Trato y retribuciones, libertad y nuevos amos Los jesuitas tuvieron gran preocupación en la acertada selección de los Administradores de haciendas, los que debían tener habilidad en su manejo. Una condición decisiva y fundamental en la selección fue la de tener cualidades necesarias para ganarse el respeto del personal bajo su responsabilidad; por lo que hacían énfasis en que inspiraran sumisión. Evidentemente, la falta de respeto al Administrador de una hacienda, preocupó a los religiosos, porque entendían que afectaba directamente su funcionamiento. Ello hace comprensible que los jesuitas no toleraran el irrespeto y la acusación infundada de un esclavo a un hermano administrador de una hacienda, lo que les llevó a no vacilalar en su venta78. Los miembros de la Compañía sabían cuan importante era que las haciendas tuvieran alguien que las gobernara y que no estuvieran desprovistas de mando en forma continua, pues entendían que el manejo de los esclavos se hacía muy difícil cuando no sentían la presencia del amo, lo que hacía posible conocer el comportamiento y modo de vivir, a objeto de poner oportuno y pronto remedio en caso de cualquier irregularidad. Tal circunstancia explica que los jesuitas, al tener una hacienda descuidada y no contar con la persona que se encargara de su conducción, encontraran que la falta de aptitud administrativa la recompensaba la autoridad que el candidato ejercía sobre los trabajadores. Por cierto, ese fue el caso del Hermano Monedero, al que los consultores resolvieron enviar a La Ceiba, "... aunque él no es apto para este ministerio, no obstante, podía servir de respeto a los negros, para que hicieran los negros alguna cosa en pro de la hacienda; o a lo menos no executasen en contra, todo lo que viéndose libres executaban...". Pero, cuando los religiosos constataban la incapacidad de un administrador en el desempeño del cargo, sin contemplación se decidía su remoción, sanción que por ejemplo se aplicó al hermano administrador de La Sabana en enero de 1700, a quien se le tildaba, entre otras cosas, de falta de espíritu y bríos necesarios para gobernar los esclavos, a los que parece temía, motivando su burla79. Pero, los religiosos exigieron moderación a sus administradores respecto a la aplicación de castigos a sus trabajadores y, al igual que en otras regiones de Hispanoamérica colonial, sus sanciones no tienen que ver con las que se aplicaban en otras propiedades rústicas de la región, en las que quedaron testimonios de las crueldades de los mayordomos, de las que tampoco estuvieron exentos los indígenas. Los padres de la Compañía fueron sabios al recomendar que "no quieran llevarlo todo por rigor, que nada harán, y ellos vivirán descontentos y servirán forzados, y su servicio será violento y mal hecho..." y, en el mismo sentido, también aconsejaban "...pórtense con ellos como padres... acuérdense los administradores que son padres de familia y superiores de una comunidad tan crecida como la esclavonía..."80. No obstante, hay testimonios que en las haciendas jesuíticas también se aplicó el castigo corporal lícito, aunque sus dueños se preocuparon de que éste fuese ponderado81. En los años setenta del siglo XVII, el superior de la provincia jesuítica peruana, daba una serie de órdenes para la administración de la hacienda Pachacara, en la que se incluyó la destinada a poner remedio al rigor con el que se castigaba a los esclavos. En ella se dispuso que la sanción oscilara entre veinticuatro y treinta azotes y no se usara torillos u otros instrumentos parecidos sino con riendas o algún latigillo sobado82. Sin embargo, al no haber enmienda después de varios castigos se consideraba la conveniencia de salir de él, para que no dañara a los demás83. Ya en el ocaso del siglo XVII, otro padre visitador ordenaba para la hacienda San Juan de la Pampa o el ingenio de Huaura que el castigo, sin permiso del Superior, no pasara de treinta azotes con instrumento que no fuese excesivamente cruel o riguroso84. Se observa que los religiosos fueron precisando la tasación del castigo; en 1747, el padre provincial del Perú regulaba la pena de los negros que delinquían en San Juan de la Pampa, en veiticinco azotes para los delitos menos graves y cincuenta para los más serios y, también, se suprimía totalmente la costumbre de quemarlos con velas, prácticas que los padres consideraron ajenas a toda piedad. En 1764, o sea muy cerca de la expulsión, una orden del Padre Provincial, confirmada por el Padre General, estipulaba que los castigos no fuesen excesivos, lo que significaba que no pasaran de veinticinco azotes y cárcel por ocho días para las faltas comunes, mientras se determinó cincuenta azotes y la cárcel por un mes, para las extraordinarias, advirtiéndose que de no haber enmienda se procediera a su venta85. Además, se enfatizaba que los latigazos fueran la única forma de castigo y no se les apaleara, ni pringara86. A propósito, el estado de las cárceles debió ser dantesco, pues en un precepto que se hizo con el parecer de toda la congregación provincial peruana en 1706 para la hacienda de San Francisco de Borja de Tuman, el que además fue aprobado por el Padre General Tamburino se revelaba que las cárceles en las que cumplían las penas sus esclavos peligraban sus vidas, por lo que por “... faltas ordinarias no pase la prisión y cárcel de ocho días y por las graves no pase de un mes y si no obstante este castigo perseveran incorregibles se vendan y no se maten etc”87. La legislación indiana contempló la ahorca para los esclavos que se ausentaran del servicio de sus amos por más de seis meses y anduvieran con negros alzados o hubieran cometido otros delitos graves88. Otra disposición legal sobre penas a los negros libres y esclavos, la que parece haberse destinado a los ambientes urbanos, determinaba que aquellos que cargaran armas públicas e intentaran agredir a un español se les aplicara cien azotes y se les clavara la mano la primera vez y si reincidían, se les amputara ese miembro89. Se conocen algunas de las Ordenanzas Municipales de ciudades de Hispanoamérica colonial que acogieran esos mandatos y los hicieron frecuentemente motivo de Bandos de Buen Gobierno90. En las representaciones de los Síndicos Procuradores Generales y en los Bandos de Buen Gobierno de Mérida, se prohibió insistentemente el uso de puñales, cuchillos, palos y otra serie de armas prohibidas, bajo pena de azote y destierro a los transgresores, las que en otras ocasiones fueron de quince días y de un mes de trabajo en las obras públicas con grilletes, si se trataba de plebeyo y pena pecuniaria a los distinguidos de la ciudad91. Otro hecho interesante respecto a la aplicación del castigo por parte de los jesuitas fue la de mantener la política de no castigar los esclavos por sus propias manos y más bien dejaban esa desagradable tarea a terceros, sin la asistencia de los religiosos; medida que se encuentra en las normas dadas para las haciendas peruanas y de manera reiterativa en las mexicanas92. No fue infrecuente que ordenaran “...no castiguen a los esclavos por si mismo dándoles con las manos, con palos y azotándolos y mucho menos no hagan con los indios o otras personas libres sino que cuando se hubieren de castigar a los negros sea por tercera persona y con la templanza moderada”93, o sencillamente se mandó a que “No castiguen los nuestros por su mano...”94. La situación antes expuesta permite entender porque los padres del colegio merideño entregaban al esclavo infractor a la justicia para que ésta le diese castigo público, sujetando la acción a los que prescribía el Derecho Canónico95, o a un esclavo "insufrible e irremediable", muy frecuentes en La Ceiba, solicitaran al Gobernador que lo metiese al castillo de la Barra de Maracaibo96. Precisamente, al sitio "donde no podían usar sus malas artes", destinaron las ya conocidas esclavas y esclavos yerbateros, causantes de varias muertes con "encantos y yerbaterías". No obstante, cuando el gobernador pedía que los sacasen por ser sumamente perversos y no soportarlos, los religiosos aun abrigaban la esperanza de enmienda en alguno de ellos al juntarlo con su mujer que la tenía distante y debían traer de la hacienda Santa Catalina, mientras los otros dos, ya con la autorización del Padre Provincial, esperaban venderles en Cartagena, pues aseguraban que en Gibraltar, ni en Nueva España habría quien los compre97. También, a la barra fue confinado un negro ladrón que los padres de la Compañía habían mantenido por mucho tiempo y quien les había hurtado en forma muy considerable. Este delito que cometía en cualquiera de las haciendas que se le ubicaba y por el cual era reconocido en la provincia, hacía casi imposible su venta, a pesar de todas las diligencias que se habían realizado98. Por cierto, la yerbatería y hechicería, la fuga, el hurto, la rebeldía y la agresión física fueron las faltas más comunes de los esclavos de las haciendas del colegio San Francisco Javier. Lo planteado no significa que los dueños del plantel merideño no utilizaran grillos y esposas, los que fueron registrados en la hacienda de La Ceiba en 1679. Igualmente, en el inventario de los bienes del colegio de Mérida de 1767, consta que en Las Tapias había tres grilletes y unas esposas y en el de Paguey, un par de grillos, dos esposas, una cólera, y una cadena de media vara de largo, “todo de fierro” 99. Por su parte, los jesuitas aplicaron sus propios mecanismos de sujeción, los que parecen, de acuerdo a los mismos religiosos, tuvieron efectos muy positivos en el trabajo esclavo. Por ejemplo, en el caso de Las Tapias, los padres comentaban en una de las Consultas que los esclavos de esta hacienda, en un pasado, no muy distante, habían tenido la audacia de hurtar reses en los hatos del colegio, robar la despensa y otras “desvergüenzas”, además, de los varios disturbios que habían protagonizado entre sí, para lo que no se le había hallado remedio hasta que encontraron que el temor de ser enviado, uno sólo de ellos, a las haciendas lacustres, motivaba que todos se frenaran y trabajaran con la prontitud y sujeción nunca antes lograda, aclarando que ningún otro medio había sido tan efectivo100. La información consultada revela que los esclavos se opusieron a que se les trasladara del lugar donde residían habitualmente y hubo ocasiones que la resistencia a una movilización motivó rebeldía101, tal como lo señala Macera para las haciendas peruanas102. La verdad es que la comunidad esclava de cada hacienda, en tanto que grupo social mantenía lazos permanentes y de vieja data; lazos familiares, una larga convivencia y hasta identificación en sus orígenes fueron factores que cohesionaron a esos grupos de trabajadores esclavos. De hecho, la fuga de esclavos de La Sabana, tuvo que ver con su mudanza a los Marañones y luego a La Ceiba, donde clamaban por su retorno al “... sitio en que nacieron y se criaron...”103 y al que finalmente regresaron, pero con la decisión de vender a los levantiscos. Los jesuitas justificaron los gastos de aquella mudanza por concepto de petacas, sombreros, tabaco, papelón y carne para los esclavos, composición de caminos y apertura de otros, reconociendo que con ello suavizaban "... a los esclavos el natural sentimiento de mudanza como por los trabajos extraordinarios que ocurrían”. En hechos como éste se vuelve a estar en presencia de esa suma, coexistencia de caridad cristiana y utilitarismo que caracterizó el tratamiento que los jesuitas dieron a los esclavos104. La documentación consultada refleja que las fugas de esclavos de las haciendas del plantel fueron ocasionales y en algunos casos parecen haber finalizado con un retorno voluntario, hecho que podría ser una señal de conformidad y hasta cierto grado de complacencia de los esclavos con los religiosos. La naturaleza terrenal-divina o mundana-religiosa105 que caracterizó el complejo económico del colegio San Francisco Javier de Mérida, al igual que los de otras ciudades de Hispanoamérica colonial y que se personificó en los jesuitas administradores de la vida material y espiritual de sus centros productivos, debieron crear respeto y confianza de los trabajadores y de aquellos que habitaban en las zonas circunvecinas. Reflejo de la situación antes expuesta pudo ser el arribo de muchos negros y negras del palenque a la hacienda de La Ceiba en 1718, con la intención de manifestarle al Procurador que por el Niño Jesús y San Francisco estaban resueltos a servirle exclusivamente a la Compañía; “ ...y que a otro amo no servirían aunque los hiciesen quartos ets.”106. La desconfianza que sentían los padres hacia esos negros se puso en evidencia al rechazar la propuesta explicando que “... jamás hubiera seguridad de ellos, como por el daño y malas consecuencias que seguirían los demás de nuestras haciendas...”. Además les preocuba la censura y murmuración de que podían ser objeto; y al final, los consultores resolvieron que de ningún modo se admitiese esos negros, pero recomendaban buscar un acuerdo con el gobernador, para que en otra forma se utilizara con ellos la piedad, si es verdad anhelaban reducirse107. La significación económica de la mano de obra esclava llevó a los jesuitas a tomar una serie de medidas a objeto de evitar la pérdida definitiva de esclavos de sus haciendas. La venta rápida, sin importar mucho el precio fue uno de los instrumentos jurídicos a los que recurrieron los religiosos cuando la permanencia de un esclavo que consideraban perjudicial por haberse huido y llevado consigo a otros, ponía en peligro la conservación de parte de esa población. A esa transacción comercial recurrieron para deshacerse de un esclavo de La Ceiba, quien además de conocer la cercanía de un palenque, podía llevarse consigo otros individuos, como había ocurrido en otras ocasiones108. Por cierto, una de las disposiciones jesuíticas para recuperar esclavos fugitivos fue la de esperar que ellos mismos se hicieran presentes, considerando que la fuga no había tenido otra causa que ajustarles en el trabajo, por lo que pagar a mozos para su persecución originaba ruido y los distanciaba más109. Un planteamiento de esta naturaleza permite advertir nuevamente en los jesuitas una actitud concertadora, en aras de recobrar un individuo que de perderse debilitaba la fuerza de trabajo de la hacienda. No cabe duda que los jesuitas mostraron prudencia y claridad de objetivos en las actuaciones relacionadas con su complejo económico, condición que es posible percibirla en las decisiones que tomaron con relación a sus esclavos, en las que es posible advertir la conjunción de equilibrada de motivaciones terrenales y preceptos cristianos. En ocasión de la huida de un esclavo que hirió seriamente a otro en la hacienda de Las Tapias y se refugió en la estancia del Vicario, los ignacianos decidieron, en primer término, escribir a la autoridad eclesiástica para que lo mantuviera oculto hasta vislumbrar la evolución de la víctima y, entonces, decidir al respecto110. Finalmente, los consultores, ya a salvo el herido, resolvieron, que el agresor regresara de La Ceiba a Las Tapias, donde estaba su mujer preñada y tres hijos muy pequeños que no podían exponerlos a cruzar el páramo de Mucuchíes, ni a vivir en un ambiente como el de aquella hacienda, tan propenso a calenturas111, medida que garantizaba la vida familiar y, sobre todo, evitaba el riesgo de perder cinco esclavos, si se toma en cuenta que uno estaba por nacer. Aunque los esclavos contaron con pocas vías legales para escapar de la aterradora esclavitud, la comunidad esclava del colegio merideño recurrió escasamente a ellas para ser dueños de su propio destino. Este comportamiento podría estar relacionado con la confianza y hasta fidelidad que generó el bienestar material y espiritual que dieron los padres del plantel a sus esclavos, el que nada tiene que ver con el comportamiento que en este sentido tuvieron los amos laicos, quienes a diferencia de los padres de la Compañía, trataban de hacer la menor inversión en esos seres112. En los testimonios sobre otorgamiento de libertad a esclavos del plantel jesuita, todos del siglo dieciocho y un predominio de mulatos, se observa un hecho que pueden mostrar una actitud tolerante y caritativa de los religiosos con los que fueron sus esclavos. Es interesante advertir que en 1706, una mulata esclava que adquirió la libertad de su hija113 y tres años más tarde la de ella114, cancelando los montos correspondientes a sus precios, le permitieron quedarse en Las Tapias por más de una década. "Seguramente", alli estuvo hasta cuando los religiosos en una Consulta de 1722, a la que ya se ha hecho referencia, consideraban la inconveniencia de mantener dentro de la comunidad a ex esclavos, pues Paula, sus dos hijos grandes y un sobrino eran libres y además mantenían cultivos, usaban los bueyes, trapiche y caballos moledores de la hacienda115. El comportamiento jesuítico con relación a las manumisiones judiciales muestra la racionalización de los religiosos respecto al trabajo esclavo, factor fundamental en su producción cacaotera y cañera. En la documentación estudiada se observa la concesión de libertad a esclavos inútiles por viejos o impedidos, lo que seguramente respondió a que su liberación resultaba más económica. A ello pudo responder la aprobación de la libertad a la negra Juana Ignacia en ciento treinta pesos, a quien la consideraban vieja y de poco trabajo, además, los religiosos afirmaban que la única tarea que podía desempeñar era la de cuidar la casa de Gibraltar, donde ya había una persona, que no ocasionaba la molestia de tener una esclava sólo para ello116. En otra ocasión se decidió que Agustín, esclavo de La Sabana, quien estaba casi inútil, aún después de curado, pues tenía un brazo y una pierna fracturada desde que un tronco grueso le cayó encima, cuando trabajaba, se le diera su libertad por los ciento cincuenta pesos que le ofreció al Padre Rector. A la máxima autoridad del plantel pareció que era lo más que valía el esclavo, considerando que no les era útil para el trabajo de la hacienda, ni para guardia de los otros que trabajan, por no poder manejar una arma. No obstante, se esperó el viaje del Padre Prados a La Ceiba, para que apreciara si con el tiempo se habían soldado más los huesos, de suerte que fuese mas útil y valiese más117. En la información documental estudiada no se advierte un rechazo o trabas de los jesuitas a otorgar la libertad de los esclavos estableciendo precios altos que impidieran su paga o la utilización de otro medio para obstaculizarla o negarla. Por ejemplo, en una Consulta del año 1726, aprobaron la libertad de un mulatillo de dos años, a quien un vecino de Maracaibo aspiraba liberar, acción que los padres la justificaron, señalando que no podían negarla por ser en orden a su libertad118. Una de las pocas salidas legales que tuvo el esclavo para manifestar sutilmente su rechazo al subyugador fue el cambio de amo, aunque éste estuvo debieran cumplirse ciertos requisitos. Esta manera vedada de resistencia que tiene sus en el Medievo fue contemplada en las conocidas Siete Partidas de Alfonso X, fuente del derecho castellano119. El cambio de amo surgía por iniciativa del esclavo, al encontrar un amo de mayor agrado, quien le ofrecía pagar los trámites correspondientes. En otros casos, como bien lo señala Lavalle, el esclavo lograba, previo acuerdo