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Director: José Luís Araújo | N.º 240 | 31 de Janeiro de 2015 | Preço 2,00 Euros
“Prazeres”
da época
w w w. g a z e t a r u r a l . c o m
Sumário
04 Morapesca com a maior edição de
sempre
05 Congresso do Milho debate futuro e
competitividade da agricultura nacional
07 Feira do Fumeiro de Vinhais espera
mais de 50 mil visitantes
09 Mais recente geoparque português
em destaque em Macedo de Cavaleiros
10 Picadeiro D’El Rei recebe Feira do
Fumeiro de Almeida
12 Feira do Queijo de Penalva vai ter mais
qualidade e novidades
13 ExpoSerra 2015 aposta nos produtos
endógenos e no queijo certificado
14 Feira do Queijo de Seia promove os
produtos locais
15 Ancose exporta de Ovinos Serra da
Estrela para Angola
16 Viana recebe feira de produtos ‘100
por cento Alto Minho’
18 Quatro bairros fazem o Carnaval em
Nelas e Canas de Senhorim
21 Exportações de vinhos da Beira Interior
crescem 8,6% em 2014
22 Festa da Amendoeira em Flor em Foz
côa com cartaz de luxo
26 Governo garante mais verbas para
reforçar combate à vespa asiática
29 Projecto quer colocar merujes à mesa
dos portugueses
31 Governo dos Açores defende produtos
lácteos de qualidade
33 Feira do Fumeiro de Montalegre
cumpriu “tradição”
34 Carnaval – Agenda de eventos
36 Sintra recebe exposição Camélias e
Orquídeas
38 “Não há memória de um ano tão fraco
de leite”, diz Carlos Lopes
XIII edição com mais 750 metros quadrados de área expositiva
Morapesca 2015 é a maior edição de sempre
A XIII edição MoraPesca, certame que apresenta
anualmente as mais recentes tecnologias e artigos ligados à
pesca desportiva, vai decorrer de 27 de Fevereiro a 1 de Março
e vai ser a maior de sempre com o aumento da área expositiva
em 750 metros quadrados. O crescimento, em cerca de 25%, da
área coberta da exposição implica 4.150 metros quadrados de
feira, a maior de sempre.
O certame apresenta todo o tipo de materiais e
equipamentos alusivo à pesca desportiva e, pela primeira vez,
aposta-se num espaço destinado à aquisição de todo o tipo de
material de pesca desportiva a preços promocionais.
Iniciativa da Câmara de Mora tem como palco o Pavilhão
Municipal de Exposições do Parque de Feiras local, que albergará
cerca de 40 empresas do sector e respectivas tecnologias
ligadas àquele desporto, mais de 60 marcas em 140 expositores.
O programa oficial inclui provas de pesca nas pistas
de Cabeção e de Mora e a entrega dos prémios anuais da
Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, Associação
Portuguesa de Pesca ao Achigã e da 1ª Associação Regional de
Pesca Desportiva de Rio
A MoraPesca é assim a oportunidade para os pescadores,
e não só, rumarem a este concelho do noroeste alentejano e
provar uma gastronomia ímpar, visitar o Fluviário de Mora e
passear pelo parque do Gameiro, percorrendo o passeio fluvial
ao longo da Ribeira de Raia.
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II edição do “Mês das Migas” em Mora
Mais de cinco mil doses de migas vão ser servidas em
Fevereiro durante a segunda edição do Mês das Migas que vai
decorrer em 12 restaurantes do concelho de Mora. A estimativa
é da autarquia local, face aos números de primeira edição. Com
a participação da totalidade dos restaurantes do concelho, a
iniciativa apresenta os mais variados pratos de migas, que vão
desde as de espargos às de batata, passando pelas de coentros,
de ovas, de enchidos, de couve-flor e migas de tomate, entre
muitas outras.
Com esta segunda edição, a autarquia tem como objectivo
reforçar a projecção de Mora, tornando-o numa referência
através da aposta do melhor que se faz no concelho, neste caso
a gastronomia.
Participam os restaurantes de Brotas, “O Poço”; de Cabeção,
“A Palmeira”, “Os Arcos”, “O Fluviário” e o “Solar da Vila”; da
freguesia de Mora, o “Afonso”, “Morense”, “Quinta do Espanhol”,
“O António” e “Solar dos Lilases”; de Pavia “O Forno” e “Solar de
São Dinis”.
Nos dias 11 e 12 de Fevereiro, no Hotel Altis, em Lisboa
X Congresso do Milho debate futuro
e competitividade da agricultura nacional
“Os novos desafios que se colocam
à agricultura mundial” e “a agricultura de
precisão, enquanto factor de competitividade”
são dois dos temas centrais do X Congresso
Nacional do Milho que reúne em Lisboa,
nos dias 11 e 12 de Fevereiro, cerca de 600
produtores e especialistas do sector agrícola
para debater aquele que é a maior cultura
arvense regadio semeada no nosso país.
Com a participação de representantes
da Food and Agriculture Organization of
the United Nations (FAO), é no Hotel Altis,
em Lisboa, que a ANPROMIS promove mais
uma edição daquele que é já considerado
o principal fórum de discussão em torna da
agricultura de regadio. Luís Campos e Cunha,
ex-Ministro das Finanças, será o responsável
pelo espaço de debate durante o período de
almoço de dia 11, no qual estará em discussão
“o futuro de Portugal e o sistema político”.
O segundo dia deste encontro conta com
a representação do Governo Espanhol que,
através do Secretário Geral do Ministério
da Agricultura Espanhol, Carlos Cabanas
Godino, trará a palco o debate em torno da
“importância da agricultura de regadio no
âmbito da nova Política Agrícola Comum (PAC)
”.
Mais do que debater ideias e trocar
experiências, este é um encontro que
expressa as preocupações de todos aqueles
que se movem no sector de produção de
milho, constituindo assim uma oportunidade
única no panorama agrícola nacional, para
levar um conjunto de oradores nacionais e
estrangeiros a discutir temas tão importantes
como “a volatilidade dos mercados agrícolas:
que politicas a prosseguir” e a “agricultura de
regadio no âmbito da nova política Agrícola
Comum”.
O X Congresso do Milho conta com o
Alto Patrocínio do Presidente da República
Portuguesa, sendo que o encerramento estará
a cargo de Assunção Cristas, Ministra da
Agricultura e do Mar, cuja abordagem centrarse-á nas “novidades sobre as futuras decisões
nacionais no âmbito da nova Política Agrícola
Comum”.
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1947
-
15
20
68
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Diz o gerente da “Fumituela”, situada em Vinhais
“Só com matéria-prima de excelência
se conseguem produtos de altíssima qualidade
Sedeada em Vinhais, a Fumituela é uma empresa de
produção artesanal de enchidos, com uma forte aposta na
matéria-prima da região. “Todo o fumeiro que produzimos é
certificado”, refere o gerente da empresa, destacando o facto
de serem confeccionados com carne de porco bisaro. “Só
com matéria-prima de excelência se conseguem produtos de
altíssima qualidade”, sustenta Jorge Matias.
A qualidade do fumeiro produzido pela Fumituela tem
vindo a ser reconhecida ao longo dos 13 anos de existência da
empresa. “Todos os seis produtos certificados que produzimos
já receberam medalhas de ouro, o que atesta e comprova a
qualidade dos mesmos”, sublinha o empresário. Alheira, chouriça
de carne, salpicão, chouriço de pão, butelo e a chouriça de
sangue com mel, são os produtos certificados da Fumituela, que
produz também chouriça de sangue não certificada.
Quanto ao mercado, Jorge Matias diz que no primeiro
semestre de 2014 “reflectiu-se bastante a crise” e “as vendas
baixaram um pouco, tendo melhorado no segundo semestre”.
“Este ano de 2015 está a começar bem”, refere o empresário.
A empresa, de produção artesanal, tem apostado no
mercado interno para escoamento dos seus enchidos. “Fazemos
alguma exportação, mas pouco significativa”, refere Jorge
Matias, deixando no ar que é uma aposta a reforçar no futuro.
Conhecer
Restaurante “O Artur” em Carviçais continua a ser o “Rei da Posta”
É um dos restaurantes de referência no nordeste
transmontano, que merece uma paragem obrigatória. “O Artur”,
em Carviçais, para lá de Torre de Moncorvo em direcção a
Miranda, é um dos santuários da gastronomia transmontana,
com destaque para Posta Mirandesa ou o cosido com enchidos
da região.
A história de José Artur, o proprietário, agora com 60 anos,
começou em Lisboa. Começou a trabalhar com 14 anos e a
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receber 6 escudos por mês. Depois de passar por algumas casas
em Lisboa, já casado e pai de um filho, deslocou-se a Carviçais
para passar uns dias de férias, quando lhe ligaram de Lisboa, a
dizer que a sua casa tinha sido assaltada.
Nesse momento, resolveu largar a capital e recomeçar a vida
ali mesmo onde se encontrava de férias. Após passar por alguns
projectos, em sociedade, na restauração da região, quando
soube que o espaço onde hoje se situa o restaurante estava
à venda, não hesitou e resolveu iniciar projecto “O Artur”, que
depois foi ampliando.
A reputação do “Artur de Carviçais” é tal que há pessoas
que fazem mais de 200 quilómetros para se deliciarem com as
refeições que o restaurante oferece aos clientes, com natural
destaque para a Posta à Mirandesa, e o famoso cozido, com os
enchidos de Trás-os-Montes.
Antes da construção do IC5, quem se deslocava para
Mogadouro ou Miranda, ou quem vinha dessas terras para
a Guarda, era paragem e referência obrigatória. Todavia,
os hábitos de quem aprecia um bom manjar no “Artur” não
mudaram e mesmo com o IC5 a encurtar distâncias, a maior
parte dos clientes mantêm-se fieis e não se importam de fazer
aquele desvio para se deliciarem com um repasto dos Deuses.
Actualmente, o Artur dispõe também de residencial com
quartos, equipados com ar condicionado, casa de banho privativa
e TV.
De 5 a 8 de Fevereiro
Vinhais espera
mais de 50 mil visitantes na Feira do Fumeiro
O maior evento gastronómico
do norte país vai decorrer de 5 a 8
de Fevereiro, em Vinhais e onde são
aguardados mais de 50 mil visitantes. A
vila transmontana reclama o estatuto
de “Capital do Fumeiro” com a mais
antiga feira do género, que há 35
anos serve de montra de uma aposta
económica com réplicas noutras zonas,
mas que a organização garante “resiste
à concorrência e à crise” com o traço
“distintivo da qualidade”.
“É a mais antiga do país, outras
apareceram, a concorrência notase sempre, mas nós não sofremos
dessa concorrência porque, além da
importância e do dinamismo que a feira
já tem, tem o factor da qualidade destes
produtos que é única”, garante Luís
Fernandes, vice-presidente da Câmara
de Vinhais.
O fumeiro de Vinhais tem Indicação
Geográfica Protegida (IGP) e todo o
processo é controlado, obedecendo
a especificidades que garantem a
genuinidade do produto, desde logo
a carne de porco Bísaro, uma raça
autóctone que estava, há 20 anos, em
vias de extensão “e que se encontra em
expansão actualmente”, como garantiu a
directora da feira, Carla Alves.
Durante os quatro dias da feira
estima-se que sejam vendidas 40
toneladas de produtos, cujo escoamento
parece certo, mesmo tratando-se do
fumeiro mais caro, tendo em conta
que há produtores com clientes que
fazem encomendas de ano para ano e
que alguns chegam ao penúltimo dia
da feira já com tudo vendido. “Aparece
gente disposta a comprar dezenas de
presuntos”, indicou a directora da feira,
frisando que cada unidade tem um
custo médio de 150 euros. Os que têm
mais saída são a linguiça e sobretudo,
o salpicão com um custo de 40 euros
e “há pessoas que levam cinco, seis
quilos”, segundo ainda Carla Alves. “Nós
temos aqui muita gente, uma família
média normal que gasta entre 250 a
300 euros facilmente em fumeiro”,
afiançou. A organização facilita ainda a
conservação, oferecendo a embalagem
em vácuo e outros serviços como o corte
e desossa no caso do presunto.
A organização espera 50 mil visitantes
durante a feira e um retorno de seis
milhões de euros para o concelho e a
região dos 140 mil que o município investe
no certame. Durante os quatro dias
vão marcar presença nos pavilhões do
parque municipal de exposições da vila
do distrito de Bragança, 70 produtores de
fumeiro regional certificado, 90 artesãos e
empresas locais. Acrescem ainda o espaço
gourmet, tasquinhas e restaurantes,
maquinaria agrícola e outros comerciantes
instalados na zona limítrofe, num total de
quase meio milhar de expositores.
Para além da comercialização de
fumeiro, estarão à venda produtos
endógenos da região, artesanato,
produtos gourmet e outras actividades
que integram um programa diversificado,
tais como, espectáculos musicais, arraial,
luta de touros, tasquinhas, restaurantes
que, durante quatro dias, animam quem
passa pela Capital do Fumeiro.
A feira reserva também um colóquio
para informar produtores e agricultores
das novas oportunidades do quadro
comunitário de apoio. Tradicionais são
já também os diversos concursos, entre
os quais se destaca o do melhor salpicão.