sobre el precio, la autorización de su amo para buscar otro dueño120; sin embargo, la mudanza de amo fue frecuentemente procedimiento engorroso y algunos motivaron verdaderos pleitos. En Mérida, como en la de otras ciudades de Hispanoamérica colonial, los esclavos encontraron en el cambio de amo una salida legal para contrarrestar el abuso de que eran objeto, lo que de ninguna manera fue garantía de una mejor existencia. En cuanto a los esclavos del colegio, si la concesión de una libertad pagada no fue frecuente, la búsqueda de un nuevo amo parece haber sido más rara, circunstancia que en parte, podría atribuirse a que los jesuitas al conocer la intención de mudanza de amo del esclavo procedían a su venta. Por ejemplo, en 1756, una de las razones que movieron a los padres a decidir la rápida venta de un negro cocinero fue la de estar disgustado con ellos y haber buscado amo121. Asimismo, el siguiente año, los consultores trataban sobre la venta del mulato Alejandro, esclavo de Paguey, a quien un vecino de Barinas intentaba comprar, aduciendo que con el Rector anterior había tratado previamente su venta porque dicho esclavo lo había buscado por amo y afirmaba que luego, el mismo padre le escribió repetidamente ofreciéndolo en venta. Los consultores decidieron su venta después de constatar que el esclavo insistía en ella, pues los religiosos temían que de no venderse se corría el peligro de perderlo122. De hecho, a través de los instrumentos jurídicos de otorgamiento de libertad, la documentación que surgió en torno a ella, los testimonios de cambio de amo, al igual que los expedientes que originaron, se percibe que los esclavos, al igual que los indígenas aprendieron a hacer uso de la legislación indiana con el objeto, en su caso, de frenar la omnipotencia de los amos. Salud, alimentación y vivienda Existe el consenso entre quienes se han dedicado al estudio de las haciendas jesuíticas que sus dueños tuvieron una actitud paternalista y de especial consideración en cuanto a la alimentación y atención médica que se les proporcionaba. Los principios religiosos y éticos de los padres de la Compañía de Jesús les conducían a ello, así como su conocimiento de que para tener una buena producción era indispensable una población esclava saludable. La alimentación incluía: plátanos, maíz y carne, suministrados en cantidades suficientes, lo mismo que las medicinas, naturalmente, con las limitaciones propias de la época y el lugar. Asimismo, los religiosos dispusieron del servicio de galenos que en unas ocasiones asistieron mediante contrato, por tiempo determinado; y en otras, lo hicieron por visita, cuando las circunstancias lo demandaba123. Por cierto, en cuanto a los servicios médicos, no estuvieron libres de las quejas de los religiosos, quienes a pasar de considerarlos altos, justificaron con el cobro de las medicinas que el galeno daba al tratar al paciente, aunque el colegio solía tener su botica. Hay testimonios de que los esclavos del colegio recibieron atención médica cuando hubo necesidad de ella y registros de algunos los medicamentos que les suministraron. El establecimiento de la botica en los colegios permitió el acceso de la población citadina a ciertos medicamentos y a los padres garantizar las medicinas a los enfermos del plantel y de sus haciendas, al igual que de los talleres textiles se les suplía de géneros, camisetas y frazadas. Por cierto, la producción de las haciendas permitió al colegio realizar un interesante intercambio de productos, lo cual permitió a los religiosos ofrecer cierto bienestar a sus esclavos propiciando su conservación. Sin espíritu de elogio, se reconoce que así como a los jesuitas se les distingue por la mesura que tuvieron respecto a los castigos, también es posible subrayar la preocupación que mostraron con relación a la salud de sus trabajadores; aunque ello responda a motivos de índole económica, con miras a rendimiento; sin embargo, éste el comportamiento no caracterizó al resto de los hacendados merideños. En una de las Consultas, los padres comentaban la conveniencia de comprar, tal como lo hicieron, la casa que estaba frente a la portería del colegio para tener donde acoger y curar los esclavos; hasta se consideró las ventajas de arrendar los cuartos de esa casa para que, entre otros beneficios, la habitara una casera a propósito que "se encargase del cuidado de nuestros esclavos que viniesen enfermos de Santa Catharina, para cuidarlos y asitirlos"124. A los despenseros del colegio les tocó asistir en todo a los enfermos de las Tapias, cuando venían al plantel. Para mudar los esclavos de una hacienda debieron tener razones justificadas de salud o que se presentaran situaciones de riesgo personal. A los enfermos de las haciendas cercanas a Mérida los mandaban a tierra caliente para que "sudaran" y en ella convalecieran hasta mejorar125. En uno de los casos conocidos se decidió no enviar una esclava a la cálida hacienda de La Ceiba por el peligro de las "calenturas" (fiebres), pero resolvieron mandarla a Caparú, hacienda que no pertenecía a los jesuitas, cercana al pueblo de San Juan de Lagunillas, donde los padres tenían un viejo conocido, a quien le remitirían lo necesario para el sustento, pues aducían que "...siendo pobre el dicho, no será razón o que él gaste, o que la esclava tenga necesidad"126. También se dio el caso de recurrir a la venta para que el esclavo fuera a un "temple" más benigno a su achaque, frecuentemente de índole asmática que se reseñaba comúnmente como ahogo y para el cual el clima de Mérida se consideraba muy nocivo. Conclusiones La comprensión de la realidad geosocial americana llevó a los jesuitas a introducir innovaciones en la administración de la institución y de sus bienes, las que se fundamentaron en la significación que tenía el hecho económico en el logro de su autonomía financiera y en la satisfacción de sus fines educativos y espirituales, en razón de lo cual le otorgaron al acto económico una connotación moral de carácter práctico. La concepción ignaciana respecto a las actividades económicas fue la de estar al servicio de Dios por constituir medios para procurar los recursos materiales que garantizaban el logro de los objetivos máximos de la Orden, equiparándolas en ese sentido a las espirituales y religiosas, lo que hace entendible la participación de los jesuitas en el sistema esclavista. Por ello. en la conducción de los complejos económicos se percibe contantemente la conjunción permanentemente de la pauta económica y la ética jesuítica. Así, no llama la atención que los jesuitas compartieran con autoridades oficiales el criterio de la necesidad de una abundante mano de obra, satisfecha en función de la población esclava negra, sobre todo si se realiza que los colegios de la Compañía de Jesús, al igual que el resto de las órdenes religiosas tuvieron muy pocas posibilidades de acceso a la mano de obra indígena, en razón de que la legislación indiana prohibió que se les otorgara encomiendas y repartimientos; a lo que muy pronto se sumó la disposición real y una ordenanza particular que prohibía la utilización de los indígenas en el beneficio de la caña de azúcar, aunque lo hiciesen en forma voluntaria. Sin embargo, en Mérida el proceso de remplazo de la mano de obra indígena por la esclava fue lento; todavía en las últimas décadas del siglo XVII los indígenas eran ocupados en las estancias de cacao y en los trapiches, en el beneficio de la caña dulce. La fuerza laboral esclava que indiscutiblemente constituyó el soporte de las actividades económicas desarrolladas por los jesuitas en sus complejos socioeconómicos fue adquirida a través de distintos instrumentos jurídicos. Un importante número de esclavos formó parte de donaciones de propiedades rústicas, otro sector fue adquirido por los padres mediante compromisos legales de compraventa, en función de las nuevas necesidades de mano de obra, hecho que permite establecer una relación entre comportamiento económico y necesidades de mano de obra esclava, circunstancia que definió el tamaño de la comunidad esclava jesuítca y consecuentemente su distribución espacial, ocupacional y de empleo y se proyectó, a su vez, en aspectos de su vida material, como vivienda, alimentación, asistencia médica, vestuario, compensaciones, castigo y en su existencia espiritual y religiosa. La necesidad de mano de obra esclava en el desarrollo de las actividades económicas de las que dependía la vida del plantel llevó a que los padres del Colegio San Francisco Javier se desempeñaran abiertamente como cualquier vecino en los procedimientos de adquisición de esclavos y concurrieran al mercado a negociarlos, a trocarlos, comprarlos o venderlos, lo que ocurrió hasta en la década de su expulsión. Además, desarrollaron un comportamiento particular con relación a la humanidad esclava regulando su vida material y espiritual, desde el aspecto demográfico hasta el moral y religioso. En casi tres centurias y media que llegó a tener esta institución educativa para el momento de la expulsión, en 1767, la población esclava se incrementó en poco más de cuarenta y tres veces, respecto a su población original. Obviamente, ese crecimiento con sus especificidades se manifestó en las unidades de producción cacaoteras y cañera. Las transacciones jurídicas sobre esclavos en las que estuvieron involucrados los religiosos, por si solas no satisfacen la explicación del crecimiento de la población de sus haciendas: Se contempla el aporte de esclavos como resultado del incremento biológico, consecuencia de la evidente política demográfica que promovía y protegía los enlaces matrimoniales, lo que tuvo que reflejarse no sólo en el fortalecimiento de la esclavonía, sino en los nacimientos intracomunitarios. Asimismo, la venta de esclavos y la mortalidad de su población debió ser contrarrestada por el crecimiento natural; sin embargo, se presenta la imposibilidad de evaluar la incidencia de la natalidad esclava en el aumento de la población. Sin embargo, en el incremento de la población esclava de las haciendas del plantel se reconoce la participación de diferentes fuentes, una debidamente programada, la correspondiente a la compra y, otra de carácter espontáneo atribuida a donaciones. Estas fueron las que más incrementaron el número de esclavos. En las compras de esclavos realizadas por el Colegio de 1645 a 1767, fácilmente se observa la presencia de una población joven y el predominio del sexo masculino. Con relación al costo de los esclavos se produjo un visible descenso en el siglo XVIII, conducta que de manera general tuvieron los precios en la región. Las características étnicas de los esclavos revelan un peso importante del elemento negroide de origen africano en las primeras décadas de existencia del plantel, mientras en los últimos años del colegio, los esclavos fueron mayoritariamente mulatos o afromestizos criollos o sea nacidos en la tierra, situación que compartían otras unidades de producción y se experimentaba en la propia ciudad. Asimismo, el Colegio de Mérida cambió esclavos e intervino como vendedor en el mercado interno de esclavos, aunque en menor proporción que como comprador. En las ventas hubo el predominio de mujeres y el incremento de esas operaciones a partir de la quinta década del siglo XVIII. También se advierte la venta de familias esclavas. El señalado e innegable manejo de la población esclava por parte de los jesuitas, a través de la promoción del casamiento y protección de la familia, no sólo buscaba resguardar la integridad de la comunidad esclava, sino favorecer la natalidad intracomunitaria. Tras estos objetivos los religiosos trataron de mantener el equilibrio de los sexos que estuvo dirigido a propiciar el matrimonio entre sus esclavos, manteniendo una proporción de hombres y mujeres que daba la posibilidad cierta de encontrar la pareja en el seno de la comunidad. Una de las medidas jesuíticas que favorecían las uniones entre sus esclavos fue la de mantener los futuros cónyuges en la misma unidad de producción y no trasladar a uno de ellos, aunque en ese sentido hubiese un compromiso previo. Asimismo, aprobaban la mudanza de un esclavo, cuando la pareja estaba separada y tenía intención de matrimoniarse. Al igual, previa consulta al Principal, aprobaban la comutación de un esclavo del colegio o de otro dueño, cuando había matrimonio de por medio. También llevaron adelante compras de esclavos, cuando se necesitó formar parejas y fueron propensos a su venta cuando se resistían a casarse o no había esperanza de procreación. Por razones obvias, los padres no aprobaron los casamientos con mujeres libres y si propiciaron la (endogamia étnica) vida conyugal intracomunitaria; en primer término entre los esclavos del colegio y, luego, facilitaran las uniones cuando se trataba de un esclavo ajeno, actitud en la que se mezclaron sentimientos cristianos y motivos económicos. También se apresuraron a salir del esclavo o esclava que se atrevía a casarse sin licencia o pretendía mantenerse soltera. No obstante, los esclavos de Paguey fueron capaces de desarrollar estrategias de resistencia a las formas de represión, comportamiento que debió constituir una preocupación más para los religiosos. Aquellos, seguramente conscientes de lo que había significado y significaba la esclavitud en su humanidad, se negaron rotundamente a casarse con esclavas. La distribución geográfica de la población esclava muestra una clara polarización, la que estuvo estrechamente relacionada con la importancia comercial de su producción. En las tierras llanas y bajas de la depresión sur-oriental de la cuenca del Lago de Maracaibo, los jesuitas tuvieron las dos más importantes propiedades rústicas dedicadas a la explotación cacaotera, La Ceiba y La Sabana, hecho que determinó la notoria concentración de esclavos en esa zona, mientras en el valle medio del río Chama, Las Tapias destacaba por ser la unidad de producción cañera concentradora de esclavos. Consecuentemente, ese hecho permite advertir una correlación entre la distribución geográfica de los cultivos y la de la población esclava, circunstancia que hace evidente la concentración de la fuerza laboral en las haciendas más rentables o sea con plantaciones. La otra hacienda jesuítica que contó con un contingente de mano de obra eclava fue Paguey, dedicada predominantemente a la explotación ganadera y situada en la jurisdicción de Barinas; sin embargo, se hace notar que mientras la población esclava de La Ceiba, La Sabana y Las Tapias creció durante el periodo que estuvieron en propiedad de los religiosos, Paguey, perdió esclavos, en las dos décadas que estuvo en manos de los jesuitas, situación que se produjo en los últimos años. Este comportamiento se explica si se considera lo difícil que resultaba a los padres del colegio manejar unos esclavos, a quienes se señalaba como rebeldes, fugitivos, con malos hábitos, a lo cual se sumó lo distante que estaba Paguey de Mérida y lo difícil que resultaba comunicarse con ella. La necesidad de garantizar beneficios de las haciendas orientó la política de racionalización del trabajo esclavo que caracterizó a los ignacianos. La mano de obra esclava adquirió particular trascendencia en las haciendas productoras de cacao y caña de azúcar, circunstancia que explica que la producción en esas propiedades estuviera definida por el tamaño de población esclava. Esto, por cierto, estuvo supeditado a las condiciones financieras del colegio, que a su vez dependieron de los beneficios de la comercialización de su producción cacaotera y, en menor importancia, de la venta de panela, miel y azúcar. Tampoco se desconoce el papel que tuvieron los factores naturales en el desenvolvimiento económico de esas unidades de producción. Los esclavos tuvieron a su cargo una gran diversidad de actividades, directamente relacionadas con el cultivo de la tierra, el cuidado de las plantaciones y el trapiche. También con el transporte, la construcción, la artesanía y el servicio doméstico. En cuanto a la ganadería, no obstante haber formado parte de las actividades económicas del colegio, demandó menos trabajadores en el manejo y cuidado de los rebaños que mantenían en las propiedades cercanas a la ciudad. En el caso de la extensa y lejana hacienda de Paguey, los esclavos cumplieron actividades agrícolas además de las ganaderas, la pesca y otras de carácter artesanal. Esta multiplicidad de funciones que incluyó también la de defensa, llevadas a cabo por los esclavos se debió a que en las haciendas se desarrollaron actividades complementarias a la fundamental, destinadas a optimizar su funcionamiento. La organización de la mano de obra esclava se basó en las "cuadrillas" con su respectivo capitán, quien se encontraba bajo el control y autoridad del mayordomo y se encargaba de que los esclavos cumplieran sus tareas. Los administradores contaron con la ayuda de los mayordomos, quienes a través de los capitanes controlaban las cuadrillas y vigilaban que se cumpliera el trabajo y la jornada laboral. Los esclavos aptos para esos oficios debieron ser bien cotizados y pretendidos entre los hacendados de la región, por lo que los jesuitas no perdieron oportunidad cuando se les ofrecía uno de ellos, sobre todo a un buen precio. En algunos casos, los esclavos dedicaban los sábados al cultivo de sus conucos con instrumentos de trabajo que les facilitaron los jesuitas, lo cual les permitía complementar su manutención para disminuir los gastos, retribuir servicios especiales o bien, para que no estuvieran ociosos. Otros esclavos salían a trabajar fuera de la hacienda dado los costos significativos de mantenimiento. Quienes tuvieron esta necesidad, casi siempre retornaron a la hacienda después de su jornada extra de trabajo, lo cual puede atribuirse a que generalmente no recibieron mejor trato que en las haciendas de sus amos, los jesuitas. Ese mismo hecho explica que los jesuitas captaran esclavos que habían fugado de otras haciendas, inclusive de las de otras órdenes y hasta de un palenque cercano a las de Gibraltar. La documentación de las haciendas muestra que la utilización de la mano de obra esclava, por parte de los jesuitas, fue debidamente planificada y tuvo características muy especiales, entre otras, la de mantener disponible una población útil, organizada en función de sus actividades productivas, el cumplimiento sistemático de un horario de la jornada diaria y la distribución especializada del trabajo. A ellos, como al resto de los sirvientes esclavos, los padres les proporcionaban ropa, calzado y los cuidados médicos, en caso de enfermedad. Los jesuitas mantuvieron una gran preocupación por las condiciones materiales y espirituales de sus esclavos, a quienes consideraban parte integral y fundamental para hacer producir las tierras. Los religiosos cuidaron que sus esclavos tuvieran doctrina, asistieran a la eucaristía y cumplieran con los otros mandamientos de la Iglesia. La misión jesuitica de defender y dilatar la fe, al igual que ayudar a las almas en la vida y doctrina cristiana comprendió a su población esclava, la que llevaron a cabo a través de medios y estrategias diversas. Se preocuparon igualmente de trasmitir sus vivencias religiosas a sus trabajadores. De manera particular, los padres de la Compañía de Jesús mostraron verdadero interés por la instrucción en la fe y la moral cristiana. A pesar de labor catequizadora de los ignacianos, el alma africana estuvo presente en ritos y ceremonias de algunos esclavos del colegio de Mérida, circunstancia que revela la existencia de un legado espiritual africano que seguramente cumplió un rol esencial en la sobrevivencia de esa población y de la cultura africana en el medio americano. Algunos de aquellos legados y fragmentos de memoria africana de los esclavos del colegio merideño y la forma en que los padres jesuitas, como hacendados, respondieron a ellos e interpretaron y aplicaron las disposiciones indianas han sido posible percibirlas a través de la información del Libro de Consultas. En las haciendas, los jesuitas mantuvieron una población esclava concentrada que habitaba en rancherías no distantes de la capilla y de la casa de los religiosos. Sin embargo, los entornos específicos que aquellos ocupaban permiten advertir una diferenciación en relación al grado de permanencia de legados africanos, la que se reflejó en la manifestación de prácticas y ritos curativos. Así, las haciendas cercanas a la ciudad o ubicadas en el ámbito suburbano posibilitaron la frecuente interacción con otras étnias; circunstancia que pudo afectar la permanencia cultural africana, pues la acción recordatoria de la comunidad esclava fue menos evidente que en las haciendas lacustres, en algunos momentos, verdadero dolor de cabeza de los padres del colegio. Por el contrario, en las haciendas cacaoteras, la vecindad de otras unidades de producción esclavistas, la vinculación al puerto urbano de Gibraltar, importante mercado de esclavos y la existencia de cumbes en las zonas montañosas próximas, debió favorecer la relación interétnica, lo que debió propiciar la permanencia de legados de africanía en aquellos ambientes tropicales, algunos de los cuales, se practicaban en forma abierta y frecuente. Un legado africano que se manifestó entre los esclavos de las haciendas fue el de conocimientos medicinales que utilizaban con propósitos curativos, del cuerpo y del alma, lo que hizo de algunos de ellos, hombres y mujeres, conocidos y temidos yerbateros o curanderos, aunque no hay mención a las plantas utilizadas. La temeridad creada por el mismo esclavo fue mecanismo de autodefensa de su patrimonio cultural, un instrumento de resistencia ante el cristianismo y un arma protectora de aquel aterrador sistema esclavista. Los jesuitas tuvieron gran preocupación en la acertada selección de los Administradores de haciendas, los que debían tener habilidad en su manejo. Los miembros de la Compañía sabían cuan importante era que las haciendas tuvieran alguien que las gobernara y que no estuvieran desprovistas de mando en forma continua, pues entendían que el manejo de los esclavos se hacía muy difícil cuando no sentían la presencia del amo, lo que hacía posible conocer el comportamiento y modo de vivir, a objeto de poner oportuno y pronto remedio en caso de cualquier irregularidad. Los religiosos exigieron moderación a sus administradores respecto a la aplicación de castigos a sus trabajadores, sus sanciones no tienen que ver con las que se aplicaban en otras propiedades rústicas de la región. No obstante, hay testimonios que en las haciendas jesuíticas también se aplicó el castigo corporal lícito, aunque sus dueños se preocuparon de que éste fuese ponderado. Otro hecho interesante respecto a la aplicación del castigo por los jesuitas fue el no castigar los esclavos por sus propias manos y dejaron esa desagradable tarea a terceros, sin la asistencia de los religiosos. Lo planteado no significa que los dueños del plantel merideño no utilizaran grillos y esposas. Por su parte, los jesuitas aplicaron sus propios mecanismos de sujeción, los que parecen, de acuerdo a los mismos religiosos, tuvieron efectos muy positivos en el trabajo esclavo. Aunque los esclavos contaron con pocas vías legales para escapar de la aterradora esclavitud, la comunidad esclava del colegio merideño recurrió escasamente a ellas para ser dueños de su propio destino. Este comportamiento podría estar relacionado con la confianza y hasta fidelidad que generó el bienestar material y espiritual que dieron los padres a sus esclavos. Existe el consenso entre quienes se han dedicado al estudio de las haciendas jesuíticas que sus dueños tuvieron una actitud paternalista y de especial consideración en cuanto a la alimentación y atención médica que se les proporcionaba. Los principios religiosos y éticos de los padres de la Compañía de Jesús les conducían a ello, así como su conocimiento de que para tener una buena producción era indispensable una población esclava saludable. Notas y bibliohemerografía 1 Bernard LAVALLÉ. El cuestionamiento de la esclavitud en Quito colonial. Colección Todo es Historia. No. 8. Universidad Estatal de Bolívar, (Quito, Quito, 1996) p.3. 2 Con menor importancia que en el período romano, se mantuvo en los países que bordean el Mediterráneo y en sus áreas de influencia. Un estudio que abarca desde la época romana hasta el establecimiento de la institución en las Américas es el de: William D. PHILLIPS, JR. La esclavitud desde la época romana hasta los inicios del comercio trasatlántico. Siglo Veintiuno de España Editores, S.A. Madrid, 1989. 3 Véase Vicenta CORTES. La Esclavitud en Valencia durante el reinado de los Reyes Católicos. (Valencia, 1964). 4 Consulta obligada es el estudio de José Antonio SACO. Historia de la Trata. Editorial Alameda, S. A., México, 1955 y también Historia de la esclavitud de la raza africana en el Nuevo Mundo y en especial en los países de América Hispana. 4 vols. , (La Habana. 1938). 5 Sobre ello trata: Stuart B. SCHWARTZS. Brasil colonial: plantaciones y periferias, 15801750. En Leslie BETHELL (Ed.). Historia de América Latina. Vol. 3, (Barcelona, 1990) pp. 203-209. Otros trabajos anteriores del mismo autor: The manumisson of slaves in colonial Brasil, 1684-1745. En: Hispanic American Historical Review, LIV, 4 (November, 1974) pp. 603-635 y Segredos internos. Engenhos e escravos na sociedade colonial, 1500-1835. Cia Das. Letras, ( Sao Paulo. 1988). 6 Miguel ACOSTA SAIGNES. Vida de los esclavos negros en Venezuela. Editorial Hespérides (Caracas, 1966) p. 2. Un interesante trabajo respecto a la legislación esclava para el área caribeña es el de: Marcos ANDRADE JARAMILLO. La legislación afrocolonial en el Caribe (Siglos XVI-XVIII). Ponencia presentada en el simposio: Africanía e Iglesia que se llevó a cabo en el marco del 49 Congreso Internacional de Americanistas, Quito, Ecuador, Presentada el miércoles, 9 de julio de 1997. 7 Magnus MORNER. Race, Mixture in the History of Latin America. Little, Brown and Company, (Boston, 1965) p. 111. 8 Enrique OTTE y Conchita RUIZ-BURRUECOS. Los portugueses en la trata de esclavos negros en las postrimerías del siglo XVI. Moneda y Crédito, LXXXV, (Madrid, 1963). 10 Al respecto véase a: Enriqueta VILA VILAR. Hispanoamérica y el comercio de esclavos. Los Asientos Portugueses. Publicaciones de la Escuela de Estudios Hispanoamericanos de Sevilla, (Sevilla, 1977). De la misma autora: Los asientos portugueses y el contrabando de negros. Anuario de Estudios Americanos, tomo XXX, (Sevilla, 1973). Igualmente a. Henry KAMEN. El Negro en Hispanoamérica 1500-1700. Sección de Historia de América de la Universidad de Sevilla, (Sevilla, 1971) p. 121 y a Clarence HARING. El Imperio Hispánico en América. Ediciones Solar- Hachette, (Buenos Aires, 1966) p.22 11 El texto está reproducido en: Eduardo POSADA. La Esclavitud en Colombia. (Bogotá, 1933) pp. 129-211. Hace un resumen: Jaime JARAMILLO URIBE. Esclavos y señores en la sociedad colombiana del siglo XVIII. En: Ensayos sobre Historia Social Colombiana. Universidad Nacional de Colombia, (Bogotá, 1968) p. 33. 13 García criticó a Manuel de Nóbreda, pionero jesuita, quien después de llegar al Brasil en 1549 aceptó sin recelo la necesidad de la esclavitud negra para la Compañía de Jesús como para los colonos. David BRION DAVIS. Ob. cit., pp. 186-187. 14 Magnus MORNER. Los jesuitas y la esclavitud de los negros. Revista Chilena de Historia y Geografía, No. 135, (Santiago de Chile, 1967) pp. 107-109. 15 Al respecto véase a: Rosa María MARTINEZ DE CODES. De la reducción a la plantación. La utilización del esclavo negro en las haciendas jesuíticas de América española y portuguesa. Revista Complutense de Historia de América, Facultad de Geografía E Historia, Número 21, (Madrid, 1995) pp. 112-113. 16 Recopilación de Leyes de los Reynos de las Indias de 1680. Libro VI. Título XIII, Ley VIII del 23 de diciembre de 1595:Que los indios no sirvan en obrajes, ni en ingenios de azúcar: Del mismo Libro y Título, la Ley XI de 1601: Que aunque los indios sean voluntarios no trabajen en sacar perlas, y en ingenios de azúcar y puedan servir en la corta y a carreto. 17 Richard KONETZKE. La Historia Social de Hispanoamérica. Colección de Documentos. Instituto Jaime Balmes, Consejo de Investigaciones Científicas, (Madrid, 1958). II: 73-74. 18 La tecnología agrícola que trajo el español no había experimentado importantes cambios desde los tiempos romanos y visigodos. Al respecto véase a: Juan A. VILLAMARIN. Factores que afectaron la producción agropecuaria en la Sabana de Bogotá en la época colonial. (Bogotá, 1977). p. 8. 19 Sobre las zonas proveedoras de esclavo en el siglo XVI, véase la clasificación de Peter BOYD BOWMAN. Negro Slavery in Early Colonial Mexico. The Americas, Vol. 26, (Washington, 1969). pp. 134-151. Una clasificación geográfica más moderna y actual es la de Philip D. CURTIN. The Atlantic Slave Trade (A census). The University of Wisconsin Press, (Madison, 1969). 20 Por ejemplo en las escrituras de los primeros Protocolos de Mérida sobre transacciones comerciales realizadas por vecinos estuvieron presentes esclavos negros y negras Zapes y Biafaras que procedían de Guinea de Cabo Verde y Congo de la Africa Central. 21 De acuerdo a CURTIN están dentro de su clasificación en la zona 7 que distingue como Angola o Africa Central incluye en ella a los del congo (o bakongo) y otros pueblos del norte de éstos. Nicolás DEL CASTILLO MATHIEU. La Llave de las Indias, Ediciones El Tiempo, Vol. I, (Bogotá, 1981). pp. 184-186. 22 Declaración del Padre Rodrigo de Figueroa, Visitador de esta Provincia sobre la Escritura de Fundación. En: José DEL REY F. s.j. La Pedagogía Jesuítica en Venezuela Hispánica. Biblioteca de La Academia Nacional de la Historia. Fuentes para la Historia Colonial de Venezuela, No. 138, (Caracas, 1979). pp. 453-455. Véase Apéndice Documental. . 23 Al respecto véase las cifras que ofrece Jorge PALACIOS PRECIADO. La Trata de Negros por Cartagena de Indias. La Rana y El Aguila. Universidad Tecnológica y Pedagógica de Colombia, (Tunja, Colombia, 1973). p. 63. También a: Ildefonso GUTIERREZ AZOPARDO. Historia del Negro en Colombia. Sumisión y Rebeldía. Editorial Nueva América, (Bogotá, 1980). 24 De acuerdo a una cita que transcribe y expone: Jorge PALACIOS PRECIADO. La esclavitud y la sociedad esclavista. Manual de Historia de Colombia. (Cuarta Edición), Tercer Mundo Editores, (Bogotá, 1992). p. 322. 25 Se afirma que de los esclavos negros que fueron tomados por la Compañía de Jesús en Cartagena, treinta mil fueron bautizados por el Padre Alonso de Sandoval, o sea un promedio de siete mil quinientos esclavos recibieron el agua bendita. Alberto MIRAMON. Los Negros del Caribe. Boletín de Historia y Antigüedades, Vol. XXXI, (Bogotá, 1944). pp.168 ss. 26 Alonso SANDOVAL. De Instaurada. Aethiopum Salute. Biblioteca de la Presidencia de Colombia, Empresa Nacional de Publicaciones, (Bogotá, 1956). p. 64. 27 Magnus MORNER. Race, Mixture in the History of Latin America. Little, Brown and Company, (Boston, 1965). p. 113. 28 Ildefonso GUTIERREZ AZOPARDO. Ob. cit., p. 64. 29 Jaime JARAMILLO URIBE. La Controversia Jurídica y Filosófica librada en la Nueva Granada en torno a la Liberación de Los Esclavos y la importancia Económica y Social de la Esclavitud en el siglo XIX. En: Ensayos de Historia Social. La sociedad neogranadina. Tomo I, Tercer Mundo Editores, Ediciones UNIANDES, (Bogotá, 1989) p. 248. También: Magnus MORNER. Estado, Razas y Cambio Social en Hispanoamérica Colonial. (México, 1974). pp.149-150. 30 Miguel Angel ORTEGA. La esclavitud en el contexto agropecuario colonial. Siglo XVIII. Editorial AICUM, Colección “El Otro Discurso”, No. 2, (Caracas, 1992). p. 22. 31 Referencia a esos hechos en: Edda O. SAMUDIO A. Las Haciendas del Colegio San Francisco Javier de Mérida. 1628-1767. Universidad Católica del Táchira, (San Cristóbal, 1985) pp103. Además de la misma autora en: José DEL REY F. s.j., Edda O. SAMUDIO y Manuel BRICEÑO JAUREGUI. Virtud, Letras y Política en Mérida Colonial. Vol. I, Universidad Católica del Táchira, (Caracas, 1996) pp. 521-608. También en: Ildefonso GUTIERREZ AZOPARDO. Historia del Negro en Colombia. Sumisión y Rebeldía. Editorial Nueva América,(Bogotá, 1980). 32 Edda O. SAMUDIO A. Las Haciendas de los Jesuitas en Venezuela . Listo para su publicación. 33 Además de los ya señalados, se hace referencia entre otros a: Roger BASTIDE. Las Américas Negras. Alianza Editorial, (Madrid, 1969). Richard DUNN. Sugar and Slaves. The University of North Carolina Press, Chapel Hill, 1973. John LOMBARDI. Comparative Slaves Systems in the Americas: A critical view. En: New Approaches to Latin American History. Editado por Richard GRAHAM y Peter SMITH. University of Texas Press, (Austin, 1974). D. MANNIX Y M. COWEY. Historia de la trata de negros. Alianza Editorial, (Madrid, 1970). Jorge PALACIOS PRECIADO. La esclavitud y la sociedad esclavista (cuarta edición). Manual de la Historia de Colombia. Tercer Mundo Editores, (Colombia, 1992). pp. 301-346. Eric WILLIAMS. Capitalismo y esclavitud. (La Habana, 1975) y Frank TANNENBAUM. El negro en las Américas. (Buenos Aires, 1968). 34 Para Venezuela se refiere a: Antonio ARELLANO MORENO. Orígenes de la economía venezolana. Ediciones Edima, Caracas, 1960. Federico BRITO FIGUEROA. La estructura económica de Venezuela colonial. Ediciones de la Universidad Central de Venezuela, Caracas, 1979. Del mismo autor: El problema tierra y esclavos en la Historia de Venezuela. 2da. Edición, Universidad Central de Venezuela, (Caracas, 1984); Eduardo ARCILA FARIAS. Economía Colonial de Venezuela. Italgráfica (Caracas, 1971). Otros aspectos sociales de la esclavitud han sido estudiados por: Franklin, GUERRA CEDEÑO. Esclavos, negros cimarrones y cumbes en Barlovento. Cuadernos Lagoven, (Caracas, 1984), José Marcial , RAMOS GUEDEZ. El negro en Venezuela: aporte bibliográfico, Instituto Autónomo Biblioteca Nacional, (Caracas, 1985). 35 Entre ellos están: John LOMBARDI. Decadencia y abolición de la Esclavitud en Venezuela. Ediciones de la Biblioteca de la Universidad Central de Venezuela, (Caracas, 1974). Para Colombia: Eduardo POSADA. La Esclavitud en Colombia. Imprenta Nacional, (Bogotá, 1933). Aquiles ESCALANTE. El negro en Colombia. Universidad Nacional de Colombia, (Bogotá, 1964). Para Perú: Frederick BOWSER. The African Slave in Colonial Peru. Stanford University Press, (Stanford, California, 1974). Emilio HARTH-TARRE. Presencia del negro en el Virreinato del Perú. (Lima, 1971). Entre los de México: H.W. KONRAD. A jesuit hacienda in colonial Mexico: Santa Lucía 1576-1767. (Stanford, 1980). 36 Al respecto véase a: Ermila TROCONIS DE VERACOECHEA. Documentos para el estudio de los esclavos negros en Venezuela. Selección y Estudio preliminar. Biblioteca de la Academia Nacional de la Historia. Fuentes para la Historia Colonial de Venezuela. No. 103, Caracas, 1969. También: Marianela PONCE. El ordenamiento jurídico y el ejercicio del derecho de libertad de los esclavos en la provincia de Venezuela. 1730-1768. Biblioteca de la Academia Nacional de la Historia. Fuentes para la Historia Colonial de Venezuela. No. 226, (Caracas, 1994). En la Escuela de Historia de la Universidad de Los Andes se han producido tesis inéditas de Licenciatura, entre las que se cuentan las dirigidas por la autora de este trabajo y que tratan el tema en distintos periodos de La Mérida colonial, ellas son las de: Zoraida B. SANTIAGO. Aspectos de la Esclavitud en Mérida (1775-1800). Escuela de Historia, Universidad de Los Andes, (Mérida, 1982), la de César BARRETO y Héctor HERRERA. Formas Jurídicas a que estuvo sometida la Mano de Obra Esclava en Mérida y su jurisdicción 1622-1678. Escuela de Historia, Universidad de Los Andes, (Mérida, 1981) y la de Miguel Angel RODRÍGUEZ LORENZO. Presencia y Liberación de los esclavos de Mérida. Escuela de Historia, Universidad de Los Andes, (Mérida, 1982). Entre otros artículos posteriores de Miguel Angel RODRÍGUEZ LORENZO están: Proceso de liberación de los esclavos en Mérida, Objetivos y Metodología. Boletín Antropológico, No. 5, Universidad de Los Andes (Mérida, 1984) pp. 19-36; Algunos aspectos de la vida cotidiana de los esclavos de origen africano en Los Andes venezolanos. I y II, Boletines Antropológicos Nos. 8 y 11, Universidad de Los Andes, (Mérida, 1986) pp. 25-42. 37 Entre ellos están: Adolfo MEISEL. Esclavitud, Mestizaje y Haciendas en la Provincia de Cartagena, 1533-1851. Desarrollo y Sociedad, No. 4, Bogotá, julio, 1984. Un trabajo que trata el trabajo esclavo en las haciendas es el de: Adriana NAVEDA CHAVEZ-HITA. Esclavos negros en las haciendas azucareras de Córdoba, Veracruz, 1690-1830. Universidad Veracruzana, Centro de Investigaciones Históricas, (México, 1987). 38 Uno de los trabajos conocidos y más reciente que trata sobre los esclavos de los Jesuitas es el de: Rosa MARTINEZ DE CODES. Art. Cit. pp., 303-306 39 Con el término cimarrón, tal como lo expone, Francisco Moscoso, quien lo toma de Carlos Esteban Deive se aplicaba al esclavo fugitivo o sea aquel que escapaba, aunque fuese temporalmente, de la dureza de la esclavitud. Francisco MOSCOSO. Formas de resistencia de los esclavos en Puerto Rico. Siglos XVI-XVIII. América Negra, No. 10, Pontificia Universidad Javeriana, (Bogotá, Diciembre 1995) p. 33. Carlos Esteban DEIVE. Los Guerrilleros Negros Esclavos Fugitivos y Cimarrones en Santo Domingo. Fundación Cultural Dominicana, (Santo Domingo, 1989) 40 Uno de los ejemplos puede verse en: AUCAB. Libro de Consultas. Consulta del 18 de septiembre de 1736. f. 69vto. 41 Ibídem. Consulta de marzo de 1738. f. 72. 42 Ibídem. Consulta del 1 de junio de 1759. f. 90. 43 Libro de Recibo que Comienza a Primero de Marzo de 1749 En: Edda O. SAMUDIO A. Las Haciendas del Colegio San Francisco Javier de la Compañía de Jesús. 1628-1767. Homenaje de la Universidad Católica del Táchira a la Universidad de Los Andes en sus Festividades Centenarias, (Caracas, 1985) pp. 476 y 491. 44 Ley del 11 de mayo de 1527, del 20 de julio de 1538 y del 26 de octubre de 1541. Recopilación de Leyes de los Reinos de Las Indias. Ley V. Título V, Ermila TROCONIS DE VERACOECHEA. Documentos para el estudio de los esclavos negros en Venezuela. Selección y Estudio preliminar. Biblioteca de la Academia Nacional de la Historia. Fuentes para la Historia Colonial de Venezuela. No. 103, (Caracas, 1969). “Que se procure que los negros casen con negras, y los esclavos no sean libres por haberse casado”. 45 AUCAB. Libro de Consultas. Consulta del 30 de septiembre de 1735. f. 67. Asimismo, la Consulta de septiembre de1723.f. 47vto. 46 Véase uno de los ejemplos en: Ibídem. Consulta del 15 de diciembre de 1734. f. 65vto. 47 Ibídem. Consulta del 24 de marzo de 1756. f. 82vto. 48 Ibídem. Consulta del 1 de noviembre de 1718. f.40. 