Centro Interpretativo
do Porco e do Fumeiro
Dentro de alguns meses, Vinhais vai
inaugurar um Centro Interpretativo do Porco
e do Fumeiro, não só com os produtos locais,
mas também de outras raças e produtos de
outras regiões de Portugal.
O fumeiro tem sido também um motor
do turismo, com a organização da feira
a garantir lotação hoteleira esgotada
durante os dias do certame e uma
procura crescente em outras épocas
do ano, nomeadamente no Parque
Biológico de Vinhais, que recria a fauna
e flora do Parque Natural de Montesinho,
área protegida onde se localiza este
concelho do Nordeste Transmontano.
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Diz Jorge Humberto, da Vifumeiro,
lança desafio à Câmara de Vinhais e à ANCSUB
“Seria interessante realizar
Feira do Fumeiro fora de portas”
A Vifumeiro é uma das empresas que
se tem vindo a destacar na produção de
fumeiro em Vinhais, nomeadamente de
porco de raça bísara. A empresa criada
em 2001 tem vindo a crescer de forma
segura e sustentada, apostando também
na exportação, nomeadamente para o
mercado da saudade.
O gerente da Vifumeiro destaca a
importância da Feira do Fumeiro, como a
mola impulsionadora para os produtores
da região. No entanto, e consolidado que
está o certame no país, Jorge Humberto
diz que “seria interessante realizá-lo fora
de portas”.
Gazeta Rural (GR): Como está o
sector do fumeiro em Vinhais?
Jorge Humberto (JH): A produção
de fumeiro em Vinhais está bem e
recomenda-se. A Vifumeiro nasceu em
2001 e temos vindo a crescer de forma
segura e sustentada.
GR: O que distingue, na sua opinião,
o fumeiro de Vinhais do produzido
noutras regiões?
JH: Na minha opinião, há três
vectores importantes nesta região. A
matéria-prima; o saber-fazer e o clima
são factores essenciais para a qualidade
do fumeiro de Vinhais, embora pense que
ainda não está devidamente reconhecida,
mas para lá caminhamos.
GR: A Vifumeiro aposta na carne de
porco de raça Bísara para a confecção
dos seus produtos?
JH: Exactamente, pois os enchidos
de raça Bísara têm um nicho de mercado
próprio e já definido, uma vez que o
preço destes enchidos é um pouco mais
elevado.
Mas não trabalhamos apenas com a
raça Bísara, em especial porque temos
que ter em conta a viabilidade económica
da empresa. É que a produção de fumeiro
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da raça bísara é sazonal (entre o início e o
fim das geadas), por ter uma cura natural.
GR: Ainda se consegue obter
matéria-prima suficiente na região?
JH: Na produção de fumeiro da raça
Bísara, como se trata de uma actividade
sazonal, não temos dificuldade em
encontrar na região. No entanto, é difícil
para os produtores de raça Bísara manter
porcos de engorda o ano inteiro e, por
isso, começaram também a apostar
no leitão bísaro, que é uma forma de
rentabilizar as explorações.
GR: Quais os enchidos que
destacaria na vossa produção e na
identidade ‘Vinhais’?
JH: Temos a alheira típica de Vinhais,
a chouriça, o salpicão e o butelo, com
carne de porco bísaro certificado. Nestes
produtos, não sentimos quaisquer
dificuldades de escoamento. Em relação
aos presuntos de raça bísara é mais difícil,
uma vez que é um produto que se torna
caro, pois demora mais de dois anos a
curar. Temos também a chouriça doce.
GR: Os produtos confeccionados
com carne de porco de raça bísara são
mais caros. O que é necessário fazer
para justificar o preço ao consumidor?
Apostar na divulgação e marcar a
diferença pela qualidade são opções?
JH: A Associação Nacional de
Criadores de Suínos da Raça Bísara
(ANCSUB) está a fazer um óptimo
trabalho nesse campo. A raça Bísara
esteve quase em extinção, começou
a recuperar-se há cerca de 20 anos.
Julgo que se está a fazer um trabalho
sustentado na recuperação da raça e é
uma aposta ganha.
GR: Vê, com alguma expectativa, o
aparecimento de novos criadores?
JH: O novo quadro comunitário de
apoio pode e deve ser aproveitado nesta
vertente. A maior parte de produtores
desta raça são pessoas já com
alguma idade. Julgo que seria uma boa
oportunidade para jovens agricultores e
pode ser uma mais-valia.
GR: A Vifumeiro tem apostado na
exportação?
JH: Temos apostado nalguns nichos
de mercado no chamado mercado da
saudade, em países como a França,
Luxemburgo e Alemanha). Trabalhamos
também com uma empresa que exporta
para Angola e Moçambique.
GR: Como olha para a Feira do
Fumeiro de Vinhais?
JH: A Feira de Fumeiro foi o que
mais contribuiu para a divulgação da
raça bísara. Sem o apoio da Câmara,
seria muito difícil fazer esta feira. Julgo
que toda a gente ganha com o evento.
A Câmara, a Vila, os produtores de
fumeiros, os criadores de raça bísara e
todo o mercado local. É uma mais-valia.
Seria muito interessante que a Câmara e
a ANCSUB um dia realizarem esta Feira
fora de portas. Por exemplo em Espanha
ou em França.
Em Macedo de Cavaleiros até 1 de Fevereiro
Mais recente geoparque português
em destaque na Feira da Caça e Turismo
A integração de Macedo de Cavaleiros, no Nordeste
Transmontano, na rede mundial de geoparques foi o destaque
da edição deste ano da Feira da Caça e Turismo, que mostrou e
debateu a importância da classificação para economia regional.
O certame, que conta 19 anos, começou a 29 de Janeiro e
termina e 1 de Fevereiro e o turismo ganhou este ano “um maior
destaque por ser a primeira feira depois da integração do Geopark
Terras de Cavaleiros nas redes europeia e global da UNESCO”,
organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
A autarquia local divulgou que o certame, que anualmente
atrai cerca de 20 mil visitantes, terá “uma extensa área
dedicada ao sector com a presença da entidade Turismo do
Porto e Norte de Portugal, de diversos municípios, assim como
um espaço dedicado aos quatro geoparques portugueses. Além
de Macedo de Cavaleiros, classificado em Setembro, os outros
três geoparques em território nacional situam-se nas zonas do
Tejo, Larouca e Açores.
A Rede Mundial de Geoparques criada em 2004 pela UNESCO,
em parceria com a União Internacional de Ciências Geológicas, visa
distinguir áreas naturais com elevado valor geológico, nas quais
esteja em prática uma estratégia de desenvolvimento sustentado
baseado na geologia e em outros valores naturais ou humanos.
O território classificado em Macedo de Cavaleiros tem quase
700 quilómetros quadrados e guarda um “singular património
geológico que dá a oportunidade de percorrer milhões de anos
na história da Terra” e tem despertado o interesse de geólogos
de todo o mundo, o chamado Maciço de Morais. Este valor
geológico conjuga-se com “o notável património natural, a sua
identidade cultural, os produtos locais, a rica gastronomia e a
arte de bem receber das suas gentes”.
Para os visitantes da Feira da Caça e Turismo está reservada a
recriação da riqueza natural em causa com um percurso pedestre que
começa no portão principal do Parque Municipal de Exposições.
O certame tem ainda programado um seminário dedicado
aos geoparques como “Novos Territórios de Educação, Ciência
e Cultura do Século XXI -- Estratégias de Desenvolvimento e
Mais-Valias”, bem como um encontro, durante dois dias, dos
geoparques europeus. A feira conta, segundo a autarquia,
com mais 60 expositores que em 2014, totalizando quase duas
centenas, e é uma mostra dos produtos da terra, gastronomia
e potencialidades. Em simultâneo, decorre um encontro de
caçadores de Trás-os-Montes e Alto Douro com montarias ao
javali e outras actividades cinegéticas.
O programa é ainda preenchido com um seminário das confrarias
de produtos da terra, que se propõe debater o papel destas
organizações na divulgação e importância na economia local.
A XIX Feira da Caça e Turismo é uma organização conjunta
da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e Federação
de Caçadores da I Região Cinegética, a que se juntam diversas
entidades e associações. A população mais jovem tem também
um espaço reservado na feira com música ao vivo noite dentro.
Fora do recinto do certame, 14 restaurantes do concelho
transmontano vão reservar ementas à base de caça durante
o fim-de-semana alargado, na segunda edição da Rota
Gastronómica do Javali.
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De 13 a 15 de Fevereiro
Picadeiro D’El Rei
recebe Feira do Fumeiro de Almeida
A Feira não sofrerá grandes
novidades em relação a edições
anteriores. A presidente da Junta
de Almeida refere as dificuldades
orçamentais para promover um certame
que contará com mais de três dezenas
de expositores.
O Picadeiro D’El Rei, em Almeida, volta
a ser o palco de mais uma edição da Feira
do Fumeiro, organizada pela Junta de
Freguesia de Almeida. O evento, que vai
na décima nona edição, será uma mostra
do melhor enchido produzido naquela
região raiana, bem como artesanato e
outros produtos locais, como a bola de
carne, os doces e o pão tradicional.
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Gazeta Rural (GR): Há novidades
na edição deste ano da Feira do
Fumeiro?
Fátima Gomes (FG): Não. Vai ser
como em edições anteriores, como
muita animação variada, barraquinhas
de fumeiro e artesanato. O orçamento
para a feira não dá para mais. Quanto
a expositores, teremos mais de três
dezenas de stands ocupados.
GR: O local de realização da feira é,
por si só, um motivo de atracção?
FG: Há muitos motivos para vir
à Feira, desde logo a qualidade dos
produtos que temos para oferecer. Para
além disso, temos um local fantástico,
uma terra acolhedora que devem visitar.
Outra das razões, e porque há uma
tradição que se mantem há uns anos
nesta feira, é que é o ponto de encontro
e de convívio de muita gente.
GR: Houve aumento de produtores
de fumeiro na zona de Almeida?
FG: Há bastantes produtores, só que
são pessoas que trabalham em casa e
têm medo de vir expor os enchidos que
produzem. O fumeiro não é certificado, o
que não dizer que não tenha qualidade,
mas têm algum receio. Mas, ainda assim,
temos produtores de fumeiro da região
certificados na feira
GR: O setor primário está em
evolução na região?
FG: Na região as pessoas vivem da
agricultura. São pequenos agricultores
que produzem para auto-sustento. Por
exemplo, nesta região ainda há o hábito
de criar o porco e fazer a matança
tradicional, cumprindo as normas
impostas, fazendo enchido para casa de
forma tradicional.
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Certame vai na XXIV edição
Feira do Queijo
vai ter mais qualidade e novidades
No dia 1 de Fevereiro são esperadas
em Penalva do Castelo cerca de 7
mil pessoas para a XXIV Feira/Festa
do Pastor e do Queijo, que terá lugar
na Praça Magalhães Coutinho, mas
com um novo figurino. A inauguração
será feita pelo secretário de Estado
da Alimentação e da Investigação
Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito. De
acordo com o presidente da Câmara,
Francisco Carvalho, a tenda este ano
será maior e terá mais condições.
Gazeta Rural (GR): Que novidades
tem a feira deste ano?
Francisco Carvalho (FC): O ano
passado a feira foi um sucesso, daí
o aumento da procura por parte dos
expositores. Por via disso, tivemos
necessidade de aumentar o espaço
de exposição de 600, o ano passado,
para 900 metros quadrados, passando
de 13 para 22 stands, com cerca de 60
expositores.
Teremos também um palco dentro
do espaço de exposição, onde os grupos
locais de música tradicional vão passar.
Depois, haverá a prova do queijo nos
mesmos moldes. A outra novidade é
que a feira passa para o domingo, por
imposição da estação televisiva que vai
estar no evento.
GR: Houve alguma alteração no
número de produtores no concelho?
FC: Não. Mantem-se estável. No
entanto, há pastores que estão a
comercializar o leite para empresas
locais. Quer dizer que, eventualmente,
diminui o número de produtores mas
aumenta a produção de queijo.
GR: Como está o sector, em geral?
FC: Está sensivelmente igual. Não
houve grandes melhorias, mas também
não piorou. Na comercialização o
escoamento do produto está garantido.
O queijo de Penalva do Castelo está
todo vendido, o que nos dá alguma
tranquilidade relativamente àquilo que
pensamos fazer na zona empresarial.
GR: A autarquia é o ‘motor’ que
puxa pelos produtos do concelho?
FC:
Claramente.
Promovemos
o queijo mais que nunca através de
workshops e feiras. O ano passado
patrocinamos o “Queijo à Chef” no Hotel
Charme da Casa da Ínsua, evento que
este ano se vai repetir. Fizemos uma Feira
do Vinho, em Agosto, numa altura de
grande afluxo de visitantes, grande parte
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emigrantes, onde promovemos também
o queijo. O mesmo aconteceu na Feira da
Maçã Bravo Esmolfe.
Além de tudo isto, se os nossos
produtores de queijo pretenderem estar
presentes nalguma feira de âmbito
nacional, a câmara também patrocina,
à semelhança do que fez com os
produtores de vinho, patrocinando
a sua presença na Feira Nacional da
Agricultura, em Santarém.