49 Idem. En la Consulta del 1 de noviembre de 1718 a la que hemos hecho referencia, entre las razones que expusieron para la venta de las dos mulatas que fue finalmente aprobada estuvieron: que dichas mulatas no pertenecían a los propios del colegio y costo el poseerlas; porque se tiene por experiencia que dichas mulatas no sirven casi nada sino de melindre y porque la Ignacia es casada, y su marido 9 años ausente que parece la haya dejado y no hay esperanza de multiplico. Véase el Apéndice Documental. 50 Ibídem. Consulta de diciembre de 1737. f.70. 51 Ibídem. Consulta de julio de 1721. f. 42 y del 18 de septiembre de 1736. f.69 vto. 52 Ibídem. Consulta del 24 de marzo de 1756. f.83 vto. Véase Apéndice Documental. 53 Ibídem. Consulta del 30 de junio de 1756. f. 84. Véase el Apéndice Documental. 54 Ibídem. Consulta del 24 de marzo de 1756. ff. 82-83. 55 Pablo MACERA. Ob. Cit., p. 41. 56 AUCAB. Libro de Consultas. Consultas del 17 y 1 de diciembre de 1733. f. 57 vto. y f. 61. 57 Al respecto véase: Ibídem. Consulta de17 de abril y 1 de diciembre de 1733. ff. 57 vto. y 61. 58 Idem. Pablo MACERA. Ob. cit. p. 38. 60 Ibídem. pp. 38-39. 61 AUCAB. Libro de Consultas. Consulta del A 23 de abril de 1727.ff. 53-53vto. 62 Ibídem. Consulta de julio de 1721. f. 42. 63 Entre las consultas que tratan el tema y que revelan asuntos interesantes al respecto están las del: Ibídem. Consulta del 1 de diciembre de 1733, f.61; la del 1 de enero de 1734 f.61 vto; la de octubre de 1735. f. 67 vto; La de agosto de 1736. f. 69; la de julio de 1737. f. 71. Véase el Apéndice Documental. 64 Véase: Ibídem. Consulta del 14 de septiembre de 1691. F. 2 vto. También en la Consulta del 8 de junio de 1758. f. 88 es posible percibir la importancia del mayordomo. 65 Pablo MACERA. Ob. Cit., p. 47. 66 Idem. De acuerdo a Macera, en esta modalidad de tenencia, los partidarios veían la necesidad de mantener ocupados a los esclavos y evitar el ocio que tanto combatieron los jesuitas. 67 Al respecto véase a: Rosa María MARTINEZ DE CODES. Art. cit. p. 117. 68 AUCAB. Libro de Consultas. Consulta del mes de abril de 1733. f. 44. 69 Ibídem. Consulta del 25 de octubre de 1761. ff 95-95v. 70 Esto se trató en la Consulta del 9 de enero de 1700 y tal como consta en el Apéndice Documental señala que “el clérigo que esta puesto en la Sabana por el Señor Arzobispo, pide por un auto de su Señoría, el que para seguro de 200 pesos de congrua, y estos estén siempre asegurados se le paguen por cada negro, o por cada cabeza diez pesos cada año, entendiéndose que esto ha de ser cosa asentada siempre aunque se mueran o disminuyan algunos esclavos que siempre se ha de pagar aun por los ya muertos. En este punto; por haberse opuesto a la materia, y resistidos a ella todos los vecinos de aquellas haciendas fueron de parecer todos los padres que se avisase, y consultase a su Reverencia (f. 20 vto.) el padre provincial si convendría el que el hermano hable al cabildo del pueblo o ciudad de Gibraltar, para que en nombre de todos los vecinos supliquen del auto, y expongan a su señoría el que sin el exceso y nueva determinación de lo que manda el auto, tiene asegurados el clérigo que asiste a aquellas haciendas 500 pesos para su congrua; y si podrá el hermano firmar en caso necesario esta suplica, que parece conveniente hacerse al Señor Arzobispo; y que entre tanto solo pague de nuestra hacienda y esclavos lo que hasta aquí se ha acostumbrado...”. Ibídem. Consulta del 9 de enero de 1700. f. 19vto. 71 Idem. 72 Luz Adriana MAYA RESTREPO. Africa: Legados espirituales en la Nueva Granada, siglo XVIII. Historia Crítica. No. 12, Revista del Departamento de Historia de la Facultad de Humanidades y Ciencias Sociales de la Universidad de Los Andes, (Bogotá, enero, junio, 1996) p.29. 73 Una conceptualización en: Nina S de FRIEDEMANN. Presencia africana en Colombia. La saga del negro. Instituto de Genética Humana, Facultad de Medicina, Pontificia Universidad Javeriana, (Bogotá, 1993) p. 90. Referencia en: Luz Adriana MAYA RESTREPO. Art. Cit., p. 30. 74 Ibídem., pp. 29-30. 75 Ibídem., p.29. 76 Ibídem., p. 31. 77 AUCAB. Libro de Consultas. Consulta del 2 de abril de 1698, f. 13. Asimismo, en la Consulta del 22 de diciembre de 1701. f. 27. Véase el Apéndice Documental. 59 78 79 Ibídem. Consulta del 3 de junio de 1696. f. 10 vto. Véase Apéndice Documental Ibídem. Consulta del 20 de enero de 1700. F. 20v. Véase Apéndice Documental. 80 Documento No. 39, citado por Ricardo CAPPA. S.J. Estudios críticos acerca de la dominación española en América. ( Madrid, 1890) p. 65 81 Es apreciable en las órdenes que se dieron a los Administradores. Por ejemplo, en la tercera de las órdenes que se añadieron en la Visita del P. Provincial Jaime Pérez para la a la hacienda de San Juan de la Pampa o Huaura. Pablo MACERA. Ob cit., pp.65-66. 82 Ibid., p.54 83 AUCAB. Libro de Consultas. Consulta del 24 de marzo de 1756. f. 82. 84 Pablo MACERA. Ob. cit., pp. 58-59. 85 Ibídem., p. 69. Ordenes dadas por el P. Provincial Jayme Pérez en su visita a la hacienda San Juan de la Pampa de Huaura. 86 Consistía en pringar o sea lanzar pringue caliente. Es interesante advertir que en algunas partes de Los Andes venezolanos la palabra se mantiene y significa echar agua hirviendo. 87 Libro Nuevo de la Hacienda de San Francisco de Tuman que comienza desde el primero de junio de 1742. Pablo MACERA. Ob. cit., p. 78. 88 Ley XXI. Que los negros fugitivos, cimarrones, y delincuentes sean castigados y, sus penas. Libro VII. Título V. De los mulatos y negros. p. 288. Recopilación de Leyes de Los Reinos de Las Indias. Tomo II. Dada por Felipe II en 11 de febrero de 1571 y 4 de agosto de 1574. 89 Ley XV. Que los negros libres, y Loros, libres, o esclavos no traigan armas. Libro VII. Título V. Dada en Madrid el 16 de noviembre de 1551 y agosto de 1552, f. 287. 90 Tal es el caso de Cuba. Un Bando fue publicado en La Habana en 1779. En: Ermila TROCONIS DE BERACOECHEA. Selección y Estudio Preliminar. Documentos para el estudio de los esclavos negros en Venezuela. Biblioteca de la Academia Nacional de la Historia No. 103. Fuentes para la Historia Colonial de Venezuela, (Caracas, 1969) pp. 271-173. 91 BNBFC. Sección Manuscritos, Libro de Bandos de Buen Gobierno . 1786-¿??? 92 Rosa MARTINEZ DE CODES. Art. Cit., p. 102. 93 Ibídem., pp. 54-55. 94 Pablo MACERA. Ob. Cit., pp. 58-59. 95 Se trataba de un esclavo que parece haber padecido de locura, la que los padres tenían que comprobar. Pero después del castigo estaba decidido su venta. AUCAB. Libro de Consultas. Consulta del 1 de julio de 1733. f. 50vto. 96 Ibídem. Consulta de principio de noviembre de 1742. f. 75v. 97 Ibídem. Libro de Consultas. Consulta del 9 de enero de 1700. f. 19vto. 98 Ibidem. Consulta del 2 de abril de 1698. f. 13 vto. AAM. Caja 1718-1792. Expediente sobre la expulsión de los padres jesuitas en la Provincia de Barinas. Inventario hecho en el sitio de Pagüey, 14 de septiembre de 1767. f.6vto. 100 AUCAB: Libro de Consultas. Consulta del 1 de diciembre de 1733. f. 61. 101 Ibídem., Consulta del 7 de enero de 1756. f. 81 vto. Véase el Apéndice Documental. 102 Pablo MACERA. Ob. Cit., p. 41. 103 AUCAB. Libro de Consultas. Consulta del 24 de marzo de 1756, f. 82. 104 Edda O. SAMUDIO A. El Complejo Económico del Colegio San Francisco Javier. En: José DEL REY FAJARDO s.j., Edda O. SAMUDIO A, Manuel BRICEÑO JAUREGUI s.j. Virtud, Letras y Política en Mérida Colonial. Universidad Católica del Táchira, (Mérida, 1995) p. 599. 105 Pablo MACERA. Ob. Cit., p. 30. 106 AUCAB. Libro de Consultas. Consultas del 1 de abril de 1718. f.18. 107 Idem. 108 Además se mandaba, tal como lo había dispuesto el Padre General de la Orden se comprara otro esclavo. Ibídem. Consulta del 23 de octubre de 1727. f.55. 99 109 Ibídem. Consulta del 1 de abril de 1693. f. 7 vto. Ibídem. Consulta del 5 de junio de 1727, f. 53 vto. 111 Idem. 112 Al respecto véase a Rosa María MARTINEZ DE CODES. Art. cit., p. 111 113 AGEM. Protocolos. Tomo XLI. Escritura de ahorro y libertad otorgada por el padre Juan de Cuellar, Rector del Colegio San Francisco Javier de la Compañía de Jesús. Mérida, 15 de mayo de 1706. ff. 113v.-114. Escritura reproducida textualmente en: Edda O. SAMUDIO A. Las Haciendas del Colegio San Francisco Javier de la Compañía de Jesús en Mérida. 1628-1767. Homenaje de la Universidad Católica del Táchira a la Universidad de Los Andes, (Caracas, 11985) pp. 201-202. 114 AGEM. Protocolos. Tomo XLII. Escritura de ahorro y libertad otorgada por el padre Juan de Cuellar, Rector del Colegio San Francisco Javier de la Compañía de Jesús. Mérida, 8 de enero de 1709. Asimismo reproducida en : Edda O. SAMUDIO A. Ob. cit., pp. 202-203. 115 Idem. 116 AUCAB. Libro de Consultas. Consulta del de mayo de 1736. f.68. 117 Ibídem. Consulta del 25 de octubre de 1761. f. 92. 118 Ibídem. Consulta del 18 de julio de 1726. f.51. 119 Bernard LAVALLE. Ob. cit., p. 44. 120 Ejemplos de ellos y las soluciones que se dieron en: Ibídem., pp. 44-66 121 AUCAB. Libro de Consultas. Consulta del 24 de marzo de 1756. f. 82. 122 Ibídem. Consulta del 10 de diciembre de 1757. f. 87. El texto completo se reproduce en el Apéndice Documental. 123 Ibídem. Consulta del 25 de abril de 1742. f. 75 vto. 124 Ibídem. Libro de Consultas. Consulta del 2 de mayo de 1707. f. 33. 125 Ibídem. Consulta del 5 de diciembre de 1727. f. 55vto. 126 Idem. 110 INDAGANDO EN LAS DOLENCIAS DE LOS ESCLAVOS: Una aproximación a las fuentes para su estudio en la Córdoba tardo colonial 1 Dimunzio, Karina; García Claudia . Facultad de Filosofía y Humanidades, Universidad Nacional de Córdoba [email protected] – [email protected] RESUMEN. La esclavitud en Córdoba ha sido estudiada desde distintos enfoques. Las investigaciones realizadas2, en general, han incluido a este grupo dentro de marcos más amplios en la descripción de la sociedad y economía cordobesa, sin abordarlos específicamente. Las primeras investigaciones centradas en la esclavitud en esta región abordaron el problema del comercio de negros3. En los últimos años, ha habido una preocupación en profundizar distintas aristas específicas de la esclavitud, desde la perspectiva de la demografía histórica,4 por ejemplo, analizando a la fecundidad esclava. También se ha investigado sobre la participación de los esclavos en la economía colonial mediante los oficios que ejercían5. Otros historiadores indagaron de que manera se cumplían las normas legales que garantizaban los derechos de esclavos6 y en los mecanismos institucionales y 1 Licenciadas en Historia, Facultad de Filosofía y Humanidades de la Universidad Nacional de Córdoba, República Argentina. 2 Como: Endrek, Emiliano: El mestizaje en Córdoba, siglos XVIII y principios del XIX, Universidad Nacional de Córdoba, Córdoba, 1966. Arcondo, Aníbal: El Ocaso de la Sociedad Estamental. Córdoba entre 1700 – 1760. Córdoba, UNC,1992 . Punta, Ana Inés: Córdoba borbónica. Persistencias coloniales en tiempo de reformas (1750 – 1800) UNC, Córdoba 1997. 3 Assadourian, Carlos Sempat: “El tráfico de esclavos en Córdoba, 1588-1610”: según Actas de Protocolos del Archivo Histórico de Córdoba, Cuadernos de Historia, Universidad Nacional de Córdoba, vol. XXII, 1965. Torres, Félix A.: “El comercio de esclavos en Córdoba 1700-1731”, seminario de investigación para obtener la Licenciatura en Historia, 1972, en La Historia que escribí. Estudios sobre el pasado cordobés, xxx, Córdoba, 1990. Pita, Alexandra y Tomadoni, Claudia: El comercio de esclavos en el espacio cordobés (1588-1640), Seminario final de la Licenciatura en Historia, Córdoba, 1994, manuscrito. 4 Celton, Dora Estela: “Fecundidad de las esclavas en la Córdoba colonial”, en Revista junta Provincial de Historia, Córdoba, 15, 1993. 5 Moyano, Hugo: “Los artesanos esclavos en Córdoba, (1810-1820)” en Investigaciones y ensayos Nº 33, julio/Diciembre 1982. 6 Peña. Gabriela: “Los derechos de los esclavos. Legislación y realidad de la Córdoba del siglo XVIII”, en Revista de Historia del Derecho, Instituto de Investigaciones de Historia del Derecho, Buenos Aires, 1995. extrainstitucionales de control sobre los esclavos en Córdoba7. En otras líneas se están actualmente analizando las distintas estrategias de resistencia que desplegaron los esclavizados en nuestra región8. Sin embargo, la temática de las enfermedades y dolencias todavía no ha sido explorada. Por lo tanto, nos proponemos como finalidad, en este trabajo, aproximarnos a distintas fuentes documentales, resguardadas en los archivos de la provincia de Córdoba, que puedan proporcionarnos datos sobre las dolencias padecida por los esclavos durante el período tardo colonial ,visualizando sus limitaciones y potencialidades. Intentaremos rescatar documentación , que nos brinde respuestas sobre planteamientos tales como: ¿cuáles eran las enfermedades más comunes de los esclavos, que ideas o concepciones tenía este grupo social acerca de este fenómeno, como eran diagnosticadas o tratadas las distintas dolencias?, entre otros interrogantes. 7 Rufer Mario “Prácticas sociales y relaciones de poder: los esclavos y la aplicación de la justicia en Córdoba en la segunda mitad del siglo XVIII” UNC; FFYH, Córdoba junio 2001. 8 Dimunzio, Karina; García Claudia: “Resistencia Esclava en la Campaña Cordobesa. Mediado del Siglo XVIII a principios del siglo XIX”. Presentado en VIII Jornadas Interescuelas/Departamento de Historia, Salta, Septiembre 2001. Dimunzio Karina, García Claudia; “ Esclavos Cimarrones. La fuga: una estrategia de resistencia a la opresión”. Ponencia presentada en las Primeras Jornadas sobre Población y Sociedad de Córdoba. Centro de Estudios Avanzados de la UNC. Córdoba, Octubre de 2002. INDAGANDO EN LAS DOLENCIAS DE LOS ESCLAVOS: Una aproximación a las fuentes para su estudio en la Córdoba tardo colonial 'LPXQ]LR .DULQD *DUFtD &ODXGLD1 Introducción La esclavitud en Córdoba ha sido estudiada desde distintos enfoques. Algunos trabajos realizados2, incluyeron a este grupo dentro de la descripción de la sociedad y economía cordobesa. Las primeras investigaciones centradas en la esclavitud en esta región abordaron el problema del comercio de negros3 ; también se ha investigado sobre la participación de los esclavos en la economía colonial mediante los oficios que ejercían4. En los últimos años, se evidencia un interés en profundizar distintas aristas específicas de la esclavitud, desde la perspectiva de la demografía histórica,5 por ejemplo, analizando a la fecundidad esclava. Otros trabajos indagaron sobre los alcances de las normas garantizaban los derechos de esclavos6 legales que y en los mecanismos institucionales y 1 Profesoras y Licenciadas en Historia, Escuela de Historia, Facultad de Filosofía y Humanidades de la Universidad Nacional de Córdoba, República Argentina. 2 Como: Endrek, Emiliano: El mestizaje en Córdoba, siglos XVIII y principios del XIX, Universidad Nacional de Córdoba, Córdoba, 1966. Arcondo, Aníbal: El Ocaso de la Sociedad Estamental. Córdoba entre 1700 – 1760. Córdoba, UNC,1992 . Punta, Ana Inés: Córdoba borbónica. Persistencias coloniales en tiempo de reformas (1750 – 1800) UNC, Córdoba 1997. 3 Assadourian, Carlos Sempat: “El tráfico de esclavos en Córdoba, 1588-1610”: según Actas de Protocolos del Archivo Histórico de Córdoba, Cuadernos de Historia, Universidad Nacional de Córdoba, vol. XXII, 1965. Torres, Félix A.: “El comercio de esclavos en Córdoba 1700-1731”, seminario de investigación para obtener la Licenciatura en Historia, 1972.. Pita, Alexandra y Tomadoni, Claudia: El comercio de esclavos en el espacio cordobés (1588-1640), Seminario final de la Licenciatura en Historia, Córdoba, 1994, manuscrito. 4 Moyano, Hugo: “Los artesanos esclavos en Córdoba, (1810-1820)” en Investigaciones y ensayos Nº 33, julio/Diciembre 1982. 5 Celton, Dora Estela: “Fecundidad de las esclavas en la Córdoba colonial”, en Revista Junta Provincial de Historia, 15, Córdoba, 1993. 6 Peña. Gabriela: “Los derechos de los esclavos. Legislación y realidad de la Córdoba del siglo XVIII”, en Revista de Historia del Derecho, Instituto de Investigaciones de Historia del Derecho, Buenos Aires, 1995. extra institucionales de control sobre los esclavos en Córdoba7. En otras líneas se están actualmente analizando las distintas estrategias de resistencia que desplegaron los esclavizados en nuestra región8. Sin embargo, la temática de las enfermedades y dolencias todavía no ha sido explorada. En este trabajo, nos aproximaremos a distintas fuentes documentales, conservadas en el Archivo Histórico de la provincia de Córdoba, visualizando las potencialidades y limitaciones que presentan a la hora de abordar esta problemática como objeto de estudio. Fuentes para el estudio de las dolencias que padecían los esclavos: En las últimas décadas los historiadores se han preocupado por recuperar las distintas dimensiones del universo social de los llamados grupos subalternos, tradicionalmente minimizados. Para ello han debido recurrir a nuevos repertorios de documentación con nuevas preguntas. Los expedientes judiciales y otros documentos oficiales comenzaron a ser abordados, ya no solamente para el estudio del documento en sí mismo, sino para llegar, a través de él y desde distintas miradas al conocimiento del aspecto del pasado que se pretende rescatar. 7 Rufer Mario “Prácticas sociales y relaciones de poder: los esclavos y la aplicación de la justicia en Córdoba en la segunda mitad del siglo XVIII” UNC; FFYH, Córdoba junio 2001.Trabajo Final para acceder a la Licenciatura en Historia . 8 Dimunzio, Karina; García Claudia: “Resistencia Esclava en la Campaña Cordobesa. Mediado del Siglo XVIII a principios del siglo XIX”. Presentado en VIII Jornadas Interescuelas/Departamentos de Historia, Salta, Septiembre 2001. Dimunzio Karina, García Claudia; “ Esclavos Cimarrones. La fuga: una estrategia de resistencia a la opresión”. Ponencia presentada en las Primeras Jornadas sobre Población y Sociedad de Córdoba. Centro de Estudios Avanzados de la UNC. Córdoba, Octubre de 2002. Dimunzio Karina, García Claudia, Eludiendo la Dominación. Practicas solapadas de resistencia esclava. Córdoba entre fines del siglo XVIII y comienzos del siglo XIX. IX Jornadas Escuelas/ Departamentos de Historia, FF y H, UNC, septiembre 2003.De las Mismas autoras: “Resistencia esclava en Córdoba. Mediados del siglo XVIII a principios del siglo XIX”. Trabajo final de Licenciatura en Historia. UNC, Facultad de Filosofía y Humanidades .Junio de 2004. A partir de estas nuevas perspectivas, se nos planteó la problemática del estudio de las dolencias y enfermedades padecidas por los esclavos en la Córdoba tardo colonial y a qué fuentes se podría acudir para obtener indicios para su análisis. Al relevar, parcialmente hasta el momento, las Escribanías 1, 2, 3 y 4 entre los años 1750 y 1820, hemos encontrado una serie de procesos judiciales civiles en donde aparece mencionado el estado de salud de los esclavos. Los documentos a los que nos referimos son juicios para anular ventas de esclavos y otros donde estos reclaman su libertad o rebaja de su precio de venta. También hemos encontrado inventarios de bienes, entre los que figuran esclavos, que poseen las características anteriormente mencionadas. Observemos que datos e información nos brinda estos tipos de fuentes y cuáles son sus potencialidades y sus limitaciones. En 1771 el esclavo Laureano, preso durante tres meses en la cárcel, fue tasado en trescientos cuarenta pesos, para que lo comprara un nuevo amo. El Defensor de Pobres reclamaba la reducción de este precio “... atendiendo a las enfermedades del mulato...” En este caso como en otros solo podemos conocer que el esclavizado padeció alguna enfermedad pero no se hace mención de ella ni de sus síntomas. Sin embargo, muchos expedientes judiciales nos proporcionan las dolencias, y/o los síntomas mediante el testimonio del esclavo, del amo, de algún testigo o en el mejor de los casos de un facultativo. En 17839 Don Francisco de Serra estaba realizando los preparativos para encaminarse a Lima para vender unos esclavos. Enterándose de ello, Doña Ventura Videla le pidió que llevara a una esclava suya y a su marido para venderlos juntos. Camino a Chile, este esclavo comenzó a orinar sangre y se cayó de la carreta. Al ser examinado, el negro dijo que “... a mas de la cahida, hacia tiempo que padecía unos tumores en el pescueso, que de recien lo habían estado curando...” 9 AHPC, 1783, Escr. 2, leg 61, exp. 19. En 177510 en una causa para anular la venta de la esclava María Mercedes, su compradora decía “...que el trato debería darse por nulo por fraude, ya que la esclava padece un achaque interior del que muchos años antes padecía y padece hasta el presente ...” agregando luego su marido, que estuvo enferma de “...corrupcion de tripas, expeliendo sangre, y materia...”. Además declaraba que “...de este achaque la estuvo curando, y que no sabe hubiese quedado sana...” Por su parte, Moyano el vendedor replicaba que las dolencias de la esclava eran a causa del maltrato al que la sometía la señora y por haberla hecho trabajar demasiado moliendo trigo en el molino. Un testigo que declaró en esta querella expresaba que “La esclava nacio buena en manos de Moyano y este la vendio sana. Después la vio muy enferma en la casa de Cabrera, tendida en un cuero de vaca y por lastima le dio un cuero de carnero...” En algunos documentos figuran no sólo los síntomas sino además el nombre con el que se conocía la enfermedad en la época. De esta manera en una causa11 por división de unos esclavos, contamos con el certificado médico referido a una esclava fallecida, la mulata María Antonia. En éste, el Cirujano Ignacio Tolosa dejaba constancia del reconocimiento que había efectuado en las siguientes palabras: “...vine en conocimiento estar poseida de una Colera Morto, pues esta no convirtiendo en maes [sic], que en una violentissima excrecion de humores viliasos, ya acres, como corruptos por la mordacidad,..” En otras ocasiones los esclavos apelaban a sus enfermedades para obtener algún beneficio a la hora de comprarse su libertad. Tal era la situación del pardo Diego , quien se describía a si mismo y a la situación en que se encontraba “... en la avanzada edad de sesenta años y al mismo tiempo vastado de las piernas, como aparece a la vista, sobre que he estado tullido mas tiempo de dos años postrado en la cama...” 12. De esta manera, solicitaba que le rebajasen el precio de venta. 10 AHPC, 1755, leg 322, exp. 8. AHPC, 1771, Escr. 3, leg. 18, exp. 7 12 AHPC, 1765, Escr. 1, leg. 353, exp.13 11 En otro expediente13 el pardo libre Jerónimo, mediante las ganancias obtenidas ejerciendo el oficio de sastre intentaba comprar la libertad de su nuera María del Carmen y la de su nieto de tres meses. En la tasación se generó una discusión en torno al precio establecido debido a que la esclava mostraba “... hallarse con una no pequeña sicatriz en el codo de un brazo, y otra en el hombro del otro brazo, las que le ymposivilitan el movimiento libre de ellos...” Un largo documento nos informa sobre encontraba Domingo Barbosa14 quien se bajo la servidumbre del monasterio de Santa Catalina de Sena cuando lo destinaron a los ejércitos ,a pesar de su enfermedad: hidropesía. El médico designado por el gobierno para reconocer a los esclavos, lo mandó a borrar de la lista de reclutas, considerándolo inepto para las armas, por lo cual, según el mismo Domingo, se retiró al campo por consejo de los médicos para “tomar aguas saludables” y había regresado sin mejoría. El síndico del Convento lo emplazó en reiteradas oportunidades para que se presentara a trabajar en una obra, y éste se negó aduciendo razones de salud, ante lo cual le pidió que otorgue jornal o peón que lo reemplazara y siguiendo con su negativa, lo amenazaron con darle papel de venta, a lo que contestó: “…quien habrá de comprar un hombre inutil [...]” y que él no era esclavo del monasterio sino vasallo de la patria. Conocemos por el expediente, que este esclavo había intentado conseguir mediante engaños la certificación de un facultativo que lo declarara no apto para ningún trabajo, pero no lo había conseguido. Algunas de las fuentes consultadas nos acercan una información más completa; no solo nos hablan de las características de la enfermedad sino también de sus causas, su diagnóstico evolución y tratamiento. 13 14 AHPC, 1771, Escr. 3, leg 18, exp 11. AHPC, 1818, Escr. 1, Leg 450, exp 4, f.1v a 8v. En una causa donde se reclamaba que la esclava María del Rosario15 había sido vendida sin especificarse que padecía una enfermedad incurable, esta esclava informaba que “...la enfermedad que padeze es de la madre [...] cuio achaque a mas de diez años, que padece de resultar de su parto...” Finalmente la esclava murió ,y al tiempo fue citado a dar testimonio el Médico Cirujano Don Andrés Quiñones quien la había asistido en un”.. dolor de costado..”, aseverando que: “...acometido con mas vehemencia la enfermedad, que era una procedencia o cahida del utero, y unos cursos viliosos de sangre hasta que falleció....” Lo interesante de este tipo de casos donde se pretendía rescindir el contrato de venta es que generalmente se hacía examinar al esclavo por un médico, quedando registro de este informe del cual de otra manera no tendríamos conocimiento. Otro ejemplo de similares características es la demanda16 presentada por Don Andrés Acosta reclamando que Don Juan Carvallo le había vendido un negro, Juan José ,en trescientos pesos y cuando quiso volver a venderlo en Chile se halló que “...dicho criado adolesia de graves enfermedades havituales...” Para anular la venta se lo hizo examinar por Don Benito Rodríguez, reconocido “...como ynteligente así en la sirujia como en la medicina...”, quien determinó que “...hallo una llaga en la cabesa del miembro como también le encontro una quebradura en la yslilla del lado derecho y también dise le encontró en la yngle del mismo lado undidura de carne como cosa de tres o cuatro dedos de grandor.” En 1798, la esclava Pabla Arias17 había solicitado papel de venta sintiendose incapacitada para servir. Sus amos le otorgaron el papel, pero a un precio que consideró excesivo y “... respecto del achaque de etico que padesco que me ha sido imposible el hallar amo...” 15 AHPC,1791,Escr 3, leg .44 , tomo II 16 AHPC, 1788, Escr. 2 ,leg. 72, exp. 1 17 AHPC, 1798, Escr. 4, leg. 9, exp. 23 Al pedir que se le examine, el Padre Domingo del Sacramento Presidente del hospital de la ciudad de Córdoba Médico Cirujano certificó que había “...asistido en su enfermedad a Pabla Arias a pedimento de sus amos [...] Primeramente de un dolor pleurico (vulgo) de costado, con vehemente dolor en el pecho, y esputo sanguinolento, [...] Segundo de un continuo dolor de pulmon, y pecho haviendo arrojado sangre por la boca poco menos que vomitarla con una fiebre lenta, sus evaquaciones lunares suprimidas enteramente al cabo de algun tiempo rompio su naturaleza erroneamente en una disenteria, i en aguaciones de sangre que la pusieron en los ultimos periodos de su vida; corregida por mi esta pertinaz dolencia, y la administracion de varios medicamentos llegó a caer en una thabes, o Hetica, pues la fiebre nunca cedía;” Continuando en su informe exponía los tratamientos para este mal: “...en la administracion de los baños de tina se consigio que atemperada la estremada ardentia de su masa sanguinaria y humedecida su periferia, se consiguio algun tanto su reposición”. También comentaba sobre la evolución de la paciente que.... “Despues de algun tiempo que esta havia pasado volvio o su antiguo exercicio, o tarea de auja y plancha, en fuerza de su cautiverio luego incontinenti le repitio la magres de su cuerpo, la fiebre y una hemorragia uterina que ya consenti quedase incurable, pero en fuerza de las diligencias practicadas por el Arte y la prolija assistencia de sus amos conciguio su repocicion, haviendo sido pribada por mi y sus citados amos de los exercicos de la costura y plancha enteramente como de toda alimento acre, mordas, y de toda las especierias y condimentos en las comidas de suerte que se halla sugeta perpetuamente a tomar un sustento enteramente simple, pero con todas estas precauciones son los suficientes para que se vea libre de la continua tos seca, ni el todo del dolor de los pulmones, ni pecho, como tampoco de la continua fiebre lenta ( aunque en el dia poca) Denace que esta criada se halla en el proximo peligro al llegar a verificarsse que se confirme la Hetica, o Thisica, segun el sentir de los mas graves authores medicos, y la practica nos lo enseña....” Otro tipo de documentación valiosa con características propias son los inventarios de bienes. Estos presentan información cualitativa pero también permiten análisis de carácter cuantitativo. Un ejemplo de ello es la tasación e inventario de todos los esclavos del Colegio de Montserrat18. Entre los datos que figuran de los esclavos se encuentran el nombre, la edad, casta, el precio, a veces la profesión y lo que mayormente interesa a nuestros fines, la enfermedad o dolencia que padecían, como lo observamos en los casos siguientes: Estanislao sesenta años quebrado de la ingle; María de 80 años ,quebrada un muslo; Agustina 65 años, enferma de la vista, mulata viuda ; Pedro viejo de 80 al que no tasan por su edad y enfermedades; Jerónimo viejo de setenta y cinco años con una nube en un ojo ,mulato; Lorenza de 40 su mujer falta de varios dientes; Juan Inocencio de 5 años su hijo, enfermo de calentura; Miguel viejo 50 años enfermo de orina; Juana Luisa de 36 años su mujer tuerta y fea; Pedro Medina de 34 años obrajero, enfermo de dolores en los huesos ,María del Rosario de 35 años, su mujer, falta de algún diente; Pascual 46 años, sangrador, enfermo de la vista; Clara de 45, su mujer, con una nube en un ojo y la mano derecha enferma; Manuel de obraje, 40 años quebrado de la ingles; Rafaela 40 años, su mujer, enferma de caderas; María de Domingo 60 años viuda sin diente y enferma del pecho; Lorenza 40 años ñata y petisa, enferma de la cabeza; Santiago porteño 55 años quebrado de la ingles y corto de vista; María Antonia 45 años su mujer enferma de flujo de sangre ;Francisca 32 años enferma de la barriga; Juana 3 años quebrada del ombligo; Agustina 60 años viuda y sorda quebrada la nariz; Antonia 60 años viuda enferma de la vista; Juanchu 40 años, oficial de herrero, sentido de un brazo; Luisa 45 años, quebrada de una costilla; María Esperanza de 80 años , decrépita. 18 AHPC,1775, Escr. 2, leg 50, exp 4 Consideraciones finales A través del relevamiento de las fuentes existentes para el estudio de las dolencias padecidas por los esclavos podemos conocer que muchas de ellas, por sus características nos pueden brindar información sobre el nombre de las mismas, causas, sintomatología, diagnóstico, evolución tratamiento y desenlace. En otros casos las fuentes presentan limitaciones en la medida en que solo mencionan que el sujeto poseía una enfermedad, pero no se especifica cual ni podemos inferirla, ya que sus características no han quedado registradas. Los documentos que nos brindan una información mas completa son en general aquellos en los que el amo veía afectados de alguna manera sus derechos de propietario. Un ejemplo de ello son las anulaciones de venta, que comenzaban cuando un amo se sentía engañado o estafado si la dolencia del esclavo le impedía a éste trabajar y rebajaba su valor en el mercado. En estos casos, la intervención de un facultativo nos permite acceder a información invalorable, a través del diagnóstico y curas suministradas. Debido a que la enfermedad de los esclavos como ya hemos mencionado, disminuía el valor de mismos en ocasiones era sacada a relucir por ellos mismos al momento en que se abría la posibilidad de la auto- compra o la de un familiar. También como hemos observado, algunos aludían a la dolencia padecida como una forma de eludir o flexibilizar las condiciones de trabajo. Por su parte los inventarios nos aportan una variedad de datos y si bien la descripción de las dolencias no es tan completa como la de los expedientes anteriormente mencionados, lo que nos proporcionan cobra gran relevancia a la hora de indagar en las condiciones de salud en que se encontraban las familias que convivían en un determinado lugar, como por ejemplo las rancherías de un convento, una estancia, etc., permitiéndonos el planteo de análisis de carácter cuantitativo. La información obtenida de las fuentes y los indicios que aportan nos genera diversos interrogantes para intentar responder en futuros trabajos; por ejemplo, cual sería la relación entre dolencias, condiciones de vida, alimentación y el trato recibido por ellos en su esclavitud. Bibliografía consultada Arcondo, Aníbal: El Ocaso de la Sociedad Estamental. Córdoba entre 1700 – 1760. 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Torres, Félix A.: “El comercio de esclavos en Córdoba 1700-1731”, seminario de investigación para obtener la Licenciatura en Historia, 1972 DEMOGRAFIA DE POVOAMENTO: SÃO PAULO, 1532-1900, UM TERRITÓRIO EM CONSTRUÇÃO * ** Jaelson Bitran Trindade Demografia Histórica e Genealogia Em 1984, os Annales de Démographie Historique, da Société de Démographie* Historique, tiveram como tema central a questão Demografia Histórica e Genealogia, expressando o interesse que a matéria vinha apresentando e as discussões que suscitava. O caráter genealógico das reconstituições de famílias, com a designação de “genealogias sociais” emergia, em contraposição à genealogia clássica. A importância maior, assinalada pelos textos, é o fato das reconstituições de famílias, com encadeamentos genealógicos, permitirem o aprofundamento do estudo da mobilidade geográfica e social. Para a história social que expressa o fenômeno de implantação de um agregado populacional num dado território e de renovação dessa população à base de suprimentos externos a ele, via migrações, como é o caso do povoamento/colonização do Brasil, é relevante o debate inserido nos Annales sobre as relações entre a demografia histórica, a genealogia e a história social, tratado na primeira parte (a segunda referia-se à demografia histórica, genealogia e genética) da publicação: o recurso às genealogias era uma resposta da demografia histórica para enfrentar problemas da natureza do nosso: migrações, imigrações. Há 16 anos, essa reunião de textos tinha o objetivo de ajustar métodos, demonstrar e afirmar a importância da genealogia para a história social, via estudos de demografia. E de considerar as limitações que oferecia o método tradicional de reconstituição de famílias, apoio de monografias paroquiais: Adeline Daumard, p. ex., * Este artigo, ora revisto e ligeiramente ampliado, foi inicialmente apresentado ao XII Encontro Nacional da ABEP – Associação Brasileira de Estudos Populacionais, GT – Demografia e História, Caxambu – MG, 2000, cujos Anais são acessíveis na mídia eletrônica, na página-web daquela Associação. ** Historiador, Doutor em História Social, IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 9ª SR/SP, Ministério da Cultura. 2 buscava diferenciar o método de estudo demográfico que incorporava os encadeamentos genealógicos designando-o “genealogias sociais”. Não um aproveitamento/apropriação da genealogia clássica pelo método de reconstituição de famílias, mas o estabelecimento de variáveis mais complexas que permitam caracterizar a condição social dos diversos membros de uma família e a evolução da situação dos indivíduos e dos casais.1 Os cinco estudos que compõem o setor 1 desse volume dos Annales, oferecem uma base crítica para uma aproximação das genealogias e proposições de trabalho a partir delas. Antes, em 1976, Louis Henri, publicara nos Annales um artigo com o título Généalogies et démographie historique, fruto de uma reunião da Société de Démographie Historique, feita no ano anterior, sobre o tema “o que são as genealogias para os genealogistas e o que deveriam ser para os historiadores-demógrafos e os demógrafos”.2 Esta última questão teve, com Louis Henri, “um início de resposta”, como disse Jacques Dupâquier, num artigo incluído no livro População e Sociedade, editado no Brasil (org. Maria Luiza Marcílio) em 1984, mesmo ano do número temático dos Annales . E o autor observa: “Sob a condição de serem completas e de abrangerem um meio definido, as genealogias constituem-se em excelente material para a construção da história social”.3 A reconstituição de famílias, com as fichas reagrupadas por genealogias, na linha desenvolvida por Louis Henri, já mostrava a capacitação desse procedimento para apreender a mobilidade geográfica e espacial. Em 1983, informa Dupâquier, o Laboratório de Démographie Historique da École des Hautes Études en Sciences Sociales desenvolvia “uma pesquisa sobre a mobilidade geográfica e social na França, para os séculos XIX e XX, utilizando o método da reconstituição de famílias”.4 Naquele momento, a contribuição da genealogia para o projeto era indispensável, mas as expectativas daquele historiador-demógrafo, em 1983, dado ao imenso trabalho que se apresentava ao historiador, era também de que os genealogistas estivessem dispostos a adotar “os rigorosos métodos da demografia histórica”. A expectativa, aliás, dos demógrafos que participavam dos debates da Société de Démographie Historique, era não só de que os genealogistas se engajassem no método 1 DAUMARD, Adeline, les généalogies sociales, in Annales de Démographie Historique, Société de Démographie Historique, Paris, École des Hautes Études en Sciences Sociales, 1984, págs. 10-11 2 DUPÂQUIER, Jacques, demografia histórica e história social, in População e Sociedade: evolução das sociedades industriais, organizado por Maria Luiza MARCÍLIO, Petrópolis, Vozes, 1984, p. 28. 3 Idem, p. 29. 4 Idem, p. 43. 3 de reconstituição de famílias, mas de que houvesse uma intensa colaboração entre eles e os demógrafos.5 Naquela altura, 1984, Dupâquier acreditava que as experiências em curso na França, se levadas “a bom termo”, seriam de grande importância para a orientação da demografia histórica. Pesquisas similares poderiam ser empreendidas nos vários países”, com metodologias adaptadas”. Tal método (reconstituição de famílias) e suas técnicas possibilitariam extrair das fontes “o romance verdadeiro do povo francês. 6 A experiência francesa se apoiava, enfim, “na convicção de que o estudo da mobilidade geográfica e social não poderá levar a resultados satisfatórios a menos que se recorra à micro-análise e, mais precisamente, ao método de reconstituição de famílias, modificado de maneira a trazer à luz os laços genealógicos” (negritos meus).7 As genealogias descendentes são reconhecidas como as de maior interesse do ponto de vista demográfico. O recurso às genealogias descendentes vinha ajudando a contornar problemas que oferecem as genealogias paroquiais ou famílias reconstituídas dentro de uma paróquia. Os demógrafos tiravam mais proveito das genealogias descendentes que das genealogias paroquiais. “É preciso sublinhar de novo aqui – dizem Bideau e Poulain – que as famílias cuja mobilidade espacial é intensa escapam frequentemente dos estudos demográficos do tipo ‘reconstituição de famílias’ ao nível de uma monografia local”.8 Conforme assinalam Jette e Charbonneau, num dos textos dos Annales 1984, “só as descendências reconstituídas completas respondem de maneira adequada às exigências dos demógrafos desejosos de preencher as fichas de família” (negritos meus). De fato, as genealogias descendentes deram respaldo para se mensurar as migrações e a mortalidade adulta, ou seja, para enfrentar o problema fundamental da renovação das populações;9 porém, dado o esforço que demandam os vastos projetos de conjuntos paroquiais tratados demograficamente, preconizava-se a colaboração intensiva entre demógrafos e genealogistas. 5 BIDEAU, Alain e POULAIN, Michel, De la généalogie à la démographie historique: généalogie ascendante et analyse démographique, in Annales de Démographie Historique, Société de Démographie Historique, Paris, École des Hautes Études en Sciencses Sociales, 1984, p. 55. 6 DUPÂQUIER, Jacques, op. cit., p. 45 7 Idem, p. 46. 8 BIDEAU, A. e POULAIN, M., p. 55. 9 BIDEAU, A. e POULAIN, M., p. 55. 4 Os dois historiadores, entretanto, se dão conta que, para infelicidade dos demógrafos, as genealogias descendentes completas, ideais, são raras na França. Além disso, os trabalhos pioneiros de demógrafos na utilização dessas fontes mostraram o valor mas também os limites das “descendências reconstituídas” pelos genealogistas.10 No geral, a representatividade das genealogias elaboradas fora dos círculos demográficos é, na prática senão também de direito, inevitavelmente restrita. Em fim, a utilização de genealogias descendentes completas para fins de uma análise demográfica traz, sem dúvida, problemas: problemas de representatividade para os objetivos que não aqueles da genealogia tradicional.11 A reconstituição de famílias é definida pelas fontes coletadas, mas a extensão de uma reconstituição de descendentes, medida em termos de indivíduos, de eventos demográficos e de informações suplementares, varia em função das intenções de seu autor.12 Coloca-se, pois, o problema da definição do grupo social ilustrado pelas genealogias descendentes que se tornam acessíveis aos demógrafos, de como foram escolhidos certos conjuntos de famílias: ou o pequeno número de indivíduos em causa ou a seleção social feita colocam em questão a representatividade. E não só. Há, entre outras coisas, nas genealogias descendentes, o caso das lacunas, tanto de indivíduos como de eventos demográficos. Faltam geralmente – na avaliação dos demógrafos franceses - falecimentos de adultos, nascimentos das mulheres, omissões ou imprecisões quanto ao nascimento ou falecimento de crianças antes da idade adulta; há omissões com relação às crianças e jovens.... Omite-se, pois, indivíduos. Mas, para além dessas questões, existem aquelas que dizem respeito à mobilidade: a árvore genealógica familiar é amputada de uma parte de seus ramos cada vez que seu autor não dar seguir no âmbito regional ou nacional, os indivíduos ou casais que se afastaram definitivamente do local. Os demógrafos terão que estar seriamente atentos a tudo isso. As lacunas que se observam, porém, nos trabalhos da genealogia clássica, constituem gravames tanto para as reconstituições de famílias quanto para os estudos de mobilidade; são inconvenientes próprios de trabalhos demográficos realizados a partir de genealogias. Elas são ponto de partida, base para a colocação de questões, para 10 JETTE, René e CHARBONNEAU, Hubret, Généalogies descendantes et analyses démographiques, in Annales de Démographie Historique, Société de Démographie Historique, Paris, École des Hautes Études en Sciences Sociales, 1984, p. 47. 11 JETTE, R. e CHARBONNEAU, H., p. 47. 12 Idem, p. 46. 5 afinação dos métodos de “reconstituição de famílias”; ou seja, extremamente úteis desde que se faça uma avaliação criteriosa tanto dessas genealogias descendentes como das ascendentes. Se mantém, entre os especialistas, a expectativa de que “os genealogistas poderiam trabalhar melhor”, caso os demógrafos, num diálogo com eles, consigam que nos seus procedimentos passem a seguir o método de “reconstituição de famílias”: apesar disso vir a exigir daqueles infinitas horas mais de trabalho, tanto melhor para a demografia. Mas, como dizem Jette e Charbonneau, enquanto isso não acontece, “é possível ainda tirar partido do material existente”.13 O recurso às genealogias contribuiu para e encorajou a produção e a análise das reconstituições e famílias. Só as “‘descendências reconstituídas’ oferecem ainda pistas de pesquisa aos demógrafos, excetuados, é claro, os vastos projetos de reconstituição de famílias que se estendem sobre um conjunto de paróquias limítrofes”.14 São esses que permitem apreender as relações entre mobilidade espacial e os fenômenos demográficos, que escapam às reconstituições empreendidas em uma só paróquia. Qual foi a ressonância desses debates na prática da demografia histórica brasileira? Ecos distantes. 15 Nem mesmo o estudo tradicional das elites, na linha que foi traçada por Louis Henri (1956), L. Henri e C. Lévy (1960) e T. Hollingsworth (1964), 13 JETTE, R. e CHARBONNEAU, H., op. cit., p. 50. Idem, p. 50. 15 É inusual entre nós o apelo à genealogia no sentido de entender o processo de estruturação de uma sociedade num dado território, analisando a configuração das redes sociais; entretanto, a ausência de genealogias regionais – são raras as que existem – limitam o seu uso nessa perspectiva. Mas vale atentar para duas experiências: Alida METCALF (1983), hoje professora da Trinity University, EUA, e João FRAGOSO (2000), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, utilizaram as genealogias de famíliastronco de povoamento em apoio a estudos dessa natureza. Fragoso realiza um estudo sobre as elites, com recurso à genealogia, entre outras fontes, intitulado A nobreza da República: notas sobre a formação da primeira elite senhorial do Rio de Janeiro (séculos XV e XVII) - Topoi (p. 45-122), revista de história do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, nº 1, Setembro 2000. Nele, faz uso das genealogias elaboradas por Carlos RHEINGANTZ, publicadas em 3 volumes entre 1965-1967 pela Ed. Brasiliana do Rio de Janeiro, com o título de Primeiras Famílias do Rio de Janeiro (Séc. XVI e XVII). Um trabalho como esse de Rheingantz, visando famílias-tronco (transformadas em “famílias senhoriais” por Fragoso) de uma comunidade ampla como a da região fluminense, dialogava bem com um estudo como aquele sobre as redes familiares de elite (“nobreza da terra”) e as estratégias econômicas, sociais e políticas estabelecidas para assegurar a sua hegemonia sobre a sociedade colonial do Rio de Janeiro do século XVII. Os estudos de Alida METCALF, por sua vez, recaem sobre São Paulo. A sua tese de doutorado, Families of Planters, Peasants, and Slaves:Strategies for Survival in Santana de Parnaíba, Brazil, 1720-1820, de 1983, foi publicada em livro pela Universidade da Califórnia em 1992 com o título Family and Frontier in Colonial Brazil: Santana de Parnaíba, 1580-1822 e reeditada em 2005 pela Universidade do Texas – o livro ainda não foi vertido para o português, sendo difícil, portanto, seu acesso. Alida estuda os padrões de relacionamento entre famílias e cada classe social e a fronteira, nos processos de ocupação territorial. A interação entre as famílias e a fronteira, segundo Metcalf, tornou-se visível não só pela repetição dos nomes de família como pela repetição de padrões de migração, tendo em vista a partilha de bens, num estudo que privilegia as redes familiares, as estratégias familiares (o padrão concernente ao casamento e à herança). 14 6 entre outros, ou trabalhos aparentados, como o estudo que realizou Peter Burke sobre as elites européias de século XVII, com base em Veneza e Amsterdã,16 inspiraram novas abordagens das elites brasileiras da “era pré-estatística”. Mas, se o projeto de estudo francês contou com uma fecunda produção genealógica nacional a partir de meados do XIX e, na atualidade, com a colaboração das associações de genealogistas, o panorama brasileiro nesse aspecto não era, nos anos de 1980 e ainda hoje, nada animador. A falta de uma base genealógica “robusta” - o caso de São Paulo se diferencia um tanto dos das demais regiões, como se verá - para impulsionar projetos de magnitude, voltados para os espaços regionais e nacional, certamente pesou de forma negativa para que perspectivas mais alentadas no plano da demografia histórica, como aquelas expressas no livro População e Sociedade (São Paulo, 1984) por Dupâquier, e nos Annales de Démographie Historique (Paris, 1984), não fossem cogitadas entre os nossos especialistas. Mas, isso não pode ser a única resposta, é claro. As dificuldades existentes obstavam que se colocasse em discussão, entre os estudiosos brasileiros, a problemática? Não era o caso de avaliar as dificuldades e potencialidades da situação brasileira, os modelos e vias de trabalho? Não era o caso de partir para construir, pouco a pouco, as bases desses estudos? O que se tem passado em relação a isso, aqui, nesses últimos 16 anos? O “país dos paulistas” No Brasil, a demografia histórica ainda não travou essa discussão e/ou diálogo com as abordagens genealógicas. A produção genealógica “clássica” reina solitária. Certamente, são raros os trabalhos em nosso país que tendem para uma genealogia descendente “completa”. No geral, tendem a contemplar as ascendências do autor, o apanágio de um tronco, ou das elites de uma localidade, micro-região ou região, senão satisfazer pretensões aristocráticas. Assim mesmo, ainda que restrita em vários sentidos, a produção genealógica não é de todo desprezível do ponto de vista quantitativo. O historiador José Honório Rodrigues observava que, “os estudos genealógicos no Brasil, como acentuou Gilberto Freyre, em geral foram realizados superficialmente para atender à vaidade de barões do Império e de snobs da República, carecendo de 16 BURKE, Peter, Veneza e Amsterdã: um estudo das elites do século XVII, São Paulo, Brasiliense, 1991. 7 realismo e de profundidade que correspondam às necessidades puramente científicas. E manifesta o desejo de que tais estudos tomassem um cunho mais social”.17 A avaliação de Rodrigues sobre o tema é, entretanto, extremamente sumária. No panorama da genealogia brasileira existem apenas duas obras de fôlego, abrangendo grandes regiões e largos períodos, , ambas datadas dos primeiros anos deste século. E ambas relativas à região que constituiu, desde o século XVI até meados do século XIX a antiga Capitania e depois Província de São Paulo. São, a Genealogia Paulistana (S. Paulo, 1903-1905), em 9 volumes,18 de autoria de Luís Gonzaga da Silva Leme e a Genealogia paranaense , (Curitiba, 1926-1928), em 5 volumes, de autoria de Francisco Negrão. A obra de Silva Leme tem, como suporte, as condições históricas bastante peculiares de São Paulo, por conta de seu belicoso “bandeirantismo” secular (economia de “frotas do sertão” - armações de guerra de apresamento de populações indígenas e exploração econômica delas; amestiçamento com indígenas) e, de uma ideologia “neobandeirantista” que coroa a saga da cafeicultura a conquistar progressivamente todo o território paulista, inclusive a terça parte “desconhecida”, a partir da 4ª década do século XIX. A obra de Francisco Negrão, relativa a uma região de autonomia recente (deixa de fazer parte da Província de S. Paulo em 1854) e de recente avanço sobre imensos vazios territoriais e acolhimento de imigração alemã e italiana, é tributária da obra de Silva Leme. Durante anos, Silva Leme vasculhou todo aquele conjunto de fontes básicas que os programas de “reconstituição de paróquias” ou “genealogias sociais” utilizam, numa ação “transparoquial”: inventários, testamentos e registros paroquiais. Ele assim expõe, na Introdução, aos seus virtuais leitores: A vossa benevolência entregamos este trabalho genealógico fruto de doze anos de pesquisas nos arquivos de diversas localidades de S. Paulo e em algumas de outros Estados (...). Neste trabalho não nos limitamos a descrever somente as famílias que têm sua nobreza firmada em brasões; mas incluímos, como o fez Pedro Taques, muitas outras que, oriundas de troncos humildes, meros povoadores, se tornaram nobres pelos seus feitos e cooperação no engrandecimento de nossa terra (...). Por mais que desejássemos não 17 RODRIGUES, José Honório, Teoria da história do Brasil (Introdução Metodológica), São Paulo, Editora Nacional, 3ª ed., 1969, págs. 260-261. 8 conseguimos escrever a historia juntamente com o desenvolvimento das famílias; outro tanto de tempo seria necessário para a consulta dos arquivos das câmaras municipais e bibliotecas, o que seria tarefa insuperável para um só homem; entretanto, damos no correr desta obra muito resumidamente o pouco que podemos colher nos inventários e testamentos. Em relação a genealogia paulistana trasladamos conscienciosamente para aqui tudo quanto de interesse encontramos nos arquivos das igrejas e nos cartórios de órfãos e provedorias até o ano de 1800, e descemos até 1840 em relação a algumas famílias como sejam: Camargos, Arrudas, Lemes e outras. "Examinando os documentos dos arquivos tivemos ocasião de verificar que Pedro Taques foi consciencioso na confecção da sua Nobiliarquia Paulistana; alguns erros e discrepâncias encontramos em sua obra, que são efeitos de informações errôneas por ele colhidas, na impossibilidade de consultar pessoalmente alguns desses arquivos: e estes mesmos erros provavelmente encontrareis neste nosso trabalho, pois que, em relação as gerações de hoje, que aí vem descritas, nos guiamos por informações; entretanto ser fácil ao leitor corrigi-los na parte que lhes toca, ficando certo que‚ correta a ascendência de seus avós provada, como está , por documentos. Escrevemos, alem da introdução, 52 títulos de famílias diversas que vieram na maior parte nos princípios da povoação de S. Vicente e S. Paulo, e poucas no fim do século 16º e princípio do 17º, as quais vão distribuídas em 8 volumes de 550 paginas cada um" [o 9º é de índice, com um adendo genealógico e desenhos de árvores de costado]. O escopo da Genealogia Paulistana está claramente traçado nessa introdução "Ao Leitor". Ao final da introdução o autor ainda faz um agradecimento aos escrivães dos cartórios de órfãos e da provedoria do Estado de S. Paulo e ao de Curitiba, aos vigários das paróquias da diocese de S. Paulo, e ao da paróquia de Curitiba. A Genealogia Paulistana tende, pois, para uma “genealogia descendente” completa, já que seu autor “quis, malgrado a dispersão no espaço tanto das fontes como das pessoas, enumerar todos os membros das famílias estudadas fazendo acompanhar sua identificação nominativa de suas características genealógicas essenciais (data e lugar de nascimento, de casamento e de falecimento), bem como informes mais ou menos abundantes” recolhidos sobre as suas atividades e atuações.19 18 Os nove volumes da Genealogia paulistana, publicados entre 1903-05, ganharam uma 2ª edição em 2002, revisada e aumentada sob a coordenação de Marta Amato, em formato eletrônico (CD-Rom). 19 JETTE, René e CHARBONNEAU, Hubret, Généalogies descendantes et analyses démographiques, in Annales de Démographie Historique, Société de Démographie Historique, Paris, École des Hautes Études en Sciencses Sociales, 1984, p. 46. 9 A obra de Silva Leme, permite seguir indivíduos e famílias nos seus eventuais “périplos migratórios”.20 E acompanhar esses “périplos migratórios” significa acompanhar processos de povoamento, de ocupação do território. É preciso sublinhar que estamos tratando de uma região povoada a partir de 1532, que até a terceira década do século XVIII já tinha 23 vilas consolidadas e seus distritos (11 no litoral e 12 no interior) estabelecendo uma longa faixa de ocupação que se estendia pelo litoral e o interior desde os limites da então Capitania do Rio de Janeiro até a baía de Paranaguá, no atual Estado do Paraná e, desde aí, pelo litoral, até os limites com o atual Estado do Rio Grande do Sul. Na faixa ocupada, o ponto mais afastado do litoral era a vila de Itu, a cerca de 174 km de distância do porto de Santos. A Genealogia Paulistana permite, desde já, ainda que falte uma base empírica suficiente, a colocação de questões a serem pensadas e desenvolvidas num vasto projeto de estudos, a ser paulatinamente implantado, baseado na constituição de “genealogias sociais”: um projeto de “demografia de povoamento”. A largueza de dados de ordem demográfica que apresenta, envolvendo alguns milhares de indivíduos, ao longo de c. de 370 anos (1532-1902), partindo de 52 troncos fundantes), insinuam situações relativas à estratégias matrimoniais, herança, acesso à propriedade agrária, reprodução de hierarquias sociais, constituição de quadros das elites, fluxos migratórios internos (regional e intercolonial) e externos (transoceânicos) etc. etc A Genealogia Paulistana é apenas um estudos das elites? Creio que não, ainda que se desenvolva a partir dos 52 títulos de famílias (apelidos/sobrenomes), os denominados troncos-fundadores dos quais saíram aqueles que configuraram a “nobreza da terra”; ainda que deixe de fora ramificações deles e muitos outros “troncos”, e mais as populações escravas, nativas ou afro-negras e os bastardos despossuídos que povoaram a terra: o evolver dessas 52 famílias no espaço e no tempo histórico e social, aponta, para além da mobilidade delas no espaço, para situações diferenciadas na hierarquia social e nas relações de poder do que vem sendo chamado de “antigo regime”. Lacunas? Muitas. Mas que uma metodologia de tratamento demográfico deverá corrigir, explorando a partir dessa base, as possibilidades que se abrem. Como as fontes desses movimentos populacionais no espaço não são apenas internas, regionais em sua maior parte, mas também externas, reinóis, esse projeto de “demografia de 20 BIDEAU, A. e POULAIN, M., op. cit., p. 55. 10 povoamento”, trabalhando inicialmente a partir da “base de dados” fornecida pela Genealogia Paulistana, terá que sempre levar em consideração os fenômenos migratórios de longa distância, ou seja, as transladações de gentes do Reino (renóis) para as “partes” do Brasil. Mais ainda. Tal projeto pode integrar-se a um projeto maior, de Fluxos de Populações Portugal-Brasil, pensando nos fluxos migratórios continuados entre Portugal e Brasil, menor no que se refere aos “retornados”, entre os séculos XVI e princípios do XIX, período em que politicamente o Brasil esteve submetido àquele país europeu, fluxos que praticamente não tiveram solução de continuidade, já como imigração depois da independência, em 1822, de portugueses para cá. Entre o início dos anos de 1880 e os anos de 1930, assistiu-se a uma imigração em massa de portugueses para o Brasil. A origem reinól/portuguesa dos colonos de São Paulo, seus destinos aqui, bem como os fluxos migratórios Reino-Colônia são perceptíveis na Genealogia Paulistana, apesar do percentual bem significativo de nomes a quem o autor atribuiu simplesmente “Portugal” como origem. Secularmente predominam as proveniências de freguesias e vilas do Norte português, compreendendo as regiões durienses e minhotas. Nos séculos XVII e XVIII a expressivas levas saídas da zona de Lisboa e das ilhas de Açores e Madeira (o fluxo de ilhéus é maior no XVIII). Não faltam, entre os colonos de S. Paulo, vários transmontanos e beiraltenses e, em número inferior, adventícios da zona central (Coimbra, Aveiro, Leiria), do Alentejo e do Algarves. A vantagem do esforço empreendido pelo genealogista Silva Leme é, portanto, de que, estabelecendo-se a crítica pertinente, seu trabalho já oferece um ponto de partida para intercâmbios com os projetos de pesquisas e estudos de mesma natureza que estão sendo desenvolvidos em Portugal, com suas “bases de dados”. O programa desenvolvido pelo NEPS – Núcleo de Estudos de População e Sociedade, formado junto ao Departamento de História da Universidade do Minho, no Pólo de Azurém, Guimarães, Portugal na última metade da década de 1990, com vistas à estudos globais de agrupamentos sociais a nível local, regional e nacional, tem relações objetivas com a história da nossa formação e com os projetos extensos de estudos de população a serem desenvolvidos aqui. A metodologia adotada pelo NEPS, de “reconstituição de paróquias”, é similar à da constituição de “genealogias sociais”, que vem sendo empreendida na França, utilizando um leque de fontes ampliado, procurando para além dos registros paroquiais, 11 o cruzamento ainda de dados coletados em passaportes, fontes fiscais, livros de registros de mesteres, róis de confessados, atos notariais, testamentos, inventários, etc. A impulsionadora e gestora do projeto, Profª Maria Norberta Amorim, já havia testado a metodologia que denominou de “reconstituição de paróquias” num trabalho que desenvolveu com três paróquias do sul da ilha do Pico, no arquipélago português dos Açores. Construiu uma “base de dados” “em que figura, em encadeamento genealógico, a trajectória de vida de cada residente protagonista de acto vital registrado pelos párocos nos últimos trezentos anos”.21 Acreditando que “a metodologia de reconstituição de paróquias está preparada para facilitar” a construção de uma história social ampla, fundada em relações qualitativas e quantitativas, tem procurado desenvolver um trabalho sistemático que vai pouco a pouco abrangendo todo o norte de Portugal. As genealogias sociais, genealogias descendentes, que o núcleo vem produzindo, paróquia a paróquia, cruzando fontes as mais diversas, para além dos registros paroquiais, possibilitam precisar a posição social das gerações sucessivas e sua evolução, permite análises sócio-demográficas mais finas. Conforme a Profª Norberta Amorim, ao construir as “histórias de vida”, encadeadas genealogicamente, “em enquadramentos geográficos e institucionais definidos”, oferece-se um ponto de interseção de fontes históricas “com diversificada informação de ordem sociológica”.22 De acordo com ela, esses estudos globais, no território, essas “histórias de vida” são possíveis pela “reconstituição de paróquias”, objeto de uma metodologia diferenciada da “reconstituição de famílias”, o que possibilita, segundo ela, não só estudar aqueles fenômenos de base (nupcialidade, fecundidade, mobilidade e mortalidade) como, ao mesmo tempo, “oferece à análise social uma plataforma segura de inserção”.23 Os trabalhos desenvolvidos pela Universidade do Minho, indispensáveis, são, todavia, dificultosos, morosos, exigindo, obviamente, muitas equipes em campo e no trabalho de tabulação e informatização dos dados. Mas assim são todos os projetos com perspectivas amplas e bem estruturados. 21 AMORIM, Maria Norberta, Evolução Demográfica de Três Paróquias do Sul de Pico, 1680-1980, Guimarães, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, 1994, p. 6. 22 AMORIM, Maria Norberta, Demografia histórica: um programa de docência, Universidade do Minho, Instituto de Ciências Sociais, Guimarães, 1995, p. 7. 23 AMORIM, Maria Norberta, Evolução Demográfica de Três Paróquias do Sul de Pico, 1680-1980, p. 14. 12 As “bases de dados” que estão sendo produzidas pela Universidade do Minho, com informações que vão desde o século XVI ao XX, podem, sem dúvida, suprir e articular melhor os dados relativos à gente que se transladou para essa parte da América de colonização portuguesa. É possível que muita gente apareça em documentos das localidades portuguesas com a indicação de que ausentou-se dali, “foi para o Brasil”, “está no Brasil”, “morreu no Brasil”, etc.. Mas, aonde irão se acostar essas informações para comporem trajetórias de migrantes? E quando em Portugal não há documentos onde venha indicado que tal ou qual indivíduo que deixou a sua localidade tenha tomado tal ou qual rumo, como se pode saber do destino americano dele? No Brasil não há bases de dados em elaboração que permitam a identificação/qualificação desses migrantes e imigrantes. Que pontes, afinal, podemos estabelecer com aqueles arquivos demográficos do Minho? Pensando em termos do Brasil-Português, uma genealogia descendente “completa” como a que elaborou Luís Gonzaga da Silva Leme para S. Paulo, pode ser, desde já, um ponto de apoio para se enfrentar, no Brasil, os estudos de demografia antiga que se orientem para os fenômenos de mobilidade geográfica e espacial que, no caso brasileiro, vão contribuir para o entendimento do processo de formação territorial, de povoamento, de estruturação de agregados sócio-econômicos. Doutra parte, cabe investir na constituição de bases de dados sob a forma de encadeamentos genealógicos, estabelecendo “reconstituições de paróquias” ou “genealogias sociais”, como quer Adeline Daumard, que respondam à “questões relativas às estruturas sociais e sua evolução, à formação de diversos ambientes humanos e ás relações sociais”, etc. etc.24 24 DAUMARD, A., op. cit., p. 10. ANPUH – MG Associação Nacional de História Núcleo Minas Gerais O INFORMATIVO N 02/05 - Diretoria da ANPUH-MG (Gestão 2004/2006) – Outubro 2005 XV ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA – NÚCLEO MINAS GERAIS (ANPUH – MG) São João Del Rei, 10 a 15 de julho de 2006 – UFSJ – Campus Santo Antônio Fruto desta proposta, convocamos todos os associados, profissionais da história, alunos e interessados a participarem do Encontro Regional. Esperamos que neste Informativo nº 2, assim como nos seguintes, todos possam encontrar as informações necessárias. Contamos, por fim, com a sua contribuição para a divulgação do evento. APRESENTAÇÃO Com este segundo Informativo, o Núcleo Minas Gerais da Associação Nacional de História (ANPUH-MG) inicia o processo de organização, divulgação e inscrição no próximo Encontro Regional, que se realizará na cidade de São João Del Rei, no período de 10 a 15 de julho de 2006. O Encontro Regional da ANPUH já se consagrou como um dos principais eventos do calendário acadêmico de Minas Gerais, tendo se tornado um espaço privilegiado de intercâmbio entre os profissionais da área e um fórum adequado para a troca de idéias e experiências, parte importante da consolidação da reflexão histórica em Minas Gerais e no Brasil. O XV Encontro Regional de História, ao contrário do que é costume, não terá um tema central. Embora a escolha de temas nos eventos anteriores não excluísse a apresentação de trabalhos, mini-cursos e conferências desvinculados da proposta central, a atual ausência visa explicitar o grande dinamismo que a nossa disciplina tem demonstrado em Minas Gerais. Uma vez que é enorme a variedade de contribuições presentes nos últimos eventos, o que se constata também na vitalidade dos Grupos de Trabalho, a idéia é evidenciar ainda mais o seu caráter de grande reunião periódica. O Encontro Regional, assim como o Simpósio Nacional, se tornou um canal aberto de exposição do “estado da área”, razão pela qual os organizadores optaram por esta formatação. O XV Encontro, sem “tema”, busca evidenciar ainda mais seu lócus gregário, isto é, “espaço privilegiado para pensar coletivamente o estado atual da produção historiográfica em Minas Gerias” (Informativo no 1, novembro 2003), sem dirigismo ou interferência. Este modelo, presente em reuniões de outras áreas (ANPOCS, ANPOLL e ANPEd, por exemplo), não altera as grandes linhas que os últimos encontros regionais apresentaram, e que evidenciam o desenvolvimento da historiografia em Minas Gerais. Novos cursos se consolidam, os programas de pós-graduação crescem, aumenta a produção acadêmica. Por outro lado, constrangimentos aumentam (notadamente na esfera universitária) e velhos problemas permanecem (como no ensino fundamental e médio). O XV Encontro Regional, neste sentido, espera continuar a obra de seus antecessores, como fórum que espelha os novos rumos da pesquisa e da divulgação do conhecimento histórico, bem como permite a discussão dos impasses e das soluções do fazer e do ensinar história no Estado de Minas Gerais e no Brasil. ORGANIZAÇÃO DO XV ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA Seguindo a trilha dos encontros regionais de Belo Horizonte (2002) e de Juiz de Fora (2004), e dos simpósios nacionais de João Pessoa (2003) e de Londrina (2005), manteve-se o modelo dos Simpósios Temáticos e dos Grupos de Trabalho. Há espaço ainda para os mini-cursos, conferências e atividades culturais. Todas estas esferas serão destacadas no Caderno de Resumos, nos Anais, e na Programação do Evento. Nossas atividades estão divididas em três categorias: 1. 2. 3. Atividades Científicas. Reuniões Administrativas. Atividades culturais. 1. ATIVIDADES CIENTÍFICAS As atividades científicas constituem a parte principal do XV Encontro Regional, abarcando questões teórico-metodológicas da pesquisa e do Ensino de História, da formação dos profissionais e regulamentação de suas atividades. Elas se dividem em: 1.1. SIMPÓSIOS TEMÁTICOS COMUNICAÇÕES EM SIMPÓSIOS E Os Simpósios Temáticos são os espaços para apresentação de trabalhos no Encontro, aberto a todos os que queiram apresentar resultados de pesquisas, sócios ou não sócios da ANPUH, e a profissionais de outras áreas. Pretende-se que os simpósios sejam um espaço aberto à exposição de trabalhos inéditos, cujos resultados estejam consolidados ou em via de consolidação. Por outro lado, os simpósios devem se propor a discutir as comunicações. Tanto os Grupos de Trabalho (GTs) quanto os demais pesquisadores podem apresentar propostas de simpósios, devendo almejar um fórum homogêneo de 1 discussões e um público constante para as comunicações de cada Simpósio Temático. O XV Encontro pretende que os GTs presentes em eventos passados mantenham a sua presença, mas também estimula que novas propostas surjam. 1) Propostas de Simpósios: ¾ Cada Simpósio contará com um coordenador, financiado para que possa participar do Encontro integralmente. ¾ As propostas podem ser apresentadas por mais de um coordenador, mas neste caso deve ser definido quem será o responsável principal a receber o financiamento. ¾ As propostas serão enviadas para a Comissão Organizadora e devem conter um resumo do tema proposto para que, no momento oportuno, os demais interessados façam suas inscrições de trabalho em Simpósios com os quais tenham afinidades temáticas, teóricas e/ou metodológicas. ¾ Quando a proposta fizer parte de um Grupos de Trabalho (GTs), o(s) proponente(s) deve(m) assinalá-lo, para que conste nos Anais como atividade do GT. ¾ Inicialmente, podemos trabalhar com um total de 13 Simpósios Temáticos, mas o número pode variar em função da demanda por parte dos pesquisadores. ¾ As propostas de Simpósios Temáticos devem ser enviadas até o dia 16 de dezembro de 2005. ¾ as exposições de modo que cada participante tenha tempo igual de, no mínimo, 20 minutos; b) garantir que em cada sessão haja profissionais em diferentes níveis de carreira (Iniciação Científica, graduados, especialistas, mestres e doutores); c) Haja pelo menos um comentador para os trabalhos apresentados em cada sessão. Apresentar um relatório final das atividades. Observação: Todos os coordenadores poderão contar a qualquer tempo com o auxílio da Comissão Organizadora para a preparação de seu Simpósio. Depois de definidos os Simpósios Temáticos enviaremos as informações complementares para que os Coordenadores possam organizar as sessões. 4) Características das reuniões de trabalho dos simpósios: ¾ Estão garantidas 8 (oito) sessões para os Simpósios Temáticos com duração de 2 horas para cada sessão (conforme a planilha abaixo) ¾ Cada Simpósio poderá contar com no máximo 32 comunicações. No caso de Simpósios com procura maior do que o estipulado, a Comissão Organizadora poderá propor aos Coordenadores o redirecionamento das comunicações. ¾ Outros casos, como Simpósios com poucas inscrições, serão tratados de maneira diferenciada. O objetivo é garantir o funcionamento do Simpósio mesmo que seja necessário redistribuir as atividades. A Comissão Organizadora fará todos os ajustes necessários para que nenhum GT ou pesquisador seja prejudicado. 2) Requisitos para a Proposta de Simpósio: ¾ Ter o título de Doutor e ser professor e/ou pesquisador de uma das instituições de Ensino ou de patrimônio histórico do Estado de Minas Gerais; ¾ Possuir produção científica compatível com o tema proposto para o Simpósio (solicita-se o envio de currículo Lattes); ¾ Ser sócio da ANPUH quite com a anuidade de 2005; ¾ Preencher a Ficha Modelo A (Inscrição de proposta de Simpósio Temático) e enviar todos os documentos ali definidos. ¾ Após a aprovação da proposta, pagar a taxa de Inscrição para o XV Encontro Regional até a data definida em comunicação a ser enviada pela Comissão Organizadora. 5) Comunicações em Simpósios: ¾ Cada participante poderá inscrever um trabalho que deve ser resultado de pesquisa em andamento ou concluída (não serão aceitos projetos e/ou préprojetos de pesquisa). ¾ A comunicação deve estar adequada à proposta temática do Simpósio no qual pretende se inscrever. ¾ A estrutura das comunicações ficará sob a responsabilidade do Coordenador do Simpósio, mas o proponente deve tomar como parâmetro o tempo de 20 minutos para a apresentação de seu trabalho. ¾ Seria adequado que os pesquisadores participassem de todas as sessões de seu Simpósio Temático, garantindo assim o debate e o propósito maior dos Simpósios – envolver os interessados nos mesmos temas e/ou problemas teórico/metodológicos numa reflexão mais ampla e substancial. ¾ Para os Simpósios sobre ensino de história, além de trabalhos de pesquisa, serão aceitos trabalhos referentes a experiências e outras atividades específicas da atuação no magistério 3) Diretrizes para os coordenadores de Simpósio: ¾ Receberão via correio eletrônico e/ou correio comum as comunicações inscritas em seu simpósio temático. ¾ Serão responsáveis por selecionar as comunicações (apresentando um parecer em caso de recusa). ¾ Devem elaborar o cronograma das sessões, adequando-o ao calendário do evento, e enviá-lo para a Comissão Organizadora para que possam constar do Caderno de Resumos, dentro de prazo a ser comunicado. ¾ Recomendamos que os coordenadores sigam os seguintes critérios: a) organizar 2 ¾ ¾ ¾ (desde que adequados ao resumo proposto no Simpósio escolhido). As inscrições de comunicação em Simpósios Temáticos acontecerão apenas depois que os Simpósios estiverem definidos. Em Informativo vindouro apresentaremos a lista de Simpósios e o procedimento de inscrição. A Carta de Aceite será enviada pela Comissão Organizadora até 02 de abril de 2006. Qualquer dúvida ou problema, consulte o nosso sítio na rede mundial de computadores: http://www.anpuhmg.ufsj.edu.br, ou envie uma mensagem para [email protected]. 1.3. MINI-CURSOS O objetivo dos mini-cursos é atender à demanda dos participantes interessados em complementar sua formação. ¾ ¾ ¾ ¾ 1.2. CONFERÊNCIAS ¾ A Comissão Organizadora optou por convidar conferencistas, tendo em vista não só a ausência de um tema condutor, mas também outras considerações. Uma grande parte dos participantes e ouvintes do Encontro Regional é composta de alunos de graduação e de pós-graduação em história, bem como de profissionais de história de fora do universo acadêmico, que não têm muitas oportunidades de contato com os assim chamados “grandes nomes” da historiografia contemporânea brasileira para além de seus textos. Seguindo o escopo de os conferencistas presentes nos últimos encontros, a Comissão Organizadora convidará acadêmicos não só de reconhecida competência, mas que têm tido impacto no desenvolvimento da reflexão histórica, referências em áreas mais específicas e/ou na disciplina como um todo. Outra consideração é a de incluir nomes que não se filiam academicamente à história e/ou que não pertençam ao universo acadêmico, para que tenhamos contato com olhares diferentes do oferecido pelos especialistas. Os nomes considerados são, contudo, aqueles que reconhecidamente adotam uma perspectiva história em suas reflexões. Neste sentido, será levado em conta, particularmente, o aspecto do contraditório. Uma vez que a não adoção de tema se pauta pela abertura mais ampla possível ao debate, não só os conferencistas deverão provir de orientações teórico-metodológicas distintas, mas haverá uma mesa-redonda reunindo historiadores, cientistas sociais e intelectuais que debaterão o tema “Republica e cidadania no Brasil”. A escolha deste tema visa, além de contemplar as considerações acima, conciliar uma outra perspectiva: representar um momento do evento em que historiadores, intelectuais e demais representantes do pensamento social no Brasil dialoguem na perspectiva de um tema que permanece fonte de debates contemporâneos, tanto nas ciências sociais quanto na vida política e cultural do país. Por fim, devido à ocorrência do 19o Inverno Cultural da Universidade Federal de São João Del Rei, o último dia do Encontro Regional coincidirá com a abertura deste evento, pelo que a Comissão Organizadora entende que a última conferência deve ter um apelo a um público mais amplo do que o composto pelos participantes e ouvintes do Encontro. A UFSJ já demonstrou interesse em integrar esta palestra aos eventos do Inverno Cultural. No total teremos 5 (cinco) Conferências (conforme grade abaixo), de 50 minutos cada, seguidos de mais 30 minutos para os debates com a audiência; e uma mesaredonda, de duas horas (mais 30 minutos de participação da platéia). ¾ A princípio podemos contar com 13 minicursos ao longo do evento; Os mini-cursos terão carga horária de 8 (oito) horas/aula, distribuídas em quatro sessões diárias de 2 horas. No caso de curso com dois professores, só será garantido financiamento para um deles (que deve ser definido pelos proponentes). O proponente deverá preencher a Ficha Modelo B: Proposta de Mini-Curso e seguir todos os procedimentos ali definidos. As propostas para mini-cursos também serão avaliadas e selecionadas pela Comissão Científica. As propostas de mini-cursos devem ser enviadas até o dia 03 de março de 2004. Observação: A inscrição para participar dos mini-cursos será feita posteriormente em ficha específica, a ser enviada junto com um informativo. O valor da inscrição em minicurso também será divulgado posteriormente. 1.4. PAINÉIS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Haverá um espaço reservado para a apresentação de painéis de iniciação científica. A Comissão Organizadora garantirá espaço para as exposições. Contudo, o transporte, montagem e desmontagem, bem como a exposição e permanência dos mesmos serão de responsabilidade dos proponentes. Só serão aceitos trabalhos resultantes de pesquisas de Iniciação Científica. Maiores detalhes sobre o espaço, horários e tamanhos dos painéis serão fornecidos posteriormente. ¾ Os proponentes deverão preencher a Ficha Modelo C: Proposta de Painel de Iniciação Científica. 2. REUNIÕES ADMINISTRATIVAS Como já é prática nestes encontros, a ANPUH-MG realizará uma série de reuniões de trabalho sobre assuntos administrativos, divididos em: ¾ Assembléia Geral da ANPUH-MG na qual faremos um balanço da gestão e também tomará posse a nova diretoria, para o biênio 2006-2008. O processo eleitoral será divulgado em breve. ¾ Reuniões administrativas dos GTs. a Comissão ¾ Reuniões Abertas: Organizadora poderá reservar um espaço na programação do evento para a realização de reuniões de entidades que congreguem historiadores ou outros profissionais da história. Para tanto é necessário que os interessados preencham uma ficha, a ser divulgada em informativo e na página da ANPUHMG na internet, na qual apresentem um associado responsável pela Reunião, o resumo da reunião, a indicação de sua 3 ¾ ¾ finalidade e qual entidade ou grupo representa. As reuniões serão programadas e divulgadas durante o Evento. A data limite para tais solicitações é o dia 13 de maio de 2004. R$ 28,00 – Estudante de Graduação R$ 35,00 – Estudante de Pós-Graduação R$ 58,00 – Associado da ANPUH-MG R$ 150,00 – Profissional (não associado da ANPUH-MG) O pagamento da taxa de inscrição para apresentação de trabalhos no XV Encontro Regional de História deve ser efetuado através de depósito bancário na Conta da ANPUH-MG: 3. ATIVIDADES CULTURAIS Durante o XV Encontro Regional de História também acontecerão diversas atividades culturais: exposições, apresentação de peças teatrais, shows, lançamento de livros, etc. O último dia do evento coincidirá 19o Inverno Cultural da Universidade Federal de São João Del Rei, oferecendo atividades que constarão da programação do Encontro. Os proponentes devem: projetos, através de ¾ Apresentar correspondência dirigida à Comissão Organizadora, que serão avaliados e executados conforme as disponibilidades orçamentária e de espaço físico. ¾ A data limite para proposição de atividade cultural é o dia 13 de maio de 2004. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA – NÚCLEO MG Caixa Econômica Federal (banco 104) Agência 0151 Operação 003 Conta: 502754-0 É indispensável enviar, junto com a inscrição, o recibo do depósito bancário (original ou xerox). Do contrário, a inscrição não será aceita. 6. ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: Associação Nacional de História – Núcleo de Minas Gerais (ANPUH –MG) Universidade Federal de São João Del Rei - Decis Praça Dom Helvécio, 74 - Fábricas 36301-160 - São João Del Rei - MG 4. PUBLICAÇÕES E RESUMOS Para facilitar a edição do Caderno de Resumos do XV Encontro Regional de História, os resumos pedidos para todas as atividades deverão ter o seguinte formato: no máximo 20 linhas, espaço simples, letra 11, Arial, gravado em Word for Windows. O formato para a publicação dos Trabalhos finais nos Anais do XV Encontro Regional de História serão estabelecidos posteriormente. Observação importante: Os trabalhos serão divulgados sem serem editados ou revisados. 7. ANUIDADE – ASSOCIADOS DA ANPUH Os proponentes de Simpósios Temáticos devem estar com a anuidade de 2005 paga (o que pode ser feito também pelo depósito bancário no valor de R$ 70,00). Só receberão o Certificado de Participação os sócios que quitarem a sua anuidade de 2006 até 03 de junho de 2006. Para o pagamento das anuidades utilizar a mesma Conta do Simpósio (ver acima). Maiores informações na página da ANPUH-MG na rede mundial de computadores. Lembramos que a partir de 2006 as anuidades sofrerão reajuste, passando a R$ 80,00. Os recibos também devem ser enviados para a Comissão Organizadora. 5. TAXAS DE INSCRIÇÃO Os valores para inscrição em simpósio temático, mini-curso, apresentação de painel de iniciação científica, ou como participante sem apresentação de trabalho são os mesmos: 10. GRADE DE PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR DO XV ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA Horário 08:00 – 10:00 10:00 – 12:00 segunda-feira – 10/07 12:00 – 14:00 14:00 – 16:00 Credenciamento 16:00 – 18:00 Credenciamento 19:00 Conferência de Abertura terça-feira – 11/07 Credenciamento Conferência quarta-feira – 12/07 Mini-cursos Conferência Intervalo Simpósios Temáticos Simpósios Temáticos Intervalo Simpósios Temáticos Mesaredonda quinta-feira – 13/03 Mini-Cursos Reunião dos GTs Intervalo Simpósios Temáticos Simpósios Temáticos sexta-feira – 14/07 Mini-Cursos Assembléia ANPUH-MG Intervalo Simpósios Temáticos Conferência Sábado – 15/07 Mini-Cursos Intervalo Intervalo Simpósios Temáticos Conferência de Encerramento 11. CRONOGRAMA EXECUTIVO DO XV ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA 16/12/2005 13/01/2006 Data limite para o envio de propostas de Simpósios Temáticos Edição do Informativo no 02, com a confirmação e divulgação das propostas de Simpósios Temáticos 4 03/03/2006 02/04/2006 13/05/2006 19/05/2006 01/06/2006 10/07/2006 11/07/2006 15/07/2006 Data limite para inscrições de Comunicações nos Simpósios Temáticos; data limite para o envio de propostas de Mini-Cursos; data limite para inscrições de Painéis de Iniciação Científica Envio das Cartas de Aceite dos trabalhos inscritos Data limite para solicitação de espaço para Reunião Aberta e para Atividades Culturais Data limite para o envio do texto final das Comunicações para a publicação dos Anais do XV Encontro Regional de História. Edição do Informativo no 03, com informações sobre transporte e hospedagem, além da Programação Parcial do Encontro Abertura do XV Encontro Regional de História / ANPUH-MG Data limite para inscrição nos Mini-Cursos e como participante sem apresentação de trabalho Encerramento do XV Encontro Regional de História / ANPUH-MG Informações adicionais e Divulgação de todos os Informativos: Sítio: www.anpuhmg.ufjs.edu.br Correio eletrônico: [email protected] Telefone: (32) 3379-2496 (das 14h às 18h) Comissão Organizadora - Diretoria da ANPUH-MG (2003-2004): Diretor: João Paulo Coelho de Souza Rodrigues (UFSJ) Secretário: Moisés Romanazzi Torres (UFSJ) Tesoureiro: Ivan Andrade Vellasco (UFSJ) Danilo Z. Ferretti (UFSJ) Comissão Científica do XV Encontro Regional de História da ANPUH-MG: Adriana Romeiro (UFMG) Andréa Lisly Gonçalves (UFOP) Cláudia Maria da Graças Chaves (UFV) Marcos Ferreira de Andrade (UNI-BH) Rosângela Patriota (UFU) Silvana Mota Barbosa (UFJF) Silvia Maria Jardim Brügger (UFSJ) Tarcísio Rodrigues Botelho (PUC-MG) 5 XV ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA – NÚCLEO MINAS GERAIS SÃO JOÃO DEL REI, 10 A 15 DE JULHO DE 2006 UFSJ – CAMPUS Santo ANTÔNIO FICHA MODELO A – PROPOSTA DE SIMPÓSIO TEMÁTICO Tema do simpósio:............................................................................................................................................................ ............................................................................................................................................................................. Coordenador Principal do Simpósio:............................................................................................................................................................ Outros Coordenadores (quando houver): ........................................................................................................... ............................................................................................................................................................................. Atividade ligada ao GT (se for o caso): ............................................................................................................... ............................................................................................................................................................................. Instituição:.......................................................................................................................................................... Endereço para correspondência: .................................................................................................................... ............................................................................................................................................................................ ............................................................................................................................................................................. FONE/FAX:........................................................ E-MAIL: ..................................................................................................... AVISOS IMPORTANTES São anexos obrigatórios: 1. Resumo descrevendo O TEMA DO SIMPÓSIO (MÁXIMO DE 20 LINHAS). 2. DISQUETE CONTENDO TODAS AS INFORMAÇÕES ACIMA NO FORMATO: ESPAÇO SIMPLES, GRAVADO EM W ORD FOR W INDOWS. 3. CÓPIA DO COMPROVANTE DE DEPÓSITO BANCÁRIO. 4. CURRÍCULO(S) LATTES DO(S) PROPONENTE(S) . LETRA 11, ARIAL, O PREENCHIMENTO INTEGRAL DESTA FICHA É CONDIÇÃO INDISPENSÁVEL PARA A EFETIVAÇÃO DA INSCRIÇÃO. Enviar para: Associação Nacional de História – Núcleo de Minas Gerais (ANPUH –MG) Universidade Federal de São João Del Rei - Decis Praça Dom Helvécio, 74 - Fábricas 36301-160 - São João Del Rei - MG XV ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA – NÚCLEO MINAS GERAIS SÃO JOÃO DEL REI, 10 A 15 DE JULHO DE 2006 UFSJ – CAMPUS Santo ANTÔNIO FICHA MODELO B – Proposta de Mini-CURSO Título do Curso: ............................................................................................................................................................................. ............................................................................................................................................................................. Proponente Responsável:...................................................................................................................................................... Instituição:.......................................................................................................................................................... Endereço para correspondência:............................................................................................................................................... ............................................................................................................................................................................. Fone/Fax:........................................................ e-mail:.......................................................................................... Outro professor (se for o caso): Nome:.................................................................................................................................................................. Instituição:.......................................................................................................................................................... Endereço para correspondência:................................................................................................................................................. ........................................................................................................................................................................... Fone/Fax:................................................. e-mail:................................................................................................. Se for o caso: Equipamentos necessários para a apresentação: ......................................................................................................................................................................... AVISOS IMPORTANTES São anexos obrigatórios: 1. EMENTA (MÁXIMO 20 LINHAS); BIBLIOGRAFIA; PROGRAMA DO CURSO (MÁXIMO 20 LINHAS); MATERIAL DE APOIO NECESSÁRIO. 2. Disquete contendo todas as informações acima no formato: espaço simples, letra 11, Arial, gravado em Word for Windows. 3. Comprovante de depósito bancário 4. Currículo(s) Lattes do(s) proponente(s). O preenchimento integral desta ficha é condição indispensável para a efetivação da inscrição. Enviar para: Associação Nacional de História – Núcleo de Minas Gerais (ANPUH –MG) Universidade Federal de São João Del Rei - Decis Praça Dom Helvécio, 74 - Fábricas 36301-160 - São João Del Rei - MG XV ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA – NÚCLEO MINAS GERAIS SÃO JOÃO DEL REI, 10 A 15 DE JULHO DE 2006 UFSJ – CAMPUS Santo ANTÔNIO FICHA MODELO C – Painel de Iniciação Científica Título do Projeto/Pesquisa: ............................................................................................................................... ............................................................................................................................................................................ Proponente Responsável:...................................................................................................................................................... Orientador da pesquisa: ...................................................................................................................................... Instituição:.......................................................................................................................................................... Agência financiadora: ......................................................................................................................................... Endereço para correspondência:............................................................................................................................................... ............................................................................................................................................................................. Fone/Fax:........................................................ e-mail:.......................................................................................... AVISOS IMPORTANTES São anexos obrigatórios: 1. Resumo (máximo de 20 linhas) do painel a ser apresentado, com referência ao projeto de Iniciação Científica ao qual se vincula. 2. DISQUETE CONTENDO TODAS AS INFORMAÇÕES ACIMA NO FORMATO: ESPAÇO SIMPLES, LETRA 11, ARIAL, GRAVADO EM W ORD FOR W INDOWS. 3. Currículo Lattes do orientador. 4. Comprovante de depósito bancário O preenchimento integral desta ficha é condição indispensável para a efetivação da inscrição. Enviar para: Associação Nacional de História – Núcleo de Minas Gerais (ANPUH –MG) Universidade Federal de São João Del Rei - Decis Praça Dom Helvécio, 74 - Fábricas 36301-160 - São João Del Rei - MG $V SURIHVVRUDV GRXWRUDV /DQD /DJH GD *DPD /LPD 8(1) &DPSRV GRV *R\WDFD]HV 6HFUHWDULD GH 6HJXUDQoD 3~EOLFD 5- 8)) ODQD ODJH#WHUUD FRP EU H ODQDODJH#LVS UM JRY EU H 0DULD %HDWUL] 1DGHU 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO GR (VStULWR 6DQWR &DPSXV GH *RLDEHLUDV PDU[LV#WHUUD FRP EU FRQYLGDP D SDUWLFLSDU GR 6LPSyVLR 7HPiWLFR ³*rQHUR 9LROrQFLD H 6HJXUDQoD 3~EOLFD´ TXH WHUi OXJDU QR 6HPLQiULR ,QWHUQDFLRQDO )D]HQGR *rQHUR ± *rQHUR H 3UHFRQFHLWRV TXH VHUi UHDOL]DGR GH D GH DJRVWR GH HP )ORULDQySROLV 6DQWD &DWDULQD 7(0È7,&$ ( ,'e,$6 '( ',6&866-2 2 6LPSyVLR 7HPiWLFR *rQHUR 9LROrQFLD H 6HJXUDQoD 3~EOLFD SUHWHQGH UHXQLU WUDEDOKRV TXH WUDWHP GD YLROrQFLD FRQWUD D PXOKHU D SDUWLU GH XPD SHUVSHFWLYD GH JrQHUR DERUGDQGR DVSHFWRV VRFLDLV SVLFROyJLFRV FXOWXUDLV HFRQ{PLFRV H SROtWLFRV +i LQWHUHVVH HVSHFLDO HP DFROKHU WUDEDOKRV TXH LQVLUDP HVVD TXHVWmR QDV iUHDV GD 6HJXUDQoD 3~EOLFD GRV 'LUHLWRV +XPDQRV GD -XVWLoD H GDV 3ROtWLFDV 3~EOLFDV 7DPEpP VHUmR GH LQWHUHVVH DV GLVFXVV}HV VREUH TXHVW}HV WHyULFDV H PHWRGROyJLFDV UHODWLYDV DR WHPD $ YLROrQFLD GH *rQHUR FRQVWLWXL XP JUDYH SUREOHPD QD VRFLHGDGH EUDVLOHLUD DWLQJLQGR XP JUDQGH Q~PHUR GH PXOKHUHV GH WRGDV DV FODVVHV VRFLDLV H IDL[DV HWiULDV $OpP GLVVR DSUHVHQWD XP JUDX SDUWLFXODU GH FRPSOH[LGDGH SRU HQYROYHU HP JUDQGH SDUWH GRV FDVRV UHODo}HV DIHWLYDV H GH GHSHQGrQFLD HFRQ{PLFD HQWUH D YtWLPD H R DJUHVVRU 8PD GDV FRQVHT•rQFLDV GHVVH IDWR p TXH SRU H[LJLU D TXHEUD GH IRUWHV EDUUHLUDV VRFLDLV FXOWXUDLV H SVLFROyJLFDV D GHQ~QFLD GHVVHV GHOLWRV HQWUH RV TXDLV VH GHVWDFDP D YLROrQFLD VH[XDO H D GRPpVWLFD WRUQD VH PXLWR GLItFLO SDUD D PXOKHU R TXH UHVXOWD QD VXD SRXFD YLVLELOLGDGH e UHFRQKHFLGD D IRUWH VXE QRWLILFDomR GD YLROrQFLD FRQWUD D PXOKHU QDV GHOHJDFLDV SROLFLDLV PHVPR QDV HVSHFLDOPHQWH FDSDFLWDGDV SDUD HVVH DWHQGLPHQWR $ VXSHUDomR GHVVD VLWXDomR H[LJH GR SHVTXLVDGRU GLIHUHQWHV FDPLQKRV PHWRGROyJLFRV H R FUX]DPHQWR GH GDGRV TXDOLWDWLYRV H TXDQWLWDWLYRV 3RU RXWUR ODGR FRQVLGHUDQGR TXH D IRUPXODomR H LPSOHPHQWDomR GH SROtWLFDV S~EOLFDV HILFD]HV SDUD R FRPEDWH GD YLROrQFLD GH JrQHUR GHSHQGHP GD DYDOLDomR GH VXD UHDO GLPHQVmR SRGH VH HQWHQGHU D LPSRUWkQFLD IXQGDPHQWDO GDV SHVTXLVDV QHVVH FDPSR $R FRQIHULU PDLRU YLVLELOLGDGH D HVVH WLSR GH YLROrQFLD UHYHODQGR VXD DEUDQJrQFLD H FRPSOH[LGDGH RV SHVTXLVDGRUHV GH LQVWLWXLo}HV DFDGrPLFDV JRYHUQDPHQWDLV RX QmR JRYHUQDPHQWDLV IRUQHFHP VXEVtGLRV SDUD D FRQVFLHQWL]DomR SRU SDUWH GD VRFLHGDGH GD JUDYLGDGH GHVVH SUREOHPD HVWLPXODQGR DVVLP R GHEDWH HP WRUQR GR HVWDEHOHFLPHQWR GH PHGLGDV SDUD FRPEDWr OR 5(68026 '( 75$%$/+26 $V SURSRVWDV GH WUDEDOKRV GHYHUmR VHU DSUHVHQWDGDV QR IRUPXOiULR DEDL[R H HQYLDGDV SRU H PDLO DV FRRUGHQDGRUDV GR 6LPSyVLR 7HPiWLFR HVFROKLGR 2 UHVXPR SUHHQFKLGR QR IRUPXOiULR GHYH FRQWHU QR Pi[LPR SDODYUDV HVSDoR IRQWH 7LPHV 1HZ 5RPDQ WDPDQKR $ GDWD OLPLWH SDUD UHFHELPHQWR GDV SURSRVWDV p GH PDUoR GH 2V WUDEDOKRV VHOHFLRQDGRV H RV WH[WRV ILQDLV TXH VHUmR SXEOLFDGRV QR &' 5RP FRP DV $WDV GR )D]HQGR *rQHUR )250$ '26 75$%$/+26 2V 6LPSyVLRV 7HPiWLFRV IXQFLRQDUmR DR ORQJR GH WRGR R HYHQWR QR SHUtRGR GD WDUGH H SUHWHQGHP SURSLFLDU R HQFRQWUR H GLVFXVVmR GH SHVTXLVDGRUDV GH XP PHVPR WHPD GH PDQHLUD LQWHUGLVFLSOLQDU 'H DFRUGR FRP R HVWDEHOHFLGR SHOD RUJDQL]DomR GR 6HPLQiULR ,QWHUQDFLRQDO )D]HQGR *rQHUR WRGRV RV 6LPSyVLRV 7HPiWLFRV WrP R OLPLWH GH WUDEDOKRV TXH VHUmR DSUHVHQWDGRV GXUDQWH RV WUrV GLDV $ FRRUGHQDomR GDV DSUHVHQWDo}HV VHUi GH UHVSRQVDELOLGDGH GH VXDV RUJDQL]DGRUDV H RV DXWRUHV GLVSRUmR GH PLQXWRV SDUD H[SRU VHXV WUDEDOKRV $VVLP TXH GHILQLGRV RV WUDEDOKRV TXH SDUWLFLSDUmR DV FRRUGHQDGRUDV LQIRUPDUmR VREUH D RUJDQL]DomR GH FDVD VHVVmR GH WUDEDOKR )2508/È5,2 '( $35(6(17$d-2 '( 75$%$/+2 5(6802 $WHQomR 2 IRUPXOiULR GHYH VHU SUHHQFKLGR H HQYLDGR SDUD DV FRRUGHQDGRUDV GR 6LPSyVLR 7HPiWLFR (VFROKLGR 1RPH ,QVWLWXLomR (QGHUHoR FRPSOHWR 7HOHIRQHV H PDLOV 6LPSyVLR 7HPiWLFR 7tWXOR GR 7UDEDOKR 5HVXPR 0i[LPR GH 3DODYUDV &KDYH SDODYUDV 7LPHV 1HZ 5RPDQ HVSDoDPHQWR $SyV R UHFHELPHQWR GR DFHLWH GR VHX WUDEDOKR SURFHGD j VXD LQVFULomR QR HYHQWR DFHVVDQGR D SiJLQD ZHE ZZZ ID]HQGRJHQHUR XIVF EU RX GR H PDLO IJHQHUR#FIK XIVF EU