Penso que tudo isto vai surtir efeito
e a construção da Casa do Agricultor,
na zona empresarial, que já foi dotada
este ano com uma verba de 250 mil
euros para o seu arranque, pode ajudar
ainda mais. Esperamos que os fundos
comunitários também comparticipem
essa construção.
Vamos ali colocar uma queijaria
municipal, uma câmara frigorífica para
dar frio à maçã Bravo de Esmolfe e
também a casa dos enchidos, uma
vez que também temos produtores no
concelho.
Naturalmente que não queremos
que os produtores das freguesias
mais distantes ali vão fazer o queijo
diariamente. O que pretendemos é darlhes condições para que apresentem
no mercado produto certificado, por
exemplo, fazendo-o uma vez por semana
na queijaria municipal.
De 13 a 17 de Fevereiro, em Gouveia
ExpoSerra 2015 aposta nos produtos
endógenos e no queijo certificado
Feira do queijo com cinco produtores certificados
A ExpoSerra regressa ao calendário de feiras em Gouveia.
Considerada um dos maiores eventos de negócios da região, a
Exposerra, promovida pelo Município de Gouveia, tem lugar de
13 a 17 de Fevereiro e inclui no programa a Feira Regional do
Queijo da Serra da Estrela, o Carnaval da Serra e muitas outras
actividades.
O evento, que acontece no Pavilhão da ex Bellino e
Bellino, tem o objectivo de vender e expor marcas e produtos,
promovendo o tecido empresarial do concelho, mas também
oferecer aos visitantes uma mais alargada oferta cultural.
Aposta nos produtos endógenos
A ExpoSerra terá, em termos organizativos, “o modelo
idêntico ao que fizemos há dois anos”, afirmou o presidente da
Câmara à Gazeta Rural. “A nossa prioridade é dedicar tempo
e espaço aos produtos endógenos, em primeiro lugar do
concelho, e, em segundo, de concelhos limítrofes”, afirmou Luís
Manuel Marques, sublinhando que “é uma feira com sectores
variados”.
A gastronomia do concelho estará em destaque, nos
três restaurantes presentes no recinto, para além de muita
animação, tendo como cabeça de cartaz o cantor Luís
Filipe Reis, que actuará na noite de sábado. Do programa da
ExpoSerra, referência para o programa de segunda-feira, com
a noite de carnaval, e para a tarde de terça-feira, dedicada às
crianças, que contará com a presença de Maria da Graça, uma
das referências nesta área.
Incluída no programa da Exposerra, terá lugar no domingo
a Feira Regional do Queijo da Serra da Estrela, que este ano
terá como novidade a presença de cinco produtores de queijo
certificado. “Aumentámos, de um para cinco, o número de
produtores de queijo certificado”, destaca o autarca de Gouveia.
Luís Manuel Marques diz que esta “é uma evolução” e “é
nesse caminho que queremos prosseguir”, referindo que “foi
um trabalho complicado, pela necessidade de convencer as
pessoas das vantagens da certificação”. O autarca acredita
que o processo “vai correr bem”, sublinhando que este “é um
investimento da Câmara, que paga as despesas da certificação,
uma vez que os produtores não terão qualquer custo”. O
importante, refere o edil de Gouveia, é que “os produtores
produzam bem e com qualidade”.
O presidente da Câmara de Gouveia destaca um sexto
produtor, a Madre D’Água, que vai arrancar com a produção
de queijo, numa das mais modernas queijarias da região. “É um
empreendimento turístico que tem várias valências, como a
produção de vinhos, frutas, e que fez uma aposta muito séria na
produção de queijo Serra da Estrela, com rebanho próprio de
ovelhas Bordaleira Serra da Estrela”, refere o autarca.
O autarca de Gouveia destaca, ainda, a vantagem da aposta
num produto certificado, “que pode abraçar outros mercados”,
e, por outro lado, “mostrar aos mais novos que é possível fazer
vida e ganhar dinheiro no sector agrícola”. É que, acrescenta, “há
alguns exemplos de jovens que estão a despontar no sector”,
que espera “sejam os sucessores dos seus antepassados”. O
edil espera que, como o novo quadro comunitário, “possa haver
novidades para o sector agrícola, para que possamos cativar
mais jovens”.
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Certame realiza-se nos dias 14 e 15 de Fevereiro no Mercado Municipal
Feira do Queijo de Seia
promove os produtos locais
A Câmara de Seia realiza no fim-de-semana do Carnaval, nos
dias 14 e 15 de Fevereiro, mais uma edição da Feira do Queijo, uma
festa dedicada à promoção do queijo e dos produtos endógenos
do concelho.
O certame, à semelhança do que é habitual, vai ter lugar no
Mercado Municipal e área envolvente. O mercado do queijo e dos
produtos endógenos voltará a assumir o núcleo central da feira,
tendo para o efeito a autarquia endereçado convite a todos os
produtores de queijo (pastores, queijarias tradicionais, queijo
DOP e fábricas) e de produtos regionais de reconhecido valor,
como o pão, o vinho do Dão, os enchidos, a lã e o mel, este último
através da Associação de Apicultores da Serra da Estrela.
A Ancose - Associação Nacional de Criadores de Ovinos da
Serra da Estrela, a Licrase e a Confraria do Cão Serra da Estrela
são outros dos parceiros do evento, naquela que será uma
recriação de uma quinta do pastor, onde não faltarão outros
animais da quinta e os produtos da terra.
Paralelamente e, como não poderia deixar de ser, o
artesanato também será um sector com forte presença no
espaço da feira, cujas inscrições estão a ser articuladas com a
Associação de Artesãos da Serra da Estrela. A animação também
será uma importante componente da Festa, que será promovida
em estreita colaboração com as bandas filarmónicas, ranchos
folclóricos e outros grupos de música tradicional.
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“Um marco”, considera a Associação
Ancose exportou
ovinos Serra da Estrela para Angola
A Associação Nacional de Criadores
de Ovinos Serra da Estrela (Ancose)
exportou para Angola reprodutores
‘Serra da Estrela’ para Angola, mais
precisamente para a província do
Lubango.
“Este é mais um marco histórico para
esta Associação, bem como para a raça
Serra da Estrela, indo de encontro a mais
uma linha de trabalho que esperamos a
curto prazo ser uma aposta ganha”, refere
a Ancose em comunicado, destacando
também o “marco histórico também para
a TAP que pela primeira vez assegurou o
transporte de ovinos a partir de Portugal”.
“Queremos também realçar o empenho
e dedicação dos nossos criadores na
preservação e melhoramento desta raça,
permitindo assim dar passos firmes no
sentido da sua internacionalização”,
refere o comunicado.
A Ancose é uma organização de
ovinicultores, criada em Novembro
de 1981 e representa os interesses
dos seus 4000 associados em vários
fóruns nacionais e internacionais. Esta
Associação tem defendido a preservação
da raça autóctone Serra da Estrela, o seu
melhoramento e selecção, bem como a
sua expansão ao longo dos seus 33 anos
de existência.
À Gazeta Rural, o presidente da
Ancose, afirmou que isto é fruto do
trabalho que a Associação tem vindo a
fazer ao longo do tempo, lamentando,
contudo, que no que toca o queijo Serra
da Estrela, “ainda se venda gato por
lebre”.
Gazeta Rural (GR): Como surgiu
esta oportunidade?
Manuel Marques (MM): É o fruto do
trabalho que a Ancose tem vindo a fazer
ao longo do tempo, designadamente no
melhoramento animal da raça Bordaleira
Serra da Estrela, o que se traduz uma
mais-valia para os criadores. Espero que
Angola, e outros países, possam continuar
na senda desta aquisição, para, dessa
forma, valorizarmos as crias das ovelhas
dos nossos associados.
GR: Que importância tem para a
Associação?
MM:
Tem, naturalmente, uma
importância muito grande. A Ancose está
a ser reconhecida, não só em Portugal,
mas também lá fora, nomeadamente em
França e em Angola, pelo trabalho que
tem vindo a fazer.
A Ancose está a sair do seu casulo
e está a transformar-se e a atingir
uma dimensão bastante grande. Tudo
isto é bom para nós dirigentes, mas
especialmente para os nossos associados,
que é para quem trabalhamos.
cada vez mais apurada. Já foi no meu
mandato que conseguimos licenciar
o Centro de Testagem de Pequenos
Ruminantes, onde se reproduzem
sémenes para a inseminação artificial
das ovelhas, o que permite uma selecção
da raça, cada vez mais pura e genuína. É
uma mais-valia para os pastores e para a
região.
Só existe um problema, onde, penso,
não estamos a ser entendidos. É que,
infelizmente, não se está a usar o leite
das ovelhas Bordaleira e da Churra
Mondegueira no fabrico directo do queijo
Serra da Estrela. Isto é que me dói e me
causa alguns problemas, mas acredito
que vamos conseguir ultrapassar esta
questão, para valorizarmos cada vez mais
a raça e o queijo Serra da Estrela, que é um
produto genuíno e considerada uma das
7 Maravilhas da gastronomia portuguesa.
Todavia, preocupa-me, porque muitas
vezes vende-se gato por lebre. Há muita
gente que ainda não consegue distinguir
queijo Serra da Estrela de queijo de
ovelha. Infelizmente as autoridades não
têm sido céleres nessa prevenção.
GR: Este passo não significa que se
esteja a desvirtuar a raça?
MM: De forma alguma. A raça está
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Certame vai ocorrer na Primavera
Viana recebe
feira de produtos ‘100 por cento Alto Minho’
O melhor da produção de cada um dos dez concelhos
do distrito de Viana do Castelo vai ser dado a conhecer, na
Primavera, na primeira feira/mostra de produtos ‘100 por cento
Alto Minho’.
Segundo o presidente do Conselho Empresarial dos Vales
do Lima e Minho (CEVAL), Luís Ceia, o certame vai decorrer no
Centro Cultural de Viana do Castelo, e deverá reunir mais de 100
produtores e artesãos locais. “A ideia é termos representados na
feira dez produtores e artesãos de cada um dos dez municípios
do distrito de Viana do Castelo”, explicou, sublinhando que a
organização será repartida com a Comunidade Intermunicipal
(CIM) do Alto Minho que candidatou o certame a fundos do
Programa Operacional Regional do Norte (ON2).
“O objectivo é estimular os consumidores locais a consumir
esse tipo de produtos, sempre na perspectiva que estamos a
gerar riqueza local, estamos a utilizar matérias-primas locais e
estamos também a fazer uma coisa muito importante. A pagar
impostos com o dinheiro que ganhamos aqui na região”, disse
Luís Ceia.
A marca ‘100 por cento Alto Minho’ foi lançada pelo CEVAL
em 2012, com o apoio da CIM do Alto Minho, e da Comissão de
Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), para valorização
dos recursos e potencialidades endógenas da região. Nesta
altura, já inclui mais de uma centena de empresas aderentes,
nos sectores agro-alimentar, artesanato e comércio tradicional.
Com duas tonalidades, azul e verde, o selo ‘100 por Alto Minho’,
“pretende ser um passaporte de divulgação do património
histórico, dos recursos naturais e, do que melhor se produz
nos dez concelhos da região”. O programa da primeira edição
desta feira, que deverá decorrer durante três dias, incluirá
também sessões de trabalho e workshops. “O que se pretende
é conciliar a feira propriamente dita com a discussão de temas
importantes para o sector no sentido de aperfeiçoar a forma de
comercialização destes produtos”, explicou Luís Ceia.
Nos dias 25, 26 e 27 de Fevereiro
Abrantes recebe Encontro Ibérico do Azeite
Numa iniciativa da Câmara de Abrantes
e da Associação Centro Comercial Ar Livre,
vai decorrer no centro histórico daquela
cidade o Encontro Ibérico do Azeite a
realizar nos dias 25, 26 e 27 de Fevereiro.
A iniciativa pretende debater o
sector através da mobilização de
agentes económicos a ele associados,
nomeadamente agricultores, olivicultores
e produtores de azeite, entre outros, de
Portugal e de Espanha e o estabelecimento
de
parcerias
que
potenciem
o
desenvolvimento desta fileira no espaço
Ibérico. Ao mesmo tempo, pretende afirmar
Abrantes como a capital do azeite.
O Encontro Ibérico do Azeite incluirá
duas iniciativas relevantes para o sector.
O Simpósio Técnico, que se realizará no
Cineteatro S. Pedro, nos dias 25 e 26, será
um espaço de debate que contará com
a presença de oradores portugueses e
espanhóis. Por sua vez o Fórum do Azeite,
aberto ao público em geral, realiza-se no
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centro histórico (instalações da antiga
rodoviária), de 25 a 27 de Fevereiro, e
aglutinará um conjunto de iniciativas sobre
a temática do azeite nas suas diferentes
dimensões. Apresentará uma exposição
interactiva sobre o processo de fabrico;
outra sobre as marcas da cultura do azeite
no concelho de Abrantes; uma loja de
produtos regionais; um espaço de provas
de receitas; venda de produtos cosméticos
elaborados com azeite e um espaço de
olivoterapia (massagens com azeite).
Neste espaço decorrerão ainda vários
workshops que abordarão temas como a
análise sensorial do azeite e produção de
sabão com azeite usado, entre outros.
A organização do Encontro tem
subjacente uma Comissão Organizadora,
na qual se encontram representados
diversos agentes governamentais e não
governamentais que intervêm na fileira do
azeite em Portugal.
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Câmara Municipal patrocina associações do concelho
Quatro bairros fazem
o Carnaval em Nelas e Canas de Senhorim
O concelho de Nelas prepara-se
para atrair milhares de visitantes por
altura do Carnaval. No concelho quatro
bairros promovem corsos que sairão à
rua no domingo gordo e terça-feira de
Carnaval. Em Nelas, o Bairro da Igreja e o
Cimo do Povo vão invadir as ruas da vila,
num cortejo onde predominam os tons
alegres do carnaval ‘vindo’ do outro lado
do Atlântico. Por sua vez em Canas de
Senhorim, são as associações do Paço e
do Rossio a ‘digladiarem-se’ pelas ruas,
num corso mais genuíno e tradicional.
Este ano a Câmara de Nelas, que se
associa às associações que organizam
os corsos, apostou na promoção do
Carnaval de forma mais abrangente,
divulgando num site todas as actividades
carnavalescas que têm lugar no
concelho. O vice-presidente da Câmara
de Nelas salienta o carácter “distintivo”
dos dois carnavais, que “pode potenciar
uma maior atractividade”. Alexandre
Borges adiantou que foi elaborado um
plano integrado com as corporações de
bombeiros do concelho “para dar maior
segurança a quem participa no Carnaval
e a quem nos visita”.
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Gazeta Rural (GR): Em termos de
Carnaval, o concelho oferece opções
diferentes?
Alexandre Borges (AB): Temos dois
carnavais distintos. Um mais tradicional
e com raízes no passado, em Canas, e
o outro, em Nelas, mais de inspiração
brasileira.
O que tentamos fazer, enquanto
município, é promover de forma igual
ambos os Carnavais, mas tentando
acentuar as diferenças, que podem
potenciar um maior número de visitantes,
para além de, quem nos visita, poder
conhecer as duas realidades e ver as
diferenças.
Agora, a Câmara não é, efectivamente,
a entidade organizadora do Carnaval.
Simplesmente nos associamos a cada
um dos bairros que promovem os corsos,
em Canas de Senhorim o Paço e o Rossio
e em Nelas o Cimo do Povo e Bairro da
Igreja.
Em Nelas há uma relação mais
próxima entre os bairros, o que permite
uma melhor organização e uma
preocupação maior com quem nos visita.
Em Canas essa relação é diferente, fruto
de uma rivalidade existente há muitos
anos, que às vezes se torna mais difícil,
mas acaba por marcar a diferença, pela
positiva.
No concelho vamos ter actividades
carnavalescas, ou ligadas ao Carnaval,
desde sexta-feira, dia 13, até quartafeira, dia 18, com a Queima do Entrudo.
GR: Mas, haverá novidades este
ano?
AB: Não há grandes novidades. A
novidade, se assim se pode chamar, é
a forma de comunicar este Carnaval,
tentando integrar todas as actividades
que se fazem pelo concelho, por
exemplo nas unidades hoteleiras. Vamos
tentar colocar tudo num site, com os
restaurantes, as unidades hoteleiras e
as actividades recreativas e lúdicas que não
são responsabilidade dos Bairros, porque há
concertos, há bares abertos até às 6 horas da
manhã, quer em Canas, quer em Nelas.
Portanto, no fundo, queremos disponibilizar
às pessoas uma informação detalhada para
poderem visitar o concelho e, dessa forma,
atrair mais pessoas, pois temos capacidade
para isso.
Como referi, a diversidade do Carnaval que
temos no concelho pode potenciar uma maior
atractividade, não só em Nelas mas também na
região. Por exemplo, quem vai ao Carnaval em
Cabanas de Viriato pode utilizar as unidades
hoteleiras de Nelas, que têm capacidade e
podem beneficiar dessa situação.
GR: Então as expectativas são boas?
AB: Sim, são boas. O panorama nacional
está a desanuviar, mas obviamente há a
crise. Aliás, tradicionalmente o Carnaval é
uma espécie de catarne para as pessoas
afogarem as mágoas e, por essa via, pode ser
que nos ajude, mostrando o que de melhor
temos no concelho, aproveitando a animação
genuinamente portuguesa que por cá
oferecemos por esta altura.
Estamos a trabalhar em colaboração com
os bombeiros de Nelas e Canas de Senhorim
para elaborarmos um plano para o Carnaval.
Era feito individualmente por cada uma das
corporações e a ideia é ter um plano integrado
para dar maior segurança a quem participa no
carnaval e a quem nos visita.
GR: Os corsos dos bairros saem à rua no
domingo e terça-feira?
AB: Sim. No domingo os corsos circulam
pelas vilas, tanto em Nelas como em Canas
de Senhorim. Em Canas, existe uma tradição,
que é a segunda-feira das Velhas, onde
foliões de cada um dos bairros se mascaram
tradicionalmente de velhas, levam cartazes
digamos a dizer mal um dos outros. É lançar a
provocação aos carros, às fardas e a outras
questões relacionados com o carnaval. Na
terça-feira haverá novamente os desfiles dos
bairros em Nelas e em Canas, que terminam
com a troca de rainhas no largo da Câmara
Municipal.
É bom referir que tudo isto é feito pelas
associações dos Bairros, com recurso a voluntários
que se prontificam a construir um carro, trabalho
que começa em Novembro/Dezembro de cada
ano. Diria que tudo isto envolve, garantidamente,
mais de um milhar de participantes.
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Crescimento foi superior nos espumantes
Certificação de vinhos tranquilos e espumantes
DO Bairrada aumentou 8% em 2014
Dois mil e catorze termina como mais um ano de afirmação
da qualidade dos vinhos e espumantes da Bairrada, tendo-se
registado um crescimento no volume de garrafas certificadas
com Denominação de Origem (DO) Bairrada na ordem dos 8%, o
que corresponde a mais 500.000 unidades se compararmos com
2013. O aumento foi superior nos espumantes, a rondar os 24%,
valor que dista em 20% dos vinhos tranquilos, que registaram um
crescimento na ordem dos 4%.
Para Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola da
Bairrada, “estes são números que têm margem para crescer: por
via dos produtores, que apostam cada vez mais na certificação dos
seus vinhos, revelando o interesse em alavancar a notoriedade da
região Bairrada; mas também pelo facto da procura dos vinhos
desta região estar a aumentar – cá dentro e fora de portas –, o
que se traduz no aumento (e valorização) da produção”.
A Bairrada é hoje uma região dinâmica, com adegas e
viticultura moderna, e onde o clima e as castas (com destaque
para a tradicional Baga) formam o factor diferenciador. Com uma
incrível plasticidade, é uma das poucas regiões do país onde se
fazem espumantes, tintos e brancos com grande consistência
qualitativa; onde as uvas dão origem a vinhos com vários estilos
mas mantendo a identidade regional; e em que as uvas podem
ser vindimadas em diferentes períodos para fazer os vários
vinhos, com as uvas da poda em verde a serem aproveitadas para
espumante.
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João Carvalho foi empossado para mais um mandato à frente da CVRBI
Exportações de vinhos
da Beira Interior crescem 8,6% em 2014
Os Vinhos da Beira Interior terminaram o ano de 2014 com
um aumento das exportações de 8.6% relativamente ao ano
transacto; com mais de 674 000 garrafas de vinho exportado. Os
maiores destaques para os mercados terceiros, vão para o Brasil,
China, Angola e EUA. Na Europa, os mercados da Polónia, França,
Reino Unido foram os mais importantes.
As exportações da Beira Interior representam mais de
20% dos vinhos produzidos na região com DO Beira Interior ou
Indicação Geográfica (IG) Terras da Beira. A presença cada vez
mais constante em eventos promocionais a nível Nacional e
Internacional está a ajudar no aumento das exportações; e o ano
de 2015 não será diferente, pelo que a CVRBI continuará a dar
ênfase aos mercados externos, e internos através de participação
em vários eventos.
A estratégia que a CVR da Beira Interior, tem vindo a
implementar, na internacionalização e na presença em alguns
dos eventos vínicos mais importantes a nível nacional, está
gradualmente a aumentar a notoriedade da região; a par do
aumento de massa crítica na região (50 produtores) que tem
cativado novos agentes económicos deste sector para a região
e que estão a tornar possível aumentar as vendas dos Vinhos da
Beira Interior, numa altura em que a conjuntura económica é difícil.
Entretanto, os novos Corpos Sociais da CVRBI já foram
empossados para um mandato de três anos. João Carvalho
continua na presidência, tendo como vogais José Almeida Garrett
e João Guerra.
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Em Vila Nova de Foz Côa,
de 20 de Fevereiro e 8 de Março
Festa da Amendoeira em Flor
com cartaz de luxo
Rita, Guerra, Bandalusa e Mikael
Carreira são os cabeças de cartaz do
programa da XXXIV Festa da Amendoeira
em Flor e dos Patrimónios Mundiais,
que decorrerá de 20 de Fevereiro e 8 de
Março, em Vila Nova de Foz Côa. Este
ano a Capital da Amendoeira em Flor
preparou as festividades de modo a
oferecer aos visitantes a possibilidade
de assistirem a um leque de actividades
únicas e de presença obrigatória.
Na edição deste ano, para além do
Desfile Etnográfico que irá embelezar
as ruas da cidade no dia 8 de Março,
destaque para a presença de Rita Guerra,
a 21 de Fevereiro; Bandalusa, a 28 de
Fevereiro; Fiarresgas e Mata Ratos, a 7
de Março, encerrando as festividades
com chave de ouro com Mickael Carreira,
no dia 8 de Março. A abertura oficial
ocorrerá a 20 de Fevereiro, com “Fado
Fozcoense” no Centro Cultural.
Do programa destaque ainda para o
concurso “Doce de Amêndoa de Foz Côa”,
e os fins-de-semana gastronómicos, “ao
rebusco da amêndoa”, nos restaurantes
aderentes serão também pontos altos
deste certame.
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Em conversa com a Gazeta Rural,
o vice-presidente da Câmara de Foz
Côa diz que o programa é “bastante
preenchido e diversificado”, tendo
elevadas expectativas para os festejos.
João Paulo Sousa destaca a aposta que
está a ser feita no vinho e no azeite,
esperando que o sector da amêndoa
possa inverter a tendência de queda dos
últimos anos e dar passos importantes
no sentido de acompanhar aqueles dois
produtos.
Gazeta Rural (GR): Que expectativa
tem para a Festa da Amendoeira em
Flor deste ano?
João Paulo Sousa (JPS): Nas
edições anteriores da Festa da
Amendoeira em Flor houve uma
preocupação fundamental, que foi atrair
o maior número possível de visitantes
ao concelho. Nesse sentido, temos
a preocupação de chamar a nós a
denominação ‘Capital da Amendoeira
em Flor”, por isso, o cartaz tem que ser
bastante preenchido e diversificado, com
um grande investimento na amendoeira
em flor.
Temos um programa diversificado,
que começa a 20 de Fevereiro e vamos
terminar a 8 de Março. Pelo meio do
programa teremos a 15 de Março um
‘Trail Running Arqueológico’, um passeio
ligado à arqueologia. Por isso, é que o
evento se chama Festa da Amendoeira
em Flor e dos Patrimónios. Não nos
podemos esquecer que, para além das
paisagens do Alto Douro Vinhateiro,
temos também as gravuras rupestres e o
nosso museu, que é importante também
dar-lhe alguma visibilidade.
Do programa destacaria a IX Feira
dos Produtos Regionais de S. Martinho,
a Feira Franca e a parte desportiva,
que envolve sempre muita gente.Este
ano temos uma outra atracção muito
interessante, que tem a ver com a descida
dos carrinhos de rolamentos da Lameira,
algo que se fazia há uns anos e que e
que vamos reactivar. Esta talvez seja
uma das grandes novidades e que vamos
chamar “os Popóris da Lameira”. Temos
também o III Encontro Intersócios Foz
Côa Automóvel Clube, um encontro de
amigos do autocross, com participantes
de França, de Espanha e Portugal.
Destacaria também os Olhares
Cativos, que têm a ver com as visitas às
quintas, com uma visão diferente. Nesta
actividade contamos com a presença do
António Freitas, jornalista da Antena 3,
que vem fazer a apreciação e mostrar a
sua visão sobre o Museu do Côa. No total,
o programa contempla um conjunto de
40 actividades que se vão desenvolver
ao longo de três fins de semanas.
GR: Que expectativa tem para a
edição deste ano?
JPS: O tempo coloca-nos sempre
a fasquia ou mais alta ou mais baixa.
Porém, embora a crise ainda se sinta um
pouco, as expectativas são boas. Damos
a estas actividades de cariz popular e,
pelos dados que temos, a maioria dos
visitantes vem da região norte e, também,
da vizinha Espanha. Teremos por cá um
canal de televisão de Castilla-Leon, para
que consigamos cativar público desta
região a visitar-nos.
Estamos com uma expectativa
semelhante ao ano passado e queremos
encher a nossa sala de visitas, que é
avenida principal, nomeadamente no
último dia com o desfile etnográfico.
É difícil quantificar quantas pessoas
passam por cá, mas queremos aumentar
o número de visitantes. Agora, depende
com o tempo.
GR: Como está o sector da
amêndoa no concelho?
JPS: É sempre muito difícil falar no
sector da amêndoa, embora seja uma das
nossas grandes preocupações. Sabemos
que o sector do vinho está muito bem e
recomenda-se. Sabemos também que
os produtores de vinho estão virados
para o azeite e já estão a criar as suas
próprias marcas. Portanto, neste campo,
estamos a dar passos bastante sólidos e
que, num curto espaço de tempo, estou
convencido que o azeite irá ocupar um
papel relevante nesta zona, porque a
qualidade é excelente.
No sector da amêndoa, a verdade é
que, de facto, perdemos algum mercado.
Neste campo, há uma preocupação
crescente e ver se se consegue estancar
a tendência de queda no sector e dar-
lhe um novo elã, com novos produtos,
nomeadamente gourmet e de estética,
áreas onde tem havido uma forte aposta
da amêndoa como matéria-prima.
Agora, vamos ver se a iniciativa privada
consegue agarrar com unhas e dentes
essas potencialidades. É que, tem que
ser a iniciativa privada a fazer essa
aposta, com o apoio da autarquia, como
acontece com o vinho e o azeite.
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De 14 de Fevereiro a 8 de Março, em Figueira de Castelo Rodrigo
“Rainha da Amendoeira em Flor” recebe “
um dos maiores cartazes turísticos da região”
O município de Figueira de Castelo Rodrigo prepara-se para
receber as amendoeiras em flor, com um programa que envolve
inúmeras actividades, com destaque para uma prova de vinhos
da região, a Montaria da Amendoeira em Flor, um Passeio TT
Amendoeira em Flor e a II Concentração Motard. No plano de
animação, Quim Barreiros é o nome mais sonante do cartaz de
espectáculos, que decorre de 14 de Fevereiro a 8 de Março.
A festa das Amendoeiras em Flor é um dos maiores cartazes
turísticos, e o mais apelativo, da região, onde milhares de pessoas
vão usufruir dos primeiros raios de sol, depois de um duro e
fustigante Inverno. A Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo,
para assinalar esta força viva da natureza em ambiente festivo e
dinâmico, preparou um vasto cartaz, onde a cultura, o desporto,
a caça e a música são alguns dos ingredientes do programa.
Sob o lema “Rainha da Amendoeira em Flor”, o município de
Figueira de Castelo Rodrigo lança um apelo aos visitantes para
que saiam de casa e visitem aquela terra acolhedora, usufruindo
do melhor que ela tem para oferecer. Para além de uma natureza
admirável, de um património edificado invejável e das gentes
afáveis e acolhedoras, os visitantes podem deliciar-se com a
gastronomia de excelência que o concelho oferece, como o
famoso Borrego da Marofa, onde os vinhos, o azeite, o mel, os
doces e compotas, são alguns dos ingredientes que prendem
à mesa quem passa, pela elevada qualidade dos produtos
endógenos da região. Tudo isto, são razões para se deixar
seduzir por uma visita à região.
E se outra razão não houvesse, as Amendoeiras em Flor
são dos mais belos postais que a natureza oferece. Por todo
o concelho começam a desabrochar as pequenas, mas belas,
flores da amendoeira, que de rosa e branco salpicam os campos
e trazem o prenúncio de uma Primavera antecipada.
Já vai na segunda edição
Marvão lança concurso
de ideias de negócio na área da agricultura
A Câmara de Marvão anunciou o lançamento da segunda
edição do “Concurso Municipal de Ideias de Negócio”, com o objectivo de “incentivar a população e empresas” a apresentarem
projectos direccionados para o sector agrícola. “Este concurso
é, desta vez, vocacionado para as áreas da agricultura, floresta
e agro-indústria, uma vez que temos na zona um forte potencial
de rega, só que não está com a utilização que devia”, afirmou o
vereador José Manuel Pires.
A iniciativa conta com a participação de vários parceiros institucionais, como a Bolsa Nacional de Terras. “Queremos fixar os
jovens à terra e valorizar o potencial que temos aqui instalado na
região. Estamos a falar de 400 hectares pertencentes a privados
e que estão no perímetro de rega da barragem da Apartadura”,
acrescentou. José Manuel Pires explicou que os proprietários dos
terrenos, a maioria idosos, estão “disponíveis” para arrendar ou
vender os terrenos a jovens empresários para que se instalem
na região.
A segunda edição do “Concurso Municipal de Ideias de
Negócio” foi apresentada durante as comemorações do 117.º
aniversário da restauração daquele concelho do distrito de
Portalegre. Foi também dado a conhecer o projecto “Marvão
para Todos - Turismo Inclusivo”, iniciativa considerada “pioneira”. Este projecto de “turismo acessível” é destinado a todas as
pessoas com deficiência ou não, incluindo todos aqueles que
possam apresentar temporariamente ou permanentemente limitações de mobilidade, de audição, de visão, cognitivas e psicossociais. O presidente da Câmara de Marvão, Vítor Frutuoso,
disse esperar que o projecto esteja concluído no espaço de “18
meses”. “Este é um projecto que vai mexer com Marvão e ronda
os 500 mil euros”, referiu o autarca.
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Segundo o secretário de Estado do Ordenamento do Território
e da Conservação da Natureza
Governo garante mais verbas
para reforçar combate à vespa asiática
O secretário de Estado do Ordenamento do Território e da
Conservação da Natureza disse, em Arcos de Valdevez, que
o Governo garante as verbas imprescindíveis para o caso de
ser preciso intensificar o combate à vespa asiática. “Estamos
preparados para, em caso de necessidade, no âmbito do
Programa Operacional e Sustentabilidade na Eficiência dos
Recursos do Portugal 20/20, gerir a questão das espécies
invasoras. Temos os meios adicionais para colocar neste
combate, caso se torne necessário”, afirmou Miguel Castro
Neto.
O governante falava à margem da sessão de apresentação
pública do plano de acção para a vigilância e controlo da vespa
asiática (vespa velutina) em Portugal, e da plataforma digital
“SOS Vespa Velutina”. Miguel Castro Neto não especificou
o montante disponível, mas garantiu que “se o problema
continuar a crescer”, o Governo “vai ter que adoptar abordagens
eventualmente ainda mais fortes”, garantindo que o dispositivo
actualmente definido, quer a nível de monitorização quer de
controlo, é o “adequado”.
O governante sublinhou ainda a importância da plataforma
digital apresentada para o acompanhamento da espécie, a
cargo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
(ICNF), e no sentido de “perceber” o comportamento da vespa
asiática no país. “Se é fundamental fazer o combate, por
outro lado é imprescindível fazer a monitorização rigorosa da
presença, da evolução, e da dinâmica da população da vespa
velutina em Portugal. É fundamental percebermos como é que
se está a comportar esta população, com uma presença recente
no país mas com um número de casos que tem aumentado
muito rapidamente”. Actualmente, segundo Miguel Castro Neto,
trata-se de uma praga que “ainda não foi classificada como
espécie invasora”.
Outras das dúvidas que persistem, e que explicou, a
plataforma “SOS Vespa Velutina” vai ajudar a desfazer é, se
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aquela praga se irá manter confinada à região norte, “ou se
vai para sul”. “À partida é expectável que não vá para sul por
causa das temperaturas. Há ainda dúvidas se a espécie mantém
ou não actividade durante o inverno”, disse, admitindo já ter
recebido “preocupações” sobre esta matéria apesar de não
existirem “evidências físicas da actividade da vespa asiática
durante o inverno”.
Apresentada plataforma digital “SOS Vespa
Velutina” de combate à praga
O secretário de Estado da Alimentação e da Investigação
Agroalimentar apresentou a plataforma digital “SOS Vespa
Velutina” como uma ferramenta “rápida e simples” de
“identificação e combate” àquela praga.
“É uma plataforma muito didáctica, muito rápida, que permite
acima de tudo a identificação da vespa velutina. O combate
deve ser feito de uma forma específica, e esta plataforma vai
ajudar nesse sentido”, afirmou Nuno Brito. A ferramenta digital
“já está disponível”, considerando tratar-se de um mecanismo
“muito simples” de utilizar, e “acessível a qualquer cidadão”.
Nuno Brito adiantou que a plataforma vai ser importante
para a “identificação” da espécie, e posterior “eliminação
dos ninhos”. “A informação introduzida na plataforma é,
imediatamente, analisada e for confirmado que se trata de
vespa velutina é dada informação ao serviço de protecção civil
municipal, que será responsável pela eliminação dos ninhos”,
explicou.
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Houve quebra na produção de azeite mas preço ao produtor subiu
Ministra da Agricultura
diz que sector do azeite teve “um ano mau”
A ministra da Agricultura admitiu uma quebra na produção
de azeite na campanha deste ano, ainda não quantificada, mas
os eventuais prejuízos vão ser compensados com o aumento
verificado no preço ao produtor.
No sector do azeite, disse Assunção Cristas, “foi um ano
mau”, em virtude de “circunstâncias do clima que, depois,
trouxeram outros problemas associados”, nomeadamente uma
praga de mosca da azeitona e a doença da gafa. “Prevê-se uma
quebra na produção, mas a verdade é que também já há uma
reacção do próprio preço ao produtor”, que “subiu”, pelo que
“não compensará tudo, mas permitirá compensar uma parte
daquilo que é a quebra de produção”, afirmou a ministra da
Agricultura e do Mar, em Ferreira do Alentejo.
Segundo a ministra, os números concretos nacionais sobre
a quebra de produção no sector do azeite “ainda estão a ser
recolhidos”, mas estima-se que ronde os “20 ou 25%”.
Assunção Cristas visitou o Lagar do Marmelo, no concelho
de Ferreira do Alentejo e propriedade da empresa Sovena,
produtora de marcas como o azeite Oliveira da Serra.
Quanto ao preço pago ao produtor “varia um bocadinho
no país”, mas a governante insistiu que “está a subir
significativamente”, com aumentos na ordem dos “40 a 50 por
cento”. Segundo a ministra, a tendência para Portugal continuar
a crescer neste sector “não está em causa”, uma vez que a actual
quebra deve-se apenas a circunstâncias “a que os agricultores
estão habituados” e para as quais “estão preparados porque
sabem que têm uma empresa a céu aberto”, que depende do
clima.
“Já há alguns anos que atingimos a auto-suficiência em
valor no sector do azeite”, assim como “em tonelagem”,
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recordou Assunção Cristas, afiançando que a primeira não vai
ser afectada por esta quebra, mas escusando-se, para já, sem
números concretos, a dar a mesma garantia para a segunda.
“Temos um azeite de primeiríssima qualidade e, quando
comparamos o preço do azeite que exportamos e o preço do
que importamos, verificamos que o nosso azeite tem um preço
muito superior”, afirmou, sublinhando que “o nosso azeite é
vendido quase ao dobro daquilo que é o preço de compra do
azeite para o mercado português”.
A ministra aludiu ainda aos mais recentes dados estatísticos
da balança comercial de Portugal, realçando que, entre Janeiro
e Novembro do ano passado, o défice agro-alimentar do país
diminuiu “em cerca de 609 milhões de euros”, com o sector do
azeite a contribuir “na casa dos 100 milhões de euros”, o que
considerou “muito positivo”.
Nesta visita, Assunção Cristas conversou com alunos de uma
escola do ensino básico de Ferreira do Alentejo e sensibilizou-os
para os benefícios da dieta mediterrânica e de uma alimentação
saudável, assistindo ainda a uma aula prática de culinária com o
chefe Vítor Sobral.
Plantado com recurso a um sistema de GPS, o olival
português do grupo Sovena conta com mais de 10 milhões de
oliveiras, espalhadas por mais de 10 mil hectares, distribuídos por
57 herdades e quintas que, na campanha 2014/2015, produziram
51 mil toneladas de azeitona.
Uma iniciativa de dois jovens investigadores da Universidade de Coimbra
Projecto quer colocar
merujes à mesa dos portugueses
Dois jovens investigadores da Universidade de Coimbra
querem colocar as merujes à mesa dos portugueses. O projecto,
a decorrer no Laboratório de Biotecnologia Vegetal do Centro de
Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra e na InProPlant
(Investigação e Propagação de Plantas), promete colocar esta
planta semelhante aos agriões, mas mais tenra e saborosa, não
só nos pratos dos portugueses, mas também na gastronomia
gourmet internacional.
A pesquisa é financiada pela Fundação Vox Populi e pela
Câmara de Almeida, no valor de 16 mil euros (8 mil euros cada)
no âmbito da quinta edição do Prémio Ribacôa, e consiste em
estabelecer as condições para a multiplicação eficaz desta
espécie com vista à sua comercialização durante todo o ano.
Isto porque a meruje é uma planta de ciclo curto (2/3 meses),
sendo colhida apenas entre Janeiro e Março, sem qualquer tipo
de certificação ou controlo fitossanitário.
Muito apreciadas na região centro da Península Ibérica,
as merujes nascem livremente em nascentes ou ribeiras onde
há água corrente e são uma óptima fonte de ómega 3 e de
antioxidantes e mais ricas em fibras e vitamina C do que, por
exemplo, as alfaces. No entanto, este vegetal silvestre, com o
nome científico “Montia Fontana L.”, é desconhecido da maioria
dos portugueses.
Reconhecido o interesse gastronómico da meruje,
importa agora “transformá-la num recurso agrícola viável
e numa alternativa saudável e complementar aos vegetais
mais vulgarmente utilizados em saladas. Com elevado valor
nutricional, esta planta silvestre é, desde há muito, colhida
e usada na alimentação por populações rurais. Na zona da
Guarda, por exemplo, é habitual colher e degustar a meruje”,
realçam David Reis e Rui Pereira, Mestres em Biodiversidade e
Biotecnologia Vegetal.
Os investigadores já efectuaram clonagem da planta e
vários ensaios de cultura in vitro, em laboratório, permitindo
caracterizar melhor a planta e estudar a sua fenologia, bem
como a selecção dos genótipos mais interessantes para o
cultivo. Agora, vão “perceber quais as exigências da planta
durante o seu cultivo, testar os vários genótipos seleccionados e
analisar a produtividade da cultura”, explicam.
I Encontro Nacional de Helicicultores decorreu na Lourinhã
Produção de caracóis
rende três milhões e está a crescer em Portugal
A produção de caracóis em Portugal ultrapassa as 500
toneladas/ano e rende três milhões de euros, mas pode crescer
muito se multiplicar as exportações, segundo dados divulgados
na Lourinhã no I Encontro Nacional de Helicicultores.
A informação disponibilizada aponta para a existência de
centena e meia de produtores, de norte a sul do país, e 300
hectares de área de produção. Entre 2012 e 2013, o número
de produtores aumentou mais de 200%, graças em parte
ao financiamento comunitário de projectos. Antes de 2009,
estima-se, existiriam apenas cinco produtores em todo o país,
mas a procura por áreas de negócio alternativas à agricultura
tem vindo a atrair investidores e em 2013 os produtores eram já
mais de 60.
A Helixcoop, a única cooperativa de helicicultores a nível
nacional, tinha 13 associados em 2011, quando foi constituída, e
hoje possui cerca de 30. Em Portugal, são consumidas por ano
cerca de 13 mil toneladas de caracóis, de várias espécies, por ano.
Dados de 2014 apontam para mais de 500 toneladas
produzidas e três milhões de euros facturados. Desta produção,
80 a 90% tem como destino o mercado nacional, mas em 2014
o país importou 1,1 toneladas, adquiridas a um preço médio de
um euro por cada quilograma.
Em contrapartida, exportou 22,6 toneladas, vendendo
o produto a um preço médio de três euros o quilograma e
tendo como principais mercados a Espanha, França, Itália, os
grandes concorrentes de Portugal no mercado externo. Entre os
mercados emergentes estão países asiáticos e árabes.
Os helicicultores querem, por isso, valorizar a produção
nacional, combatendo a entrada de outras espécies, como a
“caracoleta de Marrocos”, vendida a baixos preços e sem grande
qualidade, e apostando na exportação e na transformação do
produto, por exemplo, com a venda de miolo de caracol ou
pratos já confeccionados.
“É um produto com grande valor nutricional, nomeadamente
proteico, e pode substituir muitas carnes, por ter baixo teor de
gorduras”, explicou Paulo Geraldes, presidente da Helixcoop, que
tem sede na Lourinhã.
Os caracóis têm também compostos bioactivos que
previnem o cancro, motivo pelo qual os ovos e a baba de caracol
são procurados pela indústria farmacêutica. O helicicultor
adiantou que 1 a 2% da produção tem já esse destino.
A Helixcoop está a desenvolver um projecto para criar a
primeira organização de produtores do país, no sentido de
organizar a produção e criar canais de comercialização, não só
junto de cadeias de hipermercados nacionais, que já absorvem
15 a 20 toneladas, bem como no estrangeiro.
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Empresa sedeada no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo
“Sabores da Geninha”
aposta em transformar produtos da região
Os “Sabores da Geninha” é uma
empresa sedeada em Figueira de Castelo
Rodrigo que se dedica à produção e
comercialização de compotas, doces e
outros. O objectivo é produzir produtos
de extrema qualidade, recorrendo à boa
matéria-prima produzida na região.
À Gazeta Rural Eugénia Torres, a
Geninha, destaca o início do projecto
com a amêndoa doce. Hoje, com mercado
feito, a empresária aposta em ajudar os
produtores locais que lhe fornecem a
matéria-prima para confeccionar produtos
que já lhe granjearam reconhecimento,
pela qualidade, mas também inúmeros
prémios.
GR: Como começou o projecto
‘Sabores da Geninha’?
Eugénia Torres (ET): Começámos há
cerca de 10 anos, como uma brincadeira,
pois tínhamos amêndoa e começamos
a fazer amêndoa doce. Entretanto,
a Câmara desafiou-nos a começar a
produzir compotas e a colocá-las à venda
na loja do turismo. A minha sogra fazia
compotas de quase todos os frutos e eu
também fui aprendendo e fazendo. Um dia
colocámos alguns frascos à venda na loja
do turismo e, para meu espanto, passados
uns dias, ligaram-me a pedir mais, pois já
tinham vendido os frascos todos.
No início trabalhava em casa, onde
fazia algumas compotas, mas há cerca
de seis anos surgiu esta fábrica. Fizemos
bastantes feiras e a TV fazia sempre
algumas reportagens connosco, o que
nos permitiu ganhar alguma projecção.
Depois, quando surgiram os primeiros
prémios e medalhas, essa projecção
ganhou ainda mais força.
A primeira compota que fiz, para
vender, foi o doce de pêra. A ideia é
aproveitar a fruta que produzimos e
ajudar a escoar a dos produtores na
vizinhança, tornando-se numa mais-valia
no escoamento dos produtos da terra. Já
tenho uma funcionária a tempo inteiro
e, quando há necessidade, recorremos a
trabalho temporário.
GR: Tem vários tipos de amêndoa?
ET: A amêndoa é a rainha. Temos
a amêndoa doce, que marcou o início
do projecto, a amêndoa com ervas
aromáticas,
amêndoas
salgadas,
amêndoas com chocolate, bolos de
amêndoa e de amêndoa com figos.
GR: Há muitos produtores de
amêndoa na região?
ET: Há bastantes, pois a Câmara criou
incentivos à plantação e produção de
amêndoa e muita gente aderiu. Neste
momento estão a surgir novos projectos
de plantação de amendoal.
GR: Continua a apostar nas feiras?
ET: Sim, continuo e gosto muito.
Costumo fazer as feiras que se realizam
aqui à volta, como Trancoso, Figueira
Castelo Rodrigo, Pinhel e outras, e faço
também muitas em Lisboa.
GR: Os eventos que as Câmaras
da região organizam, promovem os
produtos da região e trazem maisvalias aos produtores?
ET: O papel das Câmaras, e em
particular de Figueira de Castelo Rodrigo,
na divulgação dos produtos da região
é muito importante. No nosso caso, já
temos pernas para andar e sabemos como
escoar os nossos produtos, mas há outros
produtores que têm mais dificuldades e o
papel das Câmaras é uma mais-valia.
GR: De todos os prémios e
medalhas conquistadas, qual foi o mais
importante?
ET: Todos importantes, mas o primeiro,
conquistado em Dezembro de 2012, que
foi o melhor dos melhores.
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Estrada de Santa Maria de Aguiar 6440-146 Figueira de C. Rodrigo
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Como resposta à subida
do preço do leite
Governo dos Açores
defende produção
de produtos lácteos
de qualidade
O secretário regional da Agricultura dos Açores defendeu
uma melhoria da qualidade dos produtos lácteos produzidos na
ilha Terceira como solução para o aumento do preço do litro de
leite pago ao produtor.
“Há que encontrar outras formas de chegar aos mercados
de destino com produtos diferenciados, com produtos de maisvalia, que possam enriquecer toda a cadeia que o negócio do
leite gera e que possa permitir remunerar melhor aqueles que
produzem e que colocam na indústria o seu produto”, salientou
Luís Neto Viveiros.
Os agricultores da ilha Terceira queixam-se da quebra
do preço do leite e alegam que não vão conseguir manter as
explorações agrícolas “por muito mais tempo” se o preço se
mantiver baixo. Nos últimos seis meses, o preço do leite na ilha
Terceira caiu seis cêntimos, o que representa uma descida de
16 por cento. Em Julho, o preço do leite caiu um cêntimo, em
Outubro, dois cêntimos, e agora foi anunciada uma quebra de
três cêntimos, o que fixa o preço do litro de leite em 25 cêntimos.
Os agricultores da ilha Terceira queixam-se também da
diferença “substantiva” do preço do leite em comparação com o
que é praticado na ilha de São Miguel, onde existem três fábricas,
quando na Terceira a maior parte do leite é laborada numa única
fábrica.
Se até Abril a Unicol não resolver o problema, as associações
agrícolas ameaçam mostrar o peso que a lavoura tem na ilha.
“Nós é que temos o produto, temos os produtores e a lavoura
tem muito mais peso do que aquilo que pensa. Espero é que não
seja necessário ver realmente o peso da lavoura, que as coisas
se resolvam pelos trâmites legais”, frisou José António Azevedo.
No final da reunião com as associações agrícolas, o
secretário regional da Agricultura salientou que o executivo
açoriano não pode “interferir na definição” do preço do leite, que
“resulta da negociação entre quem compra e quem vende”, mas
garantiu que o Governo está “atento” ao problema.
Para Luís Neto Viveiros, face à conjuntura nacional e
internacional e à produção reduzida da ilha Terceira, a solução
deve passar pela valorização dos produtos lácteos e deve ser
implementada com “urgência”.
Governo Regional reforça apoio aos agricultores
para aquisição de máquinas
e Ambiente, o Programa de Apoio à Modernização Agrícola
(PROAMA) visa apoiar “a aquisição de máquinas e equipamentos
adaptados à dimensão das explorações e unidades de produção
e em situações que não justificam um investimento de grande
valor”. “Por outro lado, proporciona apoios que permitem
modernizar as explorações agrícolas, incrementando a sua
mecanização, através de um processo simples e célere”, refere
a portaria.
O PROAMA, que “funciona em complementaridade ao
novo Programa de Desenvolvimento RURAL (PRORURAL+),
visa incentivar a modernização e mecanização nos sectores
da produção animal e vegetal, reforçar a sua competitividade
e contribuir para a melhoria das condições de trabalho dos
agricultores”, sublinha uma nota da secretaria. São considerados
elegíveis os pedidos de apoio cujo custo total do investimento
seja inferior a três mil euros e os beneficiários dos apoios
comprometem-se a não afectar a outras finalidades as máquinas
ou equipamentos apoiados. Não são elegíveis as despesas com
a compra de máquinas e equipamentos em segunda mão. Cada
beneficiário pode apresentar, no máximo, um pedido de apoio
por ano.
O Governo dos Açores vai reforçar os apoios aos agricultores
para aquisição de máquinas e equipamentos com o objectivo
de “reforçar os indicadores da modernização e mecanização
das explorações agrícolas” através de “um processo simples e
célere».
Segundo uma portaria da Secretaria Regional da Agricultura
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Notícias Verallia
Em Oleiros
nos dias 28 e 29 de Março
Trilho Português
dos Apalaches vai
ser inaugurado
no final de Março
O trilho português dos Apalaches, o mais famoso percurso
pedestre do mundo, vai ser inaugurado em Oleiros nos dias
28 e 29 de Março. Conhecido oficialmente como Grande
Rota Muradal-Pangeia, este tem a chancela do International
Appalachian Trail (IAT) e promete ser uma das maiores
atracções turísticas da região.
A inauguração que irá coincidir com o período pascal
e com a realização do primeiro fim-de-semana do VII
Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Maranho,
irá anteceder a ocorrência da prova portuguesa do Trans
Pangean Challenge, uma das mais reputadas e desafiantes
competições de ultra running em todo o mundo e que terá
lugar naquele território de 19 a 25 de Abril.
Esta Grande Rota (a GR 38 de Portugal) situa-se no
concelho de Oleiros e consiste num projecto de escala
internacional com aproximadamente 37 km que inclui uma
via de BTT, a Escola de Escalada Crista de Zebro e uma via
ferrata (a segunda do país) e que representará a aproximação
do maior trilho contínuo de pegadas do mundo (situado no
continente americano) à Europa.
As sensações e as emoções são uma constante ao longo
do relevo apalachiano da Serra do Muradal e permitem realizar
um passeio magnífico por majestosos pontos de interesse,
como os esplêndidos miradouros naturais no topo das cristas
rochosas ou os diversos fósseis que se encontram a revestilas (como em nenhum outro ponto do Mundo).
Recorde-se que em Oleiros, para além da GR 38, existe
outra Grande Rota, a GR 33 – Grande Rota do Zêzere, a qual
atravessa o concelho longitudinalmente, no seu limite norte,
junto ao rio, numa extensão de 53 km. Também a GR 21 –
Grande Rota das Aldeias do Xisto, intercepta o concelho em
dois pontos, a Este e Oeste do Concelho.
A Grande Rota Muradal-Pangeia enaltece a montanha
quartzítica do Muradal e evoca o supercontinente Pangeia
que existiu há 200 milhões de anos, do qual Oleiros e toda
aquela região do Maciço Ibérico fizeram parte. A união da
outrora imensa massa continental partida pelo Atlântico fazse hoje pelo Trilho Internacional dos Apalaches, “o maior trilho
contínuo de pegadas humanas do mundo”.
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Verallia anima
as suas noites com
o vidro fluorescente!
A Verallia inova com as suas garrafas completamente
transparentes à luz do dia, que revelam um azul fluorescente
sob o efeito da luz negra. O vidro fluorescente combina a
intemporalidade do vidro com as novas técnicas, para obter
efeitos surpreendentes. Fruto de uma estreita colaboração
entre as diferentes equipas da Verallia, este vidro valoriza
as bebidas espirituosas (nomeadamente bebidas brancas),
cervejas, vinhos, águas e bebidas energéticas nos bares e nos
locais da moda.
Desenvolvido e testado pela equipa de I&D em colaboração
com o Departamento de Marketing e as equipas da VOA
(Verrerie d’Albi-France), o vidro fluorescente é produzido com
coloração no feeder (ou alimentador) a partir de um vidro
extra-claro. São incorporadas fritas (vidro muito carregado
em elementos activos) no vidro fundido no momento da sua
passagem no feeder que lhe conferem esse efeito fluorescente
espectacular revelado pela luz negra.
As garrafas podem ser produzidas nas mesmas condições
que as colorações feeder standard (prazos e quantidades).
Graças à eficácia do seu processo de fabrico, o vidro
fluorescente permite oferecer aos nossos clientes uma maior
valorização dos seus produtos controlando simultaneamente
os seus custos.
Com esta inovação ultra-valorizadora, que se aplica tanto
a gamas standard como a produtos mais específicos, a Verallia
e a sua assinatura de topo de gama, Selective Line, impõemse uma vez mais como os parceiros de referência das marcas
que procuram a diferenciação.
Mais de 100 mil pessoas passaram pelo evento
Feira do Fumeiro
de Montalegre cumpriu “tradição”
entre o homem e o amanho dos campos
e a valorização da floresta. Esses são os
nossos recursos e o caminho que temos
que percorrer para termos sucesso
e estancarmos o despovoamento
da nossa terra. A Feira do Fumeiro é,
indiscutivelmente, a actividade que mais
impacto tem na economia da nossa
terra”, afirmou Orlando Alves.
Mas, “o que se tira desta enchente é
que, de facto, os nossos produtores têm
que acreditar mais neles e valorizar mais o
seu trabalho”, refere o edil, sublinhando a
necessidade de aumentarem a produção,
que “ainda não é suficiente”, numa alusão
ao facto de muitos produtores, no último
dia da feira, já não terem produto para
venda.
Tal como se esperava, a feira do
fumeiro de Montalegre cumpriu a tradição
a que milhares de pessoas lhe ‘devotam’
por esta altura do ano. O certame bateu
todos os recordes, quer em quantidade
de produto vendido, quer em número de
visitantes. Foram quatro dias de ‘casa
cheia’, que cumpriram com a elevada
fasquia que a organização projectou, isto
é, atingir o número redondo das 100 mil
pessoas.
Foi um corrupio constante nos
quatro dias da XXIV Feira do Fumeiro
de Montalegre. Um movimento anormal
que abalou a pacatez deste concelho
transmontano, transfigurado com a
“rainha do fumeiro”. Dias onde foram
movimentados milhares de euros, fruto
da excelente qualidade do produto
que continua a convencer milhares de
pessoas.
Este ano as contas eram mais que
animadoras. O presidente da Câmara de
Montalegre garante que “ultrapassámos
as 100 mil pessoas sem exagero nenhum.
Montalegre foi verdadeiramente a capital
de Portugal durante quatro dias, uma
capital feita de romaria, de actividade
comercial, de contactos com as altas
individualidades do Estado e com os
políticos mais proeminentes da cena
nacional”, referiu Orlando Alves.
O autarca não poupou nos elogios
àquela que considerou “a melhor Feira
do Fumeiro de sempre”, pois “os nossos
produtores ficaram extraordinariamente
satisfeitos, pois venderam tudo. Esta é
a prova de que conseguimos encontrar
uma fileira que se alavanca e alicerça
na actividade primária, numa interacção
Desfile de personalidades
A Feira do Fumeiro foi também palco
de um desfile de personalidades e caras
conhecidas, como o cantor Mickael
Carreira. No campo político destaque para
o Secretário de Estado da Alimentação
e da Investigação Agroalimentar, Nuno
Vieira e Brito, que inaugurou o certame,
passando pelo primeiro-ministro, Passos
Coelho, a presidente da Assembleia
da República, Assunção Esteves, e por
fim, António Costa, secretário-geral do
Partido Socialista,
Sexta-feira 13
em Fevereiro e Março
Terminada a Feira do Fumeiro,
Montalegre prepara-se para receber
outros eventos que atraem milhares de
pessoas. “Daqui a duas semanas temos
a sexta-feira 13 em Fevereiro e em Março
outra sexta-feira 13”, lembra Orlando
Alves, destacando também o Carnaval,
que “tem alguma dinâmica e impacto
em Vilar de Perdizes e Tourém, na zona
raiana, porque resulta da abertura às
tradições e manifestações galegas”.
Depois, prossegue o autarca, “temos a
Páscoa, com o alto da paixão, em Vilar de
Perdizes, algo que já não se faz a 20 anos”.
“Graças a Deus somos um concelho muito
dinâmico e muito activo, com muitos e
grandes eventos ao longo do ano”.
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CARNAVAL - Agenda de Eventos
Caretos “chocalham” em Podence
Em Podence diz-se que o carnaval mais genuíno do país é
nesta vila transmontana. Os Caretos de Podence, uma tradição
secular que ainda persiste graças ao empenho das suas gentes,
são garantia de diversão para quem visita esta aldeia do
concelho de Macedo de Cavaleiros.
Em Podence troca-se o samba pelos chocalhos da terra que
os caretos penduram à cintura para executarem o chocalhar,
a dança tradicional. Durante três dias, de 14 a 17 de Fevereiro,
há animação de rua, provas de vinhos e azeites, mostras de
artesanato e passeios.
Irmãos Verdade no carnaval de Cabanas de Viriato
De 13 a 17 de Fevereiro, os festejos carnavalescos em
Cabanas de Viriato assumem-se como o ex-libris da diversão
no concelho de Carregal do Sal. Organizado pela Associação
do Carnaval de Cabanas de Viriato, o evento garante diversão
para todos os gostos durante os diversos dias e noites que
só terminam quando os tradicionais bailes fecham as portas,
habitualmente aos primeiros raios de sol começam a aparecer.
Sendo o principal cartaz turístico do concelho, a organização
tem o cuidado de apresentar anualmente algo de novo. Se, no
ano transacto vendeu pulseiras para as diversas iniciativas, este
ano o que existe é um bilhete geral + 10 bebidas que, adquirido
até ao dia 8 de Fevereiro, tem um custo de 25 €uros. Novidade
é um workshop de kizomba, no dia 13, na Tenda Louca, onde os
Irmãos Verdade prometem grande animação.
Com um cariz muito peculiar, marcado essencialmente
pela Dança dos Cús ao som da valsa (sai à rua na segunda e
terça feira), os festejos carnavalescos em Cabanas de Viriato
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integram ainda o Carnaval da Criança, no domingo à tarde,
porque “de pequenino é que se torce o pepino!”.
Carnaval animado em Figueiró dos Vinhos
O programa de Carnaval 2015 em Figueiró dos Vinhos
promete ser de forte animação e divertimento, contando com
o esforço, dedicação, bairrismo e carolice da sociedade civil,
nomeadamente as associações, entidades e instituições do
concelho. Trata-se de um acontecimento com larga tradição,
que ultrapassa as fronteiras do concelho, afirmando-se por
toda a região.
A edição de 2015 conta com um conjunto de diversificadas
iniciativas, que se desenvolverão entre os dias 12 e 15 de
Fevereiro e que culminarão com o habitual e tradicional “Enterro
do Entrudo” que ocorrerá na noite de 18 de Fevereiro.
A organização espera durante estes dias envolver e atrair a
Figueiró dos Vinhos um elevado número de visitantes e turistas,
que ali vão procurar alegria, boa disposição e a habitual,
necessária e saudável folia, ingrediente fundamental deste
tempo de festa.
Desfile de Carnaval promete voltar a animar Vila de Rei
A equipa do CLDS+ de Vila de Rei, com o apoio da Câmara
Municipal, organiza, no próximo dia 15 de Fevereiro, o regresso
do Desfile de Carnaval a Vila de Rei. A iniciativa pretende
proporcionar, a todos os participantes e espectadores, os
momentos de alegria, folia e diversão que caracterizam esta
época festiva, envolvendo todos os Munícipes, Associações e
IPSSs do concelho.
Município de Alvaiázere promove
Desfile de Carnaval 2015
A Câmara de Alvaiázere leva a efeito, no dia 15 de
Fevereiro (domingo), o habitual Desfile de Carnaval, pelas
ruas da vila. A iniciativa está agendada para as 15 horas,
com concentração junto do Parque Multiusos de Alvaiázere
e conta com a participação das escolas, associações,
outros grupos informais e todos os cidadãos interessados.
O tema de cada disfarce é livre, procurando apelar à
imaginação e à criatividade dos participantes, num evento
em que predomina o convívio e a folia, tão habituais nestas
tradicionais comemorações.
Carnaval de Torres Vedras é dedicado ao amor
O Carnaval de Torres Vedras, que se realiza de 13 a 17
de Fevereiro, sai este ano para a rua e é dedicado ao tema
‘amor’, mote do monumento inaugurado no sábado na
cidade. César Costa, secretário-geral da empresa municipal
Promotorres, responsável pela organização do evento, disse
que há este ano um investimento maior do que em 2014,
quando o orçamento foi de 480 mil euros.
O responsável explicou que o investimento do município
(100 mil euros) e de privados se mantém idêntico ao de 2014,
mas o evento está a dar cada vez mais passos no sentido
de se autofinanciar, graças ao aumento de espectadores e
dos proveitos de bilheteira, que representam 60% da receita
total. Por esse motivo, o evento volta a atingir valores
orçamentais de 2011.
Mealhada “perde” rei brasileiro
e ganha desfile trapalhão
O Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada, que se realiza na
Mealhada, irá abdicar, este ano, de um actor brasileiro como
rei dos corsos e promoverá um desfile trapalhão aberto a
toda a população, anunciou a organização. “A novidade
é que pela primeira vez em 40 anos a Mealhada não terá
um actor brasileiro como rei do Carnaval”, afirmou Nuno
Canilho, porta-voz e secretário da direcção da Associação
do Carnaval da Bairrada.
Nuno Canilho explicou que perante os “preços muito
inflacionados” de contratação de atores brasileiros “de
proa” para reinarem no carnaval da Mealhada e o facto
de a grande maioria do orçamento ser sustentado por
fundos públicos (84 mil euros provêm da autarquia local),
foi decidido abdicar do rei brasileiro. No entanto, o novo
“monarca” ainda não foi divulgado e só será conhecido no
dia do primeiro corso, a 15 de Fevereiro: “Será uma surpresa,
apenas divulgada no dia”, frisou, adiantando apenas que é
uma escolha “óbvia”.
Lazarim vai “guardar memórias” no Museu do Entrudo
O Carnaval de Lazarim tem este ano um novo motivo de
atracção, com a construção do museu que vai “guardar as
memórias” das máscaras e os testamentos da comadre e do
compadre, que ‘feriram e ferem os ouvidos mais sensíveis”.
O entrudo mais genuíno do país sai à rua de 14 a 17
de Fevereiro, com as tradicionais máscaras, “diabólicas,
carrancudas, com orelhas bicudas, barbas ou bigodes, com
“cornos” e até a imitar animais, numa tradição ancestral
que invade as ruelas daquela pequena vila do concelho
de Lamego para uma apresentação única de encenações
antigas da cultura portuguesa. São esperados de novo
milhares de visitantes para verem de perto os caretos,
esculpidos em madeira de amieiro, fruto de um trabalho
meticuloso de artesãos locais, dispostos a preservar a
memória histórica das suas gentes e projectar Lamego em
todo o mundo.
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No fim-de-semana de 21 e 22 de Fevereiro
Sintra recebe exposição Camélias e Orquídeas
A Parque de Sintra está a promover a exposição Camélias e
Orquídeas em Sintra, uma iniciativa realizada em parceria com a
Associação Portuguesa de Camélias (APC) e o Clube dos Orquidófilos,
que terá lugar no fim-de-semana de 21 e 22 de Fevereiro, no terreiro
em frente ao Palácio Nacional de Sintra.
Segundo a organização, a vertente do evento relativa às
Camélias conta com a participação das Quintas Históricas de Sintra
e com os sócios da APC e da Sociedade Española de la Camelia, para
além da habitual representação das Camélias dos parques e jardins
sob gestão da Parques de Sintra. Assim, será possível observar os
melhores exemplares de Camélias de cada um dos participantes,
bem como as cultivares vencedoras do concurso que, através da
avaliação de um júri especialista na matéria, identificará as melhores.
O evento, que em anos anteriores apenas incluía Camélias, “ganha
este ano uma nova cor e dimensão” com a mostra de Orquídeas, de
acordo com a Parques de Sintra. O objectivo é promover e divulgar
as orquídeas como hobby, em Portugal. Em Sintra, tem despertado
grande interesse, quer através do cultivo de pequenas colecções
pessoais de orquídeas, quer através da participação em workshops
e encontros de orquidófilos. Haverá também a possibilidade de
comprar orquídeas de produtores nacionais e estrangeiros.
Para além das Camélias e Orquídeas em exposição, estas também
estarão à venda no local assim como outros produtos derivados
destas flores como óleos, sabonetes e compotas, entre outros. A
entrada é gratuita.
In: Green Savers
Sedeado em Seia
Restaurante Regional da Serra comemora bodas de prata
Os amantes da boa cozinha que se
deslocam à Serra da Estrela têm paragem
obrigatória no Restaurante Regional da
Serra, em Seia, que está a comemorar as
bodas de prata. Foi há 25 anos que casal
Rui e Isabel Mendes abriram o restaurante, que aposta na cozinha tradicional portuguesa, levando à mesa dos clientes os
pratos típicos da região, regados com os
melhores vinhos nacionais, com destaque
para o Dão.
A história é igual a tantas outras. Após
umas férias em Seia, Rui Mendes viu em
Sedia uma oportunidade de negócio, ele
que aos 13 anos saiu do Sabugueiro e foi
trabalhar para a capital.
“Trabalhei sempre no sector da restau-
ração e numas férias cá apercebi-me que
não haviam muitos restaurantes e acabei
por me estabelecer e por cá fiquei”, refere
o empresário.
É a esposa, Isabel Mendes, que gere a
cozinha onde são preparados os melhores
pratos da região. “Nos primeiros tempos
não foi fácil, pois foi preciso cativar clientes, mas os últimos 20 anos, o concelho e
o turismo ajudaram-nos muito”, explica Rui
Mendes, hoje proprietário do edifício onde
está instalado o restaurante.
Apesar da crise, da quebra da procura e
da questão do IVA, Rui Mendes mostra-se
“contente com estes 25 anos e esperamos
continuar”, garante o empresário, que conta com clientes oriundos de todo o país.
Ano X - N.º 240
Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.
Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, Fernando Ferreira e José Martins
Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo
Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320
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Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
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Festa dos Saberes e Sabores do
Douro em São João da Pesqueira
O Município de S. João da Pesqueira volta a promover
a Festa dos Saberes e Sabores do Douro, iniciativa que irá
decorrer durante três fins-de-semana. A iniciativa, que vai
na oitava edição e é já uma referência na Região, é promovida em parceria com a Escola Profissional do Alto Douro e
colaboração das Juntas de Freguesia do Concelho.
O evento, que terá lugar nos fins-de-semana de 21 e
22 de Fevereiro, 28 de Fevereiro e 1 de Março e 7 e 8 de
Março, visa promover o concelho e a região no âmbito da
Rota das Amendoeiras em Flor. No certame haverá exposição e venda de produtos agrícolas, gastronomia regional e
artesanato típico do Douro, envolvidos num ambiente rural,
proporcionando assim a oportunidade de conhecer e adquirir produtos locais, autênticos e genuínos, com qualidade
e distinção.
IX Feira do Fumeiro
de Vieira do Minho
Vieira do Minho recebe nos dias 7 e 8 de Fevereiro a IX
Feira do Fumeiro, que promete ser um evento de excelência,
que irá reunir num só espaço os vários produtores concelhios, divulgando todas as potencialidades e o saber fazer
deste concelho minhoto.
Num encontro com os produtores, o edil vieirense apelou ao rigor dos produtores, salientando que “é intenção da
autarquia uniformizar as boas práticas e o controlo de qualidade, transformando a Feira do Fumeiro de Vieira do Minho
na melhor do país”.
Para além da transmissão em directo da TVI, no programa “ Somos Portugal”, destaque para as tradicionais chegas de bois, uma das atracções do evento.
Feira do Queijo de Celorico
da Beira de 13 a 15 de Fevereiro
A vila de Celorico da Beira, que se afirma como a capital
do Queijo Serra da Estrela, recebe, de 13 a 15 de Fevereiro,
mais uma edição da Feira do Queijo. O evento reúne algumas dezenas de produtores de queijo do concelho que assim têm oportunidade de divulgar, promover e até escoar o
afamado e saboroso Queijo Serra da Estrela, que gera mais
de um milhão de euros de receitas no concelho com maior
produção na região demarcada.
O certame vai contemplar também uma feira de artesanato e produtos regionais e locais, além de um vasto
leque de actividades de cariz, cultural, musical, recreativo
e desportivo.
Feira Internacional de Agropecuária começa a 29 de Abril
A XXIX edição da Feira Internacional de Agro-pecuária
de Estremoz (FIAPE), um dos mais importantes certames do
Alentejo, começa a 29 de Abril e decorre até 03 de Maio,
informou o município.
O certame, que pretende contribuir para o desenvolvimento económico do concelho, vai decorrer no parque de
feiras e exposições da cidade e agregar a XXXIII edição da
Feira de Artesanato de Estremoz.
BREVES
Concurso Nacional de Licores
Conventuais e Tradicionais
Portugueses
Tem lugar a 26 de Fevereiro o IV Concurso Nacional de
Licores Conventuais e Tradicionais Portugueses no CNEMA
– Centro Nacional de Exposições, em Santarém.
O objectivo principal do Concurso é premiar, promover,
valorizar e divulgar os licores conventuais e os licores tradicionais Portugueses, genuínos e exclusivamente produzidos
em Portugal. Os interessados em participar, podem consultar toda a informação no endereço:
http://www.cnema.pt/calendario_apresentacao.
php?aID=6085
Associação de Caçadores
e Pescadores 4 FFFF de Queirã
promove montaria ao javali
Com o apoio do Município de Vouzela, a Associação de
Caçadores e Pescadores 4 FFFF ,de Queirã, vai promover, no
dia 22 de Fevereiro, uma montaria ao javali que se realizará
nas áreas de Fataunços, Figueiredo das Donas, Queirã e S.
Miguel do Mato.
As inscrições são limitadas e podem ser feitas pelos telefones 962 797 138 e 935 563 231 ou pelo mail acp4fff@
gmail.com
A iniciativa conta com o apoio das Juntas de Freguesia
de Queirã e de S. Miguel do Mato, da União de Freguesias
de Fataunços e Figueiredo das Donas e da Associação Dr.
Amorim Girão.
Feira dos Saberes na antiga
Cadeia em Constância
Dando continuidade ao trabalho desenvolvido para dinamizar os espaços da autarquia, o executivo da Câmara de
Constância lançou um desafio aos artesãos do concelho:
montar uma oficina de artesanato.
Disponibilizando o espaço da Antiga Cadeia, o que se
pretende é dinamizar um espaço cultural da autarquia, mas
também valorizar o artesanato local, as raízes e os costumes do concelho de Constância. Assim, de 24 de Janeiro a 1
de Março, os artesãos têm ali um espaço onde podem expor
e vender os seus trabalhos, mas também um lugar para a
transmissão de conhecimentos, através do trabalho ao vivo
e a realização de workshop.
São várias as técnicas e os materiais utilizados, desde
lã, cortiça, retalhos, passando pelas cores e estilos, de tudo
se vai falar. E porque os olhos também comem, a culinária
também está representada, através de doces, bolachas e
outras tantas iguarias, que aqui as mestres querem ensinar a quem queira aprender. A música também vai marcar
presença, através de quatro jovens que apresentarão um
recital de saxofone e clarinete.
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Carlos Lopes, da Queijaria de Germil, garante “qualidade do queijo”
“Não há memória de um ano tão fraco de leite”
Os produtores de queijo na região da Serra
da Estrela vivem dias difíceis. “Em termos de
quantidade de leite, é um ano fraquíssimo, de
que não há memória”, refere Carlos Lopes,
da Queijaria de Germil. Para além deste, há
também problemas com o ciclo da ovelha,
“com parições descontroladas”. Segundo o
produtor, “há muita ovelha que ainda não fez as
parições, ou estão a fazer agora, quando isso já
devia ter ocorrido há dois a três meses.
Carlos Lopes não aponta a culpa aos pastos,
uma vez que “foram bons no início”, embora o
gelo que se tem feito sentir nas últimas semanas
os tenha deixado “secos ou apodreceram”.
“Costumo dizer que dependemos do São Pedro,
que este ano não nos tem ajudado em termos
de pastagens”, refere o produtor de queijo, que
‘atira’ para os técnicos a questão das “parições
tardias no gado”.
Quanto à qualidade do queijo, Carlos Lopes
diz que “temos um ano de qualidade excelente,
pois tem estado frio, como o queijo gosta”.
Portanto, “não tendo grandes quantidades,
vamos ter muita boa qualidade”, refere o
produtor da Queijaria de Germil”.
7ª EDIÇÃO DA FEIRA DE CAÇA,
PESCA E DESENVOLVIMENTO RURAL
06 A 08 FEVEREIRO 2015
VILAR FORMOSO | Pavilhão Multiusos
06 DE FEVEREIRO (SEXTA-FEIRA)
14h30- Colóquio Subordinado ao Tema “Esclarecimento aos
Agricultores - Política Agrícola Comum 2014-2020”
18h00- Abertura da 7ª Edição da Feira de Caça, Pesca e
Desenvolvimento Rural
18h00- Pesca à Truta “Demonstração ao Vivo”
18h30- Inauguração Ocial da Feira
18h45- “Caça ao Gambuzino”
19h00- Demonstração de Falcoaria
19h30- Expo Tasquinhas “Caça e Pesca no Prato” com
Animação
21h00- Espetáculo “Augusto Canário e Amigos”
24h00- Encerramento da Feira
Expo Tasquinhas
‘Caça e Pesca no Prato’
Expo Termal e Bem-Estar
Expo Canina e Florestal
Expo Agro-Pecuária
Expo Radical e Infantil
DIA 6
DIA 7
07 DE FEVEREIRO (SÁBADO)
08h30- Montaria ao Javali (Local: Nave de Haver – Associação
Recreativa, Cultural e Social de Nave de Haver)
DIA 8
AUGUSTO SONS DO MINHO RANCHOS
CANÁRIO E E FADOS
AMIGOS
10h30- Abertura da Feira
11h00- Pesca à Truta “Demonstração ao Vivo”
11h30- Demonstração de Falcoaria
12h00- Expo Tasquinhas “Caça e Pesca no Prato” com
Animação
14h30- Demonstração de Tiro ao Arco e Besta- Federação
de Arqueiros e Besteiros de Portugal
16h00- “Caça ao Gambuzino”
17h00- Leilão das Peças Abatidas na Montaria ao Javali de
Nave de Haver, no Pavilhão Multiusos de Vilar
Formoso
19h30- Expo Tasquinhas “Caça e Pesca no Prato” com
Fados
21h30- Espetáculo com o Grupo “Sons do Minho”
24h00- Encerramento da Feira
08 DE FEVEREIRO (DOMINGO)
09h30-Largada de Perdizes e Pombos (Local: Vilar FormosoClube de Caça e Pesca de Vilar Formoso)
ATIVIDADES A DECORRER NA FEIRA
Passeios de Charrette, “Caça ao Gambuzino”, “Os Beirões da Horta”, Expo Termal
e Bem- Estar, Expo Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural, Expo Tasquinhas “Caça
e Pesca no Prato” com Animação, Expo Florestal (Mostra de Espécies Autóctones e
Cinegéticas), Expo Radical e Infantil (Touro Mecânico, Parede Escalada, Rappel, e
Insuável), Expo Canina (Cão de Caça e Cão Serra da Estrela) e Expo Agro-pecuária
(Maquinaria, Gado Bovino, Ovino, Caprino, Asinino, entre outros)
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* 25 de Janeiro- 08h30- Montaria ao javali – Local: Freineda – Clube de Caça e Pesca da Freineda
ORGANIZAÇÃO
Câmara Municipal de Almeida
APOIO
Junta de
Freguesia de Vilar Formoso
10h30-Abertura da Feira
11h00-Pesca à Truta “Demonstração ao Vivo”
11h30-Demonstração de Falcoaria
12h00-Expo Tasquinhas “Caça e Pesca no Prato” com
Animação
15h00-Demonstração de Tiro ao Arco e Besta - Federação
de Arqueiros e Besteiros de Portugal
15h15-“Caça ao Gambuzino”
15h30-Encontro de Ranchos em Ambiente de Arraial
20h00-Encerramento da 7ª Edição da Feira de Caça, Pesca
e Desenvolvimento Rural
co-nanciamento